Derrubado um dos Pilares do Espiritismo: O Livre-Arbítrio – Parte 1

Este artigo é na verdade a reprodução de parte do conteúdo do Capítulo 1 do livro de William M. Baum chamado “Compreender o Behaviorismo”, publicado em 1994 e tendo a sua 2ª edição revista e lançada em 2004. Selecionei apenas o trecho em que o autor aborda a questão do livre-arbítrio, mostrando que o mesmo é incompatível com a Teoria da Evolução e com um Deus Onisciente. Além disso, o autor aborda os contra-argumentos que são geralmente feitos daqueles que não aceitam a inexistência do livre-arbítrio, refutando-os.  

Posteriormente, na Parte 2, pretendo abordar a base experimental que demonstra que o livre-arbítrio de fato não existe.

LIVRE-ARBÍTRIO VERSUS DETERMINISMO  

Definições  

Na idéia de que é possível uma ciência do comportamento está implícito que o comportamento, como qualquer objeto de estudo científico, é ordenado, pode ser explicado, pode ser previsto desde que se tenham os dados necessários e pode ser controlado desde que se tenham os meios necessários. Chama-se a isso determinismo, a noção de que o comportamento é determinado unicamente pela hereditariedade e pelo ambiente.  

Muita gente faz objeções ao determinismo. Ele parece ir contra tradições culturais de longa data, que atribuem a responsabilidade pelos atos ao indivíduo, e não à hereditariedade e ao ambiente. Essas tradições mudaram um pouco: a responsabilidade pela delinqüência é atribuída a um mau ambiente; artistas famosos expressam reconhecimento a pais e professores; e admite-se que alguns traços comportamentais, tais como o alcoolismo, a esquizofrenia, a lateralidade e o QI tenham um componente genético. Entretanto, permanece a tendência de atribuir crédito e culpa às pessoas, de afirmar que há no comportamento algo mais do que hereditariedade e ambiente, que as pessoas têm liberdade para escolher o curso de suas ações.  

O nome que se dá à capacidade de escolha é livre-arbítrio. O livre-arbítrio supõe um terceiro elemento além da hereditariedade e do ambiente, supõe algo dentro do indivíduo. Afirma que, apesar da herança e dos impactos ambientais, uma pessoa que se comporta de dada forma poderia ter escolhido comportar-se de outra maneira. Afirma algo além do mero sentimento de ser capaz de escolher – poderia me parecer que sou capaz de tomar ou não tomar um sorvete e, no entanto, meu ato de tomar sorvete poderia ser inteiramente determinado por eventos passados. O livre-arbítrio afirma que a escolha não é uma ilusão, que são as próprias pessoas que causam o comportamento.  

Filósofos tentaram conciliar o determinismo e o livre-arbítrio. Propuseram para o livre-arbítrio teorias chamadas de “determinismo brando” e “teorias compatibilizadoras”. Um tipo de determinismo brando, por exemplo, atribuído a Donald Hebb (psicólogo behaviorista; ver Sappington, 1990), defende que o livre-arbítrio consiste em comportamento que depende da hereditariedade e da história ambiental, fatores menos visíveis do que o ambiente atual do indivíduo. Mas, como esse ponto de vista ainda considera que o comportamento resulta unicamente da herança e do meio, passado e presente, deixa implícito que o livre-arbítrio é apenas uma experiência, uma ilusão, e não uma relação causal entre pessoa e ação. A teoria compatibilizadora de livre-arbítrio proposta pelo filósofo Daniel Dennett define o livre-arbítrio como deliberação antes da ação (Dennett, 1984). Desde que eu delibere sobre tomar o sorvete (Será que este sorvete vai me engordar? Será que posso compensar as calorias ingeridas fazendo exercício? Posso ser feliz se estou sempre fazendo regime?), meu ato de tomar o sorvete é escolhido livremente. Isso é compatível com o determinismo porque a própria deliberação é um comportamento que pode ser determinado pela hereditariedade e pelo ambiente passado. Se a deliberação tem algum papel no comportamento que a segue, estaria funcionando apenas como um elo em uma cadeia de causalidade que remonta a outros eventos no passado. Entretanto, essa definição não se conforma ao que as pessoas convencionalmente chamam de livre-arbítrio.  

Os filósofos chamam a idéia convencional de livre-arbítrio – a idéia de que a escolha realmente pode ser independente dos eventos passados – de livre-arbítrio libertário. Qualquer outra definição compatível com o determinismo, como as de Hebb e de Dennett, não apresenta problemas para o behaviorismo ou para uma ciência do comportamento. Apenas o livre-arbítrio libertário entra em conflito com o behaviorismo. A história desse conceito nas teologias judaica e cristã sugere que ele existe precisamente para negar o tipo de determinismo que o behaviorismo representa. Abandonando os filósofos, portanto, vamos nos referir ao livre-arbítrio libertário como “livre-arbítrio”.

Argumentos pró e contra o livre-arbítrio

Para provar o livre-arbítrio (em outras palavras, contestar o determinismo) seria necessário que, embora se conhecessem todos os possíveis fatores determinantes de um ato, a consumação desse ato assumisse sentido contrário ao previsto. Como, na prática, esse conhecimento perfeito é impossível, o conflito entre determinismo e livre-arbítrio nunca poderá ser resolvido por demonstração. Pode parecer que crianças de classe média e lares saudáveis que se tornam dependentes de drogas escolheram livremente esse caminho, porque não há nada em sua história que possa explicá-lo, mas o determinista insistirá que investigações adicionais revelarão os fatores genéticos e ambientais que levaram a essa dependência. Pode parecer que a carreira musical de Mozart seria inteiramente previsível a partir de seu histórico familiar e da forma como a sociedade vienense funcionava em sua época, mas o defensor do livre-arbítrio sustentará que o pequeno Wolfgang escolheu livremente agradar seus pais com seu trabalho musical, ao invés de ficar se entretendo com brinquedos como as outras crianças. Já que a persuasão pela prova é impossível, então a aceitação do determinismo ou do livre-arbítrio deve depender das conseqüências dessa crença, e essas conseqüências podem ser sociais ou estéticas.  

Argumentos sociais  

Na prática, tem-se a impressão de que a negação do livre-arbítrio poderia solapar toda a estrutura moral de nossa sociedade. Que acontecerá a nosso sistema judiciário se as pessoas não puderem ser consideradas responsáveis por seus atos? Já começamos a ter problemas com a alegação, feita por criminosos, de insanidade ou de incapacidade mental. Se as pessoas não têm livre-arbítrio, que será de nossas instituições democráticas? Por que se dar ao trabalho de fazer eleições se a escolha entre os candidatos não é livre? A crença de que o comportamento das pessoas é determinado poderia encorajar ditaduras. Por essas razões, talvez seja bom e útil acreditar no livre-arbítrio, mesmo que ele não possa ser demonstrado.  

Os behavioristas têm de levar em consideração esses argumentos; caso contrário, o behaviorismo corre o risco de ser rotulado como uma doutrina perniciosa. Trataremos deles na Parte Três, quando discutiremos liberdade, política social e valores. Agora faremos um breve apanhado que dará uma idéia da direção geral que será tomada mais adiante.  

A percepção de ameaça à democracia deriva de um pressuposto falso. Embora seja verdadeiro que a democracia se baseia na escolha, é falso que a escolha se torna sem sentido ou impossível se não houver livre-arbítrio. A idéia de que a escolha desapareceria provém de uma noção excessivamente simplista da alternativa ao livre-arbítrio. Se, em uma eleição, uma pessoa puder votar de duas formas, o voto que de fato ocorrer dependerá não apenas de sua história a longo prazo (proveniência, educação familiar, valores), mas também de eventos imediatemente anteriores à eleição. As campanhas eleitorais existem precisamente por essa razão. Posso mudar de lado em função de um bom discurso, sem o qual eu votaria em outro candidato. Para que uma eleição tenha sentido, as pessoas não precisam ser livres; basta apenas que seu comportamento esteja aberto à influência e persuasão (determinantes ambientais de curto prazo).  

Somos favoráveis à democracia, não porque tenhamos livre-arbítrio, mas porque achamos que, como conjunto de práticas, ela funciona. Em uma sociedade democrática, as pessoas são mais felizes e mais produtivas do que sob qualquer monarquia ou ditadura conhecidas. Em vez de nos preocuparmos com a perda do livre-arbítrio, podemos, com maior proveito, nos perguntar o que tem a democracia que a faz superior. Se pudermos analisar nossas instituições democráticas de forma a descobrir o que as faz funcionar, poderemos talvez encontrar maneiras de torná-las ainda mais eficientes. A liberdade política consiste em algo mais prático do que o livre-arbítrio: significa ter opções disponíveis e ser capaz de afetar o comportamento daqueles que governam. Uma compreensão científica do comportamento poderia ser usada para aumentar a liberdade política. Dessa forma, o conhecimento advindo de uma ciência do comportamento estaria a serviço de um bom uso; não é necessário que haja abuso. E, no fim das contas, se realmente possuímos o livre-arbítrio, presumivelmente ninguém precisa se preocupar, de qualquer maneira, com o uso desse conhecimento.  

E sobre a moral? As teologias judaica e cristã incorporaram o livre-arbítrio como meio de salvação. Sem esses ensinamentos, será que as pessoas ainda serão boas? Uma forma de responder a essa questão é olhar para a parte da humanidade, de longe majoritária, que não tem esse compromisso com a noção de livre-arbítrio. Será que os budistas e hinduístas da China, Japão e Índia se comportam de forma menos ética? Em nossa própria sociedade, a ascensão da instrução pública vem deslocando cada vez mais para as escolas a educação moral, que antes se dava na igreja e no lar. À medida que nos apoiamos mais nas escolas para produzir bons cidadãos, a análise comportamental já está contribuindo. Não há razão para que a ciência do comportamento não seja utilizada para transformar crianças em cidadãos bons, felizes e eficientes.  

Quanto ao sistema judiciário, ele existe para lidar com nossos fracassos, e não é preciso encarar a justiça como uma questão puramente moral. Sempre precisaremos “considerar as pessoas responsáveis por seu comportamento”, no sentido prático de que os atos são atribuídos a indivíduos. Estabelecido o fato de que houve uma transgressão, então surgem problemas práticos relativos a como proteger a sociedade do transgressor e a como tornar improvável que essa pessoa se comporte da mesma forma no futuro. Colocar o criminoso na cadeia já se mostrou de duvidosa valia. Uma ciência do comportamento poderia ajudar tanto na prevenção como no tratamento mais eficiente da criminalidade.  

Argumentos estéticos  

Os críticos da noção de livre-arbítrio muitas vezes apontam sua falta de lógica. Mesmo teólogos que promoveram essa idéia se embaraçaram com o paradoxo de seu conflito com um Deus onipotente. Santo Agostinho foi claro: se Deus faz tudo e sabe tudo antes de acontecer, como pode alguém fazer alguma coisa livremente? Da mesma forma que no determinismo natural, se Deus determina todos os eventos (inclusive nossos atos), então é apenas nossa ignorância – no caso, da vontade de Deus – que nos permite a ilusão do livre-arbítrio. A solução teológica comum é chamar o livre-arbítrio de mistério; de alguma forma Deus nos dá o livre-arbítrio apesar de Sua onipotência. Essa resposta é insatisfatória porque afronta a lógica e não resolve o paradoxo. Em seu conflito com o determinismo, divino ou natural, o livre-arbítrio parece ser função da ignorância. Na verdade, pode-se argumentar que o livre-arbítrio é simplesmente um nome para a ignorância dos determinantes do comportamento. Quanto mais sabemos das razões que estão por trás dos atos de uma pessoa, tanto menos nos inclinamos a atribuir esses atos ao livre-arbítrio. Se um garoto que rouba carros vem de um meio pobre, tendemos a atribuir seu comportamento ao meio, e quanto mais sabemos do abuso e da negligência que ele sofreu por parte de sua família e da sociedade, menos provável se torna que afirmemos que sua escolha foi livre. Quando sabemos que um político foi subornado, não mais achamos que ele pode assumir posições políticas livremente. Quando ficamos sabendo que um artista recebeu o apoio dos pais e teve um grande professor, sentimos menos admiração por seu talento. 

O outro lado desse argumento é que, independente de quanto se saiba, ainda assim não se pode prever exatamente o que uma pessoa fará em determinada situação. Essa imprevisibilidade é às vezes considerada prova de livre-arbítrio. Entretanto,  o clima é também imprevisível, mas nunca olhamos para ele como produto de livre-arbítrio. Há muitos sistemas naturais cujo comportamento momentâneo não podemos prever, mas nunca os consideramos livres. Fixaríamos para a ciência do comportamento um padrão superior ao das outras ciências naturais? Além disso, o erro lógico envolvido é fácil de detectar. O livre-arbítrio realmente implica imprevisibilidade, mas de forma alguma isso exige o inverso, ou seja, que a imprevisibilidade implique livre-arbítrio. De certa forma, deveria até ser falso que o livre-arbítrio implique imprevisibilidade. Meus atos podem ser imprevisíveis para outra pessoa, mas se meu livre-arbítrio pode causar meu comportamento, eu devo saber perfeitamente bem o que vou fazer. Isso exige que eu conheça minha vontade, pois é difícil ver como uma vontade desconhecida poderia ser livre. Se decido fazer regime, e sei que essa é minha vontade, então devo prever que continuarei com o regime. Se conheço minha vontade, e minha vontade causa meu comportamento, deveria ser capaz de prever meu comportamento de forma perfeita. 

A noção de que o livre-arbítrio causa o comportamento levanta também um espinhoso problema metafísico. Como um evento não-natural, como o livre-arbítrio, pode causar um evento natural, como tomar sorvete? Eventos naturais podem levar a outros eventos naturais, porque podem estar relacionados um com o outro no tempo e no espaço. Uma relação sexual leva a um bebê cerca de nove meses depois. A frase leva deixa implícito que a causa pode ser localizada no tempo e no espaço. Por definição, entretanto, coisas não-naturais não podem ser localizadas no tempo e no espaço. (Se pudessem, seriam naturais.) Como então um evento não-natural pode levar a um evento natural? Quando e onde o querer ocorre, de modo a me levar a tomar sorvete? (Outra versão desse problema é o problema mente-corpo, que nos ocupará no Capítulo 3.) A nebulosidade dessas conexões hipotéticas conduziu ao Hypotheses non fingo de Newton. A ciência admite enigmas não-resolvidos, porque um enigma pode, ao final, render-se a novos pensamentos e experimentos, mas a conexão entre o livre-arbítrio e a ação não pode ser elucidada dessa forma. É um mistério. O objetivo da ciência de explicar o mundo exclui mistérios que não possam ser desvendados.  

A natureza misteriosa do livre-arbítrio, por exemplo, vai contra a teoria da evolução. Primeiro, há o problema da descontinuidade. Se falta livre-arbítrio aos animais, como foi que ele subitamente apareceu em nossa espécie? Teria de ter sido prenunciado em nossos ancestrais não-humanos. Segundo, mesmo que os animais pudessem ter livre-arbítrio, como poderia uma coisa tão pouco natural ter evoluído? Os traços naturais evoluem por modificação de outros traços naturais. Pode-se até imaginar a evolução de um sistema mecânico natural que se comportasse imprevisivelmente de tempos em tempos. Mas não há como conceber uma forma pela qual a evolução natural resultasse em um livre-arbítrio não-natural. Talvez seja esse um poderoso motivo para a oposição de certos grupos religiosos à teoria da evolução; inversamente, é um motivo igualmente poderoso para excluir o livre-arbítrio das explicações científicas do comportamento. Com efeito, toda a razão por que apresentamos esses argumentos contra o livre-arbítrio é realmente mostrar que abordagens científicas do comportamento que excluem o livre-arbítrio são possíveis. Os argumentos visam defender a ciência do comportamento contra a suposição de que o comportamento humano não pode ser compreendido porque as pessoas têm livre-arbítrio. A análise do comportamento evita o uso do conceito em arenas em que ele tem conseqüências infelizes, como no sistema judiciário (Capítulo 10) e no governo (Capítulo 11). A análise do comportamento omite o livre-arbítrio, mas não impõe proibições ao uso do conceito no discurso cotidiano ou nas esferas da religião, poesia e literatura; sacerdotes, poetas e escritores falam com freqüência de livre-arbítrio e escolhas livres. Uma ciência do comportamento poderia pretender explicar essas falas, mas de nenhuma maneira proibi-las. Neste livro, de todo modo, exploramos como compreender o comportamento sem conceitos misteriosos como livre-arbítrio.

104 respostas a “Derrubado um dos Pilares do Espiritismo: O Livre-Arbítrio – Parte 1”

  1. Biasetto Diz:

    Vítor,
    Eu tinha feito um comentário longo, que acho que estava muito legal, mas na hora em que tentei enviar, deu um erro, e o comentário se perdeu.
    Então, vou tentar lembrar do que tinha escrito. Era mais ou menos isto:
    .
    Este artigo responde, com muita qualidade, a uma conversa que tenho feito com o Scur, sobre a questão das escolhas que fazemos na vida, e as consequências na vida pós-morte, caso ela exista.
    Espíritas como o Scur, afirmam que a “lei de causa e efeito” é implacável, e as pessoas têm condições, exatamente, através do livre-arbítrio, de escolher o melhor caminho – que eles chamam de caminho cristão – para garantir um lugarzinho no céu.
    Mas eu pergunto:
    – o que uma pessoa faz ou deixa de fazer na vida, não está relacionado, também, com a questão da estrutura familiar em que ela nasce, do meio social em que ela cresce, das oportunidades que aparecem em sua vida, da sua genética …
    – imaginemos dois irmãos gêmeos, adotados, logos após o nascimento, por dois casais distintos. Um morando nos Estados Unidos, outro morando na Arábia Saudita. Vejam o tamanho da diferença cultural, envonvendo a criação destas duas crianças. Provavelmente, uma será fortemente influenciada pelo protestantismo cristão e os valores burgueses ocidentais; enquanto que a outra será fortemente influenciada pelo islamismo e os valores tradiconais do Oriente Médio.
    .
    Então, como fica o “livre-arbítrio” destas duas crianças, que um dia se tornarão adultos, e farão escolhas?
    .
    Obs.: Ótimo artigo!

  2. Roberto Scur Diz:

    Biasetto,
    Este é o artigo mais obtuso que já vi neste blog. Têm os artigos despretenciosos, que não chegam à lugar nenhum, só ocupam espaço, mas este de “derrubar o livre-arbítrio” supera os ingênuos comprovadores de “plágios”.
    Não dá para discutir isto, é covardia, tanto quanto acho uma covardia o carinha do vídeo que tu me enviou (o dos 10 vídeos) que colocas os religiosos em saia-justas inomináveis para explicar porque acreditam em adão e eva, em sangue de Jesus, em salvar uns e outros, em rituais exteriores de vários credos, só que a diferença é algum espírita querer discutir com um crente fanático que faz um livro para provar que não existe livre arbítrio.
    É a gota d’água. Não dá para conversar sobre limites e derivadas para quem não aprendeu nem a exponenciação ou a raiz quadrada.

  3. Vitor Diz:

    Mais uma vez o Scur esperneia sem apresentar qualquer argumento. Pelo menos ele mesmo admite: “Não dá para discutir isto.”

  4. Biasetto Diz:

    Scurzito,
    Você fala que o carinha dos 10 vídeos (ótimos vídeos hein?), fica ridicularizando com religiosos que acreditam em Adão e Eva. E que o espiritismo é o máximo dos máximos… Até poderia ser, o espiritismo lá no seu início, pesquisando a possível existência do espírito, da comunicação entre encarnados e desencarnados.
    Agora. estes “espiritisminho”, estilo Robson Pinheiro e Wágner Paixão, está igualzinho ou até pior à bibliazinha dos antigos hebreus.
    Tem muito espíritas, acreditando em dragões, magos negros, caveiras, clones espirituais, espíritos-aranhas, espíritos-formigas, espíritos-baratas…
    Não sei o que é pior:
    – a bibliazinha ridícula dos hebreus/judeus/israelenses; ou
    – o espiritismo trash, que não prova nada, e acredita em tudo!

  5. Biasetto Diz:

    Vou sair, mas já volta já!
    Pra quem não viu, confiram estes vídeos:
    http://www.youtube.com/watch?v=5HKHaClUCw4

  6. Roberto Scur Diz:

    Não dá, é obtuso demais. Me desculpe, mas não têm como, passo.
    Vamos falar somente do “com vagar”, “exaustivamente”, “ad nauseun” artigo sobre Publio e o livro de Pedro de Campos que está demorando um pouco para aparecer.
    Ou então sobre o convite que eu te fiz para vir me encontrar em Porto Alegre, em qualquer dia, para que tu me prove que tu não é o Paulo.
    Ou então outra forma para ti provar que TU não é esta emilly, outra que NON ECZISTE e é tu mesmo velhinho.
    .
    Se tu brinca comigo (ou fica brabo) me chamando de Bolsonaro, eu te chamo de “coringa”. Simpático não?!.
    Vitor Coringa Moura Visiones Fantásticas.

  7. Roberto Scur Diz:

    Biasetto,
    Não disse nunca que o Espiritismo é o máximo dos máximos. Você está dizendo.
    Disse para ti que gostaria que o inteligente cético, engraçado até, um pouco cruel também, deveria tentar debater com algum espírita bem informado pois o espiritismo é a antítese das crenças dogmáticas.
    Chutar cachorro morto é fácil, eu disse também isso para ti.

  8. Biasetto Diz:

    Scur,
    O espiritismo-católico-xavieriano está cheio de dogmas também.
    O monsenhor Chico Xavier escreveu a bíblia espírita, que todos os médiuns (falsos!) brasileiros seguem à risca ou tentam ampliá-la.
    Por isso, que vêm sempre com aquela ladainha do tipo: “Com a graça e permissão de Nosso Senhor Jesus Cristo…”
    Quem destoa deste segmento é a Zíbia Gaspareto, que você parece não gostar muito. Ela escreve livros do tipo “Pare de Sofrer!”, onde não fica dizendo que o sujeito tem que se arrepender de tudo que fez na vida, se transou com a prima, a cunhada ou vizinha. Se bebeu, cheirou ou fumou. Se não procurou Jesus, ou seguiu alguma crença!
    O Waldo Vieira pode ter as esquisitices dele, mas um dos motivos que o distanciou do espiritismo verde e amarelo, foi o excesso de moralismo reacionário e patriotismo barato, como o que aparece em Brasil, Coração do Mundo… Mas você disse que as evidências por mim apontadas e muitas outras pelo Vítor, por exemplo, são pífias, não provam nada contra o Chico.
    Scurzito,
    Hoje, estou explodindo de raiva, com umas coisas que tive que engolir lá na escola, graças à mediocridade de nossos governantes e filósofos da educação. Eu só queria saber onde está a Pátria do Evangelho, prevista pelo Emmanuel e o Humberto de Campos, há 70 anos atrás, indicando que o Brasil seria um país maravilhoso, exemplo para o mundo!

  9. Biasetto Diz:

    Esta sequência dos vídeos é melhor, porque tem legendas:
    http://www.youtube.com/watch?v=EPHU_OGEGHw&feature=related

  10. Caio Diz:

    Excelente argumento, e nem um pouco” obtuso”, a meu ver. Gostaria que o Roberto “Malafaia” Scur desmontasse as idéias apresentadas nesse texto. Se essas idéias são tão obtusas assim, refutá-las é trabalho para 3 ou 4 linhas, não mais que isso. Então, por favor, Scur, aponte as incongruências do texto que o Vitor nos trouxe.
    Vitor, esse livro é fácil de achar?

  11. Paulo Diz:

    Ótimo artigo Vitor!
    Você irá postar todos os capítulos?
    Abraço

  12. Vitor Diz:

    Oi, Caio

    tem vários capítulos gratuitos no 4 shared! 😀

  13. Vitor Diz:

    Oi Paulo,
    postei só o que tinha mais a ver com o blog. Mas, como disse para o Caio, tem vários capítulos disponibilizados no 4shared.

  14. Paulo Diz:

    Pô Caio, não provoca o “Bolsonaro do espíritismo chiling-ling”. O que ele pode nos trazer além de trechos das “obras ” do minerinho ?
    abraço

  15. Gilberto Diz:

    Este texto não tem nada a ver com o blog. Baum quer ver o circo pegar fogo, mas apenas em sua área de atuação. Trazer isso para o Espiritismo, e para pessoas que, como eu, pouco sabem sobre o assunto (apesar de estudado isso na Faculdade de Letras), esvazia a discussão deste blog e faz exatamente o que o espiritismo teima em fazer: falar sobre coisas que não entendemos e distorcê-las ao nosso bel-prazer. Daqui a pouco o Vitor vai trazer textos de Física Quântica e, sem percebermos, estaremos criando uma religião pseudo-científica provavelmente denominada: “Primeira Igreja do Espiritismo Universitário Científico da Verdade Que Liberta Anti-Determinista Pós-Livre-Arbitrária Renovada.”

  16. Roberto Scur Diz:

    Paulo, o homem que non ecziste?
    Cadê a resposta para o meu convite de encontro em Porto Alegre? Tu não te garante num “face to face”.
    Piada hein, que piada!

  17. Roberto Scur Diz:

    Faz assim Vítor,
    Pega uma avião aí no Rio, vêm vestido de Emilly 26 aninhos carregando uma prancheta para anotar tudo, e traz a fantasia de Paulo para trocar de roupa e fazer o papel de fotógrafo. Depois faz uma montagem aí, estilo esta que tu fazes para comparar textos e provar plágios, contrata o gazeteiro desaparecido do JCFF para fazer a revisão da redação, e posta aí no youtube a prova do encontro do 3 em 1 mais falcatrua da “paróquia” do JCFF.

  18. Roberto Scur Diz:

    Biasetto,
    Falta muito pouco, mas muito pouco mesmo para vermos isto começar a ter lugar.
    Aguarde um pouquinho mais. Tudo está para mudar muito em breve. Espero que possamos usufruir deste novo tempo, de dias melhores.
    Não será um passe de mágica mas as transformações serão após aos dramáticos e decisivos eventos previstos para este ano e para o ano que vêm. Veja bem que não é mais os bobões dos profetas que vocês ridicularizam, mas é a deusa Nasa que já dá a pista em seu site.
    Não vou mais falar sobre isso porque vocês não estão nem aí, estão preocupados com seus sonhos eróticos, suas “descobertas de araque”, suas pesquisas sem pé nem cabeça para “derrubar pilares do espiritismo”, seus pierrôs de auditório contando piadas de maus gosto contra os religiosos, contra Deus e Jesus como se fossem os bichos da goiaba, os gazes da coca, os “espertinhos”, seus “reformadores do espiritismo” de múltiplas faces, múltiplos nomes, múltiplas personalidades.
    Realmente Caio e demais: nesta hora o livre-arbítrio NÃO EXISTIRÁ mesmo, pois foi usado e abusado durante milênios e será tirado este direito de escolher por medida profilática.
    Vou te provar facinho, facinho, que o livre arbítrio é tão óbvio quanto o ar que tu precisa respirar para viver: vou usá-lo para NÃO TE RESPONDER, tanto como poderia ter decidido TE RESPONDER. Que coisa né? Não é que o danado do livre-arbítrio não quer obedecer à pesquisa bisonha deste que quer ensinar a “compreender o behaviorismo”?
    Vão com fé Biasetto, Caio e não levanto, Paulo/Vitor/Emilly crise de identidade, Gilberto (este é ele mesmo), ou vão sem fé mesmo. Cês que sabem!

  19. Carlos Diz:

    Biasetto, Paulo, Vitor
    .
    Discordo… O artigo muito mais confunde (pelo menos a mim) do que aponta caminhos. Por exemplo ele afirma “Essa imprevisibilidade é às vezes considerada prova de livre-arbítrio. Entretanto,  o clima é também imprevisível, mas nunca olhamos para ele como produto de livre-arbítrio.” Isso é pegar uma afirmação correta (realmente não há como prever precisamente o clima) e associá-la a uma sentença descabida (e por que deveríamos olhar o clima como produto do livre arbítrio?).
    .
    Ele pergunta mais adiante: “como pode uma coisa tão pouco natural (o livre-arbítrio) ter evoluído?” O que ele quer dizer exatamente com “tão pouco natural”? Ou os animais e os homens possuem, ou não possuem livre-arbítrio… não há meio termo. Ele continua: “mesmo que os animais pudessem ter livre arbítrio, como uma coisa tão pouco natural (outra vez a imprecisão) ter evoluído? Se livre-arbítrio é “fazer escolhas”, pergunto, ele evoluiria para onde ou o que ?

  20. Paulo Diz:

    Scur, aceito seu convite sem problema nenhum!
    Já que eu aceito, tu poderia me retribuir a gentileza de aceitar uma sugestão minha?
    Eu posso pedir para o Prof. Sérgio da Astronomia da UFGRS um espaço na aula dele para tu ter a chance de explicar a teoria da vida em Marte e do planeta chupão. O que acha?
    Te peço isso, porque meus conhecimentos sobre esse tema é muito fraco e gostaria muito de aprender com vocês dois.
    Assim como você sugeriu para o Vitor procurar alguém “mestre” no assunto espírita, acredito que gostarias de fazer o mesmo com um Prof materialista, não?
    —-
    Depois de sua palestra podemos conversar sobre humanismo, alma, existencialismo, espíritismo, e ai vai
    ..
    Sem piada Scur, é serio mesmo…Está nessa?
    Almoço no restaurante Marius fica como cortesia minha!

  21. Biasetto Diz:

    Scur, meu amigo dos pampas.
    Eu só queria que você me provasse que as nossas descobertas são de araques!
    Você fica bravo com a tal história dos plágios.
    Mas Scur, me dê uma explicação realmente lógica, que contrarie o que apontamos aqui, para o fato de os livros que o Chico disse ter recebido dos espíritos, apresentarem trechos praticamente idênticos aos de outros livros.
    Scur, eu não quero esculhambar com o Chico, mas há evidências. Isto que você não quer aceitar.
    Aliás, você não quer aceitar nenhuma evidência que desacredite o espiritismo brasileiro. Veja a explicação que você dá, pra uma porcaria de livro, em que o tal médium, afirma ser do espírito do Raul Seixas, o maluco beleza!
    .
    – Você diz que o Raul Seixas foi um drogado, não tinha cultura pra mandar um livro bom.
    .
    Eu digo: 1º se ele foi um drogado, grande coisa, porque, hoje, se somarmos o uso de álcool, de tabaco, de drogas ilícitas e medicamentos controlados, mais da metade da população mundial é drogada. Eu me incluo neste segmento. Por isso, não sou ninguém?
    Eu digo: o livro do tal médium, nem me lembro o nome dele, é ruim demais, simplesmente, porque não é psicografia. É uma farsa. Uma tremanda farsa.
    Custa você admitir isto?
    Que você acredite no espiritismo, tudo bem. Eu também acredito. Até o Vítor acredita na existência de espíritos. É só você conferir o post anterior.
    O que nós estamos discutindo aqui, é se o Chico foi ou naõ foi médium. É se existem pessoas se fazendo de médium, sem ser.
    Só isso, Scurzito.
    Eu não tenho culpa, se aparecem, todos os dias, um monte de livros, “espíritas” (rsrsrsrs…), falando um monte de asneiras, fazendo cópia da cópia da cópia …
    É só isto Scur.
    Esta é a crítica.
    Ninguém está falando pra você deixar de ser espírita, acreditar em espíritos, pelo menos eu, não estou falando nisso.
    O problema, é que tem muitos espíritas, acreditando em qualquer histórias.

  22. Caio Diz:

    “Vou te provar facinho, facinho, que o livre arbítrio é tão óbvio quanto o ar que tu precisa respirar para viver: vou usá-lo para NÃO TE RESPONDER, tanto como poderia ter decidido TE RESPONDER. Que coisa né? Não é que o danado do livre-arbítrio não quer obedecer à pesquisa bisonha deste que quer ensinar a “compreender o behaviorismo”?”
    Você apenas endossou a opinião expressa no artigo. Essa sua atitude deriva de sua carga genética e do meio no qual foi criado. Uma vez que, biologicamente, o seu cérebro apresenta a tendência de ser crédulo, extremamente crédulo, e uma vez que você, provavelmente, foi criando em um meio ultra-religioso, é natural que você NÃO responda ao meu questionamento, simplesmente porque você não tem meios de fazê-lo. E não porque você não quer fazê-lo. Você até pode dizer que não quer, mas, na realidade, você apenas não tem como fazê-lo, Roberto “ Malafaia Macedo Soares Melo Rossi” Scur.

  23. Vitor Diz:

    Oi, Carlos

    por “não natural” quer dizer algo além da hereditariedade e do ambiente. O livre-arbítrio, por definição, não tem causa física. Como é que algo que não tem causa física pode evoluir?

  24. Carlos Diz:

    Vitor,
    .
    Justamente, não evolui. A capacidade de fazer escolhas é inerente ao ser; o que podemos discutir é se elas são previsíveis ou não, como o clima…

  25. Biasetto Diz:

    A questão pra mim, e é isto que achei bom no artigo, é o questionamento quanto à ideia de livre-arbítrio, no sentido de se escolher o “bem” ou o “mal”.
    O livre-arbítrio nada mais é do uma escolha. Vou pra cá ou pra lá? Faço assim ou assado?
    Só que para os religiosos, a questão envolve escolher os “caminhos de Deus” ou os “caminhos do diabo”.
    Mas pra mim, não é tão simples como os religiosos dizem. Primeiro, porque os fundamentos por eles defendidos, são dogmáticos, subjetivos, culturais, imprecisos, improváveis, muitas vezes, tolos e ridículos!
    Além disso, como já afirmei aqui, nossas escolhas ocorrem motivadas por uma série de situações e circunstâncias.
    A neurolinguística, por exemplo, afirma que o ser humano, até os sete anos, funciona como uma esponja, sugando tudo à sua volta. Ou seja, a mente de uma criança, de uma pessoa, praticamente fica “pronta” até os sete anos de idade. Então, se os pais dessa criança ensinaram a ela, que ter preconceito racial (étnico!) é algo normal, se esta criança for doutrinada assim, quais são as possibilidades de que ela cresça preconceituosa? Onde está o livre-arbítrio desta pessoa?

  26. Carlos Diz:

    Biasetto,
    .
    “Onde está o livre-arbítrio desta pessoa?” Esta na escolha! O que podemos discutir é a previsibilidade da escolha: provavelmente ela terá uma atitude preconceituosa. Mas, quem é capaz de antemão assegurar isso?

  27. Biasetto Diz:

    Então,
    Carlos, estes são os mistérios – às vezes, por exemplo, uma pessoa que tem “tudo pra ser um bandido”, se transforma num monge. Outra, com tudo, a seu favor, pra ser “santo”, vira o diabo.
    Porém, Carlos, há tendências. Sabemos, por exemplo, que a maioria das pessoas que cresceram com dificulades, em lares desajustados, tendem a manifestar problemas de relacionamentos, de valores, de condutas. Ou seja, fazem escolhas infelizes, “inadequadas”.
    Isto prova que o meio social, familiar, influi, e muito, na formação da personalidade de uma pessoa. Então, a questão do livre-arbítrio é muito influenciável. Ou não?

  28. Roberto Scur Diz:

    Caio,
    .
    Eu fui criado em família avessa á religião e me tornei realmente um interessado no tema depois dos 26 anos quando me deparei com as primeiras obras espíritas.
    Não era médium, não conhecia nenhum médium, nunca tinha ido em centro espírita, nem sabia o que era pois para mim saravá, macumbá, espiritismo era quase a mesma coisa, ou seja, eu era um ignorante que nem tu e a maioria aqui deste blog, um trouxa, um moscão, um alienado no tema, mas pelo menos o dia que botei a mão num livro, sem querer, começei a ler e à confrontar com o que eu conhecia, e fui procurando respostas, e mais resposta, e li muito.
    .
    Não precisei ter visto espírito materializado, não precisei ver médium em psicofonia, psicografia, ou qualquer tipo de fenômeno mediúnico para ter entendido a lógica cristalina desta Doutrina, e nem pedi, ou ordenei como vocês fazem, que ninguém me provasse coisa nenhuma.
    .
    Depois disso, antes dos 30 anos, tive uma (1) experiência de psicografia em mim mesmo que não posso negar – não escrevi coisa nenhuma porque decerto não era para ter feito, só que o meu braço se mexeu sozinho totalmente enformigado depois que eu passei uns 15 minutos em concentração pedindo, humildemente, que fosse permitido uma manifestação de escrita através de mim. Não sou um covarde que esconde o que viveu para não ter prejuízos de qualquer ordem, ou para negar por ou por medo de ter que admitir que não sei o suficiente e preciso aprender.
    Tive experiências de fenômenos físicos que também não podem ser refutados, onde houveram mais testemunhas, e não estou preocupado com a cegueira imbecilizada de vocês que não vão procurar sair das trevas da ignorância presunçosa e infantil em que se meteram.
    Meu conselho para ti, assim, curto e grosso, é: vai te criar, e vai estudar seu deitado!
    .
    Meu padrasto tinha ojeriza à qualquer assunto ligado à religião, o que se dirá de espírito pois nunca viu mais gordo. Minha mãe não estava nem aí para isso.
    Fui criado me virando, levando porrada na rua, jogando futebol, fugindo de marginal porque eu morava perto do cemitério onde tinha uma favela com grande marginalidade, paguei a minha universidade trabalhando, com 22 anos fundei minha empresa onde eu buscava o meu sustento e até hoje tenho a mesma empresa que sustenta a mim, meus 5 filhos, mulher e mais 24 colaboradores e suas famílias.
    Portanto, calar-se sobre a minha origem religiosa é o melhor que tu poderia fazer, pois o que é natural que eu faça é exatamente NÃO TE RESPONDER porque vou perder meu tempo contigo, que não sabe NADA x NADA elevado a ENÉSIMA potência e não tem culhão para tirar o traseiro da cadeira e ir pesquisar por ti mesmo antes de ficar perguntando para mim.

  29. Roberto Scur Diz:

    Paulo,
    .
    Eu aceito estar presente numa aula onde este professor de astronomia, certamente muito mais qualificado do que eu, tomaria as informações que ele domina e que eu apresentaria, baseado nos programas de simulação de órbitas do laboratório de propulsão da Nasa, que traz também as medidas estimadas de tamanho, distância e previsão de datas de aproximação da Terra, para que ele e não eu explique as consequências possíveis de uma aproximação desta magnitude das vizinhanças de nosso planeta.
    .
    Eu levarei dados do igsky, do google earth e mais outro (esqueci o nome agora), e dados do site da Nasa que apresenta este “corpo”, ainda chamado de “cometa” (quero que ele me explique como pode um cometa ter no mínimo o tamanho do planeta Terra) estará neste ano de 2011 se aproximando à uma distância de incríveis 0,23 UA (unidades astronômicas: 1 UA = à distância da Terra até o Sol), com dimensão entre o tamanho do planeta Terra e maior que Júpiter, e outras informações “científicas” já livres para apreciação de qualquer pessoa do mundo que queira analisar.
    .
    Se a turma e o professor se interessarem eu exponho num PowerPoint o que as profecias de civilizações antigas diziam sobre isso muito antes de existir Estados Unidos, telescópios espaciais e a própria Nasa. Falarei sobre as previsões descritas no Antigo e no Novo Testamento, nas afirmações das Obras Básicas da Doutrina Espírita, nas profecias de Edgard Cayce, de Nostradamus, de Chico Xavier, de Ramatis e algumas fontes mais.
    .
    Agora, me pedir para explicar a teoria da vida em Marte eu não posso fazer porque isso, ao contrário do caso de Nibiru/Chupão/Hercólubus e outros nomes, além dos batismos mais recentes (dez/2010) dado pelo astrônomo russo Elenin, ou pelos americanos que o chamaram de Tyche, eu não tenho dados que a ciência oficial tenha admitido como real, e portanto não é confortável falar sobre hipóteses ou teorias em uma audiência mais qualificada do que eu, desde professor até alunos.
    .
    Vamos marcar a data você me dando um prazo de pelo menos 2 semanas pois eu tenho 3 eventos acontecendo nas próximas semanas (POA, Joinvile e Curitiba). Eu levo meu notebook, meu projetor e preciso de um acesso wireless para apresentar o site da Nasa em tempo real. Só por favor, não enrola meu velho, te mexe de uma vez e dá nome aos bois e não vai fazer que nem o Juliano que correu do pau, que se acovardou de me conhecer lá em Maringá, sumiu, evaporou inclusive deste blog depois de ser indelicado de não ter mandado nem um email para recusar o meu convite para conversar.
    .
    Vou assim me dar por satisfeito em saber se tu é uma pessoa real ou uma brincadeira de mau gosto, ou de covardia mesmo, do Vitor Moura Visoni.
    .
    Tu, este Caio, esta guria aí que apareceu do nada, a tal de Emilly, não estão convencendo serem pessoas diferentes do Vitor Moura, e aliás, facilitaria muito se vocês tivessem a coragem de colocarem nome e sobrenome para serem identificados de verdade, e não ficar neste joguinho de esconde-esconde.

  30. Biasetto Diz:

    Scur,
    Nós conversamos sobre isto, há dois dias.
    Você começa um comentário, de forma educada, ponderada e, aos poucos, vai escrachando, ofedendo as pessoas.
    Veja:
    .
    “eu era um ignorante que nem tu e a maioria aqui deste blog, um trouxa, um moscão, um alienado no tema…”
    .
    “Meu conselho para ti, assim, curto e grosso, é: vai te criar, e vai estudar seu deitado!…”
    .
    “não tem culhão para tirar o traseiro da cadeira e ir pesquisar por ti mesmo antes de ficar perguntando para mim.”
    .
    Scur,
    Estou rindo, juro que estou rindo e muito.
    Apesar de tua falta de educação, às vezes, você é muito autêntico e divertido. Mas vai com calma!
    .
    Quem disse pra tu que a TUA VERDADE, vale mais que A VERDADE DOS OUTROS?
    .
    Eu sei muito sobre o espiritismo, tanto que quando leio um livro, na hora, me lembro de algo parecido em livros do Chico.
    Conheço de cor e salteado as histórias do Chico o homem intocável, justo, honesto, verdadeiro. Mas descobri que grande parte é mito. Que nem foi ele que criou, é verdade, mas também se beneficiou.
    Ah Scurzito, quanto mais eu te conheço, mais fico torcendo pra tu aparecer em minha casa. Vou ter muito o que conversar contigo.
    Ah vou…

  31. Vitor Diz:

    Carlos,
    se o livre-arbítrio não é fruto da evolução, isso não viola a Teoria da Evolução por excelência? Apareceu como? Mágica? Bactérias têm livre-arbítrio? Uma formiga tem livre-arbítrio?

  32. Biasetto Diz:

    Scur,
    Agora estou rindo mais ainda.
    Eu amo você Scur. Hoje eu estava tão mal humorado, quando cheguei a noite em casa, que não consiguia mudar de humor nem ouvindo minhas músicas preferidas. Mas agora, lendo os teus comentários, estou rindo sem parar.
    Vítor, você pode não concordar comigo, mas sem o Gilberto e o Scur, seu blog não rola!!!

  33. Carlos Diz:

    Sim Biaseto, quanto a isso estamos de acordo.
    .
    Porém, por mais influenciável que ela seja, a capacidade de escolher é inerente à criatura. Se ela for muito influenciável você poderá ter algum grau de certeza (porém jamais 100% !) que ela vai agir da forma prevista. Haverá sempre uma probabilidade, por menor que seja, que ela faça uma escolha totalmente imprevista. Isso é uma característica do cérebro humano que independe dos parâmetros que julgamos controlar.

  34. Carlos Diz:

    Vitor,
    .
    Defina livre-arbítrio?

  35. Biasetto Diz:

    Scur,
    Lembrei-me de uma coisa que você disse um dia desses, dentro destas previsões apocalípticas que você faz, e outras pessoas também fazem, indicando a fúria da natureza, os tsunamis e terremotos.
    .
    Bem, é verdade, é indiscutível, que o homem tem influenciado na ecologia e ordem natural do planeta. Basta lembrar, que mais ou menos 100 anos, praticamente não existiam automóveis, e hoje, são mais de 1 bilhão.
    Bata lembrar, que há mais ou menos 20 anos, quase não se usava vasilhames descartáveis para refrigerantes, por exemplo, e hoje, diariamente, quantos desses produtos são jogados de forma inadequada.
    Porém, estas manifestações de terremotos, tsunamis, sempre existiram. É só pesquisar. O que acontece, é que em outras épocas, havia menos pessoas no planeta e menos regiões habitadas. Então, quando acontecia uma manifestação da natureza como estas, pouca gente ou até ninguém era atingido – e ninguém ficava nem sabendo.
    Quantos terremotos e tsunamis devem ter acontecido na Pré-História? Mesmo que alguém tenha sofrido com isto, também não tinha câmeras digitais pra registrar né?
    Então, estas histórias de que estão acontecendo coisas terríveis no mundo, como sinais do fim dos tempos, coisas assim, estão recheadas de exageros.
    Não é preciso ser Nostradamus, pra prever que catástrofes vão acontecer, é algo natural. Quanto mais pessoas, mais construções, mais espaços ocupados, mais bueiros entopidos, porque se produz mais lixo e assim vai. O que há de religião nisso?

  36. Vitor Diz:

    Carlos,
    .
    o livre-arbítrio seria a capacidade de exibir um comportamento livre da influência genética e ambiental. Em outras palavras, é a capacidade de exibir um comportamento não condicionado por fatores antecedentes.

  37. Paulo Diz:

    Scur, combinado então. Vou te manter informado pelo seu e-mail pessoal. Vai ser bom isso, num ambiente leve, respeitoso e agradável.
    Enquanto isso, por favor, não fica dizendo que as pessoas aqui são uma só, ok? Tu ofende sem saber.Até lá, respeito total
    Abraço

  38. Roberto Scur Diz:

    Paulo,
    Não concordo que seja ofensa você duvidar da identidade de uma pessoa que nega apresentá-la abertamente.
    Eu ponho meu nome e sobre-nome e assumo o que digo e escrevo, e não acho favorável ao diálogo usar nicks, pseudônimos, avatares ou o que for.
    Transparência é muito melhor nas relações humanas.

  39. Carlos Diz:

    Vitor,
    .
    Sua definição é muito vasta. Que ser no planeta poderia ter um comportamento livre da influência genética?
    .
    Meus comentários se fundamentam na definição do próprio artigo que afirma “o nome que se dá a capacidade de escolha é livre-arbítrio”. Você pergunta se a formiga tem livre-arbítrio. Na sua definição não. Na definição do artigo sim. Uma formiga pode seguir por um caminho A ou B; haverá uma alta probabilidade que ela siga o caminho A se lá estiver o alimento. Porém, não haverá jamais 100% de certeza que ela escolhera invariavelmente o caminho A pelo resto de sua curta vida (a não ser que ele fosse uma formiga controlada por um código genético imutável).

  40. Paulo Diz:

    Scur, complicado isso! Observe que os assuntos deste blog são polemicos e nossos nomes ficam armazenados no google. Eu por exemplo, não gostaria de ver meu nome aparecendo nas buscas do google sem ser meus assuntos profissionais. Nem orkut/facebook eu tenho.
    Uma pessoa inteligente e meticulosa, consegue ter uma boa idéia da vida privada seguindo os rastros que deixamos por ai.

  41. Vitor Diz:

    Carlos,
    .
    não basta só dizer que livre-arbítrio é a capacidade de fazer escolhas. Se essa escolha foi predeterminada por fatores genéticos e ambientais, nõ há livre-arbítrio. Na definição do livro, é dito: “O livre-arbítrio supõe um terceiro elemento além da hereditariedade e do ambiente, supõe algo dentro do indivíduo. Afirma que, apesar da herança e dos impactos ambientais, uma pessoa que se comporta de dada forma poderia ter escolhido comportar-se de outra maneira. ”
    .
    Caso conhecêssemos toda a influência genética e ambiental na formiga, poderíamos prever com 100% de exatidão qual caminho ela vai tomar.

  42. Paulo Diz:

    Carlos, a formiga não poderá escolhar o caminho B por uma falha de avaliação, dos sentidos por exemplo?
    Não sei se estou te entendendo. ( to morrendo de sono!)
    Abraço

  43. Gilberto Diz:

    Desculpem-me, pessoal, mas esse post e os comentários estão totalmente fora de propósito. Está totalmente nonsense, pelo amor de Deus. Uma viagem na maionese metafísica boba. O título retumbante então não tem nada a ver. Uma lástima. Parece coisa do Paiva Neto, sério.

  44. Roberto Scur Diz:

    Paulo,
    Não gostarias porque não queres assumir o que tu pensas e fazes, queres jogar atrás do toco, camuflado para não ter “prejuízo profissional”, ou seja, representas uma imagem de ti mesmo conforme o público.
    .
    Eu poderei olhar as minhas opiniões aqui e acolá, pois só entro praticamente em dois blogs de céticos, e pensar:
    – “acho que peguei muito pesado aqui, não fui fraterno ali; é realmente, eu preciso melhorar neste ponto e neste, e vou ter que ler mais livros e mensagens espíritas ou de pessoas de bem como por exemplo do Chico Xavier, que era brando e pacífico não importanto a hostilidade que lhe endereçavam;
    – aqui eu escrevi sem revisar, foi uma gramática ou semântica errada; devo ser mais cuidadoso para passar a idéia com qualidade;
    – nossa, neste tema eu ainda não tinha maiores conhecimentos e passei uma informação errada, …”;
    .
    Então Paulo, eu digo quem sou e não tenho vergonha do que eu penso, do que eu sei, do que eu sou, principalmente porque assim as pessoas me conhecerão sem esperar surpresas e porque não tenho má-intenção, sou sincero, sou autêntico, não minto – posso sim errar em minhas avaliações, mas se vejo meu erro me desculpo, me corrijo, tento me redimir.
    .
    Fora isso não há perigo maior do que o viver propriamente dito. Não tenho também perfil em sites de relacionamentos e só coloquei alguns dados no facebook (inclusive já desativei a conta) pois precisei para colocar umas 5 ou 6 opiniões no Terra em temas como estes, de terremotos, mas nunca mais opinei lá também por não ter vontade e ser um público muito desinteressado.
    .
    Quem não deve meu caro Paulo, não precisa temer, e eu faço questão de deixar claro quem eu sou pois quêm me conhece sabe que eu não falo uma coisa e faço outra, que eu não faço gênero. Obviamente que sou uma pessoa cheia de imperfeições, mas luto contra elas e não as nego.
    .
    Um espírita analisa sua vida olhando também para o passado pela ótica da reencarnação, podendo assim imaginar o que fez de certo ou errado baseando-se nos seus pendores hoje e na sua trajetória da vida atual. Eu tenho comigo que em outros tempos fui um mau exemplo para a sociedade e nesta vida estou tentando concertar um pouco do estrago feito.

  45. Roberto Scur Diz:

    Gilberto,
    Em alguma coisa nós vamos concordar, nem tudo está perdido, ainda mais que tu está apelando para o amor de Deus. Quem diria?!

  46. Caio Diz:

    Aiatolá Scur, é extremamente interessante notar que, a seus olhos, quem não acredita no espiritismo ou em qualquer tema correlato é um ignorante em praticamente tudo. Essa linha de pensamento é irracional; é a face do fanatismo dando as caras, afinal de contas… E esperar racionalidade de um fanático é como esperar uma banana de um pé de laranja. Não acreditar em espíritos, em Chico Xavier, em mulheres com lençóis na cabeça é sinônimo de burrice, na sua modesta (literalmente modesta…) opinião. É interessante notar também como você desce do salto plataforma quando alguém te contraria. Nada contra o salto plataforma. Aliás, nada contra a opção sexual de ninguém. Mas o fato é que você realmente perde a linha. É xingamento atrás de xingamento. Uma postura bem estranha para uma pessoa tão religiosa, que crê na palavra e na bondade do Nosso Senhor Jesus Cristo, amém.
    Bem, eu não vou perder meu tempo te ofendendo, inclusive porquê, “apesar de ateu”, tenho educação. Nunca precisei de uma instituição religiosa dizendo o que eu devo ou não fazer. Tenho bom senso e, hoje em dia, isso é algo muito valioso. Algo que te falta. E falta muito, rs. Da minha parte, só gostaria de acrescentar que, apesar de mais jovem que você (estou entrando na casa dos 25), seguramente posso dizer que tenho mais conhecimento que você em todas as áreas do conhecimento humano que são realmente úteis. Não ter lido o “Livro dos Médiuns”, ou qualquer outro livrinho similar, não me desabona em absolutamente nada. A propósito, adotar como padrão a forma cética de pensar é uma prova de lucidez, bom-senso e inteligência, qualidades essas que, pelo menos hoje, só posso pensar que te faltam. Se você quer acreditar em espíritos, bruxas, duendes, astrologia, profecias de povos antigos, Nostradamus, homeopatia, bem, que assim seja. Você tem todo o direito. Aliás, você tem o direito inclusive de ser preconceituoso com os descrentes, como você costuma fazer vez ou outra. Mas é óbvio que talvez um dia você tenha que arcar com as consequências.

  47. Caio Diz:

    E, sinceramente, eu não preciso dizer o quanto estudo, qual minha área de atuação, se tenho empresa ou não, como é constituída minha família, etc. Não preciso me firmar publicamente. Com você, parece que o oposto acontece. Com relação aos supostos fenômenos mediúnicos que você teve a “graça” de receber, bem, concordo que eles não podem ser refutados: eles nem mesmo foram testemunhados, como, então, poderiam ser refutados? Hahahaha…
    E, por fim, fico feliz por ter entrado na lista do Scur de “pessoas suspeitas de serem o Vitor Moura”, hahahaha. Vitor, acho que, daqui a pouco, o Scur vai concluir que só existem duas pessoas nesse blog: você e ele. O mal contra o bem. Hahaha. Scur, papo sério, procure ajuda médica. Não estou sendo irônico ou maldoso, estou falando sério. Tente viver os anos que te restam com a mente saudável. Tenho certeza que aí no Rio Grande do Sul devem existir psiquiatras muito competentes. Saudações paulistas pra você.

  48. Emilly Diz:

    Essa historia de livre arbítrio é bem complicada mesmo, tem um de vcs aqui que é biólogo não tem? Ela poderia explicar melhor esse negocio que envolve genética e evolução. Já li algumas coisas d neurociências tentando explicar o livre arbítrio mas não entendi direito.
    Paulo, Scur, não sei se vcs tavam brincando ou falando serio, mas vão fazer mesmo esse encontro?

  49. Paulo Diz:

    Caio, aqui em Porto Alegre, temos o HEPA ( hospital espírita de Porto Alegre). Hospital psiquiátrico…parece ironia, não é? Mas é verdade.
    Que eu saiba ( tenho amigos médicos) eles não tratam os pacientes com homeopatia, passes magnéticos e nem sal grosso…
    Abraço

  50. Roberto Scur Diz:

    Caio,
    .
    Nossa, como você é caridoso hein? Preocupado comigo, sinceramente você diz? Que bom, o mundo está ficando melhor mesmo.
    .
    Se eu fosse tão religioso eu não estaria aqui gastando o meu tempo para falar com quem não está interessado em ultrapassar o limite de seus super-conhecimentos, estaria tentando fazer o bem que as religiões ensinam fazer.
    .
    Engraçado como tenho visto da parte dos céticos daqui, quando se veem confrontados, a acusação velada ou explícita contra a sexualidade do oponente de idéias! Que fixação isso! Acho que quem age assim não está bem resolvido e projeta suas dúvidas íntimas na personalidade dos outros. Tu não te garante Caio e não levanto? Tu e o JCFF tiveram a mesma atitude.
    .
    É que nem briga de moleque, quando quer cutucar o outro chama ele de bixa, aí o outro fica uma fera, onde já se viu, eu sou um machão fortão que grita (quando não parte para a briga): “Não sou não, é tu. Fim de amigo! Não brinco mais!”
    .
    Num blog só existe quem se identifica meu velho. Eu, o Biasetto, o VM, o próprio Gilberto já postou um vídeo dele imitando o Elvis Presley e para mim me convenceu que ele é ele mesmo, o Marcelo que veio me encontrar em Maringá, o Ardwin que mostra conhecimentos que fogem totalmente do normal dos frequentadores do blog, o JCFF certamente é alguém, tanto que foi identificado como funcionário do Bacen, agora vou torcer que o Paulo confirme o convite feito para que eu o conheça em uma universidade de POA, outros espíritas ou espiritualistas que postavam aqui também existem porque troquei emails com eles, enfim, quem cresceu e apareceu é, quem se oculta talvez seja.
    .
    Você, com sua linha de raciocínio muito semelhante aos demais ghost-writers que aqui aparecem de vez em quando, não deixa uma marca forte para ser identificados como indivíduos, é sempre uma conversa superficial, básica.
    .
    Você não leu o que eu escrevi e está fazendo confusão. Eu não disse que quem não acredita no espiritismo seja um ignorante em “quase tudo”. Isto são palavras tuas e eu não tenho responsabilidade ou preciso responder sobre elas – este é um exemplo do teu propalado “bom senso”.
    .
    Não acreditar nestas outras coisas que tu falastes não é sinônimo de burrice não, é de ignorância, de ignorar, de não saber como se dão estas coisas, e não sabendo ter atitude de dar pareceres sem conhecimento algum de causa – qual o valor desta “opinião” tão retumbante?
    .
    Mas vamos parar de discutir pois não leva a nada. Obrigado pelos conselhos.

  51. Emilly Diz:

    Tenho umas duvidas nada a ver com esse post, mas se puderem me responder…
    Vitor, por favor, você sabe me responder se os experimentos sobre entrelaçamento de mentes com resultados positivos foram apenas com gêmeos idênticos ou com outras pessoas também?
    Roberto Scur: vc psicografa?
    obrigada

  52. Paulo Diz:

    Emilly, sobre se o Scur psicografa…
    Bem, apesar de ele negar veementemente, desconfio que muitas coisas que ele escreve aqui, não partem de sua própria mente.
    Veja que os posts podem ser divididos em duas partes. A primeira parte é o Scur mesmo, polido, educado, paciente.
    A segunda parte ele desanda e dispara ( Exú caverinha).
    Vamos continuar a estudar-lo .
    ..
    Você é de que Estado?
    .
    Abraço

  53. Caio Diz:

    “Num blog só existe quem se identifica meu velho”
    >Desconheço essa regra sobre blogs. Mas você deve estar certo, sabedoria e inteligência são coisas que você tem para doar.

  54. Caio Diz:

    “Você, com sua linha de raciocínio muito semelhante aos demais ghost-writers que aqui aparecem de vez em quando, não deixa uma marca forte para ser identificados como indivíduos, é sempre uma conversa superficial, básica.”
    >Não faz muito tempo que comento nesse blog, mas, se você antes de dizer isso tivesse olhado meus comentários em outros posts, teria percebido que sempre adotei uma postura sensata, pedindo evidências àqueles que afirmam crer em alguma coisa extraordinária e apresentando as razões pelas quais eu acho que um determinado fenômeno (exemplo: Irma Josefa, hahaha…) seja muito pouco provável. Eu não debati nenhum tema de modo superficial. Mas você tem todo o direito de pensar o que quiser. Se meu discurso cético parece “padrão”, se ele é semelhante ao de outros céticos, fico feliz, porque isso sugere que estamos falando (acertadamente) a mesma língua. Não preciso postar um vídeo meu imitando o Elvis, ou fornecer meus dados para identificação pessoal. Isso é algo totalmente desnecessário. E, por fim, eu mesmo também posso alegar que o seu discurso é bem parecido com o deu outros crentes que vez ou outra caem por aqui. A única diferença é que você sempre xinga mais e deixa transparecer um descontrole muito grande, acima da média.

  55. Caio Diz:

    “Você não leu o que eu escrevi e está fazendo confusão. Eu não disse que quem não acredita no espiritismo seja um ignorante em “quase tudo”. Isto são palavras tuas e eu não tenho responsabilidade ou preciso responder sobre elas – este é um exemplo do teu propalado “bom senso”.
    >Palavras suas: “Meu conselho para ti, assim, curto e grosso, é: vai te criar, e vai estudar seu deitado! (…)Porque vou perder meu tempo contigo, que não sabe NADA x NADA elevado a ENÉSIMA potência e não tem culhão para tirar o traseiro da cadeira e ir pesquisar por ti mesmo antes de ficar perguntando para mim.”

  56. Caio Diz:

    “Não acreditar nestas outras coisas que tu falastes não é sinônimo de burrice não, é de ignorância, de ignorar, de não saber como se dão estas coisas, e não sabendo ter atitude de dar pareceres sem conhecimento algum de causa – qual o valor desta “opinião” tão retumbante?”
    >Verdade, Scur. Não crer em homeopatia, astrologia, mentes canalizadas de 35 mil anos e profecias de Nostradamus é uma ignorância tremenda. Mesmo esses temas não apresentando nenhum resquício de evidência plausível, mesmo esses temas fugindo completamente à lógica, vamos acreditar neles, pois, do contrário, somos ignorantes. Você venceu. Não acredito em Nostradamus. Sou ignorante.

  57. Caio Diz:

    Apenas gostaria de acrescentar que de forma alguma te chamei de homossexual. Inclusive, nem acho que isso seja um “xingamento”, trato com respeito homossexuais, negros, judeus, nordestinos, o que quer que seja. Não fui eu o preconceituoso por aqui. Realmente, vamos parar de discutir. Acho que é uma perda de tempo para ambas as partes. Passar bem.

  58. Vitor Diz:

    Gilberto,
    para o Espiritismo, há o livre arbítrio e a responsabilidade pelos atos praticados, implicando em necessidade de se “pagar” pelas faltas cometidas, o que por vezes inclui a reparação dos erros junto àqueles a quem se ofendeu. Isso é por vezes chamado de Lei Moral de Causa e Efeito para se referir a este aspecto da teoria-doutrina kardecista. Isso é postulado básico. E é um equívoco querer concluir que, já que há no universo causa e efeito, tal cadeia se aplicaria também às “faltas cometidas”. Uma falta cometida (uma “causa”) pode não levar a punição (a um “efeito”). Ian Stevenson inclusive afirma que não encontrou nos casos por ele estudados uma correlação entre o tipo de vida posterior e o tipo de vida anterior, ou seja, não encontrou “pagamento nesta vida de faltas cometidas na vida anterior”. E afirmar que “Há o Livre Arbítrio” é algo de uma temeridade intelectual abismal. Tudo indica que não há livre arbítrio. Há apenas determinismo, aleatoriedade, e aleatoriedade com tendências. Aliás, como pode um Deus que NÃO TEM livre arbítrio dar ao homem esse livre arbítrio que Ele próprio não possui?
    .
    É a derrocada do Espiritismo. Por isso tem TUDO a ver com o blog.

  59. Vitor Diz:

    Emilly,
    penso que houve experimentos com mãe e filho também, mas teria que procurar para confirmar.

  60. Emilly Diz:

    Paulo hahaha tem mta coisa q é caso de estudo mesmo…hahaha sou do Paraná, vc é de São Paulo ou Rio? nao lembro acho q falaram antes…
    Roberto Scur….eu sei que vc não fala diretamente comigo d jeito nenhum, só se refere a mim como um alter ego do Vitor, ou do Paulo, ou d sei lá quem mais, mas eu queria dizer pra vc que eu também fico mto triste quando descubro que algumas coisas que acredito não são reais, cada um tem o direito d acreditar no que quer, se vc acredita legal, eu infelizmente acho que pra mim não tem mta coisa que me convença a acreditar, talvez vc presenciou coisas que eu não presenciei, e vc tem sorte por isso, eu tenho que tentar crer mesmo sem provas entende, as vezes é difícil isso…

  61. Emilly Diz:

    Vitor já que vc ta aí, obrigada pela resposta, posso pedir uma coisa… vc me passaria teu email pra eu te enviar umas matérias pra vc ver?

  62. Vitor Diz:

    Emilly, meu email está no fim da página, coloca o mouse sobre meu nome que aparece.

  63. Roberto Scur Diz:

    Vitor,
    Este artigo é a derrocada, o golpe de misericórdia na esperança que eu tinha de que soubesse a mínima coisa do que tu esteja querendo estabelecer tratado, novos parâmetros, reforma.
    É a pá de cal.
    Aqui jáz, neste artigo de lógica acrobática, contorcionista da razão, a opinião de Vitor Moura no mundos dos “vivos”, ou dos “despertos do profundo sono em que dormem de livre e espontânea vontade (ó o livre-arbítrio aí gente!)”.

  64. Roberto Scur Diz:

    de que tu soubesse

  65. Eduardo José Biasetto Diz:

    Pessoal,
    Acabei de chegar do trabalho, no período da manhã, e pude perceber que o clima está quente aqui.
    .
    Nem sei mais o que falar, mas vou tentar colocar algumas ideias:
    .
    1º) Gilberto, sempre penso muito sobre as coisas que você diz, mas não acho que o tema está fora do contexto do blog, porque como o Vítor disse, tem tudo a ver com os ensinamentos religiosos, inclusive do meio espírita. Agora, se vamos chegar a alguma conclusão, isto é outra história.
    .
    2º) Eu, desde quando comecei a comentar aqui, me manifestei como realmente me chamo, Eduardo José Biasetto, sou professor, moro em Bragança Paulista e tenho 44 anos. Também, não sei se é necessário ou não, porque cada um vê a coisa de um jeito. De certa forma, fico me expondo aqui, o que, de fato, nem é muito legal. Por outro lado, não estou cometendo nenhum crime aqui, nem lançando calúnias contra ninguém, porque os comentários que faço, são baseados em fatos públicos e, já pela própria natureza dos temas, passíveis de discussão. Por outro lado, respeito quem não quer ficar se “expondo” e não vejo problema nisto. Às vezes, confesso, que também fico desconfiado se fulano é fulano mesmo, mas tento até entender. Eu já usei aqui, poucas vezes, mas já usei do artifício de me disfarçar. Fiz uso do “Flávio Josefo”, porque estava travando uma “batalha” com o JCFF e com alguns céticos, então, algumas vezes, apelei, fui até infantil. Pedi desculpas ao JCFF como Flávio Josefo e peço agora, como Eduardo José Biasetto. Caro José Carlos, me desculpe por todas as bobagens e desagrados com os quais me dirige à tua pessoa.
    O Scur, o Juliano e o Carlos Magno sabiam que eu usava do Flávio Josefo, e o Vítor, acredito que sempre soube também.
    3º) Cada um é cada um. Eu, por exemplo, me sentiria muito à vontade pra conhecer qualquer pessoa aqui do blog, incluindo os que pensam parecido comigo e os que pensam bem diferente. Mas, cada pessoa tem sua história, seu “livre-arbítrio”(rsrsrs…), então entendo que tem aqueles que não querem se envolver. Por exemplo, achei estranho, muito estranho o sumiço do Juliano. Depois que o Scur falou que ia “puxar a orelha dele”, ele virou pó! Mas, como disse, sei lá, ele deve ter os motivo dele. E a gente nunca sabe, vai que aconteceu alguma coisa com ele? Ou ele se cansou do blog, de tudo isto. É um direito dele. Juliano, um abraço!
    .
    O Scur, pra mim, é um cara muito legal, mas com uma enorme resistência pra aceitar possibilidades de que tenha se enganado em algumas de suas crenças. Falo isto, sem medo da reação dele, porque se ele quiser me xingar, que me xingue também, porque isto não vai abalar minha amizade com o gaúcho dos pampas. Mas, acho, só acho, que esta forma dele agir, mostra que ele se apegou demais à ideia da veracidade da mediunidade do Chico, então, pra ele, a dificuldade em aceitar evidências que questionam esta realidade, é muito grande. Escrevo isto, já esperando um monte de argumentos do gaúcho teimoso, mas, confesso, que até gosto.
    Um abraço a todos.

  66. mrh Diz:

    Uêbaahh, então todos os seres humanos são inocentes em tudo… os inquisidores, Hitler etc. estava tudo determinado… uêbaaahhh, pecata mundi, aqui vou eu!!! Sou forçado a isso, perdoem-me, vou entrar no PT (mas vc só podem perdoar se estiver determinado…). Q tolice.

  67. Vitor Diz:

    Oi, mrh
    a esse argumento, Baum responde que, mesmo os seres humanos sendo inocentes em tudo, “estabelecido o fato de que houve uma transgressão, então surgem problemas práticos relativos a como proteger a sociedade do transgressor e a como tornar improvável que essa pessoa se comporte da mesma forma no futuro. Colocar o criminoso na cadeia já se mostrou de duvidosa valia. Uma ciência do comportamento poderia ajudar tanto na prevenção como no tratamento mais eficiente da criminalidade.”

  68. mrh Diz:

    Mas ñ se preocupem. Saimos d 1 proposta teológica soft e entramos na proposta hard dos protestantes. Na verdade, quem começou esta história foi Sto. Agostinho. Mas seu determinismo ñ foi adotado pelos católicos, e acabou somente sendo bem visto pelos protestantes. Calvino, principalmente, adoraria este estudo. Será q há alguma relação entre o interesse por esta tese e a formação dos autores?

  69. mrh Diz:

    Ñ há 1 escolha d “como” proteger a sociedade do transgressor, caro Vitor, nesta filosofia. A escolha ñ pode ser feita pq já está determinada. Leve o tema às últimas consequências. O próprio autor ainda raciocina nos termos do livre-arbítrio quando argumenta assim. Ñ há + o “como”.

  70. mrh Diz:

    Se resolvermos derreter os criminosos e fazer biscoitos deles, como em 1984, então é porque nossos genes e determinismos quiseram assim. Se resolvermos reeducá-los, então é porque nossos genes e determinismos decidiram assim. Se nada for justo, e resolvermos soltá-los, bem, já disse…

  71. Vitor Diz:

    Oi, mrh
    sim, é exatamente isso. Puro determinismo (com alguma aleatoriedade aqui e ali). O que o autor está dizendo é que não é porque as pessoas foram determinadas a cometer transgressões que por isso vamos considerar que está tudo bem e não fazer nada a respeito. Somos determinados a tomar uma atitude até por uma questão de preservação da espécie, imagino.

  72. mrh Diz:

    O interessante nessa tese é que ela pretende explicar toda liberdade (ou aparente manifestação de liberdade) por seu pressuposto simples de determinismo: se os americanos e os chineses resolveram adotar a pena de morte em seus países, é porque estavam obrigados a tanto. Se os brasileiros resolveram não adotá-la, é porque estavam obrigados a tanto etc.

    Eu havia me esquecido, mas o determinismo é ainda anterior a Sto Agostinho. É a tese fundamental da astrologia, e assim, perde-se na pré-história. Segundo ela, as estrelas do nascimento de alguém determinam seu destino, inapelavelmente. Mudaram as causas, mas os efeitos foram mantidos.

  73. Vitor Diz:

    Oi, mrh
    só que, diferente da astrologia, você consegue identificar nos genes e no ambiente influências reais no comportamento. O Guilherme no ECAE disse que “polimorfismos no gene da vasopressina podem dobrar o risco de uma pessoa trair num relacionamento” e que “nosso conhecimento em genética ainda está engatinhando. Acredito que com o tempo essas associações ficarão mais fortes.”

  74. Carlos Diz:

    Vitor, Paulo,
    .
    Desculpem-me o silêncio. É que ontem a rede caiu e só agora foi restaurada.
    .
    Vitor, você disse: “Caso conhecêssemos toda a influência genética e ambiental na formiga, poderíamos prever com 100% de exatidão qual caminho ela vai tomar”. O fato é que NÃO podemos prever com 100% de exatidão!
    .
    Paulo: onde quero chegar é que nosso cérebro funciona utilizando redes de neurônios que são sistemas dinâmicos não-lineares. Não há como prever, dado uma influência externa qualquer, qual será exatamente essa resposta. Não existe isso de conhecer com 100% de exatidão se o sinal de uma sinapse vai tomar esse ou aquele caminho e, portanto, prever exatamente qual a “emoção” suscitada por um dado evento.
    .
    Problema senelhante foi proposto ao matemático Henri Poincaré no século 19. A pergunta era: conhecendo TODOS os parâmetros físicos que governam as leis do movimento dos planetas poderemos prever a evolução futura do sistema solar? A resposta é NÃO… Com isso voltamos ao clima (portanto ao meio-ambiente): não podemos prever o clima porque as leis que governam os fenômenos são não-lineares. Uma ínfima modificação nas condições iniciais amplifica e altera substancialmente o resultado futuro.
    .
    A mente humana, como o ser biológico de modo geral, foi moldada pelo mesmo sistema matemático que “governa” o clima ou o movimento dos planetas. Para ver isso, basta procurar na net imagens de sistemas fractais e verificar a semelhança extraordinária de alguns deles com o rede de neurônios do cérebro. Resumindo, podemos prever o comportamento, porém nunca ter 100% de certeza. Você pode chamar isso de livre-arbítrio (a imprevisibilidade de uma decisão) ou qualquer coisa que você queira chamar. O fato é que a todo momento somos confrontados a “ordens mentais” coerentes, incoerentes, previsíveis, inesperadas… O cerne da questão aqui é como se processa a tomada decisão?
    .
    O título do post do Vitor erra, na minha opinião, ao colocar o livre-arbítrio em foco. As consequências mais impactantes no modelo filosófico espírita não é no livre arbítrio, mas na lei de causa e efeito.

  75. mrh Diz:

    Karo Victor, lamento, mas nesse caso sou obrigado a admitir q, neste caso e somente neste, vc está errado.

    Trata-se ñ só d 1 falsa demonstração física como 1 erro metafísico e axiológico.

    O pragmatismo ñ será suficiente p/ vc resolver as discrepâncias d 1 tal filosofia, principalmente no q trata da demonstração lógica.

    Vc já ouviu falar das antinomias kantianas? Deveria, já q se interessa p/ metafísica. Curiosamente, Kardec, pouco antes d morrer, informou-se sobre o assunto, e parou d acreditar q em temas metafísicos é possível 1 demonstração física ou logicamente necessária.

    Assim, ele admitiu, se ñ me engano nas obras póstumas, q como Kant demonstrou, ñ é possível uma demonstração a posteriori e necessária d, p. ex., a existência d Deus.

    Um objeto desta natureza pode ser demonstrado quanto à sua existência e também quanto à sua inexistência, sem erro de encadeamento de razões e utilizando a natureza.

    O projeto do seu autor estava condenado de saída, e ele e seus apreciadores não sabiam.

    Mas resta 1 tema: é melhor ter como valor, digo, valor, o tema da liberdade ou o da servidão? No campo moral, penso q o tema revela os debatedores…

  76. Vitor Diz:

    Carlos,
    mesmo que não haja 100% de certeza, note que isso também não quer dizer livre-arbítrio. Como o autor bem disse, livre-arbítrio quer dizer imprevisibilidade, mas imprevisibiliade não quer dizer livre-arbítrio.

  77. Claudio Tollin Diz:

    Até o momento nunca ficou demonstrado, por hipótese ou teoria alguma, de que forma a causação ascendente pode nos explicar, explicar a nossa consciência.
    Os modelos ascendentes não explicam como surge o sujeito que observa os objetos. Também não se sabe como o sujeito, observador, causa o colapso na função de onda.
    Como é que num universo de possibilidades da teoria se obtem uma experiência real? Que poder é esse o do observador?
    É um poder que foi-se criando pela evolução? Se assim o foi, como podiam existir as experiências reais antes de existir a consciência?

    Fica evidente que o artigo postado sobre o “livre-arbítrio” é muito infantil e ingênuo e esta desprovido de qualquer prova científica.

    É querer afirmar que a nossa consciência é obra do acaso e do determinismo do caos.

    Os que insistem na tentativa de sustentar a causação ascendente mostram a total ignorância a respeito da sua própria capacidade de pensar e da sua inteligência.
    Não há como valorizar o comportamento como formador da consciência quando é claramente evidente que o que ocorre é justamente o oposto. Se assim não o fosse ficaria negada a evolução.
    Nunca foi demonstrado que um efeito inteligente tem sua causa no determinismo.
    O resto é conversinha de boteco onde, sob o efeito do álcool, se resolvem todas as questões existenciais. E como estas conversas ocorrem nas “happy hours”, servem apenas para distrair e eliminar as tensões. Nada de sério e cientificamente correto emerge.

  78. Claudio Tollin Diz:

    Outrossim, ia me esquecendo, é que já se tem experimentos que mostram que não são os genes que determinam as coisas.
    Este pensamento já está ultrapassado pelos experimentos da epigenética.
    É como querer continuar a explicar o mecanismo universal pelas leis de Newton.

  79. Claudio Tollin Diz:

    Muito provavelmente o próximo artigo do Vitor sobre o “Livre-arbítrio” parte II, será: Me desculpem, eu estava equivocado.

  80. Biasetto Diz:

    Eu achei que eu era uma pessoa razoavelmente inteligente, mas lendo estes últimos comentários aqui, estou me sentindo um zero à esquerda. Ou vocês estão falando algo muito elevado, ou vocês estão “viajando na maionese”.
    Papo doido sô!

  81. Gilberto Diz:

    Vitor, Baum “acabou” com o espiritismo? Viajou legal. Não sou especialista no tema de Baum, por isso não posso opinar sobre tudo, mas o cara mencionou que há a idéia de “salvação” dentro do Judaísmo. Isso eu sei que não há. Pergunte a qualquer judeu. É um conceito filosófico do primeiro século, e se acha em muitas coisas daquele período, inclusive no Novo Testamento. Como a nossa cultura é fruto do Novo Testamento, falamos disso até hoje. Não podemos esquecer que o Novo Testamento NÃO FAZ PARTE das Escrituras Sagradas (o “Verbo”) a que Cristo veio transformar em “Carne”. Todo ele é apócrifo, tecnicamente. O que houve mesmo naquele momento histórico e o que Cristo realmente disse está contaminado pela Filosofia e Estilismo Literário dos autores dos Evangelhos. Exemplo: “Jesus subiu aos céus e está sentado à direita de Deus”. Essa frase está associada a todas as pessoas famosas cuja biografia era escrita no século primeiro. Não é LITERAL, mas sim, LITERÁRIO. No próprio Cristianismo, nas oposições Calvinistas e Arministas (dentro do Protestantismo) não há consenso quanto ao Livre-Arbítrio. O Calvinismo é contra, mas admite excessões, e o Arminismo é a favor mas admite excessões. Taí, descobri que o Vítor é Protestante Histórico. Então não foi Baum que derrubou o espiritismo, mas sim o Protestantismo. E o Protestantismo Protestante Neo-Espírita, criado por Vitor Moura! Amém!

  82. Carlos Diz:

    Vitor,
    .
    Comentando: em se tratando do comportamento humano a imprevisibilidade é inerente ao que se entende como livre-arbítrio.

  83. Vitor Diz:

    Oi, Carlos
    .
    segundo Cashmore, professor de biologia da University of Pennsylvania, o único ‘coringa’ que permite qualquer espaço para manobras fora da genética e do meio ambiente é a incerteza inerente das propriedades físicas da matéria, e mesmo esse elemento estocástico está além do nosso controle consciente. (Entretanto, ele pode ajudar a explicar porque gêmeos idênticos que crescem em um mesmo ambiente são indivíduos singulares).
    .
    Assim, mesmo o comportamento humano sendo imprevisível, continuamos não tendo livre-arbítrio.

  84. Carlos Diz:

    Vitor, sua última frase para mim é non-sense; algo como “determinismo imprevisível”…
    .
    Não vejo problema no comentário do Cashmore. Destaco apenas a última parte: “a incerteza está além do nosso controle consciente”. De fato, não há como controlar algo cuja natureza é inerentemente imprevisível. Reafirmo o que disse antes, o cerne da questão está muito mais no entendimentos dos processos que controlam a tomada de decisão.

  85. Vitor Diz:

    Gilberto,
    .
    quanto à questão da salvação no judaísmo, achei a seguinte explicação:
    .
    “Em primeiro lugar é preciso entender que a “salvação” no Judaísmo não tem o mesmo sentido “salvífico” do Cristianismo. Não há promessas de um mundo vindouro, nem paraíso, nem inferno, nem purgatório, nem limbo. O ser humano é responsável por seus atos na terra. Diante do livre arbítrio, escolhe agir norteado pelos preceitos religiosos, éticos e morais, que adota ou rejeita, conforme a sua decisão. A “salvação” (entre aspas mesmo) é portanto individual e coletiva. Vamos por partes. É individual pois todo indivíduo tem a obrigação de contribuir para a construção de um mundo ético, bom, voltado para o bem. Na sua vida terrena, homens e mulheres estão comprometidos com a complementação da obra divina, aperfeiçoando-a, dando a sua parcela para o “Tikun Olam”, o mundo de congragaçamento. Entretanto, o ser humano não cumpre a sua obrigação visando o mundo vindouro, o “Olam Abá”. Ele age por convicção, sem almejar recompensa futura. Age por saber que é o melhor a fazer e tem a liberdade de escolher o caminho a seguir. Se optar por ações malévolas, também não existe condenação visto que não existe inferno no judaísmo. Não se fazem confissões nem atos de contrição para aplacar os pecados cometidos. A condenação vem da própria consciência de ter agido mal. E vem da lei dos homens que elaboraram instrumentos para coibir e punir delitos e crimes. Por outro lado, a “salvação” é coletiva na medida em que, com a ressurreição dos mortos preconizada com a vinda do Messias, todos os seres vivos ou mortos estarão reunidos na Terra de Israel. Segundo o Zohar os Justos ressuscitariam logo e os demais quarenta anos após a chegada de Mashiach. A lição do Judaísmo é que a salvação não é exclusiva dos judeus mas se estende a todos os homens de bem, qualquer seja seu credo, que pautaram sua vida em padrões éticos e de justiça. Mesmo aqueles que não agiram tão bem mas são capazes de arrependimento merecem sobreviver por todos os tempos, quando o Messias chegar. Outro ensinamento fundamental do Judaísmo é que não devemos esperar sentados pela chegada do Messias mas aproveitar cada momento de nossa vida terrena para fazer o bem à nossa volta, distribuir justiça social e por em prática o espírito de solidariedade. Essa é a verdadeira salvação!”

  86. Roberto Scur Diz:

    Meu Deus, como é possível uma pessoa que se diz inteligente, de bom senso, criar tanta birutice assim.
    .
    Biasetto, não te preocupa não, este discurso das pessoas que estão postanto realmente é de natureza estranha aos nossos conhecimentos – estamos aquém disso, mas está muito interessante observar o diálogo. Até o cético mais ferrenho deve ter discernimento para recusar esta aberração postada agora neste blog sobre o lívre-arbítrio.
    .
    Segundo a cachimira e a calça de veludo, a lã pinica e a etiqueta irrita, o linho amassa e o algodão passa. Segundo o professor Cashmore o Vitor deu com a cara num muro e copiou este artigo aqui com a insana pretensão de ter dado um golpe de misericórdia em alguma coisa – acho que foi na crença em sua própria sanidade.

  87. Vitor Diz:

    Carlos,
    .
    não podemos determinar simultaneamente a posição e a velocidade de um elétron. Não podemos saber onde o elétron está nem para onde vai. Temos apenas uma nuvem de probabilidade de sua localização. Isso não quer dizer que o elétron tem livre-arbítrio. Nós somos formados por átomos, que são formados por elétrons também. Assim, a imprevisibilidade em nosso comportamento pode não ser sinônimo de livre-arbítrio.

  88. Biasetto Diz:

    Scur,
    Acho que sou eu que vou vazar!
    Estou completamente fora desta conversa. No começo, achei que tinha argumentos, mas agora, a coisa virou acadêmica, phd!
    .
    A única coisa que eu queria dizer, é que as nossas escolhas dependem de muitos fatores, acontecimentos, então eu acho muito simplista falar que o sujeito escolhe, assim facinho, se ele vai ser “bom” ou “ruim”.
    .
    Mas a turma aqui foi muito além, partiu pra um papo estranho e ALUCINÓGENO! Vocês estão tomando chá de lírio?

  89. Gilberto Diz:

    Maionese com cogumelo…

  90. Gilberto Diz:

    E vontade de ser intelectual de Vídeo Show, teólogo de missota, metafísico de botequim e filósofo de biscoito da sorte chinês…

  91. Paulo Diz:

    Biasetto, me diverti aqui sabendo que tu era o Flávio Josefo!

    Emilly, eu sou de Porto Alegre. Que pena que tu não está perto, para poder ir na palestra do Scur. Se ele deixar, gravamos para o youtube. Vou falar lá na UFRGS nessa sexta e segunda já terei a resposta.

    Carlos, esse assunto é muito interessante. Vou dar uma olhada amanhã na crítica da razão pura de kant para ter uma melhor base e vou baixar esse livro inteiro.
    Sinceramente, estou muito afim de entender isso afundo.
    Abraço

  92. Biasetto Diz:

    Decisões e escolhas mudam muita coisa na vida da gente, mas nunca dá pra saber, exatamente, se acertamos ou não?
    Talvez, nem exista isto.
    .
    Quando eu era adolescente, estudava em escola pública e me interessei em entrar para as forças armadas. Então, comecei a estudar sozinho, e prestei duas vezes, concurso na EsPCEX, em Campinas. Em razão da forte concorrência e tudo mais, não consegui aprovação.
    Em 1986, eu passei no concurso do Banespa e da Caixa Econômica Estadual. Só que aí, saiu o plano cruzado e foram suspensas contratações de novos funcionários.
    Então, eu pensei, no que poderia fazer. Aí, resolvi prestar concurso, novamente, na área militar. Fui aprovado no concurso da Escola de Especialistas de Aeronáutica, que fica em Guaratinguetá, ali perto de Aparecida do Norte.
    Passei em todas as etapas do concurso, e fui pra a EEAER.
    Só que, naquela circunstância, eu já não tinha mais aquela motivação pra área militar, como nos anos anteriores. Além disso, tinha uma pessoa muito próxima a mim, com problemas de saúde, e eu estava bastante abalado.
    Resumindo, fiquei pouco tempo lá na Aeronáutica e pedi meu desligamento.
    Tempos depois, fui chamado tanto no Banespa como na Caixa.
    Escolhi o Banespa, porque era “o banco forte do Estado de São Paulo”. Um dia este banco forte sofreu intervenção federal e entrou num processo de privatização. Peguei o meu boné e fui dar aulas, como funcionário estadual. Sempre me senti seguro em ser funcionário público, porque quem não é rico e já viu muito desemprego, se apega a esta ideia de estabilidade no emprego, que já nem sei se é algo que se deve fazer, porque o funcionalismo público também deixa muito a desejar em termos de crescimento profissional. Mas isto é outra história.
    O que eu quero dizer é:
    .
    1º) Se eu tivesse ficado na Aeronáutica, como será que seria minha vida hoje? (isto foi em 1987) – Eu seria oficial da Aeronáutica, com certeza ganharia mais do que ganho. Com certeza, minhas crenças poderiam ser bem diferentes das que tenho (talvez não!) – por infulência até da disciplina militar. Com certeza eu estaria melhor fisicamente. Muito provavelmente não participaria deste blog. Agora, será que eu estaria casado com a mulher que amo? Com quem tenho dois filhos, que amo muito também?
    .
    2º) Se eu tivesse escolhido a Caixa Econômica, provavelmente seria bancário até hoje. Mas como eu iria saber que o Banespa seria privatizado?
    .
    Enfim, o que eu estou falando, é que a gente nunca sabe direito das coisas que vão acontecer em nossa vida e, num determinado momento, naquele momento “X”, a gente toma decisões, acreditando estar fazendo o melhor! Como saber se foi a decisão certa ou não? Que caminhos teriam surgido, se a decisão fosse outra? Será que eu seria mais feliz?
    Errei, acertei! Quem saberá me dizer?
    Mas, não me arrependo.

  93. Carlos Diz:

    Biasetto, Paulo,
    .
    O assunto nem é tão complicado assim. O desenvolvimento de sistemas dinâmicos não-lineares e suas consequências filosóficas tem início no século 19 com um cara que foi contemporâneo de Allan Kardec. Henri Poincaré foi um matemático brilhante, que curiosamente não estava nem aí para a filosofia. Ele recebeu uma soma em dinheiro para resolver a seguinte problema: o sistema solar é mecanicamente estável, portanto previsível, ou seja poderemos conhecer a posição da Terra com respeito ao Sol, ou Marte, ou Jupiter, etc, amanhã, daqui a 1 ano, daqui a 1 século, a 1000 anos…
    .
    Bem, não podemos… se o sistema é razoavelmente previsível a curto prazo, a médio e longo prazo ele é imprevisível. O trabalho de Poincaré ficou praticamente esquecido durante aproximadamente um século; suas equações foram retomadas no final do século passado quando apareceram as figuras fractais (apenas possíveis com um computador). Nesse mesma época, um matemático e metereologista americano, Edward Lorenz, mostrou matematicamente que a evolução do clima também não pode ser conhecida. Daí surgiu uma frase famosa “o bater das asas de uma borboleta na Japão pode provocar um tufão nos EUA” indicando que ínfimas variações nas condições iniciais podem promover variações dramáticas no estado subsequente.
    .
    Outro nome que conhecemos para esses conceitos é o de caos determinístico. Ele tem profundas implicações no conceito de causa e efeito que, na época de Poincaré, era um conceito caro ao positivismo. Simon de Laplace (outro matemático conceituado), por exemplo, afirmou naquela época que se nos fosse dado conhecer todas as variáveis de um sistema, realmente todas, poderíamos prever a evolução desse sistema no futuro próximo ou distante. Não, demostrou matematicamente Poincaré. Notem que saímos de uma proposição tipicamente filosófica (conhecer a evolução de um sistema para sempre = determinismo) para uma demonstração matemática (ciência) de que isso é impossível. O assunto é vasto, porém muito interessante. A wikipédia fornece um bom resumo desse assunto.

  94. Biasetto Diz:

    Paulo,
    Eu tive vários momentos distintos, aqui no blog.
    No começo eu era espírita-xavieriano, convicto!
    Depois, tive uma queda pelo ceticismo.
    Depois, voltei com tudo à situação de espírita-xavieriano.
    Por fim, situação atual, me tornei crítico e seletivo. Acho que é a minha melhor escolha.
    Então, em certo momento, eu achei que seria interessante, útil, eu usar algum “apelido”, até porque eu queria fazer uns comentários mais “apimentados”. Aí, como professor de história, me veio o nome do historiador romano Flávio Josefo.
    Foi tudo bobagem, mas, como disse acima, naquele momento, achei que era a escolha certa.
    .
    Carlos,
    Legal tuas informações. Eu só acho muito complicado, a gente querer transformar sentimentos humanos e/ou espirituais em cálculos matemáticos, probabilidades das ciências exatas.
    Acho muito complicado isto!

  95. Gilberto Diz:

    Biasetto mente. EU é que era Flávio Josefo. E Carlos Magno. E Emily.

  96. Emmanuel de Atlântida Diz:

    Vitor, a respeito do seu comentário ao Carlos:

    “Não podemos saber onde o elétron está nem para onde vai. Temos apenas uma nuvem de probabilidade de sua localização. Isso não quer dizer que o elétron tem livre-arbítrio. Nós somos formados por átomos, que são formados por elétrons. Assim, a imprevisibilidade em nosso comportamento não é sinônimo de livre-arbítrio.”

    Não sou filósofo nem psicólogo, mas segue meu pitaco:

    Se não houver espírito, independente da matéria e responsável pela consciência, então seu raciocínio estaria correto: não haveria livre arbítrio na máquina-homem assim como um computador, por mais sofisticado que seja, também não tem (ainda que possa simular comportamento imprevisível usando números aleatórios/pseudoaleatórios).

    Mas acredito que há evidências razoáveis da existência de espíritos, com as propriedades citadas no parágrafo anterior, e então neles estaria a sede do livre-arbítrio.

    (Não é uma hipótese comprovada pela Ciência atual, mas não acredito que seja incompatível com ela. Pelo menos é mais plausível do que o relato de existência de Atlântida em “A Caminho da Luz”!)

  97. Vitor Diz:

    Oi, Emmanuel de Atlântida

    o problema é que a própria ideia de livre-arbítrio é meio maluca. Veja uma análise disso em http://www.criticandokardec.com.br/kardec2.htm

    Página 97 do LE:
    Por que é que alguns Espíritos seguiram o caminho do bem e outros o do mal?

    “Não têm eles o livre-arbítrio? Deus não os criou maus; criou-os simples e ignorantes, isto é, tendo tanta aptidão para o bem quanta para o mal. Os que são maus, assim se tornaram por vontade própria.”

    Esse é um dos pontos mais estranhos e mal avaliados da doutrina kardecista. Deus deve mesmo ficar bem confuso com sua obra… Ele cria os espíritos exatamente iguais, submete eles exatamente às mesmas condições, e cada um faz uma coisa diferente! Parece até haver algum grave erro no “Departamento de Controle de Qualidade” (imaginem quem deve ser o diretor desse departamento…). O problema com o livre arbítrio é que nós sabemos que duas pessoas extremamente parecidas em duas situações extremamente parecidas tomarão decisões relativamente parecidas, mesmo dispondo de livre arbítrio. Como podem duas pessoas absolutamente idênticas tomarem diante de duas situações absolutamente idênticas atitudes diferentes? Isso equivale a dizer que a mesma pessoa, se ela viver exatamente a mesma situação (se Deus fizer ela voltar no tempo ou se Deus pôr o Universo para funcionar desde o início de novo), tomará atitudes diferentes. Isso torna nossas ações fruto da aleatoriedade máxima. Nosso único mérito é o acaso…

  98. Marcos Arduin Diz:

    Não tive paciência de ler o texto, nem as respostas aqui colocadas, por isso vou me ater a essa última aí do Vitor.
    .
    Por que há tanta filosofia em cima desse tal “livre-arbítrio”? Será ele uma coisa tão difícil de se entender? No Espiritismo é simples: é um direito de escolha, que resulta na obrigação de colher as consequências. Quem falou que seria capacidade de fazer “a melhor escolha”? Como pode ser isso? Trata-se apenas de se fazerem escolhas, que não necessariamente podem ser as melhores. Inclusive esse melhor ou pior será avaliado pelas consequências dessas escolhas. Isso é que é o livre-arbítrio dentro do conceito espírita.
    .
    Quanto ao simples e ignorante, bem é isso mesmo: simples e ignorante. É pela experimentação com a matéria que o princípio inteligente um dia chegará à condição de espírito, quando aí será capaz de fazer escolhas (boas ou ruins). E Deus não tem nada a ver com isso: agora que Adão mordeu a maçã, cabe a ele escrever o seu destino. Isso é o que há de verdade na lenda do Éden.

  99. Gabriel Nunes Diz:

    Boa tarde a todos. Apenas complementando (e me metendo) no debate:

    A meu ver, o problema do texto em si, é o maniqueísmo. O texto (com todo o respeito, é apenas uma observação “retórica”) utiliza diversas “falácias”, ou segue premissas auto-impostas. Ele acusa o livre-arbítrio de não possuir lógica, porém os argumentos possuem tão poucos ou menos.

    Argumenta-se que o livre-arbítrio é caracterizado pela imprevisibilidade, mas que o inverso não ocorre. Como disse antes, uma “falácia” que busca indicar que, não importam em nada os fatores externos ou genéticos, por conta do livre-arbítrio, todos sempre agirão de forma oposta ao esperado.

    Pegando um argumento do último comentário do Vitor, ele aponta um problema de lógica no “fato” de que Deus teria criado os espíritos exatamente iguais, os expõe à situações idênticas e mesmo assim eles tomam caminhos diferentes. O que é curioso, é que, dada a situação proposta, de duas pessoas com perfil praticamente “idêntico”, em situações idênticas, cada uma tomar um caminho diferente, argumentaria-se que algum mínimo detalhe externo ou genético, por mais insignificante que seja, teria causado a diferença de comportamento, muitas vezes radicalmente diferente. Dado que o livre-arbítrio explica tal acontecimento com muito mais lógica, independente de qual dos dois é verdadeiro.

    O que nos leva a um ponto crucial na discussão: ambos os lados são HIPOTÉTICOS. Não é possível provar que o livre-arbítrio existe? Fato, não é. Mas da mesma forma, não é possível provar que o Determinismo “existe” da forma que é apresentada. É claro que fatores externos e genéticos influenciam comportamentos das pessoas o tempo todo, isso não é discutível, é um fato. Porém, existe SIM algum fator extra nessa história, que torna possível pessoas agirem de forma totalmente inversa ao esperado, dado suas origens. E eu considero acreditar que, seguindo o exemplo dado acima, apenas fatores mínimos fariam uma diferença tão grande, contra a influência massiça das genética e do ambiente, é bastante ingênuo. Mais até do que acreditar no livre-arbítrio.

    Um outro fator que o texto deixa um pouco nebuloso para os mais desatentos, é a qual tipo de livre-arbitrio se refere. Tudo indica que ele fala do livre-arbitrio religioso, de que “Deus fez as pessoas com livre-arbitrio, etc, etc…”, mas não necessariamente o livre-arbítrio precisa ser religioso. Existe uma tendência a associá-lo automaticamente ao espírito, e vidas passadas, etc… O fato de existir alguma coisa INTERNA que influencia suas decisões, apesar dos fatores externos e genéticos significa apenas que existe alguma coisa a mais para ser estudada e descoberta. Chamar de não-natural, novamente, é uma premissa errada e quase arrogante (detalhe importante para a forma dessa frase: “APESAR dos fatores” e não “INDEPENDENTE dos fatores”. Existe uma diferença enorme entre os dois, pois que o segundo dá a entender que o livre-arbítrio ignora completamente todo o resto) .

    Bom, já me alonguei demais. Acredito que ninguém nem tenha a paciência de ler tudo. Se houver interesse em contra-argumentar (ou “a favor-argumentar hehe), fiquem à vontade, pois estamos aqui pra isso mesmo, debate e exposição de novas idéias.

    Abraços a todos

  100. Jones Diz:

    Olá…cai de paraquedas nesse velho post e não pretendo resolver o problema de vocês, mas vai que alguém lê.
    Bom, alguns falaram que é muito fácil contra-argumento e que ele usa falácias, mas para uma coisa vcs não tiveram atenção. O nome do livro é “compreender o behaviorismo” e para que vc alcance esse objetivo vc precisa ler todo o livro.
    O behaviorismo não é determinista ele trabalha com probabilidade. Não vou me extender pois a teoria é muito vasta. Seria com explicar toda a psicanálise (a de verdade e não a que o povão conhece) em um comentário de post.
    Então, antes de julgarem precipitadamente, procurem saber o que é behaviorismo e como ele chega a essa conclusões. Vcs verão que a noção de livre-arbítrio é totalmente descartável para a compreensão do comportamento humano. Como se dizer “ele fez isso porque quis” tivesse alguma utilidade prática. É como dizer “ele pode fazer qualquer coisa a qualquer momento…e vcs bem sabem que nem fazer o que “quer” quando “quer” simplesmente por “querer”.
    Estou me formando em Psicologia e conheço bem a teoria para estar falando isso. Se vcs conhecerem a fundo, chegarão a mesma conclusão.

  101. Fernando Diz:

    “Somos senhores na resolução e escravos nas conseqüências.”

    Emmanuel
    Livro: Nós – Psicografia: Francisco Cândido Xavier
    Capítulo: Culpa, Caridade e Livre Arbítrio

    Resumo, segundo a doutrina espírita, dos conceitos de “livre-arbítrio” e “causa-conseqüencia”, duas fortes pilastras da doutrina.

  102. Lucia Diz:

    Victor
    Não li todos os comentários e pode até ter sido abordada a seguinte questão: Por que temos a necessidade de ter que demonstrar analiticamente por evidências científicas tudo que se relaciona a fé, ou melhor, a filosofia e crença de cada grupo? A análise científica é limitante, já o dizia Einstein que, aliás, também se dizia ateu. Evidências científicas são compatíveis para a ciência, mas não necessárias as crenças (será que dá para usar esse termo?). Há muito mais coisas e fenômenos que a ciência não explica e nem vai explicar! Certamente o livre- arbítrio é uma dessas questões!!! Paz!!

  103. Fernando Diz:

    Excelente artigo. Um número cada vez maior de filósofos e estudiosos da mente e do comportamento está abandonando o libertismo (assim se chama a posição filosófica que defende a existência de uma vontade livre e soberana no ser humano). Para quem quiser se aprofundar mais, sugiro o seguinte artigo:http://criticanarede.com/rblatchfordailusaodolivrearbitrio.html

  104. Fernando Diz:

    É fácil entender porque há algo muito errado nesta teoria do livre arbítrio. Suponha que eu esteja aqui escrevendo este post e, de repente, eu me levante, vá até a cozinha e prepare um café. Como um defensor do livre-arbítrio descreveria esta cena? Provavelmente ele diria algo mais ou menos assim: “Fernando, no uso de sua vontade livre e desimpedida, decidiu parar a tarefa que estava fazendo para tomar um café. Ele poderia ter agido de forma diferente, mas escolheu fazer uma pausa e deixar o trabalho pra depois, e é responsável por todas as consequencias advindas do curso que deu a sua ação”. Pois bem, do meu ponto de vista ( e do ponto de vista de qualquer determinista), as coisas se passam de uma forma bem diferente. Eu diria: “estava escrevendo meu post, quando comecei a sentir desejo de tomar café. Mas ao mesmo tempo, tinha também o desejo de continuar a escrever. Enquanto o desejo de escrever foi mais forte, permaneci trabalhando. Mas o desejo de tomar café foi aumentando, até que superou em força o desejo de escrever, quando então ele chegou num ponto tal que não consegui resistir e fui à cozinha preparar a bebida”. Vejam a diferença na explicação. É a força relativa dos nossos desejos, e não uma vontade livre e soberana que nos impulsiona à ação. A vontade é escrava, e não senhora. A vontade tem o papel de satisfazer os nossos desejos. Uma pessoa é boa não porque escolheu ser boa, mas porque sua índole é boa, seu caráter é bom, e a sua força de vontade só tem o papel de transformar este bem potencial em atos de bondade. Se fossemos realmente livres, teríamos que ter o poder de escolher quais desejos teríamos. Mas o alcoólatra não pode decidir deixar de ter o desejo de beber. Somos determinados pela nossa herança genética e pelo meio onde crescemos, pela educação que recebemos, principalmente na infancia, quando se formam a maior parte das nossas conexões neuronais.

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