Análise do livro “Eu Sou Camille Desmoulins” de Hermínio C. Miranda e Luciano dos Anjos

Apesar de não ser propriamente uma obra psicografada, o livro “Eu Sou Camille Desmoulins” revela experiências de regressão de memória feita por Hermínio C. Miranda no ex-jornalista Luciano dos Anjos, tratando-se, portanto, de uma obra espírita, que merece uma análise, já que é apresentada como uma prova de reencarnação. Nesta experiência, ambos chegaram à convicção de que Luciano dos Anjos era a reencarnação de Camille Desmoulins, um personagem de certa importância na Revolução Francesa. No entanto, a experiência em si possui narrações tão discrepantes entre os envolvidos, que seu valor como experimento científico é ou fica muito próximo de zero. 

A análise, feita por Moizés Montalvão, é muito extensa, e se baseia na 1ª edição do livro. O artigo completo está disponibilizado para download neste link, e aqui serão fornecidos apenas alguns exemplos de discrepâncias, da 1ª, 2ª e 4ª sessão, mais de uma reunião datada de 01/09/1967. Fiz algumas adaptações para melhor visualização no blog. Devo dizer, porém, que eu não concordo com tudo da análise de Montalvão, mas o material abaixo tanto eu quanto ele estamos de acordo.

Vamos tabelar as informações, para facilitar a compreensão. 

RELATO DA 1ª REUNIÃO

Os fatos…

…por Hermínio…

…e por Luciano…

Observação

Data do 1º encontro

Maio de 1967, [provavelmente sexta-feira] (p.19)

Setembro, ou outubro, de 1966, em uma segunda-feira (p.353)

Divergência. As datas não conferem

Local do encontro

Amplo e confortável apartamento, em Copacabana, (não informa o nome do proprietário) (p.19)

Imenso apartamento, da Sra. E.V., no 6º andar do prédio, de frente para o mar, (não informa o bairro) (p. 353)

Convergência. Parece ser o mesmo endereço

Dificuldade ou facilidade pré-existente para vivenciar o transe hipnótico

Realizara várias tentativas sem sucesso (p.20)

 

Idem (p. 354)

 

Convergência. Relatos coincidentes

 

Método utilizado por Hermínio para obter o transe

Passe magnético. Somente depois do transe atingido é que aplicou comando de voz (p. 20)

Passe magnético, concomitantemente c/ comandos verbais (p. 354)

Divergência. Hermínio privilegia demais o passe. Luciano noticia o uso concomitante do passe e do comando verbal

Resultado da tentativa inicial de atingir o estado hipnótico

Os passes obtiveram resultado imediato, classificado pelo operador como “indução fulminante” (p.20)

Somente após muita insistência, por meio de comandos verbais, finalmente atingiu-se o estado hipnótico (p. 354)

Divergência.  Na opinião de um, a indução foi rápida; o outro afiança que demorou bastante. Hermínio atribui aos passes o resultado positivo; Luciano parece conferir maior valor ao comando de voz

Atitude do hipnotizado durante o processo

Mostrava-se em pânico. Respondia monossilabicamente. Citou Necker, ministro de finanças de Luiz XVI (p.21)

Muita agitação e pouca informação. Citou um nome francês, que não ficou claro na gravação (p. 354)

Divergência. O relato perde a coerência ante a não referência ao nome de Necker por Luciano, que teria sido a única informação consistente conforme afirma Hermínio 

Após despertar

Sentiu-se faminto, comeu bolo, tentou levantar-se e desabou no tapete.

O tombo no tapete, para Luciano, ocorreu em outra reunião.

Divergência.

Pode ser que os autores estejam a falar de eventos diversos. Talvez cada qual tenha classificado como “primeiro encontro” acontecimentos não coincidentes. Seria discrepância muito grande as variações de datas, caso estivessem falando dos mesmos episódios. Se entendermos que se tratam de casos distintos, outro problema surge: significa que ocorreram encontros entre Luciano e Hermínio, que este não relatou. Nesta hipótese, fica prejudicada toda a narrativa concernente à inexperiência de Luciano no que tange às regressões e, em decorrência, toda sorte de suposições podem ser levantadas.  

RELATO DA 2ª REUNIÃO

Hermínio Miranda

Luciano dos Anjos

Observação

3. O AGORA QUE JÁ PASSOU 

De tudo isso, uma conclusão era evidente por si mesma: Luciano apresentava condições de suscetibilidade que justificavam o aprofundamento da pesquisa. 

Foi o que decidimos fazer, não em reunião mais ou menos aberta como aquela, na qual realizamos os testes, mas sob condições que nos assegurassem o adequado grau de privacidade e segurança para um trabalho mais amplo. A primeira reunião com estas características foi marcada para a noite de 19 de maio de 1967, em meu apartamento.

p.354… 

Assim, ao lado da alegria, uma espécie de decepção me tocou: e eu? Contudo, pelo menos alguma coisa nova acabava de acontecer comigo. Restava prosseguir para vermos até onde chegaríamos. Aguardei mais uma semana e, na segunda-feira seguinte voltamos ao apartamento da Sra. E.V.

 

 

19/5/1967 caiu numa sexta-feira. Segundo Hermínio, houve mudança no local da reunião, no relato ao lado, Luciano afirma que o encontro realizou-se no mesmo local anterior.  

Se formos seguir rigorosamente o que foi dito por Luciano, esta reunião teria acontecido em outubro de 1966, numa segunda-feira. Também o local do encontro não confere, Hermínio noticia que foi em sua casa, para Luciano continuaram a reunir-se no apartamento da Sra. E.V.

 

Como da primeira vez, Luciano foi rapidamente ao transe. Sua primeira palavra (vento) me pareceu uma queixa quanto ao desconforto causado pela brisa que soprava pelas janelas abertas do décimo andar, onde estávamos. Levantei-me para fechá-las e retomamos o diálogo que se iniciava.

Porém a segunda sessão nos pareceu bem melhor. 

Entrei novamente no estado de inconsciência, após dez ou quinze minutos de indução.

Houve, então, entre mim e o Hermínio um longo diálogo, ainda entremeado de agitação, mas muito mais substancioso, o qual passo a transcrever, ipsis litteris, sem quaisquer correções, isto é, tal qual ficou na fita magnética:

– que está se passando com você?

– Estou vendo uma sala …

– O que tem aí na sala?

–… uma sala muito grande… Umas pessoas conversando, em pé, em volta duma mesa. Eu estou parado na porta. Discutem… discutem… com uns papéis. Parecem querer minha opinião. Mas não me pedem. Não querem que eu fale. Estou com a mão no queixo, na porta… parado… olhando, acompanhando, calado…

– Mas que local é esse?

– Não. Uma sala grande… Parece um gabinete.

Vê-se que ambos falam que este seria o segundo encontro, mas os desacertos entre os dois continuam: para Hermínio o transe foi rápido, para Luciano precisou de tempo.

 

Quem é você? Como você se chama?

Breve hesitação, e depois:

– Camille.

Como é que você se chama?

Não sei se devo… Não interessa isso

– Está bem. Não é necessário que você diga. Qual é sua função? O que você faz aí?

– Alguma coisa esperam de mim.

Na narrativa de Hermínio, Luciano revela o nome após breve hesitação.  

Na narrativa do próprio Luciano, ele resiste em dar o nome.

– Qual é sua idade?

– 25 anos.

– Onde você mora?

– Paris.

– O que você faz aí?

– Vim estudar. 

– Em que ano você nasceu?

– 1760.

– Onde você nasceu?

– Em Guise.

– Onde é isso?

A manifesta ignorância de seu interlocutor parece irritá-lo um pouco. Responde com certo enfado:

– Na França! Em Aisne!

– Você veio estudar o quê?

– Advocacia. Por quê? LC-1

O interrogatório começa a incomodá-lo. Por que tanta pergunta?

– Quero saber. Queria que você me informasse essas coisas.

Longa pausa. Em seguida:

– Estranho!

– O que você está achando estranho?

– Você. Quem é você?

– Sou um amigo seu.

Longo silêncio. Parece buscar algo nas profundezas da memória.

– Engraçado! Acho que te conheço… Não me lembro de onde… Você não é de Guise? Você não nasceu em Guise?

– Não. Acredito que não. Você sabe que vivemos uma porção de vidas?

Nova pausa.

– Não sei o que é isso…

– Temos muitas vidas. Vivemos uma existência, morremos e tornamos a nascer.

– Por que isso? Por que essa conversa?

– Se você pesquisar na sua memória encontrará lembranças de outras existências.

– Por que isso tudo? – pergunta evidentemente irritado. – O que você quer?

– O que você está fazendo aí?

– Vim estudar!

– Mas no momento o que você está fazendo?

– Andando… Passeando…

– Onde?

– Na França! Em Paris!

– Em qual rua?

– Saint Honoré…

– Onde você mora?

– Em Paris! Aqui…

Como insisto em saber o nome da rua em que fica o colégio dele, sua impaciência vai num crescendo.

– Ora… que coisa! Por quê?

– Gostaria que você me dissesse.

– Não vejo razão.

– Você diz que tem 25 anos. Quando vai concluir seu curso?

– Agora. Este ano.

Em que ano estamos?

Outra pergunta que lhe soa absolutamente imbecil. Como é que alguém com quem conversamos não sabe o ano em que nos encontramos? Responde de má vontade:

– Sei… Vá ver então o que são os papéis?

– Eu sei o que são.

– De que eles tratam?

– Política.

– Quem são esses homens que estão examinando os papéis?

– Um é baixo… Os outros não distingo direito.

– Como é que chama esse homem baixo, aí? (Longa pausa. Hesitação.) Você quer evitar os nomes?

– Quanto menos se fala, mais se vive.

– Exato!

– É um perigo falar em nomes. Não se sabe o dia de amanhã.

Mas, em que ano estamos, aí?

– Não sei, mas posso ver a folhinha.

– Então veja.

– Está atrás. Não tem o ano …

– Vá até à folhinha e veja.

Vê-se que o rumo dos diálogos é completamente diferente.

 

1785. Por quê?

– … janeiro, 1781.

 

 

As datas não são as mesmas, o que deixa clara que os relatos se referem a encontros diferentes. No entanto, apesar das narrativas quase que totalmente divergentes, ambos garantem estar falando do 2º encontro!

Visto que os episódios narrados, como relativos ao 2º encontro, são completamente diferentes, concluímos que tenham havido reuniões que Hermínio não narrou. As implicações dessa constatação para o estudo são muito sérias, uma vez que não podemos ter segurança sobre o que sucedeu fora dos relatos que nos são apresentados. Sem dúvidas, as narrativas não guardam fidedignidade plena com os fatos. A não ser que haja explicação plausível para essa constatação, a validade da experiência fica comprometida. 

RELATO DA 4ª REUNIÃO

Hermínio Miranda

Luciano dos Anjos

Observação

5. O QUANDO E O ONDE 

 A reunião seguinte foi realizada em 9 de junho de 1967. O tape guarda o diálogo que a seguir reproduzimos, com os comentários habituais.

 

p. 365…

 

Vejamos, porém, o desenrolar da quarta sessão. Estamos na semana seguinte. E foi quando, afinal, surgiu o acontecimento mais importante, no quadro até aqui traçado. Lamentavelmente, não temos a gravação dessa sessão. Tendo o Hermínio ido, naquela mesma semana, a Volta Redonda, gravou, por descuido, outra sessão em cima da faixa do nosso diálogo.

 

Temos uma questão confusa aqui. Luciano diz que a gravação deste encontro se perdeu, Hermínio cita textualmente a existência do “tape”. Apesar de que, há grande incerteza sobre se os autores estão falando do mesmo encontro, tamanha a discrepância entre o que é dito por um e outro. Seja como for, a palavra de Luciano só traz mais confusão a esse quadro já tão desordenado! 

É certo que na reunião de 1/9/1967, ambos concordam que o gravador apresentara falha, mas Luciano fala aqui, neste 4º encontro, que a gravação fora realizada e depois perdida acidentalmente, coisa da qual Hermínio Miranda não faz qualquer menção.

Considerando que Luciano apresenta relatos até a 4ª reunião e depois narra o encontro ocorrido em 1/9/1967, deixaremos de fora os demais encontros relatados por Hermínio Miranda e nos concentraremos neste.  

O ENCONTRO DE 01/09/1967 

Esta é a única sessão na qual a data coincide, e sobre a qual não resta dúvida de que tanto Luciano quanto Hermínio se referem ao mesmo episódio. Achamos que desta vez seria possível efetuar comparação dentro dos moldes desejados. Infelizmente, ver-se-á que os narradores tomaram rumos distintos em suas explanações e a mesma dificuldade que relatamos nos diálogos anteriores aqui também se fez presente. Para não alongar demasiadamente este estudo, muitas passagens dos relatos deixamos sem apreciações, mesmo assim, apresentamos os escritos por inteiro, para que os leitores possam visualizar corretamente o que foi dito pelos participantes

RELATO DA REUNIÃO DE 01/09/1967

por Hermínio Miranda

por Luciano dos Anjos

Observação

13. CONTRIBUIÇÃO DE CÉSAR BURNIER (p.248…)

 

Estudaremos a seguir a contribuição de César Burnier e de outros companheiros a este fascinante estudo.

 

Tal como nos recomendara a comunicação mediúnica que Luciano nos lera numa das sessões, havíamos decidido encerrar a fase de coleta de dados na sua memória para dar início à segunda fase, e que teria de consistir em complementar as pesquisas com informaçoes documentadas, arranjar todo o material de forma coerente e apresentá-lo racionalmente, num relato como este em que a história fluísse ordenadamente, a fim de que todas as suas Implicaçoes pudessem ser apreciadas.

 

A notícia do nosso trabalho, contudo, circulara entre alguns amigos mais íntimos e houve certa curiosidade – sadia, por certo – em examinar de perto as condições sob as quais estávamos trabalhando.

 

Por essa razão combinamos para a noite de 1.° de setembro de 1967 uma reunião de trabalho para estudo e debate do assunto.

6 INFORMES PERIFÉRICOS DE REENCARNAÇÕES PARALELAS

 

No dia 1.o de setembro de 1967 realizamos a longa reunião de que nos fala o Hermínio, em capítulo da Primeira Parte deste livro.

 

As datas coincidem perfeitamente. De todos os relatos, este é o único onde os testemunhos estão corretamente situados no tempo.

 

Lamentavelmente, nosso gravador falhou naquela noite crítica.

 

Como vimos, por lamentável descuido, o gravador nesse dia não funcionou.

A falha no gravador está concorde nas duas narrativas, porém Hermínio não relata ter havido outra gravação ao término dos trabalhos, na qual teria constado o testemunho de César Burnier, que é o que assegura Luciano dos Anjos. Contraditoriamente, Hermínio joga o testemunho de Burnier para vários anos adiante…

Temos, porém, um relato que César Burnier escreveu meu pedido, com base em suas notas pessoais então colhidas.  

Ei-lo:

 

“Prezado e distinto amigo Dr. Hermínio Miranda.

Rio de Janeiro, 30 de março de 1973.

 

[…] Tão logo cheguei ao seu apartamento, ouvi do prezado amigo o mais completo relatório de todos os trabalhos realizados até então.

 

Um possante gravador completou, durante mais de uma hora, todos os pormenores da sua exposição.  

E para que os lances principais não ficassem esquecidos, o Hermínio fez, logo ao término dos trabalhos, nova gravação, com o testemunho dos participantes, em especial o do César Burnier, que foi, no caso, com quem mais conversei durante o desdobramento, e quem tivera a maior ligação comigo nos idos de 1789.

Observa-se sensível diferença entre o que Luciano diz ter acontecido e a informação de Hermínio: o jornalista fala que houve nova gravação ao final do encontro, já Hermínio diz que baseou-se nas notas de Cesar Burnier, a qual foi elaborada seis anos após o encontro! Para piorar, César Burnier introduz uma terceira versão dos acontecimentos, não fala de falha alguma na gravação e assevera que o encontro foi registrado normalmente pelo aparelho! Temos pois, em cada relato, uma visão, não só diferente, mas conflitante!

Diante desse quadro, indagamos: podemos estar seguros no que se refere à fidedignidade dos relatos? Se em questões triviais, os envolvidos se confundem, onde mais teriam cometido deslizes? Aqui, não se trata de qualquer má-vontade em analisar isentamente a experiência regressionista, trata-se de constatação que salta aos olhos de quem ler a obra com um pouco de senso crítico. Lembramos que foram relatadas muitas outras passagens desarmoniosas entre os escritos de Hermínio e de Luciano.  

Fica, pois, constatado que os envolvidos não disponibilizaram material de boa qualidade, que permitisse correta análise da experiência.

18 respostas a “Análise do livro “Eu Sou Camille Desmoulins” de Hermínio C. Miranda e Luciano dos Anjos”

  1. Osmar Faria Diz:

    Deus conosco.
    Pelo o que compreendi no livro” Chico o apostolo da fé,
    o distinto amigo, Carlos Baccelli é uma reencarnação de Camille Desmoulins?

  2. Sirley Marques Diz:

    Essa obra é uma brincadeira de mau gosto, na qual estão envolvidas pessoas sérias, como o é Hermínio , mas, “assacados” por um prepotente vaidoso, estrelinha que é o Luciano dos Anjos, velho conhecido nas lides jornalísticas por suas “artimanhas e armadilhas” verbais.
    É uma forçação de barra inaceitável, cujo própósito é se auto intitular importante. Acho que ao invés do sangue de Desmoulins esse senhor traz na mão, de verdade, o sangue do carrasco que o segurou para a guilhotina.

  3. Marcus Amorim Diz:

    As objeções ao trabalho de regressão de memória e posterior análise dos dados, feita por Hermínio Miranda e Luciano dos Anjos, são focadas em aspectos que, na minha opinião, são irrelevantes, uma vez que não mudam a essência do trabalho,que é trazer elementos comprobatórios que evidenciem a realidade da reencarnação.

    As descrições de como e onde foram realizados os encontros são de ordem secundaríssima, em relação ao elementos comprobatórios da reencarnação.

    Para mim, não há dúvidas: o livro confirma, em tese, a identificação reencarnatória Luciano dos Anjos/Camille Desmouliouns,

    Saudações,
    Marcus

  4. homeover Diz:

    As divergências apuradas não alteram o objetivo do livro,uma prova da reencarnação,em tese, como o Marcus Amorim diz.

  5. Carlos Roberto Souza França Diz:

    Li o referido livro há mais de 20 anos, e minha opinião é que
    a experiência, embora sincera, foi um tanto forçada, pois conforme os próprios envolvidos declaram no livro eles estudavam a “REVOLUÇÃO FRANCESA”, e depois faziam a regressão. Não concordo que, um espírito revolucionário como Desmoulins, voltaria como um jornalista mediano como Luciano e que se propunha a escrever discursos para políticos de várias ideologias, cobria concursos de “miss” e porta de cadeia. Seria o mesmo que Einstein retornar como um simples professor de matemática. Onde ficaria o seu arquivo mental? Talvez, estimulado pelo “chute” do Dr. Cesar Burnier o Luciano se fixou que foi Desmoulins.
    Maior forçada ocorre na segunda parte do livro, quando eles forçam situações para colocar o Chico e Emmanuel no seu grupo. Será que um espírito, que há quase 2.000 anos como o escravo Nestório morreu em nome do Cristo, teria medo de ser guilhotinado? Impossível.
    O Hermínio, como também o Luciano, merece todo meu respeito, mas esta experiência e conseqüente livro não.

  6. jaqueline Diz:

    ISSO É COMPLETAMENTE RIDICULO!
    ONDE ESTA A PROVA DE REENCARNAÇÃO?
    SEM COMENTÁRIOS!

  7. Idemarv Marinho Diz:

    É lamentável que em plena era da comunicação, alguns profissionais da má-fé se façam passar por jornalistas eméritos, críticos imparciais, intelectuais inteligentes e levem a público matérias tão bestas e incoerentes como esta análise “pinincha” da monumental obra de Hermínio Miranda e Luciano dos Anjos. Lá no Nordeste, viu, meu caro analista de meia tigela, pininha quer dizer que o cabra é meio cego, meio míope. Entendeu?

  8. Vitor Diz:

    marinho,

    mas será que você poderia dizer por que achou a análise pinincha? Quais os problemas da análise?

  9. Lúcia Amaro Fialho Diz:

    Tudo indica que o Sr. MM, o crítico “científico” da obra Eu Sou Camille Desmoulins, no mínimo é muito distaído. Quando se tem a pretensão de fazer uma análise científica, tem de se ter calma, equilíbrio, muita atenção, conhecimento de causa; não ter ideias preconcebidas e parcialidade. Nota-se que não é para qualquer um. Caso contrário, as páginas lidas são hieróglifos que assulam o orgulho e a vaidade. Tenta-se elucidar (pior, achar cabelo em ovo) o que a priori não está sendo compreendido. Portanto, notem bem: Com o mínimo de atenção, pode-se verificar que não há contradições na obra Eu Sou Camille Desmoulins. Mas notei que uma leitura com maior atenção, para alguns, é necessária, ainda mais quando determinado assunto é referido na 1ª Parte e retomado na 2ª Parte, pelo outro autor.
    A mim, fica a impressão de que a leitura que o Sr. MM realizou prescindiu de concentração e conhecimento.
    Vejamos, então: Na obra está escrito que houve 4 reuniões preliminares, testes (eu as chamaria experimentais) em setembro ou outubro de 1966, e o Sr. Luciano dos Anjos as detalhou (transcreveu os diálogos e fez comentários) no cap. 4, da 2ª Parte. Já o Sr. Hermínio Miranda as comenta sucintamente (as de 1966) no cap. 2, 1ª Parte. Neste capítulo, o Sr. Hermínio faz um apanhado do que escutou, presenciou e então escreve sobre Necker, Camille, os testes, as percepções do sujet, as dele Sr. Hermínio, etc. O Sr. Luciano retoma tudo isso, na 2ª Parte (cap. 4), com mais detalhes. Na 1ª Parte, cap. 3, o Sr. Hermínio escreve que a partir de 19 de maio de 1967 iniciaram-se as reuniões controladas (lembrem-se: as experimentais foram as de 1966). Escreve, ainda, que as controladas (de pequisa) foram num total de onze reuniões. Querem conferir? É só comerçar a contar a partir do capítulo 3, da 1ª Parte, onde está registrado que a primeira controlada (de pesquisa) foi em 19 de maio de 1967 e a última foi no dia 8 de setembro de 1967, no capítulo 12. Portanto, 11 sessões de pesquisa (fora as 4 preliminares, de 1966), conforme o Sr. Hermínio Miranda e Sr. Luciano escreveram. Também está escrito que as preliminares (as tais de número 4, de 1966, que o Sr. Luciano as comentaria com detalhes) se deram em uma residência que não era a do Sr. Hermínio (cap. 2) e nem do Sr. Luciano. Querem confirmar? Leia-se em cap. 4, 2ª Parte: “Estávamos em setembro ou outubro do ano de 1966. Marcamos a primeira sessão para uma segunda-feira, quando o Hermínio me apresentaria à Sra. E.V., em cuja casa se realizariam os trabalhos.” Atenção, Sr. MM, os trabalhos, as sessões, a primeira de 1966! As preliminares! As de testes! A primeira de pesquisa, propriamente dita, (as controladas) foi em 19 de maio de 1967, na casa do Sr. Hermínio. Querem conferir? Leiam em cap. 3: “A primeira reunião com estas características foi marcada para a noite de 19 de maio de 1967, em meu apartamento.” Atenção, as de 1967, com estas caraterísticas. Quais características? O próprio Sr. Hermínio explicou, em cap 3. “Foi o que decidimos fazer, não em reunião mais ou menos aberta como aquelas e outras preliminares que ainda realizamos…” Quais as preliminares? As de 1966.
    O Sr. MM não conseguiu ler o que estava escrito. O Sr. MM achou que tivesse descoberto contradições onde não havia, pois as datas são mesmo diferentes (1966 e 1967), as reuniões são mesmo diferentes (4 de testes e 11 de pesquisas) e os locais são diferentes (residência de uma Sra. e a do Sr. Hermínio). Porque são assuntos diferentes e não contradições. O Sr. MM se tumultuou todo, não é?
    Sendo assim, muito cuidado com as análises críticas “científicas” realizadas pelo Sr. MM. Ora, se em relação a estas questões tão simples e fáceis de verificação o Sr. MM cometeu erros tão grosseiros, imaginem as outras análises “científicas” que ele realizou, de outras partes desta obra, quando então se fazem necessários inteligência e conhecimento de doutrina espírita.

  10. moizes montalvao Diz:

    Prezados,
    .
    Finalmente alguém se dispôs a examinar mais atentamente nossos comentários à obra conjunta de Hermínio Miranda e Luciano dos Anjos. Lamentamos que a Sra. LAF tenha perdido o ímpeto replicativo quando a coisa começava a ficar interessante.
    .
    Nosso trabalho foi apresentado a dezenas de apologistas das regressões a vidas passadas, que viam no testemunho da dupla incontestes evidências de forte caso de reencarnação. Nenhum desses respeitáveis crentes percebeu o que a douta senhorinha informa ser “fácil de observar”, bastando “um pouco de atenção”. Então, se houve falta de atenção de nossa parte, também deve ter havido da parte dos que tentaram defender a validade da aventura regressionista de Luciano dos Anjos.
    .
    Ainda não pudemos cotejar as ponderações apresentadas senhora LAF, que, em leitura preliminar, parecem ter alguma consistência. Estamos tentando apartar um tempinho disponível para esse exame. De qualquer modo, cremos que, ainda que a moça esteja certa, não há dúvidas de que os relatos dos envolvidos enseja entendimento controverso.
    .
    Porém, o mais importante é que o conflito de datas, embora tenha sua importância, é secundária em relação a outros pontos que destacamos. Estes a atenta Sra. LAF não quis enfrentar, apenas deixou um comentário genérico, como se dissesse: se “MM” equivocou-se na verificação das datas, o restante não merece ser examinado. Obviamente, tal pensamento seria fugir de uma aferição de bom nível do trabalho por nós disponibilizado.
    .
    Esperamos, pois, que a crítica resumida que foi apresentada, passe por um ampliamento, de modo que possamos verificar se nossa reflexão foi de qualidade ou não. E todos os interessados possamos sair desse encontro mais ilustrados quando nele chegamos.
    .
    Cordiais saudações.
    .
    Moizés Montalvão (“MM”)

  11. moizes montalvao Diz:

    Favor corrigir a redação, no texto acima:
    .
    Onde se lê: Porém, o mais importante é que o conflito de datas, embora tenha sua importância, é “secundária”
    .
    Leia-se: “secundário”.
    .
    Onde se lê: E todos os interessados possamos sair desse encontro mais ilustrados quando nele chegamos.
    .
    leia-se: “mais ilustrados “que” quando nele chegamos”.
    .
    obrigado e desculpe.
    .
    Moizés Montalvão (“MM”)

  12. moizes montalvao Diz:

    A quem interessar:
    .
    A Sra. LAF fez um belo esforço de criticar nossa crítica, pretendendo mostrar que o conflito de datas, entre os relatos de Hermínio Miranda e Luciano dos Anjos, além de irrelevante, seria incorreto, pois, segundo alega, o escrito da dupla, se examinado adequadamente, mostra que tudo é harmonia e felicidade.
    .
    De certo modo, o comentário de LAF repete o que outro avaliador, do alto de sua sábia sabedoria, proferiu, quando disse:
    .
    “As objeções ao trabalho de regressão de memória e posterior análise dos dados, feita por Hermínio Miranda e Luciano dos Anjos, são focadas em aspectos que, na minha opinião, são irrelevantes, uma vez que não mudam a essência do trabalho,que é trazer elementos comprobatórios que evidenciem a realidade da reencarnação.
    As descrições de como e onde foram realizados os encontros são de ordem secundaríssima, em relação ao elementos comprobatórios da reencarnação.
    Para mim, não há dúvidas: o livro confirma, em tese, a identificação reencarnatória Luciano dos Anjos/Camille Desmouliouns”.
    .

    Ora, este autor reconhece que conflitos de datas e de locais, se vistos isoladamente, são secundários. Porém, parece que esses leitores não examinaram o estudo em toda sua inteireza. Tivessem feito, perceberiam que as divergências de datas mostram outras contradições, que foram apontadas em nossos artigos e que delineiam quadro confuso e mesmo contraditório no trabalho conjunto de Hermínio/Luciano. Portanto, não faz muito sentido destacar apenas um aspecto do estudo e desprezar os demais: agir assim significa prestar mau serviço, uma vez que nada é esclarecido.
    .
    Considere-se, ainda, que, em várias partes de nosso estudo, epxressamos dúvidas sobre a existências de outros encontros não relatados ora por um, ora por outro narrador. Então, se os autores falavam de reuniões diferentes, e o que um dizia nada ou pouco tinha a ver com o que outro informara, significa que os testemunhos não foram corretamente “amarrados”, de modo que o leitor medianamente atento pudesse ter adequada visão dos fatos.
    .
    Dito isto, examinemos o arrazoado de LAF.
    .
    LAF: Tudo indica que o Sr. MM, o crítico “científico” da obra Eu Sou Camille Desmoulins, no mínimo é muito distaído.
    .
    [COMENTÁRIO: Vamos ver se tal acusativo é justo.]
    .
    LAF: Quando se tem a pretensão de fazer uma análise científica, tem de se ter calma, equilíbrio, muita atenção, conhecimento de causa; não ter ideias preconcebidas e parcialidade. Nota-se que não é para qualquer um.
    .
    [COMENTÁRIO: Realmente, calma e equilíbrio são elementos essenciais para quem avalia qualquer produção, até mesmo quando vamos criticar textos que achamos mal formulados, conforme fez a Sra. LAF.]
    .
    LAF: Caso contrário, as páginas lidas são hieróglifos que assulam o orgulho e a vaidade. Tenta-se elucidar (pior, achar cabelo em ovo) o que a priori não está sendo compreendido.
    .
    [COMENTÁRIO: Conquanto tenhamos tabelado os textos de Hermínio e Luciano e as críticas realizadas; e citado fartos exemplos que ilustrariam nossas opiniões, parece que o trabalho foi visto qual hieroglifo pela douta LAF: o conselho que nos dá serve também muito bem para a proferidora.]
    .
    LAF: Portanto, notem bem: Com o mínimo de atenção, pode-se verificar que não há contradições na obra Eu Sou Camille Desmoulins. Mas notei que uma leitura com maior atenção, para alguns, é necessária, ainda mais quando determinado assunto é referido na 1ª Parte e retomado na 2ª Parte, pelo outro autor.
    .
    [COMENTÁRIO: De fato, para alguns, uma leitura com maior atenção de nosso trabalho se faz necessária…]
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    LAF: A mim, fica a impressão de que a leitura que o Sr. MM realizou prescindiu de concentração e conhecimento. [é o que iremos verificar nas linhas seguintes.]
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    [COMENTÁRIO: A argumentação de LAF é basicamente a seguinte: 1) houve quatro reuniões preliminares, que ela prefere denominar “experimentais”. Estas teriam sido relatadas por Luciano em seu depoimento. Por outro turno, o relato de Hermínio Miranda trata desses encontros preliminares superficialmente e detalha os experimentos “controlados”, que teriam sido realizados após a fase de testes.
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    O que LAF diz é bastante coerente e concordamos que possa ter sido assim. Porém, o problema é que a leitura da obra não nos mostra o que a moça, com sua perspicácia verificativa, observou. Fatos narrados por Luciano se confundem com os relatados por Hermínio. Ou aconteceu conforme nossa suposição, que os dois não souberam harmonizar as declarações; ou a coisa está mesmo confusa. Verificaremos isso mais adiante.]
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    LAF: Vejamos, então: Na obra está escrito que houve 4 reuniões preliminares, testes (eu as chamaria experimentais) em setembro ou outubro de 1966, e o Sr. Luciano dos Anjos as detalhou (transcreveu os diálogos e fez comentários) no cap. 4, da 2ª Parte. [pags. 353-367]
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    [COMENTÁRIO:Está escrito, POR LUCIANO DOS ANJOS, que houve quatro reuniões, mas não as denomina “preliminares”, ou de testes, ou coisa que valha. Examinemos:
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    (…)“Estávamos em setembro ou outubro de 1966. Marcamos a PRIMEIRA SESSÃO para uma segunda-feira (…) o Hermínio perguntou se eu não queria ser testado. Concordei e me deitei no sofá. (…) Foi nessas excogitações interiores ? ou, quem sabe, por causa delas! ? que, depois de muitos minutos … aconteceu o inesperado: perdi a consciência! O Hermínio conseguira! O ciclo do processo parecia ter-se completado! Do que houve só vim a saber mais tarde, quando o gravador foi religado” (…) (pág. 353-354)
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    (…) “Porém a SEGUNDA SESSÃO nos pareceu bem melhor. Entrei novamente em estado de inconsciência, após dez ou quinze minutos de indução” (pág. 355)
    (…) “eu ouvia o Hermínio repetir: “Vamos despertar”; mas, estranhamente, sentia-me flutuando a uns trinta centímetros acima do sofá (…) de repente me senti em mim novamente. (…) Ao procurar-me levantar, NÃO ACHEI AS PERNAS E ACABEI TOMBANDO, ESPETACULARMENTE, DO SOFÁ, NUMA CAMBALHOTA QUE SÓ O TAPETE PODE AMACIAR. (…) Um outro fenômeno curioso adveio… Eu devo ter queimado açúcar em grande quantidade porque fui acometido de indescritível fome. O BOLO E O CAFEZINHO DA DONA DA CASA PARECIAM NÃO BASTAR, e só de vergonha não saí para o terceiro avantajado pedaço” (…) (pág. 360)
    (…) “Os sete dias que decorreram ATÉ A SEGUNDA-FEIRA SEGUINTE [terceira sessão] serviram-me para duas importante coisas: afogar o medo e aliciar minha curiosidade.” (pág. 361) (…) Nesse diálogo, como vimos, estamos, agora, em plena época revolucionária. (…) E como se verá mais tarde, Camille não sabia, ainda, que havia morrido [!]. Contudo TODOS ESSES ASPECTOS ACABARAM SENDO, DEPOIS, NAS SEMANAS SEGUINTES, DEVIDAMENTE EXPLICADOS, OU CORRIGIDOS, QUANDO AS SESSÕES PASSARAM A TRANSCORRER EM CLIMA MAIS SERENO, mas seguro, mais objetivo.” [COMENTÁRIO: Observe-se que Luciano refere-se às “semanas seguintes”, dando a entender que houvera continuidade nos experimentos. Embora na sessão quatro fale que os testes foram “temporariamente” interrompidos, a ideia que se tem é de que essa interrupção não fora expressiva.]
    (…)”Vejamos, porém, o desenrolar da QUARTA SESSÃO. Estamos na semana seguinte” (pág. 365) (…)
    “Mas depois dessa reunião duas coisas obrigaram-nos a suspender temporariamente nossos trabalhos (…)” (pág. 367)
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    Vejamos agora como Hermínio apresenta o início das investigações:
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    “Um grupo do qual eu participava empenhava-se em algumas experiências exploratórias nos abismos da memória integral. Naquela noite de maio de 1967 estávamos reunidos num apartamento amplo e confortável em Copacabana. (…)
    À reunião daquela noite compareceu Luciano dos Anjos, desejoso que estava de observar nossas experiências e debater nossos “achados”. Estávamos já habituados a receber, seletivamente, alguns amigos que manifestavam interesse em observar nossos trabalhos. A certa altura Luciano aquiesceu em submeter-se aos testes de suscetibilidade…
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    Luciano, que contava então 34 anos de idade, acomodou-se confortavelmente num sofá… sem ser negativa, sua atitude era de moderado ceticismo, não ante o fenômeno em si da regressão ou, mais amplamente, quanto à reencarnação… Sua dúvida era quanto à sua própria suscetibilidade às induções hipnóticas ou magnéticas. Em várias tentativas anteriores, com diferentes operadores, não conseguira atingir nem mesmo os estados superficiais do transe anímico. Não custava, porém, tentar mais uma vez…
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    Após as instruções preparatórias e os esclarecimentos de praxe, ele fechou os olhos, relaxou o corpo… enquanto os passes eram aplicados lentamente, sem tocá-lo. Diria que a indução foi fulminante. Em escassos minutos percebia-se que ele mergulhara fundo no transe. (…)
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    Despertou faminto, devorou rapidamente uma generosa porção de bolo e pediu mais, sem a mínima cerimônia. Em seguida levantou-se, deu um passo incerto e desabou no tapete macio, como se não tivesse pernas.” pág. 19-22
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    [COMENTÁRIO: Desse modo, se a Sra. LAF ler os testemunhos com a mesma concentração e conhecimento que nos recomendou notará que os autores falam dos mesmos episódio, porém, colocando-os em tempos diferentes.]
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    LAF: Já o Sr. Hermínio Miranda as comenta sucintamente (as de 1966) no cap. 2, 1ª Parte. Neste capítulo, o Sr. Hermínio faz um apanhado do que escutou, presenciou e então escreve sobre Necker, Camille, os testes, as percepções do sujet, as dele Sr. Hermínio, etc. O Sr. Luciano retoma tudo isso, na 2ª Parte (cap. 4), com mais detalhes.
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    [COMENTÁRIO: parece estar equivocada. No capítulo 2, 1ª parte, Hermínio noticia que a reunião ocorrera em data específica: numa noite de maio de 1967, e em local definido (“estávamos reunidos num apartamento amplo e confortável em Copacabana”). Os comentários que faz se referem aos acontecimentos havidos naquela data. Coisa alguma no relatado nos leva a supor que estivesse resumindo acontecimentos anteriores.]
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    LAF: Na 1ª Parte, cap. 3, o Sr. Hermínio escreve que a partir de 19 de maio de 1967 iniciaram-se as reuniões controladas (lembrem-se: as experimentais foram as de 1966). Escreve, ainda, que as controladas (de pequisa) foram num total de onze reuniões.
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    [COMENTÁRIO: Está equivocada: a primeira reunião “com estas características” (quer dizer: controlada) fora marcada para 19/5/1967, em seguida ao encontro anterior que, no informe de Hermínio, ocorrera em uma única ocasião, naquele mesmo mês de maio. Não há citação de encontros mais recuados.]
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    LAF: Querem conferir? É só comerçar a contar a partir do capítulo 3, da 1ª Parte, onde está registrado que a primeira controlada (de pesquisa) foi em 19 de maio de 1967 e a última foi no dia 8 de setembro de 1967, no capítulo 12. Portanto, 11 sessões de pesquisa (fora as 4 preliminares, de 1966), conforme o Sr. Hermínio Miranda e Sr. Luciano escreveram.
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    [COMENTÁRIO: A verdade é que o relato dos dois está efetivamente confuso, embora acreditemos que se possa ? mais ou menos ? estabelecer que Luciano falava de encontros diferentes dos noticiados por Hermínio. A encrenca maior é que eventos que um diz ter acontecido numa data, outro assevera ter ocorrido noutra.]
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    LAF: Também está escrito que as preliminares (as tais de número 4, de 1966, que o Sr. Luciano as comentaria com detalhes) se deram em uma residência que não era a do Sr. Hermínio (cap. 2) e nem do Sr. Luciano. Querem confirmar? Leia-se em cap. 4, 2ª Parte: “Estávamos em setembro ou outubro do ano de 1966. Marcamos a primeira sessão para uma segunda-feira, quando o Hermínio me apresentaria à Sra. E.V., em cuja casa se realizariam os trabalhos.”
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    [COMENTÁRIO: Está correto. O problema é que Hermínio narra uma só reunião fora de sua casa e Luciano fala em quatro!]
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    LAF: Atenção, Sr. MM, os trabalhos, as sessões, a primeira de 1966! As preliminares! As de testes! A primeira de pesquisa, propriamente dita, (as controladas) foi em 19 de maio de 1967, na casa do Sr. Hermínio. Querem conferir? Leiam em cap. 3: “A primeira reunião com estas características foi marcada para a noite de 19 de maio de 1967, em meu apartamento.” Atenção, as de 1967, com estas caraterísticas. Quais características? O próprio Sr. Hermínio explicou, em cap 3. “Foi o que decidimos fazer, não em reunião mais ou menos aberta COMO AQUELAS E OUTRAS PRELIMINARES QUE AINDA REALIZAMOS…” Quais as preliminares? As de 1966.
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    [COMENTÁRIO: Bem, agora bateu-nos uma séria dúvida. Pelo texto que a Sra. LAF apresenta, notamos que a redação está diferente da que dispomos. Então, pode ser que ela esteja manuseando uma edição corrigida, diferente daquela com a qual trabalhamos. O volume que analisamos diz o seguinte:
    “Foi o que decidimos fazer, NÃO EM REUNIÃO MAIS OU MENOS ABERTA COMO AQUELA, NA QUAL REALIZAMOS OS TESTES, mas sob condições que nos assegurassem o adequado grau de privacidade e segurança para um trabalho mais amplo. A primeira reunião com estas características foi marcada para a noite de 19 de maio de 1967, em meu apartamento.”
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    [COMENTÁRIO: Se LAF não alterou o texto, coisa que acreditamos não faria, houve mudança drástica no sentido do escrito. No volume de que dispomos fala-se em uma única reunião de testes (“como AQUELA”); na redação dada por LAF percebe-se que foram várias reuniões. Obviamente isso muda muito o rumo da discussão e explicaria porque a moça viu coisas que não conseguimos observar.]
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    LAF: O Sr. MM não conseguiu ler o que estava escrito. O Sr. MM achou que tivesse descoberto contradições onde não havia, pois as datas são mesmo diferentes (1966 e 1967), as reuniões são mesmo diferentes (4 de testes e 11 de pesquisas) e os locais são diferentes (residência de uma Sra. e a do Sr. Hermínio). Porque são assuntos diferentes e não contradições. O Sr. MM se tumultuou todo, não é?
    [Seria necessário que a senhora LAF verificasse que edição do livro utilizou e acompanhasse os comentários de nosso trabalho que utilizou a publicação datada de 1989, provavelmente a 1ª edição.]
    Sendo assim, muito cuidado com as análises críticas “científicas” realizadas pelo Sr. MM. Ora, se em relação a estas questões tão simples e fáceis de verificação o Sr. MM cometeu erros tão grosseiros, imaginem as outras análises “científicas” que ele realizou, de outras partes desta obra, quando então se fazem necessários inteligência e conhecimento de doutrina espírita.
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    [COMENTÁRIO: Caso nossa suposição esteja correta, ou seja, de que LAF utilizou edição mais recente para fazer sua avaliação, tudo o que disse queda-se prejudicado. Seria necessário que ela considerasse a edição do livro por nós utilizada e nela baseasse sua avaliação. Também faz-se necessário que amplie o âmbito da análise de modo a ter embasamento adequado para dizer o que disse.]
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    SAUDAÇÕES.

  13. maria Diz:

    Para quem fez essa análise eu digo: – submeta-se a uma seção de regressão de memoria e vais verificar que o tempo para alma não é linear(inicio, meio e fim). Os eventos na vida, as memorias pregressas submergem de acordo com os momentos, os conflitos mais dificeis para a alma.

    A civilização Maya acreditava q o tempo era um só: presente, passado e futura estão juntos. Eu estou falando por experiência propria.

    E digo mais, que foi um erro fazer regressão, pode acontecer uma mistura de reencarnações, lesões no perispirito, etc, surtos. Há pessoas indo parar em Psiquiatras pós regressão de memoria feitas por pessoas sem conhecimento profundo do assunto. CUIDADO !
    Deus nos deu o esquecimento não foi a toa. Só em últicissimo caso, se deve fazer regressão e com muito cuidado, com pessoa q realmente saiba o q está fazendo. Há muito oba, oba, e moda na regressão. Há pessoas sofrendo até hj, por regressão mal feita, feita por quem se dizia psicologa e espirita(e era só espiritualista- não tinha nenhum conhecimento profundo espirita).

    Antes de qualquer regressão é imprescindivel o trabalho d: auto-estima, auto-perdão e perdão ao proximo.

    Um caso do livro saúde das relações familiares- Dr. ALyrio de Cerqueira Filho: uma mãe teve um bebê e o odiava, vontade de enforca-lo. Procurou o Dr. Alyrio de Cerqueira Filho e antes de qualquer regressão d memoria, foi feito todo um trabalho de perdão. Na regressão ela descobriu q aquele filho tinha sido alguem q a tinha engravidado e abandonado(no sec 18) as mulheres não tinham opções de trabalho como hj e ela foi parar num prostibulo. Imagine o ódio dessa alma? Ela morreu e se tornou a obsessora do homem q a abandonara. Deus é Deus de AMOR, e na vida atual, ele reencarnou como filho dela: para q ambos aprendessem a, inicialmente se respeitarem.

    Antes d meter a colher, estude profundamente. Diz a boa educação q só se deve fazer criticas, mesmo as construtivas, a situações em que se conhece profundamente.

    Eu vivêncie uma regressão de memoria! E vc ?

  14. Lúcia Amaro Fialho Diz:

    Ora, pois, pois, que eu estava achar que o Sr. MM era somente muito distraído e bem intencionado. Mas, agora, vejo que é muito mais do que isto.

    Todas as tabelinhas elaboradas pelo Sr. MM e que estão postadas acima, teriam o propósito de demonstrar as divergências grosseiras entre as narrativas do Sr. Hermínio e do Sr. Luciano, constantes de algumas sessões de regressão da memória e, também, alguns dados revelados durante as regressões. Assim, o Sr. MM estaria realizando a extraordinária façanha, após suas análises, que os autores da obra são meros fraudadores. E mais, fraudadores medíocres, pois teriam fraudado sem combinarem os textos que iriam escrever. Quer dizer, o Sr. MM, além de demonstrar que os autores são fraudadores, eles seriam assim… uma dupla de fraudadores imbecis. Voilá, o Sr. MM, com suas análises, teria sido de uma perspicácia e agudeza estarrecedoras. Mas, como já provei anteriormente (outro e-mail acima), o Sr. MM é, no mínimo, muito desatento.

    Bom, vamos mais uma vez, agora de forma “mais sucinta”, para não tumultuar o raciocínio e o encadeamento dos fatos na mente do Sr. MM, reescrever o que já escrevi anteriormente (texto anterior, postado), mas tendo em mente a mente do Sr. MM. Relembro que os fatos que escrevo estão na obra Eu Sou Camille Desmoulins. É só realizar uma leitura, sem preconceito e com atenção. Para facilitar, lembro mais uma vez, que as narrativas, supostamente contraditórias, que o Sr. MM indica, se existissem, seriam pelo confronto do Capítulo 2 e demais, da primeira parte (do Sr. Hermínio Miranda), com o Capítulo 4, da segunda parte (do Sr. Luciano dos Anjos). Veremos, mais uma vez, que não há divergências.

    Vamos lá e que o Sr. MM esteja mentalmente mais maduro.

    O Sr. MM ficou preocupado qual edição eu havia lido e consultado, para escrever o texto anteriormente postado. Acredito que ele já percebeu (depois do meu primeiro e-mail) que escreveu muita batatada. O problema dele, agora, é como reconhecer isso e se livrar do sac de pommes de terre pourries qui a planté.

    Qual a edição do Eu Sou Camille Desmoulins que li para escrever meus textos? Devo lembrar ao Sr. MM (o Sr. MM deveria saber isto muito bem, já que se propõe a ser analista de obras espíritas) que, uma vez ele tendo o desejo de verificar se os autores da obra Eu Sou Camille Desmoulins são fraudadores e imbecis (o que o Sr. MM tem todo o direito de achar), deveria ter realizado sua leitura analítica na ultima edição da obra. Análises críticas sérias devem ser realizadas, sempre, na última edição. Como podemos ler acima, no início do blog, não foi isso que o Sr. MM fez. Esta escrito, antes das tabelinhas dele, que as análises do Sr. MM se baseiam na 1ª edição do Eu Sou Camille Desmoulins. O Sr. MM realizou sua leitura na 1ª edição, que é de 1989. Lembrando que a última edição, a 3ª edição, é de 1993. Como a esperança é a última que morre (perdoem-me o clichê), ainda resta o último fio de barba de Rasputin, para que o Sr. MM não seja uma pessoa mal-intencionada. Vou acreditar que ele não sabe a diferença entre nova edição de uma obra e a reimpressão dela. Assim, por dever, explico: reimpressão é quando não houve revisão e ela se mantém como na 1ª edição. Por exemplo, podemos ter a 10ª reimpressão, da 1ª edição. Por outro lado, novas edições são aquelas, nas quais, há qualquer novo tipo de informação, acrescentada pelo autor ou colaborador autorizado pelo autor (acréscimo ou supressão de qualquer tipo de texto, de iconografias, etc). A obra Eu Sou Camille Desmoulins está na sua 3ª edição (1993). Isto quer dizer que os autores fizeram algum tipo de revisão. Calma, muita calma Sr. MM, não se empolgue irresponsavelmente, não se aquiete. Na 3ª edição, o Sr. Hermínio e o Sr. Luciano não acrescentaram nada com relação às narrativas sobre as reuniões experimentais de 1966 e as de pesquisa de 1967, sobre as quais o Sr. MM permanece muito confuso. Diria obcecado em que houve fraude. Creio que já respondi quais as edições que possuo e li.

    Bom, vamos mais uma vez ao core das fixações do Sr. MM, que são as supostas divergências entre as narrativas do Sr. Hermínio e as do Sr. Luciano, com relação às sessões de regressão da memória. Serei a pessoa mais clara possível, para não proporcionar nenhuma desatenção no Sr. MM. Mas, me perdoem, não vou fazer nenhuma tabelinha, não vejo necessidade.

    Vejamos como a questão é simples e em qual barafunda o Sr. MM enterrou a cabeça.

    Todos os diálogos transcritos e considerações que o Sr. Hermínio Miranda fez do cap. 3 (O agora Que Já Passou), até o capítulo 13 (Contribuição de César Burnier), da 1ª parte, isto é, do dia 19 de maio de 1967, ao dia 8 de setembro de 1967, são sobre as sessões de pesquisa propriamente ditas. Já no capítulo 2, da 1ª parte, O Sr. Hermínio fez a narrativa e considerações sobre as sessões experimentais que ocorreram em 1966. Portanto, todas as confrontações das tabelinhas do Sr. MM estão erradas. O Sr. MM não poderia confrontar diálogos e considerações de sessões de anos diferentes. Entenderam? O Sr. MM está confrontando acontecimentos diferentes, de anos diferentes, locais diferentes, diálogos diferentes e por aí vai. O cap. 4, da 2ª parte, do Sr. Luciano dos Anjos, é sobre as sessões experimentais de 1966. O Sr. MM leu sobre essas sessões e saiu cruzando os dados, com as reuniões de pesquisas de 1967. Deu, no que deu. O Sr. MM achou que tinha descoberto o que ninguém viu, porque, é claro, o Sr. MM se considera muito atento, muito esperto.

    Vamos destrinchar mais.

    O Sr. MM se enrolou ainda mais, quando, a partir da sua 2ª tabelinha, passou a confrontar a reunião de 19 de maio de 1967, que ele está dizendo ser a 2ª reunião, vide cabeçalho da tabelinha (não é a 2ª reunião!), com as do cap. 4, da 2ª parte, do Sr. Luciano. A reunião de 19 de maio de 1967 é a 1ª reunião de pesquisa (que aparece no cap. 3, da 1ª parte). Está no livro! Sabem o que o Sr. MM fez? Contou as reuniões do cap. 2, da 1ª parte, do Sr. Hermínio (as preliminares de 1966!) e deu sequência numérica com as demais, dos capítulos subsequentes, que surgem a partir do cap. 3, da 1ª parte (as de pesquisas, de 1967!). Desgovernado mentalmente, o Sr. MM não viu (?!) que as do cap. 2 da 1ª parte, são as experimentais, as preliminares. Estas experimentais e preliminares foram esmiuçadas no cap. 4, da 2ª parte, pelo Sr. Luciano. O Sr. MM é de morte, desatento a beça, dá um trabalhão.

    Sendo assim, para não acharem que estou com desarranjos mentais e defesas pueris, afinal nem todos podem ter à mão o livro Eu Sou Camille Desmoulins, farei algumas transcrições e serei repetitiva (desculpem-me). Só que agora, como os internautas sabem quais foram as confusões mentais do Sr. MM, ficará tudo claro e bem entendido para todos.

    O Sr. Hermínio Miranda no capítulo 2 (O Sempre e o Agora), da 1ª parte, escreve sucintamente sobre as sensações, ambiente e informes que o Sr. Luciano passou nas sessões experimentais de 1966! Transcrevo o Sr. Hermínio (cap 2):
    “Naquela noite de setembro ou outubro de 1966 estávamos reunidos num apartamento amplo e confortável em Copacabana.” (…) “Àquela reunião daquela noite compareceu Luciano dos Anjos, desejoso que estava de observar nossas experiências e debater nossos ‘achados’.” (…) “A certa altura Luciano aquiesceu em submeter-se aos testes de suscetibilidade, como sujet, ou sensitivo (grifos meus). Atenção! O Sr. Hermínio Miranda narra que Luciano dos Anjos aquiesceu de se submeter aos testes em setembro ou outubro de 1966. Os testes! Então, provamos que foram sessões de testes e mais de uma, em 1966. E o Sr. Hermínio continua a narrativa do que foram aquelas reuniões de 1966. “(…) Um só elemento identificador emergiu, afinal daquele confuso estado de espírito: a referência a Necker.” “(…) Era, contudo, uma indicação preliminar suscetível de ser prudentemente explorada.”

    Já, no capítulo 3 (O Agora Que Já Passou) e demais, da 1ª parte, o Sr. Hermínio escreve sobre as sessões de pesquisas que ocorreram a partir de 1967, e que foram diferentes das de 1966, óbvio.

    Escreve o Sr. Hermínio logo nas primeiras linhas, do cap. 3:
    “Luciano apresentava condições de suscetibilidade que justificavam o aprofundamento da pesquisa. ”Foi o que decidimos fazer, não em reunião mais ou menos aberta como aquela e outras prelimimares que ainda realizamos, mas sob condições que nos assegurassem o adequado grau de privacidade e segurança para um trabalho mais amplo. A primeira reunião com estas características foi marcada para a noite de 19 de maio de 1967, em meu apartamento. Isto é, depois dele testar a susceptibilidade do Sr. Luciano, em mais de uma sessão teste em 1966, descritas sucintamente no cap. 2, da 1ª parte, passa a narrar e transcrever as sessões de pesquisas que ocorreram em 1967 (que foram do cap. 3 ao cap. 13, da 1ª parte), no apartamento dele (Sr. Hermínio). Meu Deus, não é tão difícil perceber e entender isso.

    Então, repetindo (mais uma vez, desculpem). A partir do cap. 3, da 1ª Parte, o Sr. Hermínio inicia as transcrições dos diálogos e suas considerações sobre as sessões de pesquisas de 1967. A primeira de pesquisa foi em 19 de maio de 1967 (cap. 3, 1ª parte). Na introdução do cap. 3, o Sr. Hermínio escreve:
    “A primeira reunião com estas características foi marcada para a noite de 19 de maio de 1967, em meu apartamento.” Quais características? As de pesquisas, que não seriam mais, “as mais ou menos aberta como aquela e outras preliminares”, como aconteceram em 1966. Então, o Sr. MM, caso não fosse muito distraído, teria lido que a primeira reunião de pesquisa propriamente dita, e não mais as de testes-preliminares, ocorreu em 19 de maio de 1967. E, assim, o Sr. MM deveria ter, também, compreendido que não poderia confrontar as sessões esmiuçadas pelo Sr. Luciano dos Anjos, do cap. 4, da 2ª parte, que são as de 1966, com estas de 1967.

    O Sr. MM afirmou que as narrativas e transcrições que o Sr. Luciano dos Anjos fez no capítulo 4 (As Primeiras Sessões de Desdobramento), da 2ª parte, estão em divergência com as narrativas do Sr. Hermínio (cap. 2 e cap. 3) e vice e versa. Repetindo, mais uma vez. Caso o Sr. MM não fosse tão distraído, teria verificado que neste capítulo 4, o Sr. Luciano trata, em minúcias, das primeiras reuniões testes, experimentais, preliminares que ocorreram em setembro ou outubro de 1966. Neste capítulo o Sr. Luciano transcreve duas, das quatro sessões preliminares de 1966, e narra sobre as outras duas. Estas quatro sessões preliminares, testes, não têm nada a ver com as escritas a partir do cap. 3, da 1ª parte, pelo Sr. Hermínio Miranda. E, se o Sr. Luciano as esmiuçou, logo, haverá mais informações, as quais não foram escritas pelo Sr. Hermínio, no cap. 2, da 1ª parte. Isto não é divergência, é acréscimo de informação. Pois ambos capítulos trataram das sessões testes de 1966. Mas “advinho” o que o Sr. MM fez. Ele leu o título do cap. 4, da 2ª parte do Sr. Luciano, “As Primeiras Sessões de Desdobramento” e, metamorfoseado no sagrado Digitonthophagus gazella, achou que o Sr. Luciano estaria transcrevendo e comentando as primeiras sessões de pesquisas, que passaram a ocorrer a partir de 19 de maio de 1967. Haja distração. Ou seria leitura preconceituosa, presunçosa?

    Agora, transcrevo partes do capítulo 4 (As Primeiras Sessões de Desdobramentos), da 2ª parte, do Sr. Luciano dos Anjos, que foram as de 1966:
    “Muito bem, chegamos, afinal, ao histórico e ao exame das sessões de regressão da memória realizadas com o Hermínio Corrêa de Miranda. Vamos acompanhar cada passo, cada momento, cada detalhe”. “(…) Ficou devendo o Hermínio uma visita à minha sessão,” (o sr. Luciano explica no capítulo que eram as pesquisas de materializações que realizava) “e ele, em retribuição, estudaria uma oportunidade de eu também conhecer as dele” (as pesquisas de regressão que o Sr. Hermínio realizava). “(…), resolvi efetivar, afinal, nosso encontro. Estávamos em setembro ou outubro do ano de 1966. Marcamos a primeira sessão para uma segunda-feira, quando o Hermínio me apresentaria à sra. E.V., em cuja casa se realizaram os trabalhos (grifos meus). Atenção! Sr. MM. A primeira sessão preliminar ocorreu em setembro ou outubro de 1966! Em uma segunda-feira. São as tais experimentais, testes, conforme o Sr. Hermínio disse que eram, no cap. 2, da 1ª parte. E estas foram efetivadas na casa de quem? Da Sra. E.V. Então, o tal “apartamento amplo e confortável em Copacabana” que o Sr. Hermínio cita no cap. 2, da 1ª parte, é o da Sra. E.V. As sessões de pesquisa passaram a ocorrer a partir de 19 de maio de 1967, no apartamento do Sr. Hermínio, conforme o próprio Sr. Hermínio escreveu. Vamos provar e comprovar?

    Escreve o Sr. Hermínio na introdução do cap. 3, da 1ª parte:
    “A primeira reunião com estas características foi marcada para a noite de 19 de maio de 1967, em meu apartamento.”

    Querem outra prova que o Sr. Hermínio Miranda, no cap.2, da 1ª parte esta narrando os acontecimentos das reuniões experimentais na casa da Sra. E. V.?

    Transcrevo o que o Sr. Hermínio escreveu no cap. 10 (O Perto e O Longe), da 1ª parte:
    “ – Responda uma coisa: numa primeira experiência que fizemos em casa de E.V. perdemos a gravação. Você poderia lembrar-se do que se passou naquela ocasião?”

    Logo, acabamos de comprovar que as primeiras reuniões experimentais, preliminares de 1966, foram na casa da Sra. E.V. e que as de pesquisas de 1967 foram na casa do Sr. Hermínio. Portanto, quando vocês lerem nas tabelinhas do Sr. MM que há divergências, é porque não há. Não houve fraude. O Sr. MM não conseguiu captar quando estava lendo sobre sessões diferentes, de anos diferentes e quando eram as mesmas, do mesmo ano.

    Continuemos, pois o balaio de gato que o Sr. MM confeccionou e quis enfiar os mais inocentes e desavisados é grande.

    Querem outra prova que o Sr. MM é um tumultuado?

    Por favor, desculpem a repetição em minha conclusão. Mas, talvez, para uma pessoa se faz necessário. Caso contrário, fica fixo em teorias imaginárias.

    O Sr. Hermínio Miranda, somente a partir do capítulo 3, da 1ª parte, passa a detalhar (aparecem os diálogos, comentários e análises) as reuniões de regressão propriamente ditas (as de pesquisas), que ocorreram em 1967! As reuniões de pesquisa vão do dia 19 de maio de 1967, até o dia 8 de setembro de 1967. Isto é, do capítulo 3, até o capítulo 13 da primeira parte. As sessões transcritas pelo Sr. Luciano, no cap. 4, da 2ª parte, são as sessões experimentais de 1966. Portanto, todas as conclusões de divergências das tabelinhas do Sr. MM estão furadas. Isto porque, o Sr. MM quis confrontar a primeira reunião de 19 de maio de 1967 e demais de 1967, com as de 1966. E quando confrontou as de 1966, que foram esmiuçadas pelo Sr. Luciano no cap. 4, da 2ª parte, com as narrativas sintetizadas pelo Sr. Hermínio, no cap. 2, da 1ª parte, entrou em labirinto mental, que somente Ariadne poderá salvar.

    Concluindo e desenrolando o Sr. MM e os que foram enrolados por ele:

    Vejamos quanto ao fato do Sr. MM dizer que há divergências narrativas sobre as sensações experimentadas pelo Sr. Luciano, com as narradas pelo Sr. Hermínio. Felizmente, mais uma batata do Sr. MM.

    Uma coisa é o hipnotizador narrar o que ele considera o que o Sr. Luciano dos Anjos sentiu. Outra, mais precisa, será a narrativa do quase hipnotizado, em quase transe, narrando o que de fato sentiu, até cair na inconsciência. Simples, não é? O Sr. MM lê as impressões do Sr, Hermínio sobre sensações que o Sr. Luciano teria sentido, depois lê as impressões que o Sr. Luciano sentiu, de fato, e escreveu sobre elas, e, aí, o Sr. MM conclui que há divergências nos textos. É dose, não é mesmo? Bom, e assim foram as análises do temível Brancaleone de Norcia, o Sr. MM.

    Por isto tudo, já em meu texto anteriormente postado, afirmei que o Sr. MM não tem condições para analisar qualquer obra, espírita e não espírita.

    Com as transcrições e esclarecimentos que realizei acima, tenho absoluta certeza que o Sr. MM não passará para a história como um mal-intencionado. Mas, tão somente, como um desacreditado analista de obras espíritas. Ainda bem, menos mal.

    Encerrando, definitivamente:

    As compilações nas tabelinhas do Sr. MM, imagino eu, tinham a princípio, o objetivo de demonstrarem que os autores da obra Eu Sou Camille Desmoulins são fraudadores. Pelas transcrições que realizei e pelo que consta na obra, fica provado que o Sr. MM pegou as mais diversas informações, misturou as peças e, depois, se atrapalhou todo na montagem da verdade. Portanto, todas as atrapalhas conclusões que o Sr. MM fez e procura incutir na mente das pessoas são, na verdade, oriundas de informações que nunca poderiam ter sido confrontadas.

    Uma vez que o Sr MM. não percebeu isso, se atrapalhou elaborando as suas tabelinhas e concluiu erradamente que havia divergências. Creio que o quê aconteceu com o Sr. MM foi aquela excitação imprudente, de ter acreditado que descobriu e revelaria para o mundo (Internet), que o Sr. Hermínio Miranda e o Sr. Luciano dos Anjos são dois fraudadores imbecis. Pois, quando foram inventar a obra Eu Sou Camille Desmoulins não combinaram o que iam escrever! É dose, não acham?

    Outro fator muito importante que o Sr. MM esqueceu ou a excitação levou-o ao esquecimento, é que fraudadores tem por objetivo se locupletarem dos bens alheios ou conseguir receber, muito bem, algum valor monetário ou material. Ou, ainda, a partir da fraude, passarem a ter tráfego fácil e influência em alguma instituição ou organização que os beneficiará direta ou indiretamente.

    Por favor, mostrem e demonstrem que o Sr. Hermínio Miranda e o Sr. Luciano dos Anjos estão recebendo direta ou indiretamente algum benefício monetário ou material oriundos do livro Eu Sou Camille Desmoulins. O Sr. MM poderia se dedicar a esta tarefa. Mas, parece que para estes “detalhes” tão importantes, o Sr. MM não quer dedicar tempo. Está escrito na obra Eu Sou Camille Desmoulins, que os direitos autorais são doados para instituições assistenciais. Quer dizer, o Sr. Hermínio Miranda e o Sr. Luciano dos Anjos são dois imbecis, mesmo. Fraudaram toda a obra e ainda não levaram vantagem material nenhuma com isso. Nem direta, nem indiretamente.
    Lúcia Amaro Fialho

  15. Alisson Da Hora Diz:

    Achei engraçado o amigo que disse que Desmoulins foi um “jornalista tremendo”, em comparação ao Luciano dos Anjos, um jornalista medíocre. A alguns historiadores, Desmoulins não passava de um jornalista medíocre que porventura teve a sorte de ser agregado de Danton. E quanto ao cabedal de informações que trazemos de outras vidas é sabido que podemos ter, sim, diversas “qualidades” obnubiladas em outra vivência para nossa segurança ou da humanidade mesmo. Assim, se Oppeheimer sentir-se culpado por Hiroshima, ele pode vir um DÉBIL MENTAL e toda sua brilhante inteligência ficar inutilizada por uma vida inteira. Assim como Luciano, Desmoulins também escreveu pra gente tão díspares politicamente falando, como Mirabeau, por ex. e até teceu loas a Robespierre. Só achei estranho pessoas que imagino leitoras das obras espíritas, a serviço de uma crítica “sadia”, esquecerem coisas que se aprende no ESDE.

  16. James Nei Diz:

    É simplesmente impressionante o tempo que o Sr. MM debruçou-se para analisar e demonstrar a inverdade das experiencias de Luciano e Heminio de Miranda.
    Em 1989 quando foi a publico a obra eu e outros companheiros espiritas da Bahia conhecedores profundo da codificação Espirita, com a vivencia pratica nas reuniões MEDIÚNICAS com mais de 30 anos nesse laboratório de intercambio entre os dois mundos, e conhecendo a seriedade das suas outras obras já publicadas, é impressionante que o estimado Sr. MM tem como objetivo primordial contestar o incontestável, poderei digitar indefinidamente os nosso experimentos práticos ao longo de varias décadas sobre regressão e comunicações dos relatos dos espíritos sobre as nossas vidas passadas. Peço-lhe as minas sinceras desculpas da minha arrogância em lhe informar os nossos cabedais intelectuais. Não terceire nenhuma outras considerações.

  17. José Archangelo Olivato Diz:

    É impressionante o quanto a falta de conhecimento e experiência em regressão a vidas passadas fazem pessoas se enganarem quanto ao assunto; tanto quanto um químico que tentasse refutar as experiências e conhecimentos de um especialista na área médica. Embora seja típico da ignorância, cada um fala daquilo que sabe ou supõe saber e, em assim sendo, é uma opinião personalíssima, não tem o condão de refutar uma obra toda, de questionar o caráter de um ou outro. Por outro lado, presta um excelente serviço: o de trazer à tona o debate em torno de interessante e intrigante assunto!

  18. José Archangelo Olivato Diz:

    “é impressionante o quanto a falta de conhecimento e experiência em regressão a vidas passadas FAZEM…”. Por favor, para o bem da concordância verbal, leia-se: FAZ.

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