Cirurgias Espirituais (2018) – Revista Ler & Saber Mais

Seguem as matérias relativas a cirurgias espirituais da revista “Ler & Saber Mais”. Há relatos de cura, citam-se os médiuns atuais e passados que praticam tais cirurgias, bem como a legislação sobre o assunto. Para ler esse material, clique aqui.

65 respostas a “Cirurgias Espirituais (2018) – Revista Ler & Saber Mais”

  1. Phelippe Diz:

    É mais do mesmo. Para acreditar em cura espiritual é preciso crer em espíritos e, até onde sei, isso ainda não foi comprovado. Se espíritos existem é preciso saber de onde são originários. Serão de Deus? A mim não parece, por que Deus, o Todo-Poderoso, não precisa deles para se manifestar, quando muito mandaria seu Unigênito Filho, Jesus. Se não são de Deus, então, só podem ser enviados do capiroto fantasiados de espíritos de falecidos. Uma cura ali, outra aqui, e aos poucos vão conquistando os incautos uma vez que Deus não lhes permite mais do que isso. Se cura há, só posso atribuí-la ao poder do própria mente da pessoa. Sem intercessores.

  2. Gorducho Diz:

    Claro! A cura se existisse seria sem intermediários.
    Essa intermediação é resquício do politeísmo romano que fundamente o (a religião romana) cristianismo.
    i.e.: prodígios produzidos pelos deuses menores, os “santos”.

    Ou muito me engano, ou na religião islâmica não tem curas miraculosas

  3. Orlando Diz:

    Deixem as cirurgias com os médicos.
    Phelippe, os espíritos consoladores da doutrina espírita vieram complementar o ensino do Cristo, comentar os evangelhos e dar exemplos da destinação das almas após o fim da encarnação.
    As cirurgias espiritas mero showzinho barato, centros que promovem isso deveriam ser fechados por exercício ilegal de medicina…
    Podem dizer que Jesus curou: nao foi bem assim: ele aplicava passes para tranquilizar os homens – lembrem-se da menina que apenas dormia e os caras da época achavam que estava morta!

  4. Orlando Diz:

    Muito me admira phelipe acreditar em capiroto, o tal principe do mal ! Melhor crer em nada a aceitar um diabo.

  5. Phelippe Diz:

    Ué, Orlando. O capiroto é o pai da mentira. Por óbvio que permanecerá incógnito, se passando por falecidos, para melhor completar seu nefasto trabalho e tomar mais algumas almas do Cristo.

  6. Gorducho Diz:

    Aliás, o Jean Reynaud – que evidentemente propiciou o road map pro Kardec fazer a Doutrina…– começa o Terra & Céu justamente notando que a Igreja Católica tinha descurado disso, e devia caber à Gália a tarefa de definir o destino das almas após a morte.

    É muito interessante a análise que ele faz dos diversos Concílios, do “gênio” dos povos (tava em moda lá essa coisa na época…) e portanto da vocação gaulesa pra se encarregar dessa tarefa.

  7. Marciano Diz:

    Eu acho que as eventuais curas são apenas remissões espontâneas, fato conhecido de médicos, como o Orlando, por exemplo. Não tem espíritos nem mentes.
     
    Vocês (eu também) ficam reclamando que o Vitor só posta bobagens paranormais e quando ele posta espiritismo vocês reclamam.
    Assim não dá!
     
    Vou comer e depois volto, para ver se vocês se dispõem a discutir as cirurgias espirituais.
    Dá pra falar no Dr. Fritz, etc.

  8. Marciano Diz:

    Quem gosta muito de efeito placebo, sugestões hipnóticas, etc. é o Presidente.
    Nem o Dr. Sigmund Fraud acreditava em hipnose.
    Quer dizer, no efeito curativo dela.

  9. Marciano Diz:

    Bem que eu estou tentando animar as coisas aqui, mas ninguém está interessado.
    Os dois tópicos anteriores só renderam muitos comentários das mesmas pessoas porque eu mencionei os irmãos Wright, no antepenúltimo tópico. Do assunto propriamente dito, nada se comentou.
    Eu só mencionei os Wright para mostrar como a aviação, assim como a telefonia, a computação, etc., cresceram extraordinariamente nos últimos 100 anos, ao invés da paranormalidade ou espiritismo “científico”, mas o assunto está tão esgotado que os dois tópicos anteriores viraram debate sobre aviação e aqui o assunto já morreu.
    Ninguém quer falar de Zé Arigó e outros.
    Assim, definitivamente, não dá!
    再见

  10. Phelippe Diz:

    Não faz muito tempo vi q o dr Fritz continua operando no interior de S. Paulo. Tem até excursão.

  11. Contra o chiquismo Diz:

    Mas em 1905 o Flyer dos americanos não ia ser vendido com patente e tudo? Bem antes do ASD em 1906…

  12. Gorducho Diz:

    Numa boa Companheiro CoC
    teve quase 850 comentários sobre o assunto e eu da m/parte vou manter o armistício firmado ontem c/a Casa.
    Então não vou falar mais sobre essa coisa da “prioridade”, certo ❓
    Mas não: a patente #821393 foi concedida 1906-05-22.

  13. Phelippe Diz:

    Ok, patente, mas voava bem? Sem catapulta? A réplica feita pelos americanos foi um fiasco sem catapulta. Pior, tem até vídeo no Youtube. A réplica do 14Bis voou que é uma beleza.

  14. Vitor Diz:

    Oi, Phelippe
    .
    a máquinas dos Wright era altamente instável. Basicamente só eles conseguiam pilotá-la, mas sem auxílio do vento, de uma catapulta, ou da gravidade, não levantava voo mesmo.
    .
    O 14-Bis estava longe de ser uma Brastemp, mas passava no ISO-9000 😀

  15. Gorducho Diz:

    Da minha parte não vou responder em cumprimento ao armistício…
    Fica entre o Sr. e CoC.
    Notem que minhas últimas colocações nada tem a ver c/a polêmica…
    Se trata de analisar a questão de se ele se encontrou c/1 dos irmãos no dia do voo em la Bagatelle;
    resposta a ACoC quanto ao ano ‘5: NÃO pois não tinha saído a patente ainda.

  16. Gorducho Diz:

    Tanto não passava que ele teve a abertura pra jogar fora o design e partir pro completamente novo Demoislle.
    Os Wright ao que tudo indica por causa da patente, embestaram c/um design sem futuro.
    Todo Mérito pro ASD aí ❗

  17. Vitor Diz:

    Gorducho, quando citei os critérios do “ISO-9000”, eu me referia a isso:
    .
    “quase não foi vôo, foi um engatinhamento de vôo. Um planar curto como o de um pássaro com a asa machucada, mas satisfez todas as exigências então exigidas para ser considerado um vôo.”

  18. Contra o chiquismo Diz:

    E Frederick Rentschler ?

  19. Gorducho Diz:

    Não discuto isso.
    Só reiterei que ele teve o mérito de não ficar embestando num design sem futuro.
    Que eu me lembre o 14-bis nem curva fazia. Claro, ele PODERIA ter tentado aperfeiçoar &c., mas teve o bom senso e desprendimento de jogar fora o que era sem futuro.
    Mérito dele.
    APARENTEMENTE pra mim, os Wright ficaram amarrados pela tentativa de aproveitarem a patente o que al fin y al cabo acabou os prejudicando.

  20. Gorducho Diz:

    Que eu saiba ele foi o inventor ou o principal proponente da refrigeração a ar – que é a usada até hoje.
    Foi brilhante, tendo tido carreira brilhante no ramo aeronáutico no que concerna a motores
    👍

  21. Phelippe Diz:

    Então, eu não ponho dúvidas nas palavras de Dumont nem nas memórias de Duarte. Se tiver tempo e disposição leias as “Memórias” do último, é muito, mas muito interessante. E muita coisa que ali está meus ancestrais testemunharam e eu comprovei várias outras coisas em minhas pesquisas. Duarte retrata uma época em sua realidade, sem louvaminhas.

  22. Contra o chiquismo Diz:

    Era o KJU dos motores aeronáuticos.

  23. Gorducho Diz:

    👍

  24. Gorducho Diz:

    De volta pro hotel na mesma noite (27 maio) ele escreve pra Katharine.
    Vou tentar conseguir toda carta…

  25. Marciano Diz:

    Maldita a hora em que mencionei os Wright, no antepenúltimo tópico.
    Não se consegue mais falar em outro assunto.
    Ufanismo é um saco!
    O assunto é sobre cirurgias espirituais?
    O pessoal andou reclamando que só tinha artigos sobre paranormalidade?
    Eu sonhei com tudo isto?
    Quando o espírito de ASD deixar de assombrar o blog, eu volto.

  26. Marciano Diz:

    Marciano Diz:
    MAIO 30TH, 2018 ÀS 7:33 PM
    Em 1903 Wilbur e Orville fizeram um aviãozinho. Em 1906, Alberto fez outro. Hoje as Voyagers já ultrapassaram os confins do sistema solar.
    Pouco mais de cem anos.
    E a parapsicologia?

    Eu estava justamente tentando entrar no assunto do blog.
    Se pudesse retrocausar alguma coisa, não teria feito esse comentário.
    Se antes estávamos fadados a só ver paranormalidade estatística, agora que a Casa voltou a publicar sobre temas espíritas estamos condenados a discutir eternamente o óbvio ululante, como diria o Nelson.
    Claro que o obvio ululante a que me refiro é ao pioneirismo do Flyer e de seus inventores.
    Dito isto, só volto a comentar se o assunto for CIRURGIA ESPIRITUAL.

  27. Marciano Diz:

    Em outras palavras, se eu quiser discutir aviação, tenho um grupo para isto e se quisesse discutir ufanismo, procuraria um.

  28. Phelippe Diz:

    Mas o Dr. Fritz já não foi suficientemente batido por aqui? Sei que anda operando no interior de São Paulo.

  29. Marciano Diz:

    Vamos falar então no Augusto de Almeida, o “cirurgião” que baixa no João de Deus.
    Ou Ignacio de Loyola.
    http://joaodedeus.com.br/plus/modulos/conteudo/?tac=atendimento
    Neste sítio pode-se ver que pessoas são “cirurgiadas”, seja lá o que isto quer dizer.
    ASD já encheu.

  30. Marciano Diz:

    Orlando, você que é médico conhecedor do assunto, o que é “cirurgiar” uma pessoa?

  31. Marciano Diz:

    Não sei nada de medicina ou de procedimentos cirúrgicos, mas de gramática já ouvi o canto, não sei bem onde.
    Nunca fui apresentado ao verbo “cirurgiar”.
    Será que só se aplica a cirurgias espirituais?

  32. Marciano Diz:

    Diversas são as causas atribuídas ao suicídio de Santos-Dumont. Uma das mais comuns, foi que Dumont encontrou antigos manuscritos de Nostradamus que previam diversos acontecimentos futuros na história da aviação brasileira:

    1. Sua face estampada na nota de Cruzado
    2. Caos Aéreo
    3. Apagão Aéreo
    4. Crise Aérea
    5. Falência da Transbrasil
    6. Falência da Vasp
    7 .Falência da Varig
    8. Compra do Aerolula
    9. Marcos Pontes candidato a senador
    10. Pista de Congonhas formando poças de água
    11. Greve dos controladores de voo
    12. Aviões se chocando no meio da Amazônia
    13. Aviões estacionando nos próprios prédios de carga
    14. Aviões estacionando em prédios de Nova York
    15. Maciços investimentos da Infraero em segurança lojinhas de aeroportos
    16. Valdir Pires gerenciando o Apagão Aéreo
    17. Passageiros relaxando e gozando nos aeroportos
    18. Nascimento de John Mirolha19.
    Anac fornecendo documentos espúrios para a Justiça.
    Não resistindo ao peso da culpa, Dumont se enforcou no Guarujá, depois de ter pego bicho geográfico.
    Texto livremente copiado.

  33. Marciano Diz:

    Texto livremente plagiado:
    Dumont profetizou que dirigir um avião seria mais fácil que dirigir um carro. Ele não errou, e no Brasil moderno mais do que nunca a população aprende todo dia grandes conhecimentos aeronáuticos. Quem não sabe que o transponder deve ficar ligado e as duas manetes em idle para pousar com o reverso pinado??? Quem não sabe disso??? Qualquer brasileiro hoje em dia sabe disso… é realmente muito fácil… tsc, tsc, tsc…

  34. Gorducho Diz:

    Enquanto infante estive sendo cirurgiado 2x:
    ► apendicite;
    ► amigdalite.
    😛

  35. Orlando Diz:

    Olá Marciano e todos. Boa tarde e muita paz!
    Cirurgia é uma intervenção médica que visa tratar traumas.
    Como já disse antes acho que Dr.Fritz está interferindo em assuntos terrenos materiais ao invés de promover reuniões evangélicas, objetivo do Cristianismo Redivivo.

  36. Chico, Amor e Paz Diz:

    Vitor, meu amigão, tudo bem?
    Gosto de você embora ache que exagere muito com Chico e Divaldo e pegue leve com os paranormais.
    Outro dia comentou sobre um material raro sobre o Chico, de que se trata isso, sabe ?

  37. Vitor Diz:

    Oi, Chico, Amor e Paz
    é um livro do frei Boaventura sobre o Chico que não consta nem para compra nos sebos. Mas tem um pessoal que vai começar a digitalizar assim que conseguir os 1894 reais que faltam. É que eles não vão só digitalizar esse livro, mas uma penca de outros.

  38. Chico, Amor e Paz Diz:

    E como está sendo a arrecadação? tem algum link?

  39. Vitor Diz:

    Pelo ritmo acho que em uns 4 meses eles terminam de arrecadar. O link é:
    .
    http://www.obrascatolicas.com/

  40. Gorducho Diz:

    Frei Karl Josef Bonaventura Kloppenburg ❓
    Ele escreveu 1 livro INTEIRO sobre o CX ❓

  41. Vitor Diz:

    Sim e sim.

  42. Chico, Amor e Paz Diz:

    Sim, um montão de livros mesmo.
    Sei também que o Frei escreveu também um alerta aos católicos sobre o espiritismo.

  43. Chico, Amor e Paz Diz:

    “Como já disse antes acho que Dr.Fritz está interferindo em assuntos terrenos materiais ”
    Onde não há como na medicina terrena, vem a equipe espiritual e auxilia conforme o merecimento.
    No evangelho segundo o espiritismo tem uma senhora cega que queria ser curada pelo Cura D arns.

  44. Vitor Diz:

    Alguém poderia doar alguma quantia ao grupo católico para a gente ter esse livro o mais rápido possível? Eu não dou nada porque já estou gastando e vou gastar horrores com tradução.

  45. Marciano Diz:

    Obrigado, Orlando, mas eu perguntei sobre cirurgiar, o verbo.
    Sobre o Frei Kloppenburg, não tenho o livro, mas aqui vão algumas palavras dele, facilmente encontradas na web:
     
    O Sr. Francisco de Paula Cândido, mais conhecido como Francisco Cândido Xavier, ou simplesmente Chico Xavier, é nosso médium mais conhecido e idolatrado. Nasceu em Pedro Leopoldo, MG, em 1910. Dizem que não fez mais que o curso primário. De família católica, entrou em contato com o espiritismo em 1927. Desde 1959 vivia em Uberaba. Levava uma vida simples, com muita dedicação aos que sofrem e de intensa atividade psicográfica. Seus livros psicografados passam de 250 e são amplamente difundidos, principalmente pela Federação Espírita Brasileira, fato que, por si só, comprova sua fidelidade à doutrina codificada por AK. Afirma-se que já tem mais de quarenta e cinco milhões de exemplares vendidos. Não há outro autor que se compare. Em 1982 seu nome foi sugerido para Prêmio Nobel da Paz, com o endosso, segundo dizem, de mais de dez milhões de simpatizantes.
     
    No prefácio de sua primeira obra psicografada, Parnaso de Além -Túmulo, o próprio Chico se apresenta como um moço com “o mais pronunciado pendor para a literatura”, com “a melhor boa vontade para o estudo”, que em casa “estudou o que pôde”. O Jornal das moças de 1931 publicava sonetos seus. Um amigo de Belo Horizonte, que o conheceu naqueles anos, deu-me estas informações: – “Conheci o Francisco Xavier em 1933. Nessa época ele ainda trabalhava numa pequena casa de comércio, em Pedro Leopoldo. Na ocasião, em julho de 33, salvo engano, ele me deu para ler Um álbum de poesias dele. Eram poemas, sonetos, quase todos melhores do que a imitação de Guerra Junqueiro que publicou no Parnaso de além túmulo. Foi por intermédio de Francisco Xavier que conheci Augusto dos Anjos. Ele declamava grande parte do Eu. Lera tanto Augusto dos Anjos que o sabia de cor. Ainda me lembro muito de ouvi-lo declamar com entusiasmo o ‘Árvore da serra’. Em 1933 ele estava encantado com Augusto dos Anjos. Já por essa época ele lia o espanhol e o francês: assim me disse várias vezes. Conhecia bem a literatura brasileira e lia muito. Nós nos correspondíamos em fins de 1933 e 1934, e é pena que não tenha guardado as cartas dele, da época. Nelas, o tema era literatura e poder-se-ia ver bem que ele não era quase analfabeto, com apenas a instrução primária, conforme afirma no prefácio no Parnaso. É o que lhe posso informar por conhecimento próprio. Ainda devo acrescentar que lá por 1941 ou 42 visitei, com alunos do Seminário, a Fazenda do Estado, em Pedro Leopoldo, onde me encontrei com ele. Conversamos sobre santa Teresa e são João da Cruz. Eu acabara de ler as obras de santa Teresa e ele conhecia bem não só santa Teresa, mas também são João da Cruz”.
     
    A propaganda espírita exalta a perfeição dos vários estilos na obra mediúnica de Chico Xavier. Dizem que Olavo Bilac, Humberto de Campos e outros mestres da nossa literatura reapareceram através do lápis de Chico Xavier em sua antiga perfeição. E propagam que até um Agripino Grieco reconheceu o inconfundível estilo de Humberto de Campos. Mas o que na realidade encontro nas declarações de Agripino Grieco é um pouco diferente. Diz ele, textualmente, ao Diário da Noite, de São Paulo, de 26-6-1944 (no tempo do famoso processo que a família de Humberto de Campos moveu contra a Federação Espírita): – “A Humberto de Campos, entretanto, penso que já bastariam os livros por ele escritos ainda em vida, para que sua glória se tornasse imperecível. Os livros póstumos ou pretensamente póstumos nada lhe acrescentam à glória, sendo mesmo bastante inferiores aos escritos em vida. Interessante: de todos os livros que conheço como sendo psicografados, escritos por intermédio da mão ligeira de um médium, nenhum se equipara aos produzidos quando era o escritor que fazia a pena deslizar sobre o papel. O mesmo sucede com as obras do espírito de Vítor Hugo, ‘apanhadas’ aqui no Brasil e em português. Parecem-me todas de um Vítor Hugo em plena caducidade, com uma catarreira senil das mais alarmantes. ” Outra coisa: em geral esses livros só se reportam a coisas terrestres: não são livros do além, mas simplesmente do aquém, retrospectivos, autobiográficos, de um mundo que já conhecemos miudamente…”.
     
    Outro crítico, o Sr. João Dornas Filho, comparou o Olavo Bilac póstumo de Chico Xavier com as produções do poeta vivo: – “Pois bem, esse homem, que em vida e segundo a doutrina espírita estava sujeito às deficiências, aos erros, à contingência do estado de encarnação e só desencarnado poderia realizar ou iniciar o seu período de perfeição; esse homem que no estágio de imperfeição nunca assinou um verso imperfeito depois de morto ditou ao Sr. Chico Xavier sonetos inteirinhos abaixo de medíocres! Cheios de versos malmedidos, mal-rimados e, sobretudo, numa língua que Bilac absolutamente não escrevia” (Folha da Manhã, SP, 19-4-1945).
     
    É necessário assinalar mais um ponto importante. Já AK nos revela nas Obras póstumas (mas não ditadas depois de sua morte) como trabalhou sobre o material acumulado para codificar O livro dos espíritos: “Da comparação e da fusão de todas as respostas, coordenadas, classificadas e muitas vezes remodeladas no silencio da meditação” nasceu aquela obra fundante do espiritismo. Quando nos vêm mensagens do além, ou até mesmo revelações destinadas a “completar, explicar e desenvolver” a doutrina cristã, coisa que os espíritas pretendem com sua “terceira revelação”, fazemos questão de ter as novas “revelações” exatamente assim como vieram ou foram ditadas e não como foram depois “remodeladas” por algum mortal deste mundo. Coisas semelhantes aconteceram com obras de Chico Xavier. O jornal espírita O poder, de Belo Horizonte, de 10-5-1953 (n. 392), publicou um artigo do espírita Sousa de Prado, com notáveis revelações sobre o que acontece atrás dos bastidores do espiritismo nacional. Sousa de Prado revela que um dia foi procurado pelo presidente da Federação Espírita, Wantuil de Freitas, tendo na mão um maço de provas tipográficas. “Você sabe – dizia ele – que quem corrige todos os trabalhos recebidos pelo Chico Xavier é o Quintão”. Manuel Quintão também foi presidente da Federação. E Sousa de Prado lhe respondeu: “Sei, por sinal que, com tais correções, consegue desfigurar quase completamente o estilo dos espíritos que ditam as obras ao médium, enxertando-lhes termos esdrúxulos, que eles nunca usaram enquanto encarnados”. Confidenciou-lhe então o Sr. Wantuil de Freitas: – Ora, como você sabe, o Quintão erra constantemente, principalmente no emprego da crase, e na pontuação; e eu tenho grande empenho em que isso saia correto. Por isso, fiz uma nova revisão, emendando os principais erros que encontrei. Como, porém, eu sou um pouco fraco no português…” e posso ter emendado coisas que estivessem certas, queria que você conferisse, comigo, as emendas que fiz”.
     
    De tudo isso concluo que Chico Xavier é um cidadão bom e inteligente, poeta por inclinação natural, muito lido, capaz de reproduzir mediocremente, em estilos diversos, inúmeras páginas sobre assuntos bastante banais e que são revistas e corrigidas por outras pessoas mais competentes e melhor formadas.
     
    A propaganda espírita é muito mais categórica e positiva que o próprio Chico Xavier. Os espíritas não têm dúvidas: aquelas mensagens são realmente dos espíritos do além. No prefácio de Parnaso de além túmulo o próprio Chico Xavier é bem mais reservado e prudente. Eis suas palavras: – “O que psicografo será das personalidades que assinam os poemas? É o que não posso afiançar. O que afirmo categoricamente é que, em consciência, não posso dizer que são minhas, porque não despendi nenhum esforço intelectual ao grafá-las no papel. A sensação que sempre experimentei ao escrevê-las era a de que vigorosa mão impulsionava a minha”.
     
    Aqui temos a sincera descrição do fenômeno. Mas é também sua explicação. O fenômeno certamente não foi produzido por forças do além. Qualquer bom psicólogo saberá explicá-lo. Chico Xavier deixa de ser um problema teológico e passa à competência da psicologia.

  46. Marciano Diz:

    Prosseguindo com Kloppenburg:
     
     
    “NOSSO LAR”: UM EXEMPLO CONCRETO
     
    Mas tomemos um exemplo concreto de uma das obras psicografadas por Chico Xavier, sua obra mais popular: Nosso lar, com 460.000 exemplares vendidos até 1985, ditada por um espírito chamado “André Luis”, que, segundo se afirma nos arraiais espíritas, teria sido em vida o conhecido médico Dr. Osvaldo Cruz. Nesta obra, “André Luís” relata uma multidão de acontecimentos, desde sua morte até seu ingresso, como cidadão, na fantástica colônia espiritual chamada “Nosso lar”.
     
    Imediatamente depois da separação do corpo (morte), o espírito, agora “desencarnado”, de André Luís passou por um período bastante difícil, confuso e desorientado, sempre andando, sem saber por onde nem para onde. Era o estado de “erraticidade”, descrito abundantemente por AK. “Persistiam – conta ele – as necessidades fisiológicas, sem modificação. Castigava-me a fome todas as fibras, e, não obstante o abatimento progressivo, não chegava a cair definitivamente em absoluta exaustão. De quando em quando, deparavam-se-me verduras que me pareciam agrestes, em tomo de humildes filetes d’água a que me atirava sequioso. Devorava as folhas desconhecidas, colocava os lábios à nascente turva, enquanto mo permitiam as forças irresistíveis, a impelirem-me para frente. Muitas vezes suguei lama da estrada, recordei o antigo pão de cada dia, vertendo copioso pranto. Não raro era imprescindível ocultar-me das enormes manadas de seres animalescos, que passavam em bando, quais feras insaciáveis” (p. 17; sigo a 4″ edição). Durou oito anos a peregrinação.
     
    Até que encontrou outro espírito: Clarêncio, “um velhinho simpático que sorriu paternalmente”, que se apoiava num cajado de substância luminosa. Foi então transportado. Pararam “à frente de grande porta encravada em altos muros, cobertos de trepadeiras floridas e graciosas” (p. 20). Acomodaram-no num leito de emergência, “no pavilhão da direita”. Viu-se então num confortável aposento, “ricamente mobiliado”. Serviram-lhe “caldo reconfortante, seguido de água muito fresca”, portadora “de fluidos divinos”. À noite ouviu “divina melodia”. Levantou-se e chegou a um enorme salão, “onde numerosa assembléia meditava em silêncio”. Soube que era a hora da oração, dirigida pelo governador, através do rádio e da televisão, “com processos adiantados”.  
    No dia seguinte encontrou-se com o “irmão Henrique de Luna”, do Serviço de Assistência Médica daquela Colônia Espiritual. Soube então que, só naquela seção, “existem mais de mil doentes espirituais”. Examinado, recebeu o seguinte diagnóstico: “A zona dos seus intestinos apresenta lesões sérias com vestígios muito exatos de câncer; a região do fígado revela dilacerações; a dos rins demonstra características de esgotamento prematuro” (p. 30). Recebeu como remédio passes magnéticos.
     
    Quero lembrar que se trata de descrições da vida do espírito, depois da morte: não de coisas desta terra. Um dia foi passear: “Quase tudo melhorada cópia da Terra. Cores mais harmônicas, substâncias mais delicadas. Forrava-se o solo de vegetação… Aves de plumagens policromas cruzavam os ares… Identificava animais domésticos” (p. 38). Viu “vastas avenidas, enfeitadas de árvores frondosas”. Entidades numerosas iam e vinham…
     
    Afinal soube que estava numa das muitas colônias espirituais. Esta chama-se “Nosso lar”, consagrada ao Cristo (p. 22) e fundada por portugueses distintos, desencarnados no Brasil, no século XVI, segundo consta dos “arquivos do ministério do esclarecimento” (p. 47). A colônia é dirigida por um governador (que naqueles dias comemorou o 114º aniversário de governança) assistido por 72 colaboradores. Divide-se em 6 ministérios, orientados cada qual por 12 ministros: o ministério da regeneração, do auxílio, da comunicação, do esclarecimento, da elevação e da união divina. É no ministério do auxílio que preparam as “reencarnações terrenas”. Há, na colônia, “mais de um milhão de criaturas” (p. 207).
     
    No passado a colônia teve que aguentar muitos apertos. Houve maus governadores, com muita oposição, inclusive assaltos por parte de outros espíritos, “que tentaram invadir a cidade, aproveitando brechas nos serviços de Regeneração, onde grande número de colaboradores entretinha certo intercâmbio clandestino” (p. 48). Mas o governador “mandou ligar as baterias elétricas das muralhas da cidade, para emissão dos dardos magnéticos” (p. 49).
     
    Um dia foi de aerobus ao bosque das águas. Era um “grande carro, suspenso do solo a uma altura de cinco metros mais ou menos e repleto de passageiros” (p. 50). Outro dia visitou uma casa particular: “Móveis quase idênticos aos terrestres”. Quadros, piano, livros. Com relação aos livros recebeu a seguinte informação: “Os escritores de má fé, os que estimam o veneno psicológico, são conduzidos imediatamente para as zonas obscuras do umbral”. Havia também sala de banho. Ao almoço serviram “caldo reconfortante e frutas perfumadas, que mais pareciam concentrados de fluidos deliciosos” (p. 86).
     
    Também o problema da propriedade recebeu sua solução. “Nossas aquisições são feitas à base de horas de trabalho. O bônus-hora, no fundo, é o nosso dinheiro. Quaisquer utilidades são adquiridas com esses cupons. ” Cada família espiritual pode conquistar um lar (nunca mais que um), apresentando trinta mil bônus-hora” (p. 100). Existe também o serviço de recordações. Aplicam-se passes no cérebro, que restituem “trezentos anos de memória integral” (p. 103).
     
    Certa vez encontrou um ancião, gesticulando, agarrado ao leito, como se fosse louco, gritando por socorro, pedindo ar, muito ar! O homem estava sendo vítima de uma “carga de pensamentos sombrios, emitidos pelos parentes encarnados” (p. 127). Recebeu então passes de prostração. Há também “água magnetizada” e “operações magnéticas” (p. 136). Num daqueles dias apareceu na colônia uma católica desencarnada na Terra. Chegou benzendo-se e dizendo: – “Cruzes! Credo! Graças à Providência Divina, afastei-me do purgatório…” Revelou que, na Terra, foi mulher de muito bons costumes, que rezou incessantemente e deixou uns dinheirinhos para celebração de missas mensais; em suma, fez o possível para ser boa católica. Confessara-se todos os domingos e comungara. Mas maltratara os escravos. “Padre Amâncio, nosso virtuoso sacerdote, disse-me na confissão que os africanos são os piores entes do mundo, nascidos exclusivamente para servirem a Deus no cativeiro.” Morrera em 1888 e só em 1939 alcançou o “Nosso lar”. Fora longo seu “esforço purgatorial” (p. 164). Também, católica. . .
     
    Num domingo o governador resolveu realizar o “culto evangélico” no ministério da regeneração. Havia meninos cantores das escolas de esclarecimento, que cantavam o hino “Sempre contigo, Senhor Jesus”, cantado por duas mil vozes. Depois de outra cerimônia do culto evangélico, cantaram o hino “A ti, Senhor, nossas vidas”. No fim a ministra veneranda entoou “A grande Jerusalém” (p. 208). É assim no “Nosso lar”. Nos outros volumes continua André Luís a descrever a vida e a atividade fantástica do mundo “depois da morte”. Eis a literatura dos nossos espíritas. Este é o tipo de livros que a Federação brasileira propaga, aos milhares, pelo Brasil.

  47. Marciano Diz:

    Kloppenburg ainda fala do sobrinho de cx:
     
     
    O SOBRINHO TAMBÉM PSICOGRAFAVA…
     
    O Sr. Chico Xavier tem um sobrinho. Chama-se Amauri Pena. Nasceu em 1933, em Pedro Leopoldo. Com ano e meio foi morar em Sabará, MG. Quando tinha apenas dez anos, já lera o Parnaso de além túmulo, do tio. Aos 13 anos escrevia poemas. Inteligente, lia muito e começou a imitar o estilo de outros autores. Educado em ambiente espírita, com o brilhante exemplo do tio à vista, foi persuadido de ser um grande médium. E começou a “psicografar”. Segundo um jornal espírita, “recebeu composições de mais de cinquenta poetas brasileiros e portugueses, cada qual em seu próprio e inconfundível estilo. Recebeu também uma epopeia camoniana, em estilo quinhentista”. Cruz e Sousa, Gonçalves Dias, Castro Alves, Augusto dos Anjos, Olavo Bilac, Luís Guimarães Jr., Casemiro Cunha, Inácio Bittencourt, Cícero Pereira, Hermes Fontes, Fabiano de Cristo, Anália Franco e até Bocage e Rabindranath Tagore apressavam-se em procurar o sobrinho de Chico Xavier para fazer uns versos… Síntese, um boletim espírita de Belo Horizonte, dava ao médium a necessária publicidade.
     
    Iam as coisas nas mais risonhas esperanças. E eis que, num belo dia de 1958, Amauri Pena procura a imprensa profana para fazer sensacionais declarações: “Tudo o que tenho psicografado até hoje – declarou – apesar das diferenças de estilo, foi criado por minha própria imaginação, sem que precisasse de interferência de almas de outro mundo”. E explicava: “Depois de ter-me submetido a esse papel mistificador, durante anos, usando apenas conhecimentos literários, resolvi, por uma questão de consciência, contar toda a verdade”.
     
    E o sobrinho de Chico Xavier esclareceu mais: “Sempre encontrei muita facilidade em imitar estilos. Por isso os espíritas diziam que tudo quanto saía do meu lápis eram mensagens ditadas pelos espíritos desencarnados. Revoltava-me contra essas afirmativas, porque nada ouvia e sentia de estranho, quando escrevia. Os espíritas, entretanto, procuravam convencer-me de que era médium. Levado a meu tio, um dia, assegurou-me ele, depois de ler o que eu escrevera, que deveria ser seu substituto. Isso animou bastante os espíritas. Insistiam para que fosse médium”.
     
    O jovem e improvisado médium Amauri continua na descrição de sua estranha aventura: “Passei a viver pressionado pelos adeptos da chamada terceira revelação. A situação torturava-me e, várias vezes, procurando fugir àquele inferno interior, entreguei-me a perigosas aventuras. Diversas vezes, saí de casa, fugindo à convivência de espíritas. Cansado, enfim, cedi, dando os primeiros passos no caminho da farsa constante. Teria 17 anos. Ainda assim, não me vi com forças para continuar o roteiro. Perseguido pelo remorso e atormentado pelo desespero, cometi desatinos. Em algumas oportunidades, tentei recuar, sucumbindo, atordoado. Vi-me, então, diante de duas alternativas: mergulhar de vez na mentira e arruinar-me para sempre ou levantar-me corajosamente para penitenciar-me diante do mundo e de mim mesmo, libertando-me definitivamente. Foi o que resolvi fazer, procurando um jornal mineiro e revelando toda a farsa. Sei das reações que minhas declarações causarão. Mas não me importo. O certo é que, enquanto me sacrificava pela propaganda de uma mentira, não me julgavam maluco. Não desmascaro meu tio como homem, mas como médium. Chico Xavier ficou famoso pelo seu livro Parnaso de além túmulo. Tenho uma obra idêntica e, para fazê-la, não recorri a nenhuma psicografia” . Eis as principais declarações de Amauri Pena.
     
    Claro que não podia faltar a reação espírita. Um dos mais notáveis escritores espíritas do Brasil (“Irmão Saulo”) encontrou logo a explicação mais satisfatória do ponto de vista espírita. Sustenta que a mediunidade de Amauri é “inegável e irretratável”. E explica que o fenômeno espírita “não depende da opinião dos médiuns, e não raro contraria mesmo essa opinião. O fenômeno mediúnico é um fato em si. O caso Amauri é um exemplo disso. Pouco importa que ele se retrate, que se diga autor das comunicações recebidas. O que importa é a análise das comunicações em seus próprios conteúdos, bem como das circunstâncias em que foram dadas”. Não adianta negar a mediunidade, esclarece o espírita, “mesmo que ele não a aceita, mesmo que ele a queira negar”, será e continuará médium. E o Reformador, órgão da Federação Espírita Brasileira, se consolou, ponderando que também Jesus foi traído por um de seus apóstolos… E o Amauri é classificado como “vítima de sua própria afinidade com os obsessores que o trazem acorrentado à vida irregular”. Duas são as lições que podemos colher do rumoroso caso:
     
    1. Amauri Pena prova que é relativamente fácil imitar o estilo de outros. É mais uma questão de exercícios que de espíritos. Lá mesmo, na redação, diante dos jornalistas, imitou vários estilos. Diz ele: “Tenho uma obra idêntica (ao Parnaso de além túmulo) e, para fazê-la, não recorri a nenhuma psicografia”. Um ilustre literato francês assegura que os “escritores vulgares e incapazes de estilo pessoal conseguem imitar admiravelmente o estilo de outrem. O pasticho é, efetivamente, um dom que todos podem ter”.
     
    2. É inútil discutir com espíritas. Atitudes preconcebidas e totalmente anti-científicas esterilizam qualquer discussão séria. Declara Amauri Pena ter consciência de ser ele mesmo o autor dos versos, diz que sempre teve facilidade em imitar estilos, confessa que para isso se utiliza de seus conhecimentos literários – e os espíritas insistem em proclamá-lo médium autêntico, instrumento de Rabindranath Tagore! Nem mesmo AK, cem anos atrás, teria procedido assim. O argumento em que Kardec mais insistia era a passividade e a inconsciência do médium, a completa independência da mensagem que, mesmo contra a vontade do médium e contra suas idéias conscientes, ficava surpreendido ao ver a “comunicação”. Já vimos isso. Poderia recordar muitas passagens nas quais o codificador constantemente argumenta com o fato da “independência absoluta da inteligência que se manifesta”. Foi por isso – e só por isso – que Kardec chegou à conclusão de que esta “inteligência independente” devia ser distinta da alma do médium e, portanto, um espírito desencarnado. Semelhante raciocínio teria ficado totalmente sem base e sem valor, se o médium tivesse respondido tranquilamente (como Amauri Pena): “Mas tudo quanto tenho escrito foi criado por minha própria imaginação e disso tenho plena consciência”. Falando, por exemplo, do “sonambulismo desperto”, um estado em que “as faculdades intelectuais adquirem um desenvolvimento anormal”, confessa Kardec (na introdução ao Livro dos espíritos, p. 41): “Concordamos em que, efetivamente, muitas manifestações espíritas são explicáveis por esse meio. Contudo, numa observação cuidadosa e prolongada mostra grande cópia de fatos em que a intervenção do médium, a não ser como instrumento Passivo, é materialmente impossível”. Ora, precisamente este estado puramente passivo não é reconhecido pelo sobrinho de Chico Xavier. “Revoltava-me (diz ele) contra essas afirmativas (dos espíritas) porque nada ouvia e sentia de estranho quando escrevia”. Mas nossos espíritas insistem: “Pouco importa que ele se retrate, que se diga autor das comunicações recebidas, mesmo que ele não aceite, ainda que queira negar: ele é um grande médium”! Aqui acabou-se a ciência. Venha, pois, Rabindranath Tagore…

  48. Marciano Diz:

    https://pt.wikipedia.org/wiki/Carlos_Jos%C3%A9_Boaventura_Kloppenburg

  49. Phelippe Diz:

    Ninguém aí com experiência em cirurgia espiritual?

  50. Marciano Diz:

    Experiência, eu não tenho (graças a Ishtar), mas podemos tentar comentar o tópico em questão.
    Falar deste ou daquele “médium”, já fizemos muito, e posso voltar a fazê-lo, mas não abordarei a questão por esta linha.
    Prefiro mostrar como o tema tem similaridades com a ladainha paranormal da casa, que graças ao bom jesus de itabapoana, está dando um descanso para a gente.
    Devemos louvar a iniciativa, e não ignorar os temas não paranormais, antes que tudo volte ao marasmo de antes.
     
    Dito isto, vou transcrever algumas linhas obtidas num sítio que trata do assunto, comentando sucintamente entre parênteses um ou outro absurdo, porque são legião:
     
    A cura espiritual é um tema que a cada dia vem sendo mais abordado, saindo dos paradigmas que sempre a cercaram desde o início dos tempos (Sempre este papo furado de paradigmas, como se os modelos científicos que funcionam de verdade precisassem ser substituídos por um novo paradigma sem pé nem cabeça, ao alvedrio do charlatão ou maluco que o propõe), vem ganhando grande notoriedade no meio médico e científico(mentira deslavada, como qualquer médico, enfermeiro ou paciente pode constatar), sendo até mesmo estudada e comprovada por pesquisadores respeitados e renomadas instituições de pesquisas como a USP (infelizmente, isto é verdade; essas instituições vêm emprestando seu prestígio a esse atentado contra o bom-senso)
     
    Quando falamos em cura espiritual devemos antes de tudo esclarecer alguns pontos importantes. Recordemos que o corpo físico do qual estamos agora é habitado por um espírito ou “alma”(os erros de pontuação e de concordância verbal e nominal são por conta do original), e esse ultimo é o que consideramos ser a inteligência de um indivíduo, onde estão todas as informações, sendo o corpo somente um aparato onde o espírito possa se manifestar e realizar suas tarefas físicas na terra (Onde estão as provas desse nonsense?).
     
    Portanto temos além dessa divisão uma mais importante, as doenças podem se manifestar tanto no espírito como no corpo, ou um sobre o outro. Existe um grande complexo energético envolvido ao corpo físico (Onde está a prova da afirmação?) dos quais formam centros de energias, são os conhecidos chakras ((conhecidos por quem?), cada um com sua função e localização específica (só para os otários que caem nesse papo furado).
     
    Os chakras são os centros energéticos do corpo (Definem chakra com outro conceito que também carece de definição, qual seja, “centros energéticos” – característica de pseudociências), em cada um vamos encontrar um tipo de energia específica por cada região do corpo físico e energético. Seguindo esse raciocínio (que não foi satisfatoriamente comprovado) concluímos que o corpo físico está totalmente interligado ao corpo espiritual (conclusão embasada em premissas falsas, portanto, sem nenhum valor), e realizam ações um sobre outro constantemente (através de um processo que não é explicado).
     
    A cirurgia espiritual é o procedimento em que um espírito (cuja existência também não foi provada, é apenas alegada) através de um médium (outra suposição não provada) de efeitos físicos ou não opera o paciente. Essa operação pode ser feita tanto no corpo físico como também no próprio espírito, dependendo de onde esteja o desequilíbrio que cause a doença (parece roteiro de filme trash, no estilo de NL).
     
    Os espíritos envolvidos nesses procedimentos geralmente são médicos que já estiveram encarnados na terra (Por que? Será que os conhecimentos adquiridos em faculdades e hospitais terrícolas são úteis no ultramundo?) e agora continuam seu trabalho no plano espiritual juntamente com suas equipes (Mas não foi assim com o imaginário André Luiz, que foi direto pro umbral e depois pra faxina espiritual, limpar cocô de espíritos), todo o procedimento é realizado energeticamente (sem maiores explicações; basta mencionar a palavra mágica: “energia”), ou seja, a energia é a única e mais potente forma de realizar um procedimento que muitas vezes para a medicina local seria impossível.

     
     
    A matéria continua, mas acho que isto basta, ao menos por enquanto.
    Quem quiser ler a baboseira toda, aqui vai o endereço:
    http://verdademundial.com.br/2015/10/cirurgia-espiritual-como-funciona/

  51. Marciano Diz:

    O que me espanta é como um discurso desconexo, recheado de neologismos e de conceitos não explicados, totalmente esquizofrênico, pode impressionar pessoas burras e até muito inteligentes.
    Parece que ingenuidade é uma característica da quase totalidade dos humanos. Qualquer conversa fiada, sem o menor sentido, convence os sonhadores.

  52. Marciano Diz:

    Atenção, pessoal! Falem bem ou falem mal, digam alguma coisa. Ficam reclamando dos superchatos tópicos sobre microΨ, que não recebem, na maioria das vezes, um único comentário, e quando saem assuntos que valem a pena ser discutidos a coisa descamba para aviação, navegação marítima, receitas de bolo, etc.
    Se o Vitor voltar a publicar aquele xarope paranormal, o blog corre o risco de extinguir-se. Seria lamentável. Isto aqui já foi muito bom.

  53. Marciano Diz:

    Por que não experimentam, em vez de discutir a definição técnica de “avião”, discutir o que vem a ser um chakra, o mal emprego da palavra “energia”, que pode significar o que se quiser, dependendo do peixe que se queira vender?
    Eu sei o que é energia térmica, energia elétrica, energia nuclear, etc., mas nunca alguém me explicou o que vem a ser energia controlada por chakras, corpo energético, procedimento energético.

  54. Marciano Diz:

    É sempre bom lembrar:
    “O conceito de energia é o grande coringa das pseudociências, sendo empregado de formas totalmente absurdas e ilógicas, além de ser “

  55. Marciano Diz:

    É sempre bom lembrar:
    O conceito de energia é o grande coringa das pseudociências, sendo empregado de formas totalmente absurdas e ilógicas, além de ser “redescoberto” em novas e criativas versões, usualmente com nomes de impacto, como “energia biocósmica”, por exemplo.
    Ψ

    A pseudociência faz alegações extraordinárias e aventa teorias fantásticas que contradizem o que se conhece sobre a natureza.
    Não apenas deixam de fornecer provas da veracidade de suas alegações, mas também desprezam todas as descobertas que contradigam suas conclusões. (“De algum lugar os discos voadores devem vir — portanto a Terra é oca, e eles vêm do seu interior.”; “A faísca que produzo com este aparelho elétrico não é na verdade uma faísca, mas sim uma manifestação sobrenatural de energia psicoespiritual.”; “Todo ser humano está rodeado por uma aura impalpável de energia eletromagnética, o ovo áurico dos antigos videntes hindus, que espelha fielmente o humor e condição deste humano.”)

    Os pseudocientistas inventam seu próprio vocabulário, no qual muitos termos carecem de definições precisas ou sem ambiguidade, e alguns não possuem nenhuma definição.
    Os ouvintes são amiúde forçados a interpretar as afirmações conforme suas próprias preconcepções. Por exemplo, o que significa “energia biocósmica” ou “sistema psicotrônico de amplificação”? Os pseudocientistas buscam com frequência imitar o jargão científico e técnico jorrando uma algaravia que soa científica e técnica. Os curandeiros estariam perdidos sem o termo “energia”, mas o emprego que dele fazem não tem absolutamente nada que ver com o conceito de energia usado pelos físicos.

    E tomem cirurgias espirituais!

  56. Marciano Diz:

    Até pouco mais de vinte anos, era contravenção penal a exploração da credulidade pública (deveria ser crime), mas o lobby dos charlatães conseguiu revogar a norma.
    Ψ
    Matária antiga, foi sancionado e liberou geral para os charlatães, mas vejam:
    Ψ
    Vai à sanção presidencial projeto de lei aprovado hoje (dia 12) pelo Senado que revoga o artigo da Lei das Contravenções Penais que pune a exploração da credulidade pública mediante sortilégios, previsão do futuro, interpretação de sonhos e práticas congêneres.
    Ψ
    Relator da matéria na Comissão de Constituição, Justiça e Cidadania, o senador Jefferson Péres (PSDB-AM) disse que o direito penal existe para punir o que realmente ultrapasse o mínimo de tolerabilidade, colocando em perigo ou causando dano a determinados bens jurídicos.
    Ψ
    O senador invocou também a sobrecarga do sistema penal brasileiro para justificar a busca de respostas adequadas aos problemas da delinqüência. Disse que, na descriminalização da exploração de crendices populares, o bem jurídico protegido é a credulidade pública, mas ressalvou que a sociedade não se sente mais abalada com isso.

  57. Marciano Diz:

    Eu já disse aqui no blog:
    LARISSA,
    Que eu saiba, essa questão já foi muito discutida em nível doutrinário e o único que sustentava essa posição era Magalhães Noronha, que ficava indignado com esses malandros exploradores da credulidade pública.
    Ocorre que Magalhães Noronha era causalista e o Direito Penal brasileiro pendeu para o finalismo, ficando ele sem muito espaço.
    A contravenção de exploração da credulidade pública foi revogada em 1997. Se não me engano, era o art. 27 da LCP.
    O “lobby” desses malandros é muito forte e sai tudo pela porta dos fundos da liberdade de culto.
    Não fosse assim, processaríamos Macedo e Cia., pelos falsos milagres, as curas fajutas e os lucros astronômicos.
    Há quem tente enquadrar na Lei 1.521, mas o princípio da especialidade o impede. Seria forçar muito a barra.
    “Art. 2º. São crimes desta natureza:
    IX – obter ou tentar obter ganhos ilícitos em detrimento do povo ou de número indeterminado de pessoas mediante especulações ou processos fraudulentos (“bola de neve”, “cadeias”, “pichardismo” e quaisquer outros equivalentes);”.
    .
    O STF já firmou posição nesse sentido.
    Não adianta!
    Ψ
    Marciano Diz:
    DEZEMBRO 17TH, 2013 ÀS 11:26 AM

  58. Marciano Diz:

    Para quem não entendeu a bola de neve mencionada no comentário de 2013:
    http://www.boladeneve.com/quem-somos

  59. Marciano Diz:

    Ainda está em vigor, mas tem caráter mais restrito:
    Art. 284 (CP). Exercer o curandeirismo:
    I – prescrevendo, ministrando ou aplicando, habitualmente, qualquer substância; (não é o caso)
    II – usando gestos, palavras ou qualquer outro meio (leiam adiante);
    III – fazendo diagnósticos;
    O sujeito ativo do crime pode ser qualquer médium, pai de santo, etc.
    O sujeito passivo é a coletividade e a pessoa iludida.
    A válvula de escape que praticamente anula o dispositivo legal é a liberdade de culto.
    Em nome da religião, pode-se tudo.
    Segundo a doutrina, a linha divisória entre liberdade de culto e curandeirismo residiria no fato de apaziguar o sentimento de sofrimento (o consolo) e a promessa de cura.
    O fato de o agente estar de boa ou má-fé é indiferente para o tipo penal.
    Basta que tenha a vontade consciente de praticar qualquer das condutas descritas no artigo citado.
    Também é irrelevante a finalidade de lucro, que só serve de qualificação do crime, agravando a pena.
     
    À guisa de exemplo, vai um acórdão do STF:
     

    DECISÃO: 1. Trata-se de habeas corpus, impetrado em favor de NEWTON VIEIRA DE PAIVA e ANA FÁTIMA DE OLIVEIRA ROCHA, contra acórdão da Quinta Turma do Superior Tribunal de Justiça, cuja ementa está assim redigida: HABEAS CORPUS. EXERCÍCIO ILEGAL DE ARTE FARMACÊUTICA E CURANDEIRISMO. LAUDO PERICIAL. EXIGÊNCIA. PRINCÍPIO DO LIVRE CONVENCIMENTO MOTIVADO (ART. 158 C?C 167, CPP). DIVERSIDADE, INDEPENDÊNCIA E AUTONOMIA DE CONDUTAS DENUNCIADAS. BIS IN IDEM, CONCURSO DE CRIMES E CONSUNÇÃO. NÃO CONFIGURAÇÃO. “A falta de exame de corpo de delito direto não implica em nulidade de processo penal, visto que, nos termos do art. 158, c?c o art. 167, do Código de Processo Penal, pode ele ser suprido pelo indireto, sendo certo, ainda, que em atenção ao princípio do livre convencimento e do mandamento constitucional que abomina apenas as provas obtidas por meios ilícitos, não se pode priorizar a perícia como único meio de comprovar a materialidade de crimes relacionados ao exercício ilegal de profissão da área da saúde. Embora o curandeirismo seja prática delituosa típica de pessoa rude, sem qualquer conhecimento técnico-profissional da medicina e que se dedica a prescrever substâncias ou procedimentos com o fim de curar doenças, não se pode descartar a possibilidade de existência do concurso entre tal crime e o de exercício ilegal de arte farmacêutica, se o agente também não tem habilitação profissional específica para exercer tal atividade. Reconhecida a prática de duas condutas distintas e independentes, não há como se proclamar ilegal a condenação por cada uma delas, não se mostrando, in casu, ter havido bis in idem ou indevida atribuição de concurso de crimes, não cabendo, ainda, aplicação da consunção entre os delitos, tanto mais na estreita via do habeas corpus, por demandar incursão profunda e valorativa em seara fático-probatória.” Habeas corpus denegado” (HC nº 36.244, Rel. Min. JOSÉ ARNALDO DA FONSECA). Alegam os impetrantes que a decisão causa constrangimento ilegal aos pacientes, pois deixa de desconstituir sentença condenatória, que padece dos seguintes vícios: a) ausência de materialidade dos delitos, o que conduziria à incompetência da Justiça Comum para processar e julgar o feito; b) impossibilidade de concurso material entre os delitos de exercício ilegal da arte farmacêutica e curandeirismo; c) ilegalidades na fixação da pena. Requerem a concessão de liminar, para sustação dos efeitos da condenação até o julgamento deste writ e, por fim, o deferimento da ordem, anulando-se o processo nos termos do disposto no art. 564, III, “b”, do CPP, ou a nulidade, por impossibilidade de concurso material de delitos, com remessa dos autos ao Juizado Criminal Especial competente, para a apreciação do feito (art. 2º da Lei nº 10.259/2001), ou, finalmente, a redução da pena ao mínimo legal. Pedi informações ao Superior Tribunal de Justiça, que as prestou às fls. 214 e ss. 2. É caso de liminar. A denúncia assim descreve a primeira série de condutas que, na visão da acusação, encontrariam adequação típica no crime descrito no artigo 282, parágrafo único, do Código Penal: “os denunciados, com unidade de desígnios, sem qualquer formação científico-profissional, praticaram, com a evidente habitualidade, sem autorização legal e mediante remuneração em dinheiro, atos privativos da profissão de farmacêutico (..), que consistiram no desempenho da função de dispensário (responsável por laboratório farmacêutico) e de manipulação de fórmulas farmacopéicas (…), prestando serviços diretamente ao consumidor final, tendo atendido centenas de pacientes” (fls. 35 Grifei). O tipo está assim descrito no artigo 282 do Código Penal: “Exercer, ainda que a título gratuito, a profissão de médico, dentista ou farmacêutico, sem autorização legal ou excedendo-lhe os limites: Pena – detenção, de 6 (seis) meses a 2 (dois) anos”. Não há controvérsia sobre o fato de os pacientes não serem farmacêuticos. Segundo os impetrantes, o bom sucesso da acusação dependeria, inexoravelmente, de perícia nas substâncias encontradas em poder dos pacientes, para comprovar serem elas compostos alopáticos, não bastando, para tanto, o Laudo de Exame de Local, efetuado pelos peritos do Instituto de Criminalística (fls. 86 e ss.). O juiz sentenciante, afastando do âmbito da adequação típica os produtos enquadrados nas terapias holísticas sob o título “florais de Bach” (fls. 115), e, afirmando que “havia no local grande quantidade de produtos e fórmulas farmacopéicas, do tipo tinturas, extratos, florais, homeopáticos e fitoterápicos” (fls. 117), entendeu que os depoimentos dos agentes da vigilância sanitária e a apreensão de provetas, frascos vazios, rótulos separados, tinturas e instrumentos para fracionamento e medição seriam “evidências claras” (fls. 123) de que os pacientes “faziam surgir” remédios a partir de “seus produtos” (ibid.). E remata com a conclusão do Laudo de Exame de Local: “Assim, em face do exposto, concluem os peritos que no local examinado estavam sendo manipuladas substâncias com o objetivo de produzir compostos de natureza medicamentosa”. Não tendo sido realizada perícia nas substâncias apreendidas – não se sabe por que não o foi -, não me parece lógico concluir, como o fizeram os peritos e, a seguir, o magistrado, que os pacientes estavam “manipulando substâncias com o objetivo de produzir compostos de natureza medicamentosa”. Aliás, ao que se colhe dos autos, não é absurdo supor que as “substâncias” fossem água, chás, sucos etc., sem nenhum potencial medicamentoso. Nem se entende a razão por que o representante do Ministério Público tenha, ao cabo das alegações finais, requerido que todos os documentos e coisas apreendidos fossem perdidos para destruição (fls.110). Observo que nulidade por ausência de exame de corpo de delito direto pode suprida mediante exame indireto, quando tenham desaparecido os vestígios deixados pela infração (art. 167 do Código de Processo Penal). Não é o que sucedeu no caso, onde, de acordo com a sentença, os produtos foram apreendidos, mas não submetidos a exame pericial para verificar-lhes a natureza das substâncias. Parece-me, assim, nesse ponto, razoável a alegação de nulidade. Por outro lado, corre aparente contradição lógico-jurídica, intrínseca às condenações impostas aos denunciados. Foram condenados ambos pela prática de exercício ilegal da arte farmacêutica (art. 282 do Código Penal) e de curandeirismo (art. 284). Este tipo penal é do seguinte teor: “Art. 284. Exercer o curandeirismo: I – prescrevendo, ministrando ou aplicando, habitualmente, qualquer substância; II – usando gestos, palavras ou qualquer outro meio; III – fazendo diagnósticos: Pena – detenção, de 6 (seis) meses a 2 (dois) anos. Parágrafo único. Se o crime é praticado mediante remuneração, o agente fica também sujeito à multa”. Consoante avisada doutrina, esses dois tipos penais excluem-se mutuamente: “Segundo o conceito tradicional ou vulgar, curandeiro é o indivíduo inculto, ou sem qualquer habilitação técnico-profissional, que se mete a curar, com o mais grosseiro empirismo. Enquanto o exercente ilegal da medicina tem conhecimentos médicos, embora não esteja devidamente habilitado para praticar a arte de curar, e o charlatão pode ser o próprio médico que abastarda a sua profissão com falsas promessas de cura, o curandeiro (carimba, mezinheiro, raizeiro) é o ignorante chapado, sem elementares conhecimentos de medicina, que se arvora em debelador dos males corpóreos” (HUNGRIA, Nelson. Comentários ao Código Penal. RJ: Forense, 1958. Vol IX, p.154, nº 83). Neste tópico, também parece terem razão os impetrantes, quanto à impossibilidade de condenação por dois tipos incompatíveis, afigurando-se atipicidade de um dos comportamentos. Há perigo óbvio e imediato de execução da reprimenda contra os pacientes. 3. Isto posto, concedo liminar, suspendendo os efeitos da condenação imposta aos pacientes, até o julgamento final deste writ. Comunique-se o inteiro teor desta decisão à Primeira Vara Criminal da Circunscrição Judiciária Especial de Brasília, DF, e ao Superior Tribunal de Justiça. Para melhor exame da razão por que não foi realizado o exame de corpo de delito direto, determino se oficie à Primeira Vara Criminal da Circunscrição Judiciária Especial de Brasília, DF, requisitando remeter a esta Corte os autos da Ação Penal nº 2000.01.1.078317-8. Publique-se. Int. Brasília, 20 de junho de 2005. Ministro CEZAR PELUSO Relator

    (HC 85718 MC, Relator(a): Min. CEZAR PELUSO, julgado em 20/06/2005, publicado em DJ 28/06/2005 PP-00026)
    Este texto não substitui a publicação oficial.

  60. Marciano Diz:

    Excreta tauri cerebrum vincit.

  61. Marciano Diz:

    Sumiram todos. Dever ser a copa na Rússia.
    шлях трафуть

  62. Marciano Diz:

    Begründe nichts mit Geisteskrankheiten, was sich auch mit einer defekten Tastatur erklären lässt.
    Eine Hälfte der Netzteilnehmer versteht die Ironie nicht, die zweite Hälfte sieht Ironie ungern, weil dann ja die erste falsch reagieren könnte, und der Rest ist dünn gesät.

  63. Marciano Diz:

    Orlando, por acaso você é o Presidente disfarçado?

  64. MONTALVÃO Diz:

    /
    Marciano Diz:
    junho 25th, 2018 às 8:20 PM

    Orlando, por acaso você é o Presidente disfarçado?
    /
    CONSIDERAÇÃO: NÃO!
    .
    Aprofunde o argumento do ip e verá que, mesmo com um cúmplice, ficaria difícil manter as identidades em endereços distintos… Não seria impossível, mas a trabalheira não creio que compensasse a brincadeira…
    .
    E do Universal, autor da denúncia, ninguém cobra nada?

  65. Marciano Diz:

    Oi, Vitor. No tópico anterior, eu e o Gorducho temos uma questão técnica para você.
    Peço-lhe o favor de dar uma olhadinha e responder.

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