uma análise imparcial dO Caso omm seti

O caso Omm Seti é um dos mais enigmáticos e interessantes da literatura psíquica, envolvendo tanto características mediúnicas quanto reencarnatórias. Ele é extraído de O Livro de Ouro dos Mistérios da Antiguidade. A análise é bastante imparcial, e muito bem escrita. 

 

Era o ano de 1908. 

Dorothy contava 4 anos, então, quando os seus pais a levaram ao Museu Britânico. O que os pais da menina mais temiam não tardou acontecer: a pequena Dorothy “aprontou” no museu, a sua rebeldia se devia ao tédio diante das “paradas” obrigatórias diante das “vitrines” do estabelecimento. A coisa mudou de rumo quando o casal Eady e a filha Dorothy adentraram as galerias egípcias do local. O comportamento de Dorothy transformou-se repentinamente. Como que acordada para uma outra realidade que seus pais não percebiam, a menina corria de um lado para o outro, beijava os pés das estátuas e, ao encontrar uma múmia, acocorou-se diante da sua vitrine e de lá não saiu, dando tempo aos seus pais de percorrerem as dependências que lhes interessavam, sem sofrerem as suas diabruras feitas anteriormente à chegada nas Galerias Egípcias.

A Sra. Eady, voltando, teve que pegar a filhinha à força, porque a menina dizia, numa voz áspera e estranha, irreconhecível: “Deixem-me aqui, este é o meu povo”. Ela dizia a frase, agarrada na vitrine.

Este comportamento estranho de Dorothy Eady, possuía uma ligação com um incidente que Dorothy jamais esqueceria e o qual ela sempre relataria com segurança. Relato da própria Dorothy:

“Quando tinha 3 anos, caí do alto de uma grande escada e fiquei inconsciente. Chamaram um médico, ele me examinou profundamente e me declarou morta. Uma hora depois, voltou com o meu atestado de óbito e uma enfermeira para “preparar o corpo”. Mas para sua surpresa, o “corpo” estava totalmente consciente, brincando, demonstrando que nada havia de errado!”

Acontece que depois desta queda, a menina passou a ter um “sonho recorrente”. Dorothy sonhava que se encontrava diante de uma grande construção possuidora de grandes colunas e de um jardim com árvores, frutas e flores. Nesta ocasião, Dorothy entrou em fase depressiva, chorando à toa, e pedindo com veemência que desejava voltar para a sua casa.

Nas tentativas feitas pelos seus pais de tranqüiliza-la, a menina negava as evidências que eles lhe apresentavam dizendo que não estava em”sua casa”, todavia, não sabendo explicar em que local estaria o que ela considerava mesmo ser a “sua” verdadeira residência. Até a ida ao Museu Britânico os acontecimentos se passavam de conformidade com esta descrição.

O pai de Dorothy, alguns meses depois da ida ao Museu, comprou uma enciclopédia infantil para a filha, a enciclopédia continha, entre outras fotografias, fotos e desenhos do Egito antigo. Dorothy deu largas à sua já instalada obsessão pelo Egito. Ao encontrar uma fotografia da Pedra de Rosetta, em texto trilingüe, ficou durante horas perdidas examinando a foto e dizendo à sua mãe conhecer a língua original (o que diziam os hieróglifos) mas que a esquecera.

Aos 7 anos, o tal “Sonho Recorrente” iniciou a contar uma história mais coerente para Dorothy. O catalisador deste evento foi uma revista que, por acaso, incluía uma fotografia com a seguinte legenda: “Templo de Seti F, em Abidos.”

Dorothy ficou petrificada com a descoberta! Aos gritos, deu vazão à emoção na qual se viu tomada: “Esta é a minha casa! Era ali que eu morava!”

Desta vez, porém, os seus gritos foram de alegria. Pouco tempo depois, olhando para o seu pai e com uma voz tristonha a menina perguntou: “Mas por que está tudo quebrado? E onde está o jardim?”

O pai pediu-lhe que deixasse de ser tola, ela não poderia ter visto anteriormente aquele prédio tão distante de onde viviam e construído há milhares de anos; além disso, não existem jardins em deserto algum.

Passaram-se 45 anos. Dorothy Eady trabalhava então como funcionária do Departamento de Antiguidades Egípcias e fora remanejada para Abidos, indo residir numa casinha perto do Templo de Seti. Sentia-se, como ela própria afirmava, na “sua” casa. Dorothy viveu em Abidos desde 1956 até à sua morte em abril de 1981, já conhecida pelo nome de OMM SETI, cujo significado é: “Mãe de Seti”, nome do seu filho meio-egípcio, fruto do seu casamento com um belo egípcio que conheceu na Câmara Dos Comuns, no tempo da luta pela independência do Egito em relação à Grã-Bretanha: Imam Abdel Maguid, este o nome do marido de Dorothy e pai de Seti.

Com este apelido, OMM SETI, Dorothy conquistou a pequena população de Abidos, meio desconfiada a princípio, a respeito de quem seria de fato aquela invasora inglesa, muito esquisita, que viera trabalhar e residir na, então, pequena cidade de Abidos.

De princípio, ao que parece, os habitantes da cidade temiam Omm Seti como se fosse ela uma bruxa, pois fora ela quem indicara com extrema precisão para os arqueólogos, onde escavar para encontrar o jardim do Templo de Seti, ao sul da construção.Os arqueólogos obedeceram à sua informação e, realmente, encontraram o jardim tão querido e relembrado de Omm Seti.

O fato é que Omm Seti foi considerada como sendo uma das pessoas mais extraordinárias do séc. 20, pelos cientistas e pessoas que a conheceram ou trabalharam com ela, na Europa e no Egito.  

A sua personalidade forte dava-lhe um fascínio a parte: “Ela era uma artista, ao mesmo tempo que uma mulher irascível, engraçada, destemida, franca e totalmente excêntrica.”

“Independente do que se possa pensar das suas alegações de ser a reencarnação de uma egípcia antiga, sua vida foi romântica e animada como poucas”.

Algumas Informações valiosas para o pesquisador deste caso de possível ocorrência de “memória extra cerebral” (reencarnação): Dorothy iniciou seriamente os seus estudos de egiptologia na adolescência. Seu principal mentor nesta época foi Sir Ernest Wallis Budge, Guardião de Antiguidades Egípcias do Museu Britânico. Sir Budge foi um pioneiro no estudo da egiptplogia. O aristocrata adotou Dorothy e ensinou a ela, também, como traduzir os hieróglifos. 

Os sonhos estranhos de Dorothy prosseguiam. Nesta fase da sua vida, a mocinha tornou-se sonâmbula.O final da adolescência e o inicio da idade adulta de Dorothy, aconteceram em Plymouth, com a mudança da família para esta cidade . 

Em Plymouth, Dorothy continuou com as suas leituras a respeito do Egito, estudou desenho e começou a freqüentar um ciclo de estudos ligados à reencarnação. Dorothy possuía a certeza de que tinha vivido como uma antiga egípcia de família humilde.

Entretanto, os estudos desenvolvidos neste Grupo não satisfizeram às suas expectativas e Dorothy os abandonou.

A sua motivação principal para desprezar o Circulo de Estudos foi a sugestão fornecida por um dos integrantes do Grupo de que Dorothy: “(…) poderia ter tido várias reencarnações, inclusive até de ser uma delas a reencarnação de Joana D’Arc”.

A reação de Dorothy a esta sugestão sem pé nem cabeça foi: “Por que diabos eu teria sido Joana D’Arc?!”  

Dorothy,então, procurou por um outro Grupo espiritualista local e este Grupo lhe forneceu outra explicação para os fenômenos que aconteciam com ela, explicação esta que não a convenceu também : “(…) em vez de reencarnação, ela “efetivamente” morrera ao cair da escada, e que o corpo fora possuído por um antigo espírito desencarnado.”

O primeiro passo verdadeiro que Dorothy Eady deu para se aproximar da sua própria realidade, aconteceu mesmo quando tinha 27 anos e, contra a vontade dos pais, partiu para Londres para assumir um emprego como relações-públicas de uma revista egípcia.

Foi quando conheceu o seu futuro marido Imam Abdel Maguid.Como seu marido, Imam resignou-se também a se dobrar diante da personalidade forte da mulher, da mesma forma como acontecera anteriormente com os pais dela. Casados, os dois Mudaram-se para o Egito onde, algum tempo depois, nasceu-lhes um filho que Dorothy exigiu chamar-se Seti, mesmo contra a vontade do marido.

Imam trabalhava na modernização da educação no Egito e desejava residir no centro moderno da cidade do Cairo. Dorothy não, ela queria e venceu a parada, residir num local mais antigo e de onde pudesse ter uma visão das pirâmides.

Com o nascimento do filho, Dorothy conquistou o nome Omm Seti, um costume de cortesia egípcio de não se referir às mulheres usando o seu prenome.

Mesmo sendo mãe, Dorothy não deixou de se preocupar com as questões alheias à sua família. Seu marido, quando perdia o sono durante a noite, via a esposa sentada perto da janela rabiscando hieróglifos num papel, à luz da lua. Omm Seti descreveria, mais tarde,o seu estado mental nesta época: “ Um tanto inconsciente, como se eu estivesse sob algum estranho feitiço, nem acordada, nem dormindo” – como se eu ouvisse uma voz interior ditando lentamente palavras egípcias.”

Esse fenômeno é conhecido como “escrita automática” entre os médiuns. 

Durante 1 ano Omm Seti preencheu 70 paginas com hieróglifos, que depois reuniu e decifrou. Dizia que as palavras lhe eram ditadas por um espírito que denominou Hor-Ra, e que elas descreviam a sua vida anterior, no Egito.

O que diziam estes escritos? 

“São verdadeiros por causa de coisas que lembro”, afirmava Omm Seti. Eram fatos que diziam respeito à sua vida anterior, no Egito, quando vivia na pele de uma jovem chamada Bentreshyt. De família humilde, a jovem egípcia foi enviada para o Templo de Kom El Sultan (ao norte do Templo De Seti, ainda no início da sua construção nesta época). A jovem iria ser preparada para exercer o papel de sacerdotisa. Aos 12 anos, Bentreshyt teve que responder a uma pergunta feita pelo sumo sacerdote Antef: queria se casar? Ou preferia permanecer no templo.

Bentreshyt não conhecia o mundo exterior, assim, respondeu que queria ser uma sacerdotisa e fez votos de castidade pois teria que resguardar, para sempre, a sua virgindade. Recebeu então um árduo treinamento, ela participaria dos rituais dramatizados do templo, nos quais eram encenadas a morte e a ressurreição de Osíris. 

Durante anos, Omm Seti calou-se, resguardando um terrível segredo. Nem mesmo e especialmente o seu marido Imam, foi colocado ao par de uma parte deste segredo, iniciado por uma história na qual a jovem Bentreshyt, um dia, encontrou no jardim do Templo o Faraó Seti ….. .O segredo de Omm Seti incluía também o silencio total a respeito da tradução do material que ela foi acumulando com o tempo, escrito em hieróglifos, e sob o clarão da lua. 

Fenômenos estranhos tumultuavam a vida do casal. Certa feita o pai de Imam que passava uns dias com a família do filho, fugiu de casa aos gritos, dizendo que vira um Faraó sentado na cama de Omm Seti!

Depois de 3 anos de casamento, Imam foi transferido para trabalhar no Kwait e para lá seguiu.Nem bem o marido ausentou-se, Omm Seti mudou de casa. Primeiramente, ela e o filho foram viver numa tenda armada perto das Pirâmides de Gizé. Omm Seti, então, arranjou uma colocação como desenhista no Departamento de Antiguidades Egípcias, tornando-se a primeira funcionária do sexo feminino.Nos 20 anos seguintes, foi elevada ao cargo de assistente de dois egiptólogos muito importantes: Selim Hassan e Ahmed Fakhry, que “registravam e escavavam as pirâmides no planalto de Gizé e em Dashut.”

Com o seu treinamento na Escola de Artes, Omm Seti tornara-se numa hábil desenhista e também numa valiosa assistente editorial, corrigindo ou reescrevendo o inglès dos artigos e reportagens locais que Hassan e Fakhry preparavam sobre as suas descobertas.Ninguém poderá negar a grandiosa e valiosa contribuição de Omm Seti, à egiptologia nesta época.É da lavra do Professor Dr. William Kelly Simpson, professor de egiptologia da universidade de Yale as impressões sobre e o seu reconhecimento do trabalho notável desenvolvido por Omm Seti: “Algumas pessoas conhecem a língua egípcia de ponta a ponta mas não têm conhecimento da arte egípcia; outras conhecem a arte egípcia, mas não a língua. Dorothy Eady conhece ambas.”

Abidos 

Omm Seti, apesar de “venerar” a cidade de Abidos nunca havia ido lá e nem manifestara este desejo externamente até então.

Só tinha um objetivo na vida: ir para Abidos, viver em Abidos e ser enterrada em Abidos. (Contudo) algo além do meu alcance me detivera até mesmo de “visitar” Abidos.

No ano de 1952, Omm Seti foi a Abidos numa curta viagem, deixou a sua mala no Departamento de Antiguidades e passou a noite, sozinha, no Templo de Seti. Lá, acendeu incensos e orou para os antigos deuses egípcios.

Retornou a Abidos no ano de 1954, lá ficando por 2 semanas.Depois, viveu implorando aos seus empregadores que utilizassem os seus serviços em Abidos.Os empregadores de Omm Seti temiam mandá-la para lá. Abidos, nesta ocasião, era uma aldeiola arrasada, sem um pingo de conforto como luz, esgotos, e onde ninguém falava uma palavra de inglês. Os superiores de Omm Seti, temiam que algo de ruim pudesse lhe acontecer. Nestas alturas o filho dela, Seti, havia ido residir com o seu pai, no Kwait. Livre, a persistência de Omm Seti conseguiu-lhe o almejado emprego em Abidos, para onde se mudou no ano de 1956. De lá, ela jamais saiu desde então: lá ela residiu e lá ela faleceu. 

Omm Seti, deveria registrar os relevos do Templo de Seti. Envolvida no trabalho arqueológico, Omm Seti descobriu os vestígios do jardim do Templo: o mesmo jardim que os seus sonhos lhe mostraram na sua vida inteira.

Omm Seti professava a religião do antigo Egito e nunca se preocupou em fazer proselitismo ou de defendê-la dos ataques que por ventura lhe fizessem. Nunca se envergonhou da sua religião e ficava satisfeitíssima quando via as egípcias “muçulmanas” de hoje, quando não conseguiam emprenhar, correrem, esperançosas, para tocarem nos pés de Ísis!

Omm Seti era procurada devido à sua fama de erudita em egiptologia e com os turistas que ela simpatizava, servia os seus extraordinários conhecimentos nos passeios turísticos, personificando o mais precioso de todos os guias turísticos. Omm Seti, uma mulher inteiramente moderna e alto-astral, adorava uma boa conversa e o seu senso de humor irreverente mostrava, ás vezes até, algumas pinceladas obscenas. 

O Dr. Harry James, antigo guardião de Antiguidades Egípcias do Museu Britânico, declarou: “Ela era prosaica na sua devoção, e totalmente livre de irracionalismo oculto. Temos que lembrar de que a antiga religião egípcia estava longe de ser ‘racional’, no sentido que a ciência ocidental moderna atribui a essa palavra.” 

Mas Omm Seti não se incomodava, acreditava na magia da antiga religião e mostrava uma comunicação deveras fantástica com os animais, falava que conseguia encantar cobras, até mesmo a temível naja e, de fato, jamais foi ofendida por víbora alguma.

Omm Seti acreditava que o poder tremendo dos deuses egípcios ainda atuava nos seus lugares sagrados.

Também não fazia segredo da convicção que lhe impulsionava a vida: ser a reencarnação de uma jovem de origem humilde, de um templo egípcio, que vivera e trabalhara no Templo de Abidos durante o reinado do Faraó Seti. Se isto se encaixa no pensamento egípcio é difícil de se dizer: não há evidência escrita alguma, de que os antigos egípcios acreditassem na reencarnação. 

Os que conheceram esta mulher extraordinária jamais duvidaram da sua sinceridade nem da sua profunda convicção.

Centenas de egiptólogos a conheceram e ela trabalhou de perto com alguns dos melhores nessa área. Nenhum dizia uma só palavra ruim a seu respeito, nem a menosprezava como simples louca. A egiptologia é notoriamente uma disciplina formalista, mas Omm Seti foi tolerada calmamente e aceita quase como um dos seus membros, ainda que muito estranho.

Amante de Seti.

Desvenda-se totalmente o grande segredo de Omm Seti, mencionado acima nestes textos: “Omm Seti mantinha em relativo segredo as suas alegações mais ultrajantes, por serem de natureza profundamente pessoal. Guardava-as no seu diário e contou-as em detalhe apenas a um amigo, o Dr. Hanny El Zeini, colega em quem muito confiava.”

O Dr. Zeini era pesquisador químico, industrialista, e dedicado egiptólogo amador, o Dr. El Zeini conheceu Omm Seti no Templo de Abidos, cerca de 9 meses após Omm Seti se mudar para lá. 

Omm Seti e o Dr. Zeini durante 12 anos pesquisaram e escreveram numerosas e eruditas publicações muito procuradas pelos que se dedicaram e se dedicam à egiptologia. Omm Seti escrevia os textos e Zeini fotografava os locais. 

Zeini, de princípio, resolveu verificar a autenticidade do que Omm Seti dizia a respeito do Jardim do Templo, no início daquela amizade. Então, entrevistou o capataz encarregado das escavadeiras, residente em Abidos. O rapaz, prontamente, lhe mostrou o local que lhe fora indicado por Omm Seti.

As descrições feitas por Omm Seti, antes das escavações, foram todas ali comprovadas, quando descobertas pelas escavadeiras: canaletas de irrigação, os tocos de árvores indicativos da arborização do jardim, que estavam cobertos de areia mas que foram prontamente limpos pelo capataz.”Poucos meses depois, Zeini encontrou o Inspetor de Antiguidades responsável pelo Templo de Seti e perguntou-lhe sobre o papel de Omm Seti na descoberta do Jardim. O Inspetor respondeu:

“Ela foi a responsável direta pela descoberta dessas raízes de árvores e foi útil na descoberta do túnel que percorria a parte mais ao norte do templo… Não é tão boa “desenhista”, mas parece ter um misterioso sexto sentido sobre o terreno onde caminha e verdadeiramente me surpreendeu com um conhecimento muito profundo do templo e dos arredores…. Eu quase ousaria dizer que ela seria indispensável para qualquer missão arqueológica que tente fazer qualquer trabalho sério na área de Abidos.”

Daí em diante, jamais Zeini duvidou de Omm Seti! E devido a esta dedicação, mereceu conhecer a parte mais estupefaciente desta história. Quando Berenshyt completou 14 anos, recebeu a confissão do Faraó Seti que ele havia se apaixonado, perdidamente, por ela!

Havia um impedimento de vulto para aquela paixão: Omm Seti fizera votos de castidade para se tornar sacerdotisa. Mas os dois se amaram e Berenshyt engravidou, as autoridades do templo, enfurecidas, fizeram-na confessar o seu pecado mas não conseguiram realizar a tarefa de fazê-la confessar com quem pecara, apesar de ameaçarem-na com a morte. Temendo pelo Faraó, seu amante, a jovem sacerdotisa suicidou-se para protegê-lo. Seti ficou arrasado com os acontecimentos e fez votos de jamais se esquecer da sua jovem amante. 

A história de Omm Seti, nesta altura dos acontecimentos, torna-se quase que inacreditável, porém, Omm Seti relatava que, quando completou 14 anos, o Faraó “retornou” para reencontrá-la, pagando assim a sua promessa de jamais esquecê-la. De conformidade com o que Omm Seti contou ao seu amigo Dr. Zeini, Cerca de 50 anos depois desta data, certa noite ela havia despertado com a sensação de que alguma coisa pressionava o seu peito. Despertando, Omm Seti viu o rosto mumificado do Faraó Seti olhando-a fixamente, tendo apoiadas as suas mãos no ombro dela.

“Fiquei surpresa e chorei, no entanto em êxtase… era a sensação de algo esperado por tanto tempo e que afinal acontecia… e ele rasgou a minha camisola, da gola à bainha.”

A visita seguinte ocorreu quando já residia no Cairo. Mas, desta vez Seti já não se apresentou como múmia, mas sim como um belo homem de 50 anos presumíveis. E eles passaram a viver como amantes noite após noite.

Omm Seti, descartando o bizarro dos seus relatos com muita fleugma (não fosse ela inglesa nesta “encarnação”) explicava que um rigoroso código moral regia estas visitas do Faraó a ela. Seti possuía a permissão destes retornos dado pelo Conselho de Amentest, o mundo egípcio dos mortos, mas tinha que se submeter-se à vigilância deste Conselho e ás regras restritas que ele ditava. Assim, quando ela, Omm Seti ainda era uma mulher casada, os encontros foram, todos eles, platônicos. Depois do divórcio de Omm Seti, a coisa mudou e Seti comunicou-lhe que pretendia desposá-la assim que ela se reunisse a ele no Amentet.

Havia uma outra explicação que Omm Seti disse dever ao seu amigo Dr. Zeini. Ela demorara a visitar e depois mudar-se para Abidos, devido ao seu caso de amor com o Faraó fantasma. Em Abidos, ela teria que assumir e encarnar o papel de sacerdotisa virgem e não poderia ter relações sexuais com o seu amante, o Faraó.

Ela havia se decidido a obedecer as regras, desta vez, com o fito de que quando morresse o seu crime fosse perdoado e ela e Seti, então, pudessem reunir-se para sempre e sem transtornos. O registro deste caso e de todos os encontros de Omm Seti com o Faraó, foram dados por ela, à guarda do amigo Dr. Zeini.

Considerações: Conhecimento Sobrenatural?

À primeira vista, as alegações de Omm Seti, embora românticas, comoventes e extremamente ricas, são tão artificiais que chegam a ser ridículas e impossíveis de acreditar. Contudo, a própria audácia faz com que se pare para pensar. Será que uma mulher de tamanha inteligência e reputação maquinaria uma elaborada invencionice, repleta de detalhes, que duraria toda a sua vida? Omm Seti parece ter sido extremamente confiável, e certamente ninguém jamais a acusou de mentir sobre coisa alguma.

Então seria louca? A Própria Omm Seti considerou essa possibilidade, admitindo que a queda da escada em tenra idade poderia ter “afrouxado algum parafuso”. No entanto, em todos os outros aspectos, inclusive quando fazia declarações tão francas assim, ela sempre demonstrou sinais de uma personalidade bem equilibrada. O Jornalista Jonathan Cott, que escreveu a única biografia de Omm Seti, debateu com vários peritos as condições mentais da biografada. Um psiquiatra especialista em jovens sugeriu que, se uma determinada área do cérebro fosse afetada pela queda, resultaria numa “permanente confusão de caráter”- em outras palavras, ela teria a persistente sensação de não estar à vontade no seu meio ambiente. A obsessão pelo Egito seria um efeito secundário.

Contudo, a simples conclusão de dano cerebral não explicaria toda a história de Omm Seti. Ela não demonstrava “problemas”, nem mesmo no seu obsessivo desejo de viver no Egito. Isto simplesmente levara-a à sua carreira de egiptóloga, bem sucedida, especialmente considerando-se que se tratava de uma mulher estrangeira, trabalhando sozinha num país islâmico. O Dr. Michael Gruber, destacado psicólogo de Nova York, convidado por Cott a avaliar a história de Omm Seti, concluiu que, embora ela vivesse numa realidade paralela, isso não contribuiu para prejudicar a sua capacidade de viver a realidade cotidiana. Ao contrário, simplesmente enriqueceu-lhe a vida normal. Em resumo, ela não precisava de terapia nem de ajuda psiquiátrica de espécie alguma.

Afinal, será que é o nosso próprio preconceito ocidental sobre a reencarnação é que faz nos parecer tão chocante a história de Omm Seti? Essa história combina bem com os casos mais bem comprovados, produzidos por pesquisadores dedicados à reencarnação, nos quais as crianças, tipicamente entre as idades de 2 e 4 anos, começam a experimentar “memórias” que não lhes pertencem. Dorothy Eady tinha 3 anos quando sofreu o acidente que deu início ás suas experiências. Se a reencarnação como tal não está envolvida nesse caso, será que Omm Seti recebia informação do passado por outros meios? As partes mais incríveis das suas experiências, inclusive o caso de amor com Seti, seriam talvez sonhos lúcidos e informativos, que ela não tinha outro meio de interpretar ou explicar? Talvez tivesse uma experiência semelhante à do arqueólogo Bligh Bond, que dissera que “vozes fantasmas” amigáveis o ajudaram nas suas escavações em Glastonbury.

Contudo, Omm Seti aprendeu com essas experiências; e o que se deve fazer com o que ela alegava “saber” sobre o Antigo Egito? Ninguém jamais fez uma lista formal nem verificou para ver se foi depois aprovada ou desaprovada. A sua mais famosa alegação, a respeito da existência de um jardim no Templo de Abidos, perde o impacto quando se percebe que praticamente todos os templos egípcios tinham jardins. Contudo, uma criança de 4 anos de idade em 1908- quando a própria egiptologia ainda estava na infância- não podia saber disso. Além do mais, temos a autoridade do Dr. El Zeini, que entrevistou os operários e os inspetores de antiguidades envolvidos na descoberta do jardim de Abidos, de que ela não apenas indicou o local como também conduziu-os até o sítio de um túnel sob a parte norte do templo.

Na verdade, o “sexto sentido” de Omm Seti sobre o local parece ter sido universalmente reconhecido. Ela também fez repetidas vezes outra alegação sobre o templo: de que sob ele existe uma câmara mortuária secreta, contendo uma biblioteca de registros históricos e religiosos. Se descoberta esta biblioteca, ela seria uma sensação arqueológica capaz de fazer o túmulo de Tutankamon parecer insignificante. Infelizmente, até agora, ninguém parece ter seguido a indicação para procurá-la.

Diferentemente das previsões de Omm Seti sobre a localização do jardim e do túnel- que vinham das suas “próprias memórias- a sua alegação sobre a biblioteca escondida na câmara parece ter vindo principalmente das conversas mantidas com o Faraó Seti. Trechos dessas conversas, registrados no seu diário secreto, estão publicados na biografia de Omm Seti que J. Cott escreveu e, fantasia ou não, constituem leitura absorvente e fascinante.

Somos apresentados às opiniões de Seti sobre uma grande variedade de assuntos, desde a moralidade sexual até a possibilidade de vôos espaciais, que Seti aparentemente teme como “Malignos”. (Por uma coincidência irônica, o programa científico que investiga a vida extraterrestre forma, em inglês, o acrônimo SETI.)

Algumas alegações de Seti para Omm Seti, nas suas conversas noturnas:

a) Não foi ele quem construiu o Osirion de Abidos que data de muito antes da sua época.

b) Declaração de que a Esfinge de Gizé foi construída para o deus Horus e que era muito mais antiga do que o reinado do Faraó Quefren (cerca 2350 a. C.), que em geral se considera tê-la construído.

Alguns egiptólogos primitivos compartilhavam de ambas as opiniões, que foram revividas em um certo número de livros não acadêmicos. Muitos egiptólogos modernos parecem concordar agora que a Esfinge não se parece com Quefren (como se acreditava antes), preferindo descrevê-la como uma estátua de Horus, no seu papel de deus Sol. No entanto, a explicação de que a Esfinge teria sido construída ANTES do tempo de Quefren é uma questão ardentemente e furiosamente debatida hoje em dia.

Por mais instigantes que sejam, muitas das alegações substanciais de Omm Seti sobre a história egípcia ainda permanecem sem confirmação (de um modo geral) e até que os seus diários íntimos sejam inteiramente publicados, é impossível produzir uma “avaliação” realista de quais as alegações que podem estar certas ou erradas. Uma análise total constituiria uma tese interessante, talvez, para um estudante que estivesse se graduando em psicologia ou em história, e afinal nos daria um quadro melhor sobre as idéias egiptológicas de Omm Seti. O autor destes textos lamenta que um parapsicólogo não tenha examinado diretamente Omm Seti pois, nestas alturas, teríamos feito um estudo melhor da totalidade do seu caso.

Atualmente, só dispomos da confirmação da descoberta do Jardim do Templo, do seu túnel e a respeito dos costumes egípcios que os egiptólogos ignoravam até que Omm Seti os revelou e eles os pesquisaram mais profundamente encontrando as confirmações necessárias.

Omm Seti relatou como dois egiptólogos lhe fizeram o teste para as escavações do Jardim indicado por ela. Um deles foi o Chefe do Departamento de Antiguidades com mais 2 colegas. Infelizmente, ninguém pediu diretamente a eles para confirmarem os seus testemunhos.

Falsas Memórias?

O autor deste estudo fala do grande numero de pessoas que já “viveram no Egito”… e cujas histórias puderam ser, algumas delas, até reconstituídas por hipnose. Mas acrescenta que o caso de Omm Seti é único!

“Ninguém constituiu um caso tão poderoso e persuasivo como o de Omm Seti. A força das suas alegações consiste, em parte, na sua imensa e firme dedicação à certeza de que “pertenceu” ao Egito.”

Há os que dizem a respeito deste caso que as evidências da infância, afinal, têm como proveniência apenas os testemunhos da própria Omm Seti. Ninguém se encarregou de entrevistar os seus pais, ou qualquer outra pessoa que conhecesse os fatos e as narrativas de muito perto. Outra “pedra no caminho”: o médico e a enfermeira jamais forneceram um relatório a respeito de um notável acontecimento citado por Omm Seti: a sua morte e ressurreição aos 4 anos de idade! Pelo menos, se existiu, este relatório jamais foi encontrado por ninguém.

Enfim, quem fizer o papel do “advogado do diabo” deste caso, irá encontrar falhas graves para a sua autenticação como sendo um caso autêntico de reencarnação. Não existem provas concretas das inúmeras narrativas que compõem este caso. Só a palavra de Omm Seti, o que é insuficiente.

Os céticos estão livres para perguntar de onde provêm as memórias de Omm Seti sobre a “morte” e o incidente no Museu Britânico. Ela jamais esclareceu se eram memórias próprias ou se estava relembrando coisas que os pais lhe contaram. Em todo o caso, é manifestamente óbvio, e as pesquisas recentes sobre a “síndrome da falsa memória “têm ressaltado, que as memórias podem ser falhas. Hoje está suficientemente documentado que as pessoas podem sinceramente “relembrar” coisas que na verdade jamais aconteceram, e que variam desde sofrer abusos quando crianças até serem raptadas por alienígenas.”

Ao advogado de Defesa deste caso concede-se a palavra: De forma alguma se pode condenar o caso de Omm Seti como sendo uma farsa, seja lá qual o tipo de farsa que a nossa razão possa nos apresentar como argumento . O conhecimento de Omm Seti sobre Abidos e o Egito, os detalhes minuciosos da história e arqueologia deste país e desta cidade que depois foram comprovados como sendo reais, deixaram Omm Seti na posição de conhecer e de ter a familiaridade mais autêntica com este país e com esta cidade, mais do que as que quaisquer expert ocidentais ou egípcios, ou de arqueólogos ilustres puderam acumular.

Kenneth Kitchen, Professor de Egiptologia da Universidade de Liverpool e especialista na Família do Faraó Seti (19ª Dinastia), embora admirasse Omm Seti, chamou a atenção para um problema óbvio:

“Omm Seti chegou a todo tipo de conclusões perfeitamente sensatas a respeito do objetivo material e verdadeiro do Templo de Seti – o que também pode ter coincidido com coisas que ela sentia e percebia de algum outro modo – porque passou no sítio o tempo que 99% de nós não passamos… e isso rendeu dividendos. Assim, mesmo numa interpretação reduzida, ela teve a oportunidade de fazer muitas observações tranqüilas e detalhadas. Não importa a vida anterior; esta já seria o suficiente!”

Outros egiptólogos que a conheceram ficaram mais comovidos ou mais confusos com a sua história. O Dr. James P. Allen, antigo chefe do Centro Americano de Pesquisas no Egito, recorda:

“Ela não era absolutamente uma artista trapaceira… Omm Seti de fato acreditava em toda aquela loucura – ela de fato acreditava. Acreditava o suficiente para tornar tudo fantasmagórico, e ás vezes fazia com que se duvidasse do próprio senso de realidade.”

Estima-se que num provável futuro, se as tensões que acontecem nesta região o permitirem, que a arqueologia descubra mais subsídios, autênticas provas nas previsões feitas por Omm Seti a respeito do Antigo Egito.

A mais forte de todas elas delas?

A existência da Biblioteca subterrânea no Templo de Seti.

Enquanto isto não acontecer, só nos restam suposições como as de Kitchen, Allen, etc. Ou as dos que crêem na reencarnação e na paranormalidade, sem precisarem recorrer aos rigores contidos no método científico vigente.

Seria uma reencarnação, como a própria Omm Seti imaginava, ou ela estaria recebendo impressões do passado por algum meio que não conseguia compreender, e interpretando-as da única maneira que podia? Ou seria tudo literalmente um sonho?

Lamentavelmente, a chance de responder a todas essas perguntas de forma satisfatória desapareceu no dia em que Dorothy Eady morreu. Omm Seti será sempre um enigma. Onde quer que esteja hoje – espera-se que no Amentet – (o mundo egípcio do pós-morte), como planejou-, ela aceite esta situação com um sorriso astuto.

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Dorothy Eady

15 respostas a “uma análise imparcial dO Caso omm seti”

  1. Andre Diz:

    Grande post! Obrigado Vitor.

  2. HOMEOVER Diz:

    Para maiores informações recomendo o livro Arquivos Psíquicos do Antigo Egito, Hermínio Miranda

  3. Gilberto Diz:

    Em relação a recordações que nunca existiram, me lembro de um caso de um documentário do Discovery que traduzi. Um homem de 40 anos comentou com sua irmã sobre um fato estranho que ocorreu quando ele era criança. Ele se lembrava de acompanhar seu pai, que era vendedor ambulante, e de testemunhar seu pai matar uma pessoa. A irmã mais tarde disse que teve uma experiência semelhante na infância e que se lembrava vividamente de ter visto o pai matar uma pessoa também. E eles continuavam a lembrar desses assassinatos e o número de casos supostamente lembrados superou 40. O pai deles ainda vivia mas era idoso e doente. Mesmo assim eles decidiram contar tudo pra polícia local, com todos os detalhes e até mesmo o ano e em que época dele os assassinatos teriam acontecido. A polícia fez o levantamento e constatou que nenhum crime não-resolvido havia acontecido naquela época, e naquela quantidade – que seria digna do mais cruel serial killer – e não de um pai amoroso como era o caso. Os irmãos passaram por detetores de mentira, regressão hipnótica e tudo mais, e parecia que eles diziam a verdade. Mas nada batia com os registros policiais. O pai deles passou por humilhações e sempre negou tudo. O fato só teve essa explicação: lembranças, fantasias, de coisas que não ocorreram mas eram lembradas de forma clara pelos dois. Mesmo sabendo que parecia loucura. Consta que até hoje eles tentam provar que seu idoso pai fora um serial killer na jovem vida adulta. É claro que um espírita, desses que tem explicação pra tudo, vai dizer que eles se lembravam de crimes ocorridos em outra vida, ou num universo paralelo… A Física Quântica explica, diria o saudoso (e ainda muito amado) Carlos Magno… Abraços ao Vitor e a todos.

  4. Gilberto Diz:

    Olhem que filme interessante, feito este ano, mas com um look totalmente do início do século…

    http://www.instituteofseance.com/index.html

  5. Marcos Arduin Diz:

    Ainda bem que não sou um espírita que tem explicação para tudo…
    Também vejo os canais Discovery e National Geographic e sei de casos de FALSAS LEMBRANÇAS e que, se no caso desse pai não deu em nada apesar da fé dos filhos em suas lembranças, em outros acabaram na pior.
    .
    Especialmente quando a acusação é de abuso sexual… Lembra-me um caso onde uma menina acusara um vizinho disso e o cara foi condenado a 25 anos de cana. Só que 10 anos depois a menina, agora adulta, veio a público confessar que mentira e que inventara tudo aquilo (a razão eu não sei). Só que o cara agora já havia perdido a mãe, nem pode ir ao funeral, nem nada. Sua vida ficou bem estragadinha…
    .
    Também é interessante que satanistas presos contaram casos semelhantes de que fizeram sacrifícios humanos de crianças, etc e tal, para a alegria dos pastores cristãos que agora tinham um alerta contra essas seitas vindos de seus próprios seguidores. O problema é que nenhum desses satanistas sabia indicar o que fizeram dos corpos e quando a polícia confrontou o que diziam com os registro policiais, descobriu que na época dos crimes, não houve qualquer ocorrência de rapto ou desaparecimento de crianças.
    .
    É, meu caro. Podemos reclamar da polícia e da justiça não por na cadeia criminosos confessos, mas sem prova evidente nem da ocorrência do crime, nada se pode fazer.

  6. Gilberto Diz:

    É verdade, Marcos, usam qualquer argumento pra “arrebatar-se” crentes… Mas é claro que existem tais satanistas e sempre os vemos em manchetes de jornal, mas parece mesmo que muitos casos são inventados, ou são “cridos” como verdadeiros. Se uma figura ou um comportamento forem mostrados da maneira mais “pesada” possível, o tal “leve” caminho ao céu proposto (ou vendido) fica mais necessário e inevitável. Isso em parte explica o crescimento de certas seitas “salvadoras”. Quando certas religiões, como os próprios espiritismo e cristianismo sérios propõem um caminho árduo e estreito para a evolução/salvação isso parece ser muito trabalhoso e pouco “mágico”. As pessoas querem “milagres inexplicáveis” e “situações sobrenaturais” , e isso faz o espiritismo fraudulento e o cristianismo de shopping crescerem em adeptos. A propósito, tenho que desligar, pois não posso perder a corrente da “Campanha dos Autônomos de Fé Que Querem Dar Um Basta Na Pindaíba Satânica” que estou fazendo na Igreja Intermunicipal da Paciência Eterna de Deus. Agora eu saio do buraco!!!!

  7. Gilberto Diz:

    Venha você também para a IPED, onde você pede pelo ipad e deus te dá pelo iphone um ipod de 64 gb!! Vai, pede. Você pode.

  8. Carlos José Diz:

    Olá,

    Atribuir o caso Omm Seti apenas à imaginação também não me parece responder adequadamente aos fatos relatados. Algumas informações foram checadas e confirmadas.
    .
    Os eventos do tipo déjà-vu/déjà-vecu são conhecidos a muito tempo. Se eles confirmam a reencarnação, ou não, é uma outra história. No entanto, no estado atual de conhecimento do fenômeno, a hipótese da reencarnação é tão boa como várias outras disponíveis na literatura (arquétipos, … etc).

  9. Milton Diz:

    Os pais dela a deixaram sozinha na sala de egiptologia no museu e foram visitar o resto do museu, quando ela tinha 4 anos? Talvez isso explique as alucinações melhor que a queda.

  10. Paulo Cesar Diz:

    É muito interessante as conclusões dos céticos. Mesmo sem estudar com afinco tais situações, eles concluem de maneira bastante simples, como se não houvesse outro modo de interpretar os casos explicitados.
    Na verdade, pode ser bom pensar assim, pois, evita perder tempo em estudos de análises..

  11. aryopires Diz:

    não é bem assim paulo cesar, os céticos procuram apenas dar explicações mais plausíveis – e nem sempre mais simples – aos eventos extraordinários que vocês crentes alegam. Pense bem, seria mais lógico pensar que que uma criança morreu e relembrou sua vida passada ou se traumatizou profundamente perdida dentro de um museu com múmias e tudo mais? mesmo seu relato dizendo que “gostou de esta lá” confirma sua estória? voce confiaria em tudo que uma criança de 4 anos diz?
    abra a mente para outras interpretações além do espiritismo

  12. Roberto Scur Diz:

    aryopires,

    Você não têm a menor noção do que está falando. Você não conhece uma vírgula do que a tal “criançinha traumatizada que ficou perdidinha e abandonada num museu…” revelou de conhecimentos sobre o Egito antigo.

    O problema para ti como para os céticos em geral é, antes de mais nada, antes de fé, de religiosidade ou qualquer outra imponderabilidade, é PREGUIÇA.

    Preguiça de estudar, preguiça de analisar com raciocínio, bom senso, com mente aberta para além da acanhada capacidade de compreender o que não conhece, preguiça, muita preguiça.

    Depois deste festival de preguiça é que entra o “não crer”, o “ser cético”, o “aceitar que sou pobrinho ainda, pouco versado em determinadas matérias”, aceitar enfim que “NÃO SABE NADA”.

    “Só sei que nada sei” já dizia o filósofo não é?

    Então, se você quiser manifestar uma opinião sólida sobre um assunto, estude primeiro, pesquise, seja criterioso, e não apressado e superficial.

    Mas isto é de cada um, não sabe?! Se tu te contenta com este teu imenso conhecimento então, que assim seja.

  13. Regina Azevedo Diz:

    Olá gente inteligente e busca dores da verdade e da para-historia.
    Recomendo também A NOVIÇA E O FARAÓ de Hermínio de Miranda que conta a história dessa incrível e obstinada mulher.
    O seu romance no Antigo Egito e sua busca pelas respostas.
    Abraços

  14. Maria Diz:

    Não entendo o que tem de tão fantástica a reencarnação. Parece-me óbvio que nada se acaba, mas se transforma. E também não há lógica na existência de um universo que funcione baseado em coincidências e acasos. O ceticismo só mostra a arrogância de quem não quer se responsabilizar por suas próprias atitudes. Melhor acreditar que não existe nada antes ou depois de uma vida. Muito cômodo.

  15. Ramesses Neferhotep Diz:

    Excelente texto!!!! Oque eu posso comentar, é quem somos nós para dizer se ela estava louca ou não? ainda mais porque a convicção que ela tinha a impulsionou a procurar mais e mais sobre o Egito Antigo!! Só quem vive uma paixão assim sabe como é, e sabe como é ser encarado como um louco por aqueles que não entendem!!

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