Este trabalho representa um estudo de acompanhamento do caso do tipo possessão de Shiva/Sumitra, que Stevenson, Pasricha e McClean-Rice (1989) observaram apresentar evidências de conhecimento paranormal. A essência desse caso foi que, dois meses após Shiva Tripathi ter morrido em circunstâncias ambíguas, uma jovem mulher chamada Sumitra Singh pareceu morrer em um vilarejo a 100 quilômetros de distância e reviveu em seguida, mas via a si própria como Shiva Tripathi e não como Sumitra. Estas mulheres jovens e suas famílias eram desconhecidas entre si: Shiva era da casta brâmane e de formação universitária; Sumitra era da casta Kashatriya e não tinha ido para a escola, embora tivesse aprendido a escrever um pouco com sua prima. Embora tenha-se sabido antes deste re-estudo de caso que Sumitra e seu marido, Jagdish Singh, tinham morrido em 1998 e 2008, respectivamente, ao ouvir que o Sr. Tripathi, o pai de Shiva, tinha cartas tanto de Shiva quanto de Sumitra, os autores realizaram um estudo póstumo longitudinal, que resultou em uma carta de Sumitra não analisada antes, a qual comparou-se com as quatro cartas (sendo que uma delas também não havia sido publicada anteriormente) que o Sr. Tripathi tinha retido e que foram escritas por Shiva antes de sua morte. Todas as cinco cartas foram traduzidas para o inglês pela primeira vez. Isto torna evidente que, embora a carta de Sumitra seja consideravelmente menos polida na escrita, ela expressa basicamente os mesmos sentimentos que as cartas de Shiva. O estudo também documenta que o contato entre a família Tripathi e Sumitra havia diminuído após os estudos anteriores, devido à necessidade de Sumitra exercer o seu papel de esposa e nora para a família Singh, que testemunhou que Sumitra continuou a ver-se como Shiva até o final de sua vida. Este caso é comparado com outros casos de possessão e com os casos mais comuns do tipo reencarnação nos quais as personagens eram desconhecidas umas das outras. Finalmente, os autores comentam sobre a relevância de super-psi enquanto invocada com referência a estados de transe mediúnicos e em casos de reencarnação e possessão, e sobre as psicodinâmicas das necessidades e medos e sua relação com a dissociação em tais casos. Conclui-se que o caso Shiva/Sumitra apoia fortemente a hipótese de vida após a morte. Para ler o artigo, clique aqui.