O texto a seguir é uma resposta, ou melhor, uma reflexão, a algumas considerações que os srs. Marcelo e Carlos teceram, nos comentários ao texto "Resposta ao Prof. Pinheiro Martins, com Referências Iniciais a Pedro de Campos…" do Sr. José Carlos Ferreira Fernandes, publicado neste "blog", e referentes quer, no geral, à confiabilidade dos textos bíblicos, mais especificamente dos neotestamentários, quer à autenticidade de algumas das epístolas que formam o "corpus" dos escritos de São Paulo Apóstolo preservado no Novo Testamento (mais especialmente, a 2a carta aos Tessalonicenses, a carta aos Efésios e as assim denominadas "Pastorais", ou seja, as duas cartas a Timóteo e a carta a Tito). O objetivo da apresentação a seguir (e que não se pauta por considerações teológicas, mas sim de evidenciação e de confiabilidade histórica e de autoria) é demonstrar que existem bases sólidas e racionais para considerar as cartas citadas como autenticamente paulinas, mostrando igualmente as grandes limitações que os métodos de crítica textual e de análise estilística intrinsecamente possuem. Defender a integridade e a autenticidade (em termos de autoria, e de valor histórico) dos escritos neotestamentários não é, em absoluto, algo restrito a "fanáticos", a "ortodoxos" e a "carolas"; ao contrário, repousa em estudos circunstanciados e em evidências de forte caráter probante – algo que, muitas vezes, falta àqueles que, para defender suas agendas específicas, constróem castelos assentados em areia na sua ânsia de desmerecer o valor e a autenticidade de tais escritos.
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