EFCs: Tudo Ocorre no Cérebro? (2006)

Ótimo artigo que refuta a ideia de que o giro angular por si só explicaria as Experiências Fora do Corpo (EFCs). Foi publicado originalmente no Journal of Near Death Studies. Para ler o artigo, clique aqui. Muito agradeço ao Márcio pela tradução!

20 respostas a “EFCs: Tudo Ocorre no Cérebro? (2006)”

  1. BERNARDO SALGUERO Diz:

    Vitor, se voce estiver lendo isso aqui, ou quem souber, o que a codificacao espirita falava sobre homossexuais, o alan kardec tinha uma opiniao formada sobre isso ? O chico xavier parece que opinou num programa chamado ” pinga fogo ” que era um ” desarranjo ” ……..hoje esta muito em voga essa questao lgbt, e agora nessas eleicoes estao falando muito, a esquerda defende muito as pautas lgbt, mas nao me lembro o que o espiritismo kardecista fala sobre esse tema……. ja ouvi falar que e ” resgate de outra vida ” ja ouvi cada coisa desse assunto

  2. Vinicius Diz:

    Bernardo, há um livro do Chico Xavier/Emmanuel que diz (livro Vida e Sexo, capítulo 21):
     
    “O homem que abusou das faculdades
    genésicas, arruinando a existência de outras pessoas com a destruição de uniões
    construtivas e lares diversos, em muitos casos é induzido a buscar nova posição, no
    renascimento físico, em corpo morfologicamente feminino, aprendendo, em regime
    de prisão, a reajustar os próprios sentimentos, e a mulher que agiu de igual modo é
    impulsionada à reencarnação em corpo morfologicamente masculino, com idênticos
    fins. E, ainda, em muitos outros casos, Espíritos cultos e sensíveis, aspirando a
    realizar tarefas específicas na elevação de agrupamentos humanos e,
    consequentemente, na elevação de si próprios, rogam dos Instrutores da Vida Maior
    que os assistem a própria internação no campo físico, em vestimenta carnal oposta à
    estrutura psicológica pela qual transitoriamente se definem. Escolhem com isso
    viver temporariamente ocultos na armadura carnal, com o que se garantem contra
    arrastamentos irreversíveis, no mundo afetivo, de maneira a perseverarem, sem
    maiores dificuldades, nos objetivos que abraçam.”

  3. Bernardo amorim salguero Diz:

    Obrigado, vinicius, esse e um tema muito falado hoje, seja por influencia das novelas ou ate politica, o governo atual e muito conservador, ligado a evangelicos neo pentecostais que sao contra os lgbts………….vai ser assunto da eleicao esse ano, nunca soube desse trecho do chico xavier, se presta a varias interpretacoes, bem curioso…………perguntei tambem por que tenho familia evangelica e ja sou visto como um ” celerado ” por gostar de ideias espiritas e nao hostilizar os lgbts

  4. Vinicius Diz:

    Sim, entendo que Chico enxergava como uma espécie de “punição”. Há outros que não me lembro agora em que é sugerido ao menos indiretamente que homossexuais evitem pratica sexual e usem a energia sublimada para trabalhos voluntários.
     
    Tem um do Professor Carlos Imbassahy “a bioenergia no campo do espírito” https://www.skoob.com.br/a-bioenergia-no-campo-do-espirito-357040ed401140.html em que o autor discorda de que fulano tenha de ser homossexual , isto é, se o individuo nasceu homem tem que “forçar a ser homem” .

  5. Vinicius Diz:

    Aliás Carlos Imbassahy , em alguns blogs, opina que Chico esteja “purgando” o homossexualismo dele e não está em ambientes como o “Nosso Lar” , por exemplo.
    Não sei se conhece o Imbassahy. Acho que Vitor conhece.

  6. Vitor Diz:

    O Imbassahy já fez parte de um grupo de discussão meu. Depois saiu após ter sido confrontado por um dos participantes – que também saiu. O Imbassahy ainda é vivo?

  7. Vinicius Diz:

    religiões são feitas por pessoas. Creia-me: no local onde frequentava pode-se ir vestido como quiser.
    A esposa de um cara foi com as costas ” a mostra” e uma amiga nossa, voluntária da federação a reprendeu ao pé do ouvido.
     
    O marido (meu amigo por sinal) ficou indignado, disse que a senhora trouxe o obscurantismo católico para lá, enfim.
     
    A voluntária, uma senhora de seus 60 anos, chorou demais, mas a direção chamou a atenção dela e discordou de sua atitude.
     
    Na federação espírita que eu ia nunca impediram LGBTs de entrar, assistir palestra, não repreendem e são muito bem assistidos, como todos . Geralmente em Igrejas, pelo menos as que conheço, não aceitam nem a entrada deles “caracterizados” (falo dos trans).

  8. Vinicius Diz:

    Imbassahy está sumido. Não responde mensagens do face e não tem postado.

  9. BERNARDO SALGUERO Diz:

    Rapaz, com as leis lgbts que tem hoje, esse carlos imbassahy levaria um processo, dizendo que o ” cara que nasceu homem tem que forcar a ser homem ” ia ser acusado de ultra conservador e transfobico……..pensei que esse senhor ja era falecido…..voce fala de centro espirita, na igreja evangelica que minha familia frequenta homossexual nao e permitido, nem existe salvacao para eles…..homossexual nao vai para o ceu, dizem eles………o curioso e que eu conheci tanto heterossexual, que so gosta de mulher, canalha, hipocrita, fingido, ladrao, picareta, dissimulado……….mas se for homossexual nao vai para o ceu……que maravilhoso que na federacao espirita eles sao acolhidos e respeitados, isso me parece mais cristao que nas igrejas evangelicas………..como dizia uma conhecida minha : eu vejo carater e nao opcao sexual das pessoas……..alias, na igreja evangelica pentecostal qualquer coisa diferente deles nao vai para o ceu, inclusive voce ser amigo de espiritas e umbandistas

  10. Tomas Sanchez Diz:

    Que bom que o blog voltou.
    Queria saber onde está o Marciano? Como ele é carioca igual a mim e trocamos várias ideais há algum tempo, fiquei preocupado porque não voltou a comentar no blog.

  11. Vitor Diz:

    O Marciano não foi expulso, mas por divergências políticas entre mim e ele acabou se afastando.

  12. João Diz:

    Oi, Vitor. Eu nunca comentei isso aqui no blog, mas sou portador de esquizofrenia. Dado todo esse conhecimento que você tem sobre esses fenômenos ditos “paranormais”, você acha que existe alguma influência desse tipo de fenômeno na esquizofrenia? Ou você pensa que a neurociência e psiquiatria materialista explicam esse transtorno mental de forma satisfatória e completa?

  13. Vitor Diz:

    Oi, João

    Vou pedir a um especialista, o Everton Maraldi, responder isso pra você, ok? Como eu não sou da área médica, prefiro não me arriscar. Já mandei mensagem pra ele, espero que ele responda hj ainda, veremos. Qualquer coisa pode escrever de novo.

  14. Vitor Diz:

    Oi, João

    O Everton me mandou 2 áudios, eu transcrevi o que julgo ser essencial. Cortei algumas coisas porque senão só meia noite eu terminava de transcrever:

     

    “É uma questão complexa. Não existe uma resposta simples. Em experimentos que foram feitos pra aferir a habilidade psi de pessoas que possuem algum tipo de psicose (a esquizofrenia está dentro da categoria das psicoses, dos transtornos psicóticos, que é onde você tem algum comprometimento da relação da pessoa com a realidade.) Geralmente você tem um comprometimento social, ocupacional, que atrapalha a pessoa no trabalho dela, no dia a dia dela, no cotidiano dela, nas relações interpessoais dela e causa sofrimento. Então tem uma série de critérios que existem para a gente poder classificar como transtorno mental. Você até pode ter experiências anômalas negativas mas isso não significa necessariamente que você tem um transtorno mental. Mas uma pessoa que tem esquizofrenia, que recebeu esse diagnóstico, o médico psiquiatra ou psicólogo para chegar a essa conclusão tem de cumprir alguns critérios.
     
    Existem estudos que tentaram testar a habilidade psi de pessoas com transtorno psicótico. Isso é antigo, desde a época do Rhine já se discutia essas coisas. Várias pesquisas foram feitas ao longo do tempo tentando verificar se pessoas que tem algum tipo de transtorno psicótico apresentariam resultado superior em testes de percepção extrassensorial. E a conclusão geral que se chega de muitas dessas pesquisas é que não. Embora essas pessoas geralmente relatem experiências telepáticas ou precognitivas, nos testes elas têm um desempenho dentro do esperado pelo acaso, nada acima do normal, no mínimo comparável à da população não clínica, de alguém que não tem transtorno mental, que não foi diagnosticado. Então não parece haver nada especial em relação às psicoses com relação a psi em si.
     
    Agora, existem discussões de até que ponto essas experiências não revelariam aspectos da realidade que os místicos, por exemplo, os médiuns acessariam dentro de um certo controle, mantendo uma adaptação frente à socieidade. Então alguns autores vão dizer que o místico, o médium e o psicótico nadam nas mesmas águas, mas enquanto o psicótico se afunda, o místico e o médium conseguem navegar nisso de uma forma controlada.
     
    Freud em “A Psicopatologia da Vida Cotidiana” fala que o paranóico não é que ele só ache que alguém está perseguindo ele, por exemplo, está no metrô, e acha que alguém está olhando para ele porque é de uma agência secreta que quer pegar ele pra fazer alguma coisa, etc. parece que é um delírio, uma construção fantasiosa, mas o Freud vai dizer que há uma base de realidade no meio dessa fantasia, desse processo patológico, que o psicótico captaria de alguma forma. Ele captaria alguma intenção da pessoa, só que aquilo entra num delírio, entra numa fantasia mais ampla, que não tem conexão muito com as coisas, com a realidade. Então ele já reconhecia que pode haver um elemento de veracidade nisso. Então é uma questão complexa. Agora temos de tomar cuidado para não romantizar transtorno mental, que a pessoa estaria acessando outra realidade, porque tem muito sofrimento, tem muita desadaptação social, mas pode ser que no meio de tudo isso tenha alguma coisa verídica. Agora como achar isso, como identificar, se é realmente assim ou não, aí é outra história.
     
    Talvez seja importante também considerar que assim, geralmente quando você pega uma experiência telepática, como aquelas que você tem nos experimentos parapsicólogos clássicos, ou então que as pessoas relatam no dia a dia, no cotidiano, nessas pesquisas, nos levantamentos, surveys que o pessoal faz populacionais, tem uma diferença entre essas experiências e aquelas que os psicóticos relatam. Um psicótico pode relatar também uma experiência telepática, só que ela vai vir misturada com alguma outra coisa, ela pode falar que colocaram um rádio dentro da cabeça dela e agora as pessoas têm acesso aos pensamentos dela. Isso é muito comum, esses delírios de referência que a gente chama na psicose, que tudo gira em torno da pessoa. Então se alguém olha pra ela é porque essa pessoa quer matar ela, se estão falando ou cochichando é porque é dela que estão cochichando. Às vezes é alguma coisa que qualquer um de nós pode ter mas o psicótico tem em um grau mais elevado, essas idéias de referência, e às vezes vem com essas fantasias de que colocaram um chip na cabeça dela, um rádio, tem um componente delirante, já não é só uma coisa de “eu sonhei com alguma coisa que aconteceu”. Na telepatia por telefone, igual o Sheldrake estudava, você estava pensando na pessoa e ela te liga, você tem algum juízo crítico, quer dizer, você estava pensando e aconteceu um fato que bateu com aquilo. O psicótico às vezes não tem nada que justifique aquilo, é uma coisa muito idiossincrática, então tem algumas diferenças. Às vezes o que é uma experiência telepática pra essa pessoa não é a mesma coisa pra uma outra pessoa, então tudo isso deve ser levado em conta. Existem em alguns casos algumas diferenças fenomenológicas importantes.”

  15. João Diz:

    Vitor, gostaria da sua opinião

    Vou relatar uma experiência um pouco estranha que eu tenho às vezes. Só para ressaltar que em momento algum estou atribuindo existência objetiva a essa experiência, é só uma experiência. Bom, às vezes, quando estou meditando e entro em um estado relativamente relaxado, sinto como se fosse um “fluido” sutil ao redor da minha cabeça, eu consigo fazer esse suposto fluido pulsar e oscilar se eu quiser. Eu adoraria entrar em uma máquina de imagem cerebral pra ver o que acontece com o meu cérebro quando sinto isso. Penso que alguém que tivesse alguma crença espiritualista/mística atribuiria essa experiência à tal da suposta “aura”. O que você pensa que seria isso, Vitor? Coisa da minha cabeça?

  16. Vitor Diz:

    Oi, João

    Eu não pensei em aura não, me pareceu um ectoplasma sutil…eu tenho sérias dúvidas da existência de ectoplasma, mas foi a primeira coisa que me veio à cabeça rs. E sim, seria muito interessante se você pudesse estar numa máquina dessas de escaneamento cerebral durante o fenômeno. Será que não tem algum centro de pesquisa sério perto de vc?

  17. João Diz:

    Sou de Santa Catarina, frequentemente passo as férias em Florianópolis. O problema é que não tenho controle total do fenômeno

  18. Vitor Diz:

    Oi, João
    O mais próximo que conheço é o Instituto NeuroPsi, em Curitiba, no Paraná. O Fábio Eduardo da Silva é que comanda lá. Ele tem Linkedin e acho que outras redes sociais também caso queira falar com ele!

    Abs!

  19. Luiz Manvi Diz:

    João, embora seja longe de você, o Dr. Alexander Moreira, que é um psiquiatra que realiza pesquisas acadêmicas sobre Espiritualidade, do NUPES (da Universidade Federal de Juiz de Fora), talvez se interesse pelo seu caso e possa te ajudar, inclusive sobre a questão de conseguir estudar a imagem cerebral. Apesar da distância, pode ser que valha a pena tentar o contato.

  20. Marcos Arduin Diz:

    O Carlos Imbassahy, bom escritor espírita e muito coerente, já faleceu (em 1969). O filho dele, Carlos de Brito Imbassahy, é extremamente sensível, ofende-se muito facilmente, mesmo que o interlocutor nem tenha essa intenção. Num debate, o debatedor falou-se sobre ser entendido (quanto ao assunto Espiritismo) e ele saiu imediatamente puto da vida, pois achou que estava sendo chamado de bicha… Escreveu alguns livros bons, mas só conheço alguns.

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