MONTEIRO LOBATO não era um simpatizante do espiritismo. Era espírita praticante. Realizou uma série de experiências com as chamadas sessões de copinho e conseguiu comunicar-se com os filhos, parentes e amigos falecidos, inclusive a famosa tia Anastácia das histórias infantis de Emília e Pedrinho, que realmente existiu. Este livro é constituído pelas atas das sessões de Monteiro Lobato, por ele mesmo escritas.
Lobato se convenceu da imortalidade espiritual do homem e da possibilidade de comunicação com os mortos depois de uma sessão em que se manifestaram seis de seus grandes amigos desaparecidos: Adalgiso Pereira, Maneco Lopes, Amadeu Amaral, Arthur Neiva, Martins Fontes e outro cujo nome se perdeu. Maneco Lopes – o vovô dos jornalistas paulistanos quando faleceu – voltou do Além carregado dos mesmos palavrões que usava nas redações e nas esquinas, o que muito agradou a Lobato. A partir dessa primeira reunião, cuja ata se perdeu, Lobato realizou sessões num período que vai de 21 de dezembro de 1943 a 17 de março de 1945, no Brasil, e em 1946 -1947, na Argentina.
Maria José Sette Ribas (desencarnou em 24 de agosto de 1981), afilhada do poeta Júlio César da Silva, foi apresentada por seu padrinho a Lobato quando menina e se tornou grande amiga do escritor. Logo mais tornou-se a sua colaboradora permanente e a revisora exclusiva dos seus livros. Ele a chamava de “rainha da revisão”. Foi ela quem conservou as atas de Lobato para reuni-las no livro que ele pretendia publicar.
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