Novas evidências sobre as correlações entre “A Vida Além do Véu” de Owen e “Nosso Lar” de Chico Xavier
Este artigo, escrito por Eduardo José Biasetto, aponta mais algumas semelhanças entre os dois livros.
Nota explicativa: Nunca houve de minha parte, a intenção de estar desmerecendo o espiritismo e, em especial, a história e as atividades de Chico Xavier. Muito pelo contrário, sempre tive por ele, sinceras considerações, além de explícita admiração e respeito. Porém, frente às inúmeras evidências, surgidas neste blog, sob a orientação de seu criador, Vitor Moura, indicando a possibilidade de “plágios” realizados pelo citado médium e ícone do espiritismo brasileiro, me vi na condição de, pelo menos, admitir tal possibilidade.
Querendo, antes de tudo, responder às minhas próprias indagações, realizei uma análise das obras “A VIDA ALÉM DO VÉU” (suposta psicografia do reverendo G. Vale Owen) e “NOSSO LAR” (suposta psicografia de Chico Xavier), chegando à seguinte conclusão: Chico Xavier leu “A VIDA ALÉM DO VÉU” e se deixou influenciar por esta obra, para elaborar “NOSSO LAR” e, também, outros livros atribuídos ao espírito André Luiz. Assim, entendo como totalmente questionável, a mediunidade do Chico, para não dizer, “totalmente falsa”. Acredito que ele tinha muita facilidade pra aprender, gosto pela leitura, disciplina, muito amor ao próximo e vários conflitos. Descobriu o Espiritismo, participou de algumas sessões, talvez tivesse algum “tipo de mediunidade” (sensitiva, por exemplo). No centro, foi incentivado a “psicografar”, gostou da idéia e não parou mais de escrever. Se ele não tivesse caminhado para a linha da psicografia, talvez pudesse ter dado uma contribuição maior ao espiritismo, escrevendo como pesquisador e admirador do tema. Talvez tivesse escrito 100 ótimos livros, que seriam respeitados e autênticos. Mas, na condição de “médium/psicógrafo”, acabou se perdendo, cometendo algumas falhas, que estão aparecendo.
Quem discordar, favor me convencer a mudar de opinião, sinceramente, eu agradeceria.
Para dar credibilidade à minha conclusão, faço as seguintes colocações:
1º) O livro de G. Vale Owen, se inicia, de fato, na página 16, com uma mensagem recebida em 23 de setembro de 1913, mensagem de sua mãe (já desencarnada) – Há um trecho, logo no início, que me chamou a atenção!
Ela diz: “Sobre nosso lar. É muito brilhante e lindo, e nossos companheiros das esferas mais altas têm sempre vindo a nós para nos animarem a seguirmos em nosso caminho para frente.”
— Ela (a mãe de Owen) está se referindo à colônia, cidade espiritual em que vive, também dando a impressão de “nossa morada”, “nossa casa”. Porém, NOSSO LAR me soou interessante, pois é o nome da obra do Chico Xavier – e seria o nome de uma colônia espiritual localizada acima da cidade do Rio de Janeiro.
2º) A mãe de Owen, ainda na página 16, faz a seguinte descrição, se referindo à “colônia” em que se encontra: “A TERRA APERFEIÇOADA. Mas é claro que existe aqui o que chamam de quarta dimensão, de certa forma, e que nos impede descrevê-la adequadamente. Temos COLINAS, RIOS E LINDAS FLORESTAS, E CASAS também, e todo o trabalho daqueles que vieram para cá antes de nós, para deixarem tudo pronto.”
— Em “NOSSO LAR”, na página 45, André Luiz diz: “Deleitava-me, agora, contemplando os horizontes vastos, debruçado às janelas espaçosas. Impressionavam-se, sobretudo, os aspectos da Natureza. Quase tudo, MELHORADA CÓPIA DA TERRA. Cores mais harmônicas, substâncias mais delicadas. Forrava-se o solo de VEGETAÇÃO. GRANDES ÁRVORES, POMARES FARTOS E JARDINS DELICIOSOS. (…) A pequena distância, alteavam-se graciosos EDIFÍCIOS. [“edifícios”, no lugar de “casas”?]
DESTAQUE: A TERRA APERFEIÇOADA = MELHORADA CÓPIA DA TERRA
3º) “A VIDA ALÉM DO VÉU” – o tema ÁGUA [Página 22] – “A água também é muito bonita. Vocês ouvem das ninfas das águas e sobre seres semelhantes, na vida terrena. Bem, posso dizer-lhe que, de certa forma são reais. Todo lugar é envolvido e interpenetrado com vida, o que significa criaturas viventes. Eu tinha alguma ideia disso na esfera de onde recentemente cheguei, mas aqui, assim que me acostumei a tudo que era estranho e novo por aqui, vejo tudo mais amplamente e começo a imaginar o que haverá em algumas esferas adiante. Pois o que se imagina deste lugar parece ser o máximo que um lugar poderia conter.” [Página 183] – “Você já leu sobre a Água da Vida. Esta frase literalmente incorpora uma verdade, porque as águas das esferas TÊM PROPRIEDADES QUE NÃO SÃO ENCONTRADAS NAS ÁGUAS DA TERRA, e propriedades diferentes são encontradas em diferentes águas.” .
— Em “NOSSO LAR”, nas páginas 60 e 61, lê-se: “Estamos no Bosque das Águas. (…) Na Terra quase ninguém cogita conhecer a importância da água. (…) Aqui ELA É EMPREGADA SOBRETUDO COMO ALIMENTO E REMÉDIO.”
— Quem ler as duas obras, vai perceber que o tema “água” é muito exaltado, assim como também é destacada a beleza do lugar, sua perfeição, harmonia… Não acho que isto seja apenas coincidência nas “duas colônias”.
DESTAQUE: TÊM PROPRIEDADES QUE NÃO SÃO ENCONTRADAS NAS ÁGUAS DA TERRA = ELA É EMPREGADA SOBRETUDO COMO ALIMENTO E REMÉDIO
4º) Um palavra me chamou a atenção: TUTELADO – “A VIDA ALÉM DO VÉU”: “E agora, meu amigo e TUTELADO, gostaria de poder capacitá-lo…” (p.107) / “Meu querido amigo e TUTELADO, estas coisas deveriam ser de outra forma…” (p.109) / “E agora, meu TUTELADO e companheiro servil no Exército de Deus, …” (p.112) / “Querido amigo e TUTELADO, esta noite falarei…” (p.133) / “Olhe adiante, amigo e TUTELADO, pois…” (p.139).
— Em “NOSSO LAR”, na página 36, Lísias se refere a André Luiz e diz: “É você o TUTELADO de Clarêncio?”
— No livro do Owen, o espírito comunicante, trata o Owen como “tutelado”, e vai explicando coisas a ele, esclarecendo informações do local, da “esfera espiritual”. No livro do Chico, Lísias se refere a André Luiz, como “tutelado” de Clarêncio e, também, vai explicando coisas a ele, esclarecendo informações do local, neste caso, a colônia “Nosso Lar”. As duas narrativas, a sequência dos fatos, na minha opinião, são muito semelhantes, a mesma história.
5º) Várias passagens nos dois livros mencionam a importância da MÚSICA.
“A VIDA ALÉM DO VÉU”, página 17 – “Então, começamos a cantar, e, apesar de que não podíamos ver instrumentos, mesmo assim, a música instrumental misturou-se com nosso canto e uniu-se.”
— “NOSSO LAR”, página 67 – “Em plena via pública, ouviam-se, tal qual observara à saída, belas melodias atravessando o ar. Notando-me a expressão indagadora, Lísias explicou fraternalmente: – Essas músicas procedem das oficinas onde trabalham os habitantes de “Nosso Lar”..
— Como disse, em várias passagens dos dois livros, há destaque para a importância, a beleza da música. Os habitantes das “duas colônias” são, várias vezes, surpreendidos com músicas que surgem quase que “do nada”.
6º) Várias passagens nos dois livros mencionam AVES/PÁSSAROS.
“A VIDA A VIDA ALÉM DO VÉU”, página 37 – “Outra coisa que notaríamos seria BANDO DE AVES, vindos de longa distância, e indo, com precisão perfeita, a algum lugar particular. Há PÁSSAROS MENSAGEIROS treinados na terra, mas não como esses são treinados. (…) Estes pássaros estão sempre voando, e são criaturas queridas e amáveis. Parecem saber qual é a sua obrigação, e amam fazer isso.
— Em “NOSSO LAR”, aparece: “Aquelas AVES – acrescentou, indicando-as no espaço -, que denominamos ÍBIS VIAJORES, são excelentes auxiliares dos Samaritanos, por devorarem as formas mentais odiosas e perversas, entrando em luta franca com as trevas umbralinas” (página 184).
— As mensagens em si, não apresentam semelhanças, mas a idéia sim: no livro do Owen, os pássaros são lembrados e exaltados, porque desempenham função importante. No livro do Chico, ocorre o mesmo. .
7º) Outro tema presente nos dois livros: A GUERRA – Em “A VIDA ALÉM DO VÉU”, é citada a PRIMEIRA GUERRA MUNDIAL, na página 181 – “Esta Grande Guerra é, nos eternos conselhos, nada mais que um ronco na respiração de um gigante adormecido, sem descanso, porque sobre seu cérebro entorpecido estão sendo impingidos raios de luz que seus olhos não podem ver, e uma música que não pode ouvir está sendo enviada sobre ele (…) e, findo o massacre (…)” [obs.: Esta mensagem é de 8 de set de 1917). .
— Em “NOSSO LAR”, na página 131, lê-se: “Negras falanges da ignorância, depois de espalharem os fachos incendiários da guerra na Ásia, cercam as nações européias, impulsionando-as a novos crimes.” [obs.: o tema aqui é a SEGUNDA GUERRA MUNDIAL, o ano é 1939] .
— É verdade, que, a princípio, não haveria problema algum, porque o livro do Owen passou a ser “recebido” quando se desenrolava a 1ª Guerra Mundial (1914-1918); enquanto que “Nosso Lar” se desenrola no andamento da 2ª Guerra Mundial (1939-1945). Agora, eu pergunto: não é mais uma “coincidência”, aparecer nos dois livros, o tema “grande guerra”, todas as desgraças envolvidas nestas batalhas e tudo mais? .
8º) O UMBRAL, narrado por André Luiz em “NOSSO LAR”: “A paisagem, quando não totalmente escura, parecia banhada de luz alvacenta, como que amortalhada em neblina espessa, que os raios de Sol aquecessem de muito longe. (…) De quando em quando, deparavam-se-me verduras que me pareciam agrestes, em torno de HUMILDES FILETES D’ÁGUA a que me atirava sequioso.” (pág.17/23)
Em “A VIDA ALÉM DO VÉU”, quando se menciona “esferas inferiores”, vemos: “Conforme descíamos, nossos olhos acostumavam-se à escuridão, e podíamos ver sobre nós, como numa noite alguém pode ver a região fora da cidade pelas chamas avermelhadas nas torres de observação dali. Vimos que havia ali muitas construções em ruínas, algumas agrupadas, outras solitárias. A decadência estava em tudo. (…) Havia árvores também, algumas muito grandes, e estas com folhas nada graciosas (…) Aqui e ali atravessávamos CURSOS D’ÁGUA COM POUCA ÁGUA e cheios de pedregulho e pedras afiadas, e a água era pegajosa e fedida pelo lodo.” (a descrição continua, fazendo muito lembrar as cenas de umbral, narradas por André Luiz, não só em “Nosso Lar” como em “Ação e Reação”, por exemplo. .
DESTAQUE: HUMILDES FILETES D’ÁGUA = CURSOS D’ÁGUA COM POUCA ÁGUA .
9º) AS TREVAS – “A VIDA ALÉM DO VÉU”, página 146 – “Daquela colônia fomos adiante às regiões das trevas. Fizemos o que nos foi possível, indo de grupo em grupo onde havia conjuntos de casas ou onde fogueiras ardiam, e ministramos conforto e advertências àqueles que nos recebiam. Mas a maioria não estava com muita prontidão para isto. Uns poucos seriam capazes de conduzir seus passos para acima daquele lugar, mas a maior parte desceria mais, para a miséria dos lugares abaixo, antes que sua dureza desse lugar ao desespero, e o desespero fizesse com que clamassem, e uma cintilação de luz acendesse nestas pobres almas perdidas.” .
–”NOSSO LAR”, página 244 – “Chamamos TREVAS às regiões mais inferiores que conhecemos. (…) Outros, preferindo caminhar às escuras, pela preocupação egoísta que os absorve, costumam cair em precipícios, estacionando no fundo do abismo por tempo indeterminado.” .
— As narrativas, nas duas obras sobre “esferas inferiores”, “umbral”, ‘trevas”, são muito semelhantes. Quem quiser conferir isto, basta consultá-las. .
10º) Finalizando, vale lembra que o Vitor já apontou outras “semelhanças” entre as duas obras. Eu também percebi que há algumas palavras que se repetem frequentemente nos dois livros. Uma delas é “TORRES” (torre de edifício mesmo) e, esta muito mais, “GOVERNADOR”.
Se desapontei alguns, me desculpem, mas esta é a minha análise.
Saudações!
Para saber mais sobre George Vale Owen:
http://pt.wikipedia.org/wiki/George_Vale_Owen
Link para baixar “A Vida Além do Véu”:
http://www.espiritando.com.br/saladeleitura/a_vida_alem_do_veu.pdf
Link para baixar “Nosso Lar”:
abril 8th, 2011 às 7:40 PM
Tudo se explica pela vaidade doentia de Chico Xavier e problemas mentais sérios.
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Quando escreveu “Nosso Lar”, como plágio misturado com animismo, CX foi elogiado e adorado pela comunidade espírita; a tal ponto que ele tinha que escrever outro livro…e então foram-se gerando uma espécie de vício em fraude e plágio sem que ele conseguisse parar(doença mental).
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Podem observar que depois ele escreve “Libertaçao”, “No mundo maior”, etc…no mesmo estilo. Ele não podia parar mais… e misturava também o efeito ideomotor.
abril 8th, 2011 às 8:30 PM
LIVROS DIRECIONADOS:
Não possuem revelações cientificas que possam ser confirmadas por universidades(Celular, cura da aids,cura do câncer…)
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Não possuem análises filosóficas de pensadores(Decartes, kant, Heidegger, Sartre, etc…)
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O tema é sempre o aspecto moral(cristianismo – ele exclui outras formas de pensar)
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Trabalha com o medo que temos da morte(ameaça)
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O mal está sempre em uma coisa feia(árvores ressequidas, monstros, etc…)
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O conhecimento transmitido é sempre o básico(fotons, eletrons, radioatividade básica).
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Não há análise do Capitalismo e suas contradições(relações de trabalho são ignoradas).
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Narrações marqueteiras que são sempre escursões às trevas(ele sabe que o leitor gosta disso).
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Ênfase em erros afetivos e sexuais, ignorando fatores de causa como situação racial, exclusão e pobreza.
abril 8th, 2011 às 10:01 PM
Parabéns pela descoberta, e espero que os detetives desenvolvam o trabalho – trata-se de algo extremamente importante e não deve ficar apenas num trabalho inicial fortemente sugestivo de cópia de um enredo; de alteração das palavras originais e mudança de posição de passagens.
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Caberia reunir os dois textos num só e desenvolvê-lo, para que as evidências de que não se trata de um texto psicografado fiquem irrefutáveis.
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Depois das obras de Allan Kardec, este é provavelmente o livro de maior influência na história do espiritismo brasileiro; o modus operandi do “médium” em questão é modelo para ínúmeros outros “médiuns” brasileiros.
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Xavier e Vieira foram dois dos maiores responsáveis (individualmente falando, Xavier pode ser considerado o maior responsável) em lançar o espiritismo brasileiro no mais profundo religiosismo medieval e, agora sabemos, graças muito a este blog, lançando mão de um incrível repertório de fraudes, tais como simular materializações; plagiar; quebrar frascos de perfume (adquiridos no “Veado d’ouro” em SP) durante as reuniões, dizendo tratar-se de perfume espiritual a revelar presença de entidades superioras; inventar a existência de mentores; colocar espiões na fila dos desesperados que procuravam auxílio nos centros para gerar mensagens de consolação fraudulentas; forjar fotografias espirituais etc.
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A legião de vítimas destes senhores, aqueles que foram criados lendo tais livros, precisa muito que este trabalho seja completado, e antecipadamente agradeço o auxílio na minha libertação pessoal desta farsa.
mrh
abril 9th, 2011 às 2:47 AM
Mhr, se você verdadeiramente conseguiu “se livrar dessa farsa”, meus parabéns. Sinceramente, fico contente ao ler isso. E, se foi justamente devido a esse blog, devemos parabenizar o Vitor também. Mas é uma pena que essa “libertação” aconteça apenas com uma pequena, com uma minúscula parcela dos espíritas. A grande maioria deles simplesmente não consegue – ou não quer – enxergar o que é óbvio. Pasme, mas ainda existem pessoas que consideram as materializações por meio da “médium” Otília Diogo verdadeiras. Sim, eu sei, é óbvio, é evidente que é apenas uma mulher coberta com um lençol. Sim, eu também sei que as semelhanças faciais entre ela, Otília, e a suposta “Irmã Josefa” – o alegado espírito que utilizava os supostos poderes da médium para se materializar – chegam a ser descaradas. Parece que não houve um pingo de preocupação em disfarçar um pouquinho melhor a tal da “Irmã Josefa”… Mas, mesmo assim, ainda há gente que acredita nisso. Além do mais, o espiritismo, na condição de religião que é (e apenas isso: religião), atrai muitos seguidores que tentam refutar das formas mais “inusitadas” possíveis os argumentos mais fortes contra a “doutrina” que seguem. São pérolas inesgotáveis, uma atrás da outra, um sem-número de desculpas esfarrapadas, seguindo a lógica daquilo que ocorre em praticamente todas as seitas religiosas. Se você disser, por exemplo, que o (auto-intitulado) “Espírito da Verdade” errou feio em questões de física e biologia, vão te dizer que, na “verdade”, esse era o conhecimento que ele possuía àquela época, ou então que os homens de antigamente só mereciam aquela resposta, que não estavam prontos para receber a resposta que, hoje, sabemos ser verídica. Se você disser que existem semelhanças descaradas entre as obras de Chico Xavier e livros de outros escritores, redigidos anteriormente a essas obras, vão te dizer que, na realidade, os espíritos fizeram isso “de propósito”, pra provar que a comunicação com o outro “plano” é verdadeira, uma vez que mensagens diferentes chegam por diferentes médiuns, ou então que (pasme!) o próprio espírito sofreu um processo de criptomnésia. Se você disser que é praticamente impossível aceitar que Publius Lentulus existiu, uma vez que todas as evidências históricas apontam em sentido contrário, vão te dizer que essa dificuldade pra determinar se ele existiu ou não é proposital, uma vez que só aqueles “que tem fé” (fé = crer sem evidências) conseguem enxergar a verdadeira natureza das coisas, “a real essência divina”, etc. É pérola atrás de pérola.
abril 9th, 2011 às 2:48 AM
No fundo, é o mesmo processo observado em todas as religiões: os praticantes são guiados por um livro confuso, algumas vezes bem contraditório, totalmente em desacordo com os conceitos científicos mais básicos, mas, mesmo assim, esses seguidores parecem que nem mesmo por um instante procuram refletir a respeito dessas incongruências. Eu me pergunto: se Deus, com sua infinita sabedoria e poder, conseguiu criar um universo que, até hoje, ainda não conseguimos precisar o tamanho, porque ele não conseguiu escrever decentemente um livrinho, sem contradições, sem chavões que permitam diversas interpretações? Resposta dos crédulos: “porque apenas aqueles que têm fé e conseguem enxergar a bondade e a misericórdia de…”. Melhor eu ir dormir, amanhã, às 06h, estou de pé. Grande abraço a todos.
abril 9th, 2011 às 3:11 AM
Leonardo Boff comenta o “lado religioso” do imbecil que matou as crianças no Rio:
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— O teólogo avalia que há dois eixos religiosos claros no discurso expresso na carta: “maniqueísmo” e “consciência do pecado”. Segundo ele, o maniqueísmo pode ser encontrado em diversas religiões e na mensagem do atirador quando ele se refere a duas categorias: o puro e o impuro. “Ele só quer a pureza absoluta. É claro que ele se filia a essa corrente que é antiquíssima. Santo Agostinho foi durante muito tempo maniqueísta. O maniqueísmo parte de uma experiência verdadeira que é a existência do mal no mundo”, explica Boff.
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Matéria na íntegra:
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http://g1.globo.com/Tragedia-em-Realengo/noticia/2011/04/saiba-mais-sobre-citacoes-religiosas-na-carta-do-atirador.html
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Minha opinião:
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Toda forma de religião ou crença que oprima os desejos e instintos naturais do ser humano, podem levá-lo à loucura.
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Enquanto as religiões e “doutrinas espiritualistas” insistirem na idéia de pecado, culpa, punição, inferno, a sociedade humana continuará presa aos dogmas, convenções e limitações de suas próprias potencialidades.
O ser humano é dotado de um espírito extremamente criativo e inovador. Todos os seres humanos estão preenchidos pelo gosto natural pelas artes, pela música, pela festa, pela alegria, pelo amor verdadeiro…
As igrejas, de modo geral, só servem para enfiar um monte de bobagens na cabeça das pessoas. Criaram a idéia de um Deus punitivo, a quem devemos temer.
Misturaram ética, moral e valores sociais com falsas idéias de certo e errado.
Igrejas que discriminam, segregam, condenam, afirmam que sexo é pecado. Não existe desvio sexual mais grave que a própria fuga da sexualidade e o sentimento de culpa pelo desejo.
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No livro do Owen, pelo menos há algo melhor que Nosso Lar, não está impregnado do “moralismo cristão”, criado pelos “seguidores” de Cristo – não pelo próprio Jesus Cristo. Moralismo este, reforçado por uma Igreja Medieval, manipuladora, idiota e falsa, que fez uso da sua posição privilegiada para justificar como “vontade divina” a condição do camponês feudal ou até mesmo do neocolonialismo europeu na África e na Ásia, nos séculos XIX e XX.
Algumas vozes, dentro da própria Igreja se levantaram contra isto, mas foram sufocadas.
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Chico Xavier, poderia ter sido um grande escritor. Ele era bom de coração, de alma, quase uma eterna criança. Tinha carisma, um dom fantástico para a escrita. Como um pobre menino, sofrido, do interior das Minas Gerais, se deixou influenciar pelos fundamentos católicos e encontrou no espiritismo sua “janela para a vida”, sua fuga. Achou que assim, poderia ajudar as pessoas, e ajudou muitos, mas também errou, porque escolheu o caminho do dogmatismo. Tentou ser mais “moderno”, seguindo uma virtude do espiritismo kardecista, que é evolucionista, mas não teve forças para dizer não aos conservadores da FEB, que ainda que espíritas, achavam que tinham que doutrinar as pessoas com mensagens do tipo “bateu – levou!”.
Pobre André Luiz, oito anos de umbral, depois de ter morrido de câncer de estômago – só porque transou com a empregada, esnobou uns pacientes, tomou umas doses e tirou uns tragos.
Em qualquer centro espírita, qualquer pobre mortal, lá pelas tantas, pega o lápis, leva a mão à face (imitando o Chico, porque o Chico fez escola) e se põe a psicografar. Escreve umas besteiras lá, pior que redação de curso supletivo, e diz que é a psicografia do Kennedy, obviamente se arrependendo de ter dormido com a Marilyn Monroe, porque a beleza não deve ser apreciada. No plano espiritual, todos devem ser feios!
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Basta uma garagem, nada mais que isso, umas cadeiras e se cria uma igreja evangélica. Três meses depois, muda-se para um amplo salão, porque o dinheiro entre como enxurrada.
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Fazer o quê?
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Vamos tocando o barco, a vida continua…
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Obs.: Vítor e amigos: hoje é sexta-feira, “trabalhei pra burro” esta semana. Agorinha mesmo, estava tomando umas geladas com os amigos, esqueçam tudo que eu falei aqui. Como disse o Gilberto: foi um erro de digitação…
abril 9th, 2011 às 3:18 AM
Caio,
Faço de todas as tuas palavras a minha também.
Obrigado!
abril 9th, 2011 às 3:36 AM
Caio diz:
Eu me pergunto: se Deus, com sua infinita sabedoria e poder, conseguiu criar um universo que, até hoje, ainda não conseguimos precisar o tamanho, porque ele não conseguiu escrever decentemente um livrinho, sem contradições, sem chavões que permitam diversas interpretações?
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Eu digo:
Eu me pergunto: se Deus, com sua infinita sabedoria e poder, conseguiu criar um universo que, até hoje, ainda não conseguimos precisar o tamanho, porque ELE NÃO CONSEGUIU FAZER FALHAR A ARMA DE UM IMBECIL QUE ENTROU NUMA ESCOLA E EXPLODIU A CABEÇA DE 12 CRIANÇAS CHEIAS DE VIDA, SONHOS E IDEAIS?
abril 9th, 2011 às 4:56 AM
Vítor,
Não aguentei a tentação:
Mandei como sugestão pro progama do Jô, uma entrevista com você.
Talvez eles te chamem.
Estou torcendo.
Vou dormir.
Até!
abril 9th, 2011 às 1:48 PM
Valeu, Biasetto. E concordo muito com você quanto ao fato de ser absurdo algumas seitas religiosas simplesmente não aceitarem a prática do sexo. É algo realmente tosco. Você não precisa sair por aí, transando com qualquer um, sem o cuidado necessário. Mas qual o problema em se relacionar com uma pessoa da qual se gosta e/ou se tem afinidade? Isso é inerente à natureza do ser humano. Quando essas seitas pregam que um indivíduo não deve fazer sexo, ou mesmo sentir desejo sexual, estão pregando que ele não deve ser humano, estão tentando retirá-lo de sua condição natural de homo sapiens. E vamos tocer pelo Vitor Moura no Jô. Certeza que, se ele fosse mesmo ao programa, iriam rolar umas manifestações pró-Chico, acho que o povo ia até sair às ruas com as caras pintadas, hahaha… Abs.
abril 9th, 2011 às 2:33 PM
Não acredito em colônias, umbral, trevas, etc. Mas, não vi no texto mais do que uma descrição semelhante sobre algo que parece semelhante.
Cogitando que estas “coisas” existem, a narrativa se daria por fatos que seriam “comuns” neste outro “mundo”. Neste caso, as narrativas tenderiam a serem parecidas, uma vez que relatam mais ou menos a mesma coisa.
Há evidências melhores que apontam criptomnésia ou fraude.
Mas, mesmo assim, excelente esforço! Continue.
abril 9th, 2011 às 4:22 PM
Olá Caio!
Ótima sua frase: “estão tentando retirá-lo de sua condição natural de homo sapiens.”
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Olá Leonardo!
Eu já esperava comentário como este seu.
A questão é que existem muitas semlhanças nas idéias e também no “roteiro” das obras. No livro do Owen, tem um momento que chega no Umbral, então é narrado tudo aquilo que a gente já sabe (escuridão, lama, construções mal feitas, inacabadas…) – depois, ele fala das Trevas, um lugar pior ainda e tudo mais …
Aí, você pega o livro do Chico, e chega-se ao Umbral, com as mesmas descrições. Depois, ele fala das Trevas, e assim vai.
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Agora, veja este trecho que eu nem grifei no texto do post. (A VIDA ALÉM DO VÉU) – “Uns poucos seriam capazes de conduzir seus passos para acima daquele lugar, mas a maior parte desceria mais, para a miséria dos lugares abaixo, …”
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Agora, veja este (NOSSO LAR) – “Outros, preferindo caminhar às escuras, pela preocupação egoísta que os absorve, costumam cair em precipícios, estacionando no fundo do abismo por tempo indeterminado.” .
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Uns poucos / Outros…
desceria mais e lugares abaixo / fundo do abismo…
abril 9th, 2011 às 4:24 PM
Melhorando:
Uns poucos / Outros…
desceria mais e lugares abaixo / precipícios e fundo do abismo…
abril 9th, 2011 às 6:47 PM
O Livro “A Vida Viaja na Luz” Carlos Baccelli/Inácio Ferreira também aponta semelhanças entre os dois livros.
abril 9th, 2011 às 6:51 PM
Sabe o q esta situação me lembra? Aquela síndrome (se ñ me engano, d Estocolmo) na qual a pessoa sequestrada desenvolve sentimentos positivos pelo criminoso e passa até a defendê-lo. Qdo é criada p/ ele então…
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Alguns frequentadores deste blog, como eu, tiveram contato muito cedo c/ os livros espíritas, e foram ninados p/ eles. Acabamos criando admiração p/ alguns autores e, como os sequestrados, é difícil passar a vê-los como são… seja lá o q forem!
.
Seja lá o q forem, ñ deve ser nada muito bom. Imagine vc crescer e descobrir q a mulher q cuidou de vc a vida toda, na verdade, raptou vc pequenininho… q conflito. Ñ é d hoje q vivo algo assim, em virtude d minha formação no espiritismo.
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Imaginem 1 menino criado feliz em reuniões da Klan; o q fazer na idade da razão? Sair correndo d si mesmo ñ dá, ñ funciona. Voltar p/ a caverna platônica p/ libertar os cativos queridos é a opção menos má, + implica em rejeição e dor… fazer o q. Há anos me dedico a isto, argumentando em 2 frentes: 1) migração p/ a ciência p/ parte dos q ñ querem + ficar no espiritismo (isto pq vejo q muitos, qdo descobrem a grande farsa, vão p/ descaminhos terríveis); 2) organizar conjuntamente (pq Kardec era muito autoritário, e acreditou q devia desenvolver o tema isoladamente; deu no q deu) 1 neoespiritismo, p/ os q querem “ficar” e investir no ajuste do caminho q conheceram.
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Bem, p/ isso saúdo a chegada dos novos padecentes q, comigo, c/ o Vitor e outros haverão d descer ao Hades p/ resgatar os seus. Parabéns Vitor pelo blog, o Biazetto e ttos outros pela sensibilidade aliada à inteligência, o q lhes permitiu enxergar a realidade p/ detrás do rapto.
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Continuo acreditando na sobrevivência e, até, na reencarnação (se viemos p/ cá 1 vez, o q nos impediria d voltar?). Mas isso em virtude d estranhas experiências q, em minha vida, vieram muito cedo e continuam acontecendo. É isso q me segura, pois senão, admito, meu caminho filosófico seria bem outro.
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Aquele abraço p/ todos vcs.
abril 9th, 2011 às 6:53 PM
Sabe o q esta situação me lembra? Aquela síndrome (se ñ me engano, d Estocolmo) na qual a pessoa sequestrada desenvolve sentimentos positivos pelo criminoso e passa até a defendê-lo. Qdo é criada p/ ele então…
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Alguns frequentadores deste blog, como eu, tiveram contato muito cedo c/ os livros espíritas, e foram ninados p/ eles. Acabamos criando admiração p/ alguns autores e, como os sequestrados, é difícil passar a vê-los como são… seja lá o q forem!
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Seja lá o q forem, ñ deve ser nada muito bom. Imagine vc crescer e descobrir q a mulher q cuidou de vc a vida toda, na verdade, raptou vc pequenininho… q conflito. Ñ é d hoje q vivo algo assim, em virtude d minha formação no espiritismo.
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Imaginem 1 menino criado feliz em reuniões da Klan; o q fazer na idade da razão? Sair correndo d si mesmo ñ dá, ñ funciona. Voltar p/ a caverna platônica p/ libertar os cativos queridos é a opção menos má, + implica em rejeição e dor… fazer o q. Há anos me dedico a isto, argumentando em 2 frentes: 1) migração p/ a ciência p/ parte dos q ñ querem + ficar no espiritismo (isto pq vejo q muitos, qdo descobrem a grande farsa, vão p/ descaminhos terríveis); 2) organizar conjuntamente (pq Kardec era muito autoritário, e acreditou q devia desenvolver o tema isoladamente; deu no q deu) 1 neoespiritismo, p/ os q querem “ficar” e investir no ajuste do caminho q conheceram.
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Bem, p/ isso saúdo a chegada dos novos padecentes q, comigo, c/ o Vitor e outros haverão d descer ao Hades p/ resgatar os seus. Parabéns Vitor pelo blog, o Biazetto e ttos outros pela sensibilidade aliada à inteligência, o q lhes permitiu enxergar a realidade p/ detrás do rapto.
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Continuo acreditando na sobrevivência e, até, na reencarnação (se viemos p/ cá 1 vez, o q nos impediria d voltar?). Mas isso em virtude d estranhas experiências q, em minha vida, vieram muito cedo e continuam acontecendo. É isso q me segura, pois senão, admito, meu caminho filosófico seria bem outro.
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Aquele abraço p/ todos vcs.
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abril 9th, 2011 às 7:06 PM
Sei que não tem a ver com o escopo do blog, mas olhem só que “bacana”:
http://noticias.uol.com.br/cotidiano/2011/04/09/policia-vai-apurar-declaracoes-de-suposto-melhor-amigo-que-revela-detalhes-do-passado-religioso-de-atirador-do-rio.jhtm
🙂
abril 9th, 2011 às 7:18 PM
Mrh, se você, mesmo tendo essas alegadas “experiências”, ainda suspeita de alguns pontos do espiritismo, imagine então o tamanho da desconfiança de algumas pessoas que, como eu, jamais tiveram qualquer experiência similar. Quando eu digo “alegadas experiências” não estou, de forma alguma, desmerecendo essas coisas que aconteceram (ou acontecem) com você, nem dizendo que você está mentindo. Apenas acho que existe uma explicação bem mundana para esses processos. Pense nisso e, se for o caso, procure ajuda. Abs.
abril 9th, 2011 às 7:23 PM
Leonardo,
Algumas passagens que coloquei neste post, indicando “semelhanças” entre o livro A Vida Além Do Véu e Nosso Lar, podem até sugerir que eu me equivoquei. Olha, o Chico, eu penso, não ficava copiando os livros que lia. Ele fazia uma mistura de tudo isto, com idéias dele também. Então, quando ele escrevia, vinha tudo na cabeça dele. Aí, se percebe que ele tirou algo de um livro como este do Owen, outra parte ele “pegou” no Vida de Jesus, outra na Enciclopédia da Juventude, e assim vai. É por isso, que é difícil encontrar evidências ou provas que derrubem de vez a idéia da mediunidade dele. Mas, com uma certa sutileza, a gente percebe as correlações.
Veja o caso da palavra “tutelado”. Oras, é só uma palavra! Claro que devem existir, ou existem mesmo, inúmeras palavras que se repetem em livros com 300 ou 400 páginas – ou mesmo com 50 páginas!
Agora, olha o contexto, em que a palavra é usada, o momento em que ela aparece e o que se segue, depois.
Veja o caso das aves, os pássaros. A história não é a mesma, mas uma vez que no livro do Owen é citada a existência de pássaros, belos pássaros na colônia espíritual lá da Inglaterra, e estes pássaros desempenham um papel importante na colônia. Então, em Nosso Lar, surge um momento na história, em que se menciona os pássaros, eles são belos e eles também são úteis, são importantes.
Percebe como existe uma sequência lógica em tudo isto?
Ou eu é que estou vendo coisas?
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Agora, você citou Carlos Baccelli. Eu não li nada dele, então, fica difícil falar. Mas o que mais tem no meio da literatura espírita, é cópia de cópia e mais cópia.
O Baccelli lançou um livro recentemente, falando do Chico, homenageando-o, uma biografia. Ele diz neste livro que o Chico foi a reencarnação de Kardec. Parece fala até que tem informações do além lá, sobre isto.
O Luciano dos Anjos, um espírita muito respeitado, pesquisador, desceu o verbo no Baccelli, dizendo que isto é uma bobagem, sem tamanho!
Veja bem, Leonardo, como anda o meio espírita! Nem os “feras” do espiritismo se entendem sobre nada.
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Saudações.
abril 9th, 2011 às 7:34 PM
mrh,
Você tocou em pontos fundamentais: como é difícil a gente aceitar que se enganou. Durante anos e anos, tendo certeza que algo é verdade e depois…
No post anterior, escrevi pro Carlos e disse que “amo o Chico”, disse que até o Vítor devia amar ele, mas acho que ele não o ama. rsrsrs….
O que eu quero dizer é: puxa! este Chico me encanta em muitos aspectos. Pobre, maltratado lá na infância, a madastra dava garfadas nele, mandou ele lamber a ferida de um cara lá. Ele apanhava. Então, este molequinho que poderia ter virado um bandido, tinha tantos sonhos, uma imaginação maravilhosa, queria muito ajudar os outros. Aí, sei lá, penso eu, um dia descobriu o espiritismo, escreveu umas coisas lá – ele já devia ser muito estudioso – e, então, teve quem bateu nas costas dele e disse: “Parabéns, você é um médium, você tem muitas possibilidades de se transformar num grande médium brasileiro…”
Ele deve ter voltado pra casa cheio de alegria, alguém gostava dele, achava ele importante. Então, ele uniu o desejo de ajudar os outros e a capacidade pra escvrever “livros espíritas”. E assim foi…
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Agora, se os espíritos ajudaram ele, também colocaram ele numa fria. Então, estes espíritos deveriam explicar as coisas, detalhadamente.
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Saudações
abril 9th, 2011 às 7:43 PM
Caio,
Conferi o link que você indicou, muito interessante.
É aquilo que falamos aqui: mente perturbada + idéias religiosas do tipo pecado, impuro, casto = loucura, crime, mortes…
Infelizmente, esta é a realidade.
E as religiões continuam ensinando que Deus castiga, que masturbação é coisa do diabo, vai para o inferno…
abril 9th, 2011 às 9:19 PM
Esta é uma hipótese interessante e talvez seja verdadeira. Quando você “conclui”, no entanto, certamente você utiliza outros fatores, de outras situações, que não as descrita no tópico, certo? Pois esta, por mais estranha que seja, não é suficiente para afirmar se houve ou não houve plágio (consciente ou não).
Como espírita, interessa-me muito mais saber se as descrições são reais ou não; isto é, se o mundo após a morte é tão “colorido” quanto a Terra ou se é uma espécie de vácuo onde os espíritos são luzes que cintilam aqui e ali.
É preciso considerar, ainda, que Chico se via como um instrumento. Se os espíritos podem se comunicar, não poderiam também enganar, mentir, plagiar? Por que a responsabilidade ficar à cargo do médium, somente? Kardec diz claramente que não há médiuns infalíveis e no “pinga-fogo” Chico diz claramente ter dificuldade para ler André Luiz…
A hipótese espírita inclui também a influência do médium no momento da comunicação; os espíritos dizem retirar do cérebro do médium os elementos necessários para trazer um ensino e, neste caso, talvez tenham retirado esta informação (caso ele tenha lido algo sobre) para formar o cenário que queriam repassar, quem sabe?
Artigos como estes e os que Vitor trazem são importantes para chocar “a convicção”. Cedo ou tarde, todas as máscaras caem e se Chico usava as dele, talvez tenha chegado a hora de cair, também.
Por enquanto, permaneço como observador, unindo prós e contras para ver, no futuro, qual lado pesa mais na balança.
abril 9th, 2011 às 9:21 PM
Biasetto, fui escrever para você e, sem querer, coloquei seu nome como o de quem escreve a mensagem, sorry! rs
abril 9th, 2011 às 9:51 PM
Tudo bem, Leonardo!
E o que você me escreveu?
abril 9th, 2011 às 10:10 PM
Legal, Leonardo.
Achei o seu comentário.
Leonardo,
Não sei desde quando você acessa o blog.
Quando eu comecei a participar dos debates, também fiquei buscando explicações para tudo que indicava a fraude, os plágios.
Só que meus argumentos foram se esgotando e acabei aceitando a idéia de que o Chico realmente escrevia as obras, em razão de leituras que ele mesmo fazia.
Já comentei aqui bastante, também, a hipótese de que ele tinham uma “inspiração espiritual”, sei lá!
Mas, fica tudo muito difícil, porque, desde o 1º livro que li do Chico – foi Nosso Lar, há mais de 20 anos, o que eu fiquei sabendo era que o Chico recebia TUDO dos espíritos, e ele mesmo (o Chico), afirmava que eram os espíritos que passavam tudo pra ele.
Então, Leonardo, eu estou me baseando naquilo que o espiritismo, os espíritas e o próprio Chico disse.
Aí, fica difícil, porque as evidências de correlações, plagios, adaptações, seja lá qual nome vamos dar, estas evidências são reais, não há como negar.
Um abraço!
abril 9th, 2011 às 10:17 PM
Leonardo,
No post anterior eu coloquei 15 motivos que me fizeram desacreditar da mediunidade do Chico.
Acho que lá fica bem claro, os meus motivos e, na minha concepção, são bem significativos.
abril 9th, 2011 às 10:38 PM
Desde 2007.
Abraço.
abril 9th, 2011 às 11:12 PM
Antigamente, eu via uns debates mais acalorados nesse blog. O que será que aconteceu? Alguma sugestão, Biasetto? Desde que comecei a postar aqui, não vi um fanático religioso ainda. Rs.
abril 9th, 2011 às 11:30 PM
Leonardo,
Você visita este blog há mais tempo que eu.
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Caio,
Os “religiosos”, os “espíritas”, aqueles mais exaltados, acho que não participam mais, não querem.
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O Scur, neste contexto de debates, faz muita falta.
Bem, eu sou novo, por aqui. Acho que todos fazem falta. O Carlos Magno…
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Às vezes, a pessoa fica sentindo-se ofendida e aí, é complicado.
Eu me perdi aqui, algumas vezes também, fiquei bem exaltado, com raiva e tudo mais.
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Eu, de minha parte, não afirmo ser dono de verdade alguma, mas não acho que tenho que me calar, frente às evidentes farsas e tudo mais.
O Chico tem sido o alvo principal aqui, porque ele é o mais “estrela” entre os médiuns brasileiros. Mas ele, nem é minha indignação não, porque ele foi uma pessoa com um histórico, que até possa justificar tudo e como fez.
O que me irrita são estes inúmeros “plagiadores” descarados, imitadores, mentirosos, escandalosamente mentirosos, que escrevem pessimamente mal, e ainda ganham elogios e admiradores. É óbvio, que há exceções, mas é difícil de achar.
abril 10th, 2011 às 12:19 AM
Bom, reparei que vocês, algumas vezes, na falta de um tema especificamente espiritual para debater, postavam sugestões de músicas. Então, aí vai a minha, que é ideal para um sábado à noite “calmo”, rs:
http://www.youtube.com/watch?v=uVeamGzMRgA
P.s: Esse cara não é muito conhecido por aqui. Mas eu, particularmente, achei os dois CDs dele excelentes.
Valeu,
Caio.
Abs.
abril 10th, 2011 às 12:26 AM
Biasetto,
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Continuando nossa conversa aqui…
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Entendo quando você afirma “um erro tudo acabou”. No caso de CX a decepção deve ser ainda maior sabendo que em torno dele formou-se uma auréola de santo e vendida sua infabilidade mediúnica. É isso que normalmente se entende nos centros espíritas e, dentre alguns espíritas, questionar a mediunidade do CX soa como uma blasfêmia.
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O que procuro ponderar é sobre a mediunidade que fundamentalmente depende de um médium que, como todo ser humano, está sujeito ao erro. Permita-me ainda algumas considerações sobre a prática da psicografia. Se aplicamos o método científico, notadamente o utilizado nas chamadas “ciências duras”, ou seja, hipótese-experimento-verificação, vamos nos deparar rapidamente com o problema da validação do resultado. Se no protocolo de análise dos dados estiver claro que a criptominésia invalida o resultado, então mais cedo ou mais tarde o pesquisador atento concluirá que tudo não passa de fraude.
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No entanto, as evidências da participação do médium na produção do fenômeno já são conhecidas desde o início da século passado (ver por exemplo “Animismo e Espiritismo” de Aksakof). O que sustenta a prática da psicografia até hoje? Ora, se as mensagens não servem para a ciência, elas podem dizer muito pessoalmente. A força do fenômeno CX está justamente aqui onde centenas, talvez milhares, de pessoas que receberam e acreditam nessas mensagens não apenas porque vieram do CX, mas também porque alguma coisa lá o(a) impressionou mais profundamente. Sei ainda que vários outros fatores podem intervir no processo, como “leitura fria” do médium, coleta preliminar de informações, querer acreditar nas mensagens, etc. Você perguntou: como distinguir então o que é do médium do que não é ? Provavelmente não há como, a não ser que a mensagem seja endereçada a você – nesse caso, seria possível apreciá-la melhor e firmar uma opinião que, contudo, será necessariamente sempre de ordem pessoal.
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Bem, o que me faria concluir que o CX seria uma fraude completa? Se for comprovado que havia uma coleta contínua e sistemática de informações junto aos que iam procurá-lo ao longo de dezenas de anos. Se for esse o caso, e considerando que ele (CX) não se beneficiou financeiramente com a fraude, restaria ainda responder por que ele teria entrado nessa?
abril 10th, 2011 às 1:25 AM
Carlos
O fato do Chico Xavier não ter se beneficiado financeiramente com a fraude, não invalida o fato de ser as “psicografias” dele verdadeiras fraudes. Pois são, pena não se poder ter um grupo de estudos com tempo e condições para fazer um raio “x” da obra toda do Chico Xavier. Um trabalho de pesquisa com pessoas de como o Eduardo e o Vítor desmistificaria o Chico Xavier. E a maioria dos médiuns que estão por aí.
Já foi dito aqui mais de uma vez, e por pessoas diferentes, que o CX de fato não era uma pessoa interesseira por dinheiro, pelo contrário. Negar isto seria estupidez mental, o que não é o nosso caso.
Vejo que CX teve uma forte inspiração condicionante para o seu comportamento na linha doutrinária cristã franciscana que prega o sofrimento como fonte de elevação da alma ao céu, bem como desapego aos bens materias. No caso do CX ficando apenas o apego as suas perucas. Tinha uma coleção. rsrsrsr
Chico Xavier antes de ser um médium, em verdade queria ser lembrado como um santo homem. Na verdade inconsciente alguém acima dos pobres mortais. Um Jesus Cristo, um São Francisco de Assis moderno. E como os outros santos, para chegar a santo valia tudo. Até autoenganar-se, mentir, fraudar e etc (…). Mesmo sabendo que jamais seria um santo católico. O que lhe valia era o sentimento pessoal de assim os outros o verem. Não sei se melhorou alguma coisa, mas espero ter dado alguma contribuição.
abril 10th, 2011 às 1:50 AM
Juliano, pra mim é justamente isso também. Como até já disse anteriormente, o status de pop-star o agradava. Ele não obtinha benefícios financeiros até onde sabemos, mas quem não quer ser quase o “papa” do espirtismo brasileiro? Quem pode dizer que o status, o prestígio não o fizeram levar adiante esse papo de psicografia que, até onde sabemos, era bastante obscuro? (bem, só a título de esclarecimento, eu não gostaria de ser o “papa do espiritismo”, haha, usei a frase mesmo apenas como força de expressão, pois sei que muitas pessoas, assim como eu, também não desejam receber uma “honra dessas”…).
abril 10th, 2011 às 1:58 AM
Aliás, falando em “papa do espiritismo”, vocês já refletiram que, talvez em alguns anos, o espirtismo brasileiro irá se enraizar tão fortemente com o catolicismo que, dessa fusão, resultará uma outra religião? Recentemente, vi na TV uma reportagem onde “fiéis” se locomoviam até uma imagem do Chico Xavier que, supostamente, tinha propriedades curativas. Via de regra, esse culto a uma imagem física, inanimada, não deveria ser aceito no meio espirita clássico. Mas, no Brasil, não há problema algum.
abril 10th, 2011 às 2:18 AM
Caio,
Gostei da música. Não conhecia este cantor. Vi que ele tem um estilo folk, muito legal mesmo!
Eu fui bastante rockeiro na adolescência. Continuo gostando de minhas bandas favoritas: Queen, Pink Floyd, Van Halen, … Mas o tempo me deixou mais “caseirão”, escuto até Barbra Streisand! Pra quem quer escutar música boa, tranquila, sugiro esta “fm”:
http://aovivo.visar.com.br/antena1_jw/
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Olha Juliano!
Você respondeu ao Carlos, de forma bem legal.
Eu acrescentaria, aquilo que já disse aqui. O Chico, vivia um drama na casa dele, dificuldades. Ele era tímido, muito “bonzinho”. Desde cedo teve que trabalhar. Era judiado pela madrasta. Quando ele fez suas primeiras “psicografias”, foi elogiado e encorajado. Isto, certamente fez com que ele ficasse feliz, e ele ainda pensou que poderia ajudar muita gente. Deve ser por aí, talvez!
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Agora, voltando ao Carlos:
Eu não tenho condições de avaliar as cartas, as mensagens recebidas pelo Chico, então é um terreno no qual eu não piso. Mas, veja bem, ouvi falar, várias pessoas disseram, que havia entrevistas com aqueles, que procuravam o Chico pra receber mensagens. Então…
Há pessoas que afirmam que têm certeza que a mensagem psicografada é autêntica, tanto que acabou de sair o filme “As Mães de Chico Xavier”.
Eu não vou dizer aqui, sem conhecer melhor, que é tudo papo furado, Longe de mim!
Agora, quanto aos livros que ele escreveu, que passaram pelas mãos dele, no mínimo, tem partes que foram buscadas em outras obras. Disso eu não tenho dúvida.
Mas, se isto é verdade, então anula por completo a idéia do Chico médium, que psicografava. Não sei!
Mas, é complicado. Ou não é?
abril 10th, 2011 às 2:23 AM
Carlos, você disse:
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“É isso que normalmente se entende nos centros espíritas e, dentre alguns espíritas, questionar a mediunidade do CX soa como uma blasfêmia.”
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Tenho conversado com um amigo espírita, ele me diz coisas como se eu fosse um sujeito do mal, por questionar, duvidar da mediunidade do Chico.
Eu tenho o direito de questionar, de duvidar, porque o próprio Chico e muitos espíritas brasileiros, estão me dando motivos.
Oras, se o Chico fraudava, usando frascos com perfumes, por que não fraudaria nos livros?
abril 10th, 2011 às 2:24 AM
Caio
Infelizmente a tua previsão com relação ao espiritismo vai se confirmar. Eu entendo que já se confirmou. O espiritismo é uma nova seita religiosa já. Algo que pode ríamos chamar de espiritólico, ou catolitismo rsrsrsrsrs. Espicristão. rsrsrs Aceito outras sugestões. rsrs Falando sério. É mais crença cega, mais adoração, mais falta de senso crítico, mais ausência de respostas concretas e de fato minimamente esclarecedoras e mais condicionamentos moralistas religiosos. Eu li estes dias. Enquanto em vários países do primeiro mundo, inclusive os Estados Unidos, e alguns não tão do primeiro mundo, mas quase lá, como as Repúblicas Tcheca e Eslováquia, em termos gerais e variando a porcentagem há uma queda da religião de modo geral, ela vem perdendo adeptos. Nos países do chamado terceiro mundo, aí incluído os islâmicos, e nos países mais pobres que os do terceiro mundo, a religião cresce exponencialmente. O Brasil é assustador para céticos como nós. Eu ando vendo e ouvindo cada bobagem. Psicólogos falando em atos pecaminosos; ouvi estes dias numa rádio FM uma entrevista de uma Parapsicóloga, no qual ela deixa claro que, na visão dela, espíritos vivos após a morte do corpo físico não existem. Mas Deus existe. Eu não hora não entendi. Mas depois “caiu a ficha”. A Bíblia parece dizer exatamente isto. Quando se morre fica-se dormindo esperando o Juízo Final. Onde muitos serão “salvos” e outros “condenados” a segunda morte, ou para alguns uma condenação a danação eterna no inferno. Úma Parapsicóloga crer nisto é brincadeira!
abril 10th, 2011 às 2:27 AM
Juliano,
Que bom que você está por aqui. Acabei de ler o email que você me respondeu. Concordo com tudo que você disse.
É isto mesmo, absurdos!!!
abril 10th, 2011 às 2:44 AM
Biasetto
O Espiritismo hoje, além de já ser uma religião com seus dogmas. É uma grande indústria de “dim-dim”, “la plata”, “money”, ou a famosa cifra $$$$$$$$$, como as outras religiões são de modo geral também. E no fundo as religiões buscam isto, grana, que por consequência dá também poder.
Por isto, não há nenhuma preocupação com o senso crítico, e o fanatismo rola solto. Veja o caso desse psicopata de realengo no Rio de Janeiro. Espíritas de plantão: será que o além não poderia enviar uma mensagem para algum Centro Espírita dizendo que um psicopata estaria para cometer um crime hediondo contra adolescentes? ´Pois, segundo os espíritas, no outro plano você vê com mais amplitude as coisas? Será que, segundo a Teoria da causa e efeito pregada por vocês é o motivo da morte daqueles adolescentes. Eles morreram, pois tinham débitos a para? Voltando a primeira pergunta. Então, naturalmente, algum espírito mais lúcido não poderia ter notado a constante presença do assassino em frente ao colégio, e os seus pensamentos, suas idéias? E se notou não fez nada? Por quê? Eu li estes dias que o Budismo Tibetano, dentre outras coisas, crê no renascimento, que nós chamamos de reencarnação. Mas não acredita no contato corriqueiro, usual, dos mortos com os vivos. Tal ocorrendo em casos muito excecionais, inesplicáveis e exporádicos. Não estou dizendo que o budismo tibetano esteja certo, mas é algo a se refletir. E como já disse aqui. Havendo continuidade do espírito após a morte do corpo. Teria que se ver o nível de lucidez dos espíritos após a morte. Que no meu entender talvez seja baixíssimo.
abril 10th, 2011 às 2:47 AM
Corrigindo: débitos a pagar?
abril 10th, 2011 às 2:48 AM
Olá Juliano
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É bem possível que CX tenha se autoimposto uma vida austera e de desapego (exceto pelas perucas como você bem notou!) para ser lembrado como um santo. O que não bate nesse contexto é a mentira e a fraude para atingir o objetivo. Se ele utilizou desses recursos na mediunidade será que ele foi um tolo a vida toda para não perceber que corria atrás de de uma falsa santidade?
abril 10th, 2011 às 3:02 AM
Juliano,
Em outras situações, tempos atrás, eu discordaria de você. Até já fiz isso, lembra?
Agora, penso que você está certíssimo!
Juliano,
Acho que você é solteiro e não tem filho.
Depois que a gente tem filho, esta indignação que você está sentindo, aumenta e muito. Nada na vida, vale mais para os pais, do que os seus filhos. Estou falando de pais que amam os filhos, porque a gente vê de tudo nesta vida.
Eu lido com crianças. Algumas estão completamente perdidas. Não sabem valores, não estão nem aí com os estudos, são muito carentes.
A gente, os professores, tentam fazer o que podem, porque é difícil. Sai muito em revistas, jornais, todo tipo de críticas aos professores. Mas só quem vive o momento ali, na sala de aula, o dia de uma escola, sabe o quanto difícil é tentar mudar a realidade dos jovens, das crianças, especilamente na escola pública.
Um dias destes, eu estava dando aula numa 6ª série e reparei melhor num aluno lá. Ele me chamou muito a atenção, porque achei ele muito parecido com meu filho mais novo. Percebi que ele não estava conseguindo fazer a tarefa. Expliquei um assunto lá e pedi pra eles responderem umas questões, consultando um texto no livro que a escola fornece a eles.
Então, muitos alunos já estavam pra terminar a lição, mas ele não. Fui até ele, e percebi que a escrita dele era bem fraca. Aí, ele se intimidou com a presença, ao lado dele, não quis mostrar que estava com dificuldades. Mas eu o tranquilizei e ajudei ele a responder cada uma das questões. Quando ele terminou, lhe dei os parabéns.
Se precisava ver a alegria estampada nos olhos dele. Até me emociono quando lembro disso.
Depois deste dia, ele vem sempre me cumprimentar, quando chego na escola e eu, em todas as aulas, ajudo ele com as tarefas.
Infelizmente, tem aulas que são quase que inúteis. O professor fica o tempo todo, tentando por ordem na sala, e o desinteresse é total. É uma profissão difícil, porque o que menos a gente faz, em algumas classes, e discutir a matéria, perde-se tempo e energia com indisciplina, conflitos e tudo mais. Porém, histórias como esta do menino que se parece com meu filho mais novo, histórias assim que fazem a vida valer à pena. E quando coisas assim acontecem, eu até acredito no divino! Mas, depois, a gente fica sabendo de uma tragédia como esta do Rio. É difícil, muito difícil! Pelo menos pra mim!
abril 10th, 2011 às 3:12 AM
Carlos
O importante para ele era a santidade! Custasse o que custasse. E aí entra uma ausência da realidade, onde ds “fins justificam os meios.”
E veja que o Chico Xavier não era tão humilde assim. O inconsciente é bandido. Vejamos.
O Emmanuel, o “em tese” guia espiritual do CX. Caso verdadeiros os argumentos do Emmanuel, caso ele exista, caso Jesus existiu e foi de fato crucificado. Como está no livro “Há dois mil anos”. Tal situação seria algo digno de nota. Pois estaríamos diante de alguém, um guia espiritual, que poderia ter mudado o rumo da história, quando encarnado “Públio Lêntulus”. Alguém que teve o poder de evitar a crucificação do “great leader Jesus”. E o espírito que teve esta chance, agora foi nesta vida o guia espiritual do CX. Foi quem tinha o poder de mudar ou não a vida do CX.
Então, pra mim fica clara a ausência de humildade, pelo contrário. Havia escamoteado uma megalomania sem tamanho. Chico=Jesus=mito=santidade=sofrimento=Emmanuel=guia.Entendeu? Santa humildade. O inconsciente é bandido! Mesmo não querendo, ele dá as respostas. É só ler com um pouco mais de cuidado e interpretar o que claramente aparece. O Jung adorava estas descobertas. Grande professor Jung rsrrsrsrsrsrs
abril 10th, 2011 às 3:22 AM
Olhem isso!
http://fantastico.globo.com/platb/fantastico30anosatras/2011/04/06/chico-xavier-analisa-caso-de-menina-que-assumiu-personalidade-de-primo-morto/
Gostei da resposta do Mascarenhas. Vou tentar achar fontes sobre esse caso.
abril 10th, 2011 às 3:22 AM
Leonardo,
Você fez um comentário: O Livro “A Vida Viaja na Luz” Carlos Baccelli/Inácio Ferreira também aponta semelhanças entre os dois livros.
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Agora, revendo este comentário, gostaria que você me explicasse melhor o que você disse aí.
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Até…
abril 10th, 2011 às 3:23 AM
Biasetto
Você é divino!!! Divino é mudar a vida de alguém pra melhor. O que precisa é o estado deixar de ser cafajeste e investir na educação de base como ela merece! Aí eu incluo forte atuação de psicólogos bem preparados para ouvir as crianças e adolescentes. E aplicar técnicas para elevar a autoconfiança da criança e do adolescente em si mesmo, no seu potencial. Junto com pedagogos, antecipar e trabalhar com crianças e adolescentes com comportamentos diferenciados. A escola ter uma porta aberta de denúncia anônima dos casos “bullyng”. E tratar seriamente o agredido como os agressores. Enfim, uma educação sem recalques, sem mitos e falácias, com infra-estrutura e que escute as crianças e os adolescentes. Será que é pedir demais? A propósito. Não tenho filhos, mas tenho três sobrihos, um de 14 e um com 5(de uma das minhas irmãs); e outro com 4 da outra irmã. Umas figuras.
abril 10th, 2011 às 3:23 AM
Biasetto, parabéns pelo seu trabalho!
abril 10th, 2011 às 3:42 AM
Paulo,
É FANTÁSTICO!!!
abril 10th, 2011 às 3:48 AM
Paulo
Assisti o vídeo. Seria interessante na época investigar a real ligação entre as duas famílias, pois segundo o vídeo eram parentes. Talvez aí se tenham respostas de um possível Transtorno Dissociativo da menina. Mas muito interessante o vídeo, aconselho a quem não viu. Bem como a explicação do psicanalista Eduardo Mascarenhas. Que diga-se, vi no Wikipédia, morreu cedo (54 anos). Uma pena. É isto.
abril 10th, 2011 às 3:54 AM
O documentário fornecido no link da mensagem do Paulo é bem dentro do que estudou o Ian Stevenson e certamente deve interessar ao Vitor e ao Gilberto.
abril 10th, 2011 às 3:55 AM
Vejam este:
http://fantastico.globo.com/platb/fantastico30anosatras/category/misterios/
abril 10th, 2011 às 4:22 AM
Vítor,
Teve uma época em que eu ficava achando que você não deveria ter criado este blog. Ainda converso com amigos espíritas que acham que você não deveria ter criado o blog.
Mas sem jogar confete, como disse o Arduim, que bom que você criou e eu descobri este blog. Faço terapia aqui.
E, em razão da dica do Paulo, acabei revendo algumas aberturas lá do Fantástico. Nem é um programa que eu aprecie muito, raramente assisto, na atualidade.
Mas revendo as aberturas lá, é incrível como cérebro da gente nos remete ao passado, e nos traz lembranças agradáveis.
Muito legal!
abril 10th, 2011 às 4:24 AM
Nossa Paulo, esse caso aí de possessão que vc trouxe é bem legal, hein?
abril 10th, 2011 às 4:30 AM
rsrsrsrsrsrsrsrs
Biasetto
A tua sinceridade é louvável e invejável. Esta da abertura do fantástico foi 10. rsrsrsrsrs Lembrou daquela namoradinha antiga de colégio. Lembrou dela né? O primeiro beijo. Quem sabe foi até com a patroa. Entendi tudo. Depois desta eu vou dormir. Uma boa noite pra todo mundo e bom domingo.
abril 10th, 2011 às 4:41 AM
Juliano,
Você está virando médium? É mais ou menos por aí, mas tem outras lembranças também. rsrsrs…
Bom sono, bom domingo!
abril 10th, 2011 às 5:14 AM
Juliano,
Quanto ao Mascarenhas, você tem razão, morreu jovem.
Ele teve o privilégio de ter casado com a Cristiane Torloni, pra mim, uma das atrizes mais encantadoras na TV brasileira.
Bem, pessoal: por hoje, está bom!
Até…
abril 10th, 2011 às 5:21 AM
Boas dicas de vídeos!! Não consegui um vídeo que adoraria ter, mas me lembro bem de ver na TV Xavier comentar aquele caso das gêmeas xipófogas que pareciam mais uma menina com duas cabeças, há 20 anos. Ele disse que aquilo se dava ao fato de que as almas dessas meninas pertenciam a dois grandes inimigos que se odiavam tanto que reencarnaram como xipófogas, para um ter que aturar o outro. Só que elas se amam muito e vivem uma vida feliz, e não têm grandes problemas de saúde. Vivem muito bem, aos 21 anos, e não parecem padecer como Xavier achava que elas “mereciam”. Achei um videozinho, delas aos 16 anos. Vejam se ela está sofrendo:
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http://www.youtube.com/watch?v=BkKWApOAG2g
abril 10th, 2011 às 5:24 AM
Digo, elas…
abril 10th, 2011 às 12:57 PM
Luciano dos Anjos mostra evidencias de que André Luiz fora Faustino Esposel(médico). O que vocês acham disto?
http://www.grupodosoito.com.br/subpaginas/faustino.htm
abril 10th, 2011 às 12:59 PM
Luciano dos anjos mostra evidencia de que André Luiz fora faustino Esposel (médico). O que vocês acham?
http://www.grupodosoito.com.br/subpaginas/faustino.htm
abril 10th, 2011 às 2:17 PM
Olá Gilberto,
Conferi o vídeo. Muito interessante!
Elas parecem felizes mesmo.
abril 10th, 2011 às 2:23 PM
Juliano,
Sobre a história que você falou da “parapsicóloga cristã”.
Tempos atrás, eu estava assistindo o progrma da LuciAnta Gimenez, e lá tinha uma psicóloga falando que as pessoas não lêm mais a Bíblia, e coisas e tal…
Falei pra minha esposa, como uma psicóloga diz uma besteira destas. A cidadã disse que era Cristã – acho que o tema lá, era sobre homosexualismo, tinha um pastor gay e seu namorado. Um outro pastor estava detonando os dois.
E a psicóloga, deu a entender que era contra também. É o fim do mundo! Como pode haver uma profissional, nesta área, com um pensamento destes?
abril 10th, 2011 às 2:23 PM
“Quem lê “Nosso Lar”, esta magnífica obra de André Luiz, com raras exceções, imagina que toda cidade existente no Plano Espiritual lhe copia o modelo – e não é assim!
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“Nosso Lar” é uma espécie de cidade futurista, construída, sim, no Umbral, mas em sua parte extrema, fronteiriça à dimensão seguinte. Vocês já haviam pensando a respeito?
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Em silêncio, a turma fez sinal negativo com a cabeça.
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– Você, Domingas – perguntei -, quando encarnada, já havia pensado nisso?
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– Sinceramente, não, Doutor.
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– Nem eu, confesso. Quase todos imaginam que as demais cidades existentes no Mundo Espiritual sejam semelhantes a “Nosso Lar”, com um sistema de governo semelhante e vai por aí. A referida colônia é uma organização sui generis! Não se tem paralelo a respeito em nenhuma outra obra de cunho espiritualista, transmitido para a Terra mediunicamente.
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– O senhor tem razão – endossou a Coordenadora – Certa vez, conversei com um confrade que havia lido “A Vida Além do Véu”, de Dale Owen, e ele me fez justamene essa observação”.
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A Vida viaja na Luz – Carlos Baccelli/Inácio Ferreira, págs. 212 e 213.
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Desconhecia completamente ‘A Vida além do Véu” e achei curioso quando o Vitor postou no ECAE sobre ele, lembrei-me que havia esta referência, neste livro.
abril 10th, 2011 às 2:47 PM
Sempre que se fala de qualquer obra do espiritismo, ou até mesmo de pessoas renomadas dentro dele, elas TEM que ter adjetivos positivos associados, no caso apresentado pelo Leonardo, “Nosso Lar” é “magnífico”. Claro que isso é proposital, pois se trata de PNL. Um século de adjetivos e mais adjetivos martelando na cabeça das pessoas criam uma áurea de credibilidade, infalibilidade e, porque não dizer, magnânima a tudo que é relacionado ao espiritismo. Isso é feito inconscientemente, quase de forma contagiosa. A capa da revista Espiritismo e Ciêncoa deste mês mostra as fotos de Kardec, Freud e Jung, com a manchete: “Como esses brilhantes pensadores mudaram o mundo”, ou coisa que o valha. Tenta-se dar credibilidade ao ridículo. Quem cresceu neste contexto pode até chegar a um estágio de sanidade a ponto de negar algumas mentiras espíritas, mas nunca as nega totalmente. Até mesmo o Vitor, com o seu “quero acreditar”. Ou os outros amigos aqui que possuem suas dúvidas. Cem anos com a idéia de “infalibilidade magnânima” do espiritismo deixam fortes impressões.
abril 10th, 2011 às 3:08 PM
Leonardo,
Obrigado pela atenção.
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–“Quem lê “Nosso Lar”, esta magnífica obra de André Luiz, com raras exceções, imagina que toda cidade existente no Plano Espiritual lhe copia o modelo – e não é assim!
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COMENTANDO: Mas um motivo pra desconfiar de que o Chico adaptou A Vida Além Do Véu, porque as semelhanças entre as “duas cidades” são muitas.
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— Quase todos imaginam que as demais cidades existentes no Mundo Espiritual sejam semelhantes a “Nosso Lar”, com um sistema de governo semelhante e vai por aí. A referida colônia é uma organização sui generis! Não se tem paralelo a respeito em nenhuma outra obra de cunho espiritualista, transmitido para a Terra mediunicamente.
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COMENTANDO: “sui generis” em que? O “bosque das águas” é igual ao de A Vida Além Do Véu; as praças, os jardins, as contruções, tudo igual!!!
“Não se tem paralelo a respeito em nenhuma outra obra de cunho espiritualista, transmitido para a Terra mediunicamente.”
COMO NÃO? A Vida Além Do Véu, é da década de 1910.
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[- O senhor tem razão – endossou a Coordenadora – Certa vez, conversei com um confrade que havia lido “A Vida Além do Véu”, de Dale Owen, e ele me fez justamene essa observação”.]
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Então, o que concluímos?
abril 10th, 2011 às 3:09 PM
Correção: [Mas um motivo] = MAIS um motivo…
julho 13th, 2012 às 5:28 PM
Voce esta tomando como referencia algumas palavras em particular e distorcendo informaçoes.O significado do termo nosso lar na obra de owen se refere a nosssa cas, o lugar onde se vive, de forma GENERICA e NAO e o nome de nenhuma colonia ou cidade espiritual,termos que nem aparecem na obra.Outra analogia erronea e a de “casas” e “edificios”, pois os edificios a que andre luiz se referia eram predios de “serviço” uma vez que as casas de nosso lar nao ficam na regiao hospitalar.E se for para tomar ideias isoladas como referencia,poderiamos dizer que owen plagiou kardec ao dizer que alguns espiritos apareciam sem saber que estavam mortos sem o saber, e ao citar o rejuvenescimento com a evoluçao e se assim continuasse dizer-se ia que alighieri foi plagiado e que plagiou algum escritor da antiguidade,pois essas descriçoes infernais (sombra,lama,gritos) existem desde a antiguidade.Nao distorça informaçoes e faça uma analise mais racional,deixando de lado os preconceitos.
julho 27th, 2012 às 4:26 PM
existindo, em outra dimensão, uma cidade chamada “Nosso Lar”, é natural que um ou mais médiuns psicógrafos a descrevam quase que de igual maneira.
É óbvio.
Desculpe-me o sr. Autor, mas essas comparações não provam nenhum plágio por parte de Chico Xavier.
julho 3rd, 2013 às 10:08 AM
Respeito o ponto de vista apresentado no referido artigo.
Sou estudioso das obras psicografadas pelo Chico Xavier e sua autoridade é inquestionável. Ao meu ver, não se trata de plágio, mas apenas a demonstração que a verdade dessas colônias espirituais não foram apenas descritas através do Médium Chico. Outros livros já revelaram a existência dessas colônias. “Nosso Lar” é uma realidade de muito tempo, antes mesmo do surgimento do Estado do Rio de Janeiro, no inicio da colonização do nosso país essa colônia já era uma realidade.
A “coincidência” das informações dessas obras, apenas reforça que as verdades espirituais não são reveladas de forma exclusiva e com algum tipo de privilégio. Aqueles que estiverem abertos terão acesso a essas informações, mas cada um codificará esses dados conforme a sua capacidade.
A moral do Chico, sua vida, seus exemplos de amor e humildade são as maiores provas das nobres intenções reveladas por seu intermédio.
De qualquer forma, acho interessante o conhecimento desse fato, e isso apenas reforça ainda mais a fé que tenho na vida espiritual, aliás, apesar de todas as minhas limitações e imperfeições humanas, posso dizer com toda humildade que conquistei uma convicção inabalável da imortalidade.
Agradeço por compartilhar tais ideias e espero que essa troca venha acrescentar um pouco mais a luz em nosso espírito.