Um Caso Fantástico na Arqueologia Náutica: A Descoberta de um Brigue Americano por Psíquicos (1988)

Esse artigo revela como um grupo de psíquicos ajudou a encontrar um navio naufragado, sendo mais eficientes que os modernos sensores remotos eletrônicos. Entre os psíquicos está Michael Crichton – exatamente, o mesmo homem que escreveu Parque dos Dinossauros, obra adaptada para o cinema por Steven Spielberg com o nome Jurassic Park! Quem diria…

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A DESCOBERTA DE UM BRIGUE AMERICANO: PESQUISA DE CAMPO ENVOLVENDO VISÃO REMOTA APLICADA, INCLUINDO UMA COMPARAÇÃO COM SENSORES REMOTOS ELETRÔNICOS  

Por Stephan A. Schwartz e Randall J. De Mattei — The Mobius Society  

Traduzido por Vitor Moura Visoni

Revisado por Marcel Tavares Quinteiro Milcent Assis  

Resumo  

No outono de 1987, a Mobius começou um trabalho de campo, sob licença do Governo das Bahamas, para executar uma pesquisa arqueológica numa área do Grande Banco das Bahamas, que abrange aproximadamente 579,15 milhas quadradas (1500 km quadrados). Este relatório compara a Visão Remota, os sensores remotos eletrônicos, e o processo de procura visual usados para localizar o local de naufrágio de um navio mercante armado americano, previamente desconhecido, o qual se acreditava ser o Brigue Leander, que foi achado numa subseção da Área de Licença conhecida como Zona de Consenso C; uma área marítima de 11,81 milhas quadradas (30,59 km quadrados). Conclui-se que a Visão Remota foi a fonte de informações que levou à localização do sítio, e que o sensor remoto eletrônico não foi útil nesse caso. O Leander estava sob o comando do Capitão William Johnson quando afundou por razões desconhecidas perto de Beaks Cay no dia 6 de abril 1834, ao retornar de Manzanilla, Cuba, ao seu porto natal em Boston, Massachusetts. Além das informações de localização, 193 passagens descritivas conceituais sobre o sítio foram proferidas por doze Observadores Remotos. Destas, 148 passagens, ou 75% do total, puderam ser avaliadas por observações diretas em campo, ou pesquisa histórica. Uma avaliação desse material considera 84% das passagens Corretas, 12% Parcialmente Corretas, 4% Incorretas. Há uma variação pequena da acurácia na seqüência de material entre as entrevistas de Los Angeles (84% Corr., 13% Parc. Corr., 3% Incorr.) e os dados sobre o sítio (81% Corr., 11% Parc. Corr., 8% Incorr.). Aproximadamente 300 naufrágios dignos de nota aconteceram, não só na Área de Licença, mas por todo o Banco, de 1500 a 1876, como determinado por uma procura completa de registros históricos e material arquivado nos EUA, Reino Unido, Espanha e Bahamas. Para fazer uma avaliação conservadora de esta localização ocorrer pelo acaso, supôs-se que os desastres não são regularmente distribuídos por todo o Banco, mas só dentro da Área de Licença. Dito isso, devemos esperar ver 6,12 barcos na Zona de Consenso C (11,81/579,15 x 300 = 6,12). O sítio do brigue possui 5000 pés quadrados (464,5 m quadrados), equivalendo a 0,00018 de uma milha quadrada. A Zona de Consenso C poderia conter 65.849 sítios desse tamanho, formando assim uma grade de 65.849 células. Se a probabilidade de selecionar essa célula particular na grade pelo acaso excede p> 0,05 então a Visão Remota pode ser considerada um fator determinante. A probabilidade de achar essa área de 5.000 pés quadrados é então 6.12/65.849 = p0.00009, o que fortemente sugere que o acaso não é uma explicação para a localização do Leander.  

História: “The Discovery of an American Brig: Fieldwork Involving Applied Archaeological Remote Viewing.” Research in Parapsychology 1988, Eds. Linda A. Henkel and Rick E. Berger. (Scarecrow: Metuchen, N.J. & London, 1989). pp. 73-78. Também The Discovery of an American Brig: Fieldwork Involving Applied Archaeological Remote Viewing, Including a Comparison with Electronic Remote Sensing. Conference on Underwater Archaeology/Society of Historic Archaeology Annual Meetings. 1989.  

© copyright 1988 and 2000 by The Mobius Society  

Contexto e Panorama  

O grande problema que a arqueologia enfrenta é o desafio de saber onde procurar. Tanto em terra quanto em mar, a literatura deixa claro que a serendipidade é uma das explicações principais para muitas descobertas. Este artigo informa o último estágio de um programa de dez anos para explorar a eficácia de uma metodologia de Visão Remota aplicada previamente informada, e sua comparação com os achados do sensor eletrônico remoto.[1], [2], [3], [4], [5], [6] Argumenta-se que mesmo que não tenhamos um modelo explicativo universalmente aceito para a Visão Remota,[7] a pesquisa acumulada mostra que essa abordagem oferece um procedimento eficiente e de boa relação custo-benefício para localizar e achar sítios, tanto marinhos quanto terrestres, particularmente os enterrados profundamente e obscuros à inspeção visual. Um sítio previamente desconhecido é apresentado como um caso clínico a ilustrar esta conclusão.  

O artigo cobre a localização e escavação de um raro naufrágio intacto, pretensamente o brigue americano Leander, que foi localizado por Visão Remota, e escavado durante três viagens do Navio de Pesquisa Seaview. (Ver Ilustração Um)  

O trabalho neste relatório foi executado por uma equipe de parapsicólogos, arqueólogos, geofísicos e historiadores com o suporte da Sociedade Mobius, junto com a Equipe de Exploração Seaview, sob licença do Governo das Bahamas. Descreve um total de quatro semanas de campo dedicado a esse sítio, envolvendo 443 horas de mergulho por uma equipe arqueológica de mergulho composta de 18 homens e mulheres no Seaview, assim como uma equipe de pesquisadores históricos e de arquivo trabalhando nos EUA, Espanha, Grã Bretanha, e Bahamas. Vários sítios foram achados na área de Beaks Cay usando essa abordagem; esse local foi selecionado para este relatório baseado em cinco considerações: 1) O sítio ilustra mais claramente as forças e fraquezas relativas de várias técnicas de procura; 2) O sítio contém os restos de navio mais bem-conservados na área; 3) Pudemos localizar a documentação histórica concernente à provável identidade desse desastre, permitindo assim uma avaliação mais abrangente dos dados de visão remota; 4) Essa área foi coberta por uma imagem de computador Landsat 4 raramente clara, com cobertura mínima de nuvens; e, 5) Uma pesquisa abrangente de magnetômetro para esse sítio foi executada.

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O Navio de Pesquisa Seaview

Ilustração Um

 Contexto Histórico

A Corrente do Golfo e o Grande Banco das Bahamas  

A corrente do golfo foi descoberta pelos espanhóis na metade do século quinze. Por três séculos e meio, até que o vapor substituísse a vela, e a emancipação ocasionasse o colapso das economias centradas na cana-de-açúcar e escravocratas das Ilhas Caribenhas, ela permaneceu o melhor caminho de volta à Europa saindo do Novo Mundo.  

Esse fenômeno geográfico extraordinário, que Matthew Fontaine Maury chamou “o Rio no Oceano”,[8] passa entre a Flórida e as Bahamas, canalizada no oeste pelos Recifes da Flórida, e no leste pelos vastos baixios do Banco das Bahamas. O Grande Banco das Bahamas ao sul, e o Pequeno Banco das Bahamas ao norte, são feitos de pedras calcárias de milhares de pés de profundidade, formadas a partir da ação da matéria orgânica na areia leve. Esse platô rochoso é coberto com cinco a 15 pés (1.52m – 4.57m) de areia, e guarnecido em seu lado ocidental por uma longa série de recifes, pedras e ilhotas. A profundidade média da água sobre os Bancos é aproximadamente 15 pés (4.57m), até que alcança sua borda ocidental, depois do qual há uma descida íngreme a mais de 800 pés (244 m). Visualmente, entretanto, de um navio, esta diferença não é prontamente perceptível, o que explica os grandes números de navios perdidos nos Bancos.  

Navios soprados em direção ao leste, para fora da intensa corrente do golfo, por tempestades, particularmente furacões, foram conduzidos através dos baixios até que atingissem uma área arenosa rasa o bastante para encalhá-los ou até que um recife submerso atingisse seus fundos. Não há uma noção exata do número de navios que se perderam dessa maneira, mas uma base de dados, compilada no curso da pesquisa arquivística da Mobius, sugere que, do século 15 em adiante, aproximadamente 300 navios, mencionados em fontes históricas, encontraram tal destino, com a perda de embarcações, carregamentos, vidas, ou todos os três.[9]  

No período de tempo de particular interesse a este relatório, no entanto, a questão da pirataria é provavelmente o fator explicativo crítico de por que o navio foi achado onde foi. Os novos governos que cresceram, como o império espanhol, e que desmoronaram no fim das Guerras Napoleônicas, eram corruptos, pobres e rebeldes. Para eles, a pirataria de navios de nações mais desenvolvidas era uma atividade atraente e, em 1821, uma boa parte da Marinha dos Estados Unidos estava no Caribe reprimindo os piratas.[10] Inglaterra e França ajudavam, mas mesmo em 1829, um ano antes da morte de Simon De Bolivar, o Maine Enquirer aconselhava: “Todos os navios juntos às Ilhas Espanholas devem se armar ao menos com um ou dois canhões, uma dúzia de mosquetes e lanças ou arpões…”[11] Antes que a luta contra a pirataria terminasse, mais de 500 navios americanos foram capturados por piratas no Caribe.[12] Apenas nos anos de 1812 a 1815, cerca de três mil ataques ocorreram.[13]  

O litoral norte de Cuba era particularmente um ninho de piratas semi-legais e ilegais e de corsários. Se alguém quisesse evitar o notório litoral cubano, era possível ir para o norte através dos Bancos das Bahamas para alcançar a Corrente do Golfo fluindo para o norte em algum lugar ao leste do que é agora Miami. A passagem entre Beaks Cay e Browns Rock é uma das últimas saídas seguras dos Bancos, pela barreira de recifes, adentrando na Corrente do Golfo que flui em direção ao norte. Foi aqui que um brigue armado americano afundou, e que a pesquisa corrente sugere, devido às medidas do navio, e análises da madeira, olaria e metal, assim como pesquisa histórica, que era o Leander.[14], [15] Sob o Comando do Capitão William Johnson, ele afundou por razões desconhecidas perto de Beaks Cay no dia 6 de abril 1834, ao retornar de Manzanilla, Cuba, ao seu porto natal em Boston, Massachusetts.[16]

Pessoal  

Houve seis categorias de pessoal, organizado como equipes, envolvidas nesse estudo:  

1. A Equipe de Parapsicologia & Direção: Diretor de Pesquisa, Stephan A. Schwartz; Diretor de Projeto e Diretor Executivo, Randall J.; De Mattei, Diretor de Projeto Senior. Essa equipe executou a pesquisa parapsicológica, e coordenou todos os aspectos do projeto.  

2. Os Observadores Remotos: Doze homens e mulheres, agindo como Observadores Remotos nesta experiência. São suas imagens que servem como uma das fontes de dados. Todos os Observadores Remotos eram cegos a todas as informações nas sessões de entrevista exceto a própria. A eles também não foi fornecido qualquer material intelectual sobre o projeto. Oito dos observadores tomaram parte no projeto por entrevistas diretas. Quatro responderam a questionários remetidos. Temos para oito deles, por experimentação anterior, perfis sob o Sistema de Avaliação de Personalidade (PAS)[17] com adição subscrita por Saunders[18] como:  

A. Observadores Remotos Entrevistados Pessoalmente:  

Andre Vaillancourt R-1: homem, 36, músico e produtor de filmes. É definido pelo PAS como um IRU6. R-1 nunca tinha estado no Grande Banco das Bahamas.  

John Oligny R-2: homem, 37, fotógrafo de um jornal ocidental importante. É definido pelo PAS como um IFA8. R-2 nunca tinha estado no Grande Banco das Bahamas.  

Ben Moses R-3: homem, 40, produtor de longa-metragem e documentarista. É definido pelo PAS como um EFU6. R-3 nunca tinha estado no Grande Banco das Bahamas.  

Hella Hammid R-4: mulher, 64, fotógrafa de belas artes, definida pelo PAS como uma ERA8. R-4 nunca tinha estado nos Grandes Bancos das Bahamas.  

Judith Orloff R-5: mulher, 36, titulada em psiquiatra. É definida pelo PAS como uma IFU3. R-5 nunca tinha estado no Grande Banco das Bahamas.  

Alan Vaughan R-6: homem, 48, escritor, psíquico, professor, e pesquisador parapsicológico. O trabalho de pesquisa de R-6 tem sido principalmente em sonhos e pré-cognição. Enquanto Respondente, participou em estudos para muitos grupos de pesquisa. É definido pelo PAS como um IRU2. R-6 nunca tinha estado no Grande Banco das Bahamas.  

Rosalyn Bruyere R-8: mulher, 36, diretora de uma clínica filantrópica. É definida pelo PAS como uma ERU6. R-8 nunca tinha estado no Grande Banco das Bahamas.  

Michael Crichton R-15: homem, 44, escritor, diretor de longa-metragem. É definido pelo PAS como IRU6. R-15 tinha estado em Nassau, nas Bahamas, mas nunca nos Bancos.  

B. Observadores Remotos por Correspondência:  

Keith Harary R-7: homem, psicólogo, parapsicólogo. Arquivo no PAS não disponível. R-7 nunca tinha estado no Grande Banco das Bahamas.

Umberto Di Grazia R-9: Consultor italiano de televisão. R-9 nunca tinha estado no Grande Banco das Bahamas.  

Terry Ross R-10: homem, corretor de investimentos aposentado. R-10 nunca tinha estado no Grande Banco das Bahamas. Arquivo no PAS não disponível.  

Roger Nelson R-17: homem, psicólogo e parapsicólogo. R-17 nunca tinha estado no Grande Banco das Bahamas. Arquivo no PAS não disponível.  

Os R-números, 11, 12, 13, 14, e 16, foram designados, mas, por uma variedade de razões, os indivíduos a quem estes números foram designados acabaram não sendo entrevistados.  

Estes 12 indivíduos foram selecionados pelo desempenho passado em outras experiências de Visão Remota. Eles ofereceram aproximadamente duas horas de seu tempo para as entrevistas, pelo que não receberam qualquer pagamento. Cinco deles R-1, R-3, R-4, R-5, R-6, foram levados à região e contribuíram com material de localização sobre o sítio, o que está incluso neste artigo.  

3. A Equipe de Arqueologia & Arquivista: Peter Throckmorton da Universidade Nova, um dos fundadores da arqueologia náutica moderna, supervisionou todos os aspectos arqueológicos do projeto. Autoridade reconhecida em navios veleiros de madeira, Throckmorton é membro da Sociedade de Arqueólogos Profissionais, e autor de numerosos ensaios acadêmicos, livros, e artigos em arqueologia náutica. Além do seu papel em interpretar o que foi trazido à tona durante a fase de pesquisa de campo do projeto, Throckmorton coordenou os arquivistas e historiadores que executaram a pesquisa arquivística histórica, e fez ele próprio o trabalho arquivístico nas Bahamas. Os outros membros da equipe eram: Catherine Throckmorton em Maine, trabalhando em pesquisas de jornais coloniais, com ênfase particular na marinha mercante de Massachusetts; Richard Swete, no Museu dos Marinheiros em Newport News, Virginia, trabalhando em buscas por jornais coloniais e literatura acadêmica, com ênfase particular na marinha mercante dos EUA e das colônias a sudeste; Stephen Rogeres em Londres e Greenwich, trabalhando nos registros do Almirantado Britânico, e procurando artigos europeus do período; e Michel Parret em Sevilha, trabalhando nos registros comerciais espanhóis e da marinha mercante. A base de dados, que foi desenvolvida como o fruto deste trabalho, é a primeira pesquisa abrangente dessas águas.[19]  

4. A Equipe Geofísica e de Sensor Remoto Eletrônico: Saul Friedman, anteriormente dos Laboratórios Geológicos Lamont, e Robert Bisson, Presidente e Pesquisador Sênior da BCI Geonetics, executaram a etapa do projeto com o sensor remoto eletrônico. Friedman fez a pesquisa de magnetômetro de precessão de próton in locu, enquanto Bisson coordenou uma pesquisa aérea e análise de supervisão por satélite do sítio.  

5. Os Mergulhares & Pessoal dos Navios: A pesquisa de campo foi executada pelas equipes de mergulhadores certificadas que também constituíam a tripulação do Seaview.  

6. Equipe de Fotografia, Gravação de áudio, e Videoteipe: Um registro fotográfico foi feito por vários mergulhadores enquanto os acontecimentos se desvelavam. Adicionalmente, uma tripulação de videoteipe profissional foi para o Seaview fazer um registro de vídeo em tempo real dos Observadores Remotos trabalhando.  

Sensor Remoto Eletrônico  

Pesquisa aérea: Antes de o Seaview chegar na estação, três sobrevoos foram realizados numa altitude de 100-200 pés acima da superfície de oceano. A velocidade de voo em todas as três ocasiões era de aproximadamente 50 milhas por hora. Ao voar em linhas paralelas espaçadas em direção norte-sul, uma cobertura completa da zona de licença era possível. Fotografias foram tiradas em cada voo.  

Satélite: Uma imagem Landsat 4, com autorização conferida pela Fundação de Ciência Nacional, e tirada no dia 3 de maio de 1983, foi obtida. A imagem cobriu a parte norte da área de licença, determinada pelas Latitudes 25°50?00? e Longitudes 79°20?00? e 78°58?00?.  

Magnetômetro: Um Sistema de Magnetômetro de Precessão de Próton Marinho Pouco Profundo Barringer SM-123, Console S/N 750, Sensor S/N 8046, foi obtido da Corporação Barringer. O instrumento foi verificado pelo fabricante antes do envio, e outra vez no recebimento a bordo do Seaview. O instrumento foi posto em varredura com ciclos de pulso de 1,0 segundo de intervalo, em uma pequena embarcação a diesel. O sensor era rebocado a 140 pés da embarcação, e apresentou performance dentro dos limites informados pelo fabricante nas varreduras de teste diárias que foram conduzidas antes que procedimentos reais de pesquisa fossem implementados. Magnetômetros, naturalmente, localizam principalmente massa ferrosa (nenhum sinal é produzido por madeira ou metais não-ferrosos).  

O procedimento do magnetômetro do Seaview era conduzir varreduras paralelas separadas por aproximadamente 30 pés. As retas eram normalmente varridas em sentido norte-sul, com retas perpendiculares de leste-oeste correndo através da mesma área quando anomalias eram registradas.  

Navegação: O grande desafio em procedimentos náuticos de busca é fixar uma localização de tal maneira que ela possa ser reencontrada de forma confiável. O Seaview foi equipado com um sistema de navegação de Comunicações de Satélite Foruno, modelo FSN50 ligado a um Forun LC-90 Loran-C.  

Porque o sinal Loran C é fraco nos Bancos, a navegação eletrônica é notoriamente incerta por longos períodos. Variações de até 0.3 de uma milha (.48 km), podem ocorrer por vários dias. Por esta razão nós estabelecemos, por leituras repetidas do SatCom, um ponto fixo conhecido. O Loran foi corrigido diariamente, pelo SatCom relativo a esse ponto, assegurando assim padrões razoáveis de exatidão. Um radar de escaneamento rastar R41 Modelo Raytheon com alcance e capacidade suficientes possibilitou a localização de pequenos barcos. Marcadores de posição também eram atirados, se necessário, da embarcação do magnetômetro, em massas de terra (Beaks Cay, Brown’s Cay) na zona de consenso mais ao norte. Mais importante, no entanto, foi o uso de bóias de isopor. Estas eram jogadas com 8-16 libras de chumbo no fim da linha em cada “marcação” significativa do magnetômetro.  

Detectores de metal: As equipes de mergulho que faziam inspeção visual dos sítios foram equipadas com detectores de metal P1-1000 modelo Whites. Diferentemente do magnetômetro, estes detectores de metal são não-discriminantes; isso é, detectam a presença de qualquer tipo de metal dentro de seu alcance. Testes foram feitos para estabelecer um parâmetro de eficácia: sob condições ideais, um objeto de metal, com o tamanho de uma colher de sopa, podia ser detectado sob três pés de areia. Como esperado, objetos maiores produziram sinais mais fortes.  

Visual: Dois mergulhadores por vez eram lentamente rebocados sobre porções significativas da área de licença na água entre 8-18 pés (2.44m – 5.49m) de profundidade. Eles examinavam visualmente o fundo, tipicamente areia com plantas marinhas.  

Pesquisa Arquivística  

Mapas: Em agosto de 1985, começamos uma investigação procurando definir, por pesquisa histórica, uma área onde houvesse alguma probabilidade de existência de naufrágios que representassem a história marítima do Caribe. Esse trabalho arquivístico levou à demarcação de uma área de 579,15 milhas quadradas (1.500 km quadrados) de tamanho. Uma definida esta área geral, solicitamos, e recebemos, uma licença exclusiva do Governo das Bahamas para vasculhá-la. (Ver Ilustração Dois) A próxima tarefa da Equipe Arquivística era produzir o primeiro compêndio de todos os naufrágios conhecidos de 1500 a 1876 que ocorreram nos Bancos – uma área muito maior que a Área de Licença. O limite estabelecido para esta base de dados foi 1876 porque os navios depois dessa data normalmente tem pouca ou nenhuma importância histórica.  

A base de dados teve uma segunda função. Permitiu-nos, pela primeira vez, desenvolver, numa experiência de Visão Remota aplicada, o ponto de partida necessário para desenvolver uma análise estatística.  

Visão Remota  

Embora a Área de Licença fosse só uma porção pequena das águas nacionais das Bahamas, ainda era uma área tão grande que ficou óbvio bem desde o início que a etapa de Visão Remota do projeto teria que ser executada em etapas.  

Para fazer isso, começamos com um mapa de escala suficiente para abranger a Área de Licença, (Ver Ilustração Dois) usando o Mapa Hidrográfico do Governo das Bahamas (BLSH702, escala 1:300,000 Mercator, 1a ed. setembro. 84). (Ver Ilustração Três)  

Esse trabalho começou em dezembro de 1985. Coerente com nosso trabalho anterior, o mapa da sessão de Visão Remota individual usado em nosso protocolo de Visão Remota aplicada foi preparado antecipadamente. Topônimos significativos e outros dados geográficos foram retirados, uma rosa dos ventos foi adicionada, e o mapa foi transferido a um máster Mylar™ e fotocópias azuis idênticas foram feitas, assim eliminando cores que pudessem gerar pistas acidentais. Esses mapas azuis foram então usados em uma série de sessões de entrevista individuais idênticas com doze Observadores Remotos.  

Zonas de Consenso. . Quando todas as sessões do primeiro ciclo de entrevistas foram completadas, os mapas foram postos sobre uma mesa retroiluminada e marcações de localização, dos mapas de sessão de Visão Remota individuais, eram todas transferidas para uma cópia em branco do mapa. Isso se tornou o Mapa Máster Composto. Onde mais de um Observador Remoto selecionou a mesma área, a área total abrangida por essas marcas foi designada uma Zona de Consenso. A área inteira de procura foi, dessa maneira, dividida em três Zonas de Consenso maiores, e várias secundárias. (Ver Ilustração Três) Foi nesse composto, com suas Zonas de Consenso, que residiu a base das hipóteses de localização, e que levou ao segundo ciclo de sessões de Visão Remota, que guiaria a pesquisa de campo. image

A Área de Licença

Ilustração Dois  

Mapas mais detalhados das três áreas principais de Consenso foram então obtidos. A Zona de Consenso mais ao norte, que é o assunto deste relatório, foi coberta por um Mapa do Governo das Bahamas (Folha Bimini 8, Ref: PU822070, escala 1:10,000). (Ver Ilustração Quatro) Note a diferença na escala. Os mapas usados na segunda série de entrevistas foram preparados na mesma maneira como os usados nas primeiras sessões. Seguindo o mesmo protocolo, uma segunda série de entrevistas foi executada.  

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O Composto Máster, produzido ao transferir os dados de mapas dos Observadores Remotos individuais a um único máster. Cada quadrado abrange áreas onde múltiplas seleções da mesma área foram feitas. A Área de Consenso C, no topo do mapa, é referida por este relatório. Outros destroços de navio e escombros foram achados na Zona de Consenso e outras áreas também.

Ilustração Três

Sessões de Visão Remota:  

a) Sessões por Correspondência: Os Observadores Remotos estavam cegos a todas as sessões exceto à sua própria. Como já notado, algumas sessões individuais, em ambos os primeiro e segundo ciclos da frase de sonda de mapa, foram feitas via correio. Esses observadores receberam o mapa e uma série de perguntas, cada um em seu próprio envelope numerado e selado. As perguntas que eles continham foram respondidas subsequentemente, com cada envelope permanecendo selado até que o observador sentisse que a pergunta anterior tinha sido respondida o mais completamente possível. As respostas incluíram fitas de áudio, desenhos de coisas para serem achadas nos locais marcados no mapa, e o próprio mapa com as localizações do observador. Cada folha de papel, assinada e datada, e o áudio gravado, retornaram por correio. 

b) Sessões em Pessoa: Onde as entrevistas foram conduzidas pessoalmente, elas foram divididas entre os autores para ao menos amenizar quaisquer vieses sutis que talvez se desenvolvessem nos pesquisadores, e os levar involuntariamente a dar pistas aos observadores. Não era uma pergunta para assinalar uma resposta correta, já que isso era desconhecido a todos, mas para criar um tipo de “ruído”, um resultado favorecido, que anularia a percepção pela Visão Remota. Não houve qualquer discussão entre os Entrevistadores; assim, cada Entrevistador estava cego às entrevistas que ele não conduziu, até que todas as sessões tivessem sido completadas.

Todos, por toda a experiência, naturalmente, estavam cegos quanto a se as informações proferidas, fosse pelo sensor remoto eletrônico, fosse pela Visão Remota, eram exatas, até que a resposta fosse revelada pela pesquisa de campo. 

Sala de Entrevista: Uma sala foi equipada com uma mesa, na qual havia: 

Um gravador de áudio-cassete, microfone lavolier, e o mapa especialmente preparado; lápis e canetas; uma pasta de arquivo contendo a instrução ou direção inicial; papel ofício em branco para desenhar imagens de VR. 

Entrevista em Passos: A seguir são descritos os passos que constituem uma entrevista normal:  

1.) Observador Remoto entra. Sobre a mesa está o mapa, face para baixo. 

2.) O toca-cassete é ligado e a fita é inicializada com os nomes do entrevistador e do Observador Remoto, a hora, data e o local da entrevista. 

3.) A instrução inicial para a sessão é dada. 

4.) Uma entrevista de temas livres variados se segue na discussão. O Entrevistador segue o comando do observador. O papel do Entrevistador é extrair, sem dar pistas, mais impressões acerca de uma imagem primária oferecida pelo Observador Remoto da sessão. 

5.) Num ponto em que o Observador Remoto “sente-se confortável”, o mapa é virado para cima, e as localizações são marcadas nele. O mapa é assinado e datado pelo observador e pelo Entrevistador. 

6.) Quando o Observador Remoto deseja, ele faz desenhos para ilustrar as imagens percebidas. Esses desenhos, quando completados, são assinados e datados pelo Observador. São numerados subseqüentemente, começando do #1. 

7.) Quando o Observador Remoto sente que ele esgotou as imagens disponíveis, a sessão acaba (um tempo variando de 20 minutos a uma hora). O mapa, fita (s) e desenhos são todos codificados com a data e o número do Observador Remoto, e arquivados. A sessão é concluída. 

Entramos nisso em mais detalhes porque é nossa opinião que o que acontece em toda Visão Remota é uma negociação envolvendo todos os que, pela intenção e pelo acordo, se consideram parte da experiência. Estamos, em essência, lidando com um problema de engenharia em que um biocircuito composto de todos os participantes é criado pela intenção. Estudos nas ciências da vida sugerem, a nós ao menos, que níveis de interação cujos mecanismos são desconhecidos atualmente – embora bem observados[20] – têm que ser considerados ao projetarem-se estas experiências. Praticamente, isso significa que aquilo que todo mundo sente, pensa, e intenta, é um fator no protocolo. 

Análise da Visão Remota Aplicada e em Laboratório 

Nos experimentos de Visão Remota em laboratório, é possível estabelecer um número fixo de variáveis na forma de uma lista descritora, em que o detalhe descritivo é reduzido a um formato binário “Sim/Não”. As “marcações” podem ser classificadas como se um dado descritor esteja ligado ou desligado, e as descrições fornecidas pela Visão Remota podem ser comparadas com uma forma correta de resposta previamente codificada, criada pelo exame visual do alvo.[21] Dessa maneira, uma análise estatística pode ser desenvolvida. 

Num projeto arqueológico como esse, o alvo é uma localização geográfica grande (como em algumas pesquisas em laboratório de Visão Remota), mas as respostas corretas não foram elaboradas anteriormente. Só a pesquisa de campo pode dizer se um dado montante de dados está correto ou não. As experiências são verdadeiramente triplo-cegas. Por esta razão, é normalmente impossível estabelecer um ponto de partida que meça a probabilidade exata de uma dada resposta. No entanto, neste exemplo, graças à exaustiva pesquisa da Equipe Arquivística, temos um ponto de partida para medir a probabilidade de uma dada localização; e é um em que nós podemos depositar uma confiança razoável. 

Embora isso seja importante para determinar se uma localização ou uma passagem é algo ao qual talvez tenha se chegado por Visão Remota, ao contrário do conhecimento intelectual, isso não quer dizer muito na prática, porque a probabilidade só é definida após a pesquisa de campo. 

A diferença central entre uma experiência laboratorial e uma experiência aplicada é que, na experiência de laboratório, avaliar a exatidão das informações é o passo final. Na experiência aplicada, é só um ponto intermediário, útil, como com toda informação dos sensores remotos, em tomar decisões quanto a como conduzir a pesquisa de campo. 

O que conta, na experiência aplicada, é a considerável perícia de várias disciplinas, em analisar os dados de Visão Remota proferidos em detalhe maior que as “telas” relativamente grosseiras fornecidas por listas descritoras, as quais são tipicamente limitadas a 20 ou 30 passagens distintas. 

Procedimento de Trabalho de Campo 

Os Observadores Remotos foram ao Seaview, um ou dois de cada vez. Uma vez lá, eles foram acolhidos individualmente num barco pequeno carregando um mergulhador/operador de barco, um esquisador/mergulhador, e um Observador Remoto. Cada barco foi equipado com um rádio VHF bidirecional e um refletor de radar. O refletor permitia que a posição do barco pequeno fosse fixada relativa à localização conhecida do Seaview. Os barcos foram aos limites exteriores das Zonas de Consenso desenvolvidas durante a fase de pré-pesquisa de campo. Um barco trabalhava uma zona. Nesse ponto, aos Observadores Remotos, acompanhados por um pesquisador e um operador de barcos pequenos, era solicitado guiar a embarcação para as áreas que eles desenharam. Guiado pelo Observador Remoto, o barco se movia para uma localização específica, em que a posição era registrada, e uma bóia de isopor numerada era jogada. Seu número e localização eram lançados no livro de bordo sobre os mapas de trabalho 1:10,000 para a área pesquisada. 

3) Enquanto isso acontecia, o magnetômetro no barco executava seu próprio padrão designado de varredura independente. Além de seu equipamento de varredura, o barco foi equipado com um refletor de radar e um rádio bidirecional. O barco era normalmente tripulado por um operador de barco e pelo operador de magnetômetro, embora o operador às vezes executasse ambos os papéis. Fosse após o término de sua pesquisa independente, ou, ocasionalmente, como uma interrupção do processo do magnetômetro, quando uma “marcação” de visão remota era informada via rádio, o barco do magnetômetro seguiria atrás do barco do Observador Remoto, e faria a varredura da área assim selecionada. Se uma “marcação” do magnetômetro também fosse informada, uma segunda bóia seria jogada, e sua localização registrada. Dessa maneira era possível saber claramente se um local tinha sido localizado por magnetômetro, Visão Remota, ou ambos. Subsequentemente, mergulhadores equipados com detectores de metal prospectavam a área, procurando pistas visuais, isto é, montes de areia, formatos corretos de ângulo, e “marcações” de detectores de metal. 

4) Através desse processo de descida, uma área de varredura que começou com aproximadamente 579,15 milhas quadradas (1.500 km quadrado), foi reduzida a uma precisão de pés (m), como é exigido se tais informações devem ser realmente úteis. 

5) A sobrecamada de areia, coral, pedra, e vegetação era então retirada do local, revelando assim o que residia abaixo do fundo do mar. 

Resultados do Sensor Eletrônico e das Pesquisas Visuais 

Satélite: A imagem Land Sat raramente é boa. Não havia praticamente nenhuma nuvem, e a penetração ao fundo estava clara e inequívoca. Nessas águas, no entanto, a resolução de imagens de satélite não confidenciais não era adequada para localizar nem identificar sítios tão pequenos quanto o local do naufrágio informado aqui, então essa forma de sensor remoto não era útil. 

Magnetômetro: O uso do magnetômetro do Seaview sobre este sítio nunca produziu leituras maiores do que 60 gamas. Isto é explicado pelo fato de que o navio alvo era raro, de uma qualidade excelente, e foi construído com a melhor tecnologia de sua era. Isto é, como as fechaduras eram de latão, bronze, ou metal Muntz (um latão patenteado baseado em amálgama introduzido na primeira parte do século XIX), a massa de metal ferrosa, que é o alvo do magnetômetro, era muito menor do que teria sido achada num navio de construção menos cara. (Ver Ilustração Nove) Discute-se abaixo se leituras tal como essas teriam resultado em descobrir este sítio ou não. 

O fracasso do magnetômetro em localizar o sítio, como se viu, ocorreu em mais de uma ocasião. Quando nós achamos o sítio no dia 29 de setembro de 1987, não estávamos equipados para fazer a escavação. Isso impôs uma parada numa doca de querena onde alterações e adições foram feitas ao Seaview. 

Quando retornamos à área aproximadamente três semanas mais tarde, não mais acompanhados por um Observador Remoto, as bóias que tínhamos deixado na viagem anterior tinham sido levadas por tempestades, ou roubadas por pescadores. 

Não podíamos estar seguros sobre o Loran, além de dizer que estávamos dentro de 500 jardas (457m) de onde tínhamos achado o navio. Nenhum Observador Remoto estava presente. Três dias de mergulhadores rebocados, e varredura por magnetômetro dessa área, falharam em relocalizar o sítio. Três semanas depois, nós outra vez retornamos e tentamos fazer a localização. Dessa vez um Observador Remoto estava a bordo. Com sua orientação, posicionamo-nos com exatidão suficiente para que a memória visual dos mergulhadores originais fosse desencadeada. Três deles mergulharam com o tubo de respiração e reacharam o sítio em menos de uma hora. 

Aérea: Três voos foram executados de dia, em momentos diferentes, e com capas diferentes de nuvem, para assegurar a pesquisa completa da aérea visual. Nenhum destroço de navio, que já não estivesse nos mapas, era visível. Não havia sinal do local do naufrágio, que é o foco deste relatório. 

Visual: Exploradores do século 16 em diante tem pesquisado esta área particular porque se encontra imediatamente adjacente ao canal de Brown. Não há relatos de tal descoberta. Essa também é uma área favorável para mergulhadores esportivos, e ao menos duas empresas de mergulho esportivo trazem clientes regularmente para mergulhos na área de Beaks Cay. Entrevistas com o seu pessoal estabeleceu que eles não tinham qualquer conhecimento prévio do sítio.[22] 

Resultados da Visão Remota 

Localização: Como o Mapa Composto Máster para a Zona de Consenso C (Ver Ilustração Quatro) mostra, esse naufrágio foi achado por Visão Remota na localização predita. No dia 29 de setembro de 1987, Hammid e Vaughan saíram num barco pequeno, e em menos de uma hora tinham concordado num local e jogaram uma bóia. Estava muito escuro no momento em que eles terminaram para fazer uma inspeção visual. Na manhã seguinte, os mergulhadores desceram para olhar o que a princípio parecia ser uma baixa elevação típica coberta com plantas marinhas. (Ver Ilustração Cinco) Sem a orientação por Visão Remota, é improvável que o sítio fosse descoberto, mas os mergulhadores eram particularmente alertas e, quando o mergulho estava acabando, um deles notou que uma seqüência de coral de fogo, quando vista de um ângulo, parecia artificialmente simétrica. Num “pressentimento”, um mergulhador golpeou o coral com sua faca de mergulho, e um pedaço cedeu. A lasca revelou o que mais tarde determinou-se ser um parafuso de quilha de bronze. Isto levou a um novo exame de algumas pedras pequenas, mais tarde classificadas como pedras de lastro. Esse processo inteiro tomou talvez cinco horas. A bóia jogada por Vaughan e Hammid estava a menos de 35 pés do parafuso de quilha.

 image 

Note a colocação das duas bóias, dentro do grupo mais significativo dentro da zona. As outras localizações todas continham escombros também.

Ilustração Quatro 

Após um segundo fracasso da pesquisa visual e por magnetômetro, numa área de só algumas centenas de jardas, o sítio foi relocalizado por Visão Remota, e a escavação começou imediatamente. Ela revelou um naufrágio raramente intacto enterrado de três a cinco pés sob plantas marinhas e areia. Nada era visível, exceto o coral de fogo que cobria os parafusos de quilha, e algum lastro misturado com pedra natural. Só a escavação revelou o que eram restos de um brigue mercante armado americano destruído que afundou nas primeiras décadas do século XIX.

 image

O sítio como parecia originalmente. Note o parafuso de quilha com uma linha amarrada. A pesquisa do magnetômetro, em duas ocasiões, não conseguiu localizá-la.

Ilustração Cinco

Passagens descritivas: As cópias das sessões de entrevista mostram que houve 193 passagens propostas sobre esse sítio pelos Observadores Remotos. Esse material abrangia geografia da superfície, geologia da subsuperfície, localização do navio, e a posição e identidade das partes e conteúdo do navio. Baseado em trabalho de campo, pesquisa arqueológica e histórica, a exatidão das passagens foi determinado como:  

Avaliação da Acurácia das Passagens

 

Correto

Parcialmente Corr.

Incorr

Não-avaliável

PRÉ-TRABALHO DE CAMPO

TOTAL

Número Total de Passagens

146/108

 

 

91

 

 

14

 

 

3

 

 

38

Porcentagem incluindo N-a

62%

10%

2%

26%

Porcentagem menos N-a

84%

13%

3%

NO SÌTIO

Número Total de Passagens

47/37

 

30

 

4

 

3

 

10

Porcentagem incluindo N-a

64%

9%

6%

21%

Porcentagem menos N-a

81%

11%

8%

COMBINADOS

Número Total de Passagens

193/145

 

121

 

18

 

6

 

48

 

Porcentagem incluindo N-a

63%

9%

3%

25%

Porcentagem menos N-a

83%

12%

4%

Tabela Um

Avaliação a Priori: O material reconstrutivo está sujeito ao que talvez seja chamado Crítica Genérica. Isso é: Quando um Observador Remoto é solicitado a descrever algo no, ou sob o mar, há um tipo de descrição genérica em que várias conjecturas cobrirão muitos, se não a maioria, dos naufrágios. No sentido de nomear ou extrair certos paradigmas náuticos, por exemplo, uma âncora, isto é verdadeiro. Mas na maioria dos aspectos, como aprendemos por experiência de campo direta e estudo da literatura, esta crítica é verdadeira só em termos mais amplos. Os naufrágios apresentam-se de várias maneiras. Há milhares de tipos de barcos.

 image As madeiras do brigue Leander representam um caso raro nos Bancos das Bahamas de um naufrágio que está ainda intacto. Isto é porque o Leander provavelmente afundou enquanto ancorado. A descrição por Visão Remota de madeira empilhada como “batentes de ferrovia” pareceu particularmente apropriada.

Ilustração Seis

Os Observadores Remotos descrevem um navio que está intacto. Vários dizendo que afundou no local. Isso soa genérico, mas, na verdade, o brigue é o único navio veleiro de madeira intacto já achado na área. Navios veleiros impulsionados ou desgovernados sobre os Bancos frequentemente não permaneceram inteiros como esse quando afundaram. Tipicamente, acha-se uma trilha de escombros ao longo do que, avançando mais um pouco, o navio parte, espalhando seu conteúdo e partes de sua estrutura. Aqui estão alguns outros exemplos de Visão Remota numa escala ainda menor, que também tiveram uma baixa probabilidade a priori de estarem corretos: R- 15 descreveu o sítio dizendo: <2840> “Sinto madeira, pedaços grandes de madeira, como batentes de ferrovia…”. (Ver Ilustração Seis) Isto pode soar genérico. Não é. As imensas madeiras do Leander apresentam o caso raro de um navio que afundou intacto. Não há qualquer outra recuperação de navio registrada na Área de Licença que combine com este sítio. Não parece ter havido outra escavação informada equivalente a essa em todos os Bancos.  

Semelhantemente, <2847> “e pequenas garrafas de vidro”. Garrafas pequenas de vidro raramente sobrevivem ao movimento constante de areia, e das correntes no Banco. A probabilidade de descobrir uma é muito pequena. Mas duas foram achadas nas ruínas deste sítio. (Ver Ilustração Sete)

clip_image002[4]

A Visão Remota predisse que “pequenas garrafas de vidro seriam achadas”, e foram.

Ilustração Sete

Ou, <2848> “… estanho…não sei o que é, mas algum tipo de metal corroído”.; (Ver Ilustração Oito) E <2849> “Artefatos cotidianos…” outra vez, estas observações só parecem triviais. Baseado em outros relatórios de escavação, o sítio é notável pelo número de tais itens que sobreviveu. Entre os artefatos recuperados: A navalha com cabo de pérola do Capitão, partes de um estojo de desenho, uma galheta de prata ou estanho.

clip_image002[8]

Restos de recipientes. De interesse particular é a galheta de estanho no centro; tinha sido predita por Visão Remota.

Ilustração Oito

A experiência ensinou-nos que argumentos propondo que a maioria dos naufrágios pode ser descrita por imagens clichês intercambiáveis previsíveis simplesmente não se sustenta. Semelhantemente, a crítica que em qualquer lugar que se olhe é provável revelar um naufrágio, é ridícula perante a imensidão do oceano, a imparidade de cada local, e a literatura de busca histórica e acadêmica. 

Análise estatística: Há três maneiras de determinar a probabilidade estatística de que essa descoberta foi uma ocorrência fortuita: 1) A localização do sítio somente em referência à Zona de Consenso C; 2) A localização do sítio relativamente à Área de Licença inteira; 3) a localização do sítio relativamente ao Grande Banco das Bahamas inteiro. Deixe-nos selecionar só os dois primeiros, já que se deve inferir que, se essas duas análises estão acima do acaso, então a terceira, envolvendo o Banco inteiro, deve ser ainda mais improvável. 

Não importa qual caso seja selecionado, começa-se reconhecendo que aproximadamente 300 naufrágios notáveis ocorreram, não só na Área de Licença, mas por todo o Banco, de 1500 a 1876, como determinado por uma procura completa de registros históricos e materiais de arquivo. 

Deixe-nos tomar a mais conservadora (e obviamente artificial) posição: Suponhamos que todos esses 300 naufrágios estejam dentro da Zona de Consenso C. A área de procura da Zona de Consenso C é 30,59 km quadrados (11,81 milhas quadradas, 12 milhas quadradas de mar menos 0,19 milhas quadradas de massa de terra). O sítio do brigue possui 5.000 pés quadrados, igual a 0,000179 de uma milha quadrada. Dentro da Zona de Consenso C, 65.849 sítios desse tamanho podiam ser colocados. Em essência, então, temos uma grade com 65.849 células. Se a probabilidade de selecionar essa célula particular na grade pelo acaso excede p0.05, então a Visão Remota pode ser considerada um fator determinante. De fato, é 300/65,849 ou p0.005; um resultado muito significativo. 

Vamos, a seguir, tomar o caso menos conservador e mais realista (embora ainda artificialmente conservador): Suponhamos que os naufrágios sejam regularmente distribuídos por toda a Área de Licença. Dito isto, devemos esperar ver 11.81/579.15 X 300 = 6,12 barcos na Zona de Consenso C. A probabilidade de achar um numa área de 5.000 pés quadrados é então 6.12/65,849 = p0.00009, o que fortemente sugere que o acaso não é uma explicação para a localização do Leander. 

Discussão

A Visão Remota foi a metodologia de localização que produziu dados de localização úteis exatos nesse sítio. Essa conclusão, no entanto, não deve eclipsar outra, que é também notável: a eficiência da Visão Remota. Do momento em que nós chegamos na fronteira da Zona de Consenso C, um total de aproximadamente cinco horas de tempo de operação foi inicialmente exigido para fazer a localização.

clip_image002[10]

Exemplos de acessórios do navio. Esses foram usados para estabelecer a identidade do Leander. Vários foram preditos nas sessões de Visão Remota, particularmente a roda de roquete, no topo, ao centro.

Ilustração Nove

Se o sítio tivesse que ser achado pelo magnetômetro, quanto tempo isso teria tomado? O sítio tem 100 pés (30.5m) de comprimento por 50 pés (15.3m) de largura.

A abordagem tradicional teria sido usar um magnetômetro para varrer a área total. O navio segue Loran-C, ou algum sistema de navegação localmente montado, tal como Del Norte, com o sensor do magnetômetro arrastando-se de um navio operando em não mais de 6 nós. Pistas paralelas distantes não mais de 30 pés (9.14m) entre si são percorridas, muito como um trator fazendo colunas de milho. Assim é possível computar com exatidão considerável exatamente quanto tempo uma pesquisa de magnetômetro exigirá, caso se saiba primeiro o tamanho da área a ser varrida. 

A área total do mapa dado aos Observadores Remotos para procurar é de 12 milhas marítimas quadradas (uma milha marítima = 6000 pés (1.829m)); medindo 3 milhas por 4 milhas. Em 6 nós, uma velocidade normal de varredura por magnetômetro, uma corrida de 30 pés (9.14m) de largura e uma milha de comprimento é coberta em dez minutos em boas condições. Para cobrir uma milha quadrada em espaços de 30 pés (9.14m), então, exigir-se-iam 200 passagens.

Assim, num plano “perfeito”, o menor tempo possível de pesquisa para a área do mapa pode ser calculado como 10 x 200 x 12 = 24.000 minutos/60 = 400 horas. Acrescentando somente a mais conservadora volta e tempo de organização entre cada uma destas perfeitas corridas de uma milha, digamos cinco minutos, traria o total até 600 horas. Este plano “perfeito”, naturalmente, não consegue levar em conta quaisquer das realidades de navegação, tempo, obstruções locais, montagem e quebra de equipamento, correntes, ou uma miríade de outros fatores que na verdade teriam que ser considerados. 

Um novo exame post hoc do registro foi executado, reafirmando que sobre esse sítio o Seaview não captou nada parecido com o padrão associado com um navio, embora tenha havido duas “marcações”. Mas de alcance tão baixo que eles não sugeriram um sítio de navio. O entendimento de como isso se dá traz alguma noção das realidades de campo; a questão de porque o magnetômetro não identificou o sítio em não uma, mas em duas ocasiões, é importante.

Retirar areia sob a água é uma operação logística importante. Isso força qualquer projeto de campo a estabelecer um limiar abaixo do qual “marcações” do magnetômetro são descartadas como insignificantes demais investir. Simplesmente, não é praticamente possível seguir cada “marcação” do magnetômetro, particularmente numa área como os Bancos onde, durante os 1940 e 50s, pilotos treinaram para atirar e soltar bombas, sujando o mar com milhares de balas de metralhadora calibre 50, e bombas não acionadas. Tal procura levaria anos, se não décadas.

“Marcações” individuais de baixo nível, quando isoladas, são também de menos interesse que um padrão consistindo num número de 10-15 pequenas respostas de gama com 30-60 picos gama. Tais padrões sugerem que um navio, ao contrário de um único objeto ferroso, reside debaixo da sobrecamada, no fundo do mar. Cada expedição deve, naturalmente, definir seu próprio limiar, e requisitos padrão, mas uma pesquisa informal de indivíduos que trabalharam nos bancos sugere que 30 gamas está por volta do limite prático mais baixo, e que esses realmente só se tornam significativos no contexto de um padrão. O navio foi construído custosamente, a partir mais avançados materiais de sua época. Portanto, usou metais ferrosos relativamente pequenos, e, assim, produziu um alvo pequeno para o magnetômetro.

Parece-nos razoável concluir que o envolvimento da visão remota arqueológica tornou o procedimento de varredura mais eficiente, de alto custo-benefício, e mais rápida do que se não ela tivesse sido usada. É difícil de justificar a navegação até o local, o lançamento de uma bóia dentro a alguns pés de profundidade no sítio, e a descrição singular e precisa da disposição e do conteúdo do naufrágio antes da escavação.

O fato de que o sítio era anteriormente desconhecido não é difícil de explicar, dada a profundidade em que o naufrágio estava enterrado, a escassez de sinais visíveis no fundo do mar, e o baixo conteúdo de ferro, por causa do uso de bronze, e metal Muntz. Assim, embora não se possa dizer absolutamente que o sítio não poderia ter sido achado usando sensores remotos eletrônicos, o fato de que ele permaneceu inalterado durante 154 anos, em uma das áreas mais intensamente procuradas dos Bancos, apóia esta improbabilidade. Nossa própria tentativa malsucedida de relocalizar o sítio, mesmo sabendo que havia um ali, até que a Visão Remota fosse empregada, sugere ainda mais que essa foi a variável crítica de nosso êxito. 

Agradecimentos 

Os autores desejam agradecer ao nosso Mestre do navio e à tripulação do Navio de Pesquisa SEAVIEW, sem cujo trabalho infatigável essa pesquisa nunca teria acontecido. Nós também agradecemos ao Governo das Bahamas, particularmente o Honorável Sr. Philip Bethel, Ministro dos Transportes e ao Governo Local, e seu deputado, Sr. Calvin Balfour, por seu gentil auxílio e permissão para executar essa pesquisa. Mais importante, agradecemos aos 74 homens e mulheres cujo apoio financeiro tornou esse trabalho possível. E a S. P. James Spottiswoode, nosso agradecimento por revisar nossa seção de análise estatística. 

SAS & RDM



[1] Stephan A. Schwartz. A Preliminary Survey of the Eastern Harbor, Alexandria, Egypt,. 11th Annual Conference on Underwater Archaeology, 11 January 1980. 

[2] ———————— The Use of Intuitionally Derived Data in Archaeological Fieldwork, presented at the Annual Meeting of the Southwestern Anthropological Association/Association for Transpersonal Anthropology, 10 March 1980 

[3] ————————- The Location, Reconstruction, and Excavation of a Byzantine Structure in Marea, Egypt, presented at The Annual Meetings of the American Research Center in Egypt, 14 April 1980.

[4] ———————— Randall J. De Mattei and Marilyn Schlitz. The Pecos Project: Reconstruction of Life in a Southwestern Indian Village Along the Lower Pecos River Through Remote Viewing, Circa 8th Century A.D.. American Anthropology Association Annual Meetings 1984. 

[5] ——————————— “Remote Viewing: An Applications-Oriented Perspective for Anthropology”. Invited Paper in Proceedings. A Summary of Data and Theories from Parapsychology Relevant to Psychological Anthropology. 84th Annual Meeting American Anthropology Association. 1985. 

[6] ————————- and Randall J. De Mattei. (In conjunction with Roger Smith, Institute for Nautical Archaeology) The Caravel Report. Proceedings of the Parapsychological Association. 1987. Também The Caravel Report. Conference on Underwater Archaeology/Society of Historic Archaeology Annual Meetings 1987. 

[7] Robert G. Jahn. “The Persistent Paradox of Psychic Phenomena: And Engineering Perspective” Proceedings of the IEEE. Vol. 70, no. 2. February 1982, pp. 136-170. Veja também

[8] Matthew Fontaine Maury. “Physical Geography of the Sea”. em Astronomical Observations. 1855. 

[9] Stephan A. Schwartz, Peter Throckmorton, Catherine Throckmorton, Richard Swete, Stephen Rogers, e Michael Parret. A Survey from Historical Sources of Ships Lost on the Grand Bahama Banks 1500-1876. (Mobius: Los Angeles, 1988). 

[10] Barbara Tuchman. The First Salute. (Knopf: New York, 1987). 

[11] Maine Enquirer (1829). Collection of the University of Maine. 

[12] Joseph A Goldenberg Shipbuilding in Colonial America. (University of Virginia Press: Charlottesville, Virginia, 1976). 

[13] Ibid. 

[14] William Avery Baker. A Maritime History of Bath, Maine. 2 vols. (Marine Research Society: Bath Maine, l973).

[15] Samuel and Richard Hodgson. Calculations Relating to the Equipment, Displacement, etc. of Ships and Vessels of War. (John Edye: London, 1832). 

[16] Baker. Loc. cit.

[17] John F. Winne and John W. Gittinger. “An Introduction to the Personality Assessment System”. Monograph Supplement No. 38. Journal of Clinical Psychology. April 1973. 

[18] David R. Saunders. “Correlations of Remote Viewing Ability with Performance Personality Measures: Preliminary Results”. SRI Technical Report. April 1985

[19] Schwartz, Throckmorton, et al. Loc. Cit.

[20] Ver Bernard Grad, R.J. Cadoret, e G.I. Paul. “An unorthodox Method of Treatment on Wound Healing in Mice”. International Journal of Parapsychology, 2, (1961), pp. 5-19. Carroll B. Nash. “Psychokinetic Control of Bacterial Growth”, In Research in Parapsychology (W. G. Roll, Robert L. Morris, and Rhea A. White Eds., Scarecrow, Metuchen, 1982), pp. 61-64. Dolores Kreiger. “Healing by the Laying on of Hands as a Facilitator of Bio-Energetic Change: The Response of In Vivo Human Hemoglobin”, Psychoenergetic Systems,1 (1974), pp. 121-129. M. Justa Smith, “Paranormal Effects on Enzyme Activity.” Human Dimension, 1 (1973), pp. 12-15. G. Watkins e A. Watkins, “Possible PK Influence on the Resuscitation of Anesthetized Mice”, Journal of Parapsychology, 35, (1971), pp. 257-72. 

[21] Robert Jahn, B.J. Dunne, and E.G. Jahn. “Analytical Judging Procedure for Remote Perception Experiments”. Journal of Parapsychology. No. 3, pp. 207-231, 1980.

[22] Comunicações privadas com os Mestres de Mergulho e as tripulações do Bottom Time, e do Bottom Time II.

63 respostas a “Um Caso Fantástico na Arqueologia Náutica: A Descoberta de um Brigue Americano por Psíquicos (1988)”

  1. Carlos Diz:

    Vitor,
    .
    Esse relato parece relacionado ao que se chama psicometria. Tenho assitido alguns documentários na televisão de sensitivos que colaboram com a polícia na solução de casos, notadamente os que envolvem o desaparecimento de pessoas. Em alguns casos a “taxa de sucesso” do sensitivo é realmente muito boa!
    .
    No espiritismo a psicometria é uma forma de mediunidade; alguma outra idéia?

  2. Biasetto Diz:

    Vítor,
    Eu confesso que não li o texto na íntegra, mas fixei a leitura nos pontos que achei mais significativos. Muito interessante, legal. Parabéns pela matéria!
    Gostaria só que você me explicasse melhor sobre os “observadores remotos”.
    Valeu.

  3. Biasetto Diz:

    Carlos,
    Curiosamente, até alguns dias atrás, eu não tinha lido ou ouvido nada sobre psicometria.
    Aí, eu vi esta palavra em comentários no livro A Vida Além Do Véu e, depois, aconteceu o mesmo, dando uma olhada no livro Nos Domínios da Mediunidade (Chico Xavier/André Luiz). Os trechos estão aqui:
    “A VIDA ALÉM DO VÉU” (página 343) – “Vocês têm uma nova palavra entre vocês que vi na sua mente e de outros: PSICOMETRIA. Eu entendo que significa esta faculdade pela qual em coisas sólidas é lido algum incidente passado por causa de certas vibrações deixadas gravadas nestes sólidos por eventos nos quais elas tomaram parte.”
    .
    “NOS DOMÍNIOS DA MEDIUNIDADE” – “O rápido curso de aprendizagem que vínhamos realizando atingia a sua fase final.
    Aulus não dispunha de tempo para favorecer-nos com experiências mais amplas. Era um trabalhador comprometido em serviços diversos.
    Embora isso compreendêssemos, Hilário e eu nos sentíamos algo melancólicos.
    O Assistente, contudo, desenvolvia todas as possibilidades ao seu alcance para conservar-nos o entusiasmo habitual.
    Atravessávamos ruas e praças, quando nos defrontamos com um museu, a que se acolhiam alguns visitantes retardatários.
    E o nosso orientador, como quem se dispunha a aproveitar as horas que nos restavam para dilatar observações e apontamentos, convidou-nos a entrar, exclamando:
    — Numa instituição como esta, é possível realizar interessantíssimos estudos. Decerto, já ouviram referências à PSICOMETRIA. Em boa expressão sinonímica, como o é usada na Psicologia experimental, significa “registro, apreciação da atividade intelectual”, entretanto, nos trabalhos mediúnicos, esta palavra designa a faculdade de ler impressões e recordações ao contacto de objetos comuns.”

  4. Carlos Diz:

    Biasetto,
    .
    Na psicometria o sensitivo (vou evitar o termo médium) seria capaz de fornecer informações sobre alguém (ou alguma coisa) desaparecido tocando em um objeto que tenha relação com o desaparecido. Como ele consegue isso?

  5. Biasetto Diz:

    Olá Carlos!
    É realmente interessante, mas não é um assunto muito divulgado, ou algo que a gente tenha informações mais concretas.
    No caso de investigações policiais, a gente escuta alguma coisa, mas muito pouco.
    Um abraço!

  6. Gilberto Diz:

    O espiritismo não nega nada, já notaram? Apenas explica tudo sob sua ótica. Qualquer faceta supostamente extraordinária tem uma explicação à luz do espiritismo. Poltergheists, psicometria, milagres da Nossa Senhora da Achirupita, tudo tem explicação. Duendes, fadas, presságios, Exú Tranca-Rua, telepatia, hiperestesia, entre outras coisas díspares são endossadas pelo espiritismo. Mas tudo tem explicação dentro da “doutrina”. Nada é histeria, nada é psicológico, nada é ilusório, nada é lenda – tudo tem explicação. Assim se agrada a todos, pois NUNCA vão dizer: “esse sai Baba é uma fraude”, ou “essas fadinhas irlandesas são lenda”, ou mesmo “ele pressentiu isso sobre sua mãe por ter uma forte ligação sentimental e um grande conhecimento de suas reações.” Essas coisas não são ditas. É tudo facilmente explicado segundo Kardec, Xavier, Ramatís, Ashtar Sheran, John Smith (de “A Zona Morta”)!!!

  7. Biasetto Diz:

    Gilberto,
    Eu estive pesquisando. Talvez apareça um novo artigo meu aqui. Sabe o que eu descobri? Este espiritismo que explica tudo, é um espiritismo essencialmente xavieriano. Não se acha explicações pra tudo, em livros de outros supostos ou possíveis médiuns, no exterior. O Chico e todos aqueles que aprenderam com ele – seus seguidores aqui no Brasil, é que têm uma resposta pronta pra tudo. Se acontecer um terremoto agora, agorinha mesmo, lá conchinchina, meia-hora depois, já está tudo explicado em algum blog brasileiro do mestre x, y ou z. Isto é coisa tipicamente deste pseudo-espiritismo, tipicamente brasileiro-xavieriano!

  8. Carlos Diz:

    Gil Santos (relembrando o outro Carlos),
    .
    Aproveitando o seu comentário: como você entende a psicometria? Na sua opinião trata-se de mera coincidência um “sensitivo” fornecer indicações sobre algo ou alguém desaparecido?

  9. Caio Diz:

    Carlos, se me permite “atravessar” o seu debate com o Gilberto, gostaria de fazer uma colocação. Na realidade, eu apenas acho que sua última pergunta – o fato de ser coincidência ou não alguns “sensitivos”, vez ou outra, acerterem suas previsões – é bastante obscura. Explico o porquê: não precisa observar muito pra descobrir que, pelo menos no Brasil, a grande maioria dos sensitivos, desde aqueles mais modestos até os que infestam os programas da Luciana Gimenez, erram muito mais do que acertam. Mas muito mais mesmo. Se pontualmente eles acertam, então dizem “Puxa, que fantástico, realmente funciona!”, mas, misteriosamente, as pessoas costumam esquecer-se de todos os erros. Não estou dizendo que é isso o que ocorre com esses sensitivos do artigo que o Vitor nos apresentou. Também não estou afirmando, com 100% de certeza, que a “psicometria”, ou qualquer outra habilidade exercida por essas pessoas com supostos poderes especiais, não exista. Apenas estou dizendo pra ter cautela e analisar qualquer caso dessa natureza com o maior rigor possível, porque o que mais existe nesse meio, infelizmente, é a picaretagem. É um jogo de azar. Apesar de ateu, apesar de não acreditar em nada que seja relacionado ao misticismo, eu mesmo posso fazer previsões e acertar: a cada 100 previsões feitas, é bem possível que eu acerte uma pequena parcela.

  10. Vitor Diz:

    Oi, Carlos

    desculpa a demora em responder. Pior que desconheço qualquer teoria para a psicometria ou clarividência ou visão remota. Não que não existam. Acho que existe, mas nunca traduzi um texto do tipo para me informar. Também não sei se eu teria capacidade de entender.

  11. Gilberto Diz:

    Oi, Carlos. Não tenho conhecimento do assunto. Parece que algumas pessoas legais estudaram isso. Não sei em extensão esse fenômeno pode ser tão exato assim. Por que ele não é ostensivamente usado, se esses estudos são tão antigos? Mas li coisas sobre Crichton, e ele disse asneiras impressionantes:
    .
    Ele acreditava que psíquicos podem entortar colheres:
    http://www.metroactive.com/papers/metro/11.27.03/spoonbending-0348.html
    .
    Ele acreditava que a idéia de “fumante passivo” não existe, apesar dos estudos sérios que provam o contrário. Detalhe: ele morreu de câncer no pulmão por causa do fumo.
    .
    Ele dizia que o “aquecimento global” não tem influência do homem. Pode não ser a única causa, mas é sabido que o homem influi sim. E muito.
    .
    Ele dizia que a teoria do “Inverno Nuclear” estava errada, pois como uma situação dessas nunca ocorreu, ninguém poderia prever. Totalmente anti-científico.
    .
    Ele refutou a Teoria de Drake, que discutimos aqui sobre as chances reais de haverem civilizações extra-terrestres no universo, e ele a refutou com os mesmos argumentos do Inverno Nuclear!
    .
    Ele apoiava a ridícula teoria de que os continentes se formaram “emergindo do mar”, por forças sísmicas. O consenso científico é outro. O do Carlos Magno é ainda mais ridículo, mas ele pelo menos quer provar de qualquer maneira que a Atlântida existiu…

  12. Gilberto Diz:

    Caio, todas as religiões e os ditos fenômenos paranormais seguem o mesmo padrão. Por exemplo: mil pessoas fazem uma promessa (ou corrente, ou trabalho) para conseguir um bom emprego. 990 não conseguem e se calam, mas as 10 que conseguem (acredito que por mérito próprio ou mesmo sorte) aparecem na TV (ou igreja, ou centro) e contam os milagres. Pronto! Não dá pra dizer que é mentira. É “seleção não-natural”. Se fazem mil pesquisas sobre médiums, e 10 (talvez nem isso, talvez só uma) apresentam resultados que podem ser interpretados positivamente, só se falarão dessas pesquisas. Se o autor de “Parque dos Dinossauros” e “Plantão Médico” fez parte de uma, então…

  13. Gilberto Diz:

    Vi na TV um pastor mostrar um cara que tinha uma dívida de 148 mil reais e depois de ir à igreja, ele foi ao banco e conseguiu reduzir a dívida para 20 mil e a dividiu em 60 prestações. Acontece que esse é o procedimento padrão dos bancos para dívidas antigas (e impagáveis). Aconteceu comigo há 4 anos. Tinha uma dívida de 20 mil reais de mais de 3 anos, e fiz um acordo com o banco que reduziu a dívida para 2 mil reais, que parcelei em 10 vezes de 200, só! Não rezei, mas a lábia do meu irmão, que levei junto, foi MIRACULOSA!!!

  14. Juliano Diz:

    Boa noite

    Vítor eu estou te devendo os R$ 20,00 que eu falei que iria te enviar do artigo passado, mas este mês ainda eu mando. E deste novo artigo, também irei dar uma ajuda, mais R$ 20,00.
    Aí pessoal, vamos dar uma mão pro Vítor.
    Sobre o artigo, segunda eu fui começar a ler, mas notei que não estava entendendo nada. Cabeça cansada é complicado. Então vou deixar pro final de semana pra ler e entender o conteúdo, dentro da medida do possível também vou dar uma lida sobre o tema da Visão Remota aplicada. Que eu sinceramente não sei absolutamente nada sobre o mesmo.
    Outra coisa. A sensitiva americana Allison Dubois, que segundo consta auxilia inclusive a polícia americana a desvendar crimes do tipo: encontrar corpos desaparecidos, visualizar onde estão pessoas sequestradas, o meio sendo o de tomar contato com objetos da vítima. Não é Visão Remota aplicada que ela faz? Se verdadeiro o que se diz dela? Inclusive há uma série no canal Sony sobre ela, “Medium”. Deixo a pergunta.

  15. Marcelo Diz:

    http://www1.folha.uol.com.br/ilustrada/902192-lady-gaga-diz-que-psicografou-musica-de-alexander-mcqueen.shtml

  16. Carlos Diz:

    Caio, Vitor e Gilberto, agradeço os comentários.
    .
    Se bem entendi, o Caio propõe que os erros e acertos na psicometria seriam explicados pela chance estatística, e o oba-oba que se faz no assunto seria uma espécie de “amplificação do ruído” quando o sensitivo acerta. Bem, não é isso que o estudo do brigue americano indica, pelo menos nesse caso. O assuntou “psicometria” ainda merece um melhor entendimento, na minha opinião.
    .
    Gilberto, o Crichton que você citou me parece o espírita doo seu comentário, procurando explicar tudo ao seu modo. Em um ponto eu concordo (em parte) com o Crichton. Sobre o aquecimento global eu diria – o homem deve influenciar sim, porém provavelmente muito pouco…

  17. Caio Diz:

    Carlos, de fato você não entendeu, ou não quis entender, o que eu escrevi. Minhas palavras foram: “NÃO estou dizendo que é isso o que ocorre com esses sensitivos do ARTIGO que o VITOR nos apresentou. Também NÃO estou afirmando, com 100% de certeza, que a “psicometria”, ou qualquer outra habilidade exercida por essas pessoas com supostos poderes especiais, NÃO exista. APENAS estou dizendo pra ter CAUTELA e analisar qualquer caso dessa natureza com o maior RIGOR possível, porque o que mais existe nesse meio, infelizmente, é a picaretagem…”. Eu nem mesmo pude ler (ainda) o artigo que o Vitor postou. Não afirmei que, especificamente nesse caso, foi uma espécie de jogo de azar. Mas, de forma geral, é inegável que no campo do “misticismo” (e não estou falando especificamente sobre a “psicometria”) diversos “sensitivos” mantem seus erros e acertos dentro de uma variabilidade estatística comum, acessível a qualquer tipo de pessoa. Não há mágica nisso. Foi essa minha mensagem. Abs.

  18. Caio Diz:

    Gilberto, achei bem engraçado esse lance do pastor dizer que a redução da dívida foi uma intervenção de Deus, HAHAHAHAHA… Meu, sério mesmo que ele disse isso? Mas que cara de pau! Eu conheço uma pessoa, bem próxima inclusive, que, há uns 4 anos atrás, acabou se “enrolando” com diversos bancos e algumas administradoras de cartões de crédito… Em todos os casos, a média de “desconto” concedida a essa pessoa, que não rezou pra Deus e nem foi à igreja, foi de 85%. Os motivos pra isso acontecer são dois e bem simples: (1) ao analisarem a vida financeira desses inadimplentes, os bancos constatam que quase todos eles estão quebrados mesmo, sem bens pra serem executados, sem nada. Em 5 anos, os bancos são obrigados a retirar o nome do inadimplente dos órgãos de proteção ao crédito. Ou seja, os bancos pensam “O que vier é lucro!”; (2) É até fácil conceder um desconto monstruoso quando as taxas de juros aplicadas são também monstruosas. Ora, esse enorme abatimento da dívida nada mais é que os juros sendo retirados. O inadimplente, portanto, deverá pagar somente o valor real da dívida, e não mais os juros exorbitantes que, no Brasil, são considerados normais… Claro que nem todo devedor consegue uma taxa de abatimento que se aproxime dos 90%. Ele deverá demonstrar que está verdadeiramente quebrado. Hahaha… Vou começar a fazer uns milagres desses na igrejinha que estou pensando em abrir. 😛

  19. Biasetto Diz:

    Caio,
    Se você abrir a igreja, me chama. Quero participar deste negócio, porque dar aulas já me deixou estrressado demais, e o salário…

  20. Biasetto Diz:

    * ESTRESSADO DEMAIS…

  21. Gilberto Diz:

    Ex-treçado de mas…

  22. Biasetto Diz:

    Gil Santos (gostei desta versão),
    Fui dar uma olhada no link que você indicou (entortar colheres) – mas é gringo! Gente fina é outra coisa!
    .
    Marcelo, a Lady Gaga quer aparecer mais do que bumbum de rainha de bateria – mas por que ela não pode falar que psicografou a música? O Wágner Paixão psicografa até o Chico!!!

  23. Caio Diz:

    Biasetto, vc quer mesmo entrar de sócio na minha modesta igreja? Eu andei pensando e acho que podemos começar a tomar dinheiro dos fiéis explorando duas frentes: (1) fazendo previsões sobre o futuro (sim, se fizermos 200 e acertarmos 3, todo mundo só vai se lembrar dessas 3… e, caso algum engraçadinho questione sobre as 197 previsões erradas, basta dizer que elas não se concretizaram porque “não faziam parte dos planos de Deus nesse momento”); (2) “curar” doenças que podem ser compensadas com placebo (a gente pode usar, pra ativar o placebo, alguma pílula especial, “desenvolvida a partir das informações fornecidas por espíritos de índios da Amazonia”). Bem, o dízimo poderia ser de, apenas, 8%, tendo em vista que a concorrência adota como padrão 10%. Agora só precisamos criar pra nossa igreja um nome bem fácil de ser memorizado e escrever um livro confuso, totalmente contraditório, que esteja em desacordo com os conceitos científicos mais básicos.

  24. Biasetto Diz:

    Caio,
    Você está coberto de razão. E tem mais: sabe o que os pastores ou outros gurus religiosos falam pra aqueles que reclamam por não ter encontrado a graça desejada?
    .
    Eles falam que a FÉ DELES É FRACA!
    .
    Simples assim: Você não alcançou a graça desejada, porque tua fé é fraca, não é verdadeira! A culpa é tua…

  25. Juliano Diz:

    Uma sugestão para o nome da igreja: “IGREJA OS ANJOS DA BOA NOVA DIVINA” rsrsrsrsrsrsrsrsrs

  26. Juliano Diz:

    Ou então, os Enviados Celestiais de um Novo Amanhã. (ECENA). rsrsrsrsrsrsrs

  27. Biasetto Diz:

    Juliano,
    Gostei do ECENA.
    Vai ter o bispo Vítor Moura…
    Os pastores-superpoderosos Gil Santos e Moizés Montalvão (“Moisés” tem tudo a ver).
    .
    Eu, você, o Caio, o Carlos e os demais, seremos obreiros!

  28. Biasetto Diz:

    Precisamos achar uma pastora, no estilo da Bispa Sônia – bela e elegante… e bem chorona, é claro!
    Aliás, Vítor,
    Estive pensando numa coisa: seu blog tem um “grande defeito” – só aparecem marmanjos aqui!
    Enquanto as mulheres assistem novela, nós nos divertimos no blog do Vítor. Banimos o futebol e só falamos de Chico Xavier e Cia. Será que isto tem cura?
    .
    Um dia desses, fiquei esperançoso: apareceu a Claudinha aqui. Me animei mesmo! Até porque minha bela esposa se chama Cláudia (estou fazendo uma média com ela, porque às vezes, ela dá uma olhada nas coisas que escrevo aqui), mas aí, minhas esperanças se foram, porque a tal Claudinha, na verdade, era o Marcelo!
    .
    Assim não dá!!! Está faltando um toque feminino aqui.
    Mulheres, por favor, apareçam!

  29. Biasetto Diz:

    Será que mrh ???

  30. Juliano Diz:

    Realmente faltam mulheres por aqui. Pelo menos uma que fosse já estava ótimo. É só macharada!!! Complicado. Concordo contigo Eduardo! Vou dormir. Uma boa noite.

  31. Biasetto Diz:

    Reportagem do Fantástico fala do Chico, da senha que ele deixou e da reencarnação de Emmanuel.
    .
    http://www.portalaz.com.br/noticia/geral/187388
    .
    A pergunta é: Por que ele não se comunicou ainda?
    .
    Quase dez anos, depois do desencarne?

  32. Caio Diz:

    Há um bom tempo venho pensando nessa questão de praticamente não existirem mulheres em sites de céticos. Quando aparecem (o que é raro) costumam fazer uns posts bem revoltados (geralmente com o capslock aberto), demonstrando uma postura totalmente contrária ao ceticismo… É bem verdade que o conhecimento popular diz que as mulheres tendem a ser menos racionais que os homens, mas será que isso tem algum respaldo da ciência? Na minha opinião, as mulheres podem ser tão racionais quanto qualquer homem. Não acho que, biologicamente, exista alguma diferença nesse ponto. O problema, a meu ver, é cultural.

  33. Madalena Cássia Diz:

    QUEM DISSE QUE NÓS MULHERES SÓ USAMOS O CAPS LOCK?

  34. Gilberto Diz:

    Brincadeirinha, fui eu que escrevi isso…

  35. Caio Diz:

    “Madalena Cássia”, HAUHAUHAUHUAH…

  36. Biasetto Diz:

    Caio,
    Minha mulher já ficou brava com umas coisas que leu do Gilberto aqui – ele falando da mulher dele com bobe, e os sonhos com as garotas da Met-Art!
    Agora, se ela ler o que você escreveu – “É bem verdade que o conhecimento popular diz que as mulheres tendem a ser menos racionais que os homens, mas será que isso tem algum respaldo da ciência?”
    .
    Ah! Rapaz! Ela vai falar que estou participando de um fórum machista!
    .
    Bem, de qualquer forma, quem vai se ferrar sou eu mesmo, porque eu é que estou clamando pela presença feminina no blog.
    .
    Acho que preciso tomar cuidado! rsrsrs
    .
    Um abraço a todos.

  37. Biasetto Diz:

    Falando sério,
    Este vídeo que indiquei acima:
    – É incrível como o Chico é visto como o médium dos médiuns.
    – A Globo adora ele mesmo. Eu recebi uma resposta lá do Programa do Jô, que eles estavam analisando a possibilidade de uma entrevista com o Vítor Moura, fiz esta indicação. Mas não vai rolar – a Globo não vai permitir que alguém participe de um programa da emissora, desacreditando a mediunidade do Chico.
    .
    E como o Chico fala convicto e seguro, de que os espíritos lhe passaram os livros.
    .
    Outra coisa, lá está bem claro, a tal reencarnação de Emmanuel no Brasil, interior de São Paulo.
    .
    Ninguém menciona as semelhanças dos livros, os plágios.
    .
    Como já disse o Gilberto e outros aqui, o Chico já virou mito, uma lenda, um santo.
    .
    Isto já é fato!

  38. Vitor Diz:

    Ó, pessoal, podem fazer pressão lá na globo me indicando!!! Vou poder falar pra minha mãe que é espírita que apareci na tv graças ao meu trabalho sobre o Chico!!! Ela odeia o que eu faço, mas tenho certeza que se eu for pra tv ela vai adorar!!! 😀

  39. Caio Diz:

    Hahahahaha… Biasetto, eu “arrumei” depois o meu suposto comentário machista, hahaha… “Na minha opinião, as mulheres podem ser tão racionais quanto qualquer homem”. Mas certeza que a sua esposa vai achar bem estranho esse seu interesse em mulheres no blog… Hahaha… E eu queria saber por qual canal do Programa do Jô exatamente você sugeriu o Vitor como entrevistado. Vou fazer o mesmo. Uma pergunta: você mencionou que ele investiga supostas fraudes do Chico? Galera, vamos tentar colocar o Vitor lá. É difícil, mas quem sabe… O Vitor é “filho de Deus” também, HAHAHA…

  40. Biasetto Diz:

    Vítor,
    Vou passar um email pra você, com a resposta que me enviaram.
    Agora, a turma aqui tem que fazer pressão mesmo:
    .
    jo@redeglobo.com.br

  41. Biasetto Diz:

    Esta é a resposta
    Forms: Programa do Jô – Sugestão de Pauta
    Descrição: Programa do Jô – Sugestão de Pauta
    .
    Amigo(a),
    .
    Vamos avaliar a sua sugestão.
    Obrigado pela sua participação e continue nos escrevendo.
    Um beijo do gordo!

  42. Biasetto Diz:

    Caio,
    Eu vi que você deu uma “consertada” no que havia dito!
    .
    Caio,
    Eu falei no email, sugerindo a entrevista com o Vítor, que ele criou um blog polêmico, dei o endereço do blog, falei que ele se declara espírita, mas não acredita na mediunidade do Chico e outros médiuns brasileiros. Falei que eu participava do blog e que, às vezes, a coisa esquenta por aqui.
    .
    Tenho certeza, que a produção dele gostou da idéia e o próprio Jô deve ter gostado, porque ele adora estes temas polêmicos.
    Mas o problema é que a Globo idolatra o Chico.
    E aí…

  43. Biasetto Diz:

    O Gilberto,
    Aos poucos, vai fazendo umas revelações aqui:
    .
    MADALENA CÁSSIA caiu bem pra ele!
    Vocês não acham?

  44. Caio Diz:

    Madalena Cássia é nome de crente que bate à sua porta às 07h do domingo, quando você acabou de chegar da balada e está com a cabeça doendo. Biasetto, qual o e-mail, você tem fácil aí? Abs.

  45. Biasetto Diz:

    Caio,
    Você diz o meu email?
    É este:
    .
    ejbiasetto@hotmail.com

  46. Vitor Diz:

    Biasetto,

    Acho que ele quer o email do jô, ou a página para escrever ou mandar a sugestão.

  47. Juliano Diz:

    Biasetto

    Boa noite. A tua pergunta do por quê o chico não se comunicou ainda, passando a senha que ele deixou para as três pessoas mais próximas a ele é pertinente. Por quê? Se os espíritas tivessem um pouco mais de bom senso, estariam já de cabelo em pé. Onde é que está o cidadão que não envia as senhas? O normal seria enviar e, se tem algo contra alguém, dizer que esta e esta pessoa não o recebem, ao contrário do que alegam. É muito estranho isto. Como tudo no espiritismo e nas outras religiões de modo geral. Muita teoria e provas que é bom, NADA
    E se o Chico ao morrer não teve o céu de brigadeiro esperado? E se de fato a vida termina com a morte? Sei lá. Muitas dúvidas e poucas respostas. Mas vamos indo que o “barco segue”. É isto.

  48. Biasetto Diz:

    Vítor,
    O email do Jô, eu coloquei aí acima:
    .
    jo@redeglobo.com.br
    .
    Também dá pra mandar as sugestões por aqui:
    .
    http://programadojo.globo.com/platb/programa/

  49. Juliano Diz:

    Biasetto
    Digamos que o chico esteja no além, tranquilo. Então a sua não comunicação via as senhas só denota que há algo de muito errado com o espiritismo e na teoria dele e de Kardec e Cia toda. Não sei se concordam comigo?

  50. Biasetto Diz:

    Grande Juliano! Saudações!
    .
    Moçada, minha mulher já leu as coisas aqui, falou que eu estou ferrado, porque estou querendo papear com mulheres …
    .
    Eu disse a ela, que o blog é sério, mas ela parece que não acreditou muito. rsrsrsr….
    .
    Juliano,
    Digamos que o Chico não foi médium, coisa alguma!
    Recebeu os parabéns por ter tentado, e até ter ajudado muita gente, mas levou uma baita bronca por ter mentido.
    Então, não deixaram ele enviar mensagem alguma!
    .
    Ou então, morreu e já era! Cruz, credo!!!
    .
    Agora,
    não é absurdo, o médium dos médiuns – desencarna e não manda mensagem alguma, em dez anos???
    .
    Bem, os espíritas vão falar que tem mensagens sim, aos montes. Aqueles blá, blá, blá… e a SENHA???

  51. Juliano Diz:

    Pois é Biasetto. E a Senha???
    Há o detalhe que é colocado por uma ala do Budismo. E que também fazia parte da essência do filme “Além da Vida”. Ou seja, o contato de lá pra cá é algo raro. Muito raro. E se dá de forma imprevista, e por fatores fisiológicos do médium. Como talvez seja o que ocorre também com as crianças que relembram de uma vida passada. Algo imprevisto, já que a maioria das crianças não lembram de nada. Ou se lembram não dizem claramente. Algo pra se pensar. Talvez o normal seja o não contato, talvez até por questões fisiológicas. O nosso corpo ainda seja uma máquina despreparada para tal situação.

  52. Biasetto Diz:

    Juliano,
    Ontem, eu passei um email pra você, acho que você não leu.
    Mas, basicamente, estou dizendo lá de uns colegas nossos, que simplesmente não dão mais bola pra mim, depois que eu assumi meu ceticismo em relação à mediunidade do Chico.
    Agora, Juliano, será que os espíritas não têm senso crítico?
    Eu respeito tanto o espiritismo, que levo a coisa a sério.
    SE O CHICO, DEIXOU UM SENHA, COMO NÃO LEVAR ISTO A SÉRIO. AÍ, VEM UM PAIXÃO DA VIDA LÁ, DIZ QUE PSICOGRAFA O CHICO, E O PRESIDENTE DA FEB NÃO É CAPAZ DE DIZER: PERA AÍ! VAMOS CONFERIR…
    .
    Depois querem que eu acredite neste espiritismo brasileiro.

  53. Biasetto Diz:

    Juliano,
    Completando, de acordo com o que você disse do Budismo, acho que se existe mediunidade, a coisa é bem por aí. Mas no Brasil, tudo é festa, todo mundo psicografa, é médium.
    Simples, muito simples.
    Tenho falado isto, faz tempo aqui. O Espiritismo, se um dia foi sério, faz tempo que não é mais. Só isso!

  54. Caio Diz:

    Minha parte eu fiz. Já passei o e-mail pro Jô indicando o Vitor. Seria legal se todos enviassem… Vou nessa, uma boa noite e um ótimo fds pra todo mundo.

  55. Higor Diz:

    Sobre o por quê de o Chico ainda não ter aparecido para enviar uma mensagem, quem sabe ele esteja passando uma temporada no umbral por ter comprado todos aqueles perfumes na Veado D’Ouro. Talvez a pena seja de um ano pra cada frasco.

    Mas aqui tem este vídeo de um deputado que supostamente incorporou um espírito no congresso nacional após a morte de Chico:

    http://www.youtube.com/watch?v=iNFMiotbs4U

    E aqui tem um vídeo do Divaldo Franco supostamente incorporando o espírito de Bezerra de Menezes:

    http://www.youtube.com/watch?v=8pt1euh0eu4

    Sempre pensei que, ou esses caras realmente estão falando a verdade ou eles são muito loucos. Parece que até agora a segunda opção é a mais acertada. Os caras têm uma veia emocional muito dramática, sei lá.

    Vocês já viram estes vídeos do Gaspareto:

    http://www.youtube.com/watch?v=ZgOJLxvpbPA

    Eu dei só uma olhada por cima mas é muita loucura.

    E aqui tem um programa dele na íntegra falando sobre Crença e Descrença:

    http://www.youtube.com/watch?v=MMmJ8CFZGAk

    Em várias passagens ele diz não estar certo sobre o que realmente crê, e fala que a pessoa tem que crer no que for mais conveniente pra si. Então, se ele realmente se comunica com espíritos, evoluídos ou não, como ele pode questionar ou ter dúvidas a respeito disso?

  56. Higor Diz:

    Corrigindo: Em várias passagens ele diz não estar certo sobre NO que realmente crê.

  57. Biasetto Diz:

    Higor,
    Os dois primeiros vídeos, o do deputado e o do Divaldo, vi muita semelhança – Bezerra de Menezes?
    .
    Inclusive, o 2º vídeo eu já conhecia, foi o meu xará, o Eduardo (Gusmão) que tinha me passado. Ele sumiu aqui do blog.
    .
    Agora, os dois do Gaspareto, olhei, “superficialmente”, o 2º é muito longo.
    .
    Gaspareto é uma pessoa polêmica! – Ele tinha um programa na RedeTV! em que ele “maltratava” as pessoas lá, era meio agressivo com elas.
    Não sei dizer muito sobre ele. O Vítor já fez post aqui, sobre “pinturas mediúnicas”. Sei lá, difícil pra mim analisar, porque não é minha área, longe disso, mesmo porque sou péssimo desenhista e pintor também.
    .
    Valeu pelas dicas!

  58. Biasetto Diz:

    Higor e colegas,
    Falando em “loucuras”, há vários vídeos no youtube de um tal Pai Joaquim:
    .
    http://www.youtube.com/watch?v=ZYSUWH0G_vE&feature=related

  59. Bia Diz:

    Eu acho é que o Divaldo incorporou uma borboleta… não o Bezerra de Menezes.

  60. Madalena Cássia Diz:

    Amigos, o Chico já se comunicou, sim. Aliás, já existem centenas de médiums psicografando o cara. Repito o que disse antes. Ele dizia que não sabia nada, os espíritos é que tinham sabedoria. Então estão psicografando o homem, ou estão psicografando ele, que por sua vez psicografa outros no além? Mas se ele já está no além, ele não precisa psicografar, é só falar com os caras. Ou, por estar no além, ele psicografa quem está aqui vivo, e depois ele é psicografado por um médium daqui e repassa, do além, as mensagens de alguém vivo. Aí também seria mais fácil ouvir o cara ainda vivo falar. Cara, me embananei todo nessa idéia…

  61. Gilberto Diz:

    Desculpem , “autocompletar” me entregou de novo…

  62. Biasetto Diz:

    Gilberto,
    Ainda não cheguei a uma conclusão segura sobre o Chico, mas estou seguro, de que você é maluco!
    Obs.: um maluco legal!

  63. Flávio Josefo Diz:

    Bia,
    Você se enganou. Analisando os vídeos que o Higor citou, quem incorporou a borboleta foi o Gaspareto.
    TODAS as borboletas…

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