Como o Ceticismo Impede o Progresso – Cuvier e Spallanzani (2006), por Guy Lyon Playfair
Em 1794 o eminente fisiólogo italiano Lazzaro Spallanzani (1729-99), um dos fundadores de biologia experimental, publicou uma proposta modesta mas herética. Muito intrigado pela capacidade dos morcegos de voar na escuridão total sem bater nas coisas, procurou descobrir como eles faziam isso. Ele argumentou que os morcegos deviam estar usando um de seus cinco sentidos, e numa série de experiências extremamente cruéis, mutilou-os, destruindo seus sentidos um por um, cegando-os, tapando as suas orelhas ou mesmo cortando-as, eliminando o seu olfato e retirando suas línguas.
Logo se tornou claro para ele que era o sentido de ouvir que os morcegos usavam para evitar obstáculos. Mas ouvir o quê? Os morcegos não faziam nenhum som audível quando voavam, e pouco – se algo – era conhecido no século XVIII sobre ultra-sons, o segredo do êxito dos morcegos como navegadores noturnos. Quando eles voam, emitem amplitudes de até 50.000 ciclos por segundo – mais que duas vezes o limite máximo da audição humana – e ‘leem’ o que retorna dos ecos. Era um exemplo notável, do qual há muitos, de uma invenção humana, neste caso a localização do eco ou sonar, que existia na natureza bem antes de o termos inventado.
Spallanzani estava, em efeito, fazendo uma alegação para o paranormal, como muitos dos pioneiros da pesquisa psíquica fariam para a telepatia no século seguinte. Não havia nenhum sinal, em 1794, de uma explicação normal para as habilidades de navegação do morcego, então a ciência ortodoxa fez o que tende a fazer nestas ocasiões – compôs uma. Seu porta-voz principal era o francês naturalista Georges Cuvier (1769-1832), um pioneiro tanto em anatomia quanto
Tinha pensado
Era também um triunfo da ignorância sobre o conhecimento. Um dos colegas de Spallanzani já tinha pensado na teoria da asa sensível e testou-a, pondo morcegos num lugar todo branco e cobrindo suas asas com algum tipo de material preto que sairia nas paredes e em vários objetos brancos caso as asas dos morcegos os tocassem. Eles não o fizeram.
A explicação de Cuvier logo achou seu lugar nos livros-textos, e permaneceu aí até o começo do século XX, quando pesquisadores independentes na França e nos EUA publicaram ainda mais evidência experimental em favor da teoria de Spallanzani. Então, em 1920, um pesquisador britânico chamado Hartridge que tinha ajudado a desenvolver os primeiros sistemas navais de sonar durante a I Guerra Mundial, publicou a primeira teoria claramente declarada de navegação do morcego por ecografia. Isto foi devidamente confirmado, usando dispositivos de gravação recentemente desenvolvidos, por Galambos e seu colega Donald Griffin, que publicaram seus resultados em 1941 – quase um século e meio depois de Spallanzani.
Retrospectivamente, é difícil de ver como esses resultados originais levaram tanto tempo para ganhar aceitação. Spallanzani não era nenhum amador dissidente, mas um pesquisador experimentado versátil considerado como um dos fisiólogos principais de sua época que fez um trabalho pioneiro em áreas tais como fertilização, inseminação artificial e regeneração de membros. Na sua pesquisa de morcegos ele seguiu o que é agora a prática normal de convidar colegas a duplicar um resultado ou alegações. Seu trabalho foi largamente disseminado – uma tradução inglesa do relatório final e claramente conclusivo do seu colaborador suíço Louis Jurine apareceu no primeiro volume (1798) da Philosophical Magazine [Revista Filosófica]. Acima de tudo, a teoria acústica foi solidamente baseada na evidência experimental de vários pesquisadores independentes. Mas permaneceu negligenciada por mais de um século em grande parte graças ao imenso prestígio de Cuvier, a quem Napoleão pôs encarregado da reforma educacional francesa. Vozes solitárias de discórdia, tais como a do médico britânico Sir Anthony Carlisle, que concluiu depois de executar as próprias experiências, que morcegos evitavam obstáculos “graças à extrema agudeza da audição”, foram ignoradas. Uma atitude mais típica foi expressa em 1809 por um George Montagu, que perguntou sarcasticamente “já que morcegos vêem com as suas orelhas, eles ouvem com os seus olhos?”
“Tivesse ele [Spallanzani] sido ouvido, o quanto antes poderíamos ter descoberto o radar?” Perguntou o falecido Eric Laithwaite, um engenheiro com um interesse entusiástico em tecnologia natural. Se tivesse sido inventado cinco ou dez anos antes talvez tivesse poupado as mais de 1.500 vidas perdidas quando o Titanic bateu num iceberg em 1912. Os morcegos não voam para dentro de icebergs ou coisa parecida, e talvez fosse possível elaborar algo muito tempo antes que isso ocorresse. Laithwaite adicionou: “Tentar descobrir como um mecanismo biológico ocorre tem uma vantagem sobre áreas não-biológicas: já se tem certeza que o problema pode ser resolvido”. Pois se Natureza já resolveu seus problemas, o pesquisador está convicto que uma solução existe.
No entanto, enquanto os Cuviers deste mundo existam, como existem ainda em organizações tais como o CSICOP[1], muitos deles podem permanecer não resolvidos durante outro século ou mais.
Galambos, R. (1942) The avoidance of obstacles by flying bats.
Hartridge, N. (1920) The avoidance of objects by bats in their flight. Journal of Physiology 54, 54-7.
Laithwaite, E. R. (1977) Biological analogues in engineering practice. Interdisciplinary Science Reviews 2(2), 100-8.
Artigo disponível em http://www.skepticalinvestigations.org/Observeskeptics/bats.html
Traduzido por Vitor Moura Visoni
agosto 14th, 2013 às 11:36 PM
Muito interessante o texto.
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O ceticismo que chamo de “desonesto” ou pseudo-ceticismo (aquele de negar tudo a qualquer custo) parece uma crença como qualquer outra, apesar de dizerem que é ridículo afirmar isso.
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É claramente uma crença, com dogmas e tudo. O dogma de que nada nunca foi provado, por exemplo. Nenhuma demonstração, por mais satisfatória que seja, será suficiente.
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É difícil admitir o desconhecido. É difícil abstrair nossa bagagem cultural a fim de não escravizar nossas ideias aos padrões adquiridos pela nossa educação. Por exemplo, o físico restringe tudo às leis da física atuais, e tudo que fugir dela não existe. Não se admite o desconhecido.
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Kardec escreveu ao menos um algo acertado: o especialista só consegue pensar o mundo com base naquilo que aprendeu. Não admite o desconhecido, que não necessariamente é sobrenatural.
agosto 14th, 2013 às 11:41 PM
O Júlio Siqueira, do site criticandokardec, ao que parece, tem se dedicado à análise crítica quanto à postura do ceticismo exaltado.
agosto 14th, 2013 às 11:42 PM
http://www.criticandokardec.com.br
agosto 15th, 2013 às 10:58 AM
Este artigo se encaixa perfeitamente no caso de Ian Stevenson. Seu trabalho é sério e mesmo assim ouvimos os mesmos discursos medievais. Coisas da fraqueza humana.
agosto 15th, 2013 às 3:05 PM
“As ASAS DOS MORCEGOS eram “ricamente fornecidas com nervos de todo o tipo”, que duma maneira ou doutra pode receber impressões de calor, frio e resistência”.
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Arduin,
embora seja botânico, você é quem mais conhece zoologia aqui.
Peço-lhe um esclarecimento: é certo chamar as membranas interdigitais dos morcegos de “asas”?
agosto 15th, 2013 às 3:09 PM
O argumento desgastado de que houve casos em que o ceticismo estava errado (quem disse que deveria estar sempre certo? – se estivesse SEMPRE certo não seria ceticismo) parece validar qualquer maluquice que se diga. É só apelar para casos assim.
Por outro lado, se não fosse o ceticismo, cientistas de renome teriam se dado bem com fraudes como o homem de Piltdown, fusão a frio, neutrinos mais velozes do que a luz, etc.
agosto 15th, 2013 às 3:13 PM
Meus exemplos foram de memória, para citar casos recentes, sem precisar apelar para coisas do século XVIII, mas cientistas também achavam que o catarro era o cérebro se desmanchando e saindo pelo nariz, mais ou menos na época do caso citado.
Até recentemente cientistas de renome acreditavam que a lobotomia fosse uma terapia útil.
Se não fossem os céticos…
Por falar nisso,
YACOV,
se estiver na “escuta”, diga sua opinião sobre ECT, pelo que sei é bastante controvertido.
agosto 15th, 2013 às 7:14 PM
De Morte, é o seguinte: ASA é um CONJUNTO de estruturas que se somam para formá-la. A asa de um avião É UMA ASA, só que feita de metais, rígida, com anexos que lhe permite melhorar o (pouco) desempenho em voo.
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A asa do morcego é um conjunto formado pelo úmero, braço, carpo e os ossos dos dedos, que são muito longos e finos, unidos por essa dita membrana. Esse conjunto todo é que forma a asa. E os morcegos podem voar.
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A asa das aves é formada basicamente pelo úmero, braço e carpo. As primitivas até tinham dedos ou vestígios deles. Essas asas são recobertas por penas e é com elas que as aves carenatas (nem todas) ficam aptas a voar.
agosto 15th, 2013 às 7:35 PM
Valeu, Arduin.
agosto 15th, 2013 às 8:08 PM
Sem falar do osso esponjoso nas aves, que possibilita a leveza dos ossos. Ainda lembro! rs
agosto 15th, 2013 às 8:53 PM
No caso do artigo não foi os céticos que cometeram um equívoco foi como se diz em latim vulgar: sacanagem e das grandes com o cientista Lazzaro Spallanzani.
Eu concordo com NVF não foi ceticismo e sim ceticismo desonesto que age para a manutenção de poderes e privilégios de uma minoria.
agosto 16th, 2013 às 12:09 AM
Situação parecida ocorreu com Alfred Wegener quando propôs que os continentes se moviam. Por aproximadamente 20 anos ele foi ridicularizado, principalmente pelos (geo)físicos. Curiosamente, ao formular o modelo da separação dos continentes, o Wegener se enganou em vários aspectos chaves da teoria, notadamente no tocante ao mecanismo que fazia com que os continentes se movimentassem. As evidências que ele reuniu, todas indiretas, diga-se de passagem, eram contudo bem fundamentadas. Quem continuou combatendo o modelo agora conhecido como “tectônica de placas”, pelo menos até os anos 70, foi a escola russo-soviética, mas nesse caso por razões muito mais políticas do que propriamente científicas.
agosto 16th, 2013 às 8:26 AM
É. A diferença é que 50 anos depois, se não estava definitivamente consolidada a teoria, já havia muito acúmulo de evidencias pró. No nosso caso aqui do Sobrenatural, após 131.1/2 anos (20/2/82) de exaustivos estudos não há um ι de conhecimento consolidado. Não é minha área de interesse (meu negócio é Espiritismo), mas a impressão que eu tenho é que os parapsicólogos não conseguem siquer formular um modelo. Nunca passam da eterna fase da coleta de dados. Isso pode ser aplicação de metodologia científica, mas não é Ciência.
agosto 16th, 2013 às 8:26 AM
É. A diferença é que 50 anos depois, se não estava definitivamente consolidada a teoria, já havia muito acúmulo de evidencias pró. No nosso caso aqui do Sobrenatural, após 131.1/2 anos (20/2/82) de exaustivos estudos não há um ι de conhecimento consolidado. Não é minha área de interesse (meu negócio é Espiritismo), mas a impressão que eu tenho é que os parapsicólogos não conseguem siquer formular um modelo. Nunca passam da eterna fase da coleta de dados. Isso pode ser aplicação de metodologia científica, mas não é Ciência.
agosto 16th, 2013 às 8:39 AM
Gorducho, e quanto ao Ian Stevenson? Não são pesquisas sérias e bem fundamentadas?
agosto 16th, 2013 às 8:44 AM
Claro. Mas é o que eu digo: coleta de dados com metodologia científica. Não estou negando isso nem invalidando pesquisas. Só que não evolui.
Há pesquisas sobre reencarnação, certo. Mas o conhecimento que temos sobre o tema é exatamente o mesmo do Pitágoras!
agosto 16th, 2013 às 8:44 AM
Na verdade eu não sei se o Ian Stevenson acredita em espíritos ou se é um materialista que tenta relacionar fenômenos espíritas com o cérebro e a mente.
agosto 16th, 2013 às 9:01 AM
Na verdade eu não sei se o Ian Stevenson acredita em espíritos(…)
Bom, agora deve acreditar não? 🙂 🙂 🙂
Ciencia não é coleta de dados com metodologia científica. Ciência é ordenação de conhecimento – em outras palavras: modelos. Como já dizia o Poincaré:
Le savant doit ordonner; on fait la science avec les faits comme une maison avec des pierres; mais une accumulation de faits n’est pas plus une science qu’un tas de pierres n’est une maison.
agosto 16th, 2013 às 9:26 AM
Kardec criou o modelo dos fluidos para explicar a mediunidade. Será isso ciência?
agosto 16th, 2013 às 9:49 AM
Quem criou os fluídos foi o Mesmer. Sim, acho que é uma hipótese científica. É testável.
agosto 16th, 2013 às 2:41 PM
Mesmer criou os fluidos universal, etc? Pensava que Kardec se inspirou nos fluidos de Mesmer dando uma repaginada, criando seu próprio modelo de fluidos.
agosto 16th, 2013 às 4:19 PM
Não vejo que o Kardec tenha modificado os fluídos. Note que “fluído” nesse contexto era (e é na mente dos espíritas) um vale-tudo. O calor era um “fluído”, &c. Note pararelamente que nem o conceito de energia ainda não estava definido no tempo do Kardec.
PROPOSITIONS
(…)
2º. Un fluide universellement répandu, & continué de manière à ne souffrir aucun vuide, dont la subtilité ne permet aucune comparaison, & qui, de sa nature, est susceptible de recevoir, propager & communiquer toutes les impressions du mouvement, est le moyen de cette influence.
3º. Cette action réciproque est soumise à des lois mécaniques, inconnues jusqu’à présent.
(…)
7º. Les propriétés de la Matière & du Corps Organisé, dépendent de cette opération.
(…)
Eu acho que o Kardec escreveu o famoso [LE, 27] com base nesta proposição 7. Não lhe parece?
agosto 16th, 2013 às 6:35 PM
Só sei ler em português e pouquíssimo em inglês e espanhol, ainda assim depois de uma tremenda dor de cabeça :/
agosto 16th, 2013 às 7:09 PM
2º. Um fluído universalmente distribuído e contínuo de modo a não apresentar nenhum vácuo, cuja sutileza é incomparável, e que, por sua natureza é suscetível de receber, propagar e comunicar todas impressões do movimento, é o meio dessa influência.
3º. Essa ação recíproca obedece leis mecânicas presentemente desconhecidas.
(…)
7º. As propriedades da Matéria & do Corpo Organizado dependem dessa operação.
Note ainda [LM, 36]: deve ser derivado de (2), não?
agosto 17th, 2013 às 3:49 AM
Realmente, Gorducho, parece idêntico ao que Kardec escreveu, e não mera inspiração. Isso só reforça a tese de que a Doutrina Espírita Kardecista foi elaborada no gabinete do senhor Rivail, apesar de se maquiar com experimentos mediúnicos aqui e acolá.
agosto 17th, 2013 às 11:02 AM
Rivail era mesmerista de carteirinha, desde jovem. Vendo o histórico do espiritismo e do espiritualismo anglo-saxônico, me convenço cada vez mais de que o espiritismo é uma invenção pessoal de Kardec. Não é “dos espíritos” não.
agosto 17th, 2013 às 12:22 PM
Toffo, sinto falta de um artigo apresentando esses argumentos. Seria legal pra informação acessível na internet.
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Será que o Vitor patrocina, encomenda, pesquisa e/ou elabora um artigo demonstrando a grande probabilidade da doutrina de Kardec ter sido elaborada em “gabinete”?
agosto 17th, 2013 às 12:42 PM
Mas isso é cousa já vista, Analista Nestor. As “mensagens” são lendas utilizadas como estratégia de legitimação à Reforma Religiosa.
Aliás, enganchando com a observação do Analista Sanchez acerta da polarização dos raios liriais da Lua, observe o que diz mais ou menos (trad. rápida minha) sobre a luz solar o Arago no Astronomia Popular:
A luz mais viva que os homens conseguem produzir é aquela denominada luz elétrica, que se obtém com ajuda da pilha, essa magnífica invenção de Volta.
Não há nenhum exagero em dizer que a luz elétrica é comparável à luz solar, pois, se se projeta sobre o disco do Sol a luz obtida incandescendo dois carbonos postos em comunicação com os dois polos duma pilha, não se obtém absolutamente o resultado produzido por uma vela ou mesmo uma lâmpada Carcel; a luz elétrica não desaparece diante da do Sol. Segundo a energia da pilha empregada, nota-se que a luz elétrica varia da quinta à quarta parte em relação à do Sol, ou, em outros termos, que ela equivale àquela proporcionada por um número de velas variável entre 3000 e 3750.
Aí deve estar a inspiração para a também famosa nota de rodapé a [LM, 188]: o Sol e todos os sóis são focos de eletricidade.
Obs: não encontrei essa afirmação no Arago. É que o Kardec tinha compulsão de proferir palpites sobre tudo.
agosto 17th, 2013 às 3:52 PM
O problema é que ainda permanecem dois argumentos espíritas que precisam ser afastados com contrargumentos.
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1) Houve “animismo” em parte das comunicações dos espíritos de Kardec; e
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2) Os espíritos eram, de fato, espíritos, porém possuiam as mesmas ideias das pessoas daquele século.
agosto 17th, 2013 às 5:57 PM
Argumentos absurdos certamente não faltam aos Espíritas; podendo ser podados com a Navalha:
PLURALITAS NON EST PONENDA SINE NECESSITATE; ou, no dizer do Ockham: FRUSTRA FIT PER PLURA QUOD POTEST FIERI PER PAUCIORA.
[Summa Totius Logicæ, i. 12]
agosto 17th, 2013 às 6:33 PM
Mas nem tudo está perdido no movimento espírita, vejam:
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http://www.se-novaera.org.br/site/modules.php?name=Conteudo&pid=1444
agosto 18th, 2013 às 12:52 AM
Pessoal,
recém saído do forno:
“Experiências de quase-morte podem ser causadas por uma onda de descarga elétrica no cérebro moribundo, sugerem novas pesquisas em animais.
No estudo, os ratos cujos corações foram parados mostraram um aumento de ondas cerebrais associadas à consciência, de acordo com um novo estudo publicado ontem (12 de agosto de 2013) (MENOS DE UMA SEMANA) na revista Proceedings of National Academy of Sciences.
Os pesquisadores mediram a atividade cerebral dos animais em máquinas de eletroencefalografia (EEG). No entanto, “se os animais percebem isso como uma luz branca ou um túnel de luz, é algo que não se pode saber”, disse o pesquisador do estudo Jimo Borjigin, neurocientista da Universidade de Michigan, EUA.
Outros especialistas concordam que mais estudos são necessários para determinar como o estudo pode ser aplicado às experiências de quase-morte (EQM) nas pessoas. Não há nenhuma maneira de saber o que os ratos estavam a experimentar (PORTUGUÊS DE PORTUGAL) enquanto os seus corações estavam parados, e outros estudos em humanos e cães que morrem não encontraram nenhuma atividade em ondas cerebrais paralelas ao que descobriram os pesquisadores no novo estudo.
Cerca de 5% dos pacientes que morrem e 10% dos pacientes com paragem cardíaca (PORTUGUÊS DE PORTUGAL) descrevem a ocorrência de experiências de quase-morte. Essas experiências têm, frequentemente, elementos semelhantes, tais como uma sensação de estar fora do corpo, passar por um túnel ou num rio em direção a uma luz quente, vendo entes queridos já falecidos a dizerem (PORTUGUÊS DE PORTUGAL) que não é hora de ir ainda.
Pesquisas anteriores revelaram que as experiências de quase-morte são mais vivas do que a vida real [saiba mais]. Mas os cientistas discordam fortemente sobre a fonte dessas experiências. Alguns argumentam que as experiências de quase-morte revelam a existência do céu ou a dualidade entre mente e corpo, enquanto outros afirmam que o evento é causado por uma enxurrada de substâncias químicas no cérebro moribundo.
Saiba mais: Experiências de quase-morte são mais vívidas que a vida real
Para resolver o problema, Borjigin e seus colegas examinaram nove ratos. Eles induziram uma paragem cardíaca enquanto os animais estavam ligados a máquinas de EEG, e, em seguida, a equipa (PORTUGUÊS DE PORTUGAL) mediu a atividade elétrica nos cérebros dos animais.
Cerca de 30 segundos depois, todos os animais experimentaram ondas de atividade cerebral sincronizadas que eram característicos do cérebro consciente. Os ratos que foram asfixiados com monóxido de carbono mostraram um padrão similar de atividade cerebral.
O córtex visual dos ratos, que processa imagens visuais, também foi altamente ativado. Isso poderia lançar luz sobre por que as EQMs são tão vivas, afirma Borjigin. “Eles mostram que as impressões digitais da consciência neural em quase-morte estão num nível muito mais elevado em comparação com o estado de vigília. Isso explica a experiência humana mais real do que o real”.
A equipa (PORTUGUÊS DE PORTUGAL) acredita que este impulso elétrico pode ser um mecanismo que o cérebro usa para salvar-se de uma queda acentuada em (PORTUGUÊS DE PORTUGAL) glicose e oxigênio (PORTUGUÊS DE PORTUGAL). Embora possa não funcionar para animais em paragem (PORTUGUÊS DE PORTUGAL) cardíaca, Borjigin especula que esse mecanismo estimula a vigilância ou hipervigilância em situações menos críticas.
No entanto, o estudo não pode explicar como as pessoas podem lembrar corretamente o que lhes aconteceu minutos depois da sua atividade cerebral parar e a reanimação ser iniciada. Até que os pesquisadores possam comparar sistematicamente as ondas cerebrais de pacientes com paragem (PORTUGUÊS DE PORTUGAL) cardíaca que tiveram experiências de quase-morte com aqueles que não têm, não há nenhuma maneira de saber o que realmente está a acontecer nestas experiências.”
– See more at: http://www.ciencia-online.net/2013/08/atividade-cerebral-e-experiencias-quase-morte.html#sthash.gCBlZ0HK.dpuf
agosto 18th, 2013 às 10:36 AM
Mas essa estória de túnel de luz não vejo nem os espíritas falarem disso. O processo de desencarne é explicado de modo diverso, com base no que sei.
agosto 18th, 2013 às 10:57 AM
Cerca de 5% dos pacientes que morrem (…) descrevem a ocorrência de experiências de quase-morte.
Se eles morreram, descreveram experiencias de
quase-morte – acho eu… Num Centro Espírita, suponho 🙁agosto 18th, 2013 às 8:50 PM
“Cerca de 5% do pacientes que morrem . . . descrevem …”
Deve ser o português de Portugal.rsrs
agosto 19th, 2013 às 2:33 PM
Se eu não conhecesse a autoria, diria que esta música aqui foi escrita pelos participantes deste blog, rs:
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“Angels And Demons
.
Dreams — sensations you prove
Are taken from nature
You find those emotions are true in your mind
.
Fight against the kingdom of fear
Sooner or later they’ll try to convince you are wrong
But I’m sure..
We’re just
.
Crawling Angels and Demons disguised
The truth you don’t know so try to be sure
When your Angels and Demons arise
Face the Truth: God is not love!
Feel as fluid as life,
Love is a rainbow
As much as it seems to be real
It’s all in your mind
.
Sooner or later I’m gonna convince that
The truth is a lie
There’s no Judge when we die
Only dust
We’re just
Crawling Angels and Demons disguised
The truth you don’t know so try to be sure
When your Angels and Demons arise
.
You know
Your Angels and Demons arise
But we’re still not sure which way we should go
When the Angels and Demons disguise
Just confusing our brains with their lies
Enticing emotions
Revoltiong devotions
The Angels and Demons telling me lies!”