Divaldo Franco plagiou Paulo Coelho?
Recebi de Cristina e Toninho Baracat um artigo que busca mostrar um plágio de Divaldo Franco do livro “A Busca da Perfeição” extraído de “Histórias para pais, filhos e netos”, de Paulo Coelho. Apesar de as histórias serem essencialmente idênticas, não creio haver indício suficiente para caracterizar a atitude como plágio. Abaixo seguem os trechos de cada livro para comparação.
Paulo Coelho, “Histórias para pais, filhos e netos” (2001) |
Divaldo Pereira Franco, “A Busca da Perfeição”, Espírito Eros (2002) |
Uma viúva de uma aldeia pobre em Bengala não tinha dinheiro para pagar o ônibus para seu filho, de modo que o garoto, quando foi matriculado na escola, iria ter que atravessar sozinho uma floresta. Para tranqüilizá-lo, ela lhe disse: – Não tenha medo da floresta, meu filho. Peça ao seu Deus Krishna para acompanhá-lo. Ele escutará sua oração. O garoto fez o que a mãe dizia; Krishna apareceu e passou a levá-lo todos os dias à escola.
Quando chegou o dia do aniversário do professor, o menino pediu à mãe algum dinheiro para levar um presente. – Não temos dinheiro, filho. Peça ao seu irmão Krishna para lhe arranjar um presente para o professor.
No dia seguinte, o menino contou seu problema a Krishna. Este lhe deu uma jarra cheia de leite.
Animado, o menino entregou a jarra ao professor. Mas, como os outros presentes eram mais bonitos, o mestre não deu a menor atenção.
– Leve esta jarra para a cozinha – disse o professor para um assistente. O assistente fez o que lhe fora ordenado. Ao tentar esvaziar a jarra; porém, notou que ela tornava a se encher sozinha. Imediatamente foi comunicar o fato ao professor que, aturdido, perguntou ao menino:
– Onde arranjou esta jarra e qual é o truque que a mantém cheia?
– Quem me deu foi Krishna, o Deus da floresta. O mestre, os alunos, o assistente, todos riram.
– Não há deuses na floresta, isto é superstição! – disse o mestre. – Se ele existe, vamos lá fora para vê-lo!
O grupo inteiro saiu da sala. O menino começou a chamar por Krishna, mas este não aparecia. Desesperado, ele fez uma última tentativa: -Irmão Krishna, meu mestre quer vê-lo. Por favor, apareça! Nesse momento, escutou-se uma voz que vinha da floresta. Ela ecoou pela cidade e foi ouvida por todos: – Como é que ele deseja me ver, meu filho? Ele nem sequer acredita que eu existo!
|
Conta-se que, Ramakrishna, tanto quanto o seu discípulo Vivekananda, entre as histórias comovedoras de que gostavam, sempre narravam uma em que ressaltam a simplicidade e a pureza de coração. Tratava-se de um menino pobre, filho de humilde viúva, que residia fora da aldeia e que, para chegar à Escola, necessitava atravessar um bosque espesso. Aquele era um lugar temerário, em razão da presença de animais ferozes e de salteadores impenitentes. As crianças, economicamente bem aquinhoadas que o atravessavam, sempre se faziam acompanhar por servos que as protegiam. Sentindo-se desamparado, e receando os perigos da floresta, oportunamente a criança pediu à mãe a proteção de um adulto, ao que ela respondeu, lacrimosa: – É-me impossível consegui-lo, porquanto não dispomos sequer do necessário para o pão, quanto mais um serviço de tal natureza. Reflexionando um pouco, e muito comovida com o pedido do filho, concluiu: – Pede ao teu Irmão Krishna, para que ele te ajude e aguarde, à entrada do bosque, quando vás e quando voltes da Escola, e te conduza pelo caminho difícil, pois que ele é o Senhor da Vida. A criança confiante suplicou ao incomparável Benfeitor, que no dia imediato lhe apareceu e, a partir de então, aguardava-o à borda do bosque pela manhã, na ida à Escola e, à tarde, na volta ao lar.
Dialogavam pelo caminho, sorriam e amavam a vida, Quando o seu mestre aniversariou, todas as crianças foram convocadas a levar-lhe um presente.
O órfão solicitou à genitora uma dádiva, que lamentou não o poder atender.
Enquanto porém, ele caminhava pela floresta com Krishna, esse perguntou-lhe pela razão da tristeza que lhe ensombrava a face.
Esclarecido, o Anjo bom ofereceu-lhe uma jarra de leite, para que a brindasse ao professor.
Ao chegar à Escola, o menino acercou-se do mestre, e tentou ofertar-lhe o mimo. Mas esse, que era preconceituoso e aos pobres tratava com desprezo, comentava os valiosos presentes recebidos dos alunos ricos, enquanto que não dava importância ao órfão, que insistia para entregar sua dádiva.
Irritado com o pequeno, solicitou ao ajudante que derramasse o leite em outro vasilhame e lhe devolvesse a jarra, mandando embora o importuno.
Ao fazê-lo, porém, o cooperador percebeu, perplexo, que, à medida que transferia o líquido precioso de uma para outra vasilha, essa novamente se repletava.
Indagada, a criança explicou que fora presente de Krishna, ante a surpresa geral e a incredulidade de todos.
Na sua ingenuidade, o menino falou que diariamente o Sábio o conduzia pela floresta enquanto conversava com ele.
Solicitado a que levasse todos ao sítio do encontro, seguiram-no e, chegando à borda do bosque, ele pôs-se a chamar pelo Avatar, que não apareceu.
Sofrendo o apodo e a zombaria do mestre e dos colegas, que o abandonaram, e se foram, às gargalhadas, deixando-o confuso, pôs-se a chorar. Nesse momento, ele ouviu a voz do Mestre: – Não lhes apareci, porque eles não possuem um coração simples nem puro como tu o tens, para identificar a Verdade e defrontá-la. |
Embora o pouco tempo (apenas 1 ano) entre o aparecimento dessa história através do Paulo Coelho e a reprodução na psicografia do Divaldo seja um indício de que o Divaldo leu o livro do Paulo Coelho, não se pode caracterizar essa atitude como plágio, porque a história seria de domínio público, algo como a história de Chapeuzinho Vermelho, em que não se precisa dizer a autoria para reproduzir. E, para falar a verdade, o Divaldo (ou o Eros) disse a autoria! Vejamos no início:
Conta-se que, Ramakrishna, tanto quanto o seu discípulo Vivekananda, entre as histórias comovedoras de que gostavam, sempre narravam uma em que ressaltam a simplicidade e a pureza de coração.
O Paulo Coelho é que teria reproduzido assim, de alguma fonte, sem dizer a autoria, a história contada por Ramakrishna e Vivekananda. É claro que o Divaldo pode ter lido a história do livro do Paulo, buscado saber quem era o autor original e ter feito algumas adaptações, mas o fato é que o Divaldo (ou o Eros) admite que a história não é dele. Se o Paulo Coelho tivesse sido de fato o autor da história e o Divaldo não citasse a fonte, aí sim poderíamos dizer que houve plágio do Divaldo.
De qualquer forma, acho bom que os espíritas estejam ficando mais críticos das psicografias e passando a considerar outras explicações alternativas ao fenômeno. Espero que o Toninho e a Cristina continuem o trabalho que vêm realizando.
junho 3rd, 2012 às 8:09 PM
Vítor,
Indiscutivelmente, há muitas semelhanças entre as duas histórias, o que nos permite DESCONFIAR (antes que nos acusem de caluniadores), que Divaldo POSSA TER LIDO o livro do Paulo Coelho e, a partir desta leitura, ter criado o seu.
COINCIDENTEMENTE, o livro do Paulo Coelho é de 2001; o do Divaldo, 2002 – o que também aumenta a DESCONFIANÇA, de que o Divaldo possa ter lido o livro do Paulo Coelho, porque estava “fresquinho” né?
Mas …
junho 3rd, 2012 às 8:10 PM
bom o artigo, muito bom !
junho 3rd, 2012 às 11:44 PM
Vítor, fugindo um pouco do assunto, mas nem tanto, meu filho mais novo adora ler. Ler de tudo e, principalmente, histórias fantásticas, tipo Viagem ao Centro da Terra, livros do Senhor dos Anéis, Harry Potter … Eu incentivo ele, porque leitura é fundamental né? E ele está na adolescência, é legal viajar um pouco, nesta época da vida.
E ele também gosta muito de filmes, vídeos, documentários. Aí, ele me convidou pra assistir um especial da GNT, sobre a JK Rowling, a criadora de Harry Potter. Fiquei meio sem vontade, mas fui fazer o papel de pai né? Bem, gostei muito do documentário e acabei vendo umas coisas que me fez lembrar de uma certa pessoa. Quem assistir o documentário até o fim vai entender bem o que eu estou falando.
A JK Rowling, teve uma infância difícil, pouco relacionamento com o pai, a mãe teve esclerose múltipla, isto foi sofrido pra ela, a mãe ficou dez anos doente, até morrer. Bem, aí ela juntou tudo isto, esta experiência pessoal, com um talento natural pra escrever, um desejo de justiça e acabou criando os personagens, se deixando influenciar pelas experiências pessoais e o mundo que “faz-de-conta”, que resolve muitos conflitos pessoais, desejos e crenças.
Enfim, estou ficando cada vez mais convencido que os ditos médiuns, que afirmaram/afirmam escrever sobre a influência de guias espirituais, falando de mundo encantados, “personagens mágicos”, histórias encantadoras, procuram com isto, resolver seus próprios conflitos e desejos.
É só uma ideia, nada mais que isto.
http://www.youtube.com/watch?v=Vow2yPg4jqw
junho 3rd, 2012 às 11:47 PM
Bem, acabei generalizando, é verdade. Pode haver exceções, mas deve ser possível contar nos dedos: apenas de uma mão.
junho 4th, 2012 às 1:14 AM
Faz sentido.
junho 4th, 2012 às 11:29 AM
Esse Diviado Frango não me engana! Precisamos descobrir mais dele. E post da mulé du algoão? Foi o sCUr bagual véio que apagou??
junho 4th, 2012 às 12:56 PM
Falando meio como advogado: se a historinha é de domínio público, não há como dizer que Divaldo plagiou Paulo Coelho, apenas recontou-a, no meloso estilo espírita-chiquista. Eu posso ler uma história de domínio público em um livro e recontá-la em outro de minha autoria, não haveria plágio nenhum. A questão é diferente numa outra situação, por exemplo, quando se compara “Nosso Lar” com “A Vida Além do Véu”, ou se vê a história do peixinho dourado aparecer, do nada, num prefácio, sem dizer que a autoria é alheia.
Agora sob o prisma estético: não sou fã do Paulo Coelho, mas a sua versão da história é muito melhor e muito mais bem contada do que a divaldiana. Mais enxuta, mais sintética, mais objetiva. Divaldo quer se aproximar do seu paradigma, o falecido CX, e imita o seu estilo manteigoso, cheio de adjetivos e construções pretensiosas. É duro de ler.
junho 4th, 2012 às 2:52 PM
Pois é … mas o caldo entorna quando se quer fazer crer que o texto foi escrito por um espírito. Então, temos que chegar à conclusão de que foi o espírito quem leu o livro de Paulo Coelho!
.
OH WAIT !
.
Se tem Paulo Coelho nos planos superiores, acho que vou me arranjar no umbral, mesmo!
junho 4th, 2012 às 3:38 PM
Uma coisa que notei é que no conto do Divaldo ele retira o título de Deus do Krishna, chamando-o de “irmão” e “mestre”, rebaixando-o, tirando sua natureza divina. Claro, para o Espiritismo Jesus está acima de todos…
junho 4th, 2012 às 4:57 PM
Por isso mesmo que eu continuo a dizer que mediunidade é um fato atípico, o que significa que cada um pode fazer o que bem entender, escrever um livro por conta própria ou atribuí-lo a um espírito – desde que não seja um escritor famoso e ainda sob a regência do direito do autor, é claro. Veja-se o caso Humberto de Campos. Um fato atípico como esse não se comprova.
junho 4th, 2012 às 5:06 PM
Jesus administra o nosso sistema lá do Sol. O Krishna no máximo é assistente técnico para assuntos decorrentes da região oriental do planeta terra; bem como de um monte de seguidores malucos dele do ocidente; um grupo deles até possuem e participam do já tradicional desfile dos HareKrishna e dos bêbados de plantão (já tive em três desfiles) e mulherada bonita descolada na madrugada do ano novo em Balneário Camboriú/SC. Muita cantoria, cachaça, claro que não para HareHare e mulherada! Dizem que tem alvará de Jesus expedido lá do Sol!!! Que beleeeza!!!
junho 4th, 2012 às 10:39 PM
Para mim é um plágio descarado (mais um). Só falta aparecer um puxa-saco da gazela para querer tirar a página do ar.
Ufa!
junho 4th, 2012 às 10:41 PM
Espero que a moda não pegue.
junho 5th, 2012 às 12:57 AM
É Marciano, já imaginou ???.
.
Você conhece a “unção helicóptero”?
.
http://www.youtube.com/watch?feature=player_embedded&v=fpvGAj_icrc
junho 5th, 2012 às 1:05 AM
Em Marte tem dessas coisas?
.
http://www.youtube.com/watch?feature=player_embedded&v=IwMLcnO5yMA
junho 5th, 2012 às 1:44 AM
Disse tudo
http://www.youtube.com/watch?feature=player_embedded&v=0G5b4tEUYps
junho 5th, 2012 às 1:49 AM
http://www.youtube.com/watch?v=EZ0d1SCvGcA
junho 5th, 2012 às 8:16 PM
Pessoal, como assim??? Está escrito no texto do Divaldo que é uma história “folclórica”.
Se eu for contar a história da Chapéuzinho Vermelho, e mais 14 pessoas a recontarem é claro que ela será igual.
Vamos ler com mais atenção, pessoal.
O usuário Toffo já atentou para isso e tem gente ainda criticando…
junho 6th, 2012 às 12:05 AM
Espíritos não têm coisas melhores para contar?
junho 6th, 2012 às 2:37 AM
Eu não conhecia a “unção helicóptero”. Como diria o Castro Alves, . . . “mas é palhaçada demais. . .”.
.
Isso não é coisa de Marte. Deve ser do umbral.
.
História de domínio público psicografada é meio estranho. E vejam só o nome do espírito que ditou a obra.
junho 6th, 2012 às 1:52 PM
Pois é, Marcelo (ou seja, Marcianinho… rsrs), dizem que o papel aceita qualquer coisa que se ponha nele. É claro que você pode fazer uma versão hype de Cinderela ou de Branca de Neve – tal como o filme que está em cartaz – e atribuí-la a um espírito, sendo você o médium. Dá até status, é só lembrar o ensaio de John Monroe “Laboratories of Faith” em que ele diz que os médiuns franceses do século 19, geralmente de classes sociais mais baixas, viam na mediunidade uma maneira de ascender socialmente e ser aceitos numa sociedade melhor. Na verdade esses textos e livros todos só fazem provas contra si mesmos, porque provam que supostos espíritos e textos mediúnicos só produzem esse tipo de coisa, são incapazes de navegar em águas mais profundas ou voar mais alto no mundo das ideias e dos debates. Daí a pergunta: será que o plano espiritual emburrece as almas que vêm da Terra?
junho 7th, 2012 às 12:26 AM
Interessante a observação dos autores. Para mim, também, não há plágio. A história escrita por Paulo Coelho e a da psicografia são semelhantes, já que, possivelmente, tomam como base um mesmo conto ou interpretações diferentes de um mesmo conto. Pelo visto, o espírito não assumiu a autoria da história (que me pareceu bem fraquinha), então, não tem como haver plágio mesmo.
.
O curioso é que, se entendi bem, quem não cita a fonte, ainda que indiretamente, é o Paulo Coelho e as suspeitas caem sobre o Divaldo ter se inspirado no Paulo Coelho? Dois pesos e duas medidas?
junho 7th, 2012 às 1:34 AM
Não leio Paulo Coelho, mas dei uma olhada no livro, para ver se ele citou ou não a fonte. Ele diz claramente no prefácio que são histórias recontadas e que sempre que possível identificar a fonte ele a citará. Portanto, ele não plagiou. Se o deus do amor também citou a fonte, não há plágio de ninguém. O problema é só o Divaldo inventar que “recebe” um deus grego.
junho 7th, 2012 às 2:41 AM
É perfeitamente natural, que um escritor, ao criar um livro, reproduza nele, ideias e crenças pessoais, aliadas as coisas que leu, autores que admira … Não tem nada de absurdo nisso. Este livro do Michael Shermer (terminei de ler, não li integralmente todos os capítulos) – “Por que as pessoas acreditam em coisas estranhas” – é explicitamente, uma obra influenciada pelas obras de Carl Sagan, com destaque para “O mundo assombrado pelos demônios”. Só que tem um detalhe: em nenhum momento, Shermer procura esconder isto. Muito pelo contrário: ele escancara a admiração dele pelo Sagan, cita-o, reverencia-o.
A partir disto, surge o 1º grande problema com as obras ditas psicografadas: muitas delas, apresentam diversas semelhanças as “obras de autores terrenos” (deu pra entender né?) – sem que as referências sejam citadas. Ou seja: quem está agindo de má fé ou negligência? O espírito, o médium (que, neste caso nem médium é), ou os dois?
O 2º grande problema, é que eu procuro, muitas vezes, ao avaliar algo e emitir minha opinião, se colocar no “lugar de”. Então, vamos nos colocar no lugar de um espírito desencarnado, um espírito que está no plano espiritual, numa bela colônia, já tendo passado o trauma do desencarne … Nós procuraríamos um médium para escrever um livro de nossa autoria. O que diríamos nesse livro? Será que não tem tanta coisa pra dizer? Tanta novidade? Experiências pessoais, referentes à vida terrena e agora na condição de espírito livre da carne. Precisaria, ficar copiando livros, ou se deixando influenciar por livros editados na Terra, sem citar fontes, sem fazer ao menos uma referência?
É muito estranho isto, muito emblemático! Tira a credibilidade da psicografia – me faz acreditar, que o médium não é médium coisa alguma, que ele simplesmente leu uma história, várias histórias, resolvendo contá-la(s) ao seu modo, dizendo que recebeu de um espírito.
— Tá todo o pessoal reunido lá na FEB, uma data comemorativa, aí vem o Wagner Paixão, ler uma psicografia que diz ter recebido de Juscelino Kubitschek, e começa a falar “meus caros irmãos, nosso senhor Jesus Cristo” (coisas assim) – puxa vida, JK foi uma pessoa brilhante, um intelectual, um inovador, o presidente do Brasil, nos “anos dourados” – será que ele não tem coisas mais interessantes a nos dizer? Me custa acreditar que isto é psicografia, sinceramente …
A mesma coisa, acontece com as tais histórias de ETs. De contato com ETs. Eu acho perfeitamente possível que exista vida extraterrestre, com bilhões de galáxias no universo, por que não? Agora, o sujeito vem dizer que teve um contato imediato, que conversou com ETs, e aí vem dizer que o ET falou: “se amem mais, preservem o planeta, estudem, ‘busquem conhecimento’…”
Difícil né? Porque o ET não deixa pro cidadão uma informação realmente fantástica, na área médica, da física-quântica, da história?
No fundo, eu lamento, porque espiritualidade e ufologia, considero dois temas tão atraentes, tão elevados, mas tão avacalhados.
junho 7th, 2012 às 1:55 PM
O grande problema com a espiritualidade é que ela pressupõe a existência de espíritos. Sem espíritos não há espiritualidade. E ninguém consegue provar de modo crível a existência de espíritos.
A mesma coisa acontece com ETs. Antigamente acreditava-se que “todos os globos” eram habitados. Na medida em que não se encontra nada de vida em lugar algum, vamos diminuindo a nossa expectativa. Se encontrássemos fósseis de microorganismos em Marte, seria ótimo. Até já encontraram, mas foi de mentirinha. A mesma coisa com sinais de extraterrestres, até já acharam que quasares e pulsares fossem “sinais” inteligentes. O Sagan conta isso no Demon Haunted World.
Recomendo a leitura de “Rare Earth: Why Complex Life is
Uncommon in the Universe”, de Peter D Ward e Donald Brownlee.
junho 7th, 2012 às 1:58 PM
Aqui na Terra existe uma diversidade biológica enorme e representa uma pequena percentagem do que já existiu. Se existissem ets, seriam tão diferentes da gente, com origem e evolução diversas, por isso acho uma babaquice sem tamanho histórias de ets antropomórficos.
junho 26th, 2012 às 8:16 PM
Como é engraçada essa “investigação” aheuheuueauhe
É óbvio que as histórias são parecidas, porque a história é de Ramakrishna
http://pt.wikipedia.org/wiki/Ramakrishna
Como diria a propaganda da Semp Toshiba, “Se liga cabezón”
Ramakrishna morreu em 1886, acho que essa história é de conhecimento de um bocado de gente, não?
Aliás, quem não deu os crédito à história é Paulo Coelho…
Quem é mesmo o plagiador?
Mais uma investigação furada…
Se querem destruir o Espiritismo, deem mais e melhor do que ele. Lembrando que obras complementares não são Doutrina Espírita.
julho 18th, 2012 às 10:14 AM
Meus amigos lá pelos idos de 60 ,70 e um pouco mais andávamos com o violão pendurado no ombro uns tocavam mais outros menos,muitas viagens(praias,selvas etc.), muita leitura uns liam mais outros menos mas o foco,o propósito era sermos considerados em algum grupo como intelectual,viajado, com aquela aura de papo cabeça, alguma coisa transcendental(as mulheres adoravam), escrevíamos poemas, alguns até livros(conceito+conceito=conceito)uns mais habilidosos e cara de pau continuam nessa onda e faturando até hoje. Não é paulo Coelho ?…
maio 5th, 2014 às 6:55 PM
Tem um texto que denuncia a provável fraude de Divaldo Franco e José Medrado, que pode soar como uma bomba no chamado “movimento espírita”. A denúncia é grave, e sugere a Obras Psicografadas produzir um texto sobre o assunto:
http://dossieespirita.blogspot.com.br/2014/04/fraude-divaldo-franco-e-jose-medrado.html