Marcas de nascença e defeitos congênitos na região da cabeça e pescoço e alegações de memórias de vidas passadas: Casos em Reincarnation and Biology, de Ian Stevenson
Embora controversa, a reencarnação é uma hipótese atraente nos casos em que as marcas de nascença correspondem em localização e aparência a feridas fatais ou outras cicatrizes no corpo de pessoas falecidas, e os indivíduos têm memórias declarativas verídicas das vidas das pessoas falecidas. Normalmente, os sujeitos dos casos também exibem memórias implícitas, como comportamentos, emoções e traços de personalidade correspondentes às mesmas pessoas falecidas, fortalecendo a impressão de reencarnação.
O principal pesquisador neste campo foi o falecido Ian Stevenson, da Escola de Medicina da Universidade de Virgínia. Stevenson dedicou a segunda metade da sua carreira à investigação e documentação do que chamou de “casos do tipo reencarnação” e em 1997 publicou um enorme estudo de dois volumes, Reincarnation and Biology, dedicado às anomalias físicas congênitas em casos deste tipo. Reincarnation and Biology inclui relatos de 225 casos que Stevenson investigou na Ásia, África, América do Norte e Europa. A maioria das marcas de nascença e defeitos congênitos refletem feridas mortais, mas muitos lembram outros tipos de cicatrizes, como brincos ou tatuagens; alguns parecem estar relacionados a lesões post-mortem acidentais ou à marcação intencional de cadáveres, uma prática difundida no sul da Ásia. Stevenson relatou 12 casos de defeitos congênitos na cabeça e pescoço em um capítulo do segundo volume de sua monografia, mas os dois volumes juntos contribuem com relatos de 75 casos com marcas de nascença ou defeitos congênitos na cabeça e pescoço. Em sua revisão sistemática da literatura periódica, Kirschnick et al. identificaram seis publicações com um total de 19 casos de reencarnação com marcas de nascença ou defeitos congênitos na cabeça ou pescoço. Três desses casos, citados num artigo de Stevenson, são descritos mais detalhadamente em Reincarnation and Biology. O objetivo do presente estudo é comparar a amostra de Kirschnick et al. com o maior número de casos comparáveis em Reincarnation and Biology. Para ler mais, clique aqui.
março 7th, 2025 às 12:35 AM
Esse detalhe sói aparecer em alguns relatos de LVP. Considerando o universo da espiritualidade, parece haver alguma coerência, porque se o perispírito é uma espécie de corpo espiritual que molda o corpo carnal, a avaria do segundo, certamente implica em dano ao primeiro que se não houver tempo para regeneração na erraticidade, ao moldar um novo corpo no processo de reencarnação, alguma sequela pode aparecer no referido novo corpo.
março 7th, 2025 às 8:43 AM
Eu consigo lobrigar 1 não-incoerência nas marcas serem em geral associadas a ferimentos mortais.
Mesmo nas mutilações post mortem o perispírito ainda estaria ligado ao vaso carnal, então &c.
Es decir: o perispirito se vai no estado em que se encontra no momento que completa o desligamento dos liames.
MAS – e se bem me lembro era o Analista Marciano quem sublinhava cá – nos casos das mortes violentas com grandes mutilações, incêndios… não será Doutrinariamente possível a reencarnação sem ou
1) suficiente passagem de tempo p/que o perispírito se regenere suficientemente;
ou
2) ação ativa à la Espiritismo Brasileiro como parques hospitalares + Centros de Planejamento de Reencarnações.
E aí deduzimos que fica a cargo do Mais Alto exercer ação ativa ou não sobre os perispíritos que apresentam marcas/mutilações relacionadas à morte do vaso anterior. Ou então SEMPRE nestes casos há suficiente intervalo de tempo pra haver regeneração.
🤔🤔🤔
março 7th, 2025 às 4:06 PM
Se isso fosse V, os animais apresentariam todo o tipo de marca aleatória. A dentição inteira de leões apareceriam em filhotes de zebras, a mandíbula de tubarões desenhadas em filhotes de golfinhos etc.
março 7th, 2025 às 9:38 PM
mrh Diz:
março 7th, 2025 às 4:06 PM
Se isso fosse V, os animais apresentariam todo o tipo de marca aleatória.
Pode ser que apareça em alguns mas não está sendo constatado por humanos; esse fenômeno, talvez seja uma falha do processo de reencarnação, uma exceção e não uma regra. (estou chutando).
Um abraço.
março 8th, 2025 às 2:56 PM
Olá Borges, a predação entre os animais é incessante. Mesmo se fosse “uma exceção”, seria frequente o bastante para ser notado. Os criadores de animais verificam seus bichos o tempo todo em todo o mundo, e nunca apontaram marcas assim. Os trabalhadores de couro há muito teriam apontado a curiosidade se isso fosse verdadeiro. e etc.
março 8th, 2025 às 3:21 PM
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Dr. mrh disse:
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Doutrinariamente até dá pra especular 1 explicação.
Das questões 599 e 600 sabemos que après sa mort, l’âme de bête est classée par les Esprits que cela concerne et presque aussitôt utilisée, avec pas de choix de s’incarner dans un animal plutôt que dans un autre.
Então poderiam nunca reencarnar na mesma espécie, havendo 1 espécie de “rodízio”.
E, claro, pra reencarnar em espécie ≠ o perispírito precisa se reconfigurar completamente.
E espécies tem + que suficientes pra não repetir encarnação.
MAS… não vejo como enquadrar Doutrinariamente essas marcas de nascença ou defeitos congênitos, exceto se propositado ou “ativamente” induzido pelo próprio Espírito devido a algum tipo de trauma, &c. Pois que livre do vaso carnal o perispírito
[LM 2ª parte, I – 56]
Daí que não vejo como conciliar propondo 1 solução pra esse impasse que o Sr. Oportunamente aventou 🤔
março 8th, 2025 às 7:26 PM
O LE no capítulo “Percepção, sensação e sofrimento dos espiritos” fornece um pista do por que os espíritos que morreram por ferimento não necessariamente vão desenvolver marcas específicas no renascimento.
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AK ao questionar sobre a natureza do sofrimento que os espíritos dizem sentir, recebeu uma resposta tipo “os sofrimentos são angustias morais…”. E ainda “quando eles lembram do corpo, eles sentem uma espécie de impressão…”. Ou seja, o perispírito só ficaria marcado/ulcerado, etc, se o espírito não superar na erraticidade as angústias e impressões que carregou da Terra.
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Ora, se o espírito conseguir superar as “angustia morais” que o acompanharam na última encarnação, não necessariamente desenvolverá, caso retorne a um novo corpo físico, as marcas/impressões que porventura tenha trazido de outras encarnações. Talvez, por isso, as crop-marks qual a entendemos sejam eventos tão específicos e localizados.
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Sobre os animais, o LE é claro ao afirmar que os animais são uma espécie de princípio inteligente, e não um espírito. O que se passa com os animais no momento da morte certamente deverá ter um significado bem diferente do que o significado que o espírito lhe dá.
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Evidentemente esses são “ensaios teóricos” que AK desenvolveu no LE.
março 8th, 2025 às 8:41 PM
Os trabalhadores de couro há muito teriam apontado a curiosidade se isso fosse verdadeiro. e etc.
Talvez tenham constatado, mas não fizeram ligação com reencarnação; por isso não viram importância que justificasse propalar o fato. Pode ser até que acreditaram ser uma agressão sofrida na encarnação atual. O que estou tentando demonstrar, é que esse argumento não parece ser suficientemente forte para que se possa descartar definitivamente o fenômeno que ocorre em humanos.
Um abraço.
março 9th, 2025 às 7:55 AM
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Sr. Carlos disse:
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Confesso que continuo tendo dificuldade de conciliar c/a Doutrina.
Furos de brinco – puxa❗ A pessoa tinha que ser muito apegada ao(s) seu(s) brinco(s).
Ou era obrigada a usar causando-lhe desconforto 🤔
março 9th, 2025 às 8:35 AM
Sr. Administrador:
[74] ❔
março 11th, 2025 às 11:58 AM
Vitor,
Achei muito bom o seu site e as pesquisas disponíveis. Gostaria de saber sua posição a respeito da possibilidade de uma vida após a morte, acredita que as pesquisas estão caminhando para essa descoberta? Penso que os modelos idealistas, panpsiquistas e não dualistas começaram a ganhar muita força.
Obrigado e abraços,
março 11th, 2025 às 12:47 PM
Oi, Gabriel
Hoje creio que a evidência mais forte de vida após a morte venha da reencarnação de crianças que lembram vidas passadas. Mas ainda assim, longe está de ser aceita como uma prova.
Eu acho que há um longo caminho a percorrer, é mais fácil comprovar primeiro a paranormalidade e só depois os cientistas poderão aceitar mais facilmente a vida após a morte (se existir). Alguns casos de EQM podem ajudar na comprovação de ambos (paranormalidade e vida após a morte, embora esta última de forma indireta).
março 11th, 2025 às 6:18 PM
Sr. Administrador
‣ que diz da [74]❔
‣ que tem a ver NDEs c/paranormalidade❔
março 11th, 2025 às 7:54 PM
Oi, Gorducho
Me perdi, que 74 é esse?
NDEs têm a ver com a paranormalidade quando as pessoas nesse estado relatam coisas que não deveriam ter tido acesso por meios normais. O caso Pam Reynolds, ou o caso do paciente com a mão atrofiada, ou aquele recente obtido por hipnose com fenômenos de precognição atestados pela equipe do hospital.
março 11th, 2025 às 8:10 PM
#74 do artigo objeto da Rubrica.
Depois procuro ver esses casos. Não me lembro deles…
março 14th, 2025 às 6:37 PM
Oi, Gorducho
esse caso é contado no livro “Vida Antes da Vida” de Jim Tucker:
O Caso de Ma Choe Hnin Htet
O caso de Ma Choe Hnin Htet, de Myanmar, envolve não apenas um teste de reconhecimento controlado como também uma marca de nascença experimental. A personalidade anterior, aqui, foi uma jovem chamada Ma Lai Lai Way, nascida com um problema no coração que a limitava significativamente. Assim, ainda estava no colégio quando, aos vinte anos, deu entrada no Hospital Geral de Rangoon, onde permaneceu durante meses vários em 1975. Submeteu-se a uma cirurgia de coração aberto e morreu durante o procedimento.
Após a morte de Ma Lai Lai Way, três de suas amigas encarregaram-se de preparar-lhe o corpo para a cremação. Ao fazê-lo, lembraram-se do costume de marcar o corpo e usaram batom vermelho para fazer um sinal no lado esquerdo de sua nuca. Escolheram esse local porque não queriam que o futuro bebê nascesse com uma marca muito visível. O Dr. Stevenson observou que, escolhendo a nuca, as moças selecionaram o pior lugar possível para produzir uma marca de nascença experimental realmente impressionante, visto que sinais do tipo “bicada de cegonha” são muitíssimos comuns e às vezes persistem até bem depois da infância.
Treze meses depois da morte de Ma Lai Lai Way, a sua irmã mais velha deu à luz uma menina a quem chamou de Ma Choe Hnin Htet. Após o nascimento, a família de Ma Choe Hnin Htet notou que ela tinha uma marca de nascença avermelhada no lado esquerdo da nuca. Nessa época, a família ainda não sabia que as amigas de Ma Lai Lai Way haviam marcado o seu corpo, mas soube alguns dias depois quando uma vizinha contou. Como a mãe de Ma Choe Hnin Htet ignorava que o corpo tivesse sido marcado mesmo depois de dar à luz, podemos estar certos de que a impressão materna, a idéia segundo a qual os desejos ou esperanças da mãe tenham levado à marca de nascença no corpo do seu bebê, não desempenhou nenhum papel nesse caso.
Também podemos estar certos de que a localização da marca de nascença não induziu as testemunhas a identificá-la incorretamente com o lugar da marcação, pois, quando o Dr. Stevenson conversou com uma das amigas que haviam realizado a tarefa, Ma Myint Myint Oo, ela forneceu a localização sem saber que Ma Choe Hnin Htet veio ao mundo com uma marca de nascença. O Dr. Stevenson entrevistou também as outras duas amigas, que forneceram a mesma localização.
Ma Choe Hnin Htet tinha também um sinal no peito, presumivelmente de nascença, mas a família não o notou por vários anos, até alguém sugerir que ela deveria exibir uma marca de nascença que lembrasse a incisão cirúrgica em Ma Lai Lai Way. Tratava-se de uma linha fina, esbranquiçada, mais clara que o resto da pele, que corria na porção inferior do tórax e parte superior do abdome. Combinava com a cicatriz de uma cirurgia de coração aberto, exceto por ser mais baixa, ao menos na época em que Ma Choe Hnin Htet tinha quatro anos de idade, do que se esperaria de uma incisão dessas.
Tão logo Ma Choe Hnin Htet aprendeu a falar, passou a discorrer sobre a vida passada para os avós, pais da personalidade anterior. Disse que a avó tinha sido a sua mãe e que tinha morrido quando os médicos a operaram. Afirmou ainda que o seu nome era Lai Lai e chorava quando algum membro da família instigava-a dizendo que ela não era quem dizia ser. Além disso, se referia à mãe como “irmã mais velha”, chamando o tio materno de “irmão” e o avô de “papai.”
O Dr. Stevenson investigou o caso quando Ma Choe Hnin Htet tinha quatro anos. Três dias antes das entrevistas, duas amigas de Ma Lai Lai Way, uma das quais tinha-lhe marcado o corpo, visitaram a família. A jovem responsável pela marcação não via Ma Choe Hnin Htet desde que esta era um bebê, mas a menina mostrou-se bastante amigável com ela. Ao ver as mulheres, ela correu para fora do portão, em vez de avisar os adultos, como normalmente faria, e, ao ficar diante delas, pediu à antiga amiga que a chamasse de Lai Lai Way. Conduziu-a para junto da avó, que lhe perguntou: “Você a conhece?” A isso Ma Choe Hnin Htet retrucou: “Sim, é claro. Éramos amigas.”
Quando o Dr. Stevenson conduziu as entrevistas, descobriu que Ma Myint Oo, outra das mulheres que haviam marcado o corpo, nunca tinha se encontrado com Ma Choe Hnin Htet. Ele e o seu intérprete, U Win Maung, decidiram levá-la à casa da menina sem avisar antes a família. Após chegaram na casa, apontaram para Ma Myint Oo e perguntaram a Ma Choe Hnin Htet: “Quem é ela?” A menina respondeu prontamente: “Myint Myint Oo.”