A VIÚVA DE ALLAN KARDEC ERA UMA FRAUDADORA?
Neste artigo, extraio um trecho do livro “Laboratories of Faith” de John Monroe, que faz um ótimo apanhado histórico do “Processo dos Espíritas”, um julgamento em que várias personalidades espíritas importantes foram condenadas acusadas de fabricar fotografias fraudulentas de espíritos. Até a viúva de Allan Kardec, Amélie Boudet, foi chamada a depor. Se ela foi enganada ou se estava consciente das fraudes realizadas, permanece a dúvida. Mas fica claro que ela ajudou a divulgar uma fraude e que as fotos em que ela aparece ao lado do espírito de seu marido são fraudulentas. O fotógrafo fraudador se chamava Buguet e ele acusou o sucessor de Kardec como diretor da Revista Espírita – Leymarie – de estar ciente das fraudes. Buguet contou ainda com o apoio de William Crookes, que, obviamente, foi enganado por ele. Ofereço para download, após o extrato do livro de Monroe, o e-book “Processo dos Espíritas”, da mulher de Leymarie. Na versão para o Brasil busca-se defender a todo custo que algumas fotografias eram autênticas e tenta-se salvar a reputação de Leymarie, dizendo-se apenas que ele era crédulo demais. Acho essa posição insustentável tendo em vista os controles contra fraude que Leymarie diz ter adotado e outras evidências que ele mentiu que serão oferecidas no decorrer do texto. Minha opinião é que Leymarie estava envolvido na fraude sim, e tenho quase que certeza absoluta que a viúva de Kardec também estava envolvida. Mas fica o livro à disposição para quem quiser conhecer uma possível defesa dos envolvidos. Consta uma retratação de Buguet em que ele retira as acusações que fez contra Leymarie e afirma que 70% das fotos que fez são verdadeiras. Acredite quem quiser…
Extratos do livro “Laboratories of Faith”, de John Monroe
O desenvolvimento do Espiritismo após a morte de Kardec deveu-se bastante à influência de Pierre-Gaetan Leymarie. Sua formação e opiniões diferiam marcadamente daquelas de seu antecessor. […] A ascensão de Leymarie dependia da sua vontade de unir forças com a viúva de Kardec, que passou o período imediatamente posterior à morte do marido trabalhando para oferecer ao movimento uma base fiscal mais sólida. No último ano de sua vida, Kardec pediu uma brevet de libraire (autorização de livreiro), que teria tornado possível para ele fiscalizar a publicação e distribuição de seus escritos pessoalmente. Ele morreu antes de terminar o processo de aplicação, por isso a sua viúva recebeu a autorização no lugar do marido. Do ponto de vista comercial, o movimento era extremamente sensível porque os livros de Kardec se revelaram extraordinariamente populares. Para fazer uso eficiente desse legado, Mme. Kardec fundou uma empresa comercial, a Caisse générale et centrale du Spiritisme, ao lado da livraria; esta nova organização conseguiu a publicação e distribuição das obras de Kardec, a Revista Espírita, e uma variedade de outros livros espíritas e panfletos.
As iniciativas comerciais de Mme Kardec, que eram, em parte, o esforço de uma viúva para garantir a própria subsistência, aborreceram muitos espíritas. Ela havia estabelecido a Caisse Générale como uma instituição oficialmente separada, mas organizacionalmente intimamente conectada, à não comercial e “puramente científica” Société Parisienne. De acordo com um relatório da polícia, uma facção dos espíritas dissidentes acreditava que na nova organização Mme. Kardec “usava a ciência como um pretexto, e parecia ter um acentuado caráter comercial que a levaria, mais cedo ou mais tarde, a fazer uso da Société Parisienne des Etudes spirites — como um instrumento, e subordinar os seus interesses aos da nova sociedade. A linha entre a sociedade comercial e a científica pareceu desconcertantemente embaçada para muitos que viam o Espiritismo como uma empresa fundada em estudo objetivo. Em 1871, no entanto, as várias facções tinham alcançado uma paz inquieta, e Leymarie consolidou sua posição como sucessor de Kardec.
A capacidade de Leymarie de conciliar esses grupos de oposição, provavelmente resultou da sua visão do futuro do movimento, o que reflete um amplo consenso entre os espíritas. Leymarie e seus críticos concordaram que após a morte de Kardec, a melhor maneira de avançar suas idéias era afastar-se da especulação filosófica que tinha estado anteriormente no centro da empresa espírita. Em vez disso, o foco se deslocaria para o estudo de fenômenos espetaculares que ocorriam nas sessões espíritas. A Revista Espírita anunciou esta mudança de direção em janeiro de 1870.[…] Como os espíritas viam-no, o aumento da pesquisa psíquica presenteou-os com um novo desafio: ao invés de simplesmente provar a autenticidade dos fenômenos das sessões de uma maneira geral, sua tarefa era a forma de estabelecer a realidade objetiva da intervenção dos espíritos
Uma vez que nenhum fotógrafo espírita francês tinha aparecido em cena, Leymarie começou a vender reproduções de fotografias de espíritos norte-americanos. Estas imagens, acreditava ele, eram elementos de prova extraordinariamente convincentes para a realidade do mundo espiritual e, portanto, viriam a ser estímulos eficazes para a conversão. Quando confrontado com um grande álbum dessas imagens, todos mostrando a presença palpável dos espíritos, mesmo os mais tenazes negadores seriam fortemente pressionados para encontrar uma explicação terrestre, Leymarie acreditava.
Edouard Buguet, um homem de cabelos escuros, barba impressionante, de 32 anos, respondeu ao apelo de Leymarie por um fotógrafo espírita local nos últimos meses de 1873. Buguet, um fotógrafo que tinha chegado recentemente em Paris com sua esposa e duas filhas, descobriu o Espiritismo através de um amigo de infância que ele conheceu por acaso logo após sua chegada na cidade. Esse amigo, um ator cômico no Teatro de
Como um membro do círculo de Puel, Buguet conheceu tais espíritas proeminentes e estudantes de fenômenos espirituais como Leymarie, Flammarion Camille, o escritor Louis Jacolliot, e o pesquisador psíquico russo-alemão Alexander Aksakoff. Depois de ouvir sobre fotografia de espíritos, Buguet começou a tentar ele mesmo isso, com resultados surpreendentemente bem sucedidos.
Até o final do ano, Leymarie e Buguet havia estabelecido uma relação de negócios: O editor emprestou ao fotógrafo de 3.500 francos da Caisse Général para expandir sua firma de fotografia de espíritos.[1] O empréstimo foi sem juros e o reembolso seria em espécie, com fotografias de espíritos. A Revista Espírita, em seguida, vendia as imagens para seus assinantes em um prêmio, como tinha feito anteriormente com as imagens importadas americanas. Leymarie também começou a escrever extensivamente sobre Buguet na Revista, enfatizando a capacidade do fotógrafo de resistir ao escrutínio “experimental” de vários especialistas. O primeiro artigo de Leymarie sobre as fotografias espíritas de Buguet apareceu na edição de janeiro de 1874 da Revista. […]
Depois de ter descoberto dom de Buguet, Leymarie foi o tema de uma série de experimentos. O primeiro destes, que Leymarie descreveu exaustivamente, era típico das suas sessões de teste. Leymarie e um grupo de “várias pessoas” chegaram ao estúdio do fotógrafo; no caminho, compraram um pedaço de vidro para servir como o negativo fotográfico deles. Eles marcaram o vidro, cortando um dos seus cantos, então o entregaram a Buguet, que o poliu e imergiu em banho de colódio usual. Leymarie e seus companheiros supervisionaram esta preparação e viram quando Buguet pegou o vidro e colocou-o em sua câmera, que havia sido exaustivamente examinada “interna e externamente”. Após os convidados haverem assumido suas posições na frente da câmera, Buguet pediu “calma e silêncio”, fez uma “invocação mental”, e tirou a foto. A impressão que ele fez, novamente, sob supervisão, mostrou “imagens de espíritos … com suas faces meio veladas”, junto com os dos assistentes humanos. Como uma verificação final, Leymarie encaixou o canto removido com a placa exposta. Em nenhum lugar neste processo elaborado, Leymarie afirmou, ele ou seus convidados detectaram a menor fraude.
Para Leymarie, a capacidade de Buguet de suportar esse tipo de escrutínio intenso comprovou a autenticidade de seu dom. Depois que o fotógrafo tinha produzido com sucesso as suas imagens em um contexto controlado, experimental, elas deixaram de ser uma mera curiosidade misteriosa e adquiriu a solidez de um fato científico. Ao descrever o procedimento experimental em tais detalhes meticulosos, Leymarie procurou incluir o leitor no processo de verificação: os assinantes da revista poderiam reproduzir a experiência por si e, ponderando a evidência, apreciar a probidade das conclusões de Leymarie.
Leymarie, por sua vez, parece ter sido convencido da autenticidade das imagens que ele descreveu, embora os eventos subseqüentes indicassem que seu escrutínio provavelmente não foi tão rigoroso como ele alegou.
Vários meses depois, quando Leymarie começou a convidar observadores cientificamente treinados como Flammarion e Aksakoff Alexander para estas sessões experimentais, Buguet freou. Em uma carta datada de 30 de abril de 1874, ele se queixou de uma sessão recente com Flammarion e colocou enfaticamente as condições para os experimentos subseqüentes:
Deve-se entender que estes homens serão apenas simples espectadores — isso quer dizer que eu não irei permitir que ninguém toque nos meus produtos. Se eu tenho a capacidade de magnetizá-los, isso é o meu negócio, eu não quero que seja como foi com Flammarion, eu só vou realizar uma única sessão. Eu [só] farei com estes homens nestas condições. Eu assisti duas sessões realizadas por Williams e Firman, e elas foram suficientes para me deixar saber o que os céticos são.
Buguet gostou da credibilidade que a sua complacência em submeter-se aos experimentos constantes de Leymarie lhe deu, mas ele também parecia estar ciente dos riscos de tais práticas. Flammarion, presumivelmente, tentou examinar os procedimentos de Buguet mais de perto do que os outros experimentadores e, portanto, tinha marcado a si mesmo como persona non grata.[2] Buguet, astuto o suficiente, expressa a sua relutância em se submeter ao escrutínio excessivamente vigilante em termos físicos. Os céticos, ele argumentou, retiravam a sua resistência através da drenagem de montantes indevidos de seu “fluido vital”, colocando a sua saúde em risco.
Buguet parece ter tido menos dificuldade em convencer os observadores britânicos, que o estudaram durante uma viagem a Londres no verão de 1874. No decurso da sua visita prolongada, ele realizou experimentos com W. H. Harrison, o editor do The Spiritualist, e com Stainton Moses, que fez dos dons do fotógrafo o assunto de uma série de artigos na revista espiritualista Human Nature. Buguet ainda ganhou o apoio do próprio Crookes. Em uma carta a Leymarie, Buguet escreveu triunfante: “No sábado passado eu tive uma experiência com M. Crookes, da Royal Academy [sic], foi uma das mais completas. Este senhor deu-me todos os seus parabéns, e prometeu enviar-me uma carta de Londres, quando eu voltasse a Paris; ele levou a chapa fotográfica com ele”. Outros observadores são mais céticos: um escritor para o British Journal of Photography, por exemplo, não conseguiu detectar quaisquer sinais de fraude, mas observou que os espíritos de Buguet sempre tinham “um elenco de características francesas inconfundível.” Hesitações deste tipo fizeram pouco para diminuir o entusiasmo do Leymarie. As imagens de Buguet haviam recebido o aval do expoente mais ilustre da pesquisa psíquica britânica e, portanto, parecia ser a prova definitiva da “hipótese espírita” que os seguidores de Kardec tinha antecipado com firme convicção. […]
Guillaume Lombard, oficial de paz, começou a trabalhar independentemente para reunir provas contra Buguet. Em janeiro de 1875, ele enviou um oficial chamado Geuffroy ao estúdio de Buguet. Geuffioy posou como um cliente, produziu um relatório detalhado da sua sessão, e observou que a imagem que ele tinha recebido não revelava qualquer ente querido que ele pudesse reconhecer — apesar de uma leve semelhança com o seu falecido pai. Lombard também convocou a perícia de Alphonse Chevillard, professor na École des Beaux-Arts que tinha escrito um panfleto anti-espírita de sucesso. De acordo com Chevillard, Buguet usava uma placa de vidro não completamente limpa como a base para as suas fotografias — a imagem inicial parcialmente apagada emergia como a dupla exposição espectral no retrato final. A limpeza parcial faria a placa parecer nova aos observadores, que não seriam capazes de notar os traços sutis da exposição anterior. Mais tarde, usando este procedimento, o departamento da Prefeitura de fotografia produziu “fotografias de espíritos” bastante semelhantes às de Buguet.
Em 22 de abril de 1875, após ter recebido uma ordem do juiz encarregado do caso, Lombard e de Ballu, o inspetor principal, foram para o estúdio de Buguet na avenida Montmartre. Eles se apresentaram como clientes comuns. […]. Quando Buguet entrou na sala da frente, os policiais lhe disseram que tinham esperança de obter o retrato do falecido pai de Ballu. Buguet escoltou-os ao estúdio, deixou-os por quinze minutos, e voltou com uma placa de vidro, que depois introduziu na câmera. Assim que Buguet “entregou-se às suas invocações”, Lombard anunciou que ele era um policial e pediu para ver a placa. Depois de mostrar uma breve resistência, Buguet entregou a placa. Pouco tempo depois, Clemente, um comissário de polícia, e Lessondes, que comandava o serviço de fotografia da Prefeitura, chegaram. Eles desenvolveram uma impressão da placa confiscada. Ela já “revelava duas imagens bem visíveis de pessoas, cuja reprodução um pouco indistinta poderia justificadamente ser chamada fantasmagórica.”
Em face desta evidência, Buguet confessou e começou a revelar seus métodos
As consequências destes desenvolvimentos se cristalizaram durante um julgamento que começou em junho de 1875 e veio a ser conhecido como o Processo dos Espíritas. Nele, Leymarie, o fotógrafo chamado Edouard Buguet, e um médium americano chamado Alfred Firman foram considerados culpados da fabricação e venda de fotografias fraudulentas de espíritos. Todos os três acusados ??receberam penas de prisão e multas pesadas, e seus casos atraíram publicidade considerável. […]
Para o juiz, a massa de testemunhas que afirmou ter amigos e parentes identificados em suas fotografias de espíritos diversos, simplesmente mostrou o grau da credulidade humana. Todas elas haviam “alucinado” as semelhanças que elas percebiam; elas viram o que elas queriam ver, não o que estava lá. Ser um espírita sincero era ser insano.
Fim dos trechos do livro “Laboratories of Faith”
PROVAS DE QUE A VIÚVA DE ALLAN KARDEC E LEYMARIE ESTAVAM ENVOLVIDOS NA FRAUDE?
A Revue de junho de 1874 reproduz uma narrativa assinada pela Sra. Kardec, redigida nos seguintes termos:
– “Declaro que terça-feira, 12 de maio de 1874, fui à casa do Sr. Buguet em companhia da Sra. Bosc e do Sr. Leymarie, e que a ninguém revelei quem eu desejava evocar. O Sr. Buguet, a despeito de estar doente, concordou em comparecer, apoiado em duas bengalas, à sala das tomadas fotográficas; estendido sobre uma cadeira, ele sofria atrozmente; os preparativos foram feitos pelo Sr. Leymarie e pelo operador. Obtive, na mesma chapa, duas provas, sobre as quais atrás de mim, meu bem-amado companheiro de trabalho, Allan Kardec, era visto nas seguintes posições: na primeira prova ele sustenta uma coroa sobre minha cabeça; na segunda, ele mostra um quadro branco, com alguns milímetros de largura, no qual estão escritas, com letras somente legíveis sob uma lente poderosa, ou microscópio, as seguintes palavras: “Obrigado, querida esposa. Obrigado, Leymarie. Coragem Buguet.” Infelizmente o Sr. Buguet prolongou por alguns segundos a exposição e o rosto de meu marido não aparece tão nítido como eu desejava. Agradeçamos a Deus este consolo de poder obter os traços de uma pessoa amada e de obter a escrita direta. Assinado: Madame Allan Kardec.” (Extraído do livro “Processo dos Espíritos”)
Vejamos as fotos.
Fig. 01 – Madame Amelie Rivail e o espírito de seu marido, Allan Kardec.
Fig. 02 – Amélie Boudet (Senhora Allan Kardec). O Espírito de seu marido tem nas mãos uma mensagem obtida por escrita direta. Buguet, no Tribunal, tentou fazê-la passar como sendo uma cartolina adrede preparada por sua secretária, a Srta. Léonie Ménessier.
Quais as provas que temos de que Leymarie e a Sra. Allan Kardec eram ambos fraudadores? Antes de tudo, é preciso traduzir tudo o que está escrito na suposta mensagem de Allan Kardec. Segundo o livro “Processo dos Espíritas”, lá diz:
Com o auxílio de lentes e muita paciência, após demoradas tentativas, chegamos à conclusão de ser o seguinte o texto da mensagem portada pelo Espírito (originalmente em francês)[3]: “Querida esposa: Protegei nosso médium Buguet: falsos espíritas o embaraçam nesse momento. Ele só é verdadeiro, e especialmente fará com que se desenvolva nossa doutrina. Leymarie deve ajudá-lo. Estou com todos vós. Coragem e adeus. 14 de novembro de 1874. Allan Kardec.”
A data não pode ser 14 de novembro de 1874, já que a Sra. Kardec diz ter ido em 12 de maio de 1874 à casa de Buguet e a publicação na Revue se deu em junho de 1874. Seja lá o que está escrito, a data correta tem que ser 12 de maio de 1874. O resto parece estar certo. Daí já podemos concluir que Kardec definitivamente não escreveu a carta, pois ele não endossaria uma fraude. O próprio Buguet, em sua retratação, disse que ele fraudou “só” 30% das fotos – acredite quem quiser – e na mensagem Kardec diz que ele só é verdadeiro – ou seja, nunca teria fraudado. A mensagem, portanto, é falsa. Não foi o espírito de Kardec quem escreveu. E quem foi que escreveu a mensagem, então? Vejamos o que aconteceu no julgamento para responder a essa pergunta.
(Fala o Juiz a Leymarie) – Diz-se que o senhor conhecia perfeitamente a letra de Allan Kardec. Essa letra, o senhor a possuía nos seus arquivos; o senhor a conhecia perfeitamente. Ora, a escrita que figura na fotografia de Allan Kardec é da recepcionista de Buguet, e o senhor, Leymarie, certificou que é a letra de Allan Kardec. O senhor mentiu para induzir os seus assinantes em erro.
Era certamente difícil garantir sem sombra de dúvida que a letra era de Kardec, pois naquele tempo não era fácil fazer uma ampliação como hoje: dispunha-se apenas de uma mensagem escrita no espaço de alguns milímetros, e a Senhora Ménessier afirmou, taxativamente, que ela havia escrito o texto. Por que o afirmou? Não ficou claro no decorrer do processo, que não foi formado para alcançar a verdade, mas sim para reviver as técnicas tenebrosas dos interrogatórios inquisitoriais, certamente inspirado e alimentado pelas trevas. Em nota de rodapé, Madame Leymarie afirma que a letra que figura na foto “não tem a menor semelhança” com a da Senhorita Ménessier. Tinha em seu poder uma grande quantidade de cartas com a letra dessa moça – que funcionava também como correspondente de Buguet naqueles tempos anteriores à datilografia – e não havia termo de comparação entre o traçado de uma e de outra. Se é que a Senhorita Ménessier havia escrito aquilo, ela “teve o bom senso de contrafazer inteiramente a sua letra”. Mesmo assim, o juiz desejava comparar a letra de Kardec com a da foto, mas Leymarie argumentou que isso era impraticável, porque não tinham um texto reduzido fotograficamente da letra de Kardec vivo.
Essa explicação de Leymarie é simplesmente ridícula! Se não havia um texto reduzido fotograficamente da letra de Kardec quando vivo, poder-se-ia aumentar o texto da escrita direta com uma lente para fazer a comparação, como a própria Sra. Allan Kardec disse na Revista Espírita ter usado, embora só tenha reproduzido uma parte da mensagem! Para piorar, vejamos o que diz a Sra. Allan Kardec sobre a questão da letra:
É certo que a Revue afirmara que a letra era de Kardec, pois, com efeito, várias pessoas reconheceram-na, depois de examiná-la cuidadosamente, mas não se emprestou muita importância a isso. O juiz declara, então, que foi veiculada uma falsa informação, porque o texto fora preparado por Buguet, com a ajuda da Senhorita Ménessier. Como a Senhora Kardec afirmasse que, não obstante, a letra era de seu marido, o juiz chama a Senhorita Ménessier.
– Foi a senhorita que escreveu aquilo? – pergunta ele.
– Sim, senhor.
– A letra é de meu marido, insiste a Senhora Kardec.
– Madame – diz a moça –, fui eu que escrevi aquilo.
– Isso pode ser dito, mas não prova nada – insiste a Senhora Kardec.
– Será que diante dessa declaração madame ainda acreditava que Buguet fosse médium?
– Como não? Há 200 cartas vindas do interior afirmando tais fatos.
Embora o juiz persista em afirmar que se trata de ilusão, tanto quanto no caso da escrita, a Senhora Kardec permanece inabalável:
– Se fosse apenas uma pessoa, o senhor poderia ter razão, mas quando há centenas delas que afirmam o mesmo fato a questão é outra.
O juiz não compreende como pode ela insistir na sua convicção, quando, para ele, é claro que se trata da uma grosseira mistificação de Buguet.
– A Senhorita Ménessier talvez não esteja dizendo a verdade – retruca a Senhora Kardec –. Isso não prova coisa alguma, tanto quanto aquilo que afirma Buguet. Desde que ele afirma o contrário da verdade, sua recepcionista pode fazer o mesmo.
Fica quase certo que a Sra. Allan Kardec estava envolvida, uma vez que já vimos que a mensagem de Allan Kardec é falsa, logo a letra não poderia ser a de seu marido, ou seja, ela mentiu. Se ela não estava envolvida, nem Leymarie, então os dois confirmam as palavras de Monroe quando disse que os espíritas “haviam ‘alucinado’ as semelhanças que percebiam; viram o que queriam ver, não o que estava lá. Ser um espírita sincero era ser insano.’
Hoje a história se repete com muitos espíritas que acreditam nas fotografias de materialização autenticadas por Chico Xavier. Até quando?
Clique aqui para baixar o livro “Processo dos Espíritas”.
[1] Em inglês: “to expand his spirit photography concern”. Outra possível tradução: para expandir seu interesse em fotografias de espíritos. (N. T.)
[2] No livro “Processo dos Espíritas” publicado no Brasil, apenas informam: “Camille Flammarion, cuja capacidade científica ninguém poderia pôr em dúvida, igualmente experimentou com Buguet e nada encontrou para incriminar o fotógrafo de fraude.” Observem como informações importantes são escondidas em tais palavras…
[3] “Chère femme: Veillez sur notre médium Buguet: de faux spirites le tracassant em CE moment. Lui Seul est Le vrai. C’est surtout lui que fera prosperer notre doctrine. Leymarie doit l’aider. Je suis avec vous. Courage ET adieu. 14 novembre 74. Allan Kardec.
fevereiro 22nd, 2012 às 8:01 PM
Vítor,
Quanto mais se pesquisa, mais fraudes aparecem.
E os espíritas kardecistas, chiquistas, ficam buscando todo tipo de subterfúgios, desculpas, saídas mirabolantes, na tentativa esdrúxula de manter a crença deles em pé.
Parabéns pelo artigo, sei que tem alguma influência do mrh nisto, porque ele já tinha me falado destas fraudes, faz tempo, e sei que ele ficou cobrando de você alguma publicação sobre o tema. Então, parabéns aos dois.
fevereiro 23rd, 2012 às 12:47 AM
Olá Vitor,
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Não tenho a versão original do texto, mas a tradução da mensagem atribuída a Allan Kardec pode ter um significado diferente do comentado no blog.
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Eu poderia entender assim: “Cara mulher (no sentido de esposa). Vigiai nosso médium Buguet: falsos espíritas o perturbam NESSE momento. Apenas Ele É Verdadeiro. É sobretudo ele que fará com que nossa doutrina prospere. Leymarie deve ajudá-lo. Estou com vocês. Coragem E adeus.
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Comentário. Ao colocar a sentença “Lui Seul est Le vrai…” podemos entender que a frase refere-se um ser superior, no caso Deus, ao dar ênfase ao Lui (Ele) e LE (o, indivíduo) (note que Lui e Le começam por maiúscula). A primeira sentença “Veillez sur notre médium” pode também ter o sentido de “orai pelo nosso médium” e, em seguida, “des faux spirites le tracassent”, pois “falsos espíritos o perturbam (no sentido de incomodar). Portanto, o início da mensagem poderia ser apenas uma advertência de que Bouguet estava sob influência de falsos espíritos e que portanto seria preciso veiller (orar, vigiar, cuidar). “Leymarie doit l’aider” ou seja, Leymarie (como conhecedor do espiritismo) deve ajudá-lo (no caso Buguet).
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O problema está na palavra “spirites” que deve ser traduzido por “espíritas” e não “espíritos” (esprits). Como afirmei, não conheço o texto original porém a mensagem poderia ser perfeitamente entendida como uma advertência cifrada de que Bouguet estava sob influência de falsos espíritos (ou espíritas ?). O sentido da mensagem pode ser esse, e não que AK estivesse endossando uma fraude.
fevereiro 23rd, 2012 às 1:13 AM
Oi, Carlos
olha, no texto original não está com maiúscula, está assim: “Lui seul est le vrai”. Meu Word às vezes coloca algumas letras em maiúsculas e eu não me dou conta.
fevereiro 23rd, 2012 às 1:33 AM
Ok Vitor. Ainda assim a sentença “lui seul est le vrai” pode muito bem estar se referindo a Deus, e não a Buguet. Ao acrescentar “C’est surtout lui que fera prosperer notre doctrine” possui uma ênfase forte no “surtout” (antes de mais nada), que me leva a pensar que a mensagem, nessa parte, refere-se a Deus e não a Buguet.
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Seria preciso aqui analisar todo o contexto para entender o significado da mensagem que, como está, parece-me truncada. Por exemplo: “Leymarie doit l’aider”. “Laymarie deve ajudá-lo” em que sentido?
fevereiro 23rd, 2012 às 2:36 AM
Ótimo Victor, suas pesquisas começam a ir bem fundo.
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Deparamo-nos aqui c/ o momento histórico da profissionalização, ou seja, quando os militantes espíritas começam a esperar retirar seu sustento do espiritismo (se é q Kardec já ñ o fazia, hipótese a ser estudada no futuro).
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1 herança, oriunda d 1 sucesso comercial, como acima dito, a venda dos livros d Kardec, desencadeia a ambição dos sucessores.
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Na época, ñ havia previdência social, e as velhinhas tinham mesmo é q se virar p/ sobreviver; o q restava p/ a Mme. Kardec eram os direitos sobre a obra do marido, e, p/ administrar este legado, constituiu 1 empresa (entronizada no movimento espírita d modo similar às grandes editoras espíritas d hoje).
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Já os sucessores políticos d Kardec tinham menos ainda, apenas a “credibilidade” do espiritismo p/ fazer dinheiro, e 1 nova tecnologia c/ a qual mistificar, a fotografia.
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+ a sociedade francesa do séc. XIX mostrou-se + composta do q a brasileira do séc. XXI, investigando e descobrindo a fraude rapidamente. Aqui no Brasil, as autoridades estão absolutamente desinteressadas do assunto e, ptanto, apartadas das conveniências da sociedade – 1 ótimo terreno, aberto aos mistificadores.
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Qto à tradução alternativa do Carlos, parece-me 1 hipótese equivocada. O texto apóia francamente Buguet.
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Se a pesquisa avançar, traduzindo o livro original, levantando o processo no tribunal francês e as reportagens dos jornais da época, então o quadro todo vai se apresentar, e veremos q o modus operandi original foi apenas e tão somente transportado p/ o Brasil, s/ qquer diferença + significativa.
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Parabéns pela recuperação histórica do espisódio, tão revelador, karo Victor.
fevereiro 23rd, 2012 às 3:27 AM
Uma das coisas mais sublimes que poderia existir na experiência da existência humana, seria a buscar pela espiritualidade, reconhecendo-a como possibilidade. Porém, ao longo da história humana, não faltaram todo tipo de malandragem, com o intuito de se querer provar algo tão incerto e tão desconhecido.
Os historiadores acreditam que os primeiros “rituais religiosos”, surgiram lá por volta de 15 mil a.C., quando nossos ancestrais começaram a fazer “oferendas” nos “túmulos” dos parentes mortos, ao mesmo tempo em que tentavam entender as forças da natureza.
Quando surgiram as primeiras civilizações, entre 4 mil e 3 mil a.C., a coisa já havia se perdido: surgiram as crenças politeístas, misturou-se política e religião, com as primeiras teocracias, e a camada sacerdotal se transformou em um grupo limitado de pessoas ricas e poderosas. Daí pra frente, veio o caos: inúmeras histórias se misturaram, lendas viraram realidade, algumas realidades foram esquecidas, outras foram manipuladas e perpetuaram-se as fantasias, os embustes, as maracutaias e joguetes, em nome de Deus, Jesus Cristo, inúmeros salvadores, profetas, loucos, sacanas … e assim foi.
Deu nisso que temos hoje: milhares de religiões, inúmeras interpretações, histórias que não se provam, promessas que não se confirmam, adorações, oferendas, medos, manipulações, farsas e muita grana, dinheiro, status, poder, dominação, conflitos, guerras …
Pobre sociedade humana: tão bela e tão feia; tão crente e tão duvidosa; tão segura e tão medrosa; emfim: tão sofredora e tão dependente.
Homo sapiens sapiens, o homem que sabe que sabe, mas não sabe porra nenhuma!
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Ainda continuo achando, como disse o Saramago, “Não sou pessimista, o mundo que é péssimo!” e, uma frase que copiei, nem sei de quem: “Eu ainda digo que se uma igreja tem um pára-raios no telhado é por falta de confiança.”
fevereiro 23rd, 2012 às 2:28 PM
Eu já havia ouvido falar desse processo, ocorrido numa época em que a tecnologia, no caso a fotografia, ainda engatinhava. Eu contesto a afirmação que está no livro “Processo dos Espíritas”, da sra. Leymarie, que diz “Não ficou claro no decorrer do processo, que não foi formado para alcançar a verdade, mas sim para reviver as técnicas tenebrosas dos interrogatórios inquisitoriais, certamente inspirado e alimentado pelas trevas. ” O Direito francês, naquela época, era o que havia de vanguarda na ciência civilista e processual, a partir do Código de Napoleão – qualquer estudante de Direito pode afirmar isso. Essa afirmação de que era “inquisitorial, obra das trevas” é marcadamente tendenciosa, já que foi a mulher de Leymarie que a disse. Com toda a certeza, o processo seguiu os trâmites normais, assim como foi, muitos anos depois, o famoso processo Humberto de Campos no Rio de Janeiro.
Isso também me reforça a convicção de que o espiritismo, ou melhor, o kardecismo, de certa maneira, acabou com a morte de Kardec. É significativo que Flammarion tenha, no seu discurso ao pé da cova de Kardec, dito que Kardec tinha deixado uma “obra um tanto pessoal” (o que Herculano Pires rejeita veementemente, na esteira daquele pensamento de que Kardec seria o “codificador”, o sujeito que sistematizou algo que vinha do plano espiritual). Mas Flammarion estava certo. Kardec não foi o “codificador”, mas foi o inventor do espiritismo. Ele não apenas sistematizou ou fez a codificação dos chamados ensinos dos espíritos, mas criou toda uma doutrina segundo o seu próprio critério, usando o seu próprio método, do jeito que ele entendeu, tomando as suas próprias decisões. É claro que saiu uma obra pessoal, e a maior prova disso é o “Evangelho segundo o espiritismo”, que as pessoas só souberam que estava escrito quando o livro foi publicado. Ele não disse a ninguém que estava escrevendo a obra, e fica claro, pela leitura do livro, que o título mais deveria ser “O Evangelho segundo Allan Kardec”, porque todas as considerações sobre as passagens dos evangelhos refletem as opiniões dele. Daí aquela “furada” de que ressurreição equivale a reencarnação. Basta ler o livro e analisar. Pois bem, Kardec era absolutamente centralizador e fazia tudo, assim não teve tempo nem disposição para fazer seus sucessores. Quando morreu, não deixou ninguém, seja pessoa, seja grupo de estudos, seja discípulos, que seguisse a sua linha de pensamento, assim o espiritismo depois de Kardec de certa forma já não é kardecismo. Não sou eu que estou dizendo isso, basta analisar as coisas. E isso que aconteceu com Leymarie é a prova disso, tanto que aconteceu o processo. E mais tarde, com a vinda de CX na história, deu no que deu, e que estamos cansados de saber.
fevereiro 23rd, 2012 às 6:36 PM
Toffo,
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Acho que em Obras Póstumas, na segunda parte, há comentários sobre o sucessor de Kardec assim como o retorno dele (reencarnação) para consolidar o trabalho começado. É nesse aspecto que alguns relacionam Chico Xavier a Kardec, e daí a confusão em torno desse assunto. Em Obras Póstumas, contudo, os espíritos dizem que o sucessor de Kardec seria um homem de energia e ação, o que evidentemente não combina com o perfil de CX.
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Ainda em Obras Póstumas está claro que Kardec percebeu que não havia ninguém para sucedê-lo, pelo menos alguém da confiança dele. Ele deixou, portanto, uma espécie de “constituição” organizando o movimento espírita para o futuro. Bem, o resultado disso tudo é que o espiritismo praticamente morreu na França, porém sobreviveu e floresceu no Brasil impulsionado pelo lado religioso. Provavelmente não era bem isso que ele (AK) queria, porém foi o que ocorreu! As diferenças culturais entre o Brasil e a França poderiam explicar uma coisa e outra, porém talvez não seja só isso…
fevereiro 23rd, 2012 às 6:49 PM
Se houve um espírito centralizador no meio espírita brasileiro, com as características do Alla Kardec, este espírito foi, e é, pois não morreu ainda, o Waldo Vieira. A neo-ciência criada por ele denominada “Conscienciologia” é levada pelo mesmo a mão de ferro. Logo, se tem algum espírito que se assemelha com as características centralizadoras do Kardec, este espírito é o WV.
fevereiro 24th, 2012 às 1:00 AM
Esta fixação que tu têns pelo OMO, branco total Waldo Viajeira, te leva a dizer uma maluquice dessas Juliano.
O Viajeira é um sujeito sem noção, não diz coisa com coisa, e faz muito tempo. Foi espírita na circunstância em que esteve próximo ao Chico Xavier, e depois renegou o espiritismo e se enfurnou lá no oeste do Paraná para inventar sua “ciência” que de ciência não têm nada.
Pessoas como você se deixaram levar pelas abobrinhas que ele fala e sustentam o seu ego destrambelhado, mas é o homem de branco descer ao túmulo e não restará nada desta ciência cheia de termos esdrúxulos que ele criou.
Idéias fracas morrem com seu dono ou no momento que o mesmo desiste de querer defendê-las, muito diferente da arguta inteligência de Kardec. É incrível alguém ver a mínima semelhança de personalidades, aliás, só muita fixação para retomar volta e meia o nome do Viajeira como espírita.
fevereiro 24th, 2012 às 1:38 PM
Scur, você não conhece o Waldo! Este tem uma personalidade centralizadora, um forte comando sobre a sua criação, uma quase que total predominância de publicações próprias no corpo da sua teoria, por óbvio, tal postura possui sim semelhanças com Kardec. E a estrutura física que ele montou em Foz é algo que merece, no mínimo, cumprimentos. Agora concordo contigo, o dia que WV morrer a criação dele vai junto! Mas aí há outra semelhança com Kardec, que na França quando morreu levou o espiritismo junto para o túmulo naquele país. Hoje na França os espíritas Kardecistas cabem numa Kombi! Pensando bem, a tese do Kardec ser o WV é bem interessante! E o CX se enquadra bem como a Madame Rivail! Tudo a ver e bastante lógico, claro, em havendo o processo de reencarnação! Scur, com o teu questionamento, você levantou uma hipótese muito interessante! Valeu mesmo! O Waldo foi Kardec e o Chico foi a Madame Rivail! Taí algo óbvio que estava na nossa frente e ninguém via! Valeu Scur!
fevereiro 24th, 2012 às 2:42 PM
Juliano,
Tu ficou muito tempo bebendo na fonte de alucinação do Viajeira, por isso imagina estas tolices.
Para Kardec ser Waldo ele teria que ter regredido uns 3 mil anos, mais ou menos, pois este W.Viajeira é um néscio que não sabe onde fica o Alegrete.
Nunca procuro ouvir ou ver ele falando, de tão incrível que é o seu raciocínio, incoerente com o que ele mesmo diz, um vazio misterioso que ele procura substituir com alegações fortes mas que são a mais absoluta retórica, um blábláblá desconexo que procura convencer pela intimidação psicológica do “eu sei mais que vocês, estou todo de branco, barba, cabelo, bigode, roupa, sapato, auditório, enfim, sou um sujeito limpinho que precisa ser magnânimo em distribuir meu supremo conhecimento com esta trupe de bajuladores inconscientes que me procuram e que eu preciso fazê-los discípulos”.
Cada vídeo que vejo uns e outros postarem aqui me causa mais espanto que alguém perca tempo e dinheiro para ir lá nesta cidade das fantasias que ele fundou.
Se pelo menos ele tivesse honrado a proposta de juntar ciência ao que ele faria já teria alguma útilidade estes devaneios todos, mas nada, nada de ciências, muito de blábláblá.
Segue a linha do Vitor Moura que alega fazer uso de ciência mas não devia nem partipar de aulas de química inorgânica no colégio, nunca pegou uma bureta na mão, nunca fez amostras, experimentos repetidos e documentados seus resultados. São bozos em se tratando de ciência.
fevereiro 24th, 2012 às 5:01 PM
Scur
Agora é só Roberto! rsrsrs Pois olha, acho a tese do Waldo ser o Kardec e o Chico ser a Madame Rivail de uma lógica e plausibilidade tremenda!! Os dados se encaixam, as personalidades são parecidas, o amor que existiu durante o transcorrer nas duas vidas é o mesmo! A viagem é a mesma!!! Incrível como alguém não tenha pensado nisto antes!!!! My god! I´m a genius!!! Thank you Mr. Scur. Now just Roberto rsrsrsrs
fevereiro 24th, 2012 às 5:07 PM
Eu também acho fantástica essa ideia de que o Waldo foi o Kardec e o Chico a Madame Kardec!
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O Divaldo devia ser o Buguet. 😀
fevereiro 24th, 2012 às 11:22 PM
Outro dia vi o WV fazendo o que ele chama de ‘Arco- Voltaíco’ em um bajulador. Não vou explicar o que é arco-voltaico pq todo mundo aqui sabe o que é, mas no caso o arco-voltaíco estaria saltando – invisível- de uma de suas mãos, atravessando a cabeça do bajulador e encontrando sua outra mão no outro lado.
O mais espantoso é que o bajulador jurava que havia sentido alguma coisa, de fato!
É de cagar mesmo…
fevereiro 23rd, 2012 às 7:37 PM
Pois é, mas AK não deixou sucessores porque não quis. Não deixou nenhum discípulo. Mas era do seu temperamento ser “independente” e fazer as coisas da sua cabeça, porquanto se sabe que havia dissensões entre eles. Mas Kardec sempre fazia valer a sua autoridade. Talvez por isso ninguém se habilitou a ser discípulo dele.
Quanto a florescer no Brasil, há motivos históricos para isso: o movimento abolicionista, os positivistas republicanos, a falta crônica de pensadores nativos e a pobreza filosófica do país e a natural tendência à credulidade e ao sincretismo da cultura brasileira. Tanto é que, se há alguma coisa que NÃO é universal, contrariando o pensamento de Kardec, é o espiritismo, que é uma religião brasileira.
fevereiro 23rd, 2012 às 10:31 PM
Não acredito que o problema do espiritismo na França tenha sido relacionado exclusivamente ao “centralismo” de Kardec. Quando ele faleceu haviam nomes com estutura intelectual suficiente para assumir o movimeto, como um Léon Denis, Camille Flammarion, ou mesmo Gabriel Delanne… Assumiu o Leymerie, sem dúvida sem as qualidades requeridas para tocar o barco com a prudência necessária. O processo dos espíritas é uma prova cabal disso.
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O que deveria estar acontecendo era um processo de descrédito com os fenômenos mediúnicos, e o “processo dos espíritas” teria sido a gota d’água. POr exemplo, Camille Flammarion que foi médium da sociedade parisiense e que possui mensagens publicadas em A Gênese, estava hesitante quanto a autenticidade dos fenômenos que ele próprio participara. Evidentemente que ele não seria a pessoa indicada para cuidar do espiritismo na França. O tema é complexo. Há uma tese de doutorado, transformada em livro, que retrata bem essa transição do espiritismo da França para o Brasil. O livro é “La table, le livre et les sprits” de Marion Aubrée e François Laplantine. Pena que sem tradução para o português.
fevereiro 24th, 2012 às 3:05 AM
Carlos,
“…Em Obras Póstumas, contudo, os espíritos dizem que o sucessor de Kardec seria um homem de energia e ação, o que evidentemente não combina com o perfil de CX”
Por que não? O Espiritismo deve a ele, a sua ascensão no Brasil, depois de haver naufragado na França.
A maioria da pessoas confunde a personalidade de Chico Xavier, por aparentar simplicidade e bondade extrema.
Por trás daquele sorriso meigo e sincero, havia uma personalidade firme e determinada que nenhum interesse menos digno conseguiu dobrar. Nada e ninguém conseguiu demovê-lo de seus compromissos e de seus princípios.
fevereiro 24th, 2012 às 1:02 PM
Olá Sônia,
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O sucessor de Kardec, segundo Obras Póstumas, seria alguém “com a determinação do comandante de um navio para seguir as regras traçadas pela ciência” (tradução livre). Não considero esse o perfil do CX. A descrição aproxima-se do perfil de Camille Flammarion, mas esse evidentemente não foi a sucessor de Kardec. Aliás, na minha opinião não houve um sucessor, pelo menos na França.
fevereiro 24th, 2012 às 5:17 AM
A Editora Abril tinha uma coleção chamada Mistérios do Desconhecido, na qual havia um volume chamado Evocação dos Espíritos.Nele haviam muitas supostas fotografias de espíritos do século XIX. Muitas delas eram truques, onde os rostos dos “espíritos” eram montados com rostos recortados a partir de revistas. O livro é interessante pois narra as investigações sobre vários médiuns (Eileen Garrett, Eusapia Palladino… até se menciona o Mirabelli, lá!) e os fenômenos de um ponto de vista neutro.
fevereiro 24th, 2012 às 12:30 PM
Desde o tempo de Kardec já existiam fraudes espíritas. Neste caso citado não poderia ser diferente! Já com o fotógrafo Buguet, pode ser que realmente algumas fotos sejam verdadeiras. Outra coisa, muito estranho a assistente de Buguet ter de assumir que escreveu aquilo.
Sabemos também, e não é comentado nesta matéria, o poder de persuasão dos magistrados da época. Temos que por em mente uma coisa, a igreja tinha muito interesse na desmoralização do espiritismo! Entretanto, sabemos que o conhecimento espírita não para por ai. Dezenas de anos depois ainda veio Charles Richet dar novos ares à Doutrina Espírita!
fevereiro 24th, 2012 às 1:19 PM
Em Obras Póstumas, contudo, os espíritos dizem que o sucessor de Kardec seria um homem de energia e ação, o que evidentemente não combina com o perfil de CX
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E não combina também com o perfil de Leymarie, que tinha um desusado espírito de tolerância. Ele em vez de manter a Revista Espírita EXCLUSIVAMENTE espírita, abriu espaço para que teósofos, rustenistas, ocultistas e outros istas expusessem lá suas ideias discordantes, tornando a revista um autêntico saco de gatos. Foi aí que a coisa começou a degringolar. E piorou ainda mais com essa do Leymarie dar trela ao Buguet.
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Buguet até pode ter sido um médium autêntico, mas que, SE TRABALHAVA EM TROCA DE PAGAMENTO, então Leymarie já pisou na bola em abrir espaço para ele na RE. Não deveria tê-lo feito, nem afiançá-lo. Quanto ao resto, o tal processo foi mais uma armação. Pelo que entendi, Buguet teria feito um acordo com o juiz, que inclusive foi de enorme parcialidade. Se as testemunhas se deixavam levar por onde ele queria, permitia que falassem. Se defendiam o réu, aí ele mandava que se calarem, ou seja, o advogado de Leymarie teve de lutar contra dois no tribunal.
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É gozada essa história de o réu “colaborar” com a justiça. Lembra-me o caso Rosemberg, onde a condenação, ao menos de Ethel Rosemberg, deu-se EXCLUSIVAMENTE por TESTEMUNHO. Nenhuma prova material foi apresentada contra ela. O marido, Julius, e os outros estavam sim implicados em espionagem, pois a CIA tinha quebrado o código da KGB e por isso sabia da atuação deles. E aí no caso do Leymarie? Estaria ele participando da fraude ou foi bobamente enganado? Por que Buguet desmentiu o que disse no julgamento?
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Interessante essa conclusão do juiz que todos haviam se alucinado. Ninguém tinha fotos dos parentes em vida para comparar com as fotos de Buguet? Diria que o advogado não soube preparar uma boa defesa (parece até a advogada do Lindemberg…) e questionar Buguet sobre a real participação de Leymarie na coisa, que ao tudo indica foi um babaca de acreditar que fotos desfocadas provavam alguma coisa…
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Realmente os espíritos se enganaram muito sobre a “firmeza” do sucessor de Kardec…
Uma pena
fevereiro 24th, 2012 às 2:20 PM
O que o artigo do blog não comenta é o final dessa história, mostrando que para a justiça francesa Amélie Boudet NÃO foi considerada uma fraudadora.
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Leymarie foi condenado a 1 ano de prisão “fechada” por incentivo a uma fraude confessa (Buguet admitiu que fraudava). Leymarie apelou da sentença. Nesse meio tempo mais de uma centena de pessoas foram ao juiz para confirmar a autenticidade das imagens de parente/amigos falecidos obtidas por Buguet. O juiz reconsiderou a decisão dizendo que Leymarie foi enganado em sua boa-fé. A mesma sentença vale, portanto, para Amélie Boudet.
fevereiro 24th, 2012 às 2:26 PM
Oi, Carlos
mas eu não disse que ela foi considerada fraudadora. Deixei bem claro que essa é a MINHA opinião (a defesa dela de que a letra era de Kardec é muito estranha). O que é dito é: ” Nele, Leymarie, o fotógrafo chamado Edouard Buguet, e um médium americano chamado Alfred Firman foram considerados culpados da fabricação e venda de fotografias fraudulentas de espíritos.” Não foi citada a Sra. Kardec.
fevereiro 24th, 2012 às 2:29 PM
Oi Vitor,
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Meu comentário foi baseado na pergunta da matéria: a viúva de Allan Kardec era uma fraudadora?”
fevereiro 24th, 2012 às 5:39 PM
Vitor,
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O livro “Laboratories of Faith” está disponível para download? Se sim, em português? Grato.
fevereiro 24th, 2012 às 6:00 PM
Sim, aqui: http://www.4shared.com/office/oFp0siq0/John_Monroe_-_Laboratories_of_.html?
fevereiro 24th, 2012 às 7:06 PM
Não acredito em reencarnação, mas essa história de WV ser Monsieur Kardec e CX Madame Kardec é muito boa! Gostei!
Vitor, por tudo o que foi exposto, minha opinião é de que Mme. Kardec não seria fraudadora, ao menos do ponto de vista legal. Há que se considerar também que ela era uma senhora de mais de 70 anos – e pela lei brasileira, seria inimputável. Não conheço a lei francesa, muito menos a lei da época dos fatos, mas certamente a legislação penal francesa de então estabeleceria um limite de idade para a inimputabilidade, e tenho quase certeza de que Amélie Kardec seria considerada inimputável.
Como alguém considerou aqui, nos meados do século 19 não havia ainda as legislações previdenciárias nem os institutos de previdência, que só viriam a surgir a partir do final do século, portanto depreende-se que Mme. Kardec, devidamente orientada por seu advogado, deve ter sido instada a defender o seu nessa questão. É claro que ela tinha interesse na causa, porque Kardec não lhe deixara pensão nem havia INSS na época, e Mme Kardec dependia da grana do espiritismo para os seus remédios. Assim, acredito que ela tenha sido instada a falar o que falou, por interesse próprio.
É importante refletir na realidade dos fatos. O kardecismo surgiu na onda do ‘spiritism’ que havia aparecido na América, ‘spiritism’ entendido como a reunião dos fenômenos paranormais causados por suposta influência de espíritos (spirit rappers). Da América a onda alcançou a Europa, aguçou a curiosidade de Kardec, então Denizard Rivail, um obscuro professor em Paris, que se entusiasmou pelos fenômenos e, à sua maneira, criou a doutrina que chamou de ‘spiritisme’, palavra tirada do inglês ‘spiritism’, e nela vislumbrou uma espécie de “terceira via” entre a ciência e a religião, acreditando que poderia fazer a síntese entre essas duas formas de conhecimento, aplicando os métodos positivistas que estavam então em voga. Na onda dos fenômenos paranormais que avassalavam a Europa nessa época, junto com as teorias exóticas reencarnacionistas vindas da Ásia e que pululavam nos círculos europeus, o espiritismo-kardecismo conheceu um razoável incremento enquanto Kardec era vivo. Mas após a morte de seu criador, por falta de sucessores, o espiritismo-kardecismo acabou morrendo também. Vieram novas doutrinas, como a teosofia, a metapsíquica, a antroposofia de Rudolf Steiner etc, e o espiritismo-kardecismo morreu na Europa. Uma semente dele, no entanto, brotou na Bahia, ainda em vida de Kardec, e o resto todo mundo já sabe. Portanto, essa história da “predestinação de Kardec”, da “terceira revelação”, da “universalidade do espiritismo”, tudo isso é conversa de espírita brasileiro. A realidade prova ser bem diferente.
fevereiro 24th, 2012 às 10:31 PM
Toffo desculpe-me te corrogir. Na legislação brasileira a inimputabilidade dar-se com a teoria biopsicológica, isto é: para que haja inimputabilidade é preciso causa e consequência , ou seja , além de doença mental ou desenvolvimento mental incompleto (<18anos) ou retardado, é preciso, portanto que o sujeito não tenha ao tempo da ação ou omissão condições de compreender o caráter ilícito do que fez e portar-se de acordo com tal entendimento(consequência) . É a regra adotada no Brasil.
fevereiro 25th, 2012 às 12:46 AM
Bom, vocês fizeram tanto banzé, alarde com a edição eletrônica da fotografia do Kennedy na outra postagem que não gostaria de citar para os ilustres ExToffo, Tonigui, e quem o valha, que vão lá ler o que eu escrevi depois de receber o livro do Ranieri que tive que comprar para checar as informações equivocadas e tendenciosas do sempre e mais vezes ainda mal-intencionado Vitor Moura, o Herculano Quintanilha da banda cética, um intruso em qualquer meio pois é católico-espírita-cético-ateu e que Deus o defenda desta salada de frutas toda.
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http://obraspsicografadas.haaan.com/2012/fraude-comprovada-no-livro-materializaes-luminosas-do-delegado-de-polcia-paulista-rafael-amrico-ranieri-e-presidente-do-centro-grupo-esprita-andr/#comment-15311
fevereiro 25th, 2012 às 12:49 AM
A propósito, vou ter que ler este livro para ver se este Ranieri bate bem, e depois vou dar mais um parecer sobre o livro e sobre as fotos que ele realmente colocou no seu livro, e não estes enxertos de uma segunda editora que reeditou o livro dele fazendo o agrado de adulterar o conteúdo por conta própria, até que se prove o contrário.
fevereiro 25th, 2012 às 12:52 AM
Oi, Scur
Informações equivocadas? Quais?
fevereiro 25th, 2012 às 12:53 AM
“A propósito, vou ter que ler este livro para ver se este Ranieri bate bem”
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E precisa ler o livro para saber isso? 😀
fevereiro 25th, 2012 às 2:07 AM
Vitor,
Quem quiser ver as informações equivocadas vai lá e lê.
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É claro que precisa ler para quem quer ser justo e falar entendendo o mínimo sobre o assunto sendo avaliado. Precipitados, imprecisos e tendenciosos não precisam verificar nada, dão palpites por sistema nada se importando se o fazem está certo ou não, e sendo assim a sua opinião não têm qualquer valor.
fevereiro 25th, 2012 às 4:22 PM
Toffo, mais uma ressalva tenho a fazer; na sua última mensagem, você disse: “Na onda dos fenômenos paranormais que avassalavam a Europa nessa época, junto com as teorias exóticas reencarnacionistas vindas da Ásia e que pululavam nos círculos europeus…”
Sabe-se Toffo que nas origens do povo europeu, como os druidas, os povos nórdicos eram reencarnacionistas, o cristianismo adaptado pela igreja católica romana é que aboliu todo o conhecimento da palingenesia.
A CABALA, um livro esotérico judeu, reencarnacionista, perseguido pelo Império Romano, e que ficou oculto por mais de 1.200 anos, chegou à europa aproximadamente no século XII. Portanto, a reencarnação não é uma teoria exótica vinda do oriente, ela já fazia parte de todos os povos, mas na europa,estava esquecida devido a grandes perseguições!
fevereiro 26th, 2012 às 2:20 AM
Acreditavam na volta dos espíritos a corpos físicos, mas não nos moldes que a doutrina espírita considera. De qualquer forma, a antiguidade da crença não justifica sua plausibilidade. Assim como outras crenças antigas, como a astrologia, a quiromancia etc.
fevereiro 26th, 2012 às 5:49 PM
ARDUIM DISSE: Realmente os espíritos se enganaram muito sobre a “firmeza” do sucessor de Kardec…
Uma pena……..
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O ÚNICO COMENTÁRIO LÚCIDO DESSE SENHOR EM TODOS OS POST QUE ELE FEZ ATÉ AGORA… UMA EVOLUÇÃO MESMO PARA A LUCIDEZ TOTAL????????
março 2nd, 2012 às 2:00 AM
Espero sinceramente que o criador deste site consiga algo de realmente bom pra fazer, quem sabe assim ele pare de querer detonar algo que não é detonável. Como dizia o Próprio Allan Kardec: Quanto mais tentam acabar com o espiritismo, mais ele cresce e se solidifica . Abraços a todos
março 2nd, 2012 às 2:04 AM
Emília,
vc sabe que o espiritismo kardecista acabou na França, não sabe?
março 2nd, 2012 às 10:16 AM
POBRE EMÍLIA DO SÍTIO DO PICA-PAU, ELA NÃO TEM NADA DE BOM PRA FAZER???? QUEM SABE ASSIM ELA NÃO DETONE O SITE QUE ALERTA AS PESSOAS PARA AS FALCATRUAS DE DETERMINADAS CRENÇAS?
março 2nd, 2012 às 2:23 PM
Carlos disse:
O sucessor de Kardec, segundo Obras Póstumas, seria alguém “com a determinação do comandante de um navio para seguir as regras traçadas pela ciência”
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Então quem seria esse sucessor? Deveria ter uma moral ilibada? Deveria ele tirar o Espiritismo do atoleiro místico e religioso e elevar o Espiritismo à condição de ciência?
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Pois acredito que essas condições foram satisfeitas por aquele que teve a “determinação do comandante de um navio” e que libertou o Espiritismo dos vínculos religiosos, místicos e dogmáticos e que institui não um novo Espiritismo, mas o Espiritismo Racional e Cientifico Cristão.
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Procurem pois estudar para saber quem foi Luiz de Mattos.
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Porque ele como jornalista, desmistificou o espiritismo de fancaria, ou a magia negra disfarçada de espiritismo. Muito do que este blog aqui procura tratar, Luiz de Mattos já o fizera a nível nacional e que os estudiosos sérios poderão constatar na obra: Cartas Oportunas sobre Espiritismo, disponível gratuitamente para download (http://racionalismocristao.org/bu/cartas-oportunas.pdf) ou que pode ser comprado em papel a partir de R$3,00 (http://www.estantevirtual.com.br/q/cartas-oportunas-sobre-espiritismo ).
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Os estudiosos sérios encontrarão em Luiz de Mattos o valente, que em suas notas publicadas no Jornal A Razão (jornal este que já foi um dos três de maior circulação no país e pelo que sei foi o primeiro jornal do Brasil a oferecer o direito de respostas, o que hoje é lei), combateu a igreja católica e dai surgiu o livro: Cartas ao Cardeal Arcoverde. Combateu o protestantismo, surgindo o livro Cartas ao Chefe do Protestantismo no Brasil e que também combateu a ciência médica materialista, dela surgindo o livro Cientistas sem Ciência e que hoje pode ser encontrado sob novo formato: Pela Verdade – A ação do espirito sobre a matéria (http://racionalismocristao.org/bu/pela-verdade.pdf).
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Para aqueles que quiserem se aprofundar nos combates de Luiz de Mattos, existe uma boa dissertação da estudante Jacqueline de Souza Amaro – Os Combates de Luiz de Mattos (1912 – 1924): o Espiritismo Kardecista e o tratamento médico da doença mental. Dissertação (Mestrado em História das Ciências e da Saúde) http://www.fiocruz.br/ppghcs/media/dissertacao_jacquelinesouzamaro.pdf
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Quero dar os parabéns aos verdadeiros investigadores da Verdade. Nós como espíritos encarnados, estamos sempre em busca da Verdade. Faz parte da nossa natureza espiritual. E aqueles que realmente estudam sem ideias preconcebidas acabará por encontrar a mesma Verdade explanada pelo Espiritismo Racional e Científico Cristão (Racionalismo Cristão).
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Por ventura, para alguns que normalmente gostam de se atentar às diferenças e que queiram saber, qual a diferença entre a doutrina Racionalista Cristã e a doutrina Kardecista, transcrevo algumas respostas dadas já em vários livros do Racionalismo Cristão:
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1) o Kardecismo é uma doutrina religiosa evangélica; o Racionalismo Cristão não é
uma religião e não dedica aos evangelhos maior atenção;
2) o Kardecismo pratica o espiritismo e considera suas manifestações como uma
graça divina; para o racionalista cristão, os fenômenos psíquicos, de toda ordem, são
conseqüências de Leis Universais, são efeitos de causas bem definidas;
3) a palavra ‘caridade’ não existe no dicionário do racionalista cristão; existe, isso
sim, a noção precisa e clara do dever a cumprir (eis um conceito sempre presente para o
racionalista cristão: cumprir o seu dever, e um deles é desenvolver o sentimento de
solidariedade);
4) no Racionalismo Cristão não existem ‘guias espirituais’; aprende-se a ser
independente, usando-se a razão e as leis que regem os pensamentos para orientar o
comportamento das criaturas humanas, evitar os sofrimentos e conquistar a felicidade
relativa que se pode conseguir nesse planeta.
março 6th, 2012 às 6:33 PM
Mas é claro que o Kardec deixou um sucessor!
Osvaldo Polidoro – Allan Kardec reencarnado !
http://divinismo.org/
março 31st, 2012 às 9:39 PM
Sabia, seu C Chiquismo, que os divinistas foram procurar o Chico, questionando-o sobre quem seria Allan Kardec reencarnado: ele ou Polidoro. E Chico usou da boa esperteza do “tirem esse bicho de cima de mim”:
_ O Alto manda ficar com Polidoro.
Boa, Chico!
março 31st, 2012 às 9:52 PM
Bem, seu Marden, está um pouco perdido em algumas coisas.
“1) o Kardecismo é uma doutrina religiosa evangélica; o Racionalismo Cristão não é uma religião e não dedica aos evangelhos maior atenção;”
– O “Kardecismo” (que a rigor não existe, pois Kardec não fundou doutrina alguma em seu próprio nome) também NÃO É religião. O que Kardec fez foi codificar uma doutrina filosófica DE CONSEQUÊNCIAS MORAIS, o que é bem diferente de uma religião. Quem quis fazer do Espiritismo uma religião foi a Federação Espírita Brasileira, mas aí já não é Kardecismo e sim Rustenismo. E se o Racionalismo Cristão não é religião, então que retire o termo “cristão” daí, pois Cristianismo é sim uma religião e cristão é que crê nas elucubrações teológicas do Cristianismo. Dizer que o Racionalismo Cristão não é religião é, no mínimo, incoerente. Mude o nome aí.
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“2) o Kardecismo pratica o espiritismo e considera suas manifestações como uma graça divina; para o racionalista cristão, os fenômenos psíquicos, de toda ordem, são conseqüências de Leis Universais, são efeitos de causas bem definidas;”
– Parece que o Luiz de Mattos andou raciocinando besteira… Desde quando as manifestações mediúnicas são graça divina no Espiritismo? Elas são vistas como fenômenos naturais. Simples assim. E por falar em “causas bem definidas”, favor demonstrá-las aí, pois uma das desvantagens que temos contra o pessoal cético é não podermos demonstrar o mecanismo da atuação dos espíritos e portanto provar a existência dos mesmos através de meios de detecção.
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“3) a palavra ‘caridade’ não existe no dicionário do racionalista cristão; existe, isso sim, a noção precisa e clara do dever a cumprir (eis um conceito sempre presente para o racionalista cristão: cumprir o seu dever, e um deles é desenvolver o sentimento de
solidariedade);”
– Caridade, meu caro, NÃO É filantropia e sim indulgência para com o próximo. Que pena que no Racionalismo Cristão ela não existe, portanto…
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“4) no Racionalismo Cristão não existem ‘guias espirituais’; aprende-se a ser independente, usando-se a razão e as leis que regem os pensamentos para orientar o comportamento das criaturas humanas, evitar os sofrimentos e conquistar a felicidade relativa que se pode conseguir nesse planeta.”
– Ué? No Espiritismo também não deveriam existir “guias espirituais”, mas se há médiuns que gostam de ser dependentes de certos espíritos e a não dizer ou escrever nada sem o aval dos tais guias… Isso é falha dos médiuns e não do Espiritismo.
maio 7th, 2015 às 11:19 AM
Queridos irmãos,
Poupem o vosso valioso tempo com as lições cristãs primordiais do espiritismo: o amor e a caridade. Quem se julga superior a Chico que dedicou toda a sua vida a psicografia e doação ao próximo que faça mais que ele para falar uma vírgula. Sempre haverão contraditores, o proprio Kardec foi alertado pelo espírito de verdade. Por isto, amai e instrui vos. Se querem continuar a criticar e crendo que com a morte tudo acaba, sinto muito. Mas não acredito nisso. E a doutrina espírita só veio a somar nesta questão.