EVIDÊNCIAS DA INFLUÊNCIA DE “A VIDA ALÉM DO VÉU” (G. VALE OWEN) NA ELABORAÇÃO DA OBRA “LIBERTAÇÃO” (CHICO XAVIER/ANDRÉ LUIZ) e “A CAMINHO DA LUZ” (CHICO XAVIER/EMMANUEL)
Neste artigo Eduardo José Biasetto encontra trechos muito semelhantes não em uma, mas em duas obras de Chico Xavier, extraídas da mesma fonte: o livro de Owen chamado “A Vida Além do Véu”.
Quem diria que eu faria discípulos… 😀
Esclarecimentos: Frente às inúmeras evidências de plágios apresentadas neste blog, no que se refere às atividades de supostos médiuns brasileiros, incluindo Chico Xavier, e uma vez que estas evidências abalaram profundamente minha crença no espiritismo e, em especial, na mediunidade do Chico, decidi pesquisar por conta própria, me despojando de qualquer crença ou desejo com relação ao desfecho, com o objetivo de pôr fim às minhas inquietações.
Desta forma, fiz a leitura da obra “A VIDA ALÉM DO VÉU”, supostamente psicografada pelo reverendo inglês George Vale Owen. Minha surpresa ao ler a referida obra, foi a identificação de inúmeras semelhanças com o livro “NOSSO LAR”, suposta psicografia de Chico Xavier, recebendo mensagens do suposto espírito André Luiz. Mais ainda, identifiquei em “A VIDA ALÉM DO VÉU”, diversas idéias e “histórias” que, lembrando de minhas “leituras antigas”, já havia conhecido em outros livros de Chico Xavier/Espíritos (?).
Dentro de minhas limitadas análises, em razão de pouco tempo de estudos e outras dificuldades, como a própria seleção de material adequado, confesso que encontrei razoável dificuldades para constatar, evidenciar as devidas “semelhanças”, “plágios” ou adaptações. Porém, pude constatá-las!
Na matéria anterior, publicada neste blog, de minha autoria, NOVAS EVIDÊNCIAS SOBRE AS CORRELAÇÕES ENTRE “A VIDA ALÉM DO VÉU” DE OWEN E “NOSSO DE LAR” DE CHICO XAVIER, mencionei que concluia que o Chico tinha se inspirado na obra de Owen, para escrever Nosso Lar – e, além disso, havia também feito uso desta obra para escrever outros livros.
Neste contexto, fiz uma breve, mas acredito suficiente análise de algumas passagens do livro “LIBERTAÇÃO” (Chico Xavier/André Luiz), onde, na minha concepção, pude comprovar o que havia dito.
Esta análise está exposta em “Quatro Quadros”, sendo que considero os “Quadros III e IV”, as evidências indiscutíveis de que houve influência do livro de Owen, na elaboração de “Libertação”.
Para aqueles que considerarem as evidências apresentadas, pouco significativas, quero registrar que, em razão do pouco tempo disponível, como já mencionei, dispensei a busca quantitativa, mas foquei na fundamentação qualitativa. Se eu quisesse prolongar minhas pesquisas, certamente, encontraria mais referências, mas pra mim, bastou o que já encontrei.
Minhas indagações e conclusões:
1º) Como explicar que dois livros de Chico Xavier/André Luiz (Nosso Lar e Libertação) apresentem diversas semelhanças, inclusive detalhes e informações tão evidentes à obra A Vida Além do Véu, de Owen?
– Para alguns, isto se explicaria, porque os livros tratam de assuntos semelhantes. Eu até admito que isto tem fundamentos, mas o problema é que há “detalhes”, “clímax”, “informações” nas histórias que são demais parecidos!
– Para alguns, o reconhecimento de que houve consulta à obra de G. Vale Owen, não invalidaria a mediunidade do Chico, porque esta consulta poderia ter sido feita pelos espíritos (André Luiz e/ou Emmanuel). Mas, esta possibilidade, me remete à 2ª indagação:
2º) Se André Luiz e Emmanuel faziam uso da mediunidade de Chico Xavier, para contar histórias relacionadas às encarnações deles próprios, por que eles precisariam consultar obras?
– Admitindo que o espírito não sabe tudo, o que é aceitável, então seria razoável a consulta de obras terrenas, mas de cunho científico. Não obras “espíritas”, para tirar informações sobre cidades/colônias espirituais, porque para isto, bastaria a experiência deles próprios.
– E, no caso de consultas a obras terrenas, de cunho científico, como já discutimos muito aqui no blog, e outros que participam destes debates há mais tempo que eu, também já falaram, AS FONTES DEVERIAM SER MENCIONADAS.
3º) Mas o Chico consultando somente A Vida Além Do Véu, escreveria tantos livros – os livros da “série André Luiz”?
– É óbvio, que não é exagero, elogiar a brilhante capacidade criativa do Chico Xavier, pois ele ampliou em muito as informações que colheu em A Vida Além Do Véu – de uma pequena passagem, ele fez surgir um capítulo; de um capítulo ele fez surgir vários livros. Ele ampliou as informações, encheu de “novidades”, incluiu personagens, fatos, modificou algumas coisas. Por exemplo: no livro do Owen, o espírito Arnel e companheiros sofrem algumas dificuldades para enfrentar os espíritos perdidos nas Trevas, mas nada tão difícil, porque como espíritos evoluídos, eles têm uma força de luz e um poder, que intimida os espíritos perturbados. Em Libertação, e também na obra “Ação e Reação”, o “André Luiz” narra que os espíritos das Trevas, dos umbrais, têm armas elétricas, são “poderosos”, coisas assim. Se o livro do Owen, para alguns, já era uma ficção (???) – os livros do Chico foram muito mais além!!!
– Para alguns, toda esta “inspiração” do Chico – eu já pensei assim – , seria uma prova de que ele era mesmo médium e, neste caso, mesmo que, de uma forma diferente, ele teria, de fato, recebido ajuda espiritual? Neste caso, no mínimo, estaria claro, pelo menos pra mim, que:
A-) Precisaríamos repensar toda a idéia, o conceito que se tem sobre a mediunidade;
B-) Precisaríamos repensar toda a idéia, o conceito que se tem sobre Emmanuel e André Luiz.
Então, fazendo uso da figura de linguagem, “vi com meus próprios olhos”! Na minha concepção só há dois caminhos:
I – Chico Xavier nunca foi médium e estudou, copiou, adaptou, plagiou, parafraseou, se inspirou em diversas obras, para escrever seus mais de 400 livros, os quais ele atribuiu aos espíritos desencarnados; ou
II – Chico Xavier foi médium, recebeu ajuda de espíritos, mas de uma forma totalmente diferente daquilo que o próprio espiritismo diz e o próprio Chico afirmava. E, neste caso, Emmanuel e André Luiz não existem do jeito que foram apresentados nos livros e pelo próprio Chico.
Quero deixar bem claro, que não faço qualquer julgamento no sentido de desmerecer a pessoa Chico Xavier. Muito pelo contrário, acredito na sua bondade, reconheço sua obra beneficente, de grande valia e tudo mais! Agora, quanto às psicografias…
Eu havia criticado a opinião do José Carlos Ferreira Fernandes, sobre a pessoa do Chico Xavier, em matéria deste blog. Porém, depois de tudo que verifiquei e conclui, acho que ele tem razão sobre muitos pontos.
Penso que o Chico descobriu no espiritismo, uma chance de “ser alguém”. Ele agarrou com todas as suas forças a doutrina, mas havia um problema: Chico já tinha sido muito influenciado pelo pensamento católico. E esta influência o perseguiu por toda a vida.
Ao mesmo tempo, em que identificava a proposta progressista da doutrina espírita, defensora do evolucionismo darwinista e idealizada sob o desejo do pensamento científico, Chico tinha dificuldades para lidar com algumas dogmas católicos.
Ele foi um dissidente do catolicismo, certamente, a partir do momento que aceitou a causa reencarnacionista, mas ele manteve-se fiel à ideia de um Jesus Cristo salvador. Temas como castidade, pecado, céu e inferno nunca deixaram de povoar o seu pensamento.
Foi assim que ele não viu problema algum em castigar André Luiz, com oito anos de umbral. Afinal, o personagem por ele criado, o médico carioca, havia sido boêmio, infiel e arrogante.
Com toda sua Inteligência, Chico não foi capaz de contextualizar André Luiz numa época, a 1ª metade do século XX, onde o machismo era muito forte no Brasil, e um médico bem sucedido, morando na cidade do Rio de Janeiro, certamente viveria aventuras e prazeres. Puniu-o por toda a existência no plano espiritual – em vários momentos, André Luiz se mostra arrependido, lembra do passado terreno, o passado mundano, e chora, se auto-punindo. Expõe-se, assim, mais uma forte característica do “moralismo cristão” (o arrependimento e a dor pelos atos praticados), característica esta, que se frutificou no pensamento católico medieval, e ainda se manifesta em países como o Brasil.
Desta forma, Chico ajudou a difundir um “espiritismo cristão-católico”. Se, por um lado, ele fez propaganda da doutrina, por outro, ele distanciou o espiritismo da ciência a que se propunha, aproximando-o, definitivamente, de uma religião, apenas isso! O pior, é que Chico fez escola. A maioria, a esmagadora maioria daqueles que se apresentaram e se apresentam como médium, passou a seguir o “espiritismo cristão-católico de Xavier”. Isto explica, porque eles, em suas “psicografias”, trazem mensagens recheadas de moralismo e justificativas punitivas: “fulana” morreu de câncer, porque fez abortos (se não foi nessa, foi em outra encarnação), sicrano morreu de morte violenta e foi para o umbral, porque foi promíscuo, egoísta e maldoso… ou estava resgatando uma dívida de outra vida!
Isto explica, também, porque o “espiritismo brasileiro”, fazendo referência às colocações do Gilberto, tem resposta pra tudo! É incrível, como este espiritismo verde e amarelo, gosta de se meter em acontecimentos, qualquer que seja o lugar: atentados de 11 de setembro, terremoto no Haiti, tsunami no Japão. Não faltam “médiuns” e “informantes do além”, para explicar estes desastres, estas tragédias. O que me causa surpresa, fazendo uso das colocações do Juliano, é que estes “informantes do além”, que tudo sabem, rapidamente, não são capazes de informar a algum médium no Rio de Janeiro, que tem um debilóide planejando matar jovens estudantes. Pra isto, que seria algo, realmente útil, eles não estão preparados!
É curioso, porque o livro de Owen – A Vida Além Do Véu –, apresenta a existência de bons e maus espíritos, indica a realidade de “céu” e “inferno”, mas não fica procurando motivos que justifiquem esta situação, apenas menciona o fato. Chico, se identificou com os fundamentos desta obra, mas quis justificar a situação dos desencarnados – os que vivem em paz, e aqueles que sofrem – e a justificativa veio com todas as suas forças, influenciada pelo catolicismo, do qual ele nunca se livrou.
Quando se pesquisa a mediunidade de Leonora Piper, por exemplo, não se verifica esta preocupação de “tudo querer explicar”. O mesmo acontece em relação a outros médiuns internacionais famosos. Não sou muito bem informado nesta área, acredito que o Vítor tem conhecimento para concordar ou não com esta opinião, mas o que fica pra mim é a “mania de grandeza” dos ”médiuns” brasileiros, que têm resposta pra tudo! Na verdade, não respondem nada e não contribuem para dar credibilidade à doutrina, muito pelo contrário, fazem dela, motivo de chacota.
Estas são minha conclusões!
Saudações…
QUADRO I
“A VIDA ALÉM DO VÉU”
Página 246 – “Daquela colônia fomos adiante às regiões das trevas. (…)” /” Assim chegamos a uma grande cidade, e entramos por um portal enorme onde guardas marchavam de lá para cá.”
Página 248 – E em seus ouvidos, tão afinados à delicadeza vulgar, minhas irmãs, eu cochicharia uma palavra de conselho também. Crianças não vêm até aqui nestes grandes reinos, dos quais vocês me deram a honra de eleger-me Governador.
“LIBERTAÇÃO” – CAPITULO IV –
Página 49 – Numa cidade estranha
Página 49 – Após a travessia de várias regiões, “em descida”, com escalas por diversos postos e instituições socorristas, penetramos vasto domínio de sombras
Página 52 – Na atualidade, este grande empório de padecimentos regenerativos permanece dirigido por um sátrapa de inqualificável impiedade, que aliciou para si próprio o pomposo título de Grande Juiz
Página 58 – Notei a existência de algumas organizações de serviços que nos pareceriam, na esfera carnal, ingênuas e infantis, reconhecendo que a ociosidade era, ali, a nota dominante. E porque não visse crianças, exceção feita das raças de anões, cuja existência percebia sem distinguir os pais dos filhos, arrisquei, de novo, uma indagação, em voz baixa.
Respondeu o Instrutor, atencioso:
— Para os homens da Terra, propriamente considerados, este plano é quase infernal. Se a compaixão humana separa as crianças dos criminosos definidos, que dizer do carinho com que a compaixão celestial vela pelos infantes?
QUADRO II
“A VIDA ALÉM DO VÉU” – Página 251 – “Entramos e fomos desafiados pelo guarda no portão. Havia uma companhia de dez na guarda, porque o portão era principal e largo, com duas asas.
“LIBERTAÇÃO” – CAPÍTULO V – Transcorridas longas horas em compartimento escuro, aproveitadas em meditações e preces, sem entendimentos verbais, fomos conduzidos, na noite imediata, a um edifício de grandes e curiosas proporções.
O esquisito palácio guardava a forma de enorme hexágono, alongando-se para cima em torres pardacentas, e reunia muitos salões consagrados a estranhos serviços. fluminado externa e interior-mente pela claridade de volumosos tocheiros, apresentava o aspecto desagradável de uma casa incendiada.
Sob a custódia de quatro guardas da residência de Gregório, que nos comunicaram a necessidade de exame antes de qualquer contacto direto com o aludido sacerdote, penetramos o recinto de largas dimensões, no qual se congregavam algumas dezenas de entidades em deploráveis condições.
? Obs.: Neste caso, reconheço que a semelhança é pouco significativa. Mas vejam o contexto: ocorre que em “A Vida Além Do Véu”, o espírito comunicante (Arnel), informa que, juntamente a outros 14 espíritos, visitaram regiões das Trevas, onde chegaram a uma cidade. Nesta cidade, havia um líder, que ele menciona como governador, então ele menciona que a cidade tinha muralhas, cheiro muito ruim, uma casa que se destacava (do governador), havia guardas no “portão” da cidade e em outros lugares… Em “Libertação”, André Luiz narra que, na companhia de outros espíritos, eles visitam local semelhante. Tem uma casa que se destaca também, que é de Gregório, ao invés de “governador”, ele é o Grande-Juiz do local. Também há guardas, cheiro ruim e coisas assim… [Muitas semelhanças!]
QUADRO III
“A VIDA ALÉM DO VÉU” – Página 252 – “Nós temos uma missão junto aos trabalhadores das minas, os quais seu mestre escraviza”. “Um fim muito atraente para sua jornada”, disse ele com um tom agradável, procurando nos enganar. “Estas pobres almas trabalham muito para estarem prontos para qualquer bom amigo que aja por eles, sua existência e seus problemas”. “E alguns”, eu disse, “estão também prontos para partir em direção à liberdade do jugo de seu senhor, o qual, cada um em seu degrau, está interligado a vocês todos”.
Num átimo sua FACE mudou de risonha para fechada e carrancuda, e seus dentes mostraram-se parecidos com os de um LOBO faminto. Mais ainda, com a mudança de humor, ali pareceu descer uma névoa mais escura e assentar-se sobre ele.”
“LIBERTAÇÃO” – CAPÍTULO V – De repente, parecendo sofrer a interferência de lembranças menos dignas, clamou:
— Quero vinho! vinho! prazer!…
Em vigorosa demonstração de poder, afirmou, triunfante, o magistrado:
— Como libertar semelhante fera humana ao preço de rogativas e lágrimas?
Em seguida, fixando sobre ela as irradiações que lhe emanavam do temível olhar, asseverou, peremptório:
— A sentença foi lavrada por si mesma! não passa de uma LOBA, de uma LOBA …
A medida que repetia a afirmação, qual se procurasse persuadi-la a sentir-se na condição do irracional mencionado, notei que a mulher, profundamente influenciável, modificava a expressão fisionômica. Entortou-se-lhe a boca, a cerviz curvou-se, espontânea, para a frente, os olhos alteraram-se, dentro das órbitas. Simiesca expressão revestiu-lhe o ROSTO.
? Obs.: A questão envolve nas duas obras, a narrativa de que o espírito mudou sua fisionomia, parecendo-se com um lobo/loba. Além da semelhança nas duas histórias, observem as narrativas: “sua face mudou de risonha para fechada e carrancuda, e seus dentes mostraram-se parecidos com os de um lobo faminto”; e, “não passa de uma loba (…) Entortou-lhe a boca, a cerviz curvou-se, espontânea, para a frente, os olhos alteraram-se, dentro das órbitas. Simiesca expressão revestiu-lhe o rosto.
Enfim, histórias muito parecidas ou, até mesmo, “idênticas”. Seria, apenas uma coincidência?
QUADRO IV
“A VIDA ALÉM DO VÉU” – Página 252 – Nós deixamos isto para trás, e logo chegamos a um lugar onde se abria para nós uma ampla boca de caverna que levava para os lugares intestinos daquela região. Não andamos quase nada e veio em nossa direção, em rajadas, um vento de odor tão nojento e quente e fétido que voltamos e paramos por um pouco de tempo para recuperarmos as forças. Isto feito, endurecemos nosso coração e fomos para dentro e para baixo.
“LIBERTAÇÃO” – CAPÍTULO IV – Passamos a inalar as substâncias espessas que pairavam em derredor, como se o ar fosse constituído de fluidos viscosos. Elói estirou-se, ofegante, e não obstante experimentar, por minha vez, asfixiante opressão, busquei padronizar atitudes pela conduta do Instrutor, que tolerava a metamorfose, silencioso e palidíssimo.
? Obs.: As histórias são IDÊNTICAS – em “A Vida Além Do Véu”, Arnel e seu grupo reclamam do “vento nojento”, que “tirou as forças deles”; em “Libertação”, André Luiz reclama das substâncias que estão no ar, afirmando, ainda, que Elói estirou-se ofegante, isto é, “perdeu suas forças”.
Mais uma vez, simples coincidência?
— Para o exposto nos Quadros III e IV, só haveria, na minha opinião, duas hipóteses para eximir o Chico da acusação de plágio ou “inspiração” pelo livro de Owen:
1º) Considerar que houve coincidências envolvendo as histórias – o que, convenhamos, é muito pouco provável!
2º) Considerar que quem fez as “cópias” foi o André Luiz. Mas, neste caso, pergunta-se: por quê? Ele já não teria experiências pessoais e autênticas para contar?
Apêndice (Semelhanças em A CAMINHO DA LUZ – Chico Xavier/Emmanuel)
“A VIDA ALÉM DO VÉU” (página 302) – “Aqueles grandes mamíferos e répteis, dos quais vocês têm os remanescentes em forma fossilizada, eram maravilhosos produtos da energia criadora muito habilmente empregada. Mas quando vistos do mais avançado ponto de vista deste atual estágio de evolução, eles parecem rudes e fruto de trabalho artesanal desajeitado. Apesar disso, é bom lembrar que alguns deles foram grandes blocos que foram usados no assentamento das fundações sobre as quais um templo muito enfeitado de energia viva e progressiva está ainda hoje sendo construído; e, ao se contemplar estas fundações, pode-se estimar quanto este prédio progrediu em desenho, e também se pode perceber quão alto é o pé direito daquele andar no qual agora vocês estão para admirar a paisagem dos céus distantes naquelas regiões do espaço onde ainda estão evoluindo trabalhos de outras grandes Hierarquias que hoje estão, em seu próprio caminho, mobiliando novos mundos no estágio em que a terra estava quando estas fundações da vida atual foram construídas.”
“A CAMINHO DA LUZ” (páginas 28/29) – “A Natureza torna-se uma grande oficina de ensaios monstruosos. Após os répteis, surgem os animais horrendos das eras primitivas.
Os trabalhadores do Cristo, como os alquimistas que estudam a combinação das substâncias, na retorta de acuradas observações, analisavam, igualmente, a combinação prodigiosa dos complexos celulares, cuja formação eles próprios haviam delineado, executando, com as suas experiências, uma justa aferição de valores, prevendo todas as possibilidades e necessidades do porvir.
Todas as arestas foram eliminadas. Aplainaram-se dificuldades e realizaram-se novas conquistas. A máquina celular foi aperfeiçoada, no limite do possível, em face das leis físicas do globo. (…) os animais monstruosos das épocas remotas, que lhe foram posteriores, desapareceram para sempre da fauna terrestre, guardando os museus do mundo as interessantes reminiscências de suas formas atormentadas.”
? Obs.: Ocorrem “paráfrases” – no final das contas: as informações dos dois textos são as mesmas.
Link para baixar “A Vida Além do Véu”:
http://www.espiritando.com.br/saladeleitura/a_vida_alem_do_veu.pdf
Link para baixar diversos livros do Chico, inclusive “Libertação”:
Link para conferir uma sinopse de “Libertação”:
abril 17th, 2011 às 12:31 AM
Biasetto,
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Parabéns pelo trabalho. Em especial gostei das considerações sobre o contexto sócio-cultural do médium Chico Xavier. Está claro que as obras do Chico (porém não só as dele) foram responsáveis pelo viés católico-cristão do espiritismo no Brasil. Se o tema te interessa recomendo o livro “La table, le livre et les sprits” de Marion Aubrée e François Laplantine (uma versão em português foi lançada recentemente pela EdUFAL). Eles discutem como o espiritismo praticamente sumiu na França e os motivos que o fizeram florecer no Brasil.
abril 17th, 2011 às 12:53 AM
Excelente artigo. Tem gente que pode dizer: “é claro que ele acha excelente, ele é cético!” Com certeza o Vítor deixará seu blog aberto pra quem quiser escrever excelentes artigos que APÓIEM a noção de mediunidade genuína e de psicografias reais. É só tentar. Mas desconfio que isso não vai acontecer…
abril 17th, 2011 às 2:55 AM
Carlos,
Obrigado pela dica. Me interesso sim. Não tenho opinião final, formada sobre nada. O que eu puder ler e aprender…
Sei lá, faço isto por prazer, mas se existir continuidade de vida, acho também que tudo que a gente aprende…
Sinceramente, pra mim, é uma pena ficar identificando estas verdades sobre o Chico. Acreditei muito na mediunidade dele.
Eu pensava que um livro como “Nosso Lar” seria algo inédito, original. Que engano!
O Chico foi muito inteligente, criativo, isto é indiscutível. Mas ele leu obras que influenciaram na produção dos livros que ele dizia psicografar.
Se ele teve ajuda, apoio do plano espiritual? Não sei, acho que não. Se teve, porém, o conceito de mediunidade está totalmente equivocado. Precisa ser revisto.
Agora, é incrível como aqueles que se declaram médiuns no Brasil, a maioria, imitam o Chico. Será que eles já pararam pra pensar que podem estar imitando uma fraude?
abril 17th, 2011 às 3:00 AM
Gilberto,
Você tem razão quando diz que os médiuns brasileiros têm resposta pra tudo. Será que não existe entre eles, alguém que diga: “isto aí, está além de nosso conhecimento!” Custa isto? Só um pouquinho de humildade, de pé no chão.
Alguns seguidores do espiritismo que, por algum motivo, sintam-se ofendidos por este blog – eu pergunto, quem busca a verdade, está errado?
Quem mente nos centros espíritas, está certo?
abril 17th, 2011 às 3:03 AM
O Vítor tem me ajudado nos artigos – ele me dá umas dicas legais, faz umas correções…
abril 17th, 2011 às 3:25 AM
“NO ESPIRITISMO, NADA SE CRIA, TUDO SE COPIA” – Pelo menos, no espiritismo brasileiro.
Libertação:
Cap VIII – Inesperada intercessão – O bondoso Instrutor espiritual dialoga com o poderoso Espírito que se arvorou em “grande juiz” dos culpados. O objetivo do Instrutor é auxiliar a uma pessoa encarnada que está em vias de alienar-se e desencarnar, por subjugação obsessiva de 60 (sessenta) (!) Espíritos auxiliares desse “grande juiz”. São citados os “dragões” (Espíritos caídos no mal, operando há muito tempo em zonas inferiores da vida).
fonte:
http://www.institutoandreluiz.org/sinopse_libertacao.html
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Quero destacar aqui, o trecho: — São citados os “dragões” (Espíritos caídos no mal, operando há muito tempo em zonas inferiores da vida).
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Então, tem um livro chamado “O Abismo”, do “médium” (faz me rir!) R. A. Ranieri – neste livro, que ele disse ter psicografado de André Luiz, ele diz que tem regiões muito infernais, tem um “monstro” lá, um dragão do mal. Este dragão só não foge, o que seria o caos total pra todos nós, porque o Anjo Gabriel vigia a saída, o mantém aprisionado lá – só fazendo kkkkk… rsrsrsrs….
Olha o que sobrou pro anjo Gabriel: cuidar do dragão mal.
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Minha opinião: Ranieri nunca médium (ele já desencarnou), leu os livros do Chico, ele foi até amigo do Chico; leu Libertação, viu esta passagem que destaquei aí, e escreveu esta PORCARIA chamada O ABISMO. Um lixo! Só isso.
abril 17th, 2011 às 3:12 PM
A título de curiosidade,
“Libertação” é o livro que traz, no prefácio, a história do peixinho vermelho, história que o Vítor fez uso pra indicar “O Primeiro Plágio Internacional de Chico Xavier”, que pode ser conferido aqui:
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http://obraspsicografadas.haaan.com/2011/o-primeiro-plgio-internacional-de-chico-xavier/
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Eu até sai em defesa do Emmanuel, porque entendi, nas palavras dele, que ele deixava claro ter copiado a história, portanto, ele não se dizia autor.
Mas o Vítor falou que uma moça lá, tinha traduzido esta história pro Chico. O Gilberto foi direto indicando o plágio, e eu fiquei meio na duvida, mas eles estavam certos. Outra questão polêmica!
Agora, eu fico pensando: será que ninguém via isto? – a moça que fez a tradução, será que ela não viu o que estava acontecendo?
abril 17th, 2011 às 3:26 PM
Biasetto,
ela cresceu acompanhando o Chico. Jamais passaria pela cabeça dela algo como uma fraude vinda da parte dele. Além disso, não creio que aquele pessoal da fazenda entendesse alguma coisa de plágio, direito autoral. Se bem que se conta que o Chico já era acusado de plágio desde criança, então não se pode dizer que o povo era completamente ignorante nessas questões…a proximidade com o Chico deve ter-lhes nublado o senso crítico.
abril 17th, 2011 às 6:12 PM
Vítor,
A internet é uma ferramente muito valiosa, neste tipo de investigação que você iniciou.
“Antigamente”, alguém até poderia achar que tinha lido alguma coisa parecida, depois de ter lido algum livro do Chico, mas aí, até a pessoa achar o que leu, pesquisar…
Agora, dá pra gente abrir dois livros no computador e ficar comparando. Ainda não é fácil, porque se a pessoa não tiver já algum conhecimento, alguma ideia, ela atira no escuro, provavelmente não vai acertar em nada.
A tendência, é só aumentar a descoberta destas “semelhanças”. Se a “moda” pega, vão surgir muitas e muitas descobertas. Ah vão…
abril 17th, 2011 às 6:34 PM
Um brasileiro que escreveu mais de 600 livros, sem alegar ser médium: http://www.estadao.com.br/estadaodehoje/20110417/not_imp707286,0.php
abril 17th, 2011 às 7:06 PM
Biasetto, demorou quanto tempo pro pessoal do Jô entrar em contato com você e dizer que estavam analisando a possibilidade de levar o Vitor? Até agora, não entraram em contato comigo… Valeu.
abril 17th, 2011 às 9:37 PM
Grande Biasetto
Quem diria hein? Parabéns pelo artigo, e pelo claro levantamento. Sobre o e-mail que você me enviou. Eu o li. Só que eu vou te dizer o quê? Simplesmente que tais atitudes são o que eu já esperava. A coisa é mais ou menos na linha: se falas o que eu quero que você fale, então mereces consideração. Já se pensas diferente, então você não merece consideração. Pra estas pessoas impera a ditadura do pensamento único. E o deles, paciência. Mas, novamente, parabéns. Se bobear você vai junto com o Vítor ainda no Jô. Isto se a Globo deixar de ser a Globo de sempre. rsrsrsrs
Um abraço Eduardo.
abril 17th, 2011 às 10:10 PM
Caio,
Demorou uns dias sim!
Aguarde.
Juliano,
Se o Vítor for no Jô, torço, sinceramente por isso, acho que ele tem que ir sozinho.
Mas se ele levar alguém, tem que ser o Gilberto. Só pode ser ele.
Um abaço a todos.
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Obs.: Juliano, o Vítor só não vai no Jô, se o tema incomodar a Globo, porque o Jô já entrevistou cada um lá, às vezes, uns temas sem a menor graça ou interesse.
É o que penso.
abril 17th, 2011 às 10:17 PM
Marcelo,
Conferi o link, muito interessante. Algumas pessoas, realmente têm o dom pra escrita, pra criar histórias. Enquanto alguns, mal conseguem redigir uma redação de 25 linhas, outros como o tal Felisberto…, ao que tudo indica, o Chico…
abril 17th, 2011 às 10:20 PM
* O nome do escritor não é Felisberto, é FELISBELO…
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Vítor, vou parar de escrever aqui, pelo menos hoje,
só aparece meu nome!!!
Até…
abril 18th, 2011 às 2:06 AM
FELIZ E BELO…
abril 18th, 2011 às 3:02 PM
Biasetto,
Legal o artigo. Só gostaria de sugerir algo: Quando você faz analogia da vida do Chico, o que interferiu ou não em seus processos, o que ele pensava, etc. Creio que adentra um campo totalmente hipotético, distante das comparações que você quer fazer. Isto enfraquece um pouco a crítica, porque você foge do objetivo que é propor a comparação entre as obras para dizer o que se passava com o “médium”… Isto fica mais claro quando você não apenas cogita (como no comecinho), mas conclui que André Luiz é um personagem criado e “castigado” por um moralismo Cristão arraigado… Como você sabe disto? Em quê, baseando-se na similitude das obras, se pode concluir isto? Fica a sugestão.
abril 18th, 2011 às 6:16 PM
Leonardo,
Minhas considerações a respeito da personalidade do Chico e a influência que ele recebeu da Igreja Católica, são apenas hipóteses mesmos. Eu, até onde sei, posso afirmar que o Chico foi bastante influenciado por ideias e conceitos do catolicismo. Quem não foi, naquela época, morando numa cidade do interior de Minas?
Além disso, havia um padre muito presente na vida dele.
O Chico lia a Bíblia, com certeza!
O Marcos Arduin também falou, e acredito que ele esteja certo, a própria FEB influia na “forma”, no “modelo” dos livros. O Juliano também disse algo, que ele ouviu do Waldo Vieira.
A respeito do André Luiz ter sido “castigado” pelo Chico, vou comentar mais tarde.
No momento estou num intervalo de aula.
Depois eu complemento estes temas, estas ideias.
Um abraço!
abril 18th, 2011 às 9:38 PM
Leonardo,
Ninguém apareceu por aqui, agora já estou com a missão cumprida hoje.
Vamos lá:
Aventurei-me a fazer comentários sobre a personalidade do Chico. Não acho que tenha exagerado, apesar que trata-se de um assunto, obviamente, muito complexo.
Quando eu lia livros como Nosso Lar e outros da “série”, eu ficava muito tocado por algumas informações, algumas histórias, mas achava alguns apontamentos bem exagerados.
Por exemplo, sempre vi com ressalvas, com desconfiança, um espírito como o de André Luiz, ficar OITO ANOS NO UMBRAL. É algo que tenho repetido aqui, mas acho muito significativo.
Leonardo, pelas informações que são passadas nos livros, André Luiz foi um cara bom, honesto. Quais foram os erros dele? Bebia, fumava, tinha amantes, era um tanto metido… Oras, não era nenhum criminoso!
Então, o sujeito morre de câncer, ainda jovem, e tem que passar oito anos sofrendo todo tipo de “castigos” e mais sofrimentos!
Aí, as coisas foram se encaixando pra mim. Analisando os indícios, cada vez mais claros de que o Chico não psicografou as obras, comecei a entender, penso eu, melhor a personalidade do dele. É óbvio que ele foi bastante influenciado pelo pensamento tradicional do catolicismo: só vai pro céu quem é bonzinho, quem não é infiel, quem cuida do corpo, quem faz caridades…
Um sujeito que é boêmio, mulherengo e arrogante, tem que passar, no mínimo, pelo purgatório…
No início do século XX, o Brasil era essencialmente católico, ainda é, mas hoje as igrejas “evangélicas” ocupam um espaço bem maior. Naquela época, acredito que no próprio meio espírita, mesmo nos que adotaram a doutrina espírita, a força do pensamento católico – e aquele catolicismo medieval mesmo, ainda era muito presente. Isto explica, na minha opinião, porque a FEB, de acordo com as informações do Arduin e do Juliano, a FEB achou que os livros psicografados, os livros do Chico e seus mentores, tinham que ter uma “ar cristão-católico”, porque se fosse muito “revolucionário”, talvez não fosse bem aceito, não conseguisse atrair seguidores.
É incrível certas coisas que aprendi aqui no blog. eu pensava que os livros que a FEB publicava do Chico (e os espíritos???) – eram genuinamente autênticos, se apresentavam como realmente haviam sido escritos.
Mas, acabei descobrindo que a FEB analisava os livros, fazia mudanças, escolhia quando deveriam ser publicados.
Então, acredito que a FEB influenciou muito mesmo, nesta pregação de “bem” e “mal”, “castigo” e “recompensa”. Quem parece entender bem deste tema é o Marcos Arduin. Quem sabe ele aparece por aqui, e complementa ou corrige o que estou dizendo.
Enfim, sobre as evidências de que os livros do Chico trazem influência de A Vida Além Do Véu, não tenho a menor dúvida.
Agora, sobre os outros apontamentos, respeito quem discordar de mim, mas ainda acho que os pontos que apontei, têm lógica e coerência.
Novamente, um abraço!
abril 18th, 2011 às 10:23 PM
Biasetto, na verdade, não discordo. Concordo com a maioria dos seus apontamentos sobre o que deve ter influenciado o Chico.Eu convivo com pessoas que trabalharam anos com eles e todos me passam a imagem de que ele tinha uma reverência grande pelo Cristianismo. Vi os santos em sua cama, etc. Disse anteriormente, que não creio nestas obras. Rejeitei por completo estas ideias quando li “Obreiros da Vida Eterna”, muito antes deste blog ou qualquer crítica ao médium. Na verdade, o que falo, é justamente deste aspecto pessoal (seu) sobre o médium, crenças/influências, em relação direta com os livros. Ou seja, você fez uma interessante comparação mostrando pontos em comum nas obras; Ok, muito bom. Mas, daí a inferir que o personagem é criado e que foi moldado por preceitos Cristãos, o passo é grande. No programa Pinga-Fogo (não lembro se no primeiro ou segundo) Chico diz abertamente ter dificuldade para entender André Luiz. Talvez ele tenha copiado trechos descaradamente (o que creio pouco), talvez seja criptomnésia (o que creio muito), ou talvez tenha sido uma mistificação (o que creio razoavelmente), mas, em todas as evidências de plágio consciente ou não apresentadas no blog a única que parece “Non sequitur” é a de que ele tenha criado um personagem com base em suas raízes Cristãs. Sobre as modificações da FEB, uma testemunha viva e que acho que poderia “ajudar” é carlos de brito imbassahy (filho) que disse uma vez no Paltalk ter presenciado uma discussão entre seu pai e uma pessoa da FEB frente a adulterações que haviam sido feitas na obra “Brasil, coração do mundo, pátria do Evangelho”. Abraço.
abril 19th, 2011 às 12:16 AM
Leonardo,
Seus comentários me agradam, porque trazem novidades, novas informações.
Agora, fico pensando, estava pensando comigo mesmo. Há uma “magia” no Chico, na figura dele. Por quê?
Se fosse outra pessoa, diríamos logo: grandissíssimo mentiroso! Só isso!
Mas a gente, fica teimando daqui, dali e acolá, pra achar uma explicação, uma explicação que o isente da acusação de fraude, da acusaçõ de farsa, descaramento e falta de caráter. Por que será?
Não sei!
Criptominésia, esquizofrenia, ele acreditava realmente na existência dos espíritos…
Sei lá, aonde vamos chegar?
Você diz:
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— Vi os santos em sua cama, etc. Disse anteriormente, que não creio nestas obras. Rejeitei por completo estas ideias quando li “Obreiros da Vida Eterna”, muito antes deste blog ou qualquer crítica ao médium…
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Gostaria que você me explicasse, o que você viu em “Obreiros da Vida Eterna”?
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Você diz:
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— Mas, daí a inferir que o personagem é criado e que foi moldado por preceitos Cristãos, o passo é grande. No programa Pinga-Fogo (não lembro se no primeiro ou segundo) Chico diz abertamente ter dificuldade para entender André Luiz.
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Bem, ele disse o que queria dizer. Ele ficava o tempo todo dizendo, “Nosso querido Emmanuel…”
E daí? Quem garante que isto era verdade?
Depois de tudo que tenho visto, só posso concluir que:
1º) Ou o Chico nunca foi médium e inventou tudo;
2º) Ou havia espíritos que auxiliavam ele, mas estes espíritos fizeram uso de “histórias” copiadas, adaptadas pra passar as mensagens que queriam passar – então André Luiz e Emmanuel são fictícios, fizeram parte deste enredo, só isso!
Agora, eu pergunto:
– Será que estes espíritos passaram mensagens realmente reais?
– Será que as coisas no plano espiritual funcionam como eles mencionaram?
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Estou cada vez mais convencido, de que o Chico misturou tudo: catolicismo, espiritismo, conflitos pessoais, desejo de ajudar os outros, desejo de “ser alguém”.
É isto que penso. Pelo menos, no momento.
Saudações.
abril 19th, 2011 às 2:05 AM
Biasetto, a defesa da pessoa do Chico é natural porque ele é visto por grande parte do movimento como um representante, não só do Espiritismo, como de um modelo moral a ser seguido e se tudo isso se confirmar, tudo irá por água abaixo (cedo ou tarde, os heróis caem). Da minha parte, no entanto, não se trata da defesa do médium. Como disse, não creio nestas obras e nunca fui afeito ao modo dele de ser e agir; pontuei apenas que algumas conclusões que você trouxe no texto não podem ser obtidas a partir da comparação das obras. Se elas procedem ou não, é outra história, mas a comparação das obras não permite prejulgar as intenções do médium. Outras hipóteses são ignoradas, como citei, a mistificação de um espírito (não me soa que cogitar esta hipótese, perfeitamente compreensível dentro da ótica espírita, seja partir para defesa do médium); A ideia de colônias/umbral sempre me pareceu um paralelismo entre céu/inferno, então, passei a desconfirar e com o tempo desacreditar. Ao contrário da maioria, só vim a conhecer estes relatos depois de ter lido os livros bases e “estranhei” como as descrições de André Luiz andavam em direção oposta as de Kardec… Mas, “obreiros da vida eterna” é como uma obra de ficção, supera de longe as descrições estranhas de nosso lar, de modo que ali perdi o resto de fé que tinha nestes escritos e os deixei no esquecimento… Mas, talvez seja apenas falta de visão da minha parte… Considero, inclusive, que no fim nada exista… Finalizando, não estou diminuindo seu texto ou protegendo o Chico. As comparações estão ficando cada vez mais claras e o conjunto leva a crer que, de fato, há algo errado nesta história. Apenas este “algo” que ainda não está devidamente evidenciado, para mim.
abril 19th, 2011 às 2:31 AM
Leonardo,
Vou dar uma pesquisada em “Obreiros da Vida Eterna”, quem sabe acho alguma novidade lá!
Olha, Leonardo, eu nunca tive a intenção, nem me imaginava escrevendo em um blog, para desacreditar o Chico. Só que as coisas acontecem na vida da gente, não é?
Eu não sei se existe algo além desta vida, mas acho que se não existir é uma pena muito grande, porque a ideia de a gente ir reencarnando, puxa que legal! Ir aprendendo a cada vida, lá na frente, quanta sabedoria, quanto conhecimento. Outras dimensões, algo maravilhoso! Extraordinário!
Se não for nada disso! Fazer o quê? A gente não vai nem saber, porque vamos morrer e já era.
Por outro lado, vamos dizer, vamos acreditar que exista continuidade, então, sei lá, nós, ninguém tem certeza. Será que já houve uma única, uma que seja, obra realmente psicografada? Talvez! Se não houve, de repente, pessoas como o Chico, ficaram imaginando que poderia ser assim, como ele escreveu.
Não é difícil pensar isto. Leonardo, sou uma pessoa muito sincera. Eu, desde a infância tenho sonhos com “cidades espirituais”, até o Umbral. Inclusive, este tema me atrai muito, porque quando leio algo, é como se viessem lembranças em minha mente – acho que já passei por lá (rsrsrsrs…) – então, muitas pessoas vão dizer – isto é só sonho! Sim, eu até aceito, só que tem sonhos que são bem diferentes… você sabe do que estou dizendo, eu acho!
Bem, outras pessoas vão dizer – ah! você leu Nosso Lar e aí estas imagens ficaram na tua mente e você passou a sonhar…
Só que aconteceu exatamente o inverso: eu já tinha os sonhos, então, quando eu li Nosso Lar, fiquei muito impressionado, porque parecia que estava sendo narrado ali, as coisas, algumas né? Que eu tinha visto…
Tanto é verdade, que esta particularidade comigo, até me ajudou a identificar as “semelhanças”, as “cópias” que o Chico fez de A Vida Além Do Véu.
Agora, voltando à questão da influência do pensamento, das crenças do “médium” sobre os livros que ele diz ter psicografado, veja bem: eu li uns dois ou três livros da Zíbia Gaspareto (sei lá, do espírito que ela diz psicografar), e a abordagem é bem diferente. Tem um livro dela, por exemplo, acho que é “Pare de Sofrer!” – que fala exatamente da questão de que tudo está dentro da normalidade, a vida tem que ser vivida mesmo, aproveitada…
Então, é bem diferente daquela coisa “carregada” de dor, de sofrimento, de Cruz nas costas, que a gente lê nos livros do Chico/André Luiz/Emmanuel…
Enfim, Leonardo, certeza eu só tenho à seguinte:
OS LIVROS QUE O CHICO DISSE TER PSICOGRAFADO ESTÃO IMPREGNADOS DE IDEIAS, PASSAGENS E HISTÓRIAS DE OUTROS LIVROS. Como e o porquê disto, tenho as minhas conclusões, mas cada um que apresente as suas.
Até…
abril 19th, 2011 às 2:45 AM
O grande ponto chave é que o Chico Xavier já é hoje um mito. E o espiritismo não vive mais sem esse mito. Pois a doutrina espírita é calcada na religiosidade católica/cristã. Onde a figura de Chico Xavier, com suas características muito próximas ao Jesus cristão, caíram como uma luva ao processo todo. Então, como mito que é, trouxe todo uma doutrina moralista junto, que diga-se, foi e é de grande utilidade a FEB. Disto o pretenso “André Luiz” passar oito anos comendo barro cósmico. Tudo por tomar umas cervejinhas e dar umas visitadas a “moças de vida fácil”. Para alguém com um pouco de bom senso, algo escasso ao pessoal crente, tal hipótese beira mais a piada que fere o bom senso. Por isto que eu disse na época que dentre outras razões, o filme “Nosso Lar” beira uma comédia ruim de mau gosto. Todo o processo é pura doutrinação, com criação de estórias (com “e” mesmo) e personagens que comprovem a moral espírita cristã, e o principal, conquistem adeptos, fiéis. E estes comprem livros e gastem de outras formas com a religião espírita. Repito, pra mim tudo é um grande jogo de xadrez para fins de dominação, de conquista de fiéis. E como o que não falta é pessoas sem praticamente nenhum senso crítico, a coisa toda fica fácil. Por fim, vejo que Chico e FEB andavam de mãos dadas. Disto ser mais sério ainda para a FEB o Chico não mandar as senhas! Talvez ele tenha feito o que fez já por peso na consciência, pois nunca viu espírito algum, e teve o “insight” que criou, ajudou a criar na verdade mais um mundo ilusório por estas bandas. É isto.
abril 19th, 2011 às 2:52 AM
Juliano,
Acredito que você esteja coberto de razões.
O Chico, primeiramente, “matou” o Emmanuel, com a história da reencarnação dele.
Depois, ela matou “a si próprio”, com a história das senhas, porque ele não era tonto, e ele sabia, muito bem, que um monte de gente ia dizer que estava psicografando ele. Então, eu acho que ele pensou: se existir a vida lá, e eu puder enviar mensagens, tem a senha pra saberem que sou eu mesmo. Se não tiver vida lá, ou eu não puder enviar mensagens, não vão ficar usando meu nome, porque tem a senha. Só que a FEB e muitos outros, se esqueceram disto!!!
O Chico só não matou o André Luiz – talvez, este, ele não ligasse muito, tanto que está cheio de livrinho vagabundo por aí, dizendo que foi ditado pelo André Luiz.
abril 19th, 2011 às 2:58 AM
Biasetto, sim, sei do que você fala. Espero mesmo que seja assim, pois isso faria a coisa ficar muito emocionante. Mas, creio, é apenas um imenso vácuo com luzinhas cintilando aqui e ali. Se for diferente, se nada disso existir, como disse, nem terei tempo de me arrepender. Como você, também tive experiências bem interessantes e que me despertaram para “este lado” depois de 17 anos de ateísmo. Abraço.
abril 19th, 2011 às 3:00 AM
Biasetto
Fala rapaz. Estes dias não sei se foi você ou o Caio, mas enfim (…) um de vocês dois indicou um vídeo do Gasparetto para atestar que até ele questionava a espirituralidade. Por curiosidade fui dar uma olhada no vídeo. E olha, não sei se vocês escutaram o vídeo todo, mas a mensagem dele é bem interessante. Vai contra toda a pregação espírita. Pois vai de encontro ao que eu e o Vítor falamos aqui. Ou seja, no outro plano não há este regramento punitivo que é vendido por todas as religiões e até por algumas crenças ditas não religiosas, mas que no fundo são religião também. Provavelmente, em havendo outro plano, não tem este negócio de um Tribunal medindo erros e acertos. O processo é muito mais livre do que se imagina, mas muito mais livre mesmo! Pra surpresa até de muitos, e frustração de muitos também. Acho que a única regra que existe é buscar ser consciente de si e viver momentos felizes. Viver na plenitude onde se estiver. Um mundo com muito mais graça, aqui e acolá, talvez ainda para poucos, é verdade, mas para estes felizardos sem o choro e ranger de dentes que é vendido pelo oficialismo religioso cristão, muçulmano, e provavelmente de grande parte das outras religiões.
abril 19th, 2011 às 3:09 AM
Leonardo e Juliano, saudações!
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Juliano,
Quem indicou os vídeos, acho que foi o Higor.
Eu dei uma olhada nos vídeos, mas este que você citou, acho que tem mais de 40 minutos, então, fiquei meio sem paciência.
Mas, dentro do que você está dizendo, vou dar uma olhada.
Este fim de semana tem feriado, que bom! Então, haverá mais tempo.
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Juliano,
Acho que é difícil uma pessoa que não tenha tido algum tipo de experiência, que seja, no mínimo, “diferente”, entende?
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Então, as pessoas, como eu já disse aqui, pode ser escutando uma música, o nascimento de um filho, alguma conquista pessoal, observando uma paisagem, tem coisas que mexem muito com a gente.
Às vezes, a gente quer, sente vontade, de expor isto, contar pros outros… eu entendo, é uma emoção muito forte. Legal querer compartilhar.
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Agora, Juliano, meu amigo, sabe o que me machuca, me dá raiva, é a mentira, ainda mais num campo tão sério, como este, a espiritualidade.
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Puxa! Ser enganado, nesta área, é fogo! pra não falar outra coisa…
abril 19th, 2011 às 3:13 AM
Biasetto
Eu estava analisando estes dias. Se você pegar as pessoas mais lúcidas, mais intelectualizadas, mais focadas em uma real e possível melhora da vida, das pessoas de modo geral. Ou estas pessoas são atéias, ou até são religiosas, mas são as famosas religiosas não praticantes, que vêem na religião um instrumento secundário. Pode analisar. Então, digo isto, pois havendo outro plano, provavelmente são espíritos como estes que tentam fazer o que é possível fazer no mesmo, pois sabes que sou ateu, e como não tem um “might god”, provavelmente se faz então o que é possível fazer para manter as coisas mais ou menos andando para a grande maioria dos humanos. E já acho também que se o espírito está todo errado, como muito gente diga-se, coloca-se o mesmo pra ficar vivendo por algum tempo novamente como boi/cavalo/pagagaio/peixe e por aí vai. E dá-se uma chance como humano para um espírito que vem do nível de boi/cavalo/peixe e por aí vai. Uma hipótese interessante, não achas?
abril 19th, 2011 às 3:19 AM
É Juliano, talvez!
Esta questão da recompensa ou castigo, sei lá, pra mim, eu acho que pode existir, mas tem certos julgamentos que são equivocados.
As religiões, historicamente, têm servido ao poder dominante, então criaram ideias fantasiosas, pra botar culpa nas pessoas e, ao mesmo tempo, fazer com que elas aceitem a situação em que se encontram.
Agora, veja o caso do imbecil que matou as crianças na escola, um sujeito desses, se tiver espírito? Tem que se ferrar né?
Senão, a coisa fica bagunçada demais.
Pra ele seria bom reencarnar no coala, que o Vítor disse que come bosta! Apesar que o coala é muito bonitinho!
abril 19th, 2011 às 3:29 AM
Biasetto
Eu já falei aqui. O tempo, e não foi muito, que fiquei “crente” na espiritualidade superior do Waldo Vieira e na receita “revolucionária” da conscienciologia, quando me “caiu a ficha” que o negócio não era bem assim, foi algo doloroso e triste. E diga-se, o Vítor tem esta culpa também, pois foi a história da fraude de Uberaba que me abriu os olhos sobre a conscienciologia! E eu sou peixe pequeno, um lambarizinho. E não nego que fiquei “puto da cara”. Agora, imagina quem muitas vezes perde uma vida se recalcando, não fazendo o que no seu íntimo há uma forte vontade de fazer, muitas e muitas coisas! E ainda em vida, ou mesmo após a morte, “cai a ficha”. Agora imagina alguém que ficou mil, dois mil, vida após vida, anos e anos a fio, numa crença, numa estrutura recalcadora e de promessas sempre de com o recalque se ter um futuro melhor no futuro, e em determinado momento cai a ficha (…) fui enganado! Não vivi. Não sorri o que poderia ter sorrido!!! Não amei como queria. Não bebi nunca!! rsrsrsrs é pra rir, mas é serio. rsrsrs Imagine a frustração, a tristeza, a raiva!!! Se os religiosos manda chuvas pensasem seriamente (…). O problema é que subconscientemente a maioria dos religiosos que comandam estes processos todos são muito mais ateus que eu. Usam a estrutura toda para ter poder e ganhar fama e dinheiro, e acham que tudo acaba aqui. E no outro plano não tem Deus mesmo, então tá tudo dominado. Eu já tenho quase certeza disto, pra te falar a verdade, em havendo além.
abril 19th, 2011 às 3:34 AM
Uma consciência totalmente desestruturada. Provavelmente vai nascer bicho por várias vezes, quem sabe. Já pensou, nascer uma árvore? E ficar totalmente inconsciente por um longo tempo, pra depois voltar como bicho ainda? rsrsrsrs Já estamos “viajando demais na casinha”. rsrsrsrs
Vou dormir. Boa noite Biasetto.
Um abraço
abril 19th, 2011 às 3:40 AM
Juliano,
Vou concluir minhas ideias de hoje, porque nosso papo está ótimo, mas preciso dormir.
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Eu fiquei muito chateado com esta história do Chico.
Porém, por outro lado, me libertou. Muitas vezes, eu lia livros dele (do “André Luiz”) e, ao mesmo tempo, que me dava uma sensação de esperança, acho que é isto que me reconfortava, a esperança; porém, me deixava num estado de depressão. Até meus desejos eram contidos. Eu ficava me achando um lixo, cheio de culpas, e até medos.
Só que eu deixava de ser eu. Entende?
Se algumas coisas melhoravam em mim, outras pioravam.
Então, não é este o caminho.
Olha bem, pra muitas pessoas que se envolveram com a dependência química.
Elas buscam, às vezes, na maioria das vezes, um tratamento inadequado – enchem a cabeça delas de bobagens e as transformam em perfeitos idiotas. Elas ficam só falando de Jesus, de Deus, que o demônio estava nelas.
Isto, na minha opinião não é cura de nada – só mudou a doença. Largou-se de um vício e achou outro.
Não é por aí.
Se o sujeito quer parar de fumar, porque busca mais qualidade vida, ótimo!
Agora, porque alguém disse que isto não é coisa de Deus!
Não é por aí, tenho certeza!
Um abraço, preciso mesmo dormir.
Boa-noite!
abril 19th, 2011 às 9:22 AM
Biasetto (para onde converge os comentarios do Leonardo e do Juliano),
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Algumas considerações ao debate entre vocês.
É preciso fazer uma pausa na interpretação das obras do André Luiz. A leitural literal de temas como umbral e suas consequências (e outros) deve ser relativizada. Os espíritas mais atentos sabem disso a muito tempo. As descrições de André Luiz em Nosso Lar são muito mais a imagem mental do espírito que se sente culpado do que um lugar específico no plano espiritual. Quando ele fala que viveu 8 anos no umbral, ele está passando um sentimento próprio muito mais do que um tempo cronometrado de 8 anos. Pode ter sido 8 minutos, 8 dias ou 8 séculos; o que de fato conta é o “feeling” do espírito que acreditou viver um tempo enorme nas trevas (que intrinsecamente estavam com ele, e não fora dele!)
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O moralismo espírita-cristão que pune depende, no final das contas, de cada um. Se alguém faz de sua vida um drama porque tomou umas cervas, ou “faturou umas minas” (ou foi faturado, como queiram!), então ele estará no umbral porque o seu tribunal interno já o julgou culpado. Se um cara se auto-explodiu e matou 10 inocentes, porém se auto-justifica julgando fazer a vontade de Deus ou Alá (como queiram), então ele vai estar bem tranquilo com sua consciência e provavelmente morando em Nosso Lar assessorando o governador para assuntos celestiais (até o dia em que perceba o horror em que a religião o meteu – e aí será uma outra história (ou estória?).
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Chico Xavier criou imagens mentais de “céu e inferno” nas obras André Luiz certamente emergindo as contradições da própria vida dele (alguém com um potencial intelectual enorme porém travado no interior de MG, uma sexualidade reprimida e com o lado religioso mal resolvido (uma espécie de anjo decaído do catolicismo). Entender o significado de André Luiz passa pelo entendimento da própria personalidade do Chico. Tudo o mais é uma grande bobagem, como o filme Nosso Lar, o governador, hospitais, aerobus, ibis voadores etc, etc; aliás, provavelmente é aquilo que ele (CX) leu em vida e o impressionou muito mais do que uma realidade concreta.
abril 19th, 2011 às 12:18 PM
Carlos, só um adendo, já que me meti a deixar de ser apenas observador…. O tempo de 08 anos no Umbral não parece ser no sentido do “sentir” do observador, parece que ele realmente transcorreu; digo isto por que foi Lísias e não André Luiz quem o informa em Nosso Lar (Cap. 7).
abril 19th, 2011 às 2:16 PM
Bom dia, pessoal. Fiquei um tempinho sem passar por aqui, mas, aos poucos, vou voltando. Estou um tanto quanto ausente devido a uns problemas pessoais, mas nada muito grave. Li esse último debate entre o Biasetto e o Juliano e afirmo que concordo com quase tudo o que foi dito. Na realidade, eu gostaria de acrescentar duas coisas: (1) tenho refletido, há algum tempo, que as pessoas religiosas (sobretudo aquelas que podem ser classificadas como “muito religiosas”) têm uma tendência de, digamos, deixar as coisas sempre para depois, como se o amanhã fosse uma certeza absoluta. Não consigo enxergar essa mesma tendência com razoável intensidade nos ateus. Confesso que não li nenhum estudo que comprovasse essa possível característica dos crédulos de “deixar tudo para amanhã”. Na verdade, é apenas uma impressão pessoal minha que, claro, pode se tratar de um equívoco. Mas, a meu ver, faz bastante sentido: ateus, sabendo que (provavelmente) deuses não existem, esforçam-se da melhor forma pra conseguir aquilo que querem, dentro do melhor prazo possível. Afinal, tudo o que temos é “o aqui e o agora”. E, independentemente de nossas vidas serem boas ou não, é tudo o que temos, concluem os ateus. Os crédulos, de forma oposta, costumam ser mais propensos a pensar que fazem parte de um plano divino, que o universo conspira a seu favor, e que o amanhã – seja nessa vida, ou em outra – sempre vai chegar; (2) percebi que no debate surgiram alguns apontamentos sobre um possível “perfil padrão” dos ateus. No fim da mensagem, vou deixar um link sobre uma entrevista que a revista Época fez com o pesquisador britânico Richard Lynn. Já adianto que Lynn é “polêmico”: ele afirma que existem diferenças significativas de Q.I entre as “raças” humanas e que os homens, normalmente, são mais inteligentes que as mulheres. Ele afirma também (e esse é o motivo pelo qual eu trouxe o link) que os ateus, geralmente, tem um Q.I mais elevado na maioria dos países por ele estudados (ao todo, foram 137 países avaliados). De forma alguma, estou endossando que existam diferenças entre pessoas de raças ou etnias diferentes, ou entre pessoas de sexo diferente. Trouxe o estudo, apenas, pelo fato do pesquisador explicar, de uma forma bem direta, a relação entre ateísmo e Q.I elevado. O currículo de Lynn é bem robusto, justamente por isso acho que vale a pena dar uma olhada no que ele diz.
Link para a entrevista: http://revistaepoca.globo.com/Revista/Epoca/0,,EMI9990-15295-1,00-OS+ATEUS+SAO+MAIS+INTELIGENTES.html
Grande abraço.
abril 19th, 2011 às 2:54 PM
Carlos, Leonardo e Caio,
Ótimas as colocações de vocês. Muito a se pensar.
Estou só dando uma olhada no blog, porque está na hora do almoço, então, não tenho tempo.
À noite, apareço por aqui, porque as ideias são muito interessantes.
Até…
abril 19th, 2011 às 2:58 PM
Biasetto, sobre seus sonhos (se não conhecer) talvez isto te interessa. É o terceiro caso do livro “A Crise da Morte” de Ernesto Bozzano, extraído de “Starling Facts in Modern Spiritualism” que, pelo que entendi, é de 1874/1875, onde um espírito (Jim Nolan) narra ter sido recebido por sua avó e levado para sua casa e posto para dormir. Não chega a ser uma descrição de uma colônia, propriamente… Mas, é curioso! Abraço.
abril 20th, 2011 às 2:14 AM
Leonardo,
Obrigado pela sugestão, vou tentar pesquisar. Eu falo, vou tentar, porque têm aparecido tantas dicas aqui, que estou anotando tudo num caderninho…
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Carlos,
Sobre a questão da “culpa”, o segmento que debate muito isto é a Neurolinguística – que afirma que nossas crenças, incluindo nossa crença sobre a culpa, tem um efeito muito significativo em nossa vida. Se isto ocorre, quando estamos encarnados, é possível, caso exista, se manifeste no plano espiritual também.
Entendi também suas colocações a respeito da influência do pensamento na conceituação do “espaço-tempo” do próprio espírito, no caso, o André Luiz. Mas, no caso do livro, a história do livro, acho que o Leonardo está certo, a ideia de 8 anos, à maneira como aparecem informações no livro, seriam 8 anos mesmo.
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O que mais me causa repulsa nesta história de 8 anos de umbral, é que André Luiz, quando já está em Nosso Lar, pergunta sobre sua mãe – então, fica sabendo que ela o ama muito, é um espírito superior e não parou de interferir por ele, por isso também, que ele foi resgatado do umbral.
Quer dizer, se a mãe dele não interferisse por ele, ele ficaria mais tempo lá ainda… é brincadeira !!!
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Olá Caio!
Espero que as coisas se acertem por aí.
Talvez o uso do termo Q.I. seja o problema, mesmo porque este conceito é bastante discutível. Ainda não vi, mas vou ver o link que você colocou aí. Uma coisa é óbvio, quanto mais esclarecidas forem as pessoas, menos elas serão manipuladas pelas religiões e os conceitos arcaicos defendidos por doutrinas ou crenças. Isto explica a baixa religiosidade em certos países avançados, algo que o Juliano vive citando aqui.
Penso que nestes países, há um sentimento “espiritualista” nas pessoas, mas um distanciamento grande das ideias e conceitos religiosos além, é óbvio, uma ação cidadã, realmente eficaz.
abril 20th, 2011 às 2:37 AM
Caio,
Li a entrevista com o Richard Lynn. Assunto polêmico, sempre!
A entrevista está bem resumida, porque é edição digital. Deve ser interessante, conhecer melhor as ideias dele. Mas veja que ele indica alguns aspectos culturais, que influem nas crenças. Acho que é aí que está também o “segredo”.
A cultura brasileira, por exemplo: desde a 1ª infância, o brasileiro é alimentado pelas crenças, pelas tradições religiosas. Ensinam as crianças a fazer o nome do Pai, todas vez que passam em frente à Igreja, se a família é católica né, e aí, isto fica na gente. Eu, por exemplo, com todo o meu questionamento, toda a minha crítica referente às religiões, costumo fazer este sinal, às vezes, é automático…
Ensinam-se a respeitar os fundamentos bíblicos, reverenciar Jesus Cristo e tudo mais.
Não estou discutindo se é bom ou ruim, apenas é um fato.
E aí, voltando à neurolinguística, estas coisas ficam marcadas na pessoa, de modo que é difícil pra ela, livrar-se disso.
Eu penso, siceramente, que pessoas como nós que participamos de debates em um blog como este, assumimos uma coragem, que poucos assumem. Há aqueles que têm vontade de romper com certas crenças, mas têm medo. Esta é a verdade. Entre crer e não crer, de repente, o sujeito pensa, é melhor crer, vai que Deus “castiga mesmo!”
Agora, por outro lado, verdade seja dita, quando a pessoa está feliz em sua crença, na religião que segue, também não há motivo pra mudar, é o que penso.
Um abraço a todos!
abril 20th, 2011 às 12:11 PM
Olá, Biasetto. É fato que a imensa maioria dos brasileiros aceita mecanicamente qualquer ensinamento religioso. Como já mencionei antes, penso que por aqui predomina a preguiça de pensar, o comodismo. Mas existe outro ponto, além da preguiça, que você bem observou e que contribui para colocar o Brasil como um país esmagadoramente religioso: o “doutrinamento” infantil. Pessoalmente falando, nunca fui “educado” (estou sendo cínico ao usar essa palavra) em nenhuma religião. Quando criança, nada me foi imposto, meus pais nunca me levaram à igreja, nunca conversaram comigo sobre Deus, sobre castigo, punição, céu ou inferno. Eu tive total liberdade para escolher aquilo que quisesse. Desde bem jovem, sempre questionei esses textos bíblicos que, a meu ver, são completamente insanos e essa idéia, insana na mesma medida, de um criador que tudo sabe e que está em todas as partes. Esse meu questionamento levou-me a pesquisar, raciocinar, discutir. Resultado: declaro-me ateu desde os 15 anos de idade. Empurrar goela abaixo das crianças dogmas religiosos que não sobrevivem a mais simples análise lógica e cujas evidências históricas e científicas são nulas é um absurdo. É uma espécie de estupro mental. A sociedade, com toda razão, fica perplexa quando uma criança sofre abuso sexual. No entanto, essa mesma sociedade sente orgulho em estuprar intelectualmente suas crianças ensinando o criacionismo, por exemplo.
Aos pais que por ventura estiverem lendo isso que escrevo: por favor, no tocante à religião e/ou à existência de Deus, deixem os seus filhos e filhas pensarem por conta própria. Não estou pedindo para ensiná-los a serem ateus. Apenas deixe-os pensar. Se o seu filho tiver uma idade razoável pra realizar uma pesquisa por conta própria e lhe perguntar “Pai, Deus existe?” simplesmente responda “Filho, sinceramente, não sei te dizer. Por que você não pesquisa?”. Eu tenho certeza que se em nosso país essa fosse a atitude padrão dos pais viveríamos em uma sociedade muito, mas muito mais racional e, consequentemente, muito mais civilizada. Óbvio que o papel dos pais como educadores de seus filhos é fundamental. Temas como o uso de métodos contraceptivos, a importância de se alimentar bem e de praticar exercícios, o respeito ao próximo, etc., devem ser ensinados. Mas, por favor, com relação à religião, deixem as crianças pensarem. Desculpem, foi um desabafo.
abril 20th, 2011 às 12:25 PM
Biasetto, já ia me esquecendo de falar… A entrevista com o Lynn é realmente curta, mas você notou que tem duas páginas de perguntas e respostas? Estou dizendo isso porque eu mesmo não achei de imediato o botão “próxima”. Acho que esconderam de propósito, haha. Abs.
abril 20th, 2011 às 2:55 PM
Caio,
Concordo contigo, simplesmente com tudo que você disse.
Acabei de chegar de uma escola municipal, de ensino fundamental.
Jajá tenho que sair, dou aulas em outra escola, esta estadual.
Mas a questão é o seguinte: nesta escola em que estava, hoje de manhã, teve um teatrinho lá, as crianças do fundamental I – então, o assunto era a páscoa – elas leram sobre Jesus Cristo e coisas assim.
Não estou discutindo, nem questionando se Jesus existiu ou não (acredito que ele existiu), nem se ele foi tudo o que falam (os religiosos) – mas os professores, os educadores da escola escreveram um texto pros alunos, um texto falando de Jesus, no conceito mais tradicional das religiões cristãs.
Então, é assim Caio: ninguém perguntou a estas crianças se elas queriam saber disto. Ninguém perguntou a elas, se elas acreditavam nas histórias religiosas, que se referem à páscoa. Simplesmente, disseram a elas que é assim e ponto final.
abril 20th, 2011 às 6:32 PM
Biasetto
“Colocando a minha colher” no debate de você e o Caio. O problema é exatamente este. E não é só na questão religiosa, o sistema educacional não desenvolve nas crianças o senso crítico. Não se trabalha o questionar as coisas. “É Rei posto, rei posto! E não tem conversa!” Não existe um trabalho de estímulo ao debate, a troca de idéias. De questionamento do porquê das coisas. Aí o que se tem, uma grande boiada. Onde mentiras deslavadas são vistas pela grande maioria como verdades inquestionáveis.
Voltando a religião. Onde estava na fila de um banco, e ouvi por uns (…) dez minuntos uma discussão atrás de mim entre dois rapazes sobre o Gênesis. Na linha interpretação literal do que está escrito na Bíblia. Aí um falando da expulsão do paraíso de Adão e Eva por Deus, e daí entrou depois Jesus e blábláblá. Mas o que me chamou atenção foi quando um deles falou que Deus colocou um anjos pra cuidar do paraíso e da árvore da vida (…). Eu me deu até vontade de virar e entrar na conversa fazendo uma simples pergunta: – Ótimo! Maravilha. Mas pergundo a vocês: CADE O PARAÍSO? COM OS ANJOS CUIDANDO DA PORTA DE ENTRADA? ALGUÉM VIU? ALGUÉM VIU ALGUMA VEZ O FANTÁSTICO FAZENDO REPORTAGEM NA PORTA DE ENTRADA DO PARAÍSO COM DOIS ANJOS CARRANCUDOS NA ENTRADA COM ESPADAS FLAMEJANTES SEM SEQUER QUERER CONVERSA COM O REPÓRTER? RSRSRSRSR E OS ANJOS NÃO DÃO CONVERSA, PODERIA DIZER A FRUSTRADA REPÓRTER. – É risível mas a maioria das pessoas aqui no Brasil varonil acredita nisto. E arrisco a dizer que tem muito espírita que no mínimo tem medo que isto seja verdade. Já que falam tanto em salvação. E em Jesus Cristo. Isto em pleno Século XXI! Por quê? Pois a escola não ensina pensar criticamente. Pelo contrário, emburrece as crianças. Uma lástima.
abril 20th, 2011 às 6:37 PM
Duas correções: Ao invés de onde é ontem. (Na sexta linha de cima para baixo); e onde se lê um anjos (…) leia-se: uns anjos. É isto.
abril 20th, 2011 às 8:43 PM
Fala Juliano!!!
Fez muito bem de entrar na conversa.
Como professor há mais de dez anos, posso te dizer que o ensino de hoje, apesar de tudo que sai em propaganda por aí, continua, praticamente o mesmo de 40 anos atrás.
Eu sempre fui um professor meio “doidão”, querendo quebrar paradigmas. Mas há muita resistência, até mesmo por parte de muitos alunos.
Com tudo que se fala de uma aula diferente, mais criativa, os professores concluem que o que mais funciona em sala de aula, quando “funciona”, ainda é a aula tradicional.
Às vezes, surge algum tema polêmico em sala de aula, e eu incentivo a discussão. Alguns alunos gostam, de repente, tem uns que se manifestam e falam: “Professor vamos começar a aula!” – eles não entendem que a discussão que rolava já era a aula. Eles querem copiar matéria da lousa e ganhar um visto depois. E a gente, os professores, acabamos entrando nesta, porque cansa tentar mudar as coisas, estressa e muito.
Então, a gente fala: – é cópia que vocês querem, então tome cópia…
Existe uma questão cultural, enraizada. A televisão não ajuda a mudar isto, as igrejas muito menos.
Um dias desses, escutei um religioso dizendo: – cada criança na igreja, uma vaga a menos no presídio.
Oras, as pessoas não precisam de igrejas para serem bons cidadãos.
Tudo bem, se o sujeito vai à missa e gosta, que seja feliz!
Mas deixa ele escolher isto.
Há uma disciplina no Estado, que se chama “ensino religioso” – quase ninguém tem aula desta matéria, Graças a Deus!
Trata-se de uma matéria opcional. A escola oferece, mas como nenhum aluno se interesse – e os alunos não se interessam, porque esta aula tem que ser ministrada em horário alternativo, e ninguém quer ficar na escola.
Mas eu disse “Graças a Deus!”, porque quando estava ocorrendo de ter estas aulas, há uns dez anos atrás, tinha professor usando a aula pra fazer propaganda religiosa. Nada a ver né?
E sabe o que é pior, os professores que podiam ministrar estas aulas, eram os professores de História. Você falou que se decepciona com psicólogos que se declaram religiosos, muitas falando de Bíblia e coisas assim. Eu também fico indignado, com professor de História ou Sociologia ou Filosofia, que segue esta linha. Obviamente, que todos têm direito de ter sua crença e não é porque o cara é professor de História que ele tem que ser ateu. Agora, professor de História ficar fazendo proselitismo em sala de aula, é brincadeira…
abril 20th, 2011 às 9:21 PM
Biasetto
Você falou de ensino religioso. Eu, pessoalmente acho que deveria ser obrigatório o ensino religioso nas escolas (…) – pronto, o Juliano ficou maluco – rsrsrsrs Calma, ainda não fiquei.rsrsrs Penso um outro estudo do ensino religioso, ministrado por professores de História ou Antropólogos que passassem um currículo obrigatório onde se ensinaria uma visão ampla das religiões. Uma matéria que iniciasse pela Grécia Antiga Pagã, passasse pelo paganismo europeu e suas várias religiões pagãs; após fosse ao judaísmo e suas duas vertentes, a cristã e a islâmica. E também desse uma perspectiva das ramificações mais conhecidas destas duas religiões. Depois, fosse até o oriente com o Budismo e Induísmo; e também desse uma passada pelas religiões ameríndias e africanas antigas e atuais. Enfim, uma visão ampla da religião, até para o aluno ter esta visão de conjunto e fazer seu juízo que nem tudo é Jesus Cristo. E terminar, com o ensino do ateísmo durante o passar dos tempos e seu aspecto areligioso atual. Vejo que seria interessante aos alunos ter esta visão de conjunto, que não possuem. Vejo que enriqueceria muito o debate e as pesquisas posteriores, e muito pai de aluno na verdade não gostaria disto. Mas fica no sonho meu, sonho meu (…) rsrsrsrs Vou indo que tem aula e prova. Talvez entre a noite aqui, se não, um grande abraço e bom feriado. Se bobear eu também dou umas entradas durante o feriado pra ver o clima aqui . Valeu Eduardo e a todos.
abril 21st, 2011 às 12:57 AM
Olá para todos,
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Essa conversa me fez lembrar o livro “O mundo de Sofia”. O autor, Jostain Gaarder, propõe o ensino de História da Filosofia na escola secundária justamente para treinar os alunos na arte de pensar filosoficamente. Um belo livro, na minha opinião.
abril 21st, 2011 às 1:15 AM
Bem, esses dias eu estive pensando… Existem muitos sites e blogs destinados a divulgar o ateísmo e o ceticismo, mas – imaginava eu – nenhum destinado exclusivamente a abordar a questão do imenso preconceito que nós, ateus, sofremos. O preconceito é tão grande e tão descarado que um blog dedicado unicamente a essa finalidade ainda não seria o suficiente. Outras ações seriam necessárias, mas, de qualquer forma, eu pensava em criar o tal blog. Contudo, hoje, sem intenção, apenas vagando pela net, achei um cara que faz justamente isso. Por um lado, fiquei triste, porque minha idéia não era inovadora, haha, mas, por outro, senti-me contente, afinal algo já está sendo feito (e, sinceramente, não sei quando eu teria tempo de começar esse trabalho, caso eu fosse realmente fazê-lo…).
O link é: http://ateusatentos.blogspot.com/
Vocês poderão conferir uma quantidade enorme de “pérolas” de teor extremamente preconceituoso disparadas por religiosos, apresentadores de TV, radialistas, jornalistas e políticos. A maioria dessas pérolas gira em torno da mesma ladainha: o ateu, por natureza, tem uma tendência a ser mau-caráter e praticar o mal. Eu, sinceramente, não sei se sinto raiva ou se dou risada. É uma afirmação totalmente ridícula, obtusa, desprovida de lógica. Eu gostaria muito de ver um instituto de pesquisa quantificando qual a porcentagem da população carcerária que crê e que não crê em Deus, ah, como eu gostaria…
abril 21st, 2011 às 1:16 AM
Vitor, penso que você vai pedir pra gente (e, talvez, principalmente para o Caio, haha) maneirar nos comentários e nas discussões de teor ateísta. E, se isso acontecer, eu até entendo, afinal seu blog tem por objetivo analisar criticamente se supostas obras psicografadas merecem mesmo receber esse “adjetivo” ou não. Contudo, tem hora que não há como escapar de mencionar algo sobre deuses e religiões. Além disso, a galera aqui é extremamente educada (a maioria, claro) e aberta ao diálogo, o que torna bem mais fácil conversar sobre praticamente qualquer coisa… De qualquer forma, vou tentar me controlar. Se possível, passarei por aqui pra ver como estão as coisas. Abraço e bom feriado a todos.
abril 21st, 2011 às 3:24 AM
JULIANO,
Esta proposta, a sugestão que você fez, é mais ou menos, o que deveria ser o tal “ensino religioso”, mas poucos profissionais da educação estão preparados pra este tipo de aula, de ensino.
É uma pena.
Mas é por aí mesmo.
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CARLOS,
Boa sugestão a tua.
Os alunos pensam pouco, o ENEM foi uma boa criação, no sentido de se romper com aqueles vestibulares tradicionais, estilo “decoreba”. Só que o governo não consegue organizar um ENEM, sem problemas ou acusações de fraudes. É complicado!
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CAIO,
Conferi o blog que você sugeriu. Interessante, legal.
Quanto a este blog,
O dono é o Vítor, mas pelo que tenho verificado aqui, não se preocupe com teus comentários, eles são bem vindos. O Vítor, com certeza, aprova-os.
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Completando:
– É incrível, como tem gente que quer atribuir aos criminosos, o conceito de ateísmo. A verdade, é que:
SÓ OS CRENTES FAZEM GUERRA.
99% dos criminosos, especialmente no campo da sexualidade, das perversões, são pessoas perturbadas por seus desejos e os ensinamentos religiosos.
Vivem em conflitos, não conseguem lidar com o desejo e as crenças ligadas à ideia de pecado e castigo de Deus.
Vivem um dualismo doentio entre o sacro e o profano, se perdem, enlouquecem…
Quem vive uma religião que liberta, ótimo!
A maioria dos religiosos vive uma religião que oprime.
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Vale à pena, recordar este vídeo:
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http://www.youtube.com/watch?v=Wx8tvjXMWrE
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Um abraço a todos.
abril 22nd, 2011 às 1:59 AM
O pessoal sumiu do blog!
Foram todos em uma excursão pra Aparecida do Norte,
cumprir promessa…
Seman Santa é assim.
abril 22nd, 2011 às 8:08 PM
Caro Eduardo Biasetto, obrigado pelo seu ensaio e pelos links dos livros mencionados.
Eu estudo tecnologia de detecção de plágios literários. Por favor, você usou algum software? Viper, Writecheck? Ou nenhum? Muito Obrigado
abril 22nd, 2011 às 8:29 PM
Fenton,
tenho certeza que o Biasetto não usou nenhum software.
abril 22nd, 2011 às 9:22 PM
Olá Fenton,
O Vítor está certo. É tudo no “olhômetro” mesmo.
Eu conheço bem os livros do Chico, então, quando leio alguma coisa em outro livro, que me faz lembrar do que já li, dou uma analisada.
Pra te dizer a verdade, quase tudo da série André Luiz, é pura adaptação.
Ontem mesmo, eu estava dando uma olhada num livro do Leon Denis, “No Invisível”, e já conclui que este livro serviu de inspiração pro Chico escrever “Nos Domínios da Mediunidade”. Leon Denis, comenta em seu livro, sobre as várias manifestações da mediunidade, como sonambulismo, psicografia, efeitos físicos… No livro do Chico (André Luiz???) – o tema é o mesmo: explicar as manifestações mediúnicas. Só que o Chico/André Luiz faz(em) uma abordagem diferente, porque o espírito andré Luiz e companheiros visitam reuniões espíritas na Terra, para ir exemplificando como a mediunidade se manifesta. Inclusive há informações bastante duvidosas, por causa do exagero!
Se eu tivesse recursos e tempo, encontraria, como já disse aqui, “trocentas” semelhanças, adaptações, cópias e tudo mais.
Um abraço!
abril 22nd, 2011 às 9:39 PM
Alguns temas analisados no livro “No Invisível” (1910), do Leon Denis:
– a mediunidade / clarividência / fenômenos físicos / escrita mediúnica / transe e incorporações / aparições e materializações de espíritos…
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Alguns temas analisados no livro “Nos Domínios da Mediunidade” (1955), de Chico Xavier/André Luiz:
– estudando a mediunidade / clarividência e clariaudiência / efeitos físicos / possessão / fascinação…
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Fenton,
Não sei se você conhece outras matérias deste blog, tem várias, indicando “plágios literários”, como você citou.
abril 22nd, 2011 às 9:44 PM
Minha sugestão de leitura, pra este feriadão:
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http://terramagazine.terra.com.br/interna/0,,OI5089300-EI8423,00-Chega+de+Pascoa+Sofrida.html
abril 22nd, 2011 às 10:25 PM
Chico Xavier escreveu mais de 400 livros (muitos são repetitivos, é verdade), uma obra significativa. Alguns, merecem elogios, sem dúvida. Só que ele se esqueceu de fornecer a BIBLIOGRAFIA. Vou fazer isto por ele: [em ordem alfabética]
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– A VIDA ALÉM DO VÉU – G. Vale Owen
– BÍBLIA
– HERCULANUM – Vera Ivanovna Kryzhanovskaia
– INTERPRETAÇÃO SINTÉTICA DO APOCALIPSE – Cairbar Schutel
– NO INVISÍVEL – Leon Denis
– O ÁTOMO – Fritz Khan
– OBRAS DE KARDEC
– TESOUROS DA JUVENTUDE
– URÂNIA – Camille Flammarion
– VIDA DE JESUS – Ernest Renan
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Ajudem-me a completar esta lista…
abril 23rd, 2011 às 12:14 AM
Fala Biasetto
Fica tranquilo que já fui na Catedral e passei o dia todo rezando o terço na igreja, de joelho no milho. rsrsrsrsrs
Falando sério. Ótima sugestão o texto do Marcelo Carneiro da Cunha. Deixei até um comentário lá. Ali você vê a total ausência de senso de humor do brasileiro de plantão religioso. A maioria dos comentário é “pau” no artigo e no autor. E críticas ácidas, pra dizer pouco. Mas como diz o título de um filme do Cacá Diegues: “Dias Melhores Virão”, eu acredito. Tem que acreditar. Não te ajudo no teu pedido no último comentário, pois como sabes sou do time rebelde que veio do Waldo, e não do pessoal do Chico, este não é minha praia, li dele só “Nosso Lar”, e os muitos “posts” daqui sobre o cidadão (…) ia me esquecendo, mas não é do Chico, também o livro “Lentulus” do Pedro de Campos e dois capítulos de “Há dois mil anos”, este do Chico. Onde me convenci que o Chico tirou a passagem da crucificação e julgamento contido no livro da leitura da Bíblia. Ali eu vi que é pura ficção a coisa toda, pois os relatos históricos do verdadeiro Pôncio Pilatos não tem nada a ver com o Pilatos do livro e o da Bíblia. De um cidadão frio, como tinha que ser diga-se; calculista e nutridor de profundo desprezo pelos judeus de modo geral, pelos judeus de castas inferiores então (…); um interesseiro com bom relacionamento com os Fariseus por puro interesse $$$$. Tanto que quando o Fariseu chefão amigo dele Caifás caiu foi quando ele caiu também, provavelmente pela roubalheira de ambos. Então, daí para o relato do livro e da Bíblia de uma pessoa em dúvida, frágil, cheio de remorsos e culpas, NÃO DÁ NÉ P (…), E CHICO, CADÊ AS SENHAS? RSRSRS É isto Eduardo. Um grande abraço e bom feriado, e vai na missa, o padre perguntou de você. rsrsrsrs Um abraço.
abril 23rd, 2011 às 12:53 AM
Olá Biasetto,
Fiz uma leitura dinâmica, por isso não consegui enxergar onde está a data em que o livro “A VIDA ALÉM DO VÉU” – G. Vale Owen, foi publicado aqui no Brasil.
Você poderia me dizer, por favor.
Abraço a todos
abril 23rd, 2011 às 12:55 AM
Juliano,
Minha esposa acabou de chegar da procissão. Ela diz que rezou bastante por mim. Faz isto todos os dias.
E eu fico falando coisas terríveis da Igreja Católica, das Igrejas… Devo ser um bad boy!
Fico pensando, como pode os católicos e os evangélicos cristãos seguirem o Velho Testamento Bíblico – o Judaísmo.
Os judeus não estão nem aí pra Jesus Cristo. Até ajudaram a matá-lo. Mas aqueles que se declaram seguidores do Cristianismo, adotam o Velho Testamento também. Ou seja, fazem propaganda do livro judeu, propaganda do povo que acha Jesus um ser qualquer.
Os judeus não acham nada no Novo Testamento, ou acham uma porcaria – e os cristãos puxam o saco deles, falando que acreditam em Abraão, Moisés…
Sabe por que os cristãos agem assim? Porque eles, simplesmente, não param um minuto pra pensar, pra analisar as incoerências…
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Tuas colocações continuam boas, como sempre!
Senhas? Pra que senhas???
Os caras que estão psicografando o Chico, são HACKERS, eles invadem qualquer sistema, não precisam de senhas.
Um abração!
abril 23rd, 2011 às 1:04 AM
Sonia N,
Pelo que pude constantar lendo o livro do Owen, é que as supostas psicografias ocorreram de 1913 a 1919 – na verdade, são 4 livros, que viraram um só, algo assim.
Quando este material saiu traduzido no Brasil, não sei te responder.
O Vítor, talvez saiba.
– A Caminho da Luz (Chico/Emmanuel) é de 1939.
– Nosso Lar (Chico/André Luiz) é de 1944.
abril 23rd, 2011 às 1:08 AM
(correção: constantar = CONSTATAR)
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Estes dois links aqui do blog, trazem mais evidências da influência de A VIDA ALÉM DO VÉU sobre NOSSO LAR:
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http://obraspsicografadas.haaan.com/2011/novas-evidncias-sobre-as-correlaes-entre-a-vida-alm-do-vu-de-owen-e-nosso-lar-de-chico-xavier/
http://obraspsicografadas.haaan.com/2011/a-vida-alm-do-vu-de-george-dale-owen-x-nosso-lar-de-chico-xavier/
abril 23rd, 2011 às 1:17 AM
Biasetto, as datas em que foram escritos todos eles, eu tenho.
Eu quero saber é quando o livro de Owen foi editado no Brasil.
Aí é que está toda a diferença.
Você fez toda essa pesquisa, sem saber em que data o livro foi editado aqui?!
abril 23rd, 2011 às 1:20 AM
Tudo bem, Sônia, se você quer considerar isto fator relevante pra duvidar do que foi exposto, eu respeito tua opinião.
Não sei quando o livro foi editado no Brasil, traduzido.
Mas que o Chico (ou o André Luiz) foi influenciado por esta obra, posso te garantir que foi.
As evidências são muito claras. Você discorda?
abril 23rd, 2011 às 1:51 AM
Biasetto, como fazer essa afirmação, sem saber a data de edição do livro?
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Quanto a semelhanças que podem haver entre livros que tratam de temas parecidos, lembremo-nos de que Kardec ao codificar a Doutrina Espírita, o fêz, de acordo com o que ele denominou de “universalização do ensino”, ou seja, informações semelhantes de espíritos diversos, através de médiuns que não se conheciam e de diferentes regiões do planeta. Por isso, a Doutrina Espírita recebeu o nome de Espiritismo, por ter sido a revelação de MUITOS ESPÍRITOS e NÃO DE UMA PESSOA. O termo kardecismo não existe, porque o Espiritismo não foi criado por Kardec. Ele apenas compilou as mensagens e organizou de forma adequada a cada assunto específico. E assim deve ocorrer com todas as novas revelações que vão surgindo com o passar do tempo. As obras de Chico Xavier confirmam as de Owen.
Só isso!. A não ser que você prove que as obras de Owen chegaram ao Brasil, a tempo de Chico tomar conhecimento delas. E provar também que ele tomou conhecimento delas, lá no cafundó de MG, antes de iniciar a coleção André Luis.
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Biasetto, não se pode acusar alguém, sem provas!
Abraços
abril 23rd, 2011 às 1:52 AM
Sônia N,
Nós vamos chegar lá!
Já descobri o seguinte:
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Carlos Imbassahy (Salvador, 9 de setembro de 1883 – Niterói, 4 de agosto de 1969) foi um advogado, jornalista e escritor espírita brasileiro.
(…)
Traduziu, ainda, para a língua portuguesa, as seguintes obras:
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O Livro dos Espíritos, de Allan Kardec;
O Livro dos Médiuns, de Allan Kardec;
O Espiritismo perante a Ciência, de Gabriel Delanne;
A Reencarnação, de Gabriel Delanne;
Fenômenos Psíquicos, de Ernesto Bozzano;
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A Vida Além do Véu, de George Vale Owen;
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A Filosofia Penal do Espiritismo, de Fernando Ortiz;
Fenômenos Hipnóticos e Espíritas, de César Lombroso; e
A Vidente de Prevorst, de Justinus Kerner.
fonte: http://pt.wikipedia.org/wiki/Carlos_Imbassahy
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Bem, aqui já vai uma opinião minha:
– quando o livro do Owen, surgiu na Inglaterra, acredito eu, 1920(?) – Imbassahy já tinha 37 anos – ele teve toda a década de 1920, pra traduzir a obra e mais uns bons anos da década de 1930, até que o Chico a tenha lido, utilizando sua primeira influência em “A Caminho Da Luz”, que é de 1939.
abril 23rd, 2011 às 2:10 AM
Sonia N,
Uma coisa “são semelhanças”, outra coisa é CÓPIA, ADAPTAÇÕES.
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Durante longo tempo, participando aqui do blog, também fiquei arranjando justificativas, como a que você quer usar.
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NOSSO LAR é uma cópia descarada de A VIDA ALÉM DO VÉU.
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Reveja os links citados.
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Você acha normal, apenas semelhança que:
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– Estão lá o espírito de Arnel e seus colegas, nas “trevas”, então ele diz que foram atingidos por um vento nojento, fedido, poluído – e ficaram sem forças…
– Estão lá o espírito de André Luiz e seus colegas, nas “trevas”, então ele diz que foram atingidos por um vento nojentos, fedido, poluído – e ficaram sem forças…
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– Estão lá o espírito de Arnel e seus colegas, nas “trevas”, então ele diz que “enfureceram” um espírito perturbado, a ponto deste espírito modificar sua aparência, lembrando a de um lobo.
– Estão lá o espírito de André Luiz e seus colegas, nas “trevas”, então ele diz que assistiram a uma cena em que um espírito feminino se “enfureceu”, a ponto de sua aparência fazer lembrar uma loba.
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André Luiz fala que em Nosso Lar, as águas são maravilhosas, o lugar é belíssimo…
No livro do Owen, há a mesma descrição…
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O espírito, no livro do Owen o chama de TUTELADO…
Em NOSSO LAR, André Luiz é o TUTELADO de Clarêncio…
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Em Nosso Lar há ibis viajores, aves que desempenham papel significativo…
Em A Vida Além do Véu, também há aves com propósitos semelhantes…
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E tem muito mais: as descrições que aparecem em “Libertação”, das “trevas”, são muito, mas muito semelhantes às que aparecem em “A Vida Além Do Véu”.
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No livro de André Luiz – há um Grande-Juiz (que manda na cidade das trevas).
No livro do Owen – há um Governador (que manda na cidade das trevas).
… e assim vai,… cópia + adpatação + cópia + adaptação…
abril 23rd, 2011 às 2:25 AM
Sonia N,
Vou contar mais uma pra você:
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Leon Denis disse que Dante Alighieri (1265-1321), autor de A Divina Comédia, obra que narra uma aventura no Inferno, Purgatório e Paraíso, era médium. Isso mesmo, Denis disse que Alighieri produziu A Divina Comédia, porque teve ajuda mediúnica, mesmo sem ter consciência disto.
Pois bem, o Chico falou a mesma coisa. Já li isto, mas não consegui verificar, exatamente aonde. Não me importo se você vai achar que eu deveria indicar onde li, porque não estou defendendo tese, só estou dando minha opinião aqui.
Mas, continuando: a obra de Dante é um grande, um extraordinário poema, a obra original, porque há adaptações. Minha frágil inteligência, dificulta uma análise mais apurada da obra, até porque a linguagem que ele usa, está acima de minha análise literária.
Pois bem, mesmo assim identifiquei o seguinte:
– quando Dante está no inferno, ele faz uma narrativa, como se estive meio “entorpecido”, há quanto tempo ali, será que está acordado, será que está dormindo???
– quando André Luiz começa narrando Nosso Lar, ele passa esta mesma impressão, ao se encontrar no umbral – há quanto tempo ali, onde estão suas forças, sua memória o confunde…
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Depois,
Quando André Luiz vai deixar o umbral, aparece Clarêncio – um ancião com um cajado. Ele fala de Clarêncio como uma pessoa sábia, que transmite luz.
– Em A Divina Comédia, Dante vai deixar o inferno pra ir pro purgatório, “salvo”, por um ancião, barba e cabelos brancos, uma pessoa de luz…
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Dante é informado que houve intervenção de Beatriz pra que pudesse deixar o inferno…
– André Luiz, já em Nosso Lar, pergunta sobre sua mãe, e fica sabendo que graças a ela, graças a intervenção dela, é que deixou o umbral…
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Cada um que tire suas próprias conclusões…
abril 23rd, 2011 às 3:06 AM
Não adianta, Biasetto. É aquilo que já comentamos em outra oportunidade: sempre vai existir, por parte dos religiosos, a desculpa esfarrapada. Grande parcela das pessoas religiosas tem esse “traço” na personalidade… Católicos, protestantes, espiritualistas, espíritas, todos eles. Todos eles – ao perceberem que, “talvez”, a doutrina à qual dedicaram grande parte de sua vida é desprovida de lógica, é contrária à ciência mais básica – apelam pra desculpa esfarrapada, como uma criança que conta para professora que não levou o dever de casa porque o “cachorro comeu”. Já sabemos – e imagino que nem seja mais ponto para discussão, porque já é um fato – que o Chico não era o “garotinho iletrado” e ignorante que os espíritas tentam pintar. Partindo desse pressuposto, não seria de se admirar que ele tivesse tido acesso a um exemplar em inglês do livro do Owen e, contando com a ajuda de um terceiro, traduzido algumas partes e adaptado-as para seus livros. Veja bem, não estou afirmando que foi exatamente isso o que aconteceu. Estou, apenas, levantando uma hipótese que, pelo que sabemos, não parece ser absurda. E, sendo ela verídica, nesse caso então pouco importa a data em que o livro foi editado no Brasil.
O fato é: “A Vida Além do Véu” foi escrito antes de vários livros do Chico Xavier, livros estes que apresentam semelhanças absurdas com a obra do Owen. Agora digamos que o Chico não plagiou “A Vida Além do Véu”. Mas o que dizer, então, dos outros supostos casos de plagio, apontados inclusive por este blog? Eles também são enquadrados como “Universalização do Ensino”? Todos eles? E outra. Biasetto, nesse último post, você bem observou: o livro do Owen é da década de 20. Os livros do Chico, cujas semelhanças com a obra do Owen são enormes, começam a partir de 1939. É tempo mais que o suficiente para se lançar uma edição brasileira ou mesmo para que um tradutor, amigo do Chico, como eu apontei, pudesse fornece alguns trechos traduzidos ao “mais famoso médium do Brasil”.
abril 23rd, 2011 às 3:06 AM
Por isso que o espiritismo, principalmente o que Kardec chamava de espiritismo, não é e, a meu ver, nunca será objeto de estudo da ciência: na qualidade de religião que assume, o espiritismo – amparado pelos seus seguidores por vezes fanáticos – recusasse a investigar e esclarecer os possíveis erros e casos de fraude que possam existir dentro da “doutrina” ou mesmo dentro das “obras de apoio” (livros supostamente psicografados, em um período posterior à “Codificação”). A maravilha da ciência está justamente no fato de seus objetos de estudo não serem imutáveis. Nada, aos olhos do método científico, adquiri um caráter de irrevogável. No campo da ciência, teorias são apresentadas, testadas e podem ser validadas ou não. Se forem validadas, mesmo assim é provável que sofram, ao longo do tempo, diversas alterações, aliás, nada mais natural do que isso, porque o interesse do corpo científico é justamente fazer com que as teorias estudadas se aproximem o máximo possível da verdade, e isso leva tempo, requer muito estudo por parte de diferentes pessoas, em épocas diferentes. A religião, de forma totalmente oposta, diz: “Isso aqui é o certo e não vai mudar nunca. Engulam”. Enquanto os espíritas permanecerem agindo dessa forma, podemos guardar o espiritismo na mesma prateleira do catolicismo, do protestantismo, do islamismo ou do hinduísmo. E, de preferência, fechar a porta do armário.
abril 23rd, 2011 às 3:07 AM
Ontem, em plena sexta-feira santa, comi um Cheese Bacon. Calma, Deus, eu posso explicar… “Feliz Páscoa” a todos. 🙂
abril 23rd, 2011 às 3:21 AM
Olá Caio,
É difícil pra qualquer um, aceitar que acreditou em algo que se mostra falso.
Eu não tenho a intenção de provar a ninguém, que o espiritismo é falso, que os fundamentos do espiritismo são bobagens.
Não é esta, a discussão aqui.
A questão, envolve a mediunidade do Chico Xavier.
Esta, eu não acredito mais.
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Caio,
Quando eu comecei a ler livros espíritas, especialmente os do Chico, meu “médium” preferido, a informação que eu tinha, que eu tive por muito tempo (até descobrir o blog), e acredito que é a informação que muita gente tem no meio espírita, é a de que livros como Nosso Lar, toda a série André Luiz, traziam novidades, originalidades, coisas que ninguém tinha falado antes.
Eu acreditava nisso! Então, muitas vezes, pensava assim:
Puxa, como o Chico poderia saber disto? Somente os espíritos poderiam ter passado pra ele.
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Mas eu estava enganado, totalmente enganado!
A partir de livros do Leon Denis, do Camille Flammarion, os próprios livros de Kardec, “A Vida Além Do Véu”, do Owen, daria tranquilamente pro Chico ter elaborado os livros que ele afirmava serem obras dos espíritos.
Eu não duvidaria do Chico, se não encontrasse TANTAS SEMELHANÇAS, são várias, muito significativas.
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Outra coisa, eu jamais pude imaginar a tal história da materialização lá de Uberaba, a questão dos perfumes, as próprias declarações do Waldo Vieira, falando que o Chico lia tudo quanto era biografia de santo – ele queria ser santo…
Então, Caio, vai-se juntando tudo isto e chega-se a qual conclusão ou quais conclusões?
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Estava bom o seu lanche?
Eu comi camarão – minha família está cheia de católicos!
Camarão é vegetal?
abril 23rd, 2011 às 2:21 PM
Vítor e colegas,
Na tentativa de encontrar o ano em que Carlos Imbassahy teria traduzido “A Vida Além Do Véu”, (não encontrei ainda a resposta) – me deparei com o tal livro, que você citou lá no post, o 1º sobre as semelhanças entre Nosso Lar e A Vida Além do Véu. O livro – A Marca da Besta – do suposto médium Robson Pinheiro. Se vocês quiserem perder tempo com um monte de bobagens, deem uma olhada nestes vídeos:
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http://www.youtube.com/watch?v=FR-6tVCCtlM&feature=related
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http://www.youtube.com/watch?v=TCWFgO9UG1o&feature=related
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A parte 3 eu não encontrei, também, é bobagem demais!
abril 23rd, 2011 às 2:34 PM
Vítor,
Tem um comentário meu, aguardando aprovação, onde indiquei dois vídeos – um monte de bobagens.
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Pra quem quiser ver mais um pouco de bobagens, pesquise no youtube ou no google sobre os “iluminatis”.
Sei que estes temas, fogem do que estamos debatendo aqui, mas quis apenas mostrar aonde vai parar a mente fantasiosa e irracional de algumas pessoas.
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Se você achar que estes comentários meus não devem constar no blog, favor excluí-los.
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Um abraço!
abril 24th, 2011 às 3:57 AM
Confiram o vídeo do Arnaldo Jabor:
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http://www.saindodamatrix.com.br/
abril 24th, 2011 às 5:43 PM
Oi, Biasetto. O lanche estava ótimo. Sempre gostei muito de cheese bacon. E na sexta-feira santa ele fica ainda mais saboroso. Acho que é pelo fato de que, enquanto você come, as pessoas te olham como se você tivesse roubando um banco. Haha.
Dei uma olhadada no vídeo do Jabor, que é ateu, pelo que sei. Ele não é meu ídolo, mas concordo com várias posições dele, principalmente no que diz respeito à religião.
Bom, é isso. Amanhã é dia de acordar cedo, aturar o chefe, voltar pra casa tarde… A vida não pára.
abril 24th, 2011 às 10:51 PM
É por aí mesmo, Caio.
Também não sou fã do Jabor, mas ele tem lá seus méritos.
Você falou tudo – Segunda-feira braba!
Mas tá bom, vamos tocando a vida…
abril 24th, 2011 às 11:41 PM
Como ninguém aparece por aqui. Só eu e o Caio, vou deixar um comentário pra Sônia, caso ela visite o blog, novamente.
Aproveitando a frase final dela. Ela disse:
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“Biasetto, não se pode acusar alguém, sem provas!”
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Sônia, pra mim, as provas são as inúmeras semelhanças que existem entre:
1º) Há Dois Mil Anos e Vida de Jesus;
2º) Há Dois Mil Anos e Hercunalum;
3º) Nosso Lar e A Vida Além do Véu;
4º) Libertação e A Vida Além do Véu;
5º) Mecanismos da Mediunidade e O Átomo.
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Então, Sônia, com toda sinceridade, gostaria que você desse sua opinião sobre estas “semelhanças”, explicando-me, o que a faz pensar que não houve “plágio” por parte do Chico.
Falo isto, com sinceridade mesmo, porque se você me convencer que estou equivocado, vou agradecer e até comemorar.
Um abraço!
abril 25th, 2011 às 12:04 AM
Posso antecipar a resposta da Sônia, Biasetto? Lá vai: Universalização do Ensino.
(Eu entrei em transe e pude ver ela, a Sônia, dando essa resposta… Sou médium. Mas não conta pra ninguém).
Hahahaha…
Falando sério agora, você (e quem mais estiver aí) já viu a resportagem da Super Interessante cujo título é “O que a ciência tem a dizer sobre a mediunidade”? Achei bem legal.
http://super.abril.com.br/revista/252/materia_revista_276712.shtml?pagina=1
abril 25th, 2011 às 12:12 AM
Alguém aí já ouviu falar do comediante ateu Edward Current? É mto bom, hahaha: http://www.youtube.com/watch?v=iQdNg_YTWjc
abril 25th, 2011 às 4:50 PM
Como dizia o velho profeta espírita…
Roubar a idéia de alguém é plágio…roubar de vários é pesquisa. 🙂
maio 9th, 2011 às 3:03 PM
“Como dizia o velho profeta espírita…
Roubar a idéia de alguém é plágio…roubar de vários é pesquisa”.
E graças a isso, temos computador e internet!
junho 1st, 2011 às 10:31 PM
Biasetto,
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Libertação é de 1949, mesmo ano em que o livro “Voltei” é publicado. No referido livro, há algumas passagens onde o espírito “Irmão Jacob” relata a semelhança entre os livros de André Luiz e Owen, como esta:
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“Recordando a leitura das narrativas de André Luiz, e Vale Owen, perguntei ao Irmão Andrade quanto às características do novo ambiente, informando-me, então, que nos achávamos numa colônia espiritual de emergência, situada em planos menos elevados”. Do capítulo: Ambiente Novo.
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No final do livro, há uma nota da FEB, dizendo:
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Vale OWEN, Ver. G. – Vigário de Oxford, Lancashire, Inglaterra, médium que recebeu uma série de livros semelhantes aos de André Luiz.
agosto 6th, 2011 às 12:17 AM
Posto aqui um trecho do Primeiro Canto do Inferno de Dante
Facilmente pode-se fazer um paralelo com um trabalho mediúnico. Não digo que seja conclusivo, porém acho que podemos fazer uma reflexão sobre. Claro que o primeiro Canto em Peso tem uma forte estrutura que facilita qualquer paralelo. Fico no aguardo de opiniões.
Trecho do Canto I
DA nossa vida, em meio da jornada,
Achei-me numa selva tenebrosa,
3 Tendo perdido a verdadeira estrada.
Dizer qual era é cousa tão penosa,
Desta brava espessura a asperidade,
6 Que a memória a relembra inda cuidosa.
Na morte há pouco mais de acerbidade;
Mas para o bem narrar lá deparado
9 De outras cousas que vi, direi verdade.
Contar não posso como tinha entrado;
Tanto o sono os sentidos me tomara,
12 Quando hei o bom caminho abandonado.
Depois que a uma colina me cercara,
Onde ia o vale escuro terminando,
15 Que pavor tão profundo me causara.
janeiro 13th, 2012 às 12:37 AM
Olá. Se não existe vida após a morte, melhor gozarmos a vida. Cometermos as mais diversas atrocidades (orgias, assassinato, estupro, roubo, tráfico…). Enfim, ao invés de discutirmos a veracidade disso, já que tudo é mentira. Melhor gozarmos a vida. Pois não existe nada depois da morte. Jesus, os profetas e todos os médiuns estavam e estão errados. Quase 100 % dos parentes de falecidos que receberam as cartas através de médiuns como Chico Xavier também estavam enganados. Provavelmente Chico Xavier já havia pesquisado a vida de cada pessoa que foi ao seu centro espírita, pois havia uma equipe que pesquisava toda a vida das pessoas que lá estavam, então, dessa forma, falsificava uma carta com assinatura igual ou semelhante aos falecidos em 35 % dos casos e em 93 % das cartas colocava nomes de parentes do falecido na carta com exatidão de 100% (revista superinteressante – abril 2010), sendo que nos outros 7% não colocava nome de parente nenhum e mesmo assim, os relatos que nelas continham, faziam os parentes acreditarem na carta do falecido. Também o estudo da Transcomunicação Instrumental com Sonia Rinaldi e com apoio de estudantes da USP, gravando vozes e imagens de espíritos são pura farsa e interferência de ondas ou sei lá o quê como os céticos acreditam (não precisa ser médium para gravar vozes de espíritos, qualquer um pode gravar vozes desde que se use a técnica apropriada, só não sei se vão gostar de ouvir o que vão escutar). Vamos gozar a vida, porque nada disso existe gente! Nem mesmo, as sessões de psicografia de Carlos Bacelli, atendendo famílias de madrugada em Uberaba com o recebimento de cartas, são uma total farsa. Pois ele gosta de acordar de madrugada, para receber carta de espíritos e não cobrar nada por isso e curiosamente as famílias saem de lá chorando com informações precisas, de nomes, e fatos relacionados aos seus entes queridos, todas chorando numa teatral falsidade. Será que Carlos Bacelli pesquisa a vida de cada familiar que vai lá receber a carta dele? Qual o motivo dessa discussão? Saber se há vida após a morte? Se existem informações semelhantes nos livros? Isso todo livro tem, informação muito semelhante. Tem um monte também com informações falsas ou erradas. Kardec nem Chico Xavier são donos da verdade, pois o próprio Kardec disse: “Caminhando de par com o progresso, o Espiritismo jamais será ultrapassado, porque, se novas descobertas lhe demonstrassem estar em erro acerca de um ponto qualquer, ele se modificaria nesse ponto. Se uma verdade nova se revelar, ele a aceitará” (Kardec, A Gênese, capítulo I, item 55). Sendo assim, os erros já estavam previstos, já que nenhum espírito é um Deus, somente estão desencarnados, e isso não os tornam melhores do que nós. Espíritos mentem e nenhum médium é perfeito… Mas as cartas de Chico Xavier e a Transcomunicação Instrumental não deixam dúvidas para os que pesquisarem um pouco mais além dos romances espíritas…
março 7th, 2012 às 8:20 PM
Leonardo, veja q a feb fez uma curiosa inversão em sua nota: disse q Owen recebeu livros semelhantes aos d André Luiz.
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Todavia, CX “recebeu” livros semelhantes aos d Owen, pois Owen publicou em 1921 e CX nos anos 30. A relação d influência é a oposta.
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Mesmo qdo falam alguma verdade, tomam a precaução d mascará-la e confundir os desavisados.
julho 17th, 2012 às 1:07 AM
É interessante como se deseja dizer que todo um livro é plágio de outro por causa de pequenas semelhanças em pouquíssimos trechos de livros que tem exatamente o mesmo tema. Ora, se o tema é o mesmo, é claro que haverão semelhanças, rs. Os dois livros são de médiuns, atribuídos a espíritos desencarnados, falando sobre como é a vida após a morte, é óbvio que haverão semelhanças. rs. Eu até entendo, Biasetto, que você ficou decepcionado pelo fato do livro “Nosso Lar” não ser algo completamente inédito, mas isso não é um argumento contra a Doutrina Espírita, muito pelo contrário, é um argumento a favor, pois mostra a concordância do Ensinamento dos Espíritos Superiores. Se você alguma vez leu a Introdução de O Livro dos Espíritos ou de O Evangelho Segundo o Espiritismo, você sabe do que eu estou falando. Ah homens de pouca fé que em vão procuram falhas em tudo que vêem. Se fossem cegos duvidariam da luz. A existência e comunicabilidade dos espíritos já está provada, pesquise sobre William Crookes. Ele foi um químico e físico inglês, identificou a primeira amostra conhecida de Hélio, descobriu o elemento químico Tálio, de número atômico 81, foi Presidente de várias instituições científicas, etc etc etc. Ele investigou os fenômenos mediúnicos de forma imparcial, impondo condições aos médiuns e vejam as suas conclusões:
“Esses experimentos parecem estabelecer conclusivamente a existência de uma nova força, conectada com o organismo humano de alguma maneira desconhecida.”
“Já se passaram trinta anos desde que publiquei um relatório dos experimentos tendentes a mostrar que fora de nosso conhecimento científico existe uma Força utilizada por inteligências que diferem da comum inteligência dos mortais … Nada tenho a me retratar. Confirmo minhas declarações já publicadas. Na verdade, muito teria que acrescentar a isto”
“Nunca tive jamais qualquer ocasião para modificar minhas ideias a respeito. Estou perfeitamente satisfeito com o que eu disse nos primeiros dias. É absolutamente verdadeiro que uma conexão foi estabelecida entre este mundo e o outro” – William Crookes.
Biasetto, li alguns de seus comentários. Gostei quando explicou que Emmanuel não plagiou a história do peixinho, pois ele deixou claro que não era sua, mas depois, você inexplicavelmente mudou de opinião (?). Me desculpe por dizer isso, mas você me lembra uma parábola de Jesus:
Mateus – Capítulo 13
1 – No mesmo dia, tendo Jesus saído de casa, sentou-se à beira do mar;
2 e reuniram-se a ele grandes multidões, de modo que entrou num barco, e se sentou; e todo o povo estava em pé na praia.
3 E falou-lhes muitas coisas por parábolas, dizendo: Eis que o semeador saiu a semear.
4 e quando semeava, uma parte da semente caiu à beira do caminho, e vieram as aves e comeram.
5 E outra parte caiu em lugares pedregosos, onde não havia muita terra: e logo nasceu, porque não tinha terra profunda;
6 mas, saindo o sol, queimou-se e, por não ter raiz, secou-se.
7 E outra caiu entre espinhos; e os espinhos cresceram e a sufocaram.
8 Mas outra caiu em boa terra, e dava fruto, um a cem, outro a sessenta e outro a trinta por um.
9 Quem tem ouvidos, ouça.
10 E chegando-se a ele os discípulos, perguntaram-lhe: Por que lhes falas por parábolas?
11 Respondeu-lhes Jesus: Porque a vós é dado conhecer os mistérios do reino dos céus, mas a eles não lhes é dado;
12 pois ao que tem, dar-se-lhe-á, e terá em abundância; mas ao que não tem, até aquilo que tem lhe será tirado.
13 Por isso lhes falo por parábolas; porque eles, vendo, não vêem; e ouvindo, não ouvem nem entendem.
14 E neles se cumpre a profecia de Isaías, que diz: Ouvindo, ouvireis, e de maneira alguma entendereis; e, vendo, vereis, e de maneira alguma percebereis.
15 Porque o coração deste povo se endureceu, e com os ouvidos ouviram tardamente, e fecharam os olhos, para que não vejam com os olhos, nem ouçam com os ouvidos, nem entendam com o coração, nem se convertam, e eu os cure.
16 Mas bem-aventurados os vossos olhos, porque vêem, e os vossos ouvidos, porque ouvem.
17 Pois, em verdade vos digo que muitos profetas e justos desejaram ver o que vedes, e não o viram; e ouvir o que ouvis, e não o ouviram.
18 Ouvi, pois, vós a parábola do semeador.
19 A todo o que ouve a palavra do reino e não a entende, vem o Maligno e arrebata o que lhe foi semeado no coração; este é o que foi semeado à beira do caminho.
20 E o que foi semeado nos lugares pedregosos, este é o que ouve a palavra, e logo a recebe com alegria;
21 mas não tem raiz em si mesmo, antes é de pouca duração; e sobrevindo a angústia e a perseguição por causa da palavra, logo se escandaliza.
22 E o que foi semeado entre os espinhos, este é o que ouve a palavra; mas os cuidados deste mundo e a sedução das riquezas sufocam a palavra, e ela fica infrutífera.
23 Mas o que foi semeado em boa terra, este é o que ouve a palavra, e a entende; e dá fruto, e um produz cem, outro sessenta, e outro trinta.
Um abraço fraternal! Fique com Deus!
julho 29th, 2012 às 7:29 PM
BIASETTO,
Queres respostas para as tuas dúvidas, meu amigo????
Leias o “LIVRO DOS ESPÍRITOS”. INSTRUA-SE SOBRE O ESPIRITISMO.
SÓ ASSIM, A PAZ E O AMOR DE JESUS PODERÁ RETIRAR ESSE VÉU QUE TE COBRE OS OLHOS E RETARDA O QUE NÃO QUERES VER.
FICA EM PAZ!!!!!!!
julho 29th, 2012 às 7:30 PM
BIASETTO,
Queres respostas para as tuas dúvidas, meu amigo????
Leias o “LIVRO DOS ESPÍRITOS”. INSTRUA-SE SOBRE O ESPIRITISMO.
SÓ ASSIM, A PAZ E O AMOR DE JESUS PODERÁ RETIRAR ESSE VÉU QUE TE COBRE OS OLHOS E RETARDA O QUE NÃO QUERES VER.
FICA EM PAZ!!!!!!!
GIOVANA
agosto 4th, 2012 às 10:55 PM
Swedenborg e Vale Owen descreveram o mundo espiritual de maneira muito semelhante. André Luiz também o descreve da mesma forma. Entretanto, há pessoas que se referem ao fato como sendo plágio.
Imagine-se uma descrição do Rio de Janeiro feita por um observador. Se, mais tarde, alguém descrever a mesma cidade, mostrando particularidades semelhantes, isso poderia ser considerado plágio, ou uma confirmação de uma realidade? Há pessoas que se especializam em “catar pulgas em gigantes”…
janeiro 14th, 2018 às 3:54 PM
É uma boa discussão. Não ficamos muito a vontade quando interrogamos a obra de Chico Xavier, acostumados que estamos com sua ( real) bondade. Parece, a princípio, que seria um “pecado” contestá-lo em tudo o que se dedicou devido sua humildade e espírito de doação Contudo, isso, mesmo que seja um atributo de grande valia no ser humano ( doar-se ao próximo) não pode impedir de ser confrontado com a realidade. Estou no espiritismo desde os 9 anos de idade ( hoje, com 54) e reputo à doutrina muito do que sou e do que penso. Mas, de uns anos para cá, também concluo por um espiritismo à moda tupiniquim. Muita influencia do Catolicismo, exageros de cobranças descabidas, invenções de “astral” e acontecimentos que são incongruentes até com a razão, e isso não é por menos, afinal, dois dos grandes expoentes no Brasil, Chico e Divaldo, ambos tem seus mentores ligados a tradição católica. Emmanuel foi padre por pelo menos 3 encarnações como ele mesmo divulgou; Joana de Angelis , uma Sóror na Bahia; além de ambos os médiuns também terem suas vidas marcadas por um trajeto na igreja romana quando muito novos, ou seja, estão fincados nessa crença. Fala-se hoje no espiritismo em “Nosso Senhor”; fala-se na “Virgem Maria”; relaciona-se Jesus como “Salvador”, inclusive, atribuindo-o como o espírito mais perfeito do planeta e como seu criador. Algo que sempre me intrigou é o fato de nunca, em momento algum da história do espiritismo no Brasil e, diante de tão portentosos médiuns, não só Divaldo e Chico, mas outros mais, não termos sequer uma única mensagem do Codificador e nem ao menos espíritos da plêiade. Por quê? Hoje, não há mais desafios no espiritismo. Nem a comunidade cientifica se atrai. O que se vê é um igrejismo chato, piegas, maniqueísta e arrogante, pois somente o espiritismo tem autoridade para falar de coisas espirituais. Nosso Lar opõem-se frontalmente com a obra Basilar do Espiritismo.Me causa desconforto asseverar que no plano espiritual você tenha “veículos de transporte de espíritos”, quando o “espírito sopra em todos os cantos”; Um “portão de ferro” que impede a entrada de uma “senhora”, barrada nos “muros” da cidade, entre outras aberrações. Fico a imaginar que, se tudo que há no plano físico é igual ao temos no plano espiritual, então, porque reencarnar? Pelo menos são essas as imagens que Nosso Lar nos trás do mundo espiritual.
janeiro 14th, 2018 às 5:22 PM
Estou de volta. Claro que o grande problema é a Religião. O espiritismo não nasceu como religião, antes sim, por uma instigação do codificador à fenômenos que imaginava descabíveis racionalmente. Este é um fato. Por si só toma uma via de realidade de uma outra dimensão. Vc mesmo, Biazzus, admite que “esteve” em planos da espiritualidade ( se assim o for, pois é só uma nomenclatura) teve uma experiência “sobrenatural” por uma definição não apenas de crença, mas e sobretudo, de realidade que só pode ser medida pelas pessoas que vivenciam, é algo como “senti” ao invés de “crer”. Haverão os que atribuirão ao inconsciente coletivo com que trata Carl Gustav Yung. O fato é que não é possível ( e aí é crença ou racionalidade?) crer-se apenas na materialidade com fim em si mesma. Não dá pra engolir, haja vista todas as qualidades da vida intelectual e o amor dedicado, tanto à causas, quanto as pessoas nessa vida. Impossível perdermos definitivamente alguém, como Mozart, Einstein, Pitágoras, Michel Temer (rsrsrsrsr só pra descontrair), ou mesmo seus pais, filhos avós ou ou o grande amor da sua vida; ou seu melhor amigo. Ok, tá!, ainda assim, é crença, pela possibilidade de tornar a vida mais leve e dar sentido á ela. Tudo bem, mas você mesmo relatou experiências que, agora, até parecem sonhos, mas no momento dos acontecimentos, foram muito reais. Toda a discussão envolve uma perspectiva: a de que, mesmo que Chico Xavier tenha criado suas estórias ( e admito até que ele possa ter influência de espíritos; muita coisa dele e etc…) ainda assim vale como exemplo pra um mundo mais feliz e suportável. Claro que não concordo com aquela aura de sofredor e que só por esse caminho se progride. É tanto verdade que Waldo Vieira rompeu com o espiritismo por achar que são uns “chorões” como ele mesmo relatou. E não deixa de ser. Vi o depoimento daquela senhora, médica, ligada ao Chico que não recordo o nome que, por ocasião da morte do médium e a conquista do penta pela seleção brasileira, dizia que o Chico tinha sido um campeão também, atribuindo uma de suas conquistas, a subjugação ao sexo, ou seja, pensamento retrógrado, do modelo judaico/cristão de pecado que a igreja sempre apregoou. O que vejo com lamentável constatação é que o espiritismo brasileiro, ligado à tradição católica, subverteu a obra de Kardec. Acho mesmo que o mestre Lionês nunca se manifestou, por constatar o absurdo em que transformaram a obra que tão bem se propôs a construir.
O espiritismo sempre criticou as obras do Hercílio Maes, tendo Ramatís como autor espiritual ( e também concordo que é muita viagem do Hercílio), dizendo que não poderiam ser consideradas as obras dele porque não passavam pelo método analítico/comparativo que Kardec instituiu quando da organização da doutrina espírita. Mas, e a obra do Chico? Toda calcada na observação de um espírito, sejam eles todos quanto foram? É contraditório.