Caso Fantástico na Arqueologia: A Localização e Reconstrução de uma Estrutura Bizantina em Marea, Egito, Incluindo uma Comparação entre o Sensor Remoto Eletrônico e a Visão Remota (1980)
Este artigo relata a localização e reconstrução de uma estrutura bizantina na cidade agora enterrada de Marea ao longo das margens do Lago Maryut, cerca de 44 km a sudoeste de Alexandria, Egito. Antigo centro de comércio faraônico habitado até o século XVI, a cidade há muito foi abandonada e jaz enterrada ao redor do que anteriormente era a margem de um lago. Este artigo trata de uma experiência de Visão Remota aplicada em que foi solicitado a dois Observadores Remotos que primeiro localizassem Marea, depois um edifício enterrado dentro da cidade e, finalmente, que descrevessem o que seria achado dentro do edifício selecionado, com uma ênfase particular nos azulejos e outros materiais decorativos. Também inclui uma comparação dos dados de Visão Remota com os do sensor remoto eletrônico, e dados geográficos para a mesma área coletados de modo independente três anos antes. A comparação é notável, porque enquanto os Observadores Remotos puderam com êxito localizar um edifício, inclusive demarcando sua entrada e extremidades, bem como fornecer uma abundância de material reconstrutivo e descritivo sobre o que seria achado no sítio, o sensor remoto eletrônico e a análise geográfica não produziram qualquer sugestão de que havia um sítio neste local. Por esta razão, antes da descoberta, muito dos dados de Visão Remota pareciam extremamente improváveis, e de forma notável contradiziam a opinião de um arqueólogo considerado pela Universidade de Alexandria como a principal autoridade quando o assunto era a cidade de Marea.
Stephan A. Schwartz – O Grupo Mobius
1 – Introdução
Embora Marea estivesse ocupada e fosse um centro de comércio até o final do século XVI, hoje jaz escondida embaixo de um deserto de colinas baixas e semi-áridas, cerca de 44 km a sudoeste de Alexandria, Egito.[1] Estudos arqueológicos anteriores revelaram pouco além de um grupo de fundações que sugere o seu passado. No entanto, houve um tempo em que essa cidade prosperou, e que era a capital regional quando Alexander fundou Alexandria em 331 AEC. O nome Marea pode ter origem na palavra faraônica Per-Mert, que significa: terra próxima ao lago.[2] Se for isso, era um nome perfeito para uma cidade com belos edifícios públicos feitos de mármore, em meio à brisa vinda da margem cheia de pássaros e emoldurada por juncos do lago Maryut. Tanto o lago como a cidade — o primeiro agora vastamente diminuído, fortemente alcalino, e de profundidade não superior a quatro pés em qualquer ponto, a outra abandonada e enterrada — ainda possui um certo encanto, principalmente no início da noite.
O lago servia tanto como uma fonte de alimento, um meio de transporte, e um local de lazer, e a cidade foi idealmente posicionada como um ponto de descanso para viajantes subindo e descendo o país. O ar fresco, o clima quente e a beleza, tanto natural quanto construída, recomendavam Marea como uma atração turística. Havia também um próspero distrito comercial, e Strabo descreve vários canais que escoavam no lago cavado para facilitar esses negócios.[3] O Rio Shediya, que tem como origem o Rio Nilo em Memphis, também desaguava nele, e o acesso ao Mediterrâneo se dava via um canal que cruzava o que se tornou o Porto Ocidental de Alexandria.
Strabo diz que os vinhos comerciais da área eram “tão bons que o vinho mareótico foi armazenado visando sua maturação”.[4] As colheitas realmente devem ter sido notáveis porque quase 300 anos mais tarde, Athenaeus repetiria as palavras de Strabo dizendo: “O vinho mareotiano . . . é excelente, é branco e agradável, perfumado, facilmente assimilado. . . .”[5]
Embora fazer vinho fosse somente uma das atividades da área. As autoridades do passado também exaltavam as qualidades do azeite, peixe, papiro e frutas da região do lago. Entretanto, talvez o mais famoso de tudo — junto com os vinhos — fosse a produção de vidros soprados à mão da cidade. Um método tão delicado que restaram poucos exemplares intactos, e o vidro mareotiano está entre as posses mais apreciadas do Museu Greco-Romano de Alexandria.
Embora comércio e lazer fossem suas principais contribuições, Marea também exerceu um papel político e estratégico na história egípcia antiga. Tanto Herodotus como Thucydides discutem-no em alguma extensão. Herodotus fala de Marea como sendo um povoado de guarnição durante o reino do Faraó Psamtic I (664–610 AEC), e indica que esta ainda teve uma função estratégica quando estava sob o poder dos persas em seu tempo (450 AEC).[6]
Ao menos duas alegações reais foram feitas em Marea. De acordo com Diodorus, Amasis (575–526 AEC) derrotou o Faraó Apries e assumiu seu manto em Marea.[7] Logo depois, em 525 AEC, o neto de Amasis, Inaros, proclamou-se rei em Marea, e usou a cidade como seu quartel general enquanto lutava contra os persas sob o comando dos Cambyses.[8]
2 – Arqueologia
O trabalho arqueológico anterior relacionado a Marea é muito limitado. Começa com Mahmoud Bey, conhecido casualmente como “El Falaki” (“o Engenheiro”), um astrônomo no governo de Khedival. Embora tenha sido uma figura muito problemática, ele executou uma das primeiras explorações arqueológicas sistemáticas de Alexandria num tempo em que muito do que era antigo ainda permanecia relativamente intacto. Seu relatório de escavação da metade do século XIX descreve muito mais do que hoje é visível.[9] Mais de meio século depois, Breccia, o primeiro arqueólogo moderno, examinou a área, e sua descrição sugere o quanto já tinha desaparecido.[10] Fraser, ao publicar um século depois de El Falaki, aborda Marea, tanto no seu texto quanto em suas numerosas e ricas anotações, mas a essa altura havia pouco a ser visto.[11] É o trabalho de Sadek, no entanto, o que mais nos interessa aqui, porque sua pesquisa é a razão pela qual empreendemos a experiência de Marea.
De 16 de novembro a meados de dezembro — apenas três anos antes do trabalho apresentado neste relatório — Sadek e a sua equipe da Universidade de Gelph procuraram “o contorno da costa, promontório e sul até o fim dos restos visíveis,” procurando evidências de estruturas enterradas previamente desconhecidas. Foi um trabalho metódico, que fez uso das últimas tecnologias de sensor remoto eletrônicas, e metodologias de rastreamento, inclusive fotografia aérea, pesquisa topográfica e, o mais importante, magnetômetros de precessão de próton.[12] Medidas foram registradas numa rede de quatro metros, 800 metros de comprimento por 100 metros de largura.[13] Partes transversais “foram feitas ao longo de linhas paralelas à margem do lago de oeste a leste, em intervalos de quatro metros, e leituras foram feitas a cada quatro metros ao longo das partes transversais.”[14] Um plano foi produzido, o que indicou que este trabalho deve ter resultado na descoberta de “ uma alta concentração de superfícies estruturais submarinas no promontório e perto do cais, provavelmente indicando o centro da cidade e provável existência… de armazéns e fábricas.”[15] (ver Ilustração 1).
Ilustração 1. M. Sadek vasculhou a área três anos antes do trabalho do grupo Mobius usando uma variedade de tecnologias de sensores remotos eletrônicos e descobriu várias construções, mas nada no sítio selecionado por visão remota.
O que era mais interessante a Sadek era “o padrão da rede de ruas que se espalhavam de norte a sul sendo cortadas por outras ruas de oeste a leste”.[16] Um projeto de rede deste tipo era raro nas épocas faraônicas (Sesostri II e Tell El Camarna, como Sadek observa) e era aparentemente constante em todas as subseqüentes habitações. Sadek informa que sua exploração feita com o uso do magnetômetro não produziu nenhum arranjo que não se adequou à rede, e “há uma grande probabilidade de que este último nível de ocupação tenha sido feito sobre assentamentos anteriores.”[17] O relatório conclui que “é improvável que reste algo das estruturas além das fundações.”[18]
Nós estávamos interessados no que Sadek achou, mas estávamos ainda mais interessados no que ele não achou na sua cuidadosa busca.
3 – Comparação entre os dados do sensor remoto eletrônico e os da visão remota
Um dos objetivos de pesquisa do trabalho de campo de Mobius no Egito era uma comparação entre a Visão Remota e o sensor remoto eletrônico. O trabalho de Sadek de 1976 ofereceu exatamente a série de dados comparativos que nós precisávamos para efetuar tal comparação.
Seu relatório forneceu uma fonte completamente independente para medir os dados de Visão Remota e, assim, fez de Marea um local ideal para a nossa experiência. Aqui estava um local de importância suficiente em que uma história de seu passado claramente detalhada tinha sido registrada, uma história que podia ser comparada com o material reconstrutivo produzido pelos Observadores Remotos. Ainda assim, era obscura o suficiente para ser desconhecida por todos exceto por alguns arqueólogos.
Além disso, Marea era uma área arqueológica semi-ativa sob a supervisão da Universidade de Alexandria. Sendo assim, uma descrição histórica e arqueológica atualizada da cidade estava disponível, assim como uma definição clara do que não era conhecido. De modo que podíamos começar com um problema definido, e estarmos seguros de que condições triplo-cegas verdadeiras existiam — ninguém sabia as respostas corretas, e somente a escavação podia revelar a exatidão das mesmas — o que era consenso entre todas as pessoas envolvidas no trabalho em questão. Uma delineação clara entre os resultados obtidos pela utilização da Visão Remota e do Sensor Remoto Eletrônico podia ser estabelecida, e seria relativamente fácil isolar os dados verificáveis reconstrutivos obtidos pela Visão Remota que eram anteriormente desconhecidos.
4 – Visão remota
Visão remota é a demonstrada capacidade que alguns indivíduos demonstram de descrever pessoas, lugares, ou acontecimentos aos quais eles não têm acesso por questões de espaço, tempo, e protocolos de “cegueira”. Estes indivíduos demonstram essa capacidade de forma bastante semelhante à que uma testemunha ocular faria. Todos os seus sentidos estão envolvidos; isto é, eles podem responder perguntas que envolvem aromas, sons, cores, formas, texturas, e até mesmo sabores. O mecanismo desta percepção é desconhecido. A tarefa do pesquisador é estruturar a sessão de entrevista de tal forma que os estímulos sensoriais normais estejam ausentes, e o acesso intelectual seja eliminado. O pesquisador envolvido em um experimento de Percepção Remota aplicada tal como este está cego quanto à informação correta; de fato, por definição, todo mundo está, e essa é a razão pela qual as perguntas estão sendo feitas. Embora este processo possa parecer inusitado, na verdade os pesquisadores se defrontam basicamente com a apresentação singular de um problema familiar de engenharia: procurar um sinal fraco enterrado em ruído. No caso de um sonar de varredura lateral, o “ruído” é matéria em forma de partículas na água, cardumes de peixe e coisas do gênero; neste exemplo, a percepção sensorial normal e o conhecimento prévio constituem o “ruído”.
A pesquisa de laboratório mais relevante para o trabalho informado neste artigo foi a realizada por Puthoff e Targ,[19] no SRI Internacional; a pesquisa foi subseqüentemente replicada por outros, mais notavelmente por Schlitz e Grober.[20]
O uso da Visão Remota na arqueologia adentra a literatura há 75 anos com as explorações da Catedral de Glastonbury na Inglaterra[21] e continua (embora raramente) a emergir periodicamente na pesquisa variando desde o trabalho de Poniatowski na Polônia,[22] Scott-Elliot na Inglaterra,[23] Pluznikov na União Soviética,[24] Weiant com Smithsonian em Tres Zapotes[25] e Reid nos sítios de índios Iroquois de Ontário (que usou George McMullen, R3, que também participou do projeto Marea).[26] Toda esta exploração, no entanto, foi feita com ênfase muito pequena em manter um protocolo controlado com cegueira adequada. O mais importante de todo o trabalho dependeu dos dados de um único Observador Remoto.
Em 1976, o autor começou a desenvolver uma metodologia consensual usando múltiplos respondentes que independente e individualmente respondiam às mesmas perguntas — em condições de cegueira intelectual e sensorial. A cada um foi pedido a localização de sítios arqueológicos, a descrição da geografia da superfície, e a descrição da subsuperfície, ou materiais submersos, que pudessem ser achados nesse sítio. Esta abordagem da equipe foi projetada para ajudar a melhorar a relação sinal-ruído anteriormente descrita. Os Observadores Remotos são, funcionalmente, os instrumentos das pesquisas, e usar mais de um no mesmo local é o equivalente a ter múltiplos sensores eletrônicos — reconhecimento de satélite, e varreduras por magnetômetro, por exemplo — descrevendo uma área e então definindo coletivamente o que existe nela.
O primeiro uso desta metodologia consensual em arqueologia submersa é identificado no relatório de uma série de experiências feitas em 1977, utilizando o submersível de pesquisa Taurus I. O programa foi conduzido pelo Grupo Mobius junto com o Instituto para Estudos Marinhos e Costeiros da Universidade da Califórnia do Sul. Conhecido como Projeto Deep Quest, este projeto de campo demonstrou que Observadores Remotos podiam descrever em detalhes, apesar de distâncias de até
Naquele caso, a Visão Remota pôde fornecer com êxito tanto a localização quanto especificidades sobre o que seria achado, uma descrição exata do local (inclusive desenhos), a causa do naufrágio do navio e o período aproximado em que o desastre ocorreu. Todos os pontos foram corroborados pela pesquisa de campo, revisão de literatura, e análises feitas por peritos.[28]
5 – Pessoal
Para executar este programa de pesquisa, seis equipes foram montadas, sendo que cada uma delas tornou-se responsável por um aspecto da pesquisa. As equipes de especialistas eram:
1.) Equipe Histórica/Arqueológica: Fawzi Fakharani, arqueólogo, Departamento de Civilizações Clássicas, Faculdade de Artes, Universidade de Alexandria; e Mieczyslaw Rodziewicz, arqueólogo, Diretor, Universidade de Varsóvia Missão Arqueológica em Alexandria.
2.) Equipe de Pesquisa de Visão Remota: Stephan A. Schwartz, parapsicólogo, Mobius; Beverly Humphrey, parapsicólogo, SRI; e Kathi Peoples, equipe de apoio Mobius.
3.) Observadores Remotos: Os dois Observadores Remotos levados ao Egito eram McMullen, R3, e Hella Hammid, R5. Somente McMullen tinha experiência em arqueologia, tendo trabalhado durante alguns anos com o Professor J. Norman Emerson do Departamento de Antropologia da Universidade de Toronto, e seu estudante Reid.[29]
Nenhum dos Observadores jamais havia estado em Marea, e eles informaram que sequer sabiam de sua existência. Até serem questionados sobre Marea eles não tiveram qualquer indicação de que iriam para lá. Ambos os Observadores estavam “cegos” às perguntas antes que estas lhes fossem apresentadas, de fato, sequer sabiam que o projeto iria acontecer no Egito. Mesmo que eles estivessem trabalhando com arqueólogos, e especialistas em Alexandria, isso não teria importado, pois as perguntas eram, por protocolo, fora do corpo de conhecimento.
4.) Equipe de Arquivos e Registros: Catherine Dees, historiadora; Kay Croissant, historiador; Karen Winters, diário de campo; David Keith, ilustrador; e Jacqueline Kendall, equipe de apoio.
5.) Equipe de Fotografia: Glenn Winters, câmera um; Bradley Boatman, câmera dois; Karen Winters, fotografia; e Kathi Peoples — assistente de câmera.
6.) Equipe de áudio: Sunny Meyers, áudio-filme; Osama Salama, áudio-filme; Stephan Schwartz, entrevistas.
As Equipes de Fotografia e Áudio foram estabelecidas de modo que um registro incontestável audiovisual em tempo real de cada aspecto da experiência pudesse ser feito.
6 – Protocolo
Nosso plano inicial tinha sido seguir o nosso protocolo normal como foi previamente informado.[30] No entanto, provou-se impossível achar mapas detalhados o suficiente nos Estados Unidos para executar o esquadrinhamento normal do mapa pré-expedição. Uma vez no Egito, uma procura por mapas de Marea, no escritório de mapas do governo, finalmente revelou um único mapa em árabe: Kreir, que pelo menos localizava Marea, embora o sítio nesta escala cobrisse menos do que um centímetro, e fosse inútil para o trabalho de localização. (Ver Ilustração 2) No dia 10 de abril 1979, McMullen, R3, e Hammid, R5, receberam cada um uma fotocópia do mapa (feitas para remover as cores que poderiam, inadvertidamente, fornecer pistas) e foram instruídos a registrar quaisquer impressões sobre o mapa. Mais tarde, no mesmo dia, cada um foi entrevistado independentemente, mas àquela altura ainda não havia sido desenvolvido nada que pudesse ser verificado. Cada um deles simplesmente informou um sentido geral de construções relacionadas às várias e diversas culturas e períodos históricos.
Ilustração 2: Antes de visitar o local uma fotocópia, como esta, de um mapa do governo egípcio foi dada a cada Observador Remoto. Todas as cores foram removidas para evitar pistas. Os topônimos não eram um problema já que a maioria estava em árabe, língua que nenhum observador lê ou fala. Infelizmente, a escala do mapa o tornou inútil para o trabalho de localização.
Cedo, na manhã de 11 de abril de 1979, os dois Observadores Remotos foram colocados em carros separados, acompanhados por um membro da Equipe de Pesquisa de Visão Remota. Seguindo decisões previamente tomadas, Fakharani, acompanhado por um estudante graduado na função de assistente, foi isolado dos Observadores Remotos nesta fase e viajou no próprio carro. Os carros, guiados por Fakharani, se deslocaram em uma caravana até às 8h30min, quando todos pararam num local escolhido por Fakharani. Embora a localização exata fosse desconhecida para nós, havia um pré-acordo de que a parada seria ao menos a
Durante o caminho de carro, Hammid, R5, sem que alguém lhe solicitasse, relatou impressões relacionadas a um túmulo e um mosaico.[31] McMullen, viajando no seu carro, nada disse sobre a experiência.
Ao chegar ao ponto de encontro, o autor decidiu que Hammid devia esperar com Humphrey, enquanto ele e McMullen faziam a primeira tentativa de localização. Depois que tinham partido, McMullen recebeu os seguintes desafios por Fakharani:
A. Localizar a cidade antiga de Marea: ela está em algum lugar dentro de uma área de cerca de
B. Dentro do edifício escolhido, localizar as paredes, as janelas, as portas, e a profundidade em que o chão seria encontrado.
C. Descrever quaisquer artefatos ou condições que seriam encontrados dentro do edifício.
Ilustração 3: Colocado a quilômetros de um sítio que ninguém de Mobius jamais tinha visto, McMullen ainda pareceu ser capaz de se orientar.
Com esses desafios, McMullen, acompanhado apenas pelo autor, carregando um gravador, e seguido por uma das duas equipes de filmagem, liderou a expedição no deserto. (Ver Ilustração 3)
Fakharani e seu assistente graduado ficaram sozinhos e mantiveram-se a uma certa distância.
Pelas próximas várias horas, McMullen andou rapidamente ao longo da crista da montanha, ocasionalmente descendo um pouco pela encosta. Como era típico de McMullen quando estava no estado alterado em que ele produzia observações de visão remota, nem a temperatura superior a 38° C (100º F), nem o vento forte junto com areia pungente e as picadas de insetos o detinham. De fato, enquanto andava, o seu forte mancar desapareceu e ele ficou mais animado, continuando um monólogo ininterrupto no qual ele descreveu um “Bexonine… a cultura de assaltantes ameaçadores… povo que viveu à custa das conquistas das pessoas de antigamente.”[32]
A maioria das revelações ou não era testável, ou era indefensável contra a crítica de alguma fonte costumeira. Finalmente, McMullen parou e disse, com ênfase considerável, “Okay, eu sei aonde quero ir”.[33]
Ilustração 4: Sem jamais tê-lo visto, McMullen, à esquerda, esboçou com precisão o sítio para Fakharani, ao centro, e para o autor, à direita.
McMullen e o autor então andaram de volta para onde Fakharani e o seu assistente os esperavam, ao ajoelhar-se na areia, McMullen esboçou um contorno de Marea tal como é hoje, e descreveu para Fakharani onde a escavação da Universidade de Alexandria estava localizada, e a aparência desta área.[34] (Ver Ilustração 4) Fakharani reconheceu, em filme, a exatidão da descrição.[35]
Os carros foram trazidos, e o grupo então dirigiu aproximadamente 8 km ao sítio de Marea. Na chegada, e durante a hora seguinte, enquanto ele andava seguido pelo câmera e pela equipe de som, McMullen forneceu ao Fakharani e ao autor uma reconstrução da cidade.
Muito do material pertencia a cenas específicas e indivíduos da Marea antiga, e era inerentemente não testável. Mas muito era também bastante específico e testável. McMullen, por exemplo, localizou vários novos sítios. Uma vez que estes estavam perto de áreas existentes de trabalho de escavação, eles simplesmente foram registrados por Fakharani para investigação subseqüente.[36]
McMullen foi cobrado outra vez por Fakharani para “localizar um edifício importante — um com azulejos, afresco ou mosaico — que pudesse ser considerado representativo. Cabe a você me dizer onde cavar”. Havia sido acordado anteriormente que apenas um local totalmente desconhecido seria avaliado no contexto desta experiência particular.[37]
Sem hesitação, McMullen prosseguiu subindo uma colina no lado sul da estrada antiga. Uma vez lá ele:
A. Esboçou rapidamente o contorno de um edifício com vários aposentos e declarou que a área descrita era somente uma parte de um complexo maior.[38]
B. Localizou paredes, uma entrada e os limites da estrutura.[39]
C. Indicou que a cultura que tinha construído este edifício era bizantina.[40]
D. Descreveu a provável profundidade dos topos das paredes como sendo de aproximadamente “três pés”. (.91 m).
E. Indicou que haveria escombros (jogados lá depois de serem retirados de uma estrutura diferente).[41]
F. Disse que uma parede, a oeste, teria azulejos.[42]
G. Explicou a cultura ou culturas, que tinham construído ou modificado o edifício, e discorreu sobre o fato do local ter sido posteriormente usado para armazenamento.[43]
H. Sentiu que encontraríamos “um chão” da estrutura de aproximadamente “seis a dez” pés (1,8 m – 3 m), embora confessasse — um tanto aflito — “eu não posso ver o chão”.[44]
I. Disse que várias cores seriam associadas ao local, mas sentiu que a verde era a mais predominante, já que a percebia mais fortemente.[45]
Com estes dados de Visão Remota filmados e registrados, a primeira sessão de Visão Remota em Marea acabou, e McMullen foi levado de carro para longe do sítio.
Ilustração 5: Hammid, usando chapéu, sentada no alto, descreveu uma coluna ou pilar estranho enterrado embaixo dela. Observe duas câmeras registrando a cena.
A próxima etapa pedia uma repetição do processo inteiro de localização, inclusive levar Hammid de volta ao ponto inicial, onde McMullen tinha começado, para estabelecer o local de um sítio. No entanto, uma vez que ela tinha esperado por mais de quatro horas em altas temperaturas e sob a forte luz do sol do deserto e se sentia doente — embora ainda disposta a tentar a Visão Remota — foi decidido trazê-la diretamente a Marea. Uma vez no local, ela foi levada à área geral do sítio e instruída simplesmente a olhar para baixo, para o chão e descrever o que ela via. Aqui outra vez, a ênfase de Fakharani estava em localizar um edifício com decorações dentro dele. Não havia nenhuma evidência no local que lhe desse pistas sobre as observações de McMullen, e nada lhe foi dito sobre elas. Depois de andar por alguns momentos, Hammid se dirigiu à mesma área previamente selecionada por McMullen e sentou-se, acompanhada pelo autor. (Ver Ilustração 5) Quase imediatamente ela começou a descrever:
A. Paredes.[46]
B. Uma sensação de várias cores, mas especialmente “verde”.[47]
C. “Azulejos” — talvez “verde… nas paredes.[48]
D. “Uma extremidade ao noroeste” que ela esboçou.[49]
E. Uma sensação de que havia “um banheiro, algo relacionado a banhos e lavagens”.[50]
F. Um chão de azulejos de mosaico, que eram feitos de “uma pedra polida lisa, talvez mármore, colorida” que ela via como “se tivessem sidos aplicados de modo a formar um padrão”.[51]
G. Uma sensação de que esse era um edifício importante.[52]
H. Uma sensação de que o edifício embaixo dela tinha “mais de um aposento”.[53]
I. Sua percepção mais forte era sobre um pequeno “aposento, uma espécie de alcova” contendo o que se parecia com uma “coluna ou estátua quebrada… alguma coisa redonda… e isolada… mas incompleta”.[54]
Ilustração 6: De modo que não houvesse nenhuma incerteza quanto aos dizeres dos Observadores Remotos sobre onde exatamente a escavação deveria ser localizada, assim como para fixar a localização dos cantos e da porta de entrada, McMullen, à esquerda, guiou a colocação de estacas de madeira.
Ao fim de sua sessão de Visão Remota, Hammid disse que ela se sentia muito abatida pelo calor e sol, e pediu para ser levada ao hotel em Alexandria. Depois que ela partiu McMullen, que nada sabia de sua sessão, foi trazido de volta. Desta vez, ele foi pedido para esboçar os limites do edifício que ele tinha percebido mais cedo. De modo que não houvesse nenhuma pergunta sobre onde ele queria dizer, foi-lhe dado estacas de madeira de três pés de comprimento, as quais ele usou para pôr uma estaca em cada canto do edifício ainda enterrado, e uma quinta estaca para marcar o que ele disse ser uma entrada.[55] (Ver Ilustração 6) Depois que esta segunda sessão de Percepção Remota foi completada, McMullen foi guiado de volta a Alexandria. Previamente tinha sido concordado que os Observadores Remotos não discutiriam suas sessões individuais durante todo o curso da experiência.
7 – Avaliações da pré-escavação de um arqueólogo independente
Depois da partida dos Observadores Remotos, Fakharani e o autor repassaram os dados que eles tinham fornecido em detalhes. Embora ele tivesse testemunhado tudo, disse que nem sempre tinha podido ouvir claramente cada palavra. As fitas cassete foram ouvidas e solicitaram a ele que avaliasse o conteúdo delas. Fakharani parecia estar se divertindo. Ele enfatizou que a pesquisa eletrônica tinha sido improdutiva nesta área, e achou que idéia de que a Visão Remota prosperaria onde o sofisticado sensor remoto eletrônico tinha fracassado era absurda. Segundo ele, se havia algo no local, seria a acrópole romana.[56]
Quando pediram que ele comentasse sobre o esboço das paredes, ele respondeu que paredes sem dúvida alguma podiam ser encontradas por toda Marea. Quando solicitaram que ele conciliasse esta observação com o fato de que a pesquisa eletrônica não tinha revelado paredes neste local, ele não respondeu.[57]
Ele reiterou que não acreditava que alguém pudesse localizar e esboçar paredes enterradas usando Visão Remota.[58] Ele disse que embora a escavação talvez pudesse levar à descoberta de paredes, se isso ocorresse ele tinha quase certeza de que as paredes não estariam alinhadas com as estacas colocadas por McMullen. Qualquer estrutura achada na colina, ele disse, estaria especificamente orientada de forma diferente.[59]
8 – Visão remota adicional antes da escavação
Na manhã programada para começar a escavação de fato, 17 de abril de 1979, antes de deixar o hotel, McMullen ofereceu dois esboços de Marea como a percebia durante o período bizantino.[60]
Ao chegar ao local, mas antes de o trabalho começar, ele ainda ofereceu informações elaborando sua resposta à pergunta sobre o chão que havia sido feita no dia 11 de abril. Disse que isso continuava a perturbá-lo porque embora ele não pudesse ver pela Visão Remota qualquer chão no local, ele podia sentir:
1) Que pequenos azulejos seriam achados no nível do chão.[61]
A. Que os azulejos seriam feitos de mármore, lisos de um lado e ásperos do outro.[62] (Ver Ilustração 7)
B. Como parte de um chão, os azulejos tinham sido colocados em um sub-pavimento de calcário.
C. Os azulejos eram quadrados.[63]
D. Os azulejos tinham 5/8 de uma polegada (1,59cm) transversalmente.[64]
E. Cada um dos azulejos era de uma cor.[65]
F. Houve um tempo em que os azulejos haviam sido colocados em um padrão colorido.[66]
Ilustração 7: Num chumaço de papel almaço amarelo forrado McMullen desenhou os pequenos azulejos que ele via, assim como a cor única, o padrão e o sub-pavimento de calcário. Observe também o selo do notário.
9 – Metodologia de escavação
De acordo com o protocolo pré-concordado, toda a escavação era para ser liderada por Fakharani; ele tinha o imprimatur da Universidade de Alexandria que indicava que ele era o perito deles em Marea, e que era um arqueólogo treinado. Ao designar a responsabilidade pela escavação a um observador de fora, procuramos evitar qualquer vulnerabilidade a acusações de que ao controlar a escavação nós, de alguma maneira, talvez pudéssemos manipular o resultado. Havia um preço para isto, contudo. Trabalhávamos em vários sítios na área de Alexandria, assim como estávamos nos preparando para o trabalho no Porto Oriental.[67] Para acomodar as obrigações existentes de Fakharani, o trabalho sob sua supervisão em Marea foi conduzido num horário intermitente por aproximadamente seis semanas.
Ao chegarmos ao sítio às 08h00min no dia 17 de abril durante o primeiro dia de escavação, nós vimos, e filmamos, que as estacas tinham sido mudadas por Fakharani, distorcendo-as de sua orientação original, e estendendo a dimensão original por um metro nos lados ocidentais e orientais. Isto quase passou despercebido, uma vez que, apesar de todos os acordos, a escavação havia sido iniciada antes da nossa chegada. (Ver Ilustração 9)
Em defesa destas ações, Fakharani alegou que a alteração era necessária para garantir que ambos os lados das paredes — caso houvesse paredes — seriam escavados. Visto que se tratava de um fato já executado havia pouco que pudéssemos fazer. Um exame do local não mostrou sinais de paredes em qualquer orientação, portanto as condições triplo-cegas ainda prevaleciam. McMullen foi pedido para repassar os locais outra vez, e ele declarou que a orientação geral ainda era aproximadamente correta, embora a escavação agora não igualasse bem a linha das paredes.
10 – Visão remota adicional após o início das escavações
No primeiro dia de escavação, 17 de abril, quando aproximadamente 10 cm da coluna estavam à mostra, e antes de termos qualquer idéia do que se tratava, McMullen foi pedido para fornecer informações sobre o objeto usando Visão Remota. Ele disse imediatamente que era algo que estava ligado ao “calor… e ao fogo”.[68] (Ver Ilustração Oito).
Ilustração 8: Após a escavação de algumas polegadas da profundidade predita, as paredes apareceram. Era também possível ver que havia múltiplos aposentos, e que a estranha coluna de Hammid estava presente.
No dia 26 de abril, quando as escavações tinham cerca de 0,46m (
1) Em aproximadamente oito a dez pés (2,44–3,05m) uma soleira ao longo das paredes seria encontrada.
2) Algo que nós encontraríamos estaria associado a banhos ou lavagens. Destacou que não estava claro o que isto queria dizer, mas enfatizou a força desta impressão.
Ilustração 9: O esboço completo do campo do sítio. Letras impressas em negrito denotam quadrantes.
No dia 27 de abril, McMullen, ao ficar no local parcialmente escavado, foi pedido para fornecer informações usando Visão Remota outra vez concentrando em decorações. Ele disse: “De modo geral trata-se de algo romano, e eu diria que é um banho a vapor…”[69] Ele não podia conciliar a aparente contradição entre suas declarações anteriores quando descreveu o local como bizantino, nem explicar por que ele repentinamente percebia imagens sobre banhos a vapor. Disse que simplesmente sentia que ambas as observações eram exatas.
11 – Resultados da escavação e avaliações
Uma vez que não havia absolutamente qualquer dado de localização produzido pelo sensor remoto eletrônico, fosse revisão histórica, ou concernente à pesquisa topográfica específica a este sítio, não há nada a ser avaliado além do fracasso destas abordagens em localizar o que realmente foi encontrado. Só a informação via Visão Remota forneceu dados positivos testáveis. É também importante notar que nenhuma tecnologia de sensor remoto eletrônico poderia ter produzido dados comparáveis ao material da Visão Remota relacionado a cores, cultura, e artefatos.
Paredes
Ambos os Observadores Remotos tinham predito que paredes seriam encontradas numa profundidade de “entre três e quatro pés (0,91m–1,22m).” Esta declaração foi feita por McMullen em relação à parede ocidental que ele tinha marcado com estacas nos Quadrantes A, B, e C. Hammid não especificou uma parede em particular, só a profundidade em que elas seriam encontradas. A escavação revelou topos de parede em
Orientação
No dia 25 de abril, a primeira parte do que mais tarde se provou ser uma parede emergiu. Foi achada no Quadrante G (Ver Ilustração 9), e bastante próxima, e paralela, à orientação original feita com as estacas por McMullen. Esta parede estava orientada numa inclinação de 0,7m para o nordeste (ao sudeste do canto Quadrante G) em relação às estacas reorientadas.
Múltiplos aposentos/parte de uma estrutura maior
Ao longo da semana seguinte, paredes adicionais foram descobertas claramente definindo três aposentos distintos, que eram obviamente parte de uma estrutura maior. (Ver Ilustração 10)
Ilustração 10: A escavação em sua fase final, mostrando todos os três aposentos, entradas, soleiras, e a “coluna” de Hammid. No centro esquerdo superior do quadro uma das estacas que delimitavam um canto de McMullen ainda é visível.
Bizantino vs. Romano
Embora a parede de pedra estivesse bem encaixada desde o início era óbvio que o sítio não era o resto de uma acrópole romana. Fakharani continuou a manter por mais alguns dias a sua crença de que o sítio era transitório, do final do período romano ou começo do período bizantino. No entanto, esta posição também se tornou crescentemente insustentável à medida que porções de fragmentos de cerâmica emergiam. Este material foi julgado ser de suprimento, mas era quase todo de origem bizantina, e do final do período bizantino.[70] (Ver Ilustração 11)
Ilustração 11: Um das várias centenas de escombros bizantinos que emergiram.
A questão foi ainda mais definida quando uma cruz vermelha e branca num círculo foi achada pintada nas fundações do Aposento 2. (Ver Ilustração 12) Se isto é uma marca de consagração, ou uma marca de caça, não foi determinado, mas as origens cristãs da estrutura foram determinadas. Meses mais tarde, em novembro de 1979, Rodziewicz, que àquela altura já tinha avaliado o sítio minuciosamente, informou suas conclusões: era do “6º Século Bizantino”, o que confirmou os dados da Visão Remota.[71]
Cantos
Os locais esboçados pela Visão Remota por McMullen e Hammid — que confirmou a localização de McMullen do canto noroeste — provaram ser altamente exatos. (Ver Ilustração 10)
Verde
Numa profundidade de 1,5m (
Um único pedaço de azulejo verde escuro foi encontrado no Quadrante A no dia 25 de abril. Se estava in situ ou não ainda resta ser determinado. O que é inequívoco é que num local notável principalmente por suas cores bronzeadas e de areia do deserto, a cor que mais se destacava era o verde.
Ilustração 12: A cruz vermelha achada na “soleira” no fundo da fundação.
Azulejos de parede
Além do azulejo verde, nenhum azulejo de parede foi recuperado neste sítio, e esse pode ser considerado o maior “erro” nos dados de Visão Remota. No entanto, à luz do resultado dos dados sobre o chão, é também possível que os azulejos de parede tenham sido retirados do edifício antes de o local ter sido abandonado.
Entrada
Uma entrada que dá acesso ao Aposento 3 foi encontrada, exatamente onde tinha sido marcado por McMullen com a estaca. (Ver Ilustração 13) Essa era, aparentemente, uma entrada mais antiga e mais bruta do que a entrada original do edifício, que não se encontrava na seção escavada.
Ilustração 13: Uma entrada foi encontrada diretamente sob a estaca que indicava a “entrada” de acordo com McMullen.
O objeto/coluna cilíndrica independente
No dia 26 de abril, trabalhadores escavando o Quadrante E descobriram uma forma redonda cupuliforme, que correspondia ao topo de uma coluna. Não uma coluna estrutural, mas sim uma coluna formada por cerâmica marrom de baixa qualidade, suficientemente robusta, que manteve sua integridade estrutural por toda a escavação. Claramente não era original desse local, e de posição isolada em uma fenda bruta entre a parede que separa os Aposentos 2 e 3. Afilava da parte mais baixa para o topo, medindo aproximadamente 1,6m em circunferência perto da base, e 0,58m no topo.
As escavações feitas na semana seguinte revelaram que a “coluna” era sem dúvida uma adição posterior, adicionada muito depois de o edifício ter sido abandonado por seus construtores bizantinos, uma vez que a fenda da parede só desceu cerca de 0,45m, e a coluna media cerca de 0,4m em altura. Ela teria tombado a menos que se supusesse que, na época que a fenda foi feita (sem qualquer tentativa de reforçar a pedra), o fundo da lacuna era essencialmente o chão do edifício — a porção mais baixa da estrutura tendo sido preenchida com material de outros locais em Marea, assim como areia acumulada e sujeira soprada para dentro pelos ventos freqüentes. Até a produção deste relatório, nenhum dos membros da Equipe Histórica/Arqueológica propôs uma explicação definitiva sobre o seu uso e identidade.
Uma explicação plausível, no entanto, veio de um trabalhador de origem líbia. Ele disse que a coluna se assemelhava a um tipo de forno que ele tinha visto sua avó usar, tanto para aquecer quanto para assar pão. Essencialmente um tipo primitivo de banco térmico que permitia que uma mulher de aldeia economizasse cada joule de energia térmica numa terra onde madeira era escassa e até mesmo as fezes de animais eram difíceis de serem adquiridas. Ele disse que a avó dele costumava construir um pilar sólido de “olaria pobre” ao redor do qual pedras de carvão eram amontoadas para aquecê-lo. Quando os carvões eram acumulados, pedaços planos de pão eram colocados diretamente na forma de olaria para assar.[74]
De todos os achados feitos no curso desta escavação, a descoberta desta coluna causou a maior animação entre a Equipe de Pesquisa de Visão Remota. Sua grande anormalidade — embora confusa para os arqueólogos — a tornou atraente à Equipe de Pesquisa de Visão Remota. O tal objeto não podia ter sido antecipado, e dados exatos concernentes a sua presença eram, por essa razão, os mais impressionantes de todos. A observação final de Hammid sobre a coluna “estar quebrada”, era exata.[75]
Câmara da coluna
Hammid disse que a coluna estaria numa espécie de “alcova” e o Aposento 2 apareceu nesta configuração em relação ao tamanho dos outros dois aposentos. E também foi lá, como ela predisse, que a coluna seria achada. (Ver Ilustração 14)
Soleiras
No dia 27 de abril, a declaração do McMullen sobre as soleiras foi provada. Uma soleira foi descoberta no Aposento 3 a 1,1m abaixo do topo da parede. No dia seguinte, soleiras foram achadas no Aposento 2, aproximadamente à mesma distância sob o topo de suas paredes. (Ver Ilustração 14) Uma soleira subseqüentemente foi achada no Aposento 1. McMullen avaliou que estas soleiras estariam de alguma maneira relacionadas a assentos. Isto estava incorreto e talvez fosse um exemplo de uma das principais fontes de “ruído” afetando o sinal da Visão Remota — a tendência dos Observadores Remotos interpretarem o que eles percebem, em vez de apenas relatarem a imagem.
Ilustração 14: As “soleiras” descritas pelos Observadores Remotos foram localizadas como preditas. Isto foi no nível do chão original.
Chão. . . Nenhum chão
O interesse de McMullen sobre a questão do chão foi resolvido ao mesmo tempo em que as soleiras foram descobertas. Nos Aposentos 1, 2, e 3 uma superfície de giz branca dura similar a argila foi descoberta. Fakharani sentiu que se tratava de um sub-pavimento e que a cobertura do chão que tinha residido nele tinha sido tirada mais tarde.[76] Esta camada foi aberta e, desse ponto para baixo da fundação nenhum outro sinal da existência de um chão foi descoberto. À luz da descoberta deste sub-pavimento, e na ausência do pavimento principal, os comentários de McMullen “chão, mas nenhum chão” repentinamente fizeram sentido.
Azulejos pequenos
Na primeira sessão de Visão Remota de McMullen, no dia 11 de abril, ele tinha dado uma descrição breve dos pequenos azulejos do chão. Ele aumentou a descrição durante a sessão de 17 de abril através de um desenho e de comentários sobre os azulejos.[77]
No dia 29 de abril, enquanto os trabalhadores escavavam o Quadrante C, no Aposento 1, eles chegaram ao sub-pavimento de argila. No canto noroeste do Quadrante C, misturado com a argila e logo abaixo dele acharam três objetos circulares de mármore, muito parecidos com moedas grossas. Nos dois dias seguintes mais oito objetos com as mesmas características foram localizados. (Ver Ilustração 15) Cada um deles era ou vermelho, ou preto, ou branco.
Ilustração 15: Azulejos pequenos foram encontrados tal qual foi predito por McMullen, que os descreveu corretamente, exceto pelo fato de que ele os viu como quadrados quando na verdade eram redondos, e tinham 5/8 de uma polegada em tamanho.
Cada um destes discos tinha 3cm (1 e 3/16 polegadas) por 1cm (25/64 polegadas) — McMullen tinha calculado antes da escavação que eles mediriam 5/8 polegadas transversalmente. Ele estava incorreto na sua percepção de que os azulejos eram quadrados, mas correto sobre eles serem lisos de um lado, ásperos do outro, e usados no topo de um sub-pavimento de calcário. Tanto ele quanto Hammid foram consensualmente exatos em suas descrições dos azulejos como sendo cada um de uma cor, e feitos de mármore.
Fakharani, que tinha se mostrado notavelmente cético sobre a idéia de que alguém podia descrever um azulejo vários metros enterrados na terra, a princípio manteve que os objetos encontrados eram pesos. Exames mais detalhados feitos por Daoud e Rodziewicz, e conversas subseqüentes com Fakharani produziram o consenso de que eles eram, como McMullen e Hammid tinham predito, azulejos de mosaico.[78]
Escombros
Em quase toda sessão de Visão Remota havia um sentido claro por parte dos Observadores Remotos de que “muitos escombros” seriam achados no sítio e muitos foram, de fato, localizados — principalmente massas de fragmentos de potes. Havia também pedaços de mármore descobertos, que foram avaliados por Fakharani como sendo escombros romanos. O autor, na época das entrevistas, negligenciou reforçar adequadamente estas observações para obter mais escombros. Os Observadores Remotos, no entanto, ofereceram dados sobre um tópico, como será visto no próximo item.
Banho… Lavagem… Banho a vapor
Desde a primeira sessão em Marea os Observadores Remotos forneceram dados relacionados a “banhos e lavagem”. Hammid tinha sentido isso tão fortemente que pensou que devia ser uma espécie de sobreposição analítica sugerida pela pergunta relacionada aos azulejos.[79]
Assim como aconteceu com a questão dos escombros, a dos banhos se beneficiou de estudos subseqüentes feitos por membros da Equipe Histórica/Arqueológica. Em novembro de 1979, Rodziewicz disse que tinha examinado tanto o local como os artefatos. (Ver Ilustração 16) Ele não tinha sido informado sobre as observações dos Observadores Remotos que se referiam a banhos, lavagens, e banhos a vapor. Ele informou que acreditava que uma grande quantidade de material, particularmente os fragmentos de mármore, eram escombros que originalmente tinham vindo dos “banhos [romanos] colina abaixo…”[80]
Ilustração 16: Suprimento de mármore achado no local, e que mais tarde foi determinado como oriundo dos banhos, quando eles subseqüentemente foram identificados no pé da colina.
Antes do nosso trabalho em Marea, Fakharani somente tinha começado a escavar uma estrutura no pé da colina, do outro lado da estrada do nosso sítio. Quando estivemos lá, ele disse que era uma igreja, e McMullen discordou desta observação. O trabalho no sítio de Fakharani foi suspenso enquanto estivemos lá, mas, depois que deixamos Marea, ele foi retomado. Quando voltamos ao Egito, oito meses mais tarde, Fakharani, após uma consulta com Rodziewicz, tinha mudado de idéia, e agora acreditava que o local onde ele estava trabalhando era um banho público provavelmente do período romano. Rodziewicz destacou principalmente a evidência de que ele tinha achado argamassa hidráulica, e sugeriu que os pedaços de mármore encontrados em nosso sítio eram provavelmente escombros que originalmente tinham vindo destes banhos.[81]
12 – Discussão
Comparação com tecnologias de rastreamento: Quais abordagens, sensores remotos eletrônicos ou Visão Remota, foram mais exatos e produtivos? A pergunta é fácil de responder nesta experiência, porque todas as pesquisas eletrônicas e geográficas — imagens de satélite, magnetômetros, e topografia — foram completamente improdutivos neste sítio.
Exatidão da localização: A Visão Remota foi altamente exata ao fornecer informações para a localização. O edifício foi esboçado dentro de polegadas, de fato, qualquer variação é mais devida à tentativa fracassada de Fakharani de mover as estacas colocadas por McMullen, do que à inexatidão do Observador Remoto. A localização da porta foi uma descoberta extra, e particularmente impressionante. Mas talvez o mais incrível de tudo tenha sido a localização correta dos cantos. Os cantos são especialmente difíceis, porque representam a interseção de dois planos, e devem ser precisamente localizados.
Precisão descritiva: Ao contrário das experiências de laboratório que podem medir a mudança de um resultado fortuito, porque trabalham com séries de alvo conhecidas, numa experiência de visão remota aplicada tal ponto de partida não existe. Ainda mais importante é o fato de que em um experimento de laboratório o resultado estatístico é o passo final, enquanto em uma experiência de Visão Remota aplicada, a visão é o começo do projeto — a fonte de localização e descrição de dados preditivos. Neste cenário o resultado da avaliação é a análise especializada feita por peritos experientes.
Erro do pesquisador: Um exame atento dos dados revela a sutileza da transação pesquisador/Observador Remoto. Os observadores foram pedidos para se concentrar tanto em um edifício quanto em suas características decorativas, e eles assim o fizeram. Mas muitas dessas decorações vieram de outro sítio; não tão importante nesta experiência, mas potencialmente muito importante em outras. O fracasso pode ser atribuído à pergunta. Adequadamente, a pergunta deveria ter sido para descrever “as decorações originais deste edifício”. Os Observadores Remotos cumpriram suas tarefas — a escavação demonstra isso — mas perguntas mais claras teriam extraído respostas mais claras. A questão de como as perguntas são moldadas para não assinalar ou sugerir uma resposta particular, e precisamente extrair a informação procurada, precisa de uma reflexão muito maior. Esta experiência também sugere que os resultados que superficialmente parecem ser um fracasso na Visão Remota podem, na verdade, ser o fracasso dos pesquisadores. Finalmente, parece indicar que a maneira apropriada de ver esta metodologia é, outra vez, desenvolvendo termos, nos quais o relacionamento pesquisador/Observador Remoto é, em seu âmago, a criação de um bio-circuito. A experiência de Marea, junto com a pesquisa do Porto Oriental, são representantes do estado atual de entendimento em Visão Remota aplicada. Ambas as experiências exibem com clareza as forças e limitações atuais desta tecnologia de procura, e o seu potencial na arqueologia.
Finalmente, a contribuição da Visão Remota dependerá de quão honestamente os arqueólogos examinarão os resultados que ela oferece, livre de preconceitos e falsas perspectivas. A arqueologia deve ir além da sorte acidental no achado de sítios. A Visão Remota não é uma resposta completa aos problemas de sua localização, mas é, seguramente, um pedaço do quebra-cabeça.
Agradecimentos
O autor deseja agradecer à Universidade de Alexandria, por conceder permissão para o trabalho de campo tão essencial a esta pesquisa, e pela cooperação nesse sentido. Gostaria de agradecer também à Universidade de Varsóvia, e à Sociedade Arqueológica de Alexandria por tão gentilmente nos disponibilizar vários de seus consultores, sem cuja perícia este projeto nunca poderia ter sido tentado nem, uma vez tentado, analisado e adequadamente avaliado. O autor também deseja agradecer ao John e à Pamela Leuthold, Maragert Pereira, Trammell Crow e Gordon McLendon pelo apoio financeiro que tornou possível esta pesquisa.
[1] Marea pode ser encontrada percorrendo 29 km rumo ao sudoeste de Alexandria na rodovia do deserto entre o Cairo e Alexandria (vire no posto de segurança onde há um sinal com uma seta no qual se lê “Escavação Arqueológica/Universidade de Alexandria” e então percorra mais 13 km, rumo a um grupo de casas beduínas amarelas, conhecida como a aldeia de El Hauwariya. Numa casa azul e branca no primeiro plano, vire à direita e siga a pista que leva em direção ao lago. Um pequeno cerco de animais com árvores aparecerá à esquerda caso você tenha percorrido o caminho correto. No final desta pista as escavações devem entrar no campo de visão.
[2] M. Sadek. “The
[3] Strabo. Loc cit. p. 69.
[4] Strabo. The Geography of Strabo. Trans. Horace Leonard Jones. (
[5] Athenaeus. The Deipnosophists. Trans. by Charles Burton Gulick. (G.P. Putnam’s Sons: New York, 1927–1941), vol. 1, p. 147.
[6] Herodotus. The History of Herodotus. Trans. by J. Enoch Powell (Cambridge: Cambridge, 1939), vol. II, pgs. 18 & 30.
[7] Diodorus Siculus. Trans. C.(harles) H.(enry) Oldfather and Russel M. Geer. (ed. Vols. 11 and 12) (Harvard University Press: Cambridge, 1933–67, and W. Heinemann: London, 1933–67).
[8] Herodotus. Vol. III, pgs. 12, 15.
[9] Mamoud–Bey (“El Falaki”). Memoire sur L’Ancienne Alexandrie. (N.P.: Copenhagen, 1872).
[10] Evaristo Breccia. Alexandrea ad Aegyptum : A Guide to Ancient and
[11] P.(eter) M. Fraser. Ptolemaic Alexandria. (Oxford: Oxford, 1972). Vol. I, pgs. 133–188. Não há dúvidas de que os três volumes do trabalho de Fraser compõem a melhor fonte moderna de todas. As referências estão incluídas no abundante volume de notas, freqüentemente feitas em abreviações que podem ser crípticas para aqueles que não são completamente familiarizados com a fonte de literatura sobre Alexandria e seus arredores, inclusive Marea.
[12] Sadek. p. 72.
[13] Ibid.
[14] Ibid.
[15] Sadek. pgs. 72–73.
[16] Ibid. p. 73.
[17] Ibid.
[18] Ibid.
[19] H.(arold)
[20] Marilyn Schlitz e Elmer Grober. “Transcontinental Remote Viewing.” Unpublished Paper, Institute for parapsychology and Institut fur Grenzegebiete der Psychologie under Psycho-hygiene, N.D.
[21] Stephan A. Schwartz. Secret Vaults of Time (Grosset & Dunlap: New York, 1978), pgs. 1–56. Também pgs. 353–354 para bibliografia.
[22] Ibid. pgs. 57–107. Também pgs. 354–355 para bibliografia.
[23] Ibid. pgs. 108–127. Também pgs. 355–356 para bibliografia.
[24] Ibid. pgs. 127–135. Também 355–356 para bibliografia.
[25] Ibid. pgs. 222–238. Também Clarence W. Weiant. An Introduction to the Ceramics of
[26] Ibid. pgs. 211–221. Também “Psychometrics and Settlement Patterns: Field Tests on Two Iroquoian Sites.” Unpublished paper, N.D.
[27] Stephan A. Schwartz. Project Deep Quest, a Prototype Experiment in the Application of Intuitively Derived Data in Marine Archaeology. Mobius Report No. 4. Originally an invited address to the American Society for Psychical Research. January 1979.
[28] Ibid.
[29] Norman Emerson, Departamento de Antropologia, Universidade de Toronto, entrevista de 14 de novembro de 1974. Emerson começou falando sobre o seu trabalho usando Visão Remota em 1974 e continuou a fazê-lo até sua morte. (Ver Norman Emerson. “Psychic Archaeology”, Psychic. 1975 Sep/Oct 1975, pgs 23–25. Ver também Secret Vaults of Time, pgs. 356–357 para uma bibliografia completa dos trabalhos de Emerson que foram relatados).
[30] Stephan A. Schwartz. Side scan sonar survey por Harold E. Edgerton. A Preliminary Survey of the Eastern Harbor,
[31] Memorandum para o Registro por Beverly Humphrey, 11 de abril de 1979.
[32] Sessão de Visão Remota na vizinhança de Marea com George McMullen, 11 de abril de 1979. (McMullen em todas as sessões de Visão Remota pronunciou mal a palavra bizantino, assim como dizia “Potomie” para Ptolomeu e “mosiak” para mosaico. Pronúncias erradas semelhantes foram informadas por Emerson. Ele freqüentemente as pronunciava corretamente em conversas normais).
[33] Ibid.
[34] O debate, filmado, entre Fawzi Fakharani, George McMullen, e Stephan Schwartz, em 11 de abril de 1979.
[35] Ibid.
[36] Sessão de Visão Remota # 1 com George McMullen, 11 de abril de 1979.
[37] Ibid.
[38] Ibid.
[39] Ibid.
[40] Ibid.
[41] Ibid.
[42] Ibid.
[43] Ibid.
[44] Ibid.
[45] Ibid.
[46] Sessão de Visão Remota # 1 com Hella Hammid, 11 de abril de 1979.
[47] Ibid.
[48] Ibid.
[49] Ibid.
[50] Ibid.
[51] Ibid.
[52] Ibid.
[53] Ibid.
[54] Ibid.
[55] Sessão de Visão Remota #2 em Marea, George McMullen, 11 de abril de 1979.
[56] Entrevista em Marea com Fawzi Fakharani, 11 de abril de 1979.
[57] Ibid.
[58] Ibid.
[59] Ibid.
[60] Desenhos de Visão Remota não solicitados oferecidos por George McMullen, 17 de abril de 1979.
[61] Sessão de Visão Remota #3 em Marea com George McMullen, 17 de abril de 1979.
[62] Ibid.
[63] Ibid.
[64] Ibid.
[65] Ibid.
[66] Ibid.
[67] Schwartz e Edgerton. “Eastern Harbor,
[68] Sessões de Visão Remota #4 em Marea com George McMullen, 17 de abril de 1979.
[69] Sessão de Visão Remota #5 em Marea com George McMullen, 27 de abril de 1979.
[70] Toda a olaria da escavação foi mostrada a Fakharani, para que ele produzisse uma análise da olaria a ser incluída como parte deste relatório. Até agora nenhuma análise foi recebida.
[71] Entrevista em Alexandria com Rodziewicz, 17 de novembro de 1979.
[72] Entrevista em Marea com Fakharani, 25 de abril de 1979.
[73] Ibid.
[74] Entrevista com Mohamed Abrahim, um operário de construção líbio, 26 de abril de 1979.
[75] Sessão de Visão Remota #1 em Marea com Hella Hammid, 11 de abril de 1979.
[76] Entrevista em Marea com Fakharani, 29 de abril de 1979.
[77] Sessões Remotas de Inspeção #2 e # 3 em Marea com George McMullen, 11 e 17 abril 1979.
[78] Entrevista com Rodziewicz e Daoud, 7 de novembro de 1979.
[79] Sessão de Visão Remota em Marea #1 com Hammid, 11 de abril de 1979.
[80] Entrevista com Rodziewicz, 15 de novembro de 1979.
[81] Ibid.
junho 9th, 2011 às 9:57 PM
Olá Vítor,
Eu não li todo o artigo, mas alguns pontos, que achei bem interessantes, pois trata-se de mais um caso de algum tipo de fenômeno extraordinário.
Este tipo de pesquisa que você apresenta, acho muito elogiável, porque as informações parecem seguras e sérias, e os temas chamam a atenção.
Legal!
junho 9th, 2011 às 10:00 PM
http://nytsyn.br.msn.com/colunistas/arca-de-no%C3%A9-versus-regras-atuais-1
junho 9th, 2011 às 10:30 PM
Complemento ao link acima: gente que tem tempo e dinheiro sobrando, além de pouca criatividade!
junho 11th, 2011 às 1:58 AM
Vítor,
O pessoal sumiu!
Cadê o Paulo, o Gilberto, o Caio, o Marcelo, o Leonardo…
O Arduin, o Montalvão …
Volta Scur, urgente!!!
junho 11th, 2011 às 1:59 AM
E a Emilly???
junho 11th, 2011 às 3:39 PM
Esqueci do Carlos, grande Carlos!
Um abraço.
.
Pra não ter medo do cometa Elenin:
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http://astropt.org/blog/2011/05/22/cometa-elenin-ira-dizimar-a-humanidade/
junho 12th, 2011 às 1:35 AM
Bom, Biasa… É que o tema é tão interessante que tive que relê-lo 7 vezes, e só agora posso opinar. É legalzinho. Abraços.
junho 12th, 2011 às 2:32 AM
Gilberto,
Então, você já sabe tudo a respeito, pode até dar palestras.
Sim, porque tem tanta gente dando palestras, até o Robson Pinheiro, o Wágner Paixão, o Zé Mané …
Um abraço também.
junho 12th, 2011 às 4:59 PM
Se eu conseguisse cobrar os 120.000 que o FHC cobra ou os 40.000 que o José Dirceu cobra, eu tô dentro. O Leonard Nimoy (Sr. Spock) cobra 50.000 dólares, e dá umas 35 palestras de 40 minutos cada por ano… O Palocci não revelou, mas ele deve cobrar bem mais ainda…
junho 12th, 2011 às 5:49 PM
Gilberto,
Voce cobra como Elvis cover?
Biasetto,
Declaro aqui meu apoio a campanha VOLTA SCUR!
junho 12th, 2011 às 7:01 PM
Prezados,
Infelizmente não tenho sobre a “visão remota” o mesmo otimismo que o nobre Vitor. O artigo parece demonstrar uma bem sucedida expedição arqueológica calcada na atuação de “leitores remotos”, que seriam pessoas dotadas da suposta capacidade de “ver” coisas a distância. isso, de certo modo, soa como versão sofisticada da radiestesia, que é o trabalho executado por quem manipula pêndulos e varetas na crença de que são capazes de localizar coisas ocultas no solo, desde água, até minérios.
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Assim como a radiestesia não é levada muito a sério, embora haja defensores propalando tratar-se de verdadeira habilidade paranormal, a leitura remota igualmente é alvo de muita controvérsia.
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Stephan Schwartz faz forte propaganda do grupo Mobius (a experiência tem quase trinta anos) e de outros que, segundo ele, têm obtido bons resultado com o uso da visão remota. Entretanto, o próprio Schwartz é o patrocinador dessas pesquisas, desconheço que outros investigadores, mesmo psi, dêem a mesma importância e relatem o mesmo grau de sucesso que o noticiado por Stephan.
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O autor trabalha com visão remota há cerca de quarenta anos. Creio, seria de esperar que, se o procedimento tivesse o sucesso alardoado, contaríamos com notícias e informações numerosas provindas de fontes diversas.
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Na internet pouca ou nenhuma informação em português se encontra, apenas a bem realizada tradução do Vitor é conhecida. Em inglês encontrei uma crítica interessante:
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“Professional archaeologists express deep skepticism about paranormal phenomena, including remote viewing. Schwartz has been criticized for cherry picking, being subject to confirmation bias, claiming success for “hits” while discounting “misses,” and promoting his work through sensationalism. Despite his research and publications, remote viewing is not considered to be a serious methodology in archaeology and Schwartz is widely regarded as a crank.[7].”
http://en.wikipedia.org/wiki/User:Stephrobs/Stephan_A._Schwartz
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Em tradução canhestra dá para entender que Schwartz divulga seu trabalho com grande sensacionalismo e seu método de pesquisa é alvo de severas restrições.
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Saudações remotas.
junho 12th, 2011 às 7:49 PM
Montalvão,
esse link da wikipédia não oferece qualquer fonte para o que diz. A própria formatação do artigo está horrível.
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veja esse artigo de Greg Taylor que mostra como os editores da wikipédia americana passam informações erradas, sabem disso, e continuam a deixar a informação errada lá: http://dailygrail.com/Skepticism/2011/5/Wikipedia-and-Fringe-Topics
junho 12th, 2011 às 7:59 PM
Olá pessoal!
Alguém apareceu… legal… abraços!
Este artigo do Vítor, como outros na mesma linha, eu, sinceramente, os considero ótimo! São interessantes, não mexe com a religião ou as crenças e ainda revelam possibilidades/habilidades do ser humano, que podem ser estudadas e, quem sabe, abrir novos horizontes em nossa evolução. Mas há alguns poréns:
1º) Geralmente são artigos extensos, o que os torna cansativos e, até confusos!
2º) Eu, e acho que a maioria aqui, sente um certo desconforto em ler algo assim.
O Caio me disse que tem a mesma “preguiça”!
Ele até sugeriu, que o Vítor apresente este tipo de artigo, de forma mais resumida. Uma opção seria apresentar um resumo mais elaborado (pois ele faz uma apresentação), onde este resumo já mostre bem os fundamentos do artigo, deixando a opção pra quem quiser, a leitura do artigo completo.
Não se trata de uma crítica negativa, apenas uma sugestão.
Quanto ao que disse o Marcelo, também sou favorável, e estou falando numa boa mesmo, que pessoas como o Scur, o Carlos Magno, todos participem do blog. Sendo que o Vítor poderia propor que sejam respeitadas algumas regras, e quando estas regras não forem respeitadas, o sujeito que se exaltar, por exemplo, deveria se desculpar e segurar o verbo.
Porque sem uma dose de polêmica, o blog fica muito “sem graça”, além do que, se todos falarem “a mesma língua” aqui, não vejo nem motivo pra opinarmos e nem existirão debates, porque só haverá repetições de ideias.
Sei lá! Cada um que tire a sua conclusão, mas é indiscutível que o blog esfriou…
junho 12th, 2011 às 9:45 PM
Adoro esta música:
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Conheci este cara, além de grande cantor, ele é muito DEZ!
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http://www.youtube.com/watch?v=4dXTTKxlGvU&feature=related
junho 13th, 2011 às 1:05 AM
Como alguém pode fornecer pistas sobre alguma coisa perdida a séculos? Impossível, seria a resposta mais apropriada. Imagino então que o Shwartz potencializa os sucessos em detrimento dos fracassos, por exemplo… mas a troco de que?
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Quem financia um programa arquelógico desse tipo (caríssimo, visto os alvos e meios que utiliza)? Aqui eu olharia muito mais para os resultados do “grupo” Shwartz no tocante ao retorno financeiro. Nesse caso, receita vs despesa tem que favorecer ao Shwartz visto que projetos arqueológicos dessa natureza não se mantém na base de chutes.
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Vitor, você vem colocando estudos nesse tema. Supondo que realmente a coisa funcione, na sua opinião como entender “visão remota”?
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Boa semana a todos!
junho 13th, 2011 às 1:50 AM
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Vitor disse: “esse link da wikipédia não oferece qualquer fonte para o que diz. A própria formatação do artigo está horrível.”
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A citação que postei da Wikipédia foi o único comentário crítico que deparei. O comentário sobre o mau trabalho dessa enciclopédia é genérico, não há referência específica ao trabalho do projeto Mobius. E, mesmo que o texto esteja deturpado, parece-me que alguma coisa seja factível, por exemplo: Schwartz é o grande propagandista de seus feitos de visão remota e, pelo que pude entender, ele fatura com essa divulgação positiva.
.
Seria interessante conhecer o que dizem outros pesquisadores a respeito das façanhas de Schwartz, tanto da pesquisa psi e, no caso presente, da arqueologia. Isso ainda não encontrei.
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Parece-me estranhável que pesquisas em visão remota normalmente reportem resultados modestos, e aí aparece um Schwartz noticiando um sucessão. Acredito que essa discrepância carece ser melhor esclarecida.
.
É isso.
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Saudações vascaínas.
junho 13th, 2011 às 2:16 AM
Montalvão,
há 3 livros recentes que discutem o trabalho de Schwartz na arqueologia psíquica: “Outside the Gates of Science” por Damien Broderick, PhD. “The End of Materialism” por Charles Tart, PhD. “Premonitions” por Larry Dossey, MD.
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Lembro que o Schwartz possui uma coluna no jornal científico Explore: The Hournal of Science and Healing.
junho 13th, 2011 às 2:22 AM
Carlos,
não tenho a mínima idéia.
junho 13th, 2011 às 3:56 AM
Vítor, veja isto, referente à que conversa que tivemos:
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http://www.youtube.com/watch?v=66tJJKMkli0
junho 13th, 2011 às 4:03 AM
2ª parte:
http://www.youtube.com/watch?v=F6j7zb3K84Q&NR=1
junho 13th, 2011 às 4:07 AM
Se quiser saber mais sobre a entrevistada, tem outras entrevistas no youtube: “ANNA SHARP”
junho 13th, 2011 às 4:11 AM
Vítor, sobre o outro tema que conversamos:
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http://www.youtube.com/watch?v=ZeQBExTirQM
junho 13th, 2011 às 10:26 PM
Pô! ninguém vê mais nada aqui!
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Vítor, te passei um email, agora.
Tudo certo!
junho 13th, 2011 às 10:36 PM
Já que vocês não dão bola pros links que coloquei aqui, vejam se se interessam por este:
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http://bulevoador.haaan.com/
junho 13th, 2011 às 10:38 PM
O link específico é este:
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http://bulevoador.haaan.com/2011/06/23418
junho 15th, 2011 às 12:22 AM
Siceramente, acho que estou dando tchau pra este blog. Ninguém mais entra aqui, se entra não comenta. Coloquei uns links aí, ninguém se manifesta, nem que seja pra criticar.
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Novidade boa:
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Tive o prazer de estar com o Caio em Sampa, hoje!
Gente finíssima. Nisto agradeço ao blog do Vítor: fazer amigos.
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Agora estou esperando o gaúcho…
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Até…
junho 15th, 2011 às 12:31 PM
Fala ae, Biasetto! Haha. Conta pro Scur que, pelo menos eu, não sou fake do Vitor. Ele ficará muito contente. Hahaha…
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Mas é verdade, concordo com você, o blog do Vitor traz essa possibilidade de conhecer gente muito bacana, gente com bastante conhecimento pra dividir. Foi um prazer.
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Vitor, por que será que a galera sumiu?
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Abs.
junho 15th, 2011 às 6:03 PM
Porque vocês ficam babando ovo um do outro e ninguém aguenta essa melação toda!!!!!!!!! Parece mais o blog da Ana Maria Braga…
junho 15th, 2011 às 6:05 PM
Aliás, se alguém aqui possui “visão remota” , então vê se me diz onde tá o controle remoto do meu DVD Recorder que sumiu.
junho 15th, 2011 às 6:05 PM
Aí sim seria um “caso fantástico”…
junho 15th, 2011 às 8:38 PM
Oi, Gilberto. Não penso que seja “babação de ovo” dizer que é possível fazer amigos pela internet. A meu ver, temos motivos apenas para concluir que se trata de uma atitude de interação social De qualquer forma, respeito seu ponto de vista. Mas veja bem… Eu estou apenas respeitando sua posição, não estou babando ovo, não, ok? Melhor deixar tudo “explicadinho”, né?
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Eu não tenho visão remota, mas imaginei um lugar onde você pode ter esquecido o controle remoto…
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🙂
junho 15th, 2011 às 9:14 PM
Caio,
Não dá bola pro Gilbertão. Ele está com inveja, porque ele queria tomar café com o Vítor e o Vítor, mal-educado, não quis!
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Turma, brincadeiras à parte, acho que tenho liberdade pra brincar com vocês! – a questão é que não rola mais nada aqui. Venho cutucando, cutucando. Vocês são, inclusive deselegantes também. Coloquei uns links aí, será que ninguém viu? Não quis ver? Então, se viu, poderia ter feito algum comentário. Nem que fosse negativo, sei lá. Ser ignorado é fogo!
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Vai todos pentear macaco!
Com exceção do Caio, meu amigo de Sampa. hehehe!
junho 15th, 2011 às 9:14 PM
* Vão todos pentear macaco!
junho 15th, 2011 às 9:50 PM
Pessoal, saiu uma entrevista minha no blog “Subversive Thinking”, está em inglês:
http://subversivethinking.blogspot.com/2011/06/interview-with-vitor-moura-visoni-about.html
junho 16th, 2011 às 4:44 PM
eai vitor parabens pela entrevista.
junho 16th, 2011 às 4:45 PM
só nao concordo com a historia dos extraterrestres serem mentira hehehe
junho 16th, 2011 às 4:48 PM
De uma olhada no caso starchild, benjamin solari e stanley fulham .
Veja os artigos cinetificos sobre desvio alpha e fluxo escuro.
Talvez esses elementos o faça mudar de opiniao, ou eu mesmo, se achar falhar
junho 16th, 2011 às 5:23 PM
Carlos e Rafael,
Gostaria de contatá-los por email.
Se vocês não se importarem, aqui fica o meu email:
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ejbiasetto@hotmail.com
junho 17th, 2011 às 12:48 AM
Vitor,
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Na entrevista você afirma que Chico Xavier foi uma fraude. Devo admitir que você tem boas razões para pensar assim. Eu te perguntaria: você considera o espiritismo também uma fraude?
junho 17th, 2011 às 12:55 AM
Oi, Carlos
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O Espiritismo Kardecista eu considero, devido a uma série de erros de Kardec, uma tentativa frustrada de se criar uma Ciência voltada ao estudo de fenômenos paranormais .
junho 17th, 2011 às 1:12 PM
Vitor,
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Ao se pretender ciência o espiritismo evidentemente comete um erro. Talvez Kardec tivesse confiança o sufiente para acreditar que o espiritismo, cedo ou tarde, fosse regulado por algum tipo de controle com base científica. Ele estava equivocado porém, a bem da verdade, o problema de se aplicar o método científico aos fenómenos “para” persiste até hoje.
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O que noto, a partir de seus comentários aqui no blog e na entrevista, é que as tuas “crenças” não se afastam muito do que poderíamos chamar “crenças fundamentais” do espiritismo: espírito, reencarnação, evolução, pluralidade dos mundos habitados… É certo que você se coloca como ateu, e isso é um diferencial quanto a crença espírita que precisa acreditar em um Deus para fazer funcionar a lei de causa e efeito. Porém, no fundo, a crença (ou não) em Deus tem pouca importância na lei de causa e efeito se a olhamos tal qual ela se apresenta no mundo natural.
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De qualquer forma as idéias são bem originais e, para ficar no binômio reencarnação-evolução, o modelo proposto pelo Julio (?) daria um belo debate!
junho 17th, 2011 às 5:17 PM
Vitor, o que você pensa do trabalho de Dean Radin?
junho 17th, 2011 às 6:03 PM
O Vitor é um Neoespírita. Quer ser moderninho como Kardec queria no seu tempo. Naquela época era legal ser católico. Hoje é maneiro ser “ateu”, “cerebral”, “embasado”, “diplomado”, “pós-doutorado”. É tudo igual. Teorizou-se a supercondução e pronto! Ela tá aí. Teorizou-se a fissão nuclear, e ela também tá aí. Teorizou-se a Internet, e ela é uma realidade. Agora, esse pessoal (o Vitor tanbém), fica teorizando a sobrevivência do espírito, a reencarnação, coisa que supostamente acontece todos os dias MILHÕES de vezes no UNIVERSO TODO, e até agora, 150 anos depois encontraram “indícios”, “pistas”, casos que “sugerem”. Desculpem-me, ou vocês são MUITO INCOMPETENTES ou, o que eu acho, são apenas pessoas CRENTES numa coisa fantástica e lutam penosamente para da-lhe um ar de “verdade científica”. Seja Kardec, Xavier, Crookes, Stevenson, Moura ou quem quer que seja o bonitinho. Boa sorte pra vocês, mas suspeito que mais 150 anos passarão e vocês vão conseguir mais um monte de NECAS DE PITIBIRIBAS!!!! Até lá, um MONTE de outras teorias muito mais raras de se pesquisar vão virar até história de tão manjadas que serão. E vocês e seus seguidores continuarão com seus discursos “bonitinhos” e “pseudointelectuais” acumulando “indícios” e mais “indícios”.
junho 17th, 2011 às 6:05 PM
Tô com a macaca…
junho 17th, 2011 às 6:07 PM
O nome dela é “Konga”…
junho 17th, 2011 às 7:21 PM
Gil Santos, apesar de chata sua crítica é certeira…
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Ao participar aqui desse blog, céticos, meio-céticos e não-céticos, estamos todos procurando idéias, indícios, pistas, para dar sobrevida a nossa recusa ancestral em lidar com o inevitável neant. Nesse aspecto a Konga e o Scur, embora em vértices opostos, são muito parecidos, a primeira com uma dose maior de realismo e humor, dependendo de que lado se olhe o prisma!
junho 17th, 2011 às 9:03 PM
Gilberto e Carlos,
Eu nem estava afim de comentar aqui, mas vocês dois me fizeram repensar. Concordo com tudo que vocês disseram.
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Vejo muita boa-vontade no Vítor em fazer algumas pesquisas. Porém, ele quer desacreditar o kardecismo e outras correntes espíritas ou espiritualistas, para provar que as ideias dele é que estão certas. Quatro anos de blog, dezenas de artigos e artigos, centenas e centenas de comentários, dezenas e dezenas de matérias traduzidas. O que se provou? De concreto, nada!
Então, o Vítor vai continuar pesquisando, traduzindo obras, fazendo artigos, DESCENDO O PAU NO CHICO (a especialidade do Vítor) – e provar o quê?
Que espíritos existem???
Que espíritos desencarnados ficam perambulando por aí??? Sem qualquer lógica???
Que reencarnam ao acaso???
Que não há mérito no plano espiritual???
Sinceramente, Vítor, estou me cansando de tudo isto.
Eu não vejo mais motivo, por exemplo, pra mim, pelo menos, em se pesquisar novas possíveis evidências de semelhanças entre as obras do Chico (e seus espíritos???) e outros livros.
Pra mim já me basta o que eu vi: coloca em dúvida a mediunidade dele mas, por incrível que pareça, ainda não a desqualifica por completo. Sempre sobram perguntas.
E assim continuará. Você pode colocar mais dez evidências aí, e ainda haverá quem ache esta ou aquela explicação:
– se foi o Chico que “plagiou” ou o espírito?
– se o Chico lia, mas também psicografava?
– até que ponto o que o médium escreve é independente da sua própria ideia?
– será que o que os espíritos passam é totalmente confiável?
– será que o que os espíritos passam também não tem um lado ficcional, com o objetivo de se valorizar a mensagem e não a autenticidade da história?
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Saudações.
junho 17th, 2011 às 9:15 PM
Caio,
eu acho que o trabalho do Dean Radin tem que ser visto com um certo cuidado, não por fraude ou coisa assim, mas pela estatística que ele usa, e acho que ele tende a contar só um lado da história (não que faça isso sempre… só identifiquei isso algumas vezes). Às vezes o acho um tanto crédulo demais. Mas ele tem uma produção científica de respeito, e é bom ficar atento ao que ele diz e faz no campo da Parapsicologia.
junho 18th, 2011 às 1:42 AM
Biasa, você tá partindo do pressuposto que espíritos se comunicam conosco. Eles não o fazem. Então Xavier, Kardec, espiritismo brasileiro, kardecismo tupiniquim e outros absurdos caem por terra. Isso não precisa ser provado. O que precisa é que os espíritos se comunicam. Mas isso NUNCA foi e NUNCA será provado. É um “exercício em futilidade”. Não sobra pergunta nenhuma, sinto muito.
junho 18th, 2011 às 1:49 AM
Tudo bem, Gilberto!
Então, o que o Vítor também está querendo provar, é pura perda de tempo.
E nós estamos fazendo o que aqui?
Um abraço!
junho 18th, 2011 às 1:49 PM
Esta série do History Chanel é ótima!
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http://www.youtube.com/watch?v=2BWjhFnUKrM
setembro 21st, 2014 às 10:22 PM
Marciano
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Obrigado pelo artigo vou lê-lo e em seguida comento a respeito.