“Lêntulo” e o Conselho de Guerra de Tito
Emmanuel, o “espírito-guia” de Francisco Cândido Xavier, afirma no livro “Há Dois Mil Anos” (1939) ter sido Públio Lêntulo, senador romano que teria vivido na época de Cristo e que teria participado do conselho de guerra de Tito (págs. 392-395). No entanto, o historiador judeu Flávio José nos fornece a composição de todo o conselho no 6º livro de “A Guerra Judaica” e lá não consta nenhum Lêntulo.
Emmanuel afirma ter estado com o imperador Vespasiano, sendo que este lhe pedira para ajudar seu filho Tito na tarefa de pacificação da Judeia, aceitando tal pedido:
– Suponho que o meu valoroso Tito esteja necessitando de um conselho de civis, além dos assistentes militares que o acompanham na arrojada empresa, e lembrei-me de organizá-lo tão somente com os amigos mais íntimos, que conheçam Jerusalém e suas cercanias.
Quando das minhas primeiras incursões na edilidade, tive conhecimento dos seus processos na reforma administrativa da Judeia, sabendo, portanto, da sua permanência em Jerusalém há mais de vinte anos.
Era, pois, meu desejo que aceitasse, com outros poucos companheiros nossos, a incumbência de orientar melhor a tática militar de meu filho. Tito está necessitando da cooperação política de quem conheça a cidade nos seus menores recantos, bem como os seus idiomas populares, de maneira a vencer a situação que se vai tornando cada vez mais penosa.
Públio Lentulus pensou na filha doente, um instante, mas, recordando-se da dedicação absoluta de Ana, que poderia perfeitamente substituir seus zelos por algum tempo, respondeu com decisão e energia:
– Meu nobre imperador, vossa palavra augusta é a palavra do império. O Império manda e eu obedeço, honrando-me em cumprir vossas determinações e correspondendo aos impulsos generosos da vossa confiança.
– Muito agradecido! – falou Vespasiano, estendendo-lhe a mão, extremamente satisfeito. Tudo estará pronto, de modo que sua partida, e de mais dois ou três amigos nossos, se verifique dentro de duas semanas, o mais tardar.
Assim aconteceu.
Depois das dolorosas despedidas da filha, que ficara aos cuidados da serva dedicada, no palácio do Aventino, o senador tomava. a suntuosa galera que, largando de Óstia, penetrou depressa o mar largo, rumo à Judeia.
[…]
Em companhia de três outros conselheiros civis, chegou sem maior dificuldade ao destino, colocando-se esse reduzido conselho de íntimos do imperador à imediata disposição de Tito, que lhe aproveitou os pareceres, utilizando com grande êxito as suas opiniões, filhas de larga experiência da região e dos costumes.
[…]
Seus pareceres e conhecimentos foram, muitas vezes, utilizados com êxito, tornando-se íntimo conselheiro do filho do imperador.
Não há a menor dúvida, portanto, que Emmanuel afirmou ter participado do conselho de guerra de Tito, e como “conselheiro civil”. Essa, por si só, já é uma situação estranha, já que não há notícia de “conselheiros civis” nos conselhos de guerra romanos. A própria noção de separação entre carreiras “civil” e “militar” não existia em Roma; o “cursus honorum” de um senador incluía tanto postos civis quanto militares – e mesmo religiosos (para o “cursus honorum” senatorial, pode-se consultar o texto “Há Dois Mil Anos – Uma Fraude Histórica Completa”, neste “blog”. Assim sendo, a própria noção da existência de “conselheiros civis” é bem estranha (para se dizer o mínimo); Xavier parece estar raciocinando em cima da administração brasileira contemporânea, sua conhecida, onde as carreiras “civil” e “militar” eram nitidamente separadas; mas isso não ocorria entre os senadores romanos do Alto Império.
Ainda por cima, e para azar de Emmanuel, sabemos a composição de todo o conselho de guerra de Tito, graças ao historiador Flávio José. A passagem a respeito da composição desse corpo encontra-se no 6º livro d’ “A Guerra Judaica”. A seguir:
Texto Original, grego (Edição de B. Niese)
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Tradução Livre
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Têi d’epiousê Titos merei tês dynameôs sbennyein te kai ta para tas pylas odopoiein eis eumaresteran tôn tagmatôn anodon keleusas autos synêghe tous hêghemonas. Kai synelthontôn eks tôn koryphaiotatôn, Tiberiou te Aleksandrou tou pantôn tôn strateumatôn eparchontos, kai Sekstou Kerealiou tou to pempton agontos tagma, kai Larkiou Lepidou to dekaton, kai Titou Phryghiou to pentekaidekaton, pros ois Phrontôn hên Heterios [Heternios] stratopedarchês tôn apo Aleksandreias dyo tagmatôn, kai Markos Antônios Ioulianos ho tês Ioudaias epitropos, kai meta toutous epitropôn kai chiliarchôn athroisthentôn, Boulên peri tou Naou proutithei. |
Então, no dia seguinte, Tito ordenou que parte de suas forças apagasse o fogo [ateado aos portões exteriores do Templo], e construíssem uma passagem para facilitar o assalto final, enquanto ele próprio reunia o seu conselho de guerra, composto pelos seis comandantes mais graduados: Tibério Alexandre, comandante geral de campo; Sexto Cereal, comandante da quinta legião; Lárcio Lépido, comandante da décima legião; Tito Frígio, comandante da décima quinta legião; Etério [ou Etérnio] Frontão, comandante das duas legiões egípcias; e Marco Antônio Juliano, procurador da Judéia [é a única vez que esse nome é mencionado; trata-se, provavelmente, do sucessor nomeado de Géssio Floro]. Também estavam presentes os demais prefeitos e tribunos [i.e., os comandantes das tropas auxiliares e os tribunos militares das legiões, como ouvintes]. Tito solicitou-lhes o parecer acerca de como agir no ataque ao Templo. (Flávio José, “A Guerra Judaica”, livro VI, cap. 4º, par. 3º [236-238]) |
Note-se, antes de mais nada, a ausência de “conselheiros civis”; todos os envolvidos, inclusive os ouvintes, são “militares” – como, aliás, é o razoável. Eram “militares” (especialmente no que diz respeito aos senadores) porque estavam em “funções militares” na ocasião. Já tinham exercido “funções civis”, e, após a guerra, haveriam de exercer também outras.
Além disso, todas as personagens mencionadas como fazendo parte desse “conselho de guerra” são conhecidas por outras fontes, e tiveram carreiras que podem ser acompanhadas:
Tibério Júlio Alexandre (o Moço): de origem judaica, era filho de Tibério Júlio Alexandre (o Velho), um riquíssimo comerciante, membro da comunidade judaica de Alexandria. Serviu à administração romana, e chegou a ser Prefeito Augustal do Egito; nessa condição, apoiou, com suas duas legiões, as pretensões de Vespasiano ao Império. Uma biografia da personagem pode ser consultada com proveito no seguinte endereço: http://www.livius.org/jo-jz/julius/alexander.html; para a biografia do pai, http://www.livius.org/jo-jz/julius/alexander2.html.
Sexto Vetuleno Cereal: natural de Reate, na região dos sabinos (cf. o testemunho da inscrição CIL IX, 4742), assim como os Flávios, sempre foi um protegido dessa família e, quando Vespasiano recebeu de Nero o comando supremo para debelar a revolta judaica, em 66 dC,, levou Vetuleno consigo, como um de seus comandados (os outros dois foram Tito, filho de Vespasiano, e Marco Úlpio Trajano, o Velho). Inicialmente, Vetuleno foi o comandante da quinta legião, Macedonica, demonstrando grande habilidade; no outono do ano 70 dC, logo após a queda de Jerusalém, foi nomeado o primeiro governador da nova província da Judéia, agora uma província propretoriana (com a décima legião, Fretensis, como sua guarnição), assumindo também, automaticamente, o comando da referida décima legião, Fretensis. Seu governo na Judéia durou até 71 dC, pelo menos; foi depois recompensado com um consulado sufeta (em 72 ou 73 dC); seguiu-se o governo da província (propretoriana) da Mésia (de 74/5 a 78/9, cf. a inscrição AE 1968, 7), e, quase certamente, o proconsulado da África.
Aulo Lárcio Lépido Sulpiciano: era natural de Creta. Sua mãe pertencia à aristocracia local (cf. o testemunho da inscrição AE 1916, 69 = Inscriptiones Cretae IV, 292), e seu pai, Aulo Lárcio Galo, era originário de Âncio, na Itália (cf. a inscrição CIL X, 6659 = ILS 987). Foi o primeiro representante de sua família a atingir o “status” senatorial. Tornou-se o comandante (legatus) da décima legião, Fretensis, após Marco Úlpio Trajano, o Velho (o pai do futuro Imperador) retirar-se, no final de 69 ou inícios de 70 dC. Sua coragem durante a guerra judaica rendeu-lhe inúmeras condecorações, como citadas na inscrição CIL X 6659 = ILS 987; foi inscrito entre os senadores “pretorianos” mesmo antes de ter exercido a pretura; após a guerra, exerceu o ofício de tribuno da plebe, e depois o de legado proconsular na província da Bitínia e Ponto, tendo morrido provavelmente nessa província, durante seu ofício.
Marco Títio Frugi (que Flávio José chama “Tito Frígio”): quando Vespasiano saiu da Judéia para lutar pelo trono, deixando seu filho Tito como o novo comandante-em-chefe das forças romanas encarregadas de esmagar a revolta judaica, Marco Títio Frugi assumiu o comando, como legatus legionis, da antiga legião de Tito, a décima-quinta, Apollinaris. Ao que tudo indica, teve posteriormente problemas com Vespasiano, já que não se conhece nenhum avanço na carreira de Frugi durante o seu reinado; mas quando Tito tornou-se Imperador (79 dC), concedeu a Frugi um consulado sufeta em 80 dC. Essa atitude pode estar ligada à vontade de Tito de alargar a sua base de apoio, patrocinando a carreira de alguns senadores capazes que, por qualquer motivo que fosse, seu pai houvesse negligenciado (além do caso de Títio Frugi, têm-se também, em condições semelhantes, o “avanço” das carreiras de Gaio Lecânio Basso Cecina Peto, de Marco Célio Róscio e de Lúcio Tétio Juliano).
Gaio Etério [Etérnio] Frontão: Gaio Etério (ou Etérnio) Frontão (a grafia “Etério” é a correta: Gaius Aeterius Fronto era seu nome em latim), o comandante das duas legiões egípcias, ao contrário dos demais legati, não era membro da ordem senatorial, mas sim da ordem equestre. De fato, no Egito não havia senadores na administração (o próprio governador do Egito, o Prefeito Augustal, era um cavaleiro – caso de Tibério Júlio Alexandre, o Moço), e mesmo as legiões eram comandadas por membros da ordem equestre (inclusive com a ausência de tribunos laticlavos). A carreira posterior de Frontão, portanto, deu-se ainda dentro da ordem equestre, mas ele foi, mesmo assim, recompensado: entre os anos 78 e 79 dC exerceu o cargo de Prefeito Augustal (i.e., governador) do Egito (um dos mais altos postos a que podia aspirar um equestre).
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Portanto, todos os membros desse conselho de guerra (incluindo os dois “cavaleiros”, Tibério Júlio Alexandre e Etério Frontão) eram comandantes legionários, e todos estão atestados historicamente por outras fontes (principalmente epigráficas) além da própria narrativa de Flávio José. Assim, para ser membro do conselho de guerra, Lêntulo teria de ocupar um cargo militar; no caso, sendo ele um senador, seria o comando, como legatus legionis, duma legião – como já mencionado, não havia “conselheiros civis”, como a psicografia dá claramente a entender.
Duas coisas a observar, portanto: a) nenhuma menção a Lêntulo (nem aqui, e nem em lugar algum de “A Guerra Judaica” – algo, no mínimo, estranho, se, como se afirma em “Há Dois Mil Anos”, “seus pareceres e conhecimentos foram, muitas vezes, utilizados com êxito, tornando-se íntimo conselheiro do filho do imperador”; b) que todos os membros do “conselho de guerra”, tanto os com “voz ativa“ quanto os “ouvintes”, eram militares, com participação ativa na campanha; não há nenhuma evidência da existência de “conselheiros civis”, ou “adidos civis”, ou coisa que o valha, nos conselhos de guerra romanos – o que Xavier, em “Há Dois Mil Anos”, dá a entender que Lêntulo era. Se Vespasiano, ou Tito, quisessem uma participação de “Lêntulo” no conselho de guerra, ter-lhe-iam dado, no mínimo, como mencionado, o comando de uma legião. Assim sendo, era o comando efetivo de forças dava direito a assento no “conselho de guerra”. Mas sabemos exatamente quais legiões lutaram na guerra judaica, e quais foram seus comandantes.
Tudo isso é História, e é documentado. O que não é de modo algum documentado é a participação de Lêntulo nisso tudo – segundo “Há Dois Mil Anos”, foi crucial; segundo a História, simplesmente não existiu.
Se Lêntulo era uma pessoa tão importante no comando romano de Vespasiano e de Tito; se era um “entendido” em assuntos judaicos, a ponto de estar no “conselho de guerra”; se era um aliado de Vespasiano e, portanto, esteve entre os “vitoriosos” da luta pelo poder em Roma, a partir do instante em que Vespasiano tornou-se Imperador, nos fins de 69 dC, inaugurando a dinastia dos Flávios (69-96 dC); se era tudo isso, por que Flávio José simplesmente não o cita em parte alguma de sua obra “A Guerra Judaica”? Aliás, por que ele simplesmente não é citado por ninguém, em parte alguma?
Flávio José era um prisioneiro de guerra “vip” dos romanos, estando em íntimo contato com Tito (e também, claro, com os seus “iguais” Herodes Agripa II e Tibério Júlio Alexandre). Tinha, assim, todos os meios para conhecer, ainda na época da campanha, o funcionamento geral da estrutura de comando das forças romanas. Qualquer dúvida que porventura tivesse, poderia tirá-la posteriormente, com seu patrono Tito, em Roma.
Sobre o rigor (factual) de sua narrativa e, portanto, sobre a sua confiabilidade, pode-se dizer o seguinte: tendo escrito, em língua grega, uma obra historiográfica sobre a guerra judaica, Flávio José estava amarrado a todas as “convenções” da historiografia clássica, portanto, pode-se esperar que, em termos estritamente factuais, sua narrativa seja confiável. Ela tratava de acontecimentos contemporâneos; inexatidões factuais (e especialmente no que dizia respeito aos nomes dos envolvidos, e aos cargos que ocupavam na guerra) seriam logo notadas por sua audiência, ainda mais levando-se em conta que muitos dos que tomaram parte na guerra ainda se encontravam vivos, e eram membros importantes da classe dirigente romana; moviam-se no mesmo círculo que Flávio José, e, é claro, estariam presentes (e atentos) por ocasião das “leituras” de suas obras. “Vamos ver o que esse judeuzinho fala…” P. ex., dos comandantes legionários, Tito era o filho do Imperador, e ele próprio chegaria a Imperador; Trajano o Velho seguiu carreira, e foi o pai do futuro Imperador Trajano (que reinou 98-117 dC); o mesmo se diga de Sexto Vetuleno Cereal (que, como já mencionado, depois da queda de Jerusalém, foi o primeiro legado propretoriano da nova e reorganizada província da Judéia 70-71 dC; depois, foi cônsul sufeta em 72 ou 73 dC e legado propretoriano da Mésia c.74-c.78 dC; seu filho, Sexto Vetuleno Cívica Cereal, atingiria o consulado, e consulado ordinário, em 106 dC), bem como de Aulo Lárcio Lépido Sulpiciano (que seguiria carreira como legado propretoriano da Bitínia-e-Ponto). Mesmo o equestre Etério Frontão acabou exercendo o governo do Egito. Flávio José não teria nada a ganhar sendo inexato com relação a esse tipo de detalhe. Aliás, se tivesse mesmo havido um “Lêntulo” no conselho de guerra de Tito, ou mesmo entre os líderes romanos da campanha judaica, indubitavelmente Flávio José o teria citado, já que (e isso é o próprio “Lêntulo” que dá a entender, em “Há Dois Mil Anos”), ele, “Lêntulo”, gozou, até à morte, da amizade e da confiança dos Imperadores – Flávio José não deixaria de mencioná-lo, mesmo que rapidamente, ainda que fosse para fazer um “agradinho” a seus patronos; se não o fizesse, poderia facilmente ser acusado, pela sua audiência romana, de ter escamoteado fatos, de ter minimizado, ou ignorado, a atuação dum senador (e senador duma ilustríssima família) na campanha judaica; isso, além de socialmente perigoso (“quem esse judeuzinho pensa que é, ignorando a importância de nosso grande Lêntulo nisso tudo?”), minaria sua reputação. Se pôde registrar o eqüestre Marco Antônio Juliano, com muito mais razão registraria o senador “Públio Lêntulo”. Mas não o fez… Por quê?
Flávio José estava escrevendo história, e seria cobrado como historiador por sua platéia, por sua audiência. Se ele não colocou Públio Lêntulo como membro do conselho de guerra de Tito, é porque ele não fez parte de tal conselho. Sendo assim, Emmanuel mentiu em sua biografia. E não podemos depositar qualquer confiança em um suposto guia espiritual que mente sobre si próprio.
Texto de José Carlos Ferreira Fernandes com adaptações.
junho 25th, 2011 às 5:15 AM
Vítor,
Não tem nada a ver com este artigo, mas sim com um tema que causou polêmica aqui: o livre-arbítrio. Você conhece este texto?
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http://ateus.net/artigos/miscelanea/por-que-nao-tenho-livre-arbitrio/
junho 25th, 2011 às 12:13 PM
Oi, Biasetto
Sim, conheço. É um texto que apesar de não fornecer as provas experimentais, ajuda a entender a questão de modo mais fácil.
junho 25th, 2011 às 1:27 PM
Vítor,
Achei bem interessante o texto. As ideias são bem articuladas.
Um abraço!
– estou aguardando aquele tema lá da Islândia…
junho 25th, 2011 às 3:51 PM
E o Paulo hein?
Aparece…
junho 25th, 2011 às 8:06 PM
Vitor,
Há algum tempo acompanho o blog e creio que esse seja o post ideal para tirar uma duvida. Antes do meu questionamento, gostaria de deixar claro que não sou espírita e também não estou aqui para defender CX, sou apenas interessado pelo tema “vida após a morte”. Mas vamos a minha dúvida: pelo que tenho observado, você e outros debatedores julgam verdadeira a mediunidade de Piper e, no entanto, Phinuit também não obteve sucesso na tentativa de confirmar sua identidade. Sendo assim porque acreditam em Piper?
Grato.
junho 25th, 2011 às 8:33 PM
Oi, Vinícius
o Phinuit pode não ter conseguido provar sua identidade, mas também não há muita evidência que coloque sua existência em xeque. E ele definitivamente conseguia informações por meios paranormais. A situação é bem diferente para o Emmanuel/Publio Lentulo e para o próprio Chico, que, ao contrário de Piper, jamais se submeteu a condições controladas…
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No caso de Phinuit, ele pelo menos tem a desculpa que muitos registros públicos foram destruídos nos levantes civis que ocorreram após a Guerra Franco-Prussiana de 1870. Para o azar de Emmanuel, nós temos registros irrefutáveis que ele não participou do conselho de guerra.
junho 25th, 2011 às 8:48 PM
Entendi. Obrigado!
junho 26th, 2011 às 1:51 AM
JCFF,
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Todo este tempo e não conseguiste acrescentar nada especial aos teus já conhecidos e repetidos sofismas? Sempre requentando os mesmos argumentos batidos. Pelo menos neste caso tu colocaste o texto de Há Dois Mil Anos para que algum leitor desavisado possa observar o afirmado por Emmanuel e a versão dos fatos narrados nesta reencarnação dele e comparar com a versão que tu tentas apresentar.
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Tomastes para ti esta missão inglória de confundir as mentes mais frágeis, tíbias ou desinformadas, e não vais desistir tão fácil não é? Triste labor homem, muito triste.
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Vitor, você levou um baile daquele rapaz que está analisando as psicografias de Chico Xavier. Falar com quem entende do assunto é outro departamento, não é? O teu pseudo-quase-técnico Montalvão te deixou na mão quando posto diante de alguém mais gabaritado.
Tu deverias ter apresentado estas análises de grafoscopia das cartas de Ilda Mascarelo para profissionais, não para amadores.
Pecas pelo amadorismo em todas as áreas, história, plágios, grafoscopia, mediunidade, espiritismo, e não fosse esta tua invocação da respeitabilidade da ciência tu poderia passar sem esta condição de caluniador e difamador.
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Minha colaboração para teu cofrinho de acessos neste blog-blog se encerram definitivamente por aqui.
junho 26th, 2011 às 1:54 AM
Corrigindo,
“…afirmado por Emmanuel sobre os fatos narrados nesta reencarnação dele e a versão que tu tentas apresentar”
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Adeus!
junho 26th, 2011 às 6:01 PM
Oi, Scur
sim, falar com quem entende do assunto é outra coisa. Tanto que falei com o perito em grafoscopia Leandro Scuotto Martignoni e ele disse isso sobre o trabalho do Perandréa: “Pelo que ele apresentou em seu livro, a meu ver, era insuficiente para que qualquer outro profissional chegasse a mesma conclusão. Acho que ele poderia ter enriquecido mais, mas pode ser que não fosse o seu objetivo tornar aquele livro muito extenso. De qualquer forma, dá margem à contestação”
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Feliz, Scur? Passar bem.
junho 26th, 2011 às 9:13 PM
Claro Vitor, principalmente porque se alguém quiser ver uma opinião que o valha, sobre o assunto, poderá colher lá no orkut muito mais informação que desautoriza totalmente os teus devaneios. O que tu repassou aí não é quase nada perto das incontáveis conversasões que vocês tiveram, e que eu li todas, desde janeiro.
Tiro no escuro Vitor, mais um teu, e qualquer um dos teus temas abordados aqui contrários e persecutórios à Chico Xavier, ao espiritismo em sim, cairiam caso fossem apreciados por pessoas mais qualificadas.
Passar bem também.
junho 26th, 2011 às 9:33 PM
Acho que ninguém mais aqui acredita em um pingo das coisas que você diz, Scur. Qualquer um que vá no Orkut verá justamente o oposto do que você alega.
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E posso passar-lhe a opinião de pessoas com credenciais – como o Leandro Scuotto Martignoni, ou o historiador da UFRJ, Lair Amaro. A opinião do Leandro já passei, agora a do Lair Amaro, se quiser pergunte-lhe o que considera do material aqui exposto:
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Aqui o Lattes dele: http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.jsp?id=K4212753D5
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email: lair_amaro@yahoo.com.br
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Vai lá, Scur. Não queria análises por pessoas mais qualificadas? É só escrever e aguardar a resposta. Mas você não vai ter coragem de escrever, não é? E mesmo que tenha, tenho certeza que nada na resposta vai remover-lhe sua fé. Você é caso perdido. Você mesmo se fez uma lavagem cerebral,e nisso fez lavagem cerebral em seus filhos. Tirou-lhes o livre-arbítrio que eles já não tinham. Triste.
junho 26th, 2011 às 11:45 PM
Vitor,
Ele disse isso e muitas outras coisas. Você como sempre pega um pedaço, retira do contexto e tenta adaptar ao teu favor. Não raro você coloca textos que nitidamente contrariam os teus próprios interesses, mas têm a coragem de distorçer na cara-dura.
Já vi este currículo, tu já apontou outrora.
Tá bom Vitor, tá bom. Valeu.
junho 27th, 2011 às 3:21 AM
Vítor,
Você sabe algo sobre Cesar Lombroso e a médium Eusápia Paladino?
Um abraço!
junho 27th, 2011 às 3:28 AM
Alguma coisa sim, mas não me sinto muito seguro para falar sobre o caso pq ainda preciso ler todo o material disponível.
junho 27th, 2011 às 3:41 AM
Vítor, entra no face.
junho 27th, 2011 às 9:15 PM
Ei, Seu Scur, será que não dá pra sacar quando sua causa é perdida? Contra fatos não há argumento. Se o Lêntulo do Chico Xavier não aparece em NENHUM documento histórico remanescente e uma pessoa da sua posição social não teria como passar despercebida, então a desvantagem é toda dos chiquistas.
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Não perco o meu tempo com coisas assim, pois não temos como prevalecer. Eu já quebrei muito o pau por aqui e no ECAE com a questão da materialização, mas isso foi porque ninguém ainda me convenceu da consistência da hipótese de fraude. A maioria das teses de fraudes que vi não tem um sustentáculo convincente, ainda mais quando se baseiam em mentirosos de plantão ou em “evidências anedotas”, que só valem quando é a favor do pessoal cético.
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Não sei porquê perde tanto tempo em querer defender o Lêntulo do Chico Xavier. Se ele não existe na história, então não existe até que seja encontrado.
junho 28th, 2011 às 12:10 AM
Marcos,
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Respeito sua argumentação em relação às materializações. Trouxestes várias informações úteis que eu desconhecia totalmente.
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Poucas vezes troquei mensagens contigo, talvez porque a graça que vejo em me manifestar aqui é justamente o antogonismo de opiniões.
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Quando ficam pessoas dizendo amém para o que o outro fala, se elogiando mutuamente, perde-se a motivação primeira para debater pois não é agradável ser vaquinha de presépio ou carpideira que age como autômato inconsciente.
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A perda de tempo é ofício preferido dos polemistas, e acho que o que temos em locais como este é justamente um palco para nossos egos apreciarem os nossos pontos de vista em disputa de primazia sobre o de outros num campeonato sem fim.
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Nenhum cético deixará de ser cético porque ouviu o que um crente disse, e vice-versa, pois esta busca é individual e intransferível, então, qual a motivação secreta de cada um que opina aqui?
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Se alguma pessoa tivesse sincero interesse em conhecer a mediunidade, por exemplo, iria procurar em outras fontes (leria e estudaria Kardec, frequentaria um centro espírita respeitável) e não neste blog de miscelânea lógica e ideológica. Se alguém quiser se confirmar em seu ceticismo ou ateísmo ele dificilmente iria numa igreja, templo ou centro espírita para aprender sobre isso.
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Semelhantes atraem semelhantes. Este é um reduto de polêmica inútil recheada de falsa ciência, opiniões muitas, certezas poucas, presunção em demasia e, consequentemente, é um ambiente pernicioso e dispensável.
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Por isso que pessoas que devotam maior respeito às suas horas não vêm aqui, ou se vem, vão embora logo porque pouco se aproveita.
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Incluo-me neste chavascal pois é uma contradição eu admirar pessoas como Chico Xavier, por exemplo, e não agir como ele, ou como tantos grandes missionários do bem agiram quando por aqui passaram: não entravam em polêmicas e trabalhavam muito – são as obras que falam por qualquer um, mais do que enciclopédias de saber arrogante.
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Despeço-me de ti, também, representante que és, na minha opinião, do contraditório à cantilena cética, ou pseudo-espírita, ou mui pseudo-científica, ou pseudo-pseudo-técnica com seus laudos furados com os quais concluem certezas peremptórias, ou de historiadores cábulas do emprego bem remunerado, enfim, encerro com os dizeres de Paulo que me mostra o quanto tenho que aprender para quiçá um dia ser mais cristão e mais espírita verdadeiramente:
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“Ainda quando eu falasse todas as línguas dos homens e a língua dos próprios anjos, se eu não tiver caridade, serei como o bronze que soa e um címbalo que retine; – ainda quando tivesse o dom de profecia, que penetrasse todos os mistérios, e tivesse perfeita ciência de todas as coisas; ainda quando tivesse toda a fé possível, até ao ponto de transportar montanhas, se não tiver caridade, nada sou. – E, quando houvesse distribuído os meus bens para alimentar os pobres e houvesse entregado meu corpo para ser queimado, se não tivesse caridade, tudo isso de nada me serviria.
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A caridade é paciente; é branda e benfazeja; a caridade não é invejosa; não é temerária, nem precipitada; não se enche de orgulho; – não é desdenhosa; não cuida de seus interesses; não se agasta, nem se azeda com coisa alguma; não suspeita mal; não se rejubila com a injustiça, mas se rejubila com a verdade; tudo suporta, tudo crê, tudo espera, tudo sofre.
Agora, estas três virtudes: a fé, a esperança e a caridade permanecem; mas, dentre elas, a mais excelente é a caridade (S. Paulo, 1a Epístola aos Coríntios, cap XIII, vv. 1 à 7 e 14.)”
junho 28th, 2011 às 12:35 AM
Amém, Scur.
junho 28th, 2011 às 12:44 AM
Arduin disse:
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“Ei, Seu Scur, será que não dá pra sacar quando sua causa é perdida? Contra fatos não há argumento.”
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Concordo contigo: contra fatos não há argumento.
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Depois você diz:
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“Não perco o meu tempo com coisas assim, pois [NÃO] temos como prevalecer. Eu já quebrei muito o pau por aqui e no ECAE com a questão da materialização, mas isso foi porque ninguém ainda me convenceu da consistência da hipótese de fraude. A maioria das teses de fraudes que vi não tem um sustentáculo convincente, ainda mais quando se baseiam em mentirosos de plantão ou em “evidências anedotas”, que só valem quando é a favor do pessoal cético.”
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Aí, já não entendo mais nada:
– Waldo Vieira admitiu que a mulher fraudava;
– Ela foi pega em fraude;
– O “espírito” homem tinha seios;
Então, estes não são fatos???
junho 28th, 2011 às 12:50 AM
E eu acho que há um erro conceitual (ou seria lógico?) aqui:
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“Nenhum cético deixará de ser cético porque ouviu o que um crente disse, e vice-versa, pois esta busca é individual e intransferível, então, qual a motivação secreta de cada um que opina aqui?”
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O cético, geralmente, não deixará de ser cético mesmo, pois, se ele aprendeu a dar o devido peso à evidência, é pouco provável que pare de fazê-lo. No entanto, o cético não tem aversão a tudo aquilo que, hoje, chamamos de metafísico. Forneça evidencias irrefutáveis sobre qualquer coisa e o cético acreditará.
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Já o crente, este sim pode mudar de time. Quando ele passar a aceitar que, para acreditar, precisamos de boas evidências, ele simplesmente irá retirar o uniforme de crédulo e irá vestir a camisa do ceticismo.
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O Matt Dillahunty, do The Atheist Experience, estudava para ser pastor e, um belo dia, de tanto ler a bíblia, virou ateu.
junho 28th, 2011 às 12:50 AM
Oi, Biasetto
são fatos. Mas o Arduin quer todos os detalhes da fraude, como:
a) onde estava a mala com as coisas?
b) quem ajudou a otília a fraudar?
junho 28th, 2011 às 1:02 AM
Vítor,
Aí, seria mais ou menos como dizer:
Eu sei que o Criss Angel é um ilusionista, mas como não consigo saber os segredos de suas mágicas, vou considerá-lo um paranormal.
junho 28th, 2011 às 6:21 PM
Biasetto, é exatamente isso o que eu penso. Tenho que ter cuidado ao concordar com alguém aqui, pois corro o risco de “rasgar seda”, mas enfim…
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Ao que parece, o Arduin quer que aqueles que alegam que a Otília fraudou, como tudo leva a crer que sim, expliquem minuciosamente, passo a passo, todo o ocorrido. Se você deixar de explicar, simplesmente por falta de informações mais detalhadas, algum passo qualquer, pronto, já é o suficiente para ele dizer: “tá vendo? pode não ser fraude”, mesmo que existam GRANDES evidências de que realmente aconteceu um embuste. Isso me faz lembrar os crentes que alegam que Deus com toda a certeza existe simplesmente porque (ainda) há alguns pontos sobre a origem do universo que permanecem controversos. É o Deus das colunas. E, nesse caso, a Irmã Josefa das lacunas.
junho 29th, 2011 às 2:22 AM
Eusábia guardava o truque no ânus. Otília, por usar maior volume, deve ter tido um comparsa e o material estava escondido num pé de mesa falso, por exemplo. Não precisa-se de evidências nesse caso, pois é assim que os mágicos agem. E o que ela fazia era claramente um espetáculo de mágica, de acordo com a cartilha mais básica da profissão.
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Eu sou mais cuidadoso em relação à religião que muitos por aqui. Acredito que milênios de estudos teológicos não podem ser jogados na cova rasa da ignorância. Estamos falando de pessoas que dedicam décadas de suas vidas ao estudo da teologia. E me refiro às religiões Judaico-Cristãs. Não estamos falando de tolos crentes que acreditam nas promessas vazias de um reverendo de meia-tigela. Falo de doutores e professores de Cambridge e Oxford, que podem até não acreditarem no lado místico da religião, mas que acreditam em Deus e estudam todas as suas manifestações e influência na sociedade humana. Não me refiro a estudos superficiais como são feitos no espiritismo, nem a fé cega do Islamismo. Desconfio que há mais por trás disso. Por isso que digo que não sou ateu. Só não disponho do tempo de estudar teologia como deveria para opinar embasadamente. Há muito poder, muita influência e muitos interesses nas Igrejas, mas também há um poder que transcende a minha compreensão e do qual me pelo de medo. Um poder que sinto na união de homens e mulheres em oração. Um poder que sinto ser tão grande que coloca o mundo todo sob seu jugo quando ele quer. Na época do Chanuká, por exemplo, espíritos não “baixam” em terreiros. É muito estranho. E é bem na época do Natal. Os candomblecistas dizem que é por respeito. Os crentes dizem que é por medo. E eu digo que não sei, mas há aí um mistério, um poder que não compreendo. É muito grande. Seria o que chamamos de Deus?
junho 29th, 2011 às 2:55 AM
Gilberto, meu amigo!
Tenho grande respeito e admiração por ti, desde quando comecei a visitar o blog, há mais de 1 ano. Você tem muita cultura e domina o “verbo” como poucos. Também sabe ser divertido como poucos.
Porém, depois que você deu uma sumida do blog, aí, a partir de sua volta, tenho percebido que você mudou. Estou quase advinhando o dia em que você vai se declarar evangélico aqui. Porque você está cada vez mais próximo deles.
Acho até que você já está frequentando alguma dessas igrejas, a maioria delas, vou falar sim: um grande lixo!
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Eu faço artigo para colocar em dúvida a mediunidade do Chico. Faço críticas ríspidas a muitos que se dizem médiuns por aí, e escrevem livros que vão além do ridículo.
Agora, acho estranho, muito estranho esta tua cisma com o espiritismo e agora vem falar dos doutores teólogos.
O que eles sabem? Porcaria nenhuma! O que eles têm a revelar sobre Deus, o divino? Nada!
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Você diz:
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“Não me refiro a estudos superficiais como são feitos no espiritismo, nem a fé cega do Islamismo.”
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O espiritismo, meu amigo, com todas as tuas falhas, é de longe, mas muito de longe, melhor (ou menos pior) do que toda esta ridicularidade que existe no judaísmo e no cristianismo. O islamismo nada mais é, do que uma adaptação destas duas correntes.
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Que respostas o judaísmo e o cristianismo dão a respeito das “origens” e das “injustiças” com as quais nos deparamos diariamente? Nenhuma. Tentam explicar a gênesis através da Bíblia, com histórias de Adão e Eva, o pecado original, os dez mandamentos, a arca de Noé…
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O espiritismo, você pode até não concordar, pelo menos fala em lei do carma… e é EVOLUCIONISTA! Defende Darwin. Nem isto, as outras religiões, que você defende aí, fazem.
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Você acha lindo descer o cacete no Chico Xavier, um homem que pelo menos, dedicou sua vida ao objetivo de ajudar o próximo, vivendo na simplicidade e escrevendo livros (alguns ruins, mas outros bons), talvez numa falsa mediunidade, mas até, talvez, sem ter a exata consciência disto. Só que você se queima, quando ridicularizo aqui, com pastores que ficam rodando a baiana, e enchendo a sacolinha (ou melhor um enorme saco) de dinheiro.
Desculpe-me amigo, mas não entendo isto. Qual é atua intenção?
Saudações!
junho 29th, 2011 às 2:21 PM
“Semelhantes atraem semelhantes. Este é um reduto de polêmica inútil recheada de falsa ciência, opiniões muitas, certezas poucas, presunção em demasia e, consequentemente, é um ambiente pernicioso e dispensável.”
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Roberto, é o seguinte:
1 – Sua frase acima é o resumo daquele que perdeu a discussão e não quer admitir. Por que deveria considerar aos outros dessa maneira quando acabaram-se os meus argumentos?
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2 – A vida exemplar e caridosa do Chico não carece de qualquer reparo. A menos que tenha lido mal em algum lugar por aqui, tanto quanto vi, nenhum dos caras sérios o criticou por conta disso.
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3 – Mas vida exemplar etc e tal NÃO SÃO SINÔNIMOS de verdade doutrinária ou de infabilidade dita ou falada. Chico cometeu pecados muito graves nesse campo, pois deixou-se levar pela influência da FEB, então dominada pelo Rustenismo, um falso espiritismo catequizado pela fé católica. Chico, tendo sido católico na infância e adolescência, não atinou para a fraude de Roustaing.
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4 – Quanto ao José, a menos que ele seja um ultra-fanático em cruzada contra o Espiritismo, duvido que alguém se dê a tanto trabalho de pesquisa só para esfregar na nossa cara um monte de “falsa ciência”, como você diz, e nos deixar confusos e renegar o “Emmanuel”. Apesar de todos os “plágios” levantados pelo Vitor, o fato é que Chico era tão ignorante de fatos históricos e científicos quanto o Nosso Guia Mulla.
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5 – Questiona o José sobre o fato de espíritas cultos ou mesmo espíritos superiores não nos alertarem dos erros e falhas HOJE politicamente incorretas no livro Há 2000 anos. Bem, tal obra é um ROMANCE, ou seja, não é uma narrativa histórica de fatos _ portanto espíritas cultos não acharam que valia a pena investir nela. Se investiram e NADA acharam do tal Lêntulo…
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6 – E VOCÊ, Roberto? Contatou algum historiador ou buscou algo na internet que COMPROVASSE o que foi dito no Há 2000 anos? Achou alguma coisa? Se não achou, se nada encontrou que desmentisse o que o José disse, então a vantagem é toda dele. Mas no que isso comprometerá o Espiritismo? Já passamos um apuro muito pior com a FEB e seu Rustenismo, mas ainda assim o Espiritismo real sobreviveu. Todo o esforço febeano não prevaleceu. Portanto, se esta ou mais outras obras do Chico eventualmente se mostrarem espúrias, não é algo que deixaria os espíritas chateados. Quem pode ficar assim seriam as viúvas chorosas do Chico… (inclui-se entre elas?).
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O Emmanuel? Vejamos se o Vitor acha os numerosos plágios em obras deste espírito tais como: Leis de Amor, Palavras de Vida Eterna, Portal da Luz, Nascer e Renascer, Paciência, Paz, Confia e Segue, Espera Servindo, Fonte Viva e outras pós 1980. Talvez haja até alguma diferença considerável entre o Emmanuel dessas obras e o Emmanuel “historiador”. Eu não desfaço do Emmanuel, apenas quero lembrá-lo que o Espiritismo não é como a Torre de Vigia, que obriga os pobres jeovistas a concordar com todos os erros cometidos pelo Corpo Governante e fazer de conta que nunca os viram. Eu mesmo tenho uma prima testemunha de jeová que segue direitinho essa cartilha.
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Uma pena.
junho 29th, 2011 às 3:03 PM
“Aí, já não entendo mais nada:
– Waldo Vieira admitiu que a mulher fraudava;
– Ela foi pega em fraude;
– O “espírito” homem tinha seios;
Então, estes não são fatos???”
– Seu Biasetto…
O Waldo é INÚTIL pois primeiro é um covarde moral. Enquanto o Rizzini e alguns de seus colegas tentavam salvar a reputação dele e da médium, ele ficou escondido no mato, cagando-se de medo do poderio dos Diários Associados. Ele próprio confessou isso nas suas Tertúlias, pode verificar. O cara quer ficar bem na foto. Diz sim e não ao mesmo tempo (ela era ectoplasta, mas fraudava…). O lance é o seguinte: o Waldo, que era o bambambam que conduzia as pesquisas PEGOU-A EM FRAUDE OU NÃO? Ao que parece, não. Tanto assim, que numa dessas Tertúlias, ele parecia querer deixar essa tarefa aos repórteres! Que amigão da onça era esse aí!
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Sim, ela foi pega em fraude… Mas em 1970. Como é que 19 médicos, fiscalizando em cima, não conseguiram descobrir uma fraude TÃO GROSSEIRA?
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Sim, o espírito homem tinham peitos… Mas era uma coisa estranha. Numas fotos os peitos pareciam normais, salientes e cheios. Noutras fotos, pareciam apenas aqueles antigos coadores de café vazios… Por que essa diferença? Além disso, em certas fotos podia-se ver que a cara (e sobretudo o nariz) do Veloso não coincidia com a da médium. Esse detalhe NUNCA me foi satisfatoriamente explicado.
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“Mas o Arduin quer todos os detalhes da fraude, como:
a) onde estava a mala com as coisas?
b) quem ajudou a otília a fraudar?”
EXATO, Vitor!
Se os repórteres revistaram tudo (ou deveriam ter revistado, a menos que você vá defendê-los com a velha desculpa: “na sessão seguinte iam fazer…”), por que ninguém achou a mala com as tralhas?
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Lembre-se de que o Mário de Moraes, lá nas suas reportagens não escritas, disse que “não se arriscava a dizer que todos eram farsantes, A MAIORIA NÃO ERA”. Como ele podia saber? Mas já que todos os céticos por aqui parecem acreditar no que os repórteres disseram, então QUEM ERAM OS CÚMPLICES? Se o Mário de Moraes sabia, por que não lhes apontou o dedo?
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“Eu sei que o Criss Angel é um ilusionista, mas como não consigo saber os segredos de suas mágicas, vou considerá-lo um paranormal.”
– Ao investigar tal ilusionista, Sr Biasetto, você fez com ele algo parecido com que os que investigaram médiuns fizeram?
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“Ao que parece, o Arduin quer que aqueles que alegam que a Otília fraudou, como tudo leva a crer que sim, expliquem minuciosamente, passo a passo, todo o ocorrido.”
– Exatamente, Caio. Quando a “explicação” da fraude deixa muita coisa sem explicar, fico com a sensação de estar trocando seis por meia-dúzia ou uma fé por outra. Afinal não foi para desmascarar TODA a farsa que os repórteres do Cruzeiro foram lá? Só que fizeram um trabalho bem porquinho…
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““tá vendo? pode não ser fraude”, mesmo que existam GRANDES evidências de que realmente aconteceu um embuste.”
– Ora, pode ter havido fraude sim… Mas por que os “descobridores” da fraude só fazem serviço meia-boca? Por que não pensaram eles em amarrar bem as pontas antes de se pronunciar? Por que não peitaram o pessoal médico na hora ou logo depois de terem mais elementos em mãos (como a vida da Josefa verdadeira, por exemplo)? A resposta neste caso é simples: só queriam material para fazer reportagens escandalosas para vender revista. Fim de papo.
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“Eusábia guardava o truque no ânus.”
_ Deus me livre, que mentira cabeluda! O único truque, simplíssimo, que Richet descobriu sem dificuldade, foi o de substituir uma mão que segurava a sua pela de outro cara que segurava a outra mão dela… Mesmo fraudando às vezes, ele produziu fenômenos genuínos para os quais não se pôde invocar fraude.
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“Otília, por usar maior volume, deve ter tido um comparsa”
– Quem foi a figura? Por que DEVE ter tido um comparsa? Você não tem certeza do que afirma? Cadê a sua confiança em si mesmo? E pra onde foi esse comparsa quando a Otília passou a seguir uma carreira solo?
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“e o material estava escondido num pé de mesa falso, por exemplo.”
Ho Ho Ho! Então em todas as casas e em centros espíritas que ela visitava e fraudava MESMO, todos gentilmente lhe arranjavam uma mesa com pé falso…
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“Não precisa-se de evidências nesse caso, pois é assim que os mágicos agem.”
– Eu adoro frases assim. Os céticos querem que a gente ache pelo em ovo e caspa em bola de bilhar, mas eles não se sentem obrigados a provar nada do que falam. Bastam apelações deste tipo. É por isso que não levo a comunidade cética a sério.
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“E o que ela fazia era claramente um espetáculo de mágica, de acordo com a cartilha mais básica da profissão.”
– Mas que mulher mais burra! Em vez de fazer os truques simples de ilusionismo, foi logo querer materializar fantasmas! Mas como foi que ela leu a cartilha mais básica da tal profissão se ela era completamente anarfa?
junho 29th, 2011 às 4:20 PM
Arduin,
Você foi bem em teus comentários. Praticamente achei tudo que você disse, muito convincente. Parabéns!
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Quanto ao Gilberto, continuo esperando que ele me explique por que os pastores evangélicos com suas trapaças e cara-de-pau, merecem mais respeito que os espíritas e o próprio Chico?
Gilberto disse que em 150 anos, o espiritismo não provou nada do que diz.
Eu digo que em 1500 anos de judaísmo-cristão, nada se provou do diz a bíblia.
Quem está perdendo esta?
Gilberto Evangélico Macedo Malafaia,
Um abraço!
junho 29th, 2011 às 10:42 PM
Ardwin, é o seguinte:
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1 – Você atribui a mim uma veredito: “perdeu a discussão e não quer admitir”. Quem te disse que eu considero ter perdido alguma discussão? Quem te disse que eu não quero admitir alguma coisa? Tu estás falando por mim e num exercício confuso diz que eu acho que os outros estão na mesma posição?!?
Os teus julgamento sobre o que eu penso ou sobre o que eu ache são teus, não me dizem respeito. Qual é o problema em eu achar que continuar é perda de tempo? Acaso não é? Tu, que estás aqui há tanto tempo, mais do que eu, não está se repetindo vezes sem conta? Para chegar onde? Vai convencer um cético a ser crente?
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3 – Não sei de onde você está embasando a afirmação de que a doutrina é infalível ou que tenha sido dito ou falado isso em algum lugar. Não sei qual é esta bronca com o Rustenismo, não pesquisei sobre isso, sou ignorante nesta pendenga e avalio o que Chico escreveu pelo que ele escreveu e não pela lente deste o daquele segmento filosófico.
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4 – 5 – Não, não é um mero romance pois Emmanuel afirma categoricamente que é a história da vida dele naquela reencarnação. Não têm como ter dúvidas sobre isso.
Que bronca é essa tua com “viúvas chorosas do Chico”. Não sei quem são, não entendo o que tu queres dizer. Deve ser conflito teu, não me envolva nisso também.
Resumo, para mim o JCFF não prova absolutamente nada conclusivo, definitivo, assim como ninguém provou até hoje o contrário do que o JCFF quer provar. O interesse dele, na minha opinião, é fazer o que fez no final deste texto aqui, ou seja, dizer que Chico era mentiroso e que não existia espírito se comunicando com ele. Porque? Não sei, tenho meus palpites, mas isso é com ele, pede para ele.
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6 – Na tua opinião a vantagem é dele pois leio o que ele escreve e me admiro das conclusões que ele chega por osmose, por vontade enorme que ele têm de que o que ele gostaria que fosse provado realmente fosse a verdade dos fatos.
Aqui, mais uma vez a tua bronca com Rusten, FEB, catolicismo. Não tenho nada com isso.
Plágios de Emmanuel? Até tu, Brutus?! Pelo menos tu não desfaz do Emmanuel, já é alguma coisa boa, pois se o que se sobressai desta belíssima obra deste espírito, para ti, é esta alegação de plágio, bem, traga à baila o que seria para vermos se é mais razoável do que o que eu tenho visto neste blog, mas por favor, traga com pareceres de profissionais e não com opinião de amadores, ou com a tua própria, ou com a minha, pois isso é muito pouco para sustentar uma calúnia ou uma acusação verdadeira.
Uma pena é perder tempo como fiz aqui durante vários meses.
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Se não gostastes do meu comentário, entendo, mas que eu não sei qual é a tua intenção de estar aqui também, tão assiduamente, ah isso eu não sei. Mas não precisa responder, deixa para lá pois não estou à fim de mais conversa por aqui, e isso não é falta de argumento, é falta de vontade mesmo. Acho que não vou gerar um carma, ou vou para o umbral porque não estou mais interessado nesta lenga-lenga – tenho muito à fazer em prol da minha reforma íntima.
junho 29th, 2011 às 11:08 PM
Bom, respondendo:
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1. Ao Biasetto:
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Eu sou mais cuidadoso em relação à religião que muitos por aqui. Acredito que milênios de estudos teológicos não podem ser jogados na cova rasa da ignorância. Estamos falando de pessoas que dedicam décadas de suas vidas ao estudo da teologia. E me refiro às religiões Judaico-Cristãs. Não estamos falando de tolos crentes que acreditam nas promessas vazias de um reverendo de meia-tigela. Falo de doutores e professores de Cambridge e Oxford, que podem até não acreditarem no lado místico da religião, mas que acreditam em Deus e estudam todas as suas manifestações e influência na sociedade humana. Não me refiro a estudos superficiais como são feitos no espiritismo, nem a fé cega do Islamismo. Desconfio que há mais por trás disso. Por isso que digo que não sou ateu. Só não disponho do tempo de estudar teologia como deveria para opinar embasadamente. Há muito poder, muita influência e muitos interesses nas Igrejas, mas também há um poder que transcende a minha compreensão e do qual me pelo de medo. Um poder que sinto na união de homens e mulheres em oração. Um poder que sinto ser tão grande que coloca o mundo todo sob seu jugo quando ele quer. Na época do Chanuká, por exemplo, espíritos não “baixam” em terreiros. É muito estranho. E é bem na época do Natal. Os candomblecistas dizem que é por respeito. Os crentes dizem que é por medo. E eu digo que não sei, mas há aí um mistério, um poder que não compreendo. É muito grande. Seria o que chamamos de Deus?
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2. Ao Arduin:
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Eusábia guardava o truque no ânus. Otília, por usar maior volume, deve ter tido um comparsa e o material estava escondido num pé de mesa falso, por exemplo. Não precisa-se de evidências nesse caso, pois é assim que os mágicos agem. E o que ela fazia era claramente um espetáculo de mágica, de acordo com a cartilha mais básica da profissão.
junho 30th, 2011 às 12:24 AM
Gilberto,
Você copiou o que já tinha escrito.
Não me respondeu, por que você critica tanto o espiritismo e o Chico Xavier e defende os evangélicos.
Acho até que você deve frequentar a universa. hehe!
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Estes doutores que você menciona aí, me aponte um estudo de qualidade deles. Me aponte uma revelação interessante que eles fizeram.
Não sabem nada x nada! Simplesmente, porque não tem o que se estudar a respeito de Deus.
Eles podem conhecer a história das religiões e as manifestações espirituais. Nada além disso. Acho que o Vítor, sem querer jogar confete, sabe muito mais do que eles.
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Você ficou bravo comigo, aquela vez que fiz humor com a menininha lá, na igreja evangélica… eu até me retratei, achei que devia, depois de conhecer a história dela.
Muitas pessoas que frequentam centros, também têm as suas histórias. Quantos pais não se confortaram com uma mensagem psicografada? Podemos questionar a veracidade destas psicografias, mas pra eles, foi e é real.
Então, muitos têm os seus motivos.
Continuo afirmando: se o espiritismo não serve, o catolicismo e estas correntes evangélicas, muito, mas MUIIITO mesmo, servem menos ainda.
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O que você sabe sobre a Eusábia?
Onde você descobriu que ela guardava o truque no ânus?
Que truque era?
O que ela fazia?
Estou interessado!
…
Até…
junho 30th, 2011 às 1:28 AM
Eu concordo com o Gilberto: as religiões judaico-cristãs são as únicas dignas de respeito. Prova disso é a essência do Deus Judaico-Cristão: Ele é onipotente, apesar de não apitar muita coisa, é onisciente, apesar de saber menos que marido traído, e tortura eternamente seus queridos filhos descrentes, simplesmente porque os ama acima de tudo. Além disso, o Todo Poderoso Deus Judaico-Cristão endossa claramente, sobretudo por meio do Velho Testamento, atos racistas, genocidas, infanticidas e machistas. Não sei como alguém pode discordar do Gilberto.
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E Noé colocou mesmo um casal de cada uma das centenas de milhares de espécies de animais na arca. E os leões nem matavam as gazelas. Tudo em nome Dele, amém.
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E, com Maria, não precisou nada daquele papo furado de “óvulo x espermatozóide”, não. Ela ficou grávida virgem, claro.
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Dizer que uma determinada religião merece crédito só porque um doutor de uma faculdade de renome dedica parte de seu tempo a estudá-la é o mesmo que dizer que a astrologia merece algum crédito por ser uma atividade milenar. Um ponto é digno de crédito quando é suportado por evidências históricas e/ou científicas. A bíblia, nesse aspecto, tem o mesmo valor do Corão: nenhum. Não consigo entender como a fé dos católicos, por exemplo, pode ser menos cega que a dos mulçumanos: ambos, ao acreditarem nas entidades descritas em seus respectivos livros e seus feitos mirabolantes, estão seguramente bem longe de compreenderem as coisas como elas realmente são. Não consigo entender como os estudos dos livros judaico-cristãos podem ser menos superficiais que os estudos espíritas: o Vaticano valida “milagres” para os quais a ciência moderna tem, há tempos, as explicações.
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Vou tomar um Eno.
junho 30th, 2011 às 1:31 AM
Vitor, consultando algumas fontes bibliográficas (algumas, inclusive, indicadas por você) que tratam sobre fenômenos mediúnicos de uma forma mais criteriosa, encontramos quase sempre os nomes de Piper e Leonard. Alguns outros são citados vez ou outra, mas, geralmente, só esses dois nomes parecem merecer mais destaque. Pergunto: é de seu conhecimento que, hoje, existam pessoas que aleguem poderes mediúnicos e estejam no mesmo patamar das duas citadas? Caso a resposta seja negativa, qual o motivo, no seu entendimento, que fez com que “médiuns verdadeiros” desaparecessem?
junho 30th, 2011 às 1:57 AM
Biasetto e Caio:
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Não me façam copiar e colar de novo. Releiam o que escrevi.
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Quanto ao reto de Palladino, bem, é assim que se faz os truques que ela fazia. Traços de fezes sempre foram encontrados em casos como o dela. Por ter sido a primeira, acredito que ela não tinha nenhum truque diferente. Só não examinaram direito naquela época. Depois que o truque ficou manjado, os “médiums” pararam de fazê-lo. Não me peça prova laboratorial. É um M.O. manjadíssimo. Já é história.
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Com licença, mas tenho que ir assistir meu programa favorito: “Fala Que Eu Te Escuto”.
junho 30th, 2011 às 2:10 AM
Vítor,
O rapaz lá me aceitou como amigo.
Tenho o email dele.
junho 30th, 2011 às 2:11 AM
Biasetto,
eu já falei com ele, ele diz que não se lembra das comparações, perguntei se ele lembrava ao menos os nomes dos livros, ainda não respondeu. Mas guarda o email dele.
junho 30th, 2011 às 2:13 AM
O Gilberto é fã do Macedão… eu já desconfiava… hehe!
junho 30th, 2011 às 2:14 AM
Legal!
junho 30th, 2011 às 3:04 AM
Vítor,
Você não briga em casa?
O teu irmão acredita em ufos!
junho 30th, 2011 às 3:28 AM
Caio,
Concordo com tudo que você disse.
Um abraço.
junho 30th, 2011 às 9:58 AM
Scur
1 – Digo que uma discussão é perdida quando não se destrói os argumentos da parte contrária e só quer se fazer prevalecer com base em afirmações enfáticas.
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2 – Ao contrário das outras religiões, o Espiritismo é a única que admite poder estar em erro em algum lugar. Só que justamente ao contrário das outras, a doutrina espírita ainda permanece sem que nada de significativo tenha sido alterado. Se admite isso, por que chia tanto?
– Quanto ao Rustenismo, é uma longa história. Tudo começou quando os primeiros espíritas surgiram no Brasil, egressos do Catolicismo, naturalmente. Já não encontravam na fé católica o necessário para sua fome espiritual, mas a CAROLICE católica foi junto com eles. Era-lhes muito DOLOROSO ter de aceitar que Maria trepou com o José e gerou Jesus de forma absolutamente natural e, pior ainda, que Jesus foi um espírito que evoluiu exatamente igual aos outros. Já pensou que o espírito de Jesus, ao longo de sua evolução, pode ter animado personalidades equivalentes a um Tarmelão, Átila, Hitler, Torquemada & Cia Bela?
Mas foi então que chegou a obra salvadora: Os Quatro Evangelhos, de J. B. Roustaing. Nele diz-se que Jesus nunca encarnou e sim que era um fantasma materializado (um agênere) e que a reencarnação é só por castigo _ o espírito evoluiu só como espírito, mas se se tornar ateu, orgulhoso, invejoso, etc e tal, então é punido com as reencarnações até se corrigir. Mas Jesus NUNCA pisou na bola: é um espírito infalido. Por isso não podia encarnar-se. Atuou como um agênere, portanto.
Que maravilha! Agora salvava-se o “Cristo-Deus” e ainda ganhava-se de volta a Virgem Santíssima. Por isso o Rustenismo tornou-se muito popular entre os primeiros espíritas, que nem se deram conta que vai de encontro ao que é ensinado na DE. A FEB, dominada por rustenistas, para garantir-se como a única voz do Espiritismo no Brasil, convidou os vários grupos dissidentes a se unirem a ela, alegando que eles teriam total liberdade de expressão. Foi um “passa-moleque”, pois só podia ser dirigente e diretor na FEB quem fosse rustenista, ou seja, os demais ficaram só de ouvintes… Os rustenistas dominaram até recentemente, quando após a morte do último rustenista roxo (Francisco Thiessen), o presidente seguinte conseguiu dar uma puxada de tapete nos restantes e eliminou o Rustenismo da FEB. Essa é a minha bronca contra o Rustenismo.
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3 – Aqui é que a porca torce o rabo: se Emmanuel está contando SUA HISTÓRIA REAL, então o ônus da prova cabe a ele. Se há documentos históricos da época que sobreviveram até hoje, por que não falam desse tal Lêntulo? Se ele era tão proeminente, deve ter deixado registro em algum lugar. Por que nem você, nem nenhum outro espírita historiador e fã do Emmanuel apresentou os documentos históricos que provam tudo o que Chico disse no Há 2000 anos? Se você os têm, traga-os e discuta com o Zé. Dizer que ele não provou nada? Ora, ele apresentou a documentação da época que NADA diz sobre o tal Lêntulo. Cabe a você fazer o contrário: mostrar a documentação da época que CONFIRMA a existência do Lêntulo e que o que ele vivenciou coincide com o que Chico disse.
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4 – Existem médiuns INFALÍVEIS, Scur? Será que Chico não poderia ser enganado? Considerando sua submissão à FEB e o fato de ter sido católico quando criança e jovem, isso pode perfeitamente causar certo obscurecimento de raciocínio, ainda mais quando não se tem o cuidado de submeter sua obra à revisão por outros… Esse é o mal de muitas obras psicografadas: é o espírito que escreveu? Então tá escrito! Ninguém revê. Muito triste isso!
Como espírita, deveria saber que um fanático católico, ao falecer, não se torna um espírito espírita: ele continua fanático católico e há confrarias inteiras só de crentes de cada fé, conservando a mesma raiva contra o Espiritismo que tinham em vida. Aqui onde moro, São Carlos – SP, ouço histórias de espíritas mais velhos que contam os problemas que tiveram, não só com os padres de carne e osso, mas principalmente com os padres-espíritos, que viam com muita revolta o crescimento do Espiritismo por aqui.
Há um Emmanuel em várias obras que trazem um cunho moral bem edificante. Talvez este seja o Emmanuel real, não o Lêntulo, mas o que realmente era o mentor do Chico. Mas como disse Kardec: _ Deus manda os bons espíritos para nos instruir e permite a ação dos maus para nos testar. É… Esse aí é a prova, o exame onde vamos provar que realmente aprendemos. Infelizmente Chico escorregou no tomate, o que não o desmerece quanto ao que acertou, mas não devemos compactuar com o erro.
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junho 30th, 2011 às 10:05 AM
Ei, Biasetto e Caio, Gilberto anda tendo aulas de argumentação com o Scur…
junho 30th, 2011 às 11:09 AM
Hahahahaha… Esse é o blog do Vitor.
junho 30th, 2011 às 1:17 PM
Usando meus poderes especiais, vou antecipar uma resposta que o Scur dará ao Arduin. Vejam só.
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Arduin diz: Será que Chico não poderia ser enganado?
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Scur responde: NÃO. NÃO. E NÃO… E NÃO.
junho 30th, 2011 às 1:33 PM
Gilberto,
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Teu comentário é mais ou menos o seguinte: Bom, existem uns caras em Cambridge e Oxford que pasam a vida estudando a religião Judáico-Cristã. Esses caras devem fazer isso por um bom motivo que eu não sei qual é, mas que deve ser importante!
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Tradição por tradição viva a astrologia, como bem argumentou o Caio!
junho 30th, 2011 às 1:37 PM
Arduim
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Será que o Waldo e o Chico não poderiam ter sido enganados ?
junho 30th, 2011 às 1:45 PM
Me surpreendo aqui, sempre:
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O Gilberto é evangélico… esta é boa demais!
junho 30th, 2011 às 2:08 PM
Eu e uns amigos, alguns aqui do blog, criamos um grupo de conversas. Trocamos emails. Um dia desses, surgiu uma discussão entre ser ateu ou crente. Eu disse, que não me vejo como um ateu, mas se tivesse que ficar um mês em uma ilha, com mais dez pessoas, preferia, com certeza, ficar com 10 ateus, do que com 10 crentes.
Muitos concordaram. O Marcelo até sugeriu que se fossem 10 atéias, muito melhor. Bem aí, eu disse que ficaria o ano todo.
Agora, penso o seguinte: se tivesse que ficar na mesma ilha, com 10 evangélicos ou 10 espíritas, com certeza, também, preferiria os 10 espíritas.
A não ser que fossem 10 crentinhas da Testemunha de Jeová, porque tem umas que batem na porta de minha casa, pra pregar, olha são umas belezinhas. Eu até pensei em convidá-las a entrar, para um “bate-papo”, mas minha mulher falou que ia quebrar uma panela na minha cabeça…
Achei melhor repensar a ideia.
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Em tempo,
Bati um papão com o Jujuba! Muito legal. Ele está bem.
Tirou uns dias pra refletir e pôr umas ideias em ordem.
Faz parte né? Todos nós temos uns momentos meio baixo astral.
Abração Juliano!
junho 30th, 2011 às 2:12 PM
Gilberto, o “Missionário” (HAHAHAHAHA…) R.R Soares recentemente acrescentou ao portfólio de produtos e serviços de sua imensa igreja a “Nossa TV”. Trata-se de uma TV por assinatura evangélica em que são vetados canais que exibem sexo e violência. Pergunta um: você irá assinar? Pergunta dois: caso a resposta à “pergunta um” seja positiva, como você fará para conciliar essa programação puritana com o Met Art? Saudações.
junho 30th, 2011 às 2:13 PM
Aviso que a próxima postagem será a derrocada do espiritismo brasileiro. Biasetto, avisa o Scur. Devo colocar ainda hoje.
junho 30th, 2011 às 2:38 PM
Muita boas as tuas perguntas Caio.
Vítor,
Não vou avisar o Scur, deixa o bom moço gaúcho!
Avisa você o Gilberto.
Um abraço! hehe!
Este blog está ficando bom, novamente…
junho 30th, 2011 às 2:40 PM
Outra boa do Gilbertão:
“Met-Art não é pornografia” Ele disse que detesta pornografia. hahahahaha!
Eu também não gosto, mas às vezes, eu minto um pouquinho.
junho 30th, 2011 às 8:17 PM
“Será que o Waldo e o Chico não poderiam ter sido enganados ?”
– Lógico que poderiam. O que tinham de especial para não o ser?
julho 1st, 2011 às 4:10 PM
Se a inteção era enganar, porque Emmanuel usou um personagem tão facil de invalidar.Pelo exposto, o Publio não se parce com niguem citado por Flavio José. O primeiro mandamento da falsificação é fazer uma copia o mais exata possivel daquilo que se pretende falsificar.
julho 5th, 2011 às 7:14 PM
Bem, Gaudi…
O lance é que o tal Emmanuel (ao menos esse que se tentou passar por historiador…) podia ser:
1 – Um espírito pobre coitado ignorante, que iludido com alguma história boba sobre o tal Lêntulo que conheceu e descreveu Jesus, imaginou-se no lugar dele e daí escreveu toda uma história fictícia, mas que quis vender como real, sabedor que Chico ficaria encantado e as críticas seriam poucas (só os espíritas liam obras espíritas e desde quando esses teriam coragem de desmentir o Chico?). Lá no sítio da Editora Petit há um extrato de um dos livros publicados por ele, onde um espírito confessa passar-se por outro, para que suas comunicações tivessem mais aceitação.
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2) Já disse mais de uma vez que o fato de o corpo morrer NÃO MUDA o espírito em sua forma de ser e de acreditar. Um fanático católico não muda suas convicções de uma hora para outra e mesmo que reconheça que o Mundo Espiritual não é o que ele pensava ser, o Mundo Material continua o mesmo e seus interesses nele também. Daí então o interesse em confrarias católicas, por exemplo, manter a situação a favor da Santa Madre Igreja. O Espiritismo é um incômodo nesse sentido e, por aceitar a comunicação espiritual, nada melhor do que usar esse meio contra ele.
Daí então fascinam médiuns e fazem o contrabando de doutrinas espúrias, relatos absurdos (mas atraentes), e comunicações outras que colocariam o Espiritismo no ridículo.
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Pode ser esse aí o caso de algum “Emmanuel” eclesiástico, onde deixa transparecer seu antissemitismo. Mas para nós, identificado o erro, aí é cada cabeça, uma sentença. Para mim, se está mesmo errado, está e não perco tempo com isso. Já o Scur fica pulando mais do que cabrito em véspera de foice em defesa do indefensável.
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É isso.
agosto 28th, 2011 às 1:53 PM
Vc coloca tribunos “militares”, militares por sua conta né, porque no texto que vc apresenta não tem Militares.
Chico revela que havia um um conselho, vc esta provando que este conselho existia. Poderia mostrar então onde é que Chico conseguiu esta informação em Pedro Leopoldo, que alias, nem internet tem direito tem até hoje, imagina livros com estes detalhes que vc esta colocando, naquela epoca…
Continue com suas pesquisas eu estou achando ótimo, so toma cuidado para não coar os camelos e deixar passar as pedras preciosas, pois tenho certeza que vocês poderiam ter muito mais êxito se tentarem provar a existência e não o contrario.
Da mesma forma existe gente com pesquisas muito avançadas mostrando aspectos que so foram descobertas depois da publicação dos romances de Emmanuel, acho que vocês estão literalmente deixando passar as pedras preciosas…
Uma pena…
dezembro 1st, 2011 às 5:38 PM
Prezado sr. Thiago,
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### Apenas agora tomei conhecimento de suas ponderações, às quais procuro responder a seguir, seguindo o seu texto (minhas respostas após o “###”):
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Você utiliza a expressão tribunos “militares”, mas “militares” é por sua conta, porque no texto apresentado não existe a expressão “militares”.
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### Nem há necessidade disso, sr. Thiago. No texto grego original, o historiador Flávio José menciona que, além dos comandantes legionários, compunham o conselho de guerra o “epitropos” da Judéia (Marco Antônio Juliano) e (como ouvintes) os outros “epitropoi” e os quiliarcas (“chiliarchoi”). A palavra grega “epitropos” (literalmente, “alguém com autoridade”, “encarregado”, “comandante”) era utilizada, no vocabulário grego da época (e também pelo historiador Flávio José) para designar dois termos latinos, “procurator” e “praefectus”:
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### a) “Procurator” (literalmente, “procurador”) era um oficial de nível eqüestre representante do Imperador, quer em assuntos militares, quer em assuntos civis; o termo era utilizado (ao menos desde Cláudio) para o governador de províncias “procuratorianas” – por isso, o procurador nomeado para a Judéia como sucessor de Géssio Floro, Marco Antônio Juliano, é também denominado “epitropos” no texto original (grego) de Flávio José. Obviamente, “Lêntulo”, sendo um senador, não podia ser um “procurador”.
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### b) “Praefectus”, na origem um termo puramente militar, era, na época, dado aos comandantes das unidades auxiliares: quer das unidades de infantaria, “cohortes” (“praefectus cohortis”), quer das unidades de cavalaria, “alae” (“praefectus alae”), ambos cargos de nível equestre. Embora o termo técnico grego usual para “praefectus” fosse “eparchos” (daí “eparchos speirês” traduzindo quer “praefectus cohortis”, quer “praefectus alae”, sendo que, para o último, também se podia usar a expressão “eparchos eilês”), os escritores em língua grega também utilizavam “epitropos” nessa acepção. Os únicos “praefecti” que, na época, não eram militares eram o “praefectus anonnae” (o funcionário encarregado do abastecimento de trigo da cidade de Roma) e o “praefectus Urbis” (o prestigioso cargo de Prefeito de Roma, sempre exercido por um senador de nível consular). Esses dois últimos cargos eram exercidos em Roma e, portanto, devem se excluídos. Assim, todos os “praefecti” / “epitropoi” citados como fazendo parte do conselho de guerra de Tito eram militares (e de nível eqüestre).
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### Isso quanto aos “epitropoi”. Quanto ao termo “chiliarchoi” (literalmente: “comandantes de mil homens”), esse era originariamente, na época helenística, um cargo de comando militar cujo incumbente tinha, sob suas ordens, mil soldados. Na época romana, os escritores de língua grega utilizavam o termo “chiliarchos” para traduzir o termo latino “tribunus”. E, além dos tribunos da plebe, que eram magistrados (sempre plebeus) que exerciam suas funções na cidade de Roma (e cuja autoridade não ultrapassava os limites da referida urbe), TODOS os demais tribunos eram militares: especificamente, eram os “tribunos das legiões”, ou “tribunos militares”. Em cada legião havia seis tribunos (“tribuni”) para ajudar o comandante da legião, o legado (“legatus legionis”), sendo um desses postos (o de “tribuno laticlavo”, ou “da faixa larga”) exclusivo para filhos de senadores, e os cinco restantes (“tribunos angusiclavos”, ou “da faixa estreita”) para pessoas oriundas da ordem eqüestre (à exceção das legiões egípcias, nas quais todos os seis tribunos eram “angusiclavos”). Portanto, não há nenhuma necessidade, a rigor, de se utilizar e expressão “tribunos militares” para traduzir a expressão grega “chiliarchoi” – todos os tribunos presentes no conselho de guerra de Tito eram “militares” (os laticlavos eram filhos de senadores em início de carreira, os angusiclavos eram eqüestres, geralmente já “tarimbados”).
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### Portanto, além dos comandantes legionários e do procurador (“epitropos”) nomeado para a Judéia (i.e., teoricamente, o “governador” da província), foram convocados, como ouvintes, no conselho de guerra de Tito, os comandantes (“praefecti”) das unidades auxiliares, fossem de cavalaria ou de infantaria (os outros “epitropoi”), bem como todos os TRIBUNOS MILITARES, ou “tribuni” (“chiliarchoi”) das legiões (seis por legião).
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### Assim sendo, nota-se que o caráter do conselho de guerra era eminentemente militar – nele tinham assento, como votantes ou ouvintes, os que exerciam cargos de comando militar, o que, aliás, era o lógico. Não havia “conselheiros civis”, no sentido de pessoas que não tivessem responsabilidade militar na campanha (para quê?). “Públio Lêntulo” (senador) somente poderia fazer parte desse conselho de guerra se fosse comandante de legião (todos os outros postos militares eram de nível eqüestre, exceto o de tribunos laticlavos, mas, quanto a esse último posto, era um posto de início de carreira para um senador; já idoso e “experiente”, “Lêntulo” o teria exercido na sua juventude, e teria sido um insulto se o Imperador o nomeasse para um cargo desses). No entanto, sabe-se que “Lêntulo” não comandou nenhuma legião na campanha judaica (pois conhecem-se todos os comandantes legionários em questão). Portanto… Xavier fala em “conselheiro civil” justamente por não conhecer a estrutura administrativa e militar REAL romana da época. Ele tirou isso da sua cabeça, não da História real.
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Chico revela que havia um conselho, e você esta provando que este conselho existia.
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### Simples analogia, a partir da situação contemporânea conhecida por Xavier. Esse conselho existia, claro, mas não nos termos em que Xavier o coloca, como já explicado no item anterior.
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Poderia mostrar então onde é que Chico conseguiu esta informação em Pedro Leopoldo, que, aliás, nem Internet tem direito até hoje (quanto mais livros com estes detalhes que você está colocando, naquela época…)?
### Novamente: simples analogia com a situação contemporânea de Xavier, em que (e isso aparecia inclusive nos “filmes de guerra” da época, épicos ou não) os generais reuniam “conselhos de guerra” para discutir a situação, ou para chegar a um consenso acerca do curso a tomar numa operação qualquer. Coisa, aliás, lógica. O que surpreenderia seria se o “conselho de guerra” de Tito tivesse sido descrito corretamente, e mais, se, na composição desse conselho (tal como dada por Flávio José) constasse, de fato, um “Públio Lêntulo”. A posição de “Lêntulo” como “conselheiro civil” encaixa-se no “mundo” da psicografia “Há Dois Mil Anos”, não no mundo real do exército romano da época de Vespasiano…
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Continue com suas pesquisas, eu estou achando ótimo, só toma cuidado para não coar os camelos e deixar passar as pedras preciosas, pois tenho certeza que vocês poderiam ter muito mais êxito se tentarem provar a existência, e não o contrario.
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### Já que é assim, então prove o sr. a existência…
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Da mesma forma, existe gente com pesquisas muito avançadas mostrando aspectos que só foram descobertas depois da publicação dos romances de Emmanuel, acho que vocês estão literalmente deixando passar as pedras preciosas…
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### Não é o que me consta, sr. Thiago (veja, inclusive, neste “blog”, o texto “Pesquisas para a Confirmação Histórica de ‘Há Dois Mil Anos’”). Mas, de qualquer modo, se é esse o caso, mostre-me quais são, exatamente, esses “estudos mais avançados”, e quais “aspectos só descobertos depois” foram evidenciados. Estou no aguardo (mas, antes, leia, por favor, o texto que acima citei)…
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Uma pena…
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### Sem dúvida, sr. Thiago, uma pena…
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### Sds,
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JCFF.
janeiro 8th, 2012 às 4:50 PM
Prezados,
Creio que houve um mal entendido a respeito do meu comentário acerca da obra do Professor Perandréa. Se o que eu disse anteriormente deu a impressão de eu estar discordando da conclusão do professor, perdoem-me, não foi isso que eu quis dizer. Permitam-me esclarecer.
Quando uma análise grafoscópica é realizada a fim de se constatar a autenticidade ou a autoria de escritas, o profissional pauta-se na comparação dos lançamentos questionados com os padrões. Quanto mais extenso e mais rico for o material, melhor e mais fundamentado será a conclusão.
Ao expor o resultado do trabalho grafoscópico, nem sempre o perito mostra, através das imagens impressas no laudo (neste caso, no livro), tudo aquilo que ele constatou na análise dos lançamentos, pois tantos são os detalhes constatados que às vezes é até difícil descrever e mostrar tudo aquilo que se identifica visualmente.
O comentário que postei foi no sentido de que como a conclusão do trabalho do renomado professor foi por demais relevante, não só no aspecto técnico-científico, mas também no aspecto doutrinário-religioso, é aceitável que outras pessoas tentem também chegar à mesma conclusão (ou conclusão diversa) a partir das poucas imagens existentes em seu livro.
Entretanto, como disse antes, nem sempre é possível ao perito expor em sua apresentação tudo aquilo que vê, e ainda há uma dificuldade pelo fato de que as imagens do livro, obviamente, são obtidas dos originais (questionados e padrões), mas não são os próprios originais, o que limita e muito as tentativas de outro profissional de analisar aspectos por demais importantes, como a velocidade e a gênese da escrita, que são ofuscados quando se trata de cópias dos originais.
Concluindo, acredito que o professor constatou diversas convergências grafoscópicas a ponto de chegar a esta conclusão, e que o mesmo, presumo eu, achou suficiente mostrar em sua obra aquela determinada quantidade de imagens. Desta forma, é temerário que qualquer pessoa tente fazer uma análise a partir apenas das cópias das imagens disponibilizadas no livro, pelos motivos expostos acima.
Atenciosamente,
Leandro Scuotto Martignoni