Livro Gratuito! “As Mulheres Médiuns” (1998), de Carlos Bernardo Loureiro
O livro não é nada parcial. Ainda assim, vale como fonte de consulta para maiores pesquisas. Várias médiuns citadas eu desconhecia completamente. Para baixar o livro, clique aqui.
janeiro 1st, 2018 às 8:40 PM
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Bernando Loureiro é apologeta arretado. Inda bem que o Vitor viu que ele é suspeito. O sujeito é dado a citar só o lado “bom”, o lado que apoia o improvável. Tomemos o caso de Eusápia Palladino. Loureiro noticia vitórias e sucessos. Estrategicamente, “esquece” as muitas falcatruas da mulher, que até seus admiradores reconhecem. Fala de várias experiências e experimentações, todas, obviamente, de resultados positivos e não dedica uma linha sobre o fracasso em Cambridge. Tampouco cita a suspeita de Hodgson de que ele fosse uma fraudadora, suspeita depois convertida em certeza.
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Como Palladino era útil para as malandragens espíritas de um lado, e as fantasias que pululam nesse meio de outro, ela era preciosa para ser descartada sem mais nem porquê, daí inventou-se a tese: “frauda às vezes, mas que tem poderes tem”.
janeiro 1st, 2018 às 8:45 PM
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Bernardo Loureiro tem um artigo em que se esforça por provar que a consciência é construto apartado do cérebro, que a massa cerebral é meramente a ponta de uma estrutura muito mais ampla, a qual transcende os limites da matéria…
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Fraquinho, mas para quem se interessar…
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O pensamento é uma secreção do cérebro?
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Autor: Carlos Bernardo Loureiro
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Se a inteligência dos vivos fosse capaz de produzir levitações tomar os tecidos incombustíveis, falar línguas e discorrer sobre temas que jamais aprendeu, premunir acontecimentos próximos ou remotos, compor obras de arte comparáveis aos dos grandes mestres, criar fantasmas de seres reais etc., haver-se-ia de atribuir ao Homem poderes quase divinos.
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O professor Charles Henry, no seu livro “O Homem depois da Morte”, citado pelo pesquisador Faure da Rosa, não teve dúvidas em proclamar: A morte de modo nenhum implica a perda da consciência e da personalidade.
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Maurice Blondel, que escreveu “Ensaio de uma Crítica da Vida”, por sua vez admite: a inteligência não carece da integridade cerebral para se manifestar. O Dr. Agostinho Itunicha, em discurso da Sociedade Antropológica de La Plata, comunicava que um jovem de 14 anos, tratado pelo Dr. Fernando Ortiz, autor da obra “A Filosofia Penal dos Espíritas”, morrerá no pleno uso das suas faculdades intelectuais apesar de ter a massa encefálica completamente destacada do bulbo raquidiano, nas mesmas condições que as de um homem realmente decapitado.
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Na necropsia que fizeram no cadáver, com a maior estupefação dos cirurgiões, descobriu-se que as meninges estavam cheias de sangue e que um obcesso ocupava uma parte do cérebro e a protuberância cerebral. No entanto, pensava como qualquer pessoa saudável algum tempo antes de morrer.
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“Les Annales des Sciences Psychiques” de 1917 referem-se a um caso curioso apresentado por Edmond Perrier à Academia de Ciências de Paris, acerca de uma observação do Dr. L.J. Robson: um homem que viveu um ano sem sofrimento, sem nenhuma pertubação aparente pensando, portanto, apesar de ter o cérebro que não era mais que um enorme abcesso purulento.
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Um só desses caos, segundo Henri Bergson (1859-1941), autor de “Ensaios Sobre os Dados Imediatos da Consciência”, citado por Charles Richet, devia ser bastante para demonstrar que a inteligência funciona independentemente da integridade do cérebro. Também para Bergson, ganhador do prêmio Nobel de Literatura de 1927, cérebro e consciência correspondem-se porque ambos medem, um pela complexidade de sua estrutura e o outro pela veemência de sua atividade, o quantitativo de seleção que o ser vivo dispõe. Mas esta correspondência nada tem de equivalência nem paralelismo. Precisamente porque um estado cerebral exprime, sisplesmente, o que nada há de ação incipiente no estado do psicológico correspondente; o estado psicológico excede infinitivamente o estado cerebral.
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De uma maneira mais simples, mais clara e probatória, segundo Faure da Rosa: A consciência de um ser vivo é solidária com seu cérebro da mesma maneira que uma faca ponteaguda é solidária com sua ponta; o cérebro é a ponta acerada por onde a consciência penetra o tecido compacto dos acontecimentos, mais não é co-extensivo à consciência que a ponta o é da faca.
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Ainda é H. Bergson que reconhece de uma maneira precisa que o cérebro não é mais que um instrumento de ação.
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O cérebro não determinao pensamento; por conseguinte o pensamento, em grande parte, pelo menos, é independente do cérebro. O cérebro é um órgão de pantomina. O seu papel é mimar a vida do Espírito… O Espírito ultrapassa o cérebro e a atividade cerebral corresponde, apenas, a uma ínfima parte da atividade mental. Isto quer dizer também que a vida do Espírito não pode ser o efeito da vida do corpo, que tudo se passa ao contrário como se o corpo fosse, simplesmente, utilizado pelo Espírito e que, portanto, nenhuma razão temos se supor que o corpo e o Espírito estejam inseparavelmente ligado um ao outro.
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Entre outros testemunhos, Maurice Blondel cita o caso de Claude Bernard, autor da consultadíssima “Introdução ao Estudo da Medicina Experimental”:
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“Dizer que o cérebro segrega o pensamento equivale a dizer que o relógio segrega a idéia de tempo. O cérebro e o relógio são mecanismos, um vivo, o outro inerte: eis toda diferença”.
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Uma lâmpada elétrica ilumina com a energia que atua o filamento metálico da ampola… exemplifica Blodel. Se esta ampola se quebrar, a luz extingue-se. Segue-se daí que a corrente deixou de existir? A prova de que existe é uma nova lâmpada intacta, ajustada, iluminará imediatamente.
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Dá-se o mesmo com a inteligência: é uma força, uma corrente espiritual que ilumina o nosso cérebro. Se o cérebro morrer, segue-se, daí, que a corrente que o fazia atuar deixou de existir?
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Para Edmund Wietrich, o Espírito não pode conceber-se fora de suas manifestações, de suas múltiplas formas de atividade. É o sinônimo de pensamento, de consciência, de liberdade. O é o indispensável veículo da alma; é a sua mecânica. O corpo permite que a alma tenha uma consciência nítida de si mesma; é o amálgama de estanho que faz a alma um espelho mágico. Sem ele, a alma regressaria à noite do Inconsciente…
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