INVESTIGANDO O ACERTO E A PRECISÃO DA ALEGADA ESCRITA MEDIÚNICA: UM ESTUDO DE CASO DAS CARTAS DE CHICO XAVIER (2014)
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INVESTIGANDO O ACERTO E A PRECISÃO DA ALEGADA ESCRITA MEDIÚNICA: UM ESTUDO DE CASO DAS CARTAS DE CHICO XAVIER
Alexandre Caroli Rocha, PhD1,2# Denise Paraná, PhD1,2 Elizabeth Schmitt Freire, PhD3
Francisco Lotufo Neto, MD, PhD4 Alexander Moreira-Almeida MD, PhD5
1 NUPES – Research Center in Spirituality and Health, School of Medicine, Federal University of Juiz de Fora (UFJF), Juiz de Fora, Brazil;
2 PROSER, Institute of Psychiatry, School of Medicine, University of São Paulo (USP), São Paulo, Brazil.
3 School of Education,
4 Institute of Psychiatry, School of Medicine, University of São Paulo (USP), São Paulo, Brazil.
5 NUPES – Research Center in Spirituality and Health, School of Medicine, Federal University of Juiz de Fora (UFJF), Juiz de Fora, Brazil.
# Endereço para correspondência: Alexandre Caroli Rocha, PhD, Av. Nações Unidas, 910, Águas de Lindóia, São Paulo, 13940-000, Brazil
e-mail: alecaroli@hotmail.com
Contexto: O estudo da mediunidade é importante porque se as capacidades mediúnicas são reais, elas fornecem um apoio empírico para as teorias não-reducionistas da mente, tendo assim grandes implicações para o nosso entendimento da relação mente-cérebro. Este estudo investigou a suposta mediunidade de Chico Xavier, um “médium” muito prolífico e influente no Brasil.
Objetivo: Investigar a precisão da informação transmitida nas cartas ‘psicografadas’ (ou seja, cartas supostamente de autoria de uma personalidade falecida) de Xavier e explorar as explicações possíveis para isso.
Método: Depois de uma busca sistemática de cartas psicografadas de Xavier, selecionamos um conjunto de 13 cartas supostamente escritas por um mesmo autor espiritual (JP). As cartas foram inicialmente selecionadas focando na identificação dos elementos de informação que fossem objetivamente verificáveis??. A precisão da informação transmitida por esses itens e a probabilidade estimada de acesso de Xavier à informação através de meios normais foram avaliados por meio de escalas de Acerto e de Vazamento com base em documentos e entrevistas realizadas com a irmã e os amigos de JP.
Resultados: Foram identificados 99 itens de informações verificáveis ??transmitidos nessas 13 cartas; 98% desses itens foram classificados como ‘Acertos Claros e Precisos’, e nenhum item foi classificado como ‘Incorreto’. Conclui-se que as explicações normais para a exatidão da informação (ou seja, a fraude, o acaso, o vazamento de informações e a leitura a frio) são apenas remotamente plausíveis. Estes resultados parecem fornecer suporte empírico para as teorias não-reducionistas da consciência.
Palavras-chave: Mediunidade, relação mente-cérebro, luto, consciência, espiritualidade, sobrevivência.
INTRODUÇÃO
A mediunidade é geralmente definida como uma experiência em que um indivíduo (o chamado ‘médium’) alega estar em comunicação com o falecido. As experiências mediúnicas são fenômenos relatados ao longo da história humana, expressos como oráculos, profetas e xamãs, e sendo parte das raízes grega, romana e judaico-cristã da sociedade ocidental, bem como do budismo tibetano e do hinduísmo.1,2 Nos últimos anos, tem havido um interesse público elevado nos fenômenos mediúnicos, como ilustrado pela alta popularidade de programas de televisão, livros e filmes que exploram o tema.3
O estudo da mediunidade é importante porque tem implicações significativas para a nossa compreensão da natureza da mente. No século XIX, os estudos sobre os fenômenos mediúnicos foram vitais para o desenvolvimento de teorias sobre a dissociação e a mente subliminar.4,5 Fundamentalmente, se as capacidades mediúnicas são reais, elas fornecem um apoio empírico para as teorias não-reducionistas da mente, tendo assim grandes implicações para o nosso entendimento da relação mente-cérebro2.
A investigação científica da mediunidade começou no final do século XIX. Muitos cientistas e estudiosos que participaram nestas primeiras investigações, como William James6, concluíram que as explicações ortodoxas (ou seja, fraude, acertos felizes ou puro acaso e atividade inconsciente) poderiam explicar muitas, mas nem toda a evidência empírica obtida, e a maioria deles veio a aceitar a existência de percepção extra-sensorial e/ou sobrevivência da consciência.2,7,8
Embora a pesquisa sobre mediunidade diminuísse ao longo do século XX, houve um interesse renovado na última década. Uma série de estudos que investigam se a mediunidade fornece evidência para a recepção de informação anômala foram recentemente publicados em revistas médicas e psicológicas, com resultados conflitantes.3,9,10,11 Estes estudos revelaram que os médiuns não proporcionam níveis semelhantes de informação verídica comparados uns com os outros e ainda com o mesmo médium, em diferentes ocasiões. Portanto, é necessária a realização de estudos com médiuns especialmente dotados, aqueles que de forma consistente e confiável forneçam evidências de recepção de informação anômala. Esta abordagem está em conformidade com a sugestão de William James de que a pesquisa mediunidade deve incidir sobre os “bons espécime da classe”.12
CHICO XAVIER
Chico Xavier (1910-2002) foi um médium brasileiro que produziu uma grande variedade de fenômenos mediúnicos e é considerado um dos médiuns mais prolíficos e influentes do século XX.13,14 Xavier foi criado em uma família católica muito pobre e iletrada em uma vila rural no Brasil. Ele recebeu apenas a instrução primária (até a quarta série) e começou a trabalhar aos oito anos de idade, em uma fábrica de tecelagem local. Ao longo de sua vida, Xavier produziu, supostamente por ‘psicografia’ (escrito sob a influência de uma pessoa falecida), mais de 450 livros que cobre uma ampla gama de gêneros e estilos: romances, poesia, livros infantis, contos, cartas e ensaios sobre temas científicos e filosóficos. Seu primeiro livro publicado, uma coleção de 60 poemas mediúnicos supostamente de autoria de 14 poetas brasileiros e portugueses famosos falecidos, foi publicado em 1932, e tornou-se uma sensação literária no Brasil.15
Uma série de filmes arquivados mostra Xavier em trabalho: ele pegava um lápis, com a mão direita em uma folha de papel e sua mão esquerda sobre os olhos, e sentava-se em silêncio por alguns minutos. Então a sua mão deslizava sobre o papel em grande velocidade, nunca passando por cima da borda do papel. Quando uma página estava cheia, a pessoa sentada ao seu lado removia a folha e colocava outro em seu lugar. Desta forma, Xavier enchia cerca de vinte grandes folhas de papel em poucos minutos.15
Até 2010, os livros de Xavier tinham vendido 50 milhões de cópias16 e foram traduzidos para mais de dez línguas13, 17. No entanto, apesar de sua enorme popularidade e vendas recordes, Xavier viveu uma vida muito modesta com o pequeno salário de seu emprego de funcionário público. Ele nunca procurou nem recebeu o pagamento para qualquer coisa que escreveu já que ele doou todos os seus direitos autorais para instituições de caridade.13,17
Outro aspecto importante do trabalho mediúnico de Xavier foi a produção de mensagens pessoais supostamente escritas por personalidades falecidas para parentes e amigos deixados para trás. Estas mensagens foram produzidas em sessões públicas semanais, as quais centenas de pessoas enlutadas frequentavam com a esperança de receber uma carta de seus entes queridos falecidos. Estima-se que Xavier tenha produzido 10.000 dessas cartas pessoais.14,18 Muitas vezes essas cartas continham informações pessoais sobre os falecidos e suas famílias, nomes próprios, sobrenomes e apelidos, além de descrições detalhadas de sua morte. Há também relatos, que exigem uma investigação mais aprofundada, de cartas supostamente escritas total ou parcialmente em língua estrangeira e com assinaturas semelhantes às dos falecidos quando eram vivos.19,20
Chico Xavier teve um grande impacto na cultura brasileira. Em 1981, ele recebeu uma indicação para o Prêmio Nobel da Paz14, e em 2010 o Correio Brasileiro lançou um selo especial para comemorar o centenário de seu nascimento21. Um de seus livros, Nosso Lar, vendeu mais de dois milhões de cópias e foi transformado em filme em 2010, atraindo mais de quatro milhões de espectadores. Também em 2010, um filme biográfico sobre Chico Xavier foi assistido por mais de três milhões de pessoas no Brasil.22
Apesar do impacto do trabalho mediúnico de Xavier, ele foi alvo de pouca investigação. Rocha15 analisou os aspectos estilísticos, formais e interpretativos de dúzias de poemas supostamente escritos por renomados autores brasileiros e portugueses. A análise sugere que os poemas não são um produto de simples imitação literária. Além disso, a produção desses poemas teria exigido um conhecimento sofisticado e erudito desses escritores. Rocha23 investigou os escritos mediúnicos de 12 livros de Xavier atribuídos ao escritor brasileiro Humberto de Campos (1.886-1.934), e encontrou uma intrincada e sofisticada intertextualidade nesses livros que só poderia ser atingida por alguém com um conhecimento acadêmico do trabalho Campos. Recentemente, Silva24 realizou uma análise semiótica de dez cartas psicografadas por Xavier e encontrou uma consistente sobreposição e alternância de expressão das identidades (ethos) das personalidades falecidas e do médium nas cartas.
Dada a investigação limitada das cartas mediúnicas de Xavier e a importância de seu trabalho para o estudo da relação mente-cérebro, realizou-se um estudo que teve como objetivo investigar a precisão da informação transmitida nas cartas psicografadas de Xavier e explorar as explicações possíveis para isso.
MÉTODOS
Seleção do caso
Foi realizada uma busca sistemática para as cartas psicografadas (publicadas ou não) de Xavier, a fim de selecionar um conjunto de cartas para este estudo. A seleção do conjunto de cartas foi baseada nos seguintes critérios: (1) todas as cartas são supostamente escritas pelo mesmo autor espiritual; (2) as cartas fornecem uma quantidade substancial de informação verificável, e pormenorizada; e (3) os familiares a quem as cartas foram endereçadas ainda estão vivos e concordariam em ser entrevistados pela equipe de pesquisa. Com base nestes critérios, para este estudo, selecionamos o conjunto de 13 cartas supostamente escritas pelo espírito de um jovem falecido, Jair Presente (JP), que morreu por afogamento em 3 de fevereiro de 1974 aos 24 anos.
Material
Foram analisadas 13 cartas, que foram escritas entre 15 de março de 1974 e 13 de janeiro de 1979. Oito dessas cartas foram publicadas em livros.25,26 Foram analisadas as cartas originais que têm sido mantidas pela família de JP. Além dessas cartas, outros materiais relacionados foram coletados e analisados: documentos pessoais e escritos de JP, dois artigos de jornal sobre a sua morte, e sua biografia escrita por sua irmã.
Participantes
O principal participante neste estudo foi SP, a mais velha e única irmã de JP. O pai dele morreu em 2006 e a mãe se recusou a participar devido à sua idade avançada e a problemas de saúde. Outros participantes foram três amigos íntimos de JP e um amigo de seus pais.
Procedimento
As 13 cartas foram selecionadas para a identificação dos elementos de informação que fossem objetivamente verificáveis??. Após a identificação desses itens, dois membros da equipe de pesquisa (ACR e DP) realizaram entrevistas com os participantes, a fim de informar-se sobre: (a) a precisão da informação transmitida por esses itens e (b) todos os possíveis meios ordinários pelos quais Xavier poderia ter acessado estas informações. As entrevistas foram semi-estruturadas e com base nas diretrizes27 de Stevenson para a pesquisa sobre a sobrevivência da consciência. Realizamos cinco entrevistas com SP, cada uma com duração de duas horas,
Instrumentos
– Escala de Acerto: Esta escala, que é uma adaptação do Arizona Mediumship-Process Scoring System (AMPSS)3, foi adaptada para o contexto específico deste estudo. Ela foi concebida como uma escala de 3 pontos para a classificação da precisão das informações fornecidas pelos itens na carta. A pontuação da Escala de Acerto consiste em: ‘Incorreto’ (0); ‘Acerto dependente de interpretação ou acerto vago’ (1); ‘Acerto claro e preciso’(2).
– Escala de Vazamento: O instrumento foi elaborado para as classificações da probabilidade estimada do acesso do médium à informação através de meios normais (ou seja, o ‘vazamento’ de informação). A escala de vazamento tem cinco pontos de classificação:
Vazamento altamente improvável (0) – informação muito específica que era supostamente desconhecida pelos parentes e amigos da pessoa falecida que tiveram contato com o médium, ou uma informação que era supostamente um segredo mantido por um amigo ou parente e nunca revelado; E não houve o mínimo de contato dos amigos ou parentes com o médium (ou seus assistentes).
Vazamento bastante improvável (1) – informação muito específica ou muito particular; E parente ou amigo possui certeza de que a informação nunca foi comunicada ao médium (nem aos seus assistentes) E houve um contato mínimo dos parentes ou dos amigos com o médium (ou com os seus assistentes).
Vazamento improvável (2) – informações muito específicas ou muito particulares; E o parente ou amigo possui certeza de que a informação nunca foi comunicada ao médium (nem os seus assistentes), MAS houve um contato mais do que mínimo dos parentes ou dos amigos com o médium ou com os seus assistentes.
Vazamento provável (3) – informação muito geral, comum ou previsível.
Vazamento certo (4) – o parente ou amigo confirma que a informação foi anteriormente comunicada ao médium ou aos seus assistentes.
Análise
As classificações finais sobre o Acerto e o Vazamento foram obtidas através de discussão e consenso entre os avaliadores. Além da análise estatística das notas nas escalas de Acerto e de Vazamentos também foi realizada uma análise narrativa28 do conteúdo das cartas e do material adicional coletado para estudo (ou seja, entrevistas, documentos pessoais de JP, artigos de jornais e a biografia escrita pela irmã).
Ética
Este protocolo de pesquisa recebeu aprovação ética pelo Comitê de Ética da Universidade de São Paulo. SP deu consentimento por escrito para que sua identidade fosse divulgada nas publicações de estudo.
RESULTADOS
JP e as Circunstâncias de sua Morte
JP nasceu em 10 de novembro de 1949, em Campinas, Brasil. Seu pai era um comerciante e sua mãe, uma dona de casa. Ele tinha apenas uma irmã, SP, nascida em 1947. JP estava trabalhando em seu quarto ano de engenharia mecânica em uma das melhores universidades do Brasil, a Unicamp, quando ele morreu, aos 24 anos. Ele também trabalhava como professor em uma escola e tutor particular.
No domingo de 3 de fevereiro de 1974, JP foi em uma excursão a uma reserva em um lugar chamado ‘Praia Azul’, com cinco jovens amigos. Eles passaram a noite anterior juntos em uma fazenda de pesca nas proximidades. Por volta das 11h, JP mergulhou na água, mas não veio à superfície. Seus amigos chamaram os bombeiros situados na reserva e após alguns minutos eles encontraram JP e o tiraram da água. Os bombeiros tentaram reanimá-lo fazendo ressuscitação cardiopulmonar e respiração boca-a-boca, mas sem sucesso. JP foi declarado morto no local. Os amigos relataram que não houve uso de drogas e muito pouco consumo de álcool durante a manhã do acidente fatal.
O Primeiro Encontro com Xavier
A família de JP ficou devastada. Trinta dias após a sua morte trágica, um dos clientes do pai de JP deu-lhe um livro escrito por Xavier ao qual pensou fosse ajudá-lo a lidar com sua dor. Depois de ler o livro, o pai de JP decidiu ir para a cidade de Uberaba, a
Umas poucas centenas de pessoas assistiam as reuniões mediúnicas públicas de Xavier em seu centro espírita. O serviço prestado nessas reuniões era gratuito. Todas as tardes de sexta-feira as pessoas se reuniam em uma fila pela oportunidade de conversar por alguns minutos com Xavier.19 Entre as 14 e as 18 horas, Xavier trocava algumas palavras com cada um dos participantes na fila. Após as 18 horas, Xavier ia para um quarto pequeno na parte de trás do centro espírita com dois assistentes. Ele ficava lá até a meia-noite escrevendo prescrições homeopáticas, juntamente com um breve aconselhamento espiritual, que eram entregues aos consulentes. Estas prescrições e as mensagens eram supostamente de autoria de espíritos de médicos que se comunicavam através da psicografia de Xavier. Após Xavier ter terminado a ‘psicografia’ dessas prescrições médicas, ele ia para o salão principal onde os consulentes ficavam esperando, acomodados em cadeiras. Xavier se sentava em uma grande mesa na frente da platéia e na qual ele produzia cartas ‘psicografadas’ ininterruptamente por cerca de três horas. Quando Xavier terminava as cartas, por volta das três da manhã, ele as lia em voz alta para o público. Ele psicografava uma média de seis cartas por noite, cada carta supostamente escrita por uma pessoa falecida diferente19.
Tabela 1. Itens de informação verificável na primeira carta
Item |
Tipo de Informação |
VAZAMENTOa |
PRECISÃOb |
Sueli |
Primeiro nome |
1 |
2 |
Meu avô Basso (falecido) |
Sobrenome e parentesco |
1 |
2 |
Elvira (tia de JP, falecida) |
Primeiro nome |
0 |
2 |
vejo-os no quarto, guardando-me as lembranças como se devesse chegar a qualquer instante |
Evento pós-morte |
1 |
2 |
um passeio |
Circunstâncias da morte |
1 |
2 |
domingueiro |
Dia da morte |
1 |
2 |
Sou eu quem deu tanto trabalho aos amigos |
Circunstâncias da morte |
1 |
2 |
Notei quando me chamavam |
Circunstâncias da morte |
1 |
2 |
quando me abraçavam |
Circunstâncias da morte |
1 |
2 |
massageavam |
Circunstâncias da morte |
1 |
2 |
e me faziam quase respirar sem conseguir [1] |
Circunstâncias da morte |
1 |
2 |
não havia drogas, estávamos sóbrios |
Circunstâncias da morte |
1 |
2 |
nem abuso da véspera [de sua morte] |
Circunstâncias da morte |
1 |
2 |
Estou saudoso dos estudos e das aulas; |
Atividades pretéritas do falecido |
1 |
2 |
aquele beijo de todos os dias |
Atividades pretéritas do falecido |
1 |
2 |
Jair |
Primeiro nome |
1 |
2 |
aVAZAMENTO: (0) Vazamento altamente improvável, (1) Vazamento bastante improvável, Vazamento improvável (2), (3) Vazamento provável, (4) Vazamento certo;
bACERTO: (0) Incorreto, (1) Acerto dependente de interpretação ou acerto vago, (2) Acerto claro e preciso
SP informou que quando ela e seus pais chegaram ao centro espírita de Xavier, em uma tarde de sexta-feira, eles tiveram apenas uma breve conversa com ele. De acordo com seu relato, depois de esperar na fila, a única coisa que ela disse para Xavier era que ela tinha perdido seu irmão e que os pais dela ficaram devastados e que gostariam de receber alguma notícia dele ou até mesmo uma carta. SP tinha certeza que eles não disseram nomes ou forneceram qualquer outra informação a Xavier. SP e seus pais, em seguida, sentaram-se no salão principal de espera ao lado do resto da multidão até as primeiras horas de sábado, quando Xavier iniciou a psicografia das cartas. Naquela noite, Xavier escreveu sete cartas. De acordo com SP, depois de ler a primeira carta, Xavier perguntou à platéia: “Quem são os pais de Jair Presente?” Atônito, SP e seus pais foram para a frente da sala e ficaram de pé próximos ao médium enquanto ele lia a carta supostamente escrita por JP. Quando Xavier terminou a leitura, ele entregou o manuscrito à mãe de JP.
Análise da Primeira Carta
Esta primeira carta, que contém 569 palavras, foi escrita em 32 folhas de papel sulfite tamanho carta. O tamanho das letras era relativamente grande, fazendo com que houvesse uma média de 18 palavras por folha. De acordo com SP, Xavier escreveu esta carta em um fluxo contínuo e rápido, sem pausas. A carta, dirigida a SP e aos pais de JP[2], continha 17 itens de informações verificáveis ??(ver Tabela 1). Entre esses itens, havia três primeiros nomes (‘Sueli’, ‘Jair’, e ‘Elvira’), um apelido (‘vovô Basso’), e uma data (‘Domingo’ – referência ao dia da morte de JP). Outras informações transmitidas pela carta incluíram uma descrição detalhada das circunstâncias da morte de JP (oito itens), uma referência a um evento familiar pós-morte (um item), e referências a atividades passadas do falecido (dois itens).
A análise qualitativa do conteúdo da carta indica que o autor procurou principalmente trazer consolo e conforto para a família, pedindo-lhes para permanecer calmos e positivos, e a manter a sua fé no amor inabalável de Deus. Segundo SP, a família ficou convencida de que JP foi o autor da carta por causa do nível de informação exata e precisa veiculada por ele, que não tinha sido comunicada ao médium.
O escore médio na Escala de Acerto para esta carta foi 2 (DP = 0), pois todas as informações veiculadas na carta foram confirmadas pelos participantes como sendo corretas e precisas. Em relação à Escala de Vazamento, a pontuação média para esta carta foi de 0,94 (DP = 0,24). Todos, exceto um item (93,8%) foram classificados como ‘vazamento bastante improvável’ (1). Um item foi avaliado como ‘vazamento altamente improvável’(0), porque se tratava de uma informação desconhecida para a família de JP presente na sessão mediúnica. Este item era uma referência a uma personalidade falecida chamada ‘Elvira’ alegadamente presente ao lado de JP enquanto Xavier escrevia a carta. A mãe de JP tinha uma tia e madrinha chamada ‘Elvira’, que é um nome incomum no Brasil[3], mas na hora da sessão, ela não sabia que Elvira tinha morrido três anos antes. Em carta posterior, o alegado autor confirma que Elvira era de fato a tia e madrinha de sua mãe.
Tabela 2. Cartas psicografadas supostamente de autoria de JP
Número |
Data |
Publicada |
Dirigida a |
Nº de palavras |
Nº de itens de informação verificável |
1 |
15/03/1974 |
1975 |
Mãe, pai e irmã |
569 |
16 |
2 |
30/03/1974 |
1975 |
Mãe, pai, irmã e amigo |
624 |
12 |
3 |
25/08/1974 |
1975 |
Mãe, pai, irmã e amigos |
1095 |
7 |
4 |
16/11/1974 |
1975 |
Mãe, pai, irmã e amigo |
923 |
7 |
5 |
29/03/1975 |
1975 |
Mãe, pai, irmã e amigos |
807 |
0 |
6 |
19/07/1975 |
1976 |
Mãe, pai e irmã |
1017 |
8 |
7 |
01/11/1975 |
1976 |
Mãe, pai e irmã |
1174 |
17 |
8 |
14/02/1976 |
1976 |
Irmã |
647 |
6 |
9 |
22/05/1976 |
Não |
Mãe, pai e irmã |
437 |
0 |
10 |
13/11/1976 |
Não |
Mãe, pai e irmã |
633 |
9 |
11 |
19/03/1977 |
Não |
Mãe, pai e irmã |
1207 |
3 |
12 |
14/01/1978 |
Não |
Mãe, pai e irmã |
953 |
11 |
13 |
13/01/1979 |
Não |
Mãe, pai e irmã |
567 |
3 |
As Cartas Subsequentes
Convencidos de que a mediunidade de Xavier era autêntica e que JP foi o autor da primeira carta, a família voltou muitas vezes a Uberaba para participar de outras sessões de psicografia de Xavier na Comunhão Cristã Espírita. Entre os anos de 1974 e 1979, Xavier psicografou mais 12 cartas supostamente de autoria do espírito de JP (Ver Tabela 2). O autor descreveu sua condição e suas atividades no mundo espiritual, seus planos para o futuro, e as dificuldades na comunicação mediúnica. Este conjunto de 12 cartas foi caracterizado pelo uso intensivo de gírias, humor, trocadilhos, e expressões coloquiais. Encontramos este mesmo tipo de linguagem nos escritos pessoais de JP e SP confirmou que algumas das expressões coloquiais utilizadas nas cartas eram típicas do vocabulário de JP. De acordo com SP, essas cartas trouxeram uma mudança significativa na família, uma vez que os ajudou a lidar de forma mais positiva com a sua dor e perda.
Estas 12 cartas compuseram um total de 83 itens de informações verificáveis ??(ver Tabela 3). Desses itens, 13 (15,7%) se tratavam de informação que foi confirmada pelos participantes como sendo previamente conhecida pelo médium e, assim, avaliados ‘4’ na escala de vazamento. Nós não fomos capazes de determinar a pontuação de vazamento de 15 itens (18,1%), porque traziam informações sobre pessoas e fatos que não estavam relacionados com JP e a família. Como entrevistamos apenas parentes e amigos de JP, não fomos capazes de avaliar a probabilidade de vazamento de informações em relação a esses itens. Quarenta e cinco itens (54,2%) foram classificados como ‘vazamento improvável’, porque embora os participantes estivessem convencidos de que nenhuma dessas informações foram comunicadas a Xavier, mais do que um contato mínimo se desenvolveu entre família de JP e Xavier depois de sua primeira carta psicografada. No entanto, oito itens (9,6%) foram classificados como ‘vazamento muito improvável’, porque a informação veiculada sobre esses itens foi bastante específica e desconhecida para a família de JP. Esses itens correspondem aos casos de comunicação ‘inesperada’29 e eles serão discutidos abaixo. O escore médio global para estas 12 cartas na Escala de Vazamento foi de 2,18 (DP = 1,1).
Análise do Acerto das 13 Cartas
Houve um total de 99 itens de informação verificáveis veiculados nas 13 cartas. Desses itens, 13 (15,7%) foram definitivamente confirmados pelos participantes como tendo sido comunicados a Xavier via meios normais, e 15 (18,1%) tiveram escores de vazamento indeterminados (como explicado acima). Portanto, excluímos estes 28 itens da análise posterior. O escore médio na escala de ajuste para os 71 itens restantes foi de 1,97 (DP = 0,17). Nenhum item foi avaliado como ‘Incorreto’. Sessenta e nove itens (97,2%) desses itens foram classificados como ‘Acerto Claro e Preciso’ e dois itens (2,8%) foram classificados como ‘Acerto dependente de Interpretação/Impreciso’ (ver Tabela 4). Esses dois itens foram os casos de comunicação ‘inesperada’ (veja abaixo), cuja identidade não pôde ser definitivamente confirmada.
A maior parte da informação veiculada por estes 71 itens foram nomes próprios (42%). Dos 24 nomes de pessoas citadas nesses 71 itens, três nomes foram compostos pelo primeiro nome e sobrenome (veja a Figura 1). Todos os nomes foram escritos corretamente. Quatorze itens (19,7%) eram descrições de eventos específicos com todos exceto um sendo eventos pós-morte. Um exemplo de um evento post-mortem foi a referência à morte de ‘Suzeley’[4] numa piscina de natação. Doze itens (16,9%) eram descrições de sentimentos e pensamentos de familiares e amigos e 10 itens (14,1%) foram as descrições das circunstâncias da morte de JP (Ver Tabela 5).
Tabela 3: Freqüência, porcentagem, e escores médios na Escala de VAZAMENTO
Carta |
Nº de itens |
Vazamento altamente improvável |
Vazamento bastante improvável |
Vazamento improvável |
Vazamento provável |
Vazamento certo |
Não determinado |
Média (DP) |
1ª carta Cartas 2-13 |
16 83 |
1 (6,3%) 8 (9,6%) |
15 (93,8%) 0 |
0 45 (54,2%) |
0 2,4% |
0 13 (15,7%) |
0 15 (8,1%) |
0,94 (0,2) 2,18 (1,1) |
Comunicações Inesperadas
Nestas 13 cartas, encontramos três casos de comunicações ‘inesperadas’, ou seja, situações em que supostamente uma personalidade falecida se comunica através do médium sem ser a pedido de parentes ou amigos. No caso das cartas de JP, o autor comunicou que algumas personalidades falecidas estavam-lhe pedindo para entregar mensagens de conforto e consolo aos seus pais e familiares, embora estes não estivessem presentes nas sessões mediúnicas quando as cartas foram psicografadas. Estes três casos variam no grau de especificidade das informações transmitidas e na medida em que a informação é verificável (ver Tabela 6). Por exemplo, em um dos casos, a carta transmitiu a data da morte (dia, mês e ano), o nome e o sobrenome duplo do falecido (Irineu Leite da Silva), e os primeiros nomes de seus pais. Esta informação foi posteriormente verificada por SP que encontrou um pequeno obituário para Irineu publicado em um jornal local de sua cidade, a
DISCUSSÃO
A informação transmitida pelas 13 cartas supostamente escritas pela personalidade falecida de JP mostrou um alto nível de precisão e acerto. Excluindo-se da análise os 13 itens de informação que foram definitivamente confirmados pelos participantes como tendo sido comunicados a Xavier via meios normais, e os 15 itens, com uma pontuação de vazamento indeterminada, constatamos que 97,2% dos itens restantes demonstraram um conhecimento claro e preciso. Além disso, não encontramos nenhum item ‘errado’. Os dois únicos itens que não foram considerados como de acerto claro foram os primeiros nomes de personalidades falecidas alheias a quaisquer das pessoas que frequentavam as sessões mediúnicas e cujas identidades não puderam ser confirmadas sem dúvida.
Não só a informação foi transmitida por esta série de cartas altamente precisas, como também foi muito específica. Como mostrado na Tabela
Uma fraqueza deste estudo é que a avaliação da probabilidade de vazamento de informações foi baseada nos relatos dos consulentes do que aconteceu nas sessões mediúnicas e na sua lembrança de quais informações eles haviam comunicado ao médium. Uma vez que estas sessões mediúnicas ocorreram há mais de 30 anos, as lembranças dos consulentes da extensão de sua comunicação com o médium ser imprecisa ou distorcida. A pesquisa sobre a memória indica que a lembrança de uma pessoa de um evento pode ser alterada por informações pós-evento ou por influência do grupo, levando a erros de longa duração e até mesmo a criação de memórias completamente falsas.30,31 Assim, não se pode descartar a hipótese de que os desejos dos consulentes de que essas cartas fossem realmente de autoria de seu amado JP possa tê-los enganado, levando-os a distorcer suas memórias do que eles realmente comunicaram ao médium antes de ele ter psicografado as cartas. No entanto, em relação à primeira carta psicografada por Xavier, ainda que a lembrança das informações comunicadas ao médium pelos participantes fosse imprecisa ou não confiável, parece implausível que eles teriam tido o tempo e a oportunidade para comunicar uma quantidade tão significativa de informações específicas, incluindo o sobrenome do avô de JP (‘vovô Basso’), bem como a data e as detalhadas circunstâncias de sua morte. As sessões mediúnicas de Xavier eram frequentadas por algumas centenas de pessoas e ele tinha apenas um contato muito breve com os consulentes que esperavam em uma longa fila pela oportunidade de trocar poucas palavras com ele.
Tabela 4: Freqüência, porcentagem, e escores médios na Escala de ACERTOa
Tipo de informação |
Nº de itens |
Acerto Claro e Preciso |
Acerto dependente de interpretação |
Incorreto |
Acerto Médio (DP) |
Relacionado a JP ou a sua família e amigos |
64 |
64 (100%) |
0 |
0 |
2,00 (0) |
Relacionado a sujeitos que não estavam presentes à reuniãob |
7 |
5 (71,4%) |
2 (28,6%) |
0 |
1,71 (0,5) |
Total |
71 |
69 (97,2%) |
2 (2,8%) |
0 |
1,97 (0,2) |
aem relação aos itens com escore de VAZAMENTO < 4
b isso é, comunicação ‘inesperada’
Frequência
|
||||||
|
Nome Simples |
Nome e Sobrenome
|
Sobrenome
|
Apelido
|
Duplo Primeiro Nome
|
|
Figura 1. Nomes de pessoas com pontuação de vazamento < 3
Além disso, os pontos de classificação da Escala de Vazamento foram projetados para compensar esta falta de fiabilidade da recordação do participante. A escala é assimétrica, de modo que o ponto mais baixo na escala corresponde a ‘vazamento muito improvável’ em vez de ‘definitivamente nenhum vazamento’. Além disso, quando os consulentes tiveram mais do que um contato mínimo com o médium (neste estudo este foi o caso após a primeira carta), o ponto de classificação correspondente na escala de vazamento é ‘vazamento improvável’, ainda que o consulente esteja convencido de que nenhuma informação foi comunicada ao médium. Portanto, a Escala de Vazamento é uma medida muito ‘conservadora’ que leva em conta o potencial viés envolvido na recordação do consulente de seu contato com o médium. No entanto, apesar da assimetria e do viés conservador da Escala de Vazamento, quando analisamos as 12 cartas produzidas por Xavier depois de seu primeiro encontro com a família (ou seja, as cartas de número dois a 13), verificou-se que 45 itens de informação eram improváveis de terem sido obtidos por meios normais e oito itens eram altamente improváveis de terem sido obtidos por vazamento de informações. Esses oito itens correspondem aos casos de comunicações ‘inesperada’, uma vez que a informação veiculada por eles era desconhecida para todos os presentes na sessão mediúnica.
Explicações normais para comunicações ‘mediúnicas’ são fraude e criptomnésia (isso é, memória subconsciente latente).8 Xavier poderia ter lido artigos nos dois jornais locais de Campinas que relataram a morte de JP e conscientemente (fraude) ou inconscientemente (criptomnésia) comunicado esta informação nas cartas. No entanto, esses jornais locais não publicaram qualquer fotografia da família de JP, então Xavier não teria sido capaz de identificar os pais e a irmã de JP presentes ao centro espírita como sendo seus parentes. Além disso, a possibilidade de que Xavier teria tido acesso a um jornal local de Campinas, uma cidade a
Em relação à comunicação ‘inesperada’, como discutido acima, parece muito improvável que Xavier teria tido acesso ao jornal local de Campinas onde o aviso da morte de Irineu foi publicado. Além disso, não se pôde confirmar se houve quaisquer obituários publicados para os casos de Aníbal e Joãozinho Alves. No entanto, o caso de Aníbal poderia ser explicado como um acerto fortuito uma vez que ele não foi identificado por um sobrenome. No entanto, o primeiro nome ‘Aníbal’ é incomum no Brasil[5] e a probabilidade de que qualquer Aníbal tivesse cometido suicídio por volta da época em que a carta foi escrita parece bastante pequena.
Outra explicação ortodoxa comum para os fenômenos mediúnicos é que o médium obtém informações sobre os seus clientes através do processo de ‘leitura fria’. Este é um conjunto de técnicas em que o médium pesca a informação, deliberadamente ou inadvertidamente, obtendo feedback visual e auditivo ou pistas pelas respostas ou aparência de seus clientes a fim de fabricar informação ‘precisa’.32 No entanto, o processo de leitura fria não poderia se aplicar à psicografia das cartas de Xavier, uma vez que elas foram escritas em um estado de transe, em um fluxo ininterrupto e sem qualquer interação com os receptores da carta.
Considerou-se que a força deste estudo encontra-se na grande quantidade de informação transmitida pelas cartas. O fato de que entre os 99 itens de informações específicas não havia uma única errada parece notável. O acaso sozinho poderia explicar o acerto de alguns casos isolados de informação, mas não parece plausível que a precisão de um grande conjunto de dados pudesse ser explicada apenas por acertos fortuitos. No entanto, uma limitação deste estudo é que ele analisou apenas uma parcela muito pequena das cartas psicografadas de Xavier. Não sabemos até que ponto estas 13 cartas são uma amostra representativa das milhares de cartas produzidas por ele ou se são apenas exemplos excepcionais.
Tabela 5. Tipos de informação verificávela
Tipo de informação |
Exemplo |
Freqüência (%) |
Nome |
‘Irineu Leite da Silva’ |
16 (22,5%) |
Evento específico |
‘Suzeley [morreu]… em uma piscina’ |
14 (19,7%) |
Sentimentos/pensamentos |
‘peço-lhe [SP] calma’ |
12 (16,9%) |
Circunstâncias da morte |
‘Notei quando me chamavam’ |
10 (14,1%) |
Nome e parentesco |
‘Jair primo’ |
8 (11,3%) |
Nome de lugar/local |
‘Praia Azul’ (local da morte de JP) |
4 (5,6%) |
Referência a interesses específicos |
‘Não quero pensar em viagens à Lua’ |
2 (2,8%) |
Nome da instituição |
‘Grameiro’ (Centro Espírita em Campinas) |
2 (2,8%) |
Data |
‘Ele [Irineu] vestiu paletó de madeira em 7 de junho passado’ |
2 (2,8%) |
Referência a vocabulário específico |
‘Esse Jair não tem jeito’[6] (expressão típica dos amigos de JP) |
1 (1,4%) |
aComunicados por 71 itens com pontuação de VAZAMENTO <4
Xavier psicografou essas cartas após longas horas de trabalho árduo e sem qualquer ganho financeiro. Embora não seja possível estimar a quantidade de informações verificáveis ??transmitida por essas milhares de cartas, parece muito improvável que Xavier teria empregado esquemas fraudulentos (como escutar as conversas secretamente) para obter essa informação, e a produção dessas cartas por meios fraudulentos exigiria uma estrutura muito sofisticada, complexa e cara que não parece razoável dado o contexto e as circunstâncias do trabalho de Xavier. Ele era um homem muito pobre que nunca lucrou com sua obra psicografada e sempre se apresentou com extrema humildade e simplicidade.13,14 A família de JP não lucrou com a publicação dessas cartas, dado que os direitos autorais foram doados para a caridade. Portanto, não parece razoável que a família de JP fabricaria algum tipo de fraude, já que eles não teriam nenhum ganho objetivo disso.
Se pudermos descartar o acaso, a fraude, o vazamento de informações e a leitura fria como explicações plausíveis para a precisão da informação veiculada pelas cartas de Xavier, teríamos que considerar as hipóteses não-convencionais de percepção extra-sensorial ou de recepção ‘anômala’ de informações, incluindo a possibilidade de sobrevivência da consciência.2,33 O pensamento científico moderno, muitas vezes abraça a visão materialista de que a mente ou a consciência é apenas um epifenômeno dos processos cerebrais. No entanto, uma série de filósofos contemporâneos da mente sugeriram34,35,36 que as abordagens materialistas reducionistas para a consciência não são suficientes para explicar totalmente a correlação entre os processos cerebrais e os estados mentais ou por que os processos cerebrais deveriam dar origem à experiência consciente. Além disso, a evidência acumulada de outras experiências humanas, tais como experiências de quase-morte37, também parece sugerir que existe um aspecto da consciência que transcende o cérebro.
CONCLUSÃO
Os resultados de nossa investigação sugerem que as cartas de Xavier transmitiram informações exatas e precisas e que as explicações normais para isso (ou seja, a fraude, o acaso, o vazamento de informações, e a leitura a frio) são apenas remotamente plausíveis. Este estudo parece render suporte empírico para as teorias não-reducionistas da mente. Certamente mais pesquisas sobre o fenômeno mediúnico são necessárias, e recomendamos que mais pesquisas sobre outras cartas psicografadas por Xavier sejam realizadas, a fim de expandir o escopo desta investigação. Outros estudos controlados sobre os médiuns tão excepcionalmente talentosos como Xavier também são fundamentais. Como Chalmers observou:
Tabela 6. Comunicação inesperada
Nome da personalidade falecida |
Informação transmitida |
Meios pelos quais a informação foi verificada |
Irineu Leite da Silva |
Nome e sobrenome duplo Data da morte (dia, mês e ano) Cemitério onde foi enterrado Primeiros nomes de pai e mãe |
SP descobriu um pequeno obituário publicado 41 dias antes em um jornal local de Campinas (uma cidade a |
Joãozinho Alves |
Primeiro nome e sobrenome |
Um jornalista publicou uma pequena nota em um jornal local de Campinas pedindo informações sobre o ‘Joãozinho Alves’, e seus pais contataram a família de JP. |
Aníbal |
Primeiro nome Cometeu suicídio |
Um jornalista publicou uma pequena nota em um jornal local de Campinas pedindo informações sobre um ‘Aníbal’ que houvesse cometido suicídio recentemente. No dia seguinte, uma mulher contatou a família de JP e disse que seu único filho, chamado Aníbal, havia cometido suicídio menos de um ano atrás. |
A possibilidade de explicar a consciência de forma não-reducionista continua
Agradecimentos
Somos gratos ao Dr. Silvio Seno Chibeni, ao Dr. Homero Vallada, Guy Lyon Playfair, ao Dr. Etzel Cardeña, e ao Dr. Wellington Zangari por seus comentários sobre versões anteriores deste manuscrito e por seu incentivo ao apoio de nossa pesquisa.
REFERÊNCIAS
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5. Crabtree A. From Mesmer to Freud: Magnetic Sleep and the Roots of Psychological Healing.
6. James W. Essays in Psychical Research: The Works of William James.
7. Braude SE. Immortal Remains: The Evidence for Life after Death.
8. Gauld A. Mediumship and Survival: A Century of Investigations.
9. Jensen CG, Cardeña E. A controlled long-distance test of a professional medium. Eur J Parapsychol 2009; 24:53-67.
10. Kelly EW, Arcangel D. An investigation of mediums who claim to give information about deceased persons. J Nerv Ment Dis 2011; 199:11-17.
11. O’Keeffe C, Wiseman R. Testing alleged mediumship: Methods and results. Brit J Psychol 2005;96:165-179.
12. James W. Report of the committee on mediumistic phenomena. In: G Murphy, RO Ballou (Eds). William James on psychical research.
13. Maior MS. As Vidas de Chico Xavier (2nd ed). São Paulo, SP: Planeta; 2003.
14. Stoll SJ. Espiritismo à Brasileira. São Paulo, SP: Edusp; Ed. Orion; 2003.
15. Rocha AC. A poesia transcendente de parnaso de além-túmulo. (Master’s thesis). Retrieved in 2001 from Biblioteca Digital da Unicamp (code vtls000236698).
16. Langellier JP. Un homme insignifiant. Le Monde, 12/05/2010.
17. Ponsardin M. Chico Xavier: L’homme et le médium.
18. Lewgoy B. O Grande Mediador: Chico Xavier e a Cultura Brasileira. Bauru: Edusc; 2004.
19. Severino PR. Life’s Triumph. São Paulo, SP: FE Editora; 1994.
20. Perandréa CA. A Psicografia à Luz da Grafoscopia. São Paulo, SP: Editora Jornalística Fé; 1991.
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23. Rocha AC. O caso Humberto de Campos: Autoria literária e mediunidade. (Ph.D thesis). Retrieved in 2008 from Biblioteca Digital da Unicamp (code vtls000443434)
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25. Xavier FC. Jovens no Além. São Bernardo do Campo, SP: GEEM; 1975.
26. Xavier FC. Somos Seis. São Bernardo do Campo, SP: GEEM; 1976.
27. Stevenson I. The investigation of reincarnation cases: suggestions for the guidance of investigators.
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32. Rowland I. The Full Facts Book of Cold
33. Almeder R. Death and Personal Survival: The Evidence for Life After Death. Lanham: Rowman & Littlefield; 1992.
34. Chalmers DJ. The Conscious Mind: In Search of a Fundamental Theory.
35. Nagel T. Mind and Cosmos: Why the Materialist Neo-Darwinian Conception of Nature is Almost Certainly False.
36. Kastrup, B. A paradigm-breaking hypothesis for solving the mind-body problem. Paranthropology: 2012; 3:4-12.
37. Van Lommel P. Non-local consciousness: A concept based on scientific research on near-death experiences during cardiac arrest. J Consciousness Stud 2013; 20:7-48.
[1] No artigo esse trecho da carta foi traduzido erroneamente para o inglês como “they made me breathe”! (N. T.)
[2] A carta começa com a seguinte saudação: “Meu pai, minha mãe, minha querida Sueli …”
[3] Para se ter uma idéia aproximada sobre a freqüência de alguns nomes que aparecem nas cartas, consultamos livros de registro de nascimentos (1971-1976) e de mortes (1955-1979) em um cartório na cidade de Campinas. Dos cerca de 3.200 nomes consultados, não havia nenhuma pessoa chamada Elvira.
[4] Suzeley era um conhecido de SP. ‘Suzeley’ também é um nome muito incomum no Brasil.
[5] De acordo com a nossa pesquisa no cartório de Campinas, referida na nota anterior, entre 3200 nomes consultados, encontramos duas pessoas com o nome de Aníbal, ambas nascidas mais de 110 anos atrás.
[6] Traduzido erroneamente para o inglês como: ‘Oh, Jair, no one can fix him!’. A confusão se deu devido a uma frase dita por um dos amigos de Jair constante no livro ‘Somos Seis’, o qual duvidava da autenticidade das cartas psicografadas, dizendo ‘Esse Jair não tem jeito, não’, e a expressão foi entendida equivocadamente como uma referência ao jeito travesso de Jair. (N. T.)
agosto 17th, 2014 às 8:07 AM
O Analista Montalvão já não analisou este caso cá?
agosto 17th, 2014 às 11:16 AM
Já. Esperamos publicar na Explore uma resposta ao autores. A resposta já está escrita em seu cerne, mas o artigo dá margem para abordar muitos pontos, então ficamos em dúvida se apresentamos apenas uma solução normal do caso, explicando detalhadamente como Chico teve acesso às informações – o que já está escrito – ou se além da explicação abordamos que o livro Nosso Lar – mencionado no artigo dos autores – é um plágio de “A Vida Além do Véu”, entre várias outras coisas possíveis de serem mencionadas. E ainda é preciso passar o artigo para o inglês.
agosto 17th, 2014 às 11:24 AM
Folgo em ver que não está mais enfermiço…
Será importante que o Analista Montalvão reapresente as partes relevantes da análise, para as pessoas anonimas que leem as rubricas tomarem ciência.
agosto 17th, 2014 às 11:26 AM
O Redator Chefe não vai aceitar a digressão sobre o lar deles pois que não faz parte do tema em tela 🙁
agosto 17th, 2014 às 10:44 PM
Eu acredito em tudo que foi dito. Em 1975 recebi uma carta de meu filho atraves do Chico. Eu sempre fui cetico e tomei todos os cuidados para nao passar algumas informacoes. Ao receber a carta pude confirmar que era ele. Citou o nome dos avos ja falecidos sem eu ter mencionado. Alem de contar detalhes sobre a morte que era impossivel saber.
agosto 17th, 2014 às 11:02 PM
Keko, eu lhe mandei um email, mas voltou. Nele eu perguntava:
.
“O senhor ainda guarda a carta que recebeu do seu filho? Poderia contar com mais detalhes como tomou conhecimento do Chico? Alguém lhe indicou? Já participava de centros espíritas antes? Se sim, qual?”
.
Um abraço.
agosto 17th, 2014 às 11:46 PM
Vitor e sua incansável luta para demonstrar o indemonstrável: A fraude em Chico Xavier…
O Homi já se foi, tá la vivendo numa boa e você ae, correndo para da explicações para outros pesquisadores que confirmaram a autencidade das cartas de chico.
Quantos outros artigos serão necessários para você aceitar de vez a força dos fatos ?
Você é um perseguidor ferrenho de chico… Chico agradece.
Ate
agosto 18th, 2014 às 12:42 AM
Boa tarde Vitor. Sim, ainda possuo a carta. A letra nao eh a do meu filho, nem a assinatura. O que me impressionou foi o conteudo. Citou o nome dos avos dele e alguns detalhes do acidente automobilistico que sofreu. Inclusive citando “naquela quinta-feira” sendo que foi exatamente numa quinta-feira que tudo ocorreu. Eu jamais mencionei isto. Nunca fui espirita, nem sou hoje. Procurei Chico num ato de desespero de um pai que perde seu filho querido. Fui recomendado por alguns vizinhos na epoca. Eu nunca acreditei nisso, por isso tomei muito cuidados com as informacoes que passei, eu queria realmente uma prova da continuacao. Nao conversei com ninguem durante o tempo de espera. Como ele poderia acertar o nome dos avos? Claro que antes de eu ir la me ocorreu que poderia ser vitima de enganacao. Mas depois do conteudo da carta e diante das informacoes que eu havia passado, nao tive como nao acreditar. Nunca mais fui a um centro espirita depois de receber esta carta. Talvez por medo de me decepcionar. Mas hoje vivo tranquilo com a certeza que havera um reencontro. Vitor, eu ja li muito sobre as provaveis fraudes do chico, principalmente em relacao aqueles fenomenos de materializacao de espiritos. Algumas fotos parecem realmente provar que sao fraudes grosseiras. Entao eu realmente nao sei o que te dizer. No meu caso, nao sei como ele poderia ter acertado tantos fatos, como nomes e narracoes veridicas, sem que realmente houvesse intervencao de meu filho. Se ele eh realmente um charlatao, ele eh um fenomeno. Acertar o nome dos avos sem eu ter mencionado, e lembrando que a epoca eu morava em maringa, no parana, muito distante de minas.
agosto 18th, 2014 às 12:55 AM
A conversa que tive com Chico foi breve. Nela apenas citei o nome de meu filho e a forma tragica como morreu. Nao citei o nome de mais ninguem e nem detalhes do acidente. Tomei cuidado para nao conversar com ninguem durante o tempo de espera para evitar que alguem pudesse levar informacoes ate ele. Eu nao queria ser iludido. Ate achei que a minha carta nao viria, pois cedi pouquissimas informacoes. Fiquei surpreso quando fui chamado e chico leu a carta para mim. Eu nao tinha como nao acreditar. Atualmente, depois de anos acreditando naquilo sem contestar, resolvi ler mais sobre o assunto e tomei conhecimento de algumas fraudes que realmente parecem ter ocorrido pelas maos do Chico. Claro que surgiu uma duvida em minha cabeca. Mas ai me lembro da carta. Sem duvidas existem charlatoes muito bons por ai e se Chico fosse um deles, seria um dos melhores. Mas mesmo com toda habilidade para fraudes, como ele poderia acertar o nome dos 2 avos, o dia do acidente e alguns detalhes do mesmo que soh seria possivel saber tendo em maos o laudo do acidente? Eu realmente nao tenho essa resposta, por isso continuo acreditando que era mesmo uma intervencao do meu amado filho.
agosto 18th, 2014 às 7:16 AM
Keko,
você poderia reproduzir o conteúdo da carta para a gente? Ou escaneá-la e enviá-la ao meu email particular?
Um abraço.
agosto 18th, 2014 às 8:24 AM
Também fico satisfeito em ver que VITOR já está bem, tendo voltado a suas ocupações.
.
Qualquer probabilidade de vazamento arruína o estudo, visto que se houve contato mínimo, houve possibilidade de obtenção dos dados de forma clara.
O subjetivismo de quem “espera” uma comunicação também não conta em favor da pesquisa.
.
VITOR, por favor, poste o link do artigo do MONTALVÃO.
agosto 18th, 2014 às 8:29 AM
Link: http://obraspsicografadas.org/2009/chico-xavier-especialista-em-leitura-fria/
agosto 18th, 2014 às 1:13 PM
Keko, continue acreditando. O fato falo por si mesmo. O vitor aqui tenta a anos, desacreditar a mediunidade de Chico Xavier e nunca conseguiu. Pelo contrário, quanto mais suas refutações caem por terra, maior ele reforça a veracidade das comunicações de chico.
Rsrsrs
agosto 18th, 2014 às 3:32 PM
Pra mim o problema é q só o CX e apenas ele conseguia fazer o q dizia fazer. E o fato de não ser replicável o fenômeno, o desacredita.
agosto 18th, 2014 às 4:51 PM
Vitor, Leitura fria ? Pelo amor de Deus, tu acha que aquela técnica é o que Chico usa ? Não dá para discutir seriamente com uma ideia dessas. São pontos tão longínquos entre o que Chico faz e a leitura fria, que me nego a perder tempo explicando
kkk
agosto 18th, 2014 às 5:22 PM
Rafael, explica aí as fraudes em q CX foi pego. Explica tb, por gentileza, pq ele não conseguia escrever uma simples quadra em italiano ou inglês. Explica tb como fica a moral trabalho dele com tantas evidencia q Públio Lentulus não existiu.
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Q CX era um gênio, disso não tenho dúvidas. E gênios são capazes de coisas extraordinárias.
agosto 18th, 2014 às 5:30 PM
“Fui recomendado por alguns vizinhos na epoca. ”
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Isso precisaria ser mais bem investigado…será q os vizinhos não vazaram nenhuma informação?
agosto 18th, 2014 às 6:43 PM
Valeu, Vitor!
Vou ler, é sempre bom ler trabalhos do MONTALVA.
.
Por ora, minha perplexidade continua, pois não entendo como Jair pode mandar mensagens confortadores do além logo após morrer e um iluminado como o imaginário André Luiz tenha de passar oito anos no umbral por muito menos.
Injustiça?
agosto 18th, 2014 às 6:54 PM
Quarenta e dois dias depois da morte, Jair tem permissão para consolar sua “querida mãezinha”. Já AL precisa de esperar oito anos lambendo paredes infectas para ser “socorrido”.
Os “espíritos” devem detestar médicos trabalhadores e adorar playboys vagabundos.
Jair manda 5 mensagens, AL 0.
Jair só se expressa como um marginal DEPOIS que cx fica sabendo que ele era um playboy. Antes, parecia outro boiola caricato e cheio de salamaleques.
Em 1974 usava-se essa gíria estranha mesmo? Ou será que cx, excelente imitador de poetas, não sabia imitar um malandrinho da época?
Parecem gírias de malandros de 1910.
É preciso ter muita fé mesmo.
.
Eu já tinha lido o artigo do MONTALVÃO, embora tenha sido prazeroso fazer uma releitura.
agosto 18th, 2014 às 9:26 PM
Keko, tb creio q vc voltará a ver seu menino, pois creio na sobrevivência.
.
Todavia, tendo a crer q vc entrou dentro d 1 fábrica d “revelações” muito bem aparelhada. Mas acompanhemos o desenvolvimento do debate.
.
Com esta intervenção, apenas gostaria q vc percebesse q ñ é necessário vincular sua convicção à verdade da experiência q vc viveu.
agosto 18th, 2014 às 10:40 PM
Acabo de tentar ver um dvd emprestado, as cartas de cx. Não consegui, é muita bobeira.
Se essas histórias pudessem ser contadas sob a forma p sobre q, sendo p e q números inteiros e q diferente de zero, eu até daria um desconto, mas elas são irracionais demais.
agosto 18th, 2014 às 11:48 PM
Larissa, explicar ? Não vou explicar acusações infundadas que são baseadas em ouvir dizer, fulano disse ou informações deturpadas que não provém de fontes seguras. Você mesmo deve saber da história, deve saber o que cada lado afirma. Existem diversas pessoas que querem para si os holofotes sobre o tema Chico Xavier.
Você deve ta convicta de algumas coisas, mas antes de formar uma base inamovível , deveria refletir não no fato das materializações “duvidosas”, mas no fim a que levou elas. Pessoas que procuram fraudar , SEMPRE vão querer vantagens e benefícios para si. Quem rouba algo, quer se da bem. Se Chico Xavier fosse uma fraude, ele seria uma espécie de fraude às avessas, onde quem se deu bem foram outros, menos ele. Não ficou rico, não obteve nada para si de material. Pelo contrário, vivia na mais simples situação material. Se ele era extraordinário, um gênio, porque não logrou coisas mais ambiciosas ? Ficar mandando mensagens de gente morta ? Ficar consolando os pobres ? Ensinando sobre o amor ? Dando exemplos morais inegáveis ? Para quê ?
Sua genialidade, minha cara, está de fato, na sua abnegação, no seu carisma e na sua humildade. Ele é mil vezes melhor do que vc e eu juntos.
rsrsrsrs… temos ainda muito que se melhorar e purgar os pecados moça imperfeita…
ELe, com certeza, saiu daqui, melhor do que quando entrou.
agosto 19th, 2014 às 1:14 AM
Hoje estou com 75 anos, sei que minha vida por aqui se aproxima do final e minhas esperanças em reencontrar meu amado filho continuam muito fortes. Quando recebi a carta em 1975, eu tinha apenas 30 anos e estava desesperado por provas de que veria meu pequeno filho novamente. Ele a época tinha 12 anos. Quando recebi a carta, não pude questioná-la por razões as quais já citei anteriormente. Passei anos sem fazer qualquer questionamento, tendo em vista que acreditar piamente na veracidade daquelas palavras era algo que me proporcionava profundo conforto emocional.
Desde ano passado resolvi me aprofundar nestes assuntos e li muito sobre as possíveis fraudes do Chico Xavier. O que eu acho é que Chico possivelmente utilizava algumas artimanhas para impressionar seu público, pois acreditava que isso traria paz e conforto aos que a ele procuravam. Chico não era um homem com intenções maldosas, sua história prova isso. Quando à carta que recebi, como eu disse, tomei muito cuidado para que algumas informações não chegassem ao conhecimento dele. E na breve conversa que tive com ele antes que o mesmo realizasse a psicografia, não houve interesse de sua parte em angariar muitas informações e os únicos nomes que forneci foram o meu, o de meu filho e e o de minha esposa(mãe dele). E na carta constam o nome dos pais de minha esposa, ambos falecidos e o dia da semana no qual ocorreu o acidente (quinta-feira). Tenho certeza absoluta que naquele espaço onde localizava-se o Centro Espírita ninguem teve acesso às minhas informações, pois quando fui a Uberaba, eu tinha em minha cabeça que aquele processo todo poderia ser uma grande farsa, e me policiei para que não fosse enganado. Quanto aos meus vizinhos, eles realmente sabiam das informações e poderia ter avisado ao Chico. Mas aí vejamos, fique isolado por alguns meses e não comuniquei à ninguem o dia no qual viajei para Uberaba. Digamos que eles tivessem repassado aos membros do centro em Uberaba as minhas informações, estes teriam que tê-las armazenado por lá até o dia no qual por lá cheguei. Como sabem, Chico era muito famoso, e a quantidade de pessoas que o procuravam era enorme. Acredito ser inviável que as informações eram repassadas à eles vindas de todas as partes do Brasil e que na hora que a pessoa interessada aparecesse por lá eles conseguissem localizá-las para efetuar a fraude. Não haviam sequer computadores na época, o que dificultava ainda mais o processo.
agosto 19th, 2014 às 5:37 AM
Não vou explicar acusações infundadas.
.
Infundadas? Cade as evidências arqueológicas que demonstram a existência de PL? E as Materializações luminosas? Vc acredita nisso? Isso fora os inúmeros erros nos livros.
É isso q não entendo. Ao invés de me darem uma explicação plausível entram em negação.
E isso vale para as obras de Kardec.
agosto 19th, 2014 às 5:49 AM
E na carta constam o nome dos pais de minha esposa, ambos falecidos e o dia da semana no qual ocorreu o acidente (quinta-feira).
.
O nome dos pais de sua esposa pode ser uma evidência. O dia da semana não tanto. A cada ano a data cai um dia da semana para frente. Não é difícil calcular.
Eu tendo a crer q há algum tipo de continuidade sim. Sou adepta da meditação e acumulo algumas experiências. Fui espírita por alguns anos e minha resistência vem daí. Foi tanta besteira q eu ouvi, tanta simulação, tanta dissimulação, tanta vaidade, q não pude deixar de questionar.
Mas fico feliz com seu relato, Keko. Q bom q vc encontrou conforto. E tomara q a mensagem seja autêntica. Isso me daria muito gosto.
agosto 19th, 2014 às 7:31 AM
O negrito é meu:
Você deve ta convicta de algumas coisas, mas antes de formar uma base inamovível , deveria refletir não no fato das materializações “duvidosas”, mas no fim a que levou elas.
Exemplo padrão do raciocínio religioso: não pense, aceite o mito que lhe estamos contando!
agosto 19th, 2014 às 7:34 AM
E qual seria o fim dum ente ultramundano se condensar na crosta terrícola? Espetáculo circense?
agosto 19th, 2014 às 9:07 AM
Rafael Aguiar Diz:
“Larissa, explicar ? Não vou explicar acusações infundadas que são baseadas em ouvir dizer, fulano disse ou informações deturpadas que não provém de fontes seguras. Você mesmo deve saber da história, deve saber o que cada lado afirma. Existem diversas pessoas que querem para si os holofotes sobre o tema Chico Xavier. ”
.
Exemplo claro e ilustrativo de fé religiosa.
agosto 19th, 2014 às 1:37 PM
Nem só de dinheiro vive o homem.
cx contentava-se com a veneração e conseguiu. Era em vida e mais ainda depois de morto, tratado como um santo.
Era um poço de vaidades travestido com uma capa de falsa modéstia.
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Se a doutrina espírita fizesse algum sentido, cx não seria melhor do que ninguém, estaria apenas um pouco mais adiantado, visto que a doutrina prega que, mais cedo ou mais tarde, todos chegarão ao status de espíritos “superiores”.
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Como a doutrina diz que o espírito não retrograda, ninguém sai daqui pior do que entrou.
agosto 19th, 2014 às 7:15 PM
Keko Menegazzo: antes de mais nada, é muito bom ler o seu depoimento, vindo de uma pessoa isenta e sincera.
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A questão CX no tocante a sedizentes cartas de mortos é complicada, a meu ver. CX explora um filão delicado, que é o do luto de filhos mortos, sem dúvida o mais cruel dos lutos, por antinatural – afinal, espera-se o contrário, que os filhos enterrem os pais. E CX navega à vontade nesse mar tempestuoso, numa atitude para mim reprovável, que eu sintetizo na seguinte expressão: “exploração dolosa do luto alheio”. Ele explora uma situação em que as pessoas estão fragilizadas, emocionalmente exauridas, em que qualquer palavra de consolo é como um bálsamo para feridas expostas. Não o faz por mal, é claro, mas também não o faz por bem. Diferentemente do que o comentarista Rafael Aguiar diz, CX não é nem humilde nem desinteressado. Muito pelo contrário, pela análise de sua vida e obra percebe-se uma personalidade complicada e doentia, sempre à procura frenética pela aceitação alheia, aliada a uma maldisfarçada e amazônica vaidade. CX nunca quis dinheiro ou recompensas materiais, porque sabia que elas seriam efêmeras. Almejou – e conseguiu – aquilo que ele queria: fama e prestígio, minuciosamente calculados e construídos ao longo do tempo através da mi(s)tificação e às vezes da fraude pura e simples, como é o caso de seus plágios e cópias. Conheço e analiso CX há anos, dos dois lados do balcão, quando era espírita e depois quando tirei isso dos ombros, e posso dizer com segurança que, não importa por quais meios, ou mesmo por alegados poderes extrafísicos, restados inconclusivos, nada do que CX fez foi gratuito.
agosto 20th, 2014 às 5:03 AM
Toffo, e o fato de vc ter conhecido e convivido com CX, torna sua opinião de peso.
agosto 20th, 2014 às 11:12 AM
Prezados,
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A seguir apreciações a respeito do artigo em tela.
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O estudo assinado por Alexandre Caroli, Denise Paraná, Elisabeth Freire, Lotufo Neto e Alexander Moreira, tem certas estranhezas estranhas. Começa que o artigo foi elaborado por brasileiros sem versão em língua pátria. Parece que não querem, ou não estão interessados, que conterrâneos conheçam a obra. As razões para tal só podemos especular. Talvez pretendam divulgar (pregar) o nome de Chico Xavier aos americanos e daí para o mundo. Podem ter em mente que o médium seja suficientemente conhecido no Brasil e em países de influência lusa, portanto não se faz necessário publicar o estudo em português. Numa visão menos generosa, é possível que os autores saibam que a produção possui fraquezas acentuadas e acreditem que os americanos não as percebam com a facilidade que teriam analistas brasileiros.
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Seja qual motivo tenha levado os autores a assim agir, uma coisa é certa: dificilmente trabalho dessa natureza terá boa receptividade perante olhos medianamente críticos. Mesmo levando em conta que a matéria não tenha cunho taxativo, ou seja, não faz afirmações definitivas a respeito da mediunidade geral e da mediunidade específica de Chico Xavier (as declarações são precedidas de “suposto”, “supostamente” e, sendo assim, pode ser considerada mais matéria especulativa que demonstrativa), com tudo isso, dificilmente despertará maior interesse por parte de cabeças pensantes, seja daqui, seja de lá. A verdade é que o entorno mediúnico tem pouco a oferecer de concreto em termos de esclarecimento e “muito” a oferecer em dúvidas…
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Clichês, comuns em textos louvativos a Chico, são vistos no artigo em avaliação: ressaltar que Chico fora iletrado, pobre, desapegado de bens materiais, que nada cobrava pelo atendimento, como se essas atitudes e situações pudessem dar reforço, ou mesmo legitimar, a mediunidade do homem de Uberaba e a mediunidade geral (aqui no sentido de real contato entre mortos e vivos).
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Também o sentido de “médium” no artigo é claramente expandido para áreas em que a mediunidade não cabe, os próprios autores se confundem quando afirmam:
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“A mediunidade é geralmente definida como uma experiência em que um indivíduo (o chamado ‘médium’) alega estar EM COMUNICAÇÃO COM O FALECIDO. As experiências mediúnicas são fenômenos relatados ao longo da história humana, expressos como oráculos, profetas e xamãs, e sendo parte das raízes grega, romana e judaico-cristã da sociedade ocidental, bem como do budismo tibetano e do hinduísmo.1,2 Nos últimos anos, tem havido um interesse público elevado nos fenômenos mediúnicos, como ilustrado pela alta popularidade de programas de televisão, livros e filmes que exploram o tema.”
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Sendo a mediunidade definida como o intercâmbio entre médium e FALECIDO, nem oráculos, nem xamãs e profetas seriam médiuns no sentido espiritista/espiritualista: a não ser que os autores pretendam reduzir, arbitrariamente, quaisquer imaginadas interações com forças sobrenaturais a efetivo contato entre vivos e almas de mortos, o que seria um grande equívoco: um dentre os vários achados na matéria sob exame.
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O mais complicado no artigo (que dificilmente encontrará guarida nas áreas pertinentes), é a proposição de que o estudo da mediunidade seja importante para se compreender a relação mente-cérebro. Se essa assertiva fosse verdadeira, significaria que pesquisas sobre a mente e o cérebro desprezam quesito necessário no esclarecimento de questões que esperam por respostas objetivas, a principal delas seria: como o cérebro gera a mente? A inserção da mediunidade no contexto elucidaria que o cérebro não gera a mente, sendo esta construto apartado da estrutura cerebral. Este parece ser o raciocínio que motivou os autores a produzir o singelo estudo que ofertaram aos americanos: pretendem esclarecer aos filósofos da mente, aos psicólogos e neurocientistas que se encararem com atenção a mediunidade acharão caminho facilitado a esclarecer os mistérios da mente. Dizem os autores que no passado a mediunidade subsidiou investigações a respeito de dissociações, mas esquecem que esse “subsídio” se consubstanciou na convicção de que médiuns autênticos (ou seja, que não fraudam conscientemente) em verdade dissociam personalidade estranha (pseudopersonalidade) e as vivenciam qual fosse ente espiritual em comunicação.
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São feitas declarações discutíveis e tendenciosas, como o exemplo a seguir:
“A investigação científica da mediunidade começou no final do século XIX. Muitos cientistas e estudiosos que participaram nestas primeiras investigações, como William James6, concluíram que as explicações ortodoxas (ou seja, fraude, acertos felizes ou puro acaso e atividade inconsciente) poderiam explicar muitas, mas nem toda a evidência empírica obtida, e a maioria deles veio a aceitar a existência de percepção extra-sensorial e/ou sobrevivência da consciência.”
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Ainda que “muitos” cientistas concluíssem qual os autores propõem, e também esta fosse a ilação de James (mas que não está adequadamente descrita), isso não significa que essa conclusão fosse a melhor. E, mesmo que a ideia atribuída a James seja aceitável (que fraudes, acertos casuais, acaso e atividade inconsciente explicassem algumas mas não todas as manifestações alegadamente mediúnicas), o que ultrapassasse o âmbito das hipóteses naturais conhecidas não seria necessariamente algo de natureza espiritual. Concluir pela espiritualidade por eliminação é procedimento perigoso, perigoso por que dá a falsa aparência de que causas naturais tenham se mostrado insuficientes para esclarecer as coisas misteriosas. Mas a realidade é diferente.
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O fato é que os pesquisadores da mediunidade almejam demonstrá-la esmiuçando os alegados fenômenos mediúnicos: querem provar a realidade da coisa com a coisa a ser provada; assim, a suposta capacidade de Chico Xavier em contatar mortos é inferida da produção dita mediúnica realizada pelo médium. Essa forma de investigar seria produtiva se a mediunidade (no sentido de real intercâmbio comunicativo entre vivos e mortos) estivesse firmemente estabelecida. Entretanto, a interação entre vivos e mortos é apenas suposta, admitida, tomada como realidade, ou seja, inexistem experimentos, verificáveis e repetíveis, que evidenciem a presença de desencarnados na natureza. Nem os pesquisadores pioneiros, nem os atuais, realizam testes confirmativos da ação de espíritos em meio aos vivos.
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O estudo de Caroli, Alexander, e outros, segue igual caminho. Os autores dizem ter se inspirado na sistemática investigativa de Ian Stevenson. Este pesquisador analisava depoimentos reencarnatórios de infantes, e dos demais envolvidos, e conferia o nível de acertos em relação a quem o suposto reencarnado afirmava ter sido. Nomes de parentes, endereço, objetos da antiga morada, eram quesitos verificados se do conhecimento do declarante. Quanto mais a criança “acertasse” mais “sugestivo” seria o caso. É claro que tentar provar a reencarnação, e mediunidade, por essa via, em verdade, é pouco produtivo. Mesmo que o investigador seja rigoroso na conferência e a criança profira muitas declarações verificáveis (e confirmadas) tal não seria razão suficiente para legitimar alegados casos de reencarnação, ou de espiritos comunicando. Se reencarnação e mediunidade fossem evidenciadas por experimentos satisfatórios, aí o caso mudaria de figura e os relatos de outras vidas, ou de médiuns recebendo comunicações de mortos, ganhariam consistência. Sem dispor de elementos que atestem seguramente a presença de espíritos, os depoimentos são anedóticos e pouco valem como comprovação de que espíritos de mortos interajam com vivos.
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Há outras dificuldades nesse estudo, uma delas é a não apresentação das cartas nas quais a reflexão se baseou. Entende-se que daria um trabalhão traduzir as treze missivas para o inglês, notadamente pelo fato de a maioria delas ter sido redigida com muitas gírias, mas os autores teriam de dar melhor desfecho ao problema: omitir as cartas não seria solução. Supondo-se que o artigo despertasse o interesse de americanos estes certamente pretenderiam examinar o material de base: não estando disponível prejudica adequada avaliação. Essa situação nos remete a dois pontos, o primeiro trata do contexto dos acontecimentos em que Jair Presente acreditamente se manifestou. O segundo nos leva a pensar no trabalho de Ian Stevenson. Comecemos por Stevenson.
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Quem examina as pesquisas de Ian Stevenson não pode deixar de perceber que o trabalho foi realizado com seriedade e critério. As tabulações feitas a cada caso e as ilações dela decorrentes indicam que investigador se esforçou por extrair conclusões seguras devidamente apoiadas pelos dados colhidos. O trabalho presentemente analisado também vai por esse caminho. Em avaliação superficial, parece que se trata de estudo à prova de críticas, infelizmente é apenas aparência. O problema está no contexto das informações, ou seja, basta pequenos esquecimentos ou avaliações tendenciosas para se obter material favorável ao objetivo da pesquisa. Sabe-se ser possível elaborar boas estatísticas com dados espúrios e esse equívoco fica muito claro quando avaliamos contextos por nós conhecidos.
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No caso de Stevenson, a maioria de seus leitores pouco sabe da mentalidade, costumes e atitudes dos asiáticos que pesquisou. O leitor fica à mercê das assertivas do investigador, esperando que tenha filtrado convenientemente o que fosse válido no material colhido, mas sem meios de saber se assim aconteceu. No caso desse estudo sobre Chico Xavier que ora analisamos a avaliação do contexto é facilitada por se tratar de evento mais ou menos dentro de nosso universo social. Observem que digo “a avaliação é facilitada” e não que “a avaliação seja fácil”. Por exemplo, o próprio artigo noticia que Xavier entrevistava os visitantes. Esse dado constitui notícia importante. Se havia entrevistas havia probabilidade da coleta de informações úteis ao médium, que as inseriria retrabalhadas nas psicografias.
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É fato que o texto defende a inexistência de informes assim passados. Segundo dizem, a conversa era rápida, sem meios de o médium captar notícias aprofundadas. Inclusive, o testemunho de vários dos brindados com psicografias parece coincidir, ou seja, deram mínimas informações, quais nome do falecido e data de nascimento.
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“O serviço prestado nessas reuniões era gratuito. Todas as tardes de sexta-feira as pessoas se reuniam em uma fila pela oportunidade de conversar por alguns minutos com Xavier.19 Entre as 14 e as 18 horas, XAVIER TROCAVA ALGUMAS PALAVRAS COM CADA UM DOS PARTICIPANTES NA FILA.”
[…]
“SP informou que quando ela e seus pais chegaram ao centro espírita de Xavier, em uma tarde de sexta-feira, eles tiveram apenas uma breve conversa com ele. De acordo com seu relato, depois de esperar na fila, A ÚNICA COISA QUE ELA DISSE PARA XAVIER ERA QUE ELA TINHA PERDIDO SEU IRMÃO E QUE OS PAIS DELA FICARAM DEVASTADOS e que gostariam de receber alguma notícia dele ou até mesmo uma carta.
SP TINHA CERTEZA QUE ELES NÃO DISSERAM NOMES OU FORNECERAM QUALQUER OUTRA INFORMAÇÃO A XAVIER.”
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Ocorre que é difícil confirmar se aconteceu mesmo desse modo. A pessoa pode estar consciente de que só passou o essencial, mas o médium poderia, discretamente, obter mais informações com perguntas casuais, ou outros meios. Chico havia conferido a si mesmo a missão de consolar aflitos, nada obsta que seu bom coração considerasse que o atingimento da meta valesse a aplicação de táticas espertas. Este aspecto é importante na análise dos acontecimentos e de difícil elucidação, quer dizer: nem se pode afirmar taxativamente que havia coleta de informações (fosse por Chico ou por auxiliares do centro), embora exista a suspeita de que assim acontecesse, tampouco se pode defender que não havia. Então, se não existirem outros meios de corroborar a ação dos espíritos, a passar notícias de si mesmos, a alegação de que o “médium não sabia” das coisas que proferiu deixam de ser confiáveis.
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Resumindo: os autores produziram trabalho aparentemente bem argumentado, porém firmado em bases incertas. O estudo da mediunidade não será eficaz se se apoiar somente nas realizações dos médiuns, por mais prolíficos que sejam. Os defensores da mediunidade (esta enquanto efetivo intercâmbio comunicativo entre mortos e vivos), precisam primeiro demonstrar que espíritos realmente comunicam: pela aplicação de testes adequados; suprida essa exigência básica, teriam de demonstrar, a cada evento, que houve comunicação e que o comunicante fosse quem diz ser. Sem esses pontos devidamente esclarecidos, as Escalas de Acerto e de Vazamentos utilizadas nesse estudo perdem toda eficácia.
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Sorry
agosto 20th, 2014 às 12:40 PM
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RAFAEL: Keko, continue acreditando. O fato falo por si mesmo. O vitor aqui tenta a anos, desacreditar a mediunidade de Chico Xavier e nunca conseguiu. Pelo contrário, quanto mais suas refutações caem por terra, maior ele reforça a veracidade das comunicações de chico.
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COMENTÁRIO: a perda de entes queridos gera sensações dramáticas, alguns chegam a se desinteressar pela vida, tamanha a dor. Neste aspecto, Chico cumpria missão produtiva, ao menos para alguns sofredores. É fato que as religiões podem amainar, em alguns, aflições dessa natureza, e isso não acontece só no espiritismo. Quantas histórias não conhecemos de gente que mais se achegou a Deus após verem seus queridos partirem inesperadamente em quaisquer grupos religiosos? A psicologia também oferece ajuda nesses casos. Até mesmo um ombro amigo pode proporcionar refrigério. Chico era, pois, uma dentre várias opções. Porém, o nobre objetivo cultivado por Francisco Xavier não garante legitimidade aos contatos mediúnicos. É óbvio que quem recebia missivas psicografadas precisava crer que eram os falecidos comunicando. Em termos amplos, entretanto, isso nada diz em favor da comunicação entre mortos e vivos.
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No artigo é dito que houve pouca investigação de Chico Xavier e é verdade. Ficou oculto que essa situação foi causada pelo próprio Chico e pelas lideranças espíritas: não havia interesse em submeter o médium a provas que fiscalizassem a participação de mortos no processo. Xavier nunca se prontificou a defender sua mediunidade ante acusações (e não foram poucas), sempre recusou desafios de provar objetivamente a presença de espíritos, e viveu sua carreira mediúnica assessorado por um espírito que jamais existiu (Emmanuel). Agora é verdade que, foi um homem bom, inteiramente desapegado de bens materiais; entregou-se por inteiro à missão para a qual se julgava vocacionado: em suma, fez bem ao espiritismo e o espiritismo a ele fez bem. Infelizmente, nada disso favorece a hipótese de que espíritos de mortos ajam entre os vivos.
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RAFAEL: Vitor, Leitura fria ? Pelo amor de Deus, tu acha que aquela técnica é o que Chico usa ? Não dá para discutir seriamente com uma ideia dessas. São pontos tão longínquos entre o que Chico faz e a leitura fria, que me nego a perder tempo explicando
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COMENTÁRIO: não sei o que entende por leitura fria, esta constitui técnica de captar, discretamente, informações do consultante e devolvê-las arranjadas de tal modo que o informante não perceba que fora ele mesmo quem dera o norte ao médium. Chico certamente se valia dessa técnica, porém não é descartável que recorresse a outros auxílios, quais informações colhidas na sala de espera por voluntários do centro, ou que interpretasse produtivamente pistas sensoriais dos entrevistados…
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MARCIANO: Por ora, minha perplexidade continua, pois não entendo como Jair pode mandar mensagens confortadores do além logo após morrer e um iluminado como o imaginário André Luiz tenha de passar oito anos no umbral por muito menos. Injustiça?
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COMENTÁRIO: realmente, tocou num aspecto contraditório da vida mediúnica de Chico: a dificuldade de casar psicografias particulares com as “revelações” de espíritos famosos (André Luiz, Emmanuel, Humberto Campos). Nenhum dos mortos contatados por Chico estava no umbral, tampouco nenhum morava em Nosso Lar. Podem verificar à vontade as cartas de Chico (dizem ter sido cerca de 10.000): não vão achar um morador da cidade alada. Se acharem será exceção que confirma a regra.
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KEKO: Hoje estou com 75 anos, sei que minha vida por aqui se aproxima do final e minhas esperanças em reencontrar meu amado filho continuam muito fortes. Quando recebi a carta em 1975, eu tinha apenas 30 anos e estava desesperado por provas de que veria meu pequeno filho novamente.
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COMENTÁRIO: há esperanças da parte de muitos de nós de que a vida continue e continue em condições melhores que as atuais (sem ladrões, vigaristas, trânsito, doenças, etc). Quem cultive esse almejo pode, por si próprio, suavizar certas dores. Outros se consolam com o fato de que somos espécies que estamos no mundo porque as coisas são assim: devemos viver nosso tempo da melhor maneira e aceitar as contingências da vida porque nada podemos fazer para mudar o estabelecido.
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Uma dúvida: se estava com 30 anos em 1975, hoje teria 70 (ou prestes a completar), não 75…
agosto 20th, 2014 às 12:42 PM
MONTALVÃO,
tive ímpetos de escrever algo parecido com o que você diz no início de seu comentário, porém fui contido pelo fato de não dispor de conhecimentos profundos sobre o caso, como você.
Para mim, salta aos olhos a propaganda disfarçada de cx no artigo.
Como não posso demonstrar a contento, preferi nada dizer.
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A lenda de que cx era iletrado já foi soterrada. Abundam os textos, aqui e alhures, que mostram como ele tinha bastante cultura, especialmente literária. Até seu modo beletrista de expressar-se, mesmo em entrevistas, revela como era pretensioso e ao mesmo tempo como gostava de ler. Seu vocabulário (nas entrevistas) era incompatível com a visão de caipira de querem passar.
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O DVD das cartas de cx, que mencionei acima, é prova ao alcance de qualquer um de como nada daquilo faz o menor sentido.
No mesmo DVD fazem propaganda de Zé Ruela, digo, Zé Arigó (arigó é palavra que significa “indivíduo imaturo, tosco, caipira”, como pode ser visto em qualquer dicionário) e falam do suposto caso de NDE que teve um garoto que levou uma flechada durante uma briga na zona sul.
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Uma investigação que se pretende científica não pode ter como base informes ou mesmo informações prestadas por um dos interessados.
agosto 20th, 2014 às 12:48 PM
MONTALVÃO,
concordo com o fato de que religiões em geral podem amenizar uma dor insuportável, como a perda definitiva de um ente querido. Ocorre que, além da psicologia, como você diz, também são eficazes drogas de laboratório, alcoolismo, etc.
Se o preço a pagar pela fuga da dor, pela negação do fato doloroso, for perder o juízo, é alto demais.
Além disso, a vida não é feita só de flores.
“É preciso estar atento e forte, não temos tempo de temer a morte”, nem a nossa nem a de nossos entes queridos.
Dor é pra ser sentida mesmo.
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A ausência de menções e umbral e a nosso lar nas cartas é outra coisa que salta aos olhos dos que querem ver.
agosto 20th, 2014 às 1:10 PM
A lenda de que cx era iletrado já foi soterrada.
Acerca disso recomento Um herói brasileiro no universo da edição popular: Chico Xavier; por Magali Oliveira Fernandes. Além de muitos pontos interessantes, o forte do livro é reproduções de um caderno de recortes de poemas e outras peças literárias do CX.
Também tem aquele estranhícima passagem no Detective do Além d’O Cruzeiro. Os repórteres estão esperando e CX chega com um amigo d’ahí (Rio) se bem me lembro. O cara sem que CX estivesse escutando, diz que aprecia-o (a CX) muito por ser um rapaz de culto, que arranha também na leitura do francês + inglês. Emprestou um livro a ele, o qual leu-o em pouco tempo.
Aí o repórter pergunta p/o próprio CX se ele lê muito, a qual pergunta responde que não, só revistas e jornais…
Aí eu especulo – admito que é mera especulação – que já teria alguém assoprando nele que se passasse por iletrado, inculto &c.
agosto 20th, 2014 às 1:13 PM
Esclarecendo: poemas &c. de outros, recortados CX, não que ele fosse o autor desses!
agosto 20th, 2014 às 1:54 PM
Keko,
fiz um pedido para você mais acima, sobre a possibilidade de escanear a carta e enviá-la para mim ou reproduzir seu conteúdo e me enviar ou postá-lo aqui. É possível?
O email que você cadastrou no obras não funciona.
agosto 20th, 2014 às 5:02 PM
Larissa Diz:
AGOSTO 18TH, 2014 ÀS 15:32
Pra mim o problema é q só o CX e apenas ele conseguia fazer o q dizia fazer. E o fato de não ser replicável o fenômeno, o desacredita.
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ARNALDO: O que você entende por replicável? Foram escrito 13 cartas, ficando provado que se trata do Espírito do filho dessa família, e isso ainda não é replicação? Isso deixa claro o querer desacreditar o fenômeno A QUALQUER CUSTO. Em vez de estar por aqui querendo desmentir o fenômeno, sem apresentar sequer uma argumentação honesta, que possa pelo menos ser considerada como argumentação, devia estar procurando ser mais honesta consigo mesmo ao analisar um fato, para depois trazer sua argumentação baseada no que foi apresentado.
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Caraca veio
agosto 20th, 2014 às 6:22 PM
Larissa Diz:
AGOSTO 18TH, 2014 ÀS 17:30
“Fui recomendado por alguns vizinhos na epoca. ”
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Isso precisaria ser mais bem investigado…será q os vizinhos não vazaram nenhuma informação?
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ARNALDO: Não Larissa, não precisa se provar nada não, Chico Xavier escrever milhares de cartas, e todas elas foi macomunado com os que receberam as cartas, TODOS ERAM MINTIROSOS, foi um complô montado por Chico Xavier juntamente com esses milhares de pessoas, para inventar tudo isso, formar uma grande mentira para o mundo, deles houve até, que mataram os filhos só para dizerem que eles trouxeram uma mensagens através de Chico Xavier.
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Caraca veio.
agosto 20th, 2014 às 6:41 PM
Arnaldo, será que o mundo está cheio de complôs para nos levar a crer no sobrenatural : discos voadores, chupa-cabras, pé-grande, monstro do lago Ness, mula sem cabeça, assombrações, além de tantos outros? E todos os que fazem alegações positivas a respeito dessas entidades são mentirosos?
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Ô loco, meu.
agosto 20th, 2014 às 8:39 PM
GORDUCHO: Também tem aquele estranhícima passagem no Detective do Além d’O Cruzeiro.
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COMENTÁRIO: para quem não conhece a matéria>
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O Cruzeiro – 12 de agosto de 1944
Chico Xavier, detetive do Além
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Texto de David Nasser e Fotos de Jean Manzon
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Era uma vez um moço ingênuo e feliz, vivendo numa cidadezinha ingênua e feliz, perto de Belo Horizonte. O moço se chamava Francisco Cândido Xavier e não desmentia o nome. A cidadezinha, Pedro Leopoldo, arrastava suas horas de doce paz, entre as missas de domingo e a chegada do trem da capital. Não se sabe como, numa noite ou num dia, Chico se mostrou inquieto e desandou a escrever. Terminando, disse, apenas, à família assustada: – “Não fui eu. Alguém me empurrava a mão”. Desce êsse dia ou essa noite, Chico Xavier perdeu o sossêgo e também o de sua cidade. Turistas chegavam, atraídos pela fama do moço-profeta. Pedro Leopoldo ia crescendo e Chico Xavier ia ficando importante. Nunca mais teve paz. Nunca mais pôde sair pela rua, sem ouvir um pedido de saúde ou uma prece de gratidão. Se ao menos fôsse só isto. Era mais, muito mais. Eram os curiosos do Rio, de São Paulo e de Belo Horizonte, pedindo consultas ou detalhes pelo telefone interurbano.
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Era a legião de repórteres em busca de novas mensagens. O representante da editôra insistindo por outros livros. Os centros espíritas de todo o país solicitando pormenores. Uma vida infernal, agitada, barulhenta sacudia o pobre rapaz.
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As luzes dos lampiões da cidadezinha nunca mais dormiram sem a presença de um estrangeiro, rondando pelas ruas dantes tão sossegadas.
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Fixaremos, precisamente, a violenta mudança de vida de Chico Xavier e da cidade de Pedro Leopoldo. Não nos interessa, embora pareça estranho, o medium Chico Xavier, mas a sua vida. Os seus trabalhos psicografados – ou não psicografados – já foram assunto de milhares de histórias, divulgadas desde 1935. Se são reais ou forjadas, decidam os cientistas. Se êle é inocente ou culpado dirão os juízes. Se êle é casto, instruído, bondoso, calmo, diremos nós. Porque não somos detetives do além.
Se os espíritos nos ouvem, êles sabem que não acreditamos em suas mensagens, nem desacreditamos de suas virtudes literárias. A verdade é que não temos a bravura indispensável para avançar sôbre o terreno pantanoso do outro mundo e analisar suas reais ou irreais comunicações utilizando aparelhos de escuta como êste pálido e sensitivo Chico Cândido Xavier. Desde que saímos daqui, levávamos a inabalável determinação de fazer uma reportagem sem complicações, apesar do assunto em sua natureza extra-terrena mostrar-se absolutamente complicado. Assim é que o senhor, amigo, chegará ao fim destas linhas sem obter a certeza que há tanto tempo procura: “É Chico Xavier um impostor ou não é?” E dirá: – “Não conseguiram desvendar o mistério!” Sim, o mistério continuará por muito tempo. Eternamente. E Chico Xavier morrerá, sem revelar o segrêdo de sua extraordinária habilidade ao escrever de olhos fechados, se é mágico, ou de seu fantástico virtuosismo, ao chamar, além das fronteiras da vida, as almas dos imortais, fazendo-os recordar os velhos tempos da Academia. Nossa intenção é mostrar o homem.
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Sem o espírito dentro de si, nos momentos vulgares, Chico Xavier é adorável, cândido, maneiroso, humilde, um anjo de criatura. A frase de uma vizinha define melhor: – “Sabe, moço? O Chico é um amor”. Justamente dêsse tipo desconhecido, da parte anônima de sua devassada vida, é que tratamos, na hora e meia que permanecemos em Pedro Leopoldo. Para começar, diremos que Chico nunca teve uma namorada.
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O tempo de viagem de Belo Horizonte a Pedro Leopoldo não vai além de hora e meia. A meio caminho, encontramos a fazenda federal onde Chico Xavier é dactilógrafo. O motorista não quer entrar. – “Aí, não. Até os zebus são atuados”. O diretor, Rômulo, está na horta, sòzinho. Êle nos dará, talvez, esclarecimentos sôbre a vida de Chico e, quem sabe, facilitará o encontro com o sensitivo. Ouve o pedido. Depois, lentamente, abana a cabeça e o seu “não” é inflexível, desde o primeiro minuto. Alega um milhão de coisas. Que Chico anda cansado e precisa repousar. Um de nós lembra a possibilidade dêle, diretor, dar umas férias a Chico. – “O Chico funcionário nada tem a ver com o outro Chico”. Apresentadas as despedidas, êle adverte: – “Não creio que será possível aos senhores um encontro com êle. Creio que vão esperar até sexta-feira”.
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Voltamos a deslizar pela estrada, neste sábado negro. A cidade aparece depois de uma curva. – “Onde fica a casa do Chico Xavier?” O menino aponta a igreja. – “Ali, na rua da matriz. Ele mora com a família”. Encontraríamos, em várias oportunidades, a mesma designação do pessoal do município: êle. Todos apontavam Chico, sem recorrer ao nome. Êle só podia ser êle. – “Minha irmã foi curada por êle”.
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Ei-lo aqui, diante de nós. Veio a pé da fazenda e em sua companhia um senhor do Rio, que algumas vêzes vem passar semanas com o medium. – “Gosto de falar com êle. É um rapaz de cultura. Discute vários assuntos, lê um pouco de inglês e de francês. Devora os livros com fúria. Trouxe-lhe, há dias, “O homem, êsse desconhecido” e êle não gastou mais de quatro horas e meia para ler o volume gordo. É um prazer para êle. Seu único amor é o espiritismo”.
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Chico, perto de nós, não está ouvindo a palestra. Conversa com Jean Manzon. Devemos esclarecer que não dissemos qual a organização jornalística em que trabalhávamos. Queríamos ver se o espírito adivinhava. Não houve oportunidade.
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Chico parecer ser um bom sujeito. Suas ações, mesmo fora do terreno religioso pròpriamente dito, são ações que o recomendam como alma pura e de nobres sentimentos. Vão dizer, os espíritas, que é natural: todo o espírita dever ser assim. Sei de um que não teve dúvida em abandonar a espôsa, o lar, sete filhos, um dos quais doente do pulmão.
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– “Na rua, entre seus irmãos de seita, – disse-me um dos filhos – êle se mostrava esplêndido, generoso, cordial. Em casa, por pouco não botava fogo nas camas, à noite. Parecia um verdadeiro demônio. Guardava até alface no cofre-forte”.
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Já o Chico não é assim. Sua nobreza de caráter principia em casa. Todos os seus irmãos e irmãs louvam a sua generosa e invariável linha de conduta, protegendo-os, hora a hora, dia a dia, através dos anos, trabalhando como um mouro. Um de seus sobrinhos sofre de paralisia infantil. Atirado a um berço, chora eternamente. Sòmente o Chico vai lá, fazer companhia ao garôto, às vêzes uma noite inteira.
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– Chico!
– Que é, meu senhor?
– Você lê muito?
– Não. Só revistas e jornais.
– O outro disse…
-Disse o quê.
– Nada.
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Êle nos olha, surprêso, quando a pergunta, como um busca-pé, sai correndo pela sala:
– Você, não pensa em se casar, Chico?
– Eu, casar? (Dá uma gargalhada) – Claro que não.
– Não namora?
– Nunca.
– Por que?
– Não há razões. Não gosto. Tenho outras preocupações. Ora, eu namorando… Tinha graça…
– Chico…
– Que é?
– É verdade que o padre desafiou você para um duelo verbal?
– Êle disse pra eu ir à igreja discutir. Não é lugar próprio.
– Você gosta do padre, Chico?
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E êle, o ingênuo e feliz Chico, respondeu:
– Ué, eu gosto do padre, mas êle não gosta de mim.
– Chico…
– Que é?
– Onde estão suas mensagens?
– Um irmão levou tudo, em vista de tantas complicações.
– Você vai ao Rio?
– Até agora, nada resolvemos. Possìvelmente, mandarei uma procuração.
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Numa estante, os livros de Chico. Versos de Guerra Junqueiro, Tolstoi e uma porção de autores mortos. Na .sala do lado está a mesa onde êle recebe as mensagens.
Uma papelada branca, pronta para ser coberta pelas mensagens do outro mundo. Sexta-feira houve mais uma sessão, desta vez presidida pelo chefe do executivo municipal. Humberto de Campos não compareceu mas o Emanuel, guia de Chico, lá estava. Quem é Emanuel? Um romano que existiu na mesma época de Jesus e conta um mundo de coisas interessantes sôbre a terra, naqueles tampos de há dois mil anos.
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– Êle dita?
– Vou psicografando as mensagens. Há outros mediuns, como um norte-americano, que ouve as vozes dos espíritos tão alto que os presentes também escutam. Eu ouço. Os outros, que estão perto, não.
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– Chico…
– Que é?
– Já teve oportunidade de falar com espírito de homens célebres?
– Homens célebres?
– Napoleão, para um exemplo, já falou consigo?
– Que eu saiba, não. Os assuntos bélicos não são freqüentes, nas mensagens que recebo do além. Há seis anos, entretanto, meu guia Emanuel previu os principais acontecimentos que hoje revolucionam a terra. Êle disse: – “A vitória da fôrça é fictícia”.
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O cavalheiro do Rio acode:
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– E o próprio Chico, meses antes, previu a queda da Itália. Êle disse, categòricamente, que a Itália seria a primeira a cair. E a Itália foi a primeira a cair.
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Pedro Leopoldo é a cidadezinha de uma rua grande e uma porção de ruas pequenas, convergindo para ela como servos humildes do rio principal. A casa de Chico é uma das melhores do lugar. Três quartos, sala e cozinha. O banheiro é lá fora, no fundo do quintal, ao lado do galinheiro. Chico se levanta de madrugada e vai dar milho às galinhas. Depois, sua irmã solteira faz o café, que êle toma com pão dormido, porque o padeiro ainda não chegou. Apanha a pasta de documentos da fazenda federal, e vai andando pela estrada, ainda coberta pela neblina. Volta para almoçar às onze horas. O expediente se encerra às dezoito horas, mas Chico, nestes dias de maior trabalho, faz serão. Sua vida é frugal. – “Quero que compreendam o seguinte: não vivo das mensagens de além-túmulo. Tenho necessidade de trabalhar para sustentar minha família. Se quase me dedico inteiramente a receber as comunicações, ainda se entende. O pior, entretanto, é a onda de gente que vem do Rio, de São Paulo e de todos os Estados”.
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– Peregrinos?
– Mais ou menos. Não posso deixar de recebê-los, pois fico pensando que vieram de longe e necessitam de consôlo. Isto leva tempo, toma tempo. Como se não bastassem essas preocupações, o telefone interurbano não pára dia e noite. – “Chico, Rio está chamando… Chico, Belo Horizonte está chamando… Chico, São Paulo está chamando… Chico, Cachoeira está chamando…” Evito atender, mesmo constrangido. Meu Deus! Eu não quero nada, senão a paz dos tempos antigos, o silêncio de outrora. Quero ser de novo aquêle Chico sossegado e tranqüilo que apenas se preocupava com as coisas simples…
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– Impossível a viagem de volta…
– Impossível? Não, não é impossível. Eu voltarei a ser aquêle sossegado Chico. Não tenha dúvida.
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O repórter imagina, a essa altura, que êle acredita na possibilidade de suas comunicações, com o além serem repentinamente suspensas. Vai perguntar ao Chico, mas uma senhora de côr negra entra na sala, carregando um benjamim de olhos assustados.
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– “Trago para o senhor, Seu Chico…”
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Êle segura com trinta mãos, cheio de cuidados, o bebê e o bebê faz um berreiro dos diabos, agita as pernas, sacode as pernas dentro da prisão dos braços de Chico. Êle sorri e devolve o menino à mãe.
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– Meu sobrinho – explica o profeta Chico – é nervoso e fica dêste jeito. Sabe por que? Êle sofre de paralisia infantil.
– Não tratam dêle?
– Não temos recursos. Já deixei claro que não recebo um centavo pelas edições dos livros que me chegam do além. Assino um documento autorizando a livraria da Federação Espírita Brasileira a editá-los e, sòmente após ficarem impressos, recebo uns cinco ou dez exemplares, para dar aos amigos.
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Vamos atravessando a sala e entramos num dos quartos.
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Na parede, prateleiras repletas de livros. Remédios à base de homeopatia, que Chico recomenda. Não sei porque os espíritos manifestam estranha aversão pela alopatia e suas drogas, receitando sempre combinações homeopáticas.
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Perto dos vidros, um armário cheio de livros. As obras de guerra conta a Santa Sé, assinadas por Guerra Junqueiro, ainda em vida. Os livros de Flammarion e de Alan Kardec, mas não os psicografados, misturados com volumes de propaganda anticlerical. Na parede, dependurado, um velho pandeiro.
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– Quem toca pandeiro nesta casa?
Chico sorri o sorriso beatífico e diz que não é êle.
– Alguns espíritos?
O sorriso beatífico desaparece.
– Os espíritos não tocam pandeiro.
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Saímos para a rua, hoje, sábado movimentado. O povo de Pedro Leopoldo passeia diante da Igreja que domina de forma esquisita a casa do humilde psicógrafo que Clementino de Alencar, certo dia, foi roubar de sua vida serena há dez anos. Hoje, Pedro Leopoldo é a Jerusalém do credo de Kardec. Já tem hotel e telefone. O povo de lá, por estranho que possa parecer a quem não conhece pessoalmente o nosso amigo Chico, revela invariável amizade. Será orgulho pela celebridade que êle deu ao município? Sim, porque antes de Chico, Pedro Leopoldo nem existia nos mapas de Minas Gerais. Gostam dêle, de seus modos, de sua cara asiática, onde um dos olhos empalideceu sùbitamente, como um farol apagado em pleno caminho da luz.
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A cidade tem uns treze mil habitantes, contadas as aldeias próximas, mas, espíritas, uns quatro ou cinco. Todos apreciam Chico, gregos e troianos. Gostam, mas preferem não rezar o seu catecismo. Êle não se importa. Não procura convencer ninguém à fôrça de seu estranho e discutido poder. Quando a carta precatória, intimando-o a depor, chegou a Pedro Leopoldo, Chico leu devagarinho e abanou a cabeça. – “Eu não posso mandar uma intimação judicial às almas!” E não deu mais importância ao caso.
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Até à volta, sereno Chico. De tôdas as pavorosas complicações, você é o menos culpado. Parece uma caixa de fósforo num mar bravio. Uma velha beata de Pedro Leopoldo me disse que isto é castigo: – “Castigo, sim, nhô moço… Antão, êle telefona pro inferno e manda chamar os espíritos e depois num quer se aborrecer?”
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Já o trombonista de Pedro Leopoldo deve pensar diferente: – “Por que será que o Chico só sabe receber mensagens escritas? Por que não recebe músicas de Beethoven, de Chopin, de Carlos Gomes?”
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Êle, o moço amável de Pedro Leopoldo, não dá maior atenção aos comentários e vai levando como pode a sua vida. É pena, entretanto, que êle não tenha as qualidades artísticas que vão além do terreno literário. Se fôsse assim, Pedro Leopoldo teria, senhores, não apenas o psicógrafo Chico, mas também o músico Chico, o pintor Chico, o profeta Chico. Isto mesmo: o profeta Chico.
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agosto 20th, 2014 às 9:41 PM
“Aí o repórter pergunta p/o próprio CX se ele lê muito, a qual pergunta responde que não, só revistas e jornais…”.
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Se não me engano, aqui mesmo no blog (em outros sítios, também) já foram mostradas evidências de que cx lia e muito, tendo cadernos de anotações, recortes, farta biblioteca, etc.
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Destaco, do trecho transcrito por MONTALVÃO:
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“Numa estante, os livros de Chico. Versos de Guerra Junqueiro, Tolstoi e uma porção de autores mortos”.
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Talvez o TOFFO saiba explicar a indagação do trombonista:
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– “Por que será que o Chico só sabe receber mensagens escritas? Por que não recebe músicas de Beethoven, de Chopin, de Carlos Gomes?”
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É fácil imitar estilos de poetas mortos, mas tocar trombone, flauta, piano, clarineta, violino, trompete, qualquer instrumento desses, não é para qualquer cx.
Principalmente psicografar partituras de obras inéditas para qualquer dos instrumentos citados, no estilo dos compositores mencionados.
agosto 20th, 2014 às 9:46 PM
Pegando carona na pergunta do trombonista anônimo, por que será que não há médiuns que psicografem partituras inéditas para várias peças musicais de vários instrumentos, inéditas, no estilo de compositores falecidos?
cx mesmo poderia ter psicografado uma simples partitura para um único instrumento, como um piano, por exemplo, no estilo de Franz Liszt.
Uma clave de dó e uma de fá, algumas folhas pautadas, coisa simples.
Depois os peritos diriam sobre o estilo do compositor.
agosto 20th, 2014 às 9:47 PM
Êpa, eu quis dizer uma clave de sol e uma de fá.
agosto 20th, 2014 às 10:10 PM
Pegando carona com o mesmo instrumentista: por que “mediuns” nunca recebem equações?
agosto 20th, 2014 às 10:18 PM
Defensor da razão,
porque a informação psi é percebida como vislumbres impressionistas no lado direito do cérebro, como sentimentos, formas e cores, ao invés de palavras ou números no lado esquerdo do cérebro. É por isso que nos testes ganzfeld, em que se testa a ocorrência de telepatia, os alvos dinâmicos são trechos de filmes; os alvos estáticos incluem trabalhos artísticos e fotografias. Não se usam palavras nem números. Se quiser testar números para transmitir telepaticamente DUVIDO que obtenha a mesa taxa de acerto quando se usam fotografias ou filmes. E os alvos dinâmicos possuem taxas de acerto superiores aos estáticos. Note que o que estou lhe falando é perfeitamente testável. É só trocar os alvos de trechos de filmes ou de fotografias por números. A taxa vai cair. Se a taxa for superior ou igual, então você refuta a hipótese que eu lhe disse.
agosto 20th, 2014 às 10:20 PM
Defensor da Razão Diz:
AGOSTO 20TH, 2014 ÀS 18:41
Arnaldo, será que o mundo está cheio de complôs para nos levar a crer no sobrenatural : discos voadores, chupa-cabras, pé-grande, monstro do lago Ness, mula sem cabeça, assombrações, além de tantos outros? E todos os que fazem alegações positivas a respeito dessas entidades são mentirosos?
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Ô loco, meu.
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ARNALDO: Não meu amigo, nós não estamos falando disso, não estamos comentando sobre isso, foi posto para ser analisado um trabalho com conotações científicas, o que você está falando, nada mais é do que uma forma de você fazer as pessoas pensar, que nós os espíritas acreditamos nestas coisas. Isso é fraude, é uma informação fraudulenta, eu estou dizendo que vocês querem com isso dizer, que todos nós espíritas, incluindo os cientistas e médiuns de todos os tempos, nada mais somos do que um bando de fraudadores, falcatrueiros, salafrários, que vivemos enganando os outros e apoiando pessoas safadas que vivem iludindo os outros, porque estas são as palavras com que todos – espíritas, cientista e médiuns -, tem sido aureolados pelos pseudo céticos aqui existentes.
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Quando são apresentados fatos que não podem ser contestados, os pseudo céticos não tem a hombridade de opinar com honestidade, fazer uma análise do que aconteceu, e opinar cientificamente, – e nem podem fazer, pois falam do que não conhecem – ficam somente com este tipo de acusação, e acreditam que estão praticando ciência, mas na verdade, querem fazer os outros de idiotas. Sejam mais honestos consigo mesmos. É isso que eu estou dizendo. Só isso meu amigo. Nada mais do que isso.
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Ô loco, meu.
agosto 20th, 2014 às 11:10 PM
Defensor da razão, porque a informação psi é percebida como vislumbres impressionistas no lado direito do cérebro, &c.
Como certamente terá percebido, Analista Racional, o estudo de CX ensinou a Administração a técnica de inventar desculpas estapafúrdias – como a alma estar matriculada em cursos de idiomas na erraticidade, & assemelhados. Daí confirma-se que o estudo de absurdos sempre serve para algo, conforme foi provado cá relativamente à “utilidade” da Parapsicologia, numa das rubricas pregressas.
agosto 20th, 2014 às 11:15 PM
Uma pena que a psi seja assim. Se assim não fosse, teria poupado um trabalho danado para o pobre Andrew Wiles, o qual deu tanto duro para demonstrar o teorema de Fermat, depois de mais de 300 anos de outras tentativas frustradas de grandes matemáticos.
E olhem que o cara ainda errou da primeira vez.
agosto 20th, 2014 às 11:26 PM
Gorducho,
estapafúrdia ou não, é testável, diferentemente de “a alma estar matriculada em cursos de idiomas na erraticidade”…
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Parece que o pseudo-ceticismo lhe ensinou muito bem a usar de falácias…no caso aqui, a falácia da falsa analogia… só que isso simplesmente não funciona comigo 🙂
agosto 20th, 2014 às 11:38 PM
[…] só que isso simplesmente não funciona comigo […]
Não é objetivo que funcione c/o Sr. O objetivo é mostrar aos leitores do Sítio que misticismo é misticismo: os absurdos são os mesmos. Suas almas são capazes de transmitir enigmas em latim ciceroniano mas não sabem se enxergam ou não; e muito menos transmitir equações ou algo minimamente útil.
E, óbvio, cada um forma sua opinião.
agosto 20th, 2014 às 11:47 PM
Gorducho,
comentando:
01 – “O objetivo é mostrar aos leitores do Sítio que misticismo é misticismo: os absurdos são os mesmos.”
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Não são os mesmos. Há uma enorme diferença entre um absurdo ou um misticismo testável e um absurdo ou misticismo não testável… igualar os dois só o pseudo-ceticismo explica…ou quiçá má fé mesmo!
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03 – “Suas almas são capazes de transmitir enigmas em latim ciceroniano mas não sabem se enxergam ou não”
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É porque uma coisa realmente não tem nada a ver com a outra…mas quando vc passar para o outro lado aí talvez vc possa “sentir na pele” as dificuldades… talvez…
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P.S.: Uma coisa é o conhecimento que o espírito tinha em vida – no caso, o latim ciceroniano. Outra coisa é o espírito não saber por qual meio lhe chegam as impressões que recebe, já que o espírito não possui mais os órgãos que separam cada um dos sentidos, suponho que seja natural essa confusão (ou mix).
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04 – “e muito menos transmitir equações ou algo minimamente útil.”
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Utilidade para psi já tem várias… desde vastos usos na arqueologia – já leu os artigos de J. Norman Emerson ou do Stephan Schwartz? – na resolução de crimes, no mercado financeiro…
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05 – E, óbvio, cada um forma sua opinião.
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Só espero que essa opinião não seja baseada em falácias…
agosto 21st, 2014 às 8:04 AM
Há uma enorme diferença entre um absurdo ou um misticismo testável e um absurdo ou misticismo não testável…
Só que como nenhum misticismo é testável, alguns místicos recalcitrantes apelaram p/a estatística…
…ou quiçá má fé mesmo!
Ih! Apelou! Sinal que está começando a perceber que tenho razão. Não perco a esperança! Lembra de si mesmo há alguns anos quando defendia ferrenhamente o espiritismo?
agosto 21st, 2014 às 8:14 AM
Uma coisa é o conhecimento que o espírito &c.
Não é esse o ponto. Ocorre que nessa cosmologia de conveniência, quando convém a alma canaliza nesse idioma; quando não convém a alma não consegue soletrar.
Quando convém, a alma enxerga; quando não convém a alma não sabe se enxerga ou não 😆 – lembra que isso surgiu noutra rubrica?
O ponto que estou mostrando por ser pertinente, é que esta cosmologia é mais absurda que a do CX onde conforme o público alvo a alma passa anos comendo lama no umbral por “faltas” – dentro do “moralismo” “cristão” da cabeça dele… – insignificantes; ou então já é aguardado pela vovó no desembarque intermundano.
agosto 21st, 2014 às 8:37 AM
06 – “Só que como nenhum misticismo é testável, alguns místicos recalcitrantes apelaram p/a estatística…”
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Estatística é uma coisa, testabilidade é outra. Qual o intuito de misturar as duas não faço ideia…
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07 – “Ih! Apelou!Sinal que está começando a perceber que tenho razão. Não perco a esperança! Lembra de si mesmo há alguns anos quando defendia ferrenhamente o espiritismo?”
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Não mais do que quando você apelou dizendo que eu queria enganá-lo achando que não ia conferir as fontes… lembra?
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08 – “Ocorre que nessa cosmologia de conveniência, quando convém a alma canaliza nesse idioma; quando não convém a alma não consegue soletrar.”
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Casos de xenoglossia são raros, mas existem. Não vamos misturar casos estudados com a literatura chicoxaveriana…
agosto 21st, 2014 às 8:51 AM
Nesse idioma eu me referi aos enigmas em latim ciceroniano, os quais integram a bibliografia oficial do Sítio (certo?). Quando convém à tese, as almas canalizam; quando não, não conseguem canalizar siquer o próprio nome. A cosmologia tem que ter um mínimo de coerência.
agosto 21st, 2014 às 8:52 AM
Eu sempre me lembro que esqueço sempre aquele luminar exemplo dado pelo Professor – que infelizmente ausentou-se… – dos círculos no experimento parapsicológico
agosto 21st, 2014 às 9:19 AM
ARNALDO: Não meu amigo, nós não estamos falando disso, não estamos comentando sobre isso, foi posto para ser analisado um trabalho com conotações científicas, o que você está falando, nada mais é do que uma forma de você fazer as pessoas pensar, que nós os espíritas acreditamos nestas coisas. Isso é fraude, é uma informação fraudulenta, eu estou dizendo que vocês querem com isso dizer, que todos nós espíritas, incluindo os cientistas e médiuns de todos os tempos, nada mais somos do que um bando de fraudadores, falcatrueiros, salafrários, que vivemos enganando os outros e apoiando pessoas safadas que vivem iludindo os outros, porque estas são as palavras com que todos – espíritas, cientista e médiuns -, tem sido aureolados pelos pseudo céticos aqui existentes.
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Caro Arnaldo, me parece que você não entendeu o que eu quis dizer. Não pretendi acusar espíritas de nada, tampouco quis dar-lhes razão. Minha intenção foi apenas lhe dizer que mitos são criados e propagados desde sempre, e não falta gente predisposta a crer, a iludir-se com a fantasia e se tornar testemunha de sua existência. Tais pessoas não são necessariamente mentirosas, a maioria simplesmente se deixa seduzir pelo mito, muitas vezes porque lhe dá algum alento. Ilusões coletivas também ocorrem e são até explicadas pela psicologia.
Em resumo, aderir a um mito não torna alguém mentiroso assim como muitas pessoas aderirem e alegarem testemunhos pessoais não transforma o mito em realidade.
agosto 21st, 2014 às 4:14 PM
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Mais estranhezas no estranho estudo de Caroli, alexander e Cia.
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– Além de não terem mostrado as cartas psicografadas por Xavier em nome de Jair Presente (ou ao menos parte delas), também não apresentaram escritos do morto quando vivo. Declaração dos autores, constante no artigo, indica que produções de Jair em vida existem, e foram por eles examinadas, mas parece que acharam desimportante expô-las. Essas falhas enfraquecem bastante o trabalho alegadamente investigativo que realizaram.
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“Este conjunto de 12 cartas foi caracterizado pelo uso intensivo de gírias, humor, trocadilhos, e expressões coloquiais. ENCONTRAMOS ESTE MESMO TIPO DE LINGUAGEM NOS ESCRITOS PESSOAIS DE JP e SP confirmou que algumas das expressões coloquiais utilizadas nas cartas eram típicas do vocabulário de JP. […]”
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– Há um problemão, que passou despercebido aos olhos dos investigadores, inclusive aos olhos do Alexandre Caroli Rocha, que tem formação na área de letras e, a meu ver, deveria ter notado. Falo da expressiva mudança de estilo havida a partir da segunda carta. Este quesito denunciei anteriormente quando examinei outros autores que usaram Jair Presente como prova da mediunidade de Chico, e aqui a desatenção se repete: ou, talvez tenham percebido e preferiram não mexer no assunto.
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“A análise qualitativa do conteúdo da carta indica que o autor procurou principalmente trazer consolo e conforto para a família, pedindo-lhes para permanecer calmos e positivos, e a manter a sua fé no amor inabalável de Deus.” – [refere-se à primeira carta]
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Então, na primeira missiva o teor da escrita é o típico de Chico Xavier, praticamente igual para todas as milhares de psicografias que produziu, dando a entender que, ao chegar no além, os estilos se nivelam num padrão rígido. Um exame crítico desse estado de coisas remete à conclusão de que as cartas possuem elaborador terreno, ou seja, o próprio Chico Xavier. Talvez por isso os autores preferiram deixar a coisa quieta.
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No entanto, com Jair Presente aconteceu o imprevisto: a partir do segundo imaginado contato, o estilo mudou radicalmente. O que teria acontecido? Creio não seja difícil entender. Esta segunda epístola abre com o exórdio: “Oi Carlos, pedi vez e obtive.” Provavelmente o Carlos, um dos amigos de Presente, presente quando ocorreu o afogamento, tomou conhecimento da psicografia e questionou a enorme diferença entre a carta de Chico e o modo de Jair escrever em vida. Essa objeção deve ter embaraçado os familiares que, no encontro seguinte, a expuseram ao médium. Chico tratou de acertar as coisas e eis que surge um novo Jair, agora presente num mar de gírias (gírias até demais, diria eu), disposto a provar que era ele mesmo quem comunicava.
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FALANDO DE COISAS QUE NÃO PODERIA SABER
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O artigo ressalta e exalta ter Chico Xavier dito coisas que não poderia saber por meios normais: fatos íntimos da vida do falecido e de seus familiares aparecem nas psicografias. As hipóteses concorrentes não são capazes de explicar por inteiro o fenômeno, assim entendem os responsáveis pelo estudo. Deixemos que os autores falem:
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“Explicações normais para comunicações ‘mediúnicas’ são FRAUDE e CRIPTOMNÉSIA (isso é, memória subconsciente latente). Xavier poderia ter lido artigos nos dois jornais locais de Campinas que relataram a morte de JP e conscientemente (fraude) ou inconscientemente (criptomnésia) comunicado esta informação nas cartas.” […]
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“Outra explicação ortodoxa comum para os fenômenos mediúnicos é que o médium obtém informações sobre os seus clientes através do processo de ‘LEITURA FRIA’.
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[…] “O ACASO sozinho poderia explicar o acerto de alguns casos isolados de informação, mas não parece plausível que a precisão de um grande conjunto de dados pudesse ser explicada apenas por acertos fortuitos. […]”
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Temos, pois, cinco hipóteses alternativas: FRAUDE, CRIPTOMNÉSIA, LEITURA FRIA, ACASO e VAZAMENTO DE INFORMAÇÕES (não citada nos exemplos acima mas contida no artigo). Desnecessário dizer que os pesquisadores consideram todas inaplicáveis ao caso. Provável que algum adepto da parapsicologia requeresse a inclusão da telepatia entre as suposições a ser consideradas. Ainda bem que os autores não pensaram nisso, pois complicaria o que já está complicado. Pois eu defendo que todos os quesitos citados são adequados a Chico, mas não de modo definido como, por exemplo, concluir que o espetáculo mediúnico fosse por inteiro fraudado. A fraude aplicada a Xaviernão pode ser considerada a simples simulação, feita com técnica apurada, de modo a convencer os desavisados. Há indícios de que em certas ocasiões Chico tenha optado conscientemente pelo logro, qual foi o caso das materializações e dos perfumes espirituais. No geral, entretanto, parece-me que Chico necessitava acreditar que espíritos estivessem com ele por uma questão de sobrevivência psíquica. Se os mortos o abandonassem creio que entraria em processo de desagregação mental a culminar na insanidade.
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Então, ante a pergunta: “acha que Chico utilizava engodos na atividade mediúnica que exercia?” Minha resposta seria: “sim, mas antes de lograr os que o procuravam ele iludia a si mesmo.”
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Podemos aventar a suposição de que a mediunidade de Xavier fosse oriunda da conjugação de diversos quesitos, desde habilidades pessoais, até acertos fortuitos, advindos de ilações intuitivas. Antes que alguém indague o que seria “ilação intuitiva” explico que se trata de percepções felizes proporcionadas pela experiência de dialogar rotineiramente com muitas personalidades diferentes: quanto mais se conhece as peculiaridades das pessoas mais fácil se torna “adivinhar” fatos de suas vidas.
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A leitura fria aplicada a Chico se confunde com o vazamento de informações: considero este o quesito mais importante a explicar os acertos que tanto deslumbram os admiradores do médium. É comum ouvir-se declarações de quem esteve com Chico a garantir que “nada disse”, que as revelações apareceram exclusivamente pelos poderes do médium. Contudo, sabemos que havia entrevistas com os visitantes, que duravam vários minutos:
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“Todas as tardes de sexta-feira as pessoas se reuniam em uma fila pela oportunidade de conversar por alguns minutos com Xavier. Entre as 14 e as 18 horas, Xavier trocava algumas palavras com cada um dos participantes na fila.”
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Ora, em “alguns minutos” dá para falar muitas coisas. É difícil de aceitar que nesses minutos Chico só indagasse o nome do falecido e o resto do tempo permanecesse calado. É óbvio que um diálogo se travava e os visitantes abriam seus corações. Xavier devia selecionar dentre os entrevistados os que julgasse mais promissores e neles focava o trabalho psicográfico. Importante lembrar que nessas reuniões costumavam estar centenas de ansiosos por psicografias, mas só uns poucos eram abençoados. As notícias informam que o médium psicografava cerca de seis cartas por noite. Isso mostra que as reuniões com Xavier findavam com mais desconsolados do que satisfeitos.
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Podemos ter por certo que as pessoas falavam mais coisas do que lembravam. Isso, sem levar em conta que indivíduos habilidosos conseguem de um informe aparentemente sem importância extrair acertadamente outros dados, sem necessidade de que o visitante faça comentários, às vezes nem é preciso que o consultante diga nada, sua expressão revela muitas coisas. Por exemplo, sabendo que pai e mãe estão dominados pela dor da perda, é fácil concluir que vaguem pela casa tristes, que contemplem as coisas do falecido e chorem; sabendo-se que o falecido morreu afogado é simples concluir que gritaram por seu nome, que ao ser retirado d’água recebeu massagens…
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INFORMAÇÕES NOTÁVEIS EM NOTÁVEL QUANTIDADE
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Outro destaque dados pelos autores refere-se ao número de acertos.
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“Considerou-se que A FORÇA DESTE ESTUDO ENCONTRA-SE NA GRANDE QUANTIDADE DE INFORMAÇÃO TRANSMITIDA PELAS CARTAS. O FATO DE QUE ENTRE OS 99 ITENS DE INFORMAÇÕES ESPECÍFICAS NÃO HAVIA UMA ÚNICA ERRADA PARECE NOTÁVEL. O acaso sozinho poderia explicar o acerto de alguns casos isolados de informação, mas não parece plausível que a precisão de um grande conjunto de dados pudesse ser explicada apenas por acertos fortuitos. No entanto, uma limitação deste estudo é que ele analisou apenas uma parcela muito pequena das cartas psicografadas de Xavier. Não sabemos até que ponto estas 13 cartas são uma amostra representativa das milhares de cartas produzidas por ele ou se são apenas exemplos excepcionais.”
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Os autores destacam a elevada quantidade de declarações corretas como indicação de que o espírito estivesse em comunicação, por exemplo, na primeira carta elencam 16 itens verificáveis (e acertados). Entretanto, o exame desses “acertos” mostra a generosidade com que trataram a análise. Tirando o “avô Basso” que demandaria meditação maior para saber como Chico teria chegado a ele, os demais são trivialidades, facilmente deduzíveis por quem experiente nas lides revelativas, ou vazamento informativo desapercebido pelo informante. A gentileza dos autores para com Chico é tão patente que chegam a classificar expressiva errança como notável acerto. Verifiquemos as informações da primeira carta, os textos entre colchetes são meus comentários, com exceção da frase [“de sua morte”, item 13].
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Usarei a seguinte notação:
PCE: provável captação na entrevista;
PIO: provável informação deduzida de outra;
PCA: provável “chute” afortunado
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1 – Sueli [PCE]
2 – Meu avô Basso (falecido) [PIO: Chico poderia ter indagado os nomes dos familiares (coisa comum em conversa dessa natureza e do sobrenome da mãe deduzido o “avô Basso”]
3 – Elvira (tia de JP, falecida) [PCA: observe-se que “tia” Elvira foi achada pela mãe de Jair, ela não estava na psicografia: o “falecido” ao falar da mulher, dissera: “Aqui comigo estão o meu avô Basso e um coração de benfeitora a quem chamo Irmã Elvira”. Vê-se como o empenho em validar a mensagem pobre de conteúdo estava presente: a Elvira fora um “brinde” de Chico à psicografia, como achou-se um parente com esse nome a fantasia contou ponto favorável.]
4 – vejo-os no quarto, guardando-me as lembranças como se devesse chegar a qualquer instante [PIO: pais de coração despedaçado têm reações típicas]
5 – um passeio [PCE]
6 – Domingueiro [PCE ou PIO]
7 – Sou eu quem deu tanto trabalho aos amigos [PIO: alguém que se afoga vai dar trabalho para os amigos]
8 – Notei quando me chamavam [PIO: idem, como acima]
9 – quando me abraçavam [PIO: idem, como acima]
10 – Massageavam [PIO: idem, como acima]
11 – e me faziam quase respirar sem conseguir [PIO: idem, como acima]
12 – não havia drogas, estávamos sóbrios [Aqui temos uma falha informativa, não notada pelos pesquisadores. No texto da psicografia consta:
“Deixei o corpo num domingo, sem extravagâncias quaisquer. Há quem pense em drogas quando se deixa à vida física assim qual me sucedeu. Mas não havia drogas, nem abuso da véspera. Estávamos sóbrios e brincávamos à maneira de pássaros descuidados.”
Sobre as drogas falarei adiante, examinemos a sobriedade afirmada. No estudo que ora analisamos consta declaração dos companheiros do morto, noticiando que:
“Os amigos relataram que não houve uso de drogas e MUITO POUCO CONSUMO DE ÁLCOOL durante a manhã do acidente fatal.”
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Vejam que Jair declarara-se plenamente consciente durante a excursão, mas os amigos confessaram que haviam bebido (“pouco”) durante a manhã. Quem é dado a sobriedade dificilmente bebe pela manhã, quem o faz geralmente vem de uma noite de farra, ou está habituado ao uso do álcool. Embora não possamos reconstruir os acontecimentos, fica a suspeita de que haviam ao menos bebido o suficiente para ficarem “animados”.]
13 – nem abuso da véspera [de sua morte] [Aqui entra a questão das drogas. Não se sabe como foi que o assunto chegou à família, mas é certo de que a desconfiança de que os rapazes fossem ao local para experimentar fortes emoções estava presente. Chico, como consolador, sempre absolvia os mortos. E este é componente comum nas psicografias, que parece os autores desconhecem. Todas as cartas em que há mortes por acidentes, bebidas e drogas estão fora. Os falecidos são descritos quais criaturas comportadas, sem interesse nos prazeres proporcionados pelos estupefacientes e todos muito comportados. Porém, o senso comum nos diz que o contrário é o mais provável…]
14 – Estou saudoso dos estudos e das aulas; [não sei porque classificaram esse item como acerto: como conferir se o falecido realmente sente saudades do que quer que seja?]
15 – aquele beijo de todos os dias [PIO]
16 – Jair [PCE]
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Os autores, em vez das escalas de vazamento e de acertos, deveriam preparar um escala única, que se intitularia ESCALA DE PROVÁVEIS INFORMAÇÕES NUMA ENTREVISTA, na qual arrolariam o que tivesse a probabilidade de ser dito numa conversa direcionada de poucos minutos. Se assim o fizessem verificariam que, com exceção da tia Elvira, as demais comunicações têm tudo para ter sido passada pelos consultadores.
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Mesmo com poucas informações disponíveis, a respeito do que efetivamente aconteceu naqueles dois dias (sábado e domingo) notamos algumas inconsistências, por exemplo:
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Na psicografia é dito que: “O coração parou, ao modo de um motor, de que não se descobre imediatamente o defeito. Sou eu quem deu tanto trabalho aos amigos. Notei quando me chamavam, quando me abraçavam, massageavam e me faziam quase respirar sem conseguir.”
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No artigo consta: “Por volta das 11h, JP mergulhou na água, mas não veio à superfície. Seus amigos chamaram os bombeiros situados na reserva e após alguns minutos eles encontraram JP e o tiraram da água. Os bombeiros tentaram reanimá-lo fazendo ressuscitação cardiopulmonar e respiração boca-a-boca, mas sem sucesso. JP foi declarado morto no local.”
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É curioso que Jair não tenha visto bombeiros e atribuiu aos amigos as tentativas de ressuscitação; o artigo diz que bombeiros foram acionados e tentaram a reanimação…
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Pretendo enviar essa reflexão para o Alexandre Caroli e o Alexander Moreira (os que tenho e-mail), quero ver se se explicam. Já enviei duas mensagens indagando deles o motivo de não realizarem testes objetivos, que detectem a presença de mortos em meio aos vivos: até agora gentilmente não responderam. Vamos ver se desta feita dá certo.
agosto 21st, 2014 às 6:36 PM
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VITOR: Defensor da razão, porque a informação psi é percebida como vislumbres impressionistas no lado direito do cérebro, como sentimentos, formas e cores, ao invés de palavras ou números no lado esquerdo do cérebro.
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COMENTÁRIO: há problemas com tal declaração. Começa que a divisão entre lado direito e esquerdo, cada qual com qualidades distintas, sendo o lado dextro responsável pela arte e sentimentos, e o esquerdo o lado da razão, não é de aceitação pela neurociência. Ilustrativamente ao afirmado considere o texto que segue.
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Lado direito ou lado esquerdo do cérebro? Não faz diferença
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Depois de analisar o cérebro de mais de 1.000 pessoas, pesquisadores concluem que todo mundo usa mais ou menos o cérebro inteiro o tempo todo
(Carlos Orsi)
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Volta e meia ressurgem nas redes sociais links para testes que se propõem a determinar se o cérebro de uma pessoa é mais “lado direito” ou “lado esquerdo”. Isso porque, como todo mundo sabe, o lado esquerdo do cérebro é lógico, matemático, preciso. O lado direito é intuitivo, emocional, poético. Senhor Spock é lado esquerdo. Dr. McCoy é lado direito. Xadrez é lado esquerdo. Ciranda-cirandinha é lado direito. Céticos são lado esquerdo. Astrólogos-alquimistas, lado direito. Certo?
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Desculpe cortar o barato mas, na verdade, não. “Os mitos mais perniciosos tendem a conter um grão de verdade, mas são enganadores ou super-simplificados”, escreve o neurocientista Steve Novella, no blog NeuroLogica. A suposição de que pessoas “podem ser caracterizadas como lado-direito ou lado-esquerdo em termos personalidade e do modo como seus cérebros processam informação” é, de acordo com Novella, “uma daquelas idéias da cultura popular que todo mundo sabe, mas que está simplesmente errada”.
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O grão de verdade no núcleo do mito, prossegue o cientista, é o fato de que algumas funções cerebrais são lateralizadas – isto é, concentram-se, de modo predominante, num dos hemisférios. Um exemplo clássico é o da linguagem, que se concentra no hemisfério dominante (o esquerdo, para a maioria das pessoas).
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O conceito de que algumas pessoas não mais “lado esquerdo” ou mais “lado direito” ignora alguns dados importantes, como o de que os dois hemisférios estão intimamente interligados, e funcionam dessa forma em todas as situações normais: para saber o que um hemisfério é capaz de fazer por conta própria, é preciso ou desconectá-los, por meio de cirurgia, ou desligar um deles, com uma injeção de anestésico.
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Além disso, diversas funções importantes dependem de redes de neurônios que se espalham por ambos os hemisférios. “Algumas funções cognitivas superiores não lateralizam”, explica Novella. “Isso é particularmente verdadeiro nos lobos frontais, onde a maioria das funções é bilateral, incluindo a função executiva – a capacidade de planejar e controlar o próprio comportamento”.
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A postagem no blog de Novella foi publicada no começo do ano passado: ele estava criticando uma escola que prometia personalizar as aulas, criando estratégias de ensino específicas para aproveitar as qualidades dos estudantes “mais lado esquerdo” e outras, para estimular os “mais lado direito”. Agora, em 2013, um estudo da Universidade de Utah veio reforçar o que ele havia escrito.
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Depois de analisar o funcionamento do cérebro de mais de 1.000 pessoas, os pesquisadores concluíram que todo mundo usa mais ou menos o cérebro inteiro o tempo todo. “A lateralização das conexões cerebrais parece ser uma propriedade local, e não global, das redes cerebrais”, escreveram os autores. Os resultados desmentem a existência de indivíduos com “redes predominantes de ‘cérebro direito’ ou ‘cérebro esquerdo’ ”.
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http://revistagalileu.globo.com/Revista/Common/0,,ERT345741-18580,00.html
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VITOR: É por isso que nos testes ganzfeld, em que se testa a ocorrência de telepatia, os alvos dinâmicos são trechos de filmes; os alvos estáticos incluem trabalhos artísticos e fotografias. Não se usam palavras nem números. Se quiser testar números para transmitir telepaticamente DUVIDO que obtenha a mesa taxa de acerto quando se usam fotografias ou filmes. E os alvos dinâmicos possuem taxas de acerto superiores aos estáticos. Note que o que estou lhe falando é perfeitamente testável. É só trocar os alvos de trechos de filmes ou de fotografias por números. A taxa vai cair. Se a taxa for superior ou igual, então você refuta a hipótese que eu lhe disse.
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COMENTÁRIO: se fosse assim, e considerando que defende serem músicos bons propiciadores de psi, os melhores alvos para o ganzfeld seriam músicas: bastaria selecionar estudantes de música (como já foi sugerido) e pô-los a transmitir e receber e a psi jorraria generosa…
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Que coisa, não?
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VITOR: Utilidade para psi já tem várias… desde vastos usos na arqueologia – já leu os artigos de J. Norman Emerson ou do Stephan Schwartz? – na resolução de crimes, no mercado financeiro…
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COMENTÁRIO: todas essas utilidades são discutivelmente suspeitas, geralmente obtidas em experimentos singulares (sem repetição confirmativa) e, alguns, são eminentemente fantasiosos, qual alegadas soluções de crimes por meio de psi. Como alguém aqui já disse: se psi existisse como “força” comum a maioria de nós vivenciaria experiências da espécie, de forma clara e objetiva, por exemplo, ao enfiar linhas em agulhas, ao estender roupas, ao localizar pequenos objetos perdidos, em jogos de azar (os cassinos deixariam de ter lucros assustadores), etc.
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Não tem saída: se psi (remotamente) existir, trata-se de “força” débil, de ocorrência incerta, sem controle de quem a possui, e sem utilidade alguma (ao menos para a plena maioria da população: os casos exceptivos que se avaliem com muito cuidado…).
agosto 21st, 2014 às 9:19 PM
Presente!
agosto 22nd, 2014 às 1:13 AM
Montalvão,
o texto que você postou não diz o que você acha que diz. Ele apenas diz que as pessoas não usam um lado do cérebro mais do que o outro. Isso não quer dizer que a laterização das conexões cerebrais não exista. Aliás, se você tivesse lido essa matéria com um dos autores (http://hypescience.com/algumas-pessoas-usam-mais-um-lado-do-cerebro-do-que-o-outro-mito-ou-realidade/) teria visto que a laterização é plenamente constatada e aceita:
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““É absolutamente verdade que algumas funções cerebrais ocorrem em um ou outro lado do cérebro. Língua tende a ser do lado esquerdo, o processo de “atenção” mais à direita. Mas as pessoas não tendem a ter um cérebro de hemisfério esquerdo ou direito mais forte. Parece ser algo determinado mais por ligação de conexão”, disse Jeff Anderson, autor principal do estudo, publicado na revista PLoS ONE.”
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Sobre usar música nos testes ganzfeld, os alvos dinâmicos já fazem uso de som (inclusive música . A combinação entre estímulo visual e auditivo é muito melhor do que apenas um ou outro.
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Seus comentários sobre “cassinos perderiam muito dinheiro” mostra mais uma vez desconhecimento da literatura. O próprio Radin já havia respondido a isso no seu livro “Mentes Interligadas” (que, aliás, você tem, então vc já deveria conhecer a resposta a esse argumento): “os cassinos obtêm lucros imensos, não importando a intensidade dos desejos dos jogadores. No entanto, os cassinos não são lugares para se procurar justiça: de maneira previsível, o dinheiro jorra nos cassinos porque as probabilidades estão preparadas para favorecer sempre a casa. Desse modo, se Júlio César fosse visitar o cassino-hotel Caesar’s Palace em Las Vegas e fosse capaz de influenciar, pelo poder de sua mente, os dados, tudo o que acabaria fazendo seria perder as riquezas do Império Romano um pouco mais devagar do que teria perdido caso não possuísse a menor influência sobre o lançamento de dados. ”
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Além disso, tudo num cassino é motivo para distração, assim fica muito difícil uma pessoa usar psi, já que as condições não são propícias. É impossível em um cassino reproduzir as condições de relaxamento, silêncio (no máximo um ‘ruído branco’), tranquilidade que existem nos testes ganzfeld, por exemplo.
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Sobre “soluções de crimes por meio de psi” serem “eminentemente fantasiosos”, não sei daonde você tirou isso. Veja esse texto de um autor que se mostra muito cuidadoso antes de aceitar um caso resolvido por um psíquico – ele mesmo tece crítica a outros pesquisadores psi…
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One case in particular provides evidence that Kathlyn Rhea was directly instrumental in locating a missing body. I personally obtained complete corroboration from the law enforcement officials involved. The case occurred several years ago in Calavaras County, California, in the foothills of the Sierra Nevada gold country. An elderly man, Mr. Russell Drummond, has been camping with his wife in the county. He was reported missing by his wife, after he left his campsite to use the latrine and never returned.
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The local county sheriff organized a search party of some 300 persons. However, after a two-week period of intensive combing through the adjacent areas, the searchers were unable to locate the body or any sign of what happened to Mr. Drummond. The sheriff therefore proclaimed that Drummond must have either left or been taken away from the county.
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His wife was desperate at this point. Not only was she without her husband, but since his whereabouts was unknown she could not collect his pension or insurance.
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Six months after the indicent, Mrs. Drummond contacted Kathlyn Rhea. Mrs. Rhea sat down using her normal methods, which involved no profound altered state of consciousness. She simply dictated into a cassette recorder her impressions of what had happened to Mr. Drummond. She described in detail, in a tape lasting 45 minutes, how he lost his sense of orientation and began wandering away from the campsite in an easterly direction. She described a gravel path near a small, chalet-like cottage, where there were trees and brush. There she described how he had a stroke and fell underneath one of the brush-like (madrone) trees in that area. She described still being under that brush, six months later, completely intact. This would be unusual for a body left in the woods for six months.
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Mrs. Drummond took that tape to the new county sheriff, Claude Ballard, who had been elected during the intervening time. Based on his listening to the tape, Ballard acknowledged a general sense of the location described by Mrs. Rhea. He took his skeptical undersheriff with him to that potential site with the idea that if the location matched the description provided by Mrs. Rhea, he would then organize a new search party. In fact, her description was so accurate that Sheriff Ballard was able to walk immediately to the body and find it without any difficulty. According to undersheriff Fred Kern, the description provided by the tape cassette was 99 percent accurate.
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Another case involving Kathlyn Rhea, which I have personally verified, involved the murder of an Ohio woman. Rhea was approach by a local detective for information on this case and she provided him with a detailed description of where the body could be found — in the country, on a gravel road near a bridge.
The case is full of several ironies. Based on this information, the detective, visited a site where he thought the body might be found and was not successful. Being somewhat ill and unable to search further, he provided Kathlyn Rhea’s description to the police. Simultaneously, some local Boy Scouts uncovered the body at another location which matched Rhea’s description in major details. The sheriff’s department, which had assumed jurisdiction over the case, took note that an accurate description of the body’s condition and location had been turned in by this detective prior to the body’s discovery. They detained him as a suspect in the case.
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Additional information developed by the detective, working with Kathlyn Rhea, was that the local police chief had actually committed this murder. Rhea suggested that fibers from her clothing would be found in his police cruiser. Acting on this tip, investigators searched the car and did find fibers. The police chief was convicted of the murder and is now serving time in prison.
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http://www.williamjames.com/Folklore/PSIONICS.htm
agosto 22nd, 2014 às 8:52 AM
Escassamente relacionado ao dito pelo Analista Montalvão… Veja-se: aqui ocorreu a tentativa de alegar que a atividade da Parapsiclologia é investigar alegações de fenômenos sobrenaturais. Ou seja: independentemente do imaginário ente metafísico Ψ “existir” ou não. Ora, as alegações são sobre terrícolas movendo objetos; telepaticamente captando mensagens coerentes e úteis; & the like…
Nada disso envolve estatística, supostas alterações estatísticas no resultado dum dado em movimento (a alegação é que o dado ou qualquer objeto seja movível desde o repouso); ou testes estatísticos de “telepatia”.
Então: a Parapsicologia não investiga as alegações da forma como alegadas. Inventou a fantasia estatística para tentar sobreviver fora de seu propósito original (sempre lembrando que materializações; levitações; psicografias… foram o propósito original, ainda que sob o nome de pesquisa psíquica ou depois metapsíquica).
agosto 22nd, 2014 às 12:17 PM
Estou pasmo com a proeza de enrolação do Sr Montalvão. Sério. Ele começa criticando o artigo por não está na língua nativa e bla bla bla. Qual o problema de se publicar em revistas internacionais ? É de praxe. Favor consultar o manual de publicação acadêmica.
É que eu estou sem tempo de analisar a sua análise. Mas eu gostaria de o fazê-lo. Quando tiver saco, quem sabe o farei…nesta semana ainda não posso.
Mas está nítido que é preciso alguém vim aqui e colocar uma meia dúzia de cético no seu devido lugar que é a humildade perante a força dos fatos. Se chico fosse uma fraude de fato, você não estariam se remoendo para derruba-lo. Tipo o inri-cristo… Ninguem ta la fazendo um site de combate especialmente para ele…Por que será…
Em breve eu volto.
agosto 22nd, 2014 às 1:17 PM
“Mas está nítido que é preciso alguém vim aqui e colocar uma meia dúzia de cético no seu devido lugar…”
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Quem ta passada sou eu.
agosto 22nd, 2014 às 1:18 PM
Me causaste pasmo, Rafael.
agosto 22nd, 2014 às 1:22 PM
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VITOR: o texto que você postou não diz o que você acha que diz. Ele apenas diz que as pessoas não usam um lado do cérebro mais do que o outro. Isso não quer dizer que a laterização das conexões cerebrais não exista. Aliás, se você tivesse lido essa matéria com um dos autores (http://hypescience.com/algumas-pessoas-usam-mais-um-lado-do-cerebro-do-que-o-outro-mito-ou-realidade/) teria visto que a laterização é plenamente constatada e aceita:
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COMENTÁRIO: vamos, então, à interpretação de texto… primeiro considerando o destaque que apresentou:
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HYPESCIENCE: “É absolutamente verdade que ALGUMAS FUNÇÕES CEREBRAIS OCORREM EM UM OU OUTRO LADO DO CÉREBRO. Língua tende a ser do lado esquerdo, o processo de “atenção” mais à direita. Mas as pessoas não tendem a ter um cérebro de hemisfério esquerdo ou direito mais forte. PARECE SER ALGO DETERMINADO MAIS POR LIGAÇÃO DE CONEXÃO”, disse Jeff Anderson, autor principal do estudo, publicado na revista PLoS ONE.”
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Em seguida, leve em consideração o falei: “a divisão entre lado direito e esquerdo, cada qual com qualidades distintas, sendo o lado dextro responsável pela arte e sentimentos, e o esquerdo o lado da razão, não é de aceitação pela neurociência.”
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Pois bem, não questionei a lateralização, sim a lateralização radical e expandida, defendida por muitos, inclusive, ao que tudo indica, por Radin (que foi de onde extraiu a brilhante assertiva de que a “a informação psi é percebida como vislumbres impressionistas no lado direito do cérebro, como sentimentos, formas e cores, ao invés de palavras ou números no lado esquerdo do cérebro.”).
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Aliás, nem precisaria utilizar o escrito da Hypesciece, no próprio artigo que apresentei esse ponto é esclarecido, observe:
“O GRÃO DE VERDADE NO NÚCLEO DO MITO, prossegue o cientista, é o fato de que algumas funções cerebrais são lateralizadas – isto é, concentram-se, de modo predominante, num dos hemisférios. Um exemplo clássico é o da linguagem, que se concentra no hemisfério dominante (o esquerdo, para a maioria das pessoas).”
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Então, meu prezado, há sim funções PREDOMINANTEMENTE lateralizadas, mas esse ponto não é o foco da discussão, o fato de haver atividades predominantes num ou noutro lado do cérebro não ampara a assertiva de Radin, tão empolgadamente propalada por sua paranormálica pessoa. Em resumo, não há apoio em pesquisas para o que seu guru alega. E isso, sem considerar o problema maior: demonstrar que realmente exista “informação psi” vagando pelo éter e adentrando cabeças pelo lado direito. O pior é que tem quem acredite nisso… Depois reclamam de minha fé no anãozinho gigante… 😉
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VITOR: Sobre usar música nos testes ganzfeld, os alvos dinâmicos já fazem uso de som (inclusive música . A combinação entre estímulo visual e auditivo é muito melhor do que apenas um ou outro.
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COMENTÁRIO: bem, você que é conhecedor da literatura, deve saber de testes em que os alvos são músicas e do sucesso desses. Eu, com minhas modestas leituras do assunto, não achei caso assim. Seria interessante que nos ilustrasse com exemplos, por exemplo, de um sambinha sendo transmitido e o receptor o cantarolando…
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VITOR: SEUS COMENTÁRIOS SOBRE “CASSINOS PERDERIAM MUITO DINHEIRO” MOSTRA MAIS UMA VEZ DESCONHECIMENTO DA LITERATURA.
O PRÓPRIO RADIN já havia respondido a isso no seu livro “Mentes Interligadas” (que, aliás, você tem, então vc já deveria conhecer a resposta a esse argumento): “os cassinos obtêm lucros imensos, não importando a intensidade dos desejos dos jogadores. No entanto, os cassinos não são lugares para se procurar justiça: de maneira previsível, o dinheiro jorra nos cassinos porque as probabilidades estão preparadas para favorecer sempre a casa. Desse modo, se Júlio César fosse visitar o cassino-hotel Caesar’s Palace em Las Vegas e fosse capaz de influenciar, pelo poder de sua mente, os dados, tudo o que acabaria fazendo seria perder as riquezas do Império Romano um pouco mais devagar do que teria perdido caso não possuísse a menor influência sobre o lançamento de dados. ”
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COMENTÁRIO: quem tem Radin como fonte de referência não é minha pessoa, a maior parte das considerações desse autor são para mim imerecedoras de registro (que me perdoem os que o têm por guru). Mas é claro que se psi (caso exista) fosse “força” utilitária paranormais estariam se dando bem em cassinos. Realmente, as probabilidades são favoráveis às casas de jogo porque levam em conta o que é natural: os donos de cassino não preparam estratégias para enfrentar dotados de paranormalidade, simplesmente pelo fato de não serem ameaças (como se defender do que não se sabe se existe?), mas vigiam gente que tenha habilidades especiais e reais, como memória privilegiada, e sejam hábeis em mentalizar cartas jogadas.
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E, para esclarecer, meu comentário não foi conforme interpretou, releia-o, por favor:
“se psi existisse como “força” comum a maioria de nós vivenciaria experiências da espécie, de forma clara e objetiva, por exemplo, ao enfiar linhas em agulhas, ao estender roupas, ao localizar pequenos objetos perdidos, em jogos de azar (os cassinos deixariam de ter lucros assustadores), etc.”
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Por que focou, erroneamente, a apreciação sobre cassinos (observe que não afirmei que “deixariam de ter lucro” mas que “seus lucros diminuiriam”) e deixou os demais itens abandonados? Será porque Radin não deu resposta a eles?
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VITOR: Além disso, tudo num cassino é motivo para distração, assim fica muito difícil uma pessoa usar psi, já que as condições não são propícias. É impossível em um cassino reproduzir as condições de relaxamento, silêncio (no máximo um ‘ruído branco’), tranquilidade que existem nos testes ganzfeld, por exemplo.
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COMENTÁRIO: chiiii, agora é que danou-se de vez. Meus parcos conhecimentos da literatura dão conta de que a psi em laboratório, mesmo procurando-se propiciar boas condições, não é tão expressiva quanto a espontânea. Quer dizer, esta é uma das alegações de teóricos de psi: a de que o laboratório “enfraquece a força” e de que alguns fenômenos não são reproduzíveis laboratorialmente… A “lógica” nos diz que um paranormal devidamente “encaixado” em contexto (para ele) propiciador de psi a externará independentemente de onde se encontre. Então, se um imaginado paranormal se sentir à vontade num cassino paranormalizará igual como se estivesse em laboratório, ou melhor…
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VITOR: Sobre “soluções de crimes por meio de psi” serem “eminentemente fantasiosos”, NÃO SEI DAONDE VOCÊ TIROU ISSO. Veja esse texto [em inglês] de um autor que se mostra muito cuidadoso antes de aceitar um caso resolvido por um psíquico – ele mesmo tece crítica a outros pesquisadores psi…
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COMENTÁRIO: Estamos discutindo em “portuguese”, seria elegante, caso recorra a ilustrações noutros idiomas que mande a tradução junto. Não pense só em mim, eu me lasco todo mas acabo (mal) entendendo o conteúdo. Acontece que o embate pode interessar a visitantes do site e nenhum é obrigado a conhecer línguas alienígenas. Grande quantidade de escritos em língua estranha espanta quem busque melhor se esclarecer. Com textículos (duas ou três frases) tudo bem, mas quando o material é mais longo a tradução é desejada e esperada.
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Dito isto, consideremos o texto de quem “que se mostra reticente a aceitar caso resolvido(?!) por metapsíquico”…
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Difícil admitir que esse autor seja desconfiado do poder paranormal. Ele relata dois casos, um folclórico (será que o subtítulo do site tenha a ver com a ideia de fantasia: http://www.williamjames.com/Folklore/ ?), e outro que diz ter “acompanhado pessoalmente”. A impressão que o artigo me transmitiu é a de que pretenda propagandear os supostos poderes dessa tal de Kathlyn Rhea, pela apresentação de sucessos e olvidamente de insucessos. Creio que a discussão havida no título “Detetives psíquicos”, aqui nesse sítio, deixou bem clara a safadeza desses alegados reveladores de crimes e desaparecimentos: não acredito que possa acrescentar nada que mude essa percepção.
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saudações detetivescas.
agosto 22nd, 2014 às 2:04 PM
Montalvão,
não há absolutamente NADA no texto que refute o que você chama de “lateralização radical e expandida”. O texto apenas refuta a ideia de definir personalidades dizendo que fulano de tal usa mais o lado esquerdo ou direito. Você comete um erro chamado extrapolação.
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Seu comentário sobre “Seria interessante que nos ilustrasse com exemplos, por exemplo, de um sambinha sendo transmitido e o receptor o cantarolando…” mais uma vez mostra que não entendeu o que eu disse. Eu disse que estímulo visual MAIS auditivo é melhor do que estímulo APENAS visual ou APENAS auditivo. Por isso alvos dinâmicos possuem melhor resultados que estáticos ou de apenas som.
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Sobre os demais itens abandonados, já dei exemplos de uso de psi na vida diária (acertar quem está ligando, quem mandou mensagem de texto etc., como mostrou a pesquisa de Sheldrake.). Mas a grande maioria dos fenômenos psi referem-se a questões ligadas à sobrevivência da espécie, ocorrendo entre os entes queridos (como ilustrou o caso Hans Berger).
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Você diz que ” A “lógica” nos diz que um paranormal devidamente “encaixado” em contexto (para ele) propiciador de psi a externará independentemente de onde se encontre.”
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Sinto muito, isso não existe. Essa sua lógica está furada, simples assim. Você não tem qualquer base para dizer isso exceto sua vontade de querer ditar SUAS regras sobre como o fenômeno deve se comportar. Pela sua lógica um hetero deveria conseguir transar com uma mulher independente de ser colocado em uma sauna gay com dezenas de homens nus olhando para ele, gritando “vai, tigrão!”. Será que essa pessoa conseguiria transar nesse situação? Será que não ficaria inibido e broxaria?
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Sobre mandar a tradução junto, você sabe que eu traduzo vários e vários textos para colocar no blog. Estou no momento traduzindo o texto de J Norman Emerson que mostra os acertos extraordinários de George McMullen. Não tenho tempo para traduzir tudo, infelizmente você também tem que fazer a sua parte nesse ponto.
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Sobre “Difícil admitir que esse autor seja desconfiado do poder paranormal. ” o texto diz: “Great caution must be exercised in evaluating psi claims related to crime investigation. Skeptical Dutch researcher, Piet Hein Hoebens, for example was able to find major loopholes in claims regarding the Dutch clairvoyant Gerard Croiset — “the Mozart of Psychic Sleuths.” Newspapers throughout Europe acclaimed Croiset as a great psychic, at the time of his death in July 1980. This is particularly disturbing, since Croiset’s abilities were attested to by W. H. C. Tenhaeff, a psi researcher at the University of Utrecht in the Netherlands, who had studied Croiset’s alleged abilities for several decades.”
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Como vê, o autor só validou os psíquicos que ele próprio considerou como comprovadamente eficazes.
agosto 22nd, 2014 às 4:59 PM
Contra, também estou presente, mas sem tempo de comentar tanta (deixa pra lá…).
agosto 22nd, 2014 às 9:23 PM
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RAFAEL: ESTOU PASMO com a proeza de enrolação do Sr Montalvão. Sério. Ele começa criticando o artigo por não está na língua nativa e bla bla bla. Qual o problema de se publicar em revistas internacionais ? É de praxe. Favor consultar o manual de publicação acadêmica.
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COMENTÁRIO: prezado Rafael, PASMADO também fico diante de muitas coisas que ouço e vejo, mas fazer o quê? Pasmaceiras são coisas da vida…
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Não critiquei o texto por não estar na língua nativa, o autor tem liberdade de escrevê-lo até em bessarabiano se quiser e puder: repudiei não haver versão em português, o que é bem diferente.
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RAFAEL: É que eu estou sem tempo de analisar a sua análise. Mas eu gostaria de o fazê-lo. Quando tiver saco, quem sabe o farei…nesta semana ainda não posso.
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COMENTÁRIO: saco acredito que tenha, talvez não queira utilizá-lo, ao menos nesta semana…
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RAFAEL: Mas está nítido que É PRECISO ALGUÉM VIM AQUI E COLOCAR UMA MEIA DÚZIA DE CÉTICO NO SEU DEVIDO LUGAR QUE É A HUMILDADE PERANTE A FORÇA DOS FATOS. Se chico fosse uma fraude de fato, você não estariam se remoendo para derruba-lo. Tipo o inri-cristo… Ninguem ta la fazendo um site de combate especialmente para ele…Por que será…
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COMENTÁRIO: ninguém se anima a derrubar Inri Cristo porque este está derrubado desde o nascedouro: não se deve gastar chumbo bom com caça ruim (detesto esta expressão, mas mesmo assim a uso, só de vez em quando).
Quanto a destronar Chico sua interpretação é equivocada: Xavier é inderribável, ou você acha que análises críticas, apontando a terrenicidade dos feitos do homem de Uberaba, irão destruir a veneração que milhares têm por ele? Se essa for sua preocupação, pode prostrar-se em decúbito (frontal ou costal, o que preferir) em seu leito de sonhos e curtir um soninho que nada disso acontecerá. Os textos vão, não máximo, esclarecer quem procure ser esclarecido, o que não é o caso da maioria de seus admiradores, que só querem endeusá-lo. Seja como for, fique à vontade na nobre missão de pôr céticos nos seus devidos lugares, dou-lhe a maior força nessa empreitada.
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RAFAEL: Em breve eu volto.
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Volte sempre, será um prazer conversar.
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Saudações inrexaviéticas.
agosto 22nd, 2014 às 11:33 PM
Marciano e Montalvão, vocês são muito bão.
agosto 22nd, 2014 às 11:34 PM
Pombos enxadristas sempre dão as caras por aqui…
agosto 22nd, 2014 às 11:56 PM
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VITOR: não há absolutamente NADA no texto que refute o que você chama de “lateralização radical e expandida”. O texto apenas refuta a ideia de definir personalidades dizendo que fulano de tal usa mais o lado esquerdo ou direito. Você comete um erro chamado extrapolação.
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COMENTÁRIO: talvez seja questão de ângulo de leitura, talvez dificuldade de “compreendimento”, nunca se sabe… Vamos tentar de novo, desta feita lendo trecho maior do artigo que citei:
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“Desculpe cortar o barato mas, na verdade, não. “OS MITOS MAIS PERNICIOSOS TENDEM A CONTER UM GRÃO DE VERDADE, MAS SÃO ENGANADORES OU SUPER-SIMPLIFICADOS”, escreve o neurocientista Steve Novella, no blog NeuroLogica. A suposição de que pessoas “podem ser caracterizadas como lado-direito ou lado-esquerdo em termos personalidade e do modo como seus cérebros processam informação” é, de acordo com Novella, “uma daquelas idéias da cultura popular que todo mundo sabe, mas que está simplesmente errada”.
.
“O grão de verdade no núcleo do mito, prossegue o cientista, é o fato de que algumas funções cerebrais são lateralizadas – isto é, concentram-se, de modo predominante, num dos hemisférios. Um exemplo clássico é o da linguagem, que se concentra no hemisfério dominante (o esquerdo, para a maioria das pessoas).”
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O pesquisador informa que essa de dizer que pessoas são “lado direito ou esquerdo” não tem cabimento. Ora, se não existem indivíduos cerebralmente destros nem sinistros, como se sustenta a alegação de que “psi adentra pelo lado direito sob forma de impressões e outras imaginâncias”? A predominância de certas funções na lateral direita não significa que só este lado direito as exerça. A má notícia para Radin e seus cumpadres é que não há um “lado artístico ou emocional”, muito menos que haja um endereço psi no cérebro (e este seria o lóbulo direito). Trata-se de devaneio tão dramático quanto defender que quem escreve estas mal traçadas linhas seja o anãozinho gigante em vez de o Montalvão. Mas, considerando que dar rédea solta à imaginação não paga imposto, Radin pode advogar à vontade que a coisa que não-sabe-se-existe entra por onde-acha-que-deva-entrar: se o troço só é real no mundo das ideias eternas pode penetrar por qualquer reentrância que não fará mal a ninguém.
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VITOR: Seu comentário sobre “Seria interessante que nos ilustrasse com exemplos, por exemplo, de um sambinha sendo transmitido e o receptor o cantarolando…” mais uma vez mostra que não entendeu o que eu disse. Eu disse que estímulo visual MAIS auditivo é melhor do que estímulo APENAS visual ou APENAS auditivo. Por isso alvos dinâmicos possuem melhor resultados que estáticos ou de apenas som.
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COMENTÁRIO: tenho a impressão de que acredito ligeiramente ter mais ou menos compreendido o que disse. Quem propôs o sambinha fui eu, e o fiz com base em suas próprias alegações de que músicos estão dentre os melhores produtores de psi. Se fosse assim (não sei se ainda se agarra a essa hipótese) a transmissão de um sambinha de Noel geraria psi a deixar qualquer faminto de paranormalidade saciado.
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VITOR: Sobre os demais itens abandonados, já dei exemplos de uso de psi na vida diária (acertar quem está ligando, quem mandou mensagem de texto etc., como mostrou a pesquisa de Sheldrake.). Mas a grande maioria dos fenômenos psi referem-se a questões ligadas à sobrevivência da espécie, ocorrendo entre os entes queridos (como ilustrou o caso Hans Berger).
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COMENTÁRIO: ué, continuas fiado em Sheldrake? Deus, que horror! As pessoas acertam sim quem está ligando, tanto quanto erram. Isso tem explicação nas empatias pessoais. Bastaria que o amado Sheldrake fizesse o seguinte teste: pusesse dois milhões de voluntários, em Moçambique, a ligar para um certo indivíduo no Brasil, que não conhecesse ninguém naquele país: se ele adivinhar mais que cinco nomes (em dois milhões de tentativas) admitirei que o assunto precise ser melhor investigado… Se quiser teste menos radical, mas também eficiente (só vai dar um trabalhinho): selecione dez pessoas que o testando conheça mas que sabidamente nunca ligam para ele e ponha-os a “ligue djá”: se o dito acertar um nome (basta um), admitirei que novos testes devam ser realizados (só por desencargo de consciência).
Os loucos experimentos de Sheldrake não suprem a realidade de que psi não se manifesta perceptivamente na humanidade, a não ser em eventos dúbios (veja a experiência de Hans Berger, de que falo adiante): se fosse real (ou algo mais do que uma suposta “força” débil, incerta, de ocorrência esporádica, incontrolada e sem utilidade) dela teríamos evidências concretas.
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VITOR: Você diz que ” A “lógica” nos diz que um paranormal devidamente “encaixado” em contexto (para ele) propiciador de psi a externará independentemente de onde se encontre.” Sinto muito, isso não existe. Essa sua lógica está furada, simples assim. Você não tem qualquer base para dizer isso exceto sua vontade de querer ditar SUAS regras sobre como o fenômeno deve se comportar. PELA SUA LÓGICA UM HETERO DEVERIA CONSEGUIR TRANSAR COM UMA MULHER INDEPENDENTE DE SER COLOCADO EM UMA SAUNA GAY COM DEZENAS DE HOMENS NUS OLHANDO PARA ELE, GRITANDO “VAI, TIGRÃO!”. Será que essa pessoa conseguiria transar nesse situação? Será que não ficaria inibido e broxaria?
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COMENTÁRIO: quem foi mesmo que falou na falácia da falsa analogia e disse que com ele isso não cola? Ouvi alguém proferir qualquer coisa assim, mas não lembro quem foi… 😉 Agora, se o “tigrão” fosse eu… satisfação garantida… embora seja praticamente impossível ser eu achado nesse tipo de sauna… :-))
Prezado, minha lógica é pura e cristalina: se o que dizem dos eventos paranormais fosse certo, a paranormalidade espontânea espoucaria sempre que o dotado estivesse contextualmente “encaixado”, basta examinar a literatura e essa ilação saltará aos seus olhos perquiridores. Já que gosta tanto do Randin, considere a ilustração que deu do caso Hans Berger. Pela sua “lógica”, Berger jamais poderia enviar o apelo telepático a irmã (coitado, como se essa pudesse vencer a enorme distância que os separavam): o infeliz estava sob fortíssima tensão, angustiado, sentido a morte se aproximar. Quem é que em tal estado conseguiria telepatizar uma vírgula? Tampouco a irmã estaria em condição “ganzfeld”, apta, pois, para receber transmissões da espécie. Se houve a telepatia significa que os envolvidos estavam contextualmente “encaixados”, situação que independeria de ambiente ou distraimentos.
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VITOR: Sobre mandar a tradução junto, você sabe que eu traduzo vários e vários textos para colocar no blog. Estou no momento traduzindo o texto de J Norman Emerson que mostra os acertos extraordinários de George McMullen. Não tenho tempo para traduzir tudo, infelizmente você também tem que fazer a sua parte nesse ponto.
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COMENTÁRIO: sabe que sou um de seus admiradores pela dedicação que ao trabalho que realiza, ao qual se dedica unicamente pela paixão, sem qualquer lucro monetário. O que reclamei refere-se ao fato de que muitos desanimam de acompanhar conversa que lhes interessaria por não deter conhecimento poliglótico. De minha parte, me viro, mas corro o risco de entender mal o escrito e fazer apreciações inadequadas, o que muito me desagrada. Mas tudo bem, fique registrada a sugestão.
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VITOR: Sobre “Difícil admitir que esse autor seja desconfiado do poder paranormal. ” o texto diz:
“Great caution must be exercised in evaluating psi claims related to crime investigation.[…]
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GOOGLE: “Grande cuidado deve ser exercido na avaliação de reivindicações psi relacionadas com investigação criminal. Skeptical pesquisador holandês, Piet Hein Hoebens, por exemplo, foi capaz de encontrar lacunas importantes em reivindicações referentes a vidente holandês Gerard Croiset – “. O Mozart de detetives psíquicos” Os jornais de toda a Europa aclamado Croiset como um grande médium, no momento da sua morte, em julho de 1980 Isto é particularmente preocupante, uma vez que as habilidades de Croiset foram atestada pelo WHC Tenhaeff, um pesquisador psi na Universidade de Utrecht, na Holanda, que tinha estudado supostas habilidades de Croiset por várias décadas.”
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COMENTÁRIO: tá o autor aconselhou a que tivessem cuidado, mas não estaria, pergunto-me, sugerindo que façam o que ele diz mas não o que faz? Pela aprovação que deu à vidente, considerando casos tão bundinhas quanto os descritos, desconfio que se fosse ele a avaliar o vidente holandês não acharia lacuna alguma, qual o pesquisador que acompanhou o vidente por várias décadas…
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VITOR: Como vê, o autor só validou os psíquicos que ele próprio considerou como comprovadamente eficazes.
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COMENTÁRIO: como vê, a eficácia aprovativa do dito não nos parece tão eficaz quanto possa parecer… Insisto que reveja a discussão havida sobre detetives psíquicos.
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saudações aprovativas.
agosto 22nd, 2014 às 11:59 PM
Contra o chiquismo Diz: Pombos enxadristas sempre dão as caras por aqui…
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COMENTÁRIO: não mereço mas agradeço: você anda um tanto sumido, precisa mais aparecer: Arnaldo deve estar com saudades… e nós também.
agosto 23rd, 2014 às 12:08 AM
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Contra, errei, tô com sono: o texto seu ao qual agradeço não é o que postei, sim o que diz que Marciano e eu somos “bons”. Como bem dizia um amigo: pode até não corresponder aos fatos, mas que é bom ouvir sem dúvidas…
agosto 23rd, 2014 às 2:08 AM
Montalvão,
prosseguindo:
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a) “O pesquisador informa que essa de dizer que pessoas são “lado direito ou esquerdo” não tem cabimento.”
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Sim, foi o que eu disse: ” O texto apenas refuta a ideia de definir personalidades dizendo que fulano de tal usa mais o lado esquerdo ou direito. ”
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b) “Ora, se não existem indivíduos cerebralmente destros nem sinistros, como se sustenta a alegação de que “psi adentra pelo lado direito sob forma de impressões e outras imaginâncias”?”
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Hããã…. veja esse artigo da Scientific American:
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http://www.methodus.com.br/artigo/732/hemisferios-cerebrais.html
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“O hemisfério esquerdo do cérebro humano controla a linguagem, sem dúvida nosso melhor atributo mental. Além disso, também controla a extraordinária DESTREZA DA MÃO DIREITA HUMANA. Já o hemisfério direito é dominante no controle, entre outros, do nosso senso de como as coisas se interrelacionam no espaço.”
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O artigo também cita vários outros exemplos de lateralizações. Outra matéria da Scientific American, de 2004:
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http://www2.uol.com.br/vivermente/reportagens/em_busca_do_genio_da_lampada.html
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“Ao lado de Michael Gazzaniga, Sperry submeteu esses pacientes a uma série de experimentos. Com eles, fez uma descoberta inovadora, que lhe rendeu o Prêmio Nobel de Medicina de 1981: os hemisférios cerebrais esquerdo e direito não processam as mesmas informações, mas dividem as tarefas entre si. O lado esquerdo é responsável, em especial, por todos os aspectos da comunicação. Processa o que se ouve, e também as informações escritas e a linguagem corporal. O direito, por sua vez, ocupa-se do material não-verbal, processando IMAGENS, MELODIAS, entonações, modelos complexos como expressões faciais, por exemplo, bem como informações sobre o espaço e a posição do próprio corpo.
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“One brain, two minds” – as diferenças funcionais entre os hemisférios cerebrais, praticamente idênticos na aparência externa, ocupam neurocientistas e psicólogos cognitivos até hoje. Principalmente as pesquisas com pacientes de ataques apopléctico confirmam essa dicotomia. Assim, danos do hemisfério esquerdo ocasionam em primeira linha problemas com a linguagem. Se o ataque acomete o lado DIREITO do cérebro, a linguagem permanece intacta, mas perde-se o esquema corporal e a orientação espacial. A percepção MUSICAL também é atingida. Além disso, os pacientes têm clara diminuição de suas aptidões CRIATIVAS em áreas como pintura, poesia ou MÚSICA – e até mesmo o talento para jogar xadrez é prejudicado.”.
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Assim Radin estava completamente correto. Ok?
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b) “A predominância de certas funções na lateral direita não significa que só este lado direito as exerça. ”
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Ah, mas mostra que só este lado as exerce de maneira habilidosa. Ou você escreve tão bem com a outra mão? Vc é ambidestro?
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c) “Se fosse assim (não sei se ainda se agarra a essa hipótese) a transmissão de um sambinha de Noel geraria psi a deixar qualquer faminto de paranormalidade saciado.”
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Claro que não. Os dois tipos de estímulos precisam andar juntos, pois há maior número de pistas sensoriais. Usar só o estímulo auditivo mesmo se tratando de músicos é empobrecer a quantidade de pistas sensoriais. Pare de tentar usar sua lógica, ela não funciona. O melhor que você tem a fazer é começar a ler a literatura disponível…
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d)”ué, continuas fiado em Sheldrake? Deus, que horror! ”
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Eu pelo menos li os experimentos dele. E vc?
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e) “As pessoas acertam sim quem está ligando, tanto quanto erram. ”
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Acabei de ter a resposta da pergunta que fiz acima 🙂 Está vendo, Montalvão, vc não lê quem você critica e aí escreve besteira.
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The authors tested whether participants (N = 4) could tell who was calling before answering the telephone. In each trial, participants had 4 potential callers, one of whom was selected at random by the experimenter. Participants were filmed on time-coded videotape throughout the experimental period. When the telephone began ringing, the participants said to the camera whom they thought the caller was and, in many cases, also how confident they felt in their guesses. The callers were usually several miles away, and in some cases thousands of miles away. By guessing at random, there was a 25% chance of success. In a total of 271 trials, there were 122 (45%) correct guesses (p = 10-12). The 95% confidence limits of this success rate were from 39% to 51%. In most trials, some of the callers were familiar to the participants and others were unfamiliar. With familiar callers there was a success rate of 61% (n = 100; p = 10-13). With unfamiliar callers the success rate of 20% was not significantly different from chance. When they said they were confident about their guesses, participants were indeed more successful than when they were not confident.
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Artigo completo em http://www.sheldrake.org/research/telepathy/videotaped-experiments-on-telephone-telepathy
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f) “quem foi mesmo que falou na falácia da falsa analogia e disse que com ele isso não cola?”
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Eu. E já li seu texto e não vi vc mostrar onde estaria a falsidade da minha analogia…
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g) “Prezado, minha lógica é pura e cristalina:”
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E furada…
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h) “se o que dizem dos eventos paranormais fosse certo, a paranormalidade espontânea espoucaria sempre que o dotado estivesse contextualmente “encaixado”, basta examinar a literatura e essa ilação saltará aos seus olhos perquiridores.”
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Agora você quer que eu acredite que você conhece a literatura quando nem o Sheldrake vc leu 🙂
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i) J”á que gosta tanto do Randin, considere a ilustração que deu do caso Hans Berger. Pela sua “lógica”, Berger jamais poderia enviar o apelo telepático a irmã”
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Por que não?!!
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j)”(coitado, como se essa pudesse vencer a enorme distância que os separavam)”
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Quem disse que a telepatia se importa com a distância? A chamada “ação fantasmagórica a distância” não se importa nem um pouco. Por que com a telepatia seria diferente?
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k) “o infeliz estava sob fortíssima tensão, angustiado, sentido a morte se aproximar. Quem é que em tal estado conseguiria telepatizar uma vírgula?”
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Muitos. Aliás, a telepatia funciona melhor nesses casos de perigo de morte.
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l) “Tampouco a irmã estaria em condição “ganzfeld”, apta, pois, para receber transmissões da espécie.”
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Quem disse? Você sabe quais as condições dela no momento que o Berger se acidentou? Ela estava dormindo, meu caro. Psi ocorre muito por meio de sonhos. As duas condições são ideias para a telepatia: o emissor está em perigo de morte e o receptor não está distraído pelo ambiente (está dormindo).
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m) “tá o autor aconselhou a que tivessem cuidado, mas não estaria, pergunto-me, sugerindo que façam o que ele diz mas não o que faz? Pela aprovação que deu à vidente, considerando casos tão bundinhas quanto os descritos”
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O que você chama de “caso bundinha”? Por que seria um caso “bundinha”?
agosto 23rd, 2014 às 12:09 PM
Esse é um caso no qual os ψquicos poderão ser úteis (que eles existem já aprendemos cá neste Sítio…):
http://www.bbc.com/news/science-environment-28900565
agosto 23rd, 2014 às 4:07 PM
Gorducho, por alguma razão aplicações práticas DE FATO não são o forte dessas manifestações.
agosto 23rd, 2014 às 4:17 PM
Defensor da Razão,
será que não são mesmo?
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a) http://news.google.com/newspapers?nid=2194&dat=19750325&id=hckyAAAAIBAJ&sjid=jO0FAAAAIBAJ&pg=2874,3886649
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b) http://psiphen.colorado.edu/Pubs/Smith14.pdf
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c) http://www.stephanaschwartz.com/wp-content/uploads/2010/03/Marea.pdf
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d) http://www.stephanaschwartz.com/wp-content/uploads/2010/03/Beaks_Cay-.pdf
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e) http://www.stephanaschwartz.com/wp-content/uploads/2010/03/caravel.pdf
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f) http://www.stephanaschwartz.com/wp-content/uploads/2010/03/Eastern-Harbor.pdf?df6900
agosto 23rd, 2014 às 5:08 PM
Sinto discordar do Sr., Analista Racional. Como está sobejamente provado – como e.g. através das referências supra – a clarividência é extremamente útil para investigações policiais, geolocalização (inclusive subaquática como será necessário agora…), e inúmeras outras artes.
E agora lembrei-me que o #MH370 foi mesmo localizado por um ψquico!
agosto 23rd, 2014 às 7:10 PM
Gorducho, estaria você se lembrando do futuro, a respeito da localização do voo MH370 ?
agosto 23rd, 2014 às 7:51 PM
Sim, mas como minha memória é péssima não lembro quando isso se dará 🙁
agosto 24th, 2014 às 1:25 AM
CONTRA, obrigado pelas amáveis palavras, pela parte que me toca.
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“Pombos enxadristas sempre dão as caras por aqui…”.
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“Mas está nítido que é preciso alguém VIM (sic) aqui e colocar uma meia dúzia de cético (sic) no seu devido lugar…”.
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No comments.
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1. MONTALVÃO Diz:
agosto 22nd, 2014 às 23:59
Contra o chiquismo Diz: Pombos enxadristas sempre dão as caras por aqui…
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COMENTÁRIO: não mereço mas agradeço: você anda um tanto sumido, precisa mais aparecer: Arnaldo deve estar com saudades… e nós também.
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COMENTÁRIO:
Acho que o CONTRA não estava se referindo a você, mas a pombos mesmo, aqueles que diante do tabuleiro só sabem derrubar as peças com as patas e fazer uma sujeira danada.
Confira:
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“The title comes from a very amusing description of what it is like to debate creationists about evolution by Scott D. Weitzenhoffer, given in a comment on Amazon.com regarding Eugenie Scotts’ book Evolution Vs. Creationism: An introduction (2004):
Debating creationists on the topic of evolution is rather like trying to play chess with a pigeon — it knocks the pieces over, craps on the board, and flies back to its flock to claim victory.
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http://pigeonchess.com/playing-with-pigeons/
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Capisce?
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CONTRA esqueceu-se de mencionar GORDUCHO e DEFENSOR.
Ainda tem o TOFFO, que anda ausente e outros que minha memória passada, presente e futura não registram neste momento.
agosto 24th, 2014 às 1:29 AM
Quanto ao fato de alguém precisar de VIM (sic) aqui para colocar oS
CÉTICO (sic) no lugar, ainda tem o fato de começar um período com uma conjunção coordenativa adversativa.
agosto 24th, 2014 às 10:48 AM
Parece-me mais uma desconjunção descoordenada presunçosa ameaçativa.
agosto 24th, 2014 às 2:32 PM
Isso mesmo Marciano, eu não VIM aki dizer que que o Montalvão é pombo enxadrista, ele mesmo distinguiu o comentário. Vcs dois são geniais. Toffo, Gorducho e Defensor? Muito bons tb. Vcs 5 um time de basquete. Eu na reserva. Vcs são meus ídolos do debate, da desconstrução e da detratação do chiquismo/kardecismo. Precisamos agora de um nome pro nosso time… Umbralinos! Do outro lado arnaldo, scur, professor botanicu, merden e rafael. Time deles? Globetrólebus. Ha ha ha….
Umbralinos x Globetrólebus . 99 x 0 no primeiro tempo.
agosto 24th, 2014 às 7:33 PM
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Gorducho Diz: Sinto discordar do Sr., Analista Racional. Como está sobejamente provado – como e.g. através das referências supra – a clarividência é extremamente útil para investigações policiais, geolocalização (inclusive subaquática como será necessário agora…), e inúmeras outras artes. E agora lembrei-me que o #MH370 foi mesmo localizado por um ?quico!
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COMENTÁRIO: esqueceu das milhares de pessoas desaparecidas que os psíquicos prontamente localizam; da arqueologia que deve grande parte de suas descobertas aos vedores a distância (não é à toa que tem uma estátua de Gary Schwartz sendo “escuspida” com recursos da associação de arqueólogos); das minas de ouro que os paranormais encontram diariamente; dos acidentes vistos previamente por dotados (Jucelino Nóbrega recente apareceu com cópias de cartas que enviou ao candidato morto na queda do avião, alertando-o do risco que corria)… e depois ainda tem quem não acredite…
agosto 24th, 2014 às 7:57 PM
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Vitor,
Minhas respostas às suas últimas ponderações.
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a) “O pesquisador informa que essa de dizer que pessoas são “lado direito ou esquerdo” não tem cabimento.”
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VITOR: Sim, foi o que eu disse: ” O texto apenas refuta a ideia de definir personalidades dizendo que fulano de tal usa mais o lado esquerdo ou direito.”
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COMENTÁRIO: ok, então estamos concordados neste ponto, só lhe falta perceber que essa constatação constitui sério óbice à conjetura de Radin. O curioso é que estamos usando igual leitura para defender interpretações conflitantes: artigos a que recorro, a fim de demonstrar que Radin e seguidores brincam em terreeeno movediço, o apologista utiliza para “provar” que psi deságua na mente pelo lado direito. Ambos não podem estar certos… Aliás, estamos nos repetindo visto que anteriormente havíamos, exaustivamente, discutido a proposta de Dean Radin, e creio ter bem demonstrado que a conjetura (entrada de psi pelo lado direito do cérebro) é de fraca, fraquíssima, sustentação. Talvez seja melhor, para clarear nossas lembranças, reprisar parte daquela conversa, a fim de pouparmos dedos a digitar o que já foi dito. Ao final destas apreciações, reproduzo o material.
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VITOR: Hããã…. veja esse artigo da Scientific American:
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http://www.methodus.com.br/artigo/732/hemisferios-cerebrais.html
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“O hemisfério esquerdo do cérebro humano controla a linguagem, sem dúvida nosso melhor atributo mental. Além disso, tam¬bém controla a extraordinária DESTREZA DA MÃO DIREITA HUMANA. Já o hemisfério direito é dominante no controle, entre outros, do nosso senso de como as coisas se interrelacionam no espaço.”
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COMENTÁRIO: tá bom, mas está perdendo o foco: o que isso diz em favor de psi ou de por onde ela adentraria se fosse força ativa e comum? Estamos dando voltas no mesmo lugar: concordamos que certas funções cerebrais predominam num dos lóbulos, mas ainda não percebemos que este fato não tem nada a ver com uma porta por onde psi penetraria na mente (concedendo-se que possa haver um “impulso” aéreo-invisível (e indetectável pela primitiva tecnologia terráquea) a buscar entrada no óvulo cerebral na pretensão de ser gestado.
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VITOR: O artigo também cita vários outros exemplos de lateralizações. Outra matéria da Scientific American, de 2004:
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http://www2.uol.com.br/vivermente/reportagens/em_busca_do_genio_da_lampada.html
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“Ao lado de Michael Gazzaniga, Sperry submeteu esses pacientes a uma série de experimentos. Com eles, fez uma descoberta inovadora, que lhe rendeu o Prêmio Nobel de Medicina de 1981: os hemisférios cerebrais esquerdo e direito não processam as mesmas informações, mas dividem as tarefas entre si. O lado esquerdo é responsável, em especial, por todos os aspectos da comunicação. Processa o que se ouve, e também as informações escritas e a linguagem corporal. O direito, por sua vez, ocupa-se do material não-verbal, processando IMAGENS, MELODIAS, entonações, modelos complexos como expressões faciais, por exemplo, bem como informações sobre o espaço e a posição do próprio corpo.
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“One brain, two minds” – as diferenças funcionais entre os hemisférios cerebrais, praticamente idênticos na aparência externa, ocupam neurocientistas e psicólogos cognitivos até hoje. Principalmente as pesquisas com pacientes de ataques apopléctico confirmam essa dicotomia. Assim, danos do hemisfério esquerdo ocasionam em primeira linha problemas com a linguagem. Se o ataque acomete o lado DIREITO do cérebro, a linguagem permanece intacta, mas perde-se o esquema corporal e a orientação espacial. A percepção MUSICAL também é atingida. Além disso, os pacientes têm clara diminuição de suas aptidões CRIATIVAS em áreas como pintura, poesia ou MÚSICA – e até mesmo o talento para jogar xadrez é prejudicado.”.
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ASSIM RADIN ESTAVA COMPLETAMENTE CORRETO. OK?
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COMENTÁRIO: não, não estava nem está, o que sua magnânima pessoa faz é aplicar a política do “se parece então é”, (mal) amparado pelos sonhos de Radin. Percepção musical, orientação espacial, aptidões criativas, etc., nenhum parentesco possuem com paranormalidade. Se alguém é dotado de musicalidade, não significa que a as sensações musicais se lhe “penetrem” pelo lóbulo destro; conforme falei: a ideia de que as impressões psi influem pela direita, só porque certas funções predominam neste lado, é doideira geral. Como diria seu amigo Quevedo: isso non ecziste!
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b) “A predominância de certas funções na lateral direita não significa que só este lado direito as exerça. ”
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VITOR: Ah, mas mostra que só este lado as exerce de maneira habilidosa. Ou você escreve tão bem com a outra mão? VC É AMBIDESTRO?
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COMENTÁRIO: atualmente não, mas quando treinava quase escrevia com igual desenvoltura com as duas mãos. Na época que treinava capoeira chutava com as duas pernas com o mesmo nível de eficiência. Só que tem uma noticiazinha para você: as ligações são cruzadas: os canhotos tem a função predominante do lado direto e vice-versa com os direitos. E a questão básica permanece: em que essas situações se relacionam com psi? Quer resposta? Em nada!
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c) “Se fosse assim (não sei se ainda se agarra a essa hipótese) a transmissão de um sambinha de Noel geraria psi a deixar qualquer faminto de paranormalidade saciado.”
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VITOR: Claro que não. Os dois tipos de estímulos precisam andar juntos, pois há maior número de pistas sensoriais. Usar só o estímulo auditivo mesmo se tratando de músicos é empobrecer a quantidade de pistas sensoriais. Pare de tentar usar sua lógica, ela não funciona. O MELHOR QUE VOCÊ TEM A FAZER É COMEÇAR A LER A LITERATURA DISPONÍVEL…
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COMENTÁRIO: tá certo… vai ver a literatura disponível esclareça todos os mistérios, desde que não seja ao nível das postulações de Randin, nem de Sheldrake, que tem como referenciais… de qualquer modo, só para tirarmos a cisma: faça um videozinho com as poderosas cantando um samba de Martinho da Vila: estímulo visual e sonoro, pronto! Vai ter psi que não acaba mais! Ou não?
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d)”ué, continuas fiado em Sheldrake? Deus, que horror! ”
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VITOR: Eu pelo menos li os experimentos dele. E vc?
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COMENTÁRIO: li e até discutimos, esqueceu? Inclusive há uma questão que levantei e ficou em aberto: por que o toupeira do Sheldrake não levou sua testanda para, por exemplo, a França e deixou o cachorro telepata no seu lugar, na Inglaterra, e não repetiu os testes, só para confirmar se ambos continuavam telepatizando? Quer saber porquê? Simples: não apareceria telepatia nem para encher buraco de dente cariado. E Sheldrake não vai se arriscar…
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e) “As pessoas acertam sim quem está ligando, tanto quanto erram. ”
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VITOR: Acabei de ter a resposta da pergunta que fiz acima Está vendo, Montalvão, VC NÃO LÊ QUEM VOCÊ CRITICA E AÍ ESCREVE BESTEIRA.
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The authors tested whether participants (N = 4) could tell who was calling before answering the telephone. In each trial, participants had 4 potential callers, one of whom was selected at random by the experimenter. Participants were filmed on time-coded videotape throughout the experimental period. When the telephone began ringing, the participants said to the camera whom they thought the caller was and, in many cases, also how confident they felt in their guesses. The callers were usually several miles away, and in some cases thousands of miles away. By guessing at random, there was a 25% chance of success. In a total of 271 trials, there were 122 (45%) correct guesses (p = 10-12). The 95% confidence limits of this success rate were from 39% to 51%. In most trials, some of the callers were familiar to the participants and others were unfamiliar. With familiar callers there was a success rate of 61% (n = 100; p = 10-13). With unfamiliar callers the success rate of 20% was not significantly different from chance. When they said they were confident about their guesses, participants were indeed more successful than when they were not confident.
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Artigo completo em http://www.sheldrake.org/research/telepathy/videotaped-experiments-on-telephone-telepathy
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Tradutivo GOOGLE do trecho acima: Os autores testaram se os participantes (N = 4) podia dizer quem estava ligando antes de atender o telefone. Em cada experimento, os participantes tiveram quatro chamadas potenciais, um dos quais foi selecionado aleatoriamente pelo experimentador. Os participantes foram filmados no tempo codificado videotape durante todo o período experimental. Quando o telefone começou a tocar, os participantes disseram que a câmera que eles achavam que era o chamador e, em muitos casos, também quão confiantes eles se sentiam em seus palpites. As chamadas eram geralmente a vários quilômetros de distância, e em alguns casos, milhares de quilômetros de distância. Adivinhando ao acaso, havia uma chance de 25% de sucesso. Em um total de 271 ensaios, havia 122 (45%) acerto (p = 10-12). Os limites de confiança de 95% desta taxa de sucesso foi de 39% para 51%. Na maioria dos estudos, alguns dos interlocutores estavam familiarizados com os participantes e os outros não estavam familiarizados. Com chamadores familiares havia uma taxa de sucesso de 61% (n = 100, p = 10-13). COM CHAMADORES DESCONHECIDOS A TAXA DE SUCESSO DE 20% NÃO FOI SIGNIFICATIVAMENTE DIFERENTE DA CHANCE. Quando eles disseram que estavam confiantes sobre suas suposições, os participantes eram de fato mais bem sucedido do que quando não estavam confiantes.
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COMENTÁRIO: realmente, devo ter falado e escrito besteira, mas mais de um faz isso: escreve besteiras e nem percebe; mesmo assim, agradeço por concordar comigo, embora sob a capa da discordância: com gente desconhecida os resultados se situam dentro da média do acaso. Confere com o que proferi: a empatia incrementa os acertos. Sheldrake foi honesto em relatar a situação, apesar de parecer não ter notado o que significava. Percebe-se que minha sugestão de experiência foi no alvo: amplie o escopo da experiência e psi tchau.
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f) “quem foi mesmo que falou na falácia da falsa analogia e disse que com ele isso não cola?”
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VITOR: Eu. E já li seu texto e NÃO VI VC MOSTRAR ONDE ESTARIA A FALSIDADE DA MINHA ANALOGIA…
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COMENTÁRIO: para responder precisamos rever a conversa:
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VITOR dissera: Você diz que ” A “lógica” nos diz que um paranormal devidamente “encaixado” em contexto (para ele) propiciador de psi a externará independentemente de onde se encontre.” Sinto muito, isso não existe. Essa sua lógica está furada, simples assim. Você não tem qualquer base para dizer isso exceto sua vontade de querer ditar SUAS regras sobre como o fenômeno deve se comportar. PELA SUA LÓGICA UM HETERO DEVERIA CONSEGUIR TRANSAR COM UMA MULHER INDEPENDENTE DE SER COLOCADO EM UMA SAUNA GAY COM DEZENAS DE HOMENS NUS OLHANDO PARA ELE, GRITANDO “VAI, TIGRÃO!”. Será que essa pessoa conseguiria transar nesse situação? Será que não ficaria inibido e broxaria?
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COMENTÁRIO: a falsidade da sua analogia é uma evidência a priori: tão clara que dispensa demonstração. Como comparar um acreditado paranormal devidamente contextualizado ao ambiente (seja qual for o paranormal e o ambiente) com um sujeito desafiado a transar com fêmea em sauna gay? Como? Nem o tigrão aqui, que quer distância dessas saunas…
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h) “se o que dizem dos eventos paranormais fosse certo, a paranormalidade espontânea espoucaria sempre que o dotado estivesse contextualmente “encaixado”, basta examinar a literatura e essa ilação saltará aos seus olhos perquiridores.”
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VITOR: Agora você quer que eu acredite que você conhece a literatura quando nem o Sheldrake vc leu
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COMENTÁRIO: essa conversa me leva a acreditar no paranormal, pois estou diante de um: sabe exatamente de minhas leituras, sem necessitar conhecer meu material de consulta. Por outro lado, se sua literatura está ao nível de Sheldrake isso esclarece muitas coisas… 😉
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j)”(coitado, como se essa pudesse vencer a enorme distância que os separavam)”
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VITOR: QUEM DISSE QUE A TELEPATIA SE IMPORTA COM A DISTÂNCIA? A chamada “ação fantasmagórica a distância” não se importa nem um pouco. Por que com a telepatia seria diferente?
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COMENTÁRIO: coisas provavelmente inexistentes não costumam se importar com nada, muito menos com distância… acontece que no comentário eu me referia à irmã de Berger, não a telepatia. O desinfeliz em vez de pedir socorro utilizando os meios convencionais, “preferiu” lançar apelo cósmico a quem lhe estava distante muitos quilômetros, talvez contando que houvesse de jatinho em prontidão para partir imediatamente. A experiência de Berger é prova de que essas telepatias são coisas do tipo “eu sabia que não devia ter passado debaixo daquela escada, agora estou todo complicado”. Neste momento mesmo, quantas pessoas não estão experienciando risco iminente de vida? Deve estar havendo telepatia de montão sendo registrada em todo o mundo. Quantas dessas os pesquisadores psi conseguiram anotar?
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k) “o infeliz estava sob fortíssima tensão, angustiado, sentido a morte se aproximar. Quem é que em tal estado conseguiria telepatizar uma vírgula?”
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VITOR: Muitos. Aliás, A TELEPATIA FUNCIONA MELHOR NESSES CASOS DE PERIGO DE MORTE.
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COMENTÁRIO: ué, agora mudou? Não têm que estar os envolvidos em pleno “relax”? Considere meu comentário anterior e compreenda a insensatez dessa suposição. Berger é exemplo claro da inexistência da coisa, ou, caso existisse estaria demonstrado tratar-se de “força” débil, difícil de ser detectada, sem controle dos envolvidos e sem qualquer aplicação prática (nem mesmo o que estava acontecendo a irmã pode perceber). Se psi fosse evento comum dele teríamos registros objetivos (ainda que fosse “força branda” a psi se manifestaria perceptivelmente em diversas situações). A telepatia não fica de fora: fosse real dela teríamos registros continuados, em vez de relatos dramáticos/esporádicos (qual o de Berger) que muito pouco testemunham em favor da “força” e fortemente depõem pela validação subjetiva.
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l) “Tampouco a irmã estaria em condição “ganzfeld”, apta, pois, para receber transmissões da espécie.”
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VITOR: Quem disse? Você sabe quais as condições dela no momento que o Berger se acidentou? ELA ESTAVA DORMINDO, meu caro. PSI OCORRE MUITO POR MEIO DE SONHOS. As duas condições são ideias para a telepatia: o emissor está em perigo de morte e o receptor não está distraído pelo ambiente (está dormindo).
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COMENTÁRIO: Quantas declarações devaneadas! Pra começar: a moça não estava dormindo; pra continuar: psi não ocorre em sonhos, sonhadores afirmam isso, mas declarações de sonhadores não fazem a coisa acontecer de verdade. Enfim: se situações em que a vida esteja em perigo dão “um plus a mais” em psi, por que os testes ganzfeld não simulam ocorrências angustiantes? Não precisaria pôr ninguém em risco, bastaria uns sustinhos…
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Agora temos uma informação “preciosa”, que não nos fora passada antes: o emissor deve estar em situação tensa, quanto mais ansiedade mais psi vai mandar; já o emissor deve estar em “alfa”, numa “nice”… Será que a “literatura” confirma esse quadro?
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Para melhor entendermos o caso Hans Berger melhor examinar o relato de Dean Radin em “Mentes Interligadas”, acompanhado de meus comentários:
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DEAN RADIN: “Era uma vez, em uma sonolenta aldeia muito, mas muito longe daqui, um rapaz introspectivo, cujo nome era Hans. Hans estava mais interessado nos poemas de seu avô e em ficar olhando para as estrelas do que em se tornar um médico, para seguir a carreira de seu pai, como este desejava. Após completar o ensino médio, ele decidiu partir para a cidade para freqüentar a universidade, com a intenção de se tornar astrônomo. Mas o ritmo da grande cidade era discordante com sua maneira tranqüila de ser e, depois de certo tempo, ele abandonou a escola superior. Era um tempo de paz e, desse modo, decidiu alistar-se para um ano de serviço militar na cavalaria, esperando passar um ano passeando a cavalo e gozando o ar livre com relativa serenidade.
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Em uma manhã, enquanto ele montava durante um exercício de treina¬mento, seu cavalo empinou de repente. Hans foi jogado no ar e caiu no leito da estrada, bem na frente de um canhão montado sobre rodas e puxado por vários cavalos, que se aproximava com velocidade. Ele percebeu, horrorizado, que estava a ponto de ser esmagado, porém, como por milagre, o condutor da ba¬teria de artilharia conseguiu frear os cavalos. O acidente deixou Hans muito abalado, mas sem qualquer ferimento grave.
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EXATAMENTE nesse momento a muitos quilômetros de distância, na casa de seus pais, A IRMÃ MAIS VELHA DE HANS SENTIU-SE SUBITAMENTE ASSOBERBADA POR UMA CERTEZA NEFASTA DE QUE ALGUMA COISA RUIM HAVIA ACONTECIDO COM HANS.”
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COMENTÁRIO: 1) Vê-se que moça não estava dormindo: pareceu que alguém garantiu que sim…
2) Será que o narrador estava cronometrando o acontecimento de modo afirmar que fora “exatamente” no momento do acidente que a irmã se atarantou? Se fora mesmo telepatia em ação, teremos no quadro demonstração de que essa “força” não tem força alguma: a moça apenas se assoberbou, não tinha qualquer ideia do acontecido. Houvesse eficácia na telepatia, ela “receberia” a seguinte impressão: ‘querida irmã, quase morri exatamente neste momento, mas fique fria, escapei e estou bem. Câmbio, desligo’.
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“Ela ficou ansiosa e insistiu com seu pai para que entrasse em contato com ele, sendo-lhe então enviado um telegrama.
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Nessa noite, quando o telegrama chegou às mãos de Hans… percebeu que SEUS SENTIMENTOS PROVOCADOS POR UM MEDO INTENSO NESSA MANHÃ HAVIAM, DE ALGUM MODO, ATINGIDO SUA IRMÃ. Muitos anos depois, escreveu: “este é um caso de telepatia espontânea no qual, em uma ocasião de perigo mortal, enquanto contemplava a morte, transmiti meus pensamentos, ao mesmo tempo em que minha irmã, que era em particular muito unida a mim, agia como a receptora.”
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COMENTÁRIO: viram como é fácil dar prova “científica” da telepatia? Berger percebeu que seus sentimentos viajaram centenas de quilômetros até a irmã e isto mostra a realidade dos contatos telepáticos… e inda há quem duvide….
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“Esta experiência transformou de forma profunda os interesses de Hans… retomou à universidade, centran¬do-se no estudo da medicina, determinado a entender como “a energia psíquica” como ele a chamava, poderia carregar uma mensagem telepática até a ment¬e de sua irmã, que estava a mais de 150 quilômetros de distância.
Depois de muitos anos de esforços concentrados, trabalhando na solidão de laboratório na universidade, Hans finalmente desenvolveu um método registrar as ondas do cérebro humano. Durante algum tempo, foram chamados “’ritmos de Berger”, consoante o sobrenome de Hans. Agora chamamos a estes sinais de “eletroencefalograma”, ou EEG. Por meio desta invenção, estabeleceu pela primeira vez que a atividade elétrica do cérebro humano estava correlacionada a diferentes estados subjetivos da mente. Mas Hans não se esqueceu de sua paixão original: também desenvolveu um programa experimental, envolvendo 200 “sujeitos”, cada um dos quais teve suas habilidades telepáticas testadas durante um transe hipnótico.”
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COMENTÁRIO: pelo visto, os testes de Hans não produziram grande resultado… confira a seguir.
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“A paixão cheia de empolgação de Hans para entender a “energia psíquica” NÃO OBTEVE SUCESSO em explicar a experiência telepática de sua irmã; no entanto, estabeleceu a fundamentação da neurociência moderna. Devemos a Hans não apenas a invenção do EEG mas também a revelação dos mecanismos cerebrais básicos utilizados até hoje em dispositivos de imagens médicas como, por exemplo, a tomografia por emissão de pósitrons – PET [positron emission tomography] ou a imagem por ressonância magnética funcional- fMRI [functional magnetic resonance imaging] .
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COMENTÁRIO: falei anteriormente: Hans atirou no que acreditava ver e acertou no que não imaginava… mas demonstrou que a telepatia não tem utilidade alguma e o equipamento que julgou adequado para medir a energia psíquica fluindo no cérebro acabou sendo útil noutra área. Valeu Hans.
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m) “tá o autor aconselhou a que tivessem cuidado, mas não estaria, pergunto-me, sugerindo que façam o que ele diz mas não o que faz? Pela aprovação que deu à vidente, considerando casos tão bundinhas quanto os descritos”
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O que você chama de “caso bundinha”? Por que seria um caso “bundinha”?
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COMENTÁRIO: “caso bundinha” não tem definição é aquele que todos sabem do que se trata, ou seja, parece dizer tudo dizendo nada, mas, intentando ajudá-lo a compreender melhor o evidente, digo que são relatos que fazem menção de esclarecer mas somente apologizam. Então, os casos são bundinhas pelo fato de que não concedem um dedal de legitimidade aos imaginados detetives psíquicos.
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Confira agora, TRECHOS DE DISCUSSÕES ANTERIORES SOBRE A DOUDA SUPOSIÇÃO DE QUE PSI SE INTRODUZ PELO LADO DIREITO DO CÉREBRO.
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VITOR: Dean Radin afirma, por exemplo, que há evidências substanciais de que a informação psi é percebida como vislumbres impressionistas no lado direito do cérebro, como sentimentos, formas e cores, ao invés de palavras ou detalhes analíticos no lado esquerdo do cérebro. Então esse experimento da BARSA, se de fato o modus operandi for como Radin descreve, teria maior chance de sucesso se em vez de ser escolhido um trecho para leitura da BARSA fosse escolhido alguma imagem que transmitisse algum impacto emocional. E esse experimento foi realizado com sucesso aqui:
http://obraspsicografadas.org/2012/um-experimento-de-clarividncia-de-resposta-livre-com-uma-psquica-talentosa-2011/
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MONTALVÃO COMENTA: a apresentação da matéria diz: “Este artigo, publicado em 2011, traz RESULTADOS FANTÁSTICOS obtidos com uma psíquica chamada Lina R. Johansson”.
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É mesmo muito otimismo! Quem depare a legenda tem a impressão de que Lina descrevera corretamente os alvos propostos em 100% ou próximo disso (para ser “fantástico” teria de ser excepcional): acontece que ela não descreveu coisa alguma. A “clarividência” dessa personagem é a mesma da “mediunidade” de Osborne e da de muitos videntes que ganham a vida falando da vida dos outros. É a velha técnica de leitura-fria que, dependendo do caso, se adapta para uso em situações um pouco fora da rotina, quais são as “sessões por procuração” e os “poderes” clarividentes. Nada há de objetivo nessas testagens. Os experimentadores, em vez de pugnarem por estabelecerem alvos com os quais os médiuns ou clarividentes fossem obrigados a ser objetivos, se sentem satisfeitos com adivinhas vagas, nebulosas, incertas. Se alguma parece se aproximar bastante do alvo fazem seis meses de festa. Talvez seja isso mesmo o que pretendem: manter as coisas nas névoas, assim podem prosseguir ad infinitum em suas “investigações” e desfrutar financiamentos provindos de fontes variadas.
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[…]
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MONTALVÃO1 – Radin baseia-se na alegação – não confirmada – de que o lado direito é o lado da criatividade, emoção e o esquerdo do raciocínio lógico. Embora se possa, talvez, dizer que o lado direito, preponderantemente, responde pela criatividade, essa divisão rígida não encontra amparo nas melhores investigações, no entanto, encontra amparo em publicações de auto-ajuda, as quais, sabemos, não primam pelo rigorismo científico. Veja o texto a seguir:
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SUZANA HERCULANO-HOUZEL: “A parte da lateralidade é, até onde eu sei, besteira – como a maior parte das declarações da pseudo-psicologia popular que banaliza (incorretamente) a lateralização cerebral (que existe!) como sendo o lado direito do cérebro emocional e o lado esquerdo, racional. Mas isso é outra estória…”
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VITOR: Bem, Montalvão, sugiro que leia essa matéria da Superinteressante de dezembro de 2009 que está a par de toda essa polêmica e analisa especificamente esse assunto, dizendo “Saiba as funções cerebrais ainda atribuídas a hemisférios específicos – e quais já são dadas como bilaterais ”
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http://super.abril.com.br/ciencia/faz-cada-lado-cerebro-626321.shtml
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VITOR: As palavras do Radin são bem confirmadas pela matéria, veja:
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MONTALVÃO2: as palavras de Radin, antes mesmo de continuarmos a examinar os trechos do artigo que selecionou, não podem ser confirmadas pela superinteressante que, se bem observar, confirma sim minha afirmação de que “essa divisão rígida não encontra amparo nas melhores investigações”. Se examinarmos o texto da revista por inteiro perceberemos que ele está concorde como que foi dito pela neurocientista (Suzana Herculano-Houzel). A verdade parece ser que ambos os lados do cérebro exercem atividades intercambiáveis, apesar de algumas funções, predominantemente, se executarem num dos lados.
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Não é preciso se envolver em reflexões profundas a respeito, basta ter em mente que as funções mão-cérebro são cruzadas, ou seja, nos canhotos o lado predominante do cérebro é o direito e nos dextros o esquerdo. Esse fato já é suficiente para derribar a rigidez lado-direito-criatividade; esquerdo-raciocínio. Mesmo que o direito fosse especificamente o da criatividade, nos sinistros ele se inverteria…
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SUPERINTERESSANTE: Como dois e dois
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Tudo indica que os aspectos mais importantes da manipulação de números estão relacionados com o hemisfério esquerdo do cérebro. Ou seja, você pode até não ser muito bom de matemática, mas a capacidade está lá.
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Faz sentido
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São de esquerda as faculdades mentais responsáveis por elaborar um raciocínio de forma clara, assim como as que ajudam a recordar uma sequência de acontecimentos.
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Função picasso
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Os tais “manuais para desenhar com o lado direito do cérebro” se baseiam em pesquisas que indicam que as capacidades artísticas parecem estar relacionadas à metade direita. CLARO, A COISA NÃO É TÃO SIMPLES: SE VOCÊ FOR RACIOCINAR SOBRE SEU DESENHO, JÁ ESTÁ APELANDO PARA O LADO ESQUERDO.”
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MONTLVÃO2: então, lembrando as palavras do Radin: “Há evidências substanciais de que a informação psi é percebida como vislumbres impressionistas no lado direito do cérebro, como sentimentos, formas e cores, ao invés de palavras ou detalhes analíticos no lado esquerdo do cérebro”
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Pois é: a declaração de Radin dá a entender que esse tipo de informação aporta exclusivamente no lado direito do cérebro, suposição que não estaria coerente com as investigações atuais. Ao final deste comentário, postarei o artigo por inteiro, onde poderá confirmar que, ao contrário do que entendeu, a superinteressante contesta a pensamento radiniano.
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MONTALVÃO1 – A não ser que Dean Radin ensaie explicação (que não consta no trecho ilustrativo) ficará sem elucidar a dúvida de como uma imagem oculta é capaz de transmitir “sentimentos, cores e formas”, de modo que um sensitivo capte tais impressões.
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VITOR: É a função psi do cérebro da psíquica que faz isso (teoricamente). A função psi rastreia a informação por clarividência ou telepatia ou precognição e essa informação é traduzida em sentimentos, formas e cores ao chegar no cérebro da psíquica.
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MONTALVÃO2: sabemos bem que o que diz fará sentido se essa tal “função psi” tiver sua existência demonstrada. Desde William Crookes que se procura a comprovação…
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MONTALVÃO1 – E, ainda, o porque de o sensitivo não conseguir decodificar esses sentimentos, cores e formas em informações mais ou menos claras da imagem. Afinal, uma das funções do cérebro é exatamente a de “traduzir” as impressões recebidas do meio externo.
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VITOR: Eu achei as informações da psíquica bem claras em diversos momentos… já citei minha metodologia e mostrei que a psíquica poderia ter tido escores muito mais altos se não fossem os erros crassos dos juízes. Ainda assim, ela obteve resultados acima do acaso em 2 de 3 juízes.
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MONTALVÃO2: respeito sua opinião, mas o problema de aceitar esse tipo de “revelação” é um tanto complicado. Se não houver uma tradução efetiva da sensação captada (supondo-se que realmente a “informação psi” seja capturada pelo cérebro) tudo ficará no campo da subjetividade. Se o cérebro não conseguir transformar numa imagem de fato as impressões que recebeu, de modo que se possa descrevê-la claramente, ninguém poderá garantir que “algo quadrático” se refira a uma construção; que “essa imagem me dá sensação desagradável” seja aplicável a Cristo na cruz. Nossa mente não funciona dessa maneira ao transformar sensação em percepção: por que temos que aceitar que no universo psi a comunicação se faça tão esdruxulamente?
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– LEITURA-
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“O que faz cada lado do cérebro?
por Reinaldo José Lopes
dezembro 2009
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Conselho para quem tem manuais do tipo Desenhando com o Lado Direito do Cérebro: encaminhe o livrinho para reciclagem. FAZ TEMPO QUE OS NEUROCIENTISTAS SABEM QUE NINGUÉM DESENHA SÓ COM O LADO DIREITO – só se faltar o esquerdo.
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Hoje é muito questionada a tese de que os hemisférios cerebrais possuem uma divisão de tarefas rígida. Algumas funções específicas realmente são privilégio da esquerda ou da direita, mas tudo indica que muitas tarefas funcionem em um esquema de mutirão, em que o papel de cada área varia dependendo da necessidade.
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COMENTÁRIO: Este trecho confere com o que Montalvão afirmara: “Embora se possa, talvez, dizer que o lado direito, preponderantemente, responde pela criatividade, essa divisão rígida não encontra amparo nas melhores investigações, no entanto, encontra amparo em publicações de auto-ajuda, as quais, sabemos, não primam pelo rigorismo científico.
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“Essa ideia de que cada metade do cérebro pode tanto cobrar escanteio quanto correr para cabecear se baseia em casos de pacientes com lesões cerebrais graves que realizam atividades supostamente ligadas às áreas perdidas.
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Considere, por exemplo, o caso de dois rapazes acompanhados pela neurocientista Mary Helen Immordino-Yang, da Universidade do Sul da Califórnia. O adolescente argentino Rico e o jovem americano Brooke (nomes fictícios) literalmente perderam metade de seu cérebro: Rico teve o hemisfério direito cirurgicamente retirado para controlar a epilepsia e Brooke tirou o esquerdo como prevenção a uma doença autoimune. TANTO RICO QUANTO BROOKE CONTINUAM SENDO CAPAZES DE ANDAR, FALAR, RACIOCINAR E INTERAGIR SOCIALMENTE – O QUE SERIA IMPOSSÍVEL SE HOUVESSE UMA DIVISÃO ABSOLUTA DE TAREFAS ENTRE OS HEMISFÉRIOS CEREBRAIS. A fala, por exemplo, é uma função quase sempre atribuída ao lado esquerdo do cérebro. Seria um caso de plasticidade cerebral em ação, com pedaços do órgão antes destinados a determinada função tomando o lugar dos que estão faltando.
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“O que nós estamos vendo é que a atividade dos neurônios é sempre probabilística”, diz Miguel Nicolelis, neurocientista brasileiro da Universidade Duke (EUA). “NÃO SÃO SEMPRE OS MESMOS NEURÔNIOS QUE PRODUZEM A MESMA AÇÃO. A ATIVIDADE CEREBRAL FLUTUA.” Se essa observação se confirmar em mais estudos, o neurocientista diz que será preciso derrubar de vez a ideia de hemisférios especializados. Resta saber se as convicções dos cientistas são tão flexíveis quanto o cérebro deles.
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É de ladinho que eu lhe acho
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Saiba as funções cerebrais ainda atribuídas a hemisférios específicos – e quais já são dadas como bilaterais
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Acordo ortográfico
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Funciona aqui a parte formal da linguagem, como as regras gramaticais que nos dizem a maneira certa de usar o plural ou quais palavras são masculinas ou femininas numa frase.
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Como dois e dois
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Tudo indica que os aspectos mais importantes da manipulação de números estão relacionados com o hemisfério esquerdo do cérebro. Ou seja, você pode até não ser muito bom de matemática, mas a capacidade está lá.
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Faz sentido
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São de esquerda as faculdades mentais responsáveis por elaborar um raciocínio de forma clara, assim como as que ajudam a recordar uma sequência de acontecimentos.
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Lado direito do corpo
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O controle neuronal de cada metade do corpo é invertido. Assim, destros têm seu “braço de escrever” controlado pelo hemisfério esquerdo.
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“Falta só um milhão”
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A parte mais sutil da fala – tons de voz denotando ironia ou humor, a ênfase em uma determinada palavra – é processada neste lado.
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Você vem sempre aqui?
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Reconhecer rostos é uma habilidade importantíssima para espécies sociais como nós, e parece que o hemisfério direito é crucial para isso.
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Função picasso
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Os tais “manuais para desenhar com o lado direito do cérebro” se baseiam em pesquisas que indicam que as capacidades artísticas parecem estar relacionadas à metade direita. Claro, a coisa não é tão simples: se você for raciocinar sobre seu desenho, já está apelando para o lado esquerdo.
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Lado esquerdo do corpo
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Aqui, também vale o efeito espelho: canhotos controlam mãos e pés preferenciais com o lado direito do cérebro.
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DOIS HEMISFÉRIOS
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A fala e o raciocínio lógico, antes atribuídos ao lado esquerdo, e o reconhecimento de imagens e capacidade musical, antes tidos como exclusivos do direito, são hoje comprovadamente trabalho para dois hemisférios.
http://super.abril.com.br/ciencia/faz-cada-lado-cerebro-626321.shtml
agosto 24th, 2014 às 8:16 PM
Contra o chiquismo: ” ….Vcs 5 um time de basquete. Eu na reserva.”
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Contra, seria um desperdício enorme um jogador como você ficar no banco de reservas.
agosto 24th, 2014 às 8:20 PM
Montalvão,
comentando:
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01 – “Percepção musical, orientação espacial, aptidões criativas, etc., nenhum parentesco possuem com paranormalidade.”
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Me engana que eu gosto. Sinto, você não vai me fazer esquecer a base empírica ganzfeld que REPETIDAMENTE COMPROVA que músicos, pessoas criativas ou artisticamente dotadas, se saem MUITO MELHOR nos testes ganzfeld, com 40%, 47%, 50% ou até 75% de acerto…TODOS os testes feitos com esse grupo de pessoas comprova isso. 100% de replicação – não conheço um único teste com esse grupo de pessoas que tenha fracassado. E foram várias replicações… Pode desistir, você não vai mudar minha cabeça sobre isso.
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02 – “Se alguém é dotado de musicalidade, não significa que a as sensações musicais se lhe “penetrem” pelo lóbulo destro;”
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Elas penetram pelos ouvidos, mas são PROCESSADAS no lado direito: “O direito, por sua vez, ocupa-se do material não-verbal, processando IMAGENS, MELODIAS, ENTONAÇÕES, modelos complexos como expressões faciais, por exemplo, bem como informações sobre o espaço e a posição do próprio corpo.”
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Esse é outro ponto que vc não vai mudar minha cabeça. Vc não vai me fazer ir contra o que diz a Scientific American. Ok? Pode desistir também. Não vou voltar a falar com você sobre esses pontos acima.
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03 – “conforme falei: a ideia de que as impressões psi influem pela direita, só porque certas funções predominam neste lado, é doideira geral. Como diria seu amigo Quevedo: isso non ecziste!”
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Na completa falta de argumentos, só lhe resta apelar dizendo que é tudo doideira…triste.
agosto 24th, 2014 às 8:40 PM
Está parecendo que o objetivo do blog desviou-se do original, de analisar cientificamente livros ou mensagens ditos “psicografados” e de verificar a possível ocorrência de um genuíno fenômeno paranormal, para apregoar a “verdade científica” da paranormalidade a todo custo.
agosto 24th, 2014 às 8:42 PM
Será que existe alguma matéria na Scientific American sobre a comprovação científica do fenômeno psi?
agosto 24th, 2014 às 8:50 PM
04 – “Só que tem uma noticiazinha para você: as ligações são cruzadas: os canhotos tem a função predominante do lado direto e vice-versa com os direitos. E a questão básica permanece: em que essas situações se relacionam com psi? Quer resposta? Em nada!”
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Se é pelo lado direito ou esquerdo, não tem a mínima importância. O que você precisa entender é que psi é transmitida por meio de imagens e sensações, vislumbres impressionistas, cores. Não o é na forma de números nem de palavras. Pode-se até transmitir números por meio de psi, mas num caso muito especial e muito raro, como forma de suprir outras deficiências cerebrais para aumentar as chances de sobrevivência do sujeito.
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05 – “de qualquer modo, só para tirarmos a cisma: faça um videozinho com as poderosas cantando um samba de Martinho da Vila: estímulo visual e sonoro, pronto! Vai ter psi que não acaba mais! Ou não?”
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Com músicos? Isso já é feito. 100% de replicação. Quer ver? Mostro até em ordem cronológica para você.
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a) Schlitz, M. J., & Honorton, C. (1992). Ganzfeld psi performance within an artistically gifted population. Journal of the American Society for Psychical Research, 86, 83-98.
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Some receivers are more successful than others in psi experiments, including ganzfeld experiments. For example, those who have reported previous psi experiences in real life and meditators and practitioners of other mental disciplines do better than others in ganzfeld experiments. It has also often been reported that creative or artistically gifted persons show high psi ability. Honorton tested this in the autoganzfeld experiments by recruiting twenty music, drama, and dance students from the Juilliard School in New York City to serve as receivers. Overall, these students achieved a hit rate of 50 percent, one of the highest hit rates ever reported for a single sample in a ganzfeld study. The musicians were particularly successful: 75 percent of them successfully identified their targets. (Further details about the Juilliard students and their ganzfeld performance were reported in Schlitz & Honorton, 1992.)
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Link para o artigo de Schlitz e Honorton: http://www.marilynschlitz.com/upload…7Juilliard.pdf
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b) Radin, Dean I., Stephen McAlpine, and Stephanie Cunningham. “Geomagnetism and psi in the ganzfeld.” JOURNAL-SOCIETY FOR PSYCHICAL RESEARCH 59 (1994): 352-352.
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Both ganzfeld experiments consisted of 32 sessions. The experiment using a normal population resulted in a chance expected hit rate of exactly
25%; the creative population resulted in a hit rate of 41% (exact binomial p = .016)
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Link: http://www.boundary.org/bi/articles/GMF_JSPR.pdf
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c) Dalton, K. (1997). Exploring the links: Creativity and psi in the ganzfeld. In The Parapsychological Association 40th Annual Convention: Proceedings of Presented Papers (pp. 119-134). Durham, NC: Parapsychological Association.
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Artists, musicians, actors and writers tested
32 subjects for each group, one trial each, 128 trials.
Musicians hit rate 56%
Artists hit rate 50%
Writers hit rate 41%
Actors hit rate 41%
Overall hit rate 47%
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d) MORRIS, R.W., SUMMERS, J., & YIM, S. (2003). Evidence of anomalous information transfer with a creative population in ganzfeld stimulation [Abstract]. Journal of Parapsychology, 67, 256-257.
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Morris, Summers & Yim’s paper “Evidence of anomalous information transfer with a creative population in ganzfeld stimulation” used only creative subjects and only dynamic targets. The experiment lasted 40 trials (with 18 musicians and 22 visual artists) and scored a 37.5% hit rate. (15 hits)
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E aí? Vai continuar dizendo que em psi só se obtém resultados “ligeiramente” superiores ao acaso?
agosto 24th, 2014 às 8:58 PM
Marciano,
no blog está escrtio que buscar-se-á analisar “a possível ocorrência de um genuíno fenômeno paranormal”. Onde você está vendo qualquer desvio? E como assim a todo custo? Não estou sacrificando nem um pouco minha honestidade intelectual nisso.
E sobre a Scientific American, sim, tem matéria apoiando fenômenos psi, ou ao menos defendendo a seriedade das pesquisas, até já te mostrei, sobre reencarnação:
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http://blogs.scientificamerican.com/bering-in-mind/2013/11/02/ian-stevensons-case-for-the-afterlife-are-we-skeptics-really-just-cynics/
agosto 24th, 2014 às 9:21 PM
06 – “li e até discutimos, esqueceu? Inclusive há uma questão que levantei e ficou em aberto: por que o toupeira do Sheldrake não levou sua testanda para, por exemplo, a França e deixou o cachorro telepata no seu lugar, na Inglaterra, e não repetiu os testes, só para confirmar se ambos continuavam telepatizando? Quer saber porquê? Simples: não apareceria telepatia nem para encher buraco de dente cariado. E Sheldrake não vai se arriscar…”
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Proponha financiar a pesquisa dele primeiro antes de dizer que ele não vai se arriscar. Mas Sheldrake aceitou que uma equipe de televisão estatal austríaca filmasse seus experimentos. Houve sucesso. Mas não era esse experimento que me referia, e sim os de telefone/email.
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07 – “com gente desconhecida os resultados se situam dentro da média do acaso.”
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Céus, mas é claro! Psi eclode com pessoas afins. Por isso os relatos de gêmeos sentindo quando o outro está mal ou em perigo, o próprio relato de hans Berger com a irmã etc. O que você parece não entender é que nas condições de controle que Sheldrake submeteu os participantes não era para os participantes familiares terem obtido resultados acima do acaso. Só se psi estivesse em jogo.
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08 – “Confere com o que proferi: a empatia incrementa os acertos.”
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Falou o óbvio ululante… psi eclode com pessoas afins…
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Dentre os estudos de levantamento de experiências psi mais contemporâneos, destaca-se a coleção de casos feita pela doutora L. E. Rhine, com mais de 10.000 relatos. Esta pesquisadora verificou que quando as EAs relacionadas à psi envolvem duas pessoas, como no caso da telepatia, comumente elas são emocionalmente próximas, o que foi confirmado por vários estudos posteriores (Targ, Schlitz & Irvin, 2000; Irvin, 2007). Este fato pode sugerir que o “laço emocional entre as pessoas é condutivo de comunicação extra-sensorial” (Irvin, 2007, p.35). O conteúdo destas experiências parece ter um significado pessoal para quem as vive, sendo que, freqüentemente, relaciona-se a uma pessoa com vínculos emocionais com aquela que tem a experiência, envolvendo situações de morte, crises pessoais, ou outros fatos importantes (Targ, Schlitz & Irvin, 2000).
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09 – “Sheldrake foi honesto em relatar a situação, apesar de parecer não ter notado o que significava. Percebe-se que minha sugestão de experiência foi no alvo: amplie o escopo da experiência e psi tchau.”
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Isso confirma o que eu disse: jamais dê o controle do experimento a quem não conhece a literatura psi 🙂
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O que você não notou é que se psi não existisse, não era para se ter obtido acertos acima do acaso, tanto com chamadores familiares quanto com não familiares. Quem atende o telefone não sabe quem está ligando. Psi eclode com pessoas afins, então o fato de o resultado ter dado 61% de acerto para os chamadores familiares contra os 25% esperados pelo acaso é fortemente probatório da ocorrência de psi.
agosto 24th, 2014 às 9:30 PM
10 – “a falsidade da sua analogia é uma evidência a priori: tão clara que dispensa demonstração. Como comparar um acreditado paranormal devidamente contextualizado ao ambiente (seja qual for o paranormal e o ambiente) com um sujeito desafiado a transar com fêmea em sauna gay? Como? Nem o tigrão aqui, que quer distância dessas saunas…”
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O problema é que ao contrário do que você afirma, o paranormal NÃO ESTÁ contextualizado ao ambiente, por isso minha analogia procede. O cassino não é um ambiente propício para a ocorrência de psi, assim como uma sauna gay não é propícia para a ocorrência de sexo hetero…
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11) “essa conversa me leva a acreditar no paranormal, pois estou diante de um: sabe exatamente de minhas leituras, sem necessitar conhecer meu material de consulta.”
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Eu sei que você não lê inglês. Por isso eu sei que vc não leu os artigos de Sheldrake sobre telepatia ao telefone ou emails. Não é preciso ser paranormal para saber isso 🙂
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12) “coisas provavelmente inexistentes não costumam se importar com nada, muito menos com distância… acontece que no comentário eu me referia à irmã de Berger, não a telepatia. O desinfeliz em vez de pedir socorro utilizando os meios convencionais, “preferiu” lançar apelo cósmico a quem lhe estava distante muitos quilômetros, talvez contando que houvesse de jatinho em prontidão para partir imediatamente. A experiência de Berger é prova de que essas telepatias são coisas do tipo “eu sabia que não devia ter passado debaixo daquela escada, agora estou todo complicado”. Neste momento mesmo, quantas pessoas não estão experienciando risco iminente de vida? Deve estar havendo telepatia de montão sendo registrada em todo o mundo. Quantas dessas os pesquisadores psi conseguiram anotar?”
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1 a cada 5 gêmeos idênticos relatam experiências telepáticas, e 1 a cada 10 gêmeos fraternos.
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A survey conducted by Dr. Lynne Cherkas, a genetic analyst at the department for twin research at King’s College London, showed that one in five identical twins said they had experience some form of telepathy, and one in ten fraternal twins reported the phenomenon.
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Percentual grande o suficiente para você?
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Ah, no link abaixo você encontra exemplos que esse telepatia entre gêmeos salvou suas vidas:
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http://paranormal.about.com/od/espandtelepathy/a/Twin-Telepathy-Best-Evidence.htm
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Também há experimentos com gêmeos:
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http://paranormal.about.com/od/espandtelepathy/a/Twin-Telepathy-Best-Evidence_2.htm
agosto 24th, 2014 às 10:03 PM
13) “ué, agora mudou? Não têm que estar os envolvidos em pleno “relax”?”
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Em pleno “relax” quem tem que estar é o RECEPTOR, NÃO o EMISSOR. Enquanto não conhecer a literatura psi, a lógica montalviana falhará…
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14) “Considere meu comentário anterior e compreenda a insensatez dessa suposição. Berger é exemplo claro da inexistência da coisa, ou, caso existisse estaria demonstrado tratar-se de “força” débil, difícil de ser detectada, sem controle dos envolvidos e sem qualquer aplicação prática (nem mesmo o que estava acontecendo a irmã pode perceber). Se psi fosse evento comum dele teríamos registros objetivos (ainda que fosse “força branda” a psi se manifestaria perceptivelmente em diversas situações). A telepatia não fica de fora: fosse real dela teríamos registros continuados, em vez de relatos dramáticos/esporádicos (qual o de Berger) que muito pouco testemunham em favor da “força” e fortemente depõem pela validação subjetiva.”
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Se você acha que não temos registros continuados, é porque você realmente não conhece nada da literatura psi…
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15) “COMENTÁRIO: Quantas declarações devaneadas! Pra começar: a moça não estava dormindo; ”
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Bom, eu peguei a informação daqui:
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http://www.neuroestimulacao.com.br/blog.php?ver=73
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“Um jovem militar recebeu uma carta interessante de sua irmã: dizia que havia SONHADO com ele caindo do cavalo e se machucando. Ficou preocupada e resolveu perguntar se algo ruim havia acontecido. Mas o jovem militar era um médico e ficou intrigado em como a irmã teria ?advinhado? a respeito do fato real que tinha acontecido. Sua primeira hipótese foi que o cérebro emitiria ondas eletromagnéticas que seriam captadas por outros cérebros, explicando o misterioso fenômeno da telepatia. Resolveu construir uma máquina que fosse capaz de medir as ondas cerebrais e confirmar esta hipótese. Em 1929, o Dr. Hans Berger conseguiu medir as ondas cerebrais pela primeira vez com um aparelho rudimentar, e relatou a frequência alfa (de 4 a 12 Hz), mais intensa nas regiões posteriores da cabeça. Estava criada a eletroencefalografia ”
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A menos que ela sonhasse acordada, ela estava dormindo…
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16) “para continuar: psi não ocorre em sonhos, sonhadores afirmam isso, mas declarações de sonhadores não fazem a coisa acontecer de verdade.”
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Isso foi testado experimentalmente de 1966 a 1972 em Maimonides, meu caro. Mais uma vez, vc demonstra total desconhecimento da literatura psi…
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Os experimentos realizados no centro médico de Maimonides evidenciaram que o sonho é favorável a ocorrência da psi. Embora esses experimentos tenham obtido resultados excelentes, a sua replicação é muito difícil. Os sujeitos precisam dormir muitas noites no laboratório, um ambiente que lhes é estranho. Nem o pesquisador nem o emissor (no caso da pesquisa de telepatia) podem dormir durante as noites de experimentos e, além disso os equipamentos são muito caros (por ex. EEG), bem como os profissionais treinados para operá-los. (Eysenck, Sargent, 1993; Zangari, 1996) Quando o programa de pesquisas em Maimonides estava terminando, concluiu-se que os requisitos de dinheiro e tempo eram grandes obstáculos e que se precisava desenvolver um estado que induzisse a PES tão favoravelmente quanto o sonhar, mas que fosse mais barato e rápido. (Eysenck, Sargent, 1993)
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17) “Enfim: se situações em que a vida esteja em perigo dão “um plus a mais” em psi, por que os testes ganzfeld não simulam ocorrências angustiantes? Não precisaria pôr ninguém em risco, bastaria uns sustinhos…”
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Mesmo um “susto” é perigoso, a pessoa pode ter um infarte ou outro problema de saúde. Até trote por telefone de sequestro já deu em morte. Eu, como pesquisador, me RECUSARIA TERMINANTEMENTE a fazer qualquer experimento angustiante, por mais evidenciador de psi que fosse.
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18) “Agora temos uma informação “preciosa”, que não nos fora passada antes: o emissor deve estar em situação tensa, quanto mais ansiedade mais psi vai mandar; já o emissor deve estar em “alfa”, numa “nice”… Será que a “literatura” confirma esse quadro?”
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Sim, confirma.
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19) “EXATAMENTE nesse momento a muitos quilômetros de distância, na casa de seus pais, A IRMÃ MAIS VELHA DE HANS SENTIU-SE SUBITAMENTE ASSOBERBADA POR UMA CERTEZA NEFASTA DE QUE ALGUMA COISA RUIM HAVIA ACONTECIDO COM HANS.”
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Só faltou dizer que ela estava dormindo quando se sentiu subitamente assoberbada…
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20) “pelo visto, os testes de Hans não produziram grande resultado… confira a seguir.”
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Não preciso conferir, eu sei que foi isso que aconteceu.
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21) “Hans atirou no que acreditava ver e acertou no que não imaginava… mas demonstrou que a telepatia não tem utilidade alguma e o equipamento que julgou adequado para medir a energia psíquica fluindo no cérebro acabou sendo útil noutra área. Valeu Hans.”
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O equipamento que ele criou VOLTOU a ser usado para testar telepatia e com sucesso. O próprio Radin informa:
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Uma das pioneiras dessas experiências foi publicada em 1965 na revista Science. Esse estudo relatava que os eletroencefalogramas (EEGs) de alguns pares separados de gêmeos idênticos (dois pares em um conjunto de 15 pares testados) demonstravam correspondências inesperadas. Quando era pedido a um gêmeo ou gêmea que fechasse os olhos, o que faz com que os ritmos alpha do cérebro aumentem, os ritmos alpha do gêmeo correspondente, distante daquele, também aumentaram, segundo os registros.31 O mesmo efeito não foi observado em pares de pessoas não relacionadas dessa forma.
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Hoje, relatos de resultados positivos sobre essas experiências de correlação continuam. Um avanço notável foi publicado em 2003 por Leanna Standish e suas colegas da Universidade Bastyr. Durante essa experiência não mais se usou, o EEG, mas sim a nova tecnologia de varredura cerebral conhecida como “imagem por ressonância magnética funcional” (fMRI) Standish descobriu em um dos pares de participantes selecionados que o córtex visual do cérebro da pessoa “receptora” se tornava ativado quando seu par distante era exposto a lampejos de luz intermitente. Esse resultado não apenas foi consistente com os já relatados pelos estudos que haviam utilizado a correlação EEG como localizou, de maneira precisa, em que parte do cérebro esses efeitos ocorrem. Em 2004, o psicofisiologista Jifi Wackermann publicou uma revisão geral dos estudos realizados segundo essa classe de experiências em Mind and Mattter, uma nova revista erudita voltada a pesquisas interdisciplinares sobre os problemas da interação entre a mente humana e a matéria. Wackermann concluiu que parece haver efeitos reais e reproduzíveis e é encorajador que, com a utilização de projetos experimentais cada vez mais sofisticados, esses efeitos continuem a ser observados e repetidos por investigadores independentes
agosto 24th, 2014 às 10:19 PM
22 – “os casos são bundinhas pelo fato de que não concedem um dedal de legitimidade aos imaginados detetives psíquicos.”
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Só posso discordar… a pesquisa de campo confere sim esse “dedal de legitimidade”.
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23 – “Confira agora, TRECHOS DE DISCUSSÕES ANTERIORES SOBRE A DOUDA SUPOSIÇÃO DE QUE PSI SE INTRODUZ PELO LADO DIREITO DO CÉREBRO.”
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Reli tudo e só confirmou a visão de randi:
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a) “Tudo indica que os aspectos mais importantes da manipulação de NÚMEROS estão relacionados com o hemisfério ESQUERDO do cérebro. Ou seja, você pode até não ser muito bom de matemática, mas a capacidade está lá. ”
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b) “Os tais “manuais para desenhar com o lado direito do cérebro” se baseiam em pesquisas que indicam que as capacidades ARTÍSTICAS parecem estar relacionadas à metade DIREITA. Claro, a coisa não é tão simples: se você for raciocinar sobre seu desenho, já está apelando para o lado esquerdo. ”
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Só se for raciocinar… até lá, quem manda é o direito.
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c) “A fala e o raciocínio lógico, antes atribuídos ao lado esquerdo, e o reconhecimento de imagens e capacidade musical, antes tidos como exclusivos do direito, são hoje comprovadamente trabalho para dois hemisférios.”
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Trabalho para 2? Talvez. Mas nesse caso, quanto de trabalho? 99% para o direito e 1% para o esquerdo? 90% para o direito e 10% para o esquerdo? 50% para cada um? Ou isso se refere a, caso a pessoa perca o lado direito, só então o lado esquerdo assumirá seu papel?
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Até lá, fico com a matéria da Scientific American e os experimentos de Sperry e Gazzaniga. Sorry.
agosto 24th, 2014 às 11:30 PM
Vitor pergunta:
AGOSTO 24TH, 2014 ÀS 20:58
Marciano,
no blog está escrtio que buscar-se-á analisar “a possível ocorrência de um genuíno fenômeno paranormal”. Onde você está vendo qualquer desvio?
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Justamente nisso. O que era possibilidade passou a ser uma certeza inabalável.
Você mesmo cita vários fenômenos paranormais genuínos, ocorridos a torto e a direito.
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VITOR DIZ:
“E sobre a Scientific American, sim, tem matéria apoiando fenômenos psi, ou ao menos defendendo a seriedade das pesquisas, até já te mostrei, sobre reencarnação:
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http://blogs.scientificamerican.com/bering-in-mind/2013/11/02/ian-stevensons-case-for-the-afterlife-are-we-skeptics-really-just-cynics/
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Fui lá conferir, e não achei nada da Scientific American apoiando fenômenos psi, ou ao menos defendendo a seriedade das pesquisas.
Acho que você interpretou mal o seguinte texto, tirado de lá, do link que você postou:
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“The views expressed are those of the author and are not necessarily those of Scientific American”.
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Interpretei mal, ou está escrito, logo no começo do texto, esse disclaimer?
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Não estou acusando você de desonestidade intelectual. Talvez esteja diagnosticando (não acusando) uma presbiopia intelectual. Afinal, o disclaimer está escrito numa letrinha muito miudinha. Se a gente não consegue ler, pode pensar que o ponto de vista do autor e o ponto de vista da revista são idênticos.
agosto 24th, 2014 às 11:52 PM
Marciano,
comentando:
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01 – “Justamente nisso. O que era possibilidade passou a ser uma certeza inabalável. Você mesmo cita vários fenômenos paranormais genuínos, ocorridos a torto e a direito.”
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Uai, desde quando numa investigação você não pode chegar a uma conclusão?
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02-“Não estou acusando você de desonestidade intelectual. Talvez esteja diagnosticando (não acusando) uma presbiopia intelectual. Afinal, o disclaimer está escrito numa letrinha muito miudinha. Se a gente não consegue ler, pode pensar que o ponto de vista do autor e o ponto de vista da revista são idênticos.”
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Eu já tinha visto o disclaimer. Você precisa entender que a Scientific American não tem nenhum parecer incorporado. Os cientistas agem em suas capacidades privadas em vez de representantes oficiais da revista. Seus artigos são para a revista – ou no caso, para o blog da revista – não informados pela revista. A revista pode escolher publicá-los ou não. Se decide publicar, isto sugere que sente que o material em questão acabará chamando a atenção de um público maior, mas isto não converte o artigo numa declaração formal pela revista nem mesmo sugere que carrega o endosso de todos membros da revista — os artigos num jornal científico não necessariamente trazem o endosso dos redatores ou dos editores do jornal. Supor o contrário é entender mal a natureza da publicação científica.
agosto 25th, 2014 às 8:55 AM
Se é assim, e nós dois sabemos que é, você não pode atribuir à revista as opiniões dos autores.
Senão, para que serviria o disclaimer?
agosto 25th, 2014 às 9:07 AM
E o autor apenas disse que NÃO mudou de ideia sobre o pós-vida, apenas disse que o trabalho de Stevenson deu-lhe um tiquinho (tad) de mente aberta para uma avaliação justa e uma leitura cuidadosa do trabalho de Stevenson.
“I’m not quite ready to say that I’ve changed my mind about the afterlife. But I can say that a fair assessment and a careful reading of Stevenson’s work has, rather miraculously, managed to pry it open. Well, a tad, anyway”.
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Estou mais com os comentaristas:
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Given the mind bogglingly large number of possible human perceptions and experiences and that the nature of the mind is to perceive correlations whether causal or not, it is not surprising that there are fair number of quite surprising coincidences. The mistake is to leap to a causal relationship for phenomena of chance.
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Ha.
If you look hard and long enough you’ll find correlations between anything. The reason why science doesn’t take any of Stevenson’s claims seriously is the same reason outrageous faith healing claims can’t be taken seriously either – because at the end of the day they are anecdotes and anecdotes do not equal empirical evidence. If these claims to the paranormal were true I’d imagine they would be spot on the money, not this 27 out of 30 criteria found. Moreoever there’s 7 billion people in the world , the majority of which (unfortunately) are uneducated. I’m sure if you look hard and long enough you can cherry pick a sample size large enough to make any outrageous claim.
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Cherry pick, se você não sabe, é uma expressão que significa “pinçar”, literalmente escolher cerejas (para botar por cima das ruins e passar a impressão de que todas são boas).
agosto 25th, 2014 às 9:10 AM
Estou trabalhando, volto quando tiver um tempo, com a pretensão de esclarecer qualquer outra dúvida.
agosto 25th, 2014 às 10:13 AM
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RAFAEL: É que eu estou sem tempo de analisar a sua análise. Mas eu gostaria de o fazê-lo. Quando tiver saco, quem sabe o farei…nesta semana ainda não posso.
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COMENTÁRIO: desde ontem estamos na próxima semana: deve ser nesta que o Rafael “vai vim” pôr os céticos daqui nos seus devidos lugares. Espero que não demore a fazê-lo, visto que não tenho dormido, a rolar-me na cama, indagando-me a mim mesmo: qual será o devido lugar dos céticos? Esta preocupação tem me causado tanta preocupação que quase que fico fora de si…
agosto 25th, 2014 às 10:49 AM
Marciano,
o disclaimer serve justamente para evitar tal confusão. Além disso, sua pergunta foi: “Será que existe alguma matéria na Scientific American sobre a comprovação científica do fenômeno psi?”
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Sim, existe uma matéria na Scientific American – no caso, no blog – apoiando o estudo sério dos fenômenos paranormais, no caso, a reencarnação.
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Os comentários que você selecionou são de uma pobreza só. Simplesmente não têm a mínima ideia do que estão falando. Aquele que disse que existem 7 bilhões de pessoas no planeta é o pior. A pesquisa da reencarnação não é uma busca global por alguém que se encaixe – nem haveria dinheiro que bancasse a pesquisa se fosse assim. As crianças nesses casos precisam dar uma localização extremamente precisa que permita a busca e o encontro da suposta vida passada.
agosto 25th, 2014 às 12:01 PM
“As crianças nesses casos precisam dar uma localização extremamente precisa que permita a busca e o encontro da suposta vida passada”.
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A Índia, com cerca de um bilhão de habitantes, é um lugar perfeito para isto.
Principalmente pelo fato de que lá quase todos acreditam em reencarnação.
agosto 25th, 2014 às 12:03 PM
Mais uma vez, com 1 bilhão de habitantes, se a criança não fornecer uma localização extremamente precisa, isso inviabiliza qualquer pesquisa.
agosto 25th, 2014 às 3:56 PM
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VITOR: Sobre os demais itens abandonados, já dei exemplos de uso de psi na vida diária (acertar quem está ligando, quem mandou mensagem de texto etc., como mostrou a pesquisa de Sheldrake.). Mas a grande maioria dos fenômenos psi referem-se a questões ligadas à sobrevivência da espécie, OCORRENDO ENTRE OS ENTES QUERIDOS (como ilustrou o caso Hans Berger)..
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COMENTÁRIO: engraçado, como nas coisas nebulosas, quanto mais se explica mais se complica… se o fenômeno psi ocorre entre entes queridos, por que os experimentos ganzfeld não utilizam entes queridos, um como transmissor outro receptor? “Aprendemos”, pois, mais um aprendizado importante: o ganzfeld é furado em virtude de não usar entes queridos nos testes, por meio dos quais ocorrem os fenômenos (como acabamos de ser cientificados)…
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Só um dedozinho de prosa: o caso Hans Berger não é ilustrativo de telepatia: Berger supervalorizou coincidência psicologicamente explicável (a irmã preocupada com o irmão) e a partir de um evento isolado concluiu pela realidade telepática.
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01 – “PERCEPÇÃO MUSICAL, ORIENTAÇÃO ESPACIAL, APTIDÕES CRIATIVAS, ETC., NENHUM PARENTESCO POSSUEM COM PARANORMALIDADE.”
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VITOR: Me engana que eu gosto. Sinto, VOCÊ NÃO VAI ME FAZER ESQUECER A BASE EMPÍRICA GANZFELD QUE REPETIDAMENTE COMPROVA QUE MÚSICOS, PESSOAS CRIATIVAS OU ARTISTICAMENTE DOTADAS, SE SAEM MUITO MELHOR NOS TESTES GANZFELD, com 40%, 47%, 50% ou até 75% de acerto…TODOS os testes feitos com esse grupo de pessoas comprova isso. 100% de replicação – não conheço um único teste com esse grupo de pessoas que tenha fracassado. E foram várias replicações… Pode desistir, você não vai mudar minha cabeça sobre isso.
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COMENTÁRIO: não quero mudar sua cabeça que é sua cabeça, quem a mudará será você mesmo. Enquanto tal não se dá continuamos a conversa… um dos múltiplos problemas com seu modo de pensar é que os textos sobre a lateralidade do cérebro são bem claros: a coisa não é tão simples como se quer fazer crer, tanto um hemisfério quanto o outro executam atividades equivalentes, mas em algumas funções específicas há maior preponderância do uso de um ou outro lóbulo. O mais importante é que o funcionamento do cérebro é um totum envolvendo grande número de tarefas, que ocorrem em simultaneidade: as atividades especializadas são isoladas para facilitar o estudo, mas nada no cérebro funciona apartado dos demais mecanismos. E a pergunta incômoca permanece: em que a lateralidade cerebral, mesmo que a radinianamente extrapolada fosse real, teria a ver com psi? Mesmo que um dia se descubra uma imaginada área de atividade psi no cérebro, tal não garante que a entrada do sinal se faz pelo lóbulo direito.
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Você diz que “todos” músicos e dotados artisticamente se saem melhor que o resto da humanidade (os músicos merecem destaque por que devem pontuar melhor que os demais artistas): e apresentou exemplos que confirmaria. Mas, vêm as indagações que não se podem suster: será que o ganzfeld seleciona seus testandos levando em conta esse perfil? Será que se examinarmos a literatura acharemos este ponto bem explícito? Será que as características que relaciona são unanimemente aceitas pelos pesquisadores psi? Será que os percentuais citados não são anomalias nessa anômala fenomenologia que é o paranormal (caso exista)? Perdoe-me por fazer perguntas chatas (e esperar por respostas), mas são necessárias: se tencionamos confirmar coisas incertas com incertezas aí lascou de vez. Eu, enquanto profundo desconhecedor da literatura, dos comentários a respeito do ganzfeld de que conheço, não apreciei nenhum parapsicólogo noticiando exigir (ou sugerir) presença de músicos e artistas. Se considerar as meditações de seu amigo Scott Rogo, os melhores para o mister seriam os religiosos (os místicos religiosos). Pelo menos com este já se vê divergência opinativa. Leve em conta outros pronunciamentos (isso para evitar que se safe alegando que, pobrezinho de mim, nada sei da literatura). Consideremos um dos bambambans das investigações paranormálicas: Charles Honorton e grande elenco:
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(trechos do artigo: COMUNICAÇÃO PSI EM GANZFELD – EXPERIMENTOS COM UM SISTEMA DE TESTAGEM AUTOMATIZADO E UMA COMPARAÇÃO COM UMA META-ANÁLISE DOS ESTUDOS ANTERIORES
POR CHARLES HONORTON, RICK E. BERGER, MARIO P. VARVOGLIS, MARTA QUANT, PATRICIA DERR, EPHRAIM I. SCHECHTER, E DIANE C. FERRARI)
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1) “Um sistema de testagem controlado por computador foi usado em 11 experimentos sobre comunicação psi em ganzfeld. O sistema automatizado ganzfeld controla a seleção e a apresentação do alvo, o julgamento cego dos sujeitos, e o registro e a armazenagem dos dados. Alvos gravados em vídeo incluem segmentos de vídeo (alvos dinâmicos) bem como imagens simples (alvos estáticos). 241 voluntários completaram 355 sessões psi de ganzfeld. Os sujeitos, de modo cego, identificaram corretamente alvos selecionados randomicamente e vistos à distância a um nível estatisticamente significante, z = 3.89; p = .00005. Os resultados do estudo foram homogêneos entre as 11 séries e 8 experimentadores diferentes. O desempenho nos alvos dinâmicos foi altamente significante, z = 4,62; p = .002. UM DESEMPENHO SUGESTIVAMENTE MAIS FORTE OCORREU COM PARES DE AMIGOS EMISSOR/RECEPTOR DO QUE COM DESCONHECIDOS, p = .0635.”
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2) “Esta generalização, baseada em convergente evidência de estudos de casos espontâneos, observações clínicas, e estudos experimentais, levaram ao desenvolvimento de um modelo descritivo de baixo nível do funcionamento de psi, de acordo com o qual ESTADOS DE ATENÇÃO INTERNA FACILITAM A DETECÇÃO DE PSI PELA ATENUAÇÃO SENSORIAL E ESTÍMULOS SOMÁTICOS QUE NORMALMENTE MASCARAM A ENTRADA DE PSI MAIS FRACA (Honorton, 1977, 1978). Este modelo de “redução de ruído” IDENTIFICOU ASSIM A PRIVAÇÃO SENSORIAL COMO UMA CHAVE PARA A FREQÜENTE ASSOCIAÇÃO ENTRE A COMUNICAÇÃO PSI E OS ESTADOS DE ATENÇÃO INTERNA, E O PROCEDIMENTO GANZFELD FOI DESENVOLVIDO ESPECIALMENTE PARA TESTAR O IMPACTO DO ISOLAMENTO PERCEPTUAL NA PERFORMANCE DE PSI.”
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3) “Um desempenho significativamente melhor ocorreu nos estudos usando alvos dinâmicos em vez de estáticos. Alvos dinâmicos contêm múltiplas imagens reforçando um tema central, enquanto alvos estáticos contêm uma única imagem. Também, ESTUDOS PERMITINDO AOS SUJEITOS TER AMIGOS COMO SEUS EMISSORES ATINGIRAM UM DESEMPENHO SIGNIFICATIVAMENTE SUPERIOR COMPARADOS ÀQUELES QUE EXIGIAM AOS SUJEITOS COOPERAR COM OS EMISSORES DO LABORATÓRIO.”
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4) “O sistema autoganzfeld usa tanto alvos dinâmicos quanto estáticos. Os alvos dinâmicos são trechos de filmes; os alvos estáticos incluem trabalhos artísticos e fotografias. OS RECEPTORES PODEM, CASO QUEIRAM, TRAZER AMIGOS OU MEMBROS FAMILIARES PARA SERVIR COMO SEUS EMISSORES; um módulo de configuração da sessão registra o tipo de emissor e outras informações.”
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5) “Os participantes são 100 homens e 141 mulheres variando em idade de 17 a 74 anos (média = 37.3; DP = 11,8). ESSE É UM GRUPO DE BOA INSTRUÇÃO; A MÉDIA EDUCACIONAL FORMAL É DE 15,6 ANOS (DP = 2.0).
NOSSAS FONTES PRIMÁRIAS DE RECRUTAMENTO INCLUEM INDICAÇÕES DE COLEGAS (24%), APRESENTAÇÕES NA MÍDIA CONCERNENTE À PESQUISA DO PRL (23%), AMIGOS OU CONHECIDOS DA EQUIPE DO PRL (20%), E INDICAÇÕES DE OUTROS PARTICIPANTES (18%).
A crença em psi é forte nessa população. Em uma escala de 7 pontos onde “1” indica uma forte descrença e “7” indica uma forte crença em psi, a média é 6,20 (DP = 1,03); apenas 2 participantes classificaram sua crença em psi abaixo do ponto médio da escala.
EXPERIÊNCIAS PESSOAIS SUGESTIVAS DE PSI FORAM RELATADAS POR 88% DOS SUJEITOS; 80% RELATARAM EXPERIÊNCIAS TELEPÁTICAS OSTENSIVAS. 80% DOS PARTICIPANTES TINHAM TIDO ALGUM TREINAMENTO EM MEDITAÇÃO OU OUTRAS TÉCNICAS ENVOLVENDO FOCO DE ATENÇÃO INTERNA.”
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6) “NÓS INFORMAMOS AO PARTICIPANTE QUE ELES PODEM TRAZER UM AMIGO OU MEMBRO FAMILIAR PARA SERVIR COMO SEUS EMISSORES. Quando um participante escolhe não fazê-lo, um membro da equipe do PRL serve como um emissor. Nós encorajamos os participantes a reprogramar sua sessão em vez de eles sentirem que devem entrar para “cumprir uma obrigação” caso eles não estejam se sentindo bem.
Sessão de orientação. Nós cumprimentamos os participantes na porta quando eles chegaram e tentamos criar uma atmosfera social amigável e informal. Café, chá, e refrigerantes foram oferecidos. E e outros membros da equipe conversaram com R durante este período. Quando um emissor do laboratório é usado, o tempo é usado para que o emissor e o receptor se tornem conhecidos.
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7) “Nós também testamos duas hipóteses secundárias, baseadas nos padrões de sucesso na pesquisa ganzfeld psi anterior. Estas são: (1) que os alvos dinâmicos são significantemente superiores aos alvos estáticos, e (2) que O DESEMPENHO É AUMENTADO SIGNIFICATIVAMENTE QUANDO O EMISSOR É UM AMIGO de R, comparado a quando R e Se não são conhecidos. Nós planejamos inicialmente testar essas hipóteses por meio de testes qui-quadrados, uma análise baseada nos ensaios. Entretanto, um consultante (Dr. Robert Rosenthal) sugeriu que um teste t usando a série como unidade seria um teste mais poderoso destas hipóteses, e nós seguimos sua recomendação. As análises restantes são exploratórias.”
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8) “OS RECEPTORES SÃO MAIS BEM SUCEDIDOS COM AMIGOS DO QUE COM EMISSORES DO LABORATÓRIO, EMBORA A DIFERENÇA NÃO SEJA ESTATISTICAMENTE SIGNIFICANTE.”
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COMENTÁRIO: então veja só: Honorton, em longo artigo, relata as condições desejadas para os testandos de seu laboratório: nenhuma referência faz a superioridade dos músicos. Tampouco ressalta que a telepatia prepondere entre parentes. Observe que, embora destaque que pessoas próximas entre si (parente e amigos) pontuam melhor, essa não parece ser exigência sine qua non (a opção de escolher parentes é do testando). O próprio Honorton informa que estatisticamente o resultado de testes envolvendo parentes ou estranhos, conquanto haja diferença favorável aos parentes, não é estatisticamente significante.
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Portanto, já temos dois luminares do paranormal (Honorton e Roggo) contradizendo sua férrea declaração. E agora, quem poderá nos defender?
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VITOR: VOCÊ NÃO VAI ME FAZER ESQUECER A BASE EMPÍRICA GANZFELD QUE REPETIDAMENTE COMPROVA QUE MÚSICOS, PESSOAS CRIATIVAS OU ARTISTICAMENTE DOTADAS, SE SAEM MUITO MELHOR NOS TESTES GANZFELD.
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COMENTÁRIO: suas bases empíricas são um tanto desalicerçadas: já lhe mostrei, em tópicos anteriores, além do postado acima, textos em que o perfil ideal do dotado contempla vários quesitos mas não faz referência direta a música, até mesmo seu guru Radin esqueceu dessa ala poderosa… vamos recordar?
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MONTALVÃO disse:
1) se fosse assim, e considerando que defende serem músicos bons propiciadores de psi, os melhores alvos para o ganzfeld seriam músicas: bastaria selecionar estudantes de música (como já foi sugerido) e pô-los a transmitir e receber e a psi jorraria generosa…
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2) Veja o que diz o André Luís sobre o perfil do bom produtor de psi (observe que a tendência artística não é citada).
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ANDRÉ LUÍS: Fazendo um retrospecto das três características (psicológicas) moderadoras do desempenho da psi aqui analisadas (a atitude de crença; a extroversão/introversão e o neuroticismo), podemos elucubrar outras características psi inibitórias/condutivas com base nos medidores indiretos daquelas três características, vejamos: O SUJEITO CONVENIENTE A PSI DEVE SER SOCIÁVEL, ESPONTÂNEO, AUTOCONFIANTE E DESPREOCUPADO. ALÉM DISSO, FICA ENTEDIADO COM UMA CERTA FACILIDADE, POSSUINDO UMA TENDÊNCIA PARA BUSCAR NOVIDADES (ESTANDO POR ISSO ABERTO A NOVAS IDEIAS E CRENÇAS, INCLUSIVE A PSI), MAS AINDA ASSIM ELE É EMOCIONALMENTE ESTÁVEL, EQUILIBRADO E SEM CRISES DE ANSIEDADE, TENDO UM COMPORTAMENTO MADURO E BEM AJUSTADO. POSSUI BAIXO NÍVEL DE IRRITABILIDADE E NÃO TEM PROPENSÃO À DEPRESSÃO. Por outro lado, o sujeito inconveniente a psi, em regra, é ansioso e pode ter tendência à depressão. Ademais, tem alguns problemas de sociabilidade, é defensivo e desconfiado. Ele pode ainda ter a tendência de assumir culpas; é inseguro; cheio de regras; aprecia rotinas; possui alguma instabilidade emocional; além de sentimentos de inadequação.
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VITOR: […] Mais que isso, JÁ SABEMOS O TIPO DE PESSOA QUE PONTUA DE FORMA MAIS ALTA NOS TESTES (O QUE DEMONSTRA MAIS UMA VEZ QUE PSI É UMA VARIÁVEL PSICOLÓGICA), QUE SÃO PESSOAS LIGADAS À ARTE, ESPECIALMENTE MÚSICOS. Tais pessoas chegam a índices de acerto muito maiores que os 30% usuais contra os 25% esperados pelo acaso. Assim, sabendo o tipo de pessoa e o tipo de alvo que obtém os melhores resultados em ganzfeld, podemos sim descobrir como se processa (aquele velho papo que psi é processada como vislumbres impressionistas no lado direito do cérebro, como sentimentos, formas e cores, ao invés de palavras ou detalhes analíticos no lado esquerdo do cérebro”).
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MONTALVÃO: Músicos, então, são paranormais (em maioria)? Até hoje não vi um manifestar “poderes”, mas, é claro, o fato de eu não ter conhecido músico paranormal (eu e maioria da torcida do Flamengo) não quer dizer nada: se for conforme garante que hoje “já sabemos” deve ser verdade… só não sei para quem…
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Entretanto, seu amigo Dean Radin pensa um pouquito diferente, veja o perfil que ela descreve do “melhor do paranormal”, em “Mentes Interligadas”:
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DEAN RADIN: “A partir dessas descobertas, fomos capazes de formar um perfil das pessoas com maior probabilidade de relatar experiências psíquicas: mulheres canhotas com, no máximo 30 e poucos anos, com elevada sensibilidade física, sofrendo de ansiedade crônica, um pouco introvertidas, que tomam decisões mais em função dos sentimentos do que da lógica, que praticam uma ou mais das artes criativas, que se dedicam a alguma forma de disciplina mental, como meditação, que são receptivas para afirmações inconvencionais de outras pessoas e que se interessam mais por possibilidades do que por fatos reais.” [não ria que a coisa é séria, ao menos para Radin, e fãs.)
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[COMO VÊ] seu amigo Dean Radin pensa um pouquito diferente,”
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VITOR: Não pensa diferente, ELE CLARAMENTE DISSE: “QUE PRATICAM UMA OU MAIS DAS ARTES CRIATIVAS”. Música é justamente uma dessas artes. Ele só deu um perfil mais geral.
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COMENTÁRIO: muito diferente o que você diz da manificência dos músicos e a declaração genérica de Radin: está apelando…
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VITOR: Estudantes de música ou arte, experiência anterior em psi e crença em psi são os 3 parâmetros suficientes e básicos para se obter resultados muito acima do acaso. Basta isso.
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COMENTÁRIO: sem dúvida, perfil muito vago e incerto, sem considerar outras idealizações que, por exemplo, não contemplam os aderidos à arte como propiciadores de psi. Alías, como seleciona quem sejam os “artistas”? Somente músicos, e, digamos pintores e escultores integrariam o grupo de dotados? “Arte” é expressão de alcance muito amplo, mais do que possamos supor em primeira olhada. Existem artistas em todos os campos de atividade humana, até no futebol, na mecânica de automóveis, até na limpeza de fossas…
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02 – “Se alguém é dotado de musicalidade, não significa que a as sensações musicais se lhe “penetrem” pelo lóbulo destro;”
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VITOR: Elas penetram pelos ouvidos, mas são PROCESSADAS no lado direito: “O direito, por sua vez, ocupa-se do material não-verbal, processando IMAGENS, MELODIAS, ENTONAÇÕES, modelos complexos como expressões faciais, por exemplo, bem como informações sobre o espaço e a posição do próprio corpo.”
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COMENTÁRIO: interessante: no trecho de defesa que postou não vi uma frase a falar que o lóbulo direito de ocupa de psi…
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VITOR? Esse é outro ponto que vc não vai mudar minha cabeça. Vc não vai me fazer ir contra o que diz a Scientific American. Ok? Pode desistir também. Não vou voltar a falar com você sobre esses pontos acima.
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COMENTÁRIO: pelo que entendi, o Marciano já constestou sua interpretação, dispensa, pois, comentários complementares.
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03 – “conforme falei: a ideia de que as impressões psi influem pela direita, só porque certas funções predominam neste lado, é doideira geral. Como diria seu amigo Quevedo: isso non ecziste!”
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VITOR: Na completa falta de argumentos, só lhe resta apelar dizendo que é tudo doideira…triste.
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COMENTÁRIO: creio que depois de ler esta postagem, e comparar com anteriores, entenderá que a doideira é muito adequada…
agosto 25th, 2014 às 7:06 PM
http://peraiblog.blogspot.com.br/2011/09/ganzfeld-como-ter-alucinacoes.html
agosto 25th, 2014 às 7:11 PM
No que consistem essas provas cientificas? Honorton alegou que 55% dos estudos entre 1974 e 1981 obtiveram resultados significativos. Ray Hyman avaliou esse grande volume de trabalhos e criticou a alegação de Honorton em vários aspectos, entre os quais o problema da gaveta de arquivo e relato tendencioso não foram os menores (Hyman 1989: 28). Hyman alegou, diante de uma reunião conjunta da Society for Psychical Research e da Parapsychological Association (Agosto de 1982) que havia estimado a taxa efetiva de erro dos estudos em cerca de 0,25. Honorton sustentava que a taxa de erro era cerca de 0,05. Hyman concluiu que a base de dados psi ganzfeld era “inadequada, quer para apoiar o estudo como reprodutível, quer para demonstrar a realidade de psi” (Hyman 1989: 53). Grande parte de sua análise inicial foi focalizada em problemas estatísticos e na falta de coerência entre os diversos estudos. No entanto observou, entre outras coisas, que, dos 36 estudos com resultados positivos, 50% deles vinham de apenas quatro pesquisadores.
Em 1986, Hyman e Honorton emitiram um comunicado conjunto no qual concordaram que havia um efeito significativo global na base de dados ganzfeld “que não podia ser razoavelmente explicada por relato seletivo ou análise múltipla”, mas que continuavam “a divergir a respeito do grau em que o efeito constituiria evidência de psi” (Hyman 1989: 63). Estipularam então alguns padrões restritivos aos quais futuros experimentos deveriam aderir.
Em 1994, Bem e Honorton publicaram os resultados de uma meta-análise de 28 estudos ganzfeld, dos quais 23 tinham resultado em taxas de acerto superiores ao esperado pelo acaso. A taxa de acertos global foi de 36%, quando o previsto pelo acaso seriam 25%. Os resultados, segundo Dean Radin, tinham “probabilidade de dez bilhões contra uma contra o acaso”. Uma análise posterior de Honorton recalculou as probabilidades contra o acaso como 10.000 para uma, com a reprodução em oito outros laboratórios além do de Honorton. A análise posterior, alega Radin, eliminou o efeito gaveta como questão relevante, embora a fórmula estatística usada para substanciar essa alegação tenha sido considerada enganosa (Stenger 2002).
Quando os estudos granzfeld foram automatizados, a fim de se eliminarem potenciais vícios e fornecimento de pistas por parte dos investigadores ao selecionar e apresentar os alvos, os resultados foram semelhantes aos dos estudos anteriores. Por exemplo, onze estudos com 240 participantes em 354 sessões apresentaram uma taxa de acertos de 32%, quando seriam esperados 25% por acaso.
Os estudos foram reproduzidos? Julie Milton e Richard Wiseman publicaram sua própria meta-análise de estudos ganzfeld e concluíram que “a técnica ganzfeld não oferece, no presente momento, um método reprodutível para a produção de ESP em laboratório” (1999).
mais problemas
Os experimentos ganzfeld são baseados em dois pressupostos questionáveis. O primeiro é de que estados mentais em que há informações sensoriais reduzidas conduzem mais fortemente a psi. Em especial, acredita-se que o estado meditativo, o estado de sonho, o estado hipnagógico, o estado hipnótico, estados de privação sensorial e determinados estados induzidos por drogas conduzem a psi. No entanto, embora acredite-se que a mente nesses estados esteja alerta e receptiva a psi, isso jamais foi provado (Blackmore 2004: 298). Porém, Bem e Honorton (1994) afirmam que
Historicamente, psi tem sido freqüentemente associado a meditação, hipnose, sonhos e outros estados alterados de consciência que ocorrem naturalmente ou são induzidos. Por exemplo, a idéia de que fenômenos psi podem ocorrer durante a meditação é expressa na maioria dos textos clássicos sobre técnicas meditativas. A crença de que a hipnose seja um estado condutivo a psi data dos primórdios do mesmerismo (Dingwall, 1968) e pesquisas multi-culturais indicam que a maioria das experiências psi da “vida real” relatadas são mediadas através de sonhos (Green, 1960; Prasad & Stevenson, 1968; L. E. Rhine, 1962; Sannwald, 1959). Atualmente há relatos de evidências experimentais coerentes com as daquelas observações originadas em depoimentos. Por exemplo, vários investigadores em laboratórios relataram que a meditação facilita a atuação de psi (Honorton, 1977). Uma meta-análise de 25 experiências com hipnose e psi, conduzidas entre 1945 e 1981 em 10 diferentes laboratórios, sugere que a indução hipnótica facilite a atuação de psi (Schechter, 1984). E psi mediado por sonhos foi relatado numa série de experiências conduzidas no Maimonides Medical Center, em Nova York, e publicadas entre 1966 e a972 (Child, 1985; Ullman, Krippner & Vaughan, 1973).
Nos estudos de sonhos do Maimonides, dois participantes — um “receptor” e um “transmissor” — passaram a noite num laboratório do sono. As ondas cerebrais e movimentos dos olhos dos receptor foram monitoradas, enquanto dormia numa sala isolada. Quando o receptor entrava num período de sono REM, o experimentador apertava uma campainha que sinalizava ao transmissor — sob a supervisão de um segundo experimentador — para que iniciasse um período de transmissão. O transmissor então se concentrava numa figura aleatoriamente escolhida (o “alvo”), objetivando influenciar o conteúdo dos sonhos do receptor.
Perto do fim do período REM, despertava-se o receptor e pedia-se que ele descrevesse qualquer sonho que tivesse acabado de experimentar. Esse procedimento foi repetido por toda a noite com o mesmo alvo. Uma transcrição dos sonhos do receptor eram entregues a julgadores externos que classificavam cegamente a semelhança dos sonhos da noite a várias imagens, inclusive o alvo.
Este não é o lugar adequado para tentar refutar todas essas alegações, portanto me limitarei a um comentário sobre os experimentos do Maimonides sobre telepatia dos sonhos. Essas experiências foram feitas de uma forma em que dados ambíguos poderiam facilmente ser encaixados de forma a dar respaldo à hipótese da telepatia. Por exemplo, em um dos experimentos o alvo era a Descida da Cruz, de Max Beckman. Max Beckman: The Descent from the Cross (1917) Os experimentadores e Dean Radin cosideraram a telepatia um sucesso porque o receptor sonhou por duas vezes com Winston Churchill. Radin escreveu: “Notem a relevância simbólica de ‘church-hill’ [N.T.: igreja-colina em inglês] no sonho relatado” (Radin 1997: 70). “Observa-se que a taxa global de acerto é de 63%… O intervalo de confiança de 95% exclui claramente a taxa de acerto de 50% esperada pelo acaso” (Radin 1997: 71). E então?
Enquanto os experimentos ganzfeld em si não permitam que tais interpretações vagas sejam contabilizadas como “acertos”, alguns pesquisadores ganzfeld se impressionam bastante com ambigüidades parecidas.
Por exemplo, abaixo há uma transcrição de uma descrição verbal feita por um receptor num experimento autoganzfeld. Ela foi tirada de uma página (atualmente extinta) do site do Dr. Rick Berger sobre ganzfeld. Berger desenvolveu o autoganzfeld.
Eu vejo o memorial de Lincoln…
E Abraham Lincoln sentado lá… É
4 de julho… Todo tipo de fogos de artifício…
Agora estou em Valley Forge… Há
fogos… E penso em bombas
explodindo no ar… E Francis Scott
Key… E Charleston…
Há umas poucas imagens que poderiam “coincidir” com essa descrição, já que ela em si contém pelo menos oito imagens distintas (o memorial de Lincoln, Lincoln, 4 de julho, fogos, Valley Forge, bombas, Scott Key, Charleston) às quais se poderia facilmente acrescentar mais algumas, como a bandeira dos EUA, o hino nacional americano. E, claro, George Washington, que foi a imagem selecionada como a que mais se assemelhava à descrição verbal. Berger parece pensar que essas impressões foram geradas pela imagem de George Washington que o transmissor tentava enviar telepaticamente. Não parece ocorrer a ele que poderia haver uma dúzia de outras razões para que o receptor tivesse as visões que teve.
A segunda presunção dos experimentadores ganzfeld é a que é feita por muitos parapsicólogos. Assumem que qualquer afastamento significativo das leis do acaso em seus experimentos é evidência de que algo paranormal ocorreu. Isso é assumir o que se quer provar. O desvio em relação ao acaso poderia se dever a psi. Também poderia se dever a alguma outra coisa.
Pode ser justificável que tenhamos uma confiança muito alta de que, quando se fazem estudos ganzfeld, os receptores provavelmente acertam corretamente um alvo entre quatro numa taxa significativamente maior que esperada pelo acaso. Ainda assim é um grande salto assumir que informações foram transmitidas e que essa transferência se deu por meios paranormais. Dizer que não se pode pensar em nenhuma outra explicação para os dados e que um cético não pode oferecer uma explicação naturalista para isso não justifica uma alta confiança em que a telepatia tenha sido provada.
Mesmo se estivermos confiantes de que nossos controles eliminaram coisas como trapaça, vazamento sensorial, casualização inadequada, palpites felizes, reconhecimento inconsciente de padrões, etc, como podemos ter certeza de que a única explicação razoável para o que parece ser uma transferência de informação é de fato uma transferência genuína de informação? E como podemos ter certeza de que algum outro fator que não controlamos, ou porque não pensamos ou porque não podíamos pensar nele, não é responsável pela anomalia? Como argumenta o psicólogo James Alcock, a anomalia pode não representar uma transferência legítima de informação. Pelo que sabemos, Zeus poderia ser responsável por ela.
O desvio do que se espera pelo acaso poderia se dever a qualquer combinação de influências — um ‘gerador aleatório’ não-aleatório, diversas falhas metodológicas, ou… Zeus. (Eu poderia argumentar que Zeus existe e gosta de atormentar parapsicólogos, por isso dá a elas resultados significativos de quando em quando, mas não permite a reprodução fora da parapsicologia. O resultado significativo ofereceria tanto apoio à minha hipótese de que Zeus existe quanto à hipótese Psi de que a vontade do sujeito teria causado os resultados). (Alcock 2003: 43)
Assim, mesmo se forem obtidas probabilidades contra o acaso, sempre é possível que isso nada tenha a ver com telepatia. Pode não ter nada a ver com Zeus. Mas é possível que tenha a ver com algo natural que não foi levado em conta. Apesar disso, afirma Dean Radin, temos que admitir que “algo interessante está acontecendo” (1997: 79). Mas seria telepatia ou clarividência? Não sei. Seria Zeus? Duvido, mas também duvido que seja telepatia ou clarividência. No entanto, minhas dúvidas são irrelevantes com relação ao que realmente está acontecendo. O melhor que podemos dizer é que não sabemos por que alguns participantes percebem os alvos numa taxa não aleatória. Pode ser que valha a pena estudar esses sujeitos, não para verificar se são capazes de transmitir informações, embora pudéssemos fazer isso, mas já sabemos que os resultados não mostrariam nenhuma transferência de informação. Sabemos disso porque, se fosse possível que qualquer pessoa transmitisse informações telepaticamente de uma maneira inequívoca, isso já teria sido feito.
Veja verbetes relacionados sobre predisposição para a confirmação, ESP, efeito experimentador, lei dos números muito grandes, estatística oculta, parapsicologia, ciência patológica, PEAR, falácia post hoc, e psicocinese.
leitura adicional
Evidências da Atividade Paranormal: Alegações vs. Realidade (1996) de Ray Hyman
O Melhor Argumento a Favor da ESP? (2000) de Matt Nisbet, Skeptical Inquirer
Science Frontiers sobre os Experimentos Ganzfeld (1993)
O Ganzfeld Automatizado
What’s the story on “ganzfeld” experiments? (2000). The Straight Dope
Alcock, James. Jean Burns e Anthony Freeman. Psi Wars: Getting to Grips with the Paranormal (Imprint Academic 2003).
Bem, Daryl J. e Charles Honorton (1994). “Does Psi Exist?” Psychological Bulletin, Vol. 115, No. 1, 4-18.
Blackmore, Susan (2003). Consciousness: An Introduction. Oxford University Press.
Hyman, Ray (1995). “Evaluation of Program on Anomalous Mental Phenomena,” Journal of Scientific Exploration, Volume 10 Número 1.
Hyman, Ray (1989). The Elusive Quarry: a Scientific Appraisal of Psychical Research. Prometheus Books.
Milton, J. e R.Wiseman (1999). “Does psi exist? Lack of replication of an anomalous process of information transfer.” Psychological Bulletin, 125 (4), 387-391.
Radin, Dean (1997). The Conscious Universe – The Scientific Truth of Psychic Phenomena. HarperCollins.
Schick Jr., Theodore and Lewis Vaughn (2001). How to Think About Weird Things 3rd. ed. McGraw Hill.
Stenger, Victor J. (2002). “Meta-Analysis and the File-Drawer Effect.” Skeptical Briefs.
http://brazil.skepdic.com/ganzfeld.html
agosto 25th, 2014 às 7:16 PM
efeito gaveta (file-drawer effect)
Efeito gaveta é a prática em que pesquisadores incorrem quando engavetam estudos que apresentam resultados negativos. Resultado negativo não é quando se descobre que algo nos afeta negativamente, e sim quando não se encontra nada estatisticamente significativo, ou que tenha conseqüência causal. Pode também se referir à descoberta de algo que seja contrário a pesquisas prévias, ou ao que era esperado.
A prática de se relatar e publicar somente pesquisas com resultados positivoscria uma falsa representação do assunto sob investigação, especialmente se for feita uma meta-análise.
Uma das críticas que têm sido feitas à parapsicologia é de que seus pesquisadores ignoram estudos com resultados negativos. Em 1975, a American Parapsychological Association estabeleceu uma política oficial contra o relato seletivo de resultados exclusivamente positivos.
Foram feitas muito poucas pesquisas sobre o volume da prática de se engavetar estudos com resultados negativos por parte de pesquisadores científicos. Brian Martinson, investigador da HealthPartners Research Foundation, conduziu um estudo para a revista científica Nature (publicado em junho de 2005). Martinson e colegas enviaram uma enquete a milhares de cientistas e receberam 3.274 respostas. Foi permitido aos respondentes que permanecessem anônimos. Mais de 5 % dos cientistas que responderam admitiram ter “descartado dados porque a informação contradizia suas pesquisas anteriores”, e mais de 15 % admitiram ter ignorado observações por “terem tido a sensação” de que eram incorretas. * O estudo foi patrocinado pelo National Institutes of Health.
leitura adicional
• Filed under F (for forgotten) de Dan Vergano, 16 de maio de 2001
• Stenger, Victor J. (2002). “Meta-Analysis and the File-Drawer Effect.”Skeptical Briefs.
• Scientists who do not publish trial results are “unethical” de Gavin Yamey, BMJ
• Bias against negative studies in newspaper reports of medical research de G. Koren e N. Klein
meta-análises
A meta-análise é um tipo de análise de dados em que os resultados de vários estudos – sem que necessariamente algum deles tenha encontrado algo de significância estatística – são agrupados e analisados como se fossem o resultado de um único grande estudo.
Os resultados de experiências ganzfeld, por exemplo, têm variado enormemente, indicando que os resultados dependem muito de quem conduz o experimento. Entre 1974 e 1981, cerca de 42 experimentos ganzfeld tiveram seus resultados relatados ou publicados. Charles Honorton alegou que 55% desses estudos reportados encontraram evidências positivas da existência de algo interessante, senão paranormal. Isto é, pouco mais da metade dos estudos produziu resultados estatísticos que não se deviam provavelmente ao acaso. Os dados poderiam dever-se a psi, mas poderiam também dever-se a vazamento sensorial ou a alguma outra deficiência metodológica.
Em 1981 ou 1982, Honorton enviou todos os estudos relatados ao cético Ray Hyman, que em seguida fez uma meta-análise deles. Concluiu que os dados não ensejavam a crença em psi, principalmente pelas muitas falhas que encontrou nos próprios experimentos. Hyman refinou os dados reduzindo-os a 22 estudos de 8 investigadores (746 testes, que compunham 48% da base de dados). Encontrou uma taxa de acertos de 38% para esses estudos. Mas após fazer ajustes levando em conta o viés de seleção e a qualidade do estudo, calculou a taxa de sucesso na replicação como 31%, e não 55%.
Na opinião de Hyman, 58% dos estudos usaram procedimentos inadequados de casualização. Também encontrou problemas de vazamento sensorial, (por exemplo, as salas não eram à prova de som e os vídeos podiam ser ouvidos pelos experimentadores) e com alguns dos procedimentos estatísticos utilizados. Escreveu:
Até onde sei, fui a primeira pessoa a fazer uma meta-análise de dados parapsicológicos. Fiz uma meta-análise dos experimentos ganzfeld originais como parte da minha crítica a esses experimentos. Minha análise demonstrou que certas falhas, especialmente de qualidade de casualização, realmente tinham correlação com o resultado. Sucessos tinham correlação com metodologia inadequada. Em resposta às minhas críticas, Charles Honorton fez sua própria meta-análise dos mesmos dados. Também usou as falhas como critério para classificar os dados, mas concebeu esquemas de classificação diferentes dos meus. Em sua análise, os índices de qualidade não tinham correlação com o resultado. Isso aconteceu, em parte, porque Honorton encontrou mais falhas em experimentos mal sucedidos que eu, ao passo que eu encontrei mais falhas em experimentos bem sucedidos que ele. Presumivelmente, tanto eu como Honorton acreditamos ter classificado a qualidade de uma forma objetiva e imparcial. Ainda assim, ambos chegamos a resultados compatíveis com nossas idéias pré-concebidas. (Hyman 1996)
Quinze dos estudos apareciam em periódicos revisados, vinte eram resumos de artigos apresentados em encontros da Parapsychological Association, cinco eram monografias publicadas e dois eram teses de graduação em biologia. Quando Honorton fez sua meta-análise, selecionou 28 desses estudos. Carl Sargent havia feito 9 deles, Honorton havia feito 4, John Palmer 4, Scott Rogo 4, William Braud 3 e Rex Stanford 3. Sargent representava cerca de 1/3 da base de dados.
Honorton, em sua meta-análise dos 28 estudos, concluiu que em vez de um resultado esperado pelo acaso de 25% de identificação correta pelos receptores, o resultado real era de 34% de acertos — resultado este que não poderia ser razoavelmente explicado como ocorrência aleatória ou casual, ou seja, que era estatisticamente significativo.
No entanto, Hyman levanta uma questão crucial a respeito das meta-análises: crédulos e céticos classificam os estudos de forma bem diferente, embora ambos pensem estar sendo justos e imparciais. Honorton concordava com Hyman de que havia problemas com alguns dos estudos e que não poderia ser tirada nenhuma grande conclusão até que fossem feitos estudos posteriores, estudos esses que deveriam ser bem rigorosamente desenhados e controlados.
Hyman não achava que os dados pudessem ser explicados pelo efeito gaveta, mas poderia estar errado. Não há nenhum método padrão para se determinar quantos estudos teriam que existir na gaveta para que uma meta-análise fosse anulada. Diferentes estatísticos empregam diferentes fórmulas, com resultados significativamente diferentes. A questão da gaveta de arquivo poderia ser evitada simplesmente com a execução de experimentos individuais maiores, sob condições rigorosas.
O parapsicólogo Dean Radin é grande apreciador de meta-análises. No livro,The Conscious Universe [O Universo Consciente], ele emprega os resultados meta-análises para demonstrar a existência de psi. Com relação aos estudos ganzfeld, alega que os resultados de Honorton não se deveram ao efeito gaveta. De fato, calcula ele – embora não diga como – seriam necessários 17.974 estudos engavetados para cada estudo publicado para que os dados fossem anulados. Honorton havia feito sua própria análise de efeito gaveta e “concluiu que seriam necessários 423 estudos não-reportados com resultados em média nulos para que se pudesse atribuir o efeito geral encontrado nos 28 experimentos desta amostra como devidos a seleção de dados… cerca de mais de 15 estudos não publicados para cada estudo publicado” (Radin 1997). No entanto, outra forma de analisar os dados indica que seriam necessários apenas 62 estudos engavetados, o que corresponde a apenas pouco mais de doisestudos não publicados para cada um que foi publicado. (Stokes 2001). O fato é que qualquer fórmula estatística usada para se especular sobre quantos estudos seriam necessários para se obter resultados nulos antes que uma meta-análise seja anulada é arbitrária. É útil observar que em 1975 a American Parapsychological Association estabeleceu uma política oficial contra a prática de relatarem-se seletivamente apenas os resultados positivos.
Susan Blackmore visitou o laboratório de Carl Sargent e disse o seguinte:
Aqueles experimentos, que no papel pareciam tão lindamente projetados, eram na verdade abertos à fraude ou erro de diversas maneiras, e de fato detectei vários erros e falhas no cumprimento dos protocolos enquanto estive lá. Concluí que os artigos publicados davam uma impressão injustificada dos experimentos e que não se poderia confiar nos resultados como evidência de psi. Finalmente, os experimentadores e eu publicamos nossas diferentes visões sobre o caso (Blackmore 1987; Harley e Matthews 1987; Sargent 1987). O principal experimentador abandonou inteiramente a área.
Eu não me referiria a esse triste incidente novamente, se não fosse por uma única razão. Os dados de Cambridge estão todos narevisão de Bem e Honorton, mas sem os créditos. Dos vinte e oito estudos incluídos, nove vieram do laboratório de Cambridge, mais que de qualquer outro laboratório, e tiveram o segundo maior efeito depois dos do próprio Honorton. Bem e Honorton realmente argumentam que um dos laboratórios contribuiu com nove dos estudos, mas não dizem qual. Não se expressa sequer uma palavra de dúvida, não se faz nenhuma referência à minha investigação e nenhum leitor casual poderia imaginar que houve tal controvérsia a respeito de um terço dos estudos na base de dados. (“O que o paranormal pode ensinar-nos sobre a Consciência?” 2001)
O Físico Victor Stenger chama a meta-análise na parapsicologia de “um procedimento dúbio… no qual os resultados estatisticamente insignificantes de vários experimentos são combinados como se fossem um experimento controlado e único” (“Meta-Análise e o Efeito Gaveta”). Teoricamente, seria possível fazer cem experimentos com amostras pequenas e todos com resultados negativos, ao passo que uma meta análise dos mesmos dados produziria resultados estatisticamente significativos. Isso deveria nos lembrar que estatisticamente significante não quer dizer cientificamente importante.
Veja também Princeton Engineering Anomalies Research.
leitura adicional
Bem, Daryl J. e Charles Honorton (1994). “Does Psi Exist?” Psychological Bulletin, Vol. 115, No. 1, 4-18.
Blackmore, S.J. 1987. “A report of a visit to Carl Sargent’s laboratory.”Journal of the Society for Psychical Research 54: 186P198.
Harley, T., e G. Matthews. 1987. “Cheating, psi, and the appliance of science: A reply to Blackmore.” Journal of the Society for Psychical Research 54: 199P207.
Hyman, Ray. 1996. “The Evidence for Psychic Functioning: Claims vs. Reality.”Skeptical Inquirer.
Radin, Dean (1997). The Conscious Universe – The Scientific Truth of Psychic Phenomena. HarperCollins.
Sargent, C. 1987. “Sceptical fairytales from Bristol.” Journal of the Society for Psychical Research 54: 208P218.
Stenger, Victor J. (2002). “Meta-Analysis and the File-Drawer Effect.”Skeptical Briefs.
Stokes, Douglas. 2001. “The Shrinking Filedrawer.” Skeptical Inquirer.
agosto 25th, 2014 às 7:56 PM
Ainda acerca da estatística. Na tentativa de justificar a Parapsicologia, a Administração alegou que o objetivo desta não seria estudar o elusivo ente metafísico Ψ – ou seja:estudar um objeto que siquer sabe-se se existe -, mas sim estudar alegações de fenômenos sobrenaturais. Ora, nem isso é verdade, pois as alegações nunca foram acerca de desvios estatísticos, mas de fenômenos perfeitamente caracterizados de forma visível e não ambígua.
http://pt.wikipedia.org/wiki/Poltergeist#mediaviewer/Ficheiro:Poltergeist-Therese_Selles.jpg
Assim, quando eu mencionei a propus experimento com dado sobre uma balança, foi feita a tentativa de escapulir para a tal μTelecinese, que nunca foi a alegação original.
agosto 25th, 2014 às 9:52 PM
Montalvão,
comentando:
a) “engraçado, como nas coisas nebulosas, quanto mais se explica mais se complica… se o fenômeno psi ocorre entre entes queridos, por que os experimentos ganzfeld não utilizam entes queridos, um como transmissor outro receptor? “Aprendemos”, pois, mais um aprendizado importante: o ganzfeld é furado em virtude de não usar entes queridos nos testes, por meio dos quais ocorrem os fenômenos (como acabamos de ser cientificados)…”
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Aprendamos, mais uma vez, a diferença entre casos espontâneos e experimentais. Psi ocorre entre os entes queridos em casos espontâneos. Psi pode ser ‘incontrolável’, mas não é burra: em momentos de perigo vai buscar alertar os entes queridos, e não um desconhecido ou pior: um inimigo.
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Em casos experimentais, não há perigo algum. A necessidade de alertar um amigo, assim, não existe. Então nos casos experimentais tanto faz se é amigo ou inimigo. O poder dessa variável fica enfraquecido, ou mesmo nulificado.
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b) “Só um dedozinho de prosa: o caso Hans Berger não é ilustrativo de telepatia: Berger supervalorizou coincidência psicologicamente explicável (a irmã preocupada com o irmão) e a partir de um evento isolado concluiu pela realidade telepática.”
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O evento é extremamente típico dos casos de telepatia espontânea. Assim, depois que se conhece a literatura psi, pode-se sim dizer que o caso é ilustrativo de telepatia. Ao menos você não pode dizer que não tenha ocorrido telepatia. Já a literatura acumulada me permite considerar seriamente que o que houve foi um evento telepático real.
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c) “E a pergunta incômoca permanece: em que a lateralidade cerebral, mesmo que a radinianamente extrapolada fosse real, teria a ver com psi? Mesmo que um dia se descubra uma imaginada área de atividade psi no cérebro, tal não garante que a entrada do sinal se faz pelo lóbulo direito.”
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Já disse: não importa o lado. O que importa é que psi é percebida como vislumbres impressionistas, cores, formas, emoções. Não números. Não palavras. Ou se for percebida como números e palavras, foi porque a recepção de psi foi aumentada buscando suprir a necessidade de um “idiota savant”.
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d) “Você diz que “todos” músicos e dotados artisticamente se saem melhor que o resto da humanidade (os músicos merecem destaque por que devem pontuar melhor que os demais artistas): e apresentou exemplos que confirmaria. Mas, vêm as indagações que não se podem suster: será que o ganzfeld seleciona seus testandos levando em conta esse perfil?”
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Cada vez mais sim.
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e) “Será que se examinarmos a literatura acharemos este ponto bem explícito?”
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Com certeza.
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f) “Será que as características que relaciona são unanimemente aceitas pelos pesquisadores psi?”
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Sim.
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g) “Será que os percentuais citados não são anomalias nessa anômala fenomenologia que é o paranormal (caso exista)?”
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Sim, são. Anomalias consistentes, replicáveis, de força muito maior que a anomalia comum.
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h) “Perdoe-me por fazer perguntas chatas (e esperar por respostas), mas são necessárias: se tencionamos confirmar coisas incertas com incertezas aí lascou de vez. Eu, enquanto profundo desconhecedor da literatura, dos comentários a respeito do ganzfeld de que conheço, não apreciei nenhum parapsicólogo noticiando exigir (ou sugerir) presença de músicos e artistas.”
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Então você precisa ler mais… no mais recente artigo (2014) de ganzfeld “BEYOND THE COIN TOSS: EXAMINING WISEMAN’S CRITICISMS OF PARAPSYCHOLOGY” se lê:
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“Artistic populations thus seem to constitute the optimum ganzfeld replication pool. […] If parapsychologists keep their studies relatively standard methodologically (given the positive correlation between standardness ratings and effect sizes in Bem et al., 2001), of high quality (given the positive correlation between quality and effect size found by Derakhshani), and use only well-selected participants, we predict the possibility of replication rates of 80% or greater.”
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i)”Se considerar as meditações de seu amigo Scott Rogo, os melhores para o mister seriam os religiosos (os místicos religiosos). Pelo menos com este já se vê divergência opinativa.”
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Rogo não deixa de ter razão, já que “A maioria dos participantes nos estudos autoganzfeld possuía uma forte crença em psi: numa escala de 7 pontos, que variava de forte incredulidade em psi (1) a forte crença em psi (7), a média foi de 6.2 (DP = 1.03); só 2 participantes avaliaram sua crença em psi abaixo da média da escala. Além disso, 88% dos participantes informaram experiências pessoais sugestivas de psi, e 80% treinou meditação ou outras técnicas envolvendo um foco de atenção interno.”
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Mas Rogo morreu em 1990. Embora a relação era criatividade, pessoas artisticamente dotadas e psi já tivesse sido percebida há tempos, a ideia de usá-las nos testes ganzfeld só se deu em 1992.
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j) “então veja só: Honorton, em longo artigo, relata as condições desejadas para os testandos de seu laboratório: nenhuma referência faz a superioridade dos músicos.”
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Cruzes, Montalvão! Foi justamente o Honorton ao lado da Marylin Schlitz que iniciaram os estudos com a população artística em ganzfeld em 1992!Eu já até tinha te mostrado o artigo… lá vai de novo…
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http://media.noetic.org/uploads/files/Ganzfeld_Juliard_Study_Journal_of_American_Society_for_Psychical_Research_1992.pdf
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k) “Portanto, já temos dois luminares do paranormal (Honorton e Roggo) contradizendo sua férrea declaração. E agora, quem poderá nos defender?”
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Já dizia o Mestre dos Magos: “O conhecimento será seu escudo, cavaleiro” 😀
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l)”Alías, como seleciona quem sejam os “artistas”? Somente músicos, e, digamos pintores e escultores integrariam o grupo de dotados? “Arte” é expressão de alcance muito amplo, mais do que possamos supor em primeira olhada. Existem artistas em todos os campos de atividade humana, até no futebol, na mecânica de automóveis, até na limpeza de fossas…”
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Na dúvida, selecione os que são unanimamente reconhecidos como artistas profissionais ou estudantes de arte.
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m) “interessante: no trecho de defesa que postou não vi uma frase a falar que o lóbulo direito de ocupa de psi…”
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O trecho foi apenas para mostrar que o Randi estava certo no quesito lateralidade.
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n) “pelo que entendi, o Marciano já constestou sua interpretação, dispensa, pois, comentários complementares.”
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Não vi onde o Marciano questionou sobre a lateralidade. Caso se refira à matéria na Scientific American sobre reencarnação, já foi respondido.
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o) “creio que depois de ler esta postagem, e comparar com anteriores, entenderá que a doideira é muito adequada…”
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Só vi mais desconhecimento da literatura (apesar de eu já ter lhe indicado os artigos….)
agosto 26th, 2014 às 12:52 AM
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Vitor,
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Pedi vez e obtive, quero acabar com o Sheldrake e depois respondo ao que faltou.
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04 – “Só que tem uma noticiazinha para você: as ligações são cruzadas: os canhotos tem a função predominante do lado direto e vice-versa com os direitos. E a questão básica permanece: em que essas situações se relacionam com psi? Quer resposta? Em nada!”
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VITOR: Se é pelo lado direito ou esquerdo, não tem a mínima importância. O que você precisa entender é que psi é transmitida por meio de imagens e sensações, vislumbres impressionistas, cores. Não o é na forma de números nem de palavras. Pode-se até transmitir números por meio de psi, mas num caso muito especial e muito raro, COMO FORMA DE SUPRIR OUTRAS DEFICIÊNCIAS CEREBRAIS PARA AUMENTAR AS CHANCES DE SOBREVIVÊNCIA DO SUJEITO.
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COMENTÁRIO: avançamos mais um passo, agora só falta reconhecer que não há mínimo amparo fático para essa alegação de que psi seja transmitida da forma como prega. E, nem vou adentrar nessa de “garantir a sobrevivência do sujeito” por meio de psi: talvez nalguma sexta-feira, após o expediente, depois de alguns chopes, possamos falar desse assunto sem dele nos envergonharmos…
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05 – “de qualquer modo, só para tirarmos a cisma: faça um videozinho com as poderosas cantando um samba de Martinho da Vila: estímulo visual e sonoro, pronto! Vai ter psi que não acaba mais! Ou não?”
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VITOR: Com músicos? Isso já é feito. 100% de replicação. Quer ver? Mostro até em ordem cronológica para você.
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a) Schlitz, M. J., & Honorton, C. (1992). Ganzfeld psi performance within an artistically gifted population. Journal of the American Society for Psychical Research, 86, 83-98.
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TRANSLATE GOOGLE: “Alguns receptores são mais bem sucedidos do que outros em experimentos psi, incluindo experimentos Ganzfeld. Por exemplo, aqueles que relataram experiências psi anteriores na vida real e meditadores e praticantes de outras disciplinas mentais fazer melhor do que os outros em experiências ganzfeld. Tem também muitas vezes sido relatado que pessoas criativas ou artisticamente talentosas mostram alta capacidade de psi. Honorton testou este nos experimentos autoganzfeld recrutando vinte música, teatro, dança e os alunos da Escola Juilliard em Nova York para servir como receptores. No geral, estes estudantes alcançaram uma taxa de sucesso de 50 por cento, uma das mais altas taxas de acerto já reportados para uma única amostra em um estudo ganzfeld. Os músicos foram particularmente bem sucedidos: 75 por cento deles identificados com sucesso suas metas. (Mais detalhes sobre os estudantes Juilliard e seu desempenho ganzfeld foram relatados em Schlitz & Honorton, 1992)”
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Link para o artigo de Schlitz e Honorton: http://www.marilynschlitz.com/upload…7Juilliard.pdf
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COMENTÁRIO: o link não funciona… Mas, talvez nem dele precisemos, basta aplicar a regra áurea de que alegações extraordinárias extraordinárias demonstrações exigem. Quantas replicações confirmatórias dessa alta taxa houve? E o que dizem desses experimentos os críticos? São comparáveis entre si legitimamente tais experiências?
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b) Radin, Dean I., Stephen McAlpine, and Stephanie Cunningham. “Geomagnetism and psi in the ganzfeld.” JOURNAL-SOCIETY FOR PSYCHICAL RESEARCH 59 (1994): 352-352.
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Both ganzfeld experiments consisted of 32 sessions. The experiment using a normal population resulted in a chance expected hit rate of exactly 25%; the creative population resulted in a hit rate of 41% (exact binomial p = .016)
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Link: http://www.boundary.org/bi/articles/GMF_JSPR.pdf
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c) Dalton, K. (1997). Exploring the links: Creativity and psi in the ganzfeld. In The Parapsychological Association 40th Annual Convention: Proceedings of Presented Papers (pp. 119-134). Durham, NC: Parapsychological Association.
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Artists, musicians, actors and writers tested 32 subjects for each group, one trial each, 128 trials.
Musicians hit rate 56%
Artists hit rate 50%
Writers hit rate 41%
Actors hit rate 41%
Overall hit rate 47%
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d) MORRIS, R.W., SUMMERS, J., & YIM, S. (2003). Evidence of anomalous information transfer with a creative population in ganzfeld stimulation [Abstract]. Journal of Parapsychology, 67, 256-257.
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Morris, Summers & Yim’s paper “Evidence of anomalous information transfer with a creative population in ganzfeld stimulation” used only creative subjects and only dynamic targets. The experiment lasted 40 trials (with 18 musicians and 22 visual artists) and scored a 37.5% hit rate. (15 hits)
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VITOR: E aí? Vai continuar dizendo que em psi só se obtém resultados “ligeiramente” superiores ao acaso?
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COMENTÁRIO: não, mas vou continuar dizendo que faz-se necessário conhecer o que dizem os críticos a respeito desses estrepitosos sucessos: parece-me muito doce para pouca boca e os dados disponíveis dificultam adequada avaliação.
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06 – “li e até discutimos, esqueceu? Inclusive há uma questão que levantei e ficou em aberto: por que o toupeira do Sheldrake não levou sua testanda para, por exemplo, a França e deixou o cachorro telepata no seu lugar, na Inglaterra, e não repetiu os testes, só para confirmar se ambos continuavam telepatizando? Quer saber porquê? Simples: não apareceria telepatia nem para encher buraco de dente cariado. E Sheldrake não vai se arriscar…”
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VITOR: Proponha financiar a pesquisa dele primeiro antes de dizer que ele não vai se arriscar. Mas SHELDRAKE ACEITOU QUE UMA EQUIPE DE TELEVISÃO ESTATAL AUSTRÍACA FILMASSE SEUS EXPERIMENTOS. Houve sucesso. Mas não era esse experimento que me referia, e sim os de telefone/email.
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COMENTÁRIO: era equipe de pesquisa ou de divulgação do paranormal, em busca de audiência?
Estou procurando quem se disponha financiar minhas pesquisas, Sheldrake está financeiramente bem na fita… Talvez ele possa me dar um ajudinha, qualquer 600 mil dólares daria para começar…
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07 – “com gente desconhecida os resultados se situam dentro da média do acaso.”
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VITOR: Céus, mas é claro! Psi eclode com pessoas afins. Por isso os relatos de gêmeos sentindo quando o outro está mal ou em perigo, o próprio relato de hans Berger com a irmã etc. O que você parece não entender é que nas condições de controle que Sheldrake submeteu os participantes não era para os participantes familiares terem obtido resultados acima do acaso. Só se psi estivesse em jogo.
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COMENTÁRIO: isso precisa ser analisado com mais atenção e mais dados. Sheldrake dá sua “fórmula” do sucesso telefônico-telepático: “se você quer que alguém lhe telefone, experimente pensar na pessoa”. Realmente, muito paranormálico.” (A Sensação de Estar sendo Observado, pag. 114). E isso não parece muito convincente.
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Pelo visto nem o pessoal da área está com Sheldrake, ele reclama: “muito embora telepatia por telefone pareça ser tão comum, os cientistas (aí incluídos os parapsicólogos) surpreendentemente a têm ignorado.” (A Sensação de Estar sendo Observado, pag. 118)
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08 – “Confere com o que proferi: a empatia incrementa os acertos.”
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VITOR: Falou o óbvio ululante… psi eclode com pessoas afins…
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COMENTÁRIO: vamos supor que estamos no melhor dos mundos e Sheldrake tenha provado a telepatia telefônica, o que se poderia dizer dessa “notável” descoberta? Diríamos que a telepatia, quase sempre, só funciona com pessoas afins, mesmo assim com taxas de sucesso que, nos melhores casos, ficam em torno de 50%. Não seria melhor conferir no celular quem está ligando, com percentual de acerto próximo de 100%? E, no frigir dos ovos, aonde isso nos levaria? Lógico: à conjetura de Moi: “psi é força tênue, incerta, de ocorrência esporádica e sem aplicação prática”.
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Isso no melhor dos mundos, voltando à realidade: sabemos que Sheldrake tem replicado com sucesso as experiências de Sheldrake: visto que os demais parapsicólogos em geral não demonstram interesse em cachorros telepatas, muito menos em adivinhas telefônicas, as certezas ficam circunscritas às próprias divagações de Sheldrake, ou seja, a prova de que Sheldrake provou a telepatia são as provas de Sheldrake. Parece-me que, na mais generosa hipótese, é necessário esperar por maiores investigações; na pior: interne-se o bruto!
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11) “essa conversa me leva a acreditar no paranormal, pois estou diante de um: sabe exatamente de minhas leituras, sem necessitar conhecer meu material de consulta.”
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VITOR: Eu sei que você não lê inglês. Por isso eu sei que vc não leu os artigos de Sheldrake sobre telepatia ao telefone ou emails. Não é preciso ser paranormal para saber isso
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COMENTÁRIO: Pois deveria ter usado sua paranormalidade: se sairia melhor. Primeiro não é que não leio em inglês: leio sim, fiz até o basic advanced com louvor, o problema é que leio mal e fico cansado rápido (os olhos e o cérebro).
Segundo, quando der o prazer de sua visita ao meu pobre porém decente bangalô, a fim de tomar um café com rapadura, terá oportunidade de examinar minha alexandrínica biblioteca e nela contemplar um opus intitulado: “A Sensação de Estar sendo Observado”, autor? Rupert Sheldrake. Sheldrake é 75% campos morfogenéticos, 84% telepatia e 62% outros breguetes: doidíssimo, doidíssimo. Ele é cultor da política do “se parece é”, pois vê telepatizações em toda parte: gente com gente, gente com bicho, bicho com gente, bicho com bicho, telepatia telefônica, internetiana, só não fala (que injustiça!) em minhas telepatias com o anãozinho gigante…
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Pois no capítulo 6 do citado livro, há largos comentários a respeito das telepatias telefônicas e por e-mail. Depois escaneio uns trechos. Por enquanto fique com a passagem a seguir, do 1º capítulo.
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“SHEKDRAKE: OS DOIS TIPOS PRINCIPAIS DE TELEPATIA
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Parece haver dois tipos principais de telepatia. O primeiro tem como caso típico a transferência de pensamentos e geralmente ocorre entre pessoas espacialmente próximas, conscientes da presença uma da outra e que já estão interagindo. Muito embora a transmissão de pensamentos seja mais comum entre pessoas que se conhecem bem, pode ocorrer também com outras pessoas. Vou falar sobre este tipo de telepatia neste capítulo e no capítulo seguinte. No segundo tipo de telepatia, sobre o qual falarei nos Capítulos 3 a 6, uma pessoa capta um chamado, uma intenção, uma necessidade ou um pedido de socorro de outra pessoa situada num local distante. O resultado dessa captação é que a primeira pessoa pensa na outra, vê uma imagem dela, ouve a sua voz ou experimenta algum tipo de sentimento ou impressão. Neste tipo de telepatia, a atenção da pessoa é atraída como se ela ouvisse alguém chamar-lhe pelo nome, visse um sinal de alarme ou ouvisse o telefone tocar. Abre-se um vínculo ou um canal de comunicação. Este tipo de telepatia geralmente ocorre entre pessoas que têm uma relação íntima entre si.4 Os mesmos princípios se aplicam à telepatia entre pessoas e animais.
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ANIMAIS QUE CAPTAM AS INTENÇÕES DE SEUS DONOS
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A maioria dos donos de animais de estimação afirma que seus animais reagem a seus pensamentos e intenções. Segundo levantamentos realizados com donos de animais de estimação na Inglaterra e nos Estados Unidos, em média 48 por cento dos donos de cachorros e 33 por cento dos donos de gatos chegaram à conclusão de que seus animais tinham com eles, às vezes, uma relação telepática.5 Muitos gatos, por exemplo, parecem adivinhar quando seus donos planejam levá-los ao veterinário e somem de casa. Por exemplo:
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“Sempre tomei todo o cuidado para não dar à minha gata sinal nenhum de que naquele dia iríamos ao veterinário, mas desde o instante em que eu me levantava, pela manhã, ela me olhava com suspeita. Ficava distante de mim (não era carinhosa como sempre) e, quando a hora de sair de casa ia chegando, ela tentava fugir. (JEAN SEGAL, LONDRES)”
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A respeito do trabalho paranordoido de Sheldrake temos interessantes comentários em Michel de Pracontal:
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PRACONTAL: “Antes de nos interessarmos pelo procedimento cheio de nuanças de Trinh Xuan Thuan, comecemos por uma iniciação à sabedoria dos gurus de plantão. O pensamento do delicadíssimo Rupert Sheldrake fornece uma excelente entrada na matéria. Biólogo e britânico – o que não é incompatível –, Sheldrake fez seus estudos em Cambridge nos anos 1960. JULGANDO A CIÊNCIA ORTODOXA REDUTORA E MECANICISTA, ELE SE ESTABELECEU EM HYDERABAD, NA ÍNDIA, ONDE PÔDE SE DEDICAR A UMA BIOLOGIA MEDITATIVA E TRANSCENDENTAL. Embora não estivesse em Córdoba, Sheldrake merece incontestavelmente figurar ao lado de nossos gurus de plantão. A vitalidade de suas pesquisas é atestada pelo sucesso constante de suas obras e pelas dezenas de páginas Web que lhe são consagradas. Sua “hipótese da causalidade formativa” renova a discussão sobre o umbigo de Adão, performance que força a admiração e justifica a abertura de uma nova seção.”
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A linha de tuas ancas é uma onda
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A linha de tuas ancas é uma onda, assim se pode resumir a tese central de Rupert Sheldrake, exposta em seu livro Uma nova ciência da vida. Essa nova ciência propõe-se a explicar o que determina as formas encontradas na natureza. Trata-se, de certo modo, de uma teoria do design do universo, aplicável sem restrição a todas as formas existentes. Tanto as de partículas e cristais como a de moléculas e células, tanto a de plantas e árvores como as das mesas Luís XVI ou das top models – e até, last but not least, a das hemorróidas.
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Segundo Rupert Sheldrake, são “campo morfogenéticos” que “esculpem” todas essas formas extremamente diversas e variadas, um pouco como o campo magnético de um ímã ordena a limalha de ferro segundo linhas particulares. Se as formas são estáveis, é porque elas “ressoam”, à maneira de uma corda de violino ou o circuito receptor de um aparelho de rádio. Jean-Paul Belmondo poderia então cantar para Anna Karina, em Pierrot Le Fou [O demônio das onze horas]: “A linha de tuas ancas é uma onda…”.
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Onda, meu rabo, diria Zazie [popular personagem de Raymond Quéneau]. Do ponto de vista da ciência oficial e até da ciência propriamente dita, é duvidoso que um mesmo tipo de causalidade explique ao mesmo tempo a estrutura de um cristal de cloreto de sódio, o aspecto de uma couve-flor ou a suave curvatura dos seios de Sophie Marceau, celebrados pelo cantor Julien Clerc. Sem falar da memória, do comportamento e dos fenômenos parapsicológicos, que entram igualmente no campo intersideral da “causalidade formativa”.
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Uma verdadeira façanha. Sheldrake foi capaz de realizá-la. E consegue isso graças ao seu domínio de retórica pseudocientífica. O recurso à ressonância universal, causa única de efeitos muito numerosos, evoca irresistivelmente os contos fantásticos de Lyall Watson (ver Lição 1). Descobrimos, aliás, inúmeros parentescos entre os pensamentos de Sheldrake e o do autor de Histoire naturelle du surnaturel [História natural do sobrenatural]. Sheldrake possui um senso agudo da imprecisão, que lhe permite amalgamar sem temor noções heterogêneas como as de estrutura e de forma: “a forma, no sentido em que a entendemos, inclui não somente a forma da superfície externa da unidade mórfica, mas também sua estrutura interna”.
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Um “conceito” tão vago insinua-se facilmente entre as pobres distinções da ciência ortodoxa. A rigor, ele poderia ser admitido quando se trata de cristais. Um sólido cristalino é constituído de uma rede de átomos dispostos segundo um motivo que se repete regulamente, um pouco como o de um papel pintado, salvo que ele é em três dimensões. O motivo depende de ligações químicas garantidas pelos elétrons. Nesse sentido, a “forma” do cristal é a expressão de sua estrutura. Esta se interpreta em termos de química eletrônica, e sua explicação se situa no nível atômico.
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É completamente diferente para a morfologia de uma planta ou de um animal. Ela depende de interações muito complexas entre as células que a ou o constituem. Se as células são elas próprias feitas de átomos e de moléculas, não se pode descrever a “forma” externa de um organismo a partir de uma estrutura atômica. A “arquitetura” de um babirussa não depende dos mesmos mecanismos que a estrutura de um cristal. Ela é o resultado de um processo evolutivo que não pode reduzir-se apenas aos conceitos da física ou da química fundamentais, da mesma maneira que o estilo de uma mesa Luís XVI não pode se explicar apenas pelas propriedades dos átomos ou das moléculas que compõem a madeira. Isso não quer dizer que o babirussa e a mesa “escapam” às leis da física: isso significa que nem sempre existe tradução entre os diferentes níveis da descrição científica. O nível pertinente para explicar a forma de um organismo é o da célula, de seus genes e de suas trocas bioquímicas. Mais ainda, a forma exata de cada babirussa depende das contingências de sua história individual, da maneira como se desenvolveu seu crescimento etc.
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Os cientistas tiveram que aceitar o fato de que não é possível utilizar os mesmos conceitos e as mesmas teorias para descrever com precisão todos os aspectos da realidade física. A explicação científica é sempre parcial, limitada; uma teoria se aplica a uma certa escala e a uma classe precisa de fenômenos. Nesse sentido, a ciência é forçosamente redutora: ela não pode abarcar a totalidade, mas avança “recortando o real”. É o preço da sua eficácia. Sublinhemos que o caráter inevitavelmente redutor das teorias científicas não deve ser confundido com a “atitude reducionista”: esta consiste em estender abusivamente as conclusões de uma teoria para além do domínio no qual essa teoria se aplica. É o que fazem, por exemplo, os geneticistas que pretendem ter identificado os genes da esquizofrenia, da inteligência, da queda para a matemática, da felicidade ou até de Deus (o “gene de Deus” é com efeito o último achado de Dean Hammer, o promotor da homossexualidade inata com quem cruzamos na Lição 2, e que está prestes a publicar um livro intitulado simplesmente The God Gene).
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Sem entrar numa longa discussão, pode-se falar aqui de reducionismo porque um gene é apenas um segmento do DNA que codifica uma proteína. O talento matemático ou a fé religiosa, por sua vez, dizem respeito a comportamentos complexos que remetem a múltiplas aptidões (memória, concentração, imaginação…) e a vários aspectos da personalidade. Mesmo supondo que se saiba traduzir essas aptidões e traços de caráter em termos biológicos – o que está longe de ser o caso –, seria ainda muito duvidoso que eles estejam estreitamente ligados a um gene e à sua proteína. Uma doença como a diabetes já depende de toda uma bateria de genes e de interações com o meio ambiente. Será que se pode acreditar seriamente que a aptidão matemática ou a fé religiosa seriam mais simples de traduzir em termos biológicos do que a diabetes?
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Para voltar ao babirussa e ao cristal, não existe continuidade entre o nível de descrição dos constituintes fundamentais da matéria – os atos ou as partículas muito menores de que são formados – e o nível das células. Existe até um fosso gigantesco entre eles. As partículas elementares como os elétrons ou os prótons obedecem às leis da teoria quântica. Elas se comportam de maneira muito diferente dos objetos comuns. Não podemos observá-las diretamente nem isolá-las. Não se pode pegar um elétron e colocá-lo sob a lâmina de um microscópio para examiná-lo, como se faz com os glóbulos brancos e vermelhos contidos numa gota de sangue. As células não têm o comportamento estranho das partículas quânticas. Se as células fossem quânticas, seria impossível isolar um vírus, determinar uma seqüência genética ou fabricar uma vacina.
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Quando ele quer fechar a morfologia dos cristais e a dos organismos vivos dentro de um mesmo esquema explicativo, Sheldrake passa por cima de uma noção crucial da ciência experimental: a ordem de grandeza. Em física, uma teoria, um tipo de descrição que se aplica a uma certa escala em geral não é transferível para uma escala muito maior ou muito menor. Os efeitos que se observam na escala dos elétrons são totalmente diferentes dos que se manifestam na escala de uma bola de futebol. Para utilizar uma comparação mais familiar, uma formiga pode cair, sem nada sofrer, de uma altura cem vezes superior ao seu tamanho. Experimente então saltar do alto da Torre Eiffel!
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Entre o átomo, a célula e, digamos, a modelo e atriz Laetitia Casta, há saltos de escala bem mais consideráveis do que aquele que separa a formiga de nossa Marianne nacional. Se a formiga mede meio centímetro de comprimento, a dimensão linear de Casta é cerca de 350 vezes superior. O número de nossas células, por sua vez, conta-se em centenas de bilhões. O número de átomos contidos na totalidade de nossas células é da ordem de bilhões de bilhões de bilhões. Ou seja, em média, dez milhões de bilhões de átomos por célula.
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Sheldrake transpõe essas gigantescas diferenças de escala como se fossem saltos de pulga. Um animal é um conjunto de células feitas de moléculas, elas próprias feitas de átomos formados, por sua vez, de partículas quânticas. Para Sheldrake, tudo isso se encaixa como bonecas russas. Um campo morfogenético está associado a cada grau da hierarquia. Mas de que modo os efeitos de todos esses campos se harmonizam com todas as escalas em que agem? É impossível se eles obedecerem às leis conhecidas da física. Porque seria necessário, no mínimo, que os “campo M” de Sheldrake obedecessem ao mesmo tempo à física clássica e à teoria quântica, o que é contraditório. A ciência ortodoxa resolve o problema graças à noção de ordem de grandeza: abaixo de uma certa dimensão, é necessário servir-se de equações quânticas para descrever os fenômenos; acima, pode-se utilizar uma descrição clássica.
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Sheldrake não leva em conta as ordens de grandeza, mas isso não o incomoda muito, porque, segundo ele, os “campos M” não correspondem a nada conhecido:
SHELDRAKE: ‘Além dos tipos de causalidade energética conhecidos da física, e além da causalidade devida às estruturas de campos físicos conhecidos, outro tipo de causalidade é responsável por todas as unidades mórficas materiais (partículas atômicas, átomos, moléculas, cristais, agregados, órgãos e organismos). Essa causalidade … não é energética em si mesma, tanto quanto não é redutível à causalidade engendrada por campos físicos conhecidos.’
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Se alguém for capaz de dar uma explicação clara desse imbróglio, faça a gentileza de enviá-la ao meu editor. Mesmo sem compreender tudo, lembremos que a “causalidade formativa” escapa por hipótese a toda crítica científica. A “nova ciência da vida” de Sheldrake não tem mais conseqüências práticas do que a hipótese do “tempo procônico” e tampouco pode ser testada experimentalmente. Esperto, Sheldrake previu a objeção e propõe experiências que, segundo ele, permitiriam pôr à prova a sua teoria (voltaremos a isso na Lição 10). Vejamos por ora como o raciocínio de Sheldrake lembra espantosamente o de Philip Gosse.
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Por que temos o nariz no meio da cara?
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Por que temos dois braços, duas pernas e o nariz no meio da cara – pelo menos aqueles que não abusaram do boxe? Esse lancinante enigma foi resolvido pelo preceptor Pangloss, o incorrigível otimista do Cândido de Voltaire:
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“As coisas não podem ser de outra maneira: já que tudo foi feito para um fim, tudo é necessariamente para o melhor fim. Note bem que os narizes foram feitos para usar óculos, por isso nós temos óculos. As pernas foram visivelmente feitas para serem vestidas, e nós temos calças.”
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Insatisfeitos com a solução de Pangloss, os biólogos tentaram explicações mais precisas. De que modo, a partir de uma célula indiferenciada, uma vez fecundado o óvulo, o embrião se desenvolve para dar um organismo acabado? Como ele se arranja para orquestrar os bilhões de divisões celulares necessárias para formar os ossos, os músculos, a pele, o cérebro e os outros órgãos de um pássaro, um rato ou um bebê? Por que é realmente a forma humana que surge do protoplasma de um óvulo humano e não a forma de um babirussa? A biologia do desenvolvimento está longe de ter resolvido inteiramente esse enigma, um dos mais apaixonantes que se oferece à ciência atual. Mas uma etapa decisiva foi transposta graças aos “genes homeóticos”, ou “genes arquitetos”, descobertos por vários pesquisadores, entre os quais o americano Edward Lewis (laureado com o Prêmio Nobel de 1995) e o suíço Walter Gehring. Bem esquematicamente, a idéia desses pesquisadores é que o crescimento do embrião é orquestrado por um sistema de “genes arquitetos” que orientam cada célula numa linha precisa de desenvolvimento.”
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Amanhã, ou depois, volta para terminar.
agosto 26th, 2014 às 1:53 AM
Esse problema da ordem de grandeza ignorada é recorrente entre espíritas e parapsicólogos.
Aliás, tem um monte de gente que acredita que mecânica quântica explica até fenômenos astronômicos.
agosto 26th, 2014 às 10:52 AM
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Marciano Disse:
Esse problema da ordem de grandeza ignorada é recorrente entre espíritas e parapsicólogos.
Aliás, tem um monte de gente que acredita que mecânica quântica explica até fenômenos astronômicos.
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COMENTÁRIO: deveras, e este tem sido erros de pessoas bem formadas, mas deslumbradamente apegadas a ideias coloridas, que julgam ser “insights” revelativos. Assim, temos em Sheldrake a alegação de que “campos morfogenéticos” sejam uma espécie de “teoria de tudo”. Como bem explicou Michel de Pracontal:
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PRACONTAL: Quando ele quer fechar a morfologia dos cristais e a dos organismos vivos dentro de um mesmo esquema explicativo, Sheldrake passa por cima de uma noção crucial da ciência experimental: a ordem de grandeza. Em física, uma teoria, um tipo de descrição que se aplica a uma certa escala em geral não é transferível para uma escala muito maior ou muito menor. Os efeitos que se observam na escala dos elétrons são totalmente diferentes dos que se manifestam na escala de uma bola de futebol. Para utilizar uma comparação mais familiar, uma formiga pode cair, sem nada sofrer, de uma altura cem vezes superior ao seu tamanho. Experimente então saltar do alto da Torre Eiffel!
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COMENTÁRIO: a mesma doença de Sheldrake ataca, por exemplo, Dean Radin, só que o sonho deste se fixa no “entrelaçamento”: se para o primeiro a telepatia se explica pela ação dos campos morfogenéticos, para Radin é o entrelaçamento quem proporciona os contatos. Eu já denunciara a alegação expandida de Dean Radin quando comentei seu livro “Mentes Inteligadas”: o autor extrapola ao seu belo-arbítrio fenômenos do universo quântico para o macrocosmo: se partículas atômicas se entrelaçam, medita Radin, por que pessoas não se entrelaçariam?
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Desse modo, fica fácil para esses devaneadores propor base sólida para suas alegações (sólida que nem gelatina): a telepatia, diria Radin, acontece porque as pessoas estão entrelaçadas…
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Aí, quando falo é tudo um doideira só, o Vitor reclama…
agosto 26th, 2014 às 11:09 AM
Pois é… por incrível que pareça, as coisas que tem sido ditas cá fazem comparativamente o CX e os chiquistas parecerem modelos de sensatez e circunspecção.
O que é + ou – absurdo?
( ) o cachimbo contando sua história;
( ) nossas lembranças do futuro;
( ) o falecido residindo com a vovó na erraticidade;
( ) o cinturão de fotons de Alcyone…
agosto 26th, 2014 às 11:43 AM
“Aí, quando falo é tudo um doideira só, o Vitor reclama…”
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Adicionalmente, a propósito das escalas, o Vitor acusa a física de ser falha por conta das restrições de domínio de aplicação das teorias.
agosto 26th, 2014 às 2:00 PM
Ô Vitor… vamos ao lado real disso. Tem alguma casa ou centro (ou sei lá que local) aqui no RJ que faça isso tudo aí ser comprovado? Tem como vc marcar uma sessão pra gente ver? A gente mora na mesma cidade pô. Vamos logo desmitificar isso. Vê aí um laboratório de universidade, casa racionalista, centro do pai charuto… mas vamos comprovar isso ao vivo. Só dizer o que tem no meu bolso ou qual a propaganda do marcador de livro que vou levar dentro de um livro. Simples assim e dispensaria tanto artigo, tanta coisa escrita sem comprovação. Vamos, vamos comprovar isso. Marca o dia e local que vou ver.
O que não falta aqui é marcador de livro… como tem!
agosto 26th, 2014 às 3:05 PM
Montalvão,
comentando:
p) “avançamos mais um passo, agora só falta reconhecer que não há mínimo amparo fático para essa alegação de que psi seja transmitida da forma como prega.”
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Avançamos em quê? Eu disse que não importa se é pelo lado direito ou esquerdo, mas continuo pensando que é pelo direito. O que é realmente importante você entender é que psi é transmitida como vislumbres impressionistas, imagens, sentimentos, cores, símbolos. Ao menos para a vasta maioria dos casos.
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q) “E, nem vou adentrar nessa de “garantir a sobrevivência do sujeito” por meio de psi: talvez nalguma sexta-feira, após o expediente, depois de alguns chopes, possamos falar desse assunto sem dele nos envergonharmos…”
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Vergonha é não ler a literatura e menosprezar a ideia dos outros baseado em sua ignorância. 🙂
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r) “Quantas replicações confirmatórias dessa alta taxa houve?”
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Cinco. Além dos que já citei, faltou:
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Morris, R.L., Cunningham, S., McAlpine, S. and Taylor, R. (1993). Towards replication and extension of autoganzfeld results, Proceedings of the 36th Parapsychological Association convention, Toronto, Canada.
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Taxa de 40,6%. Todos os alvos dinâmicos.
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s)” E o que dizem desses experimentos os críticos?”
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Nada. Ficam mudos.
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t)” São comparáveis entre si legitimamente tais experiências?”
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Sim.
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u)”não, mas vou continuar dizendo que faz-se necessário conhecer o que dizem os críticos a respeito desses estrepitosos sucessos”
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Acho melhor vc aguardar sentado 🙂
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v)”era equipe de pesquisa ou de divulgação do paranormal, em busca de audiência?”
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Não sei. Mas parecem ter feito um ótimo trabalho de documentação.
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x) “Estou procurando quem se disponha financiar minhas pesquisas, Sheldrake está financeiramente bem na fita…”
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Espero que sim. Você sabe que ele foi apunhalado, né?
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y)” Talvez ele possa me dar um ajudinha, qualquer 600 mil dólares daria para começar…”
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E que pesquisa é essa que vc quer fazer que precisa de 600 mil dólares?
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z) “vamos supor que estamos no melhor dos mundos e Sheldrake tenha provado a telepatia telefônica, o que se poderia dizer dessa “notável” descoberta? Diríamos que a telepatia, quase sempre, só funciona com pessoas afins, mesmo assim com taxas de sucesso que, nos melhores casos, ficam em torno de 50%. Não seria melhor conferir no celular quem está ligando, com percentual de acerto próximo de 100%?”
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E nos casos em que a ligação é privada?
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aa) “E, no frigir dos ovos, aonde isso nos levaria? Lógico: à conjetura de Moi: “psi é força tênue, incerta, de ocorrência esporádica e sem aplicação prática”.”
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Já salvou vidas nos casos espontâneos. E já mostrei aplicações práticas na arqueologia e na criminologia.
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ab) “Isso no melhor dos mundos, voltando à realidade: sabemos que Sheldrake tem replicado com sucesso as experiências de Sheldrake: visto que os demais parapsicólogos em geral não demonstram interesse em cachorros telepatas, muito menos em adivinhas telefônicas, as certezas ficam circunscritas às próprias divagações de Sheldrake, ou seja, a prova de que Sheldrake provou a telepatia são as provas de Sheldrake. Parece-me que, na mais generosa hipótese, é necessário esperar por maiores investigações; na pior: interne-se o bruto!”
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Que mania de querer internar as pessoas… esse seu pensamento é pura censura, e uma censura extremamente nociva ao progresso científico e à liberdade de pensamento.
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PS: Outros investigadores replicaram as pesquisas de Sheldrake ao telefone! Assim, meu caro, isso só mostra mais desconhecimento da literatura psi de sua parte.
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a) Do You Know Who is Calling? Experiments on Anomalous Cognition in Phone Call Receivers. The Open Psychology Journal, 2009, 2, 12-18, por Stefan Schmidt, Devi Erath1, Viliana Ivanova E Harald Walach
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Nesse artigo o melhor participante acertou 10 de 20 chamadas(p = 1,4%) e foi retestado em seguida, em 60 chamadas acertou 24 (p = 0,7%).
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Assim houve replicação da pesquisa de Sheldrake por um grupo independente.
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ac) “Pois no capítulo 6 do citado livro, há largos comentários a respeito das telepatias telefônicas e por e-mail.”
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Mas será que depois da experiência no caso Magenta você ainda não aprendeu que pode haver – e geralmente há – enormes diferenças entre um livro e um artigo científico???
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No livro o autor pode muitas vezes ficar refém do editor. Meu próprio irmão já publicou livros e ficou desagradavelmente surpreso por terem inserido coisas coisas que ele jamais disse! Chegou até a fazer campanha contra o livro pedindo para as pessoas não comprarem…em um artigo científico, ainda que o editor peça mudanças, pelo menos você não é pego de surpresa como foi o caso do meu irmão (só viu as mudanças quando o livro foi publicado).
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ad) “A respeito do trabalho paranordoido de Sheldrake temos interessantes comentários em Michel de Pracontal”
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O Michel ataca apenas a teoria dos campos morfogenéticos de Sheldrake, não seus experimentos de telepatia.
agosto 26th, 2014 às 3:37 PM
Defensor da razão,
comentando:
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01 – “Adicionalmente, a propósito das escalas, o Vitor acusa a física de ser falha por conta das restrições de domínio de aplicação das teorias.”
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Quando alguém for falar algo que supostamente eu disse, será que é pedir demais solicitar que transcreva exatamente o que eu falei?
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O que eu disse é partilhado pelos físicos e se encontra no site do Departamento de Física-Matemática do Instituto de Física da USP, no artigo que aborda a incompatibilidade entre a Mecânica Quântica e a Relatividade. Lá se lê:
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É impressionante que estas duas grandes teorias sejam assim incompativeis entre si. Isto nos leva a acreditar que a única saída para o paradoxo da informação seria a modificação de uma delas. Uma corrente liderada por S. Hawking advoga que a mecânica quântica necessita ser modificada, enquanto outra corrente, encabeçada pelos físicos G. ‘t Hooft e L. Susskind, sustenta que a mecânica quântica deve permanecer intacta e a relatividade geral deve ser alterada. Várias tentativas foram feitas para solucionar o problema em ambas as direções.
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http://www.fma.if.usp.br/~rivelles/Seminars/folha.html
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Até parece que eu falei alguma novidade…
agosto 26th, 2014 às 5:14 PM
GORDUCHO,
adoro seus questionários de múltipla escolha.
Sei que foi apenas retórica, mesmo assim, faço questão de responder (de forma jocosa, porém real) à sua pergunta.
Até assistir à histriônica palestra de divaldo e suas crianças índigo, eu achava que era o falecido mandando recados da vovozinha para a querida mãezinha.
Custei a acreditar no que vi com a palestra de divaldo. Passou a vovozinha na escala do absurdo.
Achei que jamais veria algo mais absurdo, até que deparou-se-me uma lembrança do futuro, na qual, eu, o próprio Marciano, vi-me de fora do corpo (aí pelos idos, digo, vindos de 2059), ouvindo a avó do meu cachimbo contando uma história para bovinos dormirem, direto do além, por via telepática. E ela (a avó do meu cachimbo, prima do anãozinho do MONTALVÃO), não tinha escolha. Faltava-lhe o livre arbítrio, esquecido em algum lugar do futuro.
agosto 26th, 2014 às 5:43 PM
Entrei no site por acaso e percebi que passei a tarde toda lendo!
Adorei o trabalho de vcs.
agosto 26th, 2014 às 10:08 PM
Vitor: “O que eu disse é partilhado pelos físicos e se encontra no site do Departamento de Física-Matemática do Instituto de Física da USP, no artigo que aborda a incompatibilidade entre a Mecânica Quântica e a Relatividade.”
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Não entendi o passo: SE alguém escreveu algo em algum website da USP (mesmo não havendo sequer o nome do autor) ENTÃO o que está escrito é partilhado pelos físicos.
agosto 26th, 2014 às 10:18 PM
Defensor da Razão,
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a menos que o site da USP não seja confiável e tenha passado a divulgar informações educacionais falsas, ali fala claramente de correntes encabeçadas pelos cientistas defendendo posições antagônicas (sobre qual teoria teria que ser modificada necessariamente).
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Se você tivesse inspecionado o link, teria descoberto que o autor do artigo é um xará meu: Victor O. Rivelles
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http://www.fma.if.usp.br/~rivelles/
agosto 26th, 2014 às 11:01 PM
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Vitor,
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Mais um pouquitito de respostas.
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VITOR (citação): “Dentre os estudos de levantamento de experiências psi mais contemporâneos, destaca-se a coleção de casos feita pela doutora L. E. Rhine, com mais de 10.000 relatos. Esta pesquisadora verificou que quando as EAs relacionadas à psi envolvem duas pessoas, como no caso da telepatia, comumente elas são emocionalmente próximas, o que foi confirmado por vários estudos posteriores (Targ, Schlitz & Irvin, 2000; Irvin, 2007). Este fato pode sugerir que o “laço emocional entre as pessoas é condutivo de comunicação extra-sensorial” (Irvin, 2007, p.35). O conteúdo destas experiências parece ter um significado pessoal para quem as vive, sendo que, freqüentemente, relaciona-se a uma pessoa com vínculos emocionais com aquela que tem a experiência, envolvendo situações de morte, crises pessoais, ou outros fatos importantes (Targ, Schlitz & Irvin, 2000).”
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COMENTÁRIO: em primeira leitura parece coisa expressiva e definitiva: 10.000 relatos a confirmar o laço emocional proporcionador de psi. O mal dessas pesquisas são os bastidores, estes não ficam expostos para o exame crítico. Nos bastidores pode acontecer de tudo, desde a pura e simples maquiagem para que os casos pareçam mais firmes do que são (o que acho pouco provável com Louise Rhine), até a não percepção de que os relatos são feitos por crentes, portanto sempre corroboradores. Na segunda metade do século XIX, diversos pesquisadores realizaram coletas de depoimentos sobre fantasmas, telepatia, precognições e montaram obras que, aos olhos do público, provavam essas suposições. O grande astrônomo Camille Flammarion foi um desses, autor de “O Desconhecido e os Problemas Psíquicos”. Quem examina a obra desejoso de achar evidência para o sobrenatural achará sem dúvida. Acontece que todos são relatos anedóticos: não consta que algum desses casos sensacionais tenham sido repetidos e conferidos tecnicamente. O colecionamento de testemunhos anedóticos tem importância limitada: indicam que “há alguma coisa”, mas não diz o que é a coisa. O crente facilmente opta pela confirmação do que crê: se acreditar em telepatia verá nesses depoimentos a prova e a brandirá diante do céticos desafiadoramente: “explique de outra maneira, que não telepatia, se for capaz”!
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Na falta de evidências consistentes, os adeptos criam lendas-regras, que explicariam o porquê de a telepatia soi ocorrer em ocasiões singulares. Então surgem as “condições necessárias”: os envolvidos têm que ser parentes, mas se há relatos de telepatia entre amigos, então estes entram no rol; é um pedido de socorro (o fato de ser inútil como reclamo pouco importa), e por aí segue….
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09 – “Sheldrake foi honesto em relatar a situação, apesar de parecer não ter notado o que significava. Percebe-se que minha sugestão de experiência foi no alvo: amplie o escopo da experiência e psi tchau.”
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VITOR: Isso confirma o que eu disse: jamais dê o controle do experimento a quem não conhece a literatura psi
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COMENTÁRIO: bem, rogo aos anjos que ao findar essa discussão sua ideia seja diferente, nem que seja um pititinho: bastaria miúda mudança para ainda haver esperança para a humanidade…
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O que Sheldrake faz (incrível como alguns não percebem) é dar chances adicionais para que suas concepções se confirmem. Os testes de telepatia telefônica mostram isso tão claramente quanto um dia luzente, com céu de brigadeiro. Confira nos comentários que seguem…
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VITOR: O QUE VOCÊ NÃO NOTOU é que se psi não existisse, não era para se ter obtido acertos acima do acaso, tanto com chamadores familiares quanto com não familiares. Quem atende o telefone não sabe quem está ligando. Psi eclode com pessoas afins, então o fato de o resultado ter dado 61% de acerto para os chamadores familiares contra os 25% esperados pelo acaso é fortemente probatório da ocorrência de psi.
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COMENTÁRIO: o que você ainda não notou é que os experimentos de Sheldrake facilitam os resultados assombrosos que divulga. Ele testa o atendente com quatro conhecidos: um deles ligará. O sujeito não sabe quem será, mas sabe um dentre quatro, cujos nomes foram previamente informados, será o escolhido. Sheldrake então noticia: a possibilidade de acerto casual é de 25%. Até aí tudo bem. Só que, ou ele não viu, ou não quer que os leitores vejam, numa situação dessas, a chance de o testando acertar mais que o acaso é enorme. O beabá da estatística diz que o percentual relativo ao acaso situar-se-á em nível definido após número infinito de tentativas. É claro que ninguém ficará a vida inteira, por exemplo, lançando dados, a fim de confirmar a certeza da proposição: na prática as aproximações desse nível confirmam a assertiva, ou seja, em quantidade razoável de repetições os percentuais tendem a se acomodar ao que diz a regra.
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Agora vem o pulo do gato: com poucos espécimes em teste, como faz Sheldrake, que usa quatro conhecidos do testando, a probabilidade de haver distorções temporárias em favor da tese que defende são grandes. Se eliminar os que pontuam negativamente, ou “esquecer” de citá-los, aí é xou de bola favorável à crença. Se ele aumentar as repetições para alguns milhares de vezes, verá que os números tendem a se estabilizar no patamar do acaso. Outra condição seria aumentar a quantidade de pessoas em teste: em vez de quatro, utilizaria, digamos, quinze ligadores. Outro ponto a ser consertado nesses belos testes sheldrakeanos passa por eliminar a “informação privilegiada”: o sujeito em experiência não deveria saber quais amigos estão na lista de ligadores. Digamos que o sujeito indique o nome de trinta conhecidos, desses dez são escolhidos aleatoriamente, em duplo cego (nem o pesquisador nem o pesquisado saberão quem sejam). Então ponha-os a ligar. Quer saber o resultado? Preciso dizer?
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E Sheldrake ainda pode acrescentar um ingrediente importante e tão olvidado por caçadores de psi: alvos forjados (ou alvos vazios, dependendo do tipo de teste). Com a telepatia ele faria o seguinte: seria um dos ligadores em bateria de testes. Concebendo-se que a pessoa do testador pode ser considerada empática aos testandos, ele substituiria um dos participantes por ele: se houvesse telepatia seu nome haveria de ser citado em algumas ocasiões. Sheldrake precisaria dar todas as chances para que a telepatia (se fosse real) aparecesse de verdade: em vez de criar oportunidades para que pseudotelepatia tomasse espaço da verdade.
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10 – “a falsidade da sua analogia é uma evidência a priori: tão clara que dispensa demonstração. Como comparar um acreditado paranormal devidamente contextualizado ao ambiente (seja qual for o paranormal e o ambiente) com um sujeito desafiado a transar com fêmea em sauna gay? Como? Nem o tigrão aqui, que quer distância dessas saunas…”
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VITOR: O problema é que ao contrário do que você afirma, o paranormal NÃO ESTÁ contextualizado ao ambiente, por isso minha analogia procede. O cassino não é um ambiente propício para a ocorrência de psi, assim como uma sauna gay não é propícia para a ocorrência de sexo hetero…
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COMENTÁRIO: não vou insistir nesse fato claro. A contextualização ao ambiente é condição a ser considerada na hipótese de que o paranormal seja realidade, o que não está, de modo algum, esclarecido. Se quiser continuar a aplicar ad hocs à sua conveniência (dependendo do caso a explicação muda) continue, a vítima fatalmente será você. Pode anotar e depois confirme. Apenas sugiro que reflita melhor sobre as analogias que apresenta.
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11) “essa conversa me leva a acreditar no paranormal, pois estou diante de um: sabe exatamente de minhas leituras, sem necessitar conhecer meu material de consulta.”
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VITOR: […] Por isso eu sei que vc não leu os artigos de Sheldrake sobre telepatia ao telefone ou emails. Não é preciso ser paranormal para saber isso 🙂
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COMENTÁRIO: Agora que está noticiado que equivocou-se, segue exemplo de como Sheldrake montou seus experimentos. Quem examina a descrição com olhos ansiosos por deparar a telepatia, achará que tá tudo perfeito. Mas não é bem assim. Considere o que comentei anteriormente e acrescente que falta essas experimentações serem verificadas por outros pesquisadores: o quanto suficiente para confirmar (ou não) os alegados sucessos do sujeito. Ponto a ponderar é que Sheldrake diz ter filmado os eventos, mas só parte deles: dos não filmados temos a garantia do pesquisador de que ficou em patamares equivalentes aos que têm registro. Não é que duvidemos de Rupert, mas prudência e desconfiança devem ser acionadas em circunstâncias tais.
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SHELDRAKE: “Muito embora os cadernos de anotações sejam o meio mais simples para se evitar o problema da expectativa inconsciente é equívoco. Essa idéia pode ser uma hipótese que não se pode provar, o que na ciência não é uma virtude, mas um vício. Isso porque, se a expectativa de uma chamada é inconsciente, como poderá alguém provar que ela existe de fato? E se de fato existir, não será essa expectativa um resultado da telepatia, e não uma alternativa a ela?
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Para resolver essas questões, o melhor é empreender testes experimentais que possam ser avaliados estatisticamente. Desenvolvi um procedimento experimental que fornece resultados claros, positivos e reprodutíveis.
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TESTES EXPERIMENTAIS
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Nesses testes, os voluntários, num momento determinado, recebiam uma chamada feita por uma entre quatro pessoas. Sabiam quem eram essas pessoas, mas não sabiam quem estaria telefonando em cada teste, pois a pessoa que fazia o telefonema era escolhida aleatoriamente pelo experimentador. O voluntário tinha de adivinhar quem estava chamando antes de atender ao telefone. Pelo acaso, acertaria uma vez em quatro, ou seja, teria uma taxa de êxito de 25 por cento. Será que essa taxa de êxito seria significativamente maior do que teria sido caso o único responsável pelos acertos fosse o acaso?
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Meus colegas e eu recrutamos voluntários que afirmassem saber às vezes quem lhes telefonava, antes de atender ao telefone e de modo aparentemente telepático. Cada voluntário deu o nome de quatro pessoas a quem pensava ser capaz de responder telepaticamente: por exemplo, a mãe, a irmã e duas amigas. Pediu-se, como é óbvio, que fizessem o experimento sem nenhum identificador de chamadas. (Uma vez que todos os celulares contam com um identificador de chamadas embutido, usamos telefones fixos.)
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Os voluntários determinaram um tempo livre para o experimento e garantiram que as quatro pessoas escolhidas estivessem igualmente livres para fazer lhes chamadas durante o mesmo período — digamos, entre 2 e 2:20 numa quinta-feira à tarde. Comunicavam o arranjo ao experimentador, que determinava então uma hora exata para a chamada experimental — 2:15, por exemplo — e a informava ao voluntário. No começo do período experimental, que se iniciava quinze minutos antes da hora fixada para a chamada, o experimentador jogava um dado que lhe dava aleatoriamente um número entre 1 e 4. Isso determinava qual das quatro pessoas deveria fazer a chamada. O experimentador telefonava para essa pessoa e lhe pedia que ligasse para o voluntário na hora determinada, 2:15 da tarde, e pensasse no voluntário por um minuto antes de ligar. As 2:05, as outras três pessoas, pelo fato de não terem recebido o telefonema do experimentador, já sabiam que não seriam elas a ligar.
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Quando o telefone tocava, às 2:15, o voluntário sabia que quem estava na linha era uma das quatro pessoas que tinha indicado. Antes de atender ao telefone, tinha de adivinhar quem era. Ao atender, dizia o nome em que tinha pensado — “Alô, Ben”, por exemplo — antes que a pessoa que tivesse feito a chamada dissesse qualquer coisa.
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A título de precaução suplementar contra uma possível trapaça ou erros inadvertidos de registro dos dados, em muitos testes nós filmamos os voluntários em videoteipe cronometrado durante todo o período experimental. O voluntário dizia à câmera qual era o seu palpite antes de atender ao telefone.
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Em alguns testes, não foram filmados só os voluntários que recebiam as chamadas, mas também os que as faziam.
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Se o voluntário não tivesse nenhuma capacidade telepática e estivesse simplesmente adivinhando, com quatro pessoas que pudessem lhe telefonar ele acertaria, em média, 25 por cento dos testes. Foi isso que de fato aconteceu com alguns voluntários. Outros, porém, acertaram muito mais do que lhes permitiría o acaso. Até setembro de 2002, havíamos realizado 854 testes como esse com 65 voluntários diferentes. A taxa global de êxito foi de 42 por cento, número astronomicamente significativo do ponto de vista estatístico: a possibilidade de que tudo não passasse de acaso era de um em 1026.5 Desses testes, 571 não foram gravados em vídeo, e neles a taxa de êxito foi de 40 por cento.
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Nos 237 que foram gravados em vídeo,6 a taxa de êxito foi de 45 por cento.7
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No Apêndice B apresento mais detalhes desses experimentos.
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Boa parte dos experimentos filmados foram feitos com Sue Hawksley, que mora em Wakefield, Yorkshire, Inglaterra. Nos primeiros 30 testes, que não foram filmados, ela acertou 14 vezes, ou seja, teve uma taxa de êxito de 47 por cento. O resultado foi altamente significativo do ponto de vista estatístico, com uma chance em 2.500 de ter sido obtido por acaso. Depois realizamos com ela mais 100 testes, todos eles gravados em video. Ela acertou 49 vezes. A possibilidade de isso ter acontecido por acaso é de um em mais de 100 milhões. Sue obteve muito mais sucesso com certas pessoas do que com outras; com uma amiga íntima, acertou 75 por cento das tentativas (ver a Tabela B.4, página 331).
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Numa segunda série de 85 testes gravados em vídeo, sua taxa global de sucesso foi de 45 por cento, mais uma vez bastante acima do que seria de se esperar por acaso. Porém, nesse conjunto de ligações, só duas das pessoas que ligaram eram amigas de Sue; as outras eram pesquisadores que ela não conhecia. Com as amigas, ela acertou 66 por cento das tentativas, ao passo que, com os pesquisadores, não acertou mais que 18 por cento, um pouco abaixo da taxa de acaso (ver a Figura 6.3).
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Numa nova série de testes com Sue, tanto ela quanto as quatro pessoas que poderiam lhe telefonar foram filmadas continuamente por quatro cameramen independentes. Ela acertou 47 por cento das tentativas. Mais uma vez, acertou muito mais do que lhe permitiría o acaso com os telefonemas de amigas, mas : bteve acertos equivalentes à taxa de acaso com um pesquisador que não era seu amigo. (Para mais detalhes, veja a Tabela B.5, página 332.)
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12) “coisas provavelmente inexistentes não costumam se importar com nada, muito menos com distância… acontece que no comentário eu me referia à irmã de Berger, não a telepatia. O desinfeliz em vez de pedir socorro utilizando os meios convencionais, “preferiu” lançar apelo cósmico a quem lhe estava distante muitos quilômetros, talvez contando que houvesse de jatinho em prontidão para partir imediatamente. A experiência de Berger é prova de que essas telepatias são coisas do tipo “eu sabia que não devia ter passado debaixo daquela escada, agora estou todo complicado”. Neste momento mesmo, quantas pessoas não estão experienciando risco iminente de vida? Deve estar havendo telepatia de montão sendo registrada em todo o mundo. Quantas dessas os pesquisadores psi conseguiram anotar?”
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VITOR: 1 a cada 5 gêmeos idênticos relatam experiências telepáticas, e 1 a cada 10 gêmeos fraternos.
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A survey conducted by Dr. Lynne Cherkas, a genetic analyst at the department for twin research at King’s College London, showed that one in five identical twins said they had experience some form of telepathy, and one in ten fraternal twins reported the phenomenon. (Uma pesquisa realizada pelo Dr. Lynne Cherkas, analista de genética no departamento de pesquisa de gêmeos do Kings College de Londres, mostrou que um em cada cinco gêmeos idênticos disseram que tinham experiência alguma forma de telepatia, e um em cada dez gêmeos fraternos relatado o fenômeno.)
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Percentual grande o suficiente para você?
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COMENTÁRIO: falta dados da experiência e depoimentos de outros pesquisadores confirmando o achado de Cherkas. E, só uma perguntinha: supondo que tudo o que Cherkas diz esteja de acordo com os acontecimentos, será que os gêmeos testados estavam falando de telepatia mesmo, ou do que imaginam fosse acontecimento da espécie?
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Ah, no link abaixo você encontra exemplos que esse telepatia entre gêmeos salvou suas vidas:
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http://paranormal.about.com/od/espandtelepathy/a/Twin-Telepathy-Best-Evidence.htm
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Também há experimentos com gêmeos:
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http://paranormal.about.com/od/espandtelepathy/a/Twin-Telepathy-Best-Evidence_2.htm
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COMENTÁRIO: que gêmeos, pela proximidade genética, podem intuir mais intensamente o que esteja ocorrendo com o outro é aceitável, mas que essa suposição indique telepatia é outra história. Os relatos contidos nos links são insatisfatórios no apontamento de contatos telepáticos. E os testes, o que dizem de efetivo? Considere dois exemplos (do link que indicou):
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1) “Para um programa de televisão em 2003, Playfair configurar um teste para gêmeos Richard e Damien Powles. Richard foi colocado em uma cabine à prova de som com um balde de água gelada, enquanto Damien estava a alguma distância em outro estúdio ligado a um polígrafo (uma máquina de “detector de mentiras”, que mede a respiração, músculos e pele de resposta. QUANDO RICHARD MERGULHOU A MÃO NA ÁGUA GELADA E SOLTOU UM SUSPIRO, HOUVE UM BLIP ÓBVIO EM POLÍGRAFO DE DAMIEN QUE MEDIU SUA RESPIRAÇÃO, COMO SE ELE TAMBÉM TIVESSE DEIXADO ESCAPAR UM SUSPIRO.”
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2) “No mesmo experimento, Richard foi instruído a abrir uma caixa de papelão, a partir do qual ele esperava uma agradável surpresa. Em vez disso, uma cobra de borracha bateu para fora, assustando-o. NAQUELE EXATO MOMENTO, O POLÍGRAFO REGISTROU UM SALTO NA TAXA DE PULSO DE DAMIEN, COMO SE ELE ESTIVESSE TENDO A MESMA EXPERIÊNCIA.”
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COMENTÁRIO: primeiro caberia a especialista comentar se esse tipo de experiência seja indicativo de alguma reação comum aos gêmeos; segundo, por que averiguar o registro no polígrafo? Não seria muito mais fácil indagar do gêmeo separado o que sentiu? Se ele respondesse algo relacionado ao que o irmão experimentara aí a coisa ficaria interessante, conquanto não fosse necessariamente telepatia.
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13) “ué, agora mudou? Não têm que estar os envolvidos em pleno “relax”?”
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VITOR: Em pleno “relax” quem tem que estar é o RECEPTOR, NÃO o EMISSOR. Enquanto não conhecer a literatura psi, a lógica montalviana falhará…
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COMENTÁRIO: o problema maior não é conhecer a literatura, sim concordar com ela…
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14) “Considere meu comentário anterior e compreenda a insensatez dessa suposição. Berger é exemplo claro da inexistência da coisa, ou, caso existisse estaria demonstrado tratar-se de “força” débil, difícil de ser detectada, sem controle dos envolvidos e sem qualquer aplicação prática (nem mesmo o que estava acontecendo a irmã pode perceber). Se psi fosse evento comum dele teríamos registros objetivos (ainda que fosse “força branda” a psi se manifestaria perceptivelmente em diversas situações). A telepatia não fica de fora: fosse real dela teríamos registros continuados, em vez de relatos dramáticos/esporádicos (qual o de Berger) que muito pouco testemunham em favor da “força” e fortemente depõem pela validação subjetiva.”
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VITOR: Se você acha que não temos registros continuados, é porque você realmente não conhece nada da literatura psi…
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COMENTÁRIO: o problema maior não é conhecer a literatura, sim concordar com ela… registros “continuados” do tipo apologista existem de montão: Sheldrake diz ter anotado mais de centena de casos de animais (cães, gatos, papagaios, lagartixas (este é por minha conta)) que “sabem” quando seus donos ligam para casa: alguns até atendem!
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SHELDRAKE: “Certos animais domésticos também parecem saber quando uma determinada pessoa está ligando, como eu disse em “Dogs that know when their owners are coming home”. Com efeito, foi essa capacidade dos cães e gatos de saber quem está ligando que despertou meu interesse pela telepatia por telefone entre seres humanos.”
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15) “COMENTÁRIO: Quantas declarações devaneadas! Pra começar: a moça não estava dormindo; ”
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VITOR: Bom, eu peguei a informação daqui:
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http://www.neuroestimulacao.com.br/blog.php?ver=73
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“UM JOVEM MILITAR RECEBEU UMA CARTA INTERESSANTE DE SUA IRMÃ: DIZIA QUE HAVIA SONHADO COM ELE CAINDO DO CAVALO E SE MACHUCANDO. Ficou preocupada e resolveu perguntar se algo ruim havia acontecido. Mas O JOVEM MILITAR ERA UM MÉDICO e ficou intrigado em como a irmã teria “advinhado” a respeito do fato real que tinha acontecido. Sua primeira hipótese foi que o cérebro emitiria ondas eletromagnéticas que seriam captadas por outros cérebros, explicando o misterioso fenômeno da telepatia. Resolveu construir uma máquina que fosse capaz de medir as ondas cerebrais e confirmar esta hipótese. Em 1929, o Dr. Hans Berger conseguiu medir as ondas cerebrais pela primeira vez com um aparelho rudimentar, e relatou a frequência alfa (de 4 a 12 Hz), mais intensa nas regiões posteriores da cabeça. Estava criada a eletroencefalografia ”
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A menos que ela sonhasse acordada, ela estava dormindo…
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COMENTÁRIO: se leu o relato de Dean Radin sobre Berger, verá que o que site onde pesquisou é furado informativamente, completamente: Radin é deslumbrado mas parece-me melhor pesquisador que a fonte consultado por você.
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Quando o acidente aconteceu Hans não era médico: ele havia abandonado a faculdade de astronomia e só voltaria aos estudos após ter passado pelo susto, quando então optou pela medicina. Berger não recebeu carta da irmã, sim um telegrama, enviado pelo pai. E, mais uma vez: a moça estava bem acordada quando teve o pressentimento.
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Eu analisei a “telepatia” de Berger quando comentei o livro de Radin. Creio interessante apresentar o material para avaliação de quem interessado. Quem tiver olhos de ver verá que a telepatia passou longe…
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MONTALVÃO: “No segundo capítulo, Radin inicia demonstrando ser bom contador de histórias: narra a trajetória de vida do cientista Johann Berger, apelidado Hans, inventor do EEG, que teria experienciado transformadora aventura telepática. Apresentaremos por inteiro o relato, omitindo pequenos trechos não-essenciais, o que facilitará a apreciação dos que ainda não leram o livro.
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RADIN: Era uma vez, em uma sonolenta aldeia muito, mas muito longe daqui, um rapaz introspectivo, cujo nome era Hans. Hans estava mais interessado nos poemas de seu avô e em ficar olhando para as estrelas do que em se tornar um médico, para seguir a carreira de seu pai, como este desejava. Após completar o ensino médio, ele decidiu partir para a cidade para freqüentar a universidade, com a intenção de se tornar astrônomo. Mas o ritmo da grande cidade era discordante com sua maneira tranqüila de ser e, depois de certo tempo, ele abandonou a escola superior. Era um tempo de paz e, desse modo, decidiu alistar-se para um ano de serviço militar na cavalaria, esperando passar um ano passeando a cavalo e gozando o ar livre com relativa serenidade.
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Em uma manhã, enquanto ele montava durante um exercício de treina¬mento, seu cavalo empinou de repente. Hans foi jogado no ar e caiu no leito da estrada, bem na frente de um canhão montado sobre rodas e puxado por vários cavalos, que se aproximava com velocidade. Ele percebeu, horrorizado, que estava a ponto de ser esmagado, porém, como por milagre, o condutor da ba¬teria de artilharia conseguiu frear os cavalos. O acidente deixou Hans muito abalado, mas sem qualquer ferimento grave.
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Exatamente nesse momento A MUITOS QUILÔMETROS DE DISTÂNCIA, NA CASA DE SEUS PAIS, A IRMÃ MAIS VELHA DE HANS SENTIU-SE SUBITAMENTE ASSOBERBADA POR UMA CERTEZA NEFASTA DE QUE ALGUMA COISA RUIM HAVIA ACONTECIDO COM HANS. Ela ficou ansiosa e insistiu com seu pai para que entrasse em contato com ele, sendo-lhe então enviado um telegrama.
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Nessa noite, quando o telegrama chegou às mãos de Hans… percebeu que seus sentimentos provocados por um medo inten¬so nessa manhã haviam, de algum modo, atingido sua irmã. Muitos anos depois, escreveu: “este é um caso de telepatia espontânea no qual, em uma ocasião de perigo mortal, enquanto contemplava a morte, transmiti meus pensa¬ntos, ao mesmo tempo em que minha irmã, que era em particular muito unida a mim, agia como a receptora.
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Esta experiência transformou de forma profunda os interesses de Hans… retomou à universidade, centran¬do-se no estudo da medicina, determinado a entender como “a energia psíquica como ele a chamava, poderia carregar uma mensagem telepática até a ment¬e de sua irmã, que estava a mais de 150 quilômetros de distância.
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Depois de muitos anos de esforços concentrados, trabalhando na solidão de laboratório na universidade, Hans finalmente desenvolveu um método registrar as ondas do cérebro humano. Durante algum tempo, foram chamados “’ritmos de Berger”, consoante o sobrenome de Hans. Agora chamamos a estes sinais de “eletroencefalograma”, ou EEG. Por meio desta invenção, estabele¬ceu pela primeira vez que a atividade elétrica do cérebro humano estava correlacionada a diferentes estados subjetivos da mente. Mas Hans … também desenvolveu um programa experimental, envolvendo 200 “sujeitos”, cada um dos quais teve suas habilidades telepáticas testadas durante um transe hipnótico.
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A paixão cheia de empolgação de Hans para entender a “energia psíquica” não obteve sucesso em explicar a experiência telepática de sua irmã; no entanto, estabeleceu a fundamentação da neurociência moderna. Devemos a Hans não apenas a invenção do EEG mas também a revelação dos mecanismos cerebrais básicos utilizados até hoje em dispositivos de imagens médicas como, por exemplo, a tomografia por emissão de pósitrons – PET [positron emission tomography] ou a imagem por ressonância magnética funcional- fMRI [functional magnetic resonance imaging] .
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Tragicamente… Hans não viveu o suficiente para gozar de um reconhecimento merecido. A maioria de seus colegas cientistas contemporâneos acreditou que seus registros eram devidos a algum tipo de artifício elétrico ou mecânico. Mesmo seus colegas de universidade o consideravam um amador ingênuo e sua atitude sempre solitária despertava suspeitas. Depois de uma longa doença, deprimido e sofrendo de uma dolorosa infecção dérmica, Hans suicidou-se em 1941.
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Esta é a história verdadeira de Hans Berger, psiquiatra alemão e criador do eletroencefalograma. Sua invenção provocou o desenvolvimento de formas vez mais sofisticadas de mensuração da atividade cerebral. Há pouca dúvida de que Hans teria ficado muito satisfeito se tivesse podido saber que, apenas um quarto de século após sua morte*, sua descoberta iniciaria um novo capítulo na busca da compreensão da “energia psíquica” que ele procurara localizar durante a maior parte de sua vida.’
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Do mesmo modo que ocorre com esta história pouco conhecida sobre a invenção do EEG, a maioria dos livros escolares apresenta as principais descobertas científicas com origens socialmente aceitáveis e pasteurizadas. Na verdade, a real origem das idéias é, de longe, muito mais repleta de meandros e perplexidades. Hoje, a maioria dos neurocientistas desconhece que sua disciplina foi inspirada por uma experiência telepática ou que as funções do córtex cerebral, do corpo caloso e do corpo estriado foram todas acuradamente descritas 200 anos antes do surgimento da neurociência moderna. A maioria dos cientistas médicos não percebe que seu padrão-ouro, o projeto da experiência aleatoriamente controlada, utilizado por todos hoje para a realização de pesquisas clínicas, foi, a princípio, desenvolvido para investigar fenômenos psíquicos, o que ocorreu também com relação aos desenvolvimentos-chave da psicologia clínica, à medicina psicossomática, à psicofisiologia e à psicologia experimental. Inclusive, a descoberta dos isótopos, um avanço que pavimentou o caminho até a construção da bomba atômica, pode ser retraçada chegando ao estudo de um caso clarividência.
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* Johann Berger nasceu em 1873 em Neusen an der Eichen, na Baviera, e morreu em 1941, em Jena. [N. do T.]”
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MONTALVÃO: Radin assume que a interpretação de Hans sobre o que vivenciou esteja correta, ou seja: houve de fato telepatia. Seguindo essa conjetura, a experiência de Hans nos leva a pensar sobre de que maneira os contatos telepáticos se realizariam. Primeiramente precisamos saber o que afinal significa “telepatia”. A idéia comum é que se trata da capacidade que permite a troca rotineira de pensamentos entre duas ou mais pessoas, que sejam aquinhoadas com o dom. Há quem postule a existência de trocas telepáticas entre terrenos e alienígenas do espaço. Fala-se, ainda, em contatos telepáticos com almas desencarnadas ou com entidades celestiais. A telepatia se presta a amparar fantasias múltiplas.
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A definição que o dicionário nos dá é a seguinte:
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Transmissão ou comunicação extra-sensorial de pensamentos e sensações, a distância, entre duas ou mais pessoas.
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Existiria grande diferença entre a transmissão de sensações e a transmissão de pensamentos. A rigor as palavras gregas que formam a expressão telepatia trazem consigo a idéia de “percepção de sentimentos, ou sensações, a distância”.
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Na Wikipédia encontramos explanação mais ampla:
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Telepatia (do grego ????, tele, “distância”; e ??????, patheia, “sentir ou sentimento”) é definida na parapsicologia como a habilidade de adquirir informação acerca dos pensamentos, sentimentos ou atividades de outra pessoa, sem o uso de ferramentas tais como a linguagem corporal ou sinais. O termo foi usado pela primeira vez em 1882 por Fredric W. H. Myers, fundador da Society for Psychical Research (Sociedade para Pesquisa Psíquica), substituindo expressões como transferência de pensamento. A Telepatia é considerada uma forma de percepção extra-sensorial ou anomalia cognitiva, a telepatia é freqüentemente relacionada a vários fenômenos paranormais tais como premonição, clarividência, empatia e psicocinese.
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Uma outra definição reza: “percepção paranormal do conteúdo de um ato psíquico”. Apesar de a expressão “paranormal” exigir definição complementar, ou pressupor conhecimento geral de seu significado, esta concisa explanação denota o conceito atual da telepatia.
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Vejamos a informação da wikipédia: “habilidade de adquirir informação acerca dos pensamentos, sentimentos ou atividades de outra pessoa”, isso sem utilizar os mecanismos comuns sensoriais, com os quais apreendemos impressões do meio exterior. Sendo extrassensorial, para que a telepatia se realize seria necessária a existência de forma de energia, desconhecida da ciência, possibilitadora dos contatos emissor-receptor (daí o interesse de alguns pesquisadores em utilizar a mecânica quântica como possível explicação para o fenômeno, uma vez que na física clássica não é possível supor existência da “energia” telepática). Uma vez que tal “força” não foi detectada, alguns pesquisadores, como o padre Quevedo, teorizam tratar-se de fenômeno “espiritual”. O assunto, ainda, envolve questões relativamente complexas, como telepatia inconsciente, telepatia nos sonhos, telepatia sob indução hipnótica, pseudo-telepatia, etc.
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Na concepção popular e na ficção, a telepatia equivale a capacidade de o sensitivo “captar” o conteúdo da mente alheia e desvendá-la por inteiro. Existem múltiplos relatos que parecem confirmar tal suposição. A realidade, no entanto, é mais modesta: pesquisas em laboratório, até o presente, confirmaram ocorrências que estão ligeiramente acima de meras coincidências e que em nada se assemelham a um diálogo entre duas mentes distantes uma da outra.
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Reflitamos sobre o caso do Hans, para ver o que dele se pode concluir.
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Hans, pelo que se depreende do texto, seria um jovem taciturno, voltado para os próprios pensamentos, pouco dado a relacionamentos e inclinado a deprimir-se: autêntico “esquisitão”, olhado com suspeita e mantido à distância pelos que com ele conviviam. Ao escapar de um quase atropelamento e vivenciar experiência supostamente telepática, a vida do moço tomou rumo definido e essa mudança de direção redundou na criação do eletroencefalograma, aparelho que ainda hoje é útil em exames neurológicos. Ponto, pois, para a telepatia, diria Radin. Infelizmente, não concordaríamos plenamente com o autor. Em verdade, Hans trazia adormecida dentro de si as condições para realizar o que fez, sem que haja precisão de recorrer-se à hipótese telepática. O episódio que vivenciou, o qual considerou singular em sua existência (e que para a maioria das pessoas seria apenas ocorrência curiosa) correspondeu ao “empurrão” de que necessitava para seguir nova trilha profissional. Não houvesse a “telepatia”, outra experiência provavelmente colocaria Hans no “caminho certo”.
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Mas, importa na presente reflexão considerar que ilação extrairemos da vivência telepática de Hans. Primeiramente, ao que tudo indica, tratou-se de acontecimento único na vida do cientista. Imaginando-se que a maioria (quem sabe todas?) das ocorrências da espécie tenham características assemelhadas, podemos inferir que o fenômeno telepático seja eventual e incontrolado, quer dizer: manifesta-se esporadicamente, sem que o agente tenha sobre ele qualquer controle. Hans quando viu a carroça prestes a esmagá-lo não pensou contatar a irmã. Teria sido o grito inconsciente de socorro que sensibilizara a outra parte. Falta explicar porque o apelo foi parar exatamente no cérebro da moça e somente nele. Mais nenhum parente sentiu coisa alguma. Nenhuma outra pessoa, dentre os conhecidos de Hans, sentiu coisa alguma. Por que únicamente a irmã percebeu a aflição do acidentado? Uma resposta ampla esclareceria de que forma os contatos telepáticos acontecem. Radin diz tratar-se de entrelaçamento: as mentes dos irmãos estariam interconectadas quanticamente, o que possibilitou à moça perceber o que o irmão corria perigo.
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O diabo é que aquele foi episódio excepcional na vida dos dois. Que raio de entrelaçamento seria esse que só se manifesta uma vez na vida? Levando-se em conta a experiência de Hans, ficamos com mais indagações que respostas sobre o significado da telepatia e do entrelaçamento. Sem dúvida, existem outras possibilidades para explicar o acontecido, talvez até mais plausíveis que a suposição de Radin e de Hans. Ainda assim, é gratificante saber que a ilusão telepática vivida pelo jovem cavaleiro redundou num desfecho produtivo, que foi a invenção do EEG.
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Em seguida, Radin voa até Descartes, a fim de trazer nova ilustração de entrelaçamento:
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RADIN: ‘A ciência moderna pode ter sido gerada por uma série de sonhos, provocados por um estado febril, durante a noite de 10 de novembro de 1619, de um jovem francês de 24 anos, chamado René Descartes. Ele teve três sonhos nessa noite envolvendo fantasmas aterrorizantes, redemoinhos assustadores, centelhas incandescentes e livros de sabedoria simbólica. Segundo se afirma, foram esses sonhos, por meio do estudo de suas cartas e anotações, que inspiraram Descartes a descobrir os princípios do empirismo racional. COINCIDENTEMENTE, essa noite, de novembro, era a véspera do Dia de São Martim e, entre as diversas cerimônias celebradas, existe uma procissão com círios e velas, realizada para simbolizar o aporte da luz espiritual para desfazer as trevas da escuridão, atribuído ao santo. Quando Descartes sonhava em banir a escuridão da ignorância, por toda a Europa eram celebrados rituais em busca de um objetivo semelhante.’
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MONTALVÃO: A nosso ver, da ilustração apresentada por Dean Radin, a única coisa de certa é quanto diz “coincidentemente”. Seria preciso muito boa vontade para concordar-se que os sonhos de Descartes estavam entrelaçados com a procissão de São Martim. O filósofo, na ocasião, servia ao exército do duque da Baviera e, dizem, o desempenho militar não era seu ponto forte. Enquanto as batalhas sucediam, turbilhões de pensamentos fervilhavam na mente do precoce filósofo: faltava, no entanto, dar coerência àquela multiplicidade de considerações. Pode-se dizer que o cérebro singular de Descartes vivenciava turbulenta elaboração de algo novo, o qual ainda não tomara a forma adequada. Seriam necessários momentos de tranqüilidade, para que pudesse ordenar os pensamentos.
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O rigoroso inverno que se abateu sobre as tropas em marcha, obrigou-os a estacionarem à espera de melhores condições climáticas. Descartes, então, teve a paz de que precisava. Tudo o que seu cérebro viera processando jorrou nos sonhos do pensador. Tamanha foi a carga revelativa que o filósofo teve de suportar três longas visões, mais tarde traduzidas no fenomenal sistema filosófico por ele elaborado.
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À semelhança de Hans, a experiência na guerra foi a sacudidela de que Descartes necessitava para dar início à uma rica e fecunda criação filosófica.
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No caso do cientista alemão, como suposição alternativa à hipótese entrelaçante, defendida por Radin, podemos sugerir que a irmã mais velha cultivasse sentimentos maternais pelo ensimesmado irmão. A preocupação ante a possibilidade de que Hans, distante dela, se metesse em dificuldades dominava os pensamentos da moça. Se desconsiderarmos a assertiva de que a perturbação da jovem foi simultânea ao quase acidente, vez que seria muito difícil aquilatar a concomitância dos pensamentos, pode-se inferir que o desassossego acompanhava a moça constantemente. Por casualidade teria pedido ao pai que telegrafasse ao irmão no dia da queda. Logo que a peripécia de Hans tornou-se conhecida na família a suposição de um legítimo contato telepático tomou forma, o que daria maior brilho ao evento.
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Possível questionamento à tese telepática estaria no fato de a moça ter captado do irmão tão-somente o sentimento de ansiedade diante da morte. A sensação de alívio que se seguiu, por ter escapado, que deve ter sido igualmente intensa, a irmã não registrou. Entretanto,considerando a proposta de Radin, ela deveria também ter sentido essa parte do episódio (a parte boa), pois as mentes de ambos estariam entrelaçadas.
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Amanha, Deus querendo, volto.
agosto 26th, 2014 às 11:57 PM
^Quando alguém for falar algo que supostamente eu disse, será que é pedir demais solicitar que transcreva exatamente o que eu falei?^
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Vitor, desculpe-me, mas dado o número de tópicos com que você nos brinda, e o volume de comentários que a maioria deles gera, encontrar um ou outro comentário em particular costuma ser tarefa árdua. Ai a preguiça prevalece e apela-se à memória (com todas as suas limitações).
agosto 27th, 2014 às 1:08 AM
Montalvão,
seguindo:
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I) “Acontece que todos são relatos anedóticos: não consta que algum desses casos sensacionais tenham sido repetidos e conferidos tecnicamente.”
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Já colocaram gêmeos idênticos em ganzfeld:
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http://swepub.kb.se/bib/swepub:oai:services.scigloo.org:109993?tab2=abs&language=en
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Taxa de acerto: 36%
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II) “Agora vem o pulo do gato: com poucos espécimes em teste, como faz Sheldrake, que usa quatro conhecidos do testando, a probabilidade de haver distorções temporárias em favor da tese que defende são grandes. Se eliminar os que pontuam negativamente, ou “esquecer” de citá-los, aí é xou de bola favorável à crença. ”
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Eliminar os que pontuam negativamente ou “esquecer” de citá-los é fraude.
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Depois continuo.
agosto 27th, 2014 às 1:57 AM
MONTALVÃO DISSE:
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“Agora vem o pulo do gato: com poucos espécimes em teste, como faz Sheldrake, que usa quatro conhecidos do testando, a probabilidade de haver distorções temporárias em favor da tese que defende são grandes. Se eliminar os que pontuam negativamente, ou “esquecer” de citá-los, aí é xou de bola favorável à crença. Se ele aumentar as repetições para alguns milhares de vezes, verá que os números tendem a se estabilizar no patamar do acaso. Outra condição seria aumentar a quantidade de pessoas em teste: em vez de quatro, utilizaria, digamos, quinze ligadores. Outro ponto a ser consertado nesses belos testes sheldrakeanos passa por eliminar a “informação privilegiada”: o sujeito em experiência não deveria saber quais amigos estão na lista de ligadores. Digamos que o sujeito indique o nome de trinta conhecidos, desses dez são escolhidos aleatoriamente, em duplo cego (nem o pesquisador nem o pesquisado saberão quem sejam). Então ponha-os a ligar. Quer saber o resultado? Preciso dizer?”.
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COMENTÁRIO:
Se algum dia os crentes aceitarem os testes propostos pelos céticos você está convidado para discutir e redigir os protocolos.
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MONTALVÃO, ser comparado a você, como fez o CONTRA, é uma lisonja imensurável.
Quem sabe, daqui a alguns anos luz, se eu continuar trilhando o bom caminho, chego aí onde você está? Só que, então, você não estará mais aí, estará acolá.
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Como eu faço para entrelaçar minha mente com a sua?
agosto 27th, 2014 às 5:30 AM
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Vitor,
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Segura outro tantinho…
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16) “para continuar: psi não ocorre em sonhos, sonhadores afirmam isso, mas declarações de sonhadores não fazem a coisa acontecer de verdade.”
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VITOR: Isso foi testado experimentalmente de 1966 a 1972 em Maimonides, meu caro. Mais uma vez, vc demonstra total desconhecimento da literatura psi…
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“Os experimentos realizados no centro médico de Maimonides evidenciaram que o sonho é favorável a ocorrência da psi. EMBORA ESSES EXPERIMENTOS TENHAM OBTIDO RESULTADOS EXCELENTES, A SUA REPLICAÇÃO É MUITO DIFÍCIL. Os sujeitos precisam dormir muitas noites no laboratório, um ambiente que lhes é estranho. Nem o pesquisador nem o emissor (no caso da pesquisa de telepatia) podem dormir durante as noites de experimentos e, além disso os equipamentos são muito caros (por ex. EEG), bem como os profissionais treinados para operá-los. (Eysenck, Sargent, 1993; Zangari, 1996) Quando o programa de pesquisas em Maimonides estava terminando, concluiu-se que os requisitos de dinheiro e tempo eram grandes obstáculos e que se precisava desenvolver um estado que induzisse a PES tão favoravelmente quanto o sonhar, mas que fosse mais barato e rápido. (Eysenck, Sargent, 1993)”
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COMENTÁRIO: o próprio defensor reconhece as limitações do experimento: de difícil replicação. Quer dizer, não dá para fazer verão com uma só andorinha. Os fãs do paranormal costumam se contentar com poucas experiencias aparentemente favoráveis e fecham certezas sobre telepatia, clarividência, precognição, e até sobre telecinesia, sobre materializações, levitações, bilocação, visão a distância… bundalelê total… Esquecem que alegações extraordinárias exigem demonstrações extraordinárias. Não vão ser dois, três, ou cinco experimentos que pareçam indicar psi que psi estará demonstrada. Sobre o Maimonides, o Marciano já postou texto do Skeptic dictionary, que não deve ter visto. Veja agora:
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“OS EXPERIMENTOS GANZFELD SÃO BASEADOS EM DOIS PRESSUPOSTOS QUESTIONÁVEIS. O primeiro é de que estados mentais em que há informações sensoriais reduzidas conduzem mais fortemente a psi. Em especial, acredita-se que o estado meditativo, o estado de sonho, o estado hipnagógico, o estado hipnótico, estados de privação sensorial e determinados estados induzidos por drogas conduzem a psi. No entanto, embora acredite-se que a mente nesses estados esteja alerta e receptiva a psi, isso jamais foi provado (Blackmore 2004: 298). Porém, Bem e Honorton (1994) afirmam que:
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“Historicamente, psi tem sido freqüentemente associado a meditação, hipnose, sonhos e outros estados alterados de consciência que ocorrem naturalmente ou são induzidos. POR EXEMPLO, A IDÉIA DE QUE FENÔMENOS PSI PODEM OCORRER DURANTE A MEDITAÇÃO É EXPRESSA NA MAIORIA DOS TEXTOS CLÁSSICOS SOBRE TÉCNICAS MEDITATIVAS. A crença de que a hipnose seja um estado condutivo a psi data dos primórdios do mesmerismo (Dingwall, 1968) e pesquisas multi-culturais indicam que a maioria das experiências psi da “vida real” relatadas são mediadas através de sonhos (Green, 1960; Prasad & Stevenson, 1968; L. E. Rhine, 1962; Sannwald, 1959). Atualmente há relatos de evidências experimentais coerentes com as daquelas observações originadas em depoimentos. Por exemplo, vários investigadores em laboratórios relataram que a meditação facilita a atuação de psi (Honorton, 1977). Uma meta-análise de 25 experiências com hipnose e psi, conduzidas entre 1945 e 1981 em 10 diferentes laboratórios, sugere que a indução hipnótica facilite a atuação de psi (Schechter, 1984). E psi mediado por sonhos foi relatado numa série de experiências conduzidas no Maimonides Medical Center, em Nova York, e publicadas entre 1966 e a972 (Child, 1985; Ullman, Krippner & Vaughan, 1973).
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Nos estudos de sonhos do Maimonides, dois participantes — um “receptor” e um “transmissor” — passaram a noite num laboratório do sono. As ondas cerebrais e movimentos dos olhos dos receptor foram monitoradas, enquanto dormia numa sala isolada. Quando o receptor entrava num período de sono REM, o experimentador apertava uma campainha que sinalizava ao transmissor — sob a supervisão de um segundo experimentador — para que iniciasse um período de transmissão. O transmissor então se concentrava numa figura aleatoriamente escolhida (o “alvo”), objetivando influenciar o conteúdo dos sonhos do receptor.
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Perto do fim do período REM, despertava-se o receptor e pedia-se que ele descrevesse qualquer sonho que tivesse acabado de experimentar. Esse procedimento foi repetido por toda a noite com o mesmo alvo. Uma transcrição dos sonhos do receptor eram entregues a julgadores externos que classificavam cegamente a semelhança dos sonhos da noite a várias imagens, inclusive o alvo.
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Este não é o lugar adequado para tentar refutar todas essas alegações, portanto me limitarei a um comentário sobre os experimentos do Maimonides sobre telepatia dos sonhos. Essas experiências foram feitas de uma forma em que dados ambíguos poderiam facilmente ser encaixados de forma a dar respaldo à hipótese da telepatia. Por exemplo, em um dos experimentos o alvo era a Descida da Cruz, de Max Beckman. Os experimentadores e Dean Radin cosideraram a telepatia um sucesso porque o receptor sonhou por duas vezes com Winston Churchill. Radin escreveu: “Notem a relevância simbólica de ‘church-hill’ [N.T.: igreja-colina em inglês] no sonho relatado” (Radin 1997: 70). “Observa-se que a taxa global de acerto é de 63%… O intervalo de confiança de 95% exclui claramente a taxa de acerto de 50% esperada pelo acaso” (Radin 1997: 71). E então?
http://brazil.skepdic.com/ganzfeld.html
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COMENTÁRIO: este é exemplo de como os percentuais são flutuantes ao gosto dos experimentadores…
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17) “Enfim: se situações em que a vida esteja em perigo dão “um plus a mais” em psi, por que os testes ganzfeld não simulam ocorrências angustiantes? Não precisaria pôr ninguém em risco, bastaria uns sustinhos…”
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VITOR: Mesmo um “susto” é perigoso, a pessoa pode ter um infarte ou outro problema de saúde. Até trote por telefone de sequestro já deu em morte. Eu, como pesquisador, me RECUSARIA TERMINANTEMENTE a fazer qualquer experimento angustiante, por mais evidenciador de psi que fosse.
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COMENTÁRIO: ok, já que não quer assustar seus clientes respeita-se. Isso significa que psi tem uma sobrevida: em vez de aprofundar as perquirições fica-se com resultados superficiais e duvidosos. É mais ou menos o que sucede no meio mediúnico: para que se esforçar por demonstrar que espíritos estão no ambiente? A firme crença de que tal seja realidade supre qualquer dúvida…
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18) “Agora temos uma informação “preciosa”, que não nos fora passada antes: o emissor deve estar em situação tensa, quanto mais ansiedade mais psi vai mandar; já o emissor deve estar em “alfa”, numa “nice”… Será que a “literatura” confirma esse quadro?”
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VITOR: Sim, confirma.
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COMENTÁRIO: visto que é um conhecedor da literatura quem garante que sim, não vou discutir, mas se fosse discutir diria que nenhuma descrição de experimento ganzfeld afirma tal coisa: nenhuma… a que ponto não se chega no afã de sustentar o insustentável…
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19) “EXATAMENTE nesse momento a muitos quilômetros de distância, na casa de seus pais, A IRMÃ MAIS VELHA DE HANS SENTIU-SE SUBITAMENTE ASSOBERBADA POR UMA CERTEZA NEFASTA DE QUE ALGUMA COISA RUIM HAVIA ACONTECIDO COM HANS.”
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VITOR: Só faltou dizer que ela estava dormindo quando se sentiu subitamente assoberbada…
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COMENTÁRIO: não, não “só faltou dizer”, o relato de Radin é resplandecente como a glória angelical: a moça estava acordada. Se fosse sonho, ele diria com todas as letras: “durante o sono a imagem (ou sensação) do irmão em perigo assomou à mente da moça”, ou algo assim. Se não o disse, é porque a donzela estava em vigília. A saída é postular que Radin contou versão errada dos fatos. Fique à vontade para demonstrar que o relato que tirou do site apoiador está correto.
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20) “pelo visto, os testes de Hans não produziram grande resultado… confira a seguir.”
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VITOR: Não preciso conferir, eu sei que foi isso que aconteceu.
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COMENTÁRIO: mais uma demonstração de que a telepatia de Hans proveio da crença de Hans, não de verdadeiro evento telepático. São os crentes que se apressam em validar o evento.
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Volto mais tarde, agora vou ver um filminho e dormir um pouco.
agosto 27th, 2014 às 7:54 AM
III) “Se ele aumentar as repetições para alguns milhares de vezes, verá que os números tendem a se estabilizar no patamar do acaso.”
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Ele chegou bem perto e não estabilizou no acaso:
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Até setembro de 2002, havíamos realizado 854 testes como esse com 65 voluntários diferentes. A taxa global de êxito foi de 42 por cento
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IV) “Outra condição seria aumentar a quantidade de pessoas em teste: em vez de quatro, utilizaria, digamos, quinze ligadores.”
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Sugestão muito infeliz. Isso precisaria um número muito maior de testes para atingir significância estatística, muito mais tempo e dinheiro, além da quase impossibilidade de achar uma pessoa que fosse emocionalmente próxima de 15 outros familiares ou amigos! Eu conto as pessoas que sou emocionalmente próximo em apenas uma mão. Vc tem o hábito de receber telefonemas de 15 pessoas emocionalmente próximas vc toda semana?
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V) “Outro ponto a ser consertado nesses belos testes sheldrakeanos passa por eliminar a “informação privilegiada”: o sujeito em experiência não deveria saber quais amigos estão na lista de ligadores. Digamos que o sujeito indique o nome de trinta conhecidos, desses dez são escolhidos aleatoriamente, em duplo cego (nem o pesquisador nem o pesquisado saberão quem sejam). Então ponha-os a ligar. Quer saber o resultado? Preciso dizer?”
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O que você precisa me dizer é como você consegue fazer sugestões tão sem cabimento e tão inviáveis…30 pessoas emocionalmente próximas? Já tinha reclamado com 15, quanto mais 30…
agosto 27th, 2014 às 8:03 AM
VI) “E Sheldrake ainda pode acrescentar um ingrediente importante e tão olvidado por caçadores de psi: alvos forjados (ou alvos vazios, dependendo do tipo de teste). Com a telepatia ele faria o seguinte: seria um dos ligadores em bateria de testes. Concebendo-se que a pessoa do testador pode ser considerada empática aos testandos, ele substituiria um dos participantes por ele: se houvesse telepatia seu nome haveria de ser citado em algumas ocasiões. Sheldrake precisaria dar todas as chances para que a telepatia (se fosse real) aparecesse de verdade: em vez de criar oportunidades para que pseudotelepatia tomasse espaço da verdade.”
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Você parece que não entendeu a lógica da coisa…Sheldrake seria alguém não familiar, portanto não seria para o seu nome ser citado, já que a telepatia não ocorreria. Agora, colocar um dos experimentadores para ligar, isso ele fez – Pamela Smart também é autora do artigo. E mais uma vez, o resultado entre chamadores familiares e não familiares foi notável.
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In our third series of videotaped experiments with Sue Hawksley we used Method 3, which was more rigorous than Methods 1 and 2, used in the preceding series. In Method 3, there was only one trial per session, the participant remained on camera throughout the entire experimental session, the callers were selected only after the participant was on camera, and all videos were evaluated blind.
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There were 85 trials in this series, commencing on April 2, 2001 and finishing on October 2, 2001. All of these trials followed Method 3A. Two of the callers were friends who had already participated in the previous 100-trial series, Gayle and Jayne. The other callers were unfamiliar: one was PS, whom Sue Hawksley knew only as an experimenter, and the other callers were a computer, in the form of British Telecom (BT) alarm calls, and then, in place of the computer, Carole Macaulay, whom Sue had never met.
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Of these 85 trials, 15 were disqualified, 6 because of unscheduled telephone calls during the experimental period and 9 because Sue went off camera briefly, usually to attend to her young daughter or to answer the doorbell when the postman came. (Her guesses were right in 7 [47%] of these 15 excluded trials.)
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In the remaining 70 trials there were no interruptions or other telephone calls, and Sue was on camera continuously throughout the 15-min experimental period preceding the telephone call. Sue was right in 30 (43%) of these 70 trials, very significantly above the chance level ( p =.0008).
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There was a striking difference between Sue?s performance with familiar and unfamiliar callers. With the two familiar callers, she was right 25 times out of 35 (71%; p = .00000001). With the unfamiliar callers, she was right only 5 times out of 35 (14%), not significantly different from the chance level (see Figure 1). The difference between success rates with familiar and unfamiliar callers was very significant statistically ( p = .000001).
agosto 27th, 2014 às 8:34 AM
VII) “não vou insistir nesse fato claro.A contextualização ao ambiente é condição a ser considerada na hipótese de que o paranormal seja realidade, o que não está, de modo algum, esclarecido. Se quiser continuar a aplicar ad hocs à sua conveniência (dependendo do caso a explicação muda) continue, a vítima fatalmente será você. Pode anotar e depois confirme. Apenas sugiro que reflita melhor sobre as analogias que apresenta.”
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E eu sugiro que você passe a estudar as condições propícias a psi para entender porque o cassino é inibidor de psi. Aí você aceitará minhas analogias…
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VIII) “Ponto a ponderar é que Sheldrake diz ter filmado os eventos, mas só parte deles: dos não filmados temos a garantia do pesquisador de que ficou em patamares equivalentes aos que têm registro. ”
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Na verdade os não filmados ficaram até em patamares menores…
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As we describe in this article, the average success rate in the videotaped trials was higher, not lower, than that in our nonvideotaped experiments.
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Ou seja, sob condições de controle mais rígidas, os resultados foram até superiores (o que pela hipótese cética de fraude não deveria acontecer).
agosto 27th, 2014 às 2:00 PM
VIII) “primeiro caberia a especialista comentar se esse tipo de experiência seja indicativo de alguma reação comum aos gêmeos; segundo, por que averiguar o registro no polígrafo? Não seria muito mais fácil indagar do gêmeo separado o que sentiu? Se ele respondesse algo relacionado ao que o irmão experimentara aí a coisa ficaria interessante, conquanto não fosse necessariamente telepatia.”
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Nem todas as correspondências atingem a consciência.
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IX) “o problema maior não é conhecer a literatura, sim concordar com ela…”
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Há pouco você disse com todas as letras que os experimentos de Sheldrake só haviam sido replicados pelo próprio Sheldrake, que os testes ganzfeld só apresentavam resultados ‘pífios’, que não havia aplicações práticas de psi, que a solução de crimes por psíquicos era pura fantasia… pessoas racionais podem discordar sobre os dados, mas é essencial conhecê-los…
agosto 27th, 2014 às 2:20 PM
O Sr. já conseguiu os psíquicos – emissor e receptor – para se testar?
agosto 27th, 2014 às 2:33 PM
X) “Falta explicar porque o apelo foi parar exatamente no cérebro da moça e somente nele.Mais nenhum parente sentiu coisa alguma. Nenhuma outra pessoa, dentre os conhecidos de Hans, sentiu coisa alguma. Por que únicamente a irmã percebeu a aflição do acidentado? ”
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Há tantas explicações possíveis… ainda que ela estivesse acordada, ela poderia ser a única da família a estar em um estado de relaxamento, propício a psi. Ela poderia estar alisando o gatinho dela no colo, enquanto o pai caçava javalis. Poderia estar na banheira tomando um banho quente relaxante, e o pai derrubando árvores etc.
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XI) “O diabo é que aquele foi episódio excepcional na vida dos dois. Que raio de entrelaçamento seria esse que só se manifesta uma vez na vida?”
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Que raio de vida você acha que o Hans Berger levava para ser ameaçado de morte a todo instante de modo que provocasse a eclosão de psi na irmã mais de uma vez?
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XII) “Levando-se em conta a experiência de Hans, ficamos com mais indagações que respostas”
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Só para quem não conhece a literatura psi…
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XIII) “Ainda assim, é gratificante saber que a ilusão telepática vivida pelo jovem cavaleiro redundou num desfecho produtivo, que foi a invenção do EEG.”
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A “ilusão” já tem boa confirmação, de vários campos:
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a) http://www.explorejournal.com/article/S1550-8307(12)00211-X/abstract?cc=y?cc=y
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b) http://parapsykologi.se/Notiser/EE%20%20TWINS%20final%207.0%20ap-gb%20kopia.pdf
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agosto 27th, 2014 às 2:44 PM
XIV) “Possível questionamento à tese telepática estaria no fato de a moça ter captado do irmão tão-somente o sentimento de ansiedade diante da morte. A sensação de alívio que se seguiu, por ter escapado, que deve ter sido igualmente intensa, a irmã não registrou. Entretanto,considerando a proposta de Radin, ela deveria também ter sentido essa parte do episódio (a parte boa), pois as mentes de ambos estariam entrelaçadas.”
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Você ainda não entendeu a lógica da coisa… ela não registrou o “alívio” porque ela já não estava mais em um estado propício a psi… ela ficou tensa imediatamente. Além disso, há outro problema: psi eclode atingindo a consciência em casos de perigo de morte… quando Hans escapou da situação, não havia porque mandar um sinal tão forte… ainda que a irmã tivesse recebido algum sinal, este não atingiria a consciência dela, ficando a nível inconsciente…
agosto 27th, 2014 às 2:50 PM
XV) “o próprio defensor reconhece as limitações do experimento: de difícil replicação.”
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Por questões econômicas, logísticas e de mão-de-obra. Não por questões fenomenológicas…
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XVI) “Não vão ser dois, três, ou cinco experimentos que pareçam indicar psi que psi estará demonstrada. Sobre o Maimonides, o Marciano já postou texto do Skeptic dictionary, que não deve ter visto. ”
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Vi sim. Um texto muito ruim como todo texto do Skeptic Dictionary relativo ao paranormal (bem como da wikipedia norte-americana). Estou ainda para ver um único texto relativo ao paranormal minimamente razoável publicado naquela(s) joça(s).
agosto 27th, 2014 às 3:18 PM
XVII) “Este não é o lugar adequado para tentar refutar todas essas alegações, portanto me limitarei a um comentário sobre os experimentos do Maimonides sobre telepatia dos sonhos.”
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Um comentário? Ah, vai catar coquinho, sr. Todd Carroll…
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XVIII) “Essas experiências foram feitas de uma forma em que dados ambíguos poderiam facilmente ser encaixados de forma a dar respaldo à hipótese da telepatia. Por exemplo, em um dos experimentos o alvo era a Descida da Cruz, de Max Beckman. Os experimentadores e Dean Radin cosideraram a telepatia um sucesso porque o receptor sonhou por duas vezes com Winston Churchill.” Radin escreveu: “Notem a relevância simbólica de ‘church-hill’ [N.T.: igreja-colina em inglês] no sonho relatado” (Radin 1997: 70). “Observa-se que a taxa global de acerto é de 63%… O intervalo de confiança de 95% exclui claramente a taxa de acerto de 50% esperada pelo acaso” (Radin 1997: 71). E então?
http://brazil.skepdic.com/ganzfeld.html
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COMENTÁRIO: este é exemplo de como os percentuais são flutuantes ao gosto dos experimentadores…”
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Esse é um exemplo de como você aceita sem questionar qq porcaria cética que aparece. As análise foram feitas de forma cega por juízes independentes:
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No primeiro estudo, os alvos das experiências consistindo de estímulos multi-sensoriais eram criados com base numa palavra selecionada aleatoriamente no livro de Hall e Van de Castle HALL,, The Content Analysis of Dreams, que possui um conteúdo de itens específico e freqüências de relatos de 500 sonhos masculinos. O alvo do episódio era gerado e apresentado a Bessent após seu despertar pela manhã. Correspondências entre as transcrições dos sonhos para cada uma das oito noites e dos oito episódios alvo foram avaliadas numa base cega por três árbitros independentes que não tiveram outro contato no estudo. Pelo acaso, se esperaria apenas uma avaliação correta da correspondência de pares pelos árbitros, mas a média das avaliações foi de cinco pares alvo-transcrição corretos, um resultado estatisticamente significante.
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O segundo estudo de sonhos precognitivos também envolveu oito sessões de sonhos precognitivos. O procedimento diferia do primeiro nos seguintes aspectos: (a) os alvos eram pré-definidos em episódios áudio-visuais envolvendo slides tematicamente relacionados e efeitos de som (p.ex., slides de pássaros acompanhados do som do cantarolar dos pássaros); (b) um complexo procedimento de aleatorização foi usado para selecionar um ponto de entrada numa tabela de números aleatórios para determinar o episódio alvo; (c) o alvo que serviu como influência precognitiva nos sonhos de Bessent em noites numeradas ímpares também serviu como influência pré-sono nas noites subseqüentes numeradas pares, permitindo a comparação de influências sensoriais pré-sono e precognitivas no conteúdo do sonho de Bessent; e (d) o alvo foi selecionado e apresentado para Bessent aproximadamente 24 horas depois de iniciada a sessão precognitiva. O procedimento de avaliação foi similar ao utilizado no primeiro estudo. A média da avaliação dos árbitros para as noites precognitivas foi novamente superior ao acaso atingindo um resultado significante com cinco acertos. Interessantemente, os resultados das sessões pré-sono estavam dentro do esperado pelo acaso.
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Em um terceiro experimento de precognição envolvendo um gerador de números aleatórios binário, Bessent tentou predizer qual das duas lâmpadas coloridas acenderia após ele apertar o botão associado com sua escolha. O RNG automaticamente registrava o número de acertos em cada série de 16 provas em um contador digital. Em 15.360 provas, Bessent obteve um índice de sucesso estatisticamente significante de 51.2%.
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Além dos estudos precognitivos, Bessent foi o percipiente de dois estudos envolvendo PES contemporânea (“tempo real”). Estes incluem um estudo de sonhos em tempo real a longa distância1 e um estudo de leituras “psíquicas”.1 No estudo de 1973 de Krippner et al., Bessent, dormindo no Laboratório de Sonhos do Maimonides, tentou sonhar com slides selecionados aleatoriamente que eram projetados ao público em um concerto de grupo de rock chamado “The Grateful Dead”, realizado por um período de seis noites em Port Chester, NY, a aproximadamente 45 milhas do Laboratório Maimonides. Os resultados foram estatisticamente significantes, com quatro de seis sessões obtendo acertos diretos. No estudo de Stanford e Palmer, Bessent tentou fornecer leituras “psíquicas” para 20 pessoas alvo ausentes cujas amostras de cabelo foram usadas como objetos símbolo. Avaliações cegas das leituras pretendidas para cada uma das pessoas alvo foram comparadas com a média das avaliações das leituras pretendidas para três outras pessoas alvo. Embora um interessante achado post hoc relacionado à freqüência alfa do EEG tenha sido encontrado, o índice de sucesso total de Bessent não foi significativo.
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Em um sexto estudo, Malcolm Bessent completou 1.000 testes em um experimento feito com o auxílio de um computador comparando os modos de alvo precognição e tempo real. Um gerador de números aleatórios (RNG) eletrônico baseado em diodo serviu como a fonte do alvo. O modo de alvo era aleatoriamente selecionado no início de cada série de 10 testes e era desconhecido a Bessent até o término de cada série. A tarefa de Bessent era identificar o alvo verdadeiro de uma amostra de 4 imagens de “cartas” ilustradas apresentadas em um exibidor de gráficos de computador.
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Baseado na história de pesquisa antecedente de Bessent, duas hipóteses foram testadas: (a) Bessent mostraria um índice de acerto estatisticamente significativo no modo de alvo precognitivo e (b) seu desempenho precognitivo seria estatisticamente superior ao seu desempenho em alvos de tempo real. O tamanho da amostra das séries, métodos de análise, e critérios de significância foram todos especificados com antecedência. Ambas as hipóteses foram confirmadas. O índice de sucesso de Bessent no modo de alvo precognitivo foi 30.4 % (n = 490; p =.0039) Isto está bem acima do índice de 25% esperado pelo acaso sobre um intervalo de confiança de 95%, o que dá aproximadamente 27.2% como limite mais baixo. O desempenho em tempo real não excedeu o esperado pelo acaso (25.9% acertos, n = 510, p =.34). A diferença entre os modos de tempo real e precognitivo foi significativa (p =.045). Análises exploratórias sugerem que o desempenho estava relacionado ao modo de resposta e latência: acertos significativos ocorreram quando as respostas de Bessent estavam baseadas em impressões cognitivas, mas não quando estavam baseadas em sentimentos ou adivinhações, e ele foi mais acurado em testes nos quais levou mais tempo para dar sua resposta.
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Extensos testes de aleatoriedade documentaram a adequação do RNG. Os testes incluíram séries de certificação do RNG globais testando a distribuição uniforme dos valores de byte do RNG (n = 6 x 106 bytes) e vieses seqüenciais (n = 8 x 106 bits), bem como os testes da seqüência alvo presente. Um controle de checagem cruzada empírico, advogado pelo crítico Ray Hyman, no qual as respostas de Bessent para uma série foram deliberadamente não coincidentes contra alvos pretendidos para uma outra série, também forneceu resultados próximos ao esperado pelo acaso.
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Várias hipóteses rivais incluindo pistas sensoriais, aleatorização defeituosa, erros no tratamento dos dados, viés de seleção dos dados, análise múltipla, e fraude foram discutidas e consideradas inadequadas. Esse foi o quarto experimento de precognição com Bessent, cada um envolvendo uma metodologia diferente e cada um obtendo um resultado estatisticamente significante. O resultado combinado é altamente significativo (z = 5.47, p = 2.26 x 10-8). Concluiu-se que os resultados fornecem evidência para comunicações anômalas envolvendo precognição não inferencial.
agosto 27th, 2014 às 3:34 PM
XIX) “ok, já que não quer assustar seus clientes respeita-se. Isso significa que psi tem uma sobrevida: em vez de aprofundar as perquirições fica-se com resultados superficiais e duvidosos.”
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De novo essa história de resultados superficiais? Achei que as porcentagens de 40%, 47%, 50%, 56%, 75% tivessem mudado isso…
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Se você quiser se arriscar a levar um processo por ter matado alguém de susto, fique à vontade… só acho que temos experimentos hoje com excelentes resultados que dispensam colocar o participante em angústia.
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XX) “visto que é um conhecedor da literatura quem garante que sim, não vou discutir, mas se fosse discutir diria que nenhuma descrição de experimento ganzfeld afirma tal coisa: nenhuma… a que ponto não se chega no afã de sustentar o insustentável…”
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Ganzfeld não reproduz a situação dos casos espontâneos, por isso você nunca vai achar essa afirmação. Que mania de confundir os casos experimentais com os espontâneos…
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agosto 27th, 2014 às 4:13 PM
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Vitor,
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Outra leva de ponderações…
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21) “Hans atirou no que acreditava ver e acertou no que não imaginava… mas demonstrou que a telepatia não tem utilidade alguma e o equipamento que julgou adequado para medir a energia psíquica fluindo no cérebro acabou sendo útil noutra área. Valeu Hans.”
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VITOR: O equipamento que ele criou VOLTOU a ser usado para testar telepatia e com sucesso. O próprio Radin informa:
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“Uma das pioneiras dessas experiências foi publicada em 1965 na revista Science. Esse estudo relatava que os eletroencefalogramas (EEGs) de alguns pares separados de gêmeos idênticos (dois pares em um conjunto de 15 pares testados) demonstravam correspondências inesperadas. Quando era pedido a um gêmeo ou gêmea que fechasse os olhos, o que faz com que os ritmos alpha do cérebro aumentem, os ritmos alpha do gêmeo correspondente, distante daquele, também aumentaram, segundo os registros. O mesmo efeito não foi observado em pares de pessoas não relacionadas dessa forma.
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Hoje, relatos de resultados positivos sobre essas experiências de correlação continuam.” […]
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COMENTÁRIO: parece (eu disse, parece) que tais experiências apontam alguma peculiaridade envolvendo gêmeos: mas, o mais importante: o que isso significa, falta ser respondido. Radin, alegremente, conclui que seja “prova” do entrelaçamento; Sheldrake diria que são os campos morfogenéticos em ação. E veja a empolgação do crente: “O equipamento que ele criou VOLTOU a ser usado para testar telepatia E COM SUCESSO.” Nem se pode falar em sucesso, muito menos em telepatia: mais uma vez entra a filosofia do “se parece é”…
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Ora, o primeiro relato diz que em 15 pares de gêmeos idênticos, dois, apenas dois (pouco mais de 10%) apresentam EEG parelhos: isso no primeiro experimento; no segundo, somente com um par houve resultados. Se isso significa alguma coisa, e se essa coisa fosse telepatia, estaria confirmada a conjetura de Moi: telepatia é “força” débil, incerta, sem controle e sem utilidade.
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22 – “os casos são bundinhas pelo fato de que não concedem um dedal de legitimidade aos imaginados detetives psíquicos.”
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VITOR: Só posso discordar… a pesquisa de campo confere sim esse “dedal de legitimidade”.
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COMENTÁRIO: então, concordemos em discordar: o “dedal de legitimidade” ainda não foi achado.
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23 – “Confira agora, TRECHOS DE DISCUSSÕES ANTERIORES SOBRE A DOUDA SUPOSIÇÃO DE QUE PSI SE INTRODUZ PELO LADO DIREITO DO CÉREBRO.”
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Reli tudo e só confirmou a visão de randi:
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COMENTÁRIO: tão tá, talvez na próxima sexta-feira mude seu pensar…
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a) “Tudo indica que os aspectos mais importantes da manipulação de NÚMEROS estão relacionados com o hemisfério ESQUERDO do cérebro. Ou seja, você pode até não ser muito bom de matemática, mas a capacidade está lá. ”
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b) “Os tais “manuais para desenhar com o lado direito do cérebro” se baseiam em pesquisas que indicam que as capacidades ARTÍSTICAS parecem estar relacionadas à metade DIREITA. Claro, a coisa não é tão simples: se você for raciocinar sobre seu desenho, já está apelando para o lado esquerdo. ”
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VITOR: Só se for raciocinar… até lá, quem manda é o direito.
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COMENTÁRIO: bem, se depois de ficar definido os seguintes pontos:
1) a força psi é apenas uma hipótese, ferrenhamente buscada por seus acreditadores, mas que, até o momento, não deu provas de que seja real;
2) as funções do cérebro são interrelacionadas e não faz sentido dizer que exista cérebro destro ou canhoto (embora certas funções sejam predominantement exercidas num dos lóbulos);
3) inexiste qualquer evidência, por mais miudinha que seja, de haver uma “função psi” no cérebro.
Se mesmo depois dessas constatações ainda insiste em defender a fantasia de seu mestre, nada mais posso dizer: cada um segue o guru no qual achar válido investir…
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c) “A fala e o raciocínio lógico, antes atribuídos ao lado esquerdo, e o reconhecimento de imagens e capacidade musical, antes tidos como exclusivos do direito, são hoje comprovadamente trabalho para dois hemisférios.”
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Trabalho para 2? Talvez. Mas nesse caso, quanto de trabalho? 99% para o direito e 1% para o esquerdo? 90% para o direito e 10% para o esquerdo? 50% para cada um? Ou isso se refere a, caso a pessoa perca o lado direito, só então o lado esquerdo assumirá seu papel?
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COMENTÁRIO: não vejo motivo para querer percentualizar o quanto fica com cada lado: a informação diz que as funções envolvem as duas áreas, e não só com acidentados, geral. Seja como for, desejo-lhe a melhor das sortes na busca da “função psi” no lado direito do cérebro e da porta por onde a informação extrassensorial penetra, também desse lado. Nunca é tarde para reiniciar a busca do santo Graal…
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VITOR: Até lá, fico com a matéria da Scientific American e os experimentos de Sperry e Gazzaniga. Sorry.
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COMENTÁRIO: que nada dizem em favor do que advoga. Sorry.
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a) “engraçado, como nas coisas nebulosas, quanto mais se explica mais se complica… se o fenômeno psi ocorre entre entes queridos, por que os experimentos ganzfeld não utilizam entes queridos, um como transmissor outro receptor? “Aprendemos”, pois, mais um aprendizado importante: o ganzfeld é furado em virtude de não usar entes queridos nos testes, por meio dos quais ocorrem os fenômenos (como acabamos de ser cientificados)…”
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VITOR: Aprendamos, mais uma vez, a diferença entre casos espontâneos e experimentais. PSI OCORRE ENTRE OS ENTES QUERIDOS EM CASOS ESPONTÂNEOS.
PSI PODE SER ‘INCONTROLÁVEL’, MAS NÃO É BURRA: em momentos de perigo vai buscar alertar os entes queridos, e não um desconhecido ou pior: um inimigo.
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Em casos experimentais, não há perigo algum. A necessidade de alertar um amigo, assim, não existe. Então nos casos experimentais tanto faz se é amigo ou inimigo. O poder dessa variável fica enfraquecido, ou mesmo nulificado.
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COMENTÁRIO: realmente: psi é muito esperta… 😉
Também admira-se como se discorre com tanta segurança sobre algo cuja existência ainda se encontra “sub júdice”…
E, mais: falácia da superextensão: dizer que “psi” (aqui no sentido de “telepatia”) é pedido de socorro e vai para o endereço certo é superextensão somada à falácia da fantasiação imoderada. Tantos eventos diários ocorrem em que pessoas estão sob ameaças: se houvesse esse “pedido de socorro” dele teríamos ciência segura. E digo mais, nossa existência seria muito diferente (tente imaginar o quanto).
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b) “Só um dedozinho de prosa: o caso Hans Berger não é ilustrativo de telepatia: Berger supervalorizou coincidência psicologicamente explicável (a irmã preocupada com o irmão) e a partir de um evento isolado concluiu pela realidade telepática.”
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VITOR: O evento é extremamente típico dos casos de telepatia espontânea. Assim, depois que se conhece a literatura psi, pode-se sim dizer que o caso é ilustrativo de telepatia. Ao menos você não pode dizer que não tenha ocorrido telepatia. Já a literatura acumulada me permite considerar seriamente que o que houve foi um evento telepático real.
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COMENTÁRIO: remeto-o para a avaliação que fiz do caso, em que aponto fragilidades da história (e não foram todas as fragilidade que noticiei). Se o que aconteceu com Hans foi telepatia aí é que danou-se de vez, pois fica patente que telepatia ou non ecziste, ou na remota hipótese de eczistir, cabe-lhe a conjetura de Moi ampliada: telepatia é força mui tênue, que comunica vagas sensações, que não dá o recado completo (apenas informa a parte má, a boa fica de fora) e só serve para angustiar quem a recebe. E continua sem utilidade alguma…
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c) “E a pergunta incômoda permanece: em que a lateralidade cerebral, mesmo que a radinianamente extrapolada fosse real, teria a ver com psi? Mesmo que um dia se descubra uma imaginada área de atividade psi no cérebro, tal não garante que a entrada do sinal se faz pelo lóbulo direito.”
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VITOR: Já disse: não importa o lado. O que importa é que psi é percebida como vislumbres impressionistas, cores, formas, emoções. Não números. Não palavras. Ou se for percebida como números e palavras, foi porque a recepção de psi foi aumentada buscando suprir a necessidade de um “idiota savant”.
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COMENTÁRIO: realmente, “não importa o lado”: para qualquer lado que se olhe se vê fantasia… em que parte do cérebro fica o centro receptor de psi? O que acontece se se o estimular eletricamente?
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d) “Você diz que “todos” músicos e dotados artisticamente se saem melhor que o resto da humanidade (os músicos merecem destaque por que devem pontuar melhor que os demais artistas): e apresentou exemplos que confirmaria. Mas, vêm as indagações que não se podem suster: será que o ganzfeld seleciona seus testandos levando em conta esse perfil?”
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VITOR: Cada vez mais sim.
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COMENTÁRIO: poderia dar exemplos satisfatórios dessa alegação? E os demais perfis, que não ressaltam o dom artístico (principalmente o da música), como ficam? Foram oficialmente cancelados?
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e) “Será que se examinarmos a literatura acharemos este ponto bem explícito?”
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VITOR: Com certeza.
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COMENTÁRIO: não me parece tão certo assim…
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f) “Será que as características que relaciona são unanimemente aceitas pelos pesquisadores psi?”
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Sim.
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COMENTÁRIO: não me parece que seja conforme seu taxativo “sim”, eu mesmo, que nada conheço da literatura, mostrei-lhe exemplos de características que nada falam dessa supremacia dos artistas e, principalmente, dos músicos, inclusive que admitem necessidade de melhor investigação para se definir quem seja bom produtor de psi. Será que sua pessoal suposição prevalece contra todas as demais?
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g) “Será que os percentuais citados não são anomalias nessa anômala fenomenologia que é o paranormal (caso exista)?”
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VITOR: Sim, são. Anomalias consistentes, replicáveis, de força muito maior que a anomalia comum.
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COMENTÁRIO: então, que venham as replicações, e em quantidade suficiente para prover segura avaliação. Quando é que vão chegar?
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h) “Perdoe-me por fazer perguntas chatas (e esperar por respostas), mas são necessárias: se tencionamos confirmar coisas incertas com incertezas aí lascou de vez. Eu, enquanto profundo desconhecedor da literatura, dos comentários a respeito do ganzfeld de que conheço, não apreciei nenhum parapsicólogo noticiando exigir (ou sugerir) presença de músicos e artistas.”
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VITOR: Então você precisa ler mais… no mais recente artigo (2014) de ganzfeld “BEYOND THE COIN TOSS: EXAMINING WISEMAN’S CRITICISMS OF PARAPSYCHOLOGY” se lê:
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“Artistic populations thus seem to constitute the optimum ganzfeld replication pool. […] If parapsychologists keep their studies relatively standard methodologically (given the positive correlation between standardness ratings and effect sizes in Bem et al., 2001), of high quality (given the positive correlation between quality and effect size found by Derakhshani), and use only well-selected participants, we predict the possibility of replication rates of 80% or greater.”
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“Populações artísticas, assim, parecem constituir o campo de replicação ganzfeld ideal. […] Se parapsicólogos manter seus estudos relativamente padrão metodologicamente (dada a correlação positiva entre classificações standardness e tamanhos de efeito em Bem et al., 2001), de alta qualidade (dada a correlação positiva entre a qualidade eo tamanho do efeito encontrado por Derakhshani) , e usar apenas os participantes bem selecionados, podemos prever a possibilidade de taxas de replicação de 80% ou mais.”
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COMENTÁRIO: pelo que entendi, o trecho é parte de artigo que critica críticas de Wiseman à parapsicologia. O autor do texto, realmente, fala dos artistas (sem dar destaque aos músicos, como alguém aqui o faz). A declaração é vaga, como vaga é a expressão “artista”. Além do mais, falta saber o que Wiseman retrucou. Minha questão é um pouco mais ampla para ser respondida com esse miúdo exemplo. Então, continue a ler mais, talvez ache…
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i)”Se considerar as meditações de seu amigo Scott Rogo, os melhores para o mister seriam os religiosos (os místicos religiosos). Pelo menos com este já se vê divergência opinativa.”
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VITOR: Rogo não deixa de ter razão, já que “A maioria dos participantes nos estudos autoganzfeld possuía uma forte crença em psi: numa escala de 7 pontos, que variava de forte incredulidade em psi (1) a forte crença em psi (7), a média foi de 6.2 (DP = 1.03); só 2 participantes avaliaram sua crença em psi abaixo da média da escala. Além disso, 88% dos participantes informaram experiências pessoais sugestivas de psi, e 80% treinou meditação ou outras técnicas envolvendo um foco de atenção interno.”
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COMENTÁRIO: o que Rogo fala de milagres está além da mera crença em psi, ou da meditação:
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SCOTT ROGO: Descobrir como os milagres ocorrem, quando ocorrem e por que ocorrem é uma questão empírica que deve ser respondível (ou pelo menos explorável) mediante a aplicação do exame científico. Temos à mão centenas de fatos sobre milagres, incluindo relatos de pessoas como santos, iogues, PARANORMAIS QUE LEVITARAM ESPONTANEAMENTE NO AR, HOMENS SANTOS QUE FORAM VISTOS EM DOIS LUGARES AO MESMO TEMPO, ESTÁTUAS E ÍCONES QUE SANGRARAM E CURAS QUE PARECEM DESAFIAR TODAS AS LEIS MÉDICAS E FISIOLÓGICAS.
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EMBORA ESSAS ESTRANHAS OCORRÊNCIAS SEJAM FATOS REAIS, que se dão no mundo real, pouquíssimos cientistas convencionais se abalançaram a estudá-los. Uma razão desse desinteresse é que os milagres são eminentemente raros (tão raros, em verdade, que a maioria das pessoas ou se recusa a acreditar que eles acontecem ou simplesmente nunca estiveram expostos às evidências que lhes corroboram a existência.
[…]
Mas hoje a “ciência convencional” está sendo subvertida. Novos fatos e novas descobertas começaram a abrir
uma brecha no establishment científico. Poder-se-ia dizer que a ciência dividiu-se agora em “ciência normal” (o estudo convencional das ciências físicas, biológicas e sociais) e o que foi recentemente rotulado de “ciência não-convencional”, que estuda as anomalias. Esta última inclui o estudo dos mistérios da natureza, como os compilados por Fort (amiúde chamado de “ciência anomalística”), e o estudo de faculdades misteriosas do homem, como a telepatia e o poder-da-mente-sobre-a-matéria (que pode denominar-se “ciência psíquica” ou, mais apropriadamente, parapsicologia).
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O estudo dos milagres situa-se no meio dessas duas categorias, visto que investiga tanto as ocorrências nas quais as leis da natureza são interrompidas ou suprimidas como as pessoas dotadas de poderes paranormais. […]
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A parapsicologia é hoje basicamente uma ciência experimental, mais empenhada em desvendar os comos e os porquês dos PES e do poder-da-mente-sobre-a-matéria (coletivamente chamados psi ou fenômenos psi) do que em meramente reunir mais provas de que tais poderes existem. Mediante a aplicação do método científico (extrapolando hipóteses sobre fenômenos paranormais e depois testando-as experimentalmente em laboratório tanto com paranormais quanto com pacientes voluntários) os parapsicólogos têm conseguido aprender muita coisa sobre os fenômenos psi. Sabem agora, por exemplo, que as pessoas com determinadas características de personalidade tendem a ser bons pacientes de PES e que tais pessoas propendem a apresentar PES quando entram em certos estados mentais alterados.
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Muitas dessas assombrosas descobertas foram feitas nos últimos sessenta anos, aproximadamente. Os parapsicólogos estudam basicamente apenas dois tipos principais de anomalias científicas. São eles a PES (termo geral que abrange a telepatia, a clarividência e a precognição) e a psicocinese (ou PK), categoria que abarca um vasto âmbito de fenômenos paranormais, incluindo o poder de movimentar objetos pela simples concentração neles e a cura.
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Alguns PARAPSICÓLOGOS TÊM TAMBÉM EXAMINADO FENÔMENOS COMO O CONTATO EXTRA-SENSORIAL COM OS MORTOS, ASSOMBRAÇÕES, VIAGENS PARA FORA DO CORPO E OUTROS PODERES MAIS ESTRANHOS DA MENTE. Por serem difíceis de isolar e investigar no laboratório, esses fenômenos não são amplamente abordados e por certo não são tão comumente estudados hoje como o eram há oitenta anos, quando a parapsicologia era uma ciência nascente que ainda tentava averiguar a existência mesma de seu objeto.
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A IDÉIA DE QUE OS MILAGRES SÃO FORMAS DE FENÔMENOS PARANORMAIS NÃO É ORIGINAL. Existe uma vasta literatura sobre o assunto dos milagres bíblicos mostrando como se pode explicá-los como eventos paranormais, e não miraculosos.
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Tais livros, porém, em geral ignoram o fato de que pelo menos alguns dos milagres bíblicos são alegorias que encerram significados perfeitamente óbvios para quem quer que seja versado no simbolismo judaico.*
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Uma explicação similar foi oferecida pelo grande psicólogo de Harvard, WILLIAM MCDOUGALL, QUE CASUALMENTE SUGERIU, NOS ANOS 20, QUE OS MILAGRES RELIGIOSOS PODERÍAM EM VERDADE OCORRER POR VIA DOS PODERES PSÍQUICOS COLETIVOS DE GRUPOS DE DEVOTOS.
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SE OS MILAGRES REPRESENTAM EFETIVAMENTE UMA ORDEM DE FENÔMENOS PARANORMAIS DIFERENTE daquilo que é normalmente estudado na parapsicologia, então o que vem a ser de fato um milagre? Como definir com exatidão a diferença entre o paranormal e o miraculoso? Esta é uma importante distinção, visto ser crucial para a definição do objeto que nos ocupará neste livro. […]
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A dicotomia entre o paranormal e o miraculoso tem sido de há muito uma questão-chave nos escritos dos teóricos eclesiásticos tradicionais. Ela foi abordada por Próspero Lambertini (mais tarde papa Bento XIV), nos anos 1730, quando escreveu sua dissertação sobre os milagres, De canonanizationi, que continua sendo a palavra oficial da Igreja acerca do assunto. Lambertini escreveu seu livro como guia para as autoridades papais que eram freqüentemente solicitadas a examinar os feitos miraculosos de santos durante o longo processo de canonização. O cardeal Lambertini estava bem ciente do fato de que alguns dos supostos “milagres” podiam facilmente ser relacionados com a psique humana e, como tais, nada ter a ver com a divindade. Só separando o paranormal do verdadeiramente miraculoso, pensava Lambertini, se poderia determinar se um evento era autenticamente produzido por Deus.
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Por isso ele rejeitou fenômenos como clarividência, telepatia e a maioria das curas como não sendo de origem divina, conquanto achasse que certas formas de profecia poderíam ocorrer pela vontade de Deus. Definiu o milagre, para citar a biógrafa de Lambertini, Renée Haynes, como um “evento produzido pela ordem sobrenatural no mundo físico”.
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A definição de Lambertini abrange fenômenos como os estigmas, a bilocação (duplicação física do corpo humano, de modo que ele pode aparecer em dois lugares ao mesmo tempo), a levitação involuntária e algumas curas milagrosas não produzidas pelos tradicionais praticantes da cura paranormal.
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Abrange também vários milagres da natureza, como a incorruptibilidade (a não-putrefação do corpo humano depois da morte), o cheiro de santidade (aromas que se evolam dos santos ou lhes proclamam a presença) e as imagens divinas de Cristo ou outros que apareceram em objetos físicos como paredes e pedaços de pano. Abrange, enfim, casos de aparições da Virgem Maria, quando vistos por mais de uma pessoa ao mesmo tempo.
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Penso que a diferença crítica entre um evento paranormal e um evento psíquico reside no fato de um fenômeno psíquico geralmente ocorrer mediante um ato de intenção consciente ou inconsciente por parte da testemunha. Nós tentamos “enviar” uma mensagem telepática; nós executamos a imposição de mãos quando tentamos curar; e nossas mentes produzem sonhos precognitivos quando, por uma razão qualquer, nos é necessário ter um vislumbre do futuro.
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No caso dos milagres, contudo, alguma inteligência alheia parece estar interagindo diretamente com os negócios humana. A testemunha não tem nenhuma consciência de que sua mente ou seus poderes estejam envolvidos no evento. (Essa natureza “alheia-ao-ego” dos milagres é um de seus aspectos mais misteriosos.
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EMBORA ACREDITE QUE OS MILAGRES OCORRAM PELA MEDIAÇÃO DA MENTE HUMANA E DE SUAS CAPACIDADES PARANORMAIS, deixo aberta a questão de saber se alguma inteligência estaria por trás deles de uma ou de outra maneira. Deixarei este problema paru o último capítulo.)
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[…] Minha esperança é mostrar neste livro que as provas que autenticam a existência dos milagres são tão fortes que sua falsidade coletiva seria, literalmente, milagrosa. (Scott Rogo – Milagres)
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VITOR: Mas Rogo morreu em 1990. Embora a relação era criatividade, pessoas artisticamente dotadas e psi já tivesse sido percebida há tempos, A IDEIA DE USÁ-LAS NOS TESTES GANZFELD SÓ SE DEU EM 1992.
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COMENTÁRIO: fosse como diz seria contraditório: perceber-se a eficácia em psi dos artistas e “esquecer” de experimentá-los… mas creio que há equívoco na data de 1992, Honorton cita estudos anteriores:
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HONORTON: Building upon previous research (Anderson, 1966; Geladc & Harvie, 1975; Jackson, Franzoi, & Schmcidlcr, 1977; Moss, 1969; Moss & Gcngcrclli, 1968), this study provides significant support for the investigation of psi abilities in artistically gifted populations. In the earlier work, no effort was made to evaluate creativity through the use of standardized assessments. Rathcr, each individuaPs sclf-selcction as artist was used as the basis of classification. Howcvcr, as pointed out by Palmer (1978): “Although profession is only an indirect measure of creativity, it may be at least as valid as the direct measures currently availablc” (p. 139). In the prcscnt study, wc workcd with a population of artists who were both sclf-selected and carefully screened for exceptional abilities; admission to the Juilliard School is extremely competitive. The presence of two subjects who are significam outlicrs on the Tor- rance scalc complicatcs interprctation of the relationship between ESP performance and creativity in this study.
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j) “então veja só: Honorton, em longo artigo, relata as condições desejadas para os testandos de seu laboratório: nenhuma referência faz a superioridade dos músicos.”
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VITOR: Cruzes, Montalvão! Foi justamente o Honorton ao lado da Marylin Schlitz que iniciaram os estudos com a população artística em ganzfeld em 1992!Eu já até tinha te mostrado o artigo… lá vai de novo…
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http://media.noetic.org/uploads/files/Ganzfeld_Juliard_Study_Journal_of_American_Society_for_Psychical_Research_1992.pdf
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COMENTÁRIO: Se entendi bem o trecho a seguir (da discussion), sua rejeição, sem exame, dos exemplos que dei, provindos de Honorton e amigos, foi indevida e precipitada. Honorton fez experimentos com alunos de uma escola especial e constatou que os criativos pontuavam melhor que o geral. Partir daí para dizer que ele defende o uso de músicos, e os utiliza preferencialmente em seus experimentos, é ir longe demais. Em verdade, Honorton diz que a CRIATIVIDADE estimula psi (se é verdadeiro ou não, ou se psi existe, é outra história): dentre as atividades criativas algumas produziriam melhores respostas. Em suma, a amostra é pequena para demonstrar seguramente a supremacia de músicos.
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HONORTON: “Given that there is significam evidence for ESP in this study, the question arises as to what other aspects of exceptional human performance, besides creativity, should be explored. We believe that wc have learned more in this study from what wc observed than from what we measured. The Juilliard students are self-confident, disciplined, and comfortable with new challenges. They have achieved a high levei of success early in life and they take on new challenges with the cxpectation of success. They are highly competitive, but it is our impression that they are competing primarily with themselves, always stretching toward higher leveis of achievement. Their reactions at the end of the session were oftcn quite dramatic: when they successfully identified the targct, they were cxhilarated; when unsuccessful, they were despondent. The musicians cxhibitcd the strongest ESP performance, and, as a group, they have been involved in their artistic discipline longer than most of the drama and dance studcnts. Most of them have playcd an instrument from the age of four or five. While the musicians contributed the largest proportion of hits, the drama students produced the most impressive qualitative correspondences; three of the four cxamples cited above were from drama students. They exhibited a peculiar fascination with their Ganzfeld mcntation and frequently reacted in linguistic and metalinguistic ways suggesting that they found their mentation to be extremely entertaining. These considerations suggest several possibilities. Drama studcnts might have more refined verbal skills than musicians, allowing them to more fully articulate their Ganzfeld mentation. Another possibility is that drama students may be more generally comfortable engaging in tasks involving sclf-disclosure; certainly they liked to talk about themselves, whereas the musicians tended to be more reserved. Musicians on the other hand, may be better judges because they are more methodical and attentive to details than drama students. They struck us as being generally more task-oriented than the drama students and often took more time to complete the judging procedure. (It should be noted, however, that as a group the Juilliard students generally took longer to complete the judging procedure that did participants from the general PRL population.)
Resolution of these issues must await the outcome of more extensive research, and it would be premature to make too much of the difference in performance between musicians and drama students in this small sample. However, based upon the outcome of this study, we would be inclined to select musicians for future studies relying upon subject judging, and we would choose drama students for studies using outside judges.”
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COMENTÁRIO: o que venho tentando lhe mostrar é que esse perfil definido que procura apresentar dos melhores produtores de psi não corresponde aos fatos. Em geral o que se vê são propostas supositivas, preliminares, aguardadoras de mais estudos para se chegar ao contorno ideal.
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k) “Portanto, já temos dois luminares do paranormal (Honorton e Roggo) contradizendo sua férrea declaração. E agora, quem poderá nos defender?”
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VITOR: Já dizia o Mestre dos Magos: “O conhecimento será seu escudo, cavaleiro”
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COMENTÁRIO: e o estamos perseguindo, gafanhoto.
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o) “creio que depois de ler esta postagem, e comparar com anteriores, entenderá que a doideira é muito adequada…”
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VITOR: Só vi mais desconhecimento da literatura (apesar de eu já ter lhe indicado os artigos….)
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COMENTÁRIO: talvez comece, agora, a ver que o que reputa desconhecimento talvez seja desconhecimento quem reputa…
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p) “avançamos mais um passo, agora só falta reconhecer que não há mínimo amparo fático para essa alegação de que psi seja transmitida da forma como prega.”
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VITOR: Avançamos em quê? Eu disse que não importa se é pelo lado direito ou esquerdo, mas continuo pensando que é pelo direito. O que é realmente importante você entender é que psi é transmitida como vislumbres impressionistas, imagens, sentimentos, cores, símbolos. Ao menos para a vasta maioria dos casos.
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COMENTÁRIO: então não avançamos nada… ;-(
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q) “E, nem vou adentrar nessa de “garantir a sobrevivência do sujeito” por meio de psi: talvez nalguma sexta-feira, após o expediente, depois de alguns chopes, possamos falar desse assunto sem dele nos envergonharmos…”
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VITOR: Vergonha é não ler a literatura e menosprezar a ideia dos outros baseado em sua ignorância.
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COMENTÁRIO: no que concordo inteiramente… inclusive quanto à “sobrevivência do sujeito”…
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Continuo em breve se não me for antes para o Valhala…
agosto 27th, 2014 às 4:19 PM
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MARCIANO:
MONTALVÃO, ser comparado a você, como fez o CONTRA, é uma lisonja imensurável.
Quem sabe, daqui a alguns anos luz, se eu continuar trilhando o bom caminho, chego aí onde você está? Só que, então, você não estará mais aí, estará acolá.
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COMENTÁRIO: pois eu inverto a apreciação, ser comparado com sua pessoa é honra pra mais de metro de chita.
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Estarei acolá? Será que vislumbro uma réstia de esperança em si que haja um acolá?
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MARCIANO: Como eu faço para entrelaçar minha mente com a sua?
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COMENTÁRIO: aí deve perguntar a Dean Radin, ou ao seu discípulo, Vitor. Ou talvez já estejamos entrelaçados sem o sabermos, para saber precisa perguntar a Dean Radin, ou ao seu discípulo, Vitor…
agosto 27th, 2014 às 4:28 PM
O amor é lindo…
agosto 27th, 2014 às 4:39 PM
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Simonef Diz: Entrei no site por acaso e percebi que passei a tarde toda lendo!
Adorei o trabalho de vcs.
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Simonef, agradecemos a boa impressão que teve do sítio, este uma bem sucedida iniciativa do Vitor. Volte sempre e se quiser apresentar comentários fique à vontade.
agosto 27th, 2014 às 5:28 PM
XXI) “Ora, o primeiro relato diz que em 15 pares de gêmeos idênticos, dois, apenas dois (pouco mais de 10%) apresentam EEG parelhos: isso no primeiro experimento; no segundo, somente com um par houve resultados. Se isso significa alguma coisa, e se essa coisa fosse telepatia, estaria confirmada a conjetura de Moi: telepatia é “força” débil, incerta, sem controle e sem utilidade.”
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Os dados não estão muito diferentes do que se encontra em casos espontâneos (20% para gêmeos idênticos e 10% para gêmeos fraternos). E já vimos casos em que suas vidas foram salvas por tais avisos telepáticos.
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XXII) ” então, concordemos em discordar: o “dedal de legitimidade” ainda não foi achado.”
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Se experimentos replicados por décadas não são suficientes para convencê-lo nem nisso, que posso mais dizer além que seu conceito de “dedal de legitimidade” é o mais insano que já vi?
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XXIII) “a força psi é apenas uma hipótese, ferrenhamente buscada por seus acreditadores, mas que, até o momento, não deu provas de que seja real;”
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De novo isso? Até o Zangari em quem você se apoiava mudou de ideia nesse meio tempo (dizendo que era só questão de tempo para psi ser incorporado na psicologia tradicional), já você está com esse pensamento fixo…
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XXIV) “as funções do cérebro são interrelacionadas e não faz sentido dizer que exista cérebro destro ou canhoto (embora certas funções sejam predominantement exercidas num dos lóbulos);”
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Eu nunca disse que existe cérebro destro ou canhoto. Eu disse que psi é processada no lado direito do cérebro, o que é bem diferente.
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XXV) “inexiste qualquer evidência, por mais miudinha que seja, de haver uma “função psi” no cérebro.”
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E os experimentos de Persinger com Sean Harribance e Ingo Swann?
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XXVI) “não vejo motivo para querer percentualizar o quanto fica com cada lado”
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Não vê? Explico… suponha que psi seja processada exclusivamente (ou quase exclusivamente) do lado direito. A reportagem da Scientific American deixa claro que números são tarefa do lado esquerdo. Ainda que as áreas se interrelacionem, se 90% do raciocínio numérico for processado do lado esquerdo e 10% apenas no lado direito, continuará muito difícil números serem transmitidos por meio de psi.
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XXVII) ” que nada dizem em favor do que advoga. Sorry.”
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Mais uma vez, confirmam a questão da lateralidade.
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XXVIII) “realmente: psi é muito esperta… 😉
Também admira-se como se discorre com tanta segurança sobre algo cuja existência ainda se encontra “sub júdice”…”
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A evidência empírica me dá essa segurança.
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XXIX) “E, mais: falácia da superextensão: dizer que “psi” (aqui no sentido de “telepatia”) é pedido de socorro e vai para o endereço certo é superextensão somada à falácia da fantasiação imoderada. Tantos eventos diários ocorrem em que pessoas estão sob ameaças: se houvesse esse “pedido de socorro” dele teríamos ciência segura. E digo mais, nossa existência seria muito diferente (tente imaginar o quanto).”
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Mais uma vez você esquece que o receptor precisa estar em estado relaxado para captar o “pedido de socorro”… mesmo assim, casos do tipo abundam…
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XXX) “remeto-o para a avaliação que fiz do caso, em que aponto fragilidades da história (e não foram todas as fragilidade que noticiei). Se o que aconteceu com Hans foi telepatia aí é que danou-se de vez, pois fica patente que telepatia ou non ecziste, ou na remota hipótese de eczistir, cabe-lhe a conjetura de Moi ampliada: telepatia é força mui tênue, que comunica vagas sensações, que não dá o recado completo (apenas informa a parte má, a boa fica de fora) e só serve para angustiar quem a recebe. E continua sem utilidade alguma…”
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Já respondido em XIV.
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XXXI)” realmente, “não importa o lado”: para qualquer lado que se olhe se vê fantasia… em que parte do cérebro fica o centro receptor de psi? O que acontece se se o estimular eletricamente?”
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Acho que o Persinger sabe 🙂
agosto 27th, 2014 às 5:39 PM
DEFENSOR,
se o amor é lindo, você não ficou bem na foto.
Veja só:
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1. Contra o chiquismo Diz:
agosto 22nd, 2014 às 23:33
Marciano e Montalvão, vocês são muito bão.
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1. Marciano Diz:
agosto 24th, 2014 às 01:25
CONTRA, obrigado pelas amáveis palavras, pela parte que me toca.
…
CONTRA esqueceu-se de mencionar GORDUCHO e DEFENSOR.
Ainda tem o TOFFO, que anda ausente e outros que minha memória passada, presente e futura não registram neste momento.
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Como vê, você faz parte da seleção, portanto, se for caso de amor, é seu caso também.
Cuidado com as palavras.
agosto 27th, 2014 às 5:42 PM
Para esclarecer melhor, considero o MONTALVÃO o goleador da seleção, sendo você e os demais que citei titulares. Eu estou no banco de reservas. Entro de vez em quando, para dar um apoio a vocês.
Não se trata de amor, porém de entrosamento, melhor dizendo, entrelaçamento cético.
agosto 27th, 2014 às 5:45 PM
MONTALVÃO, o “acolá” a que me referi não é o “além”.
A única coisa que sou mais do que você é cético.
Neste quesito, o máximo que pode é alguém empatar comigo.
Não acredito nem no que eu acredito, nem da dúvida sistemática.
Quero provas matemáticas irrefutáveis de tudo.
agosto 27th, 2014 às 5:46 PM
E não fico satisfeito, fico esmiuçando as provas indefinidamente.
O que tem de ilusionistas no mundo, crentes e cientistas que querem brilhar mais do que as estrelas, não está no gibi.
agosto 27th, 2014 às 9:57 PM
Tá certo, Marciano. Foi apenas brincadeira, não me leve a mal.
Quanto a você ficar na reserva, seria um contrassenso. Você é um craque aqui, ao lado do incansável Montalvão 🙂
agosto 27th, 2014 às 11:20 PM
XXXII) “poderia dar exemplos satisfatórios dessa alegação?”
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Artigo de 1996 de Daryl Bem:
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Alguns receptores são mais bem sucedidos que outros em experiências psi, incluindo experimentos ganzfeld. Por exemplo, aqueles que relataram prévias experiências psi na vida real, meditadores e praticantes de outras disciplinas mentais se saem melhor do que outros em experimentos ganzfeld. Também tem sido freqüentemente relatado que pessoas criativas ou artisticamente talentosas mostram grande habilidade psi. Honorton testou isto em experimentos ganzfeld recrutando vinte estudantes de música, teatro e dança da Juilliard School na cidade de Nova York para servirem como receptores. De modo global, estes estudantes conseguiram uma taxa de acerto de 50 por cento, uma das maiores taxas de acerto já relatadas em uma única amostra de um estudo ganzfeld. Os músicos eram particularmente bem sucedidos 75 por cento deles identificavam com sucesso os seus alvos. (os detalhes adicionais sobre os alunos da Juilliard e seu desempenho ganzfeld foram divulgados em Schlitz & Honorton, 1992.)
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O desempenho superior dos meditadores e indivíduos criativos ou artisticamente talentosos podem pode refletir que diferenças se assemelham aos possíveis efeitos do ganzfeld mencionadas acima. Tais indivíduos podem ser mais receptivos para imagens de outras pessoas, ser melhor capaz de transcender restrições racionais na recepção ou relato das informações, ou são mais divergentes em seu pensamento. Também foi sugerido que tanto as habilidades artísticas quanto as habilidade psi poderiam estar relacionadas a um funcionamento superior do lado direito do cérebro.
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Artigo de 2014 de Johann Baptista e Max Derakhshani:
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Dalton (1997), using preselected artistic participants with positive attitudes towards psi and previous psi experiences, obtained a 47% hit rate in 128 trials (and also had the highest quality rating of 1.00 in Storm et al’s 2010 meta-analysis). Parra and Villanueva (2006), who used participants that were mostly psi believers and reported having previous psi experiences and training in meditation, found a 41% hit rate in 138 trials. Future ganzfeld researchers would do well to emulate these studies. As a final piece of advice for ganzfeld studies, it should be noted that Derakhshani (2014) calculated the required sample size for artistic participants (across the ganzfeld databases) to reach 80% power, and it is approximately 47 trials (for a 41% hit rate in 367 trials). Artistic populations thus seem to constitute the optimum ganzfeld replication pool.
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XXXIII) “E os demais perfis, que não ressaltam o dom artístico (principalmente o da música), como ficam? Foram oficialmente cancelados?”
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Oficialmente não, porque os experimentadores são “livres” para fazer o teste que bem entendem. Mas a recomendação de se trabalhar com populações criativas existe, como mostrado.
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XXXIV) “não me parece que seja conforme seu taxativo “sim”, eu mesmo, que nada conheço da literatura, mostrei-lhe exemplos de características que nada falam dessa supremacia dos artistas e, principalmente, dos músicos, inclusive que admitem necessidade de melhor investigação para se definir quem seja bom produtor de psi. Será que sua pessoal suposição prevalece contra todas as demais?”
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Como mostrado, suas fontes eram por demais antigas. Rogo morreu em 1990, e Honorton iniciou os testes com músicos em 1992.
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XXXV) “então, que venham as replicações, e em quantidade suficiente para prover segura avaliação. Quando é que vão chegar?”
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Já apresentei várias, desde 1992…
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XXXVI) “pelo que entendi, o trecho é parte de artigo que critica críticas de Wiseman à parapsicologia. O autor do texto, realmente, fala dos artistas (sem dar destaque aos músicos, como alguém aqui o faz). A declaração é vaga, como vaga é a expressão “artista”.”
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Vamos de novo?
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Dalton (1997), using preselected artistic participants with positive attitudes towards psi and previous psi experiences, obtained a 47% hit rate in 128 trials (and also had the highest quality rating of 1.00 in Storm et al’s 2010 meta-analysis). Parra and Villanueva (2006), who used participants that were mostly psi believers and reported having previous psi experiences and training in meditation, found a 41% hit rate in 138 trials. Future ganzfeld researchers would do well to emulate these studies.
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XXXVII) “Além do mais, falta saber o que Wiseman retrucou.”
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Por enquanto não retrucou nada. Talvez na próxima edição do JP…
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XXXVIII) “Minha questão é um pouco mais ampla para ser respondida com esse miúdo exemplo. Então, continue a ler mais, talvez ache…”
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Por mais coisas que eu ache, vc se revela um eterno insatisfeito…
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XXXIX) “o que Rogo fala de milagres está além da mera crença em psi, ou da meditação”
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Estar além não é problema, o problema é estar abaixo… pessoas com forte crença em psi e que praticam disciplinas mentais são também uma excelente população em ganzfeld, quase tão boa quanto os artistas.
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XL) “COMENTÁRIO: fosse como diz seria contraditório: perceber-se a eficácia em psi dos artistas e “esquecer” de experimentá-los… mas creio que há equívoco na data de 1992, Honorton cita estudos anteriores:”
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Não são estudos ganzfeld, ali tem estudo até de 1968, quando os testes ganzfeld só iniciaram em 1974! Aqueles são outros tipos de estudo que já demonstravam a relação entre pessoas artisticamente dotadas e psi. Mas, repito, essa ideia só foi adotada nos testes ganzfeld em 1992.
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XLI) “Se entendi bem o trecho a seguir (da discussion), sua rejeição, sem exame, dos exemplos que dei, provindos de Honorton e amigos, foi indevida e precipitada. Honorton fez experimentos com alunos de uma escola especial e constatou que os criativos pontuavam melhor que o geral. Partir daí para dizer que ele defende o uso de músicos, e os utiliza preferencialmente em seus experimentos, é ir longe demais. Em verdade, Honorton diz que a CRIATIVIDADE estimula psi (se é verdadeiro ou não, ou se psi existe, é outra história): dentre as atividades criativas algumas produziriam melhores respostas. Em suma, a amostra é pequena para demonstrar seguramente a supremacia de músicos.”
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Leia a página 86 do artigo, antes de “Method”. Ele claramente defende o uso de artistas. Mas no próprio texto que você colocou, se lê: The musicians exhibited the strongest ESP performance, and, as a group, they have been involved in their artistic discipline longer than most of the drama and dance students. Most of them have played an instrument from the age of four or five. While the musicians contributed the largest proportion of hits, the drama students produced the most impressive qualitative correspondences; three of the four cxamples cited above were from drama students. They exhibited a peculiar fascination with their Ganzfeld mentation and frequently reacted in linguistic and metalinguistic ways suggesting that they found their mentation to be extremely entertaining. These considerations suggest several possibilities. Drama students might have more refined verbal skills than musicians, allowing them to more fully articulate their Ganzfeld mentation. Another possibility is that drama students may be more generally comfortable engaging in tasks involving sclf-disclosure; certainly they liked to talk about themselves, whereas the musicians tended to be more reserved. Musicians on the other hand, may be better judges because they are more methodical and attentive to details than drama students. They struck us as being generally more task-oriented than the drama students and often took more time to complete the judging procedure. (It should be noted, however, that as a group the Juilliard students generally took longer to complete the judging procedure that did participants from the general PRL population.)
Resolution of these issues must await the outcome of more extensive research, and it would be premature to make too much of the difference in performance between musicians and drama students in this small sample. However, based upon the outcome of this study, we would be inclined to select musicians for future studies relying upon subject judging, and we would choose drama students for studies using outside judges.”
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Aí está a recomendação clara como água…
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XLII)” o que venho tentando lhe mostrar é que esse perfil definido que procura apresentar dos melhores produtores de psi não corresponde aos fatos.”
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Pois falhou completamente na tentativa. Corresponde sim.
agosto 27th, 2014 às 11:57 PM
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Pra fechar o dia, digo, a noite:
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r) “Quantas replicações confirmatórias dessa alta taxa houve?”
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VITOR: Cinco. Além dos que já citei, faltou:
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Morris, R.L., Cunningham, S., McAlpine, S. and Taylor, R. (1993). Towards replication and extension of autoganzfeld results, Proceedings of the 36th Parapsychological Association convention, Toronto, Canada.
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Taxa de 40,6%. Todos os alvos dinâmicos.
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COMENTÁRIO: poucas, não? Para algo que despontou há mais de século e ainda não deu ar de sua legitimidade, e que já foi grande e encolheu pacas, seis replicações pouco dizem e nesse pouco o que dizem é que se psi existir será força débil, incontrolada, etc. …
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s)” E o que dizem desses experimentos os críticos?”
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VITOR: Nada. Ficam mudos.
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COMENTÁRIO: por que será? Será que não se animam gastar energia criticando? Mas temos críticos criticando sim: Hyman, Wiseman, Gorducho, Marciano, Razão…
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t)” São comparáveis entre si legitimamente tais experiências?”
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VITOR: Sim.
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COMENTÁRIO: aceito seu sim, mas quero, também, ouvir os críticos.
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u)”não, mas vou continuar dizendo que faz-se necessário conhecer o que dizem os críticos a respeito desses estrepitosos sucessos”
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VITOR: Acho melhor vc aguardar sentado
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COMENTÁRIO: não tenho pressa, sou jovem, descompromissado e com bom estoque de rapaduras. Para quem já esperou mais de cem anos, sem resposta satisfatória, esperar outros cem não custa.
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x) “Estou procurando quem se disponha financiar minhas pesquisas, Sheldrake está financeiramente bem na fita…”
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VITOR: Espero que sim. Você sabe que ele foi apunhalado, né?
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COMENTÁRIO: não, não sei: apunhalado financeiramente ou de verdade?
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y)” Talvez ele possa me dar um ajudinha, qualquer 600 mil dólares daria para começar…”
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VITOR: E que pesquisa é essa que vc quer fazer que precisa de 600 mil dólares?
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COMENTÁRIO: não disse que preciso de US$ 600.000,00 para minha pesquisa, sim para COMEÇAR a pesquisa: viajar pelo mundo procurando paranormal e médiuns consome um bocado de verba. Se Sheldrake me brindasse com a grana, a primeira coisa que faria seria deslocar-me a Brasília, chamar o Arnaldo e seus médiuns e pô-los sob testes objetivos…
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z) “vamos supor que estamos no melhor dos mundos e Sheldrake tenha provado a telepatia telefônica, o que se poderia dizer dessa “notável” descoberta? Diríamos que a telepatia, quase sempre, só funciona com pessoas afins, mesmo assim com taxas de sucesso que, nos melhores casos, ficam em torno de 50%. Não seria melhor conferir no celular quem está ligando, com percentual de acerto próximo de 100%?”
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VITOR: E nos casos em que a ligação é privada?
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COMENTÁRIO: nestes casos apela-se para o plano B: “quem fala?”
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aa) “E, no frigir dos ovos, aonde isso nos levaria? Lógico: à conjetura de Moi: “psi é força tênue, incerta, de ocorrência esporádica e sem aplicação prática”.”
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VITOR: Já salvou vidas nos casos espontâneos. E já mostrei aplicações práticas na arqueologia e na criminologia.
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COMENTÁRIO: seu caso espontâneo de salvamento de vidas é tremenda forçação de barra. O evento se explica tranquilamente por percepções sensórias e intuição: descartada telepatia. Não adianta recorrer à tática do “se parece é”… não funciona.
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Na arqueologia e na criminologia só mesmo por teimosia do advogado…
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ab) “Isso no melhor dos mundos, voltando à realidade: sabemos que Sheldrake tem replicado com sucesso as experiências de Sheldrake: visto que os demais parapsicólogos em geral não demonstram interesse em cachorros telepatas, muito menos em adivinhas telefônicas, as certezas ficam circunscritas às próprias divagações de Sheldrake, ou seja, a prova de que Sheldrake provou a telepatia são as provas de Sheldrake. Parece-me que, na mais generosa hipótese, é necessário esperar por maiores investigações; na pior: interne-se o bruto!”
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VITOR: Que mania de querer internar as pessoas… esse seu pensamento é pura censura, e uma censura extremamente nociva ao progresso científico e à liberdade de pensamento.
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COMENTÁRIO: cruz credo, sou o maior defensor da liberdade de pensamento, mas tenho o direito de externar meu ponto de vista, vedado o anonimato.
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ac) “Pois no capítulo 6 do citado livro, há largos comentários a respeito das telepatias telefônicas e por e-mail.”
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VITOR: Mas será que depois da experiência no caso Magenta você ainda não aprendeu que pode haver – e geralmente há – enormes diferenças entre um livro e um artigo científico???
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COMENTÁRIO: essas “enormes diferenças” é da sua cabeça: parece não ter avaliado adequadamente o conteúdo do “Magenta”. Tais diferenças non eczistem. Se disser que um livro possa conter apresentação mais amena que seria achada num artigo técnico, concordo. Agora, um pesquisador não pode dizer uma coisa num artigo e refutá-la no livro. Se o fizer está dando corda para a forca. Magenta é exemplo límpido de que quando a investigação é passível de avaliação condizente, pelo leitor crítico, os sucessos do paranormal tendem se mostrar suspeitos e mal mensurados. Porém, você não vai concordar com esta manifesta realidade, pois fere seu deslumbre por psi: não sei como ainda não se juntou ao coro dos exaltadores de Amiden… Acho que por ser produto nacional, o qual não goza de tanto prestígio no seu caderninho quando os d’álem… fosse um Harribance, Ingo Swann…
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VITOR: No livro o autor pode muitas vezes ficar refém do editor. Meu próprio irmão já publicou livros e ficou desagradavelmente surpreso por terem inserido coisas coisas que ele jamais disse! Chegou até a fazer campanha contra o livro pedindo para as pessoas não comprarem…em um artigo científico, ainda que o editor peça mudanças, pelo menos você não é pego de surpresa como foi o caso do meu irmão (só viu as mudanças quando o livro foi publicado).
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COMENTÁRIO: isso é outra coisa, diferente do que se deu no Fenômeno Magenta. Neste Krippner e equipe (altamente técnica supõe-se) validaram ostensivamente Amyr Amiden. No artigo ressaltaram a necessidade mais investigação, porém, no livro dizem que Amiden (coitado) tem a saúde débil e não mais poderá se oferecer à pesquisa… E, se em certos casos o editor sacaneia o escritor, não significa que em todos assim aconteça.
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ad) “A respeito do trabalho paranordoido de Sheldrake temos interessantes comentários em Michel de Pracontal”
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VITOR: O Michel ataca apenas a teoria dos campos morfogenéticos de Sheldrake, não seus experimentos de telepatia.
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COMENTÁRIO: os campos morfogenéticos são a base das considerações adicionais de Sheldrake, o que inclui suas concepções sobre telepatia. Pracontal não gasta muita munição com Sheldrake mas, indiretamente, repudia (com argumentos) a crença no paranormal:
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PRACONTAL: No mundo comum, só é possível produzir ressonância se a da estimuladora é da mesma natureza que a vibração do corpo estimulado. Por exemplo, as ondas eletromagnéticas não se propagam segundo as mesmas leis das ondas acústicas. Não se faz oscilar um circuito elétrico tocando trombeta! O sobrenatural de Lyall Watson ignora essa estúpida dificuldade. Qualquer coisa pode fazer ressoar qualquer coisa. “Liberada” dessa maneira, a ressonância permite explicar, entre outras coisas: o efeito dos raios gama sobre as planárias; o medo dos tremores de terra; a influência da lua cheia sobre os sangramentos em geral e sobre os piromaníacos em particular; a ação da forma piramidal sobre o fio de uma navalha; o fato de que uma planta verde reaja violentamente quando se joga um camarão vivo na água fervente; a telepatia; a psicocinese etc.
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PRACONTAL: O aspecto mais espetacular do Colóquio de Córdoba foi a revelação dos vínculos ligando a física moderna e as mesas giratórias das sessões espíritas. Segundo o físico Olivier Costa de Beauregard, discípulo de Louis de Broglie (o criador da mecânica ondulatória), a telepatia, a psicocinese e a comunicação com os espíritos seriam conseqüências das equações da teoria quântica. Na Lição 8 nos debruçaremos sobre esse encontro inesperado entre a partícula e o paranormal. Aqui, será sobretudo do ângulo metafísico e filosófico que examinaremos as novas sínteses entre ciência e consciência cósmica.
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PRACONTAL: O episódio de lady Wonder, a “potranca telepata”, é ainda mais revelador daquilo que Rouzé chama de “estranha inibição do espírito crítico que a atitude do querer crer acarreta”. Lady Wonder “adivinha” um número que Rhine anotou num bloco. Ela bate com seu casco um número de golpes igual ao valor do número escrito por Rhine. Impressionado, este publica uma “Investigação sobre um cavalo leitor de pensamento”.
Rhine constatou que Lady Wonder erra quando Mrs. Fonda, a dona da potranca, se mantém longe dele ou quando ele próprio se coloca atrás dela. Ele não encontra nenhuma explicação para esse mistério. Um ilusionista profissional, Melbourne Christopher, resolveu isso em poucos instantes. Christopher comparece a uma demonstração de Lady Wonder, sem revelar seu ofício. Ele compreende rapidamente que não está diante de um número de telepatia, mas de um clássico truque de circo. O dom de Lady Wonder deve tudo ao seu adestramento. A potranca reage a um sinal discreto de Mrs. Fonda, que lê o número seguindo os movimentos do lápis. Não é de admirar que a potranca perca seus poderes quando Mrs. Fonda não pode ver os gestos de Rhine.
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I) “Acontece que todos são relatos anedóticos: não consta que algum desses casos sensacionais tenham sido repetidos e conferidos tecnicamente.”
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VITOR: Já colocaram gêmeos idênticos em ganzfeld: http://swepub.kb.se/bib/swepub:oai:services.scigloo.org:109993?tab2=abs&language=en
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Taxa de acerto: 36%
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COMENTÁRIO: os percentuais de sucesso dançam ao sabor dos ventos alísios nos experimentos psi: gêmeos com 36%?! Menos que os alunos da Juiliard School? Sendo gêmeos e idênticos não deveriam dar próximo de 100%?
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II) “Agora vem o pulo do gato: com poucos espécimes em teste, como faz Sheldrake, que usa quatro conhecidos do testando, a probabilidade de haver distorções temporárias em favor da tese que defende são grandes. Se eliminar os que pontuam negativamente, ou “esquecer” de citá-los, aí é xou de bola favorável à crença. ”
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VITOR: Eliminar os que pontuam negativamente ou “esquecer” de citá-los é fraude.
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COMENTÁRIO: não é que a gente ponha Sheldrake no pavilhão de suspeitos, mas enquanto seus experimentos não forem condizentemente replicados toda dúvida é bem-vinda.
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XXI) “Ora, o primeiro relato diz que em 15 pares de gêmeos idênticos, dois, apenas dois (pouco mais de 10%) apresentam EEG parelhos: isso no primeiro experimento; no segundo, somente com um par houve resultados. Se isso significa alguma coisa, e se essa coisa fosse telepatia, estaria confirmada a conjetura de Moi: telepatia é “força” débil, incerta, sem controle e sem utilidade.”
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VITOR: Os dados não estão muito diferentes do que se encontra em casos espontâneos (20% para gêmeos idênticos e 10% para gêmeos fraternos). E já vimos casos em que suas vidas foram salvas por tais avisos telepáticos.
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COMENTÁRIO: insiste nessa fantasia de resguardar vidas com telepatia… ainda que tal se desse com aqueles gêmeos, seria muito pouco para fundamentar a alegação de que contatos telepáticos salvam vidas: salvariam sim, se telepatia fosse real ou na remota hipótese de que sendo real se tratasse de “força” algo além de débil, sem controle, etc, ….
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Fui.
agosto 28th, 2014 às 1:37 AM
“A Impostura…” foi o melhor livro que VITOR já postou aqui.
Fez-me lembrar:
“Marciano Diz:
julho 11th, 2012 às 15:38
Vitor, parece que Pracontal partilha de minhas ideias sobre parapsicologia.
Veja este trecho:
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“Chauvin, que não tem nada de ignaro, consegue muito bem desvencilhar-se do seu saber. Umas 220 páginas de uma “hesitante meditação” – segundo seus próprios termos – bastam-lhe para mandar às favas o darwinismo, graças a considerações variadas sobre a linguagem dos macacos, o cérebro dos golfinhos, a parapsicologia e a comunicação entre plantas.”
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Ele está fazendo chacota de Chauvin, biólogo e entomologista, professor da Sorbonne, o qual, apesar dos títulos, acreditava em paranormalidade e atreveu-se a criticar Darwin com base em suas crenças pessoais.
Note que o trecho está transcrito sob a rubrica “O sentido da imodéstia”, ele destaca que Chauvin “desvencilhou-se” muito bem de seu saber e apoiou-se em parapsicologia e comunicação entre plantas.
Não conhecia o Pracontal, mas gostei desse cara”.
agosto 28th, 2014 às 1:45 AM
XLIII) “poucas, não?”
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Considerando o número de ensaios e o desvio estatístico, não.
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Estudo de 1992: 10 acertos em 20 (p = 1,4%)
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Estudo de 1994: 13 acertos em 32 (p = 1,6%)
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Estudo de 1997, de Dalton: 60 acertos em 128 (aqui deixo vc calcular o p…)
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Estudo de 2003, de Morris: 15 acertos em 40 (aqui tb…)
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Só nos 4 estudos acima dá 98 acertos em 220. (44,5%)
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XLIV)” Para algo que despontou há mais de século”
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O ganzfeld existe desde 1930, mas só foi usado na Parapsicologia em 1974.
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XLV)” e ainda não deu ar de sua legitimidade, e que já foi grande e encolheu pacas, seis replicações”
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Cinco. Mas se você levar em conta outros tipos de estudo (sem ser ganzfeld) com populações criativas ou artísticas e seus resultados em PES, pode-se considerar mais replicações dessa relação. E muitas.
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XLVI)” pouco dizem e nesse pouco o que dizem é que se psi existir será força débil, incontrolada, etc. …”
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Se vc acha 44,5% contra 25% em mais de duas centenas de ensaios algo débil, dizer o quê?
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XLVII) “por que será? Será que não se animam gastar energia criticando? Mas temos críticos criticando sim: Hyman, Wiseman, Gorducho, Marciano, Razão…”
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Mas parece que os críticos evitam olhar para os dados ganzfeld com populações selecionadas…
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XLVIII)” aceito seu sim, mas quero, também, ouvir os críticos.”
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Escreva para o Wiseman e pergunte-lhe…
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XLIX) “apunhalado financeiramente ou de verdade?”
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De verdade.
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http://boingboing.net/2008/04/09/biologist-rupert-she.html
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L) “não disse que preciso de US$ 600.000,00 para minha pesquisa, sim para COMEÇAR a pesquisa: viajar pelo mundo procurando paranormal e médiuns consome um bocado de verba. Se Sheldrake me brindasse com a grana, a primeira coisa que faria seria deslocar-me a Brasília, chamar o Arnaldo e seus médiuns e pô-los sob testes objetivos…”
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Quantos médiuns esse Arnaldo possui? Bem, só com Piper foram gastos 150 mil dólares… isso em uns 25 anos de pesquisa… com 1 médium. Apenas 1.
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LI) “nestes casos apela-se para o plano B: “quem fala?”
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Mas e se você não queria atender a ligação dependendo de quem fosse?
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LII) ” seu caso espontâneo de salvamento de vidas é tremenda forçação de barra. O evento se explica tranquilamente por percepções sensórias e intuição: descartada telepatia. Não adianta recorrer à tática do “se parece é”… não funciona.”
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Funciona quando você inclui os casos experimentais, que eliminam as hipóteses de percepção sensórias e ilusão.
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LIII) “Na arqueologia e na criminologia só mesmo por teimosia do advogado…”
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Mas cadê as críticas às diversas descobertas feitas por McMullen mesmo?
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LIV) “cruz credo, sou o maior defensor da liberdade de pensamento,”
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Desde que a pessoa que discorda das suas ideias externe seu pensamento num hospício, né?
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LV) “essas “enormes diferenças” é da sua cabeça: parece não ter avaliado adequadamente o conteúdo do “Magenta”. Tais diferenças non eczistem. Se disser que um livro possa conter apresentação mais amena que seria achada num artigo técnico, concordo.”
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No caso se deu o contrário, o artigo é bem mais ameno que o livro… e o próprio Kripner disse:
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“Amiden não quis permitir uma nova investigação, algo que, ao menos para alguns de nós, frustrou os objetivos do grupo Magenta”.
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Se frustou, é porque os objetivos do grupo fracassaram.
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LVI) “Acho que por ser produto nacional, o qual não goza de tanto prestígio no seu caderninho quando os d’álem… fosse um Harribance, Ingo Swann…”
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Se fosse um Harribance ou um Swann ele permitiria novas investigações…
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LVII) “isso é outra coisa, diferente do que se deu no Fenômeno Magenta. Neste Krippner e equipe (altamente técnica supõe-se) validaram ostensivamente Amyr Amiden. No artigo ressaltaram a necessidade mais investigação, porém, no livro dizem que Amiden (coitado) tem a saúde débil e não mais poderá se oferecer à pesquisa…”
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No artigo fizeram muito mais do que apenas ressaltar a necessidade de mais investigação. Apontaram muitas falhas na própria pesquisa, e chegaram mesmo a dizer da necessidade que um mágico estivesse presente. Existe esse comentário da necessidade do mágico no livro?
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LVIII)” E, se em certos casos o editor sacaneia o escritor, não significa que em todos assim aconteça.”
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Mesmo que não sacaneie, vc não acha que são duas plateia distintas – o público leigo e o público científico – e que tal diferença de plateias fará o livro mais sensacionalista que o artigo? O artigo não seria no mínimo mais científico que o livro?
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LIX) “os campos morfogenéticos são a base das considerações adicionais de Sheldrake”
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Que não vem ao caso aqui.
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LX) “o que inclui suas concepções sobre telepatia.”
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Que também não vem ao caso aqui. Ele nem cita “morphic ressonance” ou “morphogenetic field” no artigo. Procura lá:
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http://www.sheldrake.org/research/telepathy/videotaped-experiments-on-telephone-telepathy
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LXI) “os percentuais de sucesso dançam ao sabor dos ventos alísios nos experimentos psi: gêmeos com 36%?! Menos que os alunos da Juiliard School? Sendo gêmeos e idênticos não deveriam dar próximo de 100%?”
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Por que deveriam? Daonde você tirou essa nova lógica montalviana??? Os gêmeos eram artistas? Eram músicos?
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LXII) “não é que a gente ponha Sheldrake no pavilhão de suspeitos, mas enquanto seus experimentos não forem condizentemente replicados toda dúvida é bem-vinda.”
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Foram replicados. Já citei a referência. Você não deve ter visto meu P.S.
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LXIII)”insiste nessa fantasia de resguardar vidas com telepatia… ainda que tal se desse com aqueles gêmeos, seria muito pouco para fundamentar a alegação de que contatos telepáticos salvam vidas: salvariam sim, se telepatia fosse real ou na remota hipótese de que sendo real se tratasse de “força” algo além de débil, sem controle, etc, ….”
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Já dei plenas provas que é real. Vc teima que não por pura birra.
agosto 28th, 2014 às 1:57 AM
Aucune découverte concluante jusqu’à présent à ce que je sache.
Parapsychologie ne sert à rien.
agosto 28th, 2014 às 2:16 AM
Lembrando Pracontal
Os psíritas estão de volta
A história da paranormalidade é um eterno recomeço. Desde Eusapia Palladino, foi confirmado de maneira constante que os efeitos psi não resistem ao exame de um observador qualificado. E, correlativamente, sua intensidade não deixou de diminuir. Mesmo um parapsicólogo como John Beloff, que não pode ser suspeito de ceticismo bitolado, admite que o sobrenatural não é mais o que era: “A dura realidade é que não há mais nenhuma Palladino”, escreve ele. “Pelo que sei, ao contrário, o fenômeno de materialização pode ser extinto e jamais reaparecer. Exceto nos casos de poltergeist, não podemos sequer ter certeza de que ainda existem fenômenos fortes.”
Nesses últimos anos, programas de pesquisa em parapsicologia foram desenvolvidos em diversos países, sobretudo nas universidades de Edimburgo na Escócia, de Friburgo na Ale manha, de Cambridge na Inglaterra, de Amsterdã nos Países Baixos, de Andhra na Índia, assim como em várias grandes universidades dos Estados Unidos. Em Edimburgo, existe até uma cátedra de Parapsicologia ocupada atualmente pelo professor Robert Morris, cujo Departamento foi denominado Koestler Parapsychology Unit (KPU), em homenagem ao célebre escritor, que foi também um eminente parapsicólogo. Assinalemos que quem consulta o site da internet da KPU é convidado a participar de uma experiência de psicocinese “a distância”, batizado “WebREG”, que consiste em tentar agir sobre um “gerador de acontecimentos aleatórios” eletrônico. Clica-se no botão de “Go” e a tela mostra uma foto do gerador, com um comando no alto da tela pedindo para aumentar ou, ao contrário, diminuir a atividade do aparelho. Basta então se concentrar procurando influenciar o gerador durante trinta segundos. Os resultados obtidos pelo poder psi aparecem em seguida na tela. Não se pode deter o progresso, mas a Palladino não precisava de internet para comunicar-se com os espíritos!
Uma importante inovação, contudo, fez renascer a discussão sobre a parapsicologia científica: a introdução na área da psi da mecânica quântica, a mais desconcertante das teorias da física moderna, aquela mesma que, segundo Patrice van Eersel, o contista fantástico de Actuel, abriu uma “brecha escancarada na antiga visão do mundo”. O Colóquio de Córdoba de 1979 (ver Lição 7) selou a aliança inesperada entre as mesas giratórias e a teoria que descreve o comportamento das partículas elementares como o elétron ou o fóton. A história é na realidade mais antiga. Ela remonta pelo menos à 23ª Conferência Internacional sobre os Fundamentos da Parapsicologia, organizada em Genebra em 1974. Por ocasião dessa Conferência, por iniciativa de Arthur Koestler – sempre ele –, realizou-se uma mesa-redonda, se não giratória, sobre as ligações entre a mecânica quântica e o psi. Por uma espantosa coincidência – mas será realmente coincidência? –, a letra grega psi, cara aos entortadores de colherzinhas, é utilizada em mecânica quântica, onde designa a função de onda de uma partícula. Essa função de onda descreve o comportamento da partícula em termos de probabilidade. Evan Harris Walker, um “parafísico” da Universidade Johns Hopkins, imaginou que os médiuns e os indivíduos dotados de poderes especiais podiam, pela força de seu dom, influenciar a função psi da física quântica, de maneira a agir sobre as partículas e conseguir os efeitos psi dos fenômenos paranormais!
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Exercícios
1 Invente uma máquina que permita aumentar a constante de Planck de maneira que os fenômenos que ocorrem em nossa escala obedeçam às leis faceciosas da mecânica quântica (a verdadeira constante é igual a 6,626 x 10-27).
2 Se você não sabe como construir essa máquina, utilize o telégrafo espaciotemporal de Costa de Beauregard. Envie uma mensagem para o futuro, para uma época em que a máquina já foi construída; procure o endereço do construtor, encontre um cúmplice e peça que lhe envie os planos pelo mesmo canal. Em seguida, patenteie a máquina e mande construí-la.
agosto 28th, 2014 às 8:59 AM
A história da paranormalidade é um eterno recomeço. Desde Eusapia Palladino, foi confirmado de maneira constante que os efeitos psi não resistem ao exame de um observador qualificado.
Exatamente. E como todas as tentativas fracassaram, os Crentes tiveram a ideia de utilizar a ideia do Rhine – cuja qual originalmente era uma tentativa com fundamento – e apelar para a estatística, a qual permite manipulações e infinitas polêmicas que desviam o foto da ausência de resultados para discussão matemática.
Nunca pensei que “veria” este Sítio cujo trabalho foi impecável e inédito, se transformar nesse festival de absurdos.
Lamentável, e da minha parte desisto.
Bye.
agosto 28th, 2014 às 10:13 AM
A história da paranormalidade é um eterno recomeço. Desde Eusapia Palladino, foi confirmado de maneira constante que os efeitos psi não resistem ao exame de um observador qualificado.
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Pracontal esquece ou não sabe que até os céticos replicaram os efeitos psi (em ganzfeld, em micro-pk, até na arqueologia psíquica… será que nem os céticos são observadores qualificados?). E outros campos da parapsicologia há tempos formam uma base de dados, como o estudo de casos de reencarnação (que também conta com excelente replicação – 100% dos pesquisadores que buscaram estudar tais casos chegaram à conclusão que algo paranormal estava ocorrendo).
agosto 28th, 2014 às 3:51 PM
Yeah, right!
I give up too.
agosto 28th, 2014 às 5:08 PM
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Vitor,
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Envio minha última leva de respostas. Vou ficar por aqui, embora muito mais possa ser dito, porém será repetição de repetição. Há material de sobra para quem o examine possa tirar suas próprias conclusões, sejam em prol da fantasia, digo, da paranormalidade, seja contra. Vou examinar os tópicos recentes para ver se são comentáveis. Hasta la vista baby!
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XXII) ” então, concordemos em discordar: o “dedal de legitimidade” ainda não foi achado.”
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VITOR: Se experimentos replicados por décadas não são suficientes para convencê-lo nem nisso, que posso mais dizer além que seu conceito de “dedal de legitimidade” é o mais insano que já vi?
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COMENTÁRIO: já lhe ocorreu se perguntar o porquê das experimentações com telepatia, clarividência, psicocinese só serem convincentes para alguns? Já passou-lhe pela mente que, se fosse algo efetivo, com tantas experiências não seriam obrigatoriamente de aceitação geral? Não tem saída: ou essas coisas não existem, e o que se pensa ser psi resultada da conjugação de casualidades, ou a “força” existe mas é tênue, incontrolada, de ocorrência esporádica, quem a possui não sabe quando eclodirá e não possui utilidade prática.
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/XIII) “a força psi é apenas uma hipótese, ferrenhamente buscada por seus acreditadores, mas que, até o momento, não deu provas de que seja real;”
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VITOR: e novo isso? Até o Zangari em quem você se apoiava mudou de ideia nesse meio tempo (dizendo que era só questão de tempo para psi ser incorporado na psicologia tradicional), já você está com esse pensamento fixo…
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COMENTÁRIO: não me apoio em nenhum parapsicólogo, ou pesquisador psi, cito-os apenas ilustrativamente. Se Zangari mudou de pensar (o que não está demonstrado), deve ter suas razões, as quais não conheço, mas as razões do Montalvão essas eu conheço e nelas não há motivos que o leve a admitir a realidade de psi, a não ser, como hipótese, de que, caso exista, se trata de “força” débil, incerta, incontrolada, esporádica e sem utilidade.
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XIV) “as funções do cérebro são interrelacionadas e não faz sentido dizer que exista cérebro destro ou canhoto (embora certas funções sejam predominantemente exercidas num dos lóbulos);”
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VITOR: u nunca disse que existe cérebro destro ou canhoto. Eu disse que psi é processada no lado direito do cérebro, o que é bem diferente.
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COMENTÁRIO: e mesmo essa alegação não faz muito sentido, daria no mesmo se dissesse que psi é processada no dedão do pé direito: como saber se, caso exista, não seja?
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XV) “inexiste qualquer evidência, por mais miudinha que seja, de haver uma “função psi” no cérebro.”
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VITOR: E os experimentos de Persinger com Sean Harribance e Ingo Swann?
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COMENTÁRIO: fala sério: quer dizer que Persinger identificou a função psi e sua localização? No tópico que (pouco) se discutiu sobre Harribance postei: “Li o texto do Persinger: parece-me que o intento do pesquisador foi mais mostrar que o cérebro do pesquisado seja “diferente”, com muitas manifestações no lóbulo direito, que propriamente classificá-lo de médium ou paranormal…”
O experimento de Persinger com Harribance é mais uma excetricidade: o que o pesquisador de fato descobriu? Que o cérebro do testado é diferente? Que seria diferente do de qualquer outro humano conhecido? Se for assim, ou Harribance é uma anomalia biológica, ou não é humano, ou Persinger, em verdade, não descobriu nada. Então, Vitor, se você não quer, porque não quer, reconhecer que o paranormal não está evidenciado, tudo bem: o azar é seu. Pelo menos recorde que seus argumentos foram discutidos e mostrados insatisfatórios.
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Ingo Swann, Harribance, Amir Amyden, “que nunca foram pegos em fraudes (como se isso significasse alguma coisa) podem ser postos na mesma panela de onde sairia deliciosa e indigesta sopa. São espertalhões dos tempos modernos, ou autoiludidos, e só subsistem porque há fregueses para suas malandrices. Talvez até tenha habilidades, e é provável que sim, habilidade naturais, obviamente. Paranormalidade not. Ainda sobre Harribance, na avaliação que fiz, comentei:
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PERSINGER: “Seja do ponto de vista ou do materialismo ou do idealismo, a experiência fora-do-corpo apresenta a validez nominal de uma condição onde a “consciência” PARECE existir espacialmente separada do locus (o cérebro) com o qual é normalmente associada. O DESAFIO É DISCERNIR A VALIDADE DA EXPERIÊNCIA como uma explicação para as informações que muitas vezes são adquiridas durante estes estados.”
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MONTALVÃO: “vou tocar num aspecto que talvez devesse deixar para depois, mas como é importante para clarificar meu ponto de vista falarei agora. Não entendo porque certos experimentadores fazem complexas coisas que deveriam ser simples ou, ao menos, começar do simples e, se necessário, caminhar para o complexo. Ora, verificar se alguém sai mesmo do corpo não me parece empreendimento complicado. Mas, se se examina o trabalho dos que fazem apologia de gente como Harribance, qual o caso de Persinger, encontraremos procedimentos muito diferente do que seria o ideal.
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Então, se Harribance efetivamente projeta sua consciência e, nesse estado, consegue colher informações íntimas das pessoas e saber de seus estados de saúde, então será capaz de feitos mais singelos, qual o de ir até um aposento lacrado e nomear objetos que lá foram postados. Porém, os experimentadores parecem despreocupados com verificações que dessem respostas imediatas, a partir das quais se implementariam provas mais elaboradas: qual nada, sem qualquer evidência firme, já começam fazendo “medições” sobre o número de acertos que o alegado paranormal produz em situações confusas e propiciadoras de resultados dúbios.”
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XXVI) “não vejo motivo para querer percentualizar o quanto fica com cada lado”
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VITOR: Não vê? Explico… SUPONHA que psi seja processada exclusivamente (ou quase exclusivamente) do lado direito. A reportagem da Scientific American deixa claro que números são tarefa do lado esquerdo. Ainda que as áreas se interrelacionem, se 90% do raciocínio numérico for processado do lado esquerdo e 10% apenas no lado direito, continuará muito difícil números serem transmitidos por meio de psi.
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COMENTÁRIO: podemos até supor o que sugere mas, suponhamos que sua suposição não tenha nada a ver com a realidade? O xis da questão, o qual olvida, é o fato de inexistir mínimo indício de haver uma “função psi” no cérebro, e nenhuma evidência de que a “impressão paranormal” penetre pelo lóbulo direiro em forma de sons, imagens e outras mumunhas. Você ficou encantado ao ouvir Radin dizer tal coisa e a incorporou ao seu rol de certezas. Respeita-se que se sinta feliz em acreditar nessas coisas, mas daí a pregá-la qual fosse proposta salvacionista já implica num certo exagero.
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XXVIII) “realmente: psi é muito esperta…
Também admira-se como se discorre com tanta segurança sobre algo cuja existência ainda se encontra “sub júdice”…”
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VITOR: A evidência empírica me dá essa segurança.
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COMENTÁRIO: admira-nos que confie num fio de cabelo no mar revolto, acreditando estar garantido por grossa corda, se assim é que assim seja…
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XXIX) “E, mais: falácia da superextensão: dizer que “psi” (aqui no sentido de “telepatia”) é pedido de socorro e vai para o endereço certo é superextensão somada à falácia da fantasiação imoderada. Tantos eventos diários ocorrem em que pessoas estão sob ameaças: se houvesse esse “pedido de socorro” dele teríamos ciência segura. E digo mais, nossa existência seria muito diferente (tente imaginar o quanto).”
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VITOR: Mais uma vez você esquece que o receptor precisa estar em estado relaxado para captar o “pedido de socorro”… mesmo assim, casos do tipo abundam…
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COMENTÁRIO: não, não me esqueço, porém, entre lembrar e aceitar o discurso pleno de fantasia há grande diferença. Você assume com muita tranquilidade certas postulações das quais não dispõe de qualquer evidência segura. Essa novidade que inventou recentemente, de que telepatia seja “pedido de socorro” é dramático exemplo dessa atitude.
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XXX) “remeto-o para a avaliação que fiz do caso, em que aponto fragilidades da história (e não foram todas as fragilidade que noticiei). Se o que aconteceu com Hans foi telepatia aí é que danou-se de vez, pois fica patente que telepatia ou non ecziste, ou na remota hipótese de eczistir, cabe-lhe a conjetura de Moi ampliada: telepatia é força mui tênue, que comunica vagas sensações, que não dá o recado completo (apenas informa a parte má, a boa fica de fora) e só serve para angustiar quem a recebe. E continua sem utilidade alguma…”
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VITOR: Já respondido em XIV.
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COMENTÁRIO: em XIV há a reiteração da crença de que psi adentra pelo lado direito do cérebro… não entendi a correlação.
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XXXI)” realmente, “não importa o lado”: para qualquer lado que se olhe se vê fantasia… em que parte do cérebro fica o centro receptor de psi? O que acontece se se o estimular eletricamente?”
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VITOR: Acho que o Persinger sabe
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COMENTÁRIO: pois desconfio que Persinger, nem ninguém, sabe, muito menos se existe um centro receptor psi no cérebro: eu aposto duas batatas fritas e um hamburguer mordido que não.
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Fim de papo.
agosto 28th, 2014 às 5:20 PM
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Esqueci de complementar um item da conversa.
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XIV) “as funções do cérebro são interrelacionadas e não faz sentido dizer que exista cérebro destro ou canhoto (embora certas funções sejam predominantemente exercidas num dos lóbulos);”
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VITOR: eu nunca disse que existe cérebro destro ou canhoto. Eu disse que psi é processada no lado direito do cérebro, o que é bem diferente.
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COMENTÁRIO: e mesmo essa alegação não faz muito sentido, daria no mesmo se dissesse que psi é processada no dedão do pé direito: como saber se, caso exista, não seja?
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COMENTÁRIO2: você talvez nunca tenha dito isso, mas é o que indica ser o pensamento de Radin, com o qual concorda, portanto, indiretamente assume que exista um lado artístico e outro racional (e nem percebe a assunção).
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E, pensando melhor, talvez a informação psi não penetre pelo dedão, desconfio agora que seja pelo umbigo, ou, quem sabe?, pela pituitária? Pelo escroto não…
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Fim de papo de novo.
agosto 29th, 2014 às 1:59 AM
LXIV) “já lhe ocorreu se perguntar o porquê das experimentações com telepatia, clarividência, psicocinese só serem convincentes para alguns?”
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Motivos psicológicos, sociais e políticos explicam bem isso…
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LXV)”Já passou-lhe pela mente que, se fosse algo efetivo, com tantas experiências não seriam obrigatoriamente de aceitação geral?”
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Claro que não, a maioria dos cientistas nem sabe dessas experiências. E muitos nem querem saber.
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LXVI)”Não tem saída: ou essas coisas não existem, e o que se pensa ser psi resultada da conjugação de casualidades, ou a “força” existe mas é tênue, incontrolada, de ocorrência esporádica, quem a possui não sabe quando eclodirá e não possui utilidade prática.”
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Como vê, há sim uma saída… aliás, várias… há o controle da mídia pelos céticos (veja que a wikipédia americana é dominada pelos céticos…), fatores psicológicos, sociais, medo de perda de prestígio, de fundos etc.
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LXVII)”não me apoio em nenhum parapsicólogo, ou pesquisador psi, cito-os apenas ilustrativamente. Se Zangari mudou de pensar (o que não está demonstrado), deve ter suas razões, as quais não conheço, mas as razões do Montalvão essas eu conheço e nelas não há motivos que o leve a admitir a realidade de psi, a não ser, como hipótese, de que, caso exista, se trata de “força” débil, incerta, incontrolada, esporádica e sem utilidade.”
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Como quiser, Sra. Wendy Wright… (é melhor não contrariar …)
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LXVIII)” e mesmo essa alegação não faz muito sentido, daria no mesmo se dissesse que psi é processada no dedão do pé direito: como saber se, caso exista, não seja?”
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O dedão do pé direito processa imagens? vislumbres impressionistas? cores? símbolos? É isso que diz a biologia?
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LXIX) “fala sério: quer dizer que Persinger identificou a função psi e sua localização? No tópico que (pouco) se discutiu sobre Harribance postei: “Li o texto do Persinger: parece-me que o intento do pesquisador foi mais mostrar que o cérebro do pesquisado seja “diferente”, com muitas manifestações no lóbulo direito, que propriamente classificá-lo de médium ou paranormal…”
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Em 2001 no artigo “A Neuropsiquiatria das experiências paranormais” ele já havia classificado ambos como psíquicos.
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LXX) “O experimento de Persinger com Harribance é mais uma excetricidade: o que o pesquisador de fato descobriu?”
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both psychics show indications that the right paracentral lobule and the adjacent right superior parietal lobule may be brain regions of interest (ROIs) in their ESP. both psychics show evidence of a possible structural and functional anomaly in the right occipito-parietal region, suggesting that this may be another ROI in the functioning of their ESP.
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LXXI)” Então, Vitor, se você não quer, porque não quer, reconhecer que o paranormal não está evidenciado, tudo bem: o azar é seu. Pelo menos recorde que seus argumentos foram discutidos e mostrados insatisfatórios.”
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Isso sim seria uma memória falsa…:D
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Sinto, mas você não argumentou em momento algum. Só mostrou desconhecimento da literatura. Vc “argumentou” baseado em suposições suas tiradas exclusivamente da sua cabeça, tipo “o psíquico deve demonstrar seus poderes independente do ambiente em que se encontre…”, “a irmã de berger deveria ter percebido o alívio”, etc.
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LXXII) “Ingo Swann, Harribance, Amir Amyden, “que nunca foram pegos em fraudes (como se isso significasse alguma coisa) podem ser postos na mesma panela de onde sairia deliciosa e indigesta sopa. São espertalhões dos tempos modernos, ou autoiludidos, e só subsistem porque há fregueses para suas malandrices. Talvez até tenha habilidades, e é provável que sim, habilidade naturais, obviamente. Paranormalidade not.”
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Claro, Sra. Wendy Wright… (é melhor não contrariar…)
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LXXIII) “Então, se Harribance efetivamente projeta sua consciência e, nesse estado, consegue colher informações íntimas das pessoas e saber de seus estados de saúde, então será capaz de feitos mais singelos, qual o de ir até um aposento lacrado e nomear objetos que lá foram postados.”
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Fizeram esse teste com IngoSwann, ele passou com sucesso. Eis a descrição pela própria Susan Blackmore:
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Em 1971, Karlis Osis começou a planejar a pesquisa sobre EFC na SPP americana (92). Um dos primeiros médiuns a serem testados aí foi Ingo Swann, que aparecia duas ou três vezes por semana no laboratório, onde foi testado por Janet Mitchell com o objetivo de verificar se ele poderia identificar alvos colocados fora do alcance da visão. O próprio Swann descreveu sua participação como médium nestes experimentos (144).
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Uma plataforma, dividida em duas seções, foi suspensa do forro a uma altura de uns 3 metros do chão. Vários objetos foram colocados em ambos os lados da plataforma, sugerindo-se a Swann que se projetasse até o alto e tentasse distingui-los. O motivo da divisão era verificar se Swann identificaria o alvo correto, correspondente à posição em que ele declarasse estar. Muitas alterações tiveram de ser feitas na iluminação e no tipo de objetos utilizados. Cores vivas e formas claramente conhecidas parecem ter tido melhores resultados, enquanto fotografias ou objetos de vidro opacos não receberam aprovação. Por último, entre os alvos usados, havia um abridor de cartas com cabo de couro preto, uma ilustração contendo o desenho de um par de tesouras sobre um coração escarlate, e um alvo de papel. Depois da sua EFC, Swann costumava fazer desenhos do que tinha “visto”. Apesar destes desenhos serem toscas reproduções dos objetos originais, demonstraram bastante semelhança numa determinada ocasião em que oito conjuntos de alvos e respostas foram entregues a uma observadora neutra que comparou corretamente cada par; um resultado que tem probabilidade de acontecer por acaso apenas uma única vez em aproximadamente 40.000 (92).
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LXXIV) “podemos até supor o que sugere mas, suponhamos que sua suposição não tenha nada a ver com a realidade?”
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Não é o que a evidência empírica obtida por Persinger diz, como visto em LXX, tudo referente ao lado direito.
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LXXV) “Essa novidade que inventou recentemente, de que telepatia seja “pedido de socorro” é dramático exemplo dessa atitude.”
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Isso não é novidade. Sheldrake fala exatamente isso em seu livro “A Sensação de Estar sendo observado” na página 34. Mais desconhecimento da literatura…
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agosto 29th, 2014 às 2:35 PM
MONTALVÃO Diz:
AGOSTO 20TH, 2014 ÀS 11:12
Prezados,
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A seguir apreciações a respeito do artigo em tela.
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O estudo assinado por Alexandre Caroli, Denise Paraná, Elisabeth Freire, Lotufo Neto e Alexander Moreira, tem certas estranhezas estranhas. Começa que o artigo foi elaborado por brasileiros sem versão em língua pátria. Parece que não querem, ou não estão interessados, que conterrâneos conheçam a obra. As razões para tal só podemos especular. Talvez pretendam divulgar (pregar) o nome de Chico Xavier aos americanos e daí para o mundo. Podem ter em mente que o médium seja suficientemente conhecido no Brasil e em países de influência lusa, portanto não se faz necessário publicar o estudo em português. Numa visão menos generosa, é possível que os autores saibam que a produção possui fraquezas acentuadas e acreditem que os americanos não as percebam com a facilidade que teriam analistas brasileiros.
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ARNALDO: O senhor Montalvão termina esse seu primeiro parágrafo de suas apreciações, se colocando numa posição de “generoso”, generosidade esta que sempre existiu, que se digna cunhar médiuns, cientistas, e adeptos do Espiritismo, como falcatrueiros, salafrários, ilusionistas, e outros quejandos, e agora menos generosamente, levanta suspeitas de que os pesquisadores brasileiros, pensam que os americanos são mais fáceis de ser enganados do que os brasileiros, portanto, já os alcunha de enganadores, e ainda mais, se coloca numa posição de superioridade analítica, não somente dos autores do estudo – estes já tinham a intenção de enganar -, como até mesmo dos americanos que taxativamente não tem condições de perceber a enganação dos autores brasileiros.
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É um tipo de crítico que me deixa a pensar. Se ele condena irrevogavelmente, a qualquer custo, mesmo que seja com o absurdo, tudo que lhe é apresentado em termos de fenômenos mediúnicos e paranormal, e a prova está em até o momento – já estou a um ano neste blog -, ninguém ter passado pelo crivo de sua análise, se a causa não está, não a de não existir fenômenos mediúnicos e paranormais, mas por estar acima da sua inteligência para entender como as coisas acontecem, ou seja, se não é que esses fenômenos esteja fora da sua capacidade de análise.
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Por vezes ele tem reclamado não entender como pode os Espíritos fazer determinadas coisas, como por exemplo, fazer uma mesa se movimentar, levantar os pés da mesma, nunca ouviu dizer que mesa falasse. No caso das materializações, não acredita que um Espírito possa criar um corpo de carne e ossos para se tornar visível, sinal evidente de que não entendeu o mecanismo do fenômeno. Ou então, combate sistematicamente o que não vem dele, ou seja, o que não seja criação sua, pois nenhuma das pesquisas científicas realizadas pelos cientistas, foram dignas de sua aprovação, mas o seria se estivesse sido realizadas por ele, Montalvão, e não é por outra razão, que vive pedindo aos mediunistas, inclusive a mim, para que os Espíritos que se manifestam, leia uma frase escolhida por ele, num livro qualquer.
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Apesar de vários cientistas já terem realizado tais experiências e demonstrado os fatos comprovando este feito, nenhum foi aceito pelo Montalvão, a experiência tem que ser realizada por ele, pois até os relatos demonstrados pelos autores das experiências, a explicação dos métodos de controle utilizados nestas experiências, enfim, de como foram realizadas as experiências, que nos leva a admitir a veracidade do fenômeno, ele chega mesmo a dizer que o relatório foi feito com melhoramentos – ajeitados -, para que tudo desse certo, taxando desse modo, descaradamente, que os investigadores são uns fraudadores.
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A prova do que estou dizendo acima, está no segmento da análise realizada por ele. Vejamos o que ele diz no segundo parágrafo desse trabalho.
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MONTALVÃO: Seja qual motivo tenha levado os autores a assim agir, uma coisa é certa: dificilmente trabalho dessa natureza terá boa receptividade perante olhos medianamente críticos. Mesmo levando em conta que a matéria não tenha cunho taxativo, ou seja, não faz afirmações definitivas a respeito da mediunidade geral e da mediunidade específica de Chico Xavier (as declarações são precedidas de “suposto”, “supostamente” e, sendo assim, pode ser considerada mais matéria especulativa que demonstrativa), com tudo isso, dificilmente despertará maior interesse por parte de cabeças pensantes, seja daqui, seja de lá. A verdade é que o entorno mediúnico tem pouco a oferecer de concreto em termos de esclarecimento e “muito” a oferecer em dúvidas…”
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ARNALDO: O objetivo dos autores, eles deixaram bem claro, “investigar a precisão das informações transmitidas nas cartas psicografadas por Chico Xavier, “supostamente” ditada por uma personalidade falecida.
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Se se trata de estabelecer a verdade, claro está que eles não poderiam de princípio, dizer que era uma verdade, mas somente investigar como uma hipótese, como uma suposição, para, daí por diante, baseado nas informações obtidas pela investigação, e após feita a análise dos resultados dessas informações, estabelecer a verdade, estabelecida a verdade, então saí-se da hipótese, da suposição, para o fato. Portanto, de antemão, se trata apenas de uma suposta entidade espiritual e uma suposta mediunidade de Chico Xavier, mas não é o resultado final.
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Vejamos que Montalvão logo no inicio desse parágrafo, já coloca a capacidade crítica e investigativa dos autores, abaixo da média, pois, diz ele: “perante olhos – olhos, não raciocínio -, medianamente críticos, o trabalho realizado não teria boa receptividade”.
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Com certeza teria, se esses críticos juntamente com os olhos, usassem o raciocínio, para a observação racional dos detalhes contidas nas cartas investigadas.
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Por outro lado, claro está que a matéria no seu inicio, não pode ter cunho taxativo, mas investigativo, não podendo portanto, ser feitas afirmativas definitivas, quer seja sobre as cartas, quer seja sobre a mediunidade de Chico Xavier.
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MONTALVÃO: Clichês, comuns em textos louvativos a Chico, são vistos no artigo em avaliação: ressaltar que Chico fora iletrado, pobre, desapegado de bens materiais, que nada cobrava pelo atendimento, como se essas atitudes e situações pudessem dar reforço, ou mesmo legitimar, a mediunidade do homem de Uberaba e a mediunidade geral (aqui no sentido de real contato entre mortos e vivos).
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ARNALDO: Clichês, são comuns na linha de raciocínio do Montalvão (Silva Mello, Heuzé…) ao analisar textos que envolve os fenômenos ditos espíritas, . Qual a pessoa neste mundo, que tenha feito o bem para esta humanidade em qualquer campo de atividade, ou para uma comunidade, ou até mesmo para um indivíduo, que não seja louvada pelos beneficiados e admirado pelos demais pelo serviço prestado. É uma característica do ser humano, vemos isso não somente para com quem faz o bem, mas também para com os cantores, os atores, os políticos, os religiosos, porque isso é uma forma que as pessoas encontram, de agradecer e exaltar o trabalho realizado pelo indivíduo.
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Portanto, em os pesquisadores realçar estas condições que faziam parte da vida de Chico Xavier, não foi com a intenção de REFORÇAR ou LEGITIMAR a sua mediunidade, pois ele poderia ter vivido e realizado tudo isso em benefício do povo, independente de ter mediunidade ou não, mas sim, demonstrar o desprendimento de Chico Xavier na realização do seu trabalho. Por outro lado, esses pesquisadores sabem perfeitamente que mediunidade independe disso.
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Penso que também esteja incorreto o apontamento de Montalvão, ao dizer “a mediunidade geral de Chico Xavier”, não existe mediunidade geral, existe mediunidade. Cada médium tem sua mediunidade, que pode ser diferente da mediunidade em outro médium.
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MONTALVÃO: Também o sentido de “médium” no artigo é claramente expandido para áreas em que a mediunidade não cabe, os próprios autores se confundem quando afirmam:
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“A mediunidade é geralmente definida como uma experiência em que um indivíduo (o chamado ‘médium’) alega estar EM COMUNICAÇÃO COM O FALECIDO. As experiências mediúnicas são fenômenos relatados ao longo da história humana, expressos como oráculos, profetas e xamãs, e sendo parte das raízes grega, romana e judaico-cristã da sociedade ocidental, bem como do budismo tibetano e do hinduísmo.1,2 Nos últimos anos, tem havido um interesse público elevado nos fenômenos mediúnicos, como ilustrado pela alta popularidade de programas de televisão, livros e filmes que exploram o tema.”
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Sendo a mediunidade definida como o intercâmbio entre médium e FALECIDO, nem oráculos, nem xamãs e profetas seriam médiuns no sentido espiritista/espiritualista: a não ser que os autores pretendam reduzir, arbitrariamente, quaisquer imaginadas interações com forças sobrenaturais a efetivo contato entre vivos e almas de mortos, o que seria um grande equívoco: um dentre os vários achados na matéria sob exame.
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ARNALDO: Em linguagem espírita, mediunidade é a faculdade dos médiuns, ou seja, é a faculdade que permite a determinadas pessoas possuidora dessa faculdade, em qualquer forma que ela se apresente, entrar em contato com os seres do mundo espiritual. No caso dos autores do artigo, acredito que os mesmos usaram a definição acima, restringindo o conceito ao caso em estudo, ou seja, Chico Xavier usou de sua faculdade mediúnica, para entrar em contato com os Espíritos parentes das pessoas que o buscaram. Não resta dúvidas de que os oráculos, os profetas e os xamãs, eram médiuns, pois todos eles recebiam mensagem de divindades, Espíritos, Mensageiros, etc., todos farinha do mesmo saco.
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MONTALVÃO: O mais complicado no artigo (que dificilmente encontrará guarida nas áreas pertinentes), é a proposição de que o estudo da mediunidade seja importante para se compreender a relação mente-cérebro. Se essa assertiva fosse verdadeira, significaria que pesquisas sobre a mente e o cérebro desprezam quesito necessário no esclarecimento de questões que esperam por respostas objetivas, a principal delas seria: como o cérebro gera a mente? A inserção da mediunidade no contexto elucidaria que o cérebro não gera a mente, sendo esta construto apartado da estrutura cerebral. Este parece ser o raciocínio que motivou os autores a produzir o singelo estudo que ofertaram aos americanos: pretendem esclarecer aos filósofos da mente, aos psicólogos e neurocientistas que se encararem com atenção a mediunidade acharão caminho facilitado a esclarecer os mistérios da mente. Dizem os autores que no passado a mediunidade subsidiou investigações a respeito de dissociações, mas esquecem que esse “subsídio” se consubstanciou na convicção de que médiuns autênticos (ou seja, que não fraudam conscientemente) em verdade dissociam personalidade estranha (pseudopersonalidade) e as vivenciam qual fosse ente espiritual em comunicação.
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ARNALDO: Em todas as atividades realizadas pelo homem, incluindo as pesquisas científicas, existem caminhos que os levariam mais rapidamente aos resultados desejados, como exemplo podemos citar o estudo da mediunidade apontado acima, pois não podemos negar a existência de fenômenos inexplicáveis, só pelas leis da matéria. Portanto, não resta a menor dúvida que, não estudar e pesquisar as causas desses fenômenos, retarda o progresso desse conhecimento científico, no esclarecimento da relação corpo-mente. Como eu disse, só retarda, mas não anula, porque faz parte do inexorável progresso mental do ser humano.
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O que está faltando mesmo, são cientistas que, livres de todo e qualquer preconceito – de mente aberta, como se diz -, se disponha a investigar os fenômenos inexplicáveis só pelas leis da matéria, e que envolve o ser humano. Na atualidade, o que está de certo modo influenciando determinados profissionais do campo da saúde, a buscar respostas no estudo da mediunidade para as causas de determinadas doenças não diagnosticadas, e principalmente doenças mentais (Psicologia e Psiquiatria), é a Doutrina Espírita, através das chamadas cirurgias espirituais realizadas em ambientes totalmente inóspitos, sem uso de anestesia e assepsia, usando objetos cortantes como canivetes, tezouras, facas, ou mesmo sem cortes, e no uso dos trabalhos de desobsessão nas casas espíritas, que debelam problemas mentais, sem que a medicina tenha constatado danos cerebrais ou nervosos ou mesmo físico, como causas dos disturbios e das perturbações mentais.
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Quem desejar fazer pesquisas nesse campo, tem que está desprovido de qualquer pensamento preconceituoso, ser imparcial, exige qualidades de observação e de método, paciência, perseverança, que com certeza, não são predicados de todos os homens.
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Existem determinadas investigações, realizadas por algumas pessoas em busca de comprovação da existência da mediunidade – se é que podemos chamar de investigação -, que não são empregados os requisitos acima citados, que são realizadas com indivíduos que, pelo que fazem, não podem ser chamados de médiuns, mas que tem mais aparência de charlatões, com os quais não devemos nos preocupar, a não ser para nos depararmos com mais mentiras do que verdades. São pessoas que estão preocupadas apenas em faturar uma boa grana à custa de pessoas crédulas. São atalhos tomados por certos “investigadores” (?) que não os leva a lugar nenhum, e o pior, é baseados neste tipo de “médium” e de “investigação”, que se escoram para dizer que não existe médium e nem mediunidade, só existe charlatanismo.
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Em relação a dissociação apontada por Montalvão em várias outras ocasiões, e agora também – aponta, mas não explica -, nós espíritas sabemos que ela existe nos transes mediúnicos, mas se faz necessário saber, que nos transes mediúnicos, não são dissociações patológicas, por isso, não basta chegar e dizer que médiuns dissociam vivenciando pseudo-personalidades como se fossem entidades espirituais se comunicando.
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Não vou nem perguntar porque já sei que ele não vai responder, mas diz isso sem nunca ter realizado nenhuma experiência válida, portanto, nada mais do que uma opinião de um teórico, e neste campo, não vale só a teoria, a vivencia, o estudo e a investigação é fundamental.
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Convido ao Montalvão a apresentar algumas experiências realizadas por ele, que o autorize dizer que todos os médiuns dissociam e vivem pseudo-personalidades como se fosse entidades espirituais. Uma afirmativa dessa, só pode ser feita por quem tenha realizado experiências e não lhe reste mais nenhuma dúvida, porque fora disse, é uma afirmativa no mínimo leviana.
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MONTALVÃO: São feitas declarações discutíveis e tendenciosas, como o exemplo a seguir:
“A investigação científica da mediunidade começou no final do século XIX. Muitos cientistas e estudiosos que participaram nestas primeiras investigações, como William James6, concluíram que as explicações ortodoxas (ou seja, fraude, acertos felizes ou puro acaso e atividade inconsciente) poderiam explicar muitas, mas nem toda a evidência empírica obtida, e a maioria deles veio a aceitar a existência de percepção extra-sensorial e/ou sobrevivência da consciência.”
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ARNALDO: “Não existe mentira pior que uma verdade mal-interpretada pelos que a ouvem.”
?William James
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Os comentários de Montalvão sempre vem revestidos de uma maledicência disfarçada, com o intuíto de criar na mente de quem o lê, a desconfiança, ele quer sempre incutir em quem o lê, a desconfiança que ele nutre para toda e qualquer pessoa que pretenda estudar, pesquisar e apresentar os fatos, a favor da existência de Espíritos e da mediunidade. Como ele nunca fez alguma coisa que se possa classificar como uma experiência válida, juntamente com a tendência que ele sempre teve de negar sistemáticamente a existência dos espíritos e da mediunidade, reforçados pela leitura de livros como os de Silva Mello (um lixo), criou o que eu chamo de “tomadas mentais”, ou pensamentos condicionados, que desperta-o de imediato o prazer de combater a quem quer que apresente experiências dessa natureza. Já não o alimenta mais a procura da verdade, mas o prazer de combater e ter a sensação de ter ganho o debate.
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O que os autores desse trabalho fizeram, foi buscar na leitura das cartas, no seu conteúdo, nos pormenores alí existentes, nas informações dadas pelos familiares, na confirmação do que é dito no conteúdo das cartas pelos familiares, na forma como eram desenvolvidos o trabalho à época, as fontes de provas necessário para a demonstração da verdade, e a verdade é saber se foi mesmo os Espíritos dos filhos dessas famílias, que trouxeram ou ditaram estas cartas a Chico Xavier, e com isso provar a continuidade da vida após a morte, e consequentemente a existência da mediunidade, e da mediunidade de Chico Xavier.
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Em matérias discutidas aqui mesmo neste site, podemos apanhar o seguinte dizer de Willima James:
“(…) Estou persuadido que um estudo sério desses fenômenos de transe é uma das maiores necessidades da psicologia” (p. 51) … “há premente necessidade de investigações sérias” (p. 239)(…)”.
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E é isso o que estes homens estão fazendo, fazem suas pesquisas, investigam e trazem os resultados, enquanto que o senhor Montalvão fica apenas diante de um computador, sem dar um passo sequer em busca de nada, a criticá-los e ainda por cima, levantando suspeitas sobre a dignidade destas pessoas.
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MONTALVÃO: Ainda que “muitos” cientistas concluíssem qual os autores propõem, e também esta fosse a ilação de James (mas que não está adequadamente descrita), isso não significa que essa conclusão fosse a melhor. E, mesmo que a idéia atribuída a James seja aceitável (que fraudes, acertos casuais, acaso e atividade inconsciente explicassem algumas mas não todas as manifestações alegadamente mediúnicas), o que ultrapassasse o âmbito das hipóteses naturais conhecidas não seria necessariamente algo de natureza espiritual. Concluir pela espiritualidade por eliminação é procedimento perigoso, perigoso por que dá a falsa aparência de que causas naturais tenham se mostrado insuficientes para esclarecer as coisas misteriosas. Mas a realidade é diferente.
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ARNALDO: As ilações de Montalvão também não estão adequadamente descritas, pois o MUITOS não deve ser escrito entre aspas, porque foram mais do que muitos, foram centenas de cientistas que estudaram estes fenômenos, e se convenceram pela força dos fatos. Por outro lado, pode-se perfeitamente se chegar à verdade numa investigação, usando o método por eliminação, eliminando-se tudo o que é falso.
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MONTALVÃO: O fato é que os pesquisadores da mediunidade almejam demonstrá-la esmiuçando os alegados fenômenos mediúnicos: querem provar a realidade da coisa com a coisa a ser provada; assim, a suposta capacidade de Chico Xavier em contatar mortos é inferida da produção dita mediúnica realizada pelo médium. Essa forma de investigar seria produtiva se a mediunidade (no sentido de real intercâmbio comunicativo entre vivos e mortos) estivesse firmemente estabelecida. Entretanto, a interação entre vivos e mortos é apenas suposta, admitida, tomada como realidade, ou seja, inexistem experimentos, verificáveis e repetíveis, que evidenciem a presença de desencarnados na natureza. Nem os pesquisadores pioneiros, nem os atuais, realizam testes confirmativos da ação de espíritos em meio aos vivos.
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ARNALDO: Parece-me que Montalvão está negando a existência dos fenômenos psíquicos, é o que deixa entender a sua colocação. A essa altura do conhecimento humano, negar a existência dos fenômenos psíquicos…
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Neste trabalho, os pesquisadores não estão querendo provar a realidade da mediunidade como faculdade do ser humano, como Montalvão deixa transparecer no seu comentário, pois ela já foi provada cientificamente desde o século XVIII, o que eles estão buscando provar é a veracidade das cartas recebidas por Chico Xavier, como provindas dos Espíritos dos que foram filhos das famílias que o procuraram, consequentemente fica provado que Chico Xavier era dotado de faculdades mediúnicas ou anímicas, que permitia ele conversar ou receber mensagens dos Espíritos.
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Este tipo de comprovação de identidade de pessoas falecidas que trazem comunicação através de médiuns, não aconteceu apenas com Chico Xavier, em toda a história que faz parte dessas investigações, encontramos eventos dessa natureza, inclusive de Espíritos que eram totalmente desconhecidos tanto do pesquisador quanto do médium, e que foram identificados após ter sido encontrados os familiares desses comunicantes, e portanto, comprovada a mediunidade, através de investigações feitas em torno dos dados fornecidos pelos Espíritos, pelas impressões digitais gravadas, e que foram comprovadas depois com a apresentação dos documentos de identidade do falecido apresentados pelos familiares.
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Mais uma evidência de que a não aceitação da mediunidade pelo Montalvão, está no fato de não compreender o mecanismo envolvido na produção e funcionamento desses fenômenos anímicos e mediúnicos. Ora, se a mediunidade é a faculdade que permite o ser humano entrar em contato com os Espíritos, ela não poderia ser demonstrada sem os Espíritos, ou seja, não temos como saber se uma pessoa é dotada de alguma faculdade mediúnica, sem a presença dos Espíritos, não existe mediunidade sem Espírito. Portanto, o caminho para provar se Chico Xavier era dotado de faculdade mediúnica, só podia ser feito através da comprovação de que as cartas eram dos filhos já falecidos daquelas famílias, comprovando que eram deles, ficaria provada a faculdade mediúnica, ficaria provada a existência dos Espíritos, ficaria provado que Chico Xavier era médium, era mais um meio de comprovação.
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O Montalvão que nega sistematicamente a existência de Espíritos e sua ação em meio dos vivos, não apresenta – não sei porque razão – nenhuma explicação plausível, aliás nunca deu uma explicação, que pudesse ser considerada digna de atenção, de análise, que pudesse desmentir o que já foi apresentado como a presença de um ser espiritual. Para mim, o que apresentou até agora, não passou de argumentos apanhados no forjado livro de Silva Mello, que se baseou em argumentos do mentiroso Heuzé, que se baseou em Dessoir que os leitores do livro certamente nem sabiam quem era. Há um ano que leio essa ladaínha de negação do Montalvão, sem que apresente nada que venha confirmar o que ele diz.
MONTALVÃO: O estudo de Caroli, Alexander, e outros, segue igual caminho. Os autores dizem ter se inspirado na sistemática investigativa de Ian Stevenson. Este pesquisador analisava depoimentos reencarnatórios de infantes, e dos demais envolvidos, e conferia o nível de acertos em relação a quem o suposto reencarnado afirmava ter sido. Nomes de parentes, endereço, objetos da antiga morada, eram quesitos verificados se do conhecimento do declarante. Quanto mais a criança “acertasse” mais “sugestivo” seria o caso. É claro que tentar provar a reencarnação, e mediunidade, por essa via, em verdade, é pouco produtivo. Mesmo que o investigador seja rigoroso na conferência e a criança profira muitas declarações verificáveis (e confirmadas) tal não seria razão suficiente para legitimar alegados casos de reencarnação, ou de espiritos comunicando. Se reencarnação e mediunidade fossem evidenciadas por experimentos satisfatórios, aí o caso mudaria de figura e os relatos de outras vidas, ou de médiuns recebendo comunicações de mortos, ganhariam consistência. Sem dispor de elementos que atestem seguramente a presença de espíritos, os depoimentos são anedóticos e pouco valem como comprovação de que espíritos de mortos interajam com vivos.
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ARNALDO: Montalvão nem sempre apresenta as experiências dos cientistas como realmente elas foram feitas, e apesar de desclassificar os métodos utilizados por estes cientistas, nunca apresenta um método mais seguro, que pelo menos viesse desmentir o que a criança disse.
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Em um grande número destes casos de relatos de crianças sobre lembranças de vidas passadas, são de crianças que nasceram em lugares distantes da sua última encarnação, chegando mesmo ao nosso conhecimento, casos de a criança ter reencarnado em outro país, e além de dizer que país foi, faz descrições de lembranças dos locais e pessoas seus parentes nesse país, onde se havia dado a sua última encarnação.
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Quando estas crianças são levadas aos lugares onde elas dizem ter sido a sua última encarnação, são confirmados os seus relatos, desde o caminho que os conduz até aonde foi sua morada em vida anterior, o reconhecimento dos parentes, animais de estimação e até objetos pessoais que usou na outra existência.
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Agora vejamos – diante destes fatos -, a argumentação de Montalvão, nada mais do que a clássica argumentação, alá Silva Mello.
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Silva Mello no seu livro de 600 páginas costuma iniciar suas críticas, selecionando um caso e descrevendo pormenorizadamente os fenômenos, e como aconteceu a investigação realizada pelos cientistas, para logo depois apontar o reverso, ou seja, dar a sua cajadada mortal.
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Assim também procede Montalvão, como podemos ver acima, primeiramente faz um relato do acontecido, um apanhado de como foi feita a investigação, relata os pormenores, e depois de tudo, agora sim, o Montalvão trás o reverso, e num toque de mágica, deita a sua cajadada, e põe tudo por água abaixo, desclassificando todo o trabalho realizado pelo cientista, e quando você pensa que ele vai trazer explicações de como crianças de 03 a 06 anos de idade obtinham todos estes informes, que nem os pais sabiam e nem conheciam, Montalvão só tem a dizer que os depoimentos são anedóticos e não valem como comprovação, só isso, nada mais do que isso, e fica na ilusão de que consegue convencer quem os lê. A verdade é que, nem precisa ter mediana inteligência para perceber que o apontado pelo Montalvão não corresponde à verdade.
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Chega a dizer que, “mesmo que o investigador seja rigoroso na conferência, e muitas declarações das crianças sejam VERIFICÁVEIS E CONFIRMADAS – ele diz confirmadas -, isso não é o suficiente para legitimar casos de reencarnação, ou de espíritos se comunicando.
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Então senhor Montalvão, aponte com clareza o que é preciso que aconteça para ser provada a reencarnação. Que você veja um espírito entrando num ventre materno? O cajado do Montalvão tanto quanto o de Silva Mello são muitos frágeis, logo se quebram ante o golpe de uma análise despreconceituosa.
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MONTALVÃO: Há outras dificuldades nesse estudo, uma delas é a não apresentação das cartas nas quais a reflexão se baseou. Entende-se que daria um trabalhão traduzir as treze missivas para o inglês, notadamente pelo fato de a maioria delas ter sido redigida com muitas gírias, mas os autores teriam de dar melhor desfecho ao problema: omitir as cartas não seria solução. Supondo-se que o artigo despertasse o interesse de americanos estes certamente pretenderiam examinar o material de base: não estando disponível prejudica adequada avaliação. Essa situação nos remete a dois pontos, o primeiro trata do contexto dos acontecimentos em que Jair Presente acreditamente se manifestou. O segundo nos leva a pensar no trabalho de Ian Stevenson. Comecemos por Stevenson.
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ARNALDO: Resta saber se houve por parte dos familiares, a permissão para a publicação dessas cartas, mesmo assim, os autores dispuseram no início do trabalho o endereço e telefone para correspondência, onde através dos quais, os interessados podem se dirigirem aos mesmos para se informarem ou solicitarem uma cópia das cartas.
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MONTALVÃO: Quem examina as pesquisas de Ian Stevenson não pode deixar de perceber que o trabalho foi realizado com seriedade e critério. As tabulações feitas a cada caso e as ilações dela decorrentes indicam que investigador se esforçou por extrair conclusões seguras devidamente apoiadas pelos dados colhidos. O trabalho presentemente analisado também vai por esse caminho. Em avaliação superficial, parece que se trata de estudo à prova de críticas, infelizmente é apenas aparência. O problema está no contexto das informações, ou seja, basta pequenos esquecimentos ou avaliações tendenciosas para se obter material favorável ao objetivo da pesquisa. Sabe-se ser possível elaborar boas estatísticas com dados espúrios e esse equívoco fica muito claro quando avaliamos contextos por nós conhecidos.
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ARNALDO: Se o trabalho de investigação realizado por Ian Stevenson, bem como o dos pesquisadores do trabalho em análise são tendenciosos, o que dizer dessa análise do Montalvão. Numa avaliação superficial, percebe-se logo a existência de falácias, pois na verdade, não existe nenhum trabalho à prova de críticas, todo e qualquer trabalho pode ser criticado, seja ela uma crítica construtiva, seja uma crítica destrutiva, portanto, vai depender de quem a faz, e os sentimentos de que está revestida.
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Existem pessoas que só sabem fazer críticas destrutivas, criticam porque gostam de criticar, falar mal, ser do contra, está sempre contra, é o caso do Montalvão, ele nunca esteve a favor das investigações de quem quer que seja, em se tratando de investigações dos fenômenos dito espíritas, e se você quiser confirmar o que estou dizendo, basta percorrer todos os tópicos desse site, e analisar todos os seus comentários, pois quando suas críticas não são destrutivas, é porque chegam às raias da vulgaridade.
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Ora se uma criança que nasce num determinado país, e diz que já teve uma encarnação noutro país, país que nem os pais e muito menos ele nunca conheceram, e quando é levado a esse país e ao local onde ele viveu naquela encarnação, e lá chegando é confirmado todas as suas declarações, tanto em relação a pessoas e coisas como ao próprio lugar, que valor tem o contexto em que ele vive atualmente? que influência esse contexto exerce sobre os fatos?
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No caso desse trabalho em torno das cartas psicografadas por Chico Xavier, de um modo geral, são feitas revelações de detalhes que não são do conhecimento do médium, e em muitos casos, não são conhecidos nem dos familiares, portanto, sem condições de o médium saber senão por informação do morto, por ser a primeira vez que os familiares participavam dessas reuniões com o médium Chico Xavier.
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O que faz Montalvão, maneja as palavras de tal modo, que o leitor menos atento, envolvido pela sua argumentação , não consegue perceber os detalhes das provas, e passa a acreditar nas suas argumentações tendenciosas e espúrias, e com isso Montalvão consegue alcançar o seu objetivo que é destruir pesquisa e pesquisador.
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MONTALVÃO: No caso de Stevenson, a maioria de seus leitores pouco sabe da mentalidade, costumes e atitudes dos asiáticos que pesquisou. O leitor fica à mercê das assertivas do investigador, esperando que tenha filtrado convenientemente o que fosse válido no material colhido, mas sem meios de saber se assim aconteceu. No caso desse estudo sobre Chico Xavier que ora analisamos a avaliação do contexto é facilitada por se tratar de evento mais ou menos dentro de nosso universo social. Observem que digo “a avaliação é facilitada” e não que “a avaliação seja fácil”. Por exemplo, o próprio artigo noticia que Xavier entrevistava os visitantes. Esse dado constitui notícia importante. Se havia entrevistas havia probabilidade da coleta de informações úteis ao médium, que as inseriria retrabalhadas nas psicografias.
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É fato que o texto defende a inexistência de informes assim passados. Segundo dizem, a conversa era rápida, sem meios de o médium captar notícias aprofundadas. Inclusive, o testemunho de vários dos brindados com psicografias parece coincidir, ou seja, deram mínimas informações, quais nome do falecido e data de nascimento.
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ARNALDO: Um fato é um fato, contra fatos não há argumentos, portanto se diante de uma confirmação inconteste de que uma criança de 03 a 06 anos de idade, seja em que meio ela tenha nascido e educada, teve lembranças que foram confirmadas sem meios de contestação, ninguém fica a mercê de assertivas do investigador, mas sim a mercê dos fatos, que não encontra outra explicação senão na aceitação da reencarnação.
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A técnica do Montalvão é sempre levantar dúvidas, mesmo diante dos fatos, com um pequeno detalhe já conhecido de todos nós, não faz nenhum detalhamento para fundamentar o que diz. Os investigadores apresentam todo o seu trabalho de pesquisa detalhadamente, de forma clara e concisa, de modo que não deixa dúvidas sobre o trabalho investigatício realizado, fazendo com que leiamos e desenvolvamos o nosso raciocínio sobre os acontecimentos provados, e por nós mesmos tiremos as nossas próprias conclusões. Para os investigadores não resta nenhuma dúvida, pois agora estão apoiados nos fatos.
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MONTALVÃO: “O serviço prestado nessas reuniões era gratuito. Todas as tardes de sexta-feira as pessoas se reuniam em uma fila pela oportunidade de conversar por alguns minutos com Xavier.19 Entre as 14 e as 18 horas, XAVIER TROCAVA ALGUMAS PALAVRAS COM CADA UM DOS PARTICIPANTES NA FILA.”
[…]
“SP informou que quando ela e seus pais chegaram ao centro espírita de Xavier, em uma tarde de sexta-feira, eles tiveram apenas uma breve conversa com ele. De acordo com seu relato, depois de esperar na fila, A ÚNICA COISA QUE ELA DISSE PARA XAVIER ERA QUE ELA TINHA PERDIDO SEU IRMÃO E QUE OS PAIS DELA FICARAM DEVASTADOS e que gostariam de receber alguma notícia dele ou até mesmo uma carta.
SP TINHA CERTEZA QUE ELES NÃO DISSERAM NOMES OU FORNECERAM QUALQUER OUTRA INFORMAÇÃO A XAVIER.”
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Ocorre que é difícil confirmar se aconteceu mesmo desse modo. A pessoa pode estar consciente de que só passou o essencial, mas o médium poderia, discretamente, obter mais informações com perguntas casuais, ou outros meios. Chico havia conferido a si mesmo a missão de consolar aflitos, nada obsta que seu bom coração considerasse que o atingimento da meta valesse a aplicação de táticas espertas. Este aspecto é importante na análise dos acontecimentos e de difícil elucidação, quer dizer: nem se pode afirmar taxativamente que havia coleta de informações (fosse por Chico ou por auxiliares do centro), embora exista a suspeita de que assim acontecesse, tampouco se pode defender que não havia. Então, se não existirem outros meios de corroborar a ação dos espíritos, a passar notícias de si mesmos, a alegação de que o “médium não sabia” das coisas que proferiu deixam de ser confiáveis.
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ARNALDO: Aqui mais uma vez está funcionando a técnica alá Silva Mello, descrição pormenorizada do primeiro contato com C. Xavier, mas depois vem a cajadada, a cajadada é comumente acompanhada dessa minúscula partícula que tem a força do elétron, um “se”, o “se”, uma das armas fundamentais de Silva Mello e herdada por Montalvão. Com esta arma ele já conseguiu que os incautos ficassem de “orelha em pé” com o que disse a irmã do falecido, mas mesmo que ela tenha dito só isso, Chico Xavier muiiiiito discretamente, poderia – ele disse poderia – ter obtido mais informações com perguntas casuais como por exemplo: seu avô está vivo? ele tinha algum apelido? você tem alguma tia? ela está viva? como é o nome dela?
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Essa argumentação do Montalvão, parece mais com aquelas conversas originárias dos boatos que os maledicentes criam em torno das pessoas e coisas, e ficam nas esquinas das ruas fumando, jogando dominó, ou mesmo cartas, e jogando fora essas conversas vazias, sem nenhum fundamento, que não são dignas de serem levadas a sério.
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MONTALVÃO: Resumindo: os autores produziram trabalho aparentemente bem argumentado, porém firmado em bases incertas. O estudo da mediunidade não será eficaz se se apoiar somente nas realizações dos médiuns, por mais prolíficos que sejam. Os defensores da mediunidade (esta enquanto efetivo intercâmbio comunicativo entre mortos e vivos), precisam primeiro demonstrar que espíritos realmente comunicam: pela aplicação de testes adequados; suprida essa exigência básica, teriam de demonstrar, a cada evento, que houve comunicação e que o comunicante fosse quem diz ser. Sem esses pontos devidamente esclarecidos, as Escalas de Acerto e de Vazamentos utilizadas nesse estudo perdem toda eficácia.
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Sorry
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ARNALDO: Resumindo: os argumentos do Montalvão como pôde ser visto, não explicou nada, tem aquela aparência de seriedade, mas não passa de jogo de palavras, melhor dizendo, ginásticas de palavras, para encobrir a incapacidade de contestar o trabalho apresentado pelos pesquisadores, no terreno dos fatos.
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Essa incapacidade de fazer análise sobre os fenômenos que envolve a mediunidade – conforme comentei acima -, está demonstrada no desconhecimento – é no preconceito – do Montalvão do que se relaciona com a mediunidade. Ao dizer que o estudo da mediunidade não será eficaz se se apoiar somente nas realizações dos médiuns, por mais prolíficos que sejam, é de se perguntar como provar a existência da mediunidade sem médiuns, se ela é a faculdade dos médiuns… Não conclui e nem contribui, fica só nas palavras, sem explicações de modo que clareasse seu pensamento, porque – como ele costuma dizer -. são palavreados tendenciosos, nada mais do que isso.
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O médium é um intermediário, é um intérprete, é um instrumento que revela a existência dos Espíritos, e serve de instrumento para os Espíritos se manifestar entre os humanos, portanto, um instrumento que nos revela o mundo dos Espíritos, como o microscópio é um instrumento utilizados pelos homens, que revela o mundo invisível dos infinitamente pequenos.
setembro 3rd, 2014 às 5:41 PM
MONTALVÃO Diz:
AGOSTO 20TH, 2014 ÀS 12:40
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MONTALVÃO: a perda de entes queridos gera sensações dramáticas, alguns chegam a se desinteressar pela vida, tamanha a dor. Neste aspecto, Chico cumpria missão produtiva, ao menos para alguns sofredores. É fato que as religiões podem amainar, em alguns, aflições dessa natureza, e isso não acontece só no espiritismo. Quantas histórias não conhecemos de gente que mais se achegou a Deus após verem seus queridos partirem inesperadamente em quaisquer grupos religiosos? A psicologia também oferece ajuda nesses casos. Até mesmo um ombro amigo pode proporcionar refrigério. Chico era, pois, uma dentre várias opções. Porém, o nobre objetivo cultivado por Francisco Xavier não garante legitimidade aos contatos mediúnicos. É óbvio que quem recebia missivas psicografadas precisava crer que eram os falecidos comunicando. Em termos amplos, entretanto, isso nada diz em favor da comunicação entre mortos e vivos.
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ARNALDO: Já é dramática mesmo antes da morte, dando até uma sensação de pavor, a palavra usada pelos materialistas, céticos, e até mesmo por religiosos, para falar de um humano que passou pelo fenômeno natural da vida, chamado morte. A expressão “perdas de entes queridos”, já, por sí só, desespera qualquer um, é verdadeiramente cruel a idéia de que um ser que nós amamos, que faríamos qualquer coisa para mantê-lo perto de nós, para que ele continuasse a viver, seja exterminado pela morte, sem deixar sequer uma esperança de que ele continuará de alguma forma a viver. Mas não poderia ser outra expressão, de uma vez que as idéias materialistas, nos faz ver quer queiramos ou não, a pessoa de um ser humano, meu filho, o seu filho, por exemplo, apesar do amor que por eles sentimos, como se fosse um objeto, como qualquer outro objeto que temos e o estimamos, nada mais do que um objeto, feito de carne pensante, como qualquer outra coisa que se pode perder, que a natureza caprichosamente e por acaso o fez aparecer em nossas vidas, para depois caprichosamente e por acaso retirá-los, deixando já no ato em si mesmo, a resposta de que se você não suporta a perda, se mate também, elimine a sua vida, pois com esse ato você elimina toda e qualquer dor, de uma vez que não resta mais nada depois desse fenômeno chamado morte.
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Não somente alguns sofrem, outros tantos se desesperam, até mesmo religiosos diante da morte. Tudo isso por ignorarem os mecanismos da vida, a finalidade da vida, o que somos. Eu costumo dizer que existem dois tipos de ignorância: A que não sabe, e a que não quer saber. A primeira até que não é tão difícil de ser corrigida. Se no indivíduo, além da ignorância não houver arrogância nem preconceito, fica mais fácil dele aprender, agora bem mais difícil torna-se a tarefa no outro caso, pois se o indivíduo além de não souber e arrogantemente se esconde por trás de um falso saber, ou até mesmo naqueles que tem uma maior cultura, são mais bem informadas sobre vários outros conhecimentos, como professores, cientistas, artistas, líderes em suas respectivas categorias, mas que são preconceituosos uns, fanáticos outros, a tarefa realmente fica quase impossível, muitas barreiras tem que ser vencidas.
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Na verdade, as pessoas inconsoladas, podem perfeitamente buscar e se aproximar de Deus, ou até mesmo de um grupo religioso, na esperança de obter não somente consolações através de atenção e carinho das pessoas, mas também na esperança de obter informações seguras sobre a continuidade da vida após a morte, informações estas, impossível de serem obtidas através das religiões tradicionais, como o protestantismo e o catolicismo, tanto é verdade, que a grande maioria das pessoas que buscavam Chico Xavier, pertenciam a outras denominações religiosas.
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Mas não é somente quando morre pessoas queridas não, outras buscam a Deus e a religião quando se tornam vítimas de doenças que fatalmente as levará à morte. Em todos esses casos, a psicologia pode abrandar o sofrimento igualmente as religiões tradicionais, apenas com palavras de consolo, mas as incertezas continuam, e em tudo isso não podemos contar com o materialismo, pois ele não tem nenhum consolo a dar, senão dizer para o aflito ou desesperado, que o que ele tem de melhor a fazer, é tirar a sua própria vida, pois depois dela não restará mais nada.
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Em relacionando Chico Xavier sobre este assunto, Montalvão diz:
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“Porém, o nobre objetivo cultivado por Francisco Xavier não garante legitimidade aos contatos mediúnicos. É óbvio que quem recebia missivas psicografadas precisava crer que eram os falecidos comunicando”.
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Como pode ser visto nada de novo nos dizeres do Montalvão, a mesma negação sistemática sem explicações, o que não passa apenas de uma posição intransigente, nada mais do que isso. Nunca cai a ficha de que quem recebeu estas cartas, sabe muito bem que o que ele diz não é verdade, é até um desrespeito para com quem recebeu a carta, dizer que a pessoa foi um irracional, que os fatos relatados nas cartas por Chico Xavier, não são verdadeiros, e o mais grave ainda, dizer que estas pessoas estão participando conscientemente, dessa falcatrua de Chico Xavier. Não sabe nada da vida dessas famílias, mas faz afirmativas, como se as conhecessem na intimidade. Fundamentado em que Montalvão faz afirmativas dessa natureza? Em nada, a não ser numa preconceituosa posição que se transformou em perseguição a Chico Xavier ao Espiritismo e aos espíritas.
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A verdade é bem diferente do que diz o senhor Montalvão, as pessoas verdadeiramente não acreditavam no que Chico Xavier diz nas cartas, porque não é uma questão de crença, de crer, elas tem a CERTEZA, pois os fatos relatados é o que faz elas ter esta certeza de que os seus filhos que vem lhes falar após a morte.
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Diz ainda Montalvão: “Em termos amplos, entretanto, isso nada diz em favor da comunicação entre mortos e vivos”.
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Só jogos de palavras – em termos amplos -, que termos amplos são esses? É através desse jogo de palavras que ele quer dar a aparência de um argumento sério, mas que no fundo não explica nada. São estes termos amplos dos escritos do Montalvão que faz com que ele continue se iludindo.
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Diante disso, vejamos um caso que se deu fora do Espiritismo, mas que nos mostra que o fenômeno pode ser estudado por qualquer pessoa, que esteja disposto a fazê-lo, e que tenha compromisso com a verdade. Quando isso acontece, não tem jeito, todos se deparam com esta realidade da continuidade da vida após a morte.
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JAMES A. PIKE E O OUTRO LADO DA VIDA
Carlos G. Steigleder
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Membro da Igreja Episcopal norte-americana, Bispo da Califórnia entre 1958 e 1966, escritor prolífico e um dos primeiros religiosos a manter um programa regular na rede televisiva, James Albert Pike foi um homem controvertido, situado no centro de fervorosos debates teológicos, sendo conhecido pelo seu posicionamento nada ortodoxo.
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Nasceu em 14 de fevereiro de 1913, na cidade de Oklahoma, EUA. Aos dois anos, o pai morreu e, sua mãe, casou com um advogado da Califórnia, para onde se transladaram. Pike recebeu formação católica, mas tornou-se agnóstico ao aprofundar seus estudos e conquistar seu doutorado. Casou-se com Jane Alvies, de quem em seguida divorciou-se. Trabalhou como advogado em Washington D.C., participando como representante na Securities and Exchange Commission, durante o governo do Presidente Franklin D. Roosevelt. Casou-se novamente, com Esther Yanovsky e trabalhou na Inteligência Naval com o início da II Guerra Mundial (1939-1945).
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Terminada a guerra, Pike e sua esposa ingressaram na Igreja Episcopal, da qual ele se tornou sacerdote, tendo sido ordenado em 1946. Sua carreira religiosa teve uma ascensão meteórica, galgando postos de grande destaque e influência dentro da Igreja. Passou a apresentar um programa de TV, semanalmente, que atingiu impressionantes marcas de audiência, em que discutia temas que eram polêmicos na época e que o são, alguns, até hoje, como o controle de natalidade, a legalização do aborto, o racismo, a pena de morte, a segregação racial que existia na legislação de muitos estados norte-americanos, o Apartheid, o anti-semitismo, a exploração do trabalho, etc.
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Em 1958 é eleito bispo adjunto, tornando-se bispo interino com a morte, poucos meses após a eleição, do seu predecessor Karl Morgan Block. O seu episcopado foi caracterizado por controvérsias profissionais e pessoais. Dotado de mente aberta, ostentando posição liberal, defendeu a aceitação e participação do público LBGT (acrônimo, em inglês, de lésbicas, gays, bissexuais, travestis, transexuais e trangêneros) na Igreja, os direitos civis, a ordenação de mulheres ao sacerdócio, etc. Sua postura lhe amealhou inúmeros simpatizantes e, também, detratores, transformando-se no alvo de um sem número de polêmicas. No âmbito da teologia, seus questionamentos não foram menos controversos, pois negava a virgindade de Maria, a doutrina do Céu e do Inferno e a Trindade.
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James A. Pike teve uma vida conturbada. Seu filho Jim acabou envolvendo-se com drogas, buscando uma fuga alternativa aos problemas que enfrentava. Ambos viajaram para Inglaterra objetivando a reabilitação de Jim. Depois de permanecerem alguns meses em Londres, regressam separadamente aos EUA atendendo compromissos distintos. Era o ano de 1966. Jim, num momento de desequilíbrio e desespero, suicidou-se em Nova York. Pike ficou profundamente consternado, não encontrando, como bispo renomado, o consolo para a dura separação.
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Pouco tempo depois, atendendo imperativos profissionais, regressou para a Inglaterra, hospedando-se no mesmo local em que anteriormente estivera com seu filho. James A. Pike nem suspeitava que sua vida nunca mais seria a mesma. Acompanhado por David Barr e por sua secretária, a Sra. Maren Bergrud, protagoniza os mais estranhos acontecimentos: ruídos insólitos, livros que apareciam e desapareciam, objetos que mudavam de lugar, roupas que eram desarrumadas após recém terem sido colocadas e ordenadas no armário pela camareira, etc.
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Estes acontecimentos encontram-se enquadrados no que se convencionou chamar de poltergeist (do alemão poltern, ruidoso ou chocalhante, e Geinst, Espírito), estando, por tanto, ao menos do ponto de vista da Doutrina Espírita, geralmente relacionado com um ou mais Espíritos Desencarnados, na maioria das vezes num estado de perturbação, que se fazem sentir através de manifestações físicas, como ruídos e deslocamento de pequenos objetos. Pelos acontecimentos que começou a vivenciar, Pike, não obstante seu ceticismo, passou a relacionar os fatos insólitos que o perseguiam ao seu filho recentemente morto.
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Um dos primeiros fatos registrados foi o encontro de dois cartões postais no chão do apartamento, formando um ângulo de 140 graus, indicando aproximadamente a hora em que Jim se suicidara, 8h e 19 min. Jim amava cartões postais. Quando viajava para um lugar que ainda não conhecia, a primeira coisa que fazia era comprar cartões postais que colecionava. Ao que tudo indica, aqueles cartões no chão apareceram do nada e, de início, apenas levantou relativa estranheza, mais nada.
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Outro fato ocorreu com a Sra. Bergrud, ao acordar reparou que tinha uma das mechas de seus cabelos encaracolados queimada. O mesmo se deu por vários dias consecutivos, provocando muita inquietação. A Sra. Bergrud satirizou a situação dizendo que deveria alterar o seu penteado, pois muita gente não gostava da forma como ele era. Foi então que o bispo Pike recordou que seu filho várias vezes dissera que detestava o penteado da Sra. Bergrud.
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Episódio curioso envolveu diretamente o bispo Pike. Estava junto à Sra Bergrud e David Barr quando inexplicavelmente perdeu a consciência, caindo numa espécie de transe, passando a manifestar grande confusão mental, expressando-se semelhantemente ao seu filho desencarnado. Embora não soubessem, por não estarem familiarizados com o evento, tratava-se de uma psicofonia ou incorporação, quando um Espírito Desencarnado se manifesta por um médium através da fala. Pike tornara-se médium do próprio filho.
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Tentando entender o que estava ocorrendo consigo, o bispo Pike recorreu ao Reverendo Pearce-Higgins implorando ajuda, já que este, desde há muito, realizava em sua Igreja experiências ditas psíquicas, que incluíam comunicação com os mortos. O Reverendo combinou um encontro entre Pike e a Sra. Ena Twig, famosa médium que residia em Londres. O encontro que tiveram foi extraordinário. Pike pôde voltar a conversar com seu filho morto, através da mediunidade da Sra. Twig, comprovando, de forma inequívoca, a imortalidade do ser. Seu filho manifestava-se tal qual era antes de morrer, as mesmas características, a personalidade forte, o estado de confusão mental, o desequilíbrio… Conversaram por longos minutos. Pike tinha diante de si o filho redivivo.
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Para surpresa de Pike, através da Sra. Twig, manifestou-se também o Espírito de um amigo recém desencarnado, o célebre teólogo Paul Tillich. O Espírito deu provas cabais de sua identidade, revelando episódios que só eram conhecidos de ambos e esclarecendo que estava amparando Jim, o filho de Pike, na Espiritualidade, ajudando-o a equilibrar-se. Conversaram sobre as questões mais diversas, inclusive atinentes à Teologia. Pike perguntou-lhe se deveria tornar pública as experiências surpreendentes que estava vivenciando, ao que Tillich o advertiu, respondendo que deveria ser prudente em função dos preconceitos em vigor nas Igrejas Cristãs, mas que meditasse na orientação evangélica: “Conhecereis a verdade e ela vos libertará!”
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Pike saiu completamente transformado daquele contato com o filho e o amigo mortos, plenamente convencido da continuidade da vida após a morte. Não temendo conseqüências nem represálias, Pike resolveu tornar pública as suas experiências com o mundo invisível. Suas declarações de que havia se comunicado com o filho morto causaram verdadeira comoção dentro e fora da Igreja. Em seu programa de TV abordou a temática entrevistando inúmeros médiuns, pelos quais teve oportunidade de reencontrar e se comunicar com seu filho outras vezes.
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Famosos médiuns norte-americanos, como Arthur Ford e George Daisley, também foram procurados pelo bispo Pike e, através dos mesmos, obteve mais informes sobre seu filho morto, em mensagens profundas que o comoveram até às lágrimas, por saber, mediante evidências que não podiam ser contestadas, que seu filho continuava mais vivo do que nunca.
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James A. Pike descreveu sua experiência, de forma pormenorizada, na obra The Other Side (O Outro Lado), publicada em 1968. Nesta obra, Pike narra todo o drama de seu filho, desde a drogadição ao suicídio até os eventos tipo poltergeist e a comunicação direta com ele através de muitos médiuns. A obra, ademais, é um libelo a favor da imortalidade e da comunicabilidade com os Espíritos. Pike, antes cético, tornou-se convicto da sobrevivência após a morte, reencontrando seu filho, conversando com ele, resolvendo questões pendentes entre ambos, alcançando consolo e revigorando a própria fé.
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Compete aqui refletir como é possível que dentro das Igrejas Cristãs seja tão difícil ainda admitir o fato da imortalidade e da comunicação com os mortos, se o próprio Cristo contatou com Moisés e Elias, há muitos séculos mortos, sobre o Monte Tabor, no episódio da Transfiguração, e, após a sua própria crucificação, regressou das sombras da morte, em diálogo sublime com os amigos que haviam ficado para trás, consolando-os com sua presença rediviva.
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Pike, em 1969, empreendera com sua esposa uma viagem à Israel. Ao percorrer o deserto israelense perdeu-se e veio a morrer. Três dias depois de sua morte, o próprio Pike comunicou-se através da mediunidade da Sra. Ena Twig, indicando a localização de seu corpo que até então não havia sido encontrado. Para o espanto geral, o corpo foi achado exatamente conforme descrito através da médium.
Os fatos são cabais, estão a disposição de todos, não prevalecendo contra eles nenhum argumento contrário. O bispo Pike apenas esbarrou em uma verdade universal: somos imortais e podemos nos comunicar depois de mortos!
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MONTALVÃO: No artigo é dito que houve pouca investigação de Chico Xavier e é verdade. Ficou oculto que essa situação foi causada pelo próprio Chico e pelas lideranças espíritas: não havia interesse em submeter o médium a provas que fiscalizassem a participação de mortos no processo. Xavier nunca se prontificou a defender sua mediunidade ante acusações (e não foram poucas), sempre recusou desafios de provar objetivamente a presença de espíritos, e viveu sua carreira mediúnica assessorado por um espírito que jamais existiu (Emmanuel). Agora é verdade que, foi um homem bom, inteiramente desapegado de bens materiais; entregou-se por inteiro à missão para a qual se julgava vocacionado: em suma, fez bem ao espiritismo e o espiritismo a ele fez bem. Infelizmente, nada disso favorece a hipótese de que espíritos de mortos ajam entre os vivos.
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ARNALDO: O que levou Chico Xavier a se negar a dar entrevista, nem se entregar a testes que viesse provar a sua mediunidade, foi o caso que aconteceu entre ele e o Jornalista David Nascer e o fotógrafo Mazon, que juntos procuraram se passar por jornalistas ingleses (ou americanos?), com a finalidade de provar que Chico Xavier era um impostor. Não conseguiram o seu intento, e aconteceu o que costumamos dizer num velho ditado, que “o tiro saiu pela culatra”, ou seja, aconteceu o inverso, terminaram provando a veracidade da mediunidade de Chico Xavier. Isto pode ser visto nos seguintes vídeos:
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https://www.youtube.com/watch?v=68XChDKyHHM
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https://www.youtube.com/watch?v=HUq1WldKFNU
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MONTALVÃO: (em se referindo ao questionamento do Rafael sobre leitura fria) não sei o que entende por leitura fria, esta constitui técnica de captar, discretamente, informações do consultante e devolvê-las arranjadas de tal modo que o informante não perceba que fora ele mesmo quem dera o norte ao médium. Chico certamente se valia dessa técnica, porém não é descartável que recorresse a outros auxílios, quais informações colhidas na sala de espera por voluntários do centro, ou que interpretasse produtivamente pistas sensoriais dos entrevistados…
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ARNALDO: Pelo que entendo, leitura fria é a obtenção discreta de informações fornecidas por um consulente, sobre os acontecimentos da sua própria vida através da conversação com o mesmo, comumente realizada por um vigarista com o intuíto de tirar vantagens pecuniárias do mesmo, para lhe dizer acontecimentos da vida quer seja do passado, do presente e até mesmo do futuro, baseado em gestos e até “deixas” do consulente, que facilitam a descoberta de muitas coisas referente à sua vida.
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Um fator importante para a execução da leitura fria, é a técnica da conversação desenvolvida com o consulente, através de sugestões sutís, na troca de olhares, da atenção nas suas reações emocionais, pois elas facilitam todo o trabalho de captação pelas contínuas “deixas” fornecidas, e acima de tudo, explorando as fraquezas dos consulentes que é o de ouvir o que eles querem ouvir.
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Como o intuíto do Montalvão é de apenas denegrir a imagem dos médiuns, e no caso particular, de Chico Xavier, ele não tem a preocupação de apresentar a diferença existente entre a leitura fria, realizada por um vigarista, e uma carta psicografada por um médium, vinda dos Espíritos e principalmente no caso de Chico Xavier.
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Na leitura fria, onde o vigarista a utiliza com a finalidade de se passar por um médium, os dados que são fornecidos ou descobertos pela técnica usada pelo vigarista – acima citada -, são dados corriqueiros, acontecimentos vulgares na vida das pessoas, ligadas exclusivamente ao terra-a-terra da vida, sempre relacionados ao passado ou ao presente, e quando diz alguma coisas – e as vezes são muitas – sobre o futuro, é uma questão de acreditar ou não, porque não podem ser provadas.
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É uma falsa colocação feita por Montalvão, justamente ou porque não conhece a finalidade da mediunidade dentro do Espiritismo, pois um médium sério, um médium que está consciente da finalidade da sua mediunidade, não a emprega neste tipo de atividade. Não a utiliza para revelações do passado ou do presente e muito menos do futuro. São empregadas exclusivamente para ajudar o próximo, na minimização do seu sofrimento, e não para satisfazê-lo nas suas ambições ou curiosidades.
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Por outro lado, nas cartas psicografadas, o seu conteúdo ou as revelações que são feitas, diz respeito ao remetente e ao destinatário, e são particularidades que funcionam como identificação do remetente, e a veracidade da informação pelo fato de o médium não ter conhecimento do que relatado. Nomes e sobrenomes de parentes que já estão do outro lado da vida, e em muitos casos são mencionados pelo apelido, detalhe de total desconhecimento do médium.
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Tem mais ainda, são relatados nomes e sobrenomes, e até mesmo apelidos de pessoas que os familiares nem sequer chegaram a conhecer, quer dizer, são informações que jamais será fornecidas numa leitura fria.
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Temos que ver ainda, que para fazer a leitura fria, um fator importante é a proximidade de quem pratica a leitura com o seu consulente, para que ele possa sentir mais de perto as reações emocionais do paciente, os seus modos de olhar, as suas indecisões ante uma pergunta intencional, diferentemente do caso Chico Xavier, que senta numa mesa, distante de quem o procurou, e começa a psicografar sem manter nenhum contato físico ou visual com o paciente, de cabeça baixa, com uma das mãos cobrindo os olhos, e em muitos casos só se sabia quem era o destinatário quando Chico começava a ler a carta, pois a mesma apresentava algum ítem que identificava de imediato quem era o emitente e quem era o destinatário.
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São pormenores importantes que faz a diferença entre a leitura fria e a mediunidade. Na leitura fria estas coisas jamais acontecerá, porque existem detalhes que só poderão ser fornecidos pelo Espírito comunicante, isso só é possível para Montalvão que tem a mentalidade dos desenhos animados, onde tudo é possível para se sair da dificuldade, tudo é válido para combater e perseguir Espiritismo, espíritas e principalmente Chico Xavier.
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MONTALVÃO: realmente, tocou num aspecto contraditório da vida mediúnica de Chico: a dificuldade de casar psicografias particulares com as “revelações” de espíritos famosos (André Luiz, Emmanuel, Humberto Campos). Nenhum dos mortos contatados por Chico estava no umbral, tampouco nenhum morava em Nosso Lar. Podem verificar à vontade as cartas de Chico (dizem ter sido cerca de 10.000): não vão achar um morador da cidade alada. Se acharem será exceção que confirma a regra.
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ARNALDO: O que é umbral? É um lugar de passagem, um local que serve de ligação entre um lugar e outro. Em nossa casa nós temos por exemplo, o umbral da porta de entrada, que é um lugar de passagem, ou seja, se nós estamos chegando, é um lugar que nos permitir passar do exterior da casa, para o seu interior, sairmos de um ambiente e entrarmos noutro. Se estamos no interior da casa, podemos usar os umbrais das outras portas para sair da sala por exemplo, e entrar no quarto de dormir e vice versa. Quando nós deixamos o corpo físico pelo fenômeno chamado morte, dizemos que passamos pelos umbrais da morte, ou seja, um lugar de passagem da vida material para a vida espiritual.
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Ao atravessarmos esse umbral, qual será então a nossa condição do outro lado do umbral? Em que ambiente iremos nos encontrar? O que determina a nossa condição desse outro lado da vida? Segundo o que a Doutrina Espírita nos explica e é confirmado pela prática, será o nosso estado mental, as nossas criações mentais cultivadas durante a nossa existência, as virtudes adquiridas, aquilo que tivermos feito de bom tanto para nós quanto para com o nosso semelhante.
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Portanto, todos passaremos pelos umbrais, mas nem todos ficaremos em locais de grandes sofrimentos. Se só prejudicamos a nós mesmos, fazendo uso de substâncias que tenha de certo modo prejudicado o nosso organismo, e em consequência diminuído o nosso tempo de vida entre os homens, podemos chegar do outro lado da vida como um suicída indireto, por ter abreviado o tempo de vida, como conseqüência do uso dessas substâncias. Chegaremos sim, em consequência disso doentes, precisando reparar os estragos causados por estas substâncias no corpo espiritual, e não necessariamente iremos parar em regiões de sofrimentos. Acredito que este tenha sido o caso dos jovens que uns levaram mais tempo, outros menos tempo na recuperação do seu equilíbrio “físico” e mental.
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Diferentemente do caso André Luiz, que além de fazer uso dessas substâncias, ainda andou prejudicando o seu semelhante, como por exemplo, lançar na prostituição a empregada doméstica que trabalhava na casa de seu pai, bem como incentivar que seu pai tomasse os recursos materiais de uma família, como pagamento de uma precatória, cujo responsável estava em estado terminal num hospital, deixando toda a sua família – mulher e filhos – na miséria.
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KEKO: Hoje estou com 75 anos, sei que minha vida por aqui se aproxima do final e minhas esperanças em reencontrar meu amado filho continuam muito fortes. Quando recebi a carta em 1975, eu tinha apenas 30 anos e estava desesperado por provas de que veria meu pequeno filho novamente.
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MONTALVÃO: há esperanças da parte de muitos de nós de que a vida continue e continue em condições melhores que as atuais (sem ladrões, vigaristas, trânsito, doenças, etc). Quem cultive esse almejo pode, por si próprio, suavizar certas dores. Outros se consolam com o fato de que somos espécies que estamos no mundo porque as coisas são assim: devemos viver nosso tempo da melhor maneira e aceitar as contingências da vida porque nada podemos fazer para mudar o estabelecido.
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Uma dúvida: se estava com 30 anos em 1975, hoje teria 70 (ou prestes a completar), não 75…
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ARNALDO: Continue meu amigo KEKO, guardando esta certeza, porque já temos provas mais que suficiente da continuidade da vida, e elas não se encontram apenas nas cartas recebidas por Chico Xavier, cientistas de todo o mundo, desde o século XVIII envolvendo todos os que fizeram investigações depois deles, todos indistintamente chegaram às mesmas conclusões. A vida continua após a morte.
novembro 17th, 2014 às 10:32 PM
Olá para todos aqueles que acreditam ou desacreditam no Chico,eu mesmo admiro muito a vida e a obra de solidariedade dele inclusive a indicação legítima ao Prêmio Nobel da paz.Particularmente vi muitos comentários aqui que constroem uma visão clara sobre a vida e os ‘truques’ que o Chico usava.Truques eu digo como a leitura fria ou o efeito forer utilizados magistralmente por ele.Psicografar mais de 10 mil cartas e mais de 400 livros é uma tarefa e tanto.
Sobre o estudo do caso apresentado nesse artigo eu só me permito fazer uma pontuação bem pequena por sinal, já que a pesquisa foi feita com base em 13 cartas de uma produção de 10 mil.É um número irrisório dentro desse conjunto de milhares e para haver uma melhor avaliação dos resultados seria aconselhável uma bateria dessas mesmas análises em centenas de cartas para obter uma média mais quantitativa e qualitativa.Os acertos sobre a vida do falecido levantadas nesse estudo são realmente notáveis e dignas de atenção.Como foram obtidas essas informações?Não houve comunicação prévia com Chico nem seus assistentes como consta.E apesar do artigo ‘confirmar’ o talento de Chico em obter informações do falecido e sugerir a possibilidade de uma consciência ‘anormal’ ou até mesmo de origem sobrenatural na aquisição dessas informações certamente é prematura.Outras maneiras de obter os dados do falecido foram usadas a leitura fria possibilita e muito bem a retirada inconsciente desse tipo de informação dos parentes sem que eles próprios percebessem isso e o próprio Chico também.Os mágicos e ‘advinhos’ utilizam esse recurso a muitos séculos.
novembro 27th, 2014 às 8:55 AM
Meu comentário somente depois de eu ler totalmente essa bela matéria com certeza.
Mas de antemão digo, comparo que levar a confirmação da veracidade do trabalho de Chico, é completamente diferente de um Papa indicar quem deverá ser ou não santo.
novembro 27th, 2014 às 2:30 PM
Mesmo supondo que as informações ditas “mediúnicas” sejam todas corretas e não possam ter sido obtidas previamente por qualquer meio ordinário, isso ainda não prova uma “vida após a morte” e todo o resto dos credos espiritualistas.
Se podemos postular sobrevivência de personalidade “desencarnada” de um cérebro, podemos igualmente postular preservação ou transmissão apenas de suas memórias, mas sem personalidade, sem um “eu”, um fantasma, “vivo” após a morte. Em vez de um “Gasparzinho” flutuando por aí, existiriam apenas páginas de um “diário inconsciente”, que são lidas pelo inconsciente de um médium, que interpreta isso de acordo com um conjunto de crenças, sendo levado a crer interagir com um fantasma, não com suas memórias, apenas.
A “sobrevivência” das memórias nem seria necessariamente “desencarnada”. Podemos também postular que todas as pessoas têm algum grau de telepatia/mediunidade inconsciente, e vão fazendo pequenos registros inconscientes sobre as pessoas. O médium seria então um telepata dotado de uma habilidade superior de, inconscientemente, pesquisar informações nessa “internet telepática inconsciente”.
Por qualquer um desses mecanismos, a ilusão de um “fantasma”, da sobrevivência do “eu”, é então apenas algo parecido com o que acontece quando se sonha com uma pessoa. Se cria, inconscientemente, uma ficção convincente em que ela figura, bem como a ilusão perceptiva de sua presença. Isso pode decorrer de efeitos meramente telepáticos/psíquicos, ou seja, no caso de manifestações visuais, as pessoas vêem algo apenas em suas mentes (um sonho compartilhado em vigília, ou em estado alterado mas similar a vigília), OU, em caso de comprovação fotográfica/objetiva, pode haver também uma criação psicocinética inconsciente coletiva dessa pseudo-entidade, ou qualquer manifestação física.
Tanto as interpretações tradicionais (sobrevivência do “eu”) quanto esta, *igualmente* carecem de provas. Não há mais provas para uma do que para outra. Ambas também terão a mesma facilidade em se esquivar de contestações na medida em que podem sempre ser complementadas com novas hipóteses ad hoc, que podem sempre desfrutar do luxo de não ter que se limitar a fatos comprovados para se sustentar.
dezembro 27th, 2014 às 12:40 AM
E desde quando nao ganhar nada com uma serie de livros os torna automaticamente verdadeiros?