A Inquietante História de “Miss X” (2005), por Giovanni Iannuzzo

A Srta. X (ou Miss X, em inglês) foi uma assistente apresentada disfarçada à Sra. Piper na sessão de 07/12/1889, e imediatamente reconhecida por ela. Várias informações de natureza muito íntima foram reveladas por Piper, as quais Miss X tentou esconder por toda a sua vida. O artigo a seguir revela o que Miss X buscava esconder … para lê-lo, clique aqui.

48 respostas a “A Inquietante História de “Miss X” (2005), por Giovanni Iannuzzo”

  1. Gorducho Diz:

    Ela escrevia muito bem: melhor que muito redator profissional. E.g. cá na BORDERLAND abril/94 – Nossa Galeria de Borderlandenses – tem um aperçu do Stayton Moses.
    http://www.iapsop.com/archive/materials/borderland/borderland_v1_n4_apr_1894.pdf
    Certamente botava aqueles velhotes das SPRs no bolso todos juntos.
     
    Essa me fez lembrar de certo cientista espírita: a mulher era 72 e o marido achava que tinha 56!
    Esse indivíduo era mais míope que o Crookes 😆 😆 😆
     
    Onde se lê essa séance de 7/12/89?

  2. Vitor Diz:

    Está no Vol. VI dos Proceedings. Eu tinha escrito a data errado, pus 1899 quando era 1889. Já corrigi. A sessão segue abaixo, e mais duas feitas nos dias seguintes:
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    24. Srta. X. 7 de Dezembro.
    A Srta. X. foi apresentada, disfarçada, à médium no estado de transe, imediatamente depois de sua chegada na casa do Sr. Myers. Ela foi reconhecida imediatamente, e nomeada. “Você é uma médium; você escreve quando você não quer. Você possui a influência do Sr. E. sobre você. Essa é a Srta. X. sobre a qual falei a vocês”. Ela subsequentemente foi referida por seu nome de batismo, um de som semelhante sendo usado pela primeira vez, mas corrigido imediatamente.
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    Uma grande parte das declarações feitas nessa e nas sessões seguintes estavam bastante corretas, mas em quase todos os casos são de uma natureza tão privada e pessoal que é impossível publicá-los. Somente fragmentos, portanto, podem ser dados, omitindo-se os nomes certos. Mas essas sessões foram talvez as mais bem-sucedidas e convincentes da série inteira.
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    “Você conhece aquele cavalheiro de aparência militar com o casaco grande e os botões engraçados no forro do colarinho. É alguém muito perto de você no espírito”. Isso é uma descrição correta, até onde vai, de uma relação próxima.
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    “Howells fala; ele me diz que ele conhece os Martins, seus amigos; eles conhecem um de meus livros.” Esses nomes não foram reconhecidos.
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    “Você vê flores às vezes?” (Perguntou, “Qual é minha flor favorita? Há um espírito que saberia”.) “Amores-perfeitos”. Não, rosas cor-de-rosa. “Você as tem sobre você, tanto espiritual como fisicamente”. A Srta. X. ganha num certo dia em cada mês um presente de delicadas rosas cor-de-rosa . Ela frequentemente tem visões alucinatórias com flores.
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    “Há uma senhora velha desencarnada usando uma touca que é afeiçoada a você—sua avó. É a mãe da mãe da esposa do clérigo. (Incorreto). Ela usa um colarinho de cordão e um broche grande, olhos azul-cinzentos, o cabelo escuro se tornou cinzento, com uma fita preta correndo por ele; nariz bastante proeminente, e queixo pontiagudo; chamada Anne”. Essa é uma descrição correta de uma amiga da Srta. X., a quem ela tinha o hábito de chamar de Vovó.
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    Em duas ocasiões o Dr. Phinuit desejou que testemunhas deixassem o local, um pedido bem justificado pela natureza muito pessoal e privada dos fatos que ele bem corretamente comunicou. Misturadas com esses fatos estavam os seguintes, que Srta. X. supre de suas próprias notas, feitas em cada ocasião dentro de duas ou três horas. O Dr. Phinuit descreveu um encontro em que Srta. X. era a hóspede, a posição dela na sala, a aparência da companhia dela, incluindo uma marcante peculiaridade pessoal, e sua causa, dando o nome de batismo do mesmo amigo e o assunto da conversa deles, e as circunstâncias do retorno ao lar da Srta. X.—tudo com absoluta exatidão, exceto quanto ao tempo, pois foi dito ter sido na “noite passada”, ao passo que havia sido na noite anterior a essa.
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    25. Srta. X. Segunda sessão. 8 de Dezembro.
    O professor Charles Richet e Walter Leaf estavam também presentes; o último só por alguns minutos no começo. Ele imediatamente foi chamado Walter quando o transe veio, mas o valor evidencial disso é diminuído pelo fato de que o Sr. Myers tinha acidentalmente usado seu sobrenome na presença da médium antes do transe. Foi adicionado, “Walter tem um braço duro”, que pode ser uma referência ao fato dele ter sofrido de câimbra do escritor; mas isso não foi aludido nas sessões subsequentes.
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    À Srta. X. foi contado que a irmã da sua mãe se chamava Sarah e que estava encarnada, mas isso foi corrigido para “desencarnada” depois de uma pergunta. Os nomes de batismo de seus irmãos foram dados como G____, A____, W____, A____, B____, corretamente, todos exceto B sendo muito comuns; mas no caso de A e B só na segunda tentativa, John e Walter primeiro tendo sido dados em vez disso. W____ era o nome do irmão que tinha morrido na infância, e quem a Srta. X. nunca tinha conhecido. A Srta. X. a princípio negou que o nome estivesse correto, tendo-o normalmente chamado por seu segundo nome H____, mas depois se lembrou de que W_____ era correto. A ela foi ainda dito corretamente que A____ era um artista, e B____ o mais bonito da família. Um medalhão que ela mostrou foi declarado como tendo sido dado por um amigo cujos nome e sobrenome muito raros foram obtidos corretamente, o primeiro depois de hesitação mas nenhum tiro falso, o outro na segunda tentativa. Dois nomes sobre os quais o Professor Richet tinha estado pensando foram dados sem qualquer conexão. Eram “Louise” e “Adele”. (Ver seu relatório).
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    26. Srta. X. Terceira sessão. 9 de Dezembro.
    As experiências tentadas foram de leitura de envelopes fechados, mas sem êxito. A pergunta feita, “Qual era o nome do espírito que se comunicou com Richet na primeira sessão que ele assistiu?” e a resposta incorreta “Marianne” foi dada.
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    A Sra. Piper deixou Cambridge e veio a Londres, onde as sessões seguintes, até a de No. 35, aconteceram nos alojamentos dela, No. 27, Rua Montagu, W.C.

  3. Gorducho Diz:

    Veja a ingenuidade daqueles velhotes. Dado que ela era a “protegida” do Myers, claro que era a maior fofoca circulando no meio deles. Daí que muita coisa se comentava acerca, e Mrs Piper, que de boba nada tinha, pescava.
    Quando não sabia, se dava mal, como no caso da mãe encarnada!
    Mas aa história de Miss X é interessante mesmo; não conhecia.

  4. Vitor Diz:

    Ingenuidade nenhuma. É dito que a Srta. X entrou disfarçada após a médium em transe (o que significa que Piper já estava com a cabeça deitada no travesseiro). E tudo que era comentado diante de Piper era citado, como se vê no exemplo “Ele imediatamente foi chamado Walter quando o transe veio, mas o valor evidencial disso é diminuído pelo fato de que o Sr. Myers tinha acidentalmente usado seu sobrenome na presença da médium antes do transe”.

  5. Gorducho Diz:

    Ela há semanas já devia saber do plano do Myers de levar a “amiga” “disfarçada”. Quando esses “pesquisadores” espíritas estão indo, os “médiuns” já foram e voltaram. É o mesmo que o Barrichello correr c/o Schumacher ou o Massa c/o Hamilton ou o Rosberg.
    Espero que o Dr. tenha visto esse artigo.
    No Ensaios o William James cita a bola-de-cristal e Crê piamente. Claro que não foi ele o responsável pelos “experimentos”. Mas escrito num livro dele e lido por um Crente… É assim que se espalham essas lendas no ramo…
    De experimentos que é bom: nada. A propósito, não me respondeu como seria o experimento que alegou ser possível na rubrica anterior 🙁

  6. Vitor Diz:

    a) “Ela há semanas já devia saber do plano do Myers de levar a “amiga” “disfarçada”. ”
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    Essas sessões foram realizadas na Inglaterra. Aliás, a própria Miss X vivia na Inglaterra, país que Piper nunca estivera, e onde esteve sob vigilância cerrada. Ela chegou lá em 19 de novembro de 1889. A sessão com Miss X se deu em 07 de dezembro. Ele teve 3 sessões com Myers e várias outras pessoas antes das sessões com Miss X. Veja o cuidado dos pesquisadores em considerar as sessões com Myers (as primeiras realizadas na Inglaterra) evidenciais ou não:
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    1, 2, 3. Com o Sr. F. W. H. Myers
    Essas sessões foram feitas para ganhar familiaridade com os fenômenos, e não foram tomadas notas completas. Várias declarações corretas foram feitas sobre os membros de família do Sr. Myers: que ele tinha um pai desencarnado e uma mãe desencarnada; que tinha dois irmãos, Ernest e Arthur, mas nenhuma irmã; que seu pai se chamava Frederic e tinha sido um clérigo; que sua esposa tinha um pai, chamado Charles, desencarnado, e um irmão, Charles, encarnado, e duas irmãs, Ella (nome real Elsie) e Lollie (nome real Dolly); que sua mãe tinha uma irmã Mary, ou Marianne, e um irmão John. Nenhuma dessas declarações pode ser considerada de valor evidencial, já que elas provavelmente poderiam ter sido “levantadas” mesmo na América.

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    Os autores não consideram viável Piper ter levantado as informações sobre Miss X na Inglaterra – ainda mais considerando que Miss X fazia de tudo para esconder seu passado. Aliás, é claramente dito pelo próprio Myers:
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    A Sra. Piper, enquanto em Inglaterra, esteve duas vezes em Cambridge, duas vezes em Londres, e duas vezes em Liverpool, em datas arranjadas por nós mesmos; seus assistentes (quase sempre apresentados sob nomes falsos) pertenciam a vários grupos sociais bastante diferentes, e eram freqüentemente desconhecidos uns dos outros. Sua correspondência era de minha responsabilidade, e eu acredito que quase toda carta que ela recebeu foi mostrada, a um ou a outro de nós. Quando em Londres, ela permaneceu em alojamentos que nós selecionamos; quando em Liverpool, na casa do Professor Lodge; e quando em Cambridge, na do Professor Sidgwick ou na minha própria. Nenhum de seus anfitriões, ou das esposas dos anfitriões, detectou qualquer ato ou palavra suspeitos.
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    Fizemos grande esforço para evitar fornecer informações em conversas; e uma segurança maior reside no fato de que éramos ignorantes de muitos dos fatos dados, como as nossas relações de amigos, etc.. No caso da Sra. Verrall, por exemplo, (citado abaixo) ninguém em Cambridge exceto a própria Sra. Verrall podia ter fornecido o volume de informação dado; e alguns fatos dados (como será visto) eram desconhecidos da própria Sra. Verrall. Com relação a meus próprios assuntos, não pensei que valeria a pena citar in extenso tais declarações, já que talvez pudessem ter sido conseguidas de antemão; pois a Sra. Piper naturalmente sabia que eu deveria ser um de seus assistentes. Tais fatos, como o de que eu tivera uma tia, “Cordelia Marshall, mais comumente chamada Corrie”, poderiam ter sido conhecidos,—embora eu não pense que foram,—de impressos ou outras fontes. Mas não acredito que tais fatos acessíveis foram dados a mim numa proporção maior que a um assistente comum, previamente desconhecido; nem estavam aí quaisquer desses pontos mais sutis que tão facilmente podiam ter sido feitos por força do escrutínio de meus livros ou papéis. Por outro lado, no meu caso, como no caso de vários outros assistentes, houve mensagens que pretendiam vir de um amigo que estava há muitos anos morto, e mencionando circunstâncias que acredito que teriam sido bastante impossíveis para a Sra. Piper ter descoberto.
    Também estou familiarizado com alguns fatos dados a outros assistentes, e omitidos por serem íntimos demais, ou por envolverem segredos não apenas da propriedade do assistente. Posso dizer que até onde minha convicção pessoal vai, a elocução de um ou dois destes fatos é mesmo mais conclusiva de conhecimento supranormal que a declaração correta de dúzias de nomes de relações, etc., que o assistente não tinha nenhum motivo pessoal para ocultar.

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    b) “No Ensaios o William James cita a bola-de-cristal e Crê piamente”.
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    A bola deve ter a mesma função dos amuletos em testes de psicometria, ajudando a concentração do médium e assim obter melhores resultados.
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    c) “não me respondeu como seria o experimento que alegou ser possível na rubrica anterior”.
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    É feito sem emissor mesmo. Existem poucos testes ganzfeld feitos sem emissor para testar a clarividência, mas existem.

  7. Gorducho Diz:

    a) Semanas foi figurativamente, achei que conseguisse perceber…
    Ela ficou sabendo dia 20/11, portanto a fortnight before.
     
    c) Como seria feito?
    Note que não se tratou de provocação, e sim de proposta de discussão sobre o tema aventado por si.

  8. Contra o chiquismo Diz:

    “O telefone toca de “la” pra cá”.

  9. Vitor Diz:

    d) Ela ficou sabendo dia 20/11, portanto a fortnight before.
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    Ela também ficou sabendo dia 20/11 do que ocorreu dois dias antes da sessão??! :-O
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    O Dr. Phinuit descreveu um encontro em que Srta. X. era a hóspede, a posição dela na sala, a aparência da companhia dela, incluindo uma marcante peculiaridade pessoal, e sua causa, dando o nome de batismo do mesmo amigo e o assunto da conversa deles, e as circunstâncias do retorno ao lar da Srta. X.—tudo com absoluta exatidão, exceto quanto ao tempo, pois foi dito ter sido na “noite passada”, ao passo que havia sido na noite anterior a essa.
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    Incrível a sagacidade de Piper…
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    e) “Como seria feito?”
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    São três experimentos. Em um deles o paciente tem que “adivinhar” uma sequencia de alvos aleatoriamente escolhidos. Não creio haver dúvidas sobre esse experimento. O segundo é apenas uma evolução deste. O terceiro envolve o paciente ser ligado a um gerador de eventos aleatórios de Schmidt onde vê slides ou filmes sequenciais que poderiam ter vários desfechos. O paciente então escolheria (supõe-se) os slides ou filmes de busca neurótica do prazer de forma significativamente mais alta do que os filmes ou slides com desfechos que o ameaçariam.

  10. Gorducho Diz:

    e)
    Não creio haver dúvidas sobre esse experimento.
    Todas dúvidas: não entendi nada.
    A neurótico, por ser neurótico e estar apaixonado pela psiquiatra agora vai ficar recordando o futuro por causa disso?
    E quanto a vários filmezinhos com possíveis desfechos, tudo fica por conta da interpretação do psiquiatra no sentido do significado do desfecho escolhido pelo louco.
    Nada a ver c/os relatos Sobrenaturais, onde as pacientes objetiva e sem estatística mente enxergaram o que se sucedeu c/o psiquiatra.
     
    Mas esqueça: não quis discutir quando esteve em tela, direito seu. Já passou…

  11. Gorducho Diz:

    Ela também ficou sabendo dia 20/11 do que ocorreu dois dias antes da sessão??!
     
    Era o assunto do momento os pombinhos: o povo gosta de assuntos picantes. É a mesma técnica usada pelo CX: usa o material que tem à mão; e.g. os revolucionários daquela cartinha que ele até fez o falecido ter preencarnado lá.
     
    Espanto se escreve com MINÚSCULA: é case sensitive como C, Java…
    😮 😮 😮

  12. Marciano Diz:

    Com tantas “provas” da existência de espíritos e de fenômenos “paranormais”, não sei como ainda existem idiotas como eu, que não acreditam em nada disso.
    O pior é que, pelo menos com relação à paranormalidade, os idiotas são esmagadora maioria.
    Acho que não tenho culpa de Odin ter me criado tão burro assim.

  13. Borges Diz:

    “Estou envergonhado e triste por me ter oposto com tanta tenacidade à possibilidade dos fatos psíquicos. Existem os fatos e eu me orgulho de ser um escravo ao fatos.”
    “Não pode haver dúvida de que os genuínos fenômenos psíquicos são produzidos por inteligências totalmente independentes do psíquico e as partes presentes nas sessões.”
    Palavras do Dr.Cesare Lombroso, um neuropatologista italiano . Encontrado no site http://www.cienciaespirita.org

  14. Marciano Diz:

    Cesare Lombroso foi um professor universitário e criminologista italiano, nascido a 6 de novembro de 1835, em Verona. Tornou-se mundialmente famoso por seus estudos e teorias no campo da caracterologia, ou a relação entre características físicas e mentais.
    Lombroso tentou relacionar certas características físicas, tais como o tamanho da mandíbula, à psicopatologia criminal, ou a tendência inata de indivíduos sociopatas e com comportamento criminal. Assim, a abordagem de Lombroso é descendente direta da frenologia, criada pelo físico alemão Franz Joseph Gall no começo do século IX e estreitamente relacionada a outros campos da caracterologia e fisiognomia(estudo das propriedades mentais a partir da fisionomia do indivíduo). SUA TEORIA FOI CIENTIFICAMENTE DESACREDITADA, mas Lombroso tinha em mente chamar a atenção para a importância de estudos científicos da mente criminosa, um campo que se tornou conhecido como antropologia criminal.
    …..
    APESAR DA NATUREZA INCONSISTENTE DESTAS TEORIAS, Lombroso foi muito influente na Europa (e também no Brasil) entre criminologistas e JURISTAS (mich nicht!). Entre seus livros estão: L’Uomo Delinquente (1876; “O Homem Criminoso”) e Le Crime, Causes et Remèdes (1899; O Crime, Suas Causas e Soluções).
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    http://www.cerebromente.org.br/n01/frenolog/lombroso_port.htm

  15. Vladimir Diz:

    Marciano diz: “Com tantas “provas” da existência de espíritos e de fenômenos “paranormais”, não sei como ainda existem idiotas como eu, que não acreditam em nada disso.”
    .
    COMENTÁRIO: Existem “pessoas” que seguem o Edir Macedo, o Waldemiro Santiago e por aí vai…rs
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    É mais “crer” do que “Pesquisar Cientificamente”…
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    Crentes e (des)Crentes não são tão diferentes assim…
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  16. Vladimir Diz:

    Complemento: “É mais fácil crer…”

  17. Gorducho Diz:

    É mais “crer” do que “Pesquisar Cientificamente”
     
    A mais pura verdade!
    Viu como a Administração habilmente fugiu do debate que propus acerca da possibilidade de testagem científica dos fatos sobrenaturais por ela aventados na rubrica passada?

  18. Gorducho Diz:

    Existem os fatos e eu me orgulho de ser um escravo ao fatos.
     
    O Richet, premio Nobel, também era um escravo dos fatos:
    http://www.bellwethergallery.com/images/artwork/large/scene02Still.jpg

  19. Gorducho Diz:

    Aliás não consigo chegar a uma conclusão acerca daquela sentada na abertura da cortina…
    Seria uma das irmãs dela? A loirinha que depois encantou o Richet no quarto da generala?
    Poderia bem ajudar ela…
    Atrás se vê o biombo…

  20. Gorducho Diz:

    Interessante que sempre me dá a impressão de serem 2 cortinas, i.e. formando um “compartimento” entre o biombo – registrado pelo Richet e o G Delanne – e a sala dos sentantes. Mas o varal parece ser 1 único… (?)
     
    Seria “ela” a médium Vincente?
    Note sur Vincente. – Taille moyenne, 35 ans, apparence intelligente et douce, yeux bleus et fins, cheveux blonds, très maigre, pommettes saillantes, yeux très enfoncés, teint rose. Illettrée (j’ai lu une lettre pleine de fautes d’orthographe et écrite comme par une enfant). A subi une grave opération à 25 ans, depuis a eu de nombreux vomissements de sang, une pleurésie, une appendicite. A une fille de douze ans. Son mari est maçon, elle couturière. Elle était ouvreuse au théâtre, mais maintenant une place de concierge.

  21. Contra o chiquismo Diz:

    “Vladimir Diz:
    maio 27th, 2015 às 3:42 AM


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    COMENTÁRIO: Existem “pessoas” que seguem o Edir Macedo, o Waldemiro Santiago e por aí vai…rs
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    Vc ri, mas pra mim esses 2 ainda são melhores que cx, kardec, divaldo e raul teixeira.
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    1000x a eloquência do macedão que a gazelice do divaldo.
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    Valdemiro foi massacrado pela choradeira dele e ganância em crescer a qualquer custo.

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    Curioso que vendo os programas da Igreja Universal, eu sempre via “manifestados” os demonios e entidades afro-ameríndias.
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    Nunca vi os ‘espiritos’ do kardecismo ‘maniestados’. Agora entendo porque.
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    Nem pra Universal eles existem ou tem importância.
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    Seria legal um exorcismo com uma ‘entidade’ kardecista ou chiquista:
    – demonio qual teu nome?!
    – je suis flammarion!
    – andreluiz!
    – o que vc ia fazer na vida dele demonio?
    – levar ele pro inferno que é o nosso lar.
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    O pastor diz: Tá vendo aí irmãos? Vc de casa que nos assiste, pare de ler esses livros de kardec e cx, isso é maquinação do demo, nosso lar na verdade é o inferno…

  22. Gorducho Diz:

    Mas segundo uma rubrica do RéV – Sítio no qual aliás atua o Professor… – a IURD está se voltando ao mercado espírita.
    A saber, haveria – cito no condicional porque não acompanho, meu negócio é espiritismo mesmo – sessões especiais de descarrego onde o demônio é alcunhado encosto – aliás m/vovó (chiquês…) espírita sempre usava esse termo!
    Sabe-se que a banca paga e recebe… O Kardec e depois os chiquistas tanto trabalharam p/abocanhar o mercado católico… A volta vem via IURD: 1000x mais potente que a liquidada ICAR 😆
     
    Outra cousa paralela: vejam como eles estão apostando uma linha Ancien Testament. Diferenciação está na essência do marketing…
     
    http://religiaoeveneno.org/discussion/2821/igreja-cara-de-pau-do-reino-dos-meus/p1

  23. Vitor Diz:

    “Era o assunto do momento os pombinhos: o povo gosta de assuntos picantes.”
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    Mas não houve nem tempo para isso (e o assunto nem era picante]. Piper deu a sessão para a Miss X no dia 07/12/1889, um sábado. O encontro de Miss X com seu amigo foi na noite do dia 05/12/1889. No dia 06/12/1889, uma sexta-feira, Piper teve uma sessão com Charles Richet [ao menos é o que consta nos registros]. E aparentemente no dia 07/12 também, mas em um horário diferente do da Srta. X.
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    Abaixo segue o que entendo pertencer à sessão do dia 06/12/1889, com Richet presente como assistente.
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    O primeiro nome que ela me deu foi o nome de Mary Anne, mas ela não o deu em resposta a uma questão vinda de minha parte. Acontece que o nome de Mary Anne esteve envolvido em um episódio da minha juventude que iria tomar muito tempo para relatar aqui, mas que era, em qualquer caso, absolutamente desconhecido de todas as pessoas de Cambridge.
    Eu lhe pedi alguns detalhes sobre Marie Anne; ela só me disse coisas erradas, salvo o fato, que é exato, de que ela residia perto do prédio da escola.
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    A Sra. P. não sabia, ao que parece, meu nome; mas eu admito como bem possível que ela o conseguiu, seja das pessoas da casa, ao lhe pronunciarem inadvertidamente, seja do que ela adivinhou a partir da minha nacionalidade. (Ela freqüentou durante dois anos o Sr. William James e o Sr. Hodgson, e leu os Proceedings de la Societe Américaine de Recherches Psychiques). Ela me disse que eu me chamava Charles, e que eu exercia medicina. Então eu lhe falei de meu avô: ela me disse que ele se chamava Charles como eu, o que é exato, apesar de que eu lhe tinha dito que ele era o pai de minha mãe. Ela acrescentou que ele se chamava Richhet, e soletrou cada letra sem ser ajudada por mim e de modo espontâneo. Mas eu não posso vincular a estes fatos uma importância primordial, pois é bem possível que ela soubesse—inconscientemente—meu nome.
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    Então eu lhe pedi alguns detalhes sobre meu avô. Ela nada pôde dizer, ou no mínimo cometeu erros até muito grosseiros e numerosos; assegurando-me que ele era soldado—químico—médico—que eu morava na casa dele—que ele tinha um cachorro; todos fatos inexatos. Eu lhe disse que ele tinha traduzido para o francês um autor americano. Foi-lhe impossível dizer qual. Ela disse: Henry James, Hawthorne, etc., sem poder dizer Franklin.
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    Como ela falou sobre cães, eu lhe perguntei sobre um cachorrinho que eu tinha e que morreu. Ela me disse, sem hesitar, Pick. Ora, esse fato é bem importante, e é, a meu ver, seu melhor resultado; pois meu cachorro se chamava Dick; e é preciso admitir que ela absolutamente não sabia seu nome, desconhecido tanto em Cambridge quanto em Boston.
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    Seguiram-se outras perguntas sobre o número de filhos, com absoluto insucesso. Ela disse sucessivamente 4—3—2—5—1, sem poder dizer o número exato, muito menos os nomes.
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    No dia seguinte
    [dia 07/12/1889], pensei em perguntar o nome de uma pessoa de minha família, morta há muito tempo, e cujo nome foi dado a mim nas primeiras experiências de espiritismo que fiz. Eu conversei com M. Myers no decorrer do dia, sem que ele desse o nome dessa pessoa, absolutamente desconhecida para ele e toda a gente. Além disso, penso eu, mentalmente, seria interessante pedir mais pormenores sobre o meu avô, especialmente o apelido de minha avó, mas não disse nada a ninguém.
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    Realmente parece que Myers não falou com a Srta. X no dia 06/12, envolvido que estava com a sessão de Richet no dia 06/12. Seguindo o relatório de Richet:
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    Ora, no decorrer da experiência de segunda-feira [Aqui entendo que Richet errou, porque a segunda feira caiu no dia 09/12/0889. Ele tem que se referir à sessão de 08/12/1889, que nos registros é onde constam os nomes Louise e Adele], dando a mão à Srta. X., ela disse o nome de Louise, que não se aplicava inteiramente à Srta. X., e que é precisamente o nome que eu buscava. Disse, em outra ocasião, o nome de Renoi, que não se aplicava a nada relativo a Srta. X, mas são as primeiras letras do nome do meu avô, nome que ela não conhecia. (Este nome foi impresso, no entanto, nos Proceedings da Sociedade para a Pesquisa Psíquica). É verdade que nem o nome de Louise nem o de Renoi foram atribuídos pela Sra. Piper a mim ou a alguma pessoa da minha família; o que foi de enorme valor à sua significação, porque ao dizê-los [os nomes], a Sra. Piper não se endereçava a mim, mas à Srta. X.
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    Dirigindo-se a mim, a Sra. Piper disse: “eu te falarei de Adéla”. Ora, Adéla é o nome de minha avó. É verdade que a Sra. Piper não pôde me dizer quais eram as minhas conexões de família com Adéla.

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    Nos registros os nomes de Adela (ou Adele) e Louise constam como surgidos na sessão de 08/12/1889, um domingo. Veja:
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    25. Srta. X. Segunda sessão. 8 de Dezembro.
    O professor Charles Richet e Walter Leaf estavam também presentes; o último só por alguns minutos no começo. Ele imediatamente foi chamado Walter quando o transe veio, mas o valor evidencial disso é diminuído pelo fato de que o Sr. Myers tinha acidentalmente usado seu sobrenome na presença da médium antes do transe. Foi adicionado, “Walter tem um braço duro”, que pode ser uma referência ao fato dele ter sofrido de câimbra do escritor; mas isso não foi aludido nas sessões subsequentes. […] Dois nomes sobre os quais o Professor Richet tinha estado pensando foram dados sem qualquer conexão. Eram “Louise” e “Adele”. (Ver seu relatório).

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    Enfim, há bem pouca chance de Myers ter mencionado sobre o encontro da Srta. X com seu amigo na noite do dia 05/12/1889, até porque tal coisa possivelmente lhe era totalmente desconhecida, envolvido que esteve na sessão do dia 06/12/1889 com Richet e conversando sobre outros assuntos na sessão do dia 07/12/1889.

  24. Gorducho Diz:

    Um de nós está cometido de desorientação mnemônica: o petit chien que eu me lembre era um falecido do Richet; não de MX.
    A Mary Anne não seria a “parenta” dela, que patrocinou a educação dela? Aliás com sucesso, reconheçamos…

  25. Vitor Diz:

    O Petit chien era do Richet sim. Fato citado na sessão de 06/12/1889. Eu não disse que era de Miss X. Apenas citei o que ocorreu no dia 06/12/1889 para mostrar que Myers sequer teve como falar com a Srta. X para inteirar-se do encontro com o amigo na noite do dia 05/12/1889.
    .
    A Mary Anne no caso era uma conhecida da juventude de Richet, nenhuma relação com Miss X. Quem está narrando é Richet.

  26. Vitor Diz:

    Usei essa página para saber o dia da semana: http://www.profcardy.com/calculadoras/aplicativos.php?calc=4

  27. Gorducho Diz:

    She was Miss Ann Adcock…
     
    Quem está narrando é Richet.
    😮
    E? Perdoe-me a franqueza; como dizia (diz ainda pois que bem vivo e rico…) ex-chefe nosso: o que tem a ver o [REMOVIDO DADO O ALTO NÍVEL DO SÍTIO] c/as calças?

  28. Gorducho Diz:

    A parenta aparentemente chamava-se Miss (solteirona)Ann Adcock; mas com as incertezas pairantes poderia bem ser Mary…

  29. Vitor Diz:

    Está tão difícil entender? Isso foi para mostrar que no dia 06/12/1889 ocorreu uma sessão com Richet, e que Myers portanto não se encontrou com Miss X. E que não sabia do encontro dela na noite do dia 05/12/1889.E que no dia 07/12 deve ter havido duas sessões, uma com a Miss X, outra com Richet, em horários diferentes.

  30. Marciano Diz:

    Vladimir Diz:
    MAIO 27TH, 2015 ÀS 3:42 AM
    (…)
    “É mais (fácil) “crer” do que “Pesquisar Cientificamente”…”.
    .
    Nisto, estamos de pleno acordo.
    A grande maioria das pessoas crê por genética, talvez. Alguns deixam de crer depois de profunda análise e estudo do objeto da crença. É o caso de toda a bancada cética, menos eu.
    .
    Outros crêem na primeira coisa que conhecem (o ambiente geográfico e histórico, familiar, etc.) e depois mudam de crença (é o caso da bancada crente, inclusive você, que já mudou de crença algumas vezes).
    .
    Outros, raríssimos (aqui, acho que só eu, mas existem outros, felizmente) começam descrendo, desconfiando, e depois de se informarem a respeito dos objetos da descrença, passa a crer em muito pouca coisa, todas confirmadas pelos “mainstream” da ciência.
    Muita coisa tida como verdade científica atualmente não me convence, porque a ciência, corretamente, vive corrigindo seus erros.
    .
    .
    Então, nesse ponto, estamos diametralmente opostos. Crentes e descrentes são completamente diferentes.
    .
    .
    .
    Gorducho, esse maçon marido da magrela era operativo (pedreiro mesmo). O VLAD também é pedreiro, só que pedreiro filosófico.
    A pedreiraria especulativa é filha da pedreiraria operativa, aquela que fez as grandes, luxuosas e riquíssimas catedrais católicas.
    .
    Dizem que até o templo de Salomão, aquele a quem atribuem o único livro de onde se tira algo que preste na bíblia, teria sido arquitetado por um pedreiro que preferia morrer do que revelar seus segredos, o Hiram Abiff.
    .
    .
    .
    .
    Contra, Macedo e cia. dizem coisas muito menos esquizofrênicas do que os delírios esquizoides de Divaldo, cx, etc.
    .
    Eu queria ser massacrado com todas as fazendas, aviões, helicópteros, mansões, et. al. que massacraram o caipirinha Santiago.
    .
    Curiosidade inútil: Santiago vem de Santo Iago, nome que por sua vez vem de Yacov, o pseudônimo usado antigamente pelo VLAD.
    .
    .
    .
    GORDUCHO, sua avó usava o termo encosto e eu uso um encosto literalmente, ironicamente para ler no notebook.
    A diferença é que meu encosto é real, desses que vendem em casas de travesseiros, colchões, etc.
    Ajuda a manter a coluna ereta. Só a coluna.
    .
    Você está insinuando que “unser Führer” é de baixo nível?
    Cuidado com a chuva de bombas dos MAVs.

  31. Marciano Diz:

    Para quem não entendeu, aqui vai um pequeno glossário:
    .
    Unser Führer = MuLLa.
    MAV = Militância em Ambientes Virtuais (turma de cafajestes que recebem dinheiro do PT para defendê-lo em redes virtuais a atacar ferozmente qualquer um que fale a verdade sobre o PT, grupo ao qual, infelizmente, pertence o ex-analista Biasetto).
    .
    .
    Mais acima, o poltergeist acrescento um “s”, quando me referia a “pelo mainstream”.

  32. Marciano Diz:

    E agora ele tirou o “u” de “acrescentou”.

  33. Gorducho Diz:

    E daí que dia 6 o Myers não tenha se encontrado c/ela? Mrs Piper ficou sabendo das fofocas porque era o assunto no meio em tela, inclusive e principalmente entre as esposas dos “cientistas” da SPR, bem como talvez mulheres que estavam interessadas no Myers e estava despeitadas.
    Entendeu? O Sr. é inocente d+ pra um carioca 🙁
     
    O Myers era solteiro?

  34. Marciano Diz:

    Inventada no 4º Congresso do PT, em 2011, a sigla significa Militância em Ambientes Virtuais. São núcleos de militantes treinados para operar na internet, em publicações e redes sociais, segundo orientações partidárias. A ordem é fabricar correntes volumosas de opinião articuladas em torno dos assuntos do momento. Um centro político define pautas, escolhe alvos e escreve uma coleção de frases básicas. Os militantes as difundem, com variações pequenas, multiplicando suas vozes pela produção em massa de pseudônimos. No fim do arco-íris, um Pensador Coletivo fala a mesma coisa em todos os lugares, fazendo-se passar por multidões de indivíduos anônimos. Você pode não saber o que é MAV, mas ele conversa com você todos os dias.

  35. Marciano Diz:

    GORDUCHO, nem todos os cariocas são inocentes.
    E tem muita gente que vem morar no Rio e diz que é carioca.
    Cuidado com o preconceito.

  36. Marciano Diz:

    Aliás, a maioria dos cariocas é culpado de alguma coisa, mas eu não!

  37. Gorducho Diz:

    Você está insinuando que “unser Führer” é de baixo nível?
     
    Não captei…
    Mas por falar n’unser ex-Führer e igrejas, viram a resposta do Pastor Silas Malafaia?

  38. Vitor Diz:

    “E daí que dia 6 o Myers não tenha se encontrado c/ela? Mrs Piper ficou sabendo das fofocas porque era o assunto no meio em tela, inclusive e principalmente entre as esposas dos “cientistas” da SPR, bem como talvez mulheres que estavam interessadas no Myers e estava despeitadas.”
    .
    E ela soube através de quem, se ela ficou encerrada e vigiada na casa do Myers? Pela servente? Myers diz:
    .
    O Professor Lodge encontrou-a na plataforma de Liverpool, a 19 de novembro, e conduziu-a a um hotel, onde me uni a ela a 20 de novembro, e a escoltei, e a suas crianças, a Cambridge. Permaneceu primeiro em minha casa; e estou convencido que trouxe com ela um conhecimento muito escasso dos negócios ingleses ou do povo inglês. A servente que assistiu a ela e às suas duas jovens crianças foi escolhida por mim mesmo, e era uma mulher jovem de um vilarejo do país a quem eu tinha a plena certeza em acreditar ser tanto fidedigna quanto também bastante ignorante dos meus próprios negócios ou dos meus amigos.

  39. Marciano Diz:

    GORDUCHO, você não captou porque não leu, pulou isto aqui:
    .
    Marciano Diz:
    MAIO 27TH, 2015 ÀS 1:08 PM
    Para quem não entendeu, aqui vai um pequeno glossário:
    .
    Unser Führer = MuLLa.
    MAV = Militância em Ambientes Virtuais (turma de cafajestes que recebem dinheiro do PT para defendê-lo em redes virtuais a atacar ferozmente qualquer um que fale a verdade sobre o PT, grupo ao qual, infelizmente, pertence o ex-analista Biasetto).
    .

  40. Marciano Diz:

    Vejam quanta coincidência entre o falso comunismo burguês e a religião:
    .

    . . . seu imperativo é rebater a crítica imediatamente, evitando que o vírus da dúvida se espalhe pelo tecido social. Uma tática preferencial é acusar o crítico de estar a serviço de interesses de malévolos terceiros: um partido adversário, “a mídia”, “a burguesia”, os EUA ou tudo isso junto. É que, por sua própria natureza, o Pensador Coletivo não crê na hipótese de existência da opinião individual.
    .
    A referência é aos MAVs petistas, mas cabe perfeitamente à bancada crente.
    .
    .
    O Pensador Coletivo abomina argumentos específicos. Seu centro político não tem tempo para refletir sobre textos críticos e formular réplicas substanciais. Os militantes difusores não têm a sofisticação intelectual indispensável para refrasear sentenças complexas. Você está diante do Pensador Coletivo quando se depara com fórmulas genéricas exibidas como refutações de argumentos específicos. O uso dos termos “elitista”, “preconceituoso” e “privatizante”, assim como suas variantes, é um forte indício de que seu interlocutor não é um indivíduo, mas o Pensador Coletivo.
    .
    A bancada crente chama os não crentes de crentes na descrença, dizem que não há diferença, como acabou de fazer o VLAD.
    .
    .
    .
    O Pensador Coletivo interpreta o debate público como uma guerra. “A guerra de guerrilha na internet é a informação e a contrainformação”, explica o deputado André Vargas, um chefe do MAV. No seu mundo ideal, os dissidentes seriam enxotados da praça pública. Como, no mundo real, eles circulam por aí, a alternativa é pregar-lhes o rótulo de “inimigos do povo”. Você provavelmente conversa com o Pensador Coletivo quando, no lugar de uma resposta argumentada, encontra qualificativos desairosos dirigidos contra o autor de uma crítica cujo conteúdo é ignorado. “Direitista”, “reacionário” e “racista” são as ofensas do manual, mas existem outras. Um expediente comum é adicionar ao impropério a acusação de que o crítico “dissemina o ódio”.
    .
    Vejam se não é a mesma tática da crentalhada.
    .
    .
    O Pensador Coletivo é uma máquina política regida pela lógica da eficiência, não pela ética do intercâmbio de ideias. Por isso, ele nunca se deixa intimidar pela exigência de consistência argumentativa. Suzana Singer seguiu a cartilha do Pensador Coletivo ao rotular o colunista Reinaldo Azevedo como um “rottweiler feroz” para, na sequência, solicitar candidamente um “bom nível de conversa”. Nesse passo, trocou a função de ombudsman da Folha pela de Censora de Opinião. Contudo, ela não pertence ao MAV. Os procedimentos do Pensador Coletivo estão disponíveis nas latas de lixo de nossa vida pública: mimetizá-los é, apenas, uma questão de gosto.
    .
    Qual a diferença entre essa tática e aquela empregada pelos FRATERNOS crentes da bancada adversária?

  41. Vitor Diz:

    Uma correção, relendo agora, quando Richet diz “No dia seguinte, pensei em perguntar o nome de uma pessoa de minha família, morta há muito tempo, e cujo nome foi dado a mim nas primeiras experiências de espiritismo que fiz. Eu conversei com M. Myers no decorrer do dia, sem que ele desse o nome dessa pessoa, absolutamente desconhecida para ele e toda a gente. Além disso, penso eu, mentalmente, seria interessante pedir mais pormenores sobre o meu avô, especialmente o apelido de minha avó, mas não disse nada a ninguém. ” eu tinha entendido que houve uma sessão com a Piper nesse dia, mas agora penso que não. Embora ele tenha claramente se encontrado com Myers nesse dia e falado com ele, isso não quer dizer que ele teve uma sessão com Piper. Parece que no dia 07/12/1889 a única sessão foi com a Srta. X.

  42. Marciano Diz:

    Eu não entendi a referência à resposta do Malafaia.
    Se puder, poste a questão e a resposta.

  43. Marciano Diz:

    Richet, dizendo que não mencionou uma palavra, lembra muito os atuais consulentes (sitters), que dizem a mesma coisa, estupefatos com as adivinhações.
    Parece que ele, como os atuais sitters, nada sabia de leitura fria.

  44. Gorducho Diz:

    Eu não entendi a referência à resposta do Malafaia.
     
    Nada a ver. Só que como o Sr. mencionou o ex-Führer e haviam antes sido mencionadas igrejas evangélicas, estabeleci associação…

  45. Gorducho Diz:

    Ah! Agora, com retardo captei. Mas é bem filosófica…

  46. Gorducho Diz:

    E ela soube através de quem, se ela ficou encerrada e vigiada na casa do Myers? Pela servente?
     
    Mas o Sr. é muito mais ingênuo do que meu neurônio pode conceber!
    Ela encerrada o dia inteiro c/a… empregada do Myers!
    Em que mundo o Sr. vive? No sistema solar decerto que não 🙁

  47. Vitor Diz:

    “Mas o Sr. é muito mais ingênuo do que meu neurônio pode conceber!
    Ela encerrada o dia inteiro c/a… empregada do Myers!”
    .
    O desejo cético de varrer os fenômenos paranormais para debaixo do tapete é tanto que só posso rir 😀
    .
    Segundo vc então, a empregada do Myers, que segundo o próprio desconhecia seus amigos, se inteirou de um encontro reservado da Srta. X e de seu amigo na NOITE do dia 05/12/1889, relatando “um encontro em que Srta. X. era a hóspede, a posição dela na sala, a aparência da companhia dela, incluindo uma marcante peculiaridade pessoal, e sua causa, dando o nome de batismo do mesmo amigo e o assunto da conversa deles, e as circunstâncias do retorno ao lar da Srta. X.”. Ou seja, a empregada além de INVADIR a casa do amigo, VIU TUDO, OUVIU TUDO e ainda SEGUIU a Srta. X até sua casa, chegando na casa do Myers no dia seguinte para trabalhar, CONTOU TUDO à SRA. PIPER e DISSE ERRADO a data do encontro!
    .
    Não estou rindo não. Estou gargalhando aqui com as ideias do Gorducho… 😀 😀 😀

  48. Marciano Diz:

    Vontade de acreditar em algo explica tudo, inclusive a aparente ingenuidade.

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