Como um Cético deturpa a pesquisa com Stepanek (1990)
Eis uma breve resenha do livro How Not to Test a Psychic, de Martin Gardner, juntamente com uma refutação de sua explicação para o experimento bem-sucedido que Pratt considerou como a melhor evidência de percepção extrassensorial (PES) nas pesquisas realizadas com Stepanek. Para ver o artigo em português, clique aqui. Para ver o original em inglês, clique aqui.
outubro 12th, 2025 às 9:14 PM
🆗 mas é muito complicado de acompanhar…
O Sr. poderia sintetizar em poucas linhas qual o conteúdo básico da crítica.
Como falei antes: não consegui notar crítica válida aos experimentos na forma que são relatados. Se cartões brancos d’1 lado e coloridos d’outro são postos dentro de envelopes – que evidentemente não vão ser transparentes – não tem como alguém determinar lados por vias “sensoriais”.
Então: qual(is) problema(s) o MG viu❔
outubro 13th, 2025 às 11:05 AM
Oi, Gorducho
sua sugestão de sintetizar em poucas linhas é uma boa ideia sim. O uso das IAs facilita bastante isso. Eis o que consegui usando o Co-Pilot:
O artigo “How a Skeptic Misrepresents the Research with Stepanek”, publicado no Journal of Parapsychology (vol. 54, junho de 1990), é uma crítica escrita por Jürgen Keil ao livro de Martin Gardner, How Not to Test a Psychic (1989). Keil defende a validade dos experimentos com o sensitivo Pavel Stepanek e refuta as alegações de Gardner, que tenta desacreditar os resultados como sendo fruto de fraude ou falhas metodológicas.
Principais pontos levantados por Gardner e refutados por Keil:
1. Postura cética de Gardner
Gardner se apresenta como cético, mas Keil o acusa de ser um pseudocético, com mente fechada e motivado por desmerecer a pesquisa parapsicológica.
Gardner usa termos depreciativos como “ridículo” e “preposterous” para se referir aos estudos com Stepanek, o que Keil considera uma tentativa de desqualificar sem base científica.
2. Acusações de fraude e manipulação
Gardner sugere que Stepanek poderia ter identificado os alvos por meios sensoriais, como toque ou visão, especialmente por meio de manipulação dos invólucros (chamados de “jackets” e “book-mailing bags”).
Keil refuta isso com detalhes técnicos dos experimentos, mostrando que os alvos estavam inseridos a pelo menos 4 polegadas da abertura dos envelopes, tornando impossível o toque sem ser notado.
Fotografias e filmagens dos procedimentos mostram que Stepanek manipulava os objetos horizontalmente e sem movimentos suspeitos.
3. Suposta negligência dos experimentadores
Gardner afirma que os pesquisadores não consideraram a possibilidade de toque como fonte de fraude.
Keil rebate citando os próprios relatórios dos experimentos, que descrevem o cuidado com o manuseio e a observação rigorosa por múltiplos experimentadores, inclusive em configurações duplo-cegas.
4. Manipulação de dados por Gardner
Keil acusa Gardner de apresentar dados falsos ou distorcidos, como a alegação de que os alvos estavam a meia polegada da abertura dos envelopes, quando na verdade estavam a 4 polegadas.
Gardner também teria ignorado medidas e descrições detalhadas publicadas nos estudos originais.
5. Resultados estatísticos significativos
Keil destaca que os resultados obtidos por Stepanek foram estatisticamente significativos em várias séries de testes, especialmente na Série 23, considerada por Pratt como uma das melhores evidências de ESP.
Gardner não conseguiu apresentar uma explicação não-paranormal plausível sem recorrer a dados incorretos.
6. Caráter e motivação de Stepanek
Gardner insinua que Stepanek se beneficiou materialmente dos experimentos.
Keil defende que os ganhos foram modestos e que Stepanek era motivado por amizade e interesse genuíno, não por fama ou lucro.
Também menciona limitações físicas de Stepanek (condição nas mãos) que dificultariam qualquer manipulação fraudulenta.
Conclusão de Keil:
Keil considera que Gardner não apenas falhou em refutar os resultados dos experimentos com Stepanek, mas também distorceu os dados e ignorou evidências importantes. Ele recomenda que grupos parapsicológicos leiam o livro de Gardner com espírito crítico e comparem com os estudos originais para entender a profundidade das falhas nas alegações céticas.
outubro 13th, 2025 às 12:17 PM
Mas aí que tá Sr. Administrador: a conclusão do Keil e tantas digressões não vêm ao caso pra nós.
Pra resenha sim vêm ao caso, claro.
A questão é saber o argumento do MG pra
Dado que
não seria “papel cartão” — ≠ “cartolina” colorida — eis que este material que eu conheça não tem pigmentação (seria o branco no caso) no lado “bruto” = áspero.
Ademais propiciar que o ψquico pudesse enfiar dedo dentro dos envelopes ou espiar, convengamos…
Então é isso que não entendo. Sem ter que ler o 📗 claro, até porque não deve ser aberto.
Então como falei: pra quem lê esta rubrica, fica praticamente impossível compreender
❓ ❓ ❓
outubro 13th, 2025 às 6:52 PM
Obrigado, Gorducho, substituí carta por papel-cartão na tradução. Acabei de atualizar. (Embora eu ache que cartolina seria possível também…)
Sobre no que Gardner se baseou (mais uma vez usando o Co-Pilot):
Acesso físico aos alvos (possibilidade de toque ou manipulação):
Gardner argumenta que os invólucros usados nos experimentos (como jackets e book-mailing bags) eram parcialmente abertos nas laterais ou nas extremidades, permitindo que Stepanek pudesse tocar ou até ver os alvos.
Ele sugere que Stepanek poderia ter marcado os alvos com a unha ou reconhecido pequenas diferenças táteis nos objetos para identificá-los.
Memorização de características visuais dos invólucros:
Gardner afirma que era “ridiculamente fácil” identificar os invólucros visíveis, como os lados dos envelopes ou capas, e que isso poderia ter ajudado Stepanek a associar os alvos.
Suposta ingenuidade dos experimentadores:
Ele insinua que os pesquisadores não consideraram adequadamente a possibilidade de fraude por toque, e que os controles experimentais eram falhos.
?? Refutação de Keil:
Distância física dos alvos dentro dos envelopes:
Keil mostra que os jackets estavam inseridos a pelo menos 4 polegadas (cerca de 10 cm) da abertura dos envelopes (book-mailing bags), tornando impossível o toque sem ser notado.
Gardner afirma que os alvos estavam a “meia polegada” da abertura, mas Keil demonstra que isso é falso, citando medidas precisas dos materiais usados.
Controle rigoroso e observação direta:
Os experimentos foram conduzidos em configuração duplo-cega, com dois ou três experimentadores presentes, nenhum dos quais sabia qual era o alvo.
Stepanek manipulava os objetos horizontalmente, sem movimentos suspeitos, e sempre com as aberturas voltadas para longe dele.
Impossibilidade prática da fraude:
Keil calcula que, para alcançar os resultados significativos, Stepanek teria que ter manipulado os alvos de forma fraudulenta dezenas de vezes, sem ser detectado, o que seria impossível dado o tempo curto (2 segundos por objeto) e a vigilância constante.
Reconhecimento da possibilidade de pistas sensoriais:
Os próprios experimentadores consideraram e discutiram a hipótese de pistas sensoriais (inclusive táteis), mas concluíram que não explicavam os resultados.
Gardner ignora essas discussões ou as distorce, segundo Keil.
? Os envelopes eram possíveis de serem abertos?
Não, segundo Keil. Embora alguns invólucros tivessem flaps abertos nas laterais, eles eram apresentados com a abertura voltada para longe de Stepanek, e em muitos casos os flaps foram selados com fita adesiva. Além disso, os alvos estavam profundamente inseridos, impossibilitando o toque sem movimentos visíveis e suspeitos.