COMO MARTIN GARDNER ENGANOU OS CÉTICOS – UMA LIÇÃO AO CONFIAR EM UM MÁGICO (2010)
O ‘movimento’ cético moderno cresceu e prosperou nos últimos anos até o ponto em que o público geralmente vê os autoproclamados ‘céticos’ como árbitros da verdade e defensores do pensamento racional. Mas até que ponto podemos confiar no que eles dizem como sendo a verdade objetiva? Os autoproclamados céticos estão defendendo o pensamento crítico, ou estão simplesmente defendendo uma visão de mundo particular? O falecido Marcello Truzzi concluiu ser o último caso: apesar de ser o presidente co-fundador do influente grupo de céticos CSICOP (Comitê para a Investigação Científica de Alegações de Paranormalidade), Truzzi logo se desiludiu com a organização, afirmando que seus membros “tendem a impedir o inquérito honesto, na minha opinião… A maioria deles não é agnóstica em relação às alegações paranormais; eles estão buscando derrubá-las”. Truzzi afirmou que ao usarem o título de ‘cético’, charlatões tendenciosos alegaram uma autoridade à qual não tinham direito, opinando que “os críticos que assumem uma posição negativa ao invés de agnóstica, mas ainda se chamam de ‘céticos’ são na verdade pseudo-céticos e têm, acredito, ganho uma falsa vantagem usurpando esse título.”[1] Será que nós deveríamos ser mais céticos em relação aos céticos?
Por Greg Taylor
Se há um cético que está acima de todos os outros em termos de ser considerado como uma voz autorizada, este certamente é o caso de Martin Gardner. Durante sua vida, Gardner – que faleceu aos 95 anos em maio de 2010 – publicou mais de setenta livros sobre temas tão diversos como matemática, ciências, filosofia, literatura e ceticismo. Por um quarto de século, ele também foi o autor da coluna “Jogos Matemáticos” na revista Scientific American e, como conseqüência, ele influenciou muitos dos melhores acadêmicos dos dias modernos nas ciências duras. Sua opinião, portanto, é muito respeitada entre os intelectuais. A cada dois anos é realizado um encontro chamado ‘Gathering for Gardner’ para comemorar suas contribuições ao longo da vida (à matemática em particular), que contou com a participação de personalidades como Stephen Wolfram e John Conway. Douglas Hofstadter descreveu Gardner como “um dos grandes intelectos produzidos no país neste século”, e Arthur C. Clarke, uma vez o chamou de “tesouro nacional”.
Gardner também foi uma das principais vozes no movimento cético; George Hansen descreve-o como “o crítico do paranormal mais poderoso na segunda metade do século XX”. Gardner escrevia livros ‘céticos’ muito antes do movimento moderno ter “começado” a sério com a criação do CSICOP (agora conhecido como CSI) na década de 1970 – a sua desconstrução seminal da pseudociência, In the Name of Science (mais tarde renomeada Fads and Fallacies in the Name of Science), tinha sido publicada duas décadas antes, em
No entanto, o fato de Gardner ser estimado entre os acadêmicos permitiu que seus escritos céticos fossem amplamente aceitos como a palavra final sobre temas controversos. Nas palavras de Stephen Jay Gould: “Por mais de meio século, Martin Gardner foi o único farol brilhante defendendo a racionalidade e a boa ciência contra o misticismo e o anti-intelectualismo que nos rodeia.”
Martin Gardner
(Konrad Jacobs,
Como um exemplo da influência de Gardner no discurso sobre temas paranormais, considere a referência a um de seus artigos na revisão do The New York Times do livro de Deborah Blum Ghost Hunters: William James and the Search for Scientific Proof of Life After Death. O livro de Blum conta a história (parcial) da Sociedade de Pesquisas Psíquicas (SPR) – um grupo de acadêmicos, incluindo tipos como William James, Sir William Crookes e Sir Oliver Lodge, que se reuniram no final do século XIX para tentar resolver a questão da vida após a morte – e a sua investigação da Sra. Leonora Piper, uma das médiuns mais bem sucedidas dos tempos modernos. A revisão de Anthony Gottlieb do New York Times sugere que Blum poderia ter tido uma visão diferente da mediunidade da Sra. Piper se ela tivesse lido a crítica de Martin Gardner da investigação da SPR antes de escrever Ghost Hunters:
O livro é cheio de narrativas contando histórias de fantasmas e relatos de sessões. Blum afirma que ambos são “extraídos de” documentos, muitas vezes dos arquivos da sociedade, embora a narração deles seja sua. Mas estas narrativas obscurecem os métodos que os médiuns como a Sra. Piper usavam – métodos que foram explicados por céticos como Martin Gardner, que em 1992 publicou uma longa exposição chamada “How Mrs. Piper Bamboozled William James”. Por exemplo, as narrativas de fantasma de Blum não mostram, como Gardner fez, como a Sra. Piper pescava informações, aferindo as reações dos seus assistentes para todas as suas respostas erradas, ou extraía a informação disponível de sessões anteriores, de sessões com os outros e de coisas ditas enquanto os seus assistentes acreditavam que ela estava inconsciente, em transe.[3]
Neste momento particular, todas as narrativas de Blum, extraídas de documentos escritos pelos pesquisadores originais, são pintadas com uma larga pincelada, invocando o nome de Gardner. Seu artigo, ao que parece, revela as técnicas de fraude utilizadas pela Sra. Piper – uma mistura de pesca (também conhecida como leitura fria) e aquisição desonesta de informações –, que ao longo de um século enganou os pesquisadores e os escritores que não tinham a capacidade de pensamento crítico e os conhecimentos de magia de Martin Gardner. Esta é uma afirmação ousada – os relatórios originais da SPR sobre o caso Piper receberam contribuições de algumas das melhores mentes da época, e chegam a milhares de páginas em sua extensão total. Em suma, a investigação da mediunidade da Sra. Piper é uma das mais completas e bem documentadas na história da pesquisa psíquica. Estaria a autoridade de Gardner, neste caso, sendo superestimada?
O TRUQUE DA CANETA
Leonora Piper é considerada por muitos como a principal ‘médium de transe’ na história da pesquisa psíquica. Ela foi investigada pela SPR durante um período de mais de 40 anos, começando em meados da década de 1880, e convenceu quase todos os pesquisadores de que ela tinha acesso a informações que não estavam disponíveis por meios ‘normais’. Durante as sessões a Sra. Piper caía em transe, e seu corpo seria “possuído” por uma outra consciência conhecida como um controle (que muitas vezes dizia ser o espírito de uma pessoa falecida). Este controle às vezes se comunicava diretamente com o assistente, e em outras vezes mediava a comunicação de outros espíritos que desejavam falar com o assistente. Durante os primeiros oito anos de investigação da SPR seu controle principal foi ‘Phinuit’, um médico francês falecido (embora a SPR nunca tenha encontrado qualquer vestígio histórico de sua identidade), que falava com os assistentes usando a voz da Sra. Piper. Depois de Phinuit veio ‘GP’, um escritor chamado George Pellew que era conhecido da SPR, enquanto vivo, e que morreu em um acidente em 1892. Durante o seu ‘mandato’, a comunicação continuou pela voz da Sra. Piper, mas também por meio da escrita. Nos anos posteriores, uma série de ‘espíritos avançados’ conhecidos como o Grupo Imperator assumiu o controle da ‘máquina’ (o nome deles para a Sra. Piper), com quase toda a comunicação sendo através da escrita. O longo período da investigação de Piper resultou em alguns dos investigadores originais ‘retornando’ como espíritos se comunicando do ‘outro lado’.
O artigo de Martin Gardner sobre a Sra. Piper apareceu pela primeira vez no livro de 1996 The Encyclopedia of the Paranormal, e em 2003 foi incluído em uma antologia de seus escritos intitulada Are Universes Thicker Than Blackberries? No entanto, foi baseado em um longo artigo publicado na Free Inquiry, em 1992 (nomeado de forma mais simples de “Communicating with the dead: William James and Mrs. Piper”), que mais tarde foi incluído em outra antologia de seus escritos, The Night is Large. Gardner prefacia este artigo anterior com uma afirmação de sua admiração “ilimitada” por William James, seguido por aquilo que ele pensava ser a razão para a “ingenuidade com relação aos fenômenos psíquicos” de James:
Tivesse James sido mais bem informado sobre as técnicas de fraude, praticadas por mágicos e médiuns, ele não teria ficado tão impressionado com a persona cuidadosamente planejada da Sra. Piper. Além disso, James tinha apenas uma fraca compreensão de como realizar testes controlados de médiuns.[4]
Esta crítica – de que os resultados positivos da Sra. Piper teriam sido menos impressionantes com algum conhecimento de “técnicas de fraude” – é o primeiro sinal de alerta de que Gardner pode estar dando as cartas do fundo do baralho, quando se trata de apresentar os fatos deste caso específico. Além de encobrir o fato de que William James era inteligente para expor outros médiuns fraudulentos antes de Piper, há uma omissão muito mais importante. Martin Gardner se concentra quase exclusivamente
Richard Hodgson
Será que Gardner omitiu este ponto importante deliberadamente? Ou será que lhe faltava tamanho conhecimento do material original que ele sequer sabia quem foi o principal investigador no caso Piper? A última conclusão pode ser sustentada por um outro aspecto ímpar do artigo de Gardner: ele erra as datas. Ele diz que Richard Hodgson morreu em 1909, quando, na verdade, ele faleceu em 1905. Da mesma forma, Gardner afirma que o escritor George Pellew morreu em 1881, quando o correto seria 1892. É provável que esses erros não fossem culpa do autor… muitos editores ou datilógrafos cometiam erros quando um manuscrito passava pelas suas mãos no caminho para a publicação.[6]
No entanto, é mais difícil perdoar outros erros que somente podem ser atribuídos ao autor. Por exemplo, Gardner afirma que “quando [o suposto espírito de] Pellew começou a aparecer através da Sra. Piper, Hodgson era tão cético que ele contratou detetives para perseguir a Sra. Piper e o seu marido por várias semanas para se certificar de que não estavam procurando por informações sobre o seu amigo.” Na realidade, Hodgson contratou detetives quase imediatamente depois que ele assumiu o caso Piper, por volta de 1887-1888, quando Pellew ainda não havia morrido e começado a “aparecer” até 1892. Qualquer um que tenha lido os relatórios originais do caso Piper sabe que Gardner está errado neste ponto – Fred Myers menciona que Hodgson já usava detetives em sua introdução de 1890 do “relatório britânico” sobre a mediunidade de Mrs. Piper nos Proceedings of the SPR.[7]
Além disso, Gardner afirma “fatos” que não são apenas discutíveis, mas exatamente o oposto do que pode ser encontrado nas fontes primárias. Sobre os transes da Sra. Piper ele diz que eles “nunca ocorriam de forma espontânea”, apesar de Fred Myers afirmar em seu relatório que “o transe ocasionalmente aparecia quando não era desejado”.[8] Além disso, diz Gardner, “nunca começavam quando ela estava sozinha ou dormindo”. Mais uma vez, na mesma página da mesma fonte primária: “A Sra. Piper acreditava que o acesso tinha várias vezes emergido durante o sono.”[9] Além disso, de acordo com Gardner, “sempre que um assistente pagava por uma sessão, ela não tinha a menor dificuldade para entrar
Há outras razões para pensar que Gardner pode não ter consultado a pesquisa original. Por exemplo, ele afirma que os registros das sessões da Sra. Piper “mostram claramente que seus controles faziam uma enorme quantidade do que era chamado de ‘pesca’ e que hoje é chamado de ‘leitura fria’ [uma técnica através da qual o ‘médium’ começa com palpites instruídos e, em seguida, limita-se somente às respostas positivas do consultante]”. Mais tarde, ele ousadamente diz que “uma leitura fria astuta pode explicar a maioria dos acertos da Sra. Piper.” É importante observar que Gardner não está oferecendo uma nova visão ou explicação para o sucesso da Sra. Piper aqui, independente do que os comentaristas do New York Times acreditam – na verdade, ele está discordando diretamente da opinião dos investigadores originais, que se referiram à possibilidade de pesca/leitura fria várias vezes e a abandonaram como uma explicação possível. Por exemplo, James Hyslop disse que ele “sobrepôs a pesca, a adivinhação, a inferência astuta e a sugestão e as considerou insuficientes”.[12]
O Professor William Newbold notou que ambos, ele e Richard Hodgson, “tinham visto muitos dos médiuns profissionais, e estão completamente familiarizados com os métodos de ‘pesca’ em que eles geralmente se baseiam. Por isso nós sempre tivemos em mente essa possibilidade, e seria impossível que uma grande quantidade de informações detalhadas fosse assim extraída de nós sem o nosso conhecimento.”[13]
Contra as pretensões de Martin Gardner, Frank Podmore – talvez o mais cínico de todos os investigadores da SPR – observou que a hipótese de leitura fria é “claramente inadequada para explicar sequer uma pequena fração dos últimos registros”.[14]
Podmore observou que, inicialmente, os pesquisadores desconfiavam que a Sra. Piper estivesse usando a leitura fria porque…
…tanto os nomes de batismo quanto os sobrenomes surgem frequentemente de forma fragmentada, e obviamente, com muito esforço. Esta tentativa de revelar importantes informações foi naturalmente vista nas sessões anteriores como uma circunstância suspeita, apontando para “pescaria”… Mas pelo que se viu como base para esta circunstância, trata-se de uma reputação que não procede. Pois esta mesma tentativa e emergência fragmentada dos nomes próprios aparece nas sessões relatadas com mais detalhes, onde é razoavelmente certo que nenhuma sugestão foi dada, e até mesmo em sessões onde a comunicação é feita inteiramente por escrito.[15]
Gardner também deixa de notar que uma série de ‘acertos’ bem sucedidos da Sra. Piper consistia em detalhes que não eram conhecidos pelos assistentes – ou seja, quando a pessoa em quem a Sra. Piper estava supostamente fazendo ‘leitura fria’ não sabia nada sobre os detalhes a serem ‘pescados’.
Esses pontos são de importância crucial ao se avaliar o artigo de Gardner, porque – como o título sugere – Gardner está supostamente mostrando “como a Sra. Piper enganou William James”. Ele escreve que “James estava ciente de como os controles da Sra. Piper descaradamente pescavam dados, contudo ele não pôde evitar pensar que suas mensagens eram ‘acrescidas de alguns núcleos verdadeiros em sua origem’.” Não há realmente uma razão muito boa de por que James buscou mais do que a hipótese de ‘pesca’ como explicação – os investigadores originais a consideraram e depois descartaram. O leitor desavisado diria que Gardner tinha visto algo que passou despercebido pelo ingênuo William James, quando a realidade da situação é exatamente a oposta.
Sendo um mágico experiente, Gardner sabe que existem outras técnicas possíveis para realizar ‘habilidades psíquicas’, e assim ele não fica apenas com a alegação de pesca (mesmo atribuindo “a maioria dos acertos da Sra. Piper” a ela). Por exemplo, ele também ressalta que “a Sra. Piper costumava segurar a mão de um cliente durante uma sessão”, o que poderia ser uma sugestão de leitura muscular. Este é certamente um ponto que vale a pena levar em consideração ao se investigar as alegações de mediunidade, pois é mais um truque mágico para ‘ler a mente’ e que começou a ganhar destaque durante a década de 1870,[16] pouco mais de uma década antes de os testes com a Sra. Piper começarem. A leitura muscular tira proveito do efeito ideomotor, onde várias ligeiras reações involuntárias a perguntas podem ser verificadas através do contato físico, muitas vezes segurando a mão de uma pessoa. Ironicamente, William James foi um dos primeiros a chamar grande atenção para o efeito ideomotor, em seu livro fundamental Principles of Psychology – um ponto que Martin Gardner não menciona em seu artigo. Mais preocupante, entretanto, é que outra vez Gardner parece estar ignorando o material de origem. Por exemplo, no relatório britânico sobre a Sra. Piper, Sir Oliver Lodge escreveu:
Conheço leitura muscular e outros métodos simulados de ‘transferência de pensamento’, e prefiro evitar contato sempre que é possível para livrar-me disso sem muito esforço. Embora a Sra. Piper sempre segurasse a mão de alguém enquanto se preparava para entrar no transe, ela nem sempre continuou a segurar ao falar como Phinuit.[17]
É importante observar também que na maior parte de sua carreira, os ‘comunicadores’ da Sra. Piper usaram sua(s) mão(s) para escrever, ao invés de usarem a voz, limitando severamente qualquer chance de leitura da mente por contato. É difícil ver como Gardner traduz as notas de Lodge sobre evitar o contato, e as circunstâncias relatadas do transe da Sra. Piper, quando diz “costumava segurar a mão de um cliente durante uma sessão” [grifos meus]. Da mesma forma, em outra parte em seu artigo ele afirma que os olhos da Sra. Piper “estavam muitas vezes apenas semifechados, permitindo-lhe observar as reações”. Gardner parece ignorar o fato de que na maioria de suas sessões, Piper tinha a cabeça enterrada no travesseiro, com os olhos “não apenas fechados, mas afastados do consultante.”[18]
Não contente com a pesca, a leitura muscular, e dicas visuais (embora todas tenham sido descartadas pelos pesquisadores originais), Gardner acredita que…
…ela tinha outros truques em sua manga. Ela sempre via amigos e parentes de clientes. Uma grande quantidade de informações pessoais pode surgir no desenrolar da conversa de uma sessão, sendo devolvida para os assistentes nas sessões posteriores… Obter fatos sobre pessoas famosas não é difícil. Obituários podem ser verificados. Cartórios contêm registros de nascimento e casamento, vendas de imóveis, e assim por diante. Livros de referência contêm abundantes dados biográficos que os assistentes por vezes juram que um médium não poderia saber.
Mesmo desconsiderando o fato de que a Sra. Piper e seu marido foram seguidos por detetives para verificar se eles estavam de alguma forma pesquisando os “clientes” (como foi observado pelo próprio Gardner), há boas razões para duvidar desta afirmação com base nas fontes originais. Como Frank Podmore assinalou, Richard Hodgson instituiu controles rigorosos para diminuir a chance de que a Sra. Piper pudesse “levantar” informações sobre os assistentes, antes de uma sessão espírita. Por exemplo, ela…
…nem sequer sabe seus nomes… As sessões eram marcadas por vezes com uma quinzena, em alguns casos com apenas dois ou três dias de antecedência, as datas sendo alteradas às vezes… em um ou outro desses casos as precauções tomadas podem ter sido insuficientes… Mas seria muito difícil supor que essa lacuna fosse sempre deixada aberta, que o terrível acaso favoreceu a Sra. Piper durante nove anos tão pontualmente que as sessões que foram registradas como falhas mal chegam a 10 por cento… E ao menos vale a pena mencionar que a série de sessões onde teria sido menos difícil antecipar os nomes dos prováveis assistentes e prever a sua chegada – a do famoso Professor de Harvard, que veio quando a Sra. Piper estava sob orientação do Professor James – foi uma das menos bem-sucedidas aqui registradas.[19]
Se, assim como Gardner, nós (arrogantemente) ignoramos a certeza dos pesquisadores originais de que a Sra. Piper era mantida no escuro sobre a identidade dos assistentes – como então ela coletava informações sobre eles uma vez que ela sabia quem eles eram? Gardner tem uma sugestão: “Médiuns em uma cidade conhecem uns aos outros. Aqueles que freqüentam um médium costumam visitar outros. Na época havia um grande número de médiuns em Boston formando uma rede de patifes que passavam informações livremente uns para os outros.” Mais uma vez Frank Podmore utilizou-se um século antes da ‘revelação’ de Gardner, como foi observado no Journal of the SPR em 1898.
A regra era apresentar os assistentes usando nomes fictícios. Tínhamos que supor, então, que em primeiro lugar a Sra. Piper era capaz de determinar de antemão quem vinha, e a data exata de suas sessões. Que a Sra. Piper fosse capaz de estudar todos os assistentes algum tempo antes era praticamente impossível. Sem dúvida, era permitido supor uma camaradagem entre os médiuns profissionais, e que qualquer informação obtida através de uma fraternidade estaria à disposição de todos. Mas uma parte considerável dos assistentes da Sra. Piper nem sequer estavam numerados entre os 500 Membros e Associados singulares da ABSPR, e muitos poucos tinham sequer estado com um médium profissional antes.[20] [grifo meu]
Gardner também não menciona que, como parte de seus testes, em
Seus assistentes (quase sempre apresentados sob nomes falsos) pertenciam a vários grupos sociais bastante diferentes, e eram freqüentemente desconhecidos uns dos outros. Sua correspondência era de minha responsabilidade, e eu acredito que quase toda carta que ela recebeu foi mostrada, a um ou a outro de nós. Quando em Londres, ela permaneceu em alojamentos que nós selecionamos… Fizemos grande esforço para evitar fornecer informações em conversas; e uma segurança maior reside no fato de que éramos ignorantes de muitos dos fatos dados, como as nossas relações de amigos, etc..[21]
Como o leitor pode observar agora, quanto mais alguém fica familiarizado com as fontes originais, menos impressionantes a reputação acadêmica e os conhecimentos de Martin Gardner sobre este tema específico parecem. Quando ele diz que “os livros sobre a Sra. Piper escritos por crentes raramente mencionam as falhas de suas informações”, ele certamente não está falando sobre os documentos da pesquisa original. Tomemos por exemplo o relatório de William Newbold, no qual ele tem o cuidado de destacar que “eu tenho o cuidado especial de pôr em destaque todas as falhas distintas e quaisquer outros fatos que tendam a desvirtuar o caráter surpreendente de muitas das suas declarações.” Pode-se observar que o próprio Gardner assiduamente evita mencionar qualquer uma das ‘informações de sucesso’ de Piper no seu próprio artigo…
Estudos no Ceticismo
Se há uma fonte que Gardner de fato consultou, foi o livro Studies in Spiritism de 1910, escrito pela Professora Amy Tanner e o Dr. Stanley Hall. Hall e Tanner tiveram seis sessões pouco impressionantes com a Sra. Piper, e dedicaram a maior parte de seu livro ao ataque às investigações da SPR sobre sua mediunidade. A confiança de Gardner nesta fonte é bastante óbvia já que não apenas ele cita Studies in Spiritism como referência em diversas ocasiões como várias de suas críticas são retiradas diretamente das páginas do livro – apesar de os pesquisadores da SPR terem-nas desmantelado metodicamente cerca de 90 anos antes em suas revisões do trabalho de desmistificação de Hall e Tanner. Por exemplo, Gardner cita extensivamente Studies in Spiritism ao afirmar que um monte de informações pessoais foi dado diretamente a Sra. Piper através de conversa fiada durante a sessão:
Os assistentes eram pedidos para segurar a mão [da Sra. Piper], sua palma perto de suas bocas, e falar com uma voz como se estivessem em uma ligação telefônica de longa distância.[22] De vez em quando a mão explorava o rosto ou o corpo do assistente. Será que a mão exigia que se gritasse porque a Sra. Piper estava ficando surda? Pelo contrário, a sua audição era extremamente aguda. Como relata Hall, ela reagia a tudo que era audível – “o ruído na rua, o farfalhar de roupas, a posição do assistente, e cada ruído ou movimento.”
Ao insistir que os assistentes se reportassem à mão em voz alta, uma forte impressão era criada de que a Sra. Piper estava “tão fora da jogada como se ela estivesse morta.” Se a mão não podia ouvir as vozes em tom baixo, certamente a Sra. Piper não podia ouvir a conversa dos assistentes. Convencidos de que a sonolenta Sra. Piper não conseguia ouvir nada, os assistentes se sentiam livres para falar um com o outro. Mais tarde, eles nem sequer se lembravam do que tinham dito. Quando as informações de tais conversas sussurradas eram reveladas em sessões posteriores, ou mesmo na mesma sessão, eles ficavam maravilhados.
Eleanor Sidgwick abordou diretamente esta crítica em sua revisão de Studies in Spiritism, observando que esta suposta “falha” no método da SPR parece ter sido um pressuposto imediato de Tanner Hall e com base apenas em suas próprias falhas, ao sentarem-se com a Sra. Piper. Na verdade, a Sra. Sidgwick estava incrédula sobre Hall e Tanner…
…acreditarem que os registros são tão incompletos que mesmo observações importantes pelo assistente são omitidas? Certamente, nas sessões em que eu estive presente, fosse como condutora ou como assistente, esse não era o caso. Nunca pensei, nem acho que os outros assistentes ingleses tenham pensado, que qualquer comentário ou som feito na sala fosse inaudível para a personalidade do transe, e surpreendeu-me que o Sr. Hall e a Srta. Tanner alguma vez tivessem agido como se esse fosse o caso.[23]
James Hyslop ecoou a perplexidade da Sra. Sidgwick na alegação de conversas na sessão como a fonte das informações ‘supranormais’ obtidas pela Sra. Piper: “Se eles supõem que o Dr. Hodgson ou eu ficávamos sussurrando sobre as experiências e tagarelando sobre elas como esses autores confessam fazer, eles não estão apenas trabalhando sob uma ilusão, mas poderiam ter obtido informações contrárias se tivessem lido os relatórios cuidadosamente. Tomamos o máximo de cuidado para não falar sobre qualquer coisa relacionada às experiências da Sra. Piper dentro ou fora da sala da sessão… cada palavra ou sussurro feitos durante o transe foi devidamente registrado.”[24]
Embora os investigadores da SPR mantivessem registros taquigráficos das sessões sempre que possível, Hall e Tanner incorretamente observaram que “nunca em nossas próprias ou em outras sessões de Piper qualquer registro completo foi feito do que os seus interlocutores disseram. Foram registradas ainda menos exclamações involuntárias, inflexões, ênfases, etc., e mesmo a forma completa e exata das questões é raramente, se alguma vez, mantida”. Hall observa na passagem acima que o registro completo de suas próprias sessões não foi feito, e ainda assim Gardner alega em seu artigo que as seis sessões de Hall e Tanner foram “gravadas na íntegra”. Isto é incrivelmente irônico, já que Gardner baseia sua teoria equivocada de “sessão cochichada” na própria afirmação equivocada de Hall e Tanner de que nenhum registro taquigráfico foi mantido pelos investigadores da SPR.
A desqualificação de Hyslop da ‘investigação’ de Hall e Tanner poderia ser facilmente aplicável a vários pontos na crítica enviesada de Gardner:
E o pior é que o livro pretende revelar um conhecimento de vários volumes publicados pela Sociedade… Você poderia supor com base nos autores deste livro que eles o descobriram e que os pesquisadores psíquicos eram especialmente descuidados neste assunto. Em seu primeiro relatório, Hodgson comentou o hábito de fazer registros taquigráficos. (Vol. VIII., p. 2 e 88.) O Professor James os tinha feito antes de o Dr. Hodgson vir a este país. (Vol. XIII, p. 2 e American Proceedings, p. 103).[25]
Em seguida, Hyslop observa explicitamente que a motivação de Richard Hodgson para fazer registros taquigráficos era “precisamente com o desejo de capacitar os leitores e alunos a verificar por si mesmos se as informações tinham sido transmitidas direta ou indiretamente pelos assistentes.”[26]
A confiança de Gardner em Studies in Spiritism é infeliz, assim como sua deturpação da objetividade dos autores ao afirmar em seu artigo que “Tanner e Hall se aproximaram da Sra. Piper com a mente aberta”. A declaração de Gardner é um pouco difícil de conciliar com a introdução de Studies in Spiritism, na qual Stanley Hall declara abertamente a sua crença de que “O Espiritismo é a escória da cultura moderna, o inimigo comum da ciência e da religião verdadeiras, e escoar seus pântanos sombrios e miasmáticos é o grande trabalho da cultura moderna… Quando a psicologia genética tiver feito o seu trabalho, todas essas pesquisas psíquicas tomarão o seu lugar entre os solenes absurdos na história do pensamento”.[27] Além disso, Hall deliberadamente ignorou quaisquer possíveis mensagens de prova durante suas sessões com a Sra. Piper, observando que ele “não tinha nenhum desejo de obter quaisquer ‘mensagens de teste’, os meus resultados das sessões publicadas tendo demonstrado a sua trivialidade e monotonia e a impossibilidade de registrar todos os comentários e as demais circunstâncias que pudessem explicá-las”. Enquanto isso, Eleanor Sidgwick parafraseou as próprias críticas da Professora Tanner ao reclamar que ela ignorou a ‘enorme influência de uma teoria preconcebida com base em interpretações dos fatos feitas por uma pessoa’: “Na verdade, a apresentação dos fatos e os argumentos dela não podem ser vistos como justos, sem referência aos originais. Pois… eles constantemente deturpam o caso e são essencialmente enganosos.”[28] Em sua própria resposta ao livro de Hall e Tanner, James Hyslop dedicou 98 páginas à correção de erros, omissões e distorções da realidade. Infelizmente, Gardner acredita que o livro de Hall e Tanner oferece outras críticas de valor:
O maior golpe de Hall foi fornecer [ao suposto espírito de] Hodgson, o principal controle da Sra. Piper à época, nomes e informações fictícios. Hall havia encontrado Hodgson apenas uma vez, mas ele fingiu que tinham sido velhos amigos. Hodgson retribuiu chamando Hall de “meu velho camarada” e lembrou uma grande quantidade de eventos e discussões que nunca aconteceram. Hall inventou uma Bessie Beals. Hodgson não teve dificuldades para localizá-la no “outro lado”.
Ambos, Gardner e Hall, parecem dar muita importância a este “golpe”, apesar do fato de que Hall perguntou ao Sr. Dorr (o ‘gestor’ da SPR da Sra. Piper à época), se os pesquisadores haviam tentado tal truque anteriormente. A resposta do Sr. Dorr foi que “muitos têm tentado enganá-los e às vezes conseguiram esplendidamente, e outras vezes falharam. Os controles são bastante sugestionáveis e bastante dispostos a assumir todas as ideias apresentadas pelos assistentes, para que possam ser facilmente aceitos”[29] [grifo meu]. Certamente, esta sugestão faz com que fiquemos com o pé atrás com respeito às palavras da Sra. Piper (ou de qualquer outro médium). Mas uma vez que os pesquisadores originas da SPR tinham notado este aspecto – que não foi ignorado nem nunca testado, os pesquisadores simplesmente acharam que não podiam descartar os ‘acertos’ convincentes que a Sra. Piper conseguia regularmente – este não parece ser um golpe tão grande quanto Gardner gostaria que acreditássemos.
Leonora Piper em 1890
Continuando, Gardner tira bastante proveito do fato de que “embora a Sra. Piper sempre tenha insistido que ela nunca recorda tudo o que aconteceu durante uma sessão espírita, Hall notou uma frieza crescente em sua atitude para com ele e sua assistente. Depois dessa cena final desastrosa, ela não mostrou nenhum indício de que sabia quão engraçada tinha sido a situação em questão”. Gardner não cita nenhuma referência para essa afirmação, mas eu presumo que ela tenha sido extraída de uma passagem em particular das notas de Hall em Studies in Spiritism: “Eu imaginei ter detectado uma ligeira sobra de frieza em relação a mim na Sra. Piper, após acordar da terceira sessão [de seis]… como [uma] tênue pós-imagem”.[30] Com base no ‘imaginei’, ‘ligeira’ e ‘tênue pós-imagem’, creio que seja difícil atribuir demasiada importância à afirmação de Gardner sobre uma ‘frieza crescente’. A leitura das notas de Hall não parece indicar nenhuma atitude visível da Sra. Piper. Ainda assim, em caso afirmativo, dada a própria atitude óbvia de Hall (baseada em partes do livro que ele escreveu), parece que seria tão (ou mais) provável que Hall e Tanner traíram seus sentimentos pessoais sobre a mediunidade da Sra. Piper, antes e depois da sessão.
Se Hall notou qualquer posterior “frieza” da Sra. Piper, isso poderia muito bem ser devido ao fato de que ele e Tanner realizaram testes nocivos na Sra. Piper para medir a sua sensibilidade à dor durante a quinta sessão, embora eles tenham omitido de forma negligente esta informação dela:
Parece que algum tempo após a [quinta] sessão apareceram manchas vermelhas na palma da mão da Sra. Piper, e seu dedo indicador ficou dormente por dois ou três dias, as manchas vermelhas sendo o pós-efeito do estesiômetro de pressão e a dormência provavelmente foi o resultado das experiências de dor por pressão. Seu lábio inferior também ficou empolado após o teste com a cânfora. A sua filha escreveu ao Sr. Dorr no dia seguinte à sessão para descrever esses efeitos, um tanto aflita, dizendo que ela tinha achado que a necessidade de tais testes tivesse acabado… O Dr. Hall escreveu tanto ao Sr. Dorr quanto à Sra. Piper explicando as experiências e afirmando que nós tínhamos terminado, e que não teríamos ido tão longe se o controle Hodgson não tivesse nos autorizado a fazê-lo.[31]
Os experimentos de sensibilidade foram realizados para testar a condição de transe da Sra. Piper. O próprio Gardner tem poucas dúvidas quanto à natureza fraudulenta desse aspecto de sua mediunidade, ralhando que “As pessoas que sofrem convulsões de transe genuínas não entram e saem deles de forma teatral calculada para impressionar o público.” Vale a pena notar a linguagem utilizada aqui – é apenas uma suposição de Gardner de que as convulsões eram “calculadas” para impressionar o público, independentemente de se aceitar que fossem “teatrais”.[32] Mais importante, porém, é o fato de que, ao fazê-lo, Gardner desconsidera a opinião dos pesquisadores da época. Por exemplo, Frank Podmore deixou claro que “por um consenso de opinião quase universal seu transe é genuíno.” Mas se Gardner considera que as opiniões dos pesquisadores da SPR não são confiáveis, ele pode sempre recorrer à sua própria fonte de confiança – como resultado de seus testes, os próprios Hall e Tanner concluíram que “certamente suas funções respiratórias, paladar, olfato, sensibilidade tátil geral e inervação motora estão adormecidas Eles começaram usando um estesiômetro nas mãos da Sra. Piper: “Mais uma vez [o Professor Hall] pressionou, e desta vez com força suficiente para impor uma dor considerável, caso a sensibilidade estivesse normal, mas não obteve nenhuma resposta.” Eles, então, “abriram um frasco de cânfora e o seguraram perto das narinas da Sra. Piper, de modo que parecesse que ela dificilmente conseguiria respirar a menos que o ar estivesse saturado com cânfora. Segurei-o lá por alguns segundos, sem qualquer efeito… Eu, então, coloquei cerca de um terço de uma colher de chá de cânfora na boca dela… isto não produziu nenhum efeito palpável.”[33] Isso certamente produziu um efeito posterior, porém, como mencionado acima: a cânfora empolou os lábios da Sra. Piper. Da mesma forma, Richard Hodgson colocou amônia nas narinas da Sra. Piper, mas “não pôde detectar o menor sinal de desconforto depois de [ela] ter inalado amônia forte várias vezes.” Hodgson indiferentemente acrescentou em nota que “a Sra. Piper sofreu um pouco depois de o transe ter acabado.”[34] (o que fez o nariz sangrar e ocasionou a sensibilidade crônica[35]) O pesquisador psíquico britânico e respeitado cientista Sir Oliver Lodge escreveu em seu próprio relato da mediunidade da Sra. Piper, que o transe “é, no melhor de minha crença, genuíno. Nele, a Sra. Piper é (às vezes, ao menos) insensível à dor, como testado repentinamente enfiando uma agulha na sua mão, o que não causou a mais leve reação.”[36] William James observou que suas pupilas ficavam contraídas durante o estado de transe, e Hall e Tanner observaram a mudança na respiração da Sra. Piper “de
A confiança de Gardner em uma fonte tão pobre como o Studies in Spiritsm sugere o cherry-picking (prática de escolher o que melhor lhe convém) intencional, ou a ignorância das amplas fontes primárias da SPR sobre o tema. A Sra. Sidgwick, uma crítica lúcida não dada a exageros, mencionou que “é bastante provável que [Studies in Spiritsm] impressione aqueles que obtêm todo o seu conhecimento dos elementos discutidos com base apenas na leitura deste livro, mas uma visão muito diferente será formada por aqueles que forem capazes de verificar a versão da Dra. Tanner da evidência recorrendo às fontes originais”. Esses sentimentos são igualmente aplicáveis ao artigo de Martin Gardner – é lamentável, portanto, que o artigo de Gardner seja lido por um público muito mais vasto do que as fontes originais, já que sua influência negativa estará fundada sobre o que parece ser um quase completo desconhecimento do caso em questão.
CETICISMO REAL
As críticas de Gardner são mais bem sucedidas quando ele traz à tona casos particulares que dizem respeito aos pesquisadores originais. Ele aponta corretamente que Phinuit parecia incapaz de fornecer o conteúdo das cartas e mensagens secretas escritas pelos comunicadores mortos com quem mantinha contato: “Três vezes Phinuit tentou, em vão, adivinhar o conteúdo de um envelope selado na posse de James, apesar de o médico ter supostamente contatado a mulher morta que escreveu a carta.” Este caso particular é um grande obstáculo à idéia de que os comunicadores eram realmente quem diziam ser – seguramente eles se lembrariam dos seus próprios escritos? Levando tudo isto em consideração, ainda há aspectos muito interessantes no caso que são sugestivos de algumas faculdades paranormais, o que Gardner não menciona.[37] Mas esta crítica genuína é um exemplo isolado no artigo de Gardner. Se ele estivesse mais familiarizado com o material de origem, ele certamente poderia ter levantado outros assuntos importantes. Uma das sessões com William Newbold forneceu uma pequena evidência de que a Sra. Piper possivelmente furtava frases de dicionários. E um erro estranho em uma sessão com um Professor Bowditch poderia ser uma indicação de que uma pesquisa prévia sobre o assistente havia sido feita. Gardner teria se saído melhor caso se concentrasse na análise de alguns desses incidentes isolados, ao invés de fazer críticas gerais que têm sido amplamente refutadas.
Se o artigo de Gardner fosse a única fonte consultada sobre a mediunidade da Sra. Piper, o leitor poderia ir embora pensando que ele tinha revelado seus segredos, exposto os pesquisadores originais como amadores facilmente enganados, e mostrado que o caso Piper é mais um simples caso de fraude. Nada poderia estar mais longe da verdade. Embora o caso esteja, talvez, agora muito no passado para se conseguir chegar à verdade, Frank Podmore, o rabugento residente da SPR, explicou em 1899 porque vale a pena prestar muita atenção na:
[A] abundância do material, a plenitude dos registros, a supervisão vigilante exercida sobre a própria médium durante alguns anos, e o extraordinário e quase uniformemente elevado nível de sucesso, fazem com que estes registros sejam muito mais notáveis do que qualquer outro relatório do tipo… Em todos esses anos – agora, treze ou mais – durante os quais a Sra. Piper tem estado sob observação atenta, primeiro pelo Professor William James, e depois pelo Dr. Hodgson e outras pessoas competentes – embora ela tenha sido seguida por detetives, apesar de sua bagagem pessoal, como o Professor Lodge nos disse, tenha sido vasculhada, sua correspondência lida, suas saídas e entradas acompanhadas de perto – e durante todos estes anos nem mesmo a menor circunstância veio à luz que refletisse de alguma forma sobre a sua honestidade. Certamente nenhum outro médium foi exposto a uma provação tão rigorosa… o próprio Dr. Hodgson… [tem] conseguido trazer à tona a acusação de desonestidade para muitos médiuns profissionais, que esta médium deveria ter sido submetida a mais pesquisas e investigações prolongadas, sem um rumor de uma exposição, ou a descoberta de qualquer situação suspeita, é um fato que deve ser considerado relevante.[38]
O sempre cético Podmore passa a destacar que mesmo as pessoas que se posicionam ceticamente sobre o caso deveriam prestar muita atenção a ele, uma vez que se trata do estudo de caso de uma das maiores fraudes de todos os tempos, sendo exercida por mais de duas décadas sob a supervisão de cientistas experientes em expor fraudes:
Em uma palavra, se as declarações em transe da Sra. Piper são inteiramente baseadas no conhecimento adquirido por meios normais, a Sra. Piper deve ser admitida como tendo inaugurado um novo processo na fraude. Algo semelhante a isto nunca foi feito antes. Partindo do pressuposto de que toda a assim chamada clarividência é fraudulenta, nós vimos o máximo do que a fraude foi capaz de realizar no passado, e no seu melhor fica infinitamente aquém das conquistas da Sra. Piper. Agora, isso por si só exige uma explicação… Na hipótese de fraude, o abismo enorme entre ela e eles é um obstáculo quase intransponível.[39]
Há outros aspectos fascinantes para a discussão, neste caso, mesmo na hipótese de fraude. Um dos aspectos mais curiosos da mediunidade de transe da Sra. Piper foi que por um tempo (durante a transição da psicofonia para a psicografia), três “comunicadores” diferentes podiam manter “conversas” com três assistentes diferentes ao mesmo tempo – um através de uma voz, um escrevendo com a mão direita, e um escrevendo com a mão esquerda. No entanto, Gardner explica casualmente essa bizarra mediunidade de três vias simultâneas simplesmente dizendo que a Sra. Piper era “fortemente ambidestra”. E há outros aspectos que devem fazer a mente curiosa refletir antes de descartá-la como uma fraude. Dada a sua reputação depois dos dois primeiros anos de investigação, a Sra. Piper poderia ter deixado os serviços da SPR e cobrado exorbitantes quantias de dinheiro oferecendo sessões para os ricos e poderosos, com muito menos chance de ser apanhada. Em vez disso, ela ficou com um salário compensador sob o olhar cético dos investigadores por uma boa parte de sua vida. Além disso, se ela fosse uma médium fraudulenta, porque mudar a “técnica” de mediunidade de voz quando ela era tão bem sucedida, para o desenvolvimento de transmissão simultânea de voz e de escrita (e às vezes para a comunicação escrita através do espelho) sem nenhuma recompensa ou benefício? E como ela enganaria os cientistas e os médicos de que seu transe era genuíno, não mostrando nenhuma reação aos testes de sensibilidade à dor, incluindo injeções surpresas de agulhas, chamas colocadas em sua pele, e longas inalações de amônia?
Martin Gardner poderia ter envolvido os leitores com qualquer um destes temas, mas em vez disso ele prefere levá-los para longe da discussão inteligente sobre este caso. Ele ignora completamente o material de origem, levantando críticas que foram amplamente tratadas um século antes de ele ter escrito o seu artigo, e impugna a integridade dos pesquisadores originais apesar de não ter motivos para fazê-lo. Se Gardner é, nas palavras de Stephen Jay Gould, “o solitário farol mais brilhante defendendo a racionalidade e a boa ciência contra o… misticismo”, seria preciso pensar que a racionalidade e a boa ciência estão com sérios problemas sobre a evidência neste artigo
Provavelmente o problema mais notório com o artigo de Gardner que mencionei – entre muitos – é convenientemente evitar o papel de Richard Hodgson na investigação da Sra. Piper. Apropriadamente, a introdução de Hodgson ao seu primeiro relatório sobre a sua mediunidade se dirige (e refuta) a maior parte das revelações de Gardner sobre as “técnicas fraudulentas” da Sra. Piper, em uma simples frase. Hodgson disse que ao empreender a sua investigação, ele foi…
…obrigado a assumir, em primeira instância, que a Sra. Piper era fraudulenta e havia obtido sua informação anteriormente por meios comuns, tais como inquéritos feitos por confederados, etc. … informações adicionais fornecidas de várias formas pelo assistente, consciente ou inconscientemente, pelo discurso, gesto, e outras ações musculares.[40]
Minha crítica do artigo de Gardner examina apenas um caso analisado por ele, dentre tantos escritos em uma variedade de temas, e por isso seria errado extrapolar para muito além disso, ou dizer que isso diminui de forma considerável suas contribuições positivas para a academia. Este tópico é o único que eu conheço pessoalmente o material de fonte bem o suficiente para me sentir confortável
RÉPLICAS DE ALÉM-TÚMULO
Em “Como a Sra. Piper Enganou William James”, Martin Gardner diz como o famoso acadêmico descobriu pela primeira vez a Sra. Piper:
Em 1885 eles tinham uma velha criada irlandesa cuja irmã trabalhava para uma proeminente família de Beacon Hill frequentemente visitada pela sogra de James. No entanto, quando a sogra sentou-se com a Sra. Piper, William ficou perplexo ao saber que seus controles tinham nomeado os membros de sua família!
Vamos comparar o resumo final dos fatos e argumentos de Gardner sobre William James como estando “perplexo” (não esquecendo o ponto de exclamação), com a forma como James de fato relatou este momento, como observado na biografia de Robert Richardson, William James: In the Maelstrom of American Modernism: “Ao ouvir estas coisas de sua cunhada e de sua sogra, a resposta de James foi cética. “Lembro-me de exercer o esprit fort nessa ocasião diante de meus parentes femininos, tentando explicar, usando considerações simples, a natureza maravilhosa dos fatos que elas trouxeram de volta.”
William James
Curiosamente, a única coisa sobre a qual James ficou “perplexo” foi quão pouco a médium parecia ser capaz de produzir sobre a sua famosa família (além de sua própria fama, seu irmão era Henry James, o eminente romancista do século XIX):
A teoria cética sobre os êxitos dela baseia-se na crença de que ela mantém um tipo de escritório de detetive funcionando em boa parte do mundo, de modo que qualquer pessoa que a consulte com certeza a encontrará preparada com fatos sobre a sua vida. Poucas coisas poderiam ter sido mais fáceis, em Boston, do que a Sra. Piper colecionar fatos sobre a família de meu pai para usá-los em minhas sessões com ela. Mas embora meu pai, minha mãe, e um irmão morto tenham sido repetidamente citados, nada além de seus nomes foi dito.
Dado o título e o foco do artigo de Gardner, talvez valha a pena dar a William James um direito de resposta, permitindo-lhe defender-se de além-túmulo. Gardner, por omissão e deturpação, retrata James e os outros investigadores como ineptos e ridiculamente entusiasmados em aceitar a teoria da vida após a morte, quando isso estava muito longe da verdade. Parece que os auto proclamados céticos nunca mudam, já que o acadêmico da Universidade de Colúmbia James McKeen Cattell (então presidente da American Psychological Association) afirmou muitas das mesmas coisas que Gardner na época (com muitas das mesmas ‘evidências’), e a resposta de William James poderia ser facilmente aplicada ao artigo de Gardner. James respondeu a Cattell (e de muitos modos, a Gardner também), dizendo:
A sua referência ao meu nome… permite-me fazer algumas observações por conta própria… qualquer atenção de tais fenômenos é tão difícil de se obter dos leitores científicos que aqueles que os acreditam dignos de um estudo cuidadoso ficam ressentidos ao notar o desprezo público reservado a eles em âmbitos superiores, o que incentivaria ainda mais a tendência de negligenciá-los.
…A mente científica é, por pressão da opinião profissional, terrivelmente baseada na imparcialidade e na lógica ao discutir fenômenos ortodoxos. Mas quando o assunto é a superstição, tais como os transes de um médium, a mente científica se sente bastante confiante na impunidade e na indulgência do que quer que se diga, desde que seja apenas desprezo suficiente, que bastante revela no arsenal de armas lógica dos bárbaros inexperientes, incluindo todos os sofismas diversos enumerados nos livros.
Seus próprios comentários me parecem uma excelente ilustração desse fato.
… Que nome devemos atribuir à falácia que você usa para citar um dos cinco assistentes como dizendo que ele próprio não obteve nada a partir da médium ‘exceto alguns elogios absurdos’, enquanto você deixa de citar a maior parte do relatório dele, relacionando o inexplicável conhecimento que a médium mostrou dos assuntos da família da esposa, que estava presente com ele na sessão? Não tenho certeza de que os livros de lógica contenham um nome técnico para a falácia aqui, mas em linguagem jurídica isto é às vezes chamado de suppressio veri, e às vezes é usado um termo ainda menos educado. De qualquer forma, após refletir, você deverá admitir que o uso apenas da conclusão do relatório do assistente, como você fez, acabou influenciando a mente do seu leitor de uma forma injusta.
… Observe que eu nada estou dizendo sobre o mérito do caso, mas apenas sobre os méritos dos seus meios de controvérsia que, infelizmente, são típicos. O caso certamente merece uma oposição mais forte do ponto de vista lógico do que as suas observações; e eu peço aos leitores… com o intuito de formar uma opinião razoável que busquem os materiais para tal nos Proceedings of the Society for Psychical Research, Parte XXXIII (onde eles encontrarão um cândido relatório baseado em 500 sessões desde que o último relatório foi feito), ao invés das cinco pequenas ocorrências negativas que você tão triunfalmente seleciona e cita.[41]
O ceticismo anticientífico do tipo exibido por Gardner e Cattel é corrosivo. Ao invés de defender a ciência, veda-a contra possíveis novas descobertas e pontos de vista através de uma superproteção irracional. Também leva o ceticismo como um todo ao descrédito quando tais táticas baratas são empregadas. Em seu artigo “Como a Sra. Piper Enganou William James”, Martin Gardner ignora o trabalho científico original feito, deturpa a competência dos pesquisadores, e engana o leitor, tanto através de declarações incorretas como da linguagem carregada. Este não é o tipo de escrita que seria esperada de “um dos grandes intelectuais produzidos no país neste século.”
Infelizmente para Martin Gardner, talvez o resumo mais sucinto do seu artigo possa ser encontrado na resposta cáustica de James Hyslop ao Studies in Spiritism de Hall e Tanner, escrito quase 100 anos atrás:
O crítico calmo só pode dizer que o livro ou exibe a mais grosseira ignorância dos fatos e do assunto, ou é uma obra colossal de um amontoado de mentiras. Os autores sintam-se livres para optar por uma dessas alternativas.[42]
Greg Taylor é o proprietário e editor do portal online de notícias alternativas, o Daily Grail (www.dailygrail.com), e é também o editor de Darklore. Ele é amplamente lido em temas que desafiam a visão ortodoxa, de história alternativa aos mistérios da consciência humana. Greg reside atualmente em Brisbane, Austrália. Seu primeiro livro, The Guide to Dan Brown’s The Lost Symbol, é um guia para a história esotérica e locais encontrados na seqüência do best-seller de O Código Da Vinci.
[1] Marcello Truzzi, “On Pseudo-Skepticism” http://www.anomalist.com/commentaries/pseudo.html
[2] Citado
[3] http://www.nytimes.com/2006/08/20/books/review/20Gottlieb.html. A revisão de Joe Nickell de Ghost Hunters na The Skeptic (Novembro/Dezembro de 2006) também repreende Blum por não ter lido a análise de Martin Gardner sobre a Sra. Piper.
[4] Martin Gardner, The Night Is Large: Collected Essays, 1938-1995
[5] Proceedings of the SPR Volume IV, 1887
[6] Os erros podem ser encontrados
[7] F.W.H. Myers, Introdução de “A Record of Observations of Certain Phenomena of Trance”, nos Proceedings of the SPR Volume VI p. 438
[8] F.W.H. Myers, Introdução de “A Record of Observations of Certain Phenomena of Trance”, nos Proceedings of the SPR Volume VI p. 441
[9] Ibid.
[10] Ibid.
[11] Richard Hodgson, “A Record of Observations of Certain Phenomena of Trance”, Proceedings of the SPR Volume VIII.
[12] James Hyslop, “President G. Stanley Hall’s and Dr. Amy E. Tanner’s studies in spiritism”, no Journal of the ASPR Volume V.
[13] William Romaine Newbold, “A Further Record of Observations of Certain Phenomena of Trance, Part II”, Proceedings of the SPR Volume XIV.
[14] Frank Podmore, “Discussion of Trance-Phenomena of Mrs. Piper”, Proceedings of the SPR Volume XIV.
[15] Ibid.
[16] Banachek, Psychophysiological Thought
[17] Sir Oliver Lodge, “A Record of Observations of Certain Phenomena of Trance”, nos Proceedings of the SPR Volume VI, p. 451.
[18] Amy Tanner, Studies in Spiritism, p. 45.
[19] Frank Podmore, “Discussion of Trance-Phenomena of Mrs. Piper”, Proceedings of the SPR Volume XIV.
[20] Journal of the SPR, Volume VIII.
[21] F.W.H Myers, Introdução de “A Record of Observations of Certain Phenomena of Trance”, nos Proceedings of the SPR Volume VI, p. 439.
[22] Embora este procedimento de ‘falar para a mão’ pareça bizarro, a ponto de ser risível, parece provável que tenha surgido como uma solução muito prática para o problema da comunicação simultânea com dois ‘espíritos’ – era para especificar qual ‘espírito’ estava sendo abordado. Os assistentes falavam à mão para se dirigir àquele que se comunicava pela escrita, ou falavam ao rosto da Sra. Piper para abordar o ‘espírito’ que falava.
[23] Proceedings of the SPR Volume XXV, pp. 102-108
[24] James Hyslop, “President G. Stanley Hall’s and Dr. Amy E. Tanner’s studies in spiritism”, no Journal of the ASPR Volume V.
[25] Ibid.
[26] Ibid.
[27] Stanley Hall, Introduction to Amy Tanner, Studies in Spiritism, p. xxxii
[28] Proceedings of the SPR Volume XXV, pp. 102-108
[29] Amy Tanner, Studies in Spiritism, p. 202
[30] Ibid, p. 270
[31] Ibid. p. 246
[32] Um sinal imediato de que devemos ter cuidado ao aceitar a opinião de Gardner é o seu uso de linguagem pesada, que trai o seu viés. Por exemplo, ele diz que “a Sra. Piper era alta, forte e bonita, com olhos azuis e cabelos castanhos, bem-humorada, cheia de si, matronal, modesta e perspicaz”. Este tipo de comentário faz pensar se, quando Gardner diz que “um relógio era mantido iluminado após o quarto ficar escuro”, ele quis dizer que um relógio permanecia iluminado. Ele comenta que era assim que a Sra. Piper sabia quando terminar a sessão – ainda que as sessões durassem de 1 minuto a 4 horas e meia. Ele insinua conclusões opostas às apresentadas em Studies in Spiritism, simplesmente dizendo “Se o livro a tivesse acusado de fraude, Hall e Tanner teriam aberto uma brecha para processos de difamação. Lendo cuidadosamente as entrelinhas, é possível notar as sugestões de que em muitos aspectos, a Sra. Piper cometia fraudes”. Gardner também dedica vários parágrafos ao parecer negativo da irmã de William James, Alice, ainda que não tenha qualquer valor probatório (e já que ela se refere a Fred Myers como “um idiota”, é difícil confiar em seu julgamento).
[33] Ibid. pp.236-238
[34] Richard Hodgson, “A Record of Observations of Certain Phenomena of Trance”, Proceedings of the SPR Volume VIII, p.4
[35] Amy Tanner, Studies in Spiritism, p. 247
[36] Sir Oliver Lodge, “A Record of Observations of Certain Phenomena of Trance”, in Proceedings of the SPR Volume VI, p. 447.
[37] A Sra. Piper deu o nome correto do comunicador, as pessoas citadas no conteúdo da carta e onde ela foi feita, e parafraseou a opinião do escritor se isso foi comunicada por ela do pós-vida.
[38] Frank Podmore, “Discussion of Trance-Phenomena of Mrs. Piper”, Proceedings of the SPR Volume XIV.
[39] Ibid.
[40] Richard Hodgson, “A Record of Observations of Certain Phenomena of Trance”, Proceedings of the SPR Volume VIII, p.6
[41] Carta de William James, 1898, “Letter on Mrs. Piper, the Medium”
[42] James Hyslop, “President G. Stanley Hall’s and Dr. Amy E. Tanner’s studies in spiritism”, no Journal of the ASPR Volume V.
abril 14th, 2012 às 6:03 PM
O artigo acima custou 192 reais para ser traduzido. Agradeço profundamente ao Márcio Rodrigues, ao Jorge C.C., ao Carlos José Archanjo e ao Marcos Arduin que contribuíram financeiramente para pagar seu custo.
abril 16th, 2012 às 8:30 AM
É gozado esse pessoal cético-ateu: eles combatem a fé, mas não conseguem deixar de ser vítimas dela…
abril 16th, 2012 às 11:09 AM
Olá, Arduim! Não entendi seu post. Eu sou cético-ateu. Onde é que sou vítima da fé?
abril 16th, 2012 às 11:10 AM
Desculpe. Arduin, com “N”.
abril 16th, 2012 às 12:07 PM
Seu Antonio Gê da aeronáutica de Poá é o seguinte:
O poder da fé leva-nos a considerar somente o que nos interessa, e a desconsiderar o que contraria esse pensamento. Uma outra coisa com relação a esse poder da fé, é fazer com que se atenha apenas aos nossos. Esse artigo acima mostra exatamente isso.
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Vou me colocar como exemplo:
Há anos li o livro Materializações de Uberaba, do Jorge Rizzini (edição de 1964). Por anos, essa foi a minha única referência sobre o assunto. Eu, enquanto morava em São Paulo, costumava ir à Biblioteca Mário de Andrade para saber de coisas velhas, mas ela não tinha mais a revista O Cruzeiro em papel: só em filme negativo.
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Se eu ficasse satisfeito só com o que Rizzini disse, eu seria como os céticos cheios de fé, que só se interessam em ler o que os nossos escreveram. Claro, poupa-se um tempo danado ao se ler a literatura do contra feita pelos nossos, pois não é necessário ler os originais e formar a nossa própria opinião: podemos pegá-la já pronta do que disse nossos colegas. Esse é o comportamento que tenho visto nos textos escritos pelos céticos sábios, cultos, racionais e inteligentes, como Massimo Polidoro.
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Mas felizmente, eu prefiro conviver com os que me criticam e não com os que me bajulam. Daí então procuro ver o que se diz por aí nos sítios alegadamente céticos. No mais é só besteira em cima de besteira, os mesmos velhos e surrados argumentos de sempre. Mas pelo menos por aqui e no ECAE a coisa é um tanto diferente. Pode-se discutir com os ditos céticos e saber de onde tiraram seus argumentos e quais suas fontes.
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Assim sendo, não mudei o que penso sobre o caso lá de Uberaba, mas pude saber que Rizzini fez um serviço um tanto quanto porco. Poderia ter feito e dito coisas bem melhores se tivesse ido com mais calma. Também fiquei sabendo que cometeu outros erros, como informou-nos Luciano dos Anjos (embora não fossem absolutamente comprometedores). E mais importante, entendi (pois isso Rizzini escondeu o quanto pôde) porque Waldo Vieira não deu as caras para se defender e a seus colegas e à sua pesquisa: teve um ataque de covardia.
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Enfim, sair dos limites de Rizzini e ver o que outros diziam e dizem, ampliou o meu horizonte sobre a coisa, ainda que não mudasse minha opinião. Agora se o pessoal cético só quer saber do que disse a sua gente e não se dá ao trabalho de ler os originais ou, mesmo se os lê, prefere mentir para defender a fé cética, então temos aqui céticos cheios de muita fé, o que os desqualifica como céticos.
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Uma pena.
abril 16th, 2012 às 12:10 PM
O que me deixa um tanto desconfortável sobre estas questões dos “mais impressionantes fenômenos mediúnicos” registrados e analisados pelos pesquisadores é que eles são sempre focados em fatos ocorridos há muito tempo, coisa lá do século 19, na pré-história da investigação científica. É interessante o crédito que alguns emprestam a tais estudos, ao mesmo tempo em que pouca ou nenhuma importância dão, por exemplo, a estudos da mesma época versando sobre medicina, pedagogia ou aeronáutica, porque os consideram – corretamente – muito ultrapassados. Mas neste campo do sobrenatural, parece que “quanto mais antigo, melhor”. Por que será? Será que hoje já não ocorrem mais fenômenos reais, que possam ser autenticados pela ciência moderna? Deve haver uma explicação razoável para isto…
abril 16th, 2012 às 12:36 PM
Sabe, seu Antônio Gê da Aeronáutica de Poá, medicina, aeronáutica e pedagogia são coisas que têm TÉCNICAS específicas e revisões conceituais com base em experimentos cujas causas podem ser definidas e descritas. O mesmo já não acontece com Ciências (?) Humanas. O Socialismo FRACASSOU EM TUDO, mas até hoje os filósofos politicamente corretos falam maravilhas dele. É mole?
O experimental mediúnico não precisou de NOVAS TÉCNICAS, pois as já existentes eram suficientes. Tanto eram, que o pessoal cético não consegue achar erro experimental nelas. É preciso forçar a barra, mentir, omitir, etc e tal para fazer prevalecer seus argumentos.
Como não puderam provar que uma certa metodologia é falha, então não há porque abandoná-la. Eu mesmo, em Botânica, uso métodos de 100 anos atrás e que funcionam até hoje.
abril 16th, 2012 às 10:47 PM
Aos parcos comentaristas de egos inflados. Aos céticos de carteirinha. Aos atacadores do Espiritismo. E aos demais leitores deste imbróglio blog.
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Alguém leu a matéria? Entendeu-a? Ficou claro? Consegue tirar conclusões sobre o que foi apresentado?
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A matéria trata sobre obras psicografadas, que aliás, quero relembrar que supostamente seria o escopo deste blog. Algum comentário sobre isso? Algum cético ou crítico honesto capaz de dizer: “eu posso estar errado sobre grande parte do que tenho afirmado contra o Espiritismo”?
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Se existisse um “egômetro” e que fosse possível medir o ego de alguns comentaristas deste blog, com certeza seria possível ver com notoriedade a inflamação que vem acometendo.
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Dizem que o homem que lê vale mais, mas o que raciocina e pondera sobre o que ler, este é senhor de si mesmo. Portanto se dedicassem mais tempo aos estudos, com certeza não estariam aqui nesse parolar.
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E para terminar esse recado, indesejado mas oportuno, deixo uma comunicação doutrinaria direcionada aos que falam demais. Se você não se enquadra, então não precisa ler: http://goo.gl/N5lhO
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Tenham todos uma ótima semana.
abril 17th, 2012 às 1:20 AM
Belo comentário Marden, digno de ser postado como titulo dessa matéria.
Faço de suas palavras as minhas.
Forte abraço a todos,
Bruno
abril 17th, 2012 às 4:09 AM
Marden e Bruno,
Não sei dese quando vocês acessam e blog, mas penso que é recente.
O blog do Vítor recebe mais de 500 acessos diários, mas poucos são os que comentam aqui.
Existe uma turma, a “velha guarda”, hoje, penso, posso me incluir nela, que já vem numa discussão há longo tempo.
De certa forma, eu acredito que isto explica a crítica de vocês, esta “velha guarda”, já está um tanto “descrente” de novidades, além de um tanto “cansada” de debates sobre temas ou indicações “revolucionárias”, porque já houve longos e cansativos, ainda que divertidos também, debates, ao longo de anos.
É até interessante, que apareçam novos pensadores e debatedores, como vocês dois, outros também, são convidados a se apresentarem. Porém, vocês me desculpem a sinceridade, mas quando alguém surge aqui, do “lado dos crentes”, especialmente espíritas, os argumentos deixam muito a desejar. Ninguém consegue mostrar com clareza e lucidez, evidências contrárias às acusações de plágios e incoerências nos livros, ditos psicografados, aqueles que foram e continuam sendo alvo de críticas neste blog. Também, não conseguem mostrar como podemos dar credibilidades a supostos médiuns, que produziram fraudes escandalosamente ridículas e idiotas, no que se referem às chamadas materializações de espíritos.
Salvo, meu amigo Roberto Scur, que continua um batalhador inveterado e teimoso, disposto a qualquer iniciativa para provar a autenticidade da mediunidade Chico Xavier, bem como a de muitos outros famosos que se afirmam médium no Brasil, praticamente não sobrou ninguém pra defender o espiritismo verde e amarelo.
O problema do Scur, entretanto, é que ele sequer aceitou ou admitiu, uma única vez, que Chico Xavier possa ter sido um farsante, senão em tudo que produziu, mas que seja em parte. Ele se recusa em ver evidências de fraudes, mesmo quando diversos participantes do blog, incluindo várias pessoas, que já foram espíritas ou acreditaram nesta doutrina à forma como é apresentada em nosso país, mostram-se abertas e aceitam que as críticas se fundamentam. Além disso, ele mistura, quando interessa-lhe, fundamentos espíritas, católicos, esotéricos, ufológicos, para acusar os críticos do blog, de pessoas ignorantes, participantes de uma conspiração anti-chiquista. Mas apresentar algo que pudesse de fato, derrubar os estudos e pesquisas, os artigos muito bem desenvolvidos aqui, pelo menos boa parte deles, isto ele nunca apresentou. Ele gosta de diversionar, falando que um “planeta chupão” vem aí, que vai levar todos os descrentes da Terra, profecias de fundo de quintal, puro livrinho de horóscopo, ainda que afirme não acreditar em horóscopos.
Marden, eu li os comentários adicionais que você sugeriu, fiquei com a clara impressão, que tivesse lendo uma mensagem de Chico Xavier, “psicografada” ou não.
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1) “Dizem que o silêncio é de ouro e a palavra é de prata; o ouro tem mais valor e, às vezes, silenciando a pessoa diz mais do que falando.” (Isto me lembrou Emmanuel ou Adnré Luiz).
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2) “(…) e no Racionalismo Cristão dá-se muito valor à palavra certa, à palavra bem empregada, e não às palavras que se perdem.” (Agora é o Racionalismo Cristão que se apresenta como a grande descoberta espiritual, teria vindo pra substituir o kardecismo?)
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3) “O Racionalismo Cristão deseja que todos se esclareçam, raciocinem com acerto, justamente para que evitem conseqüências que só podem retardar o progresso espiritual. Nós abordamos todos esses assuntos, porque julgamos necessário esclarecer aqueles que vêm às nossas Casas.” (Que ‘Casas’ são estas? Uma nova abordagem de centro espírita? Um novo tipo de igreja?)
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4) “Pensar é muito melhor do que falar. Às vezes, há mais sinceridade num pensamento do que numa palavra.” (‘Pensar é muito melhor do que falar’, mas até onde eu sei, as pessoas ainda não estão se comunicando por telepatia. Ou estão? ‘Às vezes, há mais sinceridade num pensamento do que numa palavra’. (Achei cômica e tola esta colocação).
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5) “Caminhem todos com passo firme. Saibam o que dizem, digam somente o que é verdadeiro, pois só a verdade torna o homem livre, disse Jesus Cristo. Caminhem, progridam, tendo sempre em mente o bem-estar do semelhante. É essa a felicidade, a paz de espírito que devem procurar, porque é a maior felicidade que o ser humano pode possuir. Trabalhem, lutem para vencer na vida, mas ajam mais e falem menos.” (Pura propaganda religiosa, copiada do espiritismo). ‘Trabalhem, lutem para vencer na vida, mas ajam mais e falem menos.’, (Esta serve pro Scur, que fala muito, mas não faz nada, em função do que fala).
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6) “Caminhem sempre pela estrada do bem, alimentando bons pensamentos, irradiando aos semelhantes saúde e bem-estar”. (Espiritismo-chiquista, mais uma vez).
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7) “Vindo às nossas Casas, as pessoas dão um passo decisivo, para terem saúde do corpo e esclarecimento do espírito. Para trabalharem em uma delas, devem fazer um exame de consciência, antes de se inscreverem. Todas são bem-vindas, mas, quando em serviço nas Sessões Públicas de Limpeza Psíquica, precisam estar atentas, preparadas para atender o público, dando-lhe assistência e atenção.” (Você poderia esclarecer o que são e como funcionam essas ‘Casas’? O que são ‘Sessões Públicas de Limpeza Psíquica’?).
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Enfim, Marden, fiquei com a impressão que o “Racionalismo Cristão”, é só mais uma forma disfarçada e um pouco modificada do espiritismo-kardecista-chiquista-católico. Mas posso estar engando.
Saudações…
abril 17th, 2012 às 4:15 AM
* desculpem-me mais um vez, pois cometi erros no início. Ando muito cansado e com pouco tempo. Da próxima vez, vou revisar o texto.
Falando em cansaço e falta de tempo, já passou da minha hora, vou dormir.
Um abraço a todos.
abril 18th, 2012 às 2:01 PM
Bruno,
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Obrigado pelas palavras de incentivo. Seus comentários, opiniões e conclusões, também são bem vindos para todos nós, ok? Quando receber um elogio ou uma critica negativa aqui, não se deixe levar pelo impulso. Analise primeiramente se o elogio realmente procede e se sim, responda agradecendo com sinceridade. Se receber uma critica negativa, faça o mesmo procedimento. As críticas devem ser bem vindas. Mas ao invés de cair na tentação de responder por impulso, como a maioria aqui faz, procure ler um pouco mais sobre o assunto abordado e de preferencia, deixe para responder no dia seguinte, quando os ânimos estejam mais acalmados.
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Lembre-se, que os estudantes do Espiritismo, que devem ser considerados céticos verdadeiros, tem uma ciência ampla a mais para ser estudada. Portanto requer mais atenção, cautela e comedimento. E não se esqueça também, que os espíritos poucos esclarecidos sobre a real vida, que pululam a atmosfera deste nosso planeta, não perdem a oportunidade de nos intuir para a discórdia, aos vícios e outras atitudes mais perniciosas.
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Tomando essas precauções, você e demais espiritas, sejam de qual doutrina for, muita coisa útil poderá deixar aqui, para o deleite de todos. Um forte abraço e meus sinceros votos de saúde e paz.
abril 18th, 2012 às 2:07 PM
Biasetto,
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Obrigado por querer esclarecer sobre o seu posicionamento da “velha guarda” neste blog e também sobre o seu cansaço em querer defender suas ideias. Quero dizer que conheço o blog já há alguns anos como leitor apenas e se não me falha a memória, foi desde meados de 2008, quando procurava algo sobre o livro dos Espíritos e me deparei com o artigo de fevereiro de 2008.
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Pois bem, fazendo uma retrospectiva, pouca coisa mudou, a não ser os comentaristas. O que é natural de se entender, já que tudo se renova neste mundo, a “velha guarda” se vai e da entrada para a “nova guarda”. A “velha guarda” já cansada, dá espaço para a “nova guarda”, com mais ânimo e força para encarar os estudos e fazer a lição de casa. Isso é evolução e podemos visivelmente notar essa transformação.
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Tenho fortes indícios para acreditar que você não chegou a ler esta matéria do blog e portanto, não percebeu que ela se trata de “um tiro no pé” dos atacadores do Espiritismo, dos céticos de carteirinha. Matéria esta que deveria ser publicada nos melhores jornais do Brasil. E que mostra que céticos verdadeiros, como foi Marcello Truzzi, agem como ele agiu.
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Também fiquei superfeliz, que você foi o único a assumir que fala de mais e foi o único aqui a demostrar que ao menos abriu o artigo sugerido por mim para ler. Mas logo vi que você ou não leu, ou nada entendeu sobre o que estava escrito na comunicação doutrinária, fazendo comparações indevidas, como já é de seu costume. Seria você apenas mais um adepto do “copy and paste”?
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Sem mais delongas, as dúvidas e comparações por você levantadas já estão respondidas aqui neste link do Racionalismo Cristão denominado Perguntas e Respostas: http://goo.gl/2cSHC
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Mas então temos alguns problemas aqui com seus comentários neste blog. Estaria você nos dias de hoje, lendo as matérias deste blog e opinando sobre o que leu? Temos fortes indícios para acreditar que NÃO, como iremos explicar mais adiante. Ou estaria você tão cansado que “mal dá para correr as vistas” sobre o que aqui é publicado e sugerido como posterior leitura? Temos fortes indícios para acreditar que SIM, como iremos explicar mais adiante.
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Supondo que você esteja lendo as matérias e os links sugeridos, não só por mim mas como os do Vitor e demais comentaristas, estaria você entendendo-os ou em condições favoráveis para interpretá-los? Temos fortes indícios para acreditar que NÃO, como iremos explicar mais adiante. Mas com isso não quero apontá-lo como um analfabeto funcional, apesar de ser uma dura e triste realidade em nosso país.
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Veja mais sobre Analfabetismo Funcional clicando nos dois links a seguir: aqui http://goo.gl/tNAU0 e aqui http://goo.gl/nimOg.
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Se tivesse tido tempo de estudar o Espiritismo, com seriedade e abnegação, poderia ter notado que um dos postulados do Espiritismo é a vida em harmonia e equilíbrio. E que o espírito para manter essa vida de harmonia e equilíbrio, preciso se torna que tenha horas para tudo, que leve uma vida disciplinada, que combata os vícios e dentre eles está o vício da maledicência.
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Nesse ter horas para tudo, que o Espiritismo afirma e a biologia confirma, inclui também as horas de sono. E o que poderia ocorrer se privarmos o sono? De acordo com a professora Alice Dantas “A privação do sono leva, entre outras coisas, a uma queda na atenção, dificuldades em aprender novas tarefas motoras, alterações emocionais e dificuldades de memorização”. Todo o artigo poderá ser lido aqui: http://goo.gl/0B5pA. Para leitura adicional, recomendo também uma publicação do Racionalismo Cristão intitulada Dificuldade para dormir: http://goo.gl/x52Mn.
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Talvez você possa estar se perguntando, o que tudo isso tem haver comigo? Pois bem, baseando-me nas explicações sobre os males físicos e dos entraves de raciocínio que uma pessoa que dorme mal possa ser acometida, notei que você, além de se entregar ao vício da maledicência, vem dormindo noites mal dormidas. O que consequentemente pode estar fazendo com que você na não consiga mais ler as matérias deste blog e nem raciocinar com acerto sobre elas, se não vejamos seu último comentário: “desculpem-me mais um vez, pois cometi erros no início. Ando muito cansado e com pouco tempo. Da próxima vez, vou revisar o texto.
Falando em cansaço e falta de tempo, já passou da minha hora, vou dormir ”.
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Portanto, no dia 17 deste mês as 4:15h da manha você se deu conta que já havia passado da hora de dormir. E porque tao tarde esse reconhecimento? Será que o desejo de desabafar aqui, é tao forte ao ponto de sacrificar suas noites de sono e poder comprometer não só a sua saúde física, como também sua saúde mental?
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Espero sinceramente Biasetto, que você possa o quanto antes poder levar uma vida mais equilibrada e quem sabe assim, não conseguirá raciocinar com mais acerto sobre este tema e outros que possam surgir aqui neste espaço? Fica aqui o meu forte abraço e minhas irradiações amigas.
abril 18th, 2012 às 6:32 PM
Mensagem do Scurlacho, em meu email: “É Biasa, as trovas tão feias para o teu lado. O Marden te descascou lá no blog.”
— Bem, então vamos lá:
– Marden, você tem razão em algo que disse: ando dormindo pouco, também ando deitando muito tarde. Vou seguir seu conselho e procurar dormir mais e deitar mais cedo. Muito obrigado, amigo racionalista cristão! Só uma observação: às “4:15” está errado, porque o blog do Vítor, desde sempre, não marca com precisão o horário, mas deveria ser perto de umas 2 da madruga, o que não muda muita coisa, é verdade.
– Eu tenho lido poucas coisas aqui no blog, também li pouco dos links que me indicou, por dois motivos: 1º) falta de tempo, porque apesar de aparecerem muitos comentários meus aqui, minhas visitas são rápidas e intercaladas; 2º) confesso, como já disse, que não tenho tido disposição pra ficar lendo “mais do mesmo” e “mesmo do mais”, ainda que considere, na maioria das vezes, muito interessante os artigos do Vítor, porém, tenho outras coisas pra fazer (o que é normal né?). Postagens indicando “religiosidade”, “doutrinas”, “crenças”, há tempo não me interessam mais, porque eu já li Chico Xavier, Divaldo Franco, Deepak Chopra, Lair Ribeiro, Augusto Cury, Philip Yancey, Roberto Shinyashiki, Zíbia Gasparetto, Richard Bach (este eu gosto), Vera Lúcia Marinzeck, Dalai Lama (gosto também) … e muitos outros autores espiritualistas, espíritas, defensores da neurolinguística … concluindo que, tirando algumas belas mensagens (inclusive sábias – dormir bem, por exemplo, é uma delas), num contexto geral, escrevem fantasias, contos de fada, historinhas do tipo “me engana que eu gosto”. Então, com todo meu respeito, é só uma impressão: estou achando que este Racionalismo Cristão, é um plágio de um pouco de tudo isto aí, mas pela mensagem que você indicou, ainda prefiro o Pequeno Príncipe, mil vezes!
– E quero aproveitar Marden pra saber, já que você lembrou em comentário anterior, que o blog é o OBRAS PSICOGRAFADAS, se você (pergunto pro Bruno também), está dispostos a discutir o tema, ou, só você neste caso, está afim, de fazer propaganda da tua igreja?
– Por favor, não me leve a mal, eu respeito tua crença. Se você está feliz nela, se encontrou um porto seguro, ótimo! Mas, sinceramente, minha paciência para novas historinhas de Jesus daqui, Jesus dali, …
Um abraço!
abril 18th, 2012 às 6:41 PM
Marden,
Eu fui ver o 1º link que você sugeriu, quando você me “descacou” (o Scur disse), e me interessei por um tema muito presente em minha vida: bichos, especialmente cachorros. Veja o que o teu Racionalismo Cristão diz:
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Evolução de um animal
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Quero saber se um cachorro pode evoluir a um ponto de chegar a encarnar como ser humano.
Aprendemos no Racionalismo Cristão que tudo no Universo é composto de Força e Matéria.
A Força é uma partícula da Inteligência Universal, do Grande Foco, e essa partícula evolui atuando na matéria, desde os minerais, percorrendo os vegetais e animais, até alcançar um grau evolutivo que lhe permita usar o livre-arbítrio. Nessa fase, passa a ser denominada espírito e continua sua evolução através de várias encarnações como seres humanos.
Como vê, todos os espíritos, antes de encarnar em corpo humano, passaram por vários estágios, inclusive o de animais. Portanto, está dentro das leis naturais que a Força que anima um cachorro evoluirá até estar preparada para, como espírito, encarnar em corpo humano.
Se quiser aprofundar esse assunto, pode ler os capítulos Força e Matéria e Grande Foco do livro Racionalismo Cristão. Pode, também, ler Trajetória evolutiva, de Felino Alves de Jesus, que desenvolve bem esse tema.
De ” Evolução de um animal” para a página desta seção
…
…
…
Achei tudo muito legal, até interessante, só que tem dois probleminhas:
1º) Cópia do que diz o espiritismo;
2º) Baseado em que são feitas estas afirmações, qual é a fonte, qual é a evidência?
Você pode não gostar Marden, mas isto é pseudociência, isto é crendice, isto é crença, fé, dogma.
Cai fora disto Marden, faz tempo.
abril 18th, 2012 às 6:44 PM
Marden
As considerações do Biasetto para você e o Bruno pareceram mais um desabafo, que alias , eu concordo. Há uma séria desvantagem em ser cético pq que as regras são bem rígidas quando trata-se de métodos científicos o que tira totalmente o direito do cético usar o bom senso, ainda que seja muito difícil conviver com o fracasso constante quando se investiga fenômenos paranormais sem se tornar, por vezes, um ‘falso cético.’
Considere a seguinte situação: O VM publica um artigo falando do WV, eu nem vou ler! pq eu já vi tanto
absurdo sobre WVcheguei ao ponto de me recusar a ler qualquer coisa sobre ele e sua pseudociência.
Aí alguém vai me dizer que recusar-se a ouvir não é um posicionamento muito cientifico, alias esta critica a gente acaba ouvindo tanto dos céticos quanto dos crentes.
Eu me considero apenas cético na maior parte do tempo, mesmo que seja subitamente
tomado por um sentimento de descrença quando alguém me diz que ‘ouviu vozes’,viu habitantes de outro planeta com aspecto totalmente humano ou uma reencarnação, contudo nestas situações eu não viro as costas e saio rindo, eu escuto, e juro pra vc, juro pelo Planeta Chupão do Roberto que eu sinto um fiozinho de empolgação em ouvir algo novo, não tão incrivelmente fantástico e que, principalmente possa ser testado.
Os céticos que são apenas céticos o tempo todo, naturalmente são mais que céticos, são crentes, são pessoas de fé, mas que não querem ser enganadas. De uma forma ou de outra ser crente e ter fé, pra mim prejudica mais a ciência do que o oposto pq é mais fácil encontrar um pseudo-cético que aceite uma explicação cientifica do que uma pessoa de fé.
Li o link que vc mandou e também o comentário que o Biasetto teceu bem tarde da noite.
Eu concordo com o conteúdo da mensagem no seu significado mais simples, contudo achei muito obvia e repetitiva. Acho que as comparações do Biasetto fazem sentido.
Abraços
abril 18th, 2012 às 6:45 PM
Marden,
É por coisas assim, que eu não estava a fim de levar a sério as tuas indicações – está no Racionalismo Cristão:
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Espírito não tem sexo
Como entender aqueles que resolvem mudar de sexo na presente encarnação?
O espírito não tem sexo. Ele encarna em situações diferentes, ou seja, sexos diferentes, países diferentes, raças diferentes, condições sociais diferentes etc., pois deve aprender todas as lições que o planeta Terra oferece.
Assim, em cada situação encarnatória, tem condições de desenvolver atributos espirituais necessários para sua evolução.
Compreendemos, portanto, que, quando o espírito encarna com determinado sexo, está se dispondo a desenvolver características relativas à escolha feita.
Se ele resolve, depois de encarnado, que deve assumir outro sexo, estará contrariando a programação que ele mesmo fez em plano astral.
Pode-se, portanto, dizer que a própria pessoa está se desviando dos propósitos que assumiu. Lembramos que esse compromisso foi assumido pelo próprio espírito e este considerou sua decisão importante para cumprir seu aprendizado neste planeta-escola.
Podemos levar em consideração que a mídia em geral dá muito destaque a manifestações homossexuais, induzindo, talvez, pessoas a se desviarem de seu propósito encarnatório.
Esses espíritos voltarão em próxima encarnação mais determinados a realizar seu aprendizado. Encarnarão, portanto, outras vezes, em corpo de sexo masculino ou feminino, de acordo com suas necessidades de desenvolvimento espiritual.
Como podemos deduzir, a opção para mudar de sexo, feita enquanto encarnado, contraria determinação anterior cuja responsabilidade foi assumida em plano astral.
Por isso, o Racionalismo Cristão ensina-nos a encarar com seriedade os estudos espirituais, pois saberemos dar valor às necessidades espirituais que nos levaram a encarnar.
De “Espírito não tem sexo” para a página desta seção
…
…
…
Quanta bobagem hein amigo!
Se isto é racionalismo, se isto é cristão, putz!
abril 18th, 2012 às 6:51 PM
Sergio Moreira,
O que me mantém participativo no blog do Vítor Moura, é encontrar pessoas sábias como você. Se o Bruno elogiou o que o Marden disse, agora eu elogio TUDO QUE VOCÊ DISSE. Parabéns!
E, veja aí, as coisas que postei do tal Racionalismo Cristão. Repito: eu respeito o Marden, fico até, paradoxalmente, com uma “invejinha”, de quem se encontra em algo, sente-se bem … Mas como disse, José Saramago: NÃO BRINQUEMOS COM COISAS SÉRIAS !
abril 18th, 2012 às 9:31 PM
Bia!
Estás muito rebelde meu caro espírito reencarnado na humanidade terrena.
Quer tu queiras, quer não queiras, vais nascer mulher vez ou outra. Se tu não estiveres bem preparado psiquicamente para a mudança de sexo talvez tenha recebido o encargo como expiação pelo teu abuso do sexo frágil, enquanto machão, aí virá mal enquadrado num corpinho de mulher.
Talvez tenhas trejeitos muito másculos para uma mulher e te considerem, os preconceituosos assim como tu és em relação ao Divaldo, ao Chico, te chamarão de sapatão.
Talvez tu não seja, talvez tu até queira te relacionar com homens, mas como tu poderá ser uma mocréia meio feiosa, pouco cabelo e cara de enfezada, vão achar que o teu negócio não é com o parceiro masculino, enfim, estas coisas que estamos careca de conhecer.
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Bom, tenho que sair correndo agora porque vou assistir a uma palestra do digníssimo Divaldo Franco, aqui em Caxias, sob o título de “Messias”.
São sempre excelentes, imperdíveis.
Se der eu vou pedir para ele se ele já não sabia das intenções do VMware quando decidiu dizer para ele que “não lembrava” onde tinha visto a história desta matéria aqui e que deixou o precipitado “cientista” VMware mal na foto.
Para mim ele deve ter deixado ele morrer pela boquita de jacaré que ele tem.
Até.
abril 18th, 2012 às 9:51 PM
Marden,
É por coisas assim, Marden e Bruno, que perdi a paciência com religiosos, especialmente espíritas, do tipo Scur.
Scur, aproveita e dá um beijo na boca do Divaldo, mas diz pra ele, que você tem um amigo, que não só acha, mas TEM CERTEZA, QUE ALÉM DE GAZELA, ELE É PILANTRA.
Quanto a gostar de homens … olha, eu sempre achei o Robert Redford muito bonito. Mas ainda prefiro a Angelina Julie. Se bem que o maridão dela é lindão também hein?
abril 18th, 2012 às 11:52 PM
Biasetto,
Achei muito legal seus comentários, embora tenha demonstrado um pouco de impaciência com os ditos “religiosos”, concordo com o Sérgio Moreira quando diz em seu comentário que tudo foi um desabafo de sua parte, e que realmente você ta de “saco cheio” dos espiritas.
Acho que o Kardecismo realmente é um assunto muito controverso e polêmico, exatamente por colocar em cheque a existência de espíritos e sua possível comunicação com o plano material. Concordo com você quando diz que isso não é ciência (entenda como algo que se encaixe nos métodos aceitos pela comunidade cientifica atualmente), e que nada ainda foi provado olhando por esse prisma. O grande problema do kardecismo é de partir de uma premissa que é inatingível aos padrões da ciência de hoje, mas que admitindo essa premissa como verdadeira, muita coisa pode ser explicada.
Porem fica aqui minha crítica ao método, que limita nossos horizontes quando se trata de assuntos metafísicos, nos tornando escravos do pensamento cartesiano.
“Sou de opinião que, se a Metapsíquica não tem progredido mais, se deve isto a um defeito de método; quiseram dela fazer uma religião cheia de ardor, em vez de uma ciência serena e modesta… . Penso ser de não pequena utilidade destruir essa deplorável prevenção, filha de uma observação estranhavelmente parcial e superficial do movimento espírita encarado em seu conjunto. Se for verdade que o Espiritismo seja tomado num sentido religioso por uma multidão, aliás muito respeitável, de almas simples, não quer dizer isso que ele seja religioso, mas tão somente que as conclusões rigorosamente experimentais e, portanto, científicas, a que conduzem as investigações medianímicas, tem a virtude de reconfortar grande número de almas atormentadas pela dúvida… “( Ernesto Bozzano, No Journal of the American for S.P.R. de setembro de 1923, pag 400)
abril 19th, 2012 às 11:02 AM
Olá Biasetto,
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Levando em consideração que disciplina não ocorre da noite para o dia e também considerando que você ainda não esteja completamente recuperado das noites de sono mal dormidas, procurarei levar isso em conta nos meus comentários a seguir.
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Primeiramente gostaria de dizer que, palavras do tipo “descascou” não constam no meu linguajar formal, porque para mim você não é um vegetal que se descasca e porque não uso tais adjetivos com pessoas que não conheço e que por isso requer o meu maior respeito. Portanto espero que já tenha dado para você ter uma noção do nível de educação deste interlocutor aqui. Segundo, se não me equivoco, esse foi um adjetivo usado por você no tema polêmico sobre anencéfalos, do qual eu preferi me excluir dos debates por não ter uma opinião ainda bem formada sobre este tema.
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Você diz que o Racionalismo Cristão seria como um plágio de tudo que foi citado por você. Explico: levando em conta que o tema abordado seja o Espiritismo, portanto é natural que cada doutrina tenha seus métodos próprios, certo? Podem divergir em alguns pontos, porem prevalece outros pontos similares, concorda comigo? Um biólogo ou botânico, que faz algumas observações de campo acerca de um dado objeto de estudo, estaria plagiando os seus colegas de outras cidades, porque eles também tenham encontrado as mesmas evidências, ou evidências similares? Isso seria plágio no seu entender? Não seria isso justamente o contrário e sim a legitimidade de um método científico, tentando replicar observações feitas e outras ainda por fazer?
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Então eu poderia ser levado a pensar que você possa acreditar que se um determinado fenômeno é replicado, seria plágio e se não for replicado, não seria científico, correto? Quero que você possa recuperar das noites mal dormidas, como já disse antes, para que assim possamos de uma melhor forma abordar sobre vários temas e que não fique parecendo que você esteja se contradizendo, talvez pela falta de um raciocínio mais prolongado.
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Biasetto, tentando traçar ligeiros comentários e sem querer fatigá-lo ainda mais, já que a ciência (espírita) é vasta e profunda, vou tentar “matar seus dois coelhos com uma única cajadada”. Mas antes de falar sobre a evolução da partícula da Força nos 3 reinos da natureza e sobre as escolhas desta mesma força sobre alguns pontos, dentre eles o da escolha do sexo, preciso se torna esclarecer que o RC existe há mais de 100 anos e que dentre os seus estudiosos, se encontram cientistas e pesquisadores das mais variadas disciplinas.
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Então irei evocar o atavismo. De acordo com dicio.com.br atavismo seria “s.m. Reaparição, em um descendente, de certos caracteres vindos de um antepassado, e que não se haviam manifestado nas gerações intermediárias”. Hoje a ciência (materialista) explica o atavismo biológico em certos animais, mas quando se trata de pessoas a situação fica um pouco mais complicada, requerendo maiores estudos, porque alguns tipos de comportamentos não se consegue explicar simplesmente da mesma forma que o atavismo orgânico. Um tipo de atavismo já estudado pela ciência é a Hipertricose Lanuginosa Congênita, conhecida como síndrome do lobisomem (clique aqui para ver uma definição: http://goo.gl/glbL7 ou aqui para ver umas fotos: http://goo.gl/24lCg).
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Descartando a teoria da reencarnação e consequentemente a existência da Força, como você está sugerindo, você seria então capaz de dar uma explicação lógica e racional sobre esse fenômeno? E quando o assunto é o comportamento humano, onde alguns seres tendem a latir como cachorros ou a uivar como lobos, ou outros comportamentos similares ao de animais e mais uma vez, descartando a existência da Força, você teria como explicar tais comportamentos? Apenas para te ajudar nas suas pesquisas e direcioná-lo para um estudo mais amplo, veja a síndrome de Tourette.
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Pois para esse problema e dilema do atavismo, um médico brasileiro e espiritualista, deu melhores explicações para esse fenômeno, que só pode e deve ser aceito levando em conta os fenômenos espiríticos. Mas irei aguardar, as suas conclusões para então apresentar as teorias deste médico brasileiro.
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Boas noites de sono e bons estudos Biasetto, é o que mais te desejo por estes dias.
abril 19th, 2012 às 11:05 AM
Biasetto,
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Sem querer achar que você esteja sendo contraditório novamente, qual o critério que você adota para gostar de dois pensadores reencarnacionistas (Richard Bach e Dalai Lama) e desprezar outros. Você aceita as ideias reencarnacionistas apenas destes dois ou também aceita a ideia de reencarnação de algum outro autor, pensador?
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Achei bastante curioso isso, porque a médica e pesquisadora brasileira (e racionalista cristã) Glaci Ribeiro da Silva, também coloca bem no inicio de sua página e juntamente com seus artigos, uma frase de Richard Bach, extraído do livro Fernão Capela Gaivota, veja a frase e seus artigos aqui: http://goo.gl/h5Hn9. Mas por favor te peço, não leia os artigos dela, porque assim você estará “tirando as cartas da minha manga”.
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Compreendo o gosto desta médica pelas ideias de Richard Bach, mas e quanto a você? Estaria você escondendo algo que eu desconheço?
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Mais uma vez, te desejo: descanso, saúde e paz!
abril 19th, 2012 às 11:07 AM
Sérgio Moreira,
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Primeiramente obrigado por manifestar sua opinião sincera sobre o que pensa acerca do link que sugeri e dos comentários feito por Biasetto. Compreendo perfeitamente que à primeira vista, olhando superficialmente para algumas linhas ou frases de alguma das obras do Racionalismo Cristão, note-se um linguajar simples. Mas porque isso se dá? A resposta é bem simples também. O Racionalismo Cristão procura, em linguagem simples, clara, objetiva e, portanto, de fácil entendimento por todos, explicar aos que desejam conhecer a realidade da vida espiritual, que o universo é composto de Força e Matéria.
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Digamos que você seja um palestrante e que vai apresentar alguma ideia ou produto para uma plateia e que nesta plateia se encontre desde camponeses à profissionais de várias áreas, como médicos e engenheiros, por exemplo. Como você se apresentaria para esta variedade de pessoas a sua ideia?
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Também entendo o comportamento de muitos céticos (principalmente dos céticos crentes) e vou tentar explicar com a parábola da “síndrome do ouriço”. Imagine que um ouriço que nunca teve contato com humanos de repente se vê atravessando um pátio de uma escola e quando ele se encontra bem no meio do pátio, chega a hora do recreio das crianças. Muitas delas que também nunca tinham visto um ouriço antes, começam a dar chutes, jogar pedras, fazer barulho, etc. O pobre ouriço, tentando fugir deste lugar, dá alguns passos e logo se fecha todo. As crianças então fazem total silêncio quando percebe que o ouriço se fecha e assume uma forma de bola de espinhos. E toda vez que o ouriço se abre para querer dar uns passos de fuga, novamente é molestado pelas crianças. E a situação se repete por várias e várias vezes, até que o ouriço resolve permanecer definitivamente fechado, mostrando seus espinhos. Acaba-se o recreio, as crianças voltam para suas salas, mas o ouriço permanece ali fechado e com os espinhos sempre à mostra.
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Muitos céticos também agem assim e talvez essa seja a postura adotada por Biasetto, que de tanto ser importunado, hoje se vive fechado, mostrando seus espinhos. E há outros, protegido dentro de uma falsa carapaça, muitas vezes disfarçada com o nome de ateísmo. Mas você talvez possa perguntar, se eu teria alguma autoridade para falar dos ateus? Minha resposta é não, mas o codificador do Racionalismo Cristão, esse sim pôde e falou muito bem, já que ele mesmo foi ateu até seus 50 anos de idade. Veja mais sobre Luiz de Mattos: http://goo.gl/FHZxY
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Sérgio, se você for um cético agnóstico e não um cético crente, que procura estudar e tenta compreender antes de criticar, posso te sugerir algumas leituras médicas da mesma autora que antes eu havia indicado para o Biasetto não ler (pelo menos não antes de me apresentar as evidencias dele).
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Fica aqui o link http://goo.gl/h5Hn9 e o meu forte abraço e boas pesquisas.
abril 19th, 2012 às 11:09 AM
Biasetto,
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Estou assumindo que você não acredita em espíritos certo? Como já me referi antes, isso parece que não está muito claro (vide Richard Bach e Dalai Lama). Portanto, qualquer comentário sobre espíritos, acredito que sua tendencia é se fechar e se mostrar hostil. Para melhor entendimento, leia a matéria deste blog ou veja a explicação que dei ao Sérgio sobre a “síndrome do ouriço”.
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Mas vamos assumir que você esteja dormindo melhor e que seu raciocínio não esteja mais sendo afetado pela falta de sono. Estou levando em consideração que suas palavras foram honestas e que você realmente esteja procurando ter hábitos mais salutares. E que a consequência destes novos hábitos (não é fácil acabar com certos vícios), você esteja assimilando melhor os temas tratados aqui neste blog e consultando outras referências bibliográficas para ter uma opinião melhor formada.
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E depois de certas investigações, você admita que possa existir algo fora da matéria (espíritos). Você acredita que esses espíritos deveriam ter sexo? Faça aí alguns raciocínios, use sua razão e lógica (sei que no momento atual isso te irá custar um maior esforço). Você (assumindo que exitam espíritos, volto a frisar), acreditaria que uma vez encarnado como homem pela primeira vez, este espírito deverá ser homem pelo resto da vida nas suas múltiplas encarnações? Não seria esse um pensamento machista (ou feminista pelo lado contrário)?
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O Espiritismo é uma doutrina livre-arbitrista. O livre-arbítrio não se resume apenas aos planos físicos, mas estendem-se aos mundo espirituais e são nestes mundos espirituais onde melhor uso se faz do livre-arbítrio. O espirito, antes de encarnar, traça planos para processar, da melhor forma possível, a sua evolução espiritual. Ele escolhe a família, país e também o sexo (irei aguardar suas pesquisas sobre atavismo para continuar desenvolvendo este raciocínio). Nada irá impedir depois que este espírito tome outros rumos, diferentes dos que foram traçados nos planos espirituais.
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Deixe-me explicar melhor, nenhum espírito em seu mundo espiritual (ou mundo de estágio no conceito do RC) vem a este mundo físico para se entregar aos vícios (como o do álcool, do fumo e da maledicência, apenas para citar alguns). Também ele não vem a este mundo para transgredir leis biológicas, como o mau hábito de trocar a noite pelo dia. Mas ele pode fazer isso, se desejar, porque tem o livre-arbítrio. Mas as transgressões de algumas leis biológicas tem consequências brandas e outras podem ter consequências mais graves.
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Espero sinceramente que o esclarecimento espiritual possa cada vez se fazer sentir em seu entendimento e raciocínio. Receba meus votos de saúde e paz!
abril 19th, 2012 às 11:11 AM
Bruno,
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Belas colocações direcionadas ao Sérgio. Te felicito sobre a forma nobre e serena de expor alguns pareceres acerca do Espiritismo. Continue assim amigo, sendo sincero para consigo mesmo. Um forte abraço.
abril 19th, 2012 às 11:16 AM
Biasetto,
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Parece que existe um cético (talvez agnóstico ou crente) que conhece o Racionalismo Cristão e que possivelmente conhece as obras básicas desta doutrina. Sugeri a ele que viesse aqui para somar com seus conhecimentos. Se trata do André Ribeiro, ao que parece um defensor também das suas ideias.
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Esperamos então a participação dele junto ao nosso debate. Assim, na parte que te falta (um maior conhecimento dos princípios do Racionalismo Cristão) ele irá poder te auxiliar mostrando seus conhecimentos, ok?
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Novamente, descanso, saúde e paz!
abril 19th, 2012 às 12:57 PM
Olá Marden,
É fácil perceber, que você é uma pessoa serena, educada e bem informada sobre as ideias e crenças que defende. Legal isto, mas não me convence.
Vou esclarecer alguns pontos de suas observações:
1º) Eu acredito na existência de espíritos. Também na reencarnação. Acredito, mas não conheço provas indiscutíveis sobre tais fenômenos, portanto, também tenho dúvidas a respeito.
2º) O fato de acreditar que espíritos existam e reencarnem, não significa que eu acredite nos ensinamentos kardecistas e chiquistas sobre o tema, nem no da tua crença: o Racionalismo Cristão. O Vítor tem ideias sobre o tema, baseadas nas pesquisas que fez, as quais não considero “perfeitas”, mas penso estarem muito mais próximas à realidade.
3º) Em linhas gerais, o termo “racionalismo”, é empregado em algo que possa ser demonstrado, ou provado, a partir de concepções e ideias pré-estabelecidas, alicerçadas em fundamentos e aplicações concretas. Quando o Racionalismo Cristão diz:
I – O espírito não tem sexo. Ele encarna em situações diferentes, ou seja, sexos diferentes, países diferentes, raças diferentes, condições sociais diferentes etc., pois deve aprender todas as lições que o planeta Terra oferece.
MEU COMENTÁRIO: trata-se de uma hipótese, uma ideia, sem comprovação. Ou estou errado? Continuando …
II – Compreendemos, portanto, que, quando o espírito encarna com determinado sexo, está se dispondo a desenvolver características relativas à escolha feita.
Se ele resolve, depois de encarnado, que deve assumir outro sexo, estará contrariando a programação que ele mesmo fez em plano astral.
MEU COMENTÁRIO: mais uma vez, está-se fazendo uma afirmação sem comprovação. E, o que é pior: está-se criticando os homossexuais, afirmando que eles não estão cumprindo o que foi “programado”, de comum acordo, imagina-se. Portanto, trata-se de uma afirmação condenatória, discriminatória. Continuando …
III – Podemos levar em consideração que a mídia em geral dá muito destaque a manifestações homossexuais, induzindo, talvez, pessoas a se desviarem de seu propósito encarnatório.
MEU COMENTÁRIO: agora está-se usando de uma falácia, a ideia de que a mídia ou alguém, vai levar uma pessoa a ser heterossexual, bissexual ou homossexual. A mídia, a família, a escola, o meio social, acredito eu, poderá (poderão) influenciar no comportamento da pessoa, mas não em sua orientação/manifestação sexual. Continuando …
IV – Esses espíritos voltarão em próxima encarnação mais determinados a realizar seu aprendizado. Encarnarão, portanto, outras vezes, em corpo de sexo masculino ou feminino, de acordo com suas necessidades de desenvolvimento espiritual. Como podemos deduzir, a opção para mudar de sexo, feita enquanto encarnado, contraria determinação anterior cuja responsabilidade foi assumida em plano astral. Por isso, o Racionalismo Cristão ensina-nos a encarar com seriedade os estudos espirituais, pois saberemos dar valor às necessidades espirituais que nos levaram a encarnar.
MEU COMENTÁRIO: mais uma vez, trata-se de afirmações, baseadas em hipóteses, crenças, que não se fundamentam em evidências concretas, racionais e lógicas. Por que, por exemplo, o homossexualismo aparece em diversas outras espécias animais? O teu Racionalismo Cristão responde a isto? E, mais uma vez, reforçando o que eu disse, estas colocações são preconceituosas e discriminatórias. Um jeito, um pouco mais “meigo”, mas nem por isso menos cruel, de desqualificar os bissexuais e os homossexuais, pois está se dizendo, que é ERRADO agir assim.
Desculpe-me Marden, mas não vejo racionalismo algum nestas ideias, apenas conservadorismo, fundamentação arcaica e tola.
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Em seu comentário recente, você disse:
O Espiritismo é uma doutrina livre-arbitrista. O livre-arbítrio não se resume apenas aos planos físicos, mas estendem-se aos mundo espirituais e são nestes mundos espirituais onde melhor uso se faz do livre-arbítrio. O espirito, antes de encarnar, traça planos para processar, da melhor forma possível, a sua evolução espiritual. Ele escolhe a família, país e também o sexo …
MEU COMENTÁRIO: novamente, afirmações sem comprovação e/ou evidências concretas. A respeito do livre-arbítrio, o Vítor já expôs importantes e significativos estudos aqui, indicando, a partir de estudos científicos, que não existe ou, acho melhor pensar assim, precisa ser relativizado.
Você também disse: Deixe-me explicar melhor, nenhum espírito em seu mundo espiritual (ou mundo de estágio no conceito do RC) vem a este mundo físico para se entregar aos vícios (como o do álcool, do fumo e da maledicência, apenas para citar alguns). Também ele não vem a este mundo para transgredir leis biológicas, como o mau hábito de trocar a noite pelo dia. Mas ele pode fazer isso, se desejar, porque tem o livre-arbítrio. Mas as transgressões de algumas leis biológicas tem consequências brandas e outras podem ter consequências mais graves.
MEU COMENTÁRIO: você está muito mal informado sobre “se entregar aos vícios”, sugiro que se informe um pouco mais sobre “dependência química”, questões genéticas que influem no comportamento e ação das pessoas, sobre determinados hábitos, prazeres e vícios.
Agora, besteira mesmo, você disse sobre ” o mau hábito de trocar a noite pelo dia.” Você já ouviu ou leu algo, sobre o “relógio biológico”? Você sabia que certas pessoas, me encaixo neste grupo, têm muito mais criatividade, vontade e prazer, de trabalhar à noite, por exemplo? Infelizmente, não posso viver assim, mas até que gostaria. Estudos mostraram que muitas crianças e adolescentes, apresentam baixo rendimento escolar – e isto não está, obrigatoriamente relacionado à hora que foram dormir -, porque “não funcionam” pela manhã, especialmente nas primeiras horas do dia. É o “relógio biológico” delas. Esta ideia de que é preciso acordar às 5 da manhã e trabalhar até às 6 da tarde, sempre foi e vai de encontro aos interesses, PRINCIPALMENTE, do patrão, do empregador. Já que você gosta de me fazer sugestões, pesquise um pouco sobre as ideias do pesquisador italiano Domenico De Masi.
Você me parece ser uma pessoa bem intelectualizada, mas bem conservadora, também.
Valeu.
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Ah! Richard Bach é um escritor que descobri na adolescência. Gosto muito de “Ilusões”, “Longe é um lugar que não existe”, “Fernão Capelo Gaivota”, “Estranho à Terra” – ele não é religioso, não defende ideias reencarnacionistas, não me lembro disso. Ele é um “espiritualista”, um aventureiro, que adorava voar em seu pequeno avião, visitando lugares e escrevendo sobre coisas legais da vida, sobre valores verdadeiros, prazeres e questionamentos que considero interessantes e agradáveis. O Dalai Lama não fica fazendo proselitismo de nenhuma crença. Escreve coisas sábias, dá “bons conselhos”, ainda que não haja nada de original na obra dele, também; lê-las, me trazem momentos agradáveis.
Ele não julga, não discrimina, não condena ninguém a oito anos de umbral, só porque foi metidinho e mulherengo numa vida dos anos 1920, no Rio de Janeiro.
abril 19th, 2012 às 1:05 PM
Marden,
Vi uma explicação no Racionalismo Cristão, sobre o tema “sofrimento”. Achei-a fraquinha de tudo. Aproveitando, gostaria de saber se o teu Racionalismo Cristão explica o porquê dos animais sofrerem – e sofrem muuuiiito. Você pode explicar?
abril 19th, 2012 às 8:30 PM
Olá Biasetto,
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O RC não necessita de fanáticos, nem muito menos de adeptos. Sabemos que nenhuma ciência está completa, que nenhuma ciência tem todas as respostas e que a ciência espírita não foge desta regra. O Espiritismo é uma ciência de observação, tal como a astronomia, ambas ciências usam instrumentos para melhor realizar tais observações, na astronomia o aparelho telescópico e no Espiritismo o aparelho mediúnico. Se ambos aparelhos estiverem “danificados”, se a condição para a observação não for favorável, os resultados serão imprecisos, tanto numa quanto noutra ciência.
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Antes eu via um buraco que nos separava. Agora vejo um abismo. Vamos tentar sedimentar esse abismo, ou quem sabe construir uma ponte com conhecimentos e um raciocínio lógico. Então agora sei que você acredita em espíritos e que também é um reencarnacionista. Mas que não conhece provas indiscutíveis sobre o mesmo. Mas provas são para ser discutidas, questionadas, se não seria dogma, fanatismo, imposição de uma crença, certo?
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Pelos seus comentários já deixados aqui no blog posso com certeza afirmar que você não é mais Kardecista. Não segue a doutrina Kardecista e nem outras correlacionadas. Então tentarei fazer um exercício mental (um esforço, melhor dizendo), uma análise, para tentar entender seu ponto de vista, já que você é quase um espírita sem doutrina. Se você me tivesse dito que um espírito pode se comunicar através de um médium, então eu diria com certeza que você é um espírita sem doutrina.
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Pelo lido e acompanhado aqui no blog sei que você largou o Kardecismo, mas pelo seu ultimo comentário posso afirmar que você ainda se sente um quase espírita. Mas não acredita na doutrina do livre-arbítrio, correto? Então eu pergunto: um espirito estaria seguindo a vontade de Deus, para nascer em um determinado lugar, com um determinado sexo? E se esse espirito nasce saudável ou doente, foi vontade de Deus, certo?
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Já que você acredita que existem espíritos, que reencarnam, mas não por sua própria vontade, então esse seu Deus (ou outro nome que você queira dar para essa entidade) que escolhe a pátria e o sexo desse espirito, seria justo para você? Esse Deus ele julga esses espíritos? Ou o espírito julga a si próprio?
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Veja que são muitas interrogações e outras tantas perguntas tenho ainda para fazer, mas que de momento deixarei que você me responda essas primeiro. Note-se que você tem uma vantagem, você tem a fonte onde eu vou saciar meus conhecimentos. E no meu caso eu apenas conto com as informações que você me fornece ou os comentários que você já deixou aqui no blog.
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Veja que ambos acreditamos em espíritos e em reencarnação. Eu assumo a afirmação racionalista de que o espirito é quem determina e escolhe o país, os pais, o sexo dentre outras escolhas. Quero levantar aqui uma ressalva para as partículas da Força que se iniciam nas suas primeiras evoluções em corpo humano que normalmente são orientados por outros espíritos já em classes superiores. Acredito também na doutrina do livre-arbítrio, que pelo visto você não acredita e nem me mostrou algo do que parece acreditar. Também estou de acordo com a posição tomada pelo Racionalismo Cristão de não julgar a quem quer que seja.
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Havia feito alguns questionamentos em meu comentário anterior sobre o que você pensava sobre o atavismo. Julgo que agora talvez a sua opinião não seja tão necessária, já que a nossa conversa está tomando outros rumos, desde o momento que você afirmou que é um reencarnacionista. Sobre o atavismo, iria trazer à tona algumas informações relevantes, cujas melhores explicações seriam dadas através da doutrina da reencarnação. Mas já que ambos estamos de acordo com a reencarnação, vou deixar as informações para um outro momento mais oportuno.
abril 19th, 2012 às 8:37 PM
Biasetto,
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Eu disse: nenhum espírito vem a este mundo físico para se entregar aos vícios.
Você disse: você está muito mal informado sobre “se entregar aos vícios”, sugiro que se informe um pouco mais sobre “dependência química”, questões genéticas que influem no comportamento e ação das pessoas, sobre determinados hábitos, prazeres e vícios.
Se estou enganado, me passe a referencia, afinal aqui estou ou estamos, para contestar, comparar a ciência materialista com ciência espirita (que eu defendo) e discutir seus pontos antagônicos, se existirem.
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Constantemente você diz: novamente, afirmações sem comprovação e/ou evidências concretas.
Mas quero deixar claro para você que a doutrina Racionalista Cristã é uma doutrina independente, ela não depende de outras doutrinas espiritas para fazer suas pesquisas e desenvolver seus estudos no campo da espiritualidade.
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Você disse: Você já ouviu ou leu algo, sobre o “relógio biológico”? Sim e sei que se você mudar do Brasil para o Japão seu relógio biológico vai sofrer alterações com essas mudanças, mas depois ele é restabelecido. E que o controle desse relógio biológico é feito através da luz, que aumenta ou diminui o nível de melatonina no cérebro. E mais adiante você diz: Estudos mostraram que muitas crianças e adolescentes, apresentam baixo rendimento escolar – e isto não está, obrigatoriamente relacionado à hora que foram dormir -, porque “não funcionam” pela manhã, especialmente nas primeiras horas do dia. É o “relógio biológico” delas.
Ai eu pergunto que estudos são esses, qual a porcentagem de crianças nesses testes que demonstram esse comportamento anômalo?
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Procure sempre citar suas fontes, como eu venho fazendo e pode ter certeza que irei ler cuidadosamente. Diferentemente de você que mal le o que escreve e muitas vezes nem sequer le as fontes que sugiro. Ja sei, é a falta de tempo e o sono ainda por se refazer! Certo? (rsrs) Se você quiser ver duas opiniões antagônicas sobre o uso abuso das drogas pela opinião da ciência materialista e sobre a ciência espiritualista, veja então esse link: http://goo.gl/WEoK9
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Você escreveu: Ele [Dalai Lama] não julga, não discrimina, não condena ninguém a oito anos de umbral, só porque foi metidinho e mulherengo numa vida dos anos 1920, no Rio de Janeiro. E quem condenou? Você usou a palavra umbral, mas essa não é um terminologia do RC, sera que você não esta confundindo as coisas? Procure não misturar as coisas e quando for citar algoa da doutrina Kardecista ou mencionar algum dos seus integrantes, procure deixar isso de forma clara. Eu ou algum leitor desavisado, poderia pensar que se trata de algum racionalista que agiu desta maneira. Mais uma vez quero sugerir, não confunda as coisas, são doutrinas diferentes, com metodologias de ensinos diferentes.
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E para finalizar, você disse: Vi uma explicação no Racionalismo Cristão, sobre o tema “sofrimento”. Achei-a fraquinha de tudo. Aproveitando, gostaria de saber se o teu Racionalismo Cristão explica o porquê dos animais sofrerem – e sofrem muuuiiito. Você pode explicar?
E eu pergunto: De qual explicação você está se referindo? E quero dizer que o RC não é meu, apenas sou um estudante. A doutrina é Universal e portanto pertence à humanidade.
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E para finalizar sobre o porquê dos animais sofrerem, primeiro se torna necessário dizer que o Espiritismo, explanado pelo Racionalismo Cristão, está direcionado ao ser humano, ainda que fornece alguns subsídios para que no futuro outras observações e analises possam ser melhor estudadas. De acordo com o medico Antônio Pinheiro Guedes, em sua obra Ciência Espirita, há a informação de que “a dor, o sofrimento, a moléstia. — ninguém o contestará, ninguém intentará sequer pô-lo em dúvida —, são contingências da vida inerentes à criatura; são conseqüência inevitável, quase necessária da luta do vivente com a Natureza; do organismo com o ambiente ou meio em que surge e se desenvolve.
A dor material ou moral, um sofrimento qualquer é, desgraçadamente, uma necessidade da vida, sem isso não haveria progresso, pois que este produto da atividade pela liberdade tem sua origem na necessidade, que significa falta; falta que representa um sofrimento; sofrimento que traduz a dor.”
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Saúde e paz!
abril 23rd, 2012 às 8:01 AM
Ele não julga, não discrimina, não condena ninguém a oito anos de umbral, só porque foi metidinho e mulherengo numa vida dos anos 1920, no Rio de Janeiro.
– Ei, Biasetto, quem foi que condenou o André Luís a oito anos de pena no Umbral?
maio 3rd, 2012 às 2:10 PM
Poderia disponibilizar o artigo em PDF? Parabéns pelo site, excelentes artigos!
maio 3rd, 2012 às 11:52 PM
Oi, marcos
coloquei para download aqui: http://www.4shared.com/office/nXnumeAU/gardner2010port.html
dezembro 27th, 2021 às 6:33 PM
Meu Deus, coitado do Gardner. Devia ter se concentrado na matemática pelo visto. Tantos erros pelo uso de uma fonte falha, inaceitável por parte de um acadêmico sério. Só deixam passar porque todo o assunto é considerado fringe por definição, mas não deixa de ser vergonhoso. É também tragicômico que os cetiquinhos fiquem citando o artigo tosco dele como referência sem saber dessa avalanche de erros básicos e crassos que beiram a desonestidade intelectual, hahaha. Fiquei com vergonha alheia pelo Nickell e esse tal Gottlieb. Viva Truzzi!