“Herculanum” (1937) de W. Krijanowsky e “Há Dois Mil Anos” (1939), de Chico Xavier: Indícios de Plágio.

Grandes similitudes foram encontradas entre as obras “Herculanum” da médium Vera Ivanovna Kryzhanovskaia (1861-1924) e “Há Dois Mil Anos”, de Chico Xavier (1910-2002). Vamos a elas!

 

Herculanum (1937), de W. Krijanowsky, pelo ‘espírito’ Rochester

Há Dois Mil Anos (1939), de Chico Xavier, pelo ‘espírito’ Emmanuel

O povo precipitava-se em ondas pelas ruas, a gritar: – o Vesúvio! Fogo! (página 157)

todos os lugares estavam tomados por gente que saía de casa, desarvorada, aos gritos de “Fogo, Fogo!… O Vesúvio…” (página 435)

Uma pirâmide de fumo, gigantesca, golfava do ápice da montanha, ora esbranquiçada, ora negra, sulcada de relâmpagos e serpentinas de fogo! (página 157)

Do cimo do Vesúvio elevava-se grossa pirâmide de fumo, sem que ninguém atinasse com a causa do fenômeno insólito. (página 434)

A esse tempo, ouviu-se um rumor abafado, semelhante a um trovão subterrâneo. A terra teve como que um calafrio e súbito crepúsculo envolveu, empanou a claridade solar!

[…]

Fora, outra dificuldade os aguardava: é que as ruas estreitas estavam atravancadas de viaturas, peões e cavaleiros que se esbarravam e comprimiam em fuga desordenada, procurando ganhar o porto e fugir por mar.

Foi quase a passo que conseguiram atravessar a massa, em tumulto gritantemente espantoso. Contudo, dominado todo aquele pandemônio, o vulcão trombejava e do cume esbraseado continuava expelindo um turbilhão de chamas e de fumo.

Detonações ininterruptas, já uma atmosfera sulfurosa, irrespirável, se fazia sentir, ao mesmo tempo que cinza tenuíssima e vesicante começava a difundir-se, cegando homens e animais.

(páginas 157-158)

Plínio verificou que todas as vias públicas estavam repletas de gente desesperada, de viaturas e de animais espavoridos.

Com enorme dificuldade, vencia todos os obstáculos, mas o Vesúvio lançava agora, para o céu, uma fogueira indescritível e imensa, como se a própria Terra houvera incendiado as entranhas mais profundas.

Uma chuva de cinza, a princípio quase imperceptível, começou a cair, enquanto o solo continuava a tremer com ruídos surdos, aterradores.

De instante a instante, ouvia-se o estrondo pavoroso de colunas derribadas ou de edifícios desmoronados pelos abalos sísmicos, ao mesmo tempo que o fumo do vulcão ia eclipsando a confortadora claridade solar.

(página 435)

 

A própria Editora avisa para as semelhanças entre os dois livros:  

Este trecho desperta interesse e atenção do leitor curioso e inteligente, pela similitude que oferece com a descritiva de outro romance mediúnico e também precioso, qual o Herculanum, do Conde de Rochester. – Nota da Editora.

Em primeiro lugar, devo dizer que a expressão “pirâmide de fumo” é muitíssimo incomum e eu só a encontrei nesses dois livros. Outras expressões semelhantes como “claridade solar”, embora não tão incomuns, reforçam o fato de que o Chico teria lido “Herculanum”  

Em segundo lugar, a 7ª edição do livro “Herculanum” em português, com a tradução de Manuel Quintão, é de 1937, apenas dois anos antes de o Chico publicar “Há Dois Mil Anos”. É provável que Chico tivesse acabado de ler a obra e transportado parte de seu conteúdo para a “psicografia”. Pelo menos dessa vez a Editora percebeu a similitude.  

Em terceiro lugar, lembro que “Há Dois Mil Anos” também possui trechos nitidamente retirados do livro “Vida de Jesus”, de Ernest Renan. Renan foi um historiador francês que possuía enorme preconceito contra os judeus, segundo me disse o historiador Lair Amaro: “O livro de Renan já caiu em desuso desde os anos 80 do século passado em função de erros topográficos e geográficos e de sua visão etnocêntrica e racista sobre a Palestina”.  

O livro “Há Dois Mil Anos” sofre do mesmo problema, colocando toda a culpa da morte de Jesus nos judeus e nenhuma nos romanos, e isso às vésperas do Holocausto! Algo assim jamais poderia vir de um suposto Espírito Superior (como se acredita que Emmanuel era).  

Mais uma vez, percebe-se que o processo da psicografia de Chico nada tinha de espiritual.

35 respostas a ““Herculanum” (1937) de W. Krijanowsky e “Há Dois Mil Anos” (1939), de Chico Xavier: Indícios de Plágio.”

  1. Marcos Arduin Diz:

    Emmanuel era um espírito SUPERIOR? Como chegou a essa conclusão? Baseado em Kardec, com a sua escala espírita, o ÚNICO espírito superior que deu as caras por aqui foi aquele que encarnou em Jesus. Fora esse…
    .
    Se algum chiquista, por ignorância ou excesso de puxassaquismo, ou talvez o próprio Chico, num lapso ou talvez também por ignorância, tenha deixado escapar que Emmanuel seria um espírito superior, pisaram na bola todos eles.
    Não temos nenhum espírito superior falando pessoalmente por aqui, através de médium nenhum. No máximo espíritos secretários, ao nosso nível intelectual-moral, que eventualmente podem mandar algum recado desses espíritos.
    .
    Emmanuel foi simplesmente um espírito COMUM, no mesmo nível da nossa craveira comum. Sabedor tanto do que sabemos, quanto ao nosso mesmo nível de moralidade.
    .
    E como já disse o historiador que dá as caras por aqui, a FEB teria feito melhor se checasse os dados históricos sobre o Lêntulo Cornélio para ver se algo conferia. Quem sabe aí talvez o Há 2000 anos nem saísse do prelo.

  2. benedactilo Diz:

    De todos os argumentos, o mais fraco eh nao se poder criticar os judeus (nem mesmo por entregar Jesus a morte).
    Antes ou depois da carnificina dos nazistas, tanto faz.
    Eu critico os judeus e nao sou nazista: eles acreditam num deus estupido e pensam que sao os “donos do mundo”.
    Os judeus entregaram Jesus. Isto eh fato. Mas isso nao significa que devemos elimina-los do mundo so porque eles oferecem primeiro a filha mais velha…
    Sobre Emmanuel: um cara que escreve tres livros para FALAR DE SI MESMO, nao eh um espirito superior…

  3. Vitor Diz:

    Benedactilo,
    eu não estou dizendo que os judeus foram santos no episódio da morte de Cristo. Agora, atribuir para eles TODA a responsabilidade e ao mesmo tempo pintar os romanos como fazendo de TUDO para salvá-lo é absurdo.

  4. Biasetto Diz:

    Vítor,
    Mais uma vez, você acertou em cheio.
    É muita semelhança e não há mais como negar as cópias, as adaptações.
    As palavras se repetem, as idéias também. SÓ NÃO VÊ ISTO QUEM NÃO QUER.
    E aí, o nobre professor Arduin, vem dizer que Emmanuel não era (ou não não seria hoje) um espírito superior – oras Arduin, tenho grande apreço por muitas e muitas colocações tuas, mas a questão é que Emmanuel NUNCA EXISTIU.
    O Chico inventou/criou Emmanuel, André Luiz e todos os outros espíritos que ele afirmava psicografar. Repito: SÓ NÃO VÊ QUEM NÃO QUER.

  5. Caio Diz:

    Vitor, você pensa em reunir todas essas suas pesquisas? Seria muito interessante… Abs.

  6. Biasetto Diz:

    Caio,
    Você tocou em um ponto fundamental. Se o Vítor reunir tudo em um livro, haverá, no mínimo, umas vinte, trinta, sei lá quantas evidências dos plágios, das adaptações. E mesmo assim, muitos espíritas vão ficar rebatendo esta idéia, dizendo que é coincidência, semelhança, que não foi o Chico, que foram os espíritos que copiaram, coisas deste tipo.
    Eu também, aqui no blog tem vários relatos meus, tentei ir por este caminho. Até que não deu mais: aceitei a verdade.
    O Chico FOI UM BOM ESCRITOR, apenas isto.
    Na minha concepção de espiritualidade, até continuo acreditando que exista o espírito, que existam cidades espirituais e também a reencarnação. Certeza não tenho, mas acredito em tudo isto.
    Então, muitas coisas que o Chico disse, devem ser verdadeiras, acho que são. Mas ele se baseou nas suas leituras e crenças íntimas. Para dar credibilidade ao que escrevia, fez uso da idéia que psicografava.
    – ele tinha anotações em cadernos, vários cadernos, pois muitos foram queimados.
    – ele tinha biblioteca em casa e lia bastante.
    – ele era muito disciplinado e tinha facilidades tanto de memorização como de criação literária.
    – ele tinha muita vontade, desejo em consolar as pessoas, provavelmente tentando consolar a si próprio.
    – ele também encontrou pessoas que o ajudaram nisto tudo, como o próprio Waldo Vieira.
    É isto o que eu penso, depois de ter analisado tudo o que já li neste blog, ter pensado sobre a opinião de muitos colegas que aqui comentam e, por minha própria iniciativa, ter verificado as semelhanças em vários livros, inclusive tendo como referência o livro do Owen – A Vida Além Do Véu.

  7. Paulo Diz:

    Biasetto, o que ainda te faz acreditar nos espíritos, cidades e reencarnação?

  8. Biasetto Diz:

    Olá Paulo!
    Bem, cada um tem as suas crenças ou descrenças.
    Existe no imaginário humano, há muito tempo, a idéia de cidades avançadas, paisagens extraordinárias, locais maravilhosos. Talvez seja só uma ilusão, um desejo, uma fantasia. Talvez não!
    Sabe Paulo, tenho, desde a infância, sonhos com estes lugares, mesmo antes de ter lido obras espíritas. Uma vez até passei pro Juliano, um email, comentando sobre isto e ele me deu umas informações legais.
    Você vai dizer, que são apenas sonhos. Talvez você esteja certo. Mas, são sonhos muito reais, muito marcantes, eu poderia escrever um livro pra contar as coisas que já vi, como são e tudo mais. Só que eu não sou sacana, como muitos caras que têm por aí, e não vou ficar inventando que o espírito x ou y me mostrou estes lugares, além do fato que também sei que muitos vão ridicularizar minhas experiências, risco que corro aqui também. Mas, como várias pessoas têm colocado suas experiências à mostra, o Higor, o Gilberto, o Juliano e assim vai – então, fica a informação e cada um faz a análise que quiser.
    Eu acredito que possa existir vida pós-morte também, porque existem várias coletâneas de “provas”, ainda que contestadas, mas como o próprio post anterior, da Piper – veja que o Vítor que é o criador deste blog, acredita na mediunidade dela.
    Achei muito interessante o livro do Owen, pode ser que ele também não tenha sido médium. Mas eu estava lendo a bibliografia dele, e ele praticamente “perdeu tudo” por causa da insistência nas psicografias, então ele deve ter passado por uma experiência realmente muito forte.
    Então, Paulo, será que todo mundo mente? todo mundo se engana?
    Neste campo da espiritualidade, religiosidade, estou mais com aqueles que afirmam ter algumas idéias e indícios, do que aqueles que afirmam tem certezas, seja na questão da crença ou da descrença.
    Agora, evidências são evidências – e quanto à “mediunidade” do Chico, elas estão muito claras pra mim: ele não foi médium.
    Um abraço!

  9. Paulo Diz:

    Ok Biasetto, obrigado pela resposta!
    Já tive experiências com sonhos lúcidos e projeção também. Pode deixar que não vou ridicularizar nada.
    Abraço

  10. Biasetto Diz:

    * correção:
    Mas eu estava lendo a bibliografia dele, …
    = Mas eu estava lendo a BIOGRAFIA dele, …

  11. Vitor Diz:

    Caio,
    vc não sabe a quantidade de pessoas que me cobra isso… mas passar da vontade para concretização é difícil… 🙁

  12. Carlos Diz:

    Vitor,
    .
    Você reuniu um conjunto sgnificativo de evidências sobre “criptominésia” na mediunidade de Chico Xavier. Deixe o “difícil” de lado e passe ao trabalho… Abraços

  13. Marcos Arduin Diz:

    Biasetto: E aí, o nobre professor Arduin, vem dizer que Emmanuel não era (ou não não seria hoje) um espírito superior – oras Arduin, tenho grande apreço por muitas e muitas colocações tuas, mas a questão é que Emmanuel NUNCA EXISTIU.
    O Chico inventou/criou Emmanuel, André Luiz e todos os outros espíritos que ele afirmava psicografar. Repito: SÓ NÃO VÊ QUEM NÃO QUER.
    .
    – Sabe, Biasetto, eu não me acho nenhum nobre. Nem sou de família com ascendência nobre (na verdade nem sei quem são meus ancestrais além dos bisavós paternos…). Isso pra começar.
    Quanto a Emmanuel & Cia Bela haver ou não existido, bem… Acho que Chico Xavier era um matuto MUITO MAIS ESPERTO DO QUE PENSAMOS. É incrível que até por volta de 1980 o Espiritismo não era algo lá muito considerado pela nossa sociedade de maioria católica. Quem iria imaginar que colocar “psicografado por…” faria um livro vender nessas condições? Será que se Chico houvesse assinado apenas com seu nome e nada mais, a vendagem da obra não seria ainda maior?
    .
    Acho que é muito desperdício de oportunidade. O cara teve o trabalho de ler obras (ele já estava cego de um olho e com o cristalino deslocado no outro por essa época?), escrever um monte de asneiras e… atribuí-la a um espírito que não existe? Isso é muito estranho. Eu ainda não dei à publicação, mas escrevi um romance da minha autoria. E não vou atribuí-lo a espírito nenhum já que todo o trabalho foi meu.
    .
    Com base nisso, seu Biasetto, pode me dizer com que finalidade então Chico INVENTOU esses espíritos?

  14. Vitor Diz:

    Oi, Arduin

    o Chico não inventou, ele simplesmente ACHOU que esses espíritos eram reais. O Publio Lentulus (bisneto do Sura) ele acreditava que era real por uma carta apócrifa que já circulava à época, mas que ele não sabia que era apócrifa. Ele achou que era um documento autêntico. Até hoje muita gente acha que é!

  15. CLAUDINHA Diz:

    OUTRO PLÁGIO(POESIA)

    A primeira estrofe do poema atribuído ao espírito de Augusto dos Anjos, no livro “Parnaso do além-túmulo”, de Chico Xavier:

    Vozes de uma sombra

    Donde venho? De era remotíssimas
    Das substâncias elementaríssimas
    Emergindo das cósmicas matérias.
    Venho dos invisíveis protozoários,
    Da confusão dos seres embrionários,
    Das células primevas, das bactérias.

    E aqui o poema original de Augusto dos Anjos, um dos nossos maiores poetas:

    Monólogo de uma sombra

    «Sou uma Sombra! Venho de outras eras,
    Do cosmopolitismo das moneras…
    Pólipo de recônditas reentrâncias,
    Larva de caos telúrico, procedo
    Da escuridão do cósmico segredo,
    Da substância de todas as substâncias!

    No mínimo, CX agiu de má-fé ao atribuir esses versos a Augusto dos Anjos. Ele não ia reescrever para piorar sua própria obra.

  16. Vitor Diz:

    Boa participação, Claudinha!Realmente achei os versos do Chico piores (esses “íssimas” são muito chatos, dói o ouvido se você for ler) e o tema é muito parecido, há palavras idênticas (substância, cósmico, era…). MUITO OBRIGADO por esse achado, Claudinha! Não sei se dá para atribuir má fé ao Chico, pode ser criptomnésia, mas foi uma excelente contribuição!

  17. Biasetto Diz:

    Arduin,
    Primeiramente, com relação ao “nobre”, não houve qualquer forma de “desápreço” de minha parte, porque o que eu quis dizer foi algom como: “meu caro amigo Arduin”, ou “brilhante professor Arduin” – e é isto mesmo que penso de ti, pois respeito sua condição de professor em uma das maiores e mais respeitadas universidades do país.
    A gente vai conversando com este ou aquele no blog, e começa a se sentir bastante amigo, assim penso eu, então saimos do “lugar comum” e passamos a usar de certa “intimidade”. É só isso!
    Eu respeito muito tuas colocações, aprendi muito contigo, como, por exemplo, algumas informações que você passou a respeito da FEB, de como a turma agia por lá, não sei se age ainda, além de outras coias.
    Que o Chico tinha problemas de saúde, isto a gente sabe, o que poderia ter dificultado em muito seu trabalho em todos os campos.
    Você, com certeza, assistiu o filme sobre ele. Pelo que se passa lá e eu já li algo assim também, ele foi INCENTIVADO A PSICOGRAFAR – então, eu acho que ele gostou da idéia, porque, talvez, foi o jeito que ele encontrou para escrever os livros, colocar muitas idéias dele no papel. Atribuindo isto aos espíritos, por um lado, também deixava ele numa situação bem confortável, porque se alguém falasse que Nosso Lar era pura ficção, ele diria: “Olha, foi o que o André Luiz me passou”.
    Também acho que ele poderia ter sido um grande escritor, defendendo a causa espírita, as idéias e fundamentos do espiritismo.
    Sabe o que eu acho até curioso: se ele tivesse escrito os livros sem dizer que eram psicografados, aconteceria o inverso: por exemplo, se ele tivesse escrito Nosso Lar, afirmando que estava adaptando informações do livro do Owen (A Vida Além Do Véu), muita gente iria se perguntar, até hoje, “nossa! será que André Luiz não é um espírito mesmo?”
    É isto que eu penso.
    Um abraço!

  18. Biasetto Diz:

    corrigindo: “desápreço” = “DESAPREÇO” (não tem acento!)

  19. CLAUDINHA Diz:

    Achei na internet pesquisando no Google.

  20. Biasetto Diz:

    Vítor,
    Não sei nem se a questão vai pelo caminho das criptominésias!
    Acho que o Chico sabia muito bem o que estava fazendo, porque ele tinha as “apostilas” dele. Ele anotava o que interessava pra ele lá, então eu acho que ele consultava e tudo mais.
    Eu não tenho tempo pra ficar fazendo estas pesquisas, além do mais tenho mulher e filhos e um cachorro também, e muitas contas a pagar, além de tentar oferecer o melhor pros meus alunos e tudo mais. Mas se tivesse tempo e recursos também, eu iria encontrar “trocentas” passagens nos livros do Chico, correlacionadas a muitos outros livros. Disso, eu não tenho dúvida alguma.
    Também, nem é meu propósito de vida, ficar desmascarando este ou aquele médium, até porque cada um acredita no que quiser e, neste mundo cheio de absurdos e mediocridades, como esta coisa louca aí, que aconteceu no Rio de Janeiro hoje, então neste mundo absurdo, com gente (alguns) que não merecem ser chamados de bicho, eu entendo perfeitamente, que as pessoas procurem consolo em religiões e psicografias, sei lá!

  21. Marcos Arduin Diz:

    Meu caro Biasetto:
    1 – Dispenso elogios e chamadas enfeitadas. Não sou do tipo que gosta que joguem confetes nele.
    .
    2 – Quanto à FEB, foi bom que tivessem chutado o Rustenismo de lá, mas não sei se melhorou em outros aspectos. Ouvi falar que fazem muito oba-oba com um médium que inclusive diz receber mensagens do Chico. E ninguém da FEB se preocupou em levar aos conhecidos que guardam as senhas que Chico deixou para ser reconhecido? Deviam chamar a Dona Prudência para dar uns corretivos nessa bagunça.
    .
    3 – Não deve ser nada fácil a leitura para uma pessoa cega de um olho e com o cristalino deslocado no outro. Chico disse a respeito disso que não o impedia de ler, mas dificultava muito e por isso não era essa “fabulosa traça de livros” que os seus críticos acham que foi.
    .
    4 – Na verdade não vi o filme e há muitos detalhes da vida do Chico que desconheço. Toda vez que se reconhece em uma pessoa potencial mediúnico, em geral ela é incentivada a desenvolver a mediunidade. Não sei bem como isso se deu com o Chico. Agora quanto a dizer que “foi um espírito e não eu”, acho que seu cachorro daria desculpa melhor.
    .
    5 – Não entendi as suas colocações finais, mas o lance é o seguinte: atribuir a um espírito a autoria de uma obra EM NADA faz essa obra valer a pena. Não há motivos para um autor fazer essa atribuição, quando a obra é sua. Chico, se fosse o caso, teria feito muito melhor dizendo ser coisa sua, pois aí não ficaríamos aqui com o Vitor clamando que Emmanuel é um espírito superior (o que não é) que falou besteiras. O Chico falar besteiras não teria problema: é só um humano com informações limitadas. Já o Emmanuel falar asneiras, aí é grave! Um espírito SUPOSTAMENTE deveria saber do que está falando, ainda mais quando se coloca como tendo sido encarnado num inexistente Públio Lêntulo…
    Viu só o problema, o baita abacaxi que os chiquistas que passam por aqui só querem resolver na base da choradeira?

  22. Biasetto Diz:

    Como queira, senhor Arduin, me desculpe se o tratei como um amigo! Afinal nós não nos conhecemos mesmo!
    .
    Eu é que não entendo aonde o senhor quer chegar!
    .
    Ramatis é um bobão!
    Emmanuel é um zé mané…
    .
    Então, qual é a sua explicação para o monte de “semelhanças” que existem nos “livros do Chico” e outras obras literárias?
    .
    Não seria mais fácil e lógico, admitir que tais espíritos simplesmente não existem?
    .
    Oras, porque o Chico fingiu ser médium?
    Pergunte ao Wágner Paixão, o que ele sente, quando participa de um Congresso Espírita e ficam enchendo a bola dele, porque ele psicografa o JK e o próprio Chico.
    Aplaudem ele em pé. Deve ser bom pro ego dele, porque ele inclusive dá entrevistas, falando das cidades espirituais e coisas mais.
    .
    O senhor não gosta, mas eles devem gostar muito dos confetes.
    .
    Saudações.

  23. Caio Diz:

    Vitor, entendo que você encontaria (muitas) dificuldades pra reunir todas essas suas pesquisas de uma forma bem organizada e, quem sabe, publicar… Mas valeria muito, velho. Seria de um valor imensurável. Suas pesquisas, se não concluem de uma vez por todas aquilo que o Xavier de fato era, no mínimo dão um tremendo xeque-mate no “maior médium brasileiro de todos os tempos”. Muitas pessoas passariam a refletir a respeito, não tenho dúvida quanto a isso.

    Recentemente, tenho lido alguns comentários “pró-Chico” do tipo: ele não ganhava grana alguma com suas obras, ele não ganhava absolutamente nada, se ele atribuía suas psicografias aos espiritos é porque eles realmente existem. A meu ver, esse argumento é bem fraco e podemos desmontá-lo refletindo sobre dois pontos:

    (a) Mesmo que o sr. Xavier ouvisse vozes, ou escrevesse “no piloto automático”, de forma alguma podemos deduzir por aí que ele verdadeiramente mantinha contato com espíritos. Ele podia, muito bem, sofrer de um transtorno mental, conhecido ou (ainda) não pela medicina moderna. Ele podia, muito bem, trabalhar em uma espécie de transe, em um estado alterado de consciência. Em suma, operar com uma disfunção na química cerebral. Eu gostaria muito de saber de um psiquiatra se esse possível transtorno poderia se somar à criptominésia, se essas duas hipóteses poderiam trabalhar em conjunto;
    (b) Chega a ser inocente alegar que o sr. Xavier nada ganhava “psicografando”. É bem verdade que, até onde se sabe, financeiramente falando ele não se beficiava muito disso. Mas o que dizer do status de pop-star que ele adquiriu? Isso, por si só, não seria o suficiente para prolongar por uma vida toda essa brincadeira?
    Abs e boa noite a todos.

  24. Biasetto Diz:

    Caio,
    Se me permite entrar na tua conversa com o Vítor, agradeço tua colocação final, porque ela responde ao senhor Arduin, aquilo que eu estava querendo dizer a ele:
    .
    Caio diz: “Mas o que dizer do status de pop-star que ele adquiriu? Isso, por si só, não seria o suficiente para prolongar por uma vida toda essa brincadeira?”
    .
    Aqui no blog tem um post sobre o eletroencefalograma do Chico:
    .
    http://obraspsicografadas.haaan.com/2010/o-eletroencefalograma-de-chico-xavier/
    .
    Outra coisa, Caio, o problema que vejo na questão da criptominésia, é que o Waldo Vieira “psicografou” vários livros com o Chico, então, os dois “sofriam dos mesmos problemas”?
    .
    Valeu!

  25. Caio Diz:

    Sim, Biasetto. Bem observado… Eles “sofriam dos mesmos problemas”… Hahahaha… A criptominésia deles era perfeitamente sincronizada. Pra um bom entendedor, meia palavra basta, né? Acho que a hipótese da criptominésia pode explicar alguns casos, mas pra outros a resposta é mais simples do que parece. Hehe…

  26. Caio Diz:

    Biasetto, valeu por alertar pelo post do eletro do Chico. Bem bacana.

  27. Gilberto Diz:

    O Vitor teria muitos problemas ao publicar seu material. Há muitas pessoas poderosas que o processariam, e levariam os processos para território amigo, com juízes amigos (e espíritas!). Aconteceu com o Bispo Macedo e seus livros na década de 80. É claro que o tiro saiu pela culatra e a IURD cresceu bastante. Mas não creio que o Vitor tenha advogados tão preparados. Macedo foi inocentado de todas as acusações contra ele até agora. Até a delegada que o prendeu se converteu! O cara é bom nisso. Mas depois criaram-se duas facetas: a de charlatão e a de líder com credibilidade. Não há meio termo. Nunca publicaram as notícias dos vereditos favorecendo Macedo, mas até hoje, quando a Globo fala dele, mencionam as suas acusações, omitindo sua inocência (pelo menos juridicamente falando!) O Vitor ficaria pelo caminho, com dívidas altíssimas e seu trabalho de pesquisador engessaria. Acho que ele deve ficar no meio acadêmico. A verdade vem à tona de qualquer forma, longe do escândalo e de processos onerosos. Se ele tivesse contatos na Record e pudesse publicar seu trabalho por uma editora independente, como o próprio Macedo fez com sua biografia (que, apesar de encomendada por ele, traz muitas partes incômodas, por ter sido um trabalho concluído pela Editora Larrousse), o Vitor teria uma chance. Mas não acho que a Record se interessaria, pois eles não se importam mais em crescer fazendo as outras religiões diminuirem, mas sim através da velha técnica de pegar a pessoa desesperada e desesperançosa.
    .
    Curiosidade Macediana Globalensse: sabem porque Gabriel, o Pensador tem quatro músicas que metem o pau na IURD? É porque a mãe dele é a jornalista Beliza Ribeiro, jornalista do Globo que assina todas as matérias daquele jornal contra a IURD. Curioso, não? E Gabriel cisma em dizer que cresceu nas ruas. Só que ele omite que cresceu nas ruas do Leblon. Puxou a mãe, né?

  28. Biasetto Diz:

    Olá, Gilberto!
    Interessante tuas colocações, mas acho que são um pouco exageradas.
    Acredito que o Vítor publicaria o livro e não receberia os tais processos, mesmo porque, se fosse assim, este blog já não existiria há tempos!
    Um abraço.

  29. Marcos Arduin Diz:

    Biasetto: Como queira, senhor Arduin, me desculpe se o tratei como um amigo! Afinal nós não nos conhecemos mesmo!
    – Não precisa me tratar com elogios
    .
    Biasetto: Eu é que não entendo aonde o senhor quer chegar!
    .
    Ramatis é um bobão!
    – Ramatis não é um bobão: é só um espírito pseudo-sábio que encontrou um médium bobão que navegou na dele e, com isso, conseguiu uma legião de gente sem senso crítico para segui-lo.
    .
    Biasetto: Emmanuel é um zé mané…
    – Usando-se do critério adotado por Kardec e recomendado aos espíritas é bem provável. Afinal ele escreve um romance biográfico dizendo-se ter estado encarnado num cara que nunca existiu. Deveria ter policiado o Chico, evitando que ele se entregasse à FEB e ao seu rustenismo. E vai por aí.
    .
    Biasetto: Então, qual é a sua explicação para o monte de “semelhanças” que existem nos “livros do Chico” e outras obras literárias?
    – A mesma do Vitor: ele pode ter lido as obras e usado dados delas como referência. Apenas discordo da colocação feita como plágio. Tecnicamente não o seria, embora seja válida a crítica de Chico não ter citado suas fontes de consulta.
    .
    Biasetto: Não seria mais fácil e lógico, admitir que tais espíritos simplesmente não existem?
    – Seria… Se não houvesse outros dados que nos apontam para a existência deles. Chico psicografava cartas de familiares e nelas eram reconhecidas evidências de que eram mesmo do falecido. Aqui o Vitor quer resumir tudo a uma palavra mágica: entrevista.
    .
    Biasetto: Oras, porque o Chico fingiu ser médium?
    Pergunte ao Wágner Paixão, o que ele sente, quando participa de um Congresso Espírita e ficam enchendo a bola dele, porque ele psicografa o JK e o próprio Chico.
    Aplaudem ele em pé. Deve ser bom pro ego dele, porque ele inclusive dá entrevistas, falando das cidades espirituais e coisas mais.
    – Não acho que Chico tenha fingido ser médium. Apenas talvez não tenha distinguido bem os limites de revelação e de intervenção própria. Chico era um matuto pouco instruído, sem preparo e sem o senso crítico necessário para questionar o que recebia. O mesmo já não deveria acontecer com quem está enchendo a bola do Paixão aí. Infelizmente gente burra tem em todo lugar.
    .
    Biasetto: O senhor não gosta, mas eles devem gostar muito dos confetes.
    – Uma pena.
    .
    Saudações.
    – Outras

  30. Shado Diz:

    Tão perdidos.A análise superficial , que consideram aqui como grandes pesquisas , demonstram a inutilidade do blog.Não sou espírita , nem religioso , nem acompanho ou mesmo leio livros de chico xavier.Busquei por acaso o blog , que pela exacerbada propaganda parecia-me ponto de estudos sérios que buscava explicações , conhecimento e definição.Tremendamente decepcionado com materiais e discussões aqui colocadas , perda de tempo.Os argumentos tendencios em nada buscam elucidar o caso , embasados em “evidências” infantis e insustentáveis.

    Façam algo sério , sem inclinações.Fica a parecer somente uma desocupação que gerou algo do tipo de uma conversinha irritada de final de semana.Se vocês querem publicar um livro com todas essas “provas” , revisem e refaçam , para que não caiam no ridículo.

  31. Biasetto Diz:

    Oras Shado,
    Você poderia, então, contribuir com análises mais profundas, mas qualificadas.
    Você tem pesquisas a apresentar, então apresente-as…

  32. iconoclasta Diz:

    excelente….esse chico é d-…..apesar de tudo aprecio o trabalho humanitário feito por ele….mas é só isso….
    muito plágio mesmo. essa então da poesia q a CLAUDINHA postou, fala sério…q plágio….

  33. Marcos Diz:

    Vitor

    Absolutamente não é plágio!, apenas uma leve semelhança em pouquíssimos trechos (afinal, a literatura é repleta de semelhanças como essas). Por isso, você não vai conseguir convencer ninguém com seus argumentos frágeis e conspiratórios de que houve plágio, exceto esses ateus e céticos que já começam negando tudo mesmo, independentemente do seu argumento.

  34. Míssel crítico Diz:

    Olha que correspondência curiosa, dos nomes de personagens do livro de Xavier, a maioria também é utilizada no livro Herculanum:
    Personagens Há dois mil anos: Lívia (esposa Lêntulo), Marcus Lentulo, Flávia Lentúlia, Aurélia, Flamínio Severus, Calpúrnia, Agripa, Sulpício Tarqüínio, Eufanilo Drusus, Valério Bruto, Fábio Túlio
    __________________________________________________________________________________________________
    Personagens de Herculanum: Lívia, Marcus, Flávia, Aurélius (c/ relação a Aurélia), Flamínius, Calpúrnia, Fabrícius Agripa (c/ relação a Agripa no há 2 mil anos e Caio Fabricius no livro 50 anos depois), Flávius Sulpícius, Drusus (c/relação a Eufanilo Drusus), Valérius (c/ relação a Valério Brutus), Túlius Enceládus (c/relação a Fábio Túlio), Fabius (c/ relação a Fábio Túlio) Fábia (c/ relação, de novo, a Fábio Túlio), Cáius (c/ relação a Caio Fabricius no 50 anos depois), Brutinho (c/ relação, de novo, a Valério Bruto), Pretor Lêntulo (Públio Lentulo).
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    Interessante que a sinopse do livro Herculanum é a de um romano que acaba se convertendo ao cristianismo e morre como? na tragédia do Vesúvio. No livro Há dois mil anos também é um romano, que se aproxima do cristianismo e morre exatamente na tragédia do Vesúvio.
    __________________________________________________________________________________________________
    Existe um romance “mediúnico” publicado pouco tempo antes de há dois mil anos, chamado Lídia (Surinach) no qual é ambientado também na Império Romano. Se não me engano a personagem Lídia, cristã, morre devorada por leões, assim como Lívia, personagem de há dois mil anos.
    No livro Lídia existe uma personagem Fúlvia, assim como há dois mil anos. Não entendo nada de nomes romanos, se são comuns ou repetitivos, mas no caso de Herculanum não seria muita coincidência todas essas correspondências?

  35. Míssel crítico Diz:

    O personagem principal de Herculanum, que semelhante ao personagem Lêntulo, se converte ao cristianismo e morre na tragédia do Vesúvio tem a seguinte descrição:
    …………………………………………………………….
    “Tipo clássico de linhas perfeitas, qual estátua de Apoio, o peito largo e os braços musculosos indicavam força hercúlea. A cabeça, de contornos nítidos como entalhes de um camafeu, ornava-se de cabelos negros e crespos; mas, sem embargo de prendas que tais, dos olhos vivos e profundos, tanto quanto da comissura dos lábios, inferiam-se temperamento fogoso e audácia capazes de raiar por temeridade.( p.9,10)
    …………………………………………………………….
    Curioso, essa descrição não lembraria o Emmanuel de Xavier?

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