AS FRAUDES DO MÉDIUM MIRABELLI (PARTE 29)

Dando prosseguimento à série de reportagens do Correio Paulistano.

Correio Paulistano – Sábado, 1º de julho de 1916, página 2  

No mundo das maravilhas

Fez-se luz em a noite do mistério 

O sr. Carlos Mirabelli é realmente um hábil prestidigitador

Falam-nos os drs. Reynaldo Porchat e Bueno de Miranda, dois dos vultos mais representativos da nossa cultura 

O que diz o notável jurista – O que pensa o eminente médico 

Mirabelli é não só um ilusionista, mas também um homem calmamente audaz 

Sobre a possibilidade de ser o sr. Carlos Mirabelli possessor de uma notável força mediúnica, já não se discute – temos provado, à saciedade, que o nosso público está apenas diante de um arrojado intrujão, de um indivíduo que se serviu do renome de algumas personalidades de destaque no nosso meio social e científico, para mistificar a uns e outros com o mais despundonorado cinismo. Quer no terreno material das levitações, quer na esfera transcendente dos fenômenos de vidência, nos quais o charlatão se dizia exímio, conseguindo embair a boa fé alheia, temos demonstrado categoricamente todas as suas hábeis manobras de prestidigitador: releva agora reiterarmos que dentro de mais uns dias, logo que descrevermos minuciosamente os processos por meio dos quais o ex-sapateiro de Botucatu chegou a ser considerado o maior médium destes últimos tempos, qualquer mortal poderá ser, como já o é de vidência depois das nossas explicações, um extraordinário médium de transporte… 

Consoante ontem prometêramos, oferecemos à apreciação dos leitores, numa interessante série de entrevistas, a insuspeita opinião de vários cavalheiros sobre o espertalhão em foco. Nós, como temos dito mais de uma vez, não pretendemos levar este caso, já porque ele tanto não merece, já porque isso não nos compete, para o delicado terreno científico. Temos procurado manter a questão, desde o seu ponto inicial, na esfera em que ela se encontra e que é a que verdadeiramente lhe compete – o terreno da magia. Sempre que nos referimos a “fenômenos transcendentes”, está visto que visamos exclusivamente as sortes mirabéllicas ou sejam as prestidigitações com que o arrojado histrião habilmente se insinuou no seio da nossa sociedade. Agora, se foram os fenômenos de transporte e vidência, do solerte valdevinos, cientificamente estudados por aqueles que lhe assistiram e que tem competência para tanto, é o que os leitores vão ver através desta nova parte da nossa reportagem. 

Hoje têm a palavra, como anunciamos, os drs. Reynaldo Porchat e Bueno de Miranda, cavalheiros distintíssimos e que merecem, por todos os títulos, os mais altos conceitos do nosso público. Ambos os brilhantes intelectuais – um jurista notável, outro eminente médico – presenciaram já as práticas mirabéllicas, tendo mesmo, com uma paciência evangélica, tomado parte, por indicação do próprio sr. Mirabelli, no júri que o devia julgar durante as cinco sessões impostas pelo nosso repto e que de fato o julgou, decretando a bancarrota da sua mediunidade…  

O que nos disse o ilustre jurista dr. Reynaldo Porchat 

[FIGURA]

DR. REYNALDO PORCHAT 

Reputamos de suma importância a opinião que sobre o caso Mirabelli foi expendida, a um redator desta folha, pelo sr. dr. Reynaldo Porchat. Ilustrado [iliegível] da nossa Faculdade de Direito, [ilegível], além de ter sido um dos membros di júri, escolhido pelo próprio Mirabelli, e que, durante cinco sessões, esperou pacientemente pelos fenômenos, teve ocasião de presenciar uma sessão do “homem misterioso” em casa do sr. Coronel Fortunato Goulart, vendo REPRODUZIDOS no dia seguinte, no salão nobre do “Correio Paulistano”, todos os MESMOS fenômenos provocados pelo sr. Mirabelli.

Procuramos o sr. dr. Porchat em seu escritório. O eminente jurista recebeu-nos com a sua proverbial bondade.  

Expusemos-lhe, sem preâmbulos, o fim da nossa visita. 

– Acho que o sr. Mirabelli NÃO PASSA DE UM ILUSIONISTA, respondeu-nos o dr. Porchat. A experiência do lápis, que ele realizou em toda a parte e mesmo no “Correio” e não a pôde fazer depois, somente porque não lhe foi dado tocar no objeto, – é uma prova da minha afirmação.

– Mas as experiências que o dr. viu em casa do sr. coronel Goulart?

– Oh! Já lhe conto como as coisas se passaram. Na residência do sr. coronel Goulart, na noite em que lá fui, encontrei grande número de pessoas, na maioria crentes das maravilhas do sr. Mirabelli. Logo ao chegar fui informado sobre fatos maravilhosos praticados pelo espírito de um “padre diabólico”, que, na véspera, havia sacudido lustres, quebrado lâmpadas e feito tais desvarios que até, segundo me consta, o sr. coronel Goulart, receoso de maiores danos causados pelo espírito do “padre”, julgou de bom alvitre arranjar outra residência para o sr. Mirabelli. Este estava hospedado na referida casa, e, portanto, movia-se ali com liberdade, passando da sala de visitas à sala de jantar, à copa, ao escritório, etc. 

Realmente me foram mostradas certas lâmpadas ou lustres que me disseram ter sido quebradas pela alma do padre, e eu, naturalmente, me guardei em reserva para não crer nessas coisas de pronto. 

Aguardei calmamente os fenômenos que iam ser provocados pelo sr. Mirabelli, o qual se fez examinar minuciosamente, chegando mesmo a pretender despir-se, ao que todos nós nos opusemos. Colocado o sr. Mirabelli no meio da roda que todos nós formávamos, talvez umas quinze pessoas, começou ele com a série de olhares, esgares e gesticulações. E, por vezes estendendo os braços, em altas vozes exclamava estar presente o espírito de seu pai. Depois de muito tempo, declarou que seu pai queria que fosse substituída uma caixa de papelão por uma gaveta; e, imediatamente, ele próprio tirou a gaveta de uma étagère e a colocou sobre uma garrafa, em posição de equilíbrio, no lugar em que antes se achava a caixa de papelão. 

Essa gaveta foi por nós examinada, bem como todos os outros objetos, nada tendo sido encontrado que despertasse desconfiança. A despeito de muitos esforços do sr. Mirabelli, não se manifestou, durante bastante tempo, fenômeno algum. Avisou ele então que seu pai ia acender a lâmpada de luz elétrica que se encontrava na copa, a qual se achava escura. Neste lugar ele admitiu apenas três pessoas, tendo sido eu excluído, de modo que nada posso dizer quanto ao fenômeno da lâmpada, que outros dizem ter presenciado. 

Dos objetos que estavam na sala de jantar, entre os quais havia o meu lápis, que EU MESMO colocara dentro de uma garrafa, nenhum se tinha movido até então… 

– … o “espírito” não se tinha dignado a tocá-los…

– É verdade. Mas, continuemos. O sr. Mirabelli, invocando a necessidade da corrente, fez sair da sala de jantar, onde nos achávamos, um grupo dos assistentes, que foi conservado na sala de visitas, separada da de jantar por um corredor. Continuando as suas operações, NOTEI QUE O SR. MIRABELLI, POR DUAS OU TRÊS VEZES, NO MEIO DO TRABALHO, ENTRAVA NESSE CORREDOR PARA RACLAMAR CONTRA A FALTA DE SILÊNCIO entre os quais ali estavam. De uma das vezes em que voltava desse corredor, bradou que a gaveta se ia mover, e, aproximando-se da gaveta sobre a qual fez espalmar as mãos um dos nossos companheiros, chamou a atenção de todos para o canto da gaveta do LADO OPOSTO ao em que se achava. E a gaveta moveu-se, produzindo os movimentos de que já o “Correio” deu notícia. Surpreendeu-me esse movimento e eu não hesitei em assinar uma ata em que se constava o fato.

– E o sr. ficou convencido da força do sr. Mirabelli?

– Nem por isso eu me convenci de que não tivesse havido embuste. Os prestidigitadores, nos teatros e nos circos, enganam-me de modo completo; e eu, por maior atenção que dê, em geral, não lhes posso descobrir os truques. Esperei, portanto, que houvesse outras manifestações e tinha muita curiosidade de VER MOVER-SE O LÁPIS QUE EU MESMO pusera dentro de uma garrafa. Mas esse lápis nunca se moveu.

– E depois de ter visto, no salão do “Correio”, ser reproduzido o fenômeno da gaveta, qual a impressão do sr.?

– Quando vi, na redação do “Correio”, mover-se a gaveta em CONDIÇÕES SEMELHANTES às em que se deu o “fenômeno” provocado pelo sr. Mirabelli, sendo-nos depois mostrado que o movimento tinha sido produzido por UM FIO DE CABELO, QUE EU ABSOLUTAMENTE NÃO TINHA VISTO, fiquei MAIS CONVENCIDO DE QUE NÃO PODIA AGUENTAR A HIPÓTESE DE TER SIDO UM ESPÍRITO O AUTOR DO MOVIMENTO DA GAVETA na residência. do sr. coronel Goulart.  

Em suma, CINCO NOITES, e DUAS HORAS cada noite, SUPORTANDO COM PACIÊNCIA EVANGÉLICA O MARTÍRIO DE ESPERAR PELOS FENÔMENOS PROMETIDOS PELO SR. MIRABELLI, FENÔMENOS QUE NUNCA SE MANIFESTARAM, parece-me que são bastantes para eu continuar na suposição de que o sr. Mirabelli NÃO É, SE NÃO, UM ILUSIONISTA E, MAIS DO QUE ISSO, UM HOMEM CALMAMENTE AUDAZ, PORQUE TEVE A CORAGEM de prender, durante todo esse tempo, FIXAS AOS SEUS OLHARES, PESSOAS MERECEDORAS DE RESPEITO E QUE NÃO DEVERIAM SER TRATADAS DESSE MODO POR QUEM NÃO QUISESSE LUDIBRIÁ-LAS. 

O que pensa o eminente médico dr. Buena de Miranda 

[FIGURA]

DR BUENO DE MIRANDA 

Damos a seguir as impressões do ilustre cientista sr. dr. Bueno de Miranda, que, como o sr. dr. Reynaldo Porchat, fez também parte do júri, por indicação do pseudo-médium: 

“Prometendo ao “Correio Paulistano” minha impressão sobre os fenômenos atribuídos à mediunidade do sr. Carlos Mirabelli, devo confessar primeiramente que não entrarei em questões doutrinárias, pois não é o caso. 

Antes de tudo, deve-se observar os fatos ou fenômenos e as condições em que eles se produzem, para depois tirar-se uma conclusão. Quando estivermos convencidos de sua realidade, então será oportuno estudá-los.  

A. de Rochas: “Refuser de s’occuper de certais phenoménes, quand on est convaincu de leur réalité, par crainte du Qu’en dira-t-on, cest a la fois s’abaisser soi-même em montrant une faiblesse de caractere méprisabie et trahir lês intêrets de l’humanité toute entiére. Nul no sauralt em effet prévoir les conséquences d’une decouverte, quand il s’agit de forces nouveiles; celle qui, il y a cent ans, no se manifestait que par La contraction des cuisses de grenouilles suspendues au balcon de Galvani, n’est-elle point la mervellieuse source de mouvement et de lumiére qui, aujourd-hui, anime nos locomotives lês plus puissantes et illumine les cotes de nos continents?” 

Pois bem, levado um tanto pela curiosidade e mais pelo amor científico, assisti a sete sessões do sr. Mirabelli, sendo quatro na redação do “Correio Paulistano” e uma na escola de Pomologia, como membro do júri, e duas em casa do coronel Fortunato Goulart.  

As cinco sessões do júri do Correio Paulistano foram completamente brancas; o sr. Mirabelli não conseguiu retirar o lápis de dentro da garrafa.  

Em casa do coronel Goulart, na primeira sessão, depois de muito tempo, sem nada conseguir, o sr. Mirabelli pede a algumas pessoas, e entre elas eu, para passarmos á sala de visitas.  

Neste ínterim, as pessoas que ficaram na sala de jantar notaram que uma gaveta, equilibrada no bocal de uma garrafa, girara e caíra sobre a mesa. 

Sou chamado para presenciar a reprodução do fenômeno. Dizia o sr. Mirabelli que o espírito de seu pai pedia ali minha presença.  

Entro na sala de jantar e assento-me entre os assistentes. Na nossa frente estava uma longa mesa de sala de jantar, e na sua EXTREMIDADE MAIS LONGÍNQUA equilibrava-se uma gaveta sobre o bocal de uma garrafa, e um dos assistentes tinha as mãos espalmadas a uma altura de um palmo do fundo da gaveta.  

O sr. Mirabelli, à DISTÂNCIA DE MEIO METRO, ordenava que a gaveta se movesse e ela, realmente, se moveu horizontalmente; inclinou-se e caiu sobre a mesa.  

Nada posso afirmar sobre a boa ou má fé do médium, quando de um truque, pois me achava longe da gaveta. 

Devo dizer que no primeiro tempo da sessão observava atentamente todos os movimentos das mãos do médium, não tendo ele nada conseguido. Depois que fui a seu pedido, para a sala de visitas, o médium veio a esta SALA DUAS VEZES, pediu aos que estavam ali que não fumassem e fizessem corrente para dar-lhes força. Nete VAI E VEM de uma sala para outra, SEM SER ACOMPANHADO, o sr. Mirabelli, que fôra previamente examinado antes da sessão, TORNARA-SE SUSPEITO, podendo TER-SE MUNIDO DE UM FIO DE CABELO para realizar o fenômeno, donde a queda da gaveta perdeu para mim o seu VALOR CIENTÍFICO. 

Na segunda sessão, a que assisti em casa do coronel Goulart, pedi que cobrissem a mesa de jantar com uma toalha branca, e sobre ela fosse colocada a garrafa, em cujo bocal se equilibraria uma régua de um metro e pouco de comprimento, tendo um copo em cada extremidade. Sobre outra mesinha, coberta de uma toalha branca, estavam duas campainhas, uma comum e outra de pressão, e uma garrafa COM UM LÁPIS colocado por um dos assistentes. 

No primeiro tempo desta sessão não observei fenômeno algum com aqueles objetos, se bem que o sr. Mirabelli dizia estar presente o espírito de seu pai, a mostrasse esforço em produzi-lo.  

O sr. Mirabelli pede-me que vá para a sala de visitas. Passado algum tempo, sou chamado para a sala da sessão: a régua tinha-se movido e caíra com os dois copos sobre a mesa. O médium queria reproduzir o fenômeno na minha presença e pediu-me que ficasse perto da régua para bem observar. 

Examinei tudo de novo, com atenção, e conservei-me PERTO DA RÉGUA para impedir qualquer truque. O sr. Mirabelli, nas mesmas condições de há pouco, do lado de fora da sala de jantar, que tinha a porta fechada, em voz alta ordenava à régua que mexesse. Esta, entretanto, se conservou SEMPRE IMÓVEL. 

Em conclusão: SEIS VEZES que ESTIVE PERTO do lugar em que o fenômeno devia produzir-se, ele não se MOSTROU, UMA VEZ, em que ESTIVE LONGE, ELE PRODUZIU-SE. 

Eu creio, pois, como diz Grasset, “PODER CONCLUIR QUE, APESAR DOS ESFORÇOS ACUMULADOS e as CURIOSAS EXPERIÊNCIAS PUBLICADAS, a demonstração científica NÃO ESTÁ AINDA FEITA da existência dos movimentos provocados a distância, por um médium, SEM CONTATO.” 

Os FENÔMENOS de TIRAR um LÁPIS de DENTRO de uma GARRAFA, fazer MOVER UMA GAVETA sobre o bocal também de uma garrafa, e ACENDER e APAGAR uma lâmpada elétrica, vi-os com TANTA HABILIDADE realizados pelo sr. Antônio Fonseca, redator-secretário do “Correio Paulistano”, que os TOMARIA COMO SOBRENATURAIS se não soubesse que eram executados por meio do truque do fio de cabelo.” 

O “fenômeno” da gaveta 

Como os leitores devem estar lembrados, os srs. drs. Reynaldo Porchat e Bueno de Miranda, tendo presenciado o “fenômeno” da gaveta, provocado na residência do sr. coronel Fortunato Goulart, pelo sr. Carlos Mirabelli, apreciaram, no dia seguinte, o mesmo “fenômeno”, produzido na redação do “Correio Paulistano” por um dos nossos companheiros de trabalho. 

Foi então lavrada a seguinte ata, já publicada por esta folha no dia 9 do mês passado: 

Nós, abaixo assinados, reunidos na redação do “Correio Paulistano”, assistimos ao seguinte: 

Posta uma gaveta de cinco quilos em cima do gargalo de uma garrafa, em posição de equilíbrio, vimos deslocar-se essa gaveta em sentido rotativo, sem contato absolutamente nenhum com o operador, sendo que na última houve também movimento de subida e descida das extremidades da gaveta, movimento de gangorra, que terminou pela queda da mesma, queda que se estendeu igualmente à garrafa.  

A gaveta media sessenta e um centímetros de comprimento por cinqüenta e oito de largura, pesando cinco quilos. 

S. Paulo, 8 de junho de 1916. 

REYNALDO PORCHAT – Declaro ter assistido à experiência a que se refere a ata supra, em condições semelhantes a que me achava ontem à noite, na casa do sr. coronel Goulart. Depois da experiência me foi mostrado o – truque – por meio de um fio de cabelo, que eu absolutamente não tinha visto antes de me ser mostrado pelo operador. 

Em virtude do que VI na aludida casa, ontem, à noite, sendo operador o sr. Mirabelli, e do que acabo de VER,  na redação do “Correio Paulistano”, continua o meu espírito na mesma dúvida quanto à existência ou não de embuste para a produção dos fenômenos provocados por aquele sr. O meu juízo definitivo somente poderá ser manifestado, com convicção, depois de realizadas as cinco sessões, exigidas pelo “Correio Paulistano”, em uma das salas da sua redação.  

DR. BUENO DE MIRANDA, subscrevendo a declaração do dr. Reynaldo Porchat. 

NESTOR PESTANA.

MANUEL LEIROZ.

GELASIO PIMENTA.

JOSÉ ALVES DE CERQUEIRA CESAR NETTO.

ROBERTO BOTELHO.

SYLVIO DE ANDRADE MAIA.

ARISTÉO SEIXAS.

J. F. DE MELLO NOGUEIRA.

JULIO DE MESQUITA FILHO.

JOÃO ALBERTO DE SALLES FILHO.

THESEU DA COSTA NEGRAES.

W. RODRIGUES.

ANTONELLI SALLES. 

            ALCYR PORCHAT – (Declaro que esta experiência me foi feita às 4 e meia da tarde, achando-me a metro e meio de distância da referida gaveta, sendo que não percebi “truque” algum. Depois de feita a experiência, o operador demonstrou-me que a realizara com um fio de cabelo de mulher. – Alcyr de L. Porchat.) 

 A CONFERÊNCIA DO MÉDIUM TRINDADE 

Realiza-se hoje, às 16 horas, no Teatro S. José, a primeira conferência que o sr. Antônio José Trindade fará sobre “Os fenômenos do sr. Mirabelli”. 

Como foi noticiado, esta conferência é a primeira da série que aquele cavalheiro vai efetuar nesta capital. 

As frisas e camarotes serão reservadas às exmas. famílias que comparecerem. 

Para amanhã: 

O ilustre cientista dr. Eduardo Guimarães fala ao “CORREIO PAULISTANO” sobre os “fenômenos mirabéllicos” 

As impressões do distinto advogado e fino cavalheiro dr. René Thielier 

As proezas de Mirabelli em Casa Branca

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