Resgate Histórico: Revista O Cruzeiro de 22/02/1964

Graças a Vital Cruvinel, a reportagem da revista O Cruzeiro do dia 22 de fevereiro de 1964 encontra-se disponibilizada. Vital possui um blog chamado Rede de Pesquisas Espíritas em que convida as pessoas a colaborarem em seu estudo sobre o caso. Abaixo segue a revista disponibilizada e a reportagem transcrita.

“O Cruzeiro” obtém, em São Paulo, as provas mais contundentes sôbre a farsa da materialização de Uberaba. 

A “Medium” Otília Sem Máscara 

Reportagem de Nilo de Oliveira e Henri Ballot 

A IRMÃ JOSEFA entre colegas de sua Ordem. Observe-se que o hábito usado pela freira é diferente daquele com que aparece nas “materializações” de Uberaba. Também o crucifixo não tem os enfeites de prata que surgem nas “materializações”.

“O Cruzeiro” apresenta, agora, a prova mais contundente da farsa da materialização de Uberaba: os repórteres Nilo de Oliveira e Henri Ballot descobriram, em São Paulo, a verdadeira mãe da “médium” Otília e constataram que a “Irmã Josefa”, que se “materializava” através de Otília, morreu aos 71 anos de idade e era italiana e não alemã, como afirmaram os mistificadores. E mais ainda: há coleta de dinheiro nas sessões de materialização – as sessões “científicas”.

NO CEMITÉRIO Municipal de Campinas, São Paulo, uma lápide identifica o túmulo da Irmã Josefa (a verdadeira): “Aqui jaz Irmã Luiza José Oddonino, nascida a 12 de julho de 1874, falecida a 28 de junho de 1946. Orai por ela”. O padre que se vê é Monsenhor João de Almeida Lopes.

DECLARAÇÃO

Declaramos, a bem da verdade, que assistimos ao primeiro encontro dos repórter da Revista “O Cruzeiro”, Nilo de Oliveira e Henri Ballot, com dona Maria Luiza Barbosa, hoje Maria Luiza Rodrigues, em frente a Prefeitura desta cidade, tendo a referida senhora respondido às perguntas dos repórteres sôbre maternidade e paternidade de Otília Costa, hoje Otília Diogo, com a afirmativa peremptória de que Otília é sua filha sanguínea, sendo o pai Casimiro Costa.

Cosmópolis, 29 de janeiro de 1964.

Dr. Adélio Reis Xavier

Cabo Paulo Alves Prenso

Dr. Luis Mariano dos Santos

Hermínio Bernaccho

PARA evitar futuros desmentidos, os repórteres de “O Cruzeiro” pediram uma declaração, por escrito, das pessoas que assistiram ao seu primeiro encontro com D. Maria Luiza Rodrigues, que revelou ser mãe de Otília Diogo. 

Documentos oficiais destroem a grande mentira de Uberaba 

A “IRMÃ Josefa”, quando se “materializava”, nas sessões espíritas dos farsantes de Uberaba, afirmava que a “médium” Otília Diogo era sua filha carnal, “produto de seu amor pecaminoso com um padre”. Todos, sem exceção, que assistiram à grande farsa, conhecem esta história. Ela foi arquitetada como parte essencial da mistificação; numa tentativa de neutralizar a ação da Igreja Católica, única fôrça organizada no interior do País capaz de dar-lhes combate. Aos crentes êles afirmariam que a Igreja os atacava para defender-se. Êste fato precisava ser confirmado ou desmentido. Tornava-se necessário fazer uma devassa na vida de Otília Diogo. Seria êste seu nome verdadeiro? Onde nascera? Quem eram seus pais? Estas perguntas deveriam ter suas respostas. Com êste objetivo viajamos para Ouro Fino, em Minas Gerais.

Após a publicação de nossa reportagem, recebemos inúmeros telegramas de aplausos. Dentre êles havia um, originário de Ouro Fino, assinado pelo advogado Plínio Miranda com a afirmativa de que a fraude de Uberaba começara na cidade de Andradas, Minas Gerais. Seu signatário dizia ter provas da mistificação.

Chegamos a Ouro Fino e, antes de procurar um hotel, localizamos a residência do Dr. Plínio Miranda. Êle nos disse de sua convicção de que as “materializações”, tendo Otília por “médium”, eram fraudulentas. Contou-nos que durante uma “sessão espírita”, em Andradas, a que êle estava presente, a “Irmã Josefa” fêz a pergunta: “Há alguém da cidade de Pouso Alegre presente?” Como ninguém se acusasse, Plínio gritou da platéia: “Eu sou de Pouso Alegre”. Como é seu nome? perguntou a “Irmã Josefa”. José Dantas, respondeu Plínio. A “Irmã Josefa” conversou, então, com ele. Disse que gostava muito de Pouso Alegre, deu-lhe uma cruz fosforescente para que fôsse tocada, mas não descobriu que Plínio estava mentindo. A êste fato assistiram os Srs. Walter Lineu de Paiva, Agenor Simões Coelho Filho, Romeu Germiniani, Osmar Castelli e Jair de Paiva. Nesta mesma ocasião a “Irmã Josefa” pediu aos presentes que auxiliassem financeiramente sua filha Otília. Jair de Paiva lamenta, até hoje, os três mil cruzeiros que deu a Otília, pois nos primeiros momentos êle ficara impressionado com a farsa. Conseguimos falar com Jair de Paiva, Osmar Castelli, Romeu Germiniani que confirmaram o fato de haver coleta de dinheiro, por sugestão de “Irmã Josefa”, nas sessões de Andradas. Todos são unânimes em afirmar que Otília é uma farsante, tendo falcatrueiros e ingênuos como seus administradores.

Romeu Germiniani, comerciante em Ouro Fino, disse-nos que era espírita e por êste motivo, Otília (que o conhecia), durante as sessões, procurava explorar sua vaidade. A “Irmã Josefa” falava: “Vejo ao lado de Romeu grandes entidades espirituais. Êle é um grande médium”. Romeu queria que fôsse realizada uma sessão em Ouro Fino para desmascarar Otília, pois êle julgava perigoso fazê-lo no meio dos fanáticos. Otília não foi a Ouro Fino, pois seus assessôres devem ter percebido que Romeu não era vaidoso, ingênuo ou corrupto. Romeu termina por redigir, em linguagem simples, uma declaração cujo final reproduzimos textualmente, com os erros de gramática: “Não sei como meu grande amigo Francisco Candido Xavier deixou-se fotografar nestes movimentos em Uberaba. Chico pesso-te em tudo que vote é, para nos espirita temus em voce uma autoridade maxima aqui neste prano, salvar estes nossos irmãos da mentira da mistificação, temos que combater contra estas mistificações que alastra atraves de nossa doutrina, nosso combate é apresentando a verdade dos fatos, venho em meu nome pedir aos adepitos e aos estudiosos do espiritismo que se alerte sobre as mistificações que surgirão através dos tempos.

Plínio denunciou a fraude na “Gazeta de Ouro Fino” e os farsantes não tomaram conhecimento, nem tampouco as autoridades policiais.

Como outras pessoas, procuradas por nós, não foram encontradas em Ouro Fino, resolvemos seguir para Andradas (MG), já que até aquele momento não tínhamos resposta alguma aos nossos objetivos iniciais.

Segunda-Feira, 27, chegamos a Andradas às 16 h. A cidade, muda às nossas indagações. Todos pareciam temer alguma coisa. Andradas, cidade do interior de Minas Gerais, gente simples e honesta, parecia vencida por uma centena de “gangsters” do espiritismo. Estávamos avisados de que era tabu falar em Otília Costa, ou Diogo, naquela cidade mineira, mas tínhamos que prosseguir em nossas indagações.

Ao chegar no Cartório do Sr. Antônio Lisboa Duarte, o assunto em discussão era a farsa de Otília, revelada pelo “O Cruzeiro”. Ballot olhou-me surprêso e comentou em voz baixa: “Aqui encontraremos alguém que fale”. Ao nos identificarmos, recebemos a primeira acolhida simpática. O Sr. Antônio Lisboa Duarte foi incisivo: “Auxiliarei os senhores no que me fôr possível. Nosso povo não pode continuar sendo mistificado. É preciso restabelecer a verdade dos fatos”.

Nossa experiência nos deu a certeza de que estávamos diante de um homem de coragem. Em seu Cartório encontramos pouca coisa: um processo de desquite de José Felisbino Diogo, amásio de Otília, de sua espôsa Maria de Lourdes Rodrigues; uma escritura de doação de uma casa aos filhos de José Felisbino Diogo, feita por dona Cândida Gonçalves, aos 30 dias de março de 1960. Os beneficiários desta doação eram: Antônio Sebastião Diogo, Miriam Aparecida Diogo e Benedita Donizeti Diogo. Antônio é filho de José com sua espôsa legítima. Miriam e Benedita filhas de José com Otília. Nada mais encontramos que nos indicasse a origem de Otília.

O Sr. Duarte saiu conosco pela cidade à procura de informações. Ninguém sabia de onde viera Otília. Ela aparecera naquela cidade há cérca de 14 anos e fôra morar na zona do meretrício, onde José a conheceu. Com ela se amasiou e passaram a viver maritalmente. José trabalhava, como barbeiro, na barbearia do Sr. Divino Ventureli. O Sr. Duarte nos levou à presença de Ventureli. Êste se mostrou tímido e disse ser amigo de José Diogo. Aos poucos nos contou que José era de Santo Antônio do Jardim, SP, onde morava na Fazenda de Santa Bárbara. Jovem ainda, José era o rezador daquela população rural. Lembrava-se de que José conhecera Otília na zona do meretrício em Andradas, mas não sabia de onde era Otília e qual seu verdadeiro nome. Êle havia assistido a diversas sessões de “materialização” da “Irmã Josefa”, mas tinha dúvidas de sua autenticidade. Mostrava-se reticente e não fazia afirmativas.

Saímos tarde da noite da casa de Ventureli e fomos dormir, já um pouco desesperançados. Urna pergunta nos martelava a cabeça: de onde teria surgido aquela mulher? Em nosso quarto de hotel trocávamos idéias. Em determinado momento Ballot sugeriu que procurássemos o registro civil dos filhos de Otília com José Diogo.

Têrça-feira, 28, logo de manhã fomos à procura do Sr. Duarte para lembrá-lo a sugestão de Ballot. O Sr. Duarte foi conosco ao Tabelião do Registro Civil de Andradas e iniciamos a busca. Não sabíamos a data do nascimento das meninas. Cada um pegou um livro-índice para fazer a pesquisa. Em determinado momento, ouviu-se um grito de alegria de Ballot. Êle havia encontrado o registro de Benedita Donizeti Diogo. Lá estava a primeira prova de fraude de José Diogo, pois êle declarava ser casado civilmente com Otília da Costa Diogo, em Santo Antônio do Jardim, SP. Ou êle era bígamo, ou havia feito declarações …

ESTA é D. Maria Luiza Barbosa, hoje Maria Luiza Rodrigues, mãe da “sensitiva” Otília. Identificando a verdadeira mãe de Otília, a reportagem de “O Cruzeiro” destrói a afirmativa injuriosa de que a “médium” seria filha de uma freira, cuja vida, aliás, foi comprovadamente exemplar e santa.

“O Cruzeiro” desfaz a trama infamante que envolvia uma santa 

UM dos “argumentos” mais poderosos dos médicos e mistificadores de Uberaba para convencer os incautos e os de extrema boa-fé sôbre a validade de suas experiências ditas científicas, de materialização de espíritos, é de que a “médium” Otília Diogo incorpora o espírito de sua própria mãe, a Irmã Josefa, que a tivera no convento. Talvez por isso – argumentam os mistificadores – a “materialização” da “Irmã Josefa” tenha os mesmos traços fisionômicos da “médium” Otília. Pois bem: os repórteres de “O Cruzeiro”, além de outras provas definitivas sôbre a farsa de Uberaba, constataram, como se vê nas fotografias, que a verdadeira mãe de Otília ainda vive, nunca foi freira e se parece tanto com a filha “médium” quanto com as suas outras duas filhas. Elas têm traços fisionômicos bem definidos – o nariz, a testa, a bôca, o que comprova a mentira que os médicos de Uberaba tentaram engendrar. Mas a mentira tem pernas curtas. E em 5 dias os repórteres de “O Cruzeiro” provaram a mistificação.

OTÍLIA tem três irmãs ainda vivas e um irmão. Esta é Dalva da Costa Fursato, casada, mãe de família, residente em Cosmópolis, SP.

ROSA da Costa Soares, irmã mais velha, tem mais um ano de idade do que Otília. Divertiu-se muito com a suposta filiação de sua irmã Otília.

OTÍLIA da Costa, nascida a 11 de fevereiro de 1927, em Cosmópolis, filha de Maria Luiza Barbosa e Casimiro da Costa. Há documentos oficiais que provam isto, desmascarando flagrantemente a má fé e a mentira dos médicos de Uberaba.

… falsas perante o tabelião Paulo Augusto Drumond de Souza. No registro constava que Otília da Costa Diogo era filha de Casimiro da Costa e de Maria Luiza Barbosa, nascida em Cosmópolis, SP. Estava levantada uma ponta do véu misterioso que cobria o passado de Otília.

Fomos à cidade de Santo Antônio do Jardim à procura de dados sôbre o casamento de José Diogo e Otília. No cartório daquela cidade só constava o casamento de José Felisbino Diogo com Maria de Lourdes Rodrigues. Eram falsas as declarações prestadas por José Felisbino Diogo ao cartório de Andradas. Neste momento uma dúvida nos assaltou: seriam falsas as declarações a respeito de Otília? Estávamos na rota de farsantes integrais ou parciais? Iríamos até o fim contando a verdade.

Quarta-feira, 29, estávamos em Campinas. Levantamos cedo e fomos ao cemitério buscar dados sôbre a Irmã Josefa. Lá estava seu túmulo: Luiza José Oddonino, Ballot bateu suas fotos e eu tomei nota do nome de algumas irmãs sepultadas naquele cemitério. Lá constava o nome das Irmãs Antonina Renaldi e Luiza de São Miguel Boyer. O Dr. Sebastião de Meio, um dos experimentadores de Uberaba, havia …

JOSÉ Araújo Corrêa, vinhateiro, assistindo a “materializações” em Andradas, convenceu-se de que tudo aquilo era uma farsa grosseira.  

… contado, em nossa presença, quando estivemos em Uberaba, que só a Irmã Josefa, de tôdas as irmãs sepultadas naquele cemitério, não tinha o nome de Maria, o que evidenciava não ter morrido em virgindade. Ou o Dr. Sebastião mentiu propositadamente, ou foi ludibriado pelos farsantes. O certo é que nem tôdas as freiras sepultadas têm “Maria” no nome. Eu, pessoalmente, creio que foi ludibriado em sua boa-fé, mas chegou o momento de contar a verdade, dando nomes aos farsantes para que não venha a se confundir com êles.

Do cemitério de Campinas, após algumas outras providências elucidativas, dirigimo-nos ao hotel, onde pegamos nossas malas. Ainda não tínhamos a certeza se iríamos ou não a Cosmópolis. Nosso tempo se esgotava. Resolvemos, então, ir à Delegacia Regional de Campinas procurar antecedentes criminais de Otília, já que ela tinha um passado pouco recomendável. Ao chegarmos à Delegacia fomos informados de que só à tarde poderíamos obter as informações desejadas. Mas o …

ROMEU Germiniani, médium, é um espírita honesto. Mora em Oura Fino. Acha que as “exibições” de Otília depõem contra o espiritismo. 

DIVINO Venturelli, barbeiro, trabalhou com o atual amante de Otília, José Diogo. Referiu-se ao misticismo primário de José Diogo. 

PLÍNIO MIRANDA (de óculos), advogado em Ouro Fino, denunciou a fraude de Andradas. Emb.: Antônio Lisboa Duarte, figura de conceito em Andradas, diz que tudo fará para destruir êste falso espiritismo. 

… delegado de plantão era o Dr. Adélio Reis Xavier, titular da Delegacia de Cosmópolis, o qual não conhecia Casimiro da Costa e nenhum membro de sua família que morasse em Cosmópolis. Êle sairia de serviço ao meio-dia e poderia levar-nos à Delegacia, onde melhores informações nos seriam dadas.

Cosmópolis é uma cidade próxima à Campinas, de onde dista cêrca de 40 km. Na Delegacia nada encontramos. Nenhum popular conhecia Casimiro da Costa. Dirigimo-nos, então, à Prefeitura Municipal de Cosmópolis para pesquisar as fichas eleitorais do Município. Quando estávamos à porta da Prefeitura, um popular a quem havíamos feito indagações, apontou-nos uma senhora, que descia a rua, dizendo: a Dona Dalva é filha de um tal Mirão, já falecido. Será êle Casimiro? Perguntamos, então, à Dona Dalva e ela nos afirmou: Meu pai chamava-se Casimiro da Costa.

__ E sua mãe?

__ Minha mãe chama-se Maria Luiza Rodrigues.

__ Não é Maria Luiza Barbosa.

__ Êste era seu nome, antes de casar com o Sr. Guilherme Rodrigues, há um ano atrás.

__ A senhora tem uma irmã de nome Otília?

__ Sim. Ela é minha irmã, mas há muito tempo que não a vejo.

Momentos após encontrávamos Dona Maria Luiza Rodrigues que, na presença de muitos populares, nos declarou: Otília da Costa é minha filha. Ela pode dizer que não, mas uma mãe nunca nega sua filha. Tínhamos vencido uma batalha. Dona Maria informou-nos de que tinha os seguintes filhos: Antônia da Costa Pedroso, Rosa da Costa Soares, Otília da Costa Diogo, Marcílio da Costa e Dalva da Costa Fussati. O pai dos mesmos era Casimiro Kiehl, descendente de alemães, que posteriormente retificou seu nome para Casimiro da Costa. Isto explica o fato de Otília, quando “materializava” o espírito da “Irmã Josefa”, ter declarado a um repórter que era alemã. Na realidade a Irmã Josefa era italiana.

Na entrevista concedida à TV-Itacolomi, logo no início do programa (discos gravados em nosso poder), o locutor comentou com o Dr. Eurípedes Vieira: “Diz-se que a Irmã Josefa materializava-se através de sua própria filha, Otília Diogo…” — ao que o Dr. Eurípedes respondeu claramente: “De fato”.

O Dr. Waldo Vieira, quase ao encerrar-se o programa, toca no assunto da filiação da “médium” Otília, dizendo textualmente (disco gravado em nosso poder): “Irmã Josefa, que se diz mãe de nossa principal médium, Otília Diogo” — e acrescenta que Irmã Josefa “tem características próprias, voz própria, fisionomia, também própria, bem mais jovem do que a médium”. Nossas fotografias mostram claramente que Otília Diogo e a “Irmã Josefa” são a mesma pessoa.

Otília Diogo foi casada com o Sr. Hugo Salmistraro, a quem abandonou, em Cosmópolis, com seus filhos, indo para a cidade de Americana, onde levou vida irregular, tendo, posteriormente, se transferido para Andradas. O Sr. Salmistraro, ainda vive em Cosmópolis.

Dona Modestina Salvi, proprietária da Pensão Cosmopolitense, declarou-nos que foi colega de escola de Otília e que sempre soube ser ela filha de Casimiro. A família de Casimiro era muito pobre e certamente não iria criar nenhuma criança alheia. As irmãs Costa são extremamente parecidas, com idênticos traços fisionômicos, não restando dúvidas sôbre a paternidade das mesmas.

Nossa reportagem vai dividir os experimentadores em dois grupos: Os que reconhecerão que o “espírito materializado de Irmã Josefa” é mentiroso, e os dos que tentarão sustentar a fraude a qualquer custo, pois foram pilhados em flagrante. Aos ingênuos e crédulos nós prestamos um serviço; aos mistificadores, nós os desmascaramos.

Irmã Luiza José Oddonino, filha de Giusepe Oddonino e Maria Gastone, nasceu na Itália, em Aviglano, a 14 de julho de 1874. Quando mudou-se com sua família para a França, entrou para o Convento das Irmãs de São José, em Chambery, fazendo aí seu noviciado. Veio para o Brasil em 1892, já como religiosa de votos temporários. Em 1896, no Convento das Irmãs de São José, na cidade paulista de Itu, fêz seus votos perpétuos. Dedicou sua vida aos doentes, na Santa Casa de Campinas, onde cuidava dos tuberculosos lá internados. Foi sempre uma religiosa exemplar e piedosa. Sua virgindade é indiscutível. Todos os religiosos antigos de Campinas, como a Irmã Maria Natália, que ainda cuida dos doentes na mesma Casa de Misericórdia em que trabalhara ao lado de Irmã Josefa, são unânimes em afirmar o alto espírito humanitário e religioso daquela Irmã.

Os que tentaram profanar o nome de Irmã Luiza José Oddonino são os espíritas desonestos do Brasil, interessados na vendagem de livros mentirosos. Ela, certamente, os perdoará, pois êles talvez sejam inconscientes e inconseqüentes.

38 respostas a “Resgate Histórico: Revista O Cruzeiro de 22/02/1964”

  1. Juliano Diz:

    A verdade é uma só. Esta fraude de Uberaba, com as fotos que a mesma possui, macula a veracidade de todo o ideário espírita e conscienciológico. As fotos do Chico Xavier e do
    Waldo Vieira participando da cena toda só levam a duas possíveis conclusões. Ou os dois eram completos imbecis, o que não acredito. Ou os dois sabiam da situação toda, e no anseio de reconhecimento viram na encenação um meio de alcancá-lo, como alcançaram. Porém, de paranormais de fato não tinham, e não tem (Waldo é vivo), praticamente nada diferente de nós, simples mortais.
    Acho que seria louvável se espíritas e conscienciólogos dessem as suas crenças o caráter pragmático de serem apenas linhas religiosas de ajuda consoladora as pessoas que as mesmas são. E ao que parece, são só isto mesmo.

  2. M&M Diz:

    Faltam 3 dias…Estreia 6ªf
    Sejam benvindos a “Nosso Lar”
    Acredite ou não…isso é irrelevante!
    Todos vamos para uma colónia espiritual
    Se não se quiser preparar, problema seu…
    http://valintim.blogspot.com/
    Crítica de Cinema
    Nunca tive uma formação católica específica, mesmo tendo sido batizado quando bebê na igreja católica, como a maioria dos brasileiros. Mais tarde, já na pré-adolescência, parti para um arremedo de catequese que nunca consegui terminar. Logo, acabei entrando para outro contingente nacional, o dos que só entram em igrejas em episódios-chave, como casamentos e missas de sétimo dia. Nessa fase adulta onde me encontro, a religião até faz falta vez por outra, e num desses momentos onde a pergunta é feita em relação a minha, a resposta freqüente sempre é ligada ao segmento que sempre me encantou e que considerei o mais próximo das minhas “crenças” possível (se é que tenho crenças assim bem definidas): o espiritismo. Talvez por ser uma religião mais agregadora, menos arcaica, com um olhar mais compreensivo às mazelas humanas e ao ser humano em si, além de ter uma visão que me encanta sobre a tal ‘vida após a morte’. Partindo desse princípio é que fui até ‘Nosso Lar’, aliás o mesmo princípio que já tinha me levado até o trailer do filme quando o mesmo foi divulgado pela primeira vez.

    Meu principal medo era de me envolver demais e não ter o discernimento necessário para julgar, já que o tema me interessa e fascina desde sempre. Aliado a isso vinha o fato de que todas as imagens me pareciam arrebatadoras e de que nem as poucas falhas que eram óbvias no trailer me incomodavam de fato (como quando um dos personagens grita “André, o mundo precisa de histórias felizes”). Mas assim que acabou a sessão, ainda impactado, um amigo acabou com meus medos inicias: “ok, você gostou de ‘Chico Xavier’, mas odiou ‘Bezerra de Menezes’, não?”. E sim, isso era verdade. Tudo que eu mais gostei no primeiro era equivalente ao que tinha detestado no segundo; tranqüilizei-me então.

    A trama do filme é adaptada do livro mais vendido de Chico Xavier e já traduzido para tantos países onde a religião esteja bem difundida; é como se fosse o carro-chefe para conhecer a obra de Chico. Eu já tinha lido o livro e não imaginava que ele fosse ser adaptado em sua totalidade; isso é uma burrice com qualquer livro, já que sabemos que uma adaptação cinematográfica consiste exatamente nisso, adaptar uma história e torna-la compatível a essa nova mídia, tendo em vista todas as limitações que ela exige, principalmente no que diz respeito ao tempo. E foi isso que o diretor/roteirista Wagner de Assis fez, enxugando a obra original até manter praticamente todo o foco em André Luiz.

    E quem é André Luiz? Bem, André seria um dos guiais espirituais de Chico Xavier e o autor de ‘Nosso Lar’, que Chico teria psicografado. André teria escrito exatamente a sua história e é ela também a que assistimos nessa que já é maior produção do nosso cinema, tendo custado cerca de 18 milhões de reais. Na tela vemos um homem de meia idade desencarnar e ir parar no Umbral, que seria o lugar equivalente ao purgatório, e as almas estariam ali numa espécie/misto de observação, purificação e pagamento de pecados (obs: perdoem o ‘quase leigo’ caso os termos não correspondam à totalidade do que são ou representam). De lá, em dado momento André é resgatado e levado enfim para o Nosso Lar, lugar onde ele terá suas perguntas respondidas e tantas outras lançadas, aprendendo sobre o real ciclo da vida e as regras que regem nossa existência, antes e depois de irmos para lá. É nesse lugar também que André terá a oportunidade de finalmente crescer como ser humano, já que estamos sempre sendo lembrados que ‘a vida não termina com a morte, e essa seria apenas uma das passagens da nossa existência particular, apenas um recomeço’.

    O trailer já deixava claro que os números de ‘Nosso Lar’ seriam superlativos, mas somente vendo o filme é que percebemos como eles foram bem aplicados. Tudo no filme é espetacular em matéria de produção: da direção de arte aos figurinos precisos, da montagem muito bem encadeada e por vezes esperta, aos aspectos surpreendentemente internacionais da produção, a fotografia do alemão Ueli Steiger (muito boa) e a trilha sonora do mestre Philip Glass. Quando poderíamos imaginar que o autor das fabulosas trilhas de ‘A Horas’, ‘Kundun’, ‘Notas sobre um Escândalo’ e tantas outras estaria numa produção nacional, com os mesmos acertos característicos de sua obra? Realmente um luxo muito bem empregado, a trilha de ‘Nosso Lar’ é marcante e poderosa, daquelas que grudam no ouvido. Enfim, o filme é um gol de placa visual.

    Ao elenco, todo o peso está nas costas de Renato Prieto, o nome de maior alcance do universo espírita aqui no Brasil quando relacionado às artes e espetáculos, já que Prieto vive há quase 30 anos montando espetáculos de teor espiritual, inclusive uma versão mesmo de ‘Nosso Lar’; quando seu nome foi divulgado como protagonista, eu nem me espantei. Sua pouca experiência com o veículo não impede sua experiência e seu carisma de agir por ele, e sua presença acaba por ser encantadora. Ao resto do elenco sobra pouco espaço, todos com pequenos momentos, mas brilham Rosane Mulholland como uma jovem atormentada que acaba de desencarnar; Fernando Alves Pinto e Inez Vianna, como ajudantes do mundo espiritual; e uma belíssima e muito curta cena onde Chica Xavier demonstra porque é uma rainha na arte da interpretação.

    Mas o maior medo que eu tinha em relação a ‘Nosso Lar’ estava no principal, o piloto escolhido para comandar o filme. Wagner de Assis tem em seu currículo apenas um filme anterior, e não era um filme qualquer, mas sim um dos piores filmes nacionais que eu já tive o desprazer de assistir, ‘A Cartomante’. Ao vê-lo capitaneando o projeto, soube que provavelmente o filme deveria ser um ‘projeto de produtor’, com toda a certeza; ao término da sessão, ao vê-lo também creditado como roteirista, só me resta aplaudir a grande iluminação que se abateu sobre ele e o transformou literalmente. Sem nunca querer ousar além da conta, Assis faz o trabalho mais correto possível e se arrisca muito pouco, exatamente como deveria, deixando o peso da obra ser o regente da orquestra. Na verdade nada no filme é exagerado, e nem a produção parece nos esfregar na cara suas pretensões (a não ser as de caráter doutrinador, mas que nem essas me parecem ser muito gritantes).

    De fato, vejo poucos, talvez nenhum defeito no filme (ok, a tal frase “André, o mundo precisa de histórias felizes” é mesmo de lascar…). O grande demérito de ‘Nosso Lar’ talvez seja de cunho pessoal mesmo, já que a maior vontade é ver mais, saber mais, ficar mais lá naquele universo. O que é bom nunca é demais, e ‘Nosso Lar’ (o livro) tem muito mais questões, indagações e situações que ‘Nosso Lar’ (o filme); simplesmente sentimos falta de mais. O resto é deleite, para olhos, ouvidos e alma.
    Por:http://www.cronicascariocas.com.br/cinema_respirandocinema_0171.html

  3. Marcos Arduin Diz:

    Só um detalhe: o Sr. Hugo Salmistraro deixou um documento registrado, apresentado por Jorge Rizzini, onde diz que são falsas essas declarações da revista.

    O mesmo fez Edivino Venturelli, que afirmou ser apenas amigo de José Felisberto Diogo e NUNCA disse que tal homem achou a Otília na zona do meretrício. Tudo isso foi só invenção dos repórteres.

    Mas como se pode ver pela fé do Juliano…

  4. Gilberto Diz:

    Realmente Waldo Vieira se atolou até o pescoço com essa farsa de Uberaba ao dizer a frase:“Irmã Josefa, que se diz mãe de nossa principal médium, Otília Diogo”. NOSSA principal médium? “NÓS” quem? Os médicos-espíritas-ditos-céticos-cientistas, ou os espíritas de Uberaba, onde se incluí Chico Xavier?

    A propósito, morrem 3 pessoas no mundo a cada segundo, 180 por mimuto, 10.800 por hora, 259.200 por dia, 7.776.000 por mês, 93.312.000 por ano… Será que cabe isso tudo em Nosso Lar? Tem negros lá? Ou eles vão pros Umbrais?

    Parabéns, Vitor! 200.000 visitas? Muito bom.

  5. Roberto Scur Diz:

    Gilberto,
    Puxa vida! Se você tivesse noção da ignorância que demonstras num comentário como este, te garanto, ficarias encabulado.
    Este grau de desconhecimento chega a ferir pois o que vejo aqui, mesmo consultando os artigos requentados que aqui reencarnam de tempos em tempos, é que tuas participações não denotam progresso.
    Mas tudo bem. Vá ver o filme, quem sabe não aumentam tuas convicções contrárias tão despreocupadamente defendidas por aqui.
    Sucesso.

  6. Gilberto Diz:

    Ora bolas, Nosso Lar teve que se preparar pra “superlotação” causada pelas mortes da Segunda Guerra Mundial, como o romance diz lá pela página 200. Mas morrem muito mais pessoas hoje em dia do que naquela época de guerra. Será que Nosso Lar está sempre com superlotação agora, ou ela foi ampliada com obras públicas de seu governador?

  7. Juliano Diz:

    Marcos Arduim

    Fé em Papail Noel é você que tem, eu não meu chapa. A mãe real da Otília até que não é parecida com ela, verdade seja dita. Agora as duas irmãs liquidam a fatura. Algum espírita é bem capaz de dizer que talvez a Irmã Josefa, que aparecia nos shows falando com sotaque alemão, mas era italiana na verdade, deve ter tido mais de uma filha e era mãe das outras duas irmãs da Otília! A coitada da freira virou uma perua!! Brincadeira viu. O que se faz pelo estrelato e a ilusão de se viver fugindo da realidade do dia-a-dia!!

  8. Juliano Diz:

    M & M

    Eu vou assistir “Nosso Lar”. Um superprodução nacional sempre é algo legal. Cheram-se divisas, empregos. Agora que o livro “Nosso Lar” não tem nada de psicografia do além, com todo o respeito aos crentes, não tem. Já disse aqui. É uma evidente criação literária do Chico Xavier. Mas (…) vale a festa e se consola e dá dias melhores pra muita gente, maravilha.

  9. Juliano Diz:

    (corrigindo) Geram-se divisas (…)

  10. Roberto Scur Diz:

    Gilberto,
    Não adianta qualquer pessoa querer comentar os teus comentários pois eles são desprovidos de profundidade, de conhecimento sobre o que estás opinando. Aí fica difícil, improdutivo, blá-blá-blá sem sentido.
    Se você quizesse realmente detonar o livro, neste caso, você pode ou fazer apontamentos genéricos, jocosos, ou ler o livro com atenção para acusar incoerências, incongruências.
    Não fazendo isto você corre o risco de dizer banalidades dando estardalhaço à elas, e isto desqualifica tua opinião pois ela fica apressada, imprecisa, leviana até.
    Eu li Nosso Lar há pelo menos 16 anos atrás, mas duvido que não exista nele alguma referência sobre as cidades espirituais que se avizinham das comunidades terrenas. Nosso Lar está sobre o Rio de Janeiro.
    Onde está dito no livro que “todos” vão para lá?
    Prá que isto velhinho? Prá quê?
    Não, não, não. Desanima amigo. Parece àqueloutros que perguntam, abismados, ou afirmam ridicularizando que não caberiam tantos espíritos de todos os séculos e séculos no mundo dos espíritos.
    A população da Terra é de aproximadamente 30 bilhões de espíritos, sendo que aproximadamente 1/5 está na condição de encarnado. Será crível que você acredita ou leu no “Nosso Lar” que “todos” estejam numa só cidade? Não pode ser, não pode, puxa vida! Você só pode estar fazendo suas brincadeiras e macaquices de costume.
    Deixa estar Gilberto, deixa estar.

  11. Gilberto Diz:

    “Nosso Lar” deixa claro que existem comunidades européias e americanas. O livro não menciona comunidades africanas, mas se Kardec estava certo, os africanos são inferiores e nem poderiam ir à tal lugar. Xavier, acreditam os espíritas, passou batido, pois é muito mais evoluído! Mas o livro fala da preparação para uma superlotação devido à Segunda Guerra. Uma ingenuidade, pois Xavier pensava provincianamente e nunca globalmente. Ele deixou claro que “estrangeiros” iriam “aportar” em Nosso Lar, e nunca disse que se tratava de uma comunidade para cariocas. Qual era a fatia de mortalidades mundiais que cabiam a Nosso Lar naquela época? E hoje em dia? Um mistério… Mas acho que “Nosso Lar” merece um capítulo à parte neste Blog, e aí poderemos discutir tais assuntos. Por enquanto, vemos Otília na berlinda mais uma vez.

  12. Rafael Diz:

    A mesma praça, o mesmo banco, as mesmas flores, o mesmo jardim!

  13. Roberto Scur Diz:

    Gilberto,

    É difícil, bem se vê.
    Ninguém deve ser presunçoso ou ingênuo o suficiente para querer inverter ou subverter a fé do outro.
    “Mostrar” àquilo que outro não conhece, “reformar” a crença na descrença, iluminar a mente alheia com conceitos para ela abstratos que ela não alança é muita tolice.
    Cada um na sua percepção. Cada um no seu quadrado dizem.
    Se é isso então, ok, beleza, tá certo, deixa prá lá. Não vamos perder tempo. O que tu julga saber te basta? Então nota 10 prá ti, tá feito, resolvido, vamos tocar a vida.
    E sobre esta cantilena de “Otília” prá lá e prá cá, num rerererererelançamento sem fim da mesma ladainha de RerererererereResgate Histórico da Versão Da Extinta Revista Sensacionalista Que Vivia na Base do TUDO POR DINHEIRO, bem, isto aí já passou da conta.
    Fiquem nesta lenga lenga pois bem se vê que ela é a razão da vida de vocês. Quem sabe não se tornarão celebridades um dia?
    Buena dicha!

  14. Juliano Diz:

    Roberto

    Quer dizer que pra você não interessa o passado da pessoa.A título de exemplo. Você então não se furtaria de deixar um filho teu aos cuidados de alguém que sobre a pessoa pairam acusações de ter sido um estuprador de crianças no passado!! Pois, na tua visão (…) análise e busca da verdade do passado de alguém e dos fatos é lenga lenga? O que interessa é o agora. E na visão espírita a crença “no amor ao próximo”. Tá bom.

    Repito, o ocorrido em Uberaba em 64 é algo seríssimo. Pois é a chave de todo o pretenso processo parapsíquico do Chico e do Waldo. Dois personagens que, goste-se ou não, fizeram a vida em cima da perspectiva que eram sensitivos (paranormais). E passaram a vida toda pregando uma moral puritana de vida e um parapsiquismo que Uberaba 64/caso Otília Diogo coloca por terra.
    Na visão do Waldo e Chico com relação aos outros vale e é imperativo que “os fins não justificam os meios”. Agora para o Waldo, o Chico e o movimento espírita não, “aí os fins justificam sim os meios.” Este dualismo é um absurdo!! E só denota a falsidade intrínsica no processo todo. Pode fazer bem para as pessoas, pode. Acredito que para muitos até faça, mas não deixa de ser algo baseado em fundamentos sem consistência. Uma mera crença religiosa. O que a gente diz aqui faz tempo, e vocês insistem em dizer que não.
    Um abraço

  15. Juliano Diz:

    Pra concluir cito um trecho do livro “A Casa das Sete Torres”, do romancista americano do século retrassado Nathanaiel Hawthorne, diz este:
    “Observamos um palácio, cujos comodos espaçosos são pavimentados de custoso mármore. As janelas, da altura das salas, deixam entrar o sol através do mais fino cristal. Cornijas douradas e teto pintado; um zimbório altivo, de onde se observa o céu, coroa o edifício. Que emblema haverá mais nobre para representar o caráter de um homem? Em algum lugar, porém, em algum quartinho pequeno do porão, de portas hermeticamente fechadas, ou numa poça d´água estagnada sob o pavimento de mármore, um cadáver em decomposição espalha o cheiro nauseabundo por todo o palácio. O proprietário não percebe, por respirá-lo diariamente; os visitantes sentem somente os perfumes que aquele cuidadosamente espalha pelas salas e o incenso por eles mesmos trazido para queimar em sua presença. Algum dia talvez surja o observador a cujos olhos o palácio desapareça, permanecendo só o quartinho escondido, cheio de teias de aranha, ou a cova sob o pavimento com o cadáver decomposto.” Pág. 153 (Meu enfoque da passagem do livro: apareça o real, e não mais o ilusório, e daí vamos melhorar de fato trabalhando com as realidades da vida).

  16. M&M Diz:

    Falta 1 dia…
    http://valintim.blogspot.com/
    Novidades do Nosso Lar
    http://nossolar-ofilme.blogspot.com/
    Querido Roberto Scur:
    Façamos como Jesus “‘Não deis pérolas a porcos”
    Aprendamos com Albert Einstein:”Só duas coisas são infinitas, o universo e a estupidez humana, mas não estou seguro sobre o primeiro”
    Beijinhos Espirituais para todos

  17. Carlos Diz:

    Alguém saberia dizer onde encontar (ou fornecer um link) a confissão de Otília Diogo admitindo que fraudava seções de materiallização ?

  18. Gilberto Diz:

    O Sr. Scur disse: “…O que tu julga saber te basta?” Minha resposta é “Não.” Quero saber mais, sempre. Aprender, discutir. Não quero fazer como você e outros que “sabem” de coisas impressionantes. Por exemplo, você disse que a Terra tem 50 bilhões de espíritos. Como pode saber de tal coisa? O espiritismo prega que basta fechar os olhos e consultar espíritos que eles dão a informação. Nada de censo, nada de matemática. É só fechar os olhos e “chutar” um número impressionante. É verdade verdadeira, ciência da boa. Eu já acho que o buraco é mais embaixo. temos que suar mais, aprender mais, lutar mais pra crescer mais. Esses “espíritos” de saber de mão-beijada já eram. Não servem mais. Não explicam mais nada de maneira satisfatória. Temos que deixá-los de lado e aprender com os espíritos dos vivos, especialmente aqueles que conseguem por mérito próprio se tornar “imortais”. Como Albert Einstein, por exemplo, citado em seu epitáfio no New York Times: “A noção de uma pessoa sobreviver à sua morte física só pode vir do medo ou do profundo egoísmo de uma alma enfraquecida.” Essa citação o(a) Eminem “pula”… Abraços.

  19. Gilberto Diz:

    Agora, para sentir a genialidade de Einstein, vamos refletir em sua opinião sobre o espiritismo, publicado em uma carta em 1921. É genial e bota por terra TODO o conceito do espiritismo, sem direito a réplica. Leiam só:

    “A moda mística do nosso tempo , que se apresenta particularmente no súbito crescimento das tais “Teosofia” e “Espiritismo”, é para mim nada mais que um sintoma de fraqueza e confusão. Já que as nossas experiências interiores consistem de reproduções e combinações de impressões sensoriais, o conceito de uma alma sem corpo me parece ser vazio e desprovido de sentido.”

    Fonte:

    http://www.sacred-texts.com/aor/einstein/einprayr.htm

  20. Juliano Diz:

    Gilberto

    Um detalhe interessante do filme que irá estrear sexta-feira, Nosso Lar. Até hoje, os espíritas não se entendem sobre quem foi aqui na terra a pretensa encarnação do personagem criado por Chico Xavier, Andre Luís. Uns dizem que foi Carlos Chagas, outros Osvaldo Cruz, e a corrente dominante, até onde eu pesquisei, diz que foi Faustino Esposel, um médico carioca neurologista que morreu em 1931. Ocorre que ao contrário do que diz Andre Luiz, se este foi o Faustino Esposel, ele não teve filhos aqui na sua encarnação na terra. E no que li da bibliografia do mesmo, ele era um apaixonado por esportes, especialmente futebol, e mais especialmente ainda o Flamengo, clube do qual foi presidente duas vezes!!! E no livro nem menção a esportes ou flamengo há. Pelo contrário.
    A verdade é que o Esposel foi o médico morto mais próximo pra virar o personagem encarnação em vida do Andre Luiz. Como não tem outro melhor que ele, vai ele. rsrsrs brincadeira

  21. Roberto Scur Diz:

    Juliano,
    Você está brincando com o assunto, bem se vê.
    Disse que “os espíritas não se entendem quanto à quem tenha sido o médico André Luis”. Quais espíritas, de onde você tirou isto?
    Em nenhum livro da série de André Luis houveram referências à quem ele tenha sido, portanto, o próprio não considerou que isto merecesse destaque ou ajudasse no conteúdo das mensagens que ele precisava transmitir aos encarnados, então, ao invés de se ater no que importa ficam os distraídos envolvidos com as celeumas dos polemistas que estão aí para isto, para tirar o foco, criar confusão inútil, buscar holofotes de projeção paranóica e desesperada. São personalistas doentes que são se viciaram na busca do fausto ilusório criado por sua megalomania, e que arregimentaram um séquito de “pesquisadores” interessados em suas falácias.
    Veja como você já se entrega aos sofismas. Leia teu texto com atenção e veja no dicionário a definição de “sofisma”. Agora encontre onde isto se encaixa no teu comentário.
    Sem mais Juliano. É inútil e pouco inteligente de minha parte prosseguir.

  22. Roberto Scur Diz:

    Gilberto,
    Isto mesmo, não espere também que eu te dê de “mão beijada” a informação de onde eu tirei este número de aproximadamente 30 bilhões e que você converteu, num átimo, em 50 bilhões. Eu direi “água” e você interpretará “pedra” e depois me cobrará sobre esta “pedra” que eu não sei de onde você tirou. Cousa de louco viu!

    Vá pesquisar com seriedade, suor e luta como você mesmo asseverou que encontrará a resposta pois para mim nenhum espírito me soprou nas orelhas o que li, estudei e refletir nestes 17 anos em centenas de livros espíritas (CENTENAS). Se você “não quer fazer como eu…” então fique dando palpites estabanados, fazendo afirmações geniosas desprovidas de lógica e veracidade, “chutando” como você também disse com gosto.

    O que não serve mais, o que não é satisfatório é este blá-blá-blá inconsequente à que você se entrega. Alguém que você aprove diz algo e pronto, já “botou por terra” uma porção de outras coisas, assim como disse o Carlos (um dos pseudônimos do Vitor Moura) na outra matéria: de que Pasteur teria “refutado definitivamente” a geração espontânea; como se Kardec tivesse dito na questão 46 do LE algo contrário ao que Pasteur e TODOS os cientistas até os dias de hoje saibam sobre a origem da vida. Isto é o típico e clássico “SOFISMA”, à saber:
    “- Argumento aparentemente válido, mas, na realidade, não conclusivo, e que supõe má-fé por parte de quem o apresenta; falácia, silogismo erístico. Ou,
    – Argumento que PARTE DE PREMISSAS VERDADEIRAS, ou tidas como verdadeiras, e chega a uma conclusão inadimissível, que não pode enganar ninguém, mas que se apresenta como resultante das regras formais do raciocínio; falácia. Ou ainda,
    – Argumento falso formulado de propósito para induzir outrem a erro.”

    São sempre as mesmas estratégias de dizer “coisas definitivas”, “desmascarar de uma vez por todas”, “por por terra”, mostrar o quanto sois inteligente, o quanto a humanidade precisa de vossas opiniões ocas de critério e lógica, mas plenas de presunção, sofismas e verborragia. Olha só a tolice que você disse, entre outras, quando afirmou que: “o espiritismo prega que basta fechar os olhos e consultar espíritos que eles dão a informação” – velhinho, ONDE esta pregado isto no espiritismo? ONDE? ONDE? ONDE? Isto nem é sofisma, isto é pura falta de informação, ignorância mesmo.

    Por isso que é inútil, burro até alguém querer ficar de conversa com céticos que se bastam com o que pensam saber. Eu sou muito burro mesmo, com o perdão aos burros que não têm nada à ver com isso.

    Agora vou cumprir meus 3 meses de recesso aqui no blog do Carlos, ou melhor, do Vitor Moura, pois senão vou ficar devendo pro leiteiro, pro padeiro e lá no armazém da esquina.

    Até Gilberto.

  23. Juliano Diz:

    Roberto

    Não há sofisma algum no meu raciocínio. Pelo contrário, a minha busca é apenas por um pouco de criticidade. De busca da verdade, até onde ela é possível ser encontrada.
    Não tem como você negar que há, houve pelo menos, um debate no movimento espírita sobre quem teria sido a “pretensa” encarnação do André Luiz na última existência na terra. E talvez o debate tenha arrefecido exatamente por quê dos personagens históricos colocados, nenhum se enquadrou ao personagem André Luiz criado pelo Chico Xavier.
    E eu acho que o debate sobre quem teria sido André Luiz é algo humano, a curiosidade é algo humano, naturalmente humano, e salutar, diga-se.
    O mundo não aceita, quer dizer não deveria aceitar mais, verdadeiros “papagaios de pirata” que aceitam sem questionamento tudo que é colocado. – Há mais o André Luiz queria se manter anônimo. – trololó. Se existisse um André Luiz, e se este quisesse se manter anônimo, ele num ato simples diria quando apareceu: – André Luiz é um nome fictício, toda a minha descrição da minha vida pessoal é fictícia, e não tentem encontrar respostas sobre quem eu fui na última existência terrena, pois não terão esta resposta! Tal situação não interessa para as mensagens que quero passar!! – Algo objetivo e que deixaria clara a mensagem. – Aí você vai me dizer, ahhh mas aí ninguém acreditaria! – Mas se ninguém acreditaria ele então disesse quem era p….!! O problema é que o Chico Xavier não tinha objetividade alguma. E era interessante o debate sobre quem seria o André Luiz. Como o circo da Otília foi interessante também! Tudo valia para se tornar conhecido!!! “Os fins justificam os meios!!” Isto é tão claro que me assusta que vocês não vejam isto!!! Mas tudo bem.
    Por fim, aqui vou fazer uma confissão. Eu jamais imaginaria há 1 (um) ano atrás que o espiritismo e a conscienciologia cairiam como um verdadeiro castelo de cartas para mim. Realmente eu fico até surpreso comigo!! Surpreendente!! E digo mais, vale a pena tirar estas “cangas” das costas que um universo novo se abre. Vale a pena.

  24. Carlos Diz:

    Roberto Scur,
    .
    Não sou o Vitor Moura, definitivamente!
    .
    Afirmei que o LE defende claramente o modelo embrionário para o aparecimento das espécies que, ao final do século 19, era uma variação da teoria da “geração espontânea”. A consulta das questões 46 a 49 não deixa dúvida quanto a isso.
    .
    O modelo embrionário descrito no LE propõe que existiram “germes” de seres humanos, (Q. 49) e que eles hoje não mais se formam “espontaneamente”. A pergunta e a resposta fornecem uma idéia precisa sobre o que pensava quem formulou a questão e quem a respondeu.
    .
    Não existe, nem nunca existiu, germes de seres humanos… por favor! Isso é passado, o horizonte agora é outro! Volto a recomendar a leitura de Richard Dawkins para entender como se processa a evolução das espécies segundo o mecanismo da seleção natural.
    .
    Voltando ao tema do site – Você Roberto, saberia informar onde está descrita a confissão de Otília Diogo afirmando que fraudava seções de materialização? O VItor Moura poderia nos fornecer alguma informação?

  25. Vitor Diz:

    Oi, Carlos

    A confissão está na revista de 1970, já disponibilizada no blog.

  26. Carlos Diz:

    Obrigado Vitor,

    A revista de 1970 a qual você se refere é “O Cruzeiro”?

  27. Vitor Diz:

    Isso.

  28. Roberto Scur Diz:

    Juliano,

    Lá vamos nós outra vez.

    1 – Há sofisma, senão eu não tinha falado sobre isso, mas não vou continuar nisto porque não leva a lugar nenhum.

    2 – “Não têm como negar …” –
    Têm como negar, tanto que eu neguei. Nego porque desconheço de onde saiu esta tal “debate no movimento espírita”. Onde, quando, quem fez, qual artigo publicado, qual livro que feriu o assunto, qual periódico espírita??????? Muitas interrogações depois te digo que conversa fiada de pseudo entendedores de espiritismo, ou espíritas fanatizados, ou conversa de botequim têm lugar no meio que lhe é próprio, não numa abordagem séria sobre o assunto tratado.

    3 – Até “… Chico Xavier não tinha objetividade nenhuma”.
    Do item 2 ao 3 do teu texto não há nada a dizer, são opiniões tuas e de quem quiser compartilhar delas, somente isso, opiniões, e opiniões não precisam ser debatidas. Um acha isso, outro àquilo, e como disse, cada um no seu quadrado, beleza, tudo certo, não devo querer te convencer de nada. Se te interessa entender, pergunte, se não gosta da resposta, despreze e continue no teu entendimento, simples assim, mas não imagine que tuas frases tornar-se-ão a verdade só porque você as professou.
    “O que é a Verdade?” perguntou Jesus para Pôncius Pilatos. Só esta questão já daria vários blogs do Vitor Carlos Moura. Deixa prá lá velhinho.

    4 – Sobre o circo de Otília.
    Desta eu gostei viu, esta foi boa pois isto é um “circo” mesmo, tão “circo” que continua rendendo até hoje os arremedos de provas contundentes criadas por revista inescrupulosa falida, de revelações, de blogs como este que requenta, ressuscita, reencarna “n” vezes o mesmo assunto para alcançar este tão cobiçado “se tornar conhecido” que você se referiu.
    Isto mesmo, o ponto é certeiro, no alvo, eureca! O caso é se “tornar conhecido”. Quem estiver navegando no oceano da verdade estará tranquilo com sua consciência, quem viaja nos esgotos do engodo, mentira, farsas e ilusões carregarão o odor fétido por muito tempo.

    5- Sobre tu te “espantar que não vejamos algo (os espíritas)”.
    Pois é Jujuba, que interessante isso?! A mim também me espanta pacas que vocês insistam neste assunto. Veja só como é este mundo hein? Mas, tudo bem também.

    6 – Sobre tua confissão:
    E eu, a meu turno, jamais imaginaria que alguém poderia colocar espiritismo e esta tal de conscienciologia no mesmo patamar, e dizer que ambas(?) caíram como castelo de cartas”…
    Surpreendente para mim, viu Jujuba, chocante mesmo. Para ti bastou as falácias do blog do Vitor Carlos Moura para ruir um castelo de cartas, mostrando que o que tu conseguia enxergar do espiritismo era mesmo um castelo de cartas, e para mim, veja só, o castelo não sofreu a menor fissura, o menor abalo.
    Você fala em um “universo novo se abrindo” e “que vale a pena” e tal, e eu, tonto que sou, não consigo ver este universão aí que você está vendo. Acho que você é vidente e eu não. Que pena né?!

  29. M&M Diz:

    Vigiemos NOSSO LAR das investidas “umbrais” das trevas
    (des)encarnadas

    NOSSO LAR – Carta enviada por Richard Simonetti à Revista Veja

    Carta enviada a revista VEJA – 01 09 2010

    Senhor redator.

    Como espírita, assinante dessa revista há muitos anos, lamento o tom de deboche que caracterizou sua reportagem sobre o filme Nosso Lar, o que, diga-se de passagem, também está presente em matérias sobre outras religiões. Nesse aspecto, VEJA é uma revista coerentemente debochada. Não respeita a crença de nenhum leitor.

    Pior são os erros de apreciação sobre a Doutrina Espírita, revelando ignorância do repórter, uma falha perigosa, porquanto coloca em dúvida outras matérias e informações. Como saber se os responsáveis estavam preparados para escrevê-las, evitando fantasias e especulações?

    Para sua apreciação, senhor redator, algumas “escorregadelas” do repórter:

    Grafa entre aspas o verbo desencarnar. Só teria sentido se ainda não houvesse sido dicionarizado. Por outro lado, noventa por cento dos brasileiros são espiritualistas, isto é, acreditam na existência e sobrevivência do Espírito. Este ser imortal desencarna, jamais morre. A minoria materialista, que acredita que tudo termina no túmulo, certamente terá surpresas quando “morrer”.

    Fala em cordilheira de ectoplasma onde se situaria Nosso Lar. De onde tirou isso? Ectoplasma é um fluido exteriorizado pelos médiuns para trabalhos de materialização. Os físicos, esses visionários cujas “fantasias” acabam confirmadas pela Ciência, falam hoje que há universos paralelos, que se interpenetram, semelhantes ao nosso. A partir daí não é difícil imaginar o mundo espiritual descrito por André Luiz como parte de um universo paralelo com seres e coisas semelhantes à Terra, feitos de matéria num outro estado de vibração, não um mundo “ectoplasmático”, mas de quinta-essência material. Nada de se admirar, portanto, que em cidades desse mundo existam pessoas com “uma rotina parecida com a dos vivos: comem, bebem, trabalham e moram em casas modestas ou melhorzinhas”. Espirituoso esse “melhorzinhas”. Imagina o repórter que o Espírito é uma fumaça sem forma, sem consistência, habitando um nada?

    Situa o aeróbus, um transporte coletivo que voa, como algo improvável. Menos mal que não tenha escrito impossível. De qualquer forma, ignora, certamente, que pesquisadores estão aperfeiçoando veículos dessa natureza, em alguns países, como solução para os problemas de trânsito e que no universo paralelo, o mundo espiritual, de matéria quinta-essenciada, é muito mais fácil resolver problemas relacionados com a gravidade. Ou, imagina que tudo flutua por lá?

    Diz jocosamente que “o visual da colônia dos espíritos de luz comprova: o brasileiro pode até se livrar do inferno, mas não escapa nem morto da arquitetura de Oscar Niemeyer. A cidade fantasmática de Nosso Lar é a cara de Brasília…” Não se deu ao trabalho de comparar datas e não percebeu que, mais apropriadamente, Brasília copiou Nosso Lar, visto que a cidade espiritual foi descrita por André Luiz em 1943, enquanto a construção de Brasília foi planejada e ocorreu no governo de Juscelino Kubistchek, de 1956 a 1961, inaugurada em 1960.

    Quanto ao mais, seria recomendável aos repórteres de VEJA o benefício de um estudo acurado e sem prejulgamento do livro que deu origem ao filme, psicografado por esse atestado vivo de integridade e amor à verdade, que foi o médium Chico Xavier, para compreenderem qual é o objetivo dessa magistral obra, como resume o Espírito Emmanuel, no prefácio:

    André Luiz vem contar a você, leitor amigo, que a maior surpresa da morte carnal é a de nos colocar face a face com a própria consciência, onde edificamos o céu, estacionamos no purgatório ou nos precipitamos no abismo infernal; vem lembrar que a Terra é oficina sagrada, e que ninguém a menosprezará, sem conhecer o preço do terrível engano a que submeteu o próprio coração

    FONTE: http://www.richardsimonetti.com.br/artigos/exibir/136

  30. Juliano Diz:

    M & M
    “Cuidemos das nossas mentes dos umbrais da ignorância da crença cega, surda e muda!!”
    A propósito, vende-se M&M no Nosso Lar? Ou é propaganda de graça mesmo.

  31. Gilberto Diz:

    Scur, é, digitei errado, a Terra só tem 30 bilhões de almas, mas com bastante esforço e KY vamos chegar aos 50 bilhões! É tanto estudo espírita pra chegar a esse número que fico até tonto. Espero que contem isso pra ONU. É uma informação importante… E quanto ao papo “sofismático”, bem, você me confundiu com o Juliano, pois eu nem sei o que é “sofisma”. Afinal, não sou nenhum Einstein…

  32. Gilberto Diz:

    Será que o Roberto Scur é na verdade o Pernalonga? Seu uso da palavra “velhinho” o entregou. Ah-ha! Está desmascarado, Roberto “Pernalonga” Scur!!!!!!

  33. marcio Diz:

    Bom trabalho de jornalismo investigativo. E muito importante o resgate feito pelo blog e por seu colaborador. Por outro lado, impressiona a ingenuidade de muitos (vide, p. ex., a defesa feita por Herculano Pires) e a criminalidade dos envolvidos, dispostos a tudo por projeção… (“projeção?!”).

  34. Marcos Arduin Diz:

    Marcos Arduim

    Fé em Papail Noel é você que tem, eu não meu chapa. A mãe real da Otília até que não é parecida com ela, verdade seja dita. Agora as duas irmãs liquidam a fatura. Algum espírita é bem capaz de dizer que talvez a Irmã Josefa, que aparecia nos shows falando com sotaque alemão, mas era italiana na verdade, deve ter tido mais de uma filha e era mãe das outras duas irmãs da Otília! A coitada da freira virou uma perua!! Brincadeira viu. O que se faz pelo estrelato e a ilusão de se viver fugindo da realidade do dia-a-dia!!
    .
    Bem, Juliano, devido à minha falta de tempo, não pude responder logo, mas para não se perder, recoloquei o seu texto de resposta. Mas vamos lá.
    .
    É só o que tem para me dizer? E sobre o fato de os repórteres dizerem que o cara achou a Otília na zona do meretrício e citarem o amigo dele, que deixou um desmentido em documento registrado em cartório? Isso é a prova provada de que os repórteres TAMBÉM MENTIAM. E se diziam mentiras sobre a Otília, por que devo acreditar que na validade das reportagens do Cruzeiro?
    .
    O raciocínio cético é simples: a Otília foi pega em fraude UMA VEZ? Sim. Então esta é a prova PROVADA de que TODAS as sessões que ela fez eram necessariamente fraudulentas, certo?
    .
    Então estou usando do mesmo raciocínio cético com relação aos repórteres e à política da revista O Cruzeiro: os repórteres relataram mentiras deliberadas? Sim. Então essa é a prova provada de MENTIRAM em todo o resto. Por que devo acreditar que a Josefa era italiana se quem disse isso foram os repórteres? Ela podia muito bem ter nascido na Alemanha, ser de família italiana e vivido na Alemanha e Itália antes de vir para o Brasil…
    .
    Se um fato desabonador desabona TOTALMENTE a Otília, então um fato desabonador contra o Cruzeiro e seus repórteres TAMBÉM OS DESABONAM. Até porque fizeram uma defesa patética (e pateta) quando Rizzini lhes apresentou do documento onde o amigo do Diogo desmentia as informações que ele nunca dera:
    _ Não vale porque o documento é datilografado…
    .
    É mole?

  35. Juliano Diz:

    Marcos Arduim

    Você deve ser mais um fiel soldado do modo petista de se tentar demolir por demolir argumentos jornalísticos que lhe contradizem. Só pode.
    Quando não se tem muito o que fazer, então é “pau” na revista e vamos desqualificar a fonte. Já acho que o Lula e os petistas de plantão devem ter aprendido alguma coisa com os espíritas que montaram aquela farsa de 64. Tem tudo a ver.
    Além da sua já tradicional crítica com o intuito de desqualificar a revista a todo custo. Como outros espíritas e o próprio Waldo Vieira já recorreram a esta expediente. Você vem com a declaração registrada em Cartório do Edivino Venturelli. Ora, quem garante que naquele circo montado de Uberaba pelos espíritas com vários interesses em jogo na mantença da dúvida pela dúvida, algo que eu vejo hoje foi claramente pensado. O Jorge Rizzini não comprou o cidadão para ele dar a declaração que deu? Agora, como você adota a tática lulista de simplesmente dizer que a fonte é mentirosa na essência, vai se falar o quê?
    E outra coisa, a Otília quando foi pega tinha bebido tudo e mais um pouco. Tava de “cara cheia”, segundo relatos. Já tinha largado do segundo marido. Daí pra ter tido uma passagem por uma zona não tem nada de espantoso nisto. O que diga-se, se ela fosse de fato médium, pra mim só este argumento não a desabonaria não. Se fosse só esta a questão eu estava defendendo a Otília, mas não é só isto. E só não vê quem não quer. Paciência.

  36. Marcos Arduin Diz:

    O meu ponto, Juliano, é que O Cruzeiro era um semanário fundamentado em sensacionalismo barato (vai discordar disso?). David Nasser não tinha escrúpulos quanto a isso. Tanto que deixou a direção da revista quando o Calmon assumiu a presidência dos Diários Associados e passou a discordar dessa política. Esse aí achava que as coisas deveriam ser mais sérias. Mas Nasser sabia que isso seria a morte do semanário, pois suas vendas cairiam. E foi o que aconteceu.
    .
    Mas sensacionalismo nem sempre se casa com a verdade. Os repórteres DISSERAM que o Edivino Venturelli disse que o amigo Diogo achara a médium na zona do meretrício, mas não lhe pediram nenhuma confirmação, nem mesmo uma declaração firmada em cartório do que dizia. Até para ele não ter como voltar atrás. Logo eles, que falavam em “DOCUMENTOS OFICIAIS”, muito embora não tenham apresentado nenhum. Já Rizzini conseguiu essa declaração desmentindo o dito da revista.
    .
    Salvo engano, aqui já se começou pondo em dúvida a lisura desta revista, a menos que você seja um crédulo de OVNIs. Então que confiança eu posso ter de que esses repórteres falaram a verdade, TODA A VERDADE E SÓ A VERDADE, no caso da Otília?
    .
    Já que o Waldo ainda vive, por que não faz uma lista de tudo o que os repórteres falaram que ele supostamente dissera a eles e peçam confirmação? Ou será que se ele desmentir tudo, aí a palavra dele não vale, pois é suspeito, etc e tal? Válido mesmo só a palavra de repórteres do semanário sensacionalista.
    .
    Registrado.

  37. Juliano Diz:

    Marcos Arduim

    Eu na época não era sequer nascido. Então não posso falar sobre a revista de forma mais contundente. Mas digamos que fosse um “Semanário Fundamentado em sensacionalismo barato”. E aí vamos ver quem era aquele povo espírita de Uberaba antes de 64.
    Até onde eu sei, eles eram conhecidos localmente na época. Tanto que alguns espíritas já disseram aqui de forma ufanista que após o episódio de Uberaba que o espiritismo, Chico e turma ficaram conhecidos nacionalmente, passaram a vender milhões de livros e etc etc etc (…) E aí entra no que eu creio ter acontecido.
    Ora, se você sabe que determinada revista é formada por repórteres sensacionalistas baratos, e com certeza o pessoal de Uberaba sabia com quem lidava. Ou você vai me dizer que não sabiam? Menos paixão, por favor.
    Um movimento que vendia como sério iria chamar estes repórteres sensacionalistas baratos para presenciarem uma experiência dita paranormal com que finalidade? Será que o rigoroso do Emmanuel não diria do outro plano, olha, isto não vai dar certo? Este povo é sensasionalista – Falando sério: Qual a finalidade por trás do ato de se chamar os repórteres do Cruzeiro?
    Pra mim é óbvio que a situação dita paranormal foi armada de forma pensada. Pra quê? Estrelato. Reconhecimento.
    Fazia-se a experiência, e evidentemente que o pessoal da revista sensacionalista iria fazer sensacionalismo, e também jornalismo investigativo também p…. Pois a experiência por si só já era duvidosa. Se os repórteres assinassem embaixo, então estaria bom. Mas creio que o pessoal de Uberaba não acreditava que os repórteres do Cruzeiro iriam assinar embaixo. O negócio era fazer o circo pegar fogo, como pegou. Se não assinassem embaixo com a experiência maravilha, pois estaria formado o circo e se estaria debatendo e contraditando uma revista sensasionalista! Sem credibilidade. O que de pronto já daria credibilidade ao atacado. E aí bastava apenas se defender de forma renhida que a meta, o reconhecimento nacional, o destaque nacional viria naturalmente, como veio, diga-se de passagem. – ahahah (…), mas teria muita gente que iria acreditar na versão da revista. Sim, mas a maioria naturalmente iria se interessar é pelo fenômeno, pelo psicógrafo bonzinho, pelo movimento e etc (…) Pessoas que não concordam com o colocado sempre tem em tudo que é lugar. Não sei se você é petista, e se for aqui não adianta debater, mas veja que mesmo com o circo do nosso governo atual há ainda 20% das pessoas que não engolem o circo!!! Pensam um pouco.
    Mas voltando ao nosso assunto, pra mim é óbvio que foi tudo armado. Não combinaram diretamente com a revista, mas intuiram que ela iria faturar contraditando, como faturou também, diga-se. E aí com certeza deve ter muita coisa das reportagens que não é verdadeira, mas o que não ilide que muita coisa é verdade! O que você me diz das fotos das irmãs da Otília? Da mãe? Da freira? Basta ir no cemitério e ver que ela é italiana. E da bebedeira da Otília? Da farsa descoberta? Do fato de não terem feito o que se esperava de algo sério. – Olha, vamos refazer a experiência e mostrar a veracidade da coisa, pra calar a boca! – Não foram pro debate pelo debate.
    Sobre o Waldo. Ele é sempre tão afirmativo. Quando questionado, falou falou falou e não disse nada!! E no final ainda saiu atirando. Quem nunca errou? Este povo que só sabe desconstruir!!! Veja o vídeo do Waldo com um pouco de insenção!
    Se você não enxerga isto, paciência.
    Concluo. Eu acho que vocês espíritas deram aulas para os petistas, só pode. Um abraço

  38. Marcos Arduin Diz:

    Juliano, aqui mesmo nesse blog você pode se informar sobre o Cruzeiro e sua política sensacionalista.
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    Obviamente nós espíritas agradecemos aos repórteres, aos Diários Associados, ao Padre Quevedo, pois a ação dessas figuras na mídia contribuiu muito melhor para a divulgação do Espiritismo do que reportagens favoráveis. AQUILO QUE É ATACADO CHAMA A ATENÇÃO.
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    Rizzini, no seu livro, de fato diz que nunca se vendeu tanto livro espírita quando por ocasião dessas reportagens e quanto aos espíritos, em sessão particular em sua casa, Rizzini foi alertado por Josefa de que ele seria mais do que soldado dela. Isso foi antes de tudo acontecer.
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    Apesar de contentes com os efeitos das reportagens sobre a divulgação do Espiritismo, como Rizzini mesmo disse: a verdade deveria se posta em seu lugar. Daí então ele estragou todo o bonito trabalho fraudulento dos repórteres, que nunca imaginaram que alguém ousaria contestar os poderosos Diários Associados. Em sua época de ouro, eram mais do que a Globo hoje em dia.
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    Agora quanto aos médicos, Chico e Waldo, não creio que previssem que os repórteres iam fazer o que fizeram. Eles confiavam que os fenômenos eram autênticos. O caso foi que eles armaram uma cilada. Wanda Marlene fez um programa na TV Itacolomi sobre o assunto e José Franco, um dos repórteres, falou a respeito, mas disse que só poderia se pronunciar mesmo quando pudesse ter acesso a alguma das sessões com a médium. Diante disso, Waldo concordou que dois repórteres assistissem a uma sessão. No dia marcado, chegam sete e… o resto você já sabe.
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    Ninguém gosta de passar por trapaceiro, meu caro. A boa divulgação do Espiritismo na época foi uma consequência que decerto desagradou muito aos repórteres e ao clero espiritual. Obviamente o que desejavam era o contrário (afinal batalhavam pela “verdade”).
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    Ser acusado de má fé, sempre incomoda. Taí o PT, já que falou dele, desesperado para sumir com seus filiados de Mauá e não ter nenhum associado com a violação do sigilo fiscal da filha do Serra. Inventaram até um assalto fajuto para sumir com as fichas de filiação. Que ladrão ia querer roubar isso?
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    Quanto ao resto, se a revista endossou mentiras dos repórteres, onde acharei a verdade nos artigos dela? Veja que falaram em “documentos oficiais”, mas não apresentaram nenhum. A suposta mãe e irmãs da Otília não tinham qualquer documento de filiação. Até admitiram que falavam que haviam recebido “algum” para dizer o que os repórteres queriam que dissessem.
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    A foto da freira até se parece um pouco com a forma materializada em certos ângulos, mais até do que a própria Otília. Quanto a ser italiana ou alemã, sabe, meu caro, o que eu acho nessa farsa toda é uma TOTAL incompetência da farsante. Onde se viu dizer que era filha de uma freira? Podia ter dito que era apenas uma amiga que conheceu. Ficaria muito mais plausível, não? Também poderia ter conferido a nacionalidade. A bebedeira e a farsa descoberta, para mim não me diz nada, pois ela própria admitiu que passou a fraudar quando a Josefa não apareceu mais (a partir de 1965). O lance é como ela teria fraudado diante dos médicos. Quando os repórteres questionaram sobre a questão da jaula ter sido retirada, os médicos disseram que eles VARIAVAM os métodos de controle justamente para a médium “não se adaptar”, ou seja, ela estaria sempre em situação imprevista.
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    Refazer a experiência? Pra que? Os repórteres já tinham feito publicações denegrindo a médium e os médicos. E você acha que eles deveriam ter a boa vontade de permitir aos repórteres acesso a quantos sessões eles desejassem. Acaso eles iam se retratar se deparassem com um fenômeno o qual não teriam encontrado fraude alguma? Duvido! Exatamente por isso deram uma banana para o repto de honra publicado pelo Cruzeiro.
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    Quanto ao Waldo, não dá para fazer perguntas simples e diretas onde ele só teria de responder sim ou não? Tipo:
    _ Os repórteres disseram que o senhor prometeu-lhes inúmeras sessões, quantas eles quisessem. Isso é verdade ou não?
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    É isso.

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