Livro Gratuito: “Mistérios e Realidades Deste e do Outro Mundo”, por Antonio da Silva Mello (1960)

Esse livro revela muitas técnicas de fraude usadas pelos médiuns, e faz uma ótima análise das pesquisas realizadas nos primórdios da metapsíquica. Infelizmente muitas vezes o livro sofre com a falta de referências para o que o autor diz, e há pelo menos dois erros de impressão no livro que tornam alguns trechos ininteligíveis. Talvez esses erros não existam em edições passadas e possam ser sanados, entretanto. Agradeço quem tiver versões mais antigas do livro e puder verificar e me informar. Quem quiser baixar a versão em doc, clique aqui. Quem quiser baixar a versão em pdf, clique aqui. Abaixo segue o capítulo que considero o mais importantes do livro, o 19º. Mas muitos outros capítulos trazem revelações surpreendentes também.

O MÉDIUM LADISLAU LASZLO teve em Budapeste, durante dois anos, um sucesso imenso, graças às materializações que realizava e que foram verificadas por grande número de médicos e pessoas cultas. Inicialmente, a atenção pública convergiu sobre ele pelo fato de ter assassinado a própria noiva, fazendo-a vir a um hotel, onde, abrançando-a, lhe deu um tiro de revólver pelas costas, que lhe produziu morte imediata. Mas a bala, atravessando-lhe o peito e o coração, foi alojar-se no tórax do próprio Laszlo que, abraçado à noiva, ficou gravemente ferido. Ele atribuiu o ato ao seu segundo eu, que o dominou de maneira demoníaca, obrigando-o à execução daquele ato. Depois de submetido a julgamento, tendo sido absolvido, entregou-se à prática intensiva do espiritismo, sobretudo como objeto de investigação numa Sociedade de estudos metapsíquicos, formada principalmente de médicos e professores da Universidade. O médium apresentava materializações que lhe saíam pela boca e tomavam formas do corpo humano, cuja realidade supranormal pôde ser demonstrada por meio de numerosas verificações. Basta dizer que ele antes de entrar para a cabine, era completamente despido, sendo examinado rigorosamente, mesmo quanto à cavidade bucal e o interior do reto. Além disso, chegou a ser posto em custódia permanente, sendo observado ininterruptamente por pessoas garantidas, que se revezavam, sobretudo quando lhe deram um purgante para esvaziar o intestino, seguido de uma lavagem do estômago, a fim de ficar suficientemente autenticada a realidade mediunística das suas materializações. Pois bem, depois de tudo isso ter sido bem verificado e, portanto, demonstrado o seu poder sobrenatural, ocorreu qualquer coisa de horrivelmente banal. Alguém propôs ao médium um negócio tentador, que ele logo aceitou com entusiasmo: uma viagem pelo continente, financiada por um grupo de comerciantes, durante a qual demonstraria as suas faculdades sobrenaturais. Tornava-se, porém, necessário dar primeiramente uma sessão privada aos financiadores da empresa, a fim de eles próprios se darem conta da situação. Laszlo não teve dúvidas e, logo de início, revelou ao companheiro que tudo aquilo não passava de truques e mistificações, naturalmente muito apropriadas para se ganhar dinheiro. A sessão realizou-se como estava combinado, ninguém devendo tocar no ectoplasma, pois poderia isso ocasionar a morte súbita do médium. Nessas condições, “sob a intensa emoção dos espectadores, que batiam dentes e sentiam arrepios de angústia”, formou-se o ectoplasma, com a materialização de três dedos da mão. Nesse momento, o companheiro da proposta, Eugen Schenk, lançou-se sobre Laszlo e arrancou-lhe da boca, enquanto ele gritava como um desesperado, aquela substância misteriosa e que devia ser sobrenatural. Mas era tudo que havia de mais vulgar e material: um pedaço de gaze impregnado de gordura de ganso! Assim, acabaram-se os mistérios e desapareceram os espíritos! Os truques que Laszlo empregava para ludibriar as suas vítimas se tornaram conhecidos, sendo que a habilidade desenvolvida para realizar os seus intentos constituía a parte mais extraordinária da representação. Apesar de todo o controle, encontrava sempre maneira de esconder o material que usava em suas mistificações. Em geral, ocultava-o no reto, bem alto, para não ser encontrado pelo toque digital do exame médico. Mesmo quando tomou óleo de rícino, sendo acompanhado até nos momentos em que ia à privada, conseguiu disfarçá-lo para o usar no momento adequado. Outras vezes, ocultava-o previamente no sofá, nas cortinas, ou em outros lugares do local escolhido, sendo que os próprios fiscais e observadores das sessões eram aproveitados para transporte desse material, sem que o soubessem. Laszlo fazia-o de modo que o bolso da pessoa escolhida, onde ocultava tal material, ficava sempre facilmente acessível às suas mãos.

O caso de Laszlo apresenta ainda uma particularidade surpreendente: a do auxílio que recebia de três pessoas de categoria e que se estava longe de desconfiar pudessem tomar parte nas suas manobras fraudulentas: um médico, um juiz criminal e um artista pintor! Era o mesmo que já havia ocorrido com o professor Bianchi que, numa sessão realizada por Eusápia, em presença de Lombroso, ajudou a médium, assim como com o médium Sambor, que foi auxiliado por um homem considerado de caráter, ao mesmo tempo pintor e escritor e que, durante uma dezena de anos, tomou parte ativa e passiva nas trapaças de diversos médiuns. Klinckowstroem chama a atenção para essa eventualidade, mostrando que os casos em questão ainda prosseguiram sendo explorados por ocultistas, caso os parceiros tivessem sido mais hábeis e cautelosos. Aliás, tal possibilidade é muito mais freqüente do que se acredita, como é fácil verificar dando maior atenção aos auxiliares dos médiuns, em geral, pessoas de presença obrigatória às sessões.

O que há de grave no caso de Laszlo é a convicção de grande número de homens de ciência que acreditavam na autenticidade daqueles fenômenos, cuja origem era tomada como sobrenatural. Era mais uma vez a repetição do que havia acontecido inúmeras outras, sem que fossem tiradas as conclusões e os ensinamentos que daí deviam resultar. Pelo contrário: tudo serviu para reforçar crenças e suposições, penetrando até no domínio da filosofia, como nos casos de Hans Driesch e T. K. Oesterreich, professores de filosofia de Universidades alemãs, que procuraram servir-se de manifestações daquele gênero como elementos fundamentais de seus sistemas filosóficos. No entanto, o que tem acontecido invariavelmente em todos esses casos é de tudo acabar em trapaças e mistificações, não raro executadas com alta técnica de prestidigitação e surpreendente credulidade dos circunstantes. Miller, que se tornou célebre fazendo aparecer diversos fantasmas ao mesmo tempo e deixando-se tocar pelas pessoas presentes, foi surpreendido em fraude, porque se tornou negligente nas suas manobras, tal a confiança que tinha na boa fé e na ingenuidade das pessoas presentes. Os jornais espíritas, que o haviam glorificado ao extremo, tiveram de calar-se ou reconhecer o erro, como tem acontecido em muitos casos semelhantes.

Quando Eusápia, no Instituto Psicológico de Paris, conseguia fazer abaixar um pesa-cartas sem tocá-lo, mesmo à distância, um dos assistentes enegreceu com fuligem a concha, o braço e o indicador da balança, desconfiando que o processo pudesse ser executado por meio de um longo fio de cabelo que, nesse caso, produziria uma marca qualquer na fuligem. O que aconteceu é que todas as experiências posteriores falharam, não podendo mais Eusápia agir sobre o pesa-cartas, “nem uma única vez”! Com Max Dessoir falhou também experiência semelhante, que consistia em fazer a médium mover sobre a mesa um simples fósforo, sem tocá-lo. Aliás, nesse sentido, foi estabelecido um prêmio de dois mil francos para o médium que conseguisse deslocar qualquer objeto, sem tocá-lo. A experiência, que foi largamente divulgada pelo “Matin”, jornal de grande tiragem de Paris, tendo repercussão pelo mundo inteiro, devia ser realizada no laboratório do professor Dastre, na Sorbonne, mas não apareceu ninguém para submeter-se à prova! Isso foi considerado tanto mais estranho quanto, naquele momento, apareciam comunicações sobre médiuns que faziam elevar no ar, sem tocá-los, móveis e objetos pesando até centenas de quilos, levando diversos sábios a falar de levitação como de qualquer coisa já cientificamente demonstrada. Quando D’Arsonval recebia ordem de Eusápia para levantar uma pequena mesa, fazia-o facilmente, embora, pouco depois, por ordem inversa, não conseguisse mais fazê-lo, pois “a mesa parecia pregada no chão”. Em breve, alguns observadores verificaram que o peso do médium colocado sobre uma balança variava segundo a posição dos objetos que ele punha em movimento em torno de si, tudo de acordo com as leis de física, pois havia diminuição de peso do seu corpo quando se apoiava sobre eles e aumento quando era ele que servia de ponto de apoio. Quando o médium perdia contato com o chão não conseguia produzir mais fenômenos de levitação! Crookes estudou o fenômeno com aparelhos de física, servindo-se do célebre médium Daniel Home, que conseguia alterar o peso do corpo e tocar instrumentos musicais à distância. Os relatórios são impressionantes, porém, mais tarde, descobriu-se que Home, à maneira do que tem acontecido com todos os médiuns célebres, havia cometido toda espécie de truques e mistificações.

“Para fazer-se uma mesa levantar-se no ar por alguns segundos, são necessárias manobras especiais, sobretudo a de dar-lhe um certo movimento, capaz de fazer mudar rapidamente o seu centro de gravidade, como usam os saltimbancos em suas exibições. Além disso, pode-se ajudar com o calcanhar ou cordões finos, quando a iluminação é pouca intensa. No livro “Around the World with a Magicien and a Jugger”, encontra-se a fotografia de uma mesa no ar e, na figura, não se percebe como pode ter sido isso obtido”.

Uma mesa de pouco peso pode ser levantada por meio de um anel tendo uma pequena fenda. Para isso, o médium enterra um percevejo na mesa, que, tendo a mesma côr do móvel, passe despercebido aos espectadores. Depois, nele engancha o anel e, assim, levanta a mesa, tendo sobre ela as mãos espalmadas. Também, por meio de um anel, tendo um gancho em forma de U e pintado da mesma côr da pele, torna-se possível, enganchando-o na tábua da mesa, levantá-la, mesmo em plena luz, diante do olhar perplexo dos espectadores. O mesmo pode ser feito pelo emprego de um fio resistente e bem fino que o mágico ou o médium faz passar por baixo do móvel ou põe em contato com outros objetos, conseguindo deslocá-los ou levantá-los. O fio comumente empregado deve ser bastante longo, de aproximadamente meio metro de comprimento, e possuir alças largas nas extremidades, para nelas poder o operador facilmente introduzir os dedos, executando movimentos de grande extensão. Um fio de cabelo passa despercebido a cinquenta centímetros de distância e, em muitos casos, a manobra é executada por um auxiliar, que a torna assim mais segura e impressionante.

Uma vez, pegou-se Eusápia servindo-se de uma flor com longa haste, por meio da qual produzia singulares manifestações de telecinesia. Na residência de Gustave Le Bon, em Paris, viu-se por diversas vezes, em quase plena claridade, aparecer uma mão acima da cabeça dessa médium. Mas, observando as suas espáduas por meio de uma iluminação lateral, que ela não podia perceber, verificou-se que as mãos materializadas eram as da própria médium, que conseguia libertar-se do controle dos observadores, sendo os movimentos das suas mãos conjugados com os dos seus ombros. Quando ela se deu conta dessa verificação, imediatamente deixou de se operar a materialização das mãos. D’Arsonval e Dastre, naquela ocasião, chegaram à conclusão de que todos os movimentos e materializações não passavam de fraudes e acrobacias. O Instituto Psicológico de Paris, por sua vez, não conseguiu observar caso algum em que a fraude não representasse qualquer papel. Com Eusápia aconteceu de, por mais de uma vez, segurarem-lhe a mão ou o pé quando, à distância, realizava contatos de além túmulo. Albert Moll, numa sessão espírita, na qual a gaveta de uma mesa se abriu espontaneamente diversas vezes por influência de forças mediúnicas, conseguiu pegar o pé da médium no momento em que executava a manobra, metendo-o na fenda, atrás da gaveta. Quando, em situação idêntica, Dessoir conseguiu pegar o pé de uma médium, calçado de meia, já tinham os seus companheiros de sessão percebido contatos, que atribuíam uns a punhos de gigante, outros a mãos de criança, terceiros a cabeças de cachorro, etc. O emprego do pé, pelos médiuns, é tão freqüente que um ator descobriu ser hábito de quase todos eles usar sapatos muito folgados. Não é por outra razão que os tecidos para materialização são muito finos, do tipo da gaze e da musselina, sempre vaporosos, de volume mínimo, ocupando espaço insignificante. Basta dizer que um pedaço desse tecido, que pode ser colocado no ouvido ou mesmo na cavidade de um dente, fornece material capaz de tomar enormes proporções. Um autor fala de um tecido oriental, do qual um centímetro cúbico dava um balão de cinco metros de diâmetro.

Não é também por simples coincidência que quase todos os médiuns dados a materializações são mulheres, muitas das quais trabalham de preferência no período da menstruação. Nessas condições, o transporte dc material é mais fácil e garantido, uma vez que os processos de controle não podem ser tão rigorosos. De qualquer modo, investigadores científicos têm se queixado de que, na troca de roupa, sempre necessária à boa verificação, há lugar para fraude, porque, em se tratando de mulher, quando muito ocorre troca de combinação, sob a qual podem estar ocultas outras coisas, por vezes coladas ao corpo ou escondidas nas suas cavidades. Recordemos a história burlesca de Ejner Nielsen, cognominado o grande Nielsen, médium norueguês, célebre, sobretudo, pelos fenômenos de materialização, cuja autenticidade foi objeto de investigação por parte de diversos cientistas. As primeiras esperiências foram realizadas na Universidade de Cristiania por uma comissão de professores eminentes, designados pelo Reitor da Universidade, por solicitação da Sociedade Norueguesa de Pesquisas Psíquicas. Essa comissão chamou a atenção para as dificuldades de controle, mostrando ser necessário examinar a fundo o médium, desde a boca, o nariz e a garganta, até o estômago, o ânus e o reto. E isso conscientemente, em todas as sessões, porque ele, cada vez, se punha ao corrente da verificação, encontrando novos recursos para burlá-la. No caso em questão, ficou evidente que as condições das experiências eram estabelecidas pelo próprio médium e os seus auxiliares, o que naturalmente facilitava as fraudes. Nielsen trocava a roupa por um maillot que, por segurança, era justo e cosido ao corpo, sendo-lhe examinada a boca, o nariz e a garganta, mas não o reto, por sua expressa proibição. Pois bem, numa das últimas sessões realizadas por essa comissão, encontrou-se um pequeno furo no maillot e, em torno dele, assim como em diversos lugares do corpo do médium, pequenas porções de matéria fecal. Foi, aliás, somente nessa sessão que houve aparecimento de ectoplasma, fotografado pela comissão, mas que, seguramente, provinha do material guardado no reto. O médium conseguiu, sem dúvida alguma, libertar uma das mãos para executar a manobra necessária, isto é, levar à boca o que estava oculto no ânus, a fim de produzir as materializações que lhe escapavam da cavidade bucal. O processo de ocultar objetos introduzindo-os no reto tem dado lugar a manobras fraudulentas, que às vezes não são descobertas mesmo quando se faz o exame digital ou retoscópico desse órgão. São conhecidos casos de forçados que têm conseguido levar até o cólon transverso cilindros de extremidades cônicas contendo objetos de valor e que, introduzidos pelo ânus, são conduzidos por manobras externas, feitas com as mãos, até àquela porção do intestino.

A regurgitação vinda do estômago é fenômeno conhecido de há séculos, tendo recebido em medicina a denominação de mericismo, vinda dum verbo grego que significa ruminar. Por vezes, essa faculdade atinge tal grau, que o seu possuidor chega a explorá-la em exibições públicas, para ganhar dinheiro. Eu próprio tive ocasião de ver um indivíduo dessa classe, que se apresentava em teatros de variedades. Ele vinha à cena com um aquário contendo peixes vermelhos e rãs e, diante dos olhos do público, engolia todos aqueles animais, um a um, e bebia toda a água do aquário, que não era muito pequeno. Depois, fazia subir à boca os animais, também um a um, lentamente, a conversar e sorrir, para preencher o tempo do seu número. E executava tudo isso até com graça e elegância, aparecendo-lhe por exemplo, entre os lábios, a perna de uma rã, por onde pegava o animal, colocando-o no aquário e, assim sucessivamente com as outras e, finalmente, com os peixes. Por fim, a água era esguichada, de longe, como um repuxo, até encher o vaso, onde de novo os animais nadavam calmamente. Interessante é que ele os repunha na mesma ordem daquela em que haviam sido ingeridos. Se a ingestão havia sido iniciada pelas rãs e terminada pelos peixes, eram elas que, pela regurgitação, apareciam em primeiro lugar.

No caso já citado do norueguês Nielsen, antes de ser ele desmascarado, um engenheiro de Berlim, que possuía esplêndido laboratório de pesquisa, chegou à conclusão de que o ectoplasma fornecido pelo médium era autêntico e que os resultados falsos eram obra dos próprios médicos que o observavam! Muito interessante é o fato de Nielsen posuir um dente de ouro que aparecia regularmente nas materializações, assim como também o seu nariz, fácil de reconhecer, apesar dos disfarces. Quando as suas materializações saíam do gabinete, foi possível reconhecer, sob os véus ideoplásticos, as mangas arregaçadas da sua camisa! Depois de tudo isso, é compreensível o ridículo em que caiu esse médium, que recebeu o epíteto de rei de materializações anais, com auréola de martírio…

Por várias vezes, já tem sido chamada a atenção para um fato que se repete em muitas dessas situações: o do médium experimentar com os sábios e não estes com ele, uma vez que as condições das experiências são determinadas pelo médium. Um exemplo muito ilustrativo foi fornecido por Willy Schneider já anteriormente analisado e que recusou a proposta do professor Siegfried Becher, que quis protegê-lo da luz pelo emprego de óculos amarelos, iluminando a sala com luz ultravioleta monocromática. Dessa maneira, o médium ficaria mergulhado em escuridão completa, não sendo incomodado pela luz, que pretendidamente representa grande estorvo para ele, capaz de impossibilitar o aparecimento de manifestações sobrenaturais. Aliás, as verificações habitualmente empregadas estão longe de corresponder ao que poderia ser estabelecido por médicos especialistas ou mesmo guardas de alfândega quando suspeitam contrabando. Algumas vezes têm sido encontrados médiuns usando calçado de sola e salto ocos; outros munidos de fios, barbatanas e até pinças que se desdobram tais como as usadas por gatunos para apanhar objetos ao longe, tudo isso sem contar guitarras, luvas fosforescentes, apetrechos de papelão negro, mesas e cadeiras especialmente construídas, etc.

Franck-Kluski é o pseudônimo de um escritor polonês, que se tornou médium famoso. As suas produções foram estudadas no Instituto Metapsíquico de Paris pelo seu diretor, o doutor G. Geley. Kluski produzia sobretudo fenômenos luminosos, materializações em parafina e gesso, especialmente de membros. Paul Heuzé assistiu a uma sessão desse médium em Varsóvia e, para corresponder ao pedido de um compatriota, solicitou a Kluski para materializar uma fisionomia. O médium mostrou-se irritado, mas prometeu fazê-lo. Quando tudo ficou às escuras, ouviu-se barulho no vaso de parafina líquida, onde se verificou depois, em vez de fisionomia, uma modelagem de nádegas respeitáveis. Heuzé achou-as idênticas às de Kluski, mas no protocolo da sessão são dados como sendo de uma velha, enquanto um diplomata presente as comparou às de uma criança! Se essa divergência de opinião já é extraordinária, tratando-se de um modelo sólido e bem fixado, maior deve ser a surpresa ao saber-se que Geley atribuiu essa formação a forças metapsíquicas, a uma manifestação ideoplástica, graças à presença de poderes inteligentes na sessão! Tudo isso apesar de haver o próprio Geley declarado que o médium sofrera uma profunda queimadura nas nádegas, que o fez sofrer durante muitos dias!

Nas moldagens mediúnicas, informa-nos Richet, “distinge-se muitas vezes o delineamento de um tecido de gaze lizeira, que protegeria os dedos e o rosto do médium contra o contato direto da argila ou do mastique. Não se pode ver aí uma objeção. Pelo contrário: é antes uma prova de autenticidade das experiências, porque a materialização de tecidos inertes acompanha sempre a materialização de tecidos vivos”. E conclui ingenuamente: “Depois: como manejar e fazer desaparecer essa gaze nas condições de controle experimental rigoroso que se conhece?”

Outro caso que teve grande repercussão foi o de Jean Guzig, célebre médium polonês especializado na produção de manifestações físicas. O doutor Geley foi observá-lo em Varsóvia e obteve tais resultados que o fez vir a Paris, onde permaneceu durante muitos meses, sendo objeto de investigações em seu Instituto. Nessa ocasião, assistiam às sessões grande número de pessoas eminentes, entre as quais Oliver Lodge, Charles Richet, C. Flammarion, os professores Leclainche e Vallée e diversas outras. Foi daí que partiu o célebre “Manifesto dos Trinta e Quatro”, publicado no jornal “Le Matin” e que produziu grande sensação, pois concluía pela veracidade dos fenômenos observados: “Afirmamos simplesmente a nossa convicção de que os fenômenos obtidos com Guzig não são explicáveis nem por ilusões ou alucinações individuais ou coletivas, nem por uma fraude qualquer.” E, diante disso, acrescentava: “II marquera une date capitale dans l’histoire de la métapsychique”. Mas, quando Guzig foi posto sob controle de uma comissão de sábios da Sorbonne, formada pelo físico Langevin, o biologista Rabaud, o fisiologista Laugier, o físico-químico Marcelin e J. Meyerson, diretor do Laboratório de Psicologia fisiológica da Sorbonne, as sessões deram somente resultados negativos, deixando de aparecer qualquer manifestação mediúnica. A prova consistiu em pôr sob controle automático as pernas do médium, cujos movimentos não poderiam escapar aos observadores. Isso veio confirmar a denúncia de Max Dessoir que, já anteriormente, havia conseguido pegar o pé do médium, quando executava movimentos telequinéticos por meio dele. Contra as conclusões da Sorbonne foram levantados protestos sob pretexto de estarem baseadas em indícios e não em provas concretas. Mas, depois, em outros centros, puderam ser demonstradas fraudes, até por meio de fotografias. Verificou-se, por exemplo, que um fio elétrico, afastado da cadeira de Guzig e que servia para dar sinais, foi encontrado fora do lugar ao alcance da sua mão. De outra vez, a fotografia pelo magnésio mostrou que ele havia libertado uma das mãos, apesar de continuar fechada sobre a mesa a cadeia formada pelos presentes. Aliás, já se sabia que segurar as mãos do médium, no escuro, de nada vale, como estava demonstrado por numerosas obervações.

Um desmascaramento do espiritismo que teve grande repercussão foi o ocorrido em Nantes, na França, onde foram vítimas de espancamento dois jornalistas de Paris, que escaparam de ser mortos dentro da sala das sessões. Tratava-se de um jardineiro boçal, transformado em médium e que, há diversos anos, vinha produzindo fenômenos impressionantes, observados até por pessoas vindas especialmente do estrangeiro, de terras longínquas. Nas sessões, apareciam Napoleão, Joana d’Arc, o próprio Jesus Cristo! Tudo se realizava a portas fechadas, somente com a presença de pessoas garantidas, crentes no espiritismo. Os dois jornalistas serviram-se de convites para outras pessoas e, assim, puderam assistir a uma sessão. Tudo ocorria como nas sessões espíritas habituais. Da cabine do médium partiam gemidos de sofrimento e, logo depois, abriu-se a cortina e surgiu um espírito envolto em véus brancos, tendo o rosto coberto de preto. Uma senhora presente reconheceu a sua filha morta e houve uma cena patética. Num dos movimentos do fantasma, os jornalistas perceberam, atrás dos véus, algo das calças e dos suspensórios do jardineiro. Um deles agarrou-o pelo braço, que era musculoso, de trabalhador, enquanto o outro arrancava-lhe o disfarce, iluminando a ridícula cena com poderosas lanternas de bolso. Aí, a dirigente da sessão gritou que os prendessem, que não os deixassem sair. E, assim, iniciou-se a pancadaria sob os gritos: “À morte, os espiões! matemo-los, furemo-lhes os olhos!”. E foi com dificuldade que escaparam com vida! Os agressores negaram os fatos e, por isso, não houve processo-crime. Por fim, os jornais espíritas ajeitaram a questão à sua moda, até levantando-se contra o Instituto Metapsíquico de Paris, ao qual pertencia um dos agredidos, Charles Quartier, redator da Revista daquele Instituto. E parece que as sessões prosseguiram, tudo como antes do desmascaramento.

Outro caso que teve grande repercussão foi o dos médiuns Thompson, marido e mulher, célebres pelo seu poder de materializações e cujo desmascaramento ocorreu dias depois de haverem realizado uma sessão cheia de sucessos extraordinários, na qual foi materializada a mãe de Arthur Conan Doyle, já falecida. Ela saiu da cabine para saudar o filho que estava presente e lhe beijou a mão, dirigindo-lhe palavras afetuosas. Três dias depois, realizou-se a sessão, a que assistiram um detetive e um policial de Nova Iorque, sendo os resultados publicados no New-York Sunday American de 3 de setembro de 1922, sob o título: “Como os médiuns fizeram aparecer a mãe morta de Sir Conan Doyle”. A notícia era da autoria do Dr. Leonard Hartman, em cuja casa houve a sessão. O policial pediu que Eva Thompson materializasse uma imaginária “Tia Ema” ao que ela aquiesceu, mas o que apresentou foi tão pouco convincente que os representantes da lei não tiveram dúvida em saltar sobre o médium e o seu fantasma. Enquanto um se apoderava deste, era aquele seguro pelo outro. Quando se acenderam as lâmpadas, foram vistos todos os acessórios usados pelo médium. Além dos seus próprios vestuários, foram encontrados em poder do médium uma roupa de seda preta com que simulava trajes de homem, alguns botões fosforescentes para produzir fulgurações “espíritas”, uma trombeta e um “piano espírita”, pretendidamente tocado por mãos sobrenaturais, mas que, na realidade, se movia por um mecanismo, ao qual se dava corda. Os Thompson foram processados e cada um deles condenados a 10 dollars de multa. É de vantagem acrescentar que o autor do artigo em questão, L. Hartman, era presidente da Primeira Igreja Espírita de Nova Iorque. O nome de Conan Doyle foi, naquela ocasião, explorado pela imprensa americana de maneira pouco favorável, sobretudo em relação à sua obra “A Vinda das Fadas”, de fundo espírita e cheio de fragrantes incongruências.

Haraldur Nielsson, num livro sobre espiritualismo experimental, revela coisas espantosas obtidas com um médium extraordinário, Indridason, que se elevava com a poltrona até o teto, materializava vozes diferentes e que eram ouvidas ao mesmo tempo e, certa vez, conseguiu desmaterializar um dos seus próprios braços, que desapareceu do corpo, como foi verificado pelos circunstantes. É verdade que tudo isso, como era de esperar, se realizava no escuro, tendo ele se recusado a tirar a camisa para que pudessem examinar o ombro, sem o braço! O autor diz textualmente: “O braço esquerdo do médium foi completamente desmaterializado. O braço desapareceu completamente e foi impossível encontrá-lo, apesar de termos feito luz na sala e examinado minuciosamente o médium. Na última noite, foram designadas sete pessoas para verificar esse fenômeno. Fizeram luz em torno do médium, mas a manga estava vazia, como anteriormente. Foi permitido apalpar em redor do ombro, mas o médium não autorizou que o desvestissem”. O autor do livro é professor de teologia na Universidade de Islândia e Charles Quartier, que o comenta, diz que ele não deve ter percebido as dificuldades do problema, talvez pelo fato da sua educação não ter sido orientada na direção da pesquisa científica.

Um outro desmascaramento, dos mais extravagantes na história do espiritismo, foi o de Charles Eldred, o médium de Nottingham, suspeito por trazer sempre para a sessões uma cadeira da sua propriedade e com a qual foi apanhado em flagrante de fraude. Descobriu-se na cadeira um compartimento secreto, disfarçado no encosto e no qual foram encontrados: um manequim que se podia dobrar, feito de setineta cor de rosa; uma máscara cor de carne; doze metros de seda chinesa branca; dois pedaços de pano fino de cor preta; três bolsas de cores diferentes; duas perucas, sendo uma branca e uma cinzenta; um cabide para suspender os panos, e assim, simular outra pessoa; uma lâmpada elétrica com 4 metros de fio e um interruptor para produzir clarões e luminosidades espíritas; um vidro de perfume; alfinetes, etc. Tudo foi publicado com fotografias, mas isso não impediu Eldred de prosseguir em suas atividades. Harry Price fornece essas informações, no volume 26 do periódico “Light”, onde descreve outros casos idênticos, terminando por repetir a frase de Barnum: “Graças a Deus, também existem tais pessoas”! Harry Price fala ainda de uma sessão paga, a que assistiu, na qual o médium produzia fenômenos fosforescentes por meio de um composto de óleo fosforado. Mas, ao iniciar a sessão, teve a infelicidade de quebrar o vidro do líquido, colocado no bolso traseiro da calça. O resultado foi o médium, ao levantar-se da cadeira, deixar sobre a mesma uma imagem fosforescente semelhante a uma lua cheia e que correspondia ao fundilho das suas calças.

Harold Evans é outro médium que desencadeou grande ruído em torno dos seus poderes sobrenaturais. Chegou a ser cognominado na Inglaterra de “formidável Evans”, tal a beleza e perfeição das suas materializações. Ele declarava que os desencarnados tiravam do seu corpo a substância ectoplasmática, graças à qual conseguiam aparecer às pessoas presentes. As suas próprias roupas estragavam-se rapidamente devido aos processos de desmaterialização que sofriam. E pedia que o examinassem minuciosamente, que verificassem nada haver de suspeito. Depois disso, era amarrado numa cadeira, rigorosamente, a fundo. Aí, começavam então as manifestações extraordinárias: toques de campainha, sons de instrumentos musicais, manchas luminosas que apareciam e se transformavam em espíritos, cujo aspecto era variável, diferindo de um para outro. O mais impressionante era o de Santa Catarina, moça, linda, como no célebre quadro de Veneto. Ela tocava as pessoas presentes, abençoava-as, escrevia mensagens consoladoras. O “Sunday Chronicle” havia organizado uma comissão para estudar poderes de médiuns, da qual faziam parte Sir W. Arbuthnot Lane, o célebre cirurgião; o professor Julian Huxley, biologista de renome; o professor A. M. Low, Aldous Huxley e Miss Tennyson Jesse, romancista; J. C. Wilson, especialista em raios X e Sir Conan Doyle. Foi uma das suas sessões que o médium foi desmascarado, ao ser surpreendido na posição mais ridícula do mundo: pés descalços, sem calça, a camisa sobre a cabeça! Era um verdadeiro homem-serpente, que se havia libertado dos amarrilhos e, depois de representar o papel de Santa Catarina, preparava-se para voltar ao seu lugar na cadeira! Tudo foi descoberto por meio de lanternas elétricas, cuja luz foi projetada sobre o médium. Relatando o acontecimento, o “Sunday Chronicle” estabeleceu um prêmio de mil libras para o médium que produzisse qualquer fenômeno de materialização, sob controle. O mesmo fora feito em 1922 pela revista americana “Scientific American”, que ofereceu um prêmio de 2500 dólares, aproximadamente 50 mil cruzeiros, para quem demonstrasse cabalmente qualquer fenômeno mediúnico. Pouco depois, “Science and Invention”, outra revista americana, estabeleceu o de 10 mil dólares, cerca de 250 mil cruzeiros, para a demonstração de ectoplasmas e materializações. Para o primeiro prêmio apareceu um único candidato e, para o segundo, nenhum. Os resultados foram negativos e a sua publicação deve ter afastado novos concorrentes. A verificação foi feita com extrema facilidade, tendo sido levadas em considerações as exigências do candidato. A prova foi feita na obscuridade, sem algemas ou outros estorvos, não tendo sido acendidas luzes subitamente nem tomadas fotografias inesperadas. O controle consistiu em sinais elétricos, invisíveis, à observação do médium, que funcionavam em compartimentos vizinhos, com marcação exata do tempo. Quando, por exemplo, o médium se levantava da cadeira, dava um passo, fazia qualquer movimento, era isso logo assinalado por lâmpadas que se acendiam, estando inclusas em circuitos pré-determinados. Dessa maneira, foi fácil verificar que todas as manifestações apresentadas pelo médium partiam de manobras por ele próprio executadas, não havendo por trás delas nada de sobrenatural. Foi certamente essa demonstração que tirou o ânimo a outros concorrentes, afastando-os de provas bem remuneradas e que poderiam ser executadas com facilidade, comodamente.

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 


233 respostas a “Livro Gratuito: “Mistérios e Realidades Deste e do Outro Mundo”, por Antonio da Silva Mello (1960)”

  1. Toffo Diz:

    Com tanta fraude, se poderia perguntar qual a vantagem de algo ser verdadeiro. Por ínfimo. Sinceramente, acho tudo isso uma perda de tempo.

  2. Marciano Diz:

    Vou baixar agora e ler assim que puder.
    É desse tipo de livro que eu gosto.
    Não entendi muito bem o que TOFFO quis dizer, mas perda de tempo é ler as obras de cx, Divaldo, Marinzeck e cia. bela, como diz ARDUIN.
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    No frontispício do livro “Les Misérables”, de Victor Hugo, é dito:
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    “Enquanto existir nas leis e nos costumes uma organização social que cria infernos artificiais no seio da civilização, juntando ao destino, divino por natureza, um fatalismo que provém dos homens; enquanto não forem resolvidos os três problemas fundamentais, a degradação do homem pela pobreza, o aviltamento da mulher pela fome, a atrofia da criança pelas trevas; enquanto, em certas classes, continuar a asfixia social ou, por outras palavras e sob um ponto de
    vista mais claro, enquanto houver no mundo ignorância e miséria, não serão de todo inúteis os livros desta natureza”.
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    Parafraseando o escritor conterrâneo de Rivail, eu digo que enquanto houver otários que acreditam em espiritices, religiões, médiuns e outras bobagens da natureza, livros como esse devem ser publicados e lidos.
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    Obrigado, Vitor, ainda não li e já gostei.
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    P.S.: Não comungo das ideias esquerdistas de Hugo nem acredito que a solução para as diferenças sociais e ignorância sejam vermelhas, isto é outro engodo. Também não acredito em destino, muito menos em divindades. Mas não se pode negar que o cara era um bom escritor e um grande pensador.

  3. Marciano Diz:

    Logo no prefácio do livro, Silva Melo já diz:
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    “A
    S IDÉIAS CONTIDAS neste livro são tão simples, tão insignificantes, já tão bem investigadas, que o autor se sente quase contrafeito em tomá-las como objeto de seus estudos. No entanto, julga-se a isso obrigado, parecendo-lhe que qualquer evasiva constituiria falta de cumprimento do dever. Há muitas dezenas de anos, tão longe quanto podem recuar as suas recordações, preocupam-no os problemas aqui tratados, que, na verdade, são do interesse de todos os seres humanos, para muitos dos mais graves e importantes da existência”.
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    Concordo “in totum”.
    As sujeiras e aberrações que muitas pessoas (a quase totalidade delas, na verdade) têm na cabeça foram ali postas por outras pessoas, na maioria das vezes, os próprios pais.
    Por isso concordo com o autor de que temos, todos os céticos, o dever de retirar todo esse lixo da cabeça de quantos pudermos, se o conseguirmos, já que tarefa costuma ser inglória.

  4. Cacique Diz:

    “Não há nada de novo sob o sol”, como diz o Eclesiastes. Os embusteiros jamais desistem. Aperfeiçoam seus truques, ludibriam mais e mais pessoas, porém chega o momento em que a casa cai, como no caso do governo petista. E isso vai continuar a acontecer até que a humanidade seja extinta, porque as pessoas são crédulas e tolas, precisam de uma razão metafísica para viver. Se julgam tão especiais que não aceitam o fato de que viver uma só vida é mais do que suficiente. Quem almeja a eternidade não se preocupa com eventuais fraudes nos meios religiosos, pois os fins sempre justificam os meios.

  5. Marciano Diz:


    ” E pensa que, nessas mesmas condições de ignorância e de interesse, de angústia e de desorientação, devem viver milhões de seres humanos, entre os quais indivíduos de alta cultura, mesmo inúmeros sábios e professores universitários”.
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    COMENTÁRIO: O cara tava adivinhando sobre o futuro ARDUIN?
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    ” E faz esta afirmativa com absoluta convicção, porque, ao chegar ao final do caminho, ao estudar as indicações do seu roteiro, verificou que não tinha visto nada de novo e que a região já havia sido explorada em todas as direções por outros viajores mais perspicazes e mais bem informados.”
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    COMENTÁRIO: Agora ele está citando o Eclesiastes, como você, CACIQUE.
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    ” É verdade que os opositores esqueceram-se de apresentar as suas próprias credenciais, e, o que é ainda pior: fatos que viessem invalidar as afirmativas apresentadas na publicação. Tudo ficou em palavras, em deturpações de textos e citações, em velhos argumentos, já gastos pela sua monótona repetição. Tem sido sempre assim no campo da metapsíquica, quando os fatos são analisados desassombrada-mente, de acordo com a sua exata realidade.”
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    COMENTÁRIO: Agora ele estava adivinhando sobre o futuro blog “obraspsicografadas.org”.
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    Ainda no primeiro capítulo, constato que Millor tinha mesmo razão: o primeiro deus nasceu no dia em que o primeiro malandro encontrou o primeiro idiota.
    Ainda não vi o autor mencionar leitura fria, não sei se essa malandragem já tinha nome naquele tempo, mas ele descreve direitinho o processo.
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    Também já fiz várias experiências, só que mais simples, mais objetivas e mais impactantes do que as do autor.
    Algumas, já relatei aqui e até aconselhei outros a repetirem.
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    A história dos cavalos adivinhos hoje em dia é conhecida por todo mundo, graças à tv a cabo e à internet.
    Incrível é como ainda existem otários, na era da informação.
    Será que esses cavalos apanharam para aprender a interagir com o malandro?
    Eu tenho um mangalarga que é perito em cálculo integral e cálculo diferencial.
    Só responde aos problemas se forem formulados em sueco, única língua dominada pelo animal.

  6. Gorducho Diz:

    Vamos testar cientificamente a paranormalidade do animal. Peça p/ele completar – sugiro colocar uma corbeille à bec (avec crayon, bien sûr) na boca dele:
     
    En funktion F(ξ) sådan att F’(ξ) = ƒ(ξ) kallas ________________________________

  7. Gorducho Diz:

    “Não há nada de novo sob o sol”, como diz o Eclesiastes.
     
    Mais um dos dogmas importados pelo Kardec derrubado: a “perfectibilidade” dos humanos.

  8. Biasetto Diz:

    Médium terá de pagar pensão à vítima de cirurgia espiritual

    http://www.paulopes.com.br/2009/05/medium-tera-de-pagar-pensao-vitima-de.html#.U0lCHVVdXp8

  9. Marciano Diz:

    “Falando do auxílio que o experimentador pode fornecer ao vidente em casos de lucidez, diz Richet textualmente: “É necessário ficar absolutamente impassível. Não é senão com grande esforço que se consegue chegar ao mutismo absoluto, à imobilidade absoluta, pois somos levados a reforçar os bons resultados e a corrigir os maus. Cala-se em silêncio desaprovador quando a pessoa está em mau caminho e encoraja-se a prosseguir quando se encontra ela em bom caminho. Eu falo por experiência. Não é senão depois de longas tentativas que se consegue chegar, talvez ainda imperfeitamente, a essa impassibilidade glacial. E acredito que pessoas menos experimentadas que eu não poderiam manter sempre essa atitude silenciosa e imparcial”. E, nesse ponto concorda com A. Hill: “Tudo depende do rigor da experimentação. Se o experimentador fica completamente mudo, sem dar o menor sinal de aprovação ou negação; se se conserva completamente impassível e toma notas completas de tudo o que é dito, então, a experiência é válida. Aliás, tanto a impassibilidade quanto o registro completo e rigoroso de todas as palavras do médium são realmente muito difíceis”.
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    COMENTÁRIO: Eu sugiro algo bem diferente. Se a pessoa fica muda, não se mostra receptiva às iscas do médium, ele fica desconfiado, vê que está diante de um cético.
    É muito melhor dar informações erradas. Pensa-se em alguém que se conhece e fornecem-se as informações relativas a tal pessoa.
    Normalmente ele se atrapalha todo na leitura fria.
    Experimentem!
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    “Nunca havia sentido tanta dificuldade de vidência quanto comigo”.
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    COMENTÁRIO: Só porque eu ainda não havia nascido.

  10. Marciano Diz:

    GORDUCHO, cheguei à conclusão de que meu manga-larga é um mentiroso, ele não resolveu o problema.
    Aliás, a mentira é recorrente no blog, é só ver o que publiquei em meu mais recente comentário no post abaixo, sobre a pastora:
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    Marciano Diz:
    abril 12th, 2014 às 12:49
    Então lamento informa-lo que o Scur não é um espírito superior, pois ele mentiu quando disse que cx e respectiva mãe não mentem.
    Aliás, o VITOR já disse que o SCUR é mentiroso.

  11. Gorducho Diz:

    (…) primitiv.

  12. MONTALVÃO Diz:

    Prezados,
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    Fiz apreciações sobre a obra de Silva Mello no ECAE, os quais aqui reproduzo, com pequenas adaptações.
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    O livro de Silva Mello teve três edições, a primeira em 1948, a terceira em 1960. Nesta obra o autor analisa a atuação mediúnica-metapsíquica de dezenas de personalidades que ganharam destaque no cenário Europeu e norteamericano. De médiuns brasileiros comenta muito pouco e praticamente nada do kardecismo. Nem mesmo Chico Xavier, que na época da publicação já gozava de grande fama, mereceu uma linha. Isso, porém, não impediu que o estudo de Mello mexesse com os brios espiritistas. E não poderia ser de outra forma: as figuras que Mello cita, como autores de falcatruas variadas, são todas, em obras espíritas, tidos por grandes representantes da mediunidade. Em outras palavras: o que Mello reputa ser falso, os espíritas consideram legítimo.
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    Examinando-se, por exemplo, o livro de Carlos Imbassahy “O Espiritismo à Luz dos Fatos” encontramos quase todos os nomes referidos nos “Mistérios e Realidades” como enganadores, dados por bons e legítimos comunicadores com o além. Uma ilustração interessante encontramos no tratamento que esses dois autores dão ao outrora afamado Mirabelli. Imbassahy (autor por quem Arduin tem verdadeira devoção), apesar de espírita fundamentalista era um intelectual que defendia sua crença com singular firmeza. Seria esperável que, como espírita esclarecido, pudesse perceber que Mirabelli não passava de malandro-simulador. Admiravelmente, Imbassahy viu a falcatrua, a registrou, para depois quedar-se convencido na continuidade do espetáculo, realizado pelo salafrário na residência do espírita. Vale a pena comparar os textos desses dois escritores, embora as abordagens sejam distintas. Ao final deste escrito apresento os dois discursos.
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    O rechaço espírita ao “Mistérios e Realidades” resultou num livro, escrito por Sérgio Valle, com prefácio de Pedro Granja, que foi intitulado “Silva Mello e seus Mistérios”, no qual o autor se esforça por demonstrar que Mello era um míope que nada sabia dos fenômentos espiritistas. Para completar as ilustrações, incluo o pronunciamento de Sergio Valle a respeito de Mirabelli. Pena que Silva Mello optou por não polemizar, embora tenha tomado conhecimento da manifestação de Valle: no prefácio à 3ª edição tece apreciações sem se aprofundar na réplica.
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    As apreciações entre colchetes ou após “comentário” são da autoria deste que ora escreve.
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    CARLOS MIRABELLI
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    (Extraído da obra: O ESPIRITISMO À LUZ DOS FATOS – Carlos Imbassahy
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    “Esse médium, de origem italiana, há muito tempo residente no Brasil, é tido algumas vezes por exímio escamoteador, outras por fraudador reles. Por outro lado, pessoas de grande responsabilidade garantem a auten­ticidade dos fatos extra-normais produzidos a sua custa.
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    A nossa dúvida, portanto, era grande. Se, amigos nossos, como Bernardino Filho e pessoas insuspeitas de sectarismo, juravam pela mediunidade de Mirabelli, de quem falavam com grande entusiasmo, outros, também merecedores de fé, afirmavam que ele já tinha sido apanhado em flagrante embuste.
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    Bernardino, para que não nos restasse dúvida so­bre os dons do seu amigo, ficou de trazê-lo a nossa casa. Em vista do que se dizia do médium, só não recusamos tal visita, por no-lo impedirem os preceitos de educação. Acrescia a circunstância de nos afirmarem, e nisto não havia discrepância entre os seus próprios admiradores, que o médium era seguido por Espíritos turbulentos, o que em linguagem espírita se chamaria um “indivíduo mal acompanhado”.
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    Quando ele aparecia numa casa, as louças se que­bravam; onde ia, objetos de vária espécie levitavam e se projetavam nos assistentes ou nele próprio; a vidralhada partia-se ruidosamente nos armários e prateleiras e os estilhaços voavam pelo espaço, quando não se lan­çavam nos assistentes ou no médium.
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    Na Federação Es­pírita do Estado do Rio, com o salão repleto, um quadro enorme desprendeu-se da parede e atirou-se na testa de Mirabelli, causando a todos um enorme pânico. Qui­nhentas pessoas testemunharam isto.
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    Como é de ver, não tínhamos vontade nenhuma de presenciar essa perigosa mediunidade, e muito menos a tinham as pessoas de nossa família. E, se juntarmos a tudo, o mal que se dizia dele, fácil é conjeturar a contrariedade de que fomos tomado quando, numa bela tarde, ele nos apareceu em casa acompanhado de uma senhora e do Bernardino.
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    A nossa cara deveria ter sido, no momento, a do la­vrador quando vê surgir no horizonte uma nuvem de gafanhotos. Havia, ainda, a notar, a circunstância de achar-se enferma pessoa da nossa família, a quem as fa­çanhas de Mirabelli inspiravam um invencível pavor. [a doente era a esposa de Imbassahy] De sorte que, não poderia haver, naquele instante, para nós, criatura mais indesejável.
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    Escondemos como nos foi possível o nosso aborre­cimento, enquanto Mirabelli se sentava, jovialmente e à vontade, numa cadeira de balanço.
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    Apesar de simpático, Mirabelli é muito espetaculoso. Hiperbólico, cheio de gestos, falando alto e nem sempre a propósito, com rompantes na voz, movimentos bruscos, violentos, por vezes assusta; aos indivíduos desconfiados dá logo má impressão.
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    As poucas pessoas de casa estavam juntas à enfer­ma. Na sala, apenas a senhora que veio com Mirabelli, este, o Bernardino, o industrial Daniel de Brito e nós.
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    Logo depois de haver chegado, Mirabelli pôs-se a discorrer num italiano detestável, mesclado de palavras portuguesas e castelhanas, muitas com a acentuação er­rada; era um Espírito que falava. Do que o Espírito disse, pouco se aproveitou; lugares comuns, um palanfrório inútil e dispensável. O interessante é que esse Espírito se despediu dando o nome de Lombroso.
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    — Como se calunia um pobre morto! — pensáva­mos nós.
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    Mirabelli, depois da retirada do criminalista, pareceu acordar, embora não se lhe notasse o menor sinal de transe mediúnico. [Imbassahy nota facilmente o truque] Perguntou o que dissera o “Espírito” e quem era. Repetimos a bobagem que o médium pronunciara, quando falava por Lombroso, e ele, grave, silencioso, depois de refletir um pouco:
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    É o que eu penso! Lombroso pensa como eu!…
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    Mas que grotesco charlatão — dizíamos com os nossos botões, e, se de um lado nos entristecia ver que aquele homem era uma fonte perene de desprestígio para a Doutrina Espírita, por outro lado, tranquilizou-nos a convicção de que os nossos pratos já não corriam iminente perigo, uma vez que a mediunidade ali era uma burla.”
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    COMENTÁRIO: Mirabelli tentou engrupir Carlos Imbassahy, em área em que o pensador espírita era perito, e se deu mal. A representação, que convenceria pessoas menos atentas ou menos cultas, foi imediatamente percebida tratar-se de falcatrua.
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    Se o espetáculo ficasse restrito a essa exibição fajuta de mediunidade, Mirabelli teria sido prontamente descartado por Imbassahy, mas ele tinha recursos de reserva… infelizmente para o o anfitrião, seu arsenal investigatório esgotou-se nesse episódio: a partir de então ficou à mercê do que viesse…
    .

    “Estávamos nesse solilóquio, quando o médium se virou para o Daniel de Brito e disse que ali via um parente dele, falecido. E começou a falar…
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    Ele falava e o Daniel se perturbava. É que o médium começara a revelar fatos íntimos, surpreendentes, mas que conhecíamos, outros apenas sabidos do Daniel. Em breve desvendou todo o passado do jovem, como se fôsse o parente morto que estivesse ali falando. Dir-se-ia que a infância e a mocidade do rapaz não tinham segredos para ele e, entretanto, era a primeira vez que o via e que com ele tratava. Disso ninguém tinha dúvida.
    .
    Nem se diga que o Daniel era pessoa conhecida e relacionada; pequeno e modesto industrial, mal principiara a vencer as dificuldades da vida, espinhosas para ele até então, vida apagada, triste, trabalhosíssima. Tudo o Mirabelli desvendou, dizendo que os casos lhe eram relatados pelo pai de Daniel, falecido há muitos anos, e que, de fato, deixara o filho, com outros irmãos, despro­vidos de recursos. E o homem parecia que sabia tudo, que tinha conhecimento de tudo. Não lhe escapavam os pormenores.”
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    COMENTÁRIO: aqui cabe a pergunta, que se aplica a todas as situações da espécie: como o pretenso médium soube de tais informes? As respostas variarão, conforme a inclinação do respondedor. Para alguns, somente por via mediúnica seria possível conhecer os fatos relatados (que não sabemos quais foram). Mas, o caso é que se tratava de eventos conhecidos, como o próprio Imbassahy atesta, passíveis de serem obtidos por via ordinária. Tendo em vista o histórico de Mirabelli, é mais provável que tenha conseguido as informações por métodos naturais. Entretanto, a discutível demonstração de poder mediúnico deixou o, até então, cético Imbassahy favoravelmente impressionado.
    .

    “Entramos a tremer de novo pela sorte dos pratos. Como alguém viesse dizer que a doente estava mui­to nervosa e assustada, Mirabelli resolveu dar-lhe água fluidificada. Para isso, mandou que arranjassem vasilhas.
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    Entrementes, continuou a dizer particularidades sobre a vida dos presentes e até dos que estavam no quarto. Parecia que um sopro mágico lhe tinha atravessado o entendimento.
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    Posta a água numas garrafas, dirigimo-nos para a sala de jantar, que era contígua à sala da frente. Ia fazer-se a concentração necessária.
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    As garrafas ficaram numa extremidade da mesa e o Brito, o Bernardino, o Mirabelli e nós nos assentamos junto à porta da sala da frente, a uns quatro ou cinco metros das garrafas, todos de mãos unidas, para esta­belecer a corrente.
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    A sala em que nos assentámos estava perfeitamente iluminada por duas lâmpadas de cem velas, colocadas no salão contíguo. O nosso fim visava, apenas, tornar medicamentosa, pela ação dos Espíritos, a água das garrafas, ou fluidificá-la, como comumente se diz.
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    Acedemos ao convite de Mirabelli, aliás, sem grande entusiasmo.”
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    COMENTÁRIO: Apesar de um tanto abalado pelo segundo espetáculo de mediunidade psicofônica, Imbassahy, parece-nos, ainda desconfiava. A água fluidificada é prática consagrada no espiritismo. Outras religiões também utilizam águas espiritualizadas, como a água benta dos católicos. Trata-se de uma prática terapêutica que associa fé com inocuidade. Visto que a água não faz mal a ninguém, a ela podem ser agregadas considerações as mais imaginosas, sem riscos de pôr em perigo a saúde dos usuários. Lembro que minha mãe costumava guardar litros de “água fluida”, obtidos pelas orações do Alziro Zarur (criador da LBV) e utilizava esse material para curar problemas de saúde que surgissem na família.
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    “Um de nós declarou que parecia haver Espíritos na sala.”
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    COMENTÁRIO: um detalhe importante a ser avaliado. Imbassahy não revela quem emitiu a declaração: desnecessária em ambiente espiritista. Sendo os presentes kardecistas convictos, estariam seguros da presença de almas no local. A conjectura espírita supõe que estamos cercados pela espiritualidade: não haveria um lugarzinho onde eles não estivessem presentes (parece não incomodarem que suas intimidades sejam apreciadas pelos desencarnados: devem haver espíritos fofoqueiros divulgando horrores dos vivos.
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    Minha supoisção é que a advertência sobre o comparecimento da espiritualidade fora proferida pela mulher que acompanhava Mirabelli. Seria a dica para que desse início às “manifestações”. Pelo visto, ninguém a manteve sob vigilância. Se levarmos em conta que a tal mulher fosse cúmplice do aldrabão, teria tido oportunidade de preparar o ambiente para que os fenômenos acontecessem.
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    “- Pois que se manifestem – gritou Mirabelli, com voz imperativa.
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    Imediatamente, à vista de todos, uma das garrafas levantou-se a meia altura das outras e bateu nelas com toda força, repinicando por espaço de uns cinco a dez segundos, depois do que voltou a ocupar o seu lugar. Chegamos a pensar que elas se tivessem rachado.
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    O fato foi francamente visto e ouvido, sem sombra de hesitação. Quem permanecia na sala de visitas e no quarto também ouviu o tilintar dos vidros. A doente fi¬cou enormemente alarmada.
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    Estávamos nós muito satisfeitos, por ter tido, enfim, a prova da mediunidade de Mirabelli, quando este pre¬veniu, espantado: — É preciso cuidado, agora; acaba de entrar uma falange de obsessores!
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    O sangue fugiu-nos, de repente: era a louça, que voltava a perigar. Vieram-nos à mente, em tropel, todos os relatos das depredações realizadas pelos Espíritos inferiores com os fluidos daquele médium. Víamos em es¬tilhaços os nossos cristais; e, o que ainda era pior, sentíamo-nos ameaçados de levar com os cacos pela cabeça.”
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    COMENTÁRIO: a declaração de Imbassahy é a de alguém que, diante do inusitado, perde o espírito crítico. Vejam só: ele tinha notícias de que Mirabelli andava espiritualmente “mal acompanhado” ? e estaria tendo a confirmação disso ?, mesmo assim se manifestava deslumbrado ante a cena caótica que presenciava. E o pior: alertado que falange de obsessores lhe invadira a casa, prostrou-se inerte, permitindo que os imaginados espíritos do mal realizassem a bagunça que desejassem. Ora, porque não recorreu à saudável espiritualidade, rogando às entidades do bem que protegessem o ambiente? É sabido que na luta do bem contra o mal, o bem sempre vence…
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    “A posição de Mirabelli era inquietante; pernas arqueadas, a torcer o pescoço de um para outro lado, o dorso bombeado, parecia a figura de Triboulet. Mas em vez dos esgares do riso, tinha o terror pintado na fisionomia. ~
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    – Estão ali – dizia ele. – Querem quebrar… Vão quebrar! … Livrem o rosto! …
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    E ele, mesmo, punha as mãos diante da cabeça, como anteparo, fazia-se pequeno, para diminuir o alvo e olha¬va de viés, para determinado ponto, onde deviam estar os invisíveis, maquinando as tropelias.”
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    COMENTÁRIO: os trejeitos e esgares de Mirabelli e também seus apontamentos sobre a localização dos espíritos ? que só ele conseguia “ver” ?, eram meios de distrair a atenção dos circunstantes e dificultar a percepção de seus truques.
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    “- Desta vez não escapa nada nesta casa – pensávamos nós, já arrependido de ter acedido àquela fluidificação, que prometia acabar mal.
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    A falta de melhor providência, fechámo-nos numa concentração profunda.
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    A esse tempo a doente saltava da cama e vinha pedir-nos que acabássemos com a sessão.
    ,
    Bernardino, pálido, já acostumado àquelas cenas, e, pior ainda, aos estragos, fazia-nos sinais com os olhos, como a dizer-nos que o momento não era para graças.
    ,
    Felizmente, “o ambiente” melhorou. Bernardino, Mirabelli e a senhora retiraram-se. Os de casa ficaram combalidos. Quem piorou foi a doente.
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    O autor destas linhas sentou-se numa cadeira, suando, exausto, aniquilado. O louçame estava, felizmente, intacto.
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    Restou-nos, como consolo, a certeza inabalável dos dons mediúnicos de Mirabelli.
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    Além da manifestação de ordem intelectual, houve a de ordem física – a das garrafas. Delas não se aproximara o médium. A não ser a empregada, que as encheu e colocou em cima da mesa, ninguém lhes tocou. Na sala suficientemente iluminada, havia as já mencionadas pessoas, numa extremidade, longe dos vidros, e de mãos presas uns nos outros.
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    O fenômeno se produziu, mal nos sentámos. O artifício seria impossível, em curto espaço de tempo; mas, nem esse espaço de tempo houve. Um truque era abso¬lutamente irrealizável.
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    COMENTÁRIO: Curioso como leigos em presditigitações fazem afirmações taxativas sobre a impossibilidade de fraudes. O mais provável é que Imbassahy tenha se deixado convencer por um “showzinho” montado pelo esperto Mirabelli. Visto não ter havido qualquer forma de controle, o sujeito ficou solto para realizar o que pretendia sem dificuldades.
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    SILVA MELLO: (De: Mistérios e Realidade, deste e do Outro Mundo)
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    Quando, pela primeira vez, estivemos no Instituto Metapsíquico de Paris, em fins de dezembro de 1928, o doutor Eugénio Osty, então seu diretor, pediu-me notícias do médium Mirabelli, de quem eu nunca ouvira falar e que estava fazendo furor nos meios espíritas do Brasil. Disse-me Osty que cogitavam fazê-lo ir a Paris para investigações no Instituto, tal a prodigiosa repercussão dos fenômenos obtidos por sua intervenção. Na verdade, o caso Mirabelli parecia constituir, naquele momento, um dos acontecimentos mais espantosos que estavam ocorrendo no Brasil, a julgar pelo interesse que chegou a despertar em países estrangeiros.
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    A “Revue Metapsychique” de Paris, disse que, se fosse verdadeira a fenomenologia supranormal que lhe atribuíam, seria ele “um dos casos mais assombrosos, mais admiráveis e mais belos” que jamais teriam existido.
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    E o periódico passa a examinar a situação, baseando-se numa brochura de 74 páginas, publicada em São Paulo em junho de 1926 e que relatava estar a mediunidade de Mirabelli provada por muitas provas científicas e o testemunho de grande número de pessoas de alta responsabilidade. Para estudar especialmente o seu caso foi até fundada a Academia de Estudos Psíquicos Cesar Lombroso, cuja finalidade era observar unicamente os fatos, sem cogitar das conclusões que deles pudessem ser tiradas. E foram observadas coisas assombrosas, verdadeiramente apocalípticas, cuja autenticidade ficou demonstrada.
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    Mirabelli nasceu em 1889 em Botucatu, no Estado de São Paulo, tendo sido seu desejo seguir a carreira eclesiástica. Mas, em vez disso, entrou para o comércio, no Rio, onde surgiu o seu poder mediúnico. Devido a singularidades do seu temperamento, necessitou ser examinado por médicos, acabando internado no Hospício de Juqueri. O doutor E. Costa, diretor desse Instituto disciplinário, submeteu-o a numerosas experiências e verificou a realidade das suas faculdades mediúnicas. Desde aí, começou a agitar-se a imprensa em torno do seu nome. Logo depois, enche ele de assombro a médicos do Rio, sobretudo por fenômenos de levitação: um quadro é transportado, durante o dia, de uma casa para outra, afastada muitos quilômetros.
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    Pascal Forthuny, que analisa a brochura em questão, põe um ponto de interrogação diante dessa façanha e diz que “deveria colocar outros à frente das que passa a enumerar e que considera razoavelmente inacreditáveis”:
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    1) Diante de muitas pessoas e havendo luz, operou a materialização de um marechal e de um bispo, já falecidos;
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    2) o médium foi transportado da Estação da Luz à de São Vicente, afastadas 90 quilômetros, em 15 minutos. Pelo telefone houve aviso de que Mirabelli chegara a São Vicente quando, um quarto de hora antes, numerosas pessoas o acompanham para tomar o trem que partia para Santos;
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    3) um automóvel, no qual se encontravam amigos seus, é levantado, em plena via pública, a dois metros de altura e fica três minutos suspenso no ar;
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    4) numa farmácia, um crânio “levita-se” do fundo do laboratório, vem colocar-se sobre a caixa registradora e, depois, cai por terra;
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    5) em presença de diversos doutores, cujos nomes são citados, põe-se um violino a tocar sozinho, enquanto um livro é folheado por mão invisível;
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    6) numa festa, diante de mil pessoas, provoca um concerto inexplicável de clarins e tambores, que executam uma marcha;
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    7) o chapéu de um amigo, com quem está passeando, é arrancado misteriosamente da sua cabeça e atirado a 10 metros de distância;
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    8) estando afastado de um bilhar, faz as bolas moverem-se sobre o feltro;
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    9) produz deslocamento de outros objetos: queda de uma pilha de livros, oscilação de uma lâmpada suspensa no teto, etc;
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    10) obtém a impressão fisionômica de Cristo em matéria plástica, sob controle direto de diversos doutores. São citados os nomes do Dr. Vital Brasil, então diretor do Instituto Butantan e de muitos outros médicos e personalidades de destaque, alguns dos quais deram o seu veredicto por escrito. O Dr. Spencer Vampré afirma que não viu mistificação alguma; para o Dr. F. Acché, os fatos não podem ser negados; o Dr. Carneiro Maia diz que não há truque e o Dr. Carlos Niemeyer, que não há fraude; o Dr. J. Silveira considera os fenômenos como verdadeiros e o Dr. Pinto de Queiroz como reais. E é nesse mesmo tom que se expressa grande número de outros médicos e pessoas de responsabilidade. O coronel A. E. Backer diz que trairia a verdade, caso não dissesse que tais fenômenos são demonstrativos. C. G. Ramos, um prestidigitador, declara ser impossível obter tais fatos por prestidigitação. E, como Mirabelli nunca foi apanhado em delito de fraude, fundaram a Sociedade Cesar Lombroso, presidida pelo Dr. C. Pereira de Castro e formada por médicos e outras pessoas de categoria, dispondo de um laboratório completo, com modernos aparelhos de controle.
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    Na brochura, há relação de uma série de experiências aí realizadas e que o comentarista francês classifica de assombrosas, de se perder a cabeça.
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    Diz ele: “Se todos esses sábios, armados de lentes, balanças, termômetros, ampliadores de som, aparelhos fotográficos, lâmpadas de alta voltagem, cera para impressões, se deixaram enganar, e não se deve duvidar da sua vigilância constante, então, tem-se o direito de desesperar em relação a qualquer pesquisa metapsíquica”.
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    Forthuny põe em relevo que Mirabelli possuia todas as formas de mediunidade conhecida e, em tal grau que excedia tudo que qualquer metapsiquista já tivesse visto ou pudesse supor. Além de nunca ter sido apanhado em fraude, fazia tudo à grande luz, às vezes de dia, até na rua. Ele revelou conhecimentos profundos em vários domínios científicos, desde a medicina à arquitetura, física, astronomia, psicologia, passando pela geologia, sociologia, química, economia política, o direito, etc. Além disso, conhecia música, pintura, poesia e um extraordinário número de línguas, desde hebreu, latim, caldaico, persa, chinês, japonês, árabe, sírio, tcheco, até russo, francês, inglês, alemão, espanhol, italiano, holandês, polonês, e ainda dialetos africanos, orientais, etc.
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    E não havia freqüentado senão a escola primária! Tudo isso se encontra, autenticado por 555 nomes, dos quais 72 médicos, que afirmam: direis que é loucura, mas nós protestamos: é a verdade!
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    As testemunhas asseveram também que ele não podia ser um farsante, porque, do contrário, necessitaria possuir uma memória inaudita para conseguir exprimir-se em tantas línguas e dialetos. É apresentada uma grande lista de trabalhos de Mirabelli, que corre toda a gama do saber humano, sendo produzidos por inspiração dos maiores espíritos que têm vivido no mundo.
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    Ele escreve essas comunicações em estado de transe, com extrema rapidez, mão febril, olhos vítreos, sem olhar o papel. O pulso então a 120 e mesmo 150, a temperatura eleva-se, podendo atingir até 39° ½. O médium torna-se pálido, dispnéico e apresenta contrações musculares, tremores prolongados e quase rigidez cadavérica. Entre muitos outros trabalhos, inspirados por Galileu, Kepler, Leonardo da Vinci, Malebranche, Voltaire, Lenine, Lombroso e outros autores, são citados os seguintes: em tcheco, Independência da Tchecoslováquia; em hebreu, a Maledicência Humana, por Moysés; em alemão, A Grande Alemanha Oprimida, pela Kaiserin; em persa, A Instabilidade dos Impérios, por Alexandre, o Grande; em inglês, Coisas do Céu e da Terra, por Shakespeare; em grego antigo, Roma e Atenas, por Demóstenes.
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    Outras comunicações, em latim, japonês, russo, chinês, albanês, catalão, irlandês e outras línguas versam sobre: a Lógica do Direito; Darwin perante a Bíblia; Funções do Capital e do Trabalho; Tendências Humanas em Relrção com o Instinto Animal; Caracteres Psicológicos da Raça Slava: Planetas Habitáveis; Apologia do Budismo, etc.
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    Depois dessa mediunidacle lingüística, são expostos no folheto os fenômenos físicos de transporte e levitação apresentados por Mirabelli, ainda mais assombrosos que os poliglóticos. O Senador Muniz Sodré, em companhia de diversas pessoas, vê chegar pelo ar um objeto que estava fechado à chave num cofre e que não podia ter sido substituído. Diante dos membros da Academia Lombroso, estando sentado e amarrado numa poltrona, levita-se no ar com este móvel, permanecendo dois minutos a dois metros de altura, enquanto pessoas presentes passam e repassam sob a cadeira.
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    Em Santos, na sede da Academia, perante grande assistência, às 9 horas da manhã, em plena luz, ouvem-se pancadas sobre a mesa e, depois, uma voz, que o Dr. G. de Souza reconhece como sendo a de uma filha, já falecida. E a moça aparece e o médico pode abraçá-la, reconhecendo as vestes em que foi sepultada! Fazem-se fotografias, o espírito eleva-se no espaço e, depois de 36 minutos, desaparece. Nesta sessão, além de outras pessoas, encontravam-se presentes 20 médicos e 7 professores. Mas, houve coisa ainda melhor. Quando Mirabelli estava em transe, abriu-se sozinho um armário, dentro do qual havia um crânio, que saiu passeando pelo ar. Em seguida, formou-se o esqueleto inteiro, completo, exalando cheiro de putrefação quase intolerável. Aquele corpo horrível andou de um lado para outro e, finalmente, desmanchou-se em fumaça, enquanto o crânio caía sobre a mesa.
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    Outro caso: Mirabelli anuncia a vinda do bispo D. José de Camargo Barros, morto num naufrágio. Odor de rosas! O prelado configura-se, materializa-se com perfeição, fala, sorri, está de barretel. [barrete!] Um médico constata a presença de dentes, de saliva, do coração que bate, de borborismos intestinais. O bispo presta-se a todos os exames, conversa em português e recomenda que observem a sua partida. Depois disso, diminui até uma estatura de 30 centímetros e se evapora. De uma outra vez, foi materializado o Dr. Bezerra de Menezes, já falecido e que foi reconhecido pelos seus colegas presentes, com quem conversou servindo-se do aparelho ampliador de sons. Foram tiradas diversas fotografias, feitos exames clínicos, tudo como se se tratasse de pessoa viva. Finalmente, o fantasma elevou-se até o teto, os membros inferiores esvaeceram e, depois, todo o corpo. Uma das pessoas presentes levantou o braço e atravessou uma espécie de nuvem esponjosa, que era o resto da aparição. Certa vez, amarrado numa poltrona, Mirabelli desapareceu diante dos olhos de um grupo de médicos, que o observavam, enquanto, numa outra, surgiu um árabe que lhe falou em sua língua natal e deixou-se examinar. O médico que faz o exame, o Dr. Olegário Moura, declarou tratar-se de uma criatura perfeitamente constituída, tendo a aparição dito chamar-se Harum-Al-Ras-Child.
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    Fizeram-se fotografias, depois houve levitação e desaparecimento do espírito.

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    Os fenômenos são reais, diz o comentarista francês, citando em português a conclusão final, autenticada por muitas centenas de testemunhas. E termina textualmente: “São Tomé, o incrédulo, é o maior dos santos: é aquele que queria ver”. Nós prestamos homenagem à consciência, à probidade, à sagacidade dos observadores brasileiros, mas desejaríamos também ver Mirabelli em seu trabalho, o que, diante de tão grandes maravilhas, representa um desejo muito legítimo e humano. Extraímos o essencial da assombrosa brochura e ninguém se poderá ofender com tais reservas. As experiências fizeram correr tanta tinta do outro lado do Atlântico e são apresentadas com tanta segurança, que julgamos não dever deixá-las ignoradas na Europa. É tudo! Quanto ao resto, esperamos que Mirabelli nos venha dizer, em Paris: “Vide, Thoma, vide latus, vide pedes, vide manus. Noli esse incredulus. Alleluia!”
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    É compreensível que Mirabelli não tenha ido a Paris e que as coisas se tenham terminado aqui mesmo, de maneira irrisória, insignificante. Abalançamo-nos a dar uma relação minuciosa dos acontecimentos, a fim de mostrar a ingenuidade e a ignorância que ainda preponderam em relação a tais problemas. Na época em que Mirabelli nos assombrava, já estava demonstrado que tudo aquilo não podia passar de farsa e exploração, o que nos devia tornar mais céticos e cuidadosos em benefício do nosso próprio decoro. Quando voltei ao Brasil, indaguei do caso, mas não obtive senão informações desencontradas. Um meu contra parente, médico e um dos chefes do movimento espírita no Rio, havia-o recebido como hóspede em sua própria casa, num subúrbio da Leopoldina, onde se passaram coisas espantosas, por vezes extremamente ridículas: chuva de pétalas de rosa ainda frescas e orvalhadas, pedras misteriosas que caíam quebrando vidros e outros acontecimentos insólitos, cuja origem não era difícil adivinhar.
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    Mirabelli foi visto aqui no Brasil pelo doutor Hans Driesch, professor de filosofia da Universidade de Leipzig e uma das maiores autoridades no terreno da metapsíquica. Também um médico brasileiro, meu conhecido escreveu uma brochura sobre ele, considerando sobrenaturais os fenômenos em questão e explicando-os por meio de forças magnéticas que partiam do corpo do médium. Uma senhora americana, May C. Walker, veio ao Brasil e, procurando estudar o caso, considerou autêntica uma experiência na qual uma dúzia de garrafas cheias d’água magnetizada, colocadas sobre uma mesa, se agitaram e se entrechocaram com violência. Mirabelli manobrava com águas magnetizadas, mas é claro que a sua mágica podia ser executada por meio de um fio amarrado à mesa e de muitas outras maneiras, sobretudo pelo auxílio de um parceiro qualquer que, no caso corrente, diversas pessoas perceberam ser a esposa do médium.
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    Sérgio Valle: “Silva Mello e seus Mistérios” (pag. 175-180):
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    “O médium Mirabelli.
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    Silva Mello soube das maravilhas produzidas por Mirabelli, ao tempo em que sua mediunidade estava no apogeu, dando aso a manifestações físicas presenciadas por muita gente boa. Êle, que se interessa tanto pelo assunto, com o qual fêz um livro muito grosso, não ofereceu as suas luzes e a sua sagacidade para desmascarar o impostor. Perdeu excelente oportunidade para ver um médium poderoso.
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    E provável que, agora, quando Mirabelli descambou para a decadência, talvez merecida, êle o esteja procurando para provar que não há mediunidade, nunca houve — tudo é mistificação ou fraude.
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    Também não se tem notícia de que o dito sábio tenha procurado ver como trabalha Chico Xavier. Este metapsiquista é perito, de longe. Para doutrinar, ninguém o excede.
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    Experiência própria só com as madames francesas, de portas abertas. Eis como explica Mirabelli, agora decadente e afastado da sua missão:
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    SILVA MELLO: “Na época em que Mirabelli nos assombrava, já estava demonstrado que tudo aquilo não podia passar de farsa e exploração, o que nos devia tornar mais cépticos e cuidadosos em benefício do nosso próprio decoro.”
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    Como médico, não menosprezamos as luzes que Silva Mello possa emitir dentro da nossa profissão, principalmente em coisas digestivas. Autoridade alguma, porém, lhe reconhecemos em assunto metapsíquico: os MISTÉRIOS são um atestado suficiente da sua inexperiência e da sua ingenuidade. Anda na rabadilha de escamoteadores.
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    Eis o que presenciou Carlos Imbassahy, em sua própria residência: [E cita parte do texto de Imbassahy apresentado acima, com o acréscimo que segue:]
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    IMBASSAHY: “Se Mirabelli fraudou algum dia, não o sabemos. É de supor que a sua mediunidade sofra eclipses; é de crer, mesmo, que os seus operadores ocultos não sejam dos mais bem intencionados. Muitas conjeturas se poderão fazer a seu respeito. O de que não nos resta dúvida, como não tem restado aos que já presenciaram fenômenos como o a que assistimos, é que êle é um poderoso médium.
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    Possa, um dia, compreender a alta missão que lhe cabe, perceba o muito que se exige de um médium, saiba as responsabilidades que lhe pesam sôbre os ombros, medite nos sacrifícios que se deve impor, e poderá prestar à Ciência e à Humanidade inestimáveis serviços.”
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    Eis um fenômeno biopsicológico que, ainda desta vez, escapará à argúcia de Silva Mello. Foi-lhe distribuído, nesta caminhada, o papel necessário de contraditor, para estimulante geral. Advogado do diabo…
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    Conquanto a mediunidade de Mirabelli, espontânea na brutalidade de sua força, haja desaparecido, a descrição que dela nos faz Carlos Imbassahy serve à maravilha para nos dar a compreensão do fenômeno. O médium não é farsante, não é mistificador. A mediunidade é um dom precário, variável, que tanto pode surgir num indivíduo virtuoso (que se tornará santo, facilmente), como num viciado (que se tornará até criminoso). Depende da natureza dos espíritos que atrair com os seus sentimentos pessoais. Depende, enfim, do emprego que dela se fizer.
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    No caso de Mirabelli, Imbassahy, cujos livros Silva Mello devia manusear para aprender alguma coisa do Espiritismo, distingue a farsa, quando fala um suposto Lombroso (farsa do médium ou de um farsante desencarnado) das manifestações físicas insofismáveis, que somente podem negar os que não as vêem. Êstes, sim, ficam em condições muito cômodas de negar, de interpretar a seu modo o que não viram. Será ciência isto?
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    “Mirabelli, insinua Silva Mello, manobrava com águas magnetizadas, mas é claro que (!) a sua mágica podia ser executada por meio de um fio amarrado à mesa e de muitas outras maneiras, sobretudo pelo auxílio de um parceiro qualquer que, no caso corrente, diversas pessoas perceberam ser a espôsa do médium.”
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    Não seria muito fácil a Silva Mello, se o quisesse, já que andava estudando os fenômenos nos livros de Dessoir, promover uma sessão da qual fôssem excluídos todos os comparsas prováveis (a mulher inclusive), afastada a possibilidade de fios amarrados à mesa, etc:, vigilante e prevenida, mobilizada e severa, só por só, tôda a sua habilidade de prestigitador de vocação, dentro de uma sala escolhida por êle e onde o médium penetrasse somente na hora das mágicas?
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    Diante de tal mediunidade, um Richet, um Crookes, um Schrenck-Notzing, um Morselli, um Lombroso, um Geley, médicos como Silva Mello, embora menos ilustres, não teriam outro procedimento. Foi assim que fizeram sempre. Richet confessa que, para aprender Espiritismo, iria ao fim do mundo.
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    Silva Mello não se move do Cosme Velho,[bairro do Rio de Janeiro] escreve a mixórdia dos MISTÉRIOS, presumindo destruir alguma coisa. Destrói, sim, a sua reputação de cientista e se põe à mercê de qualquer preta analfabeta que possua um pouquinho de mediunidade…
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    Para edificação geral do elericalismo intolerante e do carolismo servil, assim como para escarmento particular do cientismo pretensioso e ateu, enunciou o Cardeal Lépicier (pelo que recebeu a bênção apostólica de um Papa), a seguinte verdade:
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    “Os fenômenos, demonstrando, como demonstram, a existência de um mundo espiritual, vêm, por outro lado, confirmar a verdade filosófica e teológica, respeitante à imortalidade da alma, e dão assim o golpe de misericórdia no materialismo.”
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    Se o neo-espiritualismo científico não tivesse a seu crédito senão esta prerrogativa — reduzir e converter o materialismo universal — em cujas mãos se encontram, em grande maioria, não há negá-lo, o poder temporal as cátedras universitárias, as ciências e as artes, redundando do monopólio o estado caótico do mundo atual, merecido lhe seria o alto conceito que lhe tributassem todas as religiões, para cujas fileiras se poderiam endereçar os convertidos, levando consigo as prestadias influências sociais de que são possuidores.
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    E, se o faz, é porque põe diante dos olhos de ver uma luz miraculosa ? o fato espírita, em torno do qual se hão-de dar as mãos, um dia, a religião, a moral e a ciência. Porque Lamarck há de ter sempre razão.
    .
    “Tirante os fatos, tudo o mais não passa de opinião. Para o homem somente serão verdades positivas os fatos que ele puder observar”.

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    COMENTÁRIO: o que nem Sérgio Valle nem Imbassahy sabiam é que o “médium” fora inapelavelmente desmascarado numa admirável investigação jornalística, promovida pelo “Correio Paulistano”, em 1916. Este material foi afortunadamente descoberto pelo Vitor e publicado no ECAE e no Obras Psicografadas. A bela retórica de Sérgio Valle e as certezas de Imbassahy estavam falhadas desde o nascedouro. O que é de espantar é a mudança opinativa de Carlos Imbassahy, sujeito de elevado nível cultural que, mesmo assim, quedou-se apalermado ante o espetaculoso (como bem reconheceu o próprio Imbassahy) e simulador Mirabelli.
    .

  13. Toffo Diz:

    Mirabelli teve um fim inglório: morreu atropelado com pouco mais de 60 anos, em São Paulo, no início dos anos 1950. A biografia dele não foge à regra das demais biografias dos chamados médiuns: criaturas estranhas, sempre dando alteração desde crianças, com fama de loucas, atitudes um tanto bipolares e, acima de tudo, extremamente polêmicas, apaixonadamente defendidas por alguns e igualmente acusadas por outros.
    .
    Marciano, o que eu quis dizer, e que talvez não tenha ficado muito claro, é que, ao nos depararmos com tantas alegações ou comprovações de fraudes em matéria de mediunidade, as autênticas, se as há, serão tão raras que no meu entender nem vale a pena perder tempo investigando – isso se forem mesmo ações atribuídas a espíritos de defuntos.
    .
    Eu sei, pessoas como o Vitor e outros aqui não concordarão comigo, porque acham que vale a pena (porque acreditam que há algo nisso). Mas francamente, depois de cerca de 45 anos da minha vida envolvido nisso, e uns 15 fora, não tenho mais saco pra essas coisas. Não tenho mesmo.
    .
    As pessoas têm fascínio pelo sobrenatural, e assim vão a médiuns, feiticeiros, pajés, xamãs, oráculos, carto/quiro/necromantes, como sempre ocorreu desde os tempos agrários. Mas para mim isso não passa de um desejo, muito humano e legítimo, de transcendência, de querer ser algo além do que se é: imortal, imune à morte, ao fim. É isso.

  14. Gorducho Diz:

    É exatamente isso: admitindo puramente para fins de especulação lógica que algo haja no campo do merveilleux, estamos na mesma desde a origem dos tempos: nada evoluiu desde a pitonisa de Delfos ou a leitura das entranhas das vítimas sacrificadas.
    E, estranhamente, o constante na mitologia espírita só acontecia antes da invenção das câmaras infravermelhas; quando as coleiras p/cães eram feitas de linguiça; e só na presenta de Crentes 🙁
    Mas não desistamos: montemos nossos experimentos!

  15. Marciano Diz:

    “Na Federação Es¬pírita do Estado do Rio, com o salão repleto, um quadro enorme desprendeu-se da parede e atirou-se na testa de Mirabelli, causando a todos um enorme pânico. Qui-nhentas pessoas testemunharam isto”.
    .
    COMENTÁRIO: É evidente que tal fato nunca aconteceu. Isto é uma deslavada mentira.
    Quadros não se atiram por vontade própria ou por força de imaginários espíritos na testa de ninguém.
    Onde estão essas quinhentas pessoas que testemunharam essa mentira?
    Esse pessoal religioso é assim mesmo. Conta mentiras, diz que trocentas pessoas testemunharam a mentira, mas não dão o endereço de ninguém.
    Eu já vi, junto com quinhentas pessoas, uma imagem de Santa Tereza chorar sangue e depois atirar-se na testa de um mentiroso.
    Qual o idiota que vai acreditar na afirmação acima?
    Só porque eu digo que vi algo impossível e que o fato foi presenciado por quinhentas pessoas imaginárias alguém tem de levar essa estupidez a sério?
    .
    Como um médium pode saber de fatos que deveria ignorar?
    Podemos formular várias hipóteses. Pode ter sido comunicado o fato a ele por um espírito, por um lobisomem invisível cor-de-rosa, por um ET vindo de outra dimensão inexistente. Pode ter sido comunicação telepática, adivinhação…
    Ou podemos ver o óbvio! Trata-se de truque, de enganação.
    .
    .
    Sobre água fluidificada e agua benta podemos dizer que existe um outro tipo de água milagrosa, a água homeopática, que não contém porcaria nenhuma, mas tem a impressão da molécula de alguma coisa com que esteve em contato no passado.
    .
    .
    “… obtém a impressão fisionômica de Cristo em matéria plástica, sob controle direto de diversos doutores.”
    .
    COMENTÁRIO: Como se pode saber se a impressão fisionômica era de Cristo, se ninguém já o viu? Aliás, não poderia ter visto, pois o cara só existiu e só existe na imaginação das pessoas. Na verdade a impressão fisionômica devia imitar a imagem imaginada por artistas medievais. Mas os idiotas presentes logo apressam-se em reconhecer o célebre cristo.
    .
    .
    .
    O borborismo intestinal de espíritos é provocado pela ação de peribactérias ectoplasmáticas, ao digerirem a perilactose de leite de perivacas bebido pelo fantasma. Qualquer médico pode constatar isso.
    O coração do fantasma bate para transportar sangue pelo corpo perispiritual. Se o coração fantasmagórico parar de bater, o fantasma morre.
    Qualquer perimédico conhece o fenômeno.
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    .
    Quanto à invisibilidade de Mirabelli, quem explica bem o mecanismo é o Dr. Mabuse. Ele inventou uma máquina de invisibilidade.
    Detalhes aqui: Die unsichtbaren Krallen des Dr. Mabuse
    http://www.youtube.com/watch?v=haVOnW-znIE

  16. jorge Diz:

    Enquanto isso:
    “A pedido de Dilma, BC do B e Receita voltam a estudar viabilidade do “confisco fraterno” pós-eleição”
    Espiritice, pastorice, fraude, mas enquanto agente se “distrai” com as distrações….

  17. Marciano Diz:

    JORGE, conte melhor essa história. Não quero ser roubado pela esquerda corrupta.

  18. Larissa Diz:

    Só pode ser boato
    http://www.militar.com.br/blog27542-Confisco-Fraterno-p%C3%B3s-elei%C3%A7%C3%A3o#.U0xAAPldWzo

  19. Marciano Diz:

    Não sei, não, LARISSA.
    Veja o que diz o site da própria Câmara:
    http://www.camara.gov.br/proposicoesWeb/fichadetramitacao?idProposicao=156281
    .
    Projetos de Leis e Outras Proposições
    E-democracia
    Discuta este assunto com os parlamentares.
    Informações Externas
    LeXMLLeXML – Veja informações desta proposição no Senado e em outros órgãos
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    PLP 137/2004 Inteiro teor
    Projeto de Lei Complementar

    Situação: Arquivada

    Identificação da Proposição

    Autor
    Nazareno Fonteles – PT/PI

    Apresentação
    16/03/2004

    Ementa
    Estabelece o Limite Máximo de Consumo, a Poupança Fraterna e dá outras providências

    Indexação

    Informações de Tramitação

    Forma de Apreciação
    Proposição Sujeita à Apreciação do Plenário

    Regime de Tramitação
    Prioridade

    Despacho atual:

    Data Despacho
    25/03/2004 Às Comissões de
    Finanças e Tributação e
    Constituição e Justiça e de Cidadania (Art. 54 RICD)
    Árvore de apensados e outros documentos da matéria
    Documentos Anexos e Referenciados

    Avulsos
    Destaques ( 0 )
    Emendas ao Projeto ( 0 )
    Emendas ao Substitutivo ( 0 )
    Histórico de despachos ( 1 )
    Legislação citada
    Histórico de Pareceres, Substitutivos e Votos ( 1 )
    Recursos ( 0 )
    Redação Final
    Mensagens, Ofícios e Requerimentos ( 0 )
    Relatório de conferência de assinaturas

    Cadastrar para acompanhamentoTramitação

    Obs.: o andamento da proposição fora desta Casa Legislativa não é tratado pelo sistema, devendo ser consultado nos órgãos respectivos.

    Data Ordem Decrescente Andamento
    16/03/2004
    PLENÁRIO ( PLEN )
    Apresentação do Projeto de Lei Complementar pelo Deputado Nazareno Fonteles (PT-PI). Inteiro teor
    25/03/2004
    Mesa Diretora da Câmara dos Deputados ( MESA )
    Às Comissões de
    Finanças e Tributação e
    Constituição e Justiça e de Cidadania (Art. 54 RICD) Inteiro teor
    26/03/2004
    Comissão de Finanças e Tributação ( CFT )
    Recebimento pela CFT.
    26/03/2004
    COORDENAÇÃO DE COMISSÕES PERMANENTES ( CCP )
    Encaminhada à publicação. Publicação Inicial no DCD de 27/03/2004 PÁG 13025 COL 01. Inteiro teor
    31/03/2004
    Comissão de Finanças e Tributação ( CFT )
    Designado Relator, Dep. João Leão (PL-BA)
    29/03/2005
    Comissão de Finanças e Tributação ( CFT )
    Devolvida sem Manifestação.
    26/04/2005
    Comissão de Finanças e Tributação ( CFT )
    Designado Relator, Dep. Max Rosenmann (PMDB-PR)
    03/08/2005
    Comissão de Finanças e Tributação ( CFT )
    Parecer do relator, Dep. Max Rosenmann, pela adequação financeira e orçamentária e, no mérito, pela rejeição. Inteiro teor
    31/01/2007
    Mesa Diretora da Câmara dos Deputados ( MESA )
    Arquivado nos termos do Artigo 105 do Regimento Interno.
    DCD de 01 02 07 PÁG 358 COL 01. Suplemento A ao Nº 21. Inteiro teor
    19/02/2008
    COORDENAÇÃO DE COMISSÕES PERMANENTES ( CCP )
    Ao Arquivo através do Memorando nº 17/08 – COPER Inteiro teor

  20. Marciano Diz:

    A proposta existiu e foi de um deputado petista.
    Quem garante que não possa ser ressuscitada?
    Será que estou trabalhando arduamente há anos para alimentar a corrupção falsamente esquerdista?

  21. Larissa Diz:

    Vou embora do país se isso acontecer!

  22. Phelippe Diz:

    A materialização, pelo Mirabelli, do bispo de S.Paulo, dom José de Camargo Barros, morto tragicamente no naufrágio do Syrio, em 1906, foi muito comentada em minha família. Alguém aí tem mais informações?

  23. Marciano Diz:

    Oi, TOFFO.
    Eu entendi agora o que você quis dizer.
    Obrigado pelo esclarecimento.
    Na minha modesta e ousada opinião, não existe raridade de fenômenos mediúnicos, simplesmente eles não existem, é tudo fraude ou auto-engano.
    No mais, concordo com você. No fundo é tudo uma maneira de não aceitar o fato de que, assim como não existimos por bilhões de anos (se formos aceitar o big bang), voltaremos a não existir.
    Não vejo problema nisso.
    Se eu não existia até um dia desses, qual o problema em voltar a não existir?
    Não quero morrer, se dependesse de mim, viveria alguns milhares de anos, até encher o saco. Meu saco ainda está bem vazio, ainda cabe muita coisa. Mas não tenho nenhum medo da morte.
    .
    GORDUCHO, os experimentos não vão rolar, isto já ficou claro.
    Os crentes não são tão crentes assim.
    No fundo, sabem que seriam desmascarados e têm medo dos experimentos.
    .
    LARISSA, eu iria embora também, mas doeria muito saber que tenho trabalhado e estudado tanto para financiar a compra de votos de vagabundos e analfabetos incapazes de produzir qualquer coisa, eternizando um bando de corruptos no poder.
    E nossa profissão é ingrata, não tem como validar um diploma de direito em outro país.

  24. Marciano Diz:

    Silva Mello, depois de relatar casos de falsos médiuns que adivinhavam coisas que eram escritas num pedaço de papel, um deles chegando a enganar o próprio Edison, ensina um truque infantil, mas que funciona quando não se conhece.
    .
    “De uma vez, pude eu próprio encher de surpresa um pequeno grupo de amigos, entre os quais alguns médicos, propondo ler-lhes os pensamentos. Para isso, cada um escrevia sobre um pequeno pedaço de papel um nome ou uma pequena frase, fora das minhas vistas. Eu recebia todos os papéis enrolados e lia-os fechados, um a um, depois de colocar cada um deles sobre a testa, fazendo a mímica característica do

    adivinho que se mergulha em profunda concentração. E, assim, li-os todos, diante dos amigos quase estupefatos. O truque é simples, quase infantil. Consiste em combinar com um dos presentes, como é freqüente acontecer em tais condições, o que ele deve escrever e a maneira pela qual deve dobrar o papel, a fim de ser este reconhecido. Uma pequena dobra numa das extremidades já é suficiente para essa orientação que passa despercebida aos circunstantes. O vidente toma, então, qualquer um dos papéis, coloca-o ainda fechado sobre a testa e diz a frase escrita pelo parceiro, que confirma a exatidão da revelação. O vidente, que se conserva algo afastado dos presentes, abre o papel, afirma que a frase dita está certa, e, assim, lê a nova frase que vai adivinhar no papelzinho subseqüente. A coisa é ridícula, mas ninguém se lembra de verificar se a frase adivinhada é realmente a que está escrita sobre o respectivo papel. Se o grupo é maior, nem precisa o vidente de parceiro: basta simular a adivinhação de uma frase para ter o direito de abrir um papelzinho e, assim, obter material para a próxima revelação. Uma frase ambígua ou pouco delicada pode justificar o não aparecimento do autor. Brincadeiras desse gênero, feitas muito seriamente, podem ser suficientes para mistificar homens cultos e de ciência, mesmo da mais alta categoria”.

  25. Biasetto Diz:

    Pois é, concordo com vocês sobre esta desgraça chamada FRAUDE. O incrível é que as fraudes nos meios religiosos são tão antigas quanto as próprias civilizações. Basta estudar os mesopotâmicos, egípcios, hebreus…
    Mas as pessoas, muitas delas, não querem ver e aceitar isso, muito pelo contrário, insistem em reforçar e divulgar esta praga.
    Tudo começa lá no passado longínquo, com histórias absurdas de faraós-deuses, povos escolhidos, mestres iniciados, o mar que se abre, dez mandamentos, o messias salvador… e chega-se aos nossos dias, com o flamboyant (não me esqueço desse comentário do Toffo) do Divaldo Franco transformando o picareta do Sai Baba em deus, mesmo com todos aqueles vídeos do youtube mostrando os embustes que ele cometia, o Chico Xavier e sua turma de amigos das “fotos pirulitos”, além das dezenas/centenas de cópias apresentadas em seus livros; terminando por este incrível e triste momento em que vivemos em nosso país, com esta cambada de pastores-cafajestes, capazes de cometerem os mais ousados e ridículos atos, as mais fantasiosas e lamentáveis cenas, com o objetivo de enganar e seduzir milhões de “ovelhas perdidas”, que adoram jogar dinheiro na latrina.
    Já me perguntaram por que sou tão crítico das religiões. Simplesmente porque elas mentem, mentem e mentem; fantasiam, fantasiam e fantasiam; enganam, enganam e enganam; emburrecem, emburrecem e emburrecem, além de manipularem, castrarem, limitarem a liberdade, a capacidade criativa das pessoas, fazerem com que a sociedade viva com medo, levando preconceitos, discriminações, segregações, estupidez!
    Aí aparecerem aqueles com a tal história de que o mundo está um caos, especialmente o Brasil, com tanta violência, com tanta roubalheira e tudo mais. Sim, mas não é religião que conserta isso, nunca foi. O Congresso brasileiro está cheio de crentes, tem até a turma dos evanjegues.

  26. Larissa Diz:

    E nossa profissão é ingrata, não tem como validar um diploma de direito em outro país.
    .
    Há uma solução e eu já estou trabalhando nela. Questão de tempo agora 🙂

  27. Larissa Diz:

    Biasetto, o Divaldo tá gaga. Aquela palestra dele sobre crianças índigos é intragável.

  28. Phelippe Diz:

    oi, Larissa, agora eu fiquei curioso. Qual a solução para validar um diploma de direito em outro país? agradeço a ajuda.

  29. Biasetto Diz:

    Larissa, o pessoal desta turma sempre praticou uma mistura de maluquice com “espertice”, mas no fundo é muita pilantrice mesmo.
    Com este papinho de meiguice, jesus daqui, jesus dali, foram ganhando seguidores, fãs e idólatras, que é o que mais gostam.
    Não têm nada de humildes, adoram ser idolatrados, adoram ser bajulados e querem ser vistos como mitos, ídolos, até mesmo santos, profetas.
    Não é nada surpresa, que o Waldo Vieira tenha dito que o Chico Xavier fazia de tudo pra ser visto e reconhecido como um santo, era isso que ele queria, pra isso se esforçava tanto. De certa forma, conseguiu.
    Um dia desses recebi um e-mail de uma amigo, xará lá da Bahia, amigo do Scur (mas não é tapado igual, apesar de não deixar de ter uma quedinha pelos embusteiros), dizendo assim: “(…) Agora me chama atenção com era danado de esperto esse Chico. Quer seja com espíritos ajudando ou não, sei lá, o cabra fez um barulho legal que motiva tanta coisa…rs. picareta ou não Chico foi um ser especial neste plano.”

    Não sei o que pode haver de especial em um farsante, você sabe?

  30. Larissa Diz:

    oi, Larissa, agora eu fiquei curioso. Qual a solução para validar um diploma de direito em outro país? agradeço a ajuda.
    .
    Não é revalidar o diploma, mas trabalhar com direito internacional em ONGs ou Organismos Internacionais. Se quiser advogar, não tem jeito.

  31. Larissa Diz:

    Hoje eu vejo é que tudo o que as pessoas querem é se sentir especial e/ou que alguém venha salvá-las delas mesmas. As teorias de evolução espiritual, crianças índigo e coisas do tipo alimentam esta maluquice. e quem “revela” o que as pessoas querem ouvir torna-se um messias. A quantidade de vezes que ouvi no centro q fulano era índigo e beltrano cristal não está no gibi. Tb ouvia pessoas em uma verdadeira neurose por se considerar um intelecto privilegiado e ter vindo ajudar este planeta. Se Divaldo disse q crianças índigo existem, que sou eu para desdizer?

  32. Marciano Diz:

    1. Larissa Diz:
    abril 15th, 2014 às 09:31
    E nossa profissão é ingrata, não tem como validar um diploma de direito em outro país.
    .
    Há uma solução e eu já estou trabalhando nela. Questão de tempo agora
    .
    Pô, dá uma dica aí pra mim, preciso de um plano B, se as coisas caminharem nessa direção.
    .
    .
    1. Phelippe Diz:
    abril 15th, 2014 às 10:26
    oi, Larissa, agora eu fiquei curioso. Qual a solução para validar um diploma de direito em outro país? agradeço a ajuda.
    .
    EU TAMBÉM!

  33. Marciano Diz:

    Enviei apressadamente.
    LARISSA já respondeu.
    Pra mim, não é solução.
    Teria de recomeçar do zero.
    Se os comunas roubarem nosso dinheiro de forma pior do que o Collor, que deve ter dado assessoria a eles, pois agora é aliado, junto com Sarney e outros, o que posso fazer é virar médium e ou fundar uma nova igreja evanjegue.
    Aí eu fico rico mesmo.

  34. Larissa Diz:

    De marte, é super legal. Atuo na área mas não advogo. Já pensou em trabalhar em uma corte internacional?

  35. Toffo Diz:

    Acho que hoje o mundo está em muitas áreas do conhecimento (e aqui menciono de memória as artes, a música, a moda, a literatura, o comportamento, o lazer, a religião, especialmente essa) o que se pode definir como aquele programa da Globo: junto & misturado. O espiritismo não fica atrás. Hoje tudo é junto & misturado, um milk-shake semiesotérico que mistura os dogmas kardecistas com novidades new age como cristais, aromas e cromoterapia, junto às intrusões evangélicas tradicionais (culto do evangelho, água fluída), passes &c. Na verdade, esse culto da novidade não é de hoje, é antigo, e CX soube tirar proveito como ninguém do filão. Vejam-se as suas “invenções”: cidades espirituais, umbral, bônus-hora, ovoides, e assim por diante, que hoje estão incorporados ao patrimônio imaterial do espirivangelismo brasileiro.
    .
    Semana passada faleceu no interior uma prima minha, a mais velha, já entrada nos 80, que não era espírita. Mas a família é. Que tortura aguentar as abobrinhas espirigélicas no velório! O pior é que muitos parentes pensam que ainda sou da grei, e toca a aguentar. Não tenho paciência para repetir o disco: “não sou mais espírita”. O remédio foi ouvir tudo por um ouvido e desouvir pelo outro.
    .
    André Vargas, o homem da vez do PT, é espírita. Acreditem se quiserem. Aliás começou sua carreira política como supervisor num asilo de velhos espírita.

  36. Larissa Diz:

    Essas obras de caridade espirita são sustentadas pelo dinheiro público, não é mesmo?

  37. Larissa Diz:

    Desculpem, é Karidade e não caridade.

  38. Marciano Diz:

    LARISSA, nunca pensei. Sou um cara bem versátil, já tive várias profissões, inclusive na área do direito, mas acho que corte internacional envolve muita política, coisa de que não gosto.
    Foi por isso que não quis seguir carreira na magistratura, na polícia, na ministério público ou na defensoria.
    Tenho ex-amigos (digo ex porque nunca mais tive intimidade com eles, que quando nos encontramos em raras ocasiões sociais, falam o mínimo possível comigo, quando falam) que tornaram-se ministros, advogados famosos, etc. Enquanto isso, eu fico pulando de galho em galho, como é de minha natureza, nunca satisfeito com nada, apesar de ter conseguido um razoável conforto econômico financeiro, à custa de muito trabalho e estudo.
    Não sou bom de relações humanas, sou uma cara muito ácido (ou amargo, dependendo do ponto de vista), sou cínico, gosto de ironizar hipócritas, sou sarcástico, cético com relação a tudo, em outras palavras, um chato, um cara anti-social, no sentido de que não tenho papas na língua nem me curvo a ninguém.
    Sou um rebelde por natureza.
    Esse tipo de coisa não corresponde ao meu perfil.
    Sou especialista em atrair antipatia, porque sempre digo o que penso, que normalmente não se coaduna com a hipocrisia ou ilusão das pessoas.
    Todo mundo gosta de se iludir ou de ser iludido.
    Eu sou um destruidor de sonhos vãos, de idealizações, ninguém me aguenta muito tempo.
    A culpa é da seleção natural, acho.
    Meus parentes (inclusive meus pais) são todos uns otários, que sempre gostaram de fantasias, sempre me viram como um herege (apesar de todos terem as mais diversas crenças), com uma única exceção, um tio materno que não acreditava em nada, seja religião ou política, apesar de ter pouca instrução.
    Teve um infarto fulminante (as mortes prematuras são comuns em minha família paterna ou materna, com raras exceções).
    Algum antepassado em comum deve nos ter presenteado com essa característica.
    Fora essa característica, não vejo mais nada em comum com ele, que era jogador, ilusionista autodidata, usava seus conhecimentos para tirar dinheiro de trouxas em jogos de carteado, sabia fazer mágicas impressionantes com baralhos.
    Tentou me ensinar, mas não tive interesse.
    Era um psicólogo nato. Sabia explorar as brechas dos outros jogadores e excitar a cobiça deles, sempre falando da importância de deixar o oponente com a ilusão de que poderia virar o jogo.
    Apesar desse deslize, era muito honesto, sendo esta sua única desonestidade. Ele a justificava (para si) achando-se no direito de tirar proveito de otários, nada vendo de desonesto nisso porque, segundo ele, os outros pediam para serem enganados.
    Domage! 🙁

  39. Larissa Diz:

    http://www.andrevargas.com.br/noticias/?id=674

  40. Larissa Diz:

    Pois pense, Marciano. Eu que estou na área te digo que não é um sonho impossível. Vc vai ganhar menos dinheiro q advogando, mas viajará muito e o trabalho é gratificante.

  41. Larissa Diz:

    Aliás, quase fui pra corte penal internacional. Fiquei na última etapa da entrevista.

  42. Marciano Diz:

    Quando digo que sou chato, é sério.
    Não gosto de futebol, de axé, de pagode, de funk, sou apolítico, não gosto de churrasco (principalmente da modalidade “de laje” – tomada a expressão no sentido figurado, como vemos em propaganda de cerveja).
    Gosto de beber, mas sou muito seletivo e não me embriago. Desenvolvi grande resistência à bebida, tolerando altas doses sem muita alteração psíquica.
    Já escrevi aqui algumas vezes depois de chegar alegre em casa, numa dessas vezes ganhei o apelido temporário de “Marcianócrates”, do qual gostei, mas ninguém o manteve.
    Quando estou sob influência do álcool, torno-me mais filosófico e mais sincero, muitas vezes ultrapassando as fronteiras da sinceridade considerada civilizada, dizendo coisas que só uma criança pequena diria, como a verdade, por exemplo.
    As pessoas em geral costumam odiar, salvo uma ou outra.
    Agora mesmo estou no trabalho, não bebi nada hoje nem ontem, mas estou desperdiçando tempo falando demais de mim mesmo, como se estivesse bebendo.
    That’s enough!

  43. Marciano Diz:

    Obrigado pela dica, LARISSA.
    Se acontecer a desgraça de o PT ressuscitar a infame PLP 137/2004 (
    http://www.camara.gov.br/proposicoesWeb/fichadetramitacao?idProposicao=156281 ), espero que você se lembre de mim de me dê uma força, seria um ótimo plano B.

  44. Larissa Diz:

    Rs, funcionários internacionais tem isenção sobre quase todos os impostos. IR never more!!!!

  45. Marciano Diz:

    TOFFO, apesar de sua desilusão, gostaria que você comentasse o seguinte trecho:
    .
    “Ainda em 1936, uma notícia sensacional correu o mundo inteiro: Ilga, uma menina de 10 anos, natural de Riga, mentalmente retardada, quase imbecil, possuía o poder de receber di-

    retamente o pensamento alheio, com um sucesso e uma constância até então nunca vistos. A nova foi divulgada por um livro sobre o caso, escrito pelo Dr. Ferdinand von Neureiter, professor de Medicina Legal na Universidade de Riga. O fenômeno havia sido descoberto pelo doutor F. Kleinberg, radiologista em Trupene, na Letônia, que o comunicou àquele professor. A menina, que tinha então nove anos, não conhecia senão as letras do alfabeto; não sabia absolutamente ler, mas era capaz de fazê-lo mentalmente, quando uma pessoa ao seu lado executava tal tarefa. Havia, assim, passagem do pensamento dessa pessoa diretamente para o cérebro de Ilga, que podia, igualmente, adivinhar objetos escondidos e imperceptíveis à sua visão. A publicação de Neureiter — “Wissen um fremdes Wissen” conclui pela admissão de qualidades “paranormais”, conseguindo a menina, por meio delas, por-se ao corrente de tais acontecimentos. Para investigar o assunto foi organizada, com autorização do Ministro da Instrução Pública, sob a presidência do professor Dale, diretor do Laboratório de Psicologia experimental de Riga, uma comissão de técnicos, compreendendo psicólogos, físicos, especialistas em fonética, em Pedagogia de surdos-mudos, etc. Além disso, a criança ficou em observação em sua própria casa durante onze meses seguidos, sob os cuidados de uma institutriz especializada em Pedagogia e Psicologia. A comissão, empregando filmes e discos sonoros, fez experiências perante diversos sábios alemães, entre os quais o professor Rothacker, o Dr. Bender e o profesor Mensching, de Bonn, e o Dr. Dubitsehelf, de Berlim. O resultado final foi de que nada havia de paranormal ou sobrenatural, sendo tudo executado por meio de sinais transmitidos à filha pela mãe e que consistiam principalmente em frases e palavras que a orientavam, passando despercebidas às outras pessoas presentes. Era o mecanismo dos velhos códigos usados para transmissão de pensamento, baseados em sinais acústicos ou visuais. O doutor E. Osty, que comenta o trabalho de Neureiter, mostra que não havia necessidade de todo aquele trabalho científico em torno da criança, pois seria facílimo esclarecer a questão por meio de provas extremamente simples e de resultados seguros e imediatos. Foi o que procurou mostrar desde o início ao professor Neureiter, escrevendo-lhe uma carta, na qual admitia haver comunicação oral voluntária entre mãe e filha, graças ao emprego de qualquer código preestabelecido. E acrescentava: “Eu vos assinalo que, em França, Ma-

    dame Blanche P. e seu marido executam a pseudo-transmissão do pensamento de modo tão prodigioso, que quase todo o mundo se deixa enganar. O casal opera empregando, ora código acústico, ora código ótico. No primeiro caso, as perguntas do marido já contêm a resposta. No segundo, são gestos imperceptíveis que transmitem a mensagem. O treino do casal é de tal ordem, que a mulher repete imediatamente, sem errar, o que é dito a 10 ou 20 metros de distância no ouvido do marido, ou dizeres de um cartão de visita ou de um jornal que lhe é apresentado. A senhora P. trabalha com os olhos vendados, mas a venda, que parece verdadeira, apresenta, na realidade, perfurações”. E Osty acrescenta: “Há alguns anos assisti a um espetáculo idêntico em Varsóvia. Numa reunião mundana, acreditaram proporcionar-me magnífica transmissão de pensamento, executada por um homem e o seu filho, de 12 anos. A criança, de olhos vendados, repetia tudo que se dizia ao pai ou que se fazia este ler. A exibição era de aparência prodigiosa. Eu não quis fazer minhas provas senão depois dos outros assistentes, quando já haviam todos declarado à sua convicção de se tratar de uma transmissão real de pensamento. Quando chegou a minha vez, pedi ao pai que me permitisse três provas, o que ele aceitou. Na primeira, mostrei-lhe um papel escrito e deixei-o agir à sua maneira. A criança repetiu o que estava escrito, palavra por palavra. Na segunda prova, pedi ao pai para ler mentalmente outro escrito, mas sem pronunciar palavra alguma. A criança ainda repetiu tudo, corretamente. Na terceira prova, coloquei o pai atrás de um biombo e pedi-lhe para não dizer palavra alguma. O fracasso foi completo. Vendo descoberto o seu truque, o operador, já célebre na Polônia, não insistiu. Mas, quando me aproximei do filho, para verificar a venda que tinha sobre os olhos, o pais precipitou-se à minha frente, retirou-a e pô-la no bolso, despedindo-se apressado da assistência. Tive alguma dificuldade para fazer compreender aos circunstantes que se tratava de uma falsa transmissão de pensamento e que o processo consistia apenas na aplicação treinada de um código acústico e de outro óptico, empregados, um e outro, segundo as exigências do momento”. Osty sugeriu ao professor Neureiter que, no caso de Ilga e de sua mãe, devia tratar-se de um código oral, pois, numa verdadeira transmissão de pensamento, não haveria necessidade do emprego de palavras. Aliás, tudo correu como Osty havia previsto: quando mãe e filha foram isola-

    das acusticamente uma da outra, cessaram todas as transmissões de pensamento, mesmo quando a filha podia ver os gestos da sua mãe através de vidros, que impediam a audição da sua voz. Nessas condições, a menina, por diversas vezes, gritou para a mãe, dizendo que não estava ouvindo nada! A verificação mostrou que a parte da transmissão era feita por cochicho tão baixo, que as pessoas presentes não chegavam a percebê-lo. E isso acontecia, apesar de não possuir a criança qualquer acuidade especial do ouvido, como foi averiguado pelo emprego de “tests “acústicos. Tudo não passava, portanto, de treino e adaptação que, em qualquer atividade humana, ou mesmo animal, podem produzir maravilhas”.
    .
    Acho que tem tudo a ver com o relato que você já nos fez a respeito de sua avó, ou bisavó, não me lembro bem.

  46. MONTALVÃO Diz:

    MARCIANO: Pô, dá uma dica aí pra mim, preciso de um plano B, se as coisas caminharem nessa direção.
    .
    COMENTÁRIO: dica infalível: funde uma igreja e a registre no país para onde for. Eu quero ir para a Bessarábia pregar a salvação aos bessarabianos.
    .
    Se na Bessarabia não houver vagas, segunda opção: Tanganmandápio…
    .
    Antes de partir jogarei muitas pedras na sede do PT…

  47. Marciano Diz:

    Eu já tinha pensado nisso, MONTALVÃO.
    .
    Marciano Diz:
    abril 15th, 2014 às 14:52
    Enviei apressadamente.
    LARISSA já respondeu.
    Pra mim, não é solução.
    Teria de recomeçar do zero.
    Se os comunas roubarem nosso dinheiro de forma pior do que o Collor, que deve ter dado assessoria a eles, pois agora é aliado, junto com Sarney e outros, o que posso fazer é virar médium e ou fundar uma nova igreja evanjegue.
    Aí eu fico rico mesmo.
    .
    .
    Como você adivinhou os países para onde eu pretendia ir, vou abrir minha igrejinha em outro planeta mesmo.
    Tô pensando em Netuno, para ficar bem longe do PTrambiqueiros e do Deputado Nazareno Fonteles (PT-PI), autor da proposta ditatorial.

  48. Marciano Diz:

    Depois de tantos relatos interessantes, Mello perde-se em elucubrações exageradas quanto às possibilidades da hipnose, falando sobre Helena Smith e seu marcianês pueril.
    Vou continuar a leitura até o fim.
    Se surgir algo interessante para o blog, comento.

  49. jorge Diz:

    Larissa, tbém quero sair daqui faz tempo. Tô com 50 e essa possibilidade só virá lá quase pelos 60, fazer o que?
    Quanto aos temas do blog , eu ainda insisto que quem passou ou passa pela “experiência familiar” dentro do vasto “besteirol espiritualista crentóide brasileiro” tem experiências únicas para contar. Pois hoje , descrente de qualquer coisa, eu ainda convivo com a mesma família e amigos. E recebo informações incríveis do que acontece no mundo espiritual , e até dos ETs. E olha que tenho histórias e aposto que muitos aqui também têm muita. Quer exemplo de segredo revelado em centro espirito-xamânico?

    . ” força aérea destrói base alienigena ” UAU !!!

    Segredo quentíssmo viu? E contado de uma maneira que lembra mesmo os papos da “maria joana”. Mas ninguém desses que conta , conhece essa “maria”.

    E atenção para o que eu escrevi acima: é mesmo um centro espiritoxamânico que mistura tudo, e, em tempo: os simbolos xamânicos são todos de índios dos EUA. É claro né? os espíritos dos indios brasileiros não têm glamour. Não tem ” Tamanduá Sentado” , “Anta-Tonta”, “Arara Brava”, etc. É só águia, urso, bisão e outros bichos do folclore norte americano. É triste. E todos têm curso superior.

  50. Gorducho Diz:

    O glamour que a América empresta é inegável. Aqui mesmo temos a Casa adotando o espiritismo estatístico americano; com médiuns americanos e presumivelmente espíritos também americanos.

  51. Marciano Diz:

    Especial para ARDUIN, que anda ausente:
    .
    “Florence Cook, a jovem médium de William Crookes, tornou-se famosa pelas suas materializações, consideradas ainda como das melhores até hoje realizadas e atribuídas a uma certa Katie King, filha já falecida do pirata Morgan. Mais tarde, elas foram repudiadas como produtos de truques e farsas, sendo que o médium Douglas Home, que havia trabalhado para Crookes antes de Florence Cook, a considerava uma farsante, como informa Flammarion, no seu livro sobre “Forças Naturais Desconhecidas”. “Mr. Home ma personnellement exprimé son opinion que Mlle Cook avait été une habile farceuse et avait indignement trompé l‘illustre savant”. É ela que surge anos depois, sob o nome de Senhora Comer, fazendo aparecer numa sessão da Associação Espírita de Londres o espírito de uma criança, morta havia 12 anos. Aconteceu, porém, que durante a sessão, um espectador menos benévolo se colocou de permeio entre a aparição e a clássica cortina, sempre cuidadosamente fechada. Quando se afastou a cortina, verificou-se que a cadeira estava vazia, o que demonstrou que o espírito e a médium não passavam de uma só e mesma pessoa. Ela foi apanhada também em flagrante de

    fraude quando, em Berlim, procurou repetir as experiências realizadas com o químico inglês. Jules Bois diz ela: “Em Londres, pude verificar, sem haver lugar para a menor dúvida, truques pueris e grosseiros dessa famosa médium, que enganou tão magnificamente a William Crookes”. Uma vez, foi apanhada em flagrante, nas seguintes condições: numa sessão, foi amarrada numa cadeira e, de tal modo, que se gastou mais de um quarto de hora só para se darem os nós. Mal acabara isso de ser feito quando ela, dentro do gabinete em que estava encerrada, deu algumas pancadas, a fim de que fossem os nós examinados. Aí, verificou-se que Florence já se encontrava liberta de todos os laços que a prendiam! O experimentador amarrou-a de novo e saiu do gabinete. Logo depois, surgiu Katie, uma materialização feita por Florence, vestida de branco, em trajes vaporosos, muito conhecida pelas fotografias de materializações realizadas por esse médium. Um dos presentes deu um salto e agarrou o fantasma materializado. Mas, o que ele agarrou foi a própria Florence, apenas vestida de colete e uma saia de flanela, pois os véus brancos haviam desaparecido. Foi sobre ela que Crookes havia afirmado: “Eu tenho a certeza absoluta de que Miss Cook e Katie são dois indivíduos diferentes, a julgar pelos seus corpos. No rosto de Miss Cook existem algumas pintas, que faltam no de Katie. Os cabelos de Cook são castanhos quase pretos, enquanto os de Katie castanhos muito claros, como pude me convencer cortando, com a sua permissão, um cacho que ainda conservo e que consegui verificar ser realmente da sua luxuriante cabeleira”. Quanto à probidade de Miss Cook, Crookes distende-se em longas considerações para mostrar que está ela acima de toda e qualquer suspeita.
    O que há ainda de grave nas experiências de Crookes é que muitas delas foram realizadas na casa de Miss Cook, em presença dos membros da sua família, sendo o seu próprio quarto de dormir o gabinete das materializações. Tudo prestava-se a mistificações, não sendo por isso de admirar que temesse ela a presença de pessoas desconhecidas, que poderiam descobrir os seus truques. “Ela me interrogava freqüentemente, diz-nos Crookes, quanto às pessoas que deveriam estar presentes às sessões, aos lugares que ocupariam, porque, nos últimos tempos, havia-se tornado muito nervosa em vista de propostas inconvenientes, que sugeriam o emprego de força para

    melhor garantir a pesquisa científica”. Um autor mostrou que esses temores seriam justificados, caso os fenômenos fossem autênticos, verdadeiramente paranormais, enquanto, em caso contrário, tratando-se de mistificação, muito naturais e justificados.
    Aliás, contra as experiências de Crookes foram levantadas numerosas objeções, pois a própria leitura dos seus trabalhos, no texto original, se presta a toda espécie de dúvidas. Tem-se explanado, porém, que os seus erros e as suas imprecisões eram por demais compreensíveis porque Crookes, apesar de grande sábio, se apaixonou por Katie, escrevendo versos inflamados de amor, inspirados pela jovem donzela, cuja beleza julgou indescritível. Num discurso que, vinte e quatro anos depois, pronunciou na Associação Britânica de Progresso das Ciências, Crookes disse textualmente: “Se eu tivesse de apresentar hoje, pela primeira vez, essas pesquisas ao mundo científico, escolheria ponto de partida diferente daquele que escolhi em tempos passados” E, depois: “É anticientífico apelar para agentes misteriosos, quando cada novo progresso da ciência nos demonstra que as vibrações do éter possuem poderes e qualidades amplamente suficientes para explicar tudo”.

  52. Marciano Diz:

    Eu tinha razão o tempo todo. Esse Crookes era um “crooked”.

  53. Marciano Diz:

    Mais para ARDUIN:
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    O MÉDIUM LADISLAU LASZLO teve em Budapeste, durante dois anos, um sucesso imenso, graças às materializações que realizava e que foram verificadas por grande número de médicos e pessoas cultas. Inicialmente, a atenção pública convergiu sobre ele pelo fato de ter assassinado a própria noiva, fazendo-a vir a um hotel, onde, abrançando-a, lhe deu um tiro de revólver pelas costas, que lhe produziu morte imediata. Mas a bala, atravessando-lhe o peito e o coração, foi alojar-se no tórax do próprio Laszlo que, abraçado à noiva, ficou gravemente ferido. Ele atribuiu o ato ao seu segundo eu, que o dominou de maneira demoníaca, obrigando-o à execução daquele ato. Depois de submetido a julgamento, tendo sido absolvido, entregou-se à prática intensiva do espiritismo, sobretudo como objeto de investigação numa Sociedade de estudos metapsíquicos, formada principalmente de médicos e professores da Universidade. O médium apresentava materializações que lhe saíam pela boca e tomavam formas do corpo humano, cuja realidade supranormal pôde ser demonstrada por meio de numerosas verificações. Basta dizer que ele antes de entrar para a cabine, era completamente despido, sendo examinado rigorosamente, mesmo quanto à cavidade bucal e o interior do reto. Além disso, chegou a ser posto em custódia permanente, sendo observado ininterruptamente por pessoas garantidas, que se revezavam, sobretudo quando lhe deram um purgante para esvaziar o intestino, seguido de uma lavagem do estômago, a fim de ficar suficientemente autenticada a realidade mediunística das suas materializações. Pois bem, depois de tudo isso ter sido bem verificado e, portanto, demonstrado o seu poder sobrenatural, ocorreu qualquer coisa de horrivelmente banal. Alguém propôs ao médium um negócio tentador, que ele logo aceitou com entusiasmo: uma viagem pelo continente, financiada por um grupo de comerciantes, durante a qual demonstraria as suas faculdades sobrenaturais. Tornava-se, porém, necessário dar primeiramente uma sessão privada aos financiadores da empresa, a fim de eles próprios se darem conta da situação. Laszlo não teve dúvidas e, logo de início, revelou ao companheiro que tudo aquilo não passava de truques e mistificações, naturalmente muito apropriadas para se ganhar dinheiro. A SESSÃO REALIZOU-SE COMO ESTAVA COMBINADO, NINGUÉM DEVENDO TOCAR NO ECTOPLASMA, POIS PODERIA ISSO OCASIONAR A MORTE SÚBITA DO MÉDIUM. NESSAS CONDIÇÕES, “SOB A INTENSA EMOÇÃO DOS ESPECTADORES, QUE BATIAM DENTES E SENTIAM ARREPIOS DE ANGÚSTIA”, FORMOU-SE O ECTOPLASMA, COM A MATERIALIZAÇÃO DE TRÊS DEDOS DA MÃO. NESSE MOMENTO, O COMPANHEIRO DA PROPOSTA, EUGEN SCHENK, LANÇOU-SE SOBRE LASZLO E ARRANCOU-LHE DA BOCA, ENQUANTO ELE GRITAVA COMO UM DESESPERADO, AQUELA SUBSTÂNCIA MISTERIOSA E QUE DEVIA SER SOBRENATURAL. MAS ERA TUDO QUE HAVIA DE MAIS VULGAR E MATERIAL: UM PEDAÇO DE GAZE IMPREGNADO DE GORDURA DE GANSO! ASSIM, ACABARAM-SE OS MISTÉRIOS E DESAPARECERAM OS ESPÍRITOS! Os truques que Laszlo empregava para ludibriar as suas vítimas se tornaram conhecidos, sendo que a habilidade desenvolvida para realizar os seus intentos constituía a parte mais extraordinária da representação. Apesar de todo o controle, encontrava sempre maneira de esconder o material que usava em suas mistificações. Em geral, ocultava-o no reto, bem alto, para não ser encontrado pelo toque digital do exame médico. Mesmo quando tomou óleo de rícino, sendo acompanhado até nos momentos em que ia à privada, conseguiu disfarçá-lo para o usar no momento adequado. Outras vezes, ocultava-o previamente no sofá, nas cortinas, ou em outros lugares do local escolhido, sendo que os próprios fiscais e observadores das sessões eram aproveitados para transporte desse material, sem que o soubessem. Laszlo fazia-o de modo que o bolso da pessoa escolhida, onde ocultava tal material, ficava sempre facilmente acessível às suas mãos.
    O caso de Laszlo apresenta ainda uma particularidade surpreendente: a do auxílio que recebia de três pessoas de categoria e que se estava longe de desconfiar pudessem tomar parte nas suas manobras fraudulentas: um médico, um juiz criminal e um artista pintor! Era o mesmo que já havia ocorrido com o professor Bianchi que, numa sessão realizada por Eusápia, em presença de Lombroso, ajudou a médium, assim como com o médium Sambor, que foi auxiliado por um homem considerado de caráter, ao mesmo tempo pintor e escritor e que, durante uma dezena de anos, tomou parte ativa e passiva nas trapaças de diversos médiuns. Klinckowstroem chama a atenção para essa eventualidade, mostrando que os casos em questão ainda prosseguiram sendo explorados por ocultistas, caso os parceiros tivessem sido mais hábeis e cautelosos. Aliás, tal possibilidade é muito mais freqüente do que se acredita, como é fácil verificar dando maior atenção aos auxiliares dos médiuns, em geral, pessoas de presença obrigatória às sessões.
    O que há de grave no caso de Laszlo é a convicção de grande número de homens de ciência que acreditavam na autenticidade daqueles fenômenos, cuja origem era tomada como sobrenatural. Era mais uma vez a repetição do que havia acontecido inúmeras outras, sem que fossem tiradas as conclusões e os ensinamentos que daí deviam resultar. Pelo contrário: tudo serviu para reforçar crenças e suposições, penetrando até no domínio da filosofia, como nos casos de Hans Driesch e T. K. Oesterreich, professores de filosofia de Universidades alemãs, que procuraram servir-se de manifestações daquele gênero como elementos fundamentais de seus sistemas filosóficos. No entanto, o que tem acontecido invariavelmente em todos esses casos é de tudo acabar em trapaças e mistificações, não raro executadas com alta técnica de prestidigitação e surpreendente credulidade dos circunstantes. Miller, que se tornou célebre fazendo aparecer diversos fantasmas ao mesmo tempo e deixando-se tocar pelas pessoas presentes, foi surpreendido em fraude, porque se tornou negligente nas suas manobras, tal a confiança que tinha na boa fé e na ingenuidade das pessoas presentes. Os jornais espíritas, que o haviam glorificado ao extremo, tiveram de calar-se ou reconhecer o erro, como tem acontecido em muitos casos semelhantes.
    QUANDO EUSÁPIA, NO INSTITUTO PSICOLÓGICO DE PARIS, CONSEGUIA FAZER ABAIXAR UM PESA-CARTAS SEM TOCÁ-LO, MESMO À DISTÂNCIA, UM DOS ASSISTENTES ENEGRECEU COM FULIGEM A CONCHA, O BRAÇO E O INDICADOR DA BALANÇA, DESCONFIANDO QUE O PROCESSO PUDESSE SER EXECUTADO POR MEIO DE UM LONGO FIO DE CABELO QUE, NESSE CASO, PRODUZIRIA UMA MARCA QUALQUER NA FULIGEM. O QUE ACONTECEU É QUE TODAS AS EXPERIÊNCIAS POSTERIORES FALHARAM, NÃO PODENDO MAIS EUSÁPIA AGIR SOBRE O PESA-CARTAS, “NEM UMA ÚNICA VEZ”! Com Max Dessoir falhou também experiência semelhante, que consistia em fazer a médium mover sobre a mesa um simples fósforo, sem tocá-lo. Aliás, nesse sentido, foi estabelecido um prêmio de dois mil francos para o médium que conseguisse deslocar qualquer objeto, sem tocá-lo. A experiência, que foi largamente divulgada pelo “Matin”, jornal de grande tiragem de Paris, tendo repercussão pelo mundo inteiro, devia ser realizada no laboratório do professor Dastre, na Sorbonne, mas não apareceu ninguém para submeter-se à prova! Isso foi considerado tanto mais estranho quanto, naquele momento, apareciam comunicações sobre médiuns que faziam elevar no ar, sem tocá-los, móveis e objetos pesando até centenas de quilos, levando diversos sábios a falar de levitação como de qualquer coisa já cientificamente demonstrada. Quando D’Arsonval recebia ordem de Eusápia para levantar uma pequena mesa, fazia-o facilmente, embora, pouco depois, por ordem inversa, não conseguisse mais fazê-lo, pois “a mesa parecia pregada no chão”. Em breve, alguns observadores verificaram que o peso do médium colocado sobre uma balança variava segundo a posição dos objetos que ele punha em movimento em torno de si, tudo de acordo com as leis de física, pois havia diminuição de peso do seu corpo quando se apoiava sobre eles e aumento quando era ele que servia de ponto de apoio. Quando o médium perdia contato com o chão não

    conseguia produzir mais fenômenos de levitação! Crookes estudou o fenômeno com aparelhos de física, servindo-se do célebre médium Daniel Home, que conseguia alterar o peso do corpo e tocar instrumentos musicais à distância. Os relatórios são impressionantes, porém, mais tarde, descobriu-se que Home, à maneira do que tem acontecido com todos os médiuns célebres, havia cometido toda espécie de truques e mistificações.
    “Para fazer-se uma mesa levantar-se no ar por alguns segundos, são necessárias manobras especiais, sobretudo a de dar-lhe um certo movimento, capaz de fazer mudar rapidamente o seu centro de gravidade, como usam os saltimbancos em suas exibições. Além disso, pode-se ajudar com o calcanhar ou cordões finos, quando a iluminação é pouca intensa. No livro “Around the World with a Magicien and a Jugger”, encontra-se a fotografia de uma mesa no ar e, na figura, não se percebe como pode ter sido isso obtido”.
    Uma mesa de pouco peso pode ser levantada por meio de um anel tendo uma pequena fenda. Para isso, o médium enterra um percevejo na mesa, que, tendo a mesma côr do móvel, passe despercebido aos espectadores. Depois, nele engancha o anel e, assim, levanta a mesa, tendo sobre ela as mãos espalmadas. Também, por meio de um anel, tendo um gancho em forma de U e pintado da mesma côr da pele, torna-se possível, enganchando-o na tábua da mesa, levantá-la, mesmo em plena luz, diante do olhar perplexo dos espectadores. O mesmo pode ser feito pelo emprego de um fio resistente e bem fino que o mágico ou o médium faz passar por baixo do móvel ou põe em contato com outros objetos, conseguindo deslocá-los ou levantá-los. O fio comumente empregado deve ser bastante longo, de aproximadamente meio metro de comprimento, e possuir alças largas nas extremidades, para nelas poder o operador facilmente introduzir os dedos, executando movimentos de grande extensão. Um fio de cabelo passa despercebido a cinquenta centímetros de distância e, em muitos casos, a manobra é executada por um auxiliar, que a torna assim mais segura e impressionante.
    Uma vez, pegou-se Eusápia servindo-se de uma flor com longa haste, por meio da qual produzia singulares manifestações de telecinesia. Na residência de Gustave Le Bon, em Paris, viu-se por diversas vezes, em quase plena claridade, aparecer uma mão acima da cabeça dessa médium. Mas, observando as suas espáduas por meio de uma iluminação lateral, que ela não podia perceber, verificou-se que as mãos materializadas eram as da própria médium, que conseguia libertar-se do controle dos observadores, sendo os movimentos das suas mãos conjugados com os dos seus ombros. Quando ela se deu conta dessa verificação, imediatamente deixou de se operar a materialização das mãos. D’Arsonval e Dastre, naquela ocasião, chegaram à conclusão de que todos os movimentos e materializações não passavam de fraudes e acrobacias. O Instituto Psicológico de Paris, por sua vez, não conseguiu observar caso algum em que a fraude não representasse qualquer papel. Com Eusápia aconteceu de, por mais de uma vez, segurarem-lhe a mão ou o pé quando, à distância, realizava contatos de além túmulo. Albert Moll, numa sessão espírita, na qual a gaveta de uma mesa se abriu espontaneamente diversas vezes por influência de forças mediúnicas, conseguiu pegar o pé da médium no momento em que executava a manobra, metendo-o na fenda, atrás da gaveta. Quando, em situação idêntica, Dessoir conseguiu pegar o pé de uma médium, calçado de meia, já tinham os seus companheiros de sessão percebido contatos, que atribuíam uns a punhos de gigante, outros a mãos de criança, terceiros a cabeças de cachorro, etc. O emprego do pé, pelos médiuns, é tão freqüente que um ator descobriu ser hábito de quase todos eles usar sapatos muito folgados. Não é por outra razão que os tecidos para materialização são muito finos, do tipo da gaze e da musselina, sempre vaporosos, de volume mínimo, ocupando espaço insignificante. Basta dizer que um pedaço desse tecido, que pode ser colocado no ouvido ou mesmo na cavidade de um dente, fornece material capaz de tomar enormes proporções. Um autor fala de um tecido oriental, do qual um centímetro cúbico dava um balão de cinco metros de diâmetro.
    Não é também por simples coincidência que quase todos os médiuns dados a materializações são mulheres, muitas das quais trabalham de preferência no período da menstruação. Nessas condições, o transporte dc material é mais fácil e garantido, uma vez que os processos de controle não podem ser tão rigorosos. De qualquer modo, investigadores científicos têm se queixado de que, na troca de roupa, sempre necessária à boa verificação, há lugar para fraude, porque, em se tratando de mulher, quando muito ocorre troca de combinação, sob a qual podem estar ocultas outras coisas, por vezes coladas ao corpo ou escondidas nas suas cavidades. Recordemos a história burlesca de Ejner Nielsen, cognominado o grande Nielsen, médium norueguês, célebre, sobretudo, pelos fenômenos de materialização, cuja autenticidade foi objeto de investigação por parte de diversos cientistas. As primeiras esperiências foram realizadas na Universidade de Cristiania por uma comissão de professores eminentes, designados pelo Reitor da Universidade, por solicitação da Sociedade Norueguesa de Pesquisas Psíquicas. Essa comissão chamou a atenção para as dificuldades de controle, mostrando ser necessário examinar a fundo o médium, desde a boca, o nariz e a garganta, até o estômago, o ânus e o reto. E isso conscientemente, em todas as sessões, porque ele, cada vez, se punha ao corrente da verificação, encontrando novos recursos para burlá-la. No caso em questão, ficou evidente que as condições das experiências eram estabelecidas pelo próprio médium e os seus auxiliares, o que naturalmente facilitava as fraudes. Nielsen trocava a roupa por um maillot que, por segurança, era justo e cosido ao corpo, sendo-lhe examinada a boca, o nariz e a garganta, mas não o reto, por sua expressa proibição. Pois bem, numa das últimas sessões realizadas por essa comissão, encontrou-se um pequeno furo no maillot e, em torno dele, assim como em diversos lugares do corpo do médium, pequenas porções de matéria fecal. Foi, aliás, somente nessa sessão que houve aparecimento de ectoplasma, fotografado pela comissão, mas que, seguramente, provinha do material guardado no reto. O médium conseguiu, sem dúvida alguma, libertar uma das mãos para executar a manobra necessária, isto é, levar à boca o que estava oculto no ânus, a fim de produzir as materializações que lhe escapavam da cavidade bucal. O processo de ocultar objetos introduzindo-os no reto tem dado lugar a manobras fraudulentas, que às vezes não são descobertas mesmo quando se faz o exame digital ou retoscópico desse órgão. São conhecidos casos de forçados que têm conseguido levar até o cólon transverso cilindros de extremidades cônicas contendo objetos de valor e que, introduzidos pelo ânus, são conduzidos por manobras externas, feitas com as mãos, até àquela porção do intestino.
    A regurgitação vinda do estômago é fenômeno conhecido de há séculos, tendo recebido em medicina a denominação de mericismo, vinda dum verbo grego que significa ruminar. Por vezes, essa faculdade atinge tal grau, que o seu possuidor chega a explorá-la em exibições públicas, para ganhar dinheiro. Eu próprio tive ocasião de ver um indivíduo dessa classe, que se apresentava em teatros de variedades. Ele vinha à cena com um aquário contendo peixes vermelhos e rãs e, diante dos olhos do público, engolia todos aqueles animais, um a um, e bebia toda a água do aquário, que não era muito pequeno. Depois, fazia subir à boca os animais, também um a um, lentamente, a conversar e sorrir, para preencher o tempo do seu número. E executava tudo isso até com graça e elegância, aparecendo-lhe por exemplo, entre os lábios, a perna de uma rã, por onde pegava o animal, colocando-o no aquário e, assim sucessivamente com as outras e, finalmente, com os peixes. Por fim, a água era esguichada, de longe, como um repuxo, até encher o vaso, onde de novo os animais nadavam calmamente. Interessante é que ele os repunha na mesma ordem daquela em que haviam sido ingeridos. Se a ingestão havia sido iniciada pelas rãs e terminada pelos peixes, eram elas que, pela regurgitação, apareciam em primeiro lugar.
    No caso já citado do norueguês Nielsen, antes de ser ele desmascarado, um engenheiro de Berlim, que possuía esplêndido laboratório de pesquisa, chegou à conclusão de que o ectoplasma fornecido pelo médium era autêntico e que os resultados falsos eram obra dos próprios médicos que o observavam! Muito interessante é o fato de Nielsen posuir um dente de ouro que aparecia regularmente nas materializações, assim como também o seu nariz, fácil de reconhecer, apesar dos disfarces. Quando as suas materializações saíam do gabinete, foi possível reconhecer, sob os véus ideoplásticos, as mangas arregaçadas da sua camisa! Depois de tudo isso, é compreensível o ridículo em que caiu esse médium, que recebeu o epíteto de rei de materializações anais, com auréola de martírio…
    Por várias vezes, já tem sido chamada a atenção para um fato que se repete em muitas dessas situações: o do médium experimentar com os sábios e não estes com ele, uma vez que as condições das experiências são determinadas pelo médium. Um exemplo muito ilustrativo foi fornecido por Willy Schneider já anteriormente analisado e que recusou a proposta do professor Siegfried Becher, que quis protegê-lo da luz pelo emprego de óculos amarelos, iluminando a sala com luz ultravioleta monocromática. Dessa maneira, o médium ficaria mergulhado em escuridão completa, não sendo incomodado pela luz, que pretendidamente representa grande estorvo para ele, capaz de impossibilitar o aparecimento de manifestações sobrenaturais. Aliás, as verificações habitualmente empregadas estão longe de corresponder ao que poderia ser estabelecido por médicos especialistas ou mesmo guardas de alfândega quando suspeitam contrabando. Algumas vezes têm sido encontrados médiuns usando calçado de sola e salto ocos; outros munidos de fios, barbatanas e até pinças que se desdobram tais como as usadas por gatunos para apanhar objetos ao longe, tudo isso sem contar guitarras, luvas fosforescentes, apetrechos de papelão negro, mesas e cadeiras especialmente construídas, etc.

  54. Biasetto Diz:

    DeMarte, me falta tempo e também confesso que não tenho paciência pra ler postagens longas, por isso “pulo” muita coisa aqui no blog, como esta postagem que você fez aí acima.
    Quanto a cair fora desse país, eu iria com muito prazer para algum país europeu, especialmente pra Finlândia, Noruega, Dinamarca, Suécia, Bélgica, Holanda…
    Vejam, eu trabalhei doze anos no Banespa, deixei o banco por causa da privatização, estou há 14 na educação, acumulando cargo, porque sobreviver na condição de professor no Brasil, é algo surreal.
    Eu e minha esposa somos professores. Em casa é como se tivesse três professores – ela com o cargo que tem, eu com dois cargos. Moramos no centro da cidade, casa cedida pelo meu sogro, há 24 anos, portanto, não pagamos aluguel; temos dois filhos muito dez, um já está fazendo faculdade, estuda na Fatec (não temos que pagar), outro está concluindo o ensino médio em escola particular, onde consegui significativo desconto, vivemos relativamente bem, no que diz respeito a comer, morar, um passeio no ano (há boas colônias para professores), somos sócio de um bom clube aqui em Bragança, visitamos uma vez por mês uma casa noturna aqui, aquela que fica no meio do mato, onde a vaquinha sorri para os visitantes e é possível curtir uma boa música, e para por aí. Nada mais de perspectiva, nada mais!
    Não fosse a casa cedida pelo sogro, acho que moraríamos num desses apartamentos da Cohab ou não teríamos carro, porque pagaríamos aluguel.
    Mas o pior nem é esta questão, porque seja como for, até posso dizer que levo uma “vidona” aqui no interior. Ruim mesmo, é lecionar para, INDISCUTIVELMENTE, a juventude mais IDIOTIZADA da história desse país. Quanto a isso, não tenho a menor dúvida.
    Tanto que posso afirmar que vem piorando ano a ano.
    Até meados da década passada, tive alunos que valiam à pena, mas quando começou esta incrível e sensacional política do “coitadinho do aluno” – e isto não é obra só do PT não, TODOS os partidos, governos municipais, estaduais e federal praticam isto, tudo começa com a LDB, ECA e cia, a coisa só piorou.
    Nós estamos realmente ferrados no Brasil. Os jovens brasileiros, salvo raríssimas exceções, NÃO SABEM NADA, NADA, NADA e não querem saber, e não precisam saber, no que se refere ao percurso escolar. O sistema educacional favorece o aluno que não estuda, que falta a aula quando quer, que é folgado, não tem educação, faz o que bem entende na escola, destrata os professores e outros funcionários, um desastre.
    E sempre as críticas recaem sobre os professores. PQP, querem que os professores façam milagres, mas nem esta turma das religiões – por tudo aquilo que sabemos aqui – fizeram milagre algum, como que os professores vão fazer?
    Querem que os professores sejam pais, psicólogos, pajem, mestres em educação/conhecimento, agentes penitenciários, amigos, confidentes, médiuns, muro das lamentações, videntes, palhaços, ilusionistas, artistas…
    E como dizia o professor Raimundo “e o salário ó…”
    Mas vamos dar vivas ao “Brasil, Coração do Mundo, Pátria do Evangelho”.
    Feliz Páscoa!!!

  55. Biasetto Diz:

    E só para completar: se vocês querem saber como é a realidade de uma sala de aula da escola pública brasileira (a particular não é muito diferente também), assistam ao programa do Chavez, quando tiver uma aula do professor Girafales, nada a acrescentar, perfeito!

  56. Antonio G. - POA Diz:

    Olá para todos!
    .
    Preciso ser objetivo na minha mensagem, pois meu tempo é limitado:
    .
    Queria comunicá-los de meu desencarne, ocorrido há alguns meses. Não importa a “causa mortis”, o que interessa é que eu morri. E o mais importante é o que tenho a dizer-lhes: Morri, sim. Mas apenas no sentido material. Meu corpo morreu. Meu espírito é quem está redigindo estas linhas. Foi enorme minha surpresa ao desencarnar e logo constatar que a morte do corpo não é, afinal, o fim de tudo. Fiquei surpreso, já disse. Eu defendia que a morte era o cessar completo da existência, mas, ao morrer, pude constatar que estava muito enganado. Depois de um breve período de “perturbação”, uma espécie de “umbral condensado”, comecei a perceber a realidade da imortalidade do espírito e a entender que, afinal, Kardek, Chico, Zíbia e, acreditem, até o Sai Baba tinham total razão em tudo que diziam. Pareceu-me ter visto o Divaldo, de mãos dadas com o Cazuza, mas acho que me enganei. Mesmo porque, parece que o Divaldo ainda anda por aí, na Terra. Estou em uma colônia, bem do jeito que vocês conheceram ao ler o “Nosso Lar”. É tudo muito organizado por aqui. Depois de um curto período de penitência (prá deixar de ser cético), recebi autorização do plano espiritual para este breve contato. Eu insisti muito para que me deixassem ter acesso a um PC com conexão à internet, até que me foi permitido, mas “só por uns 10 minutos terrestres”. Aqui o tempo se conta de forma bem diferente. Eu morri na Terra há uns 3 ou 4 meses, mas aqui parece que faz uns vinte anos! Acho que é porque tudo é muito chato e previsível na colônia. É muito som de lira, muito cetim esvoaçante, muito “meu irmãozinho” prá cá, “amantíssimo” prá lá, tudo em tons de azul e branco… Realmente, bem chato.
    Bom, mas agora eu preciso ir. Meu tempo esgotou. Aos céticos, deixo minha advertência: Não sejam assim, tão…tão… céticos. Aos crentes, meu pedido de desculpas: Ok, vocês tinham razão, afinal.
    .
    Abraços etéreos a todos.
    .
    Qualquer dia destes, eu “apareço”.

  57. mrh Diz:

    Eu acredito em espíritos.

  58. Gorducho Diz:

    Eu acredito em espíritos imagino que implicitamente suponha o possibilidade de comércio intermundos, certo?
    Seu modelo para a interface é semelhante ao da Casa, i.e., “estatístico”?
    Ou seja, médiuns seriam incapazes de retransmitir confiavelmente string de texto emitidos pela alma ditadora?

  59. MONTALVÃO Diz:

    .
    Êba! Talvez tenhamos achado um espírito cooperativo, disposto a dar mostras de que os desencarnados comunicam com os vivos. O Antonio G.Poa, nosso saudoso companheiro, certamente continuará cooperativo e participante no além, até mesmo para quebrar a rotina da mesmice que vige no lado de lá. Só precisamos achar um médium dusbão e encetar os experimentos. Ou, se for à moda Schwartz, nem precisamos de médium, podemos consultar diretamente o espírito e dele obter provas da vida além e de outras mumunhas.
    .
    Hoje mesmo, agora mesmo, já inicio a testagem: Poa, tenho sobre minha bancada de trabalho, bem diante do monitor um livro, o qual fotografo neste momento para futura conferência. Sua missão será vir até minha residência (insista com seus benfeitores que é por boa causa), anotar o título da obra e nos informar.
    .
    Meu endereço é fácil de achar. Brasil, Rio de Janeiro, Silva Jardim. Ao esvoaçar sobre a praça da cidade, com o rosto voltado para a prefeitura, vá até a primeira rua à sua esquerda, lá visualizará um sobrado azul, o único do local. Ponha-se de frente para a residência e entre na janela à esquerda. Verá vários livros sobre a bancada, mas o do teste é o que está diante do monitor (se quiser dar os títulos dos demais não tem problema).
    .
    Se consegui-lo teremos bons indícios de que a comunicação seja veraz, aí poderemos bolar novas verificações de modo que se possa divulgar para quem queira conferir essa grande verdade, caso seja.
    .
    Obs.: por ora não utilizarei controle, visto que se trata de teste preliminar: se der certo partiremos para confirmações substantivas.
    .
    E que Kardec nos ilumine.

  60. Marciano Diz:

    BIASETTO, parece que a única coisa que estão conseguindo que os professores façam é ser muro das lamentações. rsrs
    O Brasil está cada vez pior, mesmo.
    A única saída é o aeroporto. Se me aceitassem na Noruega, eu iria pra lá comer bacalhau, ver o sol da meia-noite e as “northern lights”.
    Se eu tivesse uma profissão que pudesse validar em outro país, estaria fazendo planos.
    Engraçado você desejar uma boa páscoa, festa judaica copiada pelos cristãos, que nenhum significado tem para mim. De qualquer forma, obrigado, valeu a intenção, e um bom almoço italiano pra você.
    .
    Antonio, bom ver seu espírito aqui.
    Você não se enganou, o divaldo tava em desdobramento, visitando o cazuza, que já foi resgatado do umbral.
    Se precisar de um medium pra umas psicografias, conte comigo.
    Ah, não vá dar minhas senhas pro MONTALVÃO. O livro, não tem problemas.

  61. Biasetto Diz:

    DeMarte, só desejei “boa páscoa” pra tirar sarro desta crentalhada chata pra c*, vou comer chocolate de montão, porque adoro, o resto que se f*

  62. Biasetto Diz:

    Que bom saber que o Antonio G. sobrevive, Glória Senhor!

  63. mrh Diz:

    sssiiiiimmmmm

  64. mrh Diz:

    eles ñ usam nossa linguagem natural… ñ dá p/ retransmitir. A mensagem deles vem inteira, em bloco; a nossa se dá ao longo d 1 tempo, palavra por palavra…
    .
    qdo os “escuto”, fico c/ a impressão d ter entendido tudo; qdo tento por no papel, simplesmente ñ sei o q foi dito; mas aos poucos a informação penetra no sistema, e começo a ter intuições sobre a informação.
    .
    qdo tenho premonições, elas entram no sistema d modo simbolista, como na poesia desse estilo. Igualmente ela aparece em intuições ou por metáforas.
    .
    Particularmente, o q me espanta é a antecipação d algumas. 20 anos ou +, sugerindo o acesso a 1 futuro já realizado.

  65. Biasetto Diz:

    Marcio, eu sei que você acredita em espíritos, já conversamos sobre isto. Aliás, precisamos nos encontrar, precisamos marcar outra pizza.
    Agora, explique melhor isto aí.
    De qualquer forma, minha bronca é com as religiões, aí não tem jeito, só falam merdas, propagam merdas, ninguém merece!

  66. mrh Diz:

    Qdo tinha 28 anos, fui fazer terapia, e 1 das razões q me levou a isso foi 1 relação difícil c/ a dama 1. Anotei num caderno boa parte das coisas q me aconteceram, todas em estado d extrema emoção. Numa das sessões, durante 1 dos exercícios, 1 técnica proposta pela terapeuta, tive 1 visão q anotei. Eu ñ ficava c/ a dama 1, para minha extrema mortificação, mas entregava uma aliança a outra dama, a dama 2, a quem eu auxiliava duramente, na tentativa d ajudá-la a atravessar 1 avenida muito movimentada, dos 2 lados c/ trânsito violento d carros.
    Na época, a última coisa q me interessava era casamento, aliança etc. Mas o tema surgiu na terapia, estranho à minha personalidade d antanho e assim ficou por muitos anos, tendo casinhos aqui e ali, sonhando em ser 1 solteirão e viver assim feliz para sempre.
    .
    Até q conheci 1 dama em extraordinárias dificuldades, q ñ comentarei aqui por q dizem respeito à minha esposa, durante anos lutamos por estabilizá-la, vencer os problemas etc. Estávamos para nos separar em 2000 qdo ela anunciou a gravidez. A proximidade por termos 1 filho reavivou a chama, e acabei d casar, aos 50.
    .
    Caso se admita a premonição, vejam vcs o lapso d tempo da antecipação, 22 anos, e a descrição simbólica q só pode ser identificada como tal retrospectivamente.

  67. mrh Diz:

    Bia, quero t ver sim, será 1 renovado prazer. Ñ tenho religião, assumo meu agnosticismo. Outra coisa é estudar a vida e obra dos religiosos e ver pontos potencialmente verdadeiros, sugestivos d paranormalidade. Respeito os religiosos principalmente porque minha própria família é composta deles, e ñ vou brigar por bobagem. É política d boa vizinhança, d afeto.

  68. mrh Diz:

    Faz 3 meses, cuidando dos preparativos do casamento, particularmente qdo me ocorreu a necessidade d comprar alianças, tive 1 frio na espinha ao lembrar daquela sessão. E tb me ocorreu q a narrativa poderia ser 1 antecipação, simbólica e metafórica, pois as circunstâncias reais e narrativas podem ser associadas. Meu dia tb foi para o brejo, pois gosto d acreditar q sou o autor da minha vida, e ñ um mero espectador d uma criação da natureza. Mas os fatos talvez recomendem o contrário. O único agente real é a natureza. Nós só assistimos o que nos cabe.

  69. Biasetto Diz:

    Marcio, gosto muito do testemunhos de pessoas que merecem minha credibilidade, como é seu caso, entendo estas “divagações”, estas “doideiras”, pois também as tenho. Vamos marcar nosso encontro sim. Estou sempre a espera de amigos sinceros, verdadeiros, com suas dúvidas, suas inquietações.
    Pode ser este fim de semana. Você sabe como me contatar, fique à vontade.
    Só não tenho paciência e estômago pra picaretices, estas reprovo-as com muita energia, pois a enganação me enoja.

  70. mrh Diz:

    Este feriado tô em Sorocaba. Mas semana q vem, estarei em Bragança. Vamos nos ver e beber cerveja… rs rs rs

  71. Biasetto Diz:

    Tá combinado.
    Semana que vem, espero vocês aqui.
    É só aparecer.

  72. Biasetto Diz:

    Não vou pedir pizza de bacon, você não gosta, deixa comigo.

  73. Marciano Diz:

    mrh, que intimidade você tem com os fantasmas, hem?
    Conhece a linguagem deles, comunica-se com eles.
    Eu nem sabia que você era medium.
    Pergunte a eles como estará esta merda de país daqui a 20 anos.
    .
    O problema com esses simbolismos é que fica tudo muito vago e fantasmagórico, dá pra aplicar a qualquer situação.
    Tem ainda o fato de que a memória é traiçoeira, a gente vê um filme, nunca mais o vê e passa uma reprise 22 anos depois. Aí você vê que se lembrava de um monte de coisas que não aconteceram. Na vida real não dá pra dar um “rewind”. As lacunas que a gente preenche não podem ser avaliadas. Assim fica fácil.
    .
    Pode ver que toda premonição só é explicada DEPOIS de os fatos acontecerem, NUNCA antes.
    Vou explicar melhor: se você abrir a bíblia, lembrar-se de um sonho, ler um verso de nostradamus, vai explicar qualquer fato passado, vai ver um monte de previsões realizadas. O que eu pago pra ver é alguém pegar os mesmos escritos, os mesmos sonhos, e dizer o que vai acontecer AMANHÃ. Nem precisa ser daqui a 22 anos.
    .
    Essas coisas só explicam o passado, NUNCA o futuro.
    Depois que o futuro vira passado, fica fácil comprovar qualquer premonição.
    Experimente perguntar aos espíritos qualquer coisa OBJETIVA, que possamos verificar sem adaptações, sem jeitinhos.
    .
    DEPOIS que derrubaram as torres gêmeas, apareceu um monte de gente mostrando que isso tava previsto na bíblia, em nostradamus, numa revistinha pornográfica dos anos 70. Se é fácil assim, POR QUE NINGUÉM, ninguém mesmo, disse que as torres seriam derrubadas ANTES do fato acontecer? Não tava na bíblia? Não tava no livro de NOSTRADAMUS, de SÃO SERAPIÃO, em tantos lugares?
    .
    Eu estou prevendo que a pizza de vocês será servida fria. E prestem atenção em um sujeito magro, de capacete de motociclista, que vai aparecer logo depois de vocês pedirem a pizza. Cuidado com esse cara!

  74. Gorducho Diz:

    E os fenômenos relatados por mrh seriam clarividência, nada a indicar relação com o espiritismo, seja ele o kardecista ou o estatístico.

  75. Larissa Diz:

    Eiiiii, eu quero ir a este encontro tb. 😉

  76. jorge Diz:

    Marciano, eu também vi que aquilo em formato de disco que o homem montado num cavalo de aço ruidoso entregará , terá tudo que foi posto em cima do pão redondo apenas de um lado, o outro lado será vazio.
    Se forem convidar a maria joana me avisem ok? adoro essa moça…

  77. Larissa Diz:

    O q acham disso? Vale a pena?

    http://www.newscientist.com/TheCollection/?cmpid=SOC|NSNS|2014-1104-GLOBAL-collection1|facebook&utm_medium=SOC&utm_source=NSNS&utm_campaign=collection1&utm_content=facebook

  78. Larissa Diz:

    “Pergunte a eles como estará esta merda de país daqui a 20 anos.”
    .
    O Brasil daqui a 20 anos será governado pelo PT. Haverá escândalos de corrupção, confisco das poupanças e bolsa esmola ampliada. O Lula será empalhado e colocado em uma redoma de vidro na Praça dos Três poderes. O Papa o beatificará após o milagre da multiplicação das bolsas. A Dilma-figa estará em campanha em prol de um PTóide qualquer, que alega incorporar Lula. Ainda estaremos pagando a conta da Copa e das Olimpíadas. Para isso a alíquota do IR será elevada a 50% e seremos obrigado a fazer uma poupança fraterna.
    A Virgin lançará o primeiro vôo de vivos para Nosso Lar – agora 100% confirmado pela ciência não-materialista seja lá o que isso for.
    Surgirá um médium ostensivo em MG falantesonambulicopsicoescreventeclarividente, que dará nova força ao Espiritismo – agora religião oficial do Brasil.
    Emmanuel, reencarnado em SP, finalmente dará as caras neste plano como ministro da regeneração. Todos o reconhecerão.
    Marciano será presidente da FEB.
    ass: buuuuhhhhhh

  79. mrh Diz:

    Dear Martianus,
    .
    a ironia é 1 bom recurso d crítica, e assim vem desde Sócrates. Mas este sabia tb q é necessário ñ distorcer o q disse o interlocutor, ou seja, prestar atenção no q ele disse: ñ me limitei à “frágil memória” para escrever a possível precognição, mas as anotações d 1 caderno feitas na ocasião.
    .
    Sem isso, a ironia torna-se autodesqualificante, e seu peso recai sobre quem a utilizou, pois acaba revelando pura malevolência.
    .
    Qto ao fato d a precognição só poder ser reconhecida como tal a posteriori, trata-se d 1 problema epistemológico, ou seja, da relação do homem com a natureza, do meio d realizar o conhecimento, e ñ do narrador. Ñ é d minha responsabilidade q estejamos postos no mundo d tal modo q só é possível saber d 1 fenômeno retrospectivamente.
    .
    A evolução d Darwin tb padece desta característica. Foi muito criticada porque ela explica mas ñ prognostica.

  80. mrh Diz:

    Ñ é verdade q o simbolismo “dá para aplicar a qualquer situação”. Uma vez obtida a narrativa e a situação q nela c encaixa, há uma e só uma possibilidade. Aceitar a precognição ou negá-la, mas ñ é possível q “tudo c encaixe aí”. Esse pseudo argumento lembra muito o exagero das minhas aluninhas qdo querem falar d política, dizendo é tudo ladrão, ou eles ñ fazem nada por nós… daí respondo? Ué, acabei d acender a luz. Como ela chegou aqui? Estamos numa escola. Quem a fez? Será q essas coisas resultam da política?
    .
    Aliás, nossas diferenças derrapam tb para a relação q estabeleço com o Brasil. Ñ considero esse país uma merda, e lamento muito q vc c expresse assim, tão ofensiva e lamentavelmente. Devo tudo a este país, minha vida, profissão, sustento, saber etc. Realmente, Marciano, temos estofo distinto. Ñ confunda a totalidade d 1 país com algumas figuras reprováveis.
    .
    Seu modo d expressão ñ é apenas irônico, é reprovável tb, desrespeitoso e falso. E isso vitima primeiramente vc, pois ñ consegue uma relação razoável e objetiva com o objeto q (ñ) quer analisar, a saber, a parapsicologia.
    .
    Consegue apenas permanecer 1 cético apriorístico, qualquer q seja a narrativa q c lhe apresente. Qual a vantagem científica disso? Ñ sei.
    .
    Larissa, quanto a perguntar aos espíritos o q será do Brasil daqui a 20 anos, vc deve observar q em nenhum momento disse q a antecipação vem d espíritos ou q eles tem essa faculdade, d prever futuro. O risco dessas pseudo críticas é o mesmo q apontei ao Martianus.

  81. Gorducho Diz:

    Clarevidência premonitória…
    Será que então a Casa, o Spinoza, o Leibniz & outros têm razão? O livre arbítrio não existe mesmo: mais um dogma do Kardec derrubado?

  82. mrh Diz:

    Sobre o nada secreto desejo d descambar 1 discussão q se apresenta como sincera e séria para a zombaria gratuita, a pior insinuação foi a inclusão da personagem “Maria Joana”. Ou talvez associar o debate à pilantragem de parte da política brasileira a ele. Assim, Bia, agradeço por me considerar alguém ao menos honesto. Talvez equivocado, quem sabe, ñ penso assim, mas respeitável.
    .
    Com essa atitude, quem vai c expor aqui? Quem c disporá a ser escrachado ao apresentar matéria prima? Vcs inibem o advento do conhecimento deste modo. Não vejo qualquer aspecto positivo nisto.

  83. mrh Diz:

    Sobre o nada secreto desejo d descambar 1 discussão q se apresenta como sincera e séria para a zombaria gratuita, a pior insinuação foi a inclusão da personagem “Maria Joana”. Ou talvez associar o debate à pilantragem de parte da política brasileira a ele. Assim, Bia, agradeço por me considerar alguém ao menos honesto. Talvez equivocado, quem sabe, ñ penso assim,, mas respeitável.
    .
    Com essa atitude, quem vai c expor aqui? Quem c disporá a ser escrachado ao apresentar matéria prima? Vcs inibem o advento do conhecimento deste modo. Não vejo qualquer aspecto positivo nisto.

  84. Larissa Diz:

    Mrh, estou sacaneando o marciano. Mas só de brincadeira mesmo. Não foi com vc. Vc sabe como eu penso pq já conversamos sobre isso. E venhamos e convenhamos, não é preciso de um espírito para prever aproximadamente como o Brasil estará.

  85. Larissa Diz:

    Não queria q soasse mal. Desculpa Márcio. 🙁

  86. mrh Diz:

    Fat boy, ñ gosto dessa hipótese, mas ela é quente. Vinte e dois anos (a Adelaide Petters, no livro precognição, apresentou uma com tempo semelhante) implicam uma tal rede causal q só pode ser explicada por determinismo absoluto. Segue contingência aristotélica, mas determinismo. Com Deus na parada, Lutero e Calvino, sem Deus, Spinoza e Einstein.

  87. mrh Diz:

    Oi Larissa, um beijão para vc e o Marciano tb. Mas as vezes é bom se apresentar como advogado do diabo. Para refletirmos sobre nós tb…
    .
    Desculpem c exagerei no enxofre… rs

  88. Larissa Diz:

    Espinoza era ateu ou não-teísta?

  89. mrh Diz:

    panteísta, mas nele Deus é a natureza, ñ um criador consciente e voluntarioso… tecnicamente, 1 tipo d teismo; criticamente, um ateismo sentimental… rs

  90. Larissa Diz:

    Deus não consciente não é Deus 🙂

  91. Gorducho Diz:

    Mas o Deus do Aristóteles não tem consciência das esferas sublunares. Ele só tem consciência de si mesmo.

  92. Marciano Diz:

    JORGE,
    No, no, no, I don’t smoke it no more.
    I’m tired of waking up on the floor
    No, thank you, please
    It only makes me sneeze
    And then it makes it hard to find the door
    .
    LARISSA,
    As perguntas são:
    Why do we exist?
    Por mero acaso.
    What is reality?
    É um conceito humano, as coisas são o que são.
    Is there a god (and if there isn’t, why are so many people sure there is)?
    Não, não existe. A razão de tantas pessoas acharem que existe são variadas. Uns são idiotas mesmo, desprovidos da capacidade de raciocinar, outros não têm coragem de enfrentar a vida (e a morte) e por isso imaginam divindades, outros são malucos…
    What is life?
    Um fenômeno físico-químico muito peculiar
    Is time real?
    Essa eu já respondi longamente aqui no blog, se tiver tempo, procure.
    Vai uma resposta curta: Tempo é apenas um conceito que usamos para medir coisas, não tem existência material.
    Will we ever understand consciousness?
    Talvez, mas acho pouco provável. Além disso, a resposta depende muito do conceito que temos de consciência, que é muito variável.
    Where does our sense of self come from?
    Fenômenos físico-químicos no cérebro.
    Why do we sleep?
    Porque evoluímos assim.
    And what happens after we die?
    Absolutamente nada.
    .

    Como vê, sei todas as respostas, não preciso da coleção, nem da maria joana, nem do flamengo, vasco ou botafogo.
    E você acertou (infelizmente) na mosca em sua previsão.
    Só errou quando achou que eu seria presidente da feb.
    Eu estarei morando na Noruega.
    .
    mrh
    Não foi minha intenção ironizar, embora eu faça isso com muita frequencia.
    Dessa vez eu tava só querendo abrir teus olhos.
    .
    Se a precognição é como você diz, não serve para nada.
    A Teoria da Evolução, diferentemente, nos explica porque as coisas são como são e nos livra da necessidade de acreditar em bobagens.
    A ainda serve para selecionar artificialmente várias raças de animais, variedades de vegetais, etc.
    .
    Quando suas aluninhas (obrigado pela comparação, agora é ironia mesmo) dizem que políticos não servem para nada, estão apenas utilizando um recurso de retórica, pois eles não servem para quase nada. Fazem só aquilo que não poderiam deixar de fazer, como as péssimas escolas e a luz cheia de apagões.
    .
    Qual a vantagem de conhecer parapsicologia ou de ser sensitivo?
    .
    Quanto ao mais, você tem razão, eu sou um cara mal educado, arrogante, desrespeitoso, pretensioso, etc., graças a deus.
    Don’t take it personally, I treat everybody likewise.
    .
    Outra coisa, se você acredita no determinismo absoluto, sabe muito bem que não tenho culpa de ser o cafajeste que sou.
    .
    Você não exagerou no enxofre, e um abraço (beijo, só simbólico).

  93. Marciano Diz:

    Um recado para todos os deterministas do blog.
    Vão para a PQP!
    Obs.: Não fui eu quem escreveu isto, foi meu cérebro, não tive escolha.

  94. Marciano Diz:

    Aliás, toda essa discussão aqui não faz o menor sentido, nós não pensamos, agimos como autômatos, de acordo com o roteiro escrito por alguma divindade idiota.

  95. Marciano Diz:

    Tem horas que eu tenho vontade de desencarnar, igual ao Antônio GPoa.

  96. Marciano Diz:

    mrh,
    você dá aulas para pré-escolares?
    Ou dá aulas para anãs?
    Estou perguntando por causa das “aluninhas”, que tanto o fazem lembrar-se de mim.

  97. mrh Diz:

    aluninhas foi uma expressão afetiva, são futuras pedagogas… utilizei atrás bastante retórica, não fiquei em absoluto xateado, só para q a gente perceba q ñ são apenas os religiosos do Bia q as vezes, ou muitas vezes, prejudicam o debate. Sem perceber, nós mesmos atiramos talvez nossas pérolas aos bixos do chiqueiro. Creio q são pérolas, particularmente. O saber ñ necessariamente é utilitarista, caro Martiallis, as vezes só o saber já faz sentido. Mas a utilidade pode se revelar no futuro, na sequencia de um programa de pesquisas. Talvez não imediatamente. Quem sabe máquinas que produzam esse insight, ou pessoas que dominem e o obtenham volitivamente etc. Não sei. Por ora, parece muito se concordarmos que o objeto existe.

  98. Marciano Diz:

    Ok, mrh,
    Não sei se você aceita alunos adultos, do sexo masculino, de estatura alta.
    Em caso positivo, topo umas aulas por correspondência, sobre como ter orgulho de nosso grande país, como não ser lamentavelmente ofensivo, desrespeitoso, reprovável, falso, malevolente, como acreditar em nossos políticos, não distorcer as palavras do interlocutor, em suma, como melhorar meu estofamento.
    Gostaria muito de ter um estofamento como o seu.
    Quanto à parapsicologia e previsão do futuro, declino.
    .
    Quem falou em vantagem foi você. Olhe aqui:
    .
    mrh Diz:
    abril 17th, 2014 às 15:48
    “Consegue apenas permanecer 1 cético apriorístico, qualquer q seja a narrativa q c lhe apresente. Qual a vantagem científica disso? Ñ sei”.
    .
    Depois, você mesmo diz:
    .
    “O saber ñ necessariamente é utilitarista, caro Martiallis, as vezes só o saber já faz sentido.”
    Será que o ceticismo apriorístico precisa apresentar alguma vantagem em relação à crendice apriorística, ou será que ele não é necessariamente utilitarista?
    Quem sou eu para saber?
    .
    Para uma cabecinha de porco, como a minha, essas pérolas são indigestas.
    .
    Espero um dia crescer e ser capaz de entender um filósofo paranormal como você.
    No mais, sinto-me honrado em ter a oportunidade de receber críticas tão construtivas de um filósofo paranormal brilhante como você.
    Depois das aulinhas, eu prometo melhorar minha ironia, chegar perto de Sócrates e de você.
    Ou não, vai depender do que o destino me reservou, afinal o universo é determinista, uns nascem sábios, filósofos, bem estofados, outros nascem porcos indignos de receber pérolas de jesus e seus discípulos, os que já morreram e os atuais.

  99. Cacique Diz:

    Uma das coisas mais ridículas que já vi é uma suposta psicofonia feita pelo médium Carlos Baccelli, publicada no youtube. O médium e o apresentador juram que se trata do médico Inácio Ferreira, morto em 1988. O título também é hilário, “Um morto falando ao vivo”, extraído de um rico e invejável trocadilho feito por Baccelli, ou melhor, pelo psiquiatra interpretado, digo, incorporado por um sofrível Baccelli. O espiritismo vai acabar não só pela falta de espíritos, mas sobretudo pela falta de inteligência e talento dos herdeiros de Chico Xavier.

    https://www.youtube.com/watch?v=vKWylVpWKSs

  100. mrh Diz:

    Martianus, agora é vc quem está ficando bicudo…

  101. Marciano Diz:

    No hard feelings, MRH.
    Eu já avisei várias vezes no blog, inclusive neste tópico, que sou um cara chato.
    Olhe o que eu disse pra LARISSA:
    .
    “Não sou bom de relações humanas, sou uma cara muito ácido (ou amargo, dependendo do ponto de vista), sou cínico, gosto de ironizar hipócritas, sou sarcástico, cético com relação a tudo, em outras palavras, um chato, um cara anti-social, no sentido de que não tenho papas na língua nem me curvo a ninguém.
    Sou um rebelde por natureza.
    Esse tipo de coisa não corresponde ao meu perfil.
    Sou especialista em atrair antipatia, porque sempre digo o que penso, que normalmente não se coaduna com a hipocrisia ou ilusão das pessoas.
    Todo mundo gosta de se iludir ou de ser iludido.
    Eu sou um destruidor de sonhos vãos, de idealizações, ninguém me aguenta muito tempo.
    A culpa é da seleção natural, acho.
    Meus parentes (inclusive meus pais) são todos uns otários, que sempre gostaram de fantasias, sempre me viram como um herege (apesar de todos terem as mais diversas crenças), com uma única exceção, um tio materno que não acreditava em nada, seja religião ou política, apesar de ter pouca instrução”.
    .
    Pode não parecer, mas eu vou com a sua cara, só não concordo com sua representação do universo.
    Tem anos que eu não jogo xadrez. Se não estivesse totalmente enferrujado, ia te dizer pra gente resolver isso no tabuleiro.
    Com as pessoas de que eu não gosto eu resolvo na porrada.
    Um abraço. Já não está mais aí o tucano (o bicho mesmo, tenho aversão a política e a políticos).

  102. Marciano Diz:

    Um abraço também pro ARDUIN, que fica um ano mais velhos amanhã, sábado de aleluia.
    Se não estiver vendo, vai um abraço espiritual mesmo.

  103. Marciano Diz:

    “… em relação aos participantes do movimento metapsíquico existem diferenças essenciais, havendo múltiplas e variadas razões, pelas quais dela podem fazer parte. Há os que tomam a coisa pelo lado prático e material, para ver, para encher o tempo, formar grupo, ter sensações, sair da rotina da vida quotidiana. Muitos, dessa maneira, encontram satisfação, contentam o seu complexo de superioridade, tornam-se médiuns, entram em contato com os espíritos do além, mesmo com os das mais altas esferas, aqueles que foram célebres no mundo e, agora, descem para dizer banalidades, falar por meio de pancadas, responder a questões horrorosamente insignificantes e pessoais. Outros querem resolver os seus problemas, defender os seus interesses materiais, acertar as suas questões afetivas, descobrir os seus perseguidores, encontrar bons negócios, enganar os menos espertos e, então, sentem-se no direito de mobilizar o mundo dos mortos e servir-se do seu auxílio para ganhar dinheiro ou alcançar vantagens terrenas. Alguns parecem dominados pelo problema da verdade, de querer descobri-la, de saber onde se encontra, dela necessitando para fundamentar a sua religião, a sua filosofia, a atitude que devem tomar dentro do universo. Mas, mesmo neste grupo pode haver subdivisões, no sentido de alguns serem sinceros e movidos por imperativos superiores, enquanto outros exploram essas mesmas tendências com um mínimo de convicção, por interesses subalternos, diretos, imediatos. A diferenciação, feita de fora, não é muito fácil, como atestam os inúmeros casos em que os sinceros acabam vítimas dos exploradores. Lugar à parte deve ser dado àqueles que, premidos pela angústia e o sofrimento, vêm à procura de consolação e conforto moral, apelando para o desconhecido na esperança de minorar a sua dor ou guardar contato com os seus entes queridos. Nessa emergência, não é para admirar nem censurar que a razão e a inteligência cedam lugar ao sentimento, que ouçamos bater o nosso coração, que nos deixemos dominar pela imaginação”.

    “Sob o ponto de vista psicológico, não há a menor dúvida de que, entre as numerosas razões que levam à exploração do sobrenatural, devem entrar em linha de conta a vaidade e o amor próprio dos seus participantes. É de toda evidência que o sentir-se repositório de forças extraterrenas, poder desvendar o futuro, dar conselhos aos seus semelhantes, sobretudo baseados em revelações, deve produzir extraordinária sensação de superioridade no pobre mortal que se julga dotado de tão prodigiosos atributos. Na sessão espírita deve ocorrer fato semelhante, quando indivíduos comuns, vulgares, insignificantes, reúnem-se para entrar em contato com os mistérios do outro mundo, recebendo mensagens de espíritos superiores. É, então, de admirar que os próprios participantes acabem por auxiliar as forças ocultas, evitando que fraquejem ou deixem de fornecer as suas revelações? No problema do ocultismo é necessário levar em consideração essas pretensões do indivíduo e o papel que nelas representa o seu complexo de superioridade”.

  104. Marciano Diz:

    “Enquanto o estudo e a ciência são de acesso difícil, exigem trabalho e aplicação podem eles aqui, sem qualquer preparo, imiscuir-se nas questões mais graves do mundo e da vida, julgando-se iguais ou superiores aos que cogitam seriamente desses mistérios transcendentais. Não é natural e compreensível a atração que deve isso exercer sobre grande parte da massa humana e o fanatismo com que são defendidas tais convicções? Estamos aí diante de um fenômeno de grande significação psicológica, talvez mais importante que a simples tendência mística que, em outros casos, pode igualmente explicar essas manifestações. Não é a mesma coisa levar o indivíduo vida habitualmente apagada, no ramerrão das tarefas diárias ou, pelo contrário, sentir-se guindado às alturas, dotado de forças sobrenaturais, capazes de torná-lo intermediário entre este reles mundo terreno e os mistérios do além. O nosso complexo de superioridade anda à espreita de todas as possibilidades de ascensão, sendo evidente que, em muitos casos, servirá isso de compensação aos nossos desejos secretos e às nossas ocultas aspirações. Depois, quando o indivíduo se transforma em profeta, quando é procurado para dar conselhos e fazer revelações, quando sai da sua pobre mediocridade para guiar os seus semelhantes, então, é fácil julgar quanto deve lisonjear isso o seu amor próprio, contribuir para a sua convicção de predestinado, dotado de poderes que os outros seres humanos não possuem. Que se pense nesta esplêndida e maravilhosa situação: passar das pequenas atribulações da vida quotidiana para as tarefas transcendentais dos mundos desconhecidos! E tudo sem esforço, sem trabalho, sem preencher qualquer exigência ou necessitar fornecer provas de qualquer habilitação! A porta está escancarada demais e é até para admirar que o trânsito não seja maior. A análise psicológica mostrará com facilidade, em cada caso particular, de onde vem a presunção, quais as suas vantagens e as razões do seu aparecimento. Em geral, a situação é tão transparente que não necessita de muita perspicácia para penetrar a sua exata significação. O que é antes para surpreender é que os predestinados não apareçam ainda com muito maior frequência”.

  105. Marciano Diz:

    “… um dos argumentos mais empregados em favor do espiritismo e da metapsíquica tem sido justamente esse, de que muitos fatos demonstrados hoje pela Ciência foram a princípio negados ou tidos como absurdos”.

  106. Marciano Diz:

    “Um outro característico das personalidades espíritas é de se cercarem de mistérios, como se o mistério da sua presença não fosse suficiente. Há reticências, subentendidos, alusões veladas que exigem muita sagacidade para se compreender. Elas parecem, em certos momentos, saber muito, mas, no ponto mais interessante, param subitamente e depois se desviam. Tem-se absolutamente o direito de supor que, se elas não dizem mais, é porque nada mais sabem. Raramente é dada a uma questão precisa uma resposta precisa. Se estivessem diante de uma banca de examinadores, não passariam no exame, porque respondem mal. Dão respostas lateralmente. Sem dúvida, é essa a razão pela qual as personalidades dos mortos nunca revelaram nada que não fosse já conhecido dos vivos. E isso representa um argumento desastroso contra a hipótese espírita. Na verdade, nunca nos fizeram dar um passo em geometria, física, fisiologia, mesmo em metapsíquica! Nunca os espíritos conseguiram provar que, sobre qualquer coisa, soubessem mais que o indivíduo vulgar. Nunca foi indicada uma descoberta inesperada ou feita qualquer revelação”.
    Palavras de Richet, “apud” Mello.

  107. Marciano Diz:

    Do próprio Mello:
    .
    ” … as revelações dos médiuns, mesmo dos mais cultos e ilustres, se referem sempre a coisas e fatos insignificantes, não raro de uma dolorosa banalidade. As informações do outro mundo nunca passam de bagatelas e infantilidades, que qualquer indivíduo mediano saberia fantasiar. Max Dessoir diz que a impressão que se tem das conversações mediúnicas é aproximadamente a de se estar ouvindo, num vagão de estrada de ferro, dois parentes conversando, dos quais fosse um imbecil e o outro quase surdo. Os pesquisadores dos problemas em questão admiram-se da insignificância das comunicações que nos vêm do outro mundo, que parece bem monótono e destituído de interesse. Eugene Osty diz: “Essas almas que vagam em redor das mesas e dos médiuns, ávidas por se comunicarem com as nossas individualidades imperfeitas, afligidas pelos seus defeitos carnais, impacientes para se encarnarem, devem viver uma existência bem mesquinha para preferirem a vida terrena, que poucos dentre os vivos aceitariam recomeçar de semelhante maneira.” E conclui que seria isso um mau paraíso, que a psicologia precisa destruir. “Ainda é melhor a incerteza do nosso destino futuro que a certeza de uma sobrevivência medíocre, tal como os espíritas têm procurado estabelecer”.

  108. MONTALVÃO Diz:

    MARCIANO Diz, (citando SILVA MELLO): “Um outro característico das personalidades espíritas é de se cercarem de mistérios, como se o mistério da sua presença não fosse suficiente. Há reticências, subentendidos, alusões veladas que exigem muita sagacidade para se compreender. Elas parecem, em certos momentos, saber muito, mas, no ponto mais interessante, param subitamente e depois se desviam. Tem-se absolutamente o direito de supor que, se elas não dizem mais, é porque nada mais sabem. Raramente é dada a uma questão precisa uma resposta precisa. Se estivessem diante de uma banca de examinadores, não passariam no exame, porque respondem mal. Dão respostas lateralmente. Sem dúvida, é essa a razão pela qual as personalidades dos mortos nunca revelaram nada que não fosse já conhecido dos vivos. E isso representa um argumento desastroso contra a hipótese espírita. Na verdade, nunca nos fizeram dar um passo em geometria, física, fisiologia, mesmo em metapsíquica! Nunca os espíritos conseguiram provar que, sobre qualquer coisa, soubessem mais que o indivíduo vulgar. Nunca foi indicada uma descoberta inesperada ou feita qualquer revelação”.
    Palavras de Richet, “apud” Mello.
    .
    COMENTÁRIO: Este é o Richet que rejeitava, por ingênua, a hipótese espírita. No entanto, há um “outro” Richet, muito caro aos espiritistas, que no leito de morte teria se convertido e externara, por escrito, a adesão ao pensar mediúnico em carta ao amigo Bozzano, na qual pedia confidencialidade. Bozzano foi fiel ao pedido do morto, mas só por algum tempo: “não resistiu” e divulgou a confissão do fisiologista falecido.
    .
    Agora a dúvida: Charles Richet que, em vida, nunca temeu pôr suas convicções às claras, que enfrentou o ridículo ao apoiar incontinenti as materializações de Bien Boa, e não arredou pé de sua certeza nem mesmo diante da confissão do empregado-cúmplice dos vigaristas que o iludiram, decidira confessar-se espírita da maneira mais não-richetiliana que se possa imaginar: abrindo-se a um espírita e rogando-lhe que guardasse segredo!
    .
    O pior é que essa adesão moribúndica do sábio é divulgada com muita seriedade por intelectuais mediunistas dos quais se esperaria um mínimo de senso.
    .
    O livro de Silva Mello feriu suscetibilidades espiritistas (já falei sobre isso) e foi motivo de uma obra intitulada “Silva Mello e seus Mistérios”, que apaziguou a fúria espírita, visto que um luminar kardecista vinha à luz mostrar as “mentiras” divulgadas por Mello.
    .
    O livro (acredito que o Vitor o divulgará, mas preliminarmente comento) é um monumento ao sofisma: é obra ruim em todos os sentidos, principalmente por ter sido produzida por um erudito que, por essa razão, passa a ideia de ter conteúdo de qualidade.
    .
    Para ilustrar, apresento trecho do livro, em que o autor (Sergio Valle) discorre a respeito de Richet, ao mesmo tempo em que escracha com Silva Mello: (os destaques em caixa alta são meus – apenas os destaques, o texto é do Sérgio).
    .
    SÉRGIO VALLE: Ao terminar o seu “Tratado de Metapsíquica”, de 822 páginas, monumento digno do espírito de sua raça, mistura de clareza, elegância e lucidez, Richet, com a humildade do verdadeiro sábio confessa que não esposou inteiramente nenhuma das três hipóteses mais prováveis: a teoria espírita, a teoria dos anjos interventores, a teoria que tudo atribui à inteligência humana encarnada (alma e corpo). Inclinou-se para a última, mas com as seguintes restrições:
    .
    “Sinto quanto é frágil e ridícula, quase tão ridícula como as duas outras. Quanto a mim, adoto sem reserva uma quarta proposição, que possui tôdas as probalidades de ser verdadeira: não temos ainda hipótese alguma séria para apresentar. Em resumo, creio na hipótese desconhecida, que será a do futuro, hipótese que não posso formular, pois não a conheço”.
    .
    A “passagem” de Richet.
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    Espiritualistas podemos ler, comentar e analisar Richet, sem desobediência ao sábio conselho de Voltaire, que permitia a polêmica somente entre pessoas que fossem da mesma opinião. E foi por isto que entre Richet e Ernesto Bozzano, O ESTUDIOSO MAIS EFICIENTE E MAIS LÚCIDO DOS FENÔMENOS ESPÍRITAS, que soube apresentar em síntese magistral no seu livro “Animismo ou Espiritismo”, se tornou possível uma troca da cartas durante muitos anos, cartas que as revistas especializadas publicaram.
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    Nas vésperas de sua morte (1935) o sábio francês endereçou a Bozzano, a respeito do fatalismo, as seguintes palavras, publicadas na revista inglésa Psychic News (30 de Maio de 1936) :
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    “Sou inteiramente do seu parecer: não creio, com efeito, na explicação simplista segundo a qual os acontecimentos da nossa existência e a direção da nossa vida são devidas exclusivamente ao acaso, embora não seja possível apresentar prova nesse sentido. O Fado existe, o que equivale a dizer: uma Fôrça que nos guia e conduz aonde bem lhe pareça, por vias indiretas, tortuosas e muitas vêzes bizarras. E, também, fora da direção da vida, há coincidências tão estonteantes, que é bem difícil não se veja a obra de uma intencionalidade. De quem? De que?”
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    Bozzano acrescenta que “em seguida a essas considera¬ções, o Prof. Richet me referia algumas surpreendentes “coincidências”, ocorridas com êle pessoalmente, MAS QUE ME ABSTENHO DE RELATAR, em respeito à palavra “confidencial”, que as precedia.”
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    NINGUÉM TRAÇOU MELHOR DO QUE O ESPÍRITO DE HUMBERTO DE CAMPOS, ATRAVÉS DA PSICOGRAFIA MARAVILHOSA DE FRANCISCO CÂNDIDO XAVIER, O PERFIL DO SÁBIO RICHET, assim como as suas relações com o neo-espiritualismo. É uma página soberba, que recomendo vivamente ao Snr. Silva Mello, para que êle se vá acostumando, desde já, com a literatura do além-túmulo, de que há em nossa língua, na opinião de críticos literários insuspeitos, muitas obras primas e imortais.
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    Na impossibilidade de transcrever tôda a crônica intitulada A Passagem de Richet, datada de 21 de Janeiro de 1936, ocupando, nas Crônicas de Além-Túmulo, o espaço compreendido entre as páginas 102 a 108, vamos reeditar aqui os seus últimos períodos:
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    CHICO XAVIER: “No leito de morte, Richet tem as pálpebras cerradas e o corpo na posição derradeira, a caminho da sepultura. Seu Espírito inquieto de investigador não dormiu o grande sono. Há ali, cercando-lhe os despojos, uma multidão de fantasmas. Gabriel Delanne estende-lhe os braços de amigo. Dénis e Flammarion o contemplam com bondade e carinho. Personalidades eminentes da França antiga, velhos colaboradores da “Revista dos Dois Mundos”, coope- radores devotados dos “Anais das Ciências Psíquicas” ali estão para abraçarem o mestre no limiar do túmulo.
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    “Richet abre os olhos para as realidades espirituais que lhe eram desconhecidas. Parece-lhe haver retrocedido às materializações da Vila Carmem; mas, a seu lado repousam os seus despojos, cheios de detalhes anatômicos. O eminente fisiologista reconhece-se no mundo dos verdadeiros vivos. Suas percepções estão intensificadas, sua personalidade é a mesma e, no momento em que volve a atenção para a atitude carinhosa dos que o rodeiam, ouve uma voz profunda, falando do Infinito:
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    “— Richet — exclama o Senhor no tribunal de sua misericórdia — por que não afirmaste a imortalidade e por que desconheceste o meu nome no teu apostolado de missionário da ciência e do labor? Abri tôdas as portas de ouro, que te poderia reservar lá no mundo. Perquiriste todos os livros. Aprendeste e ensinaste, fundaste sistemas novos do pensamento, à base das dúvidas dissolventes. Oitenta e cinco anos se passaram, esperando eu que a tua honestidade me reconhecesse, sem que a fé desabrochasse em teu coração. Todavia, decifraste com o teu esforço abençoado muitos enigmas dolorosos da ciência do mundo, e todos os teus dias representaram uma sêde grandiosa de conhecimentos… Mas, eis, meu filho, onde a tua razão positiva é inferior à revelação divina da fé. Experimentaste as torturas da morte com todos os teus livros e diante dela desapareceram os teus compêndios, ricos de experimentações no campo das filosofias e das ciências. E agora, premiando os teus labores, eu te concedo os tesouros da fé qus te faltou, na dolorosa estrada do mundo!
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    “Sobre o peito do abnegado apóstolo desce do Céu um punhal de luz opalina, como um venábulo maravilhoso de luar indescritível.
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    “Richet sente o coração tocado de luminosidade infinita e misericordiosa, que as ciências nunca lhe haviam dado. Seus olhos são duas fontes abundantes de lágrimas de reconhecimento ao Senhor. Seus lábios, como se voltassem a ser os lábios de um menino, recitam o “Pai Nosso que estais no Céu. . .”
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    “Formas luminosas e aéreas arrebatam-no pela estrada do éter da eternidade, e entre prantos de gratidão e de alegria, o apóstolo da ciência caminhou da grande esperança para a certeza divina da Imortalidade”.
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    A descrição de Humberto de Campos coincide com as últimas palavras, que o grande sábio endereçou ao seu amigo Bozzano, e responde às suas perguntas finais. “De quem? De que?” A sua intuição divinatória já lhe havia revelado que há “uma Fôrça que nos guia e conduz aonde bem lhe pareça, por vias indiretas, tortuosas e muitas vêzes bizarras.”
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    Richet aceita a sobrevivência.
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    Em publicação posterior, O PROFESSOR ERNESTO BOZZANO QUEBRA O SEGREDO QUE LHE CONFIOU O SEU AMIGO RICHET, com o qual manteve, durante muitos anos, uma correspondência ativa e terçou armas em polêmicas memoráveis, publicando a parte final de sua última carta confidencial:
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    (alegado RICHET): “ … E, agora ABRO-ME A VOCÊ, DE MODO ABSOLUTAMENTE CONFIDENCIAL. O que você supunha é verdade. Aquilo que não alcançaram Myers, Hodgson, Hyslop, Sir Oliver Lodge, OBTEVE-O VOCÊ POR MEIO DE SUAS MAGISTRAIS MONOGRAFIAS, que sempre li com religiosa atenção. Elas contrastam, estranhamente, com as teorias obscuras que atravancam a nossa ciência.
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    Creia, peço-lhe, nos meus integrais sentimentos de simpatia e de gratidão.
    CHARLES RICHET.”
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    SERGIO VALLE: Aqui se nos apresenta um problema de caráter metapsíquico, que assume grande interesse para o espiritualismo. Richet desencarnou em 1935, depois de Humberto de Campos. Sua carta confidencial a Ernesto Bozzano somente foi publicada na Psychic News em 30 de Maio de 1936.
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    A crônica de Humberto de Campos — “A Passagem de Richet” — é datada de 21 de Janeiro de 1936. Como pôde Humberto de Campos, na situação de morto, mors omnia solvit, inteirar-se do estado de espírito de Richet na hora da morte, a sua conversão à sobrevivência, como transparece na carta a Bozzano ?
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    Das últimas palavras de Richet se infere que somente a idéia de Deus não se lhe desabrochara nem se lhe florira no coração. As perguntas que faz — De quem? De que? — ao referir-se à “intencionalidade”, assim no-lo faz acreditar.
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    Dir-se-ia que Humberto de Campos, ao arquitetar a sua crônica, jogava com fatos contemporâneos do seu conhecimento, tal como o fazia na terra, para delícia dos seus leitores.
    (Silva Mello e seus Mistérios – Sérgio Valle)

  109. Gorducho Diz:

    O comportamento do Richet na villa Carmen é tão estapafúrdio que me faz deduzir que sim: ele era um Crente que tentava disfarçar a Crença; assim como o Crookes (não cito o Geley porque era assumido…).
    Daí eu acho que a carta ao Bozzano seria verdadeira no sentido dele confessar suas verdadeiras intenções, ou seja: propagar a Crença espírita a qualquer custo. Do contrário, villa Carmen não é explicável…

  110. Biasetto Diz:

    Todos estão convidados para as pizzas!
    Agora, isto está uma doideira só.
    O Marcio anda meio esquisito, preciso, urgentemente, conversar com ele, quando começa assim, depois vem os gnomos…, isto não é bom.
    Legal foi quando fomos juntos a Santos falar com a turma dele lá, sobre as picaretagens de Chico Xavier, mal quiseram nos ouvir. Um cidadão me disse que ganhou uma caneta do Chico que tinha um cheiro fantástico, um “aroma eterno”, eita perfume bão!!!
    O DeMarte não é ácido nada, gente boa demais, liga pra mim DeMarte, feriado… estou aqui aproveitando que é dia santo e tomando todas e mais algumas.
    O bocó do Scur quer que eu e você, nós dois, juntinhos, vamos a Miami conhecer a casa dele, “pode isso Arnaldo?”
    Se ele pagar a passagem, até pensarei, mas é um fanfarrão, nem o GPS que pedi pro merdão de Pelotas (ahh! não é Caxias do Sul, né?) ele foi capaz de me mandar.
    Vitor, ele me disse que não é mentiroso, apenas errou sobre um comentário a respeito do padre Quevedo, por “ansiedade”, só isso!
    E continua perguntando sobre o JCFF, cadê o homem???
    Afinal, Lentulus existiu ou não?
    Queremos saber.

  111. MONTALVÃO Diz:

    GORDUCHO: Daí eu acho que a carta ao Bozzano seria verdadeira no sentido dele confessar suas verdadeiras intenções, ou seja: propagar a Crença espírita a qualquer custo. Do contrário, villa Carmen não é explicável…
    .
    COMENTÁRIO: Gorducho, Richet era crente em materialização (ectoplasmia), em clarividência, telecinesia…(porém olhava com forte desconfiança as levitações), no entanto, as explicações que dava eram metapsiquistas, não mediúnicas. Para ele, as alegações espíritas eram “ingênuas”. Não esqueça que os fenômenos ditos paranormais são concorrentemente interpretados ora como “poder” humano excepcional, ora como resultado de eflúvios espirituais. Na atualidade tem uns “iluminados” que misturam tudo, talvez achando que seja farofa da mesma farinha mas, a rigor, são hipóteses distintas.
    .
    Se o intento de Richet fora propagar o espiritismo ele certamente o teria feito em vida e não no leito de Tânato.
    .
    Observe como Richet descrevia sua metapsíquica: note que nenhuma referência há a espíritos:
    .
    RICHET: “Não obstante, os fatos existem: são numerosos, autênticos, brilhantes. Achar-se-ão, no decorrer das páginas desta obra, exemplos tão abundantes, tão precisos, tão demonstrativos, que não percebo como um sábio de boa-fé, consentindo na verificação deles, possa ousar por todos em dúvida.
    .
    Pode-se, em três palavras, resumir os três fenômenos fundamentais que constituem essa nova ciência:
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    1.°- A criptestesia (a lucidez dos autores antigos) [clarividência e telepatia], ou seja, a faculdade de conhecimento diferente das faculdades sensoriais normais de conhecimento.
    .
    2.°- A telecinesia, ou seja, uma ação mecânica diferente das forças mecânicas conhecidas, a qual, em determinadas condições, tem, à distância, atuação sem contato sobre objetos ou pessoas.
    .
    3.° – A ectoplasmia (a materialização dos autores antigos), ou seja, a formação de objetos diversos, os quais, as mais das vezes, parece saírem do corpo humano e tomam a aparência de uma realidade material (vestuário, véus, corpos vivos).
    .
    Aí está toda a metapsíquica. Quer-me parecer que ir até lá é já ir muito longe. Ir mais adiante – não o pertence ainda à ciência. Mas desejo eu que a ciência, a severa e inexorável ciência, admita esses três estranhos fenômenos por ela não reconhecidos até o presente instante.” (Tratado de Metapsíquica)
    .
    COMENTÁRIO: são os espíritas que forçam Richet (depois de morto) a aderirem ao espiritismo e foram eles que incorporaram o ectoplasma à doutrina e o adaptaram para uso dos “espíritos”.
    .
    No site “Autores espíritas clássicos” (www.autoresespiritasclassicos.com) encontrará disponível o Tratado de Metapsíquica, de Richet, com a crônica de Chico Xavier a ele anexada, como se fora um legítimo prefácio, no entanto, na edição impressa nada de Chico nela consta (embora tenha sido publicado por editora espírita). Nesse Tratado, encontra-se o texto:
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    RICHET: “I. Os fenômenos de lucidez, telepatia, criptestesia, monições, são tão numerosos, tão probantes, que não há como negá-los. Além dos casos de Aléxis Didier, Sras. Piper e Léonard, e de centenas de outros, todos demonstrativos, há ainda os da Senhora Briffaut e sobretudo os de Ossovietzki, que são decisivos.
    .
    Talvez a opinião pública fosse preparada contra a metapsíquica subjetiva, quer em razão da hipótese da telepatia, acolhida desde o princípio sem nenhum desfavor e tornada quase popular, quer em razão dos admiráveis fenômenos da telegrafia sem fio.
    .
    A verdade é que hoje não há absolutamente nenhuma oposição intransigente contra a proposição por mim apresentada e que de novo apresento sob a mais simples das formas, A QUAL EXCLUI TODA HIPÓTESE ESPÍRITA ou que quer que seja:
    .
    A inteligência humana possui outros condutos de conhecimento além daqueles dos sentidos normais.”
    .
    COMENTÁRIO: se depois desse discurso Richet mudou de ideia, essa mudança não está de modo algum documentada, a não ser pela “insuspeita” carta de Bozzano…

  112. Gorducho Diz:

    É claro que eu sei disso tudo, Analista Montalvão. Mas o comportamento dele foi tão esdruxulo que eu teorizo que ele estivesse ocultando – talvez até tentando de si próprio…
    O comportamento dele – e do Crookes – só se explica em se tratando de fanáticos religiosos disfarçados, ou auto-enganando-se.
    Não esqueça que o objetivo do Crookes era negar a morte (no sentido total do termo) do irmão, se bem me lembro em Cuba.

  113. Biasetto Diz:

    Então, o resumo da ópera é o seguinte:

    – espíritos não existem, morreu já era. ou
    – espíritos, mas não conseguem se comunicar, ou se comunicam de forma totalmente “bagunçada”.

    Vou ter que concordar com os evangélicos?
    “deixem os mortos em paz!”

  114. Gorducho Diz:

    Segundo a Casa:
    (X) espíritos se comunicam de forma totalmente bagunçada, devendo-se utilizar softwares dotados de algoritmos estatísticos para ler os ficheiros recebidos d’ultramundo;
    :mrgreen:

  115. MONTALVÃO Diz:

    Bia,
    .
    Propor a existência de espíritos, sem comunicação, é uma coisa; asseverar que sintonizam com os vivos é outra. Quem crê na existência de uma dimensão dita espiritual pode nela pôr o que sua esperança quiser: almas, anjos, capetas, fadas, duendes, hecatônquiros… que lá de fato estejam essas ou outras criaturas depende da fesperança do cliente. Mas, se se diz que, além de existirem, comunicam aí o buraco é de outra prefundeza. Se comunicam a comunicação pode ser aferida, testada, e confirmada, ou não. Se se a confirma de forma generalizada, universalizável, bem; se se a confirma de forma pessoal, incerta, aceitável pruns inaceitável proutros taremos diante de ‘pobremão’ maior que o da Dilma em explicar a compra da usina. No mínimo dos mínimos faz-se mister transformar a certeza unitária em coletiva, e isso se obtém por meio de testagens adequadas.
    .
    Agora, vai sugerir isso pruscrentes pra ver o que acontece…
    .
    Por essas e outras que sou devoto do anãozinho gigante: ele não precisa provar nada para ninguém, nem pra mim…

  116. Biasetto Diz:

    Pois é, por isso que classifico, HOJE NÉ (frente a tudo que descobri), esta cambada de médiuns a la Chico Xavier, de farsantes.
    E quem não gosta, que refute os artigos do blog.
    São muitos plágios pro meu gosto, credo!!!

  117. Biasetto Diz:

    O DeMarte, você respondeu ao e-mail do Scur/meu, sinceramente não entendi nada nada, não sei quem está mais maluco, eu, você ou o retardado do Scur.
    Fiquei na dúvida.
    Agora, eu e você tomamos umas, o angelical do demente de Caxias do Sul, diz que não bebe nada, mas é burro pra c#
    é burro, mas é rico, nunca entendi isto, como pode sujeitos idiotas serem ricos, algém sabe me explicar?

  118. Biasetto Diz:

    Eu só lavo os pés da Larissa, de ninguém mais!!!

  119. mrh Diz:

    Puxa, Bia, então ñ posso falar do gnomozinho que insiste em ficar aqui do meu lado?

  120. mrh Diz:

    Ele está aqui aos meus pés pedindo um pedaço de pizza!

  121. Larissa Diz:

    Biasa, lavar pés? Nossa o email deve ter sido doido mesmo rs

  122. Marcos Arduin Diz:

    Ah! De Morte, eu ando sumido porque tenho mais o que fazer no momento e não estou com tempo para repisar as mesmas coisas já ditas tantas vezes. Só pretendo voltar depois de fazer um experimento com galvanômetro para testar a desesperada afirmativa do Vitor de que, se mergulhar um pano (de qualquer tamanho, tipo de tecido, grossura, etc) e as minhas mãos na mesma solução salina, esse pano terá uma resistência idêntica à do meu corpo (em qualquer ponto que se coloque os contatos do galvanômetro) e assim estaria explicado como a Eva Fay enganou o Crookes.
    Quanto ao Silva Melo e o seu texto sobre a Florence Cook, a minha tristeza é que NEM ELE, formado na escola alemã, da qual herdou a sua tão famosa meticulosidade, repassa quais teriam sido os truques bobos e infantis com os quais a médium enganou o Crookes. Eu queria muito saber quais seriam esses truques, mas os confessores nunca nos contam.
    .
    Em tempo, hoje criticam o RACISTA Allan Kardec. E o que me dizem do IGUALMENTE OU PIOR RACISTA Antônio da Silva Mello, cadeira 34 da Academia Brasileira de Letras? O racismo dele não depõe contra sua pessoa?

  123. Vitor Diz:

    Oi, Arduin
    qual a prova vc tem que ele era racista?

  124. Marciano Diz:

    ARDUIN,
    acho que você não viu, então, repito:
    .
    1. Marciano Diz:
    abril 18th, 2014 às 00:34
    Um abraço também pro ARDUIN, que fica um ano mais velhos amanhã, sábado de aleluia.
    Se não estiver vendo, vai um abraço espiritual mesmo.
    .
    .
    BIASA,
    eu tava meio doido, não tô achando esse e-mail.
    .
    .
    MONTALVÃO,
    Eu acho que esse Bozzano era um mentiroso sem-vergonha.

  125. Gorducho Diz:

    O Professor confessa: nada há no espiritismo pra comentar além de quais teriam sido os truques bobos e infantis no século xix que “enganaram” os Crentes religiosos que queriam ser enganados 😆

  126. MONTALVÃO Diz:

    .
    ARDUIN: […] Só pretendo voltar depois de fazer um experimento com galvanômetro para testar a desesperada afirmativa do Vitor de que, se mergulhar um pano (de qualquer tamanho, tipo de tecido, grossura, etc) e as minhas mãos na mesma solução salina, esse pano terá uma resistência idêntica à do meu corpo (em qualquer ponto que se coloque os contatos do galvanômetro) e assim estaria explicado como a Eva Fay enganou o Crookes.
    .
    COMENTÁRIO: tenho a impressão de que não foi bem assim que o Vitor se expressou, mas essa parte deixo com ele. Suponhamos que a tese defendida pelo Moura seja de acordo com o que profere. Suponhamos que você faça os testes e não ache o resultado que deveria. E aí, isso absolve Crookes de ter sido ludibriado?
    .
    Se for por esse modo que provará a perfectibilidade das experiência crookianas, meu filho, pode tirar da precipitação pluviométrica o equino. Mesmo que o Vitor defenda que foi exclusivamente pelo pano salgado que Fay iludiu Crookes, tal não significa que todos os analistas assim pensem. Aqui mesmo foram mostradas (inclusive pelo Vitor) várias outras hipóteses pelas quais William poderia ter sido sacaneado. Até mesmo uma ideia minha foi ventilada (a do fio extensor): depois você descobriu que outro autor (que eu não conhecia) já propusera tal hipótese e me entendeu malandro plagiador…
    .
    Pois bem, o que quero dizer-lho, e digo, é que se almeja demonstrar que Crookes não poderia ter sido embromado por nenhuma das possibilidades aventadas pelos que analisaram a safadeza de Fay, DEVERÁ TESTAR TODAS e mostrar-lhas inservíveis. Deverá, também, explicar porque Fay que se admitiu (a si mesma por ela própria) conhecedora de artes prestidigitativas, com as quais ganhava a vida, com Crookes deixou de lado as mágicas e se transformou em “autêntica” médium. Qual foi o ziriguidum que nela incorporou para que a metamorfose acontecesse?
    .
    Vai carecer, ainda, elucidar porque as materializações que Crookes “provou” serem realidades deixaram de sê-las no decorrer do tempo, a ponto de hoje não mais havê-las (a não ser em salões fechados, só para crentes bem crentes do rabo quente).
    .
    Como pode ver, meu dileto, seu trabalho não se cingirá a unicamente verificar a suposição vitoriana, caso seja realmente essa a alegação que o Visoni defende. Você que vê com muita facilidade “trabalho porco” em investigações cercadas de dificuldades (e mesmo assim não perdoa os investigadores), não vá nos cortesiar com obra do mesmo nível.
    .
    Se quer demonstrar que Crookes foi iniludível e que seus experimentos estavam acima de qualquer crítica, faça-o com o grau de excelência que o desafio exige. Quero vê-lo, depois da tarefa efetivada, desfilar em carro aberto, ovacionado por multidão a reconhecer seus méritos perquiritivos, o que será mais que merecido.
    .
    Totorcendo por ti.

  127. MONTALVÃO Diz:

    .
    MARCIANO: MONTALVÃO, Eu acho que esse Bozzano era um mentiroso sem-vergonha.
    .
    COMENTÁRIO: no que mais ou menos concordo em gênero no número do último degrau.

  128. MONTALVÃO Diz:

    MARCIANO: ARDUIN, acho que você não viu, então, repito:
    .
    1. Marciano Diz:
    abril 18th, 2014 às 00:34
    Um abraço também pro ARDUIN, que fica um ano mais velhos amanhã, sábado de aleluia. Se não estiver vendo, vai um abraço espiritual mesmo.
    .
    COMENTÁRIO: ele deve estar preocupado em confessar que viu e ter que convidar os parabenizantes a fartar-se de bolo plusvita e guaraná pakera.
    .
    Se preocupe não, Arduin, tamos todos didieta: também desejo-lhe felicidades, muitos anos de vida e juízo nessa cabecinha privilegiada pela natura.
    .
    Só lho falta reconhecer que Crookes, coitado, foi mesmo ludibriado… Mas como ninguém é perfeito continua nosso amigo do peito… pra tudo dá-se um jeito… Montalvão para prefeito.

  129. MONTALVÃO Diz:

    ARDUIN: Em tempo, hoje criticam o RACISTA Allan Kardec. E o que me dizem do IGUALMENTE OU PIOR RACISTA Antônio da Silva Mello, cadeira 34 da Academia Brasileira de Letras? O racismo dele não depõe contra sua pessoa?
    .
    COMENTÁRIO: se depõe contra a pessoa (caso tenha havido manifestação racista pelo autor), o que diz da obra? Esta é que está sob análise.
    .
    Sobre o “racismo” de Kardec acho perfeitamente compreensível, considerando o contexto da época, o que assenta a natureza plenamente humana da doutrina que Rivail dizia ter recebido dos imaginados espíritos.
    .
    Acreditei que Arduin fosse referir-se ao livro de Sergio Valle (que conhece) e defendê-lo (ou mesmo dele extrair citações), como libelo válido contra a explanação de Silva Mello: curiosamente manteve-se silente…
    .
    Terá reconhecido que a peroração de Valle não valeu?
    .
    Ó dúvidas!

  130. Marcos Arduin Diz:

    “Suponhamos que você faça os testes e não ache o resultado que deveria.”
    – Ficaria provado que o Brookesmith, em quem o Vitor tanto acredita, falou besteira. Aliás, todos os críticos do Crookes, no caso específico, só falaram besteira mesmo.
    .
    “E aí, isso absolve Crookes de ter sido ludibriado?”
    – Eu queria que ficasse DEMONSTRADO que, usando tal e qual processo, conforme CONFESSADO PELA MÉDIUM, seria viável e fácil burlar a fiscalização do dito galvanômetro. Mas os céticos ainda estão me devendo essa.
    .
    “Mesmo que o Vitor defenda que foi exclusivamente pelo pano salgado que Fay iludiu Crookes, tal não significa que todos os analistas assim pensem.”
    – Não me interessa o que os analistas pensem, uma vez que eles NÃO DEMONSTRARAM a viabilidade do que estão pensando. Então temos sugestões e publicações onde certos caras DIZEM ter feito isso ou aquilo na santa paz de seus lares, sem nunca terem vindo a público demonstrar suas teses. Coisa não muito diferente do que Crookes e outros fizeram, com a diferença de que nestes casos, os incrédulos até teriam sido convidados, mas se recusaram aparecer…
    .
    “Deverá, também, explicar porque Fay que se admitiu (a si mesma por ela própria) conhecedora de artes prestidigitativas, com as quais ganhava a vida, com Crookes deixou de lado as mágicas e se transformou em “autêntica” médium. Qual foi o ziriguidum que nela incorporou para que a metamorfose acontecesse?”
    – Como já disse mais de uma vez, a Eva Fay era uma ILUSIONISTA DE PALCO e assim ganhava a vida, o que NÃO A IMPEDIA DE TAMBÉM SER UMA MÉDIUM. Eu considero MUITO ESTRANHO que alguém num dia se apresente como médium e noutro como ilusionista. Penso apenas que seria mais esperta que os médiuns habituais: ela SABIA que mediunidade é uma coisa INCONTROLÁVEL, IMPREVISÍVEL, que pode falhar quando mais se precisa que dê certo. Então nesses casos seria muito lógico pensar que teria truques na manga para usar no caso de dar zebra. Os mágicos profissionais também são assim. Se o plano A falha de repente, ele já tem um plano B engatilhado.
    Só que fica difícil usar desse raciocínio para o caso da Eva Fay e Crookes, pois aí NÃO ERA A MÉDIUM quem estava ditando como as coisas deveriam ser e montando o palco e sim o cientista. Uma simples mudança de última hora faz a casa cair. Vamos lá com a apelação de que ela teria vindo com uma tira de pano, que mergulhada naquela solução salina (que não se por que razão seria deixada na biblioteca), tivesse a medida certinha que o “namorado” calculara para dar a resistência idêntica à do corpo dela. Mas aí os colegas de Crookes pediram para afastar os contatos e aí… a tira de pano já não dava mais para ser colocada no lugar. Minha casa caiu…
    .
    Quanto ao resto, meu caro, VÁRIOS outros pesquisadores, cientistas ou não, VIRAM materializações com médiuns distintos. Não me vejo na obrigação de demonstrar a realidade de cada coisa dessas, já que isso depende de fatores sobre os quais não tenho controle. Já o pessoal cético, que diz que os médiuns fizeram assim ou assado e com isso iludiram os pesquisadores, não teria dificuldade de reproduzir e testar suas hipóteses. Mas se não fazem isso, só ficam CHUTANDO possibilidades, então sinto que estou por cima.
    .
    É isso.

  131. Marcos Arduin Diz:

    “qual a prova vc tem que ele era racista?”
    – Veja se você acha o livro de autoria dele: “O problema do negro”.
    Tudo bem, só ouvi falar desse livro num trecho e talvez eu possa estar enganado quanto à totalidade do conteúdo.

  132. Marciano Diz:

    MONTALVÃO disse:
    .
    “Sobre o “racismo” de Kardec acho perfeitamente compreensível, considerando o contexto da época, o que assenta a natureza plenamente humana da doutrina que Rivail dizia ter recebido dos imaginados espíritos”.
    .
    COMENTÁRIO: É exatamente nisso que está o problema. É compreensível o racismo de Rivail e o de qualquer outro, inclusive da KKK. O que é incompreensível é o racismo dos “espíritos superiores”, dos quais precisaríamos da sabedoria.
    Se eles estavam sujeitos ao “zeitgeist”, exatamente como Rivail, a obra kardequiana pode ir para o lixo.

  133. MONTALVÃO Diz:

    “Suponhamos que você faça os testes e não ache o resultado que deveria.”
    ARDUIN – Ficaria provado que o Brookesmith, em quem o Vitor tanto acredita, falou besteira. Aliás, todos os críticos do Crookes, no caso específico, só falaram besteira mesmo.
    .
    COMENTÁRIO: você pode até supor que todos os críticos falaram besteira, mas para comprovar que foi assim teria que provar que as hipóteses por ele levantadas têm crédito zero, e isso não está resolvido. Nem mesmo a tira salgada está descartada, visto que ainda não efetuou as testagens que diz fará.
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    “E aí, isso absolve Crookes de ter sido ludibriado?”
    ARDUIN – Eu queria que ficasse DEMONSTRADO que, usando tal e qual processo, conforme CONFESSADO PELA MÉDIUM, seria viável e fácil burlar a fiscalização do dito galvanômetro. Mas os céticos ainda estão me devendo essa.
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    COMENTÁRIO: a médium confessou o método do engodo? Descreveu o modus operandi da enganação? O que sei sobre a confissão de Fay se resume numa conversa que teve com Houdini, a qual é por este citada de passagem, numa nota ao pé da página. E isso muitos anos depois do acontecimento, quando, ao que parece, Fay já não estava com as recordações em dia. Se Fay houvera detalhado as artimanhas de que fez uso não estaríamos a especular a respeito de qual das hipóteses apresentadas seria a correta.
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    Mas, é certo que ela, depois de a carreira encerrada, jamais se nominou médium, deixou claro que agia por meio das artes prestidigitativas, e não por turbinamento espiritual. Parece que esse fato para você tem pouca relevância: só falta defender que ela fora medium porém não o percebera…
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    “Mesmo que o Vitor defenda que foi exclusivamente pelo pano salgado que Fay iludiu Crookes, tal não significa que todos os analistas assim pensem.”
    ARDUIN – Não me interessa o que os analistas pensem, uma vez que eles NÃO DEMONSTRARAM a viabilidade do que estão pensando. Então temos sugestões e publicações onde certos caras DIZEM ter feito isso ou aquilo na santa paz de seus lares, sem nunca terem vindo a público demonstrar suas teses. Coisa não muito diferente do que Crookes e outros fizeram, com a diferença de que nestes casos, os incrédulos até teriam sido convidados, mas se recusaram aparecer…
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    COMENTÁRIO: tomara que seus testes particulares não fiquem restritos à santa paz de seu lar…
    Ocorre, dileto, que nem Crookes veio a público mostrar que seus controles eram a prova de fraudes, apenas os defendeu em artigos não isentos de críticas. Se bem entendi seu texto, você mesmo reconhece que o próprio Crookes caiu nessa limitação, embora, segundo pensa, o cientista convidara interessados a confirmarem pessoalmente seus estudos. No entanto, essa história de que Crookes abrira as portas à verificação geral é fantasia. O inglês era seletivo na escolha dos que presenciariam o milagre da materialização. Nem mesmo a SPR fora convidada: Crookes enviou carta especificamente a um da diretoria dessa instituição, que amavelmente declinou do convite.
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    Eu acho que sua advogagem está direcionada para a questão errada: em vez de defender a legitimidade das experiência de Crookes e a validade dos impressionantes resultados que, se reais fossem, atestariam que inteligências desencarnadas, por graça divina, se enchem de carnes sem mais nem porquê, deveria sim tentar esclarecer os motivos pelos quais William Crookes se meteu nessa furada, além dos já divulgados. E, depois, explicar as razões pelas quais o cientista, depois de supostamente demonstrar a fantástica realidade das materializações, ter se recolhido a um mutismo pirracento, do qual não saiu até a morte. Quer dizer: o homem comprovara algo assombroso no campo da ciência, aliás “algos”: a sobrevivência, e a capacidade de sobreviventes voltarem a este mundo cingidos de ossos, órgãos, pele, cabelos, cartão de crédito…, e este fato, de tão magnânima impressionância, cair num ridículo desinteresse por parte de quaisquer cientistas não-deslumbrados.
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    Arduin, você defende uma realidade tão nonsense que pasma a qualquer cérebro que busque compreender os motivos pelo quais empenha rotunda energia em algo que não tem a menor condição de sequer estar próximo da realidade quanto mais dentro dela. Pense, Arduin, pense: se materializações fossem o fato científico que você e Crookes imaginaram este fato na atualidade estaria estabelecido e definido, amparado por teoria consistente, ou, ao menos por hipótese verificável. Pense no Crookes cientista, no de verdade, não no Crookes a se divertir com Florence e Fay: o “de verdade” realizou, por exemplo, estudos com descargas elétricas em gases rarefeitos; destes estudos redundaram as pesquisas com raios catódicos, que deram origem à televisão, à descoberta do elétron e, segundo se comenta, aos raios X. Então veja, na continuidade investigativa da semente que Crookes plantou medrou planta fértil e progressiva. Com as materializações merdou o quê? Nada de consistente. Só isso já basta, Arduin, para que até mesmo sua renitente crença no impossível seja alumiada pela razão.
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    Porém, você insiste: “outros também viram a coisa”, como se essas visões significassem continuidade e evolução no saber. Outros viram sim, mas foram espetáculos assemelhados que, de alguma forma, convenceram corações inclinados ao fantástico. Nem vou mais comentar seu agarramento salvacionista ao galvanômetro porque o que tinha a ser dito o foi.
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    Em Direito temos as chamadas “provas circunstanciais” que são aquelas cujos indícios apontam para uma conclusão aceitável. Pois bem, nas materializações em geral, e nas crookianas em particular, as circunstâncias encaminham indicadoramente para a fraude. Então, nem é preciso desvelar as minúcias do processo simulativo de que se valeram os “médiuns”, há razões suficientes para se inferir que os investigadores foram vitimados por burleiros, isso quando, no caso de alguns, não se entregaram por si mesmos à ilusão.
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    Agora, se você, para sua particular satisfação quer saber, nos miiiiiiiiiiinimos detalhes, como a coisa se deu, tudo bem, faça como está projetando, realize suas próprias incursões na área e acabará encontrando o caminho.
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    Tamoste apoiando.

  134. Gorducho Diz:

    Nós dotados de real espírito científico devemos ter a mente aberta. Quem sabe então fazemos experimentos de materializações conjuntamente c/o Professor?
    Ele utiliza um galvanômetro e nós câmaras infravermelho.
    Vamos montar em conjunto um experimento então, Professor?

  135. Larissa Diz:

    Gorducho, para fazer o experimento precisamos de um médium de efeitos físicos. Estes só existiram no passado, quando Crookes e CX pisavam na Terra. Desista do experimento. Veja q o Arnaldo Paiva se empirulitou depois q foi posto contra a parede.

  136. Gorducho Diz:

    Mas o Professor disse que vai fazer o teste c/o galvanômetro; por conseguinte ele já deve ter o médium. Basta ao galvanômetro dele acrescentarmos as câmaras no recinto.
    Seria um experimento conjunto.

  137. Larissa Diz:

    Ele vai testar o galvanômetro. Só isso…
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    Resumindo: nada de experiências com espíritos.

  138. Marcos Arduin Diz:

    “Se eles estavam sujeitos ao “zeitgeist”, exatamente como Rivail, a obra kardequiana pode ir para o lixo.”
    – De Morte, conforme já disse VÁRIAS VEZES, não me consta que os ditos “espíritos superiores” houvessem assinado uma única linha endossando o racismo e também já deixei claro que esse qualificativo “espíritos superiores” corria por conta de Kardec. Na escala espírita, o tais ESPÍRITOS SUPERIORES são aqueles já no fim da escala evolutiva e nós estamos no andar muiiiito embaixo para pretender que tais espíritos viessem nos dar pessoalmente ensinamentos que outros espíritos dos andares pouco acima do nosso poderiam dá-los a nós.
    Talvez Kardec atribuísse o qualificativo de “espíritos superiores” a São Luís, Fenelón, Sócrates, Platão, Cura d’Ars, Vicente de Paulo, Francisco de Paula ou outras figuras um tanto quanto veneradas, mas que em termos de superioridade, não estavam assim tão acima de nós. Foi só uma questão de gosto pessoal.
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    O tal “zeitgeist” interferia na nossa capacidade de compreensão e aí um ensinamento que o contradissesse totalmente causaria suspeita e rejeição. Certo, não havia dúvidas científicas na época de que negros e chineses eram raças inferiores. Como os ditos espíritos superiores iriam contradizer isso? Com base no quê?
    É a pergunta que já lhe fiz mais de uma vez: se um espírito vem com um ensinamento que contradiz frontalmente o que é hoje ensinado pela Ciência, o que a prudência me manda fazer quanto a esse ensinamento?

  139. Gorducho Diz:

    Se somos tão simplórios a ponto de consultar “espíritos”, reproduzimos o ensinamento – podendo ressalvar que dele discordamos.
    Caso contrário, se é para apenas escrevermos aquilo que nós pensamos ou o que constitui a opinião da classe média do lugar onde vivemos, não há porque consultar “espíritos”.

  140. Marcos Arduin Diz:

    “Se Fay houvera detalhado as artimanhas de que fez uso não estaríamos a especular a respeito de qual das hipóteses apresentadas seria a correta.”
    – Claro e nisso está a TOTAL INCOMPETÊNCIA do tão venerado Houdini: além de DESCONHECER o que Crookes pesquisou, já que era um PÉSSIMO HISTORIADOR, não procurou saber o que a médium de fato fez apesar de haver conversado com ela durante HORAS e esta ter lhe revelado TODOS os seus segredos… (se não concorda, vá discutir com o autor do qual Polidoro se serve).
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    “nem Crookes veio a público mostrar que seus controles eram a prova de fraudes”
    – Ué? Os seus críticos diziam que ele sofria de alucinação, ou que era extremamente míope… Por que os tais críticos não insistiram com Crookes que desejavam se certificar do que diziam? Nenhum foi. Assim fica fácil dizer que o cara era “seletivo”. Mesmo assim alguns cientistas deram as caras e não desmentiram o Crookes. Seriam todos eles panacas cuidadosamente selecionados?
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    “Quer dizer: o homem comprovara algo assombroso no campo da ciência, aliás “algos”: a sobrevivência, e a capacidade de sobreviventes voltarem a este mundo cingidos de ossos, órgãos, pele, cabelos, cartão de crédito…, e este fato, de tão magnânima impressionância, cair num ridículo desinteresse por parte de quaisquer cientistas não-deslumbrados.”
    – Tanto quanto eu saiba, Moisés, Crookes JAMAIS deu trela à hipótese espírita. No máximo dos máximos ele mostrou simpatia pela Teosofia (que é contra o Modern Spiritualism) quando já nem estava mais lidando com a coisa. Ele só foi, eventualmente, achar que a hipótese do Modern Spiritualism poderia ser viável quando obteve a foto da sua falecida esposa.
    .
    Moisés, eu o perdoo devido ao seu amplo desconhecimento do que vem a ser Ciência. Está apelando para a APLICABILIDADE PRÁTICA das descobertas científicas, como se todo estudo científico acabasse nisso. Na verdade, a VASTA MAIORIA das pesquisas científicas são de cunho apenas teórico, de obtenção de conhecimento sobre tal ou qual coisa. Marie Curie mostrou isso numa palestra sobre a importância dessa construção do conhecimento. Quando ela e o falecido esposo descobririam o elemento químico rádio, era um trabalho exclusivamente de Ciência pura, pois nunca imaginaram que ele poderia ter alguma aplicação prática. Depois é que se viu que ele poderia ser usado no tratamento do câncer, através da radioterapia.
    Muito que bem: o Crookes e mais de 200 outros tiveram em mãos um amplo material de estudo com médiuns, mais do que suficiente para convencer a qualquer incrédulo, se sua mente não estivesse obscurecida pelo poder da fé. Só que o pensamento filosófico embalado pela comunidade científica da época havia decretado a morte dos espíritos e de qualquer coisa de natureza espiritual. Então se algum estudo científico desmentisse isso, SÓ PODIA ESTAR ERRADO.
    Esse pensamento prevaleceu e chegou o momento em que finalmente os pesquisadores resolveram enfiar a viola no saco e deixar que os religiosos tomassem o lugar deles. Deu no que deu.

  141. Gorducho Diz:

    o Sr. já tem o médium p/testar o galvanômetro, Professor?
    Podemos colocar junto as câmaras?

  142. Toffo Diz:

    Arduin: – De Morte, conforme já disse VÁRIAS VEZES, não me consta que os ditos “espíritos superiores” houvessem assinado uma única linha endossando o racismo e também já deixei claro que esse qualificativo “espíritos superiores” corria por conta de Kardec. Na escala espírita, o tais ESPÍRITOS SUPERIORES são aqueles já no fim da escala evolutiva e nós estamos no andar muiiiito embaixo para pretender que tais espíritos viessem nos dar pessoalmente ensinamentos que outros espíritos dos andares pouco acima do nosso poderiam dá-los a nós.
    Talvez Kardec atribuísse o qualificativo de “espíritos superiores” a São Luís, Fenelón, Sócrates, Platão, Cura d’Ars, Vicente de Paulo, Francisco de Paula ou outras figuras um tanto quanto veneradas, mas que em termos de superioridade, não estavam assim tão acima de nós. Foi só uma questão de gosto pessoal.

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    Minha objeção é: se eram um tanto quanto veneradas, mas que em termos de superioridade não estavam assim tão acima de nós, então pra que serve o espiritismo, se foi ditado por espíritos superiores meia-boca? Uma revelação de segunda mão, igualmente meia-boca? Não entendi, professor.

  143. Marciano Diz:

    ARDUIN (PARABÉNS PELO ANIVERSÁRIO) DIZ:
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    “É a pergunta que já lhe fiz mais de uma vez: se um espírito vem com um ensinamento que contradiz frontalmente o que é hoje ensinado pela Ciência, o que a prudência me manda fazer quanto a esse ensinamento?”.
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    COMENTÁRIO:
    O que o espiritismo diz contradiz o que é ensinado HOJE pela ciência.
    O que a prudência o manda fazer, ARDUIN?
    Não responda como um espírita irracional, responda como o BOTÂNICO que você é.
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    Provavelmente você vai ignorar o pergunta ou fugir pela tangente, com alguma racionalização, do tipo “a ciência corrobora os ensinamentos espíritas”.
    Tem certeza?
    A teoria da evolução, a VERDADEIRA mecânica quântica, a matemática, a química, a BOTÂNICA (zoologia também) corroboram os ensinamentos espíritas?
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    No mais, endosso o comentário de TOFFO.

  144. MONTALVÃO Diz:

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    ARDUIN – De Morte, conforme já disse VÁRIAS VEZES, não me consta que os ditos “espíritos superiores” houvessem assinado uma única linha endossando o racismo e também já deixei claro que ESSE QUALIFICATIVO “ESPÍRITOS SUPERIORES” CORRIA POR CONTA DE KARDEC. Na escala espírita, o tais ESPÍRITOS SUPERIORES são aqueles já no fim da escala evolutiva e nós estamos no andar muiiiito embaixo para pretender que tais espíritos viessem nos dar pessoalmente ensinamentos que outros espíritos dos andares pouco acima do nosso poderiam dá-los a nós.
    Talvez Kardec atribuísse o qualificativo de “espíritos superiores” a São Luís, Fenelón, Sócrates, Platão, Cura d’Ars, Vicente de Paulo, Francisco de Paula ou outras figuras um tanto quanto veneradas, mas que em termos de superioridade, não estavam assim tão acima de nós. Foi só uma questão de gosto pessoal.
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    COMENTÁRIO: nada obstante os esclarecedores comentários do Toffo e Marciano, acrescento a seguinte ponderação:
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    “Por conta de Kardec” significa o quê? Que o codificador qualificou mal? Ou que pôs na conta de “superiores” uma legião de desocupados, que não tinham mais o que fazer e vieram contar abobrinhas para o consulente? De um modo ou de outro, o espiritismo está lascado. Por outro lado, ao questionar a superioridadeza dos espíritos kardequianos você, Arduin, não estaria menosprezando a garantia que Rivail deu de que, de fato, estivera em sintonia com os “superiores”?
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    Outra dúvida, por que os “espíritos” de santos católicos, que vinham com frequência, nos primórdios do espiritismo, deixaram de dar as caras? E os filósofos, que também assinaram ponto diversas vezes, por que resolveram se recolher às meditações na espiritualidade? São questão que demandam resposta, visto que se hoje tornassem a conversar poderiam dar múltiplos esclarecimentos, inclusive provas conclusivas de que realmente Jesus andou sobre a Terra e outras preciosas informações. Sócrates solucionaria questões filosóficas que ficaram pendentes desde quando viveu neste mundo… Esses camaradas seriam sumamente importantes que aparecessem, por qual motivo, então, não mais vêm?
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    “Se Fay houvera detalhado as artimanhas de que fez uso não estaríamos a especular a respeito de qual das hipóteses apresentadas seria a correta.”
    ARDUIN – Claro e nisso está a TOTAL INCOMPETÊNCIA do tão venerado Houdini: além de DESCONHECER o que Crookes pesquisou, já que era um PÉSSIMO HISTORIADOR, não procurou saber o que a médium de fato fez APESAR DE HAVER CONVERSADO COM ELA DURANTE HORAS E ESTA TER LHE REVELADO TODOS OS SEUS SEGREDOS… (se não concorda, vá discutir com o autor do qual Polidoro se serve).
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    COMENTÁRIO: o livro de Houdini, malgrado sua opinião, é bom. Se ele abordou Crookes superficialmente é porque não achou no trabalho desse cientista coisa que merecesse apreciação mais ampla. O Crookes espiritualista, ao tempo de Houdini, era apenas singelo exemplo de cientista que se meteu com espíritos e se queimou. Como é que Houdini saberia que, no futuro, um Arduin lhe execraria por ter dado pouca atenção ao seu “ídalo”?
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    Visto que você sempre volta aos mesmos argumentos e se “esquece” das objeções que anteriormente a eles foram feitas, nada melhor que reprisar parte do que já foi dito, pois não se faz interessante criar novas frases quando as antigas foram suficientes, embora caídas em aurículos moucos.
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    MONTALVÃO Disse, em 28-3-2014: “Arduin, Arduin, você não é bobo e deve saber que o que diz não tem qualquer fundamento. HOUDINI E FAY PODEM TER CONVERSADO POR HORAS, MAS NÃO FICARAM HORAS CONVERSANDO SOBRE CROOKES.
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    PELO VISTO, WILLIAM CROOKES ERA PARA FAY LEMBRANÇA DISTANTE E ESMAECIDA. Ela se referiu a ele casualmente, que conseguira ludibriar o ingênuo cientista (ingênuo nas lides mediúnicas, como pesquisador científico era respeitável), tão casual fora a lembrança que nem mais recordava corretamente os acontecimentos (outra hipótese é a de que Houdini ouvira a resumida e pouco esclarecida apreciação de Fay e a entendera distorcidamente). O fato é que Crookes rendeu pequena nota de rodapé no livro de Houdini, o que demonstra que dialogaram um quase nada a respeito. Ao mago das fugas interessava conferir como a mulher conseguira escapar dos contatos do galvanômetro, sem que o aparelho registrasse a fuga. Ela informou que simplesmente passara os contatos das mãos para os joelhos: não entrou em detalhes, se houve toalha molhada, se utilizou filamentos extensores, se se esticou, nada, apenas deu a descrição sucinta de como desimpedira as mãos de agirem.”
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    “nem Crookes veio a público mostrar que seus controles eram a prova de fraudes”
    ARDUIN – Ué? Os seus críticos diziam que ele sofria de alucinação, ou que era extremamente míope… Por que os tais críticos não insistiram com Crookes que desejavam se certificar do que diziam? Nenhum foi. Assim fica fácil dizer que o cara era “seletivo”. Mesmo assim alguns cientistas deram as caras e não desmentiram o Crookes. SERIAM TODOS ELES PANACAS CUIDADOSAMENTE SELECIONADOS?
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    COMENTÁRIO: Boa pergunta: se seriam “todos” panacas não deve ser verdade, mas boa parte sim, inclusive dentre os que se pronunciaram apologeticamente…
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    Li, vou ver se acho onde, que alguns solicitaram a Crookes participarem do xou, mas ele não deixou (que mau, hem?). Volckman, o que segurou o “fantasma” e quase matou a médium (de susto), insistiu várias vezes, até ser admitido. Crookes não queria intrujões fuçando seus experimentos, queria amigos que, se dessem palpites, palpiteassem apoiativamente. Não há relatos de céticos acompanhando as experiências a convite do cientista…
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    “Quer dizer: o homem comprovara algo assombroso no campo da ciência, aliás “algos”: a sobrevivência, e a capacidade de sobreviventes voltarem a este mundo cingidos de ossos, órgãos, pele, cabelos, cartão de crédito…, e este fato, de tão magnânima impressionância, cair num ridículo desinteresse por parte de quaisquer cientistas não-deslumbrados.”
    ARDUIN – Tanto quanto eu saiba, Moisés, CROOKES JAMAIS DEU TRELA À HIPÓTESE ESPÍRITA. No máximo dos máximos ele mostrou simpatia pela Teosofia (que é contra o Modern Spiritualism) quando já nem estava mais lidando com a coisa. Ele só foi, eventualmente, achar que a hipótese do Modern Spiritualism poderia ser viável quando obteve a foto da sua falecida esposa.
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    COMENTÁRIO: você quer dizer “não deu trela à hipótese kardecista”, mas ao dito “espiritualismo” deu trela sim, e muito bem dada. Muito antes da “foto da esposa” Crookes já se inclinava para o místico.
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    Antes de continuar, lembrei-me de algo que pretendo lhe falar já há algum tempo: Crookes, além de validar as mulheres Florence e Fay, também deu o maior apoio a Dunglas Home, que realizou mais maravilhosidades que as duas mulheres. No entanto, até hoje, não o vi, Arduin, dizer um ui em louvor a esse sujeito. Por quê? Por que não exige dos críticos que lhe provem tintim por tintim que Home fraudava e Crookes não percebia? Qual a razão de seu silêncio em relação ao médium maior? SERÁ QUE ADMITE QUE COM HOME CROOKES NÃO UTILIZOU CONTROLES INSUPERÁVEIS, COMO ACHA QUE FEZ COM FAY E FLORENCE?
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    Pois bem, o interesse de Crookes pelo espiritualismo está bem documentado no neutro texto de Juliana Hidalgo, “Estudando o Invisível: William Crookes e a Nova Força”:
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    HIDALGO: “Primeiros contatos com o espiritualismo”
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    “Se, por um lado, a vida profissional atravessava uma fase de aparente calmaria, a pessoal enfrentava uma forte borrasca. Em 1867, William Crookes parece ter ficado profundamente abalado pelo falecimento de seu irmão caçula. Philip Crookes foi vitimado pela febre amarela quando trabalhava em Cuba, como engenheiro elétrico, numa expedição para instalação de cabos de telégrafo. Crookes, inconformado, culpou o comandante da expedição pela morte do irmão. As acusações contra o comandante foram tão graves que ele chegou a processá-lo por calúnia.
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    SEGUNDO FOURNIER D’ALBE, O PRINCIPAL BIÓGRAFO DE WILLIAM CROOKES, A MORTE DE PHILIP COLOCOU O CIENTISTA EM ESTREITO CONTATO COM O ESPIRITUALISMO. (D’ALBE, The life of Sir William Crookes. p. 133.) O engenheiro especialista em telégrafos, Cromwell F. Varley, parece tê-lo incentivado a tentar se comunicar com o irmão falecido.
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    […]
    Embora afirme que o contato estreito do cientista com o espiritualismo teria se dado por influência de Cromwell Varley, após a morte de Philip, ocorrida em setembro de 1867, Fournier d’Albe não menciona em que baseia sua conclusão. No entanto, como o próprio d’Albe era espiritualista e foi amigo de Crookes, é possível que ele dispusesse de boas informações sobre isso.
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    Pode-se notar que as primeiras referências apresentadas pelo biógrafo, que demonstram a conexão do cientista com o espiritualismo, referem-se ao ano de 1869. Se acompanharmos o índice de registros de cartas do cientista, encontraremos a primeira indicação de uma correspondência a respeito do espiritualismo em 9 de abril de 1869, quando Crookes teria recebido uma carta de Angus Smith, um sanitarista com o qual havia trabalhado no combate à peste bovina.
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    ARDUIN: Moisés, eu o perdoo devido ao seu amplo desconhecimento do que vem a ser Ciência. Está apelando para a APLICABILIDADE PRÁTICA das descobertas científicas, como se todo estudo científico acabasse nisso.
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    COMENTÁRIO: de minha parte, também o perdoo por confundir o que não tem nada a ver com a questão em pauta. Estamos, sim, falando da aplicabilidade prática das pesquisas científicas. A outra parte, a pesquisa em ciência pura, não cabe nessa discussão sobre a suposta descoberta de Crookes da realidade materializativa.
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    ARDUIN: Na verdade, a VASTA MAIORIA das pesquisas científicas são de cunho apenas teórico, de obtenção de conhecimento sobre tal ou qual coisa. Marie Curie mostrou isso numa palestra sobre a importância dessa construção do conhecimento. Quando ela e o falecido esposo descobririam o elemento químico rádio, era um trabalho exclusivamente de Ciência pura, pois nunca imaginaram que ele poderia ter alguma aplicação prática. Depois é que se viu que ele poderia ser usado no tratamento do câncer, através da radioterapia.
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    COMENTÁRIO: pois é, as pesquisas em ciência pura GERAM conhecimento cuja utilização imediata geralmente não é factível, então as descobertas são registradas e disponibilizadas para quando forem aproveitáveis. Mas, cá entre nós e o mundo, diga-me: que relação tem isso com as pesquisas mediúnicas de Crookes? Se o cientista houvera descoberto algo consistente, é claro que teria aplicação imediata, ou tem dúvida?
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    ARDUIN: Muito que bem: O CROOKES E MAIS DE 200 OUTROS tiveram em mãos um amplo material de estudo com médiuns, MAIS DO QUE SUFICIENTE PARA CONVENCER A QUALQUER INCRÉDULO, se sua mente não estivesse obscurecida pelo poder da fé. Só que o pensamento filosófico embalado pela comunidade científica da época havia decretado a morte dos espíritos e de qualquer coisa de natureza espiritual. Então se algum estudo científico desmentisse isso, SÓ PODIA ESTAR ERRADO.
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    COMENTÁRIO: não sei quanta vezes lhe indaguei por que insiste nessa rota alegação… se prestar atenção verá que seu argumento se volta contra quem o defende de uma forma arrasadora. Pense bem: duzentos investigadores, durante 60 anos, se dedicaram a perquirir o sobrenatural. Você diz que foram 80 anos, mas se partirmos de Crookes (1870) e estabelecermos que o boom investigativo encerrou-se em 1930, dá seis décadas. A data final, 1930, sei que com ela concorda, visto que é o apregoador desse tempo como fecho da “manifestação generosa da espiritualidade”. Então a discussão estaria no momento inicial: deve pensar que não seria Crookes o patriarca da investigação científica da espiritualidade. Quiçá remonte a Kardec, que daria mais ou menos o tempo que falta. Só que reputar Rivail de pesquisador é brincar com nossas catilogências…
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    Tudo bem: 60 ou 80 não faz diferença para o que vou lhe explicar. Pensemos: 200 homens de ciência estiveram debruçados décadas na verificação da espiritualidade. Depois as investigações arrefeceram e minguaram a ponto de na atualidade somente uns gatos respingados-deslumbrados se dedicam à inglória atividade (inglória porque infecunda).
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    Agora, me explique: o que foi que esses 200 guerreiros produziram em termos de conhecimento consistente? Se algum cientista moderno quiser retomar de onde pararam para produzir novos saberes achará por onde prosseguir? Ou terá de fazer como todos fizeram, começar do zero?
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    Então, meu jovem, se 200 abnegados se esforçaram por desvendar o espiritual e se atolaram, o que podemos concluir? Simples, claro e objetivo: essa mina é improdutiva; essa horta é infértil; essa flora não tem fauna… quero dizer que aquilo que você brande como demonstração de que a mediunidade esteja demonstrada, em realidade, atesta o malogro desse trabalho. Toda investigação do espiritual após findada não produz coisa alguma de aproveitável, além das incertas conclusões que seus autores defendem. Não há evolução, não há crescimento, não há acúmulo de saberes que sirvam para fomentar ampliações do que já foi seguramente estabelecido, simplesmente porque nada nessa área foi, em tempo algum, seguramente estabelecido.
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    Portanto, dileto mau-defensor da realidade espiritual, seus 200 cientistas são a prova viva de que a pesquisa da espiritualidade foi fracasso retumbante.
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    ARDUIN: Esse pensamento prevaleceu e chegou o momento em que finalmente os pesquisadores resolveram enfiar a viola no saco e deixar que os religiosos tomassem o lugar deles. Deu no que deu.
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    COMENTÁRIO: então: resolveram pôr a viola no saco porque finalmente concluíram que nada de profícuo conseguiam com tais investigações. Hoje, depois de 200 cientistas e décadas de investigação a mediunidade permanece tão sombriamente duvidosa como sempre foi.
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    Resumindo: não reclame que a ciência tenha “má-vontade” para com as coisas do espírito, por isso não as reconhece: reconheça que a ciência bem que tentou, porém coisa alguma obteve nesse campo, por isso houve a desistência de insistir em extrair ouro de onde só existe pirita.

  145. Marcos Arduin Diz:

    “Uma revelação de segunda mão, igualmente meia-boca? Não entendi, professor.”
    – Caso não saiba, meu caro, TUDO o que está sendo feito no momento, será tido e havido no futuro como coisa meia boca. Já viu o Apple 1? Aquela caixinha de madeira que mal fazia contas? Qualquer um diria que é um computador meia boca se comparado com os tablets de hoje, inventados pelo mesmo inventor daquela maquininha.
    Idem na mesma data para ideias, filosofias, automóveis, políticas sociais e econômicas… Tudo tem o seu momento, meu caro.
    E as ditas revelações espirituais, bíblicas, védicas, budistas, etc e tal, também estão na mesma. O tempo é que cuida de adaptar as ditas revelações ao seu momento.
    A tal revelação espírita NÃO TEVE por objetivo nos trazer os computadores, os aviões, o carro a álcool, o bóson de Higgis, se o racismo é cientificamente fundamentado, etc e tal. Seu propósito foi revelar a continuidade da nossa consciência após a morte. Isso ela cumpriu, na medida em que seus críticos só podem fazer malabarismos exegéticos e hermenêuticos para dar peso às suas fracas alternativas explicatórias.

  146. Marcos Arduin Diz:

    De Morte, você não entendeu.
    Se um espírito me revela algo que sei que não é endossado pela Ciência do momento, eu o QUESTIONARIA, exigiria ao menos que desse alguma coisa que me permitisse verificar a afirmativa.
    .
    Agora se o que ele diz confere com o que é dito pela Ciência, por que eu duvidaria? Por que você duvidaria? Supõe-se que DEVA ser verdadeiro… Até que se prove falso, que a Ciência estava errada. Aí, o que acontece? Vêm gente como você dizendo que os espíritos teriam obrigação de nos avisar do erro (como se o fato de serem espíritos lhes conferiria uma onisciência divina apenas por isso).
    Castigo porque tem cão e porque não tem cão…
    .
    O Hercílio Maes foi um médium que psicografou sem medo de ser feliz. Aceitou todas as besteiras que o Ramatis lhe repassou. O Baccelli é outro igual.
    Foi o que eu lhe falei sobre o que a PRUDÊNCIA MANDA FAZER.

  147. MONTALVÃO Diz:

    ARDUIN: A tal revelação espírita NÃO TEVE por objetivo nos trazer os computadores, os aviões, o carro a álcool, o bóson de Higgis, se o racismo é cientificamente fundamentado, etc e tal. SEU PROPÓSITO FOI REVELAR A CONTINUIDADE DA NOSSA CONSCIÊNCIA APÓS A MORTE. Isso ela cumpriu, na medida em que seus críticos só podem fazer malabarismos exegéticos e hermenêuticos para dar peso às suas fracas alternativas explicatórias.
    .
    COMENTÁRIO: Arduin, que “propósito” salafrário foi esse se desde sempre os “espíritos” não conseguem produzir uma provinha satisfatória da comunicação? Nem uma letrinha num livro aberto fora das vistas dos vivos… Qual é o problema com os “ispritus”?

  148. MONTALVÃO Diz:

    .
    ARDUIN: De Morte, você não entendeu.
    Se um espírito me revela algo que sei que não é endossado pela Ciência do momento, eu o QUESTIONARIA, exigiria ao menos que desse alguma coisa que me permitisse verificar a afirmativa.
    .
    COMENTÁRIO: muito justo e muito prudente… isso se os espíritos realmente revelassem algo fora do conhecimento da ciência da época. O caso é que os danadinhos não agem assim.
    .
    “Eles” até poderiam fazer melhor: dar soluções para problemas com os quais a ciência quebra a cabeça, por exemplo: esclarecer por que a matéria ora é onda ora é partícula…
    .
    Nem precisavam responder a todos os mistérios e dar ponto final em todas as ciências, bastariam algumas respostas precisas, o suficiente para fazer a ciência materialista concluir que “aí tem coisa”, mas como almejar tal feito se nem uma linhazinha de livro aberto fora das vistas dos vivos?

  149. MONTALVÃO Diz:

    ARDUIN: ora se o que ele diz confere com o que é dito pela Ciência, por que eu duvidaria? Por que você duvidaria? Supõe-se que DEVA ser verdadeiro… Até que se prove falso, que a Ciência estava errada. Aí, o que acontece? Vêm gente como você dizendo que os espíritos teriam obrigação de nos avisar do erro (como se o fato de serem espíritos lhes conferiria uma onisciência divina apenas por isso).
    Castigo porque tem cão e porque não tem cão…
    .
    COMENTÁRIO: por isso é que alguns de nós, do lado de cá, concluímos pela necessidade de provas consistentes, objetivas, tipo ler umas linhas…, fizessem “eles” tal feito não haveria mais castigo, com ou sem cão…
    .
    Agora diga-nos, você que é afinado com “eles”: por que os “de lá” ainda não perceberam que suas demonstrações de que são reais ensejam mais dúvidas que certezas? Será que eles vivem noutro mundo?

  150. MONTALVÃO Diz:

    .
    “O Hercílio Maes foi um médium que psicografou sem medo de ser feliz. Aceitou todas as besteiras que o Ramatis lhe repassou. O Baccelli é outro igual.”
    .
    COMENTÁRIO: retificando: Hercílio Maes esgurgitou para o papel tudo o que sua imágino-fantasia lhe subsconciencialmente ditou e a batizou “Ramatis”…

  151. Marciano Diz:

    ARDUIN,
    MONTALVA roubou meus pensamentos e respondeu mais ou menos o que eu diria.
    .
    O dever me chama, volto mais tarde, se a graça de nosso senhor jesus cristo assim o permitir.

  152. Marciano Diz:

    Voltei, mas bati com a cara na porta. Não tem ninguém aqui.

  153. Toffo Diz:

    ARDUIN: A tal revelação espírita NÃO TEVE por objetivo nos trazer os computadores, os aviões, o carro a álcool, o bóson de Higgis, se o racismo é cientificamente fundamentado, etc e tal. SEU PROPÓSITO FOI REVELAR A CONTINUIDADE DA NOSSA CONSCIÊNCIA APÓS A MORTE. Isso ela cumpriu, na medida em que seus críticos só podem fazer malabarismos exegéticos e hermenêuticos para dar peso às suas fracas alternativas explicatórias.
    .
    Um tanto tortuoso, hein? Enfim…

  154. Defensor da Razão Diz:

    Sr. ARDUIN, em outra ocasião fiquei sem resposta quando perguntei-lhe de que partes do corpo o “medium” perde matéria durante o processo de materialização – já que a transfere para o objeto ou ser materializado – ao mesmo tempo em que continua com suas funções vitais e aparência intactas.
    Imagino que não tenha visto minha pergunta, por isso a repito aqui.

  155. Marcos Arduin Diz:

    1 – Por que a leitura de uma letrinha num livro fora das vistas seria prova da existência de espíritos?
    .
    2 – Bem, o Ramatis revelou a Hercílio Maes que eu e outros como eu somos carecas porque cortamos o cabelo e a perda da energia (ele dá um nome do qual não me lembro) acumulada nos fios de cabelos os enfraqueceria e daria causa à sua queda. Deveriam ser feitos cortes só das pontas e corte rente, apenas no inverno, pois aí essa energia se retrairia e os cabelos seriam apenas tubos vazios nessa época. Que revelação fantástica, não acha?
    O que eu questionaria? Meu pai cortava tanto cabelo quanto eu e não ficou careca. Por que ele ficou e eu não? E energia sei lá o que era mais retraída nos cabelos dele do que nos meus? Como se testa isso?
    Entendeu, ô dos dez mandamentos?
    .
    3 – Repetindo: a leitura de linhas de um livro oculto ao médium prova o que em favor da existência de espíritos?
    .
    4 – Ô da razão, não sei lhe responder, pois tanto quanto eu saiba, isso nunca foi quantificado. Sabe-se apenas que o médium PERDE PESO (isso FOI verificado), mas o que perde mais ou o que perde menos, fico lhe devendo.

  156. Defensor da Razão Diz:

    Arduin, ainda que não saiba exatamente de onde o sujeito materializador perde matéria, você consegue imaginar alguma possibilidade de uma pessoa perder repentinamente parte substancial de sua massa (metade, no exemplo dado acima) sem que algo drástico e visível lhe aconteça?

  157. Marcos Arduin Diz:

    Racional, nas fotos e observações anotadas, não há indicativos de que a aparência do médium fique alterada. Por que? Não sei. Apenas esse é o fato. Se desconhecemos o mecanismo, então fica difícil explicar o fenômeno.

  158. Defensor da Razão Diz:

    Arduin, mesmo sem conhecer o mecanismo, parece que o preço de crer na existência desses fenômenos de materialização, que incluem a transferência de volumes substanciais de massa corpórea do “medium”, é o de desprezar parte do que a ciência (biologia, física, química) tem como verdade.
    Em outros termos, hoje, crer ou não na existência dessas materializações corresponde a escolher entre acreditar no que algumas poucas pessoas relataram ou no que a ciência estabelecida provou ao longo de toda a sua existência.

  159. Marcos Arduin Diz:

    “é o de desprezar parte do que a ciência (biologia, física, química) tem como verdade.”
    – Por que a Ciência tem certas coisas como verdades, isso significa que NECESSARIAMENTE são sempre verdades? Isso é idêntico ao raciocínio dos evangélicos: se está dito na Bíblia, É VERDADE. A 11000 metros de altitude as temperaturas são baixíssimas e a pressão atmosférica também. É de se prever que uma pessoa que fique 5 horas nessas condições, vai virar presunto na certa. A Ciência diz isso. Embora tenha sido verdade na maioria das vezes, uns poucos gatos pingados que viajaram no compartimento do trem de pouso de aviões conseguiram sair vivos dessa. Esta semana mesmo teve o caso de um garoto.
    Então, meu caro Racional, veja se raciocina que nem sempre a palavra da Ciência é prova provada de que se trata de uma verdade comprovada e irrefutável.
    .
    “entre acreditar no que algumas poucas pessoas relataram ou no que a ciência estabelecida provou ao longo de toda a sua existência”
    – A Ciência, ao menos o que deveria ser Ciência, é feita de contraditório. Então umas poucas pessoas, várias delas cientistas ou pelo menos com formação científica, INVESTIGARAM SOB ESCRUTÍNIO CIENTÍFICO o dito fenômeno materialização. A postura correta dos cientistas descrentes de que tal fenômeno poderia existir seria abordar os colegas crentes, tirar as dúvidas com eles e ir checar onde erraram. Se demonstrassem que houve erro, omissão, fraude em tal e qual situação, teriam muito mais crédito do que dizer que “houve paixão, interesse sexual, excesso de miopia, alucinação, etc”
    Por que deveria desconsiderar o que fizeram os pesquisadores, mesmo pondo em risco a sua reputação, para aceitar o contraditório com base em argumentos tão pífios?

  160. Gorducho Diz:

    A postura correta dos cientistas descrentes de que tal fenômeno poderia existir seria repetir os experimentos utilizando a simples tecnologia de colocar câmaras captantes de infravermelho no recinto; sendo que é o que estamos propondo aqui. Ocorre que após a invenção dessas, os fenômenos estranhamente deixaram de ocorrer sob condições controladas.
    Repito-lhe a proposta já que o Sr. é um cientista: vamos repetir os experimentos – com tecnologia atual evidentemente.
    Por que deveria desconsiderar o que fizeram os pesquisadores, mesmo pondo em risco a sua reputação, para aceitar o contraditório com base em argumentos tão pífios?
    i) Porque as fotos mostram que os fatos não foram como os “pesquisadores” alegaram;
    ii) porque os alegados fatos não ocorrem mais em condições controladas.

  161. MONTALVÃO Diz:

    .
    ARDUIN: 1 – Por que a leitura de uma letrinha num livro fora das vistas seria prova da existência de espíritos?
    .
    COMENTÁRIO: Bem… resumir o assunto a uma letrinha num livro, realmente faz sua indagação válida, mas isso não passa de fútil tentativa de desviar-se da seriedade do assunto. Eu nem deveria acrescentar outras explicações por que sei que você sabe muito bem das coisas. Faz-se de desentendido para não ter que reconhecer que os “espíritos” retiram-se apressadamente quando o assunto é demonstração concreta de suas presenças.
    .
    Vou tentar expor o que se oferece de modo que até um infante na primeira infância o compreenda.
    .
    Os espíritos, ou os “desencarnados”, segundo se garante, são seres conscientes, inteligentes e ativos, tanto ou mais quanto os que estão na carne. Creio que vai concordar com essa visão comum. Pois bem, assim como um vivo é capaz de pegar um livro e lê-lo para alguém, ou dirigir-se a uma sala e relacionar objetos que lá estejam, por óbvio, os espíritos também poderiam de realizar esses feitos banais. São capazes desses feitos banais e outros típicos de suas condições desencarnadas, quais atravessar matéria sólida, perceber pensamentos, utilizar sistema de comunicação mais eficiente que o vocal (supostamente por telepatia) e coisas do gênero.
    .
    Pois bem, se testarmos os espíritos dentro daquilo que admite-se sejam habilitados a realizar, teremos fortes evidências de que realmente estejam presentes, embora não possamos vê-los. Neste caso, constatar-se-ia que mortos estão dentre os vivos por suas manifestações objetivas, e não por alegações vagas e difusas, quais são os recados mediúnicos. Assim, se alguém abre um livro numa condição que nenhum presente veja o conteúdo escrito e, mesmo assim, o médium reporta informação correta, o resultado aponta para algo excepcional em andamento.
    .
    A defesa espírita de que a satisfação dos consulentes ante as mensagens psicografadas seria mais que suficiente para atestar a ação dos mortos não se sustenta. O que satisfaz a quem já esteja inclinado a validar tais “provas” constitui evidência mui frágil, aliás, nem de “evidência” pode ser chamado.
    .
    Os mediunistas, obviamente, só divulgam as satisfações e reconhecimentos: omitem as recusas e dúvidas. Mesmo assim, indiretamente, pode-se perceber que as psicografias dificilmente atendem a cemporcento.
    .
    Há um caso ilustrativo, com Chico Xavier. Jair Presente morrera afogado. Os parentes compreensivelmente chorosos foram à procura de Chico. Receberam a mensagem típica, comum a todos os consulentes: cheia de doçuras, de recomendações, protestos de saudades, e tudo o mais que a criatividade de Francisco produzia. E os pais retornaram felizes por saber que o filho morto estava vivo e bem. Os amigos de Jair tomaram conhecimento da mensagem e contestaram: aquele não ea o Jair que conheciam. O modo dele se manifestar, de escrever, era completamente diferente. Devem ter sido tão enfáticos que os parentes voltaram ao Chico e contaram que sucedia: Jair Presente apreciava comunicar por meio de gírias, e na psicografia não dissera uma giriazinha que fosse… Então, Chico que não era bobo nem nada, rapidinho emendou o soneto: a partir de então surgiu um Jair Presente recheado ginga: só que, como o médium não estava habituado a esse tipo de redação, o resultado ficou pra lá de esquisito.
    .
    Bastava, para elucidar as dúvidas, pôr Jair para ler um livro aberto fora das vistas dos vivos e ele se mostraria presente, dando real força ao suposto comunicado espiritual. A partir daí, poder-se-ia implementar testagens mais efetivas, de modo que a convicção de haver um morto vivo se mostraria inegavelmente firme.
    .
    É assim que se ratificaria eficientemente a ação de mortos dentre os vivos. Claro, não seria só e unicamente pela leitura de livro, outras provas nessa mesma linha de objetividade poderiam ser implementadas, e os espíritos, se vivos fossem, certamente as responderiam positivamente.
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    Espero que agora deixe de fingir que não entende…
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    ARDUIN: 2 – Bem, o Ramatis revelou a Hercílio Maes que eu e outros como eu somos carecas porque cortamos o cabelo e a perda da energia (ele dá um nome do qual não me lembro) acumulada nos fios de cabelos os enfraqueceria e daria causa à sua queda. Deveriam ser feitos cortes só das pontas e corte rente, apenas no inverno, pois aí essa energia se retrairia e os cabelos seriam apenas tubos vazios nessa época. Que revelação fantástica, não acha?
    O que eu questionaria? Meu pai cortava tanto cabelo quanto eu e não ficou careca. Por que ele ficou e eu não? E energia sei lá o que era mais retraída nos cabelos dele do que nos meus? Como se testa isso?
    ENTENDEU, ô dos dez mandamentos?
    .
    COMENTÁRIO: não, não entendi… A revelação de fatos reais, que sugeri, complementaria testes objetivos. Se for disso que esteja falando: seu ilustrativo me soou um tanto girola…

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    ARDUIN: 3 – Repetindo: a leitura de linhas de um livro oculto ao médium prova o que em favor da existência de espíritos?
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    COMENTÁRIO: prova muito mais que psicografias, todas de efeitos subjetivos. É claro que para um experimento em moldes científicos, não seria meramente o sucesso num experimento que determinaria a realidade da coisa. Mesmo assim, se espíritos, generalizadamente, sempre se saíssem bem em tais testagens, sem dúvida alguma, os mediunistas disporiam de fortes argumentos em favor da ação de mortos…
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    ARDUIN: 4 – Ô da razão, não sei lhe responder, pois tanto quanto eu saiba, isso nunca foi quantificado. Sabe-se apenas que o médium PERDE PESO (isso FOI verificado), mas o que perde mais ou o que perde menos, fico lhe devendo.
    .
    COMENTÁRIO: por essa e outras que lhe digo que esse tipo de “conhecimento” é imprestável, visto não ter gerado qualquer saber consistente. Então, se diz que o médium perde peso (massa), portanto deve encolher ou ficar artificialmente inflado. A questão levantada pelo da Razão é altamente pertinente: o que sucede com o infeliz nessas condições? Como se recupera sem ficar sequelado? De que partes de seu organismo sai a massa doada? E outras dificuldades que demandariam explicações…
    .
    Sabe qual a brilhante explicação mediunista: sabe? “Não sei”. Até hoje nenhum apologista das materializações se interessou em apurar o que sucede nessa crucial situação…
    .
    É ou não “conhecimento” sem serventia?
    .
    Até mesmo sua declaração de que “isso foi verificado” é falaciosa. Foi verificado em todas as situações materializativas, ou somente uns e outros assim o fizeram? E, mesmo estes que supostamente “verificaram”, o conseguiram em situações devidamente controladas, ou apenas “olharam” e noticiaram o que imaginaram ter visto?
    .
    No mínimo, dos mínimos, dos mínimos, em todos os eventos materializativos, os que divulgam esses casos como verdade, deveriam exibir imagens visíveis do médium e da materialização juntos, em que o médium se mostrasse encolhido. Aliás, se o médium cede parte de sua massa para que o espírito ganhe carnes, ambos não teriam de aparecer em tamanho reduzido, digamos 50% da dimensão normal?
    .
    Se formos esmiuçar esse “mistério” surgirão tantas, mas tantas, perguntas, todas sem respostas, que até mesmo os fãs entenderão que seja melhor deixar essas coisas de lado, por insubsistentes…
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    ARDUIN: Racional, nas fotos e observações anotadas, não há indicativos de que a aparência do médium fique alterada. Por que? Não sei. Apenas esse é o fato. Se desconhecemos o mecanismo, então fica difícil explicar o fenômeno.
    .
    COMENTÁRIO: Arduin, caia na real: nem você, nem nenhum dos apologistas, consegue apresentar um mínima explicação razoável para esse “fenômeno”. Mesmo assim insiste em defendê-lo como realidade…
    .
    saudações pasmadas…

  162. Marcos Arduin Diz:

    “i) Porque as fotos mostram que os fatos não foram como os “pesquisadores” alegaram;”
    – E como seriam as fotos que mostrassem o que os pesquisadores alegaram?
    .
    ii) porque os alegados fatos não ocorrem mais em condições controladas.
    – E por que nenhum sábio cético sabe apontam onde houve falta de controle nas pesquisas feitas nos tempos idos e passados, tendo até de mentir para justificar suas teses?

  163. Gorducho Diz:

    E como seriam as fotos que mostrassem o que os pesquisadores alegaram?
    “Materializações” que não se notasse serem recortes de jornais presos por arames ou alfinetes; ou com barbas postiças; ou trepadas em mesinhas para parecer mais altas para os bocós.
    Aliás explique: como pode a alma materializada respirar e suar?
     
    Não precisamos nos preocupar com isso: basta repetirmos os experimentos.

  164. Marciano Diz:

    De todos os mistérios que já vi neste blog o que mais me assombra é o porquê de ARDUIN fugir tanto dos experimentos. É o jeito mais científico de se comprovar uma hipótese.

  165. Defensor da Razão Diz:

    Marciano, eu arriscaria dizer que Arduin adota a prática recomendável a quem escolhe ser religioso e ao mesmo tempo pesquisador: deixar do lado de fora do laboratório as fantasias religiosas e esquecer o conhecimento científico ao tratar de religião. É o único modo de transitar pelos 2 mundos mutuamente excludentes mantendo a sanidade mental em níveis aceitáveis.

  166. Marciano Diz:

    DEFENSOR, eu sempre disse que ARDUIN faz esforços arduínicos (adjetivo que inventei em homenagem a ele e aos seus infinitos argumentos para defender a crença) para lidar com a dissonância cognitiva provocada pelo trânsito entre dois mundos inconciliáveis, o da ciência e o da crença em coisas estranhas de uma das dezenas de milhares de religiões.
    Ele tem de viver inventando racionalizações para não ter de escolher entre os dois mundos.

  167. Antonio G. - POA Diz:

    Correto, Defensor da Razão: Ter fé é abrir mão de pensar. O que não significa que aquele que tem fé não seja capaz de fazê-lo (pensar). Significa apenas que as pessoas podem decidir não questionar quando a questão refere-se a sua crença. É uma concessão que mesmo os indivíduos mais inteligentes (Arduin, JCFF, etc…) fazem a si próprios: Eu acredito nisto – mesmo contrariando a lógica e a ciência, e sem nenhuma evidência a suportar minha crença – e isto me basta!
    De que outra forma poderíamos explicar o fenômeno da aceitação dos dogmas por pessoas inteligentes e instruídas?

  168. Defensor da Razão Diz:

    Ou seja, Marciano e Antonio, defender a razão quando o assunto é fé religiosa é tarefa inglória. Nem Forrest Gump conseguiria.

  169. MONTALVÃO Diz:

    Reprisando a questão, já que não houve resposta:
    .
    Arduin lembrei-me de algo que pretendo lhe falar já há algum tempo: Crookes, além de validar as mulheres Florence e Fay, também deu o maior apoio a Dunglas Home, que realizou mais maravilhosidades que as duas mulheres. No entanto, até hoje, não o vi, Arduin, dizer um ui em louvor a esse sujeito. Por quê? Por que não exige dos críticos que lhe provem tintim por tintim que Home fraudava e Crookes não percebia? Qual a razão de seu silêncio em relação ao médium maior? SERÁ QUE ADMITE QUE COM HOME CROOKES NÃO UTILIZOU CONTROLES INSUPERÁVEIS, COMO ACHA QUE FEZ COM FAY E FLORENCE?

  170. Antonio G. - POA Diz:

    Fé a razão são inconciliáveis, incompatíveis. Onde uma está, a outra está ausente.

  171. Marcos Arduin Diz:

    Respondendo a essa última, por enquanto (depois vejo as outras se tiver tempo), tanto quanto eu saiba, Home NÃO FOI acusado de fraudes em relação aos experimentos que Crookes fez com eles. Aliás, não houve acusações contra ele durante sua carreira. No máximo há uma lenda que diz que ele foi expulso da França, por ordem do Imperador Napoleão III pois teria sido apanhado fazendo uma fraude com o pé.
    Como costuma acontecer nesses casos, é só lenda, já que os críticos não se acertam nos detalhes. Uns dizem que o pé chutou o nariz da imperatriz, outros dizem que chutou o saco do imperador, uns dizem que a fraude ocorreu nas Tulheiras, outros em Versalhes e outros em Biarritz. E assim vai.
    Sei apenas (pois nem li) que a Juliana Hildago teria garimpado algumas das bobagens sempre ditas.

  172. Gorducho Diz:

    Por isso mesmo não adianta ficar discutindo o passado. Apenas sabe-se que desse passado nenhum progresso ou conhecimento útil resultou.
    Se o espiritismo existe como realidade, os fenômenos tem de ocorrerem hoje.
    Vamos testar então? O Sr. já tem o médium p/testar o galvanômetro, como disse que faria acima?
    Podemos concomitantemente colocar umas 3 câmaras infravermelho junto?

  173. Marciano Diz:

    O Arnaldo estava blefando, dizendo que o pessoal não estava a fim de fazer qualquer experimento.
    Quando viu que a coisa era pra valer, sumiu do blog.
    Vocês estão querendo fazer a mesma coisa com ARDUIN?
    Claro que ele não vai topar qualquer experiência.
    A diferença é que ele não vive desafiando ninguém a fazê-las, o que o coloca em vantagem em relação ao Arnaldo.
    Depois dizem que premonição não existe.
    Eu tenho a premonição de ARDUIN não participa de testes nem que o diabo torça o chifre.

  174. Toffo Diz:

    Taí uma série de questões interessantes (mais do que a amargosa, sacal e insolúvel questão de ter Jesus existido ou não).
    .
    (1) Quando eu era espírita, dizia-se ordinariamente que os fenômenos ocorridos nos anos 1840s e 50s, tanto na América do Norte quanto na Europa, teriam sido uma espécie de “chuva de meteoros”, ou seja, um lampejo, um flash efêmero e sem possibilidade concreta de reprise, interpretado como um aviso da “espiritualidade” dos “novos tempos” que adviriam, com o surgimento do espiritismo. Passados esses tempos pioneiros, o mundo voltaria à pasmaceira habitual em matéria fenomênica, agora então voltado para a digestão e divulgação das novas “verdades espirituais” que teriam sido reveladas ao Ungido moderno, Denizard Rivail. Daí a convicção, aceita e nunca contestada pelo espiritismo cristão do qual fiz parte, de que a busca por fenômenos e as evocações seriam desnecessárias e mesmo inoportunas, e o foco seria na “evangelização”, uma nova etapa do processo. Agora que estou fora, vejo que essa visão traz consigo a própria ruína do espiritismo, em sua forma original, já que o transforma numa espécie de igreja informal, isto é – igreja sem o ser, uma coisa que não é preto nem branco, nem água nem vinho, nem dia nem noite, o que vai acabar pulverizando o espiritismo em várias igrejinhas espíritas no futuro próximo, assim como as pentecostais.
    .
    (2) Eu sempre volto a dizer isso: não existe “fé raciocinada”, uma falácia criada por Kardec para atrair aderentes de uma camada mais instruída da população, mais uma das suas tiradas de marketing que o tornaram o Líder. Parece estranho que existam pessoas instruídas e cultas, possuindo luzes em determinadas áreas do conhecimento, como é o caso do Arduin, de alguns membros da minha família e muitos conhecidos (“confrades”) espíritas, que acreditem nessas coisas esquisitas e ao mesmo tempo tenham suas convicções científicas e intelectuais vívidas. Parece estranho, mas não é. Na verdade, elas supõem que estão usando sua fé racional acreditando no espiritismo, quando o que verdadeiramente acontece é que elas usam figurino duplo: a fé no centro espírita e a razão no laboratório ou na sala de aula – enquanto supõem usar o mesmo figurino em todas as situações. Elas constroem isso, mas trata-se apenas de uma construção mental: quando elas acham que andam a cavalo, com pegadas inteiras, na verdade andam em bois, que deixam pegadas rachadas.

  175. Marciano Diz:

    Vou estar fora do ar durante muito tempo, estou assoberbado de trabalho.
    Espero voltar na madrugada ou amanhã, na pior das hipóteses.

  176. MONTALVÃO Diz:

    Esta vai para o Arduin, extraído do livro de Silva Mello (pag. 470).
    .
    Observe, meu nobre, coisas que venho enfatizando há algum tempo, e você não dá a mínima.
    .
    1) a cortina: até prova contrária, todo médium atrás do cortinado apronta alguma, mesmo que nós, leigos em prestidigitação, não saibamos explicar como (o que é compreensível, visto nossa leiguice). A necessidade da cortina nunca foi satisfatoriamente esclarecida, a não ser para esconder da fiscalização as armações do medianeiro.
    .
    2) o fato de certos médiuns serem seguramente autenticados por experimentadores de renome, nada garante em termos de legitimidade real, visto que quando os métodos de controle são eficientes ou as mágicas não acontecem ou se flagra o malandro em simulação. Então, não basta que, por exemplo, um Crookes da vida garanta que Fay, Florence e Home eram verdadeiros. Estes teriam de ser verificados por outros testadores, sob condições diversas, até que se pudesse extrair conclusão segura.
    .
    3) por fim, cabe destacar a desculpa mediunista quando a falcatrua é inapelavelmente revelada: neste caso, aplica-se a tese do “só na ocasião”, ou seja: se foi pego em fraude, a culpa é da pressão feita pelos pesquisadores, que induz o pobre a utilizar trapaças ; se não foi pego, então o bruto é legítimo. Quer dizer: o mesmo malandro, se não foi surpreendido em delito é de verdade; quando for, não tem jeito, fraudou, mas foi só naquela momento, o que (defendem os advogados) não elimina que nas experiências em que nada se detectou de suspeito não tenha produzido mágicas genuínas…
    /
    /
    SILVA MELLO: Um fato que precisa ser considerado na questão das provas mediúnicas, é o da sua variabilidade segundo o lugar em que são realizadas. Quando Eusápia Palladino havia colhido os maiores triunfos na Itália, TENDO SÁBIOS DE RENOME CONCLUÍDO PELA AUTENTICIDADE DOS FENÔMENOS sobrenaturais que era capaz de produzir, bastou-lhe ir à Inglaterra para que as conclusões se invertessem.
    .
    Submetida a provas pela “Society for Psychical Research”, descobriu-se que ela fraudava de maneira sistemática e com a maestria de uma velha perita na questão, sendo que AS MANIFESTAÇÕES SÓ APARECIAM NOS MOMENTOS EM QUE O CONTROLE NÃO ERA SEVERO.
    .
    Oliver Lodge, vindo a Liverpool para assistir às sessões conseguiu pegar uma das mãos de Eusápia, que ela havia libertado. A médium acusou-o, então, de manobras desleais! As sessões foram suspensas e Eusápia reembarcada para o continente.
    .
    Acontecera o que já era muito conhecido e devia repetir-se, de maneira infalível, com todos os grandes médiuns: o fato de nenhum deles deixar de ser desmascarado! Mas, depois disso, a agitação em torno do nome de Eusápia não diminuiu, pois, DE NOVO, SE AFIRMOU QUE ELA CONSEGUIA REALIZAR AQUILO EM QUE HAVIA FRACASSADO NA INGLATERRA.
    .
    Diante disso, a própria Society for Psychical Research resolveu enviar a Nápoles uma comissão composta de 3 membros, especializados em truques de prestidigitação, para analisar os fenômenos. Desta vez os resultados foram brilhantes, pois apareceram sob o mais rigoroso controle e até sob boas condições de iluminação. Um dos membros da comissão, Carrington, acompanhou a médium à América e prosseguiu obtendo resultados fora de qualquer dúvida, para ele absolutamente indiscutíveis. [Carrington, pelo “bem da ciência”, tornou-se empresário de Palladino] Algum tempo depois, porém, foi apanhada em flagrante de fraude, quando movimentava objetos à distância, por meio dos pés.
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    Max Dessoir, que já havia observado coisa semelhante em Berlim, PROPÔS QUE A PORTA DO GABINETE DE MATERIALIZAÇÕES FOSSE FECHADA POR MEIO DE UMA CORTINA FIXA E TRANSPARENTE, DE GAZE. E bastou isso para que, desde aquele momento, nada mais se operasse dentro do gabinete, até aí lugar propício para toda sorte de maravilhas.
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    É BOM LEMBRAR QUE A CORTINA COMUM, DE PANO, CONSTITUI UM DOS MELHORES RECURSOS DE FRAUDE EMPREGADO PELOS PRESTIDIGITADORES.

  177. Arnaldo Paiva Diz:

    Boa a noite a todos
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    MONTALVÃO Diz:
    Prezados,
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    Fiz apreciações sobre a obra de Silva Mello no ECAE, os quais aqui reproduzo, com pequenas adaptações.
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    O livro de Silva Mello teve três edições, a primeira em 1948, a terceira em 1960. Nesta obra o autor analisa a atuação mediúnica-metapsíquica de dezenas de personalidades que ganharam destaque no cenário Europeu e norte americano. De médiuns brasileiros comenta muito pouco e praticamente nada do kardecismo. Nem mesmo Chico Xavier, que na época da publicação já gozava de grande fama, mereceu uma linha. Isso, porém, não impediu que o estudo de Mello mexesse com os brios espiritistas. E não poderia ser de outra forma: as figuras que Mello cita, como autores de falcatruas variadas, são todas, em obras espíritas, tidos por grandes representantes da mediunidade. Em outras palavras: o que Mello reputa ser falso, os espíritas consideram legítimo.
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    COMENTÁRIO: É verdade, os médiuns apontados no livro de Imbassahy foram alguns dos médiuns que trouxeram um grande benefício ao Espiritismo, e porque não dizer à Humanidade, pois foi através desses e outros médiuns, que os cientistas empreenderam suas investigações e apresentaram ao mundo OS FATOS comprobantes da existência dos fenômenos, e através deles a comprovação da imortalidade da alma, da comunicação dos Espíritos através da mediunidade, e das suas relações e influências sobre os homens.
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    O que devia ser visto por Montalvão é que existe uma grande distância entre o que é apontado pelos cientistas, do que é apresentado por Silva Melo. Aliás, uma prática constante dos autores dos livros onde Montalvão busca os seus argumentos para tentar desmentir a existência dos fenômenos e da comprovação de que a vida continua após a morte do corpo físico, e que nestes livros apresentados por Montalvão – e tão ao seu gosto -, os seus autores fazem suas alegações sem apresentarem nenhuma referência de ALGUMA EXPERIÊNCIA que por ventura eles tenham realizado para desmenti-los no terreno dos fatos, com TESTES E RETETES tão cobrados por Montalvão quando das experiências realizadas pelos cientistas espíritas.
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    São com estes livros que Montalvão quer desmentir os fatos espíritas, pois aceita SEM NENHUMA RESERVAS, SEM NENHUM TESTE, tudo o que é dito no sentido de negar os fenômenos e denegrir o Espiritismo.
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    Os cientistas espíritas apresentaram FATOS, fruto das investigações controladas com testes e reteste anos a fio, mas isso não satisfaz a Montalvão no seu fanatismo cético/religioso, e por que não dizer também, aos ditos espíritas que se encontram debatendo neste blog.
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    A estes eu diria mais uma vez: Os espíritas não negam a possibilidade e até mesmo a ocorrência de fraudes em determinados casos, então eu pergunto, por que só apresentar os que procuram apontar exclusivamente esta parte da história do Espiritismo, fundamentados em livros escritos por quem nunca fez um experiência sequer? Temos que ver ainda, que isso não ocorre somente no Espiritismo, fraudes ocorrem em qualquer campo de investigação desde que haja desonestidade ou falta de um rigoroso controle. A fraude representa o lado negativo da investigação, ao passo que os fatos como resultado de investigações rigorosas e honestas, representam o lado positivo, a comprovação dos fenômenos que continuam até hoje e que tornam o Espiritismo invulnerável até o momento, mas isso não é apresentado neste blog.
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    Portanto, eu peço ao Sr. Mataemvão, que APRESENTE FATOS, desminta os fenômenos espíritas ATRAVÉS DE FATOS, NO TERRENO DOS FATOS, e não apenas com estas estórias de OUVIR DIZER do Sr. Silva Melo ou de Heuzé e outros manés. Nenhum deles, e você pior ainda, NUNCA apresentaram nenhum fato que desminta os fatos já apresentados, ou os possa levar a dizer que só existe fraude no Espiritismo e que todos os médiuns são salafrários.
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    Portanto, DIZER QUE EXISTE FRAUDE É UMA COISA, DIZER QUE SÓ EXISTE FRAUDE É OUTRA MUITO DIFERENTE. Existe uma grande distância entre uma coisa e outra.
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    Agora a forma com este blog trabalha, a forma como ele apresenta as coisas, só leva a qualquer um que o visite e seja leigo no assunto, a pensar que no Espiritismo só existe fraude. Não existe nada de científico apresentar argumentos contra o Espiritismo baseado em livros onde os autores falam de OUVIR DIZER, sem apresentar NENHUMA REFERÊNCIA OU FATOS para fundamentar o que dizem.
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    Por outro lado, jamais devemos desprezar – até mesmo por uma questão de justiça -, documentos que faz parte das investigações e que elucidam através dos fatos as questões aqui em discussão como, continuidade da vida após a morte, mediunidade, interferência do mundo espiritual no mundo material, e que fazem parte da História do Espiritismo.
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    MONTALVÃO: Examinando-se, por exemplo, o livro de Carlos Imbassahy “O Espiritismo à Luz dos Fatos” encontramos quase todos os nomes referidos nos “Mistérios e Realidades” como enganadores, dados por bons e legítimos comunicadores com o além. Uma ilustração interessante encontramos no tratamento que esses dois autores dão ao outrora afamado Mirabelli. Imbassahy (autor por quem Arduin tem verdadeira devoção), apesar de espírita fundamentalista era um intelectual que defendia sua crença com singular firmeza.
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    Seria esperável que, como espírita esclarecido, pudesse perceber que Mirabelli não passava de malandro-simulador. Admiravelmente, Imbassahy viu a falcatrua, a registrou, para depois quedar-se convencido na continuidade do espetáculo, realizado pelo salafrário na residência do espírita. Vale a pena comparar os textos desses dois escritores, embora as abordagens sejam distintas. Ao final deste escrito apresento os dois discursos.
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    COMENTÁRIO: O texto do livro apresentado por Montalvão sobre Mirabelli mostra-nos que Imbassahy tinha ouvido dizer que o mesmo era tido às vezes como um exímio escamoteador, outras por fraudador reles. Por outro lado, pessoas de grande responsabilidade garantiam a autenticidade dos fatos extra-normais produzidos pelo médium.
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    Vemos de princípio que não podia ser tirada nenhuma conclusão, de uma vez que uns o acham um escamoteador e fraudador reles, ao passo que outros garantem a autenticidade dos fenômenos produzidos pelo mesmo.
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    Continuando o texto diz: “A nossa dúvida, portanto, era grande. Se, amigos nossos, como Bernardino Filho e pessoas insuspeitas de sectarismo, juravam pela mediunidade de Mirabelli, de quem falavam com grande entusiasmo, outros, também merecedores de fé, afirmavam que ele já tinha sido apanhado em flagrante embuste”.
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    COMENTÁRIO: Isso nos leva a algumas conclusões. Se existem os que afirmam que os fenômenos produzidos por Mirabelli são verdadeiros, e os que afirmam que ele já foi apanhado fraudando, resta saber se ele é mesmo possuidor de mediunidade, e se os fenômenos que foram produzidos são reais, ou se não foram interpretados como fraude, ou se ele é um escamoteador e queria se passar como médium, ou se ele é as duas coisas, ou seja, médium que produz fenômenos e em algumas circunstâncias usa de fraude.
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    Portanto, para que a análise – e não uma investigação – fosse honesta, e ser tiradas conclusões honestas, forçosamente teria que ser feita pelo menos uma reunião, para que se formasse uma idéia do que realmente estava acontecendo com o médium.
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    Pelo que já conheço, se este quadro fosse apresentado ao Montalvão, levado pelo preconceito contra o Espiritismo e os médiuns, com certeza não queria nem mais saber desse médium, pois por OUVIR DIZER que ele era um escamoteador, embora dissessem também que ele produzia fenômenos reais, Montalvão, sem fazer nenhuma experiência já optaria pela cunha de fraudador, e não faria nenhuma reunião para ter a certeza de qual lado estava a verdade. Eu por exemplo, ainda não vi nenhum caso apresentado pelos cientistas resultando em comprovações através dos fatos, que o Montalvão fizesse uma análise que se pudesse dizer séria, ele sempre usa de explicações mirabolantes, fantasiosas, deve ter aprendido com Silva Mello.
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    De acordo com os estudos realizados por Kardec e demais cientistas, somos informados que só existe mediunidade com a presença dos espíritos, portanto, sem espírito não existe mediunidade, mas que podem existir fenômenos produzidos pelos sensitivos, que são possuidores de faculdades anímicas, portanto, agem por si mesmos.
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    Diante do impasse, só resta ser feita pelo menos uma análise superficial – sem cunho científico -, por uma pessoa mais familiarizada com o fenômeno, e com maior experiência prática no Espiritismo, em reuniões envolvendo a presença de médiuns, isso já seria o suficiente para esclarecer muita coisa. Foi o que Imbassahy fez.
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    Imbassahy embora não estivesse com esse interesse, mas por questão de educação, aquiesceu ao pedido do amigo, permitindo que o mesmo trouxesse Mirabelli à sua casa. E o que de certo modo o preocupava, era que todos diziam que Mirabelli era um médium assistido por espíritos imperfeitos cuja classificação constante em O Livro dos Espíritos, inclui os espíritos entre outras classes, os batedores e perturbadores, ou seja, a sua visita era acompanhada de fenômenos de efeitos físicos, onde louças se quebravam, objetos levitavam, eram atirados contra as pessoas ou contra o próprio Mirabelli, etc.
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    Esta informação é de grande importância para os que lidam com médiuns, pois com ela ficamos sabendo que o médium está necessitando de conhecer as leis que rege o fenômeno mediúnico, e ao mesmo tempo de lições que corrijam o seu modo de ser no sentido moral. Se ele já tem esse conhecimento e continua sendo assistido por espíritos imperfeitos, então é que ele já está em queda, está em desequilíbrio, sendo vítima de espíritos que querem derrubá-lo, e neste caso, o médium passa a ser joguete desses espíritos. Imbassahy conhecedor disso chegou mesmo a dizer que “não tínhamos vontade nenhuma de presenciar essa perigosa mediunidade, e muito menos a tinham as pessoas de nossa família”. Para tornar ainda maior o inconveniente da presença desse médium, na tarde que trouxeram Mirabelli, havia uma pessoa enferma na residência.
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    Ante a presença do médium, Imbassahy passou então a examinar o perfil psicológico do mesmo, percebendo que o mesmo era espetaculoso, exagerado nos seus modos, cheio de gestos, falando alto, movimentos bruscos, violentos, portanto, característica de um médium em desequilíbrio, pois com o médium equilibrado, se nota logo a diferença, pois estes são calmos, pacientes, agem de uma forma normal, sem afetação nos gestos, nas palavras, enfim, não demonstrando nenhuma das características observadas no Mirabelli. Na sala com Mirabelli se encontravam apenas ele e mais quatro pessoas, conforme descrito abaixo.
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    “As poucas pessoas de casa estavam juntas à enferma. Na sala, apenas a senhora que veio com Mirabelli, este, o Bernardino, o industrial Daniel de Brito e nós”.
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    Isso demonstra o que comentei acima, Carlos Imbassahy não estava interessado em organizar uma reunião de cunho científico, para testar e retestar a mediunidade de Mirabelli, ele queria apenas ver o que se passava com o médium para gerar tantas controvérsias sobre o mesmo.
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    Ante uma comunicação que sugeria ser psicofônica, e observada por Imbassahy, na qual o suposto comunicante disse coisas fúteis numa linguagem fútil, deu o nome de Lombroso, levou Imbassahy e seus amigos a pensar entre eles:
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    — Como se calunia um pobre morto! — pensáva­mos nós.
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    Tendo Imbassahy notado que a volta do transe era um fingimento, pois quem está acostumada à reuniões onde é mais usada a mediunidade de psicofonia, como é o caso da reunião de desobsessão por exemplo, conhece com a maior facilidade quando o médium está fingindo uma comunicação, ou quando a ela é real.
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    É o que eu penso! Lombroso pensa como eu!…
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    Vemos nesta resposta que houve uma expressão do pensamento do médium e não que Lombroso tivesse se manifestado. Isso acontece quando o médium começa a alimentar determinada idéia, quando a idéia passa a ser um pensamento constante do médium, essa idéia pode vir em forma de mensagem psicofônica, mas a experiência nos faz conhecer imediatamente que não se trata de uma comunicação mediúnica, quando não uma mistificação, uma manifestação anímica, ou seja, o médium expressando a sua própria idéia alimentada no seu dia-a-dia.
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    Resumindo o texto, passo para esse comentário de Montalvão:
    COMENTÁRIO:
    Se o espetáculo ficasse restrito a essa exibição fajuta de mediunidade, Mirabelli teria sido prontamente descartado por Imbassahy, mas ele tinha recursos de reserva… infelizmente para o o anfitrião, seu arsenal investigatório esgotou-se nesse episódio: a partir de então ficou à mercê do que viesse…
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    MEU COMENTÁRIO: Não é que o arsenal de Imbassahy tivesse se esgotado, temos que ver que pelos relatos antecedentes, Imbassahy não tinha nenhum interesse em ficar envolvido com o médium, portanto, deu pouca atenção ou não se preocupou com o que viria depois.
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    O relato do texto continua:
    “Estávamos nesse solilóquio, quando o médium se virou para o Daniel de Brito e disse que ali via um parente dele, falecido. E começou a falar…
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    Ele falava e o Daniel se perturbava. É que o médium começara a revelar fatos íntimos, surpreendentes, mas que conhecíamos, outros apenas sabidos do Daniel. Em breve desvendou todo o passado do jovem, como se fôsse o parente morto que estivesse ali falando. Dir-se-ia que a infância e a mocidade do rapaz não tinham segredos para ele e, entretanto, era a primeira vez que o via e que com ele tratava. Disso ninguém tinha dúvida.
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    Nem se diga que o Daniel era pessoa conhecida e relacionada; pequeno e modesto industrial, mal principiara a vencer as dificuldades da vida, espinhosas para ele até então, vida apagada, triste, trabalhosíssima. Tudo o Mirabelli desvendou, dizendo que os casos lhe eram relatados pelo pai de Daniel, falecido há muitos anos, e que, de fato, deixara o filho, com outros irmãos, desprovidos de recursos. E o homem parecia que sabia tudo, que tinha conhecimento de tudo. Não lhe escapavam os pormenores.”
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    A isso, Montalvão tece os seguintes comentários:
    COMENTÁRIO: aqui cabe a pergunta, que se aplica a todas as situações da espécie: como o pretenso médium soube de tais informes? As respostas variarão, conforme a inclinação do respondedor. Para alguns, somente por via mediúnica seria possível conhecer os fatos relatados (que não sabemos quais foram). Mas, o caso é que se tratava de eventos conhecidos, como o próprio Imbassahy atesta, passíveis de serem obtidos por via ordinária. Tendo em vista o histórico de Mirabelli, é mais provável que tenha conseguido as informações por métodos naturais. Entretanto, a discutível demonstração de poder mediúnico deixou o, até então, cético Imbassahy favoravelmente impressionado.
    .
    MEU COMENTÁRIO: Não vejo no relato acima, nenhuma demonstração de que Imbassahy tenha ficado impressionado como afirma Montalvão, ao ouvir o relato feito pelo médium, tanto é que o próprio Imbassahy atesta, passíveis de serem obtidos por via ordinária, o que se vê, é que Imbassahy não podia tomar uma posição de acusação de que o médium teria adquirido estas informação através de uma pesquisa em torno da vida do Daniel, pois ele não tinha provas para assegurar uma acusação dessa natureza, portanto “esse favoravelmente impressionado” é por conta do Montalvão. Imbassahy usou o pensamento de que na dúvida, abstenha-se. E essa é a posição honesta que se deve tomar diante de um caso dessa natureza, pois Imbassahy não tinha nenhum interesse em confirmar se a informação era de ordem mediúnica ou não.
    .
    Ou como houve relatos de outras pessoas que se encontravam presente e que não era do conhecimento do médium, possa ser que tenha havido mesmo a presença de algum espírito brincalhão fazendo estes relatos sobre a vida das pessoas. Afinal de contas, pelo fato de um médium fraudar isso não anula a mediunidade se ele a tiver. Mas pelo que foi dito por Imbassahy quando convidado por Mirabelli para fluidificar a água, “Acedemos ao convite de Mirabelli, aliás, sem grande entusiasmo”, levar a crer que Imbassahy ainda não estava convencido se estava havendo comunicação mediúnica, portanto, o “abalado” usado por Montalvão é por conta do mesmo. Imbassahy estava tão incrédulo sobre a manifestação do suposto espírito, que não dirigiu nenhuma pergunta ao mesmo, continuou apenas observando e procurando fazer o que o médium sugeria talvez para ver até onde ele queria chegar.
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    Vou voltar

  178. Gorducho Diz:

    Foi o que matou o espiritismo, levando consigo o conceito do Leymarie. Passado um tempo da publicação do LE, esgotada a tentativa de reinterpretação do cristianismo via conceitos do socialismo romântico, começou a ficar claro que o rei estava nu. Ou seja: haviam “esquecido” de provar que “espíritos” existiam.
    Como as tentativas dos Crentes (muitos disfarçados de “pesquisadores”) fracassaram – mesas não giravam; “materializações” eram recortes de jornal afixados com arames ou alfinetes, ou o “médium” revestido com panos, barba postiça e até capacete, & recursos similares; corbeilles a bec não escreviam sozinhas… – o que sobrou foi uma igreja “evangélica reencarnacionista” com a mesma metodologia de todas outras. Ou seja: “milagres” que “provaram” os dogmas da igreja, que ocorriam num passado mitológico.

  179. Gorducho Diz:

    “Uma igreja” referindo-me à FEB, bien entendu.
    É claro que no UK há várias na linha não-kardecista, sem o dogma da reencarnação.
    O new age Americano já acho que é mais eclético, não incorporando o cristianismo.

  180. Marciano Diz:

    Excelente o resumo de GORDUCHO.
    Parece que todas as religiões são embasadas em mitos, como na bíblia, LE, livro de Mórmon, mahabharata. corão, …

  181. MONTALVÃO Diz:

    ARDUIN tanto quanto eu saiba, Home NÃO FOI acusado de fraudes em relação aos experimentos que Crookes fez com eles. Aliás, não houve acusações contra ele durante sua carreira. No máximo há uma lenda [.]. E assim vai.
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    COMENTÁRIO: pois é, mas não respondeu à minha indagação: por que defende com tanta firmeza a legitimidade de Florence e Fay, principalmente a desta última, e pouquíssimo ou nada fala em favor de Home? Por exemplo, não o vejo reclamando que os céticos não conseguem provar que Home fosse simulador…
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    Dunglas Home dizia que todos os médiuns eram falsários, só ele legítimo. O que você diz disso?
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    Quanto a ninguém ter acusado o sujeito, provavelmente você deve ter lido só a literatura apologética. Como é que ninguém perceberia que Home era versado nas artes mágicas?
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    /
    ARDUIN: Sei apenas (pois nem li) que a Juliana Hildago teria garimpado algumas das bobagens sempre ditas.
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    COMENTÁRIO: “Algumas das bobagens sempre ditas”… Que bobagens seriam? Bobagens do tipo que punham suspeitas na legitimidade de Home? Eu acho que você deveria examinar melhor a pesquisa de Juliana Hidalgo, pois traz informações esclarecedoras. Por exemplo, em certo trecho ela diz:
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    HIDALGO: Na introdução aos relatos, Crookes afirma que, após passados vinte anos, revendo friamente suas anotações, não teria encontrado nenhum defeito nos experimentos e nas conclusões. Assim, embora tenha se oposto de modo tão categórico à nova força proposta por M. Thore, curiosamente, Crookes mantém sua convicção na existência da força psíquica.
    .
    De fato, nota-se que a postura do cientista em relação a essas investigações parecia continuar incólume: não considera os fenômenos como espirituais, extraordinários ou sobrenaturais, mas, sim, reafirma que era possível explicá-los de forma naturalística; reforça a posição de que as críticas desferidas contra ele eram injustas E DE QUE AS TENTATIVAS DE EXPLICAR COMO HOME SIMULAVA OS EFEITOS NÃO PASSAVAM DE MERAS ESPECULAÇÕES E HIPÓTESES REMOTAS; reitera que não existiria nenhuma razão a priori para negar a possibilidade dos fenômenos descritos, etc.
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    COMENTÁRIO: então, se vê que havia gente procurando explicar como Home fazia seus truques, comprovando que Crookes fora enganado. Acusação contra a qual o cientista, compreensivelmente, reagia e insistia que o sujeito seria genuíno… (genuíno charlatão, isso sim)…

  182. Gorducho Diz:

    Falando de Crookes (não adianta deixar de mencionar o nome, o assunto volta sempre, então adiramos…) & Home, lembrei do seguinte trecho de carta (3/11/75 – negrito meu) onde ele confessa implicitamente o que eu digo sempre: Crente a serviço duma causa, disfarçado de “pesquisador”. Ainda, venham os Crentes alegar que ele não soubesse que spiritualism tinha e tem conotação religiosa.
     
    I have worked hard and sacrified more than anyone would believe for the cause of spiritualism, and I have met with little but calumny, slander, backbiting and abuse from spiritualists.

  183. MONTALVÃO Diz:

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    Arduin e Razão, pegarei um lero entre vocês para comentar, visto ser interessante como demonstrativo da forma falaciosa com que nosso lídimo professor se manifesta. O que se admira é que um ser com formação em ciência diga coisas da ciência que nem nas sessões de descarrego da Universal se atreveriam a proferir… Senão vejamos:
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    RAZÃO: Arduin, mesmo sem conhecer o mecanismo, parece que o preço de crer na existência desses fenômenos de materialização, que incluem a transferência de volumes substanciais de massa corpórea do “medium”, é o de desprezar parte do que a ciência (biologia, física, química) tem como verdade.
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    ARDUIN – Por que a Ciência tem certas coisas como verdades, isso significa que NECESSARIAMENTE são sempre verdades? ISSO É IDÊNTICO AO RACIOCÍNIO DOS EVANGÉLICOS: se está dito na Bíblia, É VERDADE.
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    COMENTÁRIO: não, nobre Arduin, não há nada de idêntico entre as verdades que a ciência tem como e o raciocínio evangélico-fundamentalista. Os evangélicos, conforme você bem disse, estabelecem que, se está na Bíblia então pronto, não se discute: é verdade insofismável. Já a ciência propõe suas “verdades” após laborioso exame dos fenômenos e múltiplas experimentações. É certo que nem por isso os postulados científicos sejam sempre e invariavelmente corretos. Aliás, sabemos que em ciência a palavra “certeza” deve ser pronunciada com muita parcimônia. De qualquer modo, as verdades científicas possuem forte base experimental e teórica a ampará-las e, principalmente, geram saber produtivo: ou acha que seu computador ultrapoderoso, de 3 zerabytes de memória, foi conseguido por obra e fruto da “ciência” espírita?
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    Agora pense na ilação que apresenta, a fim de dar uma rasteira na ciência para justificar as incertezas de sua crença em materializações: é fato que, se materializações ocorrem, a ciência precisaria rever concepções básicas, firmemente estabelecidas e confirmadas ao longo de vários anos de replicações conferitivas. Agora eu lhe pergunto: as materializações possuem evidências fortes o suficiente para impor essas mudanças nos postulados do saber acadêmico? Responda com a sinceridade de quem conhece, provavelmente melhor que muitos de nós, o rigor com que a ciência encesta suas afirmações, e as compare com a futilidade das alegações místicas (mesmo as que foram objeto de experimentações ditas científicas).
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    ARDUIN: A 11000 metros de altitude as temperaturas são baixíssimas e a pressão atmosférica também. É de se prever que uma pessoa que fique 5 horas nessas condições, vai virar presunto na certa. A Ciência diz isso. Embora tenha sido verdade na maioria das vezes, uns poucos gatos pingados que viajaram no compartimento do trem de pouso de aviões conseguiram sair vivos dessa. Esta semana mesmo teve o caso de um garoto.
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    COMENTÁRIO: mesmo que seja verdade (e o é, mas apresentada de forma distorcida) em que essa ilustração ampararia a realidade de crenças em materializações, mediunidade geral e coisas do gênero? Ora, a ciência diz que o ser humano não resiste cinco horas a 11.000 metros sem proteção adequada. Se alguém sobreviveu significa que a afirmação esteja incorreta, ou aconteceu alguma coisa que possibilitasse a sobrevivência? E quem vai responder a isso? O espiritismo, postulando que desencarnados do bem interpuseram cordão protetivo em torno do viandante? Ou a resposta virá da ciência, que investigará os fatores que possibilitaram a preservação da vida naquelas condições?
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    ARDUIN: Então, meu caro Racional, veja se raciocina que nem sempre a palavra da Ciência é prova provada de que se trata de uma verdade comprovada e irrefutável.
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    COMENTÁRIO: pode ser que sua proposição seja aceitável, só tem uma coisa: para mostrar que a palavra da ciência desliza em erro, mister se faz demonstrar. Não basta deduzir que, se algumas afirmações científicas se revelam incorretas, tal significa que devemos, por conta disso, reconhecer que materializações sejam realidade. Nada a ver coisa alguma com alguma coisa. Mesmo porque os erros da ciência são reconhecidos e denunciados pela própria ciência. Se os adeptos da materialização têm provas de que mortos se revestem de carnes, devem apresentar essas provas dentro do rigor exigido pelas demonstrações científicas: isso não se faz com espetáculos produzidos por detrás de cortinados…

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    RAZÃO: Em outros termos, hoje, crer ou não na existência dessas materializações corresponde a escolher entre acreditar no que algumas poucas pessoas relataram ou no que a ciência estabelecida provou ao longo de toda a sua existência.
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    ARDUIN: – A Ciência, ao menos o que deveria ser Ciência, é feita de contraditório. Então umas poucas pessoas, várias delas cientistas ou pelo menos com formação científica, INVESTIGARAM SOB ESCRUTÍNIO CIENTÍFICO o dito fenômeno materialização. A postura correta dos cientistas descrentes de que tal fenômeno poderia existir seria abordar os colegas crentes, tirar as dúvidas com eles e ir checar onde erraram. Se demonstrassem que houve erro, omissão, fraude em tal e qual situação, teriam muito mais crédito do que dizer que “houve paixão, interesse sexual, excesso de miopia, alucinação, etc. Por que deveria desconsiderar o que fizeram os pesquisadores, mesmo pondo em risco a sua reputação, para aceitar o contraditório com base em argumentos tão pífios?
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    COMENTÁRIO: médiuns evasivos, espetáculos que ocorrem às ocultas, alegações de provas com base em poucas e discutíveis experimentações… é o que os defensores das materializações oferecem… Além disso, sempre é bom lembrá-lo (já que esquece disso com admirável assiduidade): o estudo de materializações não gerou o mínimo conhecimento válido, nem teoria nem hipótese verificável. Apenas experiências isoladas que não podem ser continuadas por ninguém. Você, que defende Crookes com a energia merecedora de melhor causa, não consegue indicar um evento moderno que possa significar o continuum do processo iniciado por Crookes, como aconteceria com qualquer saber produtivo.
    .
    Além disso, nenhum dos críticos dessas velhas experimentações foca exclusivamente entreveros românticos entre Crookes e as pimpolhas com quem se divertia. Este é aspecto secundário das avaliações que você, mui espertamente, tenta ressaltar como se fora o único argumento de peso que os denunciantes apresentam.
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    Basta que tenha em mente o seguinte: se o que Crookes “comprovou” fosse realidade esse conhecimento prosperaria. Pronto: se tiver essa conscientização clara e distintamente estabelecida em seu primoroso cérebro não restará pedra sobre tijolo na pífia certeza mediúnica que cultiva.
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  184. MONTALVÃO Diz:

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    Arnaldo Paiva,
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    “Saúdo-ô” com a santa paz…
    Percebo que está se saindo um Arduin dinamizado à 3ª centúria homeopática, ou matematicamente potencializado à 4ª ou quinta. Digo isso porque tá devendo um monte de respostas ao monte de questões que lhe ofertei e resolve voltar como se nada pendente ficara e, pior, repetindo os mesmos velhos, batidos e contestados argumentos, de que cientistas matusalênicos provaram coisas que hoje seus sucessores não conseguem demonstrar.
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    Vou respondê-lo por conta da cortesia que meu bisavô, a quem não conheci, me ensinou. Não devia, mas vou fazê-lo…
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    ARNALDO: É verdade, os médiuns apontados no livro de Imbassahy foram alguns dos médiuns que trouxeram um grande benefício ao Espiritismo, e porque não dizer à Humanidade, pois foi através desses e outros médiuns, que os cientistas empreenderam suas investigações e apresentaram ao mundo OS FATOS comprobantes da existência dos fenômenos, e através deles a comprovação da imortalidade da alma, da comunicação dos Espíritos através da mediunidade, e das suas relações e influências sobre os homens.
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    COMENTÁRIO: quais “benefícios” os cientistas de Imbassahy trouxeram à humanidade? Considere que Imbassahy interpretava as supostas descobertas antigas sempre na linha mediúnica, embora boa parte, talvez a maioria dos pesquisadores, fosse adepta da metapsíquica. Então, seu ídolo já estava em conflito com hipóteses concorrentes, as quais menosprezava em prol da crença que acalentava. Isso, sem levar em conta a explicação psicológica, certamente a mais fundamentada, pela qual espíritas e Imbassahy passam batidos. Isso quando a fraude não seja a resposta, o que foi o caso da maioria dos casos.
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    ARNALDO: O que devia ser visto por Montalvão é que existe uma grande distância entre o que é apontado pelos cientistas, do que é apresentado por Silva Melo. Aliás, uma prática constante dos autores dos livros onde Montalvão busca os seus argumentos para tentar desmentir a existência dos fenômenos e da comprovação de que a vida continua após a morte do corpo físico, e que nestes livros apresentados por Montalvão – e tão ao seu gosto -, os seus autores fazem suas alegações sem apresentarem nenhuma referência de ALGUMA EXPERIÊNCIA que por ventura eles tenham realizado para desmenti-los no terreno dos fatos, com TESTES E RETETES tão cobrados por Montalvão quando das experiências realizadas pelos cientistas espíritas.
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    COMENTÁRIO: mas é claro, claríssimo, que existe “grande distância entre o que é apontado pelos ‘cientistas’, e o que é apresentado por Silva Mello”… certamente por “cientistas” se refere aos pesquisadores, fossem cientistas ou não (muitos dos quais nem mereceram o título de “pesquisadores”), que ratificaram o médium-comunicador-com-espíritos. Os cientistas que encontraram respostas distintas estes não cabem ser citados, não é assim que pensa?
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    Pois bem, você reclama da ausência de experiências por parte de Silva Mello, embora no livro ele cite algumas que encetou, inclusive a que realizou com nosso amigo Schermann. No entanto, seu reclamo não possui qualquer congruência. A começar que, desde quando um experimento fracassado desfaz os bons resultados obtidos por outros? Desfaz sim, desde que se comprove que o pseudocomunicador seja safado, sem-vergonha, simulador (qual foi o caso de Eusápia Palladino); ou acredite, com sinceridade, que suas manifestações provenham da espiritualidade, mas seja demonstrável que são originadas no próprio psiquismo do medianeiro. Então, vamos cair na situação que vimos discutindo aqui há algum tempo: só experimentações objetivas podem objetivamente demonstrar (ou não) a mediunidade.
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    Considere o exemplo da safadíssima Eusápia. Ela foi a Inglaterra (vejo texto que postei para o Arduin há pouco: 25TH: 11:54) para ser avaliada pela SPR. Os pesquisadores perceberam e relataram as malandrices a que recorria, com as quais ludibriou muita gente boa. Pois bem, poucos meses depois, outros investigadores garantiam que aquilo que a SPR concebera ser fraude a mulher estava a realizar por meio de reais poderes… o que mostra quão difícil é derribar falsas crenças.
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    Por outro lado, Silva Mello, nem ninguém (o que nos inclui) carece realizar experimentos para notificar as falhas nos experimentos que supostamente atestariam a mediunidade. Isso (denunciar experiências fajutas) nós vimos realizando nesse espaço, se ainda não o percebeu. Quem precisa apresentar experiências corroborantes, que possam ser avaliadas pelos interessados, são os advogados da espiritualidade-em-comunicação. Estes sim, estão obrigados a dar provas do que alegam.
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    Nós, os que analisamos as alegações mediúnicas, podemos, e devemos, sugerir modos experimentativos que possam ser aplicados a quaisquer médiuns e que sirvam como indicativos (ao menos preliminarmente) da real presença de mortos entre os vivos. Isso também vimos aqui realizando, e nos propomos participar das experimentações, aplicando controles adequados . Desgraçadamente, quando alguém nesse sítio fala em “experimentos objetivos” os mediunistas debandam misteriosamente…falar nisso, a quantas anda seu planejamento para nossa experiência conjunta?

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    ARNALDO: São com estes livros que Montalvão quer desmentir os fatos espíritas, pois aceita SEM NENHUMA RESERVAS, SEM NENHUM TESTE, tudo o que é dito no sentido de negar os fenômenos e denegrir o Espiritismo.
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    COMENTÁRIO: se você conhecesse os livros aos quais os mediunistas recorrem, pretendendo provar o que não podem, não falaria mal de Silva Mello…
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    ARNALDO: Os cientistas espíritas apresentaram FATOS, fruto das investigações controladas com testes e reteste anos a fio, mas isso não satisfaz a Montalvão no seu fanatismo cético/religioso, e por que não dizer também, aos ditos espíritas que se encontram debatendo neste blog.
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    COMENTÁRIO: não nos faça rir, ou chorar: que FATOS os “cientistas espíritas” apresentaram? Cientistas não apresentam “fatos” sim resultados, resultados de experimentações explicativas dos fatos que estudam. E que testes e “retestes” foram esses que não comprovam coisa alguma? Está a cair no mesmo erro olvidativo do Arduin: se os “cientistas espíritas” houvessem descoberto algo consistente esse saber estaria hoje presente, real, verificável. Então nos diga, já que sabe tanto sobre provas, onde estão os experimentos modernos que confirmam as certezas achadas pelos “cientistas espíritas”?
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    ARNALDO:A estes eu diria mais uma vez: Os espíritas não negam a possibilidade e até mesmo a ocorrência de fraudes em determinados casos, então eu pergunto, por que só apresentar os que procuram apontar exclusivamente esta parte da história do Espiritismo, fundamentados em livros escritos por quem nunca fez um experiência sequer? Temos que ver ainda, que isso não ocorre somente no Espiritismo, fraudes ocorrem em qualquer campo de investigação desde que haja desonestidade ou falta de um rigoroso controle. A fraude representa o lado negativo da investigação, ao passo que os fatos como resultado de investigações rigorosas e honestas, representam o lado positivo, a comprovação dos fenômenos que continuam até hoje e que tornam o Espiritismo invulnerável até o momento, mas isso não é apresentado neste blog.
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    COMENTÁRIO: a questão da fraude é muito mal trabalhada pelos arautos da mediunidade. Estes admitem que há realmente fraudes e fraudadores, como se isso fosse uma grande concessão. No entanto, se pronunciam qual estivessem de posse do tesouro de Salomão, o real tesouro, e dele tenham eliminado as bijuterias. Da forma como discursam (Arnaldo aí incluído) tem-se a impressão de que os mediunistas são muito criteriosos em separar o que seja autêntico do espúrio. Ora, o que mais se vê são adeptos da mediunidade exaltando médiuns que mais adiante são revelados salafrários. Muitas vezes, mesmo depois das safadezas serem expostas, ainda intentam salvar os médiuns, sob a espúria alegação de que “às vezes frauda, mas outras vezes é autêntico” (Conan Doyle foi campeão nesse esporte). Nossa querida Eusápia Palladino ilustra bem essa tática: mesmo sendo várias vezes apontada fraudadora ainda hoje há quem a defenda (não é Arduin?).
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    Diversos cientistas, dos que garantiram a mediunidade, reconheceram que o grosso das exibições eram fraudulentas. Veja só: o grosso, quer dizer, a maioria. Sendo assim, a fraude sempre deveria e deve ser a primeira explicação a ser cogitada e deveria ser exaustivamente verificada, até que se pudesse seguramente eliminar essa suspeita. Agora me diga, quando é que os mediunistas fazem isso? Que testagens, por exemplo, você, Arnaldo, implementa em seu centro desobsessor, de modo a eliminar a possibilidade de fraude, inclusive a fraude inconsciente? Que experimentações pode citar, mesmo dentre as velhas, em que os testadores estavam alertas quanto às safadezas e adotaram precauções condizentes? Por fim, mas não por derradeiro, que experiências pode citar em que testou-se, objetivamente, a efetiva presença de mortos nas manifestações a eles atribuídas?
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    ARNALDO: Portanto, eu peço ao Sr. Mataemvão, que APRESENTE FATOS, desminta os fenômenos espíritas ATRAVÉS DE FATOS, NO TERRENO DOS FATOS, e não apenas com estas estórias de OUVIR DIZER do Sr. Silva Melo ou de Heuzé e outros manés. Nenhum deles, e você pior ainda, NUNCA apresentaram nenhum fato que desminta os fatos já apresentados, ou os possa levar a dizer que só existe fraude no Espiritismo e que todos os médiuns são salafrários.
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    COMENTÁRIO: tudo bem, vou atender ao seu apelo: infelizmente, não disponho de FATOS para apresentar, porque os fatos, eles mesmos, se autoapresentam para serem verificados. No entanto, apresento minhas alegações, aliás basta só uma: OS MEDIUNISTAS NÃO DISPÕE DE UMA EXPERIÊNCIA, UMAZINHA SEQUER, QUE COMPROVE TAXATIVAMENTE, OBJETIVAMENTE, A PRESENÇA DE INVISÍVEIS NO AMBIENTE. Pronto, está esclarecida sua dúvida, e se discorda da validade dessa asserção basta apresentar ao menos uma, umazinha que seja, demonstração de que essa prova foi obtida e que pode ser confirmada por qualquer interessado… satisfeito? Agora é com você…
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    ARNALDO: Portanto, DIZER QUE EXISTE FRAUDE É UMA COISA, DIZER QUE SÓ EXISTE FRAUDE É OUTRA MUITO DIFERENTE. Existe uma grande distância entre uma coisa e outra.
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    COMENTÁRIO: se lesse meus ponderamentos não diria o que disse. Sei que não existe só fraude, há também autoengano…
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    ARNALDO: Agora a forma com este blog trabalha, a forma como ele apresenta as coisas, só leva a qualquer um que o visite e seja leigo no assunto, a pensar que no Espiritismo só existe fraude. Não existe nada de científico apresentar argumentos contra o Espiritismo baseado em livros onde os autores falam de OUVIR DIZER, sem apresentar NENHUMA REFERÊNCIA OU FATOS para fundamentar o que dizem.
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    COMENTÁRIO: se quer dizer que no livro de Silva Mello (ao qual certamente não leu, afora, talvez, algumas esparsas passagens) o autor fala de “ouvir dizer”, então, meu filho, sugiro que reveja urgentemente essa ideia. Primeiro examine a obra suficientemente para que possa demonstrar o que dela diz.
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    ARNALDO: Por outro lado, jamais devemos desprezar – até mesmo por uma questão de justiça -, documentos que faz parte das investigações e que elucidam através dos fatos as questões aqui em discussão como, continuidade da vida após a morte, mediunidade, interferência do mundo espiritual no mundo material, e que fazem parte da História do Espiritismo.
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    COMENTÁRIO: ninguém está desprezando coisa alguma, estamos até prestando um serviço aos mediunistas: notificando-os de que, ao contrário do que pensam, não dispõem de boas evidências do que garantem ser realidade. Estamos os orientando que tudo o que têm são pseudoevidências (provas subjetivas) que só satisfazem aos que já crêem na coisa, os quais desnecessitam de provas… Estamos os conclamando a produzirem demonstrações firmes, consistentes, verificáveis, replicáveis, de modo que todos possamos concordar com eles, ou seja, que os mortos voltam ao meio dos vivos e com eles comunicam… ou não…

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    ARNALDO: O texto do livro apresentado por Montalvão sobre Mirabelli mostra-nos que Imbassahy tinha ouvido dizer que o mesmo era tido às vezes como um exímio escamoteador, outras por fraudador reles. Por outro lado, pessoas de grande responsabilidade garantiam a autenticidade dos fatos extra-normais produzidos pelo médium.
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    Vemos de princípio que não podia ser tirada nenhuma conclusão, de uma vez que uns o acham um escamoteador e fraudador reles, ao passo que outros garantem a autenticidade dos fenômenos produzidos pelo mesmo.
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    […]
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    Portanto, para que a análise – e não uma investigação – fosse honesta, e ser tiradas conclusões honestas, forçosamente teria que ser feita pelo menos uma reunião, para que se formasse uma idéia do que realmente estava acontecendo com o médium.
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    Pelo que já conheço, se este quadro fosse apresentado ao Montalvão, levado pelo preconceito contra o Espiritismo e os médiuns, com certeza não queria nem mais saber desse médium, pois por OUVIR DIZER que ele era um escamoteador, embora dissessem também que ele produzia fenômenos reais, Montalvão, sem fazer nenhuma experiência já optaria pela cunha de fraudador, e não faria nenhuma reunião para ter a certeza de qual lado estava a verdade. Eu por exemplo, ainda não vi nenhum caso apresentado pelos cientistas resultando em comprovações através dos fatos, que o Montalvão fizesse uma análise que se pudesse dizer séria, ele sempre usa de explicações mirabolantes, fantasiosas, deve ter aprendido com Silva Mello.
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    COMENTÁRIO: está enganado. O máximo a que o Montalvão se permitira seria inferir preliminarmente que estava diante de um enganador consciente, ou seja, um verdadeiro vigarista, em vez de um iludido, mas o Montalvão não se escusaria de examinar o espetáculo, embora, provavelmente, não seguisse a linha de raciocínio de Imbassahy, visto que claramente errônea.
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    O caso é que Imbassahy, normalmente tão bem informado, não demonstrava conhecer a investigação feita por um jornal de São Paulo, que confrontou Mirabelli objetivamente (ôpa, olha o valor das verificações objetivas aí demonstrado). Este publicativo, cercou o médium sob todas as formas até que ele teve de ceder e dar seu xou diante dos jornalistas preparados para enfrentar malandragens. O caso foi aqui publicado, no Obras, sob o título “as fraudes do médium Mirabelli”. Recomendo que leia os artigos para melhor se informar. Essa investigação de que falo ocorreu em 1916. O encontro de Imbassahy com Mirabelli aconteceu vários anos depois. Quer dizer, mesmo desmascarado, o safadão continuava a lograr até mesmo intelectuais espíritas…
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    Por outro lado, se classifica as explicações e argumentos do Montalvão de “mirabolantes” tem todo esse direito, mas por favor, seja correto consigo mesmo e nos dê as provas da mediunidade que diz possuir mas, até aqui, as guarda egoisticamente como um tesouro pessoal, só seu, e incompartível com quem quer que seja. Abrevie essa discussão, que arrisca se tornar infinda, obsequiando-nos com as demonstrações concretas da comunicação de mortos com vivos.
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    O decorrer de sua avaliação do episódio Mirabelli-Imbassahy vê-se as costumeiras validações ingênuas, quando a aldrabice do médium perante o pensador espírita já ficara consignada desde que “Lombroso” possuira o médium. Se não quer ver isso nada mais nos resta a não ser lamentar…
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    Saudações lamentativas…

  185. Arnaldo Paiva Diz:

    Boa noite Montalvão
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    Você me diz:
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    Arnaldo Paiva,
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    “Saúdo-ô” com a santa paz…
    Percebo que está se saindo um Arduin dinamizado à 3ª centúria homeopática, ou matematicamente potencializado à 4ª ou quinta. Digo isso porque tá devendo um monte de respostas ao monte de questões que lhe ofertei e resolve voltar como se nada pendente ficara e, pior, repetindo os mesmos velhos, batidos e contestados argumentos, de que cientistas matusalênicos provaram coisas que hoje seus sucessores não conseguem demonstrar.
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    Prezado Montalvão, gostaria se possível que me enviasse novamente ESTE MONTE DE QUESTÕES que me ofertastes, pois devido o meu tempo tão curto atualmente, e os tópicos do blog terem mudado de assunto tão rapidamente, eu me perdi nos assuntos, pois vi que estes são abandonados quando da entrada de outro tópico.
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    Me desculpe não foi por não valorizar o que dizes.
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    Saudações esquecidas.

  186. MONTALVÃO Diz:

    ARNALDO: Prezado Montalvão, gostaria se possível que me enviasse novamente ESTE MONTE DE QUESTÕES que me ofertastes, pois devido o meu tempo tão curto atualmente, e os tópicos do blog terem mudado de assunto tão rapidamente, eu me perdi nos assuntos, pois vi que estes são abandonados quando da entrada de outro tópico.
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    COMENTÁRIO: não são abandonados, há discussões transitando às vezes entre três tópicos. Uma vez alguém postou um retruque a texto meu meses após mais ninguém ali postar. Neste caso foi o Vitor quem viu e me avisou. O que precisa fazer é, vez em quando, visitar os quadros anteriores e ver se tem novidade, principalmente se lá deixou algum comentário.
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    Mas, vou fazer esse levantamento e procurarei aqui postá-los. O problema é que isso acarretará trazer temas de outros tópicos para cá. Tenho dúvidas se funcionará…

  187. MONTALVÃO Diz:

    Arnaldo,

    Em atendimento ao seu apelo, reporto o que ficou pendente das últimas conversas. Deve ter mais, se tiver tempo procurarei com vagar. Por enquanto, vá se divertindo com o que segue.
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    ARNALDO: Para quem quer começar uma investigação neste campo dos fenômenos, eu aconselho a começar seja com uma mesa, seja com um copo, nada proíbe que assim se inicie, principalmente os que ficam apenas blefando. Os que dizem que as mesas não giram mais, é uma verdade para quem não precisa mais de provas de que os Espíritos se manifestam entre os homens.
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    COMENTÁRIO: Dileto Arnaldo, você parece aquele sujeito que se comprazia em ensinar o caminho errado a quem lhe perguntava. Embora eu não tenha achado publicativo espírita atestando que as mesas morreram, a ideia que os comentários sobre o fenômeno passam é esta: mesa girante never more. Conhece algum centro espírita que se articule com os mortos dessa maneira atualmente? No seu centro fazem-se contatos por meio de mesas?
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    De mais a mais para que haja comunicação (aqui pensando-se espiriticamente) são necessários médiuns. O combinado é que você os forneceria ou indicaria nomes. De que adianta testadores céticos se reunirem junto a uma mesa e depois informarem que nada obtiveram? O que pretendemos, se ainda não entendeu, é verificar se há espíritos comunicantes no ambiente, isso só se consegue nos entornos onde dizem que os desencarnados atuam.
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    Você mesmo poderia nos ajudar, realizando testagens com seus médiuns. Obviamente, gravando e filmando o experimento: depois nos disponibilizaria para que o examinássemos e combinássemos replicações. Mas você quica mais que bola de ping-pong quando ouve tal sugestão… tem a faca e o bolo ao alcance mas não quer cortá-lo…
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    ARNALDO: Montalvão sempre tirando suas conclusões próprias, baseadas exclusivamente em julgamentos pessoais e apressados, julga as pessoas como se elas fossem sempre pessoas desonestas, irresponsável, que ficam falando de coisas que não existem, enganando os outros, esquecendo que sem realizar nenhuma experiência, sem apresentar nenhuma prova que fundamente a sua neurótica negação sistemática, está se comportamento igual ou pior dos que AQUELES QUE ELE ACUSA DE MENTIROSOS. Você não percebeu ainda meu amigo, mas os seus pseudo argumentos está colocando você numa situação de um fanático, tão fanático quanto qualquer outro religioso.
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    COMENTÁRIO: não sei se posso concordar com suas belas palavras, mas vejo que está lendo meus comentários com olhos de tamanha miopia que nem óculos conseguiriam consertar. Para nos sintonizarmos melhor, por favor responda:
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    1. a quem acuso de mentiroso, desonesto ou irresponsável (dê exemplo com texto meu falando tal coisa)?
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    2. desde quando minha suposição, acima exposta, significa julgamento?
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    Estou pressupondo que a reação espírita será a que expressei, mas posso estar equivocado. Isso só saberemos realizando os testes, aos quais nenhum espírita que conheço topa se submeter. Agora vem sua singular chefia dizer que temos de realizar as verificações por nós mesmos e que não envolvam sua santa pessoa na encrenca. Ora, se sua santa pessoa não quer ser envolvida, então não nos traga certezas infundadas esperando que as aceitemos sem questionamentos. [obs. mais adiante mudará de ideia e aceitará os testes…]
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    ARNALDO: Já se tornou deveras ridículo estes argumentos de Montalvão de tão repetitivos. Se você estar mesmo interessado em fazer experiência dessa natureza, e está com dificuldade de realizá-las com a mesa, pegue um copo, escreva as letras do alfabeto em algum papel ou cartolina, junte seus amigos principalmente os de obras psicografadas, a Larissa por exemplo, com todos os seus amigos cientistas, que gostaria tanto de saber se existem espíritos ou não, e faça suas verificações, eu tenho minhas dúvidas que você tenha – neste caso -, a honestidade suficiente para se algum Espírito lhe trazer alguma comunicação por este meio, você admitir. Você vai inventar qualquer idéia mirabolante para justificar a sua neurótica negação sistemática.
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    COMENTÁRIO: meu filho, não sou médium e, pelo que sei, nenhum frequentador não-espírita desse sítio o é. Então não adianta sugerir-nos que façamos testagens se nada irá ocorrer. Mesmo porque nossos testes (creio que Gorducho, Larissa, Toffo, Marciano, e outros, concordarão) propõe não haver contato algum com a mesa, ficaremos próximos a ela, juntamente com médium reconhecido, e aguardaremos a mexida (tudo filmadinho e gravadinho).
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    Agora vem dizer que tenho de pegar um copo… desde quando copos chamam espíritos?
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    Noutra configuração, já que no meio espírita se alega que a presença de descrentes inibe a atuação dos espíritos, ficaremos a distância, filmando e fotogrando, enquando os médiuns se postam próximos à mesa (próximos, mas sem tocá-la). E vamos ver no que vai dar.
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    Minha proposta complementar é de aproveitar a presença dos espíritos e de seus médiuns e submetê-los a testagens objetivas, tipo ler livro aberto fora das vistas dos presentes.
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    Só falta sua aquiescência ao projeto…
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    ARNALDO: MAS COMO VOCÊ NÃO TEM INTERESSE EM FAZER NENHUMA EXPERIÊNCIA, certamente não vai acontecer porque você precisa de um álibi para sempre poder sustentar que não faz nenhuma experiência porque os mediunistas não lhe apresentam nenhum médium, então resolveu participar DO BLEFE da Larissa,
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    COMENTÁRIO: não apenas tenho interesse como já submeti médium à verificação, inclusive tenho a experiência gravada para quem quiser examiná-la. Será que devo informar que o fracasso foi total ou devo esperar que você mesmo (caso queira conferir) chegue a igual conclusão?
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    Belo Arnaldo, não tente sair de briga em que está apanhando sob a alegação de que já bateu o suficiente. Está diante de si o desafio de comprovar a comunicação por meio de verificações firmes. É aceitar ou fugir. Se fugir, pelo menos fuja bonitinho e reconheça que não quer correr o risco de confirmar que espíritos não comunicam.
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    ARNALDO: Apesar de tudo, cumpro com a minha palavra, junte-se a Larissa e que ela possa apresentar o pessoal que ela diz ter e que formarão os componentes da investigação, e É SÓ MARCAR O DIA E O LUGAR ONDE NOS ENCONTRAREMOS AQUI EM BRASÍLIA, PARA INICIARMOS.
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    COMENTÁRIO: ôpa! Essa foi de surpreender! Tenho enorme dificuldade em sair de casa, visto estar sob meus exclusivos cuidados oito crianças caninas. Mesmo assim, topo a parada, mas preciso de garantias de que o teste se efetivará, ou seja que você trará médiuns para o verificação (preferencialmente mais de um), e que aceitará testagens objetivas. De antemão informo que nada machucante será aplicado aos participantes, apenas verificações simples, do tipo que aqui foram sugeridas. Só que os médiuns ficarão sabendo o tipo de prova na hora do teste. Mas pode avisar a eles que serão tarefas bem objetivas e de fácil realização.
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    Em suma, temos de ir na certeza de que as verificações acontecerão. Nada de desculpas, quais a de que choveu, que o médium ficou com dor de barriga (por isso deve selecionar vários), ou coisa parecida. Visto não termos subsídio de nenhum mecenas, as despesas serão por nossa conta, portanto o desembolso deverá valer a pena. Calculo ter que despender uns oitocentos contos nessa brincadeira, e se for para não dar em nada, já viu, né?
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    Sendo nessas condições, topo, só preciso saber da disponibilidade dos demais interessados.
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    Por fim, acrescento que pretendo realizar testagem conclusiva, que possa ser divulgada como artigo, com ilustrações e tudo o que for de direito. Seja qual resultado for: para sim ou para não.
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    ARNALDO: Quanto ao caso Schermann, volto a repetir o meu comentário sobre os investigadores que investigaram o Schermann, ele FOI INVESTIGADO POR NADA MAIS, NADA MENOS DO QUE 08 CIENTISTA, E DELES ATÉ POR 10 ANOS. Foram eles eles: Wilhelm Stekel, Hugo Weiss, Oscar Fischer, professor de Neurologia e Psiquiatria na Universidade alemã de Praga; Charles Richet faz observações sobre o mesmo; Oscar Krauss, professor na Universidade de Praga, julga que, no caso de Schermann, há convergência de “faculdades grafológicas, fisionômicas, telepáticas e hiperestéticas”; O professor Moritz Benedikt, da Universidade de Viena; O célebre grafólogo J. Crépieux Jamin, que tem sido um dos maiores investigadores nessa especialidade faz também suas observações sobre o mesmo, inclusive demonstrando exemplos; UM GRUPO DE MÉDICOS de Nova-York;
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    COMENTÁRIO: você quis escrever mesmo “08” (08 cientistas) ou era oitenta e se equivocou? Se for oito, basta: 8, zero à esquerda não tem sentido, embora muita gente ache que deva usá-lo…
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    Não sei de onde tirou que alguém investigou Schermann por dez anos (ininterruptos?). O texto não diz isso: se não dispõe de outra fonte, então equivocou-se na leitura. Deve estar se referindo a Oscar Fisher que, conforme depôs Richet, “esperou dez anos” antes de publicar sua pesquisa. Esperar dez anos não é o mesmo que investigar durante esse tempo… Mas, podiam ter pesquisado por cem anos: se não acharam meios condizentes de dizer o que Scherman era, então as pesquisas são falhadas. Não deslembre que os sábios que cita viveram em época na qual a efervescência acreditativa em poderes supimpas estava no seu apogeu. A maior parte das “certezas” vigentes naquela época ou recuaram para meras suposições (caso da telepatia) ou desaparecem (caso das levitações). Observe você mesmo o mestre que cita, Oscar Krauss, que viu em Scherman “convergência de faculdades GRAFOLÓGICAS, FISIONÔMICAS, TELEPÁTICAS E HIPERESTÉTICAS”. Ora, o próprio Schermann desdenhava da grafologia, e hoje essa arte não é reconhecida pela psicologia; a fisiognomia está restrita a propostas místico-esotéricas; a telepatia, se existir, é força débil, incerta e se manifesta fora do controle de quem a ostenta; a hiperestesia é o aguçamento de um ou mais sentidos e talvez seja o único item que possa ser aceitável em relação a Schermann. Você parece valorizar muito pessoas que se dedicaram por décadas a estudos exóticos, e acreditar que pelo tempo devem saber muito: não costumar ostentar uma figura que “estudou” a mediunidade por trinta anos? Mas, quando se examina o discurso desses supostos sabedores do assunto a frustração é total. Então, é muito mais simples (mais econômico) postular que Schermann possuia um talento incomum, o qual desenvolveu com a prática, permitindo-lhe realizar feitos admiráveis, porém adstritos à capacidade humana. Nada, pois, de espíritos combustitivando o sensitivo ou de paranormalidade em ação…
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    Além disso, por que reclama com tanta raiva da conclusão de Silva Mello? Os outros investigadores concluiram o quê? Foram unânimes em prolatar opinião única, devidamente embasada, e que derrubasse a do médico brasileiro? Richet acreditava que, com Schermann podia dar por provada a criptestesia; Krauss viu nele um mestre da grafologia, fisigonomia, além de ser telepata e hiperestésico; Benedikt concluiu que o cérebro de Schermann possuia “antenas”. Então, meu caro, com qual opinamento ficará, para desacreditar Silva Mello? Escolha o que mais lhe apetecer e mostre as razões de considerá-lo superior às demais suposições.
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    ARNALDO: No entanto, SÓ VALEU PARA O MONTALVÃO, a opinião (sem experimentação) de uma única pessoa que “POR ACASO, NUM GOLPE DE SORTE” descobriu uma explicação natural QUE DESMONTOU todos os pesquisadores, inclusive pesquisa de 10 anos. Pergunto mais uma vez: A QUE PODEMOS CHAMAR ESSE COMPORTAMENTO?
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    COMENTÁRIO: já lhe expliquei que o “golpe de sorte” não foi a descoberta, sim a oportunidade que Silva Mello obteve de entrevistar Schermann. E, mais uma vez, chamo sua atenção para o fato de que Mello disponibilizou o material da pesquisa que realizou. Se quer contestá-la faça-o avaliando o experimento, em vez de descartá-lo unicamente porque Mello pôde achar conclusão aceitável e explicativa sobre os poderes do sujeito, coisa que outros em mais tempo de estudo não conseguiram. Além disso, Mello acompanhava e avaliava as notícias dos feitos de Schermann: a entrevista foi o coroamento desse trabalho.
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    E não houve opinião sem experimentação, o experimento foi realizado e divulgado.
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    ARNALDO: Faço uma pergunta diferente ao Montalvão: Quais foram as análises científicas, quantas foram, e quanto tempo levou as experiências científicas feitas pelo Silva Melo sobre o fenômeno Schermann? Vejamos se podemos ter isso como análise científica, vou até numerá-las:
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    COMENTÁRIO: E os demais cientistas, que conclusão (ou conclusões) obtiveram? Já que os com tanta ênfase, noticie a que fecho chegaram?
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    ARNALDO: Já se tornou deveras ridículo estes argumentos de Montalvão de tão repetitivos.
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    COMENTÁRIO: repetir argumentos (que, em verdade não são argumentos, trata-se de um reclamo aos mediunistas, acompanhado de minha suposição) torna-o ridículo? Explique melhor como isso acontece.
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    Sua manifestação soa como forma de escapar a responder: se classifica a ponderação da parte contrária de ridícula passa a ideia de que não se deve perder tempo com ela. Mas, o que tem de ridículo pedir à espiritualidade demonstrações claras de que está presente e comunicante? O que tem de ridículo supor que os mediunistas recusarão, como têm recusado, conceder essas demonstrações?
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    Aliás, até agora não reapresentou as experiências probantes, que diz ter aqui postado e que ninguém contestou. Se se mantiver em silêncio quanto a isso demonstrará que é acusador gratuito.
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    ARNALDO: Se você estar mesmo interessado em fazer experiência dessa natureza, e está com dificuldade de realizá-las com a mesa, PEGUE UM COPO, ESCREVA AS LETRAS DO ALFABETO EM ALGUM PAPEL OU CARTOLINA, JUNTE SEUS AMIGOS PRINCIPALMENTE OS DE OBRAS PSICOGRAFADAS, A LARISSA POR EXEMPLO, COM TODOS OS SEUS AMIGOS CIENTISTAS, QUE GOSTARIA TANTO DE SABER SE EXISTEM ESPÍRITOS OU NÃO, E FAÇA SUAS VERIFICAÇÕES, eu tenho minhas dúvidas que você tenha – neste caso -, a honestidade suficiente para se algum Espírito lhe trazer alguma comunicação por este meio, você admitir. Você vai inventar qualquer idéia mirabolante para justificar a sua neurótica negação sistemática.
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    COMENTÁRIO: atinente à nominada “brincadeira do copo” que ora sugere, esta não é mais que uma brincadeira, capaz de abalar pessoas sugestionáveis. Você, nobre Arnaldo, insiste em demonstrar que espíritos atuam entre os vivos com provas frágeis, facilmente explicáveis pela psicologia. Veja, ilustrativamente, pequenos textos a respeito do copo, um espírita, outros não. [Faço apreciações entre colchetes].
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    1) Nessas sessões com o copo estão presentes ESPÍRITOS DESPREPARADOS e, às vezes, com um pouco de maldade, o que pode tornar a “brincadeira” perigosa. O COPO REALMENTE SE MEXE POR EXISTIR UM OU MAIS MÉDIUNS NESSAS SESSÕES, mesmo que sejam crianças. “De repente, numa dessas brincadeiras, as crianças resolvem parar e o espírito não quer. E nesse momento que podem começar a acontecer alguns problemas. Eu sei de um caso em que um grupo de adolescentes estava brincando com o copo e ele não parava. Os jovens começaram a se apavorar e, depois, esse copo foi arremessado contra a janela e quebrou do lado de fora da casa.
    http://www.ippb.org.br/modules.php?op=modload&name=News&file=article&sid=3690
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    [COMENTÁRIO: aqui a explicação é mediúnica: são espíritos que agem… embora os autores não tenham nenhuma prova concreta da ação de mortos na natureza, afirmam, com toda a tranquilidade deste mundo, que “espíritos despreparados” atuam quando alguém resolver fazer perguntas a um copo! Santa ingenuidade…]
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    2) “Qual a explicação para a conhecida experiência do “copo que anda”? Geralmente esta experiência é feita com as pessoas colocando um dedo sobre o copo. Este “anda”, levado por movimentos inconscientes dos dedos dos participantes. Se as mãos forem recolhidas, o copo pára de se movimentar. A menos que um dos participantes seja um sensitivo com a faculdade de telecinesia. Neste caso, o copo “andará” mesmo sem nenhum contato.
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    “Mas, e quanto às respostas que o copo dá? Tais respostas são as mesmas que o sensitivo ou os participantes desejam ou esperam receber, conscientemente ou não. O que pode também ocorrer – e isto torna a experiência ainda mais impressionante – é que as pessoas que movimentam o copo através do contato ou da Telecinesia, tenham também a faculdade de Clarividência, Precognição ou Telepatia. Aí então, o copo apresentará “respostas” consideradas fantásticas. Nesse caso, o copo teria funcionado para os sensitivos, da mesma forma que o baralho da cartomante ou a bola de cristal do vidente.”(Por Jorge K. Pereira) http://www.akrito.com.br/caos/roleprn.htm
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    [COMENTÁRIO: neste a explicação, quase tão ingênua quanto a anterior, foca “poderes” paranormais, como se fossem capacidades já definidas e estabelecidas.]
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    3) “BRINCADEIRA DO COPO
    Denomina-se assim a Pragmática* de obter respostas do inconsciente por um copo ou algo semelhante, que marca letras. Principalmente no Brasil, esta ‘Brincadeira do Copo’ é muito difundida pelo Espiritismo* com grande erro de interpretação. Na realidade se explica pela elementar Paracinesia* do tipo Oui-ja*, onde em vez da Prancheta* utiliza-se um copo ou taça que se coloca de boca para baixo sobre uma superfície lisa.
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    É necessário lembrar que de brincadeira não tem nada [de inocente] e que pode levar e já levou muita gente a grandes desequilíbrios: Ver Função Menos. Para provar que se trata de Automatismo* (Ver Movimentos I.I.I. ) e que nada tem a ver com Espíritos*, Demônios*, etc, basta colocar o copo sobre um cobertor para que o copo tenha alguma dificuldade em escorregar, e pôr óleo sobre o fundo do copo: os dedos escorregam mas o copo não se mexe (exceção feita de algum caso raro de Telecinesia*, neste caso a comprovação fácil de que não são os Espíritos* etc, são os Desafios*, concretamente o dos Cinqüenta* Metros).” (CLAP – Dicionário de Parapsicologia)
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    [COMENTÁRIO: no trecho acima é Quevedo quem se pronuncia: embora a explicação tenha ficado mais coerente, peca por incluir elementos de discutível realidade, qual a telecinesia]
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    4) “Quem já fez a brincadeira do copo não pode negar: o copo realmente se move e faz isso aparentemente sem ajuda de ninguém. O efeito é desconcertante e capaz de convencer mesmo os mais relutantes em abraçar a explicação sobrenatural.
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    Mas se é realmente um espírito que conduz o copo, então não faria mal nenhum vendar os participantes da brincadeira, não é? Pois blogs, fóruns de sites espíritas e céticos trazem dezenas de relatos de quem tentou fazer a brincadeira de olhos vendados. Há até relatos de médiuns que fizeram isso na frente das câmeras. Para todos o resultado foi o mesmo: o copo continuou se movendo mas as palavras formadas foram apenas sequências desordenadas de letras. Diante da experiência não há outra conclusão possível: espíritos, se existem, não ficam zanzando por aí movendo copos e pregando trotes em adolescentes. Deve haver outra explicação para o copo que anda.
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    Se isso não for suficiente para convencê-lo de que não há nenhum espírito envolvido no movimento do copo, tente uma abordagem adicional: faça ao copo uma pergunta que nenhum dos participantes da brincadeira possa conhecer a resposta – como um nome secreto escrito em um papel deixado em outra parte da sala a salvo dos olhares curiosos. Você também pode apoiar sobre o fundo do copo uma pilha daqueles apoios para copos (coasters; na falta deles use CDs) e pedir aos participantes que apoiem seus dedos sobre eles. Depois fique de olho: se o movimento partir do copo (empurrado pelo espírito) a pilha de apoios fará uma escadinha com o copo um pouco à frente dos seus dedos; se o movimento partir dos dedos dos participantes a escadinha será na direção oposta, com os dedos um pouco à frente do copo (dependendo do atrito entre os apoios e o copo é bem provável que os apoios deslizem e o copo nem saia do lugar, o que prova o ponto assim mesmo). Foi com um método parecido, mas mais elaborado, que o físico Faraday provou, no século XIX, que as “mesas girantes”, aquelas que tremiam e pulavam animadas pelos espíritos, na verdade eram empurradas pelas pessoas que se sentavam ao redor delas.
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    Mas mesmo que não seja um espírito o responsável pelo movimento do copo, como ele se move se os participantes juram que não o estão empurrando? Há sempre um trapaceiro em cada brincadeira? Felizmente, não. A resposta é que os participantes da brincadeira empurram sim o copo, mas o fazem inconscientemente, através de pequenas e involuntárias contrações musculares. Este efeito é bem conhecido pelos médicos e chama-se efeito ideomotor.
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    O efeito ideomotor é mais comum do que se pensa e você provavelmente já foi vítima dele. Como quando assistia a uma partida de futebol e, sem mais nem menos, chutou a poltrona no momento em que o atacante hesitou com a bola diante do gol. Ou todas as vezes que seus pés procuraram instintivamente o pedal do freio a cada manobra arriscada do seu amigo na direção. Médicos e psicólogos vêem o efeito ideomotor como um tipo de imitação involuntária; o observador age conforme o que vê ou o que gostaria de ver.”
    http://www.pesquisapsi.com/linhacetica/article/258/clap-demonstra-ignorancia-sobre-brincaceira-do-copo
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    [COMENTÁRIO: pronto, o “mistério está solucionado: basta aplicar pequenos e simples controles que o psiquismo dos participantes desponta com a melhor e mais coerente explicação.]
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    Portanto, Arnaldo, se você costuma brincar com o copo saiba que está apenas pondo suas vontades subconscientes em ação e creditando o fato à imaginada espiritualidade.
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    ARNALDO: Apesar de tudo, cumpro com a minha palavra, junte-se a Larissa e que ela possa apresentar o pessoal que ela diz ter e que formarão os componentes da investigação, e É SÓ MARCAR O DIA E O LUGAR ONDE NOS ENCONTRAREMOS AQUI EM BRASÍLIA, PARA INICIARMOS.
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    COMENTÁRIO: tenha em mente que você está a cavaleiro, pois nos desafia a ir em sua “casa” e em nada facilita o trabalho investigativo. Deveria, pelo menos, informar o que oferecerá aos visitantes, além de um cafezinho. Por exemplo, quantos médiuns trará para que os experimentemos? Eles aceitam ser testados sem restrições, ou só admitem psicografar? E outros informes.
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    Ir a Brasília ser-me-á grandíssimo sacrifício. Não só pela dificuldade de abandonar meu doce lar, mas porque tenho trauma dessa cidade. Primeiro que acho que Brasília não deveria ter existido. Foi o sonho megalomaníaco de Juscelino, que destruiu milhões de árvores, jogou o Brasil numa dívida imensa e fez fortuna de muitos espertalhões. […].
    Estou lhe contando isso porque se o encontro acontecer almejo que seja tudo programadinho, de modo minha permanência nessa urbe se restrinja ao essencial.
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    ARNALDO: Faço uma pergunta diferente ao Montalvão: Quais foram as análises científicas, quantas foram, e quanto tempo levou as experiências científicas feitas pelo Silva Melo sobre o fenômeno Schermann? Vejamos se podemos ter isso como análise científica, vou até numerá-las:
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    COMENTÁRIO: Posso lhe devolver a pergunta: e quais foram as conclusões a que os sábios que cita chegaram? Você repudia as conclusões de Silva Mello (sem tê-las analisado condizentemente) mas não informa com qual das outras opiniões disponíveis ficará, tampouco informa porque a opinião escolhida lhe parece a melhor.
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    Observe que Schermann dizia atuar tanto a partir da escrita para chegar à personalidade que a redigiu, quanto partir da pessoa e adivinhar seu traço. Pelo que sei, nenhum de seus investigadores (que tiveram bastante tempo na tarefa) comprovou experimentalmente essa alegação.
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    1- ” Desde o primeiro momento, torna-se evidente que Schermann deveria (deveria) possuir uma memória visual maravilhosa”.
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    COMENTÁRIO: isso se deduz pela avaliação do desempenho do sujeito. Veja a ilustração com a assinatura de Lise, que é muito sugestiva.
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    ARNALDO: Digo que isso não é uma análise, é apenas uma opinião, simplesmente uma opinião que não tem nenhuma conotação científica, só tem valor como UMA OPINIÃO baseada na imaginação, ou seja, Silva Melo imaginou que Schermann tinha uma MEMÓRIA VISUAL MARAVILHOSA, mas para o Montalvão é o bastante para desmentir 8 cientistas.
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    COMENTÁRIO: a conclusão de Silva Mello não foi para “desmentir” outros pesquisadores, sim o resultado das avaliações que fez. De modo semelhante, pode-se, pela análise do trabalho que produziu, concluir que Chico Xavier era dotado de capacidade memorativa acima da média. Os sábios que examinaram Schermann não mentiam, apenas buscavam explicações complexas onde a respostas estava no simples.
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    SILVA MELLO- ” basta ter o indivíduo suficiente interesse por uma atividade qualquer (UMA ATIVIDADE QUALQUER), para logo conseguir realizá-la com facilidade, não raro até com virtuosidade”.
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    ARNALDO: Pergunto: É VERDADE ISSO? Quanta leviandade nesta observação… Como Montalvão gosta de idéias mirabolantes.
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    COMENTÁRIO: já lhe respondi a este quesito e aqui nem faz menção ao que prolatei, ou está passando batido por minhas considerações ou não as considera digna de citação. De um modo ou de outro está agindo como mal conversador. O que há de tão repudiável na asseveração de Mello? É claro que quem se interessa muito por uma atividade tende executá-la com mais eficácia, no entanto, de minha parte acrescento: desde que possua habilidade natural para o mister. Ou seja, não basta gostar, tem que ter talento.
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    ARNALDO: Atenção brasileiros, você que não pode pagar uma universidade, e que gostaria de ser médico cirurgião, advogado, psicólogo ou psiquiatra e que traz essas tendências, se você tem vontade firme, siga o que diz Silva Melo, use a sua INTUIÇÃO E O SUBCONSCIENTE e você com certeza logo chegará à prática dessas habilidades tão desejadas. Quem garante isso? é o Dr. Silva Melo. Veja o que ele diz:
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    – “Isso acontece principalmente quando se trata de interesse intuitivo, subconsciente, de acordo com as tendências mais íntimas, as verdadeiras aspirações do indivíduo”.
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    COMENTÁRIO: nada a ver sua reflexão com o que Silva Mello expôs. Em verdade, sua barafúndica pessoa está fazendo a maior confusão onde tal não deveria haver. Pessoas que se identificam com certa atividade e a ela se dedicam geralmente são mais intuitivas nessas realizações que outros menos talentosos ou menos empenhados. Alguns escolhem certa atividade mais por necessidade que por vocação, estes serão medíocres nas realizações que levarem a termo; outros são verdadeiramente apaixonados pelo que fazem e produzem mais e melhor. Aqui não há qualquer mistério, nem carece ser psicólogo para entender que é assim. Se você acha que as coisas funcionam de outro modo, então explique com suas belas palavras, por favor.
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    SILVA MELLO – “Não é por outra razão que pessoas medíocres, inferiores, insignificantes, se tornam capazes de desenvolver, em determinados campos de atividade, ações superiores, por vezes excepcionais”.
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    ARNALDO: Não importa que você seja um medíocre, seja um inferior, um insignificante, ou seja, um zero à esquerda, e não vá se sentir mais medíocre, mais inferior ou mais insignificante com essa discriminação do Dr. Silva Melo, e se você quiser saber por quê ele pensa assim, veja o currículo do mesmo, por isso que orgulhosamente ele considera os que não são seus iguais nos títulos adquiridos, – aposto que não foi através da intuição e do subconsciente -, com esses adjetivos, mas vá em frente, faça uso da intuição e do subconsciente que você conseguirá. Parafraseando Montalvão, eu diria:
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    “Se tais acreditamentos possuíssem o tutano que o Silva Melo IMAGINA (SIM, IMAGINA, pois não foi feita nenhuma pesquisa científica), é certo que na atualidade estariam consolidados todos os desejos dos brasileiros. No entanto, o que se vê, é uma realidade totalmente contrária ao que diz Silva Melo.
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    COMENTÁRIO: Arnaldo, será que estamos falando do mesmo Silva Mello? De onde tirou que o médico pensava como você pensa que ele pensava? Mello não defende qualquer teoria de um subconsciente mágico e de intuição mística. O que ele diz creio que qualquer escola de psicologia admitiria. Silva Mello era adepto da teoria freudiana (e este é, a meu ver, um ponto fraco para ele), mas no trecho que cita não há indicação de que o autor esteja se pronunciando freudianamente. Desconfio que sua revolta contra o discurso do médico se prenda ao fato de que, dentro de sua cabecinha de melão, talentos atípicos, qual o de Schermann, “só” poderiam ser explicados pela reencarnação. Visto que Mello sequer faz referência a esta imaginosa hipótese acredito estar aí o motivo do repúdio que manifesta.
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    ARNALDO: Eu gostaria de pedir ao Montalvão, para um melhor entendimento meu, que me explicasse melhor sobre as tendências, por que existem as tendências? onde elas se originam? o mesmo sobre intuição e subconsciente, o que é intuição e como ela funciona, onde ela se origina, bem como o subconsciente, o que é o subconsciente, qual a finalidade do subconsciente, que informações estão no subconsciente, de modo que serve de base – segundo Silva Melo – para o indivíduo seja medíocre, inferior ou insignificante tornar-se um gênio.
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    COMENTÁRIO: minha primeira sugestão, para seu esclarecimento, é que releia Silva Mello e medite no que ele diz. Ao que acrescento minhas considerações.
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    As tendências humanas são resultado das heranças genéticas dos genitores, progenitores e mais recuados. Algumas combinações afortunadas dão a certos indivíduos habilidade muito acima da média. Estes talentos, no entanto, dependem do ambiente em que viverão para que suas capacidades aflorem com toda pujança. Então, em linhas gerais, o que define um talentoso é a conjugação de dois fatores: genética e ambiente. Entretanto, alguns sonhadores querem inserir nesse contexto a hipótese reencarnacionista que, para eles, explica “muito melhor”. Dentro desta conceituação, as habilidades pessoais seriam oriundas de capacidades desenvolvidas noutras vidas que na presente vêm à tona. Há quem ache tal ideia “muito” científica…
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    O subconsciente é o plano de fundo da consciência, é onde os pensamentos se formam e se externam para a mente vígil. Pode ser figurado com a parte oculta do aicebergue mental. Quando dormimos o subconsciente aflora e toma lugar da consciência. Ao que parece o subsconsciente opera apenas de forma indutiva: ao elabora[r] um tema dele extrai ilações as mais variadas, sem se comprometer com a “lógica”, por isso sonhamos sonhos esquisitos. Supõe-se, também, que durante o sono o subconsciente processe as impressões captadas na vigília e rearrume as conexões cerebrais, acrescentando ao arquivo da memória as novas concatenações assim obtidas. Consciente e subconsciente operam em contrabalanço: quando um está aflorado o outro está recessivo, mas não “desligado”. De modo superficial é o que tenho a lhe dizer a respeito.
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    MONTALVÃO diz: “Seu engano, meu dileto opositor, é considerar que conclusões dos investigadores que validaram Schermann sejam irretorquíveis. Aqueles sábios estavam habituados e habilitados a lidar com fenômenos naturais, os quais não usam de subterfúgios nem de safadices para se manifestarem.”
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    ARNALDO: Sim meu dileto opositor, NÃO BASTA APENAS VOCÊ ATACAR OU OUTROS, prove-me que as conclusões do Dr. Silva Melo foram mais eficientes do que os outros que o analisaram, quantas experiências foram realizadas por Silva Melo, quanto tempo ele esteve com o Schermann realizando suas experiências, talvez não tenha chegado nem a um dia sequer, e você quer me convencer de que não é irretorquível a “entrevista que ele fez como o Schermann”. Mostre-me que esta conclusão de Silva Melo também não é irretorquível, mostre-me quais foram os métodos usados pelo Dr. Silva Melo, quais os testes e retestes que ele fez, porque é isso que você exige dos outros cientistas, porque agir diferente quando se trata de Silva Melo?
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    COMENTÁRIO: para que eu possa lhe “provar” que a conclusão de Silva Mello seja melhor que a dos “outros” precisa dizer a qual das conclusões desses aderiu. Na postagem anterior lhe apresentei três opiniões: sem saber qual é a que lhe agrada, sinto dificuldades em me pronunciar.
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    Sobre os testes e retestes também já me manifestei. Cargas d’água, você está mesmo lendo minhas respostas?
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    ARNALDO: A questão meu amigo, é que VOCÊ USA DOIS PESOS E DUAS MEDIDAS, nas suas avaliações.
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    COMENTÁRIO: interessante, não é primeira pessoa que me diz isso, mas quando peço demonstração, com exemplos concretos, dessa usagem de pesos diversos ou não me respondem, ou respondem atravessadamente.
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    MONTALVÃO DIZ: Arnaldio, note que seu irretocável, e bonito pra mais de metro, discurso em nada afeta o que falei. Meu destaque foca homens sábios, deslumbrados ante ESPETÁCULOS que presenciavam fora de suas áreas de saber, os quais, na alucinante maioria dos casos, eram encenações falcatrureiras. Isso é diferente da satisfação com que um homem de ciência exibe ante uma descoberta real, às vezes, inesperada.
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    ARNALDO: Então meu amigo Mataemvão, estou em desvantagem com relação aos seus discursos, pois os seus são para mais de kilômetros, porque se trata de um malabarismos de palavras para MATAR todo e qualquer cientista que seja aqui apresentado e que se empenharam nas investigações do fenômenos estudados pelo Espiritismo, e não somente eles, mas também todo e qualquer médium que foram utilizados por estes cientistas. Parafraseando Galileu Galilei eu diria: no entanto os fenômenos continuam a existir.
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    COMENTÁRIO: sua paráfrase de Galileu nada acrescenta. Os fenômenos existem, mas e quanto às interpretações? Afinal o que você almeja ao defender Schermann de forma tão indefinida? Parece-me que sua intenção é simplesmente condenar o estudo de Silva Mello, sem sequer analisá-lo, e advogar que qualquer outra coisa que foi dita sobre o vidente é aceitável, desde que incorpore hipótese mística ou paranormal. Então, lhe peço que explique, para meu esclarecimento: em sua bela opinião o que foi o fenômeno Schermann?
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    ARNALDO:Por outro lado você precisa dominar o seu subconsciente para que ele não venha lhe trair, pois ao dizer “Meu destaque foca homens sábios, deslumbrados ante ESPETÁCULOS que presenciavam fora de suas áreas de saber, os quais, NA ALUCINANTE MAIORIA DOS CASOS, eram encenações falcatrureiras”, ISSO QUER DIZER QUE EXISTE OS CASOS QUE NÃO ERAM FALCATRUAS, ERA FENÔMENOS DE VERDADE, PORTANTO, VOCÊ ADMITE QUE EXISTEM FENÔMENOS VERDADEIROS. Peça ao Dr. Silva Melo para te orientar como usar o subconsciente de modo que não saia nada de lá sem a sua permissão.
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    COMENTÁRIO: claro que existem casos que não eram falcatruas, nunca neguei. Infelizmente não “eram fenômenos de verdade”, considerando que o “de verdade” para você significa (preferencialmente) mediunidade ou paranormalidade. Alguns realmente acreditam que contatam espíritos ou que sejam dotados de poderes excepcionais. Estes são autoiludidos que não passam nem nos primeiros testes. Por exemplo, nem todo “médium” é simulador consciente, boa parte (talvez mesmo a maioria) acredite que suas escritas automáticas provenham da espiritualidade. Entretanto, mesmo assim acreditando, não se deixam examinar objetivamente, de modo a comprovar a presença de espíritos nas psicografias. Talvez no fundo saibam que os espíritos não se manifestarão em testagens objetivas e prudentemente as evitam.
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    MONTALVÃO: antes mesmo de ler o que dirá em seguida, adianto-lhe: é isso mesmo: em realidade, “não está havendo continuidade dos fenômenos estudados pelo Espiritismo”. E digo mais: não só “não está havendo continuidade” como hoje podemos dar como certo que esse tipo de fenomenologia é melhor explicada ou psicologicamente ou por safadezas conscientes.
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    ARNALDO: Montalvão que tanto repudia os fenômenos que ele chama paranormais, não consegue perceber que é dotado do fenômeno de premonição, pois já sabe de antemão o que eu vou falar, e já traz a sua resposta antecipada. O que não faz uma neurose…
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    COMENTÁRIO: minha resposta não é “antecipada”, ela deriva do exame de dezenas de casos, dados como probantes, que só ostentam provas subjetivas. O que faço é deixar a porta aberta caso surjam evidências aceitáveis da comunicação. Até que tal apareça, mantenho minha conclusão: espíritos não comunicam. Você mesmo que, várias vezes, nesse espaço declarou ter “provas” taxativas da mediunidade, quando delas é cobrado só consegue apresentar casinhos muito anêmicos.
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    ARNALDO: O que eu tenho a dizer a esse respeito – e com todo respeito -, e que o seu preconceito contra o Espiritismo não o deixa perceber, é que se não está havendo continuidade de investigação nos fenômenos Estudados pelo Espiritismo, é porque a ciência materialista não quer sair de seu ciclo de permanência para empreender investigações neste sentido, portanto, o Espiritismo não tem culpa disso, e nem isso vem destruir os investigações que já foram realizadas e nem anular os fatos comprobatórios já realizados da existência da vida após a morte.
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    COMENTÁRIO: não tenho qualquer preconceito contra o espiritismo. Mas uma vez lhe peço (aqui sim usando minha precognição: sei que não responderá) ache textos meus em que eu diga que o espiritismo seja do mal. Se não o fizer, novamente, estará sendo acusador gratuito.
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    Para mim, o espiritismo, como proposta religiosa, é bom. O que discuto são as asseverações espíritas, boa parte das quais não possui fundamento firme.
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    A alegação de que os fenômenos espíritas não são reconhecidos por má-vontade da ciência materialista, benza-nos Deus! Nada a ver! Bastaria que os mediunistas formassem seus cientistas e estes dessem suas provas. Aliás não é isso o que vêm fazendo alguns representantes dessa agremiação? Se não conhece, examine o trabalho do Alexander Moreira, e amigos, e verá bom exemplo de cientistas espíritas se esforçando por provarem a mediunidade: pena que, até aqui, com zero de aproveitamento.
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    ARNALDO: Saia a ciência materialista dessa visão centrada exclusivamente na matéria, e as investigações continuará, e eles irão se deparar com os fenômenos. e os céticos, os materialistas, os preconceituosos, enfim, irão continuar dizendo que os novos cientistas foram enganados por médiuns trapaceiros como vemos todos os dias você e o Toffo dizer isto aqui. Nada convence quem não quer ser convencido, você é daqueles que pode lhe ser mostrado os mais convincentes fenômenos, você não vai aceitar, você vai dizer “que isso é impossível”, e por causa disso, prefere você prefere dizer que o médium trapaceou, que o investigador foi enganado mais uma vez pelo médium, e assim por diante.
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    COMENTÁRIO: está equivocado, furibundo opositor: se vierem boas provas teremos de aceitá-las, gostemos ou não. Acontece que você se ilude com suas infantis ilustrações, considerando-as firmes corroborações. Nem percebe que são provas testemunhais que, neste contexto, são insuficientes para provar qualquer coisa. Se os testemunhos forem confirmados por meio de testagens específicas, aí sim, passam a ter valor. Desse modo, quando nos diz que “fulano de tal” estudou a mediunidade por trinta anos e, por isso, tal estudo deve ser acatado, precisa saber que faltou apenas esse fulano testar concretamente a presença de espíritos, coisa que, lamentavelmente, “esqueceu” de realizar…
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    ARNALDO: Por outro lado meu amigo, você também está sendo enganado pela sua própria ciência materialista quando ela diz que só existe matéria, pois o certo é que ela não empreendeu nenhuma investigação para comprovar que a vida é constituída só de matéria. No dia em que ela se dispor a realizar investigações para ver se existe alguma coisa fora ou além da matéria, vai se deparar com o Espírito.
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    COMENTÁRIO: amigo, não estamos a discutir o materialismo da ciência, sim se espíritos de fato comunicam. Você tenta nos convencer que desencarnados têm suas presenças fartamente demonstradas e essa “verdade” não é aceita porque a ciência só leva a sério o que for material, pô, fala sério. Não é nada disso, a ciência só leva a sério aquilo que dispõe de boas evidências, exatamente o que está faltando na mediunidade…
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    ARNALDO: Portanto, se a ciência atual não quer dar continuidade as investigações sobre os fenômenos apresentado pelos cientista do passado, NÃO É CULPA DO FENÔMENO NEM DO ESPIRITISMO OU DE QUEM QUER QUE SEJA, ele continuará existindo, o preconceito científico dos cientista materialistas é que não os permitem empreender investigações a respeito desses fenômenos.
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    COMENTÁRIO: é culpa, sim, do espiritismo, que não disponibiliza evidências consistentes. Quanto ao “fenômeno” você nem nota que o está afirmando antes mesmo de dispor de demonstrações robustas da interpretação que a ele dá. Faça o seguinte: pegue qualquer “evento” mediúnico (psicografia, materialização, psicofonia, etc.) e relacione dele a melhor prova de que dispõe, e vamos examinar conjuntamente o material. Isso será melhor que ficarmos a trocar afagos de lado a lado.
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    ARNALDO: Tem mais, se um cientista espírita apresenta estudos sobre a veracidade dos fenômenos, os céticos e cientistas materialistas não aceitam porque vem de um espírita.
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    COMENTÁRIO: êpa! De onde extraiu isso, de não se aceitar a prova por preconceito religioso? Não se aceita porque a evidência é frágil, não pelo fato de provir deste ou daquele endereço.
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    ARNALDO: Daí em muitos casos o desinteresse desses cientistas em divulgar as suas investigações.
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    COMENTÁRIO: se há pesquisas probatórias não divulgadas é de lamentar, porém, pelo que vejo os “cientistas espíritas” ficam muito animados em publicar seus estudos, mais uma vez cito o caso do Alexander, que até faz parceria com mediunistas internacionais, a fim de que suas pesquisas extrapolem as fronteiras nacionais. Sua alegação não corresponde à realidade.
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    ARNALDO: Uma prova disso, é o que diz Toffo: “Vitor: (…) “Mas sendo o próprio analista um adepto da sobrevivência da alma, fica difícil de aceitar, porque fatalmente irá se inclinar para aquilo em que acredita. O que seria recomendável no caso é: ou uma junta de peritos, ou uma contraperícia de outro perito reconhecidamente neutro. Aí sim a meu ver haveria valor na análise. Não é preconceito.(…)” “(…) “Que valor tem a opinião de médicos espíritas sobre um médium espírita? “Você sabe que, nesses casos, prudência e caldo de galinha nunca fazem mal”.
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    COMENTÁRIO: primeiro que o comentário de Toffo não serve para ilustrar o que afirmou, da existência de boas pesquisas engavetadas. Segundo temos que examinar o contexto em que a declaração foi proferida. Não acredito que o Toffo esteja dizendo que, mesmo diante de evidências saudáveis, se provir de espírita não merece confiança.
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    ARNALDO: Toffo esquece que o mesmo pode ser aplicado aos céticos e materialistas desse site. Que valor tem a opinião de céticos materialistas sobre os fenômenos espíritas, quando se apóiam exclusivamente em pseudo pesquisas, sem nenhuma experiência que tenha levado a fatos que desminta as provas já levantadas no terreno dos fatos? Como não conseguem apresentar estas provas, caem na negação sistemática. Quando se mostra os fatos comprovando a existência dos fenômenos, saem com as idéias mirabolantes justificando o desinteresse pela verdade, o preconceito etc.
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    COMENTÁRIO: meu jovem, não é assim que fanfarra toca. O que se faz é examinar o material apresentado e sobre ele tecer considerações, tanto de um lado quanto de outro. Se os argumentos céticos que objetam contra a qualidade das “provas” mediúnicas são fracos, cabe a quem assim pensa mostrar-lhes a fragilidade, em vez descartá-los por meio de considerações genéricas.
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    ARNALDO: Por outro lado, as investigações dos cientistas ocorrem como na política brasileira, todo o governo que entra não dá continuidade ao que o anterior deixou o que economizaria tempo e dinheiro, mas não, tem que começar tudo novamente, desvalorizando o que o anterior fez, o mesmo ocorre no campo da investigação dos fenômenos mediúnicos, não aceitam o que já foi comprovado e apresentado pelos cientistas anteriores, sempre querem começar do começo, pois que comecem, investiguem, por que não dão continuidade?
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    COMENTÁRIO: tenho a impressão de que no trecho acima viajou pelo astral… Estamos falando de demonstrações da presença de espíritos no ambiente. Você alega disso ter provas, queremos, pois, conhecê-las. Se a ciência espírita não dá continuidade ao trabalho de pioneiros o erro é dessa “ciência”, cabe a ela consertar-se ou cair no ridículo.
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    ARNALDO: E quando você diz:
    “E digo mais: não só “não está havendo continuidade” como hoje podemos dar como certo que esse tipo de fenomenologia é melhor explicada ou psicologicamente ou por safadezas conscientes”.
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    Existem os que fazem mau uso de suas faculdades e que podem até trapacear, tratando-se isso, de um problema de ordem moral, no entanto, a mediunidade e sua demonstração através da presença dos fenômenos, É UM FATO COMPROVADO CIENTIFICAMENTE e é da alçada da ciência, e as falhas que ocorrem provenientes do lado moral, não destrói o lado verdadeiro da mediunidade, pois existem provas – e não são poucas -, documentadas.
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    COMENTÁRIO: pois bem, mostre essa documentação probativa e quedar-me-ei satisfeito, desde, claro, que sejam provas bem firmadas. Fico no aguardo de que as apresente, conforme lhe venho pedindo há tempos.
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    ARNALDO: Quanto às demais alegações suas, não existem só safadezas não,
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    COMENTÁRIO: e onde foi que falei que “só existem safadezas”?
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    ARNALDO: e os problemas psicológicos ou mentais podem ser explicados pela psicologia e pela psiquiatria, quando lhe são permitidos fazer um diagnóstico, mas elas não conseguem resolver quando não tem diagnóstico, não encontram nenhum dano que explique a causa da doença ou os levem a uma solução. Eu diria que nestes casos, eles ficam atirando pedra àtoa, explicam e dão nomes, só para dar uma satisfação a si mesmos. A comprovação disso, nós as temos todos os dias nas casas espíritas nas reuniões de desobsessão, são pacientes nos quais eles não encontram nada, mas o paciente estava com perturbações, seja no sono ou em estado de vigília. Portanto, o que você diz acima, não passa de uma afirmação leviana, me desculpe a expressão, mas não tem outra, pois você fala sem conhecer o que está dizendo, não apresenta nenhuma prova do que diz, ao passo que nós podemos citar milhares de casos que foram curados após os pacientes terem passado vários anos nos consultórios de psicólogos ou em hospitais psiquiátricos.
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    COMENTÁRIO: sobre “curas mediúnicas” e “curas espirituais” já me pronunciei e não lembro que as tenha respondido…
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    MONTALVÃO: “gente que vê a gente por dentro não teve realidade ratificada por investigações adequadas. Há pessoas dotadas de sensibilidade, e técnica advinda de treinamento, que parecem realmente enxergar as entranhas alheias. Papalvice pura. É procedimento assemelhado ao de radiestesistas, que julgam descobrir coisas num mapa segurando um pêndulo, ou carregando varinhas mágicas em terrenos para achar água e outras preciosidades.”
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    ARNALDO: Mataemvão sempre procurando matar qualquer argumento distorcendo-o. Eu não estou falando de apalpar ninguém, estou falando do fenômeno de clarividência, fenômeno este que permite a pessoa enxergar com os olhos espirituais através de objetos opacos, e A CLARIVIDÊNCIA É UM FENÔMENO QUE FAZ PARTE DOS FENÔMENOS QUE JÁ FORAM COMPROVADOS. Portanto, o sensitivo vê os órgãos internos das pessoas sem apalpação, e pode dizer até qual deles está afetado por alguma anomalia. Trata-se de uma faculdade anímica.
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    COMENTÁRIO: foram comprovados? Onde, quando, por quem? Por favor, se não for pedir muito, mostre as provas…
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    MONTALVÃO: “o que médiuns-curadores, pastores, bispos, pais e mães de santo fazem nesses casos é conceder muleta psicológica aos desajustados. Essas muletas, dependendo da gravidade do caso, podem ser suficientes para amainar um transtorno brando; se o caso for grave pode é piorar o estado do desinfeliz.
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    ARNALDO: Não estamos falando de médiuns curadores, nem de pastores, bispos ou pais e mães de santo, estamos falando de um fenômeno expressado através de uma faculdade existente em certos indivíduos a qual já foi confirmada através de experiências científicas. Estes sensitivos não curam, servem de intermediários para ajudar o paciente no tratamento da doença que o acomete.
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    COMENTÁRIO: e as provas? Por favor, não nos deixe na expectativa, queremos casos concretos de gente que enxergue gente por dentro… A medicina está perdendo muito em não aproveitar a cooperação desses… desses… desses o quê mesmo?
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    Vou voltar
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    COMENTÁRIO: volte sempre, será um grande prazer, e quando voltar não esqueça de trazer as provas que diz possuir: divida conosco esse tesouro!
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    Saudações tesourocultas

  188. Antonio G. - POA Diz:

    Da série “Palavras ao Vento”…
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    Arnaldo disse:
    “-Os cientistas espíritas apresentaram FATOS, fruto das investigações controladas com testes e reteste anos a fio, mas isso não satisfaz a Montalvão no seu fanatismo cético/religioso, e por que não dizer também, aos ditos espíritas que se encontram debatendo neste blog.
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    A estes eu diria mais uma vez: Os espíritas não negam a possibilidade e até mesmo a ocorrência de fraudes em determinados casos, então eu pergunto, por que só apresentar os que procuram apontar exclusivamente esta parte da história do Espiritismo, fundamentados em livros escritos por quem nunca fez um experiência sequer? Temos que ver ainda, que isso não ocorre somente no Espiritismo, fraudes ocorrem em qualquer campo de investigação desde que haja desonestidade ou falta de um rigoroso controle. A fraude representa o lado negativo da investigação, ao passo que os fatos como resultado de investigações rigorosas e honestas, representam o lado positivo, a comprovação dos fenômenos que continuam até hoje e que tornam o Espiritismo invulnerável até o momento, mas isso não é apresentado neste blog.”
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    Eu digo:
    1- Não existem, por óbvio, “cientistas espíritas”.
    2- Não existem fenômenos mediúnicos. O que existe é simples fraude ou “viagem na maionese”.
    3- Espiritsmo invulnerável é um sofisma pueril.

  189. Defensor da Razão Diz:

    Gostei tanto da síntese feita pelo Gorducho que a reproduzo aqui para quem não a viu acima. Resume de modo claro o que quaisquer olhos isentos de fé enxergam ao olhar o espiritismo de Kardec século e meio depois de proposto.
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    Gorducho Diz:
    “Passado um tempo da publicação do LE, esgotada a tentativa de reinterpretação do cristianismo via conceitos do socialismo romântico, começou a ficar claro que o rei estava nu. Ou seja: haviam “esquecido” de provar que “espíritos” existiam.
    Como as tentativas dos Crentes (muitos disfarçados de “pesquisadores”) fracassaram – mesas não giravam; “materializações” eram recortes de jornal afixados com arames ou alfinetes, ou o “médium” revestido com panos, barba postiça e até capacete, & recursos similares; corbeilles a bec não escreviam sozinhas… – o que sobrou foi uma igreja “evangélica reencarnacionista” com a mesma metodologia de todas outras. Ou seja: “milagres” que “provaram” os dogmas da igreja, que ocorriam num passado mitológico.”

  190. Arnaldo Paiva Diz:

    Boa noite a todos
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    Dando continuidade sobre a análise do Montalvão à página do livro O ESPIRITISMO À LUZ DOS FATOS de Carlos Imbassahy, sobre o médium Mirabelli, Montalvão faz o seguinte comentário:
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    COMENTÁRIO DO MONTALVÃO: Apesar de um tanto abalado pelo segundo espetáculo de mediunidade psicofônica, Imbassahy, parece-nos, ainda desconfiava. A água fluidificada é prática consagrada no espiritismo. Outras religiões também utilizam águas espiritualizadas, como a água benta dos católicos. Trata-se de uma prática terapêutica que associa fé com inocuidade. Visto que a água não faz mal a ninguém, a ela podem ser agregadas considerações as mais imaginosas, sem riscos de pôr em perigo a saúde dos usuários. Lembro que minha mãe costumava guardar litros de “água fluida”, obtidos pelas orações do Alziro Zarur (criador da LBV) e utilizava esse material para curar problemas de saúde que surgissem na família.
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    MEU COMENTÁRIO: Lendo os livros em que levianamente, os seus autores julgam e condenam como farsantes, os cientistas e médiuns apresentados como aqueles que demonstraram através de experiências controladas, a veracidade dos fenômenos estudados pelo Espiritismo, e apresentado neste blog, como por exemplo, entre outros, Paul Heuzé, e agora Silva Mello, e tão a gosto do Montalvão (que generaliza tudo) e dos demais, vemos porque o Montalvão não encontra dificuldade nenhuma para desacreditar com seus julgamentos apressados e sem fundamentos, tudo o que está relacionado ao Espiritismo e seus adeptos.
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    O que levou Montalvão a pensar e dizer do Imbassahy: “Apesar de um tanto abalado pelo segundo espetáculo de mediunidade psicofônica?” é querer induzir o leitor a pensar que um homem como Imbassahy, acostumado com o fenômeno mediúnico, experiente em lidar com médiuns, fosse se deixar abalar com uma comunicação tão banal, e pior ainda, achar que Imbassahy estava achando aquilo “o máximo de comunicação“, sabendo que as condições em que a mesma aconteceu, podia – eu disse podia, não estou dizendo que é – ser fruto de informações buscada pelo Mirabelli.
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    É sempre assim, com sutileza vai preparando o terreno, criando condições para depois procurar desacreditar o que ele está a analisar. Vejamos o que ele diz da prática da água fluidificada:
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    “A água fluidificada é prática consagrada no espiritismo. Outras religiões também utilizam águas espiritualizadas, como a água benta dos católicos. Trata-se de uma prática terapêutica que associa fé com inocuidade”.
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    Se eu residisse perto do Montalvão, eu o convidaria a provar o que ele diz sobre a água fluidificada. Não vou pedir isso, porque o preconceito que o mesmo carrega contra a Doutrina Espírita, não o torna confiável e nem imparcial para fazer uma experiência à distância e relatar verdadeiramente qual foi o resultado. Por que ele não faz uma experiência para confirmar o que ele disse? Simples, é só pegar uma garrafa com água, de preferência mineral, comprada na hora, ir a um laboratório e pedir para que seja feita uma análise e guardar o resultado. Depois, ir a uma casa espírita levando a mesma garrafa, pedir que a fluidifiquem, ou – usando um termo que ele critica pejorativamente – que a magnetizem, e depois vá a outro laboratório e peça que seja feita uma analise da água e compare os resultados para ver se houve alguma modificação ou não.
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    Por favor, não faça no mesmo laboratório, porque se der resultado diferente, você vai dizer que alguém da casa espírita investigou, descobriu que você esteve naquele laboratório, foi lá e pagou para o laboratório dizer que havia substância diferente na água, porque – segundo Montalvão – TODOS NÓS ESPÍRITAS SOMOS – conscientes ou inconscientemente – FALCATRUEIROS, SALAFRÁRIOS, ETC, POIS VIVEMOS FAZENDO DE TUDO PARA MENTER ESSAS FARSAS POR 157 ANOS, E PAUL HEUZÉ, SILVA MELLO E ELE O MONTALVÃO, VIVEM PROCURANDO COM TODO ESSE ESFORÇO NOS MOSTRAR – porque não conseguimos enxergar – QUE ESTAMOS ENGANADOS E ENGANANDO O POVO.
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    É isso aí, aprendeu com Heuzé, Silva Mello e outros a fazer estas críticas sem realizar nenhuma experiência por mais simples que seja. Qual a ferramenta do Montalvão para chegar às conclusões apresentadas sobre Espiritismo? O preconceito, somente o preconceito, nada mais do que o preconceito.
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    São iguais ou pior do que os Mirabellis da vida.
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    E para comprovar o que estou afirmando acima, vejamos o que diz o Toffo no tópico sobre Jesus:
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    Toffo Diz:
    “Vamos pôr os pingos nos is. Marciano, eu realmente não acalento, depois de 45 anos de ilusões espirigélicas, um secreto desejo de imortalidade, mesmo porque acho antinatural que apenas a nossa espécie vivente seja imortal, para todo o sempre (…)”.
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    O Toffo diz ter vivido ilusoriamente 45 anos no Espiritismo, e sai com uma dessas, dizendo que APENAS A NOSSA ESPÉCIE VIVENTE SEJA IMORTAL e ele diz isso de uma forma tal, que quem a lê, fica induzido a pensar que se trata de um ensino dado pelo Espiritismo, pois primeiro ele cita que viveu 45 anos no Espiritismo.
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    Ao dizer isto, o Toffo me leva a duas conclusões: Se ele disse isso sem conhecer o que o Espiritismo diz a respeito, mas mesmo assim atribui ao mesmo, é leviandade, pois está falando do que não conhece; Se ele sabe o que o Espiritismo diz a respeito, e assim mesmo atribui ao mesmo essa inverdade, está agindo de má fé, pois tem consciência de que o ensino espírita não é esse, portanto, é maldade e desonestidade por falsear o ensino espírita. Isso é fraude. Qual a diferença do Mirabelli?
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    Voltemos ao texto onde Imbassahy diz: “Um de nós declarou que parecia haver Espíritos na sala”, ao que Montalvão tece os seguintes comentários:
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    COMENTÁRIO DO MONTALVÃO: um detalhe importante a ser avaliado. Imbassahy não revela quem emitiu a declaração: desnecessária em ambiente espiritista. Sendo os presentes kardecistas convictos, estariam seguros da presença de almas no local. A conjectura espírita supõe que estamos cercados pela espiritualidade: não haveria um lugarzinho onde eles não estivessem presentes (parece não incomodarem que suas intimidades sejam apreciadas pelos desencarnados: devem haver espíritos fofoqueiros divulgando horrores dos vivos.
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    MEU COMENTÁRIO: Diante do já analisado até agora, é de se perguntar qual a importância – tão importante para o Montalvão – de se saber quem falou que havia Espírito ou não no ambiente. Ante uma declaração desta, venha de quem vier, é só esperar para ver se há manifestação ou não desses espíritos anunciados, só assim seria possível saber se é verdade ou não a informação. Se não houver manifestação as coisas continuam como antes na terra de arantes, se houver, aí, e só neste caso, pode ser feita a verificação se a manifestação é autêntica ou não. Só para quem vive procurando piolho na cabeça de cobra para condenar os outros, é que se preocupa com esse tipo de detalhe – eu disse esse tipo – de somenos importância.
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    É que isso faz parte das sutilezas usadas por Montalvão para poder manter as suas pseudo-análises dos fenômenos mediúnicos. Vejamos a continuidade da sua “análise”:
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    “Minha suposição é que a advertência sobre o comparecimento da espiritualidade fora proferida pela mulher que acompanhava Mirabelli. Seria a dica para que desse início às “manifestações”. Pelo visto, ninguém a manteve sob vigilância. Se levarmos em conta que a tal mulher fosse cúmplice do aldrabão, teria tido oportunidade de preparar o ambiente para que os fenômenos acontecessem”.
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    MEU COMENTÁRIO: Vemos em todas as situações, a manifestação da neurose do Montalvão, de que nestes assuntos, todos são salafrários, indignos de confiança. Ele já supôs que quem avisou da presença de espíritos, foi a mulher que acompanhava Mirabelli, com a finalidade de avisar para o mesmo que desse início as manifestações, como se isso tivesse alguma importância em têrmos de facilitar a enganação, ou de dificultar a verificação. Além – como podemos ver – de isso não exercer nenhuma influência em têrmos de facilitar as coisas por um lado, para Mirabelli, ou dificultar por outro para Imbassahy, conforme apontei acima, mas aqui no blog, isso já passa a ser uma verdade incontestável, porque os demais que aqui vivem a combater o Espiritismo não sabem o que dizem.
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    Continuando, Montalvão acrescenta: “Pelo visto, ninguém a manteve sob vigilância. Se levarmos em conta que a tal mulher fosse cúmplice do aldrabão, teria tido oportunidade de preparar o ambiente para que os fenômenos acontecessem”.
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    MEU COMENTÁRIO: Não sei em que Montalvão se baseia para dizer que a mulher não foi mantida sob vigilância, e por que isso devia ser feito e como ser feito, de uma vez que as pessoas em número de quatro ou cinco incluindo a mulher, estavam todos sentados numa sala iluminada por duas lâmpadas de 100 watts cada uma, ou seja, 200 watts de iluminação, portanto, muito bem iluminada, e assim sendo, qualquer pessoa que se movimentasse dentro da sala, estaria sendo vista pelos demais. Só se se fizesse uma vigilância tipo marcação de jogador de futebol, se a mulher desse um passo, se daria outro na mesma direção, se ela se mexesse para trás, se daria um passo atrás, porque numa sala com cinco pessoas, com 200 watts de iluminação, todas estão se vendo, se olhando, se observando, que queira ou não, e qualquer movimento que se fizer numa iluminação dessas, será visto por qualquer pessoa, e principalmente se a pessoa estiver preparando qualquer utensílio ou instrumento ou até mesmo armando uma armadilha para a prática de um truque que imitasse um fenômeno mediúnico de qualquer natureza e principalmente físico.
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    É a sutileza do Montalvão preparando o terreno, com seu malabarismos de palavras, para, no caso de haver qualquer fenômeno mediúnico, ele apontar que Imbassahy foi enganado pela mulher e tornar isso uma verdade que passa a ser creditada por todos os demais contrários ao Espiritismo.
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    Continuando, o texto aponta que Mirabelli disse: “- Pois que se manifestem – gritou Mirabelli, com voz imperativa”, e imediatamente, à vista de todos, uma das garrafas levantou-se e bateu nas outras com toda força, repenicando por espaço de uns cinco a dez segundos, parando depois. O fato foi francamente visto e ouvido, por todos chegando mesmo a deixar a doente muito assombrada.
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    Logo após esse evento, Mirabelli adverte a todos dizendo: É preciso cuidado, agora; acaba de entrar uma falange de obsessores, e após passa a haver outro fenômeno de efeito físico com a prataria da casa, pondo de certo modo as pessoas ali presentes em aflição. A esse acontecimento Montalvão comenta:
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    COMENTÁRIO DO MONTALVÃO: a declaração de Imbassahy é a de alguém que, diante do inusitado, perde o espírito crítico. Vejam só: ele tinha notícias de que Mirabelli andava espiritualmente “mal acompanhado”? e estaria tendo a confirmação disso?, mesmo assim se manifestava deslumbrado ante a cena caótica que presenciava.
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    MEU COMENTÁRIOS: Seria interessante que o Montalvão estudasse um pouco a Doutrina Espírita – mesmo sem aceitá-la -, para pelo menos ficar melhor informado, e assim, não demonstrar total ignorância nas suas argumentações.
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    A questão é que Montalvão quer opinar sobre o fenômeno mediúnico fora do ambiente mediúnico, ou seja, in loco, diante do fenômeno, caindo apenas no campo das idéias, e assim sendo, ele discute apenas o que ele pensa, as suas idéias imaginativas do que possa ter acontecido, tendo como base exclusivamente o preconceito, aquilo que ele alimenta em relação aos fenômenos, sem se preocupar com os fatos, daí a falta de raciocínio lógico nas suas observações.
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    Reclama de Imbassahy por ter sido sabedor de que Mirabelli era mal acompanhado espiritualmente, e mesmo assim ficou deslumbrado ante a cena caótica que presenciava.
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    Senhor Montalvão, pelo fato de um médium estar mau assistido espiritualmente, isso não proíbe que haja fenômeno, porque a mediunidade continua existindo, só que orientada por espíritos brincalhões, embusteiros, orgulhosos, e comumente por inimigos espirituais do próprio médium, procurando levá-lo a quedas, e cair no descrédito, ou seja, a diferença se dar no campo da qualidade do fenômeno.
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    Por outro lado, não vejo nenhum deslumbramento de Imbassahy ante os fenômenos da prataria, vejo sim preocupação, misturado com um pouco de humor, por ver esses objetos serem jogados dentro da sala, o que poderia vir a atingir alguém, além do prejuízo material. Tanto é que o Bernardino fazia sinais para ele, mostrando que o momento não era para se fazer graças. Portanto, mais uma vez Montalvão usa palavras inadequadas, para poder criticar Imbassahy dizendo que o mesmo não tem ou perdeu o senso crítico.
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    Continua Montalvão:
    “E o pior: alertado que falange de obsessores lhe invadira a casa, prostrou-se inerte, permitindo que os imaginados espíritos do mal realizassem a bagunça que desejassem. Ora, porque não recorreu à saudável espiritualidade, rogando às entidades do bem que protegessem o ambiente? É sabido que na luta do bem contra o mal, o bem sempre vence…
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    MEU COMENTÁRIO: Se honestamente analisarmos o comportamento do Montalvão nesta sua análise, veremos que a todo o momento, ele deixa transparecer que as coisas deviam ser feitas do jeito que ele pensa, tudo tinha que ser feito ao jeito dele, nada do que os outros fizeram ele considera certo, porque tudo só está certo quando feito por ele, o raciocínio perfeito é somente o dele, por isso que não aceita nenhuma prova realizada pelos outros, não levando em consideração que diante de uma mesma situação, cada pessoa tem um jeito diferente de agir. Além disso, temos que levar em consideração, A INTENÇÃO que leva a uma pessoa agir assim, e não assado. Certamente não serviria para se desenvolver com ele um trabalho de equipe.
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    É a velha questão de querer opinar e analisar as coisas, sem nunca ter vivido ou vivenciado um fenômeno mediúnico, por isso que o aconselho a pelo menos fazer uma pequena experiência com o copo, faça uma experiência juntamente com seus amigos, usando um copo, e com certeza irá obter resultados satisfatório. Ou está com medo de ter que enfrentar a realidade espiritual?
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    Sobre a crítica quanto ao comportamento de Imbassahy neste momento da prataria, temos que levar em consideração que Imbassahy sabia que o mundo espiritual que nos orientam nas reuniões mediúnicas nas casas espíritas, iriam respeitar o seu livre arbítrio, ao trazer para sua residência o médium Mirabelli e promover fenômenos mediúnicos. Imbassahy sabia perfeitamente que o lar, nossa residência, não é um ambiente adequado para se realizar encontros mediúnicos, a não ser que antecipadamente tenhamos acertado com os Espíritos que nos auxiliam nestas atividades, para nos auxiliar neste momento, caso contrário, eles não interferem. O exemplo está ai, as coisas aconteceram sob a responsabilidade de Imbassahy. Mas logo que ele resolve pedir esta ajuda ao mundo espiritual, a obteve, pois imediatamente os fenômenos cessaram.
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    Finalizando o texto, Imbassahy descreve o seguinte:
    “A posição de Mirabelli era inquietante; pernas arqueadas, a torcer o pescoço de um para outro lado, o dorso bombeado, parecia a figura de Triboulet. Mas em vez dos esgares do riso, tinha o terror pintado na fisionomia.
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    – Estão ali – dizia ele. – Querem quebrar… Vão quebrar! … Livrem o rosto! …
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    “E ele, mesmo, punha as mãos diante da cabeça, como anteparo, fazia-se pequeno, para diminuir o alvo e olhava de viés, para determinado ponto, onde deviam estar os invisíveis, maquinando as tropelias.”
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    COMENTÁRIO DO MONTALVÃO: os trejeitos e esgares de Mirabelli e também seus apontamentos sobre a localização dos espíritos? que só ele conseguia “ver”?, eram meios de distrair a atenção dos circunstantes e dificultar a percepção de seus truques.
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    MEUS COMENTÁRIOS: Vemos nesta comentário de Montalvão, a ingenuidade de quem fala sem conhecer, mas ORGULHOSO O SUFICIENTE para pensar que tem autoridade para comentar e fazer juízo, no que resulta no mínimo, numa PSEUDO-ANÁLISE.
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    SEM VIVENCIAR, SEM ESTAR PRESENTE À EXPERIÊNCIA MEDIÚNICA, NINGUÉM TEM AUTORIDADE PARA TECER COMENTÁRIOS E FAZER AFIRMATIVAS SOBRE A MESMA, E MUITO MENOS AINDA, FAZER UMA ANÁLISE PARA CONCLUIR PELA VERACIDADE OU NÃO DO FENÔMENO. ISSO É PRECIPITAÇÃO, SENÃO LEVIANDE.
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    Vejamos onde estão os erros dessa análise do Montalvão, erros que nos mostram que ele fala do fenômeno, sem ao menos entender como o mesmo se dar. Vejamos:
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    Primeiro ele diz que OS TREJEITOS E ESGARES DE MIRABELLI E O APONTAR ONDE ESTÃO OS ESPÍRITOS, tinham a finalidade de distrair a atenção e dificultar a percepção dos truques usados por Mirabelli.
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    Se a intenção de Mirabelli com seus ESGARES E TREJEITOS, era tirar a atenção dos que o observavam, falhou, pois se o Imbassahy descreveu o seu estado de contorções com tantos detalhes, foi justamente porque o estava observando, e ao observar, teria visto o Mirabelli a tirar do armário ou da prateleira os objetos, e jogá-los em todas as direções dentro da sala iluminada com 200 watts de luz.
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    PERGUNTO AO MONTALVÃO:
    Vamos começar pelo fenômeno ocorrido na Federação Espírita do Estado do Rio, no salão de palestra, que costuma ser um salão grande para acomodar muita gente, um QUADRO ENORME se desprendeu da parede e se deslocou até atingir a cabeça do próprio Mirabelli.
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    Pergunto ao Montalvão:
    Como o Mirabelli preparou, e o que usou no salão de palestras da Federação, o de que necessitava para levar a efeito o seu truque prestidigitativo de deslocar um quadro enorme da parede, e quebrá-lo na sua própria testa?
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    – Qual a preparação e como Mirabelli teria preparado a sala iluminada por 200 watts de luz, com cinco pessoas apenas, para realizar seus truques prestidigitativos, se o mesmo esteve todo o tempo sentado numa cadeira de balanço? Já sei, vai dizer que foi a mulher que o acompanhava. Continua então a pergunta:
    – Como ela fez se fazia parte das cinco pessoas que se encontravam na sala iluminada por 200 watts de luz?
    – Quais seriam os truques DE PRESTIDITAÇÃO que poderiam ser usados por Mirabelli para fazer a garrafa d’água levantar se a mesma estava a certa de no mínimo três metros de distância de onde ele se encontrava, bater com força nas demais garrafas, se ele e nem a mulher saíram dos assentos em que se encontravam, e numa sala iluminada por 200 watts de luz?
    – Qualquer que seja a sua resposta, pergunto: e qual A PREPARAÇÃO que ele teria que fazer na sala para fazer levitar a garrafa e bater com força nas demais?
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    Quanto ao Mirabelli indicar o lugar onde se encontravam os Espíritos, precisaria que Imbassahy fosse tão ingênuo quanto Montalvão para dirigir o seu olhar, desviar a sua atenção, para aquele ponto, pois Imbassahy sabia que não iria ver nenhum espírito, pois não se tratava de materialização de espírito. Mesmo que Imbassahy possuísse a faculdade de vidência, não iria olhar, pois ele saberia que a vidência se dar através dos olhos espirituais e não há necessidade de se direcionar o olhar para o ponto em que o Espírito se encontra.
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    COMENTÁRIO DO MONTALVÃO: Curioso como leigos em presditigitações fazem afirmações taxativas sobre a impossibilidade de fraudes. O mais provável é que Imbassahy tenha se deixado convencer por um “showzinho” montado pelo esperto Mirabelli. Visto não ter havido qualquer forma de controle, o sujeito ficou solto para realizar o que pretendia sem dificuldades.
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    MEU COMENTÁRIO: Montalvão sabe perfeitamente que não se tratou de uma reunião de cunho científico, foi apenas uma apreciação do Imbassahy para ver ou confirmar suas impressões sobre o que falavam do médium Mirabelli e sua mediunidade, portanto, não usou os recursos exigidos numa reunião de cunho científico . Mas mesmo assim, Imbassahy não se deixou levar ou impressionar pelos fenômenos, portanto, a análise que você realizou não corresponde á realidade, NÃO EXPLICA NADA, mas aqui deve ter sido recebido como a pura verdade, que não é verdade.
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    Saudações controladas

  191. Antonio G. - POA Diz:

    Exemplo de “viagem na maionese”: Na Federação Es­pírita do Estado do Rio, com o salão repleto, um quadro enorme desprendeu-se da parede e atirou-se na testa de Mirabelli, causando a todos um enorme pânico. Qui­nhentas pessoas testemunharam isto. ***Narrativa anedótica. Nunca aconteceu.

  192. Marciano Diz:

    Oi, ANTONIO G. – POA,
    Eu já tinha dito exatamente isto. Veja:
    .
    Marciano Diz:
    ABRIL 14TH, 2014 ÀS 16:00
    “Na Federação Es¬pírita do Estado do Rio, com o salão repleto, um quadro enorme desprendeu-se da parede e atirou-se na testa de Mirabelli, causando a todos um enorme pânico. Qui-nhentas pessoas testemunharam isto”.
    .
    COMENTÁRIO: É evidente que tal fato nunca aconteceu. Isto é uma deslavada mentira.
    Quadros não se atiram por vontade própria ou por força de imaginários espíritos na testa de ninguém.
    Onde estão essas quinhentas pessoas que testemunharam essa mentira?
    Esse pessoal religioso é assim mesmo. Conta mentiras, diz que trocentas pessoas testemunharam a mentira, mas não dão o endereço de ninguém.
    Eu já vi, junto com quinhentas pessoas, uma imagem de Santa Tereza chorar sangue e depois atirar-se na testa de um mentiroso.
    Qual o idiota que vai acreditar na afirmação acima?
    Só porque eu digo que vi algo impossível e que o fato foi presenciado por quinhentas pessoas imaginárias alguém tem de levar essa estupidez a sério?
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    Como um médium pode saber de fatos que deveria ignorar?
    Podemos formular várias hipóteses. Pode ter sido comunicado o fato a ele por um espírito, por um lobisomem invisível cor-de-rosa, por um ET vindo de outra dimensão inexistente. Pode ter sido comunicação telepática, adivinhação…
    Ou podemos ver o óbvio! Trata-se de truque, de enganação.
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    Sobre água fluidificada e agua benta podemos dizer que existe um outro tipo de água milagrosa, a água homeopática, que não contém porcaria nenhuma, mas tem a impressão da molécula de alguma coisa com que esteve em contato no passado.
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    “… obtém a impressão fisionômica de Cristo em matéria plástica, sob controle direto de diversos doutores.”
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    COMENTÁRIO: Como se pode saber se a impressão fisionômica era de Cristo, se ninguém já o viu? Aliás, não poderia ter visto, pois o cara só existiu e só existe na imaginação das pessoas. Na verdade a impressão fisionômica devia imitar a imagem imaginada por artistas medievais. Mas os idiotas presentes logo apressam-se em reconhecer o célebre cristo.
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    O borborismo intestinal de espíritos é provocado pela ação de peribactérias ectoplasmáticas, ao digerirem a perilactose de leite de perivacas bebido pelo fantasma. Qualquer médico pode constatar isso.
    O coração do fantasma bate para transportar sangue pelo corpo perispiritual. Se o coração fantasmagórico parar de bater, o fantasma morre.
    Qualquer perimédico conhece o fenômeno.
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    Quanto à invisibilidade de Mirabelli, quem explica bem o mecanismo é o Dr. Mabuse. Ele inventou uma máquina de invisibilidade.
    Detalhes aqui: Die unsichtbaren Krallen des Dr. Mabuse
    http://www.youtube.com/watch?v=haVOnW-znIE

  193. Antonio G. - POA Diz:

    Olá Marciano! Desculpe o plágio involuntário… Mas é assim mesmo. Não há mais nada a dizer a não ser isto, que trata-se de mentira pura e simples. Como de resto são todos os “fenômenos mediúnicos”. Sem exceção.

  194. Marciano Diz:

    Oi, ANTONIO,
    eu sei que não foi plágio voluntário ou involuntário, foi apenas bom-senso.
    NOS DOIS sabemos que essas historietas são sempre MENTIRAS.
    Como a verdade é uma só, ou seja, esses relatos anedóticos são MENTIROSOS, eles não dão o endereço de uma das “milhares” de pessoas que assistem aos formidáveis e imaginários fenômenos, assim, pessoas de bom senso como nós dois só podem chegar a UMA conclusão: É TUDO MENTIRA!

  195. Montalvão Diz:

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    Arnaldo Paiva,
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    Observo que mantém a conduta por mim denunciada há algum tempo, ou seja: deixa questões que foram apresentadas sem respostas, e olvida, como se não existissem, retornos que lhe enviei, expondo considerações já contestadas como coisa nova.
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    ARNALDO: Lendo os LIVROS EM QUE LEVIANAMENTE, OS SEUS AUTORES JULGAM E CONDENAM COMO FARSANTES, os cientistas e médiuns apresentados como aqueles QUE DEMONSTRARAM através de experiências controladas, a veracidade dos fenômenos estudados pelo Espiritismo, e apresentado neste blog, como por exemplo, entre outros, PAUL HEUZÉ, e agora Silva Mello, e tão a gosto do Montalvão (que generaliza tudo) e dos demais, vemos porque o Montalvão não encontra dificuldade nenhuma para desacreditar com seus julgamentos apressados e sem fundamentos, tudo o que está relacionado ao Espiritismo e seus adeptos.
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    COMENTÁRIO: Arnaldo, você continua confuso ou tenciona nos confundir: suas alegações não estão respaldadas pelo teor das discussões havidas (ao menos as havidas entre mim e você). Dá-me a impressão de que sonha que os eventos aconteceram de um modo, ao que acrescenta certas leituras e se esforça por transportar essas fantasiações para nossas conversas.
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    Que livros são esses a que se refere, em que “seus autores julgam e condenam COMO FARSANTES, os cientistas e médiuns que alegadamente comprovaram os fenômenos espiritistas”? Não recordo de me referir a nenhum escrito nessa linha…
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    Tampouco citei ou cito Paul Heuzé: deste autor disponho de miúdos artigos e referências da parte outros investigadores. Quase nada de Heuzé foi traduzido.
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    Há pouco me acusava de considerar os crentes de “desonestos e irresponsáveis”, conforme se vê:
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    ARNALDO: “Montalvão sempre tirando suas conclusões próprias, […] julga as pessoas como se elas fossem sempre pessoas desonestas, irresponsável, que ficam falando de coisas que não existem, enganando os outros […] está se comportamento igual ou pior dos que AQUELES QUE ELE ACUSA DE MENTIROSOS.” […]
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    Ao que respondi:
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    “A quem acuso de mentiroso, desonesto ou irresponsável (dê exemplo com texto meu falando tal coisa)?”
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    E ainda estou esperando que comprove o que de mim afirmou (vai ver está à procura texto de minha autoria em que haja tal acusação, isso para escapar da pecha de acusador leviano. Se for assim, advirto-o: vai procurar por muuuuuuito tempo, em vão…).

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    ARNALDO: O que levou Montalvão a pensar e dizer do Imbassahy: “Apesar de um tanto abalado pelo segundo espetáculo de mediunidade psicofônica?” É QUERER INDUZIR O LEITOR A PENSAR QUE UM HOMEM COMO IMBASSAHY, ACOSTUMADO COM O FENÔMENO MEDIÚNICO, EXPERIENTE EM LIDAR COM MÉDIUNS, FOSSE SE DEIXAR ABALAR COM UMA COMUNICAÇÃO TÃO BANAL, e pior ainda, achar que Imbassahy estava achando aquilo “o máximo de comunicação“, sabendo que as condições em que a mesma aconteceu, podia – eu disse podia, não estou dizendo que é – ser fruto de informações buscada pelo Mirabelli.
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    COMENTÁRIO: o que falei é minha interpretação do relato do próprio Imbassahy. Você defende que o esperto Imbassahy não se “abalaria” facilmente. Mas, que o espírita já estava fortemente inclinado a reconhecer a mediunidade do pilantra Mirabelli, e temia essa mediunidade, se deduz do que o próprio declarou, confira:
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    IMBASSAHY: “Bernardino, para que não nos restasse dúvida sobre os dons do seu amigo, ficou de trazê-lo a nossa casa. Em vista do que se dizia do médium, só não recusamos tal visita, por no-lo impedirem os preceitos de educação. Acrescia […] que O MÉDIUM ERA SEGUIDO POR ESPÍRITOS TURBULENTOS, o que em linguagem espírita se chamaria um “indivíduo mal acompanhado”.
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    QUANDO ELE APARECIA NUMA CASA, AS LOUÇAS SE QUEBRAVAM; […].
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    NA FEDERAÇÃO ESPÍRITA DO ESTADO DO RIO, COM O SALÃO REPLETO, UM QUADRO ENORME DESPRENDEU-SE DA PAREDE E ATIROU-SE NA TESTA DE MIRABELLI, CAUSANDO A TODOS UM ENORME PÂNICO. QUINHENTAS PESSOAS TESTEMUNHARAM ISTO.
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    […] NÃO TÍNHAMOS VONTADE NENHUMA DE PRESENCIAR ESSA PERIGOSA MEDIUNIDADE, e muito menos a tinham as pessoas de nossa família. E, se juntarmos a tudo, o mal que se dizia dele, fácil é conjeturar a contrariedade de que fomos tomado quando, numa bela tarde, ele nos apareceu em casa ACOMPANHADO DE UMA SENHORA e do Bernardino.”
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    COMENTÁRIO: como pode ver, Imbassahy estava “abalado” desde antes de presenciar o xou…
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    ARNALDO: É sempre assim, com sutileza vai preparando o terreno, criando condições para depois procurar desacreditar o que ele está a analisar. Vejamos o que ele diz da prática da água fluidificada:
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    “A água fluidificada é prática consagrada no espiritismo. Outras religiões também utilizam águas espiritualizadas, como a água benta dos católicos. Trata-se de uma prática terapêutica que associa fé com inocuidade”.
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    ARNALDO: Se eu residisse perto do Montalvão, eu o convidaria a provar o que ele diz […] Não vou pedir isso, porque o preconceito […] não o torna confiável e nem imparcial […]Por que ele não faz uma experiência para confirmar o que ele disse? Simples, é só pegar uma garrafa com água, de preferência mineral, comprada na hora, ir a um laboratório e pedir para que seja feita uma análise e guardar o resultado. Depois, ir a uma casa espírita levando a mesma garrafa, pedir que a fluidifiquem, ou – usando um termo que ele critica pejorativamente – que a magnetizem, e depois vá a outro laboratório e peça que seja feita uma analise da água e compare os resultados para ver se houve alguma modificação ou não.
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    COMENTÁRIO: se me considera suspeito por que, ao mesmo tempo, sugere-me que faça experimentos para comprovar a fluidificação da água?
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    Vejo que acredita na mágica, tanto que até recomenda que um laboratória me elimine as dúvidas. Infelizmente, não tenho qualquer dúvida quanto a inocuidade dessa crença, e olha que parte da minha infância passei sob os efeitos curativos de águas fluidificadas…
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    Mas, fica uma dúvida: para você só o espiritismo incrementa as águas ou outras agremiações religiosas também o fazem? A água benta dos católicos tem valor para você? E as orações radiotelevisivas, que rogam que águas se tornem terapêuticas, são válidas? Quais os males que tais águas debelam? Todos? Quais experimentos técnicos conhece, e pode citar, que demonstram que águas sob influxos orativos, passes, conjurações, etc. alteram sua composição e se tornam curativas?
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    Mas, podemos esclarecer facilmente. Substituamos a ideia da água mineral, que sugere seja examinada em dois laboratórios distintos, um para o “antes” outro para o “depois”, visto que esses exames não proporcionam resultados consistentes, pois, sem saber que tipo de transformação molecular ocorre, de modo que o laboratório a constate, qualquer modificação no teor do líquido seria contabilizada como efeito da fluidificação…
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    Façamos, pois, diferente: convide duas pessoas portadoras de úlcera varicosa crônica: uma será tratado pelo método convencional (curativos diários, repouso), outra receberá lavagens, também diárias, de água fluidificada. Após, digamos quinze dias de tratamento, vamos ver quem está em melhor situação…
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    Se quer conhecer uma úlcera varicosa, veja em: http://www.varizes.com/doencas-vasculares/54/ulceras-varicosas-como-fazer-um-curativo-em-feridas-nas-pernas
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    ARNALDO: Por favor, não faça no mesmo laboratório, porque se der resultado diferente, VOCÊ VAI DIZER QUE alguém da casa espírita investigou, descobriu que você esteve naquele laboratório, foi lá e pagou para o laboratório dizer que havia substância diferente na água, porque – segundo Montalvão – TODOS NÓS ESPÍRITAS SOMOS – conscientes ou inconscientemente – FALCATRUEIROS, SALAFRÁRIOS, ETC, POIS VIVEMOS FAZENDO DE TUDO PARA MENTER ESSAS FARSAS POR 157 ANOS, E PAUL HEUZÉ, SILVA MELLO E ELE O MONTALVÃO, VIVEM PROCURANDO COM TODO ESSE ESFORÇO NOS MOSTRAR – porque não conseguimos enxergar – QUE ESTAMOS ENGANADOS E ENGANANDO O POVO.
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    COMENTÁRIO: considerando que, lamentavelmente, você deixa de responder a muitas questões que apresento, em retruque às suas proposições, e, mais adiante, volta a apresentá-las, vou ter que me repetir, copiando o que já foi dito, e enfatizar que estou repetindo o que já fora comentado, conforme o alerto neste momento.
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    Montalvão disse: “a quem acuso de mentiroso, desonesto ou irresponsável (DÊ EXEMPLO COM TEXTO MEU FALANDO TAL COISA)?”
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    Se não conseguir achar declaramento que confirme o que afirmou, para não passar por aleivoso, creio que um pedido de desculpas iria bem…
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    ARNALDO: É isso aí, aprendeu com Heuzé, Silva Mello e outros a fazer estas críticas sem realizar nenhuma experiência por mais simples que seja. QUAL A FERRAMENTA DO MONTALVÃO PARA CHEGAR ÀS CONCLUSÕES APRESENTADAS SOBRE ESPIRITISMO? O preconceito, somente o preconceito, nada mais do que o preconceito.
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    COMENTÁRIO: pô, Arnaldio, estamos conversando já vai para alguns meses, e parece que ainda não compreendeu minhas queixas! Minha “ferramenta” é a mais simples que possa imaginar, e dada sua simplicidade, julguei que pessoa dotada de intelecto superior, qual o seu caso, a teria entendido de primeira. Vou dizer-lho com palavras bem singelas, esperando que agora entenda. A caixa alta não é grito, apenas destaque:
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    OS MEDIUNISTAS NÃO DISPÕEM DE EVIDÊNCIA OBJETIVA DA PRESENÇA DE ESPÍRITOS e, em virtude desta falta, que não foi suprida ao longo de mais de século de história, pode-se ter como assentado que espíritos de mortos, se existem, não comunicam.
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    Pronto, a sentença acima resume todo o imbróglio.
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    Mas, aí entra você, vociferando que tem sim “muitas” provas. Uma delas seria sua vivência particular com a espiritualidade, o que lhe concede as “certezas” necessárias. Porém, depois que cientificou-se de que a experiência pessoal só serve para o experienciador e para aqueles que comungam da crença, percebeu que, embora rei, estava nu. E assim permanece até o presente, embora tente esconder a nudez alegando que a roupa fora tecida pelos antigos…
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    ARNALDO: São iguais ou pior do que os Mirabellis da vida. E para comprovar o que estou afirmando acima, vejamos o que diz o Toffo no tópico sobre Jesus:
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    Toffo Diz:
    “Vamos pôr os pingos nos is. Marciano, eu realmente não acalento, depois de 45 anos de ilusões espirigélicas, um secreto desejo de imortalidade, mesmo porque acho antinatural que apenas a nossa espécie vivente seja imortal, para todo o sempre (…)”.
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    O Toffo diz ter vivido ilusoriamente 45 anos no Espiritismo, e sai com uma dessas, dizendo que APENAS A NOSSA ESPÉCIE VIVENTE SEJA IMORTAL e ele diz isso de uma forma tal, que quem a lê, fica induzido a pensar que se trata de um ensino dado pelo Espiritismo, pois primeiro ele cita que viveu 45 anos no Espiritismo.
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    Ao dizer isto, o Toffo me leva a duas conclusões: Se ele disse isso sem conhecer o que o Espiritismo diz a respeito, mas mesmo assim atribui ao mesmo, é leviandade, pois está falando do que não conhece; Se ele sabe o que o Espiritismo diz a respeito, e assim mesmo atribui ao mesmo essa inverdade, está agindo de má fé, pois tem consciência de que o ensino espírita não é esse, portanto, é maldade e desonestidade por falsear o ensino espírita. Isso é fraude. Qual a diferença do Mirabelli?
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    COMENTÁRIO: sugestão: por que não faz a inquirição diretamente ao Toffo? Estou certo de que ele saberá responder… Agora, insinuar que o Toffo, após 45 anos de vida espírita, ou não conhece a doutrina, ou conhece e a distorce intencionalmente, e, por isso, é comparável ao Mirabelli, confesso que quedo-me pasmado ante a analogia…
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    ARNALDO: Voltemos ao texto onde Imbassahy diz: “Um de nós declarou que parecia haver Espíritos na sala”, ao que Montalvão tece os seguintes comentários:
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    COMENTÁRIO DO MONTALVÃO: um detalhe importante a ser avaliado. Imbassahy não revela quem emitiu a declaração: desnecessária em ambiente espiritista. Sendo os presentes kardecistas convictos, estariam seguros da presença de almas no local. […]
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    ARNALDO: Diante do já analisado até agora, é de se perguntar qual a importância – tão importante para o Montalvão – de se saber quem falou que havia Espírito ou não no ambiente. Ante uma declaração desta, venha de quem vier, é só esperar para ver se há manifestação ou não desses espíritos anunciados, só assim seria possível saber se é verdade ou não a informação. Se não houver manifestação as coisas continuam como antes na terra de arantes, se houver, aí, e só neste caso, pode ser feita a verificação se a manifestação é autêntica ou não. Só para quem vive procurando piolho na cabeça de cobra para condenar os outros, é que se preocupa com esse tipo de detalhe – eu disse esse tipo – de somenos importância.
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    COMENTÁRIO: aí é que está, os ilusionistas se valem de “detalhes de pequena importância” para perpetrarem seus truques. Ao meu ver, o grito foi sugestivo, tanto que até o Imbassahy deu a ele destaque.
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    Por outro lado, tenho a impressão de que quem acusa o Toffo de, mesmo com 45 anos de doutrina, escorregar no conhecimento, aqui comete igual deslize: o ensino postula, sim, que espíritos estão ao nosso derredor diuturnamente. Veja, por exemplo, o que diz trecho de O Livro dos Espíritos:
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    “39. Ocupam os Espíritos uma região determinada e circunscrita no espaço?
    ‘Estão por toda parte. Povoam infinitamente os espaços infinitos. TENDES MUITOS DELES DE CONTÍNUO A VOSSO LADO, OBSERVANDO-VOS E SOBRE VÓS ATUANDO, SEM O PERCEBERDES, pois que os Espíritos são uma das potências da Natureza e os instrumentos de que Deus se serve para execução de Seus desígnios providenciais. Nem todos, porém, vão a toda parte, por isso que há regiões interditas aos menos adiantados.’”
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    Portanto, meu caro, Imbassahy deveria ter ligado o alerta por alguém declarar a presença de espíritos, visto que isso, no pensar kardecista, seria o óbvio. Você, se contemplar com olhinhos ligeiramente críticos a cena, terá fortes razões para inferir que se tratava da senha para que o xou começasse… É claro, não posso garantir cemporcento, mas que tem fundamento a suposição disso não tenho dúvida.
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    ARNALDO: É que isso faz parte das sutilezas usadas por Montalvão para poder manter as suas pseudo-análises dos fenômenos mediúnicos. Vejamos a continuidade da sua “análise”:
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    “Minha suposição é que a advertência sobre o comparecimento da espiritualidade fora proferida pela mulher que acompanhava Mirabelli. Seria a dica para que desse início às “manifestações”. Pelo visto, ninguém a manteve sob vigilância. Se levarmos em conta que a tal mulher fosse cúmplice do aldrabão, teria tido oportunidade de preparar o ambiente para que os fenômenos acontecessem”.
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    ARNALDO: Vemos em todas as situações, a manifestação dA NEUROSE DO MONTALVÃO, DE QUE NESTES ASSUNTOS, TODOS SÃO SALAFRÁRIOS, INDIGNOS DE CONFIANÇA. Ele já supôs que quem avisou da presença de espíritos, foi a mulher que acompanhava Mirabelli, com a finalidade de avisar para o mesmo que desse início as manifestações, como se isso tivesse alguma importância em têrmos de facilitar a enganação, ou de dificultar a verificação. Além – como podemos ver – de isso não exercer nenhuma influência em têrmos de facilitar as coisas por um lado, para Mirabelli, ou dificultar por outro para Imbassahy, conforme apontei acima, mas aqui no blog, isso já passa a ser uma verdade incontestável, porque os demais que aqui vivem a combater o Espiritismo não sabem o que dizem.
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    COMENTÁRIO: repetindo cobranças anteriores: MOSTRE, EXEMPLIFICANDO COM TEXTOS DE MINHA AUTORIA, QUE CONSIDERO “NESTES ASSUNTOS” TODOS SALAFRÁRIOS… Se não conseguir comprovar o que de mim afirma, um pedido de desculpas cairia bem… ou, se preferir, cai-lhe bem a carapuça de quem, não tendo nada a dizer contra o opositor, inventa…
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    Os salafrários no episódio eram Mirabelli e sua companhia. Imbassahy e amigos foram expectadores ingênuos, que roçaram na fímbria da verdade (a verdade de que Mirabelli os engrupia), mas optaram por olhar para o outro lado, o lado do espetáculo.
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    ARNALDO: Continuando, Montalvão acrescenta: “Pelo visto, ninguém a manteve sob vigilância. Se levarmos em conta que a tal mulher fosse cúmplice do aldrabão, teria tido oportunidade de preparar o ambiente para que os fenômenos acontecessem”.
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    Não sei em que Montalvão se baseia para dizer que a mulher não foi mantida sob vigilância, e por que isso devia ser feito e como ser feito, de uma vez que as pessoas em número de quatro ou cinco incluindo a mulher, estavam todos sentados numa sala iluminada por duas lâmpadas de 100 watts cada uma, ou seja, 200 watts de iluminação, portanto, muito bem iluminada, e assim sendo, qualquer pessoa que se movimentasse dentro da sala, estaria sendo vista pelos demais. SÓ SE SE FIZESSE UMA VIGILÂNCIA TIPO MARCAÇÃO DE JOGADOR DE FUTEBOL, se a mulher desse um passo, se daria outro na mesma direção, se ela se mexesse para trás, se daria um passo atrás, porque numa sala com cinco pessoas, com 200 watts de iluminação, todas estão se vendo, se olhando, se observando, que queira ou não, e qualquer movimento que se fizer numa iluminação dessas, será visto por qualquer pessoa, e principalmente se a pessoa estiver preparando qualquer utensílio ou instrumento ou até mesmo armando uma armadilha para a prática de um truque que imitasse um fenômeno mediúnico de qualquer natureza e principalmente físico.
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    COMENTÁRIO: não sejamos ingênuos, meu caro. Se for conforme penso, que Mirabelli tinha o engodo já planejadinho, qualquer desatenção seria suficiente para que sua cúmplice e ele fossem preparando o ambiente. Os ilusionistas são muito habilidosos nesse metier. Se não fosse assim os mágicos de salão não nos espantariam com seus truques. Hoje temos razões sobejas para concluir pela safadice de Mirabelli. É de admirar que espíritas o ovacionem por autêntico. Leia as publicações exaltando os feitos de Mirabelli e as compare com as que Green Morton produzia (ou ainda produz): vai achar diversas realizações comuns. Pois, Morton exibia seus truques com dia claro, à vista de todos e iludia a todos. Você, que tem décadas de vivência no meio, deveria saber muito seguramente que essa mediunidade escandalosa, espalhafatosa, com feitos inacreditáveis, não existe, ou você já conviveu com algum médium, em todos seus anos de kardecismo, que fizesse metade do que Mirabelli dizia realizar?
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    ARNALDO: É a sutileza do Montalvão preparando o terreno, com seu malabarismos de palavras, para, no caso de haver qualquer fenômeno mediúnico, ele apontar que Imbassahy foi enganado pela mulher e tornar isso uma verdade que passa a ser creditada por todos os demais contrários ao Espiritismo.
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    COMENTÁRIO: não falei que “Imbassahy foi enganado pela mulher”, sim que ela era cúmplice do malandro. Quem enganou Imbassahy foi Mirabelli.
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    Arnaldo, se pensar direitinho, verá que você está tão somente defendendo o depoimento de Imbassahy, quer dizer: não dispõe de nenhuma evidência que demonstre que Mirabelli foi um médium autêntico, e que as coisas sensacionais que dizia realizar provinham de forças espirituais: está simplesmente declarando seu aval ao relato de Imbassahy…
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    Recomendei-lhe, em postagem anterior, que examinasse os artigos, nesse sítio, que comentam o trabalho investigativo feito com Mirabelli, e que atestou as malandragens do sujeito. Pelo visto, não o leu, mesmo assim, continua a defender o indefensável, agora, na posição ridícula de quem sabe que se realizaram testagens esclarecedoras (e mesmo que não houvessem tais testes, indiretamente, a fraude seria simples de ser mostrada) mas não quer conhecê-las.
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    ARNALDO: Continuando, o texto aponta que Mirabelli disse: “- Pois que se manifestem – gritou Mirabelli, com voz imperativa”, e imediatamente, à vista de todos, uma das garrafas levantou-se e bateu nas outras com toda força, repenicando por espaço de uns cinco a dez segundos, parando depois. O fato foi francamente visto e ouvido, por todos chegando mesmo a deixar a doente muito assombrada.
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    Logo após esse evento, Mirabelli adverte a todos dizendo: É preciso cuidado, agora; ACABA DE ENTRAR UMA FALANGE DE OBSESSORES, e após passa a haver outro fenômeno de efeito físico com a prataria da casa, pondo de certo modo as pessoas ali presentes em aflição. A esse acontecimento Montalvão comenta:
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    COMENTÁRIO DO MONTALVÃO: a declaração de Imbassahy é a de alguém que, diante do inusitado, perde o espírito crítico. Vejam só: ele tinha notícias de que Mirabelli andava espiritualmente “mal acompanhado”? e estaria tendo a confirmação disso?, mesmo assim se manifestava deslumbrado ante a cena caótica que presenciava.
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    COMENTÁRIO: realmente, falei mal, pois falei pouco do espetáculo de ingenuidade registrado por Imbassahy: ele não só perdeu o espírito crítico, tornou-se como que uma criança, extasiada ante as luzes do circo. Ora, um sujeito que Imbassahy nunca tinha visto antes, a quem jamais pusera sob examinação adequada, adentra-lhe a casa e leva consigo FALANGE de mortos… Pô, era hora de Imbassahy expulsar o cretino a bofetes. Desde quando “falange” de desencarnados desocupados invadem moradas de gente do bem impunemente?
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    (Neste momento, dileto Arnaldo, caí em decúbito mediúnico, em que minha visão a distância se torna ativa e operante. Vejo que falange de duendes embaraçantes estão pondo em sua mente ideias de jerico, fazendo-o crer que qualquer safado que diga coisas que seu coração acate sejam consideradas verdades. Rogue ao anãozinho gigante que o livre dessa obsessão, ele é bom nesse trabalho…)
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    ARNALDO: Seria interessante que o Montalvão estudasse um pouco a Doutrina Espírita – mesmo sem aceitá-la -, para pelo menos ficar melhor informado, e assim, não demonstrar total ignorância nas suas argumentações.
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    COMENTÁRIO: que bom que você está aqui para me orientar, não?
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    ARNALDO: A questão é que Montalvão quer opinar sobre o fenômeno mediúnico fora do ambiente mediúnico, ou seja, in loco, diante do fenômeno, caindo apenas no campo das idéias, e assim sendo, ele discute apenas o que ele pensa, as suas idéias imaginativas do que possa ter acontecido, tendo como base exclusivamente o preconceito, aquilo que ele alimenta em relação aos fenômenos, sem se preocupar com os fatos, daí a falta de raciocínio lógico nas suas observações.
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    COMENTÁRIO: tudo bem, mas não basta dizer que me falta raciocínio lógico, há que demonstrar… só por que não vejo o acontecimento “in louco” significa que dele nada posso dizer? Então, de que vale as descrições de experiências e seus resultados? Só valem se estivermos juntos? Se for assim, meu filho, pode jogar fora essas experiências vetustas que possui em seu arquivo, com as quais intenta comprovar a realidade mediúnica…
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    Minha “falta de raciocínio lógico” me diz que esses experimentos, que para você são probantes, ostentam resultados incertos, indefinidos e nada objetivos, por isso “me atrevo” a emitir críticas e considerações. Tentendeu?
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    ARNALDO: Reclama de Imbassahy por ter sido sabedor de que Mirabelli era mal acompanhado espiritualmente, e mesmo assim ficou deslumbrado ante a cena caótica que presenciava.
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    ARNALDO: Senhor Montalvão, pelo fato de um médium estar mau assistido espiritualmente, isso não proíbe que haja fenômeno, porque A MEDIUNIDADE CONTINUA EXISTINDO, SÓ QUE ORIENTADA POR ESPÍRITOS BRINCALHÕES, EMBUSTEIROS, ORGULHOSOS, E COMUMENTE POR INIMIGOS ESPIRITUAIS DO PRÓPRIO MÉDIUM, procurando levá-lo a quedas, e cair no descrédito, ou seja, a diferença se dar no campo da qualidade do fenômeno.
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    COMENTÁRIO: ok… mas isso é o que você, do alto de sua “otoridade” de crente, me diz. Quando o conclamo a apresentar provas dessas assertivas, com experimentos atuais e satisfatórios, qual a resposta que dá? Vocifera, cambalhoteia, saracoteia, salta de banda… mas demonstração que é bom…
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    O mesmo direito que tem de me afiançar que são “espíritos” brincalhões tenho eu de lhe afirmar que estão brincando com sua inteligência… e não são espíritos… E posso provar facilmente o que lhe digo. Quanto a você afirma sem provar nada…
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    ARNALDO: Por outro lado, não vejo nenhum deslumbramento de Imbassahy ante os fenômenos da prataria, vejo sim preocupação, misturado com um pouco de humor, por ver esses objetos serem jogados dentro da sala, o que poderia vir a atingir alguém, além do prejuízo material. Tanto é que o Bernardino fazia sinais para ele, mostrando que o momento não era para se fazer graças. Portanto, mais uma vez Montalvão usa palavras inadequadas, para poder criticar Imbassahy dizendo que o mesmo não tem ou perdeu o senso crítico.
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    COMENTÁRIO: Bem, começa que Imbassahy não viu nenhum “objeto ser jogado”: ele diz que, ao final, a louça restou preservada. mas, tá bom, concedo-lhe essa: tiremos o “deslumbramento”, e entra “preocupação”, só que houve mais, muito mais que preocupação, basta ler a descrição do evento para perceber que ele, e a família, estavam aterrorizados. Então, o deslumbramento pode voltar: Imbassahy estava deslumbradamente apavorado…
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    Continua Montalvão:
    “E o pior: alertado que falange de obsessores lhe invadira a casa, prostrou-se inerte, permitindo que os imaginados espíritos do mal realizassem a bagunça que desejassem. Ora, porque não recorreu à saudável espiritualidade, rogando às entidades do bem que protegessem o ambiente? É sabido que na luta do bem contra o mal, o bem sempre vence…
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    ARNALDO: Se honestamente analisarmos o comportamento do Montalvão nesta sua análise, veremos que a todo o momento, ele DEIXA TRANSPARECER QUE AS COISAS DEVIAM SER FEITAS DO JEITO QUE ELE PENSA, tudo tinha que ser feito ao jeito dele, nada do que os outros fizeram ele considera certo, porque tudo só está certo quando feito por ele, o raciocínio perfeito é somente o dele, por isso que não aceita nenhuma prova realizada pelos outros, não levando em consideração que diante de uma mesma situação, cada pessoa tem um jeito diferente de agir. Além disso, temos que levar em consideração, A INTENÇÃO que leva a uma pessoa agir assim, e não assado. Certamente não serviria para se desenvolver com ele um trabalho de equipe.
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    COMENTÁRIO: escorregas em erro apreciativo: se fossem ocorrer conforme o Montalvão pensa, nada ocorreria, pelo menos não da parte de “espíritos”, visto que, até segura demonstração em contrário não há uma evidência segura de que espíritos estejam atuantes no ambiente, malgrado os adeptos garantirem ter provas que sim (mas, em cento e cinquenta anos de “certezas” não conseguiram produzir uma demonstração convincente).
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    ARNALDO: É a velha questão de querer opinar e analisar as coisas, sem nunca ter vivido ou vivenciado um fenômeno mediúnico, por isso que o aconselho a pelo menos fazer uma pequena experiência com o copo, faça uma experiência juntamente com seus amigos, usando um copo, e com certeza irá obter resultados satisfatório. Ou está com medo de ter que enfrentar a realidade espiritual?
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    COMENTÁRIO: se só pudesse opinar quem “viveu” o fenômeno, vixi santa, o silêncio entre os mortais seria insuportável. Ninguém poderia dizer que o crak é o inferno, a não ser se o experimentasse…
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    E agora volta a falar nessa superstição do copo… Deixei-lhe trechos de artigos ilustrativos que , pelo visto, não leu. Recomendo, pois, que volte algumas casas, examine o que falta ser lido e só volte ao assunto quando tiver novidade ou quando contestar adequadamente o que postei para seu esclarecimento.
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    Dê só uma pensadinha com seu cérebro privilegiado (faça isso de vez em quando, é muito bom para a catilogência, mesmo estando soterrado por toneladas de ideias de fraca fundamentação, qual a de que espíritos comunicam com vivos): pare e pense um pouquinho, o que é um copo senão um receptáculo de vidro, normalmente destinado a pôr líquidos? (mas, se quiser pode pôr outras coisas, como farinha com açúcar, mel, azeite, birita)… Porém, não importa o conteúdo, copo é sempre copo, nada o irá transformar em ferramenta mística, apta a captar a vontade dos espíritos. Então, como é que um cristão-espírita vem, na maior cara de madeira, afirmar, com a tranquilidade de quem não sabe de nada, que um copo é instrumento da espiritualidade? Vou acabar tendo que pegar emprestada a vassoura de minha tia, que é bruxa, voar até Brasília para que me mostre in loco como é que um simples copo se transmuta em receptor da espiritualidade…
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    ARNALDO: Sobre a crítica quanto ao comportamento de Imbassahy neste momento da prataria, temos que levar em consideração que Imbassahy sabia que o mundo espiritual que nos orientam nas reuniões mediúnicas nas casas espíritas, iriam respeitar o seu livre arbítrio, ao trazer para sua residência o médium Mirabelli e promover fenômenos mediúnicos. Imbassahy sabia perfeitamente que O LAR, NOSSA RESIDÊNCIA, NÃO É UM AMBIENTE ADEQUADO PARA SE REALIZAR ENCONTROS MEDIÚNICOS, a não ser que antecipadamente tenhamos acertado com os Espíritos que nos auxiliam nestas atividades, para nos auxiliar neste momento, caso contrário, eles não interferem. O exemplo está ai, as coisas aconteceram sob a responsabilidade de Imbassahy. MAS LOGO QUE ELE RESOLVE PEDIR ESTA AJUDA AO MUNDO ESPIRITUAL, A OBTEVE, POIS IMEDIATAMENTE OS FENÔMENOS CESSARAM.
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    COMENTÁRIO: marque a melhor opção: (1)os “fenômenos” cessaram porque o mundo espiritual interferiu ou (2)porque o estoque de mágicas havia findado? Que o lar não seja local adequado para encontros mediúnicos parece não refletir a realidade. Desde o século XIX que se pratica mediunidade nos lares, mesmo na atualidade, no Brasil e em outras partes, não são poucos o que fazem reuniões da espécie…
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    Mas como você é o especialista no assunto, ilustre, extraído da doutrina, ou do estudo de algum “cientista espírita”, material que explique porque o lar não se presta para esse procedimento…
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    Além disso, sua bela “explicação” é falhadíssima: nada de livre arbítrio de Imbassahy, “respeitada” pelos espíritos: se leu o texto vai lembrar que ele informa que só aceitou a visita inesperada por educação, e que a chegada de Mirabelli, levado por um amigo, ocorreu sem aviso.
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    ARNALDO: Finalizando o texto, Imbassahy descreve o seguinte:
    “A posição de Mirabelli era inquietante; pernas arqueadas, a torcer o pescoço de um para outro lado, o dorso bombeado, parecia a figura de Triboulet. Mas em vez dos esgares do riso, tinha o terror pintado na fisionomia.
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    – Estão ali – dizia ele. – Querem quebrar… Vão quebrar! … Livrem o rosto! …
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    “E ele, mesmo, punha as mãos diante da cabeça, como anteparo, fazia-se pequeno, para diminuir o alvo e olhava de viés, para determinado ponto, onde deviam estar os invisíveis, maquinando as tropelias.”
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    COMENTÁRIO DO MONTALVÃO: os trejeitos e esgares de Mirabelli e também seus apontamentos sobre a localização dos espíritos? que só ele conseguia “ver”?, eram meios de distrair a atenção dos circunstantes e dificultar a percepção de seus truques.
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    ARNALDO: Vemos nesta comentário de Montalvão, a ingenuidade de quem fala sem conhecer, mas ORGULHOSO O SUFICIENTE para pensar que tem autoridade para comentar e fazer juízo, no que resulta no mínimo, numa PSEUDO-ANÁLISE.
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    SEM VIVENCIAR, SEM ESTAR PRESENTE À EXPERIÊNCIA MEDIÚNICA, NINGUÉM TEM AUTORIDADE PARA TECER COMENTÁRIOS E FAZER AFIRMATIVAS SOBRE A MESMA, E MUITO MENOS AINDA, FAZER UMA ANÁLISE PARA CONCLUIR PELA VERACIDADE OU NÃO DO FENÔMENO. ISSO É PRECIPITAÇÃO, SENÃO LEVIANDE.
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    COMENTÁRIO: neste caso, sua declaração vale para os dois lados: nem eu teria direito de criticar a ingenuidade de Imbassahy e amigos, nem de você de defender a legitimidade dos espíritos em ação, considerando que nenhum dos dois esteve presente à “experiência mediúnica”…
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    Só que não concordo com isso, a simples observação comparativa, com o que da mediunidade geral se noticia, dá conta de que sujeitos qual Mirabelli não podem existir como reais médiuns: o excesso de “poderes” os denuncia. Se espíritos, quando postos à prova objetivamente, têm enorme dificuldade em realizar coisas que para eles seriam mui simples, como ir na sala ao lado e informar cinco objetos postados sobre a mesa, como se pode esperar que consigam doar poderes supimpas a um cretino de marca maior, qual foi Mirabelli, para que fizesse arruaças na casa dos outros?
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    Os infantis crentes dizem que a espiritualidade é assim mesmo, do mesmo modo que aqui: tem gente boa e quem não preste. Pode até ser que fosse, mas se é como aqui, porque lá não tem um policiamento que coibisse a ação dos marginais do espírito? Em nossa Terra, mesmo com toda a safadeza, quando ladrões invadem uma residência, ou arremetem contra transeuntes e motoristas, a PULIÇA é chamada e, frequentes vezes, frustra a ação criminosa. No além, pela lógica espiritual, era de esperar que houvesse guardas na fronteira entre os dois mundos, de modo que só os bons de lá passassem para cá, os que não prestam seriam detidos e levados ao carandiru mediúnico. Criminoso só um ou outro atravessaria por sorte o portal, mas logo as OTORIDADES entrariam em ação para recolhê-lo. Mas, qual nada, pelo visto o trânsito entre as dimensões é o maior bundalelê…
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    ARNALDO: Vejamos onde estão os erros dessa análise do Montalvão, erros que nos mostram que ele fala do fenômeno, sem ao menos entender como o mesmo se dar. Vejamos:
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    Primeiro ele diz que OS TREJEITOS E ESGARES DE MIRABELLI E O APONTAR ONDE ESTÃO OS ESPÍRITOS, tinham a finalidade de distrair a atenção e dificultar a percepção dos truques usados por Mirabelli.
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    Se a intenção de Mirabelli com seus ESGARES E TREJEITOS, era tirar a atenção dos que o observavam, falhou, pois se o Imbassahy descreveu o seu estado de contorções com tantos detalhes, foi justamente porque o estava observando, e ao observar, teria visto o Mirabelli a tirar do armário ou da prateleira os objetos, e jogá-los em todas as direções dentro da sala iluminada com 200 watts de luz.
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    COMENTÁRIO: Arnaldo, você deve ser daqueles indivíduos privilegiados que numa rápida olhadela descobre as manhas dos ilusionistas, e pensa que todos possuem igual talento. Colega, não é assim: as pessoas comuns podem olhar os mágicos com os olhos que quiserem e puderem,e descrever o sujeito detalhadamente, mesmo assim não percebem como o truque é feito. Devo só acrescentar que a gritaria mirabélica não tinha só o fito de distrair, também objetivava dar mais “glamour” ao espetáculo.
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    PERGUNTO AO MONTALVÃO:
    Vamos começar pelo fenômeno ocorrido na Federação Espírita do Estado do Rio, no salão de palestra, que costuma ser um salão grande para acomodar muita gente, um QUADRO ENORME se desprendeu da parede e se deslocou até atingir a cabeça do próprio Mirabelli.
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    Pergunto ao Montalvão:
    Como o Mirabelli preparou, e o que usou no salão de palestras da Federação, o de que necessitava para levar a efeito o seu truque prestidigitativo de deslocar um quadro enorme da parede, e quebrá-lo na sua própria testa?
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    COMENTÁRIO: bem, se eu fosse mágico provavelmente saberia como o truque foi feito, mas talvez não lhe pudesse revelar pelo fato de os ilusionistas evitarem divulgar seus artifícios. Mas já que não posso lhe explicar o truque, talvez você possa me esclarecer como é que na sede do espiritismo brasileiro, diante de quinhentos, boa parte desses médiuns e, certamente, alguns bem poderosos, as falanges zombeteiras de Mirabelli puderam atuar sem interferência? E o policiamento espiritual, que não age nessas horas?
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    E com o quadro, será que alguém pensou em fazer um contrateste? Por exemplo, apontar para um quadro no outro lado de onde o Mirabelli estava e pedir ao espíritos que repetissem o ato com aquele?
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    E, não podemos esquecer que alguém precisa elucidar por que meios um espírito, sem corpo material, é capaz de arrancar um quadro enorme de seu lugar e jogá-lo na cabeça de um cretino?
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    ARNALDO – Qual a preparação e como Mirabelli teria preparado a sala iluminada por 200 watts de luz, com cinco pessoas apenas, para realizar seus truques prestidigitativos, se o mesmo esteve todo o tempo sentado numa cadeira de balanço? Já sei, vai dizer que foi a mulher que o acompanhava. Continua então a pergunta:
    – Como ela fez se fazia parte das cinco pessoas que se encontravam na sala iluminada por 200 watts de luz?
    – Quais seriam os truques DE PRESTIDITAÇÃO que poderiam ser usados por Mirabelli para fazer a garrafa d’água levantar se a mesma estava a certa de no mínimo três metros de distância de onde ele se encontrava, bater com força nas demais garrafas, se ele e nem a mulher saíram dos assentos em que se encontravam, e numa sala iluminada por 200 watts de luz?
    – Qualquer que seja a sua resposta, pergunto: e qual A PREPARAÇÃO que ele teria que fazer na sala para fazer levitar a garrafa e bater com força nas demais?
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    COMENTÁRIO: são perguntas técnicas que não me cabem responder, visto não ser eu versado na arte. Mas, se houvesse lido os textos que lhe indiquei, veria que o desafiado Mirabelli, perante pessoas que conheciam os truques, nada conseguiu realizar.
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    ARNALDO: Quanto ao Mirabelli indicar o lugar onde se encontravam os Espíritos, precisaria que Imbassahy fosse tão ingênuo quanto Montalvão para dirigir o seu olhar, desviar a sua atenção, para aquele ponto, pois Imbassahy sabia que não iria ver nenhum espírito, pois não se tratava de materialização de espírito. Mesmo que Imbassahy possuísse a faculdade de vidência, não iria olhar, pois ele saberia que a vidência se dar através dos olhos espirituais e não há necessidade de se direcionar o olhar para o ponto em que o Espírito se encontra.
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    COMENTÁRIO: “olhos espirituais”? Como funcionam? O que vêem? Arnaldo, você se pronuncia com a autoridade de quem realmente conhece os mistérios espirituais, em que livros aprendeu tais coisas? Se Imbassahy olhou ou não para onde Mirabelli apontava não sabemos, nem eu nem você, mas que os apelos do sujeito impressionaram o espírita disso não há dúvida. A descrição que deu dos acontecimentos não é a de quem friamente analisa uma cena atípica, mas a de quem muito se embasbacou com o que presenciava…
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    COMENTÁRIO DO MONTALVÃO: Curioso como leigos em presditigitações fazem afirmações taxativas sobre a impossibilidade de fraudes. O mais provável é que Imbassahy tenha se deixado convencer por um “showzinho” montado pelo esperto Mirabelli. Visto não ter havido qualquer forma de controle, o sujeito ficou solto para realizar o que pretendia sem dificuldades.
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    ARNALDO: Montalvão sabe perfeitamente que não se tratou de uma reunião de cunho científico, foi apenas uma apreciação do Imbassahy para ver ou confirmar suas impressões sobre o que falavam do médium Mirabelli e sua mediunidade, portanto, não usou os recursos exigidos numa reunião de cunho científico . Mas MESMO ASSIM, IMBASSAHY NÃO SE DEIXOU LEVAR OU IMPRESSIONAR PELOS FENÔMENOS, portanto, a análise que você realizou não corresponde á realidade, NÃO EXPLICA NADA, mas aqui deve ter sido recebido como a pura verdade, que não é verdade.
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    COMENTÁRIO: se acha que Imbassahy não ficou impressionado, nada posso fazer quanto a isso, a vontade de achar o que quer é sua, mas não é o que se depreende da leitura do depoimento. Se quiser conferir, confira pelos trechos a seguir:
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    IMBASSAHY: A NOSSA CARA DEVERIA TER SIDO, NO MOMENTO, A DO LAVRADOR QUANDO VÊ SURGIR NO HORIZONTE UMA NUVEM DE GAFANHOTOS. Havia, ainda, a notar, a circunstância de achar-se enferma pessoa da nossa família, a quem as façanhas de Mirabelli inspiravam um invencível pavor. [a doente era a esposa de Imbassahy] De sorte que, não poderia haver, naquele instante, para nós, criatura mais indesejável.
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    IMBASSAHY: Apesar de simpático, Mirabelli é muito espetaculoso. Hiperbólico, cheio de gestos, falando alto e nem sempre a propósito, com rompantes na voz, movimentos bruscos, violentos, POR VEZES ASSUSTA; aos indivíduos desconfiados dá logo má impressão.
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    IMBASSAHY: “Estávamos nesse solilóquio, quando o médium se virou para o Daniel de Brito e disse que ali via um parente dele, falecido. E começou a falar…
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    ELE FALAVA E O DANIEL SE PERTURBAVA. É que o médium começara a revelar fatos íntimos, surpreendentes, mas que conhecíamos, outros apenas sabidos do Daniel. Em breve desvendou todo o passado do jovem, como se fôsse o parente morto que estivesse ali falando. Dir-se-ia que a infância e a mocidade do rapaz não tinham segredos para ele e, entretanto, era a primeira vez que o via e que com ele tratava. Disso ninguém tinha dúvida.
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    Nem se diga que o Daniel era pessoa conhecida e relacionada; pequeno e modesto industrial, mal principiara a vencer as dificuldades da vida, espinhosas para ele até então, vida apagada, triste, trabalhosíssima. Tudo o Mirabelli desvendou, dizendo que os casos lhe eram relatados pelo pai de Daniel, falecido há muitos anos, e que, de fato, deixara o filho, com outros irmãos, despro¬vidos de recursos. E O HOMEM PARECIA QUE SABIA TUDO, QUE TINHA CONHECIMENTO DE TUDO. NÃO LHE ESCAPAVAM OS PORMENORES.”
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    IMBASSAHY: “ENTRAMOS A TREMER DE NOVO PELA SORTE DOS PRATOS. Como alguém viesse dizer que a doente estava muito nervosa e assustada, Mirabelli resolveu dar-lhe água fluidificada. Para isso, mandou que arranjassem vasilhas.
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    Entrementes, continuou a dizer particularidades sobre a vida dos presentes e até dos que estavam no quarto. PARECIA QUE UM SOPRO MÁGICO LHE TINHA ATRAVESSADO O ENTENDIMENTO.
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    IMBASSAHY: As garrafas ficaram numa extremidade da mesa e o Brito, o Bernardino, o Mirabelli e nós nos assentamos junto à porta da sala da frente, a uns quatro ou cinco metros das garrafas, TODOS DE MÃOS UNIDAS, PARA ESTABELECER A CORRENTE.
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    COMENTÁRIO: A respeito das “mãos unidas, para estabelecer a corrente” vale reproduzir trecho das resportagens do “Correio Paulistano” que pôs Mirabelli sob teste (e que você, Arnaldo, prefere não ler…):
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    CORREIO PAULISTANO: Com a mesma evangélica paciência num recinto em que reinara não só o mais completo silêncio, senão também a mais completa “concentração”, assistimos ontem, no salão nobre do “Correio Paulistano”, a uma nova experiência realizada pelo prestidigitador sr. Carlos Mirabelli. Foi a quarta e a penúltima da série exigida por esta folha no repto que lançamos ao prestimano.
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    Silêncio, absoluto silêncio; concentração, absoluta concentração; paciência, absoluta paciência; imobilidade do lápis – absoluta! absoluta! absoluta!
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    Duas horas tremendas, duas horas fatigadas, duas horas profundamente insípidas, numa sala cujas portas e janelas cabalisticamente se fechavam para que não viessem de fora, nas asas da viração da noite, pensamentos maus, o rumor dos transeuntes indiferentes, o eco da música duplamente profana dos cafés-concertos… Fechados, inteiramente fechados; quietos, quietos todos e todos quase que tão paralisados, tão imóveis como o próprio lápis…
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    Tudo isto para quê? PARA QUE A CORRENTE FLUÍDICA SE ESTABELECESSE, para que os espíritos [ilegível] das regiões iluminadas, para que se aproximassem de nós, para que os fenômenos se produzissem.
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    Em vão, porém, em vão, três vezes em vão! Ainda desta vez ficamos na mesma.
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    Decididamente, os “espíritos” protetores do sr. Mirabelli assentaram de não fazer no “Correio Paulistano” as costumadas traquinices com que, lá por fora, vão divertindo céus e terras..
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    IMBASSAHY: “ESTÁVAMOS NÓS MUITO SATISFEITOS, POR TER TIDO, ENFIM, A PROVA DA MEDIUNIDADE DE MIRABELLI, quando este preveniu, espantado: — É preciso cuidado, agora; acaba de entrar uma falange de obsessores!
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    O SANGUE FUGIU-NOS, DE REPENTE: era a louça, que voltava a perigar. VIERAM-NOS À MENTE, EM TROPEL, TODOS OS RELATOS DAS DEPREDAÇÕES REALIZADAS PELOS ESPÍRITOS INFERIORES COM OS FLUIDOS DAQUELE MÉDIUM. Víamos em estilhaços os nossos cristais; e, o que ainda era pior, sentíamo-nos ameaçados de levar com os cacos pela cabeça.”
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    “A posição de Mirabelli era inquietante; pernas arqueadas, a torcer o pescoço de um para outro lado, o dorso bombeado, parecia a figura de Triboulet. Mas em vez dos esgares do riso, tinha o terror pintado na fisionomia.
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    – Estão ali – dizia ele. – Querem quebrar… Vão quebrar! … Livrem o rosto! …
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    IMBASSAHY: E ele, mesmo, punha as mãos diante da cabeça, como anteparo, FAZIA-SE PEQUENO, para diminuir o alvo e olhava de viés, para determinado ponto, onde deviam estar os invisíveis, maquinando as tropelias.”
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    “- DESTA VEZ NÃO ESCAPA NADA NESTA CASA – pensávamos nós, já arrependido de ter acedido àquela fluidificação, que prometia acabar mal.
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    IMBASSAHY: Bernardino, pálido, já acostumado àquelas cenas, e, pior ainda, aos estragos, fazia-nos sinais com os olhos, como a dizer-nos que o momento não era para graças.
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    IMBASSAHY: O AUTOR DESTAS LINHAS SENTOU-SE NUMA CADEIRA, SUANDO, EXAUSTO, ANIQUILADO. O louçame estava, felizmente, intacto.
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    Restou-nos, como consolo, A CERTEZA INABALÁVEL dos dons mediúnicos de Mirabelli.
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    COMENTÁRIO: pois bem, se as frases em destaque não demonstram o assombro de Imbassahy ante o espetáculo que Mirabelli dava então expressam o quê? Uma madura e tranquila apreciação? Fica claro, meu amigo, que sua alegação de que o ingênuo Imbassahy “não se impressionara com o fenômeno” está distante do que o depoimento expressa.

  196. Marciano Diz:

    Haja sabão.

  197. Antonio G. - POA Diz:

    Montalvão, invejo (no melhor dos sentidos) sua energia e disposição.

  198. Antonio G. - POA Diz:

    É impressionante como pessoas inteligentes e instruídas se atolam neste mar de bobagens que são as “ilusões espirigélicas” (thank’s, Toffo). É insistem. E relutam. E esperneiam…
    Eu sei como é. Também já vivi esse papel. E sei que o móvel deste comportamento é o medo. O temor da incerteza do post-mortem, o pavor da realidade da finitude. Uma tolice. Uma perda de tempo, pois não estaremos aqui para sofrer ou apreciar o porvir. Quem compreende isto vive melhor o presente e não teme o futuro.

  199. Antonio G. - POA Diz:

    thanks, e não thank’s.
    E insistem, e não É insistem.
    Desculpem…

  200. Defensor da Razão Diz:

    Muito bem, Montalvão. Embora discutir com quem utiliza a fé (assumidamente ou não, tanto faz) para argumentar seja uma tarefa inglória, sua clareza e coerência são notáveis.

  201. Montalvão Diz:

    MARCIANO: Oi, ANTONIO G. – POA,
    Eu já tinha dito exatamente isto. Veja:
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    Marciano Diz:
    ABRIL 14TH, 2014 ÀS 16:00
    “Na Federação Espírita do Estado do Rio, com o salão repleto, um quadro enorme desprendeu-se da parede e atirou-se na testa de Mirabelli, causando a todos um enorme pânico. Quinhentas pessoas testemunharam isto”.
    .
    MARCIANO: É evidente que tal fato nunca aconteceu. Isto é uma deslavada mentira.
    Quadros não se atiram por vontade própria ou por força de imaginários espíritos na testa de ninguém.
    Onde estão essas quinhentas pessoas que testemunharam essa mentira?
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    COMENTÁRIO: De Mars e Toinho…
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    Sem desmerecer o ponderamento dos dois, visto que a história do quadro possui ingredientes sobejos para se tratar de mais uma lenda espiriturbana, ainda assim dou crédito ao acontecimento, claro, descontados os exageros e os espíritos.
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    A meu ver, há duas hipóteses: 1) casualidade, 2) truque. Comecemos pela segunda. Mirabelli, até seus fãs reconheciam, era do tipo espetaculoso (qualquer semelhança com Green Morton e outros da mesma estirpe não é mera coincidência). Este maneirismo facilitava em muito suas falcatruas. Nada obsta que, com a ajuda de um cúmplice, ele tenha preparado o quadro e, no momento que julgou propício, tenha dado o jeito de puxar a pintura para junto de si. Ilusionistas não teriam maior dificuldade em produzir feito semelhante.
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    A segunda hipótese é de que o material tenha se despregado espontaneamente, próximo de onde o Mirabelli se encontrava, o que gerou a “interpretação”, bela e faceira, de que a pintura “se atirara” sobre o esperto. Como o acidente era favorável ao incremento da fama Mirabelli o aceitou.
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    A narrativa oficial diz que “um quadro ENORME desprendeu-se da parede e atirou-se na testa de Mirabelli, causando a todos um enorme pânico”. Deixando de lado que 500 espíritas, certamente muitos deles experientes e médiuns, tenham ficado “em pânico” pela ação de espíritos bagunceiros, é algo que não entraria nem na cabeça de kardecista radical, pensemos no quadro e na testa do desinfeliz.
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    Um quadro enorme para atingir a testa de alguém teria batido de quina. Se era um quadro enorme era pesado. Portanto, ao bater na fronte de Mirabelli teria causado ferimento de certa gravidade, mesmo o sujeito sendo muito cara-de-pau, ainda assim se machucaria. Mas não há relato de que Mirabelli tenha sido hospitalizado por conta da agressão espiritual.
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    Também é óbvio que não foram 500 testemunhas. Mesmo que houvesse esse número no salão, e supondo, na hipótese do truque, que o malandro tenha dado um grito para chamar a atenção sobre si, seria impensável que todos tivessem igual visão do evento, ou que estivessem a olhar embevecidos o sacripanta no exato momento. Então, alguns que testemunharam o acontecido espalharam a informação conforme suas mentes supersticiosas e propensas e ver o que não existe interpretaram.
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    Outra coisa: mesmo no meio espírita há os que são mais “pé no chão”. Embora minoria, repudiam os arroubos exagerados da crença. Aliás, em todos os grupos religiosos há os moderados: no meio católico, por exemplo, nem todos os fiéis admitem verdadeiras as aparições da Virgem. O próprio Chico não foi aceito cemporcento: vários intelectuais kardecistas repudiaram obras como “Brasil Coração do Mundo…” e “Evolução em Dois Mundos”. Desse modo, supor que num salão com 500 cabeças diferentes, mesmo sendo cabeças de crentes, todos unanimemente ovacionassem os poderes de Mirabelli é pedir muito. Deve ter quem se mostrara contrafeito e murmurara: “safado, sem-vergonha”. À semelhança da reação de Imbassahy, quando percebeu que Mirabelli simulava estar sob influência do espírito de Lombroso, mas como Imbassahy, mesmo reconhecendo a existência de médiuns matreiros, também admitia a veridicidade de muitos, deixou-se levar pelos espetáculos que seguiram e terminou crente em Mirabelli. O azar foi dele, e do Arnaldo.

  202. Antonio G. - POA Diz:

    kkkkkk…. Muito bom!

  203. Marcos Arduin Diz:

    Retomando apenas para aproveitar uma pequena folga:
    “Pois bem, assim como um vivo é capaz de pegar um livro e lê-lo para alguém, ou dirigir-se a uma sala e relacionar objetos que lá estejam, por óbvio, os espíritos também poderiam de realizar esses feitos banais. São capazes desses feitos banais e outros típicos de suas condições desencarnadas, quais atravessar matéria sólida, perceber pensamentos, utilizar sistema de comunicação mais eficiente que o vocal (supostamente por telepatia) e coisas do gênero.”
    – Ô beleza, Sr dos 10 mandamentos. Então me diga como é que ficou sabendo tanto sobre a natureza e capacidade de ação dos espíritos. Sim, pois é muito estranho para mim que alguém saiba tanto sobre os ditos espíritos, mas afirma que eles não existem…
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    Seriam TODOS os espíritos capazes de tais feitos? Se apenas algumas pessoas, dos ditos médiuns, são capazes de ver, ouvir ou sentir a presença dos ditos espíritos, será que estes também não teriam limitações semelhantes?
    Sou suficientemente inteligente para saber seria pura perda de tempo ir a um Salão do Reino dos TJs e mostrar-lhes a realidade da Evolução. Eles não podem aceitá-la, pois aí estariam duvidando do verdadeiro Jeová Deus (= Corpo Governante). E não seriam os espíritos, já que você lhes emprestou capacidades telepáticas, da mesma forma poderem perceber que os tais “pesquisadores” só aceitariam como válida aquilo que “provasse” a não existência dos ditos espíritos? E da mesma forma, não perceberiam eles que tal experimento EM NADA convenceria a comunidade cética?
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    Espíritos brincalhões até poderiam querer se divertir às nossas custas, mas o sérios têm mais o que fazer.
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    “Pois bem, se testarmos os espíritos dentro daquilo que admite-se sejam habilitados a realizar, teremos fortes evidências de que realmente estejam presentes, embora não possamos vê-los.”
    – De novo você achando que estão habilitados a tais e quais coisas… Se não acredita que existam espíritos, como acredita que nas supostas capacidades deles? Vamos a um exemplo mais mundano: presume-se que os ditos intelectuais são pessoas inteligentes e argutas, de bom raciocínio e tirocínio. Porém, no caso dos intelectuais esquerdistas, exige-se excesso de burrice para se qualificarem a isso. Então conclui-se que nem todos os intelectuais são pessoas geniais, certo?
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    “Neste caso, constatar-se-ia que mortos estão dentre os vivos por suas manifestações objetivas, e não por alegações vagas e difusas, quais são os recados mediúnicos. Assim, se alguém abre um livro numa condição que nenhum presente veja o conteúdo escrito e, mesmo assim, o médium reporta informação correta, o resultado aponta para algo excepcional em andamento.”
    – Aposto e ganho que o Randi ou qualquer outro sábio cético seria capaz de fazer esse mesmo experimento sem auxílio de médium algum. Eu, por exemplo, mostraria ao experimentador uma pilha de livros e ele que escolhesse um ao acaso, fosse para a salinha secreta e o abrisse, sem olhar, deixando as páginas abertas voltadas para baixo. E apresentaria depois uma frase que estaria numa das páginas do livro escolhido. Conferidas, logo se descobriria que de fato a frase está lá. E então? Ficou satisfeito? Se ficou, não devia. Como o truque foi feito? Simples, os livros embora de capa, tamanho e volume sejam idênticos aos encontrados em qualquer livraria, são na verdade uma fraude: em todas as páginas de todos eles, ainda que diferentes entre si, está a tal frase.
    Que mais desculpas os ditos céticos podem apresentar? Digamos que o pesquisador chega com o seu próprio livro e segue o procedimento. Ora, podem dizer que há uma câmara que permitiu fotografar a página escolhida e aí o médium só tem que decorar uma frase e lá vai…
    São tantas as possibilidades de truques que você vai ficar maluco se tentar cercar todos eles. E mesmo que o faça, não fará com que os céticos acreditem em você.
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    “A defesa espírita de que a satisfação dos consulentes ante as mensagens psicografadas seria mais que suficiente para atestar a ação dos mortos não se sustenta. O que satisfaz a quem já esteja inclinado a validar tais “provas” constitui evidência mui frágil, aliás, nem de “evidência” pode ser chamado.
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    Os mediunistas, obviamente, só divulgam as satisfações e reconhecimentos: omitem as recusas e dúvidas. Mesmo assim, indiretamente, pode-se perceber que as psicografias dificilmente atendem a cemporcento.
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    Há um caso ilustrativo, com Chico Xavier. Jair Presente morrera afogado. Os parentes compreensivelmente chorosos foram à procura de Chico. Receberam a mensagem típica, comum a todos os consulentes: cheia de doçuras, de recomendações, protestos de saudades, e tudo o mais que a criatividade de Francisco produzia. E os pais retornaram felizes por saber que o filho morto estava vivo e bem. Os amigos de Jair tomaram conhecimento da mensagem e contestaram: aquele não era o Jair que conheciam. O modo dele se manifestar, de escrever, era completamente diferente. Devem ter sido tão enfáticos que os parentes voltaram ao Chico e contaram que sucedia: Jair Presente apreciava comunicar por meio de gírias, e na psicografia não dissera uma giriazinha que fosse… Então, Chico que não era bobo nem nada, rapidinho emendou o soneto: a partir de então surgiu um Jair Presente recheado ginga: só que, como o médium não estava habituado a esse tipo de redação, o resultado ficou pra lá de esquisito.”
    – Ah! Sim… Diga-me uma coisa, Moisés: qual é a fonte da historinha acima? Sim, porque como você disse, os médiuns fazem igualzinho ao Governo: o que é bom a gente fatura; o que é ruim, a gente esconde. E o pessoal cético faz a mesma coisa, só que em sentido contrário ao do médium. Então você duvida de qualquer relato sobre o Chico em que os consulentes saem satisfeitos, mas crê piamente na historia do tal Prudente acima? No que é que essa historinha é melhor do que aquelas dos satisfeitos?
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    Bastava, para elucidar as dúvidas, pôr Jair para ler um livro aberto fora das vistas dos vivos e ele se mostraria presente, dando real força ao suposto comunicado espiritual. A partir daí, poder-se-ia implementar testagens mais efetivas, de modo que a convicção de haver um morto vivo se mostraria inegavelmente firme.
    – ÔH! Mas mesmo que o tal Jair fizesse isso, continuaria esquisito, pois eles ainda não se expressou corretamente do seu modo em vida. Como vamos saber se é mesmo o tal Jair ou se foi algum truque do Chico & Cia Bela para burlar o experimento? Afinal o Waldo Vieira diz que o Chico era um farsante e você acredita nisso, né?
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    “É assim que se ratificaria eficientemente a ação de mortos dentre os vivos. Claro, não seria só e unicamente pela leitura de livro, outras provas nessa mesma linha de objetividade poderiam ser implementadas, e os espíritos, se vivos fossem, certamente as responderiam positivamente.”
    – E os céticos responderiam negativamente e seriam acatados, certo?
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    “Espero que agora deixe de fingir que não entende…”
    – Eu entendo é que qualquer experimento que se faça com os ditos espíritos, mesmo com resultados positivos, serão rejeitados pois contrariam a fé cética. Isso já descobrimos faz tempo.
    /
    “ARDUIN: 2 – Bem, o Ramatis revelou a Hercílio Maes (…) Por que ele ficou e eu não? E energia sei lá o que era mais retraída nos cabelos dele do que nos meus? Como se testa isso?
    ENTENDEU, ô dos dez mandamentos?
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    COMENTÁRIO: não, não entendi… A revelação de fatos reais, que sugeri, complementaria testes objetivos. Se for disso que esteja falando: seu ilustrativo me soou um tanto girola…”
    – Misturou estação. Nada a ver. A questão aqui era de “revelações espirituais” e se elas são pertinentes com a realidade ou não.
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    “ARDUIN: 3 – Repetindo: a leitura de linhas de um livro oculto ao médium prova o que em favor da existência de espíritos?
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    COMENTÁRIO: prova muito mais que psicografias, todas de efeitos subjetivos. É claro que para um experimento em moldes científicos, não seria meramente o sucesso num experimento que determinaria a realidade da coisa. Mesmo assim, se espíritos, generalizadamente, sempre se saíssem bem em tais testagens, sem dúvida alguma, os mediunistas disporiam de fortes argumentos em favor da ação de mortos…”
    – É gozação é? Os espíritos se saírem bem nas testagens… Sabe quantas vezes eu já fracassei em experimentos que deveriam ser receitas de bolo? Se os cientistas de verdade fracassam muitas vezes até conseguirem obter resultados positivos, como e por que os espíritos deveriam ser melhor sucedidos? Se já viu a literatura sobre o assunto, verá que os pesquisadores sérios se depararam com várias sessões improdutivas com os médiuns. Eles apenas tiveram o bom senso de sacar que as sessões improdutivas não infirmavam as produtivas, coisa que os céticos alegam.
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    “ARDUIN: 4 – Ô da razão, não sei lhe responder, pois tanto quanto eu saiba, isso nunca foi quantificado. Sabe-se apenas que o médium PERDE PESO (isso FOI verificado), mas o que perde mais ou o que perde menos, fico lhe devendo.
    .
    COMENTÁRIO: por essa e outras que lhe digo que esse tipo de “conhecimento” é imprestável, visto não ter gerado qualquer saber consistente. Então, se diz que o médium perde peso (massa), portanto deve encolher ou ficar artificialmente inflado. A questão levantada pelo da Razão é altamente pertinente: o que sucede com o infeliz nessas condições? Como se recupera sem ficar sequelado? De que partes de seu organismo sai a massa doada? E outras dificuldades que demandariam explicações…”
    – Posso até concordar, mas se você e os outros já estão de acordo que as tais materializações não existem, assim como os cientistas incrédulos dos tempos idos e passados…
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    “Sabe qual a brilhante explicação mediunista: sabe? “Não sei”. Até hoje nenhum apologista das materializações se interessou em apurar o que sucede nessa crucial situação…”
    – Não sei é o ponto de partida do conhecimento.
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    “É ou não “conhecimento” sem serventia?”
    – Mesmo que suas exigências quanto a essa perda de massa houvessem sido satisfeitas, qual seria a serventia desse conhecimento?
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    “Até mesmo sua declaração de que “isso foi verificado” é falaciosa. Foi verificado em todas as situações materializativas, ou somente uns e outros assim o fizeram? E, mesmo estes que supostamente “verificaram”, o conseguiram em situações devidamente controladas, ou apenas “olharam” e noticiaram o que imaginaram ter visto?”
    – O Crookes colocou a médium numa balança e constatou a perda de peso dela e comparou essa perda com o peso da fantasma: empatavam. Não vejo motivo para que TODOS os outros pesquisadores fizessem isso também…
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    “No mínimo, dos mínimos, dos mínimos, em todos os eventos materializativos, os que divulgam esses casos como verdade, deveriam exibir imagens visíveis do médium e da materialização juntos, em que o médium se mostrasse encolhido. Aliás, se o médium cede parte de sua massa para que o espírito ganhe carnes, ambos não teriam de aparecer em tamanho reduzido, digamos 50% da dimensão normal?”
    – Há fotos em que as materializações aparecem semi-transparentes, o que sugere que são apenas um revestimento exterior para que ficassem visíveis. Como eu disse, o mecanismo é DESCONHECIDO e daí não vale a pena especular a respeito.
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    “Se formos esmiuçar esse “mistério” surgirão tantas, mas tantas, perguntas, todas sem respostas, que até mesmo os fãs entenderão que seja melhor deixar essas coisas de lado, por insubsistentes…”
    – A única coisa que me interessa é se foi controlada a possibilidade de fraude. Feito isso, então sabemos que houve um fenômeno. Se ainda não pôde ser plenamente explicado, isso não é pecado, já que muitos outros constatados pela Ciência também não o foram.
    /
    “ARDUIN: Racional, nas fotos e observações anotadas, não há indicativos de que a aparência do médium fique alterada. Por que? Não sei. Apenas esse é o fato. Se desconhecemos o mecanismo, então fica difícil explicar o fenômeno.
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    COMENTÁRIO: Arduin, caia na real: nem você, nem nenhum dos apologistas, consegue apresentar um mínima explicação razoável para esse “fenômeno”. Mesmo assim insiste em defendê-lo como realidade…”
    – Veja a resposta acima.

  204. Marcos Arduin Diz:

    Ah! Sobre a Juliana Hildago, na tese dela, você mesmo, Moisés, postou um texto onde a certa altura ela fala do Home e sugere que “ele teria usado de algum truque (desconhecido)”
    É isso mesmo. Ela sugere a possibilidade de truque e coloca entre parênteses esse “desconhecido”. Não é uma graça? Já que estão cobrando-me tanto por experimentos, por que essa madame não fez a mesma coisa? Por que ela não simulou o experimento feito e aí talvez pudesse perceber que um truque assim ou assado explicaria o resultado? A sorte dela é que eu não estava na banca…

  205. Marciano Diz:

    “Porém, no caso dos intelectuais esquerdistas, exige-se excesso de burrice para se qualificarem a isso. Então conclui-se que nem todos os intelectuais são pessoas geniais, certo?”.
    .
    COMENTÁRIO: Errado, ARDUIN. Os intelectuais esquerdistas SABEM que sua suposta ideologia não tem pé nem cabeça. Eles são desonestos. Sempre se dão bem nas ditaduras de esquerda. São como o “bispo” Macedo. Ele sabe que FORREST GUMP (Yeshua) não existe, mas aproveita-se da inocência de outros.
    .
    Os espíritos estão entre nós tanto quanto os ETs estão.

  206. Marcos Arduin Diz:

    Os intelectuais esquerdistas acima dos 50 anos sabem sim que o idealismo esquerdista é balela, mas os jovens ainda não perceberam isso devido ao excesso de burrice.

  207. Antonio G. - POA Diz:

    Vou procurar descobrir o que significa exatamente “esquerdismo” para saber quem tem razão nesta questão.
    Mas pode ser que eu não tenha inteligência suficiente para entender. Neste caso, eu seria um burro, e estaria enquadrado como um esquesdista de menos de 50 anos. Mas como eu tenho mais de 50 anos, para mim só sobrará a pecha de desonesto. A menos que eu seja um direitista inteligente. Mas aí eu deveria saber o que é esquerdismo, e …
    Putz, como é confuso esse negócio de esquerda-direita, esquerda-direita! Parece coisa de milico… rsrsrs

  208. Defensor da Razão Diz:

    ARDUIN, é curioso que a mesma divindade que definiu toda essa complexa e confusa (além de demasiado humana) parafernália de reencarnações, umbrais, movimentação de espíritos intermundos, etc.. ainda não tenha definido se os habitantes da Terra podem ou não podem SABER (no sentido de verdade científica, assim como sabemos da evolução dos seres vivos) sobre a sobrevivência do espírito após a morte e sobre a reencarnação. Muito estranho. A menos que a divindade do espiritismo seja como aquela da Bíblia, cheia de caprichos, rancorosa e preconceituosa.
    Por outro lado, se tal divindade definiu que seres humanos podem saber da existência de espíritos e reencarnação isso não seria válido apenas para esse ou aquele sujeito por conta da simpatia dele com essa ou aquela corrente religiosa. De mesmo modo, se definiu que seres humanos da Terra NÃO podem ter consciência de tais questões por alguma razão intrínseca ao mecanismo de “evolução do espírito”, então NINGUÉM poderia saber.
    Assim, ou nenhum espírito seria capaz de manter contato conosco ou qualquer espírito – brincalhão, panaca, sério ou iluminado – se prestaria naturalmente a participar de experimentos de cunho científico (incluindo todo o protocolo, que inclui repetibilidade) e por conseguinte o contato com falecidos e reencarnação deixariam de ser apenas dogmas do espiritismo de Rivail e passariam a fazer parte do rol de conhecimentos conquistados pela humanidade através da ciência convencional.
    ARDUIN, sua “fé raciocinada” (seja lá o que for isso) lhe permite crer que sua divindade se esqueceu de definir entre as 2 únicas possibilidades (SIM ou NÃO) e deixou que a comunicação entre vivos e mortos na Terra ficasse desgovernado, ao deus-não-dará, com espíritos retardados mantendo contato e enganando “mediuns” como Alan Kardec, espíritas se julgando acima da cocada preta por receberem inside information, ao mesmo tempo em que o restante da humanidade morre sem nunca conhecer o menor indício de que finados estão por aqui tagarelando com vivos?

  209. Marcos Arduin Diz:

    Sr Racional, dizem que é de Voltaire a frase: “Creio no Deus que fez os homens, mas não do deus que os homens fizeram.”
    – A bem da verdade, o HOMEM faz Deus à sua imagem e semelhança. O que é Deus? Lá no LE está: _ Inteligência Suprema, CAUSA PRIMÁRIA de todas as coisas. _ Não há muito o que o homem possa saber de tal ente além disso.
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    Daí então VOCÊ dizer que a divindade isso ou aquilo é fazer Deus à sua imagem e semelhança. Para simplificar, ao dar a prova para os meus alunos fazerem, no máximo tiro dúvidas quanto à formulação das perguntas, mas o resto corre por conta deles. E nós aqui humanos estamos por nossa conta, fazendo a prova prática do que aprendemos, SE TIVERMOS APRENDIDO, para o nosso melhoramento.
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    Isso NÃO DEPENDE de religião nem de mirabolantes revelações científicas (que piada). Depende só da nossa luta contra o homem velho. As religiões, NO MÁXIMO DOS MÁXIMOS, pode apenas nos oferecer alguma receitinha de bolo de conduta.
    .
    Nesse particular, o bolo do Espiritismo é MUITO INDIGESTO: não temos Salvação para oferecer (fez besteira? Pague!), a reencarnação como a entende o Espiritismo não tem limitações de raça, sexo, povo ou classe social, o que é um tiro na linha de flutuação do racismo, machismo e outros preconceitos. Por conta disso, é uma religião muito impopular, que perde feito em número para os neopentelhocostais…

  210. Marcos Arduin Diz:

    Antônio Gê de Porto Alegre e Saltitante, vejamos se posso ilustrar alguma diferença entre esquerda e direita no sentido político dos termos.
    Direitos Humanos.
    – Direitista: os criminosos devem ser punidos pelos crimes que cometeram.
    – Esquerdista: os criminosos não devem ser punidos, pois nada fizeram de errado: apenas exerceram o seu direito humano de cometer o crime em protesto contra as injustiças sociais das quais foram infelizes vítimas.
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    Pode parar por aqui?

  211. Marciano Diz:

    Vou deixar a discussão para vocês dois, ANTONIO e ARDUIN.
    Vou dar só um pitaco.
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    Direita: a presidência da república é exercida por generais escolhidos por um colégio eleitoral de quatro em quatro anos.
    Esquerda: a presidência da república é exercida por Fidel Castro desde 1959 até que ele, por condições de saúde, não tenha mais como exercê-la, passando-a para seu IRMÃO.
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    Direita: se uma matéria jornalística não agrada à direita, ela é censurada, parte de seu texto é suprimida ou toda a matéria é suprimida.
    Esquerda: não há censura, só é permitido o jornalismo do governo, como o Pravda.
    .
    Direita: se um opositor do regime é preso e espancado até a morte, tenta-se transformar sua morte em suicídio, simulando em enforcamento.
    Esquerda: matam-se os dissidentes em execuções públicas, no paredón, ou então, em estádios de futebol, mostrando-se as imagens para todo mundo e cobrando-se a munição da família.
    .
    Direita: todos podem sair do país na hora em que quiserem.
    Esquerda: São todos prisioneiros, só podem sair do país escondidos em fundos falsos de containers, atravessando mares ou desertos e perdendo a vida dessa forma.
    .
    Por aí vai, mas espero ter dado minha contribuição.
    Agora, se quiserem continuar explorando as diferenças, vou ficar assistindo de camarote.

  212. Defensor da Razão Diz:

    “Daí então VOCÊ dizer que a divindade isso ou aquilo é fazer Deus à sua imagem e semelhança.”
    ARDUIN, sendo assim, fica mais difícil ainda entender o que seria “fé raciocinada”. Fé espírita eu já entendi.

  213. Antonio G. - POA Diz:

    Depois de ler as explicações do Arduin e do Marciano acerca da questão esquerdistas x direitistas eu fiquei ainda mais embasbacado!
    Ponderei bem, e decidi que não quero ser nem esquerdista, nem direitista. E, muito menos, gremista. Prefiro ser autista.

  214. Arnaldo Paiva Diz:

    Boa noite a todos
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    Montalvão Diz:
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    Arnaldo Paiva, observo que mantém a conduta por mim denunciada há algum tempo, ou seja: deixa questões que foram apresentadas sem respostas, e olvida, como se não existissem, retornos que lhe enviei, expondo considerações já contestadas como coisa nova.
    .
    COMENTÁRIO: Você devia ter analisado primeiramente para tecer seu comentário acima, o que escrevi no inicio dos meus comentários. Eu disse:
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    “Dando continuidade sobre a análise do Montalvão à página do livro O ESPIRITISMO À LUZ DOS FATOS de Carlos Imbassahy, sobre o médium Mirabelli, Montalvão faz o seguinte comentário:
    .
    Dar perfeitamente para se deduzir que eu estava primeiramente terminando um assunto que já havia começado, e não queria deixar para trás. Daí a razão para eu me pronunciar dizendo: “Dando continuidade”. Mas não tem problema, você equivocou-se, e equívocos intencionais sempre ocorrem.
    .
    MONTALVÃO Diz:
    .
    Arnaldo,
    Em atendimento ao seu apelo, reporto o que ficou pendente das últimas conversas. Deve ter mais, se tiver tempo procurarei com vagar. Por enquanto, vá se divertindo com o que segue.
    .
    MONTALVÃO: Dileto Arnaldo, você parece aquele sujeito que se comprazia em ensinar o caminho errado a quem lhe perguntava. Embora eu não tenha achado publicativo espírita atestando que as mesas morreram, a idéia que os comentários sobre o fenômeno passam é esta: mesa girante never more. Conhece algum centro espírita que se articule com os mortos dessa maneira atualmente? No seu centro fazem-se contatos por meio de mesas?
    .
    De mais a mais para que haja comunicação (aqui pensando-se espiriticamente) são necessários médiuns. O combinado é que você os forneceria ou indicaria nomes. De que adianta testadores céticos se reunirem junto a uma mesa e depois informarem que nada obtiveram? O que pretendemos, se ainda não entendeu, é verificar se há espíritos comunicantes no ambiente, isso só se consegue nos entornos onde dizem que os desencarnados atuam.
    .
    Você mesmo poderia nos ajudar, realizando testagens com seus médiuns. Obviamente, gravando e filmando o experimento: depois nos disponibilizaria para que o examinássemos e combinássemos replicações. Mas você quica mais que bola de ping-pong quando ouve tal sugestão… tem a faca e o bolo ao alcance mas não quer cortá-lo…
    .
    COMENTÁRIO: Dileto Montalvão, você é o cara, o cara que se compraz na ilusão de que sabe de tudo, e se arvora na explicação de tudo, no entanto, noto que você nem compreende como se dão os fenômenos que se realizaram com as mesas girantes ou mesas falantes como passaram a ser chamadas.
    .
    As mesas girantes ou falantes tiveram a finalidade de servirem de instrumento inicial, para que o mundo espiritual chamasse a atenção do homem e da ciência para a investigação sobre as realidades do Espírito. Portanto, foi apenas um instrumento inicial, depois os próprios Espíritos foram indicando outros meios que podiam ser utilizados, até chegarem ao médium. E hoje, nas casas espíritas só são utilizados os médiuns e não mais as mesas. Portanto, os grupos espíritas não usam mais as mesas como instrumento de comunicação com os Espíritos, a não ser para apoiar os braços.
    .
    No entanto, qualquer um que queira iniciar uma investigação neste campo dos fenômenos, pode iniciar juntando um grupo de pessoas e usando uma mesa como instrumento inicial, e como já mencionado, até mesmo um copo. Quanto a presença dos Espíritos, pode ter certeza que os mesmos estão em toda parte, pois eles que povoam o universo.
    .
    Como lhe falta base para argumentar sobre Espiritismo. Você fala imaginando – como sempre – que no Espiritismo as coisas acontecem seguindo a sua imaginação.
    .
    Primeiramente eu gostaria de lhe perguntar, por que você acredita que não vai haver fenômeno, se na reunião só tiver presente pessoas céticas ao redor da mesa? Porque são céticos? Espíritos não vão onde os céticos estão? Vejo que não são somente nós que alimentamos fantasias… Ou você quer dizer que entre os céticos não tem médiuns? Isso são coisas frutos de sua imaginação, são conceitos criados por você. E por só imaginar, e acreditar que sua imaginação é a pura expressão da verdade, não faz nenhuma experiência, e com isso permanece com álibi de que os mediunistas não fornecem médiuns para as suas experimentações. O seu grande erro é pensar que tudo que você pensa é verdade, e por isso não se vê na obrigação de fazer nenhum teste.
    .
    Vamos esclarecer as coisas pondo os pingos nos “IS”. Quando Larissa blefou só para pegar o meu E-mail (e nós espíritas é que somos pilantras), se prontificando a fazer experiências, nós havíamos combinado que faríamos reuniões aqui em Brasília, pelo fato d’eu não poder – por questões familiares – me deslocar para qualquer outro lugar, e se eu aceitasse me deslocar, ela se disporia a pagar as despesas com estadia – e se não me engano, até passagem -, e para isso ela se comprometia com o material humano ( Físico, Psicólogo, Biologista, Psiquiatra, etc) e aparelhagem que ela disse possuir. O local – se não estou esquecido -, ia ser pleiteado com Arduim, ou seja, o mesmo iria ver se arranjava um local para a realização do experimento.
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    Devido o conceito tão comum neste blog, de que todos os médiuns são salafrarios, embusteiros, fraudulentos, etc., iniciaríamos somente com esse pessoal da Larissa, utilizando uma mesa para que não fossem levantadas suspeitas ante o acontecer de algum fenômeno, de uma vez que sendo todos amigos, pessoas insuspeitas, interessados numa observação séria, não iria levantar nenhuma suspeita. Iríamos, primeiramente, em busca do fenômeno de efeito físico através do movimento da mesa, e conforme o andamento dos acontecimentos, e se houvesse necessidade, poderíamos apresentar algum médium já mais desenvolvido. A única coisa que prometi, foi a minha participação, até mesmo porque a Larissa fazia questão da minha presença. Por isso que volto a dizer: cumpro com a minha palavra em se fazer presente e – se acaso precisar – dando a minha insignificante cooperação.
    .
    O mesmo vale para você, ou seja, como você já tem este conceito de que não existe mediunidade, e de que todos os médiuns são farsantes, então o convido a reunirmos com o pessoal da Larissa (ou ela mentiu também sobre esse pessoal?), e só com eles, para começarmos com a mesa, pois assim ao acontecer algum fenômeno não vamos ter que desconfiar de ninguém, vamos nos preocupar apenas em descobrir qual a origem do fenômeno. Nada melhor do que isso, começar sem ter que suspeitar de ninguém.
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    Portanto, não estou quicando como você diz, estou apenas jogando o seu jogo, vamos trabalhar com pessoas insuspeitas, não vou apresentar nenhum médium, por que apresentar um médium, para você já começar com desconfiança, com suspeita de que ele vai ser o fraudador de algum fenômeno que surgir, que ele te enganou? Não… só com a mesa meu amigo, porque a mesa não pensa… ou pensa…?
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    Este é um seu comentário no tópico onde comecei a participar destes debates:
    “Mesas falantes”, quer ideia mais ingênua que essa? Desde quando mesas falam? Ponham um milhão de médiuns em torno de uma mesa, a sem tocá-la (digamos, a um metro de distância do madeiro), e quero ver ela dizer um “ai” que seja…”
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    Portanto, parece-me que para você, todos aqueles que fizeram experiências com as mesas, não passaram de uns basbaques. Me desculpe, mas a INGENUIDADE É SUA em acreditar que os homens que se entregaram a estas experiências com as mesas, acreditavam que era elas que falavam. É subestimar a inteligência das pessoas. Mais uma razão para fazermos as experiências com uma mesa, pois além de provar a existência dos Espíritos, fica provado também que as mesas não falam, mas podem ser usadas como instrumentos para o mundo espiritual se fazer presente entre nós.
    .
    Aproveito a oportunidade para PEDIR AO ARDUIM, se possível, entrar em contato comigo pelos TELEFONES QUE LHE PASSEI. E desde já, os meus sinceros agradecimentos.
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    MONTALVÃO: não sei se posso concordar com suas belas palavras, mas vejo que está lendo meus comentários com olhos de tamanha miopia que nem óculos conseguiriam consertar. Para nos sintonizarmos melhor, por favor responda:
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    COMENTÁRIO: É o velho ditado, o macaco nunca olha para o seu próprio rabo. Os fenômenos começaram a sacudir a atenção dos homens – pois, sempre existiram – a partir de 1848 com as irmãs Fox, e daí para a frente, centenas de cientistas se entregaram a pesquisar estes fenômenos, demonstrando de várias maneiras a realidade dos mesmos, com provas e depoimentos, até os dias de hoje (2014), no entanto, você diz que estes fenômenos não existem, e se os fenômenos não existem, você quer dizer que todo esse tempo, estes homens foram enganados por médiuns salafrarios, mentirosos e trapaceiros, no entanto, como a mesa não pensa e nem raciocina, você está a admitir que os fenômenos existem.
    .
    Aí, você me pede provas, só leva o tempo em acusar e pedir provas, mas não se vê na obrigação de nos fornecer nenhuma prova do que nos acusa. Vejamos:
    .
    1. a quem acuso de mentiroso, desonesto ou irresponsável (dê exemplo com texto meu falando tal coisa)?
    .
    Pois não meu amigo, vejamos o que você diz em: Montalvão Diz: SETEMBRO 16TH, 2013 ÀS . 01:07: “ARNALDO PAIVA DIZ:Continua Montalvão:
    Os testadores disseram que fariam com Dickson o mesmo que fizeram com Guzig, mas será que os controles seriam igualmente rigorosos nos dois casos?”.
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    Para mim, isso significa questionar a honestidade dos que faziam experiências com Guzig, é levantar suspeitas de que estes pesquisadores podiam não ser honesto o suficiente, e usar com Dickson controles mais rigorosos do que os usados com Guzig para garantir que Dickson não teria sucesso nos seus feitos.
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    Você pergunta ainda:
    2. desde quando minha suposição, acima exposta, significa julgamento?
    .
    Estou pressupondo que a reação espírita será a que expressei, mas posso estar equivocado. Isso só saberemos realizando os testes, aos quais nenhum espírita que conheço topa se submeter. Agora vem sua singular chefia dizer que temos de realizar as verificações por nós mesmos e que não envolvam sua santa pessoa na encrenca. Ora, se sua santa pessoa não quer ser envolvida, então não nos traga certezas infundadas esperando que as aceitemos sem questionamentos. [obs. mais adiante mudará de ideia e aceitará os testes…]
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    COMENTÁRIO: Você até agora – juntamente com os demais – não tem feito outra coisa, senão julgamentos sem fundamentos, e lançar acusações diretas ou indiretas baseado apenas em conversas de OUVIR DIZER, ou em SUPOSIÇÕES. Alguém escreve um livro dizendo que o médium podia ter feito desta ou daquela maneira, assim e assado para enganar o pesquisador, aí é aceito como uma verdade incontestável, e pior ainda, passa a ser isso que o médium fez, sem nenhuma prova do que verdadeiramente aconteceu. É o caso apresentado para dizer que o médium podia ter enganado Crooks fazendo o que imaginosamente o autor do livro disse, e aqui neste meio passou a ser uma verdade, foi isso que o médium fez, e foi isso que passou a prevalecer.
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    Me responda dileto Montalvão, onde está a seriedade dessa análise? E ainda acreditam que trata-se de uma análise científica? Confesso que são mais ingênuos do que Crooks.
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    Os fatos já foram apresentados por centenas de investigadores, e são estes fatos que vocês tem que desmenti-los, e não ficar aí pedindo mais provas e a expressar esta falácia de que os fatos estão velhos e por estar velhos deixaram de ser fatos.
    .
    Tanto no terreno dos fenômenos de efeitos físicos, quanto no terreno das manifestações de efeitos intelectuais, o Espiritismo apresenta fatos e argumentos que enfrentou as críticas em todos os sentidos e saiu delas incólume quando feitas honestamente.
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    Estas diversas e imaginosas dissertações que acompanha o Espiritismo desde o início das investigações até hoje – e o dileto amigo é um desses criadores -, não foram o suficiente para desmentir o Espiritismo, tanto é que o dileto amigo anda atrás de fazer experiências para tirar suas dúvidas. A solução espírita continua inabalável.
    .
    Silva Mello possuidor de grandes conhecimentos – não de Espiritismo, pois neste campo era um analfabeto – com capacidade para desenvolver experiências neste campo, em vez disso, resolve escrever um livro baseados nas estórias contadas por outro iguais, para receber os aplausos dos religiosos da época tão inimigos do Espiritismo quanto ele, e se atirar contra o Espiritismo porque o Espiritismo cura doenças que ele Silva Mello não curava.
    .
    Para haver continuidade nas investigações dos fenômenos espíritas, necessário se faz que homens isento de preconceitos, tanto científico quanto religioso, se digne a realizar, caso contrário não é culpa do Espiritismo se isso não acontece e o que já foi pesquisado, os fatos já apresentados não perdem o seu valor, só na cabeça dos pseudo pesquisadores.
    .
    Quando do meu conselho para você realizar uma experiência: “Se você estar mesmo interessado em fazer experiência dessa natureza, e está com dificuldade de realizá-las com a mesa, pegue um copo, escreva as letras do alfabeto em algum papel ou cartolina, junte seus amigos, principalmente os de obras psicografadas, a Larissa por exemplo, com todos os seus amigos cientistas, que gostaria tanto de saber se existem espíritos ou não, e faça suas verificações…” você comenta:
    .
    MONTALVÃO: meu filho, não sou médium e, pelo que sei, nenhum frequentador não-espírita desse sítio o é. Então não adianta sugerir-nos que façamos testagens se nada irá ocorrer. Mesmo porque nossos testes (creio que Gorducho, Larissa, Toffo, Marciano, e outros, concordarão) propõe não haver contato algum com a mesa, ficaremos próximos a ela, juntamente com médium reconhecido, e aguardaremos a mexida (tudo filmadinho e gravadinho).
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    COMENTÁRIO: Eu estava por ver uma pessoa tão precipitada nos julgamentos quanto você, isso não é muito recomendável para quem quer realizar experiências científicas. Dizer que você não é médium, e assegurar que nenhum dos outros participantes NÃO ESPÍRITAS dessa lista também não os são, além de ser um falso juízo, denota o quanto você está despreparado para fazer pesquisas científicas sobre fenômenos espíritas, pois já vem com sua opinião formada de que não existe mediunidade, não existe fenômeno a não ser entre os idiotas dos espíritas. Eu sou espírita a mais de quarenta anos e no entanto não tenho mediunidade ostensiva.
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    Faço-lhe uma pergunta: em que você se fundamenta para dizer que você não é médium, e ainda por cima afirmar que nenhum dos debatedores não espíritas da lista também não o são? Só se sabe que uma pessoa tem mediunidade através da observação, exceto se a mediunidade já se apresentar ostensiva, caso contrário, só através da observação. E se você ou algum deles tiver ectoplasma que ofereça condições de se produzir algum fenômeno de efeito físico? só iremos saber pondo-o a prova.
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    Por outro lado, para uma mesa se mexer ou um copo deslizar, não é obrigatório que se ponha as mãos sobre os mesmos, o fenômeno se dará mesmo as pessoas estando a uma certa distância.
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    MONTALVÃO: Agora vem dizer que tenho de pegar um copo… desde quando copos chamam espíritos?
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    COMENTÁRIO: É verdade, nenhum copo por si só chama espíritos, até mesmo porque eles não sabem falar, como também não os atrai , não sei onde você ouviu dizer isto. Nem a mesa também chama ou atraí espíritos, os espíritos são atraídos pelo conteúdo existente nas mentes dos encarnados quer estejam fazendo ou não experiências. Portanto, comece a fazer experiência com um propósito sério, e atrairá Espíritos sérios para lhe ajudar nas experiências, comece a fazer experiência com o propósito de se divertir com brincadeiras, e atrairá Espíritos brincalhões que saberão muito bem fazer a festa.
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    MONTALVÃO: Noutra configuração, já que no meio espírita se alega que a presença de descrentes inibe a atuação dos espíritos, ficaremos a distância, filmando e fotogrando, enquando os médiuns se postam próximos à mesa (próximos, mas sem tocá-la). E vamos ver no que vai dar.
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    COMENTÁRIO: Suas informações são todas distorcidas, por isso eu aconselho a mudar as suas fontes de informação, você ficou sabendo disso foi através de Heuzé ou Silva Mello? (brincadeira, risos)
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    O que eu sei a respeito, é que tem certas pessoas – eu disse certas pessoas – que podem ser CRENTES OU DESCRENTES, céticos ou ateus, ou mesmo materialistas, que ante a presença dela, o médium fica numa espécie de estado de inibição, e não consegue entrar num estado mental que favoreça os espíritos se manifestarem pelo seu intermédio. A única coisa que proíbe de um espírito estar presente num lugar, é ele não querer estar lá, somente isso e nada mais.
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    MONTALVÃO: Minha proposta complementar é de aproveitar a presença dos espíritos e de seus médiuns e submetê-los a testagens objetivas, tipo ler livro aberto fora das vistas dos presentes.
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    Só falta sua aquiescência ao projeto…
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    COMENTÁRIO: O que eu tinha a dizer a respeito deste assunto se encontra logo acima, e que você ao chegar aqui já o leu, com certeza. Aceitando o que está acima, é só entrar em contato comigo e acertarmos as coisas.
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    MONTALVÃO: não apenas tenho interesse como já submeti médium à verificação, inclusive tenho a experiência gravada para quem quiser examiná-la. Será que devo informar que o fracasso foi total ou devo esperar que você mesmo (caso queira conferir) chegue a igual conclusão?
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    COMENTÁRIO: Seria possível você me enviar esta sua experiência para que eu possa conhecê-la mais de perto?
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    MONTALVÃO: Belo Arnaldo, não tente sair de briga em que está apanhando sob a alegação de que já bateu o suficiente. Está diante de si o desafio de comprovar a comunicação por meio de verificações firmes. É aceitar ou fugir. Se fugir, pelo menos fuja bonitinho e reconheça que não quer correr o risco de confirmar que espíritos não comunicam.
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    COMENTÁRIO: Outra idéia mirabolante, estou com a minha consciência tranquila pois a Doutrina Espírita está mais que provada para mim, centenas de cientista já me convenceram da realidade da imortalidade da alma, da mediunidade, da influência dos espíritos sobre os homens, influências boas e más, de acordo como as pessoas se colocam diante da vida.
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    Quem está num beco sem saída é você, pois o ônus da prova cabe a quem acusa e você se recusa a fazer testes. Eu não tenho nenhuma obrigação de fornecer médiuns para você fazer experiências, estou pronto a comparecer se quiser seguir o plano inicial pela BLEFETÁRIA Larissa.
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    Vou responder ao restante.

  215. Antonio G. - POA Diz:

    Arnaldo disse: “…estou com a minha consciência tranquila pois a Doutrina Espírita está mais que provada para mim, centenas de cientista já me convenceram da realidade da imortalidade da alma, da mediunidade, da influência dos espíritos sobre os homens, influências boas e más, de acordo como as pessoas se colocam diante da vida.
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    É mesmo ??? Esta é a mais sensacional e importante revelação científica que a mundo já conheceu !!! E eu pensando que tudo não passava de fantasia, “viagem na maionese” e farsa, muita farsa…
    Porém, acho que tais informações não podem ficar restritas a uns poucos privilegiados, os iniciados na DE. Temos que dar conhecimento desta maravilha ao mundo todo !!!

  216. Antonio G. - POA Diz:

    “centenas de cientistas” não são pouca coisa…

  217. Antonio G. - POA Diz:

    Mas eu gostaria muito de ter conhecimento de uma – uma só já bastaria – evidência científica da existência de espíritos.
    O problema é que os tais “cientistas” podem ser muito bons em descobrir coisas, mas são conseguem evidenciar coisa alguma. É só neste ponto, neste pequeno detalhe, que eles sempre falham…

  218. Antonio G. - POA Diz:

    não conseguem, eu quis dizer.

  219. Defensor da Razão Diz:

    Antonio, já notei que essa coisa de centena de cientistas, etc, etc é um mantra dos espíritas. Eles o repetem incansavelmente contra qualquer rompante de realismo que possa colocar em cheque sua crença. E para por ai.

  220. Arnaldo Paiva Diz:

    Defensor da Razão Diz:
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    Antonio, já notei que essa coisa de centena de cientistas, etc, etc é um mantra dos espíritas. Eles o repetem incansavelmente contra qualquer rompante de realismo que possa colocar em cheque sua crença. E para por ai.
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    COMENTÁRIO: Este é mais um que não apresenta nada que venha desmentir o que já foi apresentado pelos investigadores, usa como os demais, a mantra dunnnnn nãoooooooooo acreditoooooooo nãoooooooooo.
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    Se liga meu irmão, sai desses zumzumzum…

  221. Antonio G. - POA Diz:

    Mas o que é que os investigadores já apresentaram? Eu te digo: Só conversa fiada. Fantasia, farsa ou as duas coisas juntas. Evidência, que é bom, … nada, né?

    Então, quem é que fica só no zumzumzum?

  222. Defensor da Razão Diz:

    Caro Arnaldo, ou provas claras e incontestáveis são apresentadas ou comunicação com espíritos e reencarnação continuarão a ser apenas dogmas de uma certa doutrina proposta no século 19, que não se sustentou no continente de origem, e foi adotada por um punhado de brasileiros que a defendem com unhas e dentes. Repetir mantras só serve para reafirmar a fé dos crentes, mais nada.
    Como se faz oportuno, transcrevo abaixo um comentário do Gorducho feito aqui mesmo nesse tópico, que sintetiza a visão que se tem do espiritismo depois de conhecê-lo, permanecendo fora dele:
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    Gorducho Diz:
    “Passado um tempo da publicação do LE, esgotada a tentativa de reinterpretação do cristianismo via conceitos do socialismo romântico, começou a ficar claro que o rei estava nu. Ou seja: haviam “esquecido” de provar que “espíritos” existiam.
    Como as tentativas dos Crentes (muitos disfarçados de “pesquisadores”) fracassaram – mesas não giravam; “materializações” eram recortes de jornal afixados com arames ou alfinetes, ou o “médium” revestido com panos, barba postiça e até capacete, & recursos similares; corbeilles a bec não escreviam sozinhas… – o que sobrou foi uma igreja “evangélica reencarnacionista” com a mesma metodologia de todas outras. Ou seja: “milagres” que “provaram” os dogmas da igreja, que ocorriam num passado mitológico.”

  223. Antonio G. - POA Diz:

    Defensor, o espiritismo, de fato, só existe no Brasil. E nem dá para dizer que seja realmente espiritismo. Na França, sua terra natal, é lembrado (por muito pouca gente) como um movimento exdrúxulo surgido dos devaneios de um católico extravagante, de pseudônimo Allan Kardec. Lá ele é lembrado como um maluco-beleza, mais ou menos como o nosso conhecido Inri Cristo. Isto eu não li nem me contaram. Eu constatei in loco, numa temporada que passei por lá. Na época, eu era espírita convicto. Até visitei seu túmulo, no cemitério de Père Lachaise, em Paris. Lá, só encontrei brasileiros, é claro. Os compatritas do grande Codificador não dão a mínima importância ao ilustríssimo. Para mim, foi surpreendente, decepcionante e muito constrangedor. Mais tarde, eu entendi.
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    No Brasil, o que realmente existe é o “Chiquismo”, uma variante da Igreja Católica sob inspiração do Livro dos Espíritos (em especial) e, principalmente, da extensa (mas de baixíssimo conteúdo) obra de Chico Xavier.

  224. Defensor da Razão Diz:

    Antonio, não sabia que Rivail e sua doutrina eram tratados dessa forma na terra do codificador. Por outro lado, não me espanto que seja assim.
    Para quem procura pontos de vista isentos e esclarecidos a respeito do espiritismo tupiniquim nada é melhor do que depoimentos como os seus e de outros ex espíritas deste blog. Tenho aprendido muito a esse respeito aqui.

  225. Arnaldo Paiva Diz:

    Defensor da Razão Diz:
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    Antonio, não sabia que Rivail e sua doutrina eram tratados dessa forma na terra do codificador. Por outro lado, não me espanto que seja assim.
    Para quem procura pontos de vista isentos e esclarecidos a respeito do espiritismo tupiniquim nada é melhor do que depoimentos como os seus e de outros ex espíritas deste blog. Tenho aprendido muito a esse respeito aqui.
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    COMENTÁRIO: Se você quer aprender sobre o Espiritismo, e daí poder fazer o seu próprio juízo isento de qualquer preconceito, comece por estudar as suas obras, e não aprender por ouvir dizer. Portanto, falta seriedade nos seus comentários.

  226. Montalvão Diz:

    ARDUIN:Retomando apenas para aproveitar uma pequena folga:
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    “Pois bem, assim como um vivo é capaz de pegar um livro e lê-lo para alguém, ou dirigir-se a uma sala e relacionar objetos que lá estejam, POR ÓBVIO, OS ESPÍRITOS TAMBÉM PODERIAM DE REALIZAR ESSES FEITOS BANAIS. São capazes desses feitos banais e outros típicos de suas condições desencarnadas, quais atravessar matéria sólida, perceber pensamentos, utilizar sistema de comunicação mais eficiente que o vocal (supostamente por telepatia) e coisas do gênero.”
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    ARDUIN: – Ô beleza, Sr dos 10 mandamentos. Então me diga COMO É QUE FICOU SABENDO TANTO sobre a natureza e capacidade de ação dos espíritos. Sim, pois É MUITO ESTRANHO PARA MIM QUE ALGUÉM SAIBA TANTO SOBRE OS DITOS ESPÍRITOS, MAS AFIRMA QUE ELES NÃO EXISTEM…
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    COMENTÁRIO: dileto: Lês-me sem atenção. Jamais proferi a sentença a que me atribui (“espíritos não existem”). Temos discutido já há bom tempo, o suficiente para que houvesse percebido que não me pronuncio conforme assevera que me pronunciei. Se não percebeu, sou instado a concluir que paraste definitivamente no passado, tendo olhos só para seu cliente único, em sua advocacia místico-religiosa de Crookes.
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    Vou explicar-lho mais uma vez. Vê se acorda para o presente, depois, se quiser, pode voltar a sonhar com Crookes e galvanômetro, cuja testagem esperamos a prometida realização, sem choques.
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    Sempre digo: “espíritos, SE EXISTIREM, não comunicam”. Isso significa, não como pensa, declaração de plena descrença, mas reconhecimento de minha “inguinorança” concernente às coisas do além, caso existam.
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    Portanto, quando descrevo “poderes” dos espíritos não me baseio nalgum autoconhecimento sobre o assunto. Tenho a humildade suficiente (esta faltante em muitos deslumbrados), de que o além, se existir, não nos está franqueado para perquirição. O que faço é levar em conta algumas das muitas fantasias que “iluminados” proferem a respeito do que pensam saber. Você, como bom kardecista, segue as orientações de seu guru, portanto, não haveria razões para questionar os característicos que enumerei. Caso tenha faltado à aula das propriedades dos espíritos, dou-lha dela um resumo.
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    – Kardec garantiu que a vida é evolução constante. Seja na carne, seja no espíritos, o ente está sempre progredindo. Não há involução. Sendo assim, pela lógica, no mínimo, ao desencarnar, a criatura conserva iguais capacidades às que tinha em vida. Portanto, sabe ler, comunicar-se com outros, ver as coisas, ouvir as coisas, cheirar as coisas… a essas capacidades se acrescentariam outras atinentes à condição de espírito liberto das amarras da carne.
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    Textos ilustrativos:
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    A) do site: http://livrodosespiritos.wordpress.com/
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    1) “OS ESPÍRITOS EXERCEM SOBRE O MUNDO MORAL E MESMO SOBRE O MUNDO FÍSICO UMA AÇÃO INCESSANTE. Agem sobre a matéria e sobre o pensamento e constituem uma das forças da Natureza, causa eficiente de uma multidão de fenômenos até agora inexplicados ou mal explicados, que não encontram solução racional.”
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    2) “Os Espíritos se manifestam espontaneamente ou pela evocação. Podemos evocar todos os Espíritos: os que animaram homens obscuros e os dos personagens mais ilustres, qualquer que seja a época em que tenham vivido; os de nossos parentes, de nossos amigos ou inimigos, e deles obter, por comunicações escritas ou verbais, conselhos, informações sobre a situação em que se acham no espaço, seus pensamentos a nosso respeito, assim como as revelações que tenham a permissão de fazer-nos.”
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    B) do Livro dos Espíritos (atente para os destaques em CAIXA ALTA),
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    227. De que modo se instruem os Espíritos errantes? Certo não o fazem do mesmo modo que nós outros?
    “ESTUDAM e procuram meios de elevar-se. VÊEM, observam o que ocorre nos lugares aonde vão; OUVEM os dis¬cursos dos homens doutos e os conselhos dos Espíritos mais elevados e tudo isso lhes incute idéias que antes não tinham.”
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    237. uma vez de volta ao mundo dos Espíritos, CONSERVA A ALMA AS PERCEPÇÕES QUE TINHA NA TERRA?
    “SIM, ALÉM DE OUTRAS DE QUE AÍ NÃO DISPUNHA, porque o corpo, qual véu sobre elas lançado, as obscurecia. A inteligência é um atributo, que tanto mais livremente se manifesta no Espírito, quanto menos entraves tenha que vencer.”
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    238. São ilimitadas as percepções e os conhecimentos dos Espíritos? Numa palavra: eles sabem tudo?
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    “Quanto mais se aproximam da perfeição, tanto mais sabem. Se são Espíritos superiores, sabem muito. Os Espíritos inferiores são mais ou menos ignorantes acerca de tudo.”
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    PROPRIEDADES DO ESPÍRITOS ACIMA DA HUMANA:
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    244. O ESPÍRITO TEM CIRCUNSCRITA A VISÃO COMO OS SERES CORPÓREOS?
    “NÃO, ela reside em todo ele.”
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    245. PRECISAM DA LUZ PARA VER?
    “VÊEM POR SI MESMOS, sem precisarem de luz exterior. Para os Espíritos, não há trevas, salvo as em que podem achar-se por expiação.”
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    246. Para verem o que se passa em dois pontos diferentes, precisam transporta-se a esses pontos? Podem, por exemplo, ver simultaneamente nos dois hemisférios do globo?
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    “Como O ESPÍRITO SE TRANSPORTA AONDE QUEIRA, COM A RAPIDEZ DO PENSAMENTO, pode-se dizer que vê em toda parte ao mesmo tempo. Seu pensamento é suscetível de irradiar, dirigindo-se a um tempo para muitos pontos diferentes, mas esta faculdade depende da sua pureza. Quanto menos puro é o Espírito, tanto mais limitada tem a visão. Só os Espíritos superiores podem com a vista abranger um conjunto.”
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    “NO ESPÍRITO, A FACULDADE DE VER É UMA PROPRIEDADE INERENTE À SUA NATUREZA E QUE RESIDE EM TODO O SEU SER, como a luz reside em todas as partes de um corpo luminoso. É uma espécie de lucidez universal que se estende a tudo, que abrange simultaneamente o espaço, os tempos e as coisas, lucidez para a qual não há trevas, nem obstáculos materiais. Compreende-se que deva ser assim. No homem, a visão se dá pelo funcionamento de um órgão que a luz impressiona. Daí se segue que, não havendo luz, o homem fica na obscuridade. NO ESPÍRITO, COMO A FACULDADE DE VER CONSTITUI UM ATRIBUTO SEU, ABSTRAÇÃO FEITA DE QUALQUER AGENTE EXTERIOR, A VISÃO INDEPENDE DA LUZ (Veja-se: Ubiqüidade, n° 92.)
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    247. O ESPÍRITO VÊ AS COISAS TÃO DISTINTAMENTE COMO NÓS?
    “MAIS DISTINTAMENTE, pois que sua vista penetra onde a vossa não pode penetrar. Nada a obscurece.”
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    248. PERCEBE OS SONS?
    “SIM, percebe mesmo sons imperceptíveis para os vossos sentidos obtusos.”
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    a) – No Espírito, a faculdade de ouvir está em todo ele, como a de ver?
    “TODAS AS PERCEPÇÕES CONSTITUEM ATRIBUTOS DO ESPÍRITO E LHE SÃO INERENTES AO SER. QUANDO O REVESTE UM CORPO MATERIAL, ELAS SÓ LHE CHEGAM PELO CONDUTO DOS ÓRGÃOS. DEIXAM, PORÉM, DE ESTAR LOCALIZADAS, EM SE ACHANDO ELE NA CONDIÇÃO DE ESPÍRITO LIVRE.”
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    ARDUIN: Seriam TODOS os espíritos capazes de tais feitos? Se apenas algumas pessoas, dos ditos médiuns, são capazes de ver, ouvir ou sentir a presença dos ditos espíritos, será que estes também não teriam limitações semelhantes?
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    COMENTÁRIO: cesópode tá me testando… não creio que não saiba, kardecistamente, a resposta. Mas, para não nos delongarmos, vou lhe dizer que todos os espíritos comunicantes, dentro daquilo que se diz dos espíritos comunicantes, seriam capazes de tais feitos: confira as referências anteriores sobre as propriedades dos mortos.
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    ARDUIN: Sou suficientemente inteligente para saber seria pura perda de tempo ir a um Salão do Reino dos TJs e mostrar-lhes a realidade da Evolução. Eles não podem aceitá-la, pois aí estariam duvidando do verdadeiro Jeová Deus (= Corpo Governante). E não seriam os espíritos, JÁ QUE VOCÊ LHES EMPRESTOU CAPACIDADES TELEPÁTICAS, da mesma forma poderem perceber que os tais “pesquisadores” só aceitariam como válida aquilo que “provasse” a não existência dos ditos espíritos? E da mesma forma, não perceberiam eles que tal experimento EM NADA convenceria a comunidade cética?
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    COMENTÁRIO: primeiro, não “emprestei” nenhum poder telepático aos mortos, apenas repito o que dizem (lembre-se que de mim confesso nada saber do mundo espiritual e, acrescento: não conheci, até hoje, ninguém que verdadeiramente saiba).
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    Agora, meu filho, estava na hora de mudar esse discurso de “não adianta nada” provar aos céticos a mediunidade porque eles recusam “tudo” nesse sentido. Claro que não é assim, o problema é que os mediunistas querem forçar os que duvidam a aceitarem paródias de provas como se fossem robustas demonstrações da realidade transcendental. Veja o seu caso: quer nos fazer engulir que Crookes provou ao mundo incréu que mortos se materializam e de nada adiantou, pois o mundo continuou descrente. E quando alguém lhe indaga: “se Crookes realmente produziu essa prova, cadê o conhecimento que essa sensacional descoberta gerou? Onde estão os espíritos materializados hoje, para que se possa conferir o feito do cientista inglês?” Qual é a resposta que nos dá a essa inquirição? Nenhuma, apenas faz de conta que nada ouviu…
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    E quando alguns de nós sugerimos testagens objetivas que, se realizadas, seriam formidável apoio aos mediunistas, pois teriam elementos concretos de prova a oferecer a quem duvidasse, paradoxalmente, além de rejeitaram a proposta, dela fogem, deixando para trás fortes suspeitas de que temem pôr suas certezas sob provas elucidativas.
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    ARDUIN: Espíritos brincalhões até poderiam querer se divertir às nossas custas, mas o sérios têm mais o que fazer.
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    COMENTÁRIO: Arduin, você não percebe, ou anseia que não percebamos que, com essas evasivas, está a confessar que teme submeter seus espíritos a verificações esclarecedoras, que dariam mostras convincentes de que atuam dentre os vivos. Se espíritos sérios têm coisas mais importantes a fazer que dar mostras concretas de suas presenças, de modo que ninguém mais duvidasse de que agem na matéria, tudo bem, que venham os “espíritos brincalhões”: o importante é que as provas sejam produzidas. Acontece que, em realidade, nem sérios nem sacanas, espírito algum tem coragem de autenticar sua permanência no recinto. Essa falta de coragem é demonstração inequívoca de que não comunicam: quem comunica de verdade não tem receio de comprovar presença.
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    “Pois bem, se testarmos os espíritos dentro daquilo que admite-se sejam habilitados a realizar, teremos fortes evidências de que realmente estejam presentes, embora não possamos vê-los.”
    ARDUIN – De novo você achando que estão habilitados a tais e quais coisas… Se não acredita que existam espíritos, como acredita que nas supostas capacidades deles?
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    COMENTÁRIO: não acredito nos discursos mediunistas, embora admita a possibilidade uma dimensão transcendental: estou usando aquilo que os mediunistas dizem de seus espíritos, para informá-los que, se for como afirmam, significa que os mortos estão habilitados a produzirem mostras concretas de suas presenças. Mas, os adeptos da ação de desencarnados no mundo querem nos convencer que estes não conseguem fazer esse tipo de demonstração, ou porque não podem, ou porque têm “coisa mais importante para fazer” (as desculpas variam). O curioso é que a espiritualidade em geral diz comunicar para mostrar aos vivos que a vida continua, só que, desgraçadamente, só convencem a quem já acreditava, e mesmo no meio crente, nem todos aderem às propostas mediunistas, , visto que há muitos que acreditam na vida além, mas repelem que os recados ditos mediúnicos realmente provenham dos espíritos de mortos. Então, se as provas fajutas dadas pelos espíritos só servem para convencer a quem não precisa ser convencido (porque já crê), para que espíritos precisariam interferir na vida dos vivos? É caso típico de “tanto faz quanto tanto fez”, de “não fede nem cheira”, de “com com ele ou sem ele dá no mesmo”… Em suma, espíritos, mesmo que participassem das coisas dos vivos seria participação inócua…
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    ARDYUN: Vamos a um exemplo mais mundano: presume-se que os ditos intelectuais são pessoas inteligentes e argutas, de bom raciocínio e tirocínio. Porém, no caso dos intelectuais esquerdistas, exige-se excesso de burrice para se qualificarem a isso. Então conclui-se que nem todos os intelectuais são pessoas geniais, certo?
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    COMENTÁRIO: não sei no quê sua sublime apreciação ajuda a esclarecer o motivo de os imaginados espíritos se escusarem dar exibição efetiva de suas presenças…
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    “Neste caso, constatar-se-ia que mortos estão dentre os vivos por suas manifestações objetivas, e não por alegações vagas e difusas, quais são os recados mediúnicos. Assim, se alguém abre um livro numa condição que nenhum presente veja o conteúdo escrito e, mesmo assim, o médium reporta informação correta, o resultado aponta para algo excepcional em andamento.”
    ARDUIN: – Aposto e ganho que o Randi ou qualquer outro sábio cético seria capaz de fazer esse mesmo experimento sem auxílio de médium algum. Eu, por exemplo, mostraria ao experimentador uma pilha de livros e ele que escolhesse um ao acaso, fosse para a salinha secreta e o abrisse, sem olhar, deixando as páginas abertas voltadas para baixo. E apresentaria depois uma frase que estaria numa das páginas do livro escolhido. Conferidas, logo se descobriria que de fato a frase está lá. E então? Ficou satisfeito? Se ficou, não devia. Como o truque foi feito? Simples, os livros embora de capa, tamanho e volume sejam idênticos aos encontrados em qualquer livraria, são na verdade uma fraude: em todas as páginas de todos eles, ainda que diferentes entre si, está a tal frase.
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    COMENTÁRIO: nobre, não estamos falando de truques, sim de experiências sérias. É por esse motivo que critico experiências antigas em que, claramente, o controle da apresentação esteja nas mãos do médium, mesmo que parcialmente. Há diversos meios de evitar que um livro preparado, ou conhecido, seja exposto na experiência produzindo resultados falsos. E, num trabalho verificativo seguro não basta um sucesso e vamos festejar, como era comum se ver em experimentos de crentes. Se o espírito está presente vai responder a uma bateria de testes com sucesso, aí qualquer cético não terá como negar que a experiência seja altamente evidenciativa. Para o nosso consumo doméstico, bastariam sucessos em duas ou três verificações para nos levar a refletir se não haveria algo de realidade no que dizem os contatadores de espíritos.
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    ARDUIN: Que mais desculpas os ditos céticos podem apresentar? Digamos que o pesquisador chega com o seu próprio livro e segue o procedimento. Ora, podem dizer que há uma câmara que permitiu fotografar a página escolhida e aí o médium só tem que decorar uma frase e lá vai…
    São tantas as possibilidades de truques que você vai ficar maluco se tentar cercar todos eles. E mesmo que o faça, não fará com que os céticos acreditem em você.
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    COMENTÁRIO: Arduin, você bem que tenta… Se for conforme diz, então o que dizer das provas subjetivas que vicejam no meio mediúnico? Se demonstrações objetivas sejam impossíveis de ser produzidas, então, meu chapa, babou geral, a mediunidade não pode ser provada de modo algum, a não ser para quem queira aceitar qualquer demonstração que ampare seus prévios acreditamentos, mas prova de verdade, necas.
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    O caso, meu caro, é que você está equivocado, pois controles seguros podem ser implementados. Se céticos posteriormente duvidarem das provas (na remota hipótese de que os espíritos apareçam), não há problemas, as demonstrações obtidas por meio de experimentos objetivos são replicáveis à vontade. Se espíritos comunicam e querem mostrar ao mundo que realmente estão presentes vão dar provas disso sempre que requisitados. Essa de dizer que “eles têm mais o que fazer e não vão perder tempo com quem não acredita” é desculpa de quem não tem desculpa. Se espíritos tivessem mais o que fazer não viriam ao mundo deixar recadinhos, se vêm é porque querem dar mostras de que estão vivos e atuantes, portanto, nada mais lógico que apresentem evidências firmes de que estejam no ambiente. Arduin, isso é tão evidente que sua recusa em aceitar tal reclamo é mostra contundente de que, no fundo, sabe que espíritos não comunicam.
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    Mesmo que os testes aqui propostos fossem fáceis de serem simulados, de modo que não pudessem comprovar o pretendido, não tem problema, outras modalidades podem ser propostas, existem muitas opções disponíveis. Mas essa sua alegação é claramente mais uma fátua tentativa de fugir de reconhecer que mortos não conseguem acusar legitimamente suas presenças.
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    “A defesa espírita de que a satisfação dos consulentes ante as mensagens psicografadas seria mais que suficiente para atestar a ação dos mortos não se sustenta. O que satisfaz a quem já esteja inclinado a validar tais “provas” constitui evidência mui frágil, aliás, nem de “evidência” pode ser chamado.”
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    Os mediunistas, obviamente, só divulgam as satisfações e reconhecimentos: omitem as recusas e dúvidas. Mesmo assim, indiretamente, pode-se perceber que as psicografias dificilmente atendem a cemporcento.
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    Há um caso ilustrativo, com Chico Xavier. Jair Presente morrera afogado. Os parentes compreensivelmente chorosos foram à procura de Chico. Receberam a mensagem típica, comum a todos os consulentes: cheia de doçuras, de recomendações, protestos de saudades, e tudo o mais que a criatividade de Francisco produzia. E os pais retornaram felizes por saber que o filho morto estava vivo e bem. Os amigos de Jair tomaram conhecimento da mensagem e contestaram: aquele não era o Jair que conheciam. O modo dele se manifestar, de escrever, era completamente diferente. Devem ter sido tão enfáticos que os parentes voltaram ao Chico e contaram que sucedia: Jair Presente apreciava comunicar por meio de gírias, e na psicografia não dissera uma giriazinha que fosse… Então, Chico que não era bobo nem nada, rapidinho emendou o soneto: a partir de então surgiu um Jair Presente recheado ginga: só que, como o médium não estava habituado a esse tipo de redação, o resultado ficou pra lá de esquisito.”
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    ARDUIN – Ah! Sim… Diga-me uma coisa, Moisés: qual é a fonte da historinha acima? Sim, porque como você disse, os médiuns fazem igualzinho ao Governo: o que é bom a gente fatura; o que é ruim, a gente esconde. E o pessoal cético faz a mesma coisa, só que em sentido contrário ao do médium. Então você duvida de qualquer relato sobre o Chico em que os consulentes saem satisfeitos, mas crê piamente na historia do tal Prudente acima? No que é que essa historinha é melhor do que aquelas dos satisfeitos?
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    COMENTÁRIO: não é Prudente, é Presente…
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    Você não conhecer o caso é-me admirável. Jair Presente é um dos “comunicadores” mais conhecidos de Chico, já foi citado até por autores internacionais. É claro que o relato não foi contado exatamente conforme expus, pois se trata de narrativa apologética, destinada a incrementar a crença em Chico, mas o que descrevi é facilmente deduzível do material disponível. Presente é citado em “A Vida Triunfa” que, creio, conheça, mas a história está melhor apresentada em “Jovens no Além”, coletânea de casos de Chico, produzida por Caio Ramaciotti.
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    “Bastava, para elucidar as dúvidas, pôr Jair para ler um livro aberto fora das vistas dos vivos e ele se mostraria presente, dando real força ao suposto comunicado espiritual. A partir daí, poder-se-ia implementar testagens mais efetivas, de modo que a convicção de haver um morto vivo se mostraria inegavelmente firme.”
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    ARDUIN – ÔH! Mas mesmo que o tal Jair fizesse isso, continuaria esquisito, pois eles ainda não se expressou corretamente do seu modo em vida. Como vamos saber se é mesmo o tal Jair ou se foi algum truque do Chico & Cia Bela para burlar o experimento? Afinal O WALDO VIEIRA DIZ QUE O CHICO ERA UM FARSANTE E VOCÊ ACREDITA NISSO, NÉ?
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    COMENTÁRIO: mostre alguma declaração minha em que qualifique Chico de “farsante”… Xavier foi uma personalidade complexa e não pode ser descrita dessa forma.
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    “É assim que se ratificaria eficientemente a ação de mortos dentre os vivos. Claro, não seria só e unicamente pela leitura de livro, outras provas nessa mesma linha de objetividade poderiam ser implementadas, e os espíritos, se vivos fossem, certamente as responderiam positivamente.”
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    ARDUIN – E os céticos responderiam negativamente e seriam acatados, certo?
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    COMENTÁRIO: meu filho, se cético negarem experimentos eficazes, sem demonstrar que são falhados, estarão em erro.
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    “Espero que agora deixe de fingir que não entende…”
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    ARDUIN – Eu entendo é que qualquer experimento que se faça com os ditos espíritos, mesmo com resultados positivos, serão rejeitados pois contrariam a fé cética. Isso já descobrimos faz tempo.
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    COMENTÁRIO: já fechou parecer antes mesmo de apreciar os resultados. Esta é uma maneira canhestra de fugir da experimentações produtivas.
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    “ARDUIN: 2 – Bem, o Ramatis revelou a Hercílio Maes (…) Por que ele ficou e eu não? E energia sei lá o que era mais retraída nos cabelos dele do que nos meus? Como se testa isso?
    ENTENDEU, ô dos dez mandamentos?
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    COMENTÁRIO: Arduin, conte a história de novo, com outras palavras, por esse caminho está cada vez mais confuso. O que é que tem o fajuto Ramatis a ver com o requerimento de testagens objetivas da presença de espíritos? Ramatis já apareceu para revelar o conteúdo de caixas lacradas, ou coisa do gênero?
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    “não, não entendi… A revelação de fatos reais, que sugeri, complementaria testes objetivos. Se for disso que esteja falando: seu ilustrativo me soou um tanto girola…”
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    ARDUIN – Misturou estação. Nada a ver. A questão aqui era de “revelações espirituais” e se elas são pertinentes com a realidade ou não.
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    “ARDUIN: 3 – Repetindo: a leitura de linhas de um livro oculto ao médium prova o que em favor da existência de espíritos?
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    COMENTÁRIO: prova muito mais que psicografias, todas de efeitos subjetivos. É claro que para um experimento em moldes científicos, não seria meramente o sucesso num experimento que determinaria a realidade da coisa. Mesmo assim, se espíritos, generalizadamente, sempre se saíssem bem em tais testagens, sem dúvida alguma, os mediunistas disporiam de fortes argumentos em favor da ação de mortos…”
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    ARDUIN – É gozação é? Os espíritos se saírem bem nas testagens… Sabe quantas vezes eu já fracassei em experimentos que deveriam ser receitas de bolo? Se os cientistas de verdade fracassam muitas vezes até conseguirem obter resultados positivos, como e por que os espíritos deveriam ser melhor sucedidos? Se já viu a literatura sobre o assunto, verá que os pesquisadores sérios se depararam com várias sessões improdutivas com os médiuns. Eles apenas tiveram o bom senso de sacar que as sessões improdutivas não infirmavam as produtivas, coisa que os céticos alegam.
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    COMENTÁRIO: seus cientistas espiritistas parecem ter grande predileção por testagens complexas. Minha proposta é a realização de exames simples, que qualquer espírito que esteja presente possa produzir. Pense bem: o morto sai de seu hotel cinco estrelas celestial e se desloca a esse mundo de provas e expiações para deixar recadinhos e garantir que está vivo, certo? Sabendo-se que que as coisas que os falecidos revelam estão, todas, no âmbito humano, nada descarta que a informação não provenha da cabeça do médium, seja por produção consciente (fraude objetiva) ou inconsciente. E, como está tudo restrito ao âmbito humano, o mais provável é que a origem dos recados esteja aqui mesmo, neste mundo. Mas, os mediunistas repudiam a alegação com muita firmeza, como se pudessem comprovar firmemente a fonte espiritual dos comunicados. Só que, quando se pede aos apologistas que deem comprovação aceitável e geral esta nunca é ofertada.
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    “ARDUIN: 4 – Ô da razão, não sei lhe responder, pois tanto quanto eu saiba, isso nunca foi quantificado. Sabe-se apenas que o médium PERDE PESO (isso FOI verificado), mas o que perde mais ou o que perde menos, fico lhe devendo.
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    COMENTÁRIO: por essa e outras que lhe digo que esse tipo de “conhecimento” é imprestável, visto não ter gerado qualquer saber consistente. Então, se diz que o médium perde peso (massa), portanto deve encolher ou ficar artificialmente inflado. A questão levantada pelo da Razão é altamente pertinente: o que sucede com o infeliz nessas condições? Como se recupera sem ficar sequelado? De que partes de seu organismo sai a massa doada? E outras dificuldades que demandariam explicações…”
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    ARDUIN – Posso até concordar, mas se você e os outros já estão de acordo que as tais materializações não existem, assim como os cientistas incrédulos dos tempos idos e passados…
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    COMENTÁRIO: sim, já fechei conclusão sobre a inexistência de materializações, mas não se tratou de decisão por conta de não gostar da ideia de que mortos voltem ao mundo cheio de carnes, sim porque não há a mínima base aceitável que sustente a crença. No entanto, mesmo convicto da irrealidade de falecidos corporificados, deixo espaço aberto para o exame de eventos que derribassem minha certeza, em consequência, venho conclamando os adeptos da materializações que mostrem evidências dessa fantasia. Porém, até aqui, só historinhas muito fraquinhas, e cheia de falhas que afrontam a ciência, filosofia e mesmo uma sadia reflexão.
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    “Sabe qual a brilhante explicação mediunista: sabe? “Não sei”. Até hoje nenhum apologista das materializações se interessou em apurar o que sucede nessa crucial situação…”
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    ARDUIN: “não sei” é o ponto de partida do conhecimento.
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    COMENTÁRIO: correto, mas não sair do ponto de partida, mesmo após um século de “pesquisas” é para desconfiar…
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    “É ou não “conhecimento” sem serventia?”
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    ARDUIN – Mesmo que suas exigências quanto a essa perda de massa houvessem sido satisfeitas, qual seria a serventia desse conhecimento?
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    COMENTÁRIO: se mortos fossem demonstrados habilitados em se materializarem, se isso fosse mesmo verdade, seria uma revolução inimaginável no conhecimento, e a ciência teria de rever expressiva parcela de seus postulados, mas nada de consistente aparece nesse campo, nem nunca apareceu, por isso a ciência segue sua caminhada sem ser sobressaltada por mortos vivos…
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    “Até mesmo sua declaração de que “isso foi verificado” é falaciosa. Foi verificado em todas as situações materializativas, ou somente uns e outros assim o fizeram? E, mesmo estes que supostamente “verificaram”, o conseguiram em situações devidamente controladas, ou apenas “olharam” e noticiaram o que imaginaram ter visto?”
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    ARDUIN – O Crookes colocou a médium numa balança e constatou a perda de peso dela e comparou essa perda com o peso da fantasma: empatavam. Não vejo motivo para que TODOS os outros pesquisadores fizessem isso também…
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    COMENTÁRIO: então bastou Crookes ter dito que conseguiu demonstrar a perda de peso e tudo resolvido? Acabou-se a replicação na ciência? Neste caso, os Raios-N estariam provados, a fusão a frio idem, as civilizações no interior da Terra seriam reais, a Atlântida um grande império dotado de altíssima tecnologia, telepatia e clarividência fatos constatados… acorda aí Arduin!
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    “No mínimo, dos mínimos, dos mínimos, em todos os eventos materializativos, os que divulgam esses casos como verdade, deveriam exibir imagens visíveis do médium e da materialização juntos, em que o médium se mostrasse encolhido. Aliás, se o médium cede parte de sua massa para que o espírito ganhe carnes, ambos não teriam de aparecer em tamanho reduzido, digamos 50% da dimensão normal?”
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    ARDuIN – Há fotos em que as materializações aparecem semi-transparentes, o que sugere que são apenas um revestimento exterior para que ficassem visíveis. Como eu disse, o mecanismo é DESCONHECIDO e daí não vale a pena especular a respeito.
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    COMENTÁRIO: tudo é desconhecido nesse mundo de sonhos. Era desconhecido no início, continua desconhecido e assim será até o final dos tempos. Nenhum saber minimamente produtivo e seguro brotou nesse entorno de ilusões. Nem mesmo as cortinas foram eliminadas…
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    Tudo o que sabemos a respeito de materializações é que com a evolução dos equipamentos fiscalizadores os espíritos ficaram terrivelmente inibidos e hoje só se materializam diante de platéias que acreditam, que acreditam muito!
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    “Se formos esmiuçar esse “mistério” surgirão tantas, mas tantas, perguntas, todas sem respostas, que até mesmo os fãs entenderão que seja melhor deixar essas coisas de lado, por insubsistentes…”
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    ARDUIN – A única coisa que me interessa é se foi controlada a possibilidade de fraude. Feito isso, então sabemos que houve um fenômeno. Se ainda não pôde ser plenamente explicado, isso não é pecado, já que muitos outros constatados pela Ciência também não o foram.
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    COMENTÁRIO: seu “único interesse” é salutar, infelizmente fica difícil com experimentações singulares confirmar se os controles foram eficientes. As replicações, em número suficiente para prover avaliação segura, faltaram nas experiências históricas. Na atualidade nem precisa dizer mais nada, nem replicação nem materialização mais acontece (exceção para os sítios onde os participantes só querem aplaudir).
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    “ARDUIN: Racional, nas fotos e observações anotadas, não há indicativos de que a aparência do médium fique alterada. Por que? Não sei. Apenas esse é o fato. Se desconhecemos o mecanismo, então fica difícil explicar o fenômeno.
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    COMENTÁRIO: Arduin, caia na real: nem você, nem nenhum dos apologistas, consegue apresentar um mínima explicação razoável para esse “fenômeno”. Mesmo assim insiste em defendê-lo como realidade…”
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    ARDUIN – Veja a resposta acima.
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    COMENTÁRIO: vi: insatisfatória.
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    Marcos Arduin Diz: Ah! Sobre a Juliana Hildago, na tese dela, você mesmo, Moisés, postou um texto onde a certa altura ela fala do Home e sugere que “ele teria usado de algum truque (desconhecido)”
    É isso mesmo. Ela sugere a possibilidade de truque e coloca entre parênteses esse “desconhecido”. Não é uma graça? Já que estão cobrando-me tanto por experimentos, por que essa madame não fez a mesma coisa? Por que ela não simulou o experimento feito e aí talvez pudesse perceber que um truque assim ou assado explicaria o resultado? A sorte dela é que eu não estava na banca…
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    COMENTÁRIO: realmente, sorte dela você não estar na banca, mas, se quiser, pode enviar a ela seu contestatório, acredito que responderá. Pode, também, enviar objeção ao orientador de Hidalgo, o físico Roberto de Andrade Martins, este, com certeza, responderá. Agora observe uma coisa, a tese de Juliana não é uma apreciação crítica às pesquisas mediúnicas de Crookes, ela é historiadora da ciência e se mantém neutra a respeito da realidade espiritual, conforme consta no prólogo:
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    “Nos círculos espiritualistas, essas pesquisas de William Crookes costumam ser descritas como uma “prova científica” da realidade dos fenômenos exibidos pelos médiuns. Nos círculos científicos mais céticos, as mesmas pesquisas são caracterizadas como um exemplo de como um cientista, embora competente em uma área de estudos, pode ser enganado (ou pode se equivocar) ao tentar estudar fenômenos de outro tipo. Não tenho dúvidas de que os diversos tipos de leitores que irão consultar a presente obra possuam fortes expectativas de encontrar aqui confirmações de suas próprias opiniões – que serão, geralmente, as dos adeptos do espiritualismo ou as dos cientistas céticos. Muitos ficarão, por isso, decepcionados com o que será apresentado neste livro. A autora não se posiciona a favor nem contra a existência desses fenômenos. Não se trata, portanto, de uma defesa de nenhum dos pontos de vista mais comuns a respeito do tema.”
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    – continua –

  227. Defensor da Razão Diz:

    Arnaldo, novamente sua palavras são aquelas de quem, na falta de argumentos e respostas à altura, ataca quem lhe opõe.
    Já li o LE, frequentei palestras dos espíritas tupiniquins mais famosos, me dei ao serviço de ler obras de CX. Foi o suficiente para perceber que espiritismo é basicamente uma religião como as outras, baseada em dogmas (possibilidade de contato com mortos e reencarnação) e fantasias. Sem uma dose consistente de fé e sem afeição a fantasias consoladoras, nada feito, não dá para ser espírita-evangélico-tupiniquim.

  228. Montalvão Diz:

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    ARNALDO PAIVA,
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    Desta vez fui eu quem falhei em lhe responder, imaginei que a conversa nessa tópico havia findado porque você ficou vários dias sem aparecer, agora que o vejo de volta respondo:
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    Montalvão Diz: “Arnaldo Paiva, observo que mantém a conduta por mim denunciada há algum tempo, ou seja: deixa questões que foram apresentadas sem respostas, e olvida, como se não existissem, retornos que lhe enviei, expondo considerações já contestadas como coisa nova.”
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    ARNALDO PAIVA: Você devia ter analisado primeiramente para tecer seu comentário acima, o que escrevi no inicio dos meus comentários. Eu disse:
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    “Dando continuidade sobre a análise do Montalvão à página do livro O ESPIRITISMO À LUZ DOS FATOS de Carlos Imbassahy, sobre o médium Mirabelli, Montalvão faz o seguinte comentário:
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    Da perfeitamente para se deduzir que eu estava primeiramente terminando um assunto que já havia começado, e não queria deixar para trás. Daí a razão para eu me pronunciar dizendo: “Dando continuidade”. Mas não tem problema, você equivocou-se, e equívocos intencionais sempre ocorrem.
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    COMENTÁRIO: querido Arnaldo, quando manifestei o opinamento que ora contesta havia uma série de considerações minhas em aberto (sobre as quais nada dissera) e algumas delas esclareciam comentários que voltava a emitir como se não houvesse tomado conhecimento das ponderações precedentes (ou por não tê-las visto ou por não ter dado atenção). Portanto, não me referi especificamente à Imbassahy, a coisa era mais ampla. Ainda não conferi se já se atualizou, visto que você some e dá a impressão de que não volta mais. Mas, vejo que viu a listagem de pendências parciais que deixei para sua apreciação, talvez agora nos atualizemos…
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    MONTALVÃO Diz: “Arnaldo, em atendimento ao seu apelo, reporto o que ficou pendente das últimas conversas. Deve ter mais, se tiver tempo procurarei com vagar. Por enquanto, vá se divertindo com o que segue:
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    MONTALVÃO: Dileto Arnaldo, você parece aquele sujeito que se comprazia em ensinar o caminho errado a quem lhe perguntava. Embora eu não tenha achado publicativo espírita atestando que as mesas morreram, a idéia que os comentários sobre o fenômeno passam é esta: mesa girante never more. Conhece algum centro espírita que se articule com os mortos dessa maneira atualmente? No seu centro fazem-se contatos por meio de mesas?
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    De mais a mais para que haja comunicação (aqui pensando-se espiriticamente) são necessários médiuns. O combinado é que você os forneceria ou indicaria nomes. De que adianta testadores céticos se reunirem junto a uma mesa e depois informarem que nada obtiveram? O que pretendemos, se ainda não entendeu, é verificar se há espíritos comunicantes no ambiente, isso só se consegue nos entornos onde dizem que os desencarnados atuam.
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    Você mesmo poderia nos ajudar, realizando testagens com seus médiuns. Obviamente, gravando e filmando o experimento: depois nos disponibilizaria para que o examinássemos e combinássemos replicações. Mas você quica mais que bola de ping-pong quando ouve tal sugestão… tem a faca e o bolo ao alcance mas não quer cortá-lo…”
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    ARNALDO PAIVA: Dileto Montalvão, você é o cara, O CARA QUE SE COMPRAZ NA ILUSÃO DE QUE SABE DE TUDO, E SE ARVORA NA EXPLICAÇÃO DE TUDO, no entanto, noto que você nem compreende como se dão os fenômenos que se realizaram com as mesas girantes ou mesas falantes como passaram a ser chamadas.
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    COMENTÁRIO: acusar falsamente não é boa política: desde quando me arvoro em ser o “cara que sabe tudo”? Sou apenas um livre-pensador e apresento meus questionamentos às certezas que alguns aqui brandem com admirável determinação. Quem se arvora a saber tudo é sua respeitável pessoa, pois nos fala do além e dos espíritos como se os conhecesse na intimidade, mesmo não tendo nem como demonstrar objetivamente que estejam presentes dentre os vivos… No dia em que nos trouxer demonstrações firmes serei o primeiro a aplaudir esse grande feito, por enquanto só nos brinda com fantasias, ilusões e experiências mixurucas.
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    ARNALDO PAIVA: As mesas girantes ou falantes tiveram a finalidade de servirem de instrumento inicial, para que o mundo espiritual chamasse a atenção do homem e da ciência para a investigação sobre as realidades do Espírito. Portanto, foi apenas um instrumento inicial, depois OS PRÓPRIOS ESPÍRITOS FORAM INDICANDO OUTROS MEIOS QUE PODIAM SER UTILIZADOS, ATÉ CHEGAREM AO MÉDIUM. E hoje, nas casas espíritas só são utilizados os médiuns e não mais as mesas. Portanto, os grupos espíritas não usam mais as mesas como instrumento de comunicação com os Espíritos, a não ser para apoiar os braços.
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    COMENTÁRIO: primeiro: mesas girantes são equivalentes aos copos e tabuleiros ouija: pura fantasia. Espírito algum se manifesta por esses elementos. Desde quando um desencarnado tem condição de movimentar objetos materiais, a não ser na fantasia dos crentes? Quer conferir? Ponha mil médiuns próximos de um copo, sem tocá-lo, e peça-lhes que evoquem mil espíritos para movimentarem a peça: duvi-de-o-dó que ele se mexa um centímetro…
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    Você ensina que foram os espíritos que inventaram os médiuns. Estranho… sempre imaginei que foram vivos, interessado em incrementar clientela, que estavam de saco cheio de ficar formando frases letra por letra e compreenderam que um medianeiro, que recebesse diretamente as mensagens, daria muito mais resultado$…
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    Sua informação corrobora o que insinuei: presentemente, nem nos centos espíritas se usam mais mesas. Então, porque vem sugerir aos céticos que façam experimentos com coisas que os “espíritos” não usam mais? Por que recomenda que tentemos encontrar mortos que queiram brincar com mesas se podemos pôr sob verificação o que atualmente é praticado, qual seja o contato intermediado? Quero dizer: testar os médiuns e conferir se por detrás deles estão mesmo espíritos. Para tanto precisaríamos de medianeiros dispostos. Esta é a parte difícil: você mesmo, que defende os mortos com tanta firmeza, não se mostra animado em fornecer ou indicar médiuns que topassem tais experiências.
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    ARNALDO PAIVA: No entanto, qualquer um que queira iniciar uma investigação neste campo dos fenômenos, pode iniciar juntando um grupo de pessoas e usando uma mesa como instrumento inicial, e como já mencionado, ATÉ MESMO UM COPO. Quanto a presença dos Espíritos, pode ter certeza que os mesmos estão em toda parte, pois eles que povoam o universo.
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    COMENTÁRIO: Arnaldio, entendo que queira manter sua ilusão viva, por isso não admite que copos, mesas, tabuleiros, nem qualquer material terreno, sejam destituídos de propriedade sintonizantes com o além. Mas, pelo menos, deveria conceder a si mesmo o direito à dúvida: deixei-lhe um artigo esclarecedor a respeito da fantasia dos copos e fiz diversas sugestões de como se demonstra facilmente a infundamentabilidade dessa ideia. Eu já pus milhares copos diante de mim, durante meses seguidos: pedia aos espíritos que o mexessem para alguma direção. Nunca me atenderam… Faça você, que é médium, igual experimento e nos diga o resultado… Mesa então é que não mexe nem quando nela acerto a canela, visto que a que tem em minha sala pesa mais de cinquenta quilos…
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    Se espíritos estão em toda parte, vai ver fiz alguma coisa para desagradá-los, porque ao meu lado com certeza não tem nenhumzinho que me ajude a fritar um ovo, ou para qualquer outra atividade produtiva.
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    ARNALDO PAIVA: Como lhe falta base para argumentar sobre Espiritismo. Você fala imaginando – como sempre – que no Espiritismo as coisas acontecem seguindo a sua imaginação.
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    COMENTÁRIO: não sei se me falta base argumentativa, você, que me conhece melhor que eu, deve saber, mas sempre há a possibilidade de que meus argumentos sejam repudiados sem o devido exame…
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    De qualquer modo, já que é especialista, esclareça: onde está a fantasia ao se solicitar que espíritos dêem mostras objetivas de suas presenças? Por que eles se comunicam sob as mais variadas circunstâncias e são incapazes de produzir provas concretas de que estejam presentes?
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    ARNALDO PAIVA: Primeiramente eu gostaria de lhe perguntar, por que você acredita que não vai haver fenômeno, se na reunião só tiver presente pessoas céticas ao redor da mesa? Porque são céticos? ESPÍRITOS NÃO VÃO ONDE OS CÉTICOS ESTÃO? Vejo que não são somente nós que alimentamos fantasias… Ou você quer dizer que entre os céticos não tem médiuns? Isso são coisas frutos de sua imaginação, são conceitos criados por você. E por só imaginar, e acreditar que sua imaginação é a pura expressão da verdade, não faz nenhuma experiência, e com isso permanece com álibi de que os mediunistas não fornecem médiuns para as suas experimentações. O seu grande erro é pensar que tudo que você pensa é verdade, e por isso não se vê na obrigação de fazer nenhum teste.
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    COMENTÁRIO: Arnaldo, caia na real: espíritos comunicantes, nesse espaço, estão sob questionamento. Então, não adianta afirmá-los antes de dar provas de que realmente agem em meio aos vivos. Essas provas estão faltando: você ou qualquer outro mediunistas se recusa a produzi-las. Se quer experiências, garanto-lhe que já fiz muitas no meu particular e nunca tive a honra de ser visitado por um morto, nem mesmo para movimentar um copo… Se não acredita no que lhe noticio, posso gravar uma experiência em que evoco as entidades do além, qualquer uma, séria ou brincalhona, a vir em meu lar mexer em qualquer coisa. Vai ver “eles” têm medo de cachorros…
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    ARNALDO PAIVA: Vamos esclarecer as coisas pondo os pingos nos “IS”. Quando Larissa blefou só para pegar o meu E-mail (e nós espíritas é que somos pilantras), se prontificando a fazer experiências, nós havíamos combinado que faríamos reuniões aqui em Brasília, pelo fato d’eu não poder – por questões familiares – me deslocar para qualquer outro lugar, e se eu aceitasse me deslocar, ela se disporia a pagar as despesas com estadia – e se não me engano, até passagem -, e para isso ela se comprometia com o material humano ( Físico, Psicólogo, Biologista, Psiquiatra, etc) e aparelhagem que ela disse possuir. O local – se não estou esquecido -, ia ser pleiteado com Arduim, ou seja, o mesmo iria ver se arranjava um local para a realização do experimento.
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    COMENTÁRIO: pois é, caro Arnaldio, eu me prontifiquei, com todas a dificuldades que vivencio em me movimentar (que devem ser maiores que as suas), a participar de encontro com sua pessoa, tirando de minha minguada poupança os recursos para a empreitada (ou seja, não lhe geraria qualquer ônus), e você entraria com os médiuns e a garantia de que a experiência aconteceria na data combinada. Até agora não disse nada a respeito. E agora volta falar do assunto como se nada lhe fora proposto nesse sentido, inclusive ofendendo a bela Larissa, que não merece tal tratamento…
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    ARNALDO PAIVA: Devido o conceito tão comum neste blog, de que todos os médiuns são salafrarios, embusteiros, fraudulentos, etc.,
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    COMENTÁRIO: está enganado, há muitos médiuns sim salafrários, embusteiros, fraudulentos, mas há muitos autoiludidos, que imaginam sinceramente falar com mortos. Não acredito que alguém aqui queira resolver o assunto por meio de acusações, queremos verificações objetivas que produzam resultados conclusivos da realidade dos mortos dentre os vivos. Então, os médiuns são imprescindíveis nessas experimentações.
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    ARNALDO PAIVA: iniciaríamos somente com esse pessoal da Larissa, utilizando uma mesa para que não fossem levantadas suspeitas ante o acontecer de algum fenômeno, de uma vez que sendo todos amigos, pessoas insuspeitas, interessados numa observação séria, não iria levantar nenhuma suspeita. Iríamos, primeiramente, em busca do fenômeno de efeito físico através do movimento da mesa, e conforme o andamento dos acontecimentos, e se houvesse necessidade, poderíamos apresentar algum médium já mais desenvolvido. A única coisa que prometi, foi a minha participação, até mesmo porque a Larissa fazia questão da minha presença. Por isso que volto a dizer: cumpro com a minha palavra em se fazer presente e – se acaso precisar – dando a minha insignificante cooperação.
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    COMENTÁRIO: Arnaldo, esse “método” que descreve não creio que tenha sido o apresentado por Larissa, nem por qualquer outro aqui atuante: poderia reprisar o texto em que tal acerto foi efetivado? Essa forma que sugere seria prática para quem tem tempo de sobra livre e recursos financeiros sobejantes. Não creio que seja o caso dos aqui presentes, com exceção de uns poucos (que talvez nem estejam interessados em tais experimentações). Temos que ser práticos e eficientes. Você é o defensor da ação de espíritos na natureza, cabe a você selecionar intermediários (médiuns) habilitados e dispostos a se submeterem a testes elucidativos. Não tente distorcer o projeto, pois assim caracteriza o que vem acontecendo desde sempre: fuga pura e simples em submeter os espíritos a demonstrações objetivas de suas presenças. Sua participação será importante e gratificante, mas insuficiente, visto que quando os testes, nesse modalidade que defende, não derem resultados você lavará as mãos e dirá, como quem fez o “seu melhor”: “tentei, mas se os espíritos não quiseram cooperar, o problema não é meu”…
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    Caso não tenha lido minha manifestação repito-a para que, desta vez, não tenha desculpa:
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    ARNALDO disse: Apesar de tudo, cumpro com a minha palavra, junte-se a Larissa e que ela possa apresentar o pessoal que ela diz ter e que formarão os componentes da investigação, e É SÓ MARCAR O DIA E O LUGAR ONDE NOS ENCONTRAREMOS AQUI EM BRASÍLIA, PARA INICIARMOS.
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    MONTALVÃO respondeu: ôpa! Essa foi de surpreender! Tenho enorme dificuldade em sair de casa, visto estar sob meus exclusivos cuidados oito crianças caninas. Mesmo assim, topo a parada, mas PRECISO DE GARANTIAS DE QUE O TESTE SE EFETIVARÁ, ou seja que você trará médiuns para a verificação (preferencialmente mais de um), e que aceitará testagens objetivas. De antemão informo que nada machucante será aplicado aos participantes, apenas verificações simples, do tipo que aqui foram sugeridas. Só que os médiuns ficarão sabendo o tipo de prova na hora do teste. Mas pode avisar a eles que serão tarefas bem objetivas e de fácil realização.
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    Em suma, TEMOS DE IR NA CERTEZA DE QUE AS VERIFICAÇÕES ACONTECERÃO. NADA DE DESCULPAS, quais a de que choveu, que o médium ficou com dor de barriga (por isso deve selecionar vários), ou coisa parecida. VISTO NÃO TERMOS SUBSÍDIO DE NENHUM MECENAS, AS DESPESAS SERÃO POR NOSSA CONTA, portanto o desembolso deverá valer a pena. Calculo ter que despender uns oitocentos contos nessa brincadeira, e se for para não dar em nada, já viu, né?
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    Sendo nessas condições, topo, só preciso saber da disponibilidade dos demais interessados.
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    Por fim, acrescento que pretendo realizar testagem conclusiva, que possa ser divulgada como artigo, com ilustrações e tudo o que for de direito. Seja qual resultado for: para sim ou para não.
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    MONTALVÃO, comentário posterior: [Arnaldo] tenha em mente que você está a cavaleiro, pois nos desafia a ir em sua “casa” e em nada facilita o trabalho investigativo. Deveria, pelo menos, informar o que oferecerá aos visitantes, além de um cafezinho. Por exemplo, quantos médiuns trará para que os experimentemos? Eles aceitam ser testados sem restrições, ou só admitem psicografar? E outros informes.
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    Ir a Brasília ser-me-á grandíssimo sacrifício. Não só pela dificuldade de abandonar meu doce lar, mas porque tenho trauma dessa cidade. Primeiro que acho que Brasília não deveria ter existido. Foi o sonho megalomaníaco de Juscelino, que destruiu milhões de árvores, jogou o Brasil numa dívida imensa e fez fortuna de muitos espertalhões. […].
    Estou lhe contando isso porque se o encontro acontecer almejo que seja tudo programadinho, de modo minha permanência nessa urbe se restrinja ao essencial.
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    ARNALDO PAIVA: O mesmo vale para você, ou seja, como você já tem este conceito de que não existe mediunidade, e de que todos os médiuns são farsantes, então o convido a reunirmos com o pessoal da Larissa (ou ela mentiu também sobre esse pessoal?), e só com eles, para começarmos com a mesa, pois assim ao acontecer algum fenômeno não vamos ter que desconfiar de ninguém, vamos nos preocupar apenas em descobrir qual a origem do fenômeno. Nada melhor do que isso, começar sem ter que suspeitar de ninguém.
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    COMENTÁRIO: Arnaldo, por favor, não tente manipular o processo. Sua função é apresentar médiuns (mais de um, pelo menos três), nossa função é elaborar os testes. Do que jeito que se pronuncia demonstra que está querendo sair bonito na foto, sem ter tomado banho e penteado os cabelos… Se a coisa é séria, vamos levar a sério…
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    ARNALDO PAIVA:Portanto, não estou quicando como você diz, estou apenas jogando o seu jogo, vamos trabalhar com pessoas insuspeitas, não vou apresentar nenhum médium, por que apresentar um médium, para você já começar com desconfiança, com suspeita de que ele vai ser o fraudador de algum fenômeno que surgir, que ele te enganou? Não… só com a mesa meu amigo, porque a mesa não pensa… ou pensa…?
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    COMENTÁRIO: Arnaldo, reconheça: VOCÊ ESTÁ FUGINDO! Seu pronunciamento é confissão clara de que teme pôr seus espíritos sob provas consistentes: sabe que “eles” falharão porque “eles” não comunicam…
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    Então, meu amado, seja feliz em suas convicções subjetivas, não tenho nada contra seus acreditamentos, desejo mesmo que se realize por inteiro com eles, mas não venha declará-los “verdades verdadeiras”, acompanhado pelo claro receio de pô-los à prova. Para sua fé pessoal, para sua realização particular, espíritos comunicam e mandam mensagens (banais) o que muito lhe gratifica; mas de modo geral, essa crença se demonstra infundada. Sinto muito.
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    ARNALDO PAIVA: Este é um seu comentário no tópico onde comecei a participar destes debates:
    “Mesas falantes”, quer ideia mais ingênua que essa? Desde quando mesas falam? Ponham um milhão de médiuns em torno de uma mesa, a sem tocá-la (digamos, a um metro de distância do madeiro), e quero ver ela dizer um “ai” que seja…”
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    Portanto, parece-me que para você, todos aqueles que fizeram experiências com as mesas, não passaram de uns basbaques. Me desculpe, mas a INGENUIDADE É SUA em acreditar que os homens que se entregaram a estas experiências com as mesas, acreditavam que era elas que falavam. É subestimar a inteligência das pessoas. Mais uma razão para fazermos as experiências com uma mesa, pois além de provar a existência dos Espíritos, fica provado também que as mesas não falam, mas podem ser usadas como instrumentos para o mundo espiritual se fazer presente entre nós.
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    COMENTÁRIO: meu caro, não posso falar pelos que se foram, mas posso bem falar do presente. Veja que o desafio a pôr quantos médiuns quiser (e você tem fácil acesso a eles) próximos à mesa, sem tocá-la, e tentar fazê-la mover-se, espiritualmente, um tantinho que seja. Faça esse teste simples, filme-o e nos mostre para que também passemos a acreditar…
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    Da forma com aqui aparece, com seus lindos discursos apologéticos, sem perceber (sua fé obnubila sua visão), simplesmente afirma que as coisas são como diz, que espíritos estão espalhados pelo universo, e ao redor de todos nós. Mas eu lhe digo, “espíritos” só estão ao redor dos que acreditam que espíritos lhes estão ao redor, embora disso não disponham de provas…
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    COMENTÁRIO: É o velho ditado, o macaco nunca olha para o seu próprio rabo. Os fenômenos começaram a sacudir a atenção dos homens – pois, sempre existiram – a partir de 1848 com as irmãs Fox, e daí para a frente, centenas de cientistas se entregaram a pesquisar estes fenômenos, demonstrando de várias maneiras a realidade dos mesmos, com provas e depoimentos, até os dias de hoje (2014), no entanto, você diz que estes fenômenos não existem, e se os fenômenos não existem, você quer dizer que todo esse tempo, estes homens foram enganados por médiuns salafrarios, mentirosos e trapaceiros, no entanto, como a mesa não pensa e nem raciocina, você está a admitir que os fenômenos existem.
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    COMENTÁRIO: amigo, reitero: não posso responder pelo passado, posso apenas analisá-lo, mas uma coisa é certa: até aqui sua distinta pessoa não apresentou um experimento que pudesse ser aceito como evidência satisfatória da comunicação. Se as coisas são como declara, então porque nos esconde esses tesouros de sabedoria? Libere-os para que sejamos quais você: deslumbrados ante a certeza de que “eles” estão conosco, ativos e comunicantes…
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    ARNALDO PAIVA: Aí, você me pede provas, SÓ LEVA O TEMPO EM ACUSAR E PEDIR PROVAS, mas não se vê na obrigação de nos fornecer nenhuma prova do que nos acusa. Vejamos:
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    COMENTÁRIO: Arnaldo, não o acuso de nada, só de ingênuo, mas isso não é acusação, é fato; embora eu não o desconsidere por isso: também sou ingênuo para muitas coisas, felizmente não para espíritos. O caso é que quem afirma é que deve provar. Se você garante que espíritos comunicam não há nada demais que os que duvidam peçam as provas disponíveis a corroborar essa comunicação.
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    ARNADO (citando Montalvão): 1. a quem acuso de mentiroso, desonesto ou irresponsável (dê exemplo com texto meu falando tal coisa)?
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    ARNALDO PAIVA: Pois não meu amigo, vejamos o que você diz em: Montalvão Diz: SETEMBRO 16TH, 2013 ÀS . 01:07: “ARNALDO PAIVA DIZ: Continua Montalvão: “Os testadores disseram que fariam com Dickson o mesmo que fizeram com Guzig, mas será que os controles seriam igualmente rigorosos nos dois casos?”.
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    ARNALDO PAIVA: PARA MIM, ISSO SIGNIFICA QUESTIONAR A HONESTIDADE DOS QUE FAZIAM EXPERIÊNCIAS COM GUZIG, é levantar suspeitas de que estes pesquisadores podiam não ser honesto o suficiente, e usar com Dickson controles mais rigorosos do que os usados com Guzig para garantir que Dickson não teria sucesso nos seus feitos.
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    COMENTÁRIO: pô, Arnaldio, brincadeira, hem! Isso não é acusação nem aqui nem em Nosso Lar… é questionamento legítimo: os pesquisadores de Guzig (os que citou) eram voltados a confirmar os “poderes” do sujeito, portanto, a suspeita de que apertassem os controles com quem se dispunha a mostrar as falcatruas do sujeito não é descartável, mas texto inteiro esclarece meu ponto de vista e você só está citando a parte que parece (só parece) apoiar sua infantil interpretação. Dá a impressão de que não leu o texto completo: as falcatruas de Guzig foram demonstradas por vários pesquisadores, é compreensível que aqueles que o aprovaram tentassem salvaguardar seus prestígios propondo ao desafiante controles ultrarrigorosos que, se utilizados anteriormente, com Guzig, teriam mostrado que era um safado. Isso fica muito fácil de deduzir, ao sabermos que outros investigadores, mesmo sem usar a rigidez controlativa descrita, constataram que, debaixo de fiscalização competente, Guzig nada produzia.
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    Cai na real!
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    ARNALDO PAIVA: Você pergunta ainda
    Montalvão: “desde quando minha suposição, acima exposta, significa julgamento? Estou pressupondo que a reação espírita será a que expressei, mas posso estar equivocado. Isso só saberemos realizando os testes, aos quais nenhum espírita que conheço topa se submeter. Agora vem sua singular chefia dizer que temos de realizar as verificações por nós mesmos e que não envolvam sua santa pessoa na encrenca. Ora, se sua santa pessoa não quer ser envolvida, então não nos traga certezas infundadas esperando que as aceitemos sem questionamentos. [obs. mais adiante mudará de ideia e aceitará os testes…]”
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    ARNALDO PAIVA: Você até agora – juntamente com os demais – não tem feito outra coisa, senão julgamentos sem fundamentos, e lançar acusações diretas ou indiretas baseado apenas em conversas de OUVIR DIZER, ou em SUPOSIÇÕES. Alguém escreve um livro dizendo que o médium podia ter feito desta ou daquela maneira, assim e assado para enganar o pesquisador, aí é aceito como uma verdade incontestável, e pior ainda, passa a ser isso que o médium fez, sem nenhuma prova do que verdadeiramente aconteceu. É o caso apresentado para dizer que o médium podia ter enganado Crooks fazendo o que imaginosamente o autor do livro disse, e aqui neste meio passou a ser uma verdade, foi isso que o médium fez, e foi isso que passou a prevalecer.
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    COMENTÁRIO: Arnaldo, até prova em contrário, estamos procedendo mui corretamente: pedimos provas atuais do que se diz ter sido obtido no passado. Se espíritos se mostraram aos investigadores de antigamente podem se mostrar nos dias que seguem. Isso é lógico. Se se trata de fenômento passível de investigação (a comunicação entre mortos e vivos) provas deveriam ser produzidas a qualquer tempo.
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    Considere, ainda, que os tempos passados, das demonstrações sensacionais eram outros, a crença em forças grandiosas, viessem dos espíritos ou de metapsíquicos, era ampla. Naqueles dias materializações aconteciam amiúde, em teatros e casas particulares: pessoas levitavam a si mesmas ou a objetos pesados, muitas se bilocavam, a telepatia era força de uso comum, por clarividência se podia descobrir “tudo”… com o passar do tempo, à medida em que os métodos e ferramentas investigativos se aprimoravam, os fenômenos atrofiaram, boa parte desapareceu, outros se restringiram aos entornos acreditantes. Nada mais justo que se ponha sob júdice as descobertas antigas, e nada mais correto do que tentar obter na atualidade iguais resultados que no passado. A ciência não se contenta com descobertas definitivas, ao contrário, está constantemente conferindo a legitimidade do que foi postulado anteriormente.
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    Portanto, lídimo crente, questionar se os antigos acertaram não significa necessariamente suspeitar da honestidade daqueles. Bem poderiam ser honestos, e a maioria o era, porém isso não os isentava de cometerem erros metodológicos e ou se deixaram engrupir por espertalhões.
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    Em suma: exigir provas atuais é mais que legítimo, é imprescindível, ainda mais se tratando de assunto tão repleto de nebulosidades quanto a ação de entes espirituais no mundo material.
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    ARNALDO PAIVA: Me responda dileto Montalvão, onde está a seriedade dessa análise? E ainda acreditam que trata-se de uma análise científica? Confesso que são mais ingênuos do que Crooks.
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    COMENTÁRIO: a ciência confere continuamente o que tem por estabelecido. Nada há de reprovável em questionar os saberes tidos por firmes em outros tempos. Se forem firmes assim se conservarão, se não forem ruirão inapelavelmente. Por isso é que, para alguns, é muito mais seguro agarrar-se ao passado e repudiar qualquer verificação atual, pois não querem o risco de ter que admitir que a fé, sempre tão cara, foi aplicada em fundos arruinados…
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    ARNALDO PAIVA: Os fatos já foram apresentados por centenas de investigadores, e são estes fatos que vocês tem que desmenti-los, e não ficar aí pedindo mais provas e a expressar esta falácia de que os fatos estão velhos e por estar velhos deixaram de ser fatos.
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    COMENTÁRIO: o que é mais fácil, simples e recomendável: 1) tentar reproduzir os experimentos dos antigos, o mais exato possível, e verificar se se chega aos mesmos resultados, ou 2) realizar testagens atuais, com métodos atuais, e equipamentos modernos?
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    Se centenas de investigadores do passado seguiram caminhos semelhantes, e provavelmente errôneos, o que se faz exigível é pôr em testes, com ferramentas atuais e seguindo outra vias, as “certezas” a que aqueles chegaram. Além disso, não esqueça que as provas que alguns produziram no passado nunca foram provas gerais, aceitas por todos, ao contrário, era minoria a bradar pela legitimidade dos médiuns ou dos poderes metapsíquicos. Quer dizer, esse conhecimento sempre esteve na berlinda, e assim continua. O que aqui propomos são verificações objetivas que possam lançar luzes esclarecedoras sobre o assunto. Em vez de se revoltar contra isso, você, que se mostra muito interessado em comprovar o que nos prega, deveria ser o primeiro a apoiar tais verificações.
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    Por que, então, foge delas mais que o Cascão foge de banho?
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    ARNALDO PAIVA: Tanto no terreno dos fenômenos de efeitos físicos, quanto no terreno das manifestações de efeitos intelectuais, o Espiritismo apresenta fatos e argumentos que enfrentou as críticas em todos os sentidos e saiu delas incólume QUANDO FEITAS HONESTAMENTE.
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    COMENTÁRIO: o que para você é “honestamente” em realidade significa “acriticamente”, ou seja, aceitação sem questionamentos de discursos fantásticos.
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    ARNALDO PAIVA: Estas diversas e imaginosas dissertações que acompanha o Espiritismo desde o início das investigações até hoje – e o dileto amigo é um desses criadores -, não foram o suficiente para desmentir o Espiritismo, tanto é que o dileto amigo anda atrás de fazer experiências para tirar suas dúvidas. A solução espírita continua inabalável.
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    COMENTÁRIO: claro que não foram “suficientes” para desmentir o espiritismo, visto que este, como qualquer religião, está firmado na fé de seus seguidores. Mas o espiritismo já nasceu falido em termos da ciência que diz ser sem ser: no tempo de Kardec boa parte das propostas por ele defendidas já estava refutada pelo conhecimento disponível ou era fortemente questionável. De lá para cá a “ciência” espírita não se adiantou um pé e, mesmo com tudo isso, seus seguidores acreditam que o kardecismo seja afim com a ciência.
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    ARNALDO PAIVA: Silva Mello possuidor de grandes conhecimentos – não de Espiritismo, pois neste campo era um analfabeto – com capacidade para desenvolver experiências neste campo, em vez disso, resolve escrever um livro baseados nas estórias contadas por outro iguais, para receber os aplausos dos religiosos da época tão inimigos do Espiritismo quanto ele, e se atirar contra o Espiritismo porque o Espiritismo cura doenças que ele Silva Mello não curava.
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    COMENTÁRIO: você repudia o livro de Silva Mello mas, até agora, não o vi questionar nada do que o autor escreveu, apenas o ataca como se o conhecesse profundamente. Não o vi citar um trecho, por miúdo que fosse, e dele realizar legítima avaliação…
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    Até mesmo a diatribe que acima escreveu parece adaptada de crítico espírita que na época se manifestou contra a obra, do mesmo jeito que você faz: desancando o escritor, sem dar maior atenção aos argumentos que proferiu.
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    ARNALDO PAIVA: Para haver continuidade nas investigações dos fenômenos espíritas, necessário se faz que homens isento de preconceitos, tanto científico quanto religioso, se digne a realizar, caso contrário não é culpa do Espiritismo se isso não acontece e o que já foi pesquisado, os fatos já apresentados não perdem o seu valor, só na cabeça dos pseudo pesquisadores.
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    COMENTÁRIO: chegou onde eu queria: pois aqui nesse sítio está um grupo nesses moldes que exige. Estamos despidos de preconceitos, apenas queremos experimentos atuais que possam dar mostras efetivas de que os mortos estão vivos e comunicantes. Então se o espiritismo foge à responsabilidade de produzir essas provas (de que os desencarnados comunicam), aí sim, a culpa é dele, e mais: a fuga é demonstrativo de que não há mortos em meio aos vivos. Os mortos, caso sobreviveram, estão lá para onde foram, cuidando de suas novas existências, sem se meterem nas coisas deste mundo. Esta é a verdade, mesmo que doa.
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    ARNALDO PAIVA: Quando do meu conselho para você realizar uma experiência: “Se você estar mesmo interessado em fazer experiência dessa natureza, e está com dificuldade de realizá-las com a mesa, pegue um copo, escreva as letras do alfabeto em algum papel ou cartolina, junte seus amigos, principalmente os de obras psicografadas, a Larissa por exemplo, com todos os seus amigos cientistas, que gostaria tanto de saber se existem espíritos ou não, e faça suas verificações…” você comenta:
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    MONTALVÃO respondeu: meu filho, não sou médium e, pelo que sei, nenhum frequentador não-espírita desse sítio o é. Então não adianta sugerir-nos que façamos testagens se nada irá ocorrer. Mesmo porque nossos testes (creio que Gorducho, Larissa, Toffo, Marciano, e outros, concordarão) propõe não haver contato algum com a mesa, ficaremos próximos a ela, juntamente com médium reconhecido, e aguardaremos a mexida (tudo filmadinho e gravadinho).
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    ARNALDO PAIVA: Eu estava por ver uma pessoa tão precipitada nos julgamentos quanto você, isso não é muito recomendável para quem quer realizar experiências científicas. Dizer que você não é médium, e assegurar que nenhum dos outros participantes NÃO ESPÍRITAS dessa lista também não os são, além de ser um falso juízo, denota o quanto você está despreparado para fazer pesquisas científicas sobre fenômenos espíritas, pois já vem com sua opinião formada de que não existe mediunidade, não existe fenômeno a não ser entre os idiotas dos espíritas. EU SOU ESPÍRITA A MAIS DE QUARENTA ANOS E NO ENTANTO NÃO TENHO MEDIUNIDADE OSTENSIVA.
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    COMENTÁRIO: então desculpe, imaginei que também fosse dotado de mediunidade… mas, quanto a mim, posso lhe garantir que não dotado de mediunidade alguma, nem ostensiva nem discreta…
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    Depois prossigo, agora meus dedos não aguentam mais.

  229. Montalvão Diz:

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    ARNALDO PAIVA: FAÇO-LHE UMA PERGUNTA: em que você se fundamenta para dizer que você não é médium, e ainda por cima afirmar que nenhum dos debatedores não espíritas da lista também não o são? SÓ SE SABE QUE UMA PESSOA TEM MEDIUNIDADE ATRAVÉS DA OBSERVAÇÃO, exceto se a mediunidade já se apresentar ostensiva, caso contrário, só através da observação. E se você ou algum deles tiver ectoplasma que ofereça condições de se produzir algum fenômeno de efeito físico? só iremos saber pondo-o a prova.
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    COMENTÁRIO: vou responder à sua pergunta mas, antes, faço-lhe outra: em que você se apoia para afirmar, sem medo algum, que pessoas possuem mediunidade e fornecem ectoplasma, se tanto um e outro têm suas realidades contestadas?
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    Agora respondo-lho: observação alguma pode detectar mediunidade: no máximo é possível apontar que a pessoa seja dada à dissociação, ou seja: tem habilidade em fabular pseudopersonalidades e fazer delas “comunicantes espirituais”. Isso quando o alegado médium sabe que não comunica com espírito algum e mesmo assim simula, enganando a muitos.
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    Para que seja afirmável a existência de médiuns, inicialmente se faz necessária a demonstração efetiva de que os mortos voltam ao mundo como espíritos e comunicam com os vivos. Este ponto essencial até hoje não foi atendido: os que advogam a comunicação o fazem por suas crenças e riscos. Vencida a etapa da confirmação de haver espíritos entre os homens, atuantes e comunicativos, passa-se para a próxima: identificar as características de pessoas que consigam captar as mensagens dos espíritos, caso existam tais pessoas. Só após essas fases investigativas estarem atendidas é que será possível falar de mediunidade legitimamente.
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    ARNALDO PAIVA: Por outro lado, para uma mesa se mexer ou um copo deslizar, não é obrigatório que se ponha as mãos sobre os mesmos, O FENÔMENO SE DARÁ MESMO AS PESSOAS ESTANDO A UMA CERTA DISTÂNCIA.
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    COMENTÁRIO: pois esta eu gostaria muito de ver: o copo a se mover sem que ninguém o toque! Posso lhe garantir que não consigo, nem recorrendo a espíritos nem atiçando minha paranormalidade. Mas como você diz que acontece, por favor, grave um vídeo seu movendo copos a distância, em troca lhe envio um meu rogando a mil espíritos que dêem uma movidinha na peça, debalde…
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    MONTALVÃO: Agora vem dizer que tenho de pegar um copo… desde quando copos chamam espíritos?
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    ARNALDO PAIVA:: É verdade, nenhum copo por si só chama espíritos, até mesmo porque eles não sabem falar, como também não os atrai , não sei onde você ouviu dizer isto. Nem a mesa também chama ou atraí espíritos, os espíritos são atraídos pelo conteúdo existente nas mentes dos encarnados quer estejam fazendo ou não experiências. Portanto, comece a fazer experiência com um propósito sério, e atrairá Espíritos sérios para lhe ajudar nas experiências, comece a fazer experiência com o propósito de se divertir com brincadeiras, e atrairá Espíritos brincalhões que saberão muito bem fazer a festa.
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    COMENTÁRIO: caro mediunista, não atraio espíritos de espécie alguma, nem bons, maus, brincalhões, lascivos, recatados. Tampouco atraio demônios, duendes, elfos, extraterrenos… meu poder de atração tende a zero, nem mulher bonita atraio mais, exercício no qual já fui muito bom…
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    Não adiante empurrar-me sua crença goela abaixo, pois espíritos me fazendo companhia necas. Mas, se eles não vêm a mim, outros dizem que vão a eles, e até conversam, deixam recaditos e etecéteras! Se for assim quero muito comprovar essa maravilha. Quero muito obter sinal concreto da presença de mortos… mas qual: que frustração quando solicito aos que falam com mortos demonstrações satisfatórias dessas sintonias: não fica um…
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    MONTALVÃO: Noutra configuração, já que NO MEIO ESPÍRITA SE ALEGA QUE A PRESENÇA DE DESCRENTES INIBE A ATUAÇÃO DOS ESPÍRITOS, ficaremos a distância, filmando e fotogrando, enquando os médiuns se postam próximos à mesa (próximos, mas sem tocá-la). E vamos ver no que vai dar.
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    ARNALDO PAIVA:: SUAS INFORMAÇÕES SÃO TODAS DISTORCIDAS, por isso eu aconselho a mudar as suas fontes de informação, você ficou sabendo disso foi através de Heuzé ou Silva Mello? (brincadeira, risos)
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    COMENTÁRIO: se minhas informações são distorcidas, dê-mas as corretas… Mas, só para dar um exemplo, cito uma de minha fontes:
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    “É, pois, equivocar-se, julgá-los do nosso ponto de vista. Se crêem útil se revelarem por sinais particulares, o fazem; mas, isso jamais à nossa vontade, nem para satisfazer uma vã curiosidade. É preciso, por outro lado, considerar UMA CAUSA BEM CONHECIDA QUE AFASTA OS ESPÍRITOS: SUA ANTIPATIA POR CERTAS PESSOAS, principalmente por aquelas que, através de perguntas sobre coisas conhecidas, querem pôr a sua perspicácia em prova.”
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    Então, caro Arnaldo, se minhas informações estão distorcidas vá se entender com seu mestre Kardec, pois foi o próprio quem proferiu o termo acima…
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    ARNALDO PAIVA: O que eu sei a respeito, é que tem certas pessoas – eu disse certas pessoas – que podem ser CRENTES OU DESCRENTES, céticos ou ateus, ou mesmo materialistas, que ante a presença dela, o médium fica numa espécie de estado de inibição, e não consegue entrar num estado mental que favoreça os espíritos se manifestarem pelo seu intermédio. A única coisa que proíbe de um espírito estar presente num lugar, é ele não querer estar lá, somente isso e nada mais.
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    COMENTÁRIO: tá, mas Rivail garantiu que a antipatia que os mortos nutrem por certos vivos os faz se afastarem destes… então, a inibição de médiuns já seria outro problema…
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    MONTALVÃO: Minha proposta complementar é de aproveitar a presença dos espíritos e de seus médiuns e submetê-los a testagens objetivas, tipo ler livro aberto fora das vistas dos presentes. Só falta sua aquiescência ao projeto…
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    ARNALDO PAIVA: O que eu tinha a dizer a respeito deste assunto se encontra logo acima, e que você ao chegar aqui já o leu, com certeza. Aceitando o que está acima, é só entrar em contato comigo e acertarmos as coisas.
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    COMENTÁRIO: não está propondo nada produtivo, apenas viagem perdida e de alto custo. Você quer é fugir de dar mostras efetivas da realidade dos espíritos no mundo material e ainda sair limpinho da encrenca…
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    MONTALVÃO: não apenas tenho interesse como já submeti médium à verificação, inclusive tenho a experiência gravada para quem quiser examiná-la. Será que devo informar que o fracasso foi total ou devo esperar que você mesmo (caso queira conferir) chegue a igual conclusão?
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    ARNALDO PAIVA: Seria possível você me enviar esta sua experiência para que eu possa conhecê-la mais de perto?
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    COMENTÁRIO: é possível sim: tenho o experimento gravado em áudio e transcrito. O áudio é meio grandinho, não sei se vai por e-mail, mas as transcrição sem problema. Mas se quiser a gravação de voz dou um jeito de remeter. É só informar seu correio.
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    MONTALVÃO: Belo Arnaldo, não tente sair de briga em que está apanhando sob a alegação de que já bateu o suficiente. Está diante de si o desafio de comprovar a comunicação por meio de verificações firmes. É aceitar ou fugir. Se fugir, pelo menos fuja bonitinho e reconheça que não quer correr o risco de confirmar que espíritos não comunicam.
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    ARNALDO PAIVA: Outra idéia mirabolante, estou com a minha consciência tranquila pois A DOUTRINA ESPÍRITA ESTÁ MAIS QUE PROVADA PARA MIM, centenas de cientista já me convenceram da realidade da imortalidade da alma, da mediunidade, da influência dos espíritos sobre os homens, influências boas e más, de acordo como as pessoas se colocam diante da vida.
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    COMENTÁRIO: você fala tanto em centenas de cientistas, mas não consegue apresentar uma experiência conclusiva destes. Até parece o Arduin, que brada do alto da montanha que foram oitenta anos de estudos e duzentos cientistas (depois pararam para almoçar). E o que conseguiram com tudo isso? Nada. Hoje a mediunidade continua tão em dúvida quanto sempre. Mas você que está plenamente convencido, ajude-nos a nos convencermos: apresente o relatório de algumas boas experimentações e nos tornaremos crentes, mas só depois que analisarmos o relatos…
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    ARNALDO PAIVA: Quem está num beco sem saída é você, pois O ÔNUS DA PROVA CABE A QUEM ACUSA e você se recusa a fazer testes. Eu não tenho nenhuma obrigação de fornecer médiuns para você fazer experiências, estou pronto a comparecer se quiser seguir o plano inicial pela BLEFETÁRIA Larissa.
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    COMENTÁRIO: 1) estou esperando que apresente esse “plano inicial” para ver se é conforme diz.
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    2) Não estamos em tribunal para que o ônus da prova seja de quem acusa, mesmo porque não estou acusando ninguém de nada, a não ser de ingênuo que, conforme expliquei, não é acusação, sim constatação. O ônus da prova, em ciência, é de quem afirma, e não sou eu quem afirmo que espíritos comunicam…
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    3) Você não tem obrigação de fornecer médiuns, correto, mas teria o dever moral de apresentá-los, visto que nos quer convencer que espíritos comunicam, mas parecer pretender fazê-lo só no blablablá…
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    Saudações testefajutais.

  230. Antonio G. - POA Diz:

    Defensor, apensar da compreensível irritação do Arnaldo, asseguro a você que 95, talvez 99% dos franceses não têm a mínima ideia de quem foi o Rivail (Allan Kardec). Ele só é mesmo celebridade no Brasil, graças à ação de Chico Xavier.

  231. Arnaldo Paiva Diz:

    Evidências científicas atuais sobre a existência da vida após a morte
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    Já faz muitos anos que os seres humanos se perguntam se há algo além da vida.
    Muitas culturas, religiões e doutrinas têm sido baseadas na crença que os mortos vão viver em outros mundos, vão ao paraíso ou reencarnam… Mas o que aconteceria se a ciência nos desse evidências de que há vida depois da morte? Nas últimas décadas, vários cientistas e médicos pesquisadores de várias universidades do mundo estão revolucionando o paradigma do século XXI mostrando evidências de que a consciência de fato sobrevive à morte física.
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    Mediunidade no laboratório
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    No Instituto Windbridge no Arizona, EUA, a Dra. Julie Beischel está conduzindo uma pesquisa importante para demonstrar que há vida após a morte. Basicamente, utiliza três métodos para estudar o fenômeno da mediunidade: proof-focused: são testes para verificar que os médiuns estão dando a informação correta; process-focused: estuda a experiência dos médiuns durante as comunicações espirituais; applied-research: examina como a informação dos médiuns pode beneficiar a sociedade em geral. Os resultados da Dra. Beischel confirmaram a hipótese de que o espírito sobrevive à morte. Entramos em contato com a Dra. Julie Beischel para perguntar mais sobre o método científico que aplica em suas pesquisas. Ela disse que utiliza controles muito estritos para pesquisar o fenômeno de mediunidade através de um programa científico que contém uma quantidade grande de dados: ”No Instituto Windbridge, estamos interessados principalmente no estudo da mediunidade. Utilizamos o método científico e controles estritos para pesquisar estes fenômenos e o programa de pesquisa de mediunidade abrange uma quantidade enorme de dados. Através de nosso método científico do quintuplo-cego1 com médiuns certificados pelo Instituto Windbridge, podemos demonstrar que as informações dos médiuns sobre familiares já mortos são exatas, e além do mais, os médiuns não têm nenhum conhecimento prévio sobre a família ou o desencarnado”. Além disso, Beischel disse: “Este paradigma de pesquisa é ideal porque o fenômeno da mediunidade é facilmente replicável e podemos trazer o fenômeno da mediunidade ao laboratório.” A pesquisa da Dra. Beischel certamente demonstra que o fenômeno da mediunidade é de fato autêntico.
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    No Brasil, a mediunidade de Chico Xavier foi estudada pelo Dr. Paulo Rossi em 1991. Chico Xavier ficou conhecido pelo seu trabalho gratuito, onde publicou mais de 400 livros através de mais de 600 autores espirituais, e também escrevia cartas de pessoas já falecidas. O estudo do Dr. Paulo Rossi confirmou que 93,3% das pessoas que visitavam Chico Xavier não o conheciam; 62,2% das mensagens mostraram mais de seis fatos reais cada; e 71,1% continham informações detalhadas sobre pessoas falecidas, que foram posteriormente confirmadas como verdadeiras por suas famílias. Rossi concluiu que a informação revelada por Chico Xavier de fato provém de espíritos de pessoas mortas e não é resultado de qualquer classe de fraude.
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    Em 2004, Alexander Moreira de Almeida concluiu sua tese de doutorado pela USP, na área de experiências mediúnicas. Almeida estudou 115 médiuns espíritas que seguem a doutrina codificada por Allan Kardec, com o objetivo de construir seu perfil sociodemográfico e para comprovar sua saúde mental.
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    Os pesquisadores concluíram que a maioria dos médiuns desenvolveu sua mediunidade durante a infância e mostraram altos níveis socioeducativos. Além disso, os resultados mostraram um nível muito baixo de desordens psiquiátricas entre os médiuns. Esse estudo mostra que os médiuns que com frequência são taxados como “loucos” são na verdade pessoas sem quaisquer problemas psicológicos e apresentam um nível muito alto de escolaridade.
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    O Dr. Sérgio Felipe de Oliveira, da USP de São Paulo, usa técnicas de difração de raios X, tomografia computadorizada e ressonância magnética para explicar a relação entre a glândula pineal e a mediunidade. Dr. Sérgio demonstrou que médiuns de incorporação possuem mais cristais de apatita na glândula pineal, e que durante o momento de comunicação espiritual os médiuns possuem alta atividade cerebral e aumento de fluxo sanguíneo na região da glândula pineal. A hipótese do Dr. Oliveira é que a glândula pineal é o órgão sensorial da mediunidade

  232. Marcos Arduin Diz:

    “Eu sempre volto a dizer isso: não existe “fé raciocinada”, uma falácia criada por Kardec para atrair aderentes de uma camada mais instruída da população, mais uma das suas tiradas de marketing que o tornaram o Líder. Parece estranho que existam pessoas instruídas e cultas, possuindo luzes em determinadas áreas do conhecimento, como é o caso do Arduin, de alguns membros da minha família e muitos conhecidos (“confrades”) espíritas, que acreditem nessas coisas esquisitas e ao mesmo tempo tenham suas convicções científicas e intelectuais vívidas.”
    – Ex-Toffado, tendo conseguido por algumas das minhas coisas em ordem, respondo a você e, de gancho, a outros com os mesmos questionamentos.
    Vamos primeiro entender tal FÉ CEGA. Essa fé é a dita fé que NÃO ADMITE QUESTIONAMENTOS, pois é fruto de uma revelação divina (os três Deuses cristãos, Brahma, Allah, Tupã, Grande Espírito ou outro menos cotado) ou obra de uma mente fantasticamente brilhante (Karl Marx).
    Assim, o homem faz Deus à sua imagem e semelhança, tomando o poder e autoridade dos reis e governantes de sua época como referência para o poder e autoridade divinos. Obviamente o resultado de tal processo, ocorrido em povos da Antiguidade, é um código moral, de costumes, sabedoria científica, etc e tal de se fazer morrer de rir se não fossem levados tão a sério pela FÉ CEGA.
    Sim, pois a fé cega exige que se creia que a Terra é plana, está no centro do Universo, que este foi criado há 6000 anos, que o céu é sólido, que houve um Dilúvio que inundou a Terra inteira, etc e tal. Sim, pois ao livro onde estão escritas tais coisas é emprestado um dogma de que é exato e infalível e absolutamente verdadeiro em tudo sobre o que se manifesta.
    Os grupos religiosos que se servem dessa obra mantêm em geral essas linhas de pensamento, na medida em que se atrevem a enfrentar o ridículo de suas crenças. Vai de quebra então a crença da condenação eterna ao Inferno, a bonança eterna no Paraíso, independente de quão criminosa foi a pessoa, desde que tenha se arrependido no último minuto… E por aí vai.
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    Muito que bem, no século XIX na França apareceu um cara que se intitulou Allan Kardec e pensou em montar uma tal fé raciocinada. Em contradição à dita fé cega, que não admite escrutínio, a fé raciocinada se sujeita a isso. Assim então o dito Kardec, talvez surrupiando o Deus escolástico, já que não havia outro melhor, compôs uma fé que se encaixa naqueles atributos. Ao homem não foi negada a esperança (a eterna condenação ao Inferno) e nem recompensa gratuita (o céu para o arrependido de último minuto). Futuro pertence a todos, mas não por obra do sacrifício de um justo e sim pelo trabalho dos espíritos para a sua evolução espiritual.
    Foi enfim uma fé que se encaixou no que se entendeu ser uma real justiça.
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    Não pretendemos que todas as questões estejam resolvidas e nem que essa dita fé agrade a todos. Só gostaria de que fosse refutada em seu conteúdo filosófico e não porque “foi bolada por socialistas românticos”, foi surrupiada de outras filosofias ou coisa que o valha. Há muito pouca coisa que pode ser considerada inédita neste campo.

  233. Técnicas de Fraudes e Truques de Ilusionismo - Céu Nossa Senhora da Conceição Diz:

    […] (http://obraspsicografadas.org/2014/livro-gratuito-mistrios-e-realidades-deste-e-do-outro-mundo-por-a…, MELLO, Antonio da Silva, Mistérios e realidades deste e do outro mundo, 1960). […]

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