REEDIÇÃO DAS EVIDÊNCIAS DAS CORRELAÇÕES (PLÁGIOS) ENTRE LIBERTAÇÃO E A VIDA ALÉM DO VÉU – Localizada a verdadeira “colônia” Nosso Lar
Neste artigo de Eduardo José Biasetto, mais relações foram encontradas entre A Vida Além do Véu de Vale Owen e Libertação de Chico Xavier, assim essa reedição sofreu acréscimos consideráveis, tornando a evidência de plágio inquestionável. E da mesma forma que no artigo anterior foi possível identificar a verdadeira identidade de André Luiz, nesse artigo foi possível localizar a verdadeira colônia “Nosso Lar”. Assim, estou disponibilizando esse artigo em pdf também.
UMA ANÁLISE CRÍTICA DO LIVRO LIBERTAÇÃO E
LOCALIZAÇÃO DO NOSSO LAR ORIGINAL[1]
Eduardo José Biasetto[2]
INTRODUÇÃO[3]
Não existiram maiores dificuldades para encontrar várias semelhanças entre as obras Libertação, alegada psicografia de Chico Xavier pelo suposto espírito André Luiz e A vida além do véu, suposta psicografia de George Vale Owen por alegados espíritos diversos. Tais semelhanças levam à conclusão que Xavier plagiou a obra de Owen; porém, existiram dificuldades para organizar & apresentar essas semelhanças, em virtude de dois aspectos: a) as duas obras são consideravelmente extensas; b) as semelhanças nem sempre se encontram em sequências de fácil percepção; algumas vezes, entre as similaridades, há longos discursos fideístas que precisam ser removidos para possibilitar uma fácil percepção das sequências copiadas.
Por conseguinte, surgiu a dúvida de como evidenciar o plágio. Primeiramente, considerei organizar o texto em quadros comparativos, citando ambas as obras; porém, além de se tratar de uma tarefa bastante trabalhosa, pois muitas semelhanças não são textuais, mas sim contextuais, esta apresentação também exigiria um artigo bastante longo, motivo pelo qual descartei tal possibilidade. Então, a opção foi apresentar as evidências num texto-síntese, com citações curtas das passagens semelhantes das obras, seguidas de um comentário.
Para evidenciar a prática de plágio, três circunstâncias podem comparecer: 1) pode haver plágio textual & contextual, com palavras idênticas ou sinônimas & frases idênticas ou similares sendo utilizadas em textos de autores diferentes que tratam do mesmo assunto ou contam uma mesma história, sem a devida citação; 2) plágio narrativo, quando a sequência de ocorrências da narração de uma história ou assunto é a mesma ou similar em textos de autores diferentes, sem a devida citação; 3) plágio estilístico, quando o modo de escrever de autores distintos é muito semelhante. Esta última possibilidade foi aqui desconsiderada, por implicar em longo e mais subjetivo desenvolvimento, muito acima das possibilidades deste breve estudo. Permanecem os itens 1 & 2, que significam que um determinado escritor não é o autor, ou seja, que a idéia imbricada na narrativa de uma história pertence a outro alguém, o verdadeiro autor, intencional e dolosamente oculto.
NOTÍCIAS HISTÓRICAS
O reverendo Owen nasceu em 1869, em Birmingham, na Inglaterra, e desencarnou em 09/03/1931. Inicialmente, foi um religioso protestante e, em seguida, um médium espiritualista[4]. Owen ordenou-se sacerdote anglicano em Liverpool, aos vinte e quatro anos, passando a trabalhar como religioso profissional; em 1909, após o desencarne de sua mãe, suas alegadas capacidades mediúnicas despertaram, começando a receber supostas comunicações de sua genitora falecida em 1913; destacou-se como médium na Inglaterra até os primeiros anos da década de 20.
Algumas das mensagens que Owen recebeu constituíram quatro livros, reunidos sob o título de A vida além do véu. No início, recebia mensagens de sua mãe que, como novata no além, descrevia-o ao seu filho; em seguida, começou a receber mensagens mais filosóficas, de um espírito ou anjo que se identificava como Astriel, reunidas no livro Os baixos campos do céu, ao qual seguiu-se o livro Os altos campos do céu. Na sequência, veio à luz o livro Os mistérios do céu, inspirado por um espírito ou anjo que se identificava como Leader, que assumiu o monopólio de suas comunicações posteriores (mudando de nome para Ariel). Essas mensagens formaram o quarto e último livro, Os batalhões do céu. O volume resultante foi prefaciado por Arthur Conan Doyle, famoso espiritualista inglês, célebre pela autoria da série Sherlock Holmes.
Possivelmente, a opção do Ministro Owen pela condição de médium tenha resultado na perda de sua paróquia anglicana e, por conseguinte, de sua fonte de recursos primeira; aos cinqüenta e três anos de idade, iniciou a tarefa de divulgar o espiritualismo nos EUA, onde fez palestras e, regressando posteriormente à Inglaterra, proferiu mais de cento e cinqüenta conferências[5].
Xavier nasceu em Pedro Leopoldo/MG, em 02/04/1910, e desencarnou em Uberaba, em 30/06/2002. Foi o “médium” espírita mais conhecido e influente do Brasil; nasceu numa família humilde e, segundo biógrafos, sua alegada mediunidade teria se manifestado pela primeira vez aos quatro anos de idade, quando respondeu ao pai sobre ciências durante conversa com uma senhora. Dizia ver, ouvir e conversar com espíritos. Afirmou ter psicografado mais de quatrocentos livros – nunca admitiu ser o autor de nenhuma dessas obras, dizendo reproduzir apenas o que espíritos lhe ditavam. Assim, diz-se, não aceitava o dinheiro arrecadado com a venda de seus livros, mais de cinqüenta milhões de exemplares em português, com traduções em inglês, espanhol, japonês, esperanto, italiano, russo, romeno etc. Afirmava ter psicografado as cerca de dez mil cartas que produziu, nas quais pessoas mortas davam notícia às famílias. Desde o primeiro livro, diz-se, cedeu os direitos autorais para organizações espíritas e instituições de caridade; uma de suas obras mais reconhecidas é Libertação, publicada inicialmente em 1949[6].
Uma das críticas que recebi ao postar artigos no blog de Visoni, sobre as relações entre A vida além do véu e livros psicografados por Xavier, envolve a questão de quando o livro de Owen teria sido traduzido pela primeira vez para o português. Após muito pesquisar, consegui encontrar a resposta: por volta de 1920, Owen já havia concluído sua obra e, no Brasil, Carlos Imbassahy (1883-1969, advogado, jornalista e escritor espírita) foi quem primeiramente verteu o livro do reverendo inglês para o português, publicando sua tradução em 1921, segundo assentamentos da Federação Espírita Brasileira[7].
EVIDÊNCIAS DE SIMILARIDADES
1ª) Em 2010, as semelhanças existentes entre passagens da Introdução (atribuída a Emmanuel, o suposto espírito-guia de Xavier) ao livro Libertação, de Xavier, e passagens de um conto “psicografado” pela “médium” inglesa Joan Grant, e publicado também em 1942, foram percebidas no exterior por Guy Lyon Playfair:
“Esta história aparece no livro de Joan Grant, The scarlet fish & other stories, publicado em 1942 e, até onde fui capaz de descobrir, nunca havia sido traduzida para o português. A versão de Chico consta na Introdução (por Emmanuel, seu guia principal) do livro Libertação, publicado em 1949” (negritos meus) [8].
O caso veio à tona por ocasião da publicação do livro Deus conosco, em 2007, por Wanda Joviano, filha de ex-patrão de Xavier[9]; nessa obra, ela reuniu diversas mensagens inéditas do “médium” mineiro. Candidamente, a própria organizadora da compilação informa ter traduzido a história do Peixinho vermelho do livro de Grant e apresentado seu trabalho a Xavier:
“Nota da organizadora: a antiga lenda do Peixinho vermelho consta de um dos livros da médium inglesa Joan Grant, sobre o Egito antigo. Eu a tinha lido em inglês, e contei ao Chico. Muito sensibilizada fiquei quando soube que Emmanuel a incluíra no prefácio do livro Libertação, de André Luiz, revelando que estivera presente à nossa conversa” (negritos meus)[10].
Em 2007, através do livro de Joviano, tornou-se público que, privadamente, em mensagem datada de 26/01/1949, o próprio Xavier admitiu ter utilizado uma tradução, feita pela “irmã Wanda”, para escrever sua versão da lenda do peixinho vermelho. Segundo Xavier, em mensagem assinada por seu suposto espírito-guia, Emmanuel, no capítulo intitulado Os dons de servir:
“Agradecemos a cooperação com que nos auxiliastes na projeção do novo trabalho de André Luiz, registrando, igualmente, nosso reconhecimento pela história do Peixinho vermelho, que tão bem se ajustou aos nossos propósitos de apresentação. (nota 1: Gratos à nossa irmã Wanda pela tradução oportuna e fiel” (negrito meu)[11].
Assim, desde 1949 até 2007, por ocasião da publicação de Libertação até a publicação do livro de Joviano, Deus conosco, a origem do texto “psicografado” por Xavier & Emmanuel permaneceu oculta; o máximo que Xavier disse foi o seguinte:
“Ante as portas livres de acesso ao trabalho cristão e ao conhecimento salutar que André Luiz vai desvelando, recordamos prazerosamente a antiga lenda egípcia do peixinho vermelho” (negrito meu)[12].
Ou seja, embora Xavier afirme tratar-se de uma lenda, retirada supostamente de tradição egípcia antiga, não informa que a história foi extraída de um texto moderno de Grant, anterior ao seu, em livros publicados em 1937 & 1942[13], nem que soube dessa história graças à tradução de Joviano a partir do idioma inglês. O processo “psicográfico” de Xavier nada teve de “espiritual”, e a ausência de citação caracteriza plágio, até porque trata-se de uma longa e estrita tradução, com uso praticamente literal de um extenso texto alheio. Ademais, resta provado que Xavier tinha quem lhe auxiliasse na obtenção e tradução de textos em idioma estrangeiro. Por fim, vale lembrar que o enredo seja do conto Scarlet fish de Grant ou do Peixinho vermelho de Xavier não tem origem conhecida no Egito antigo, e sim no livro 7 de a República de Platão, o famoso mito da caverna, fonte real e muito bem conhecida de tal tema. Seguem os textos de Grant e Xavier:
“In the middle of a garden there was a very large and beautiful pool. It was tiled in turquoise colour, and fresh water always ran into it through a little stone channel and out again through a grid at the other end. In it there lived a lot of very, very fat contented fishes, and one little scarlet fish”. |
“No centro de formoso jardim, havia grande lago, adornado de ladrilhos azul-turquesa. Alimentado por diminuto canal de pedra, escoava suas águas, do outro lado, através de grade muito estreita. Nesse reduto acolhedor, vivia toda uma comunidade de peixes, a se refestelarem, nédios e satisfeitos (…). Junto deles, porém, havia um peixinho vermelho”. |
“The big fat fish ate up all the flies and all the worms, and they took for themselves all the nicest shadow caves, which the lotus leaves made. But the poor little scarlet fish had very little to eat and no private place where he could sleep out of the hot sunshine”. |
“Menosprezado de todos[, … n]ão conseguia pescar a mais leve larva, nem refugiar-se nos nichos barrentos. Os outros, vorazes e gordalhudos, arrebatavam para si todas as formas larvárias e ocupavam, displicentes, todos os lugares consagrados ao descanso”. |
“He couldn’t spend his time eating or being lazy in the shade, so he had to do a lot of thinking to keep himself from going sad. And he explored every bit of the pool, until he knew just how many tiles were on the walls, and which lotus bud was going to open next”. |
“O peixinho vermelho (…), em correria constante, perseguido pela canícula ou atormentado de fome (…), não dispunha de tempo para muito lazer e começou a estudar com bastante interesse. Fez o inventário de todos os ladrilhos que enfeitavam as bordas do poço, arrolou todos os buracos nele existentes”. |
“The little scarlet fish got thinner and thinner, until one day, when he was swimming past the grating, he knew that he was thin enough to swim right through it. It was rather a struggle getting through, and he lost quite a lot of his scales doing it, but at last he was free. He swam down the water-channels until he got to the great river; and he swam on and on down the great river until he came to the sea”. |
“Apesar de macérrimo pela abstenção completa de qualquer conforto, perdeu várias escamas, com grande sofrimento, a fim de atravessar a passagem estreitíssima. Pronunciando votos renovadores, avançou, otimista, pelo rego d’água, encantado com as novas paisagens, ricas de flores e sol que o defrontavam, e seguiu, embriagado de esperança… Em breve, alcançou grande rio (…). Conseguiu, desse modo, atingir o oceano”. |
“Once, he saw a fish so big that he could have drunk the whole of his home pool for breakfast and still have been thirsty. The great fish was swimming along with his mouth open, collecting his breakfast, just like a fisherman drawing in his net, and the poor little scarlet fish went down his throat into the awful churning darkness of the great fish’s belly. Then the little scarlet fish prayed very hard to the god of fishes, and the god heard him in spite of his being in such a dark place. And the god made the big fish have hiccoughs, and he hiccoughed the little scarlet fish back into the sea again”. |
“Fascinado pela paixão de observar, aproximou-se de uma baleia para quem toda a água do lago em que vivera não seria mais que diminuta ração; impressionado com o espetáculo, abeirou-se dela mais que devia e foi tragado com os elementos que lhe constituíam a primeira refeição diária. Em apuros, o peixinho aflito orou ao Deus dos Peixes, rogando proteção no bojo do monstro e, não obstante as trevas em que pedia salvamento, sua prece foi ouvida, porque o valente cetáceo começou a soluçar e vomitou, restituindo-o às correntes marinhas”. |
“Then the little scarlet fish found a beautiful palace of coral in the clear, green depths of the sea; and beautiful little fishes with blue and gold spots brought him the most lovely fat worms on mother of pearl plates. He enjoyed it so much that he might have stayed there the rest of his life; but he wanted to go back to his own home pool”. |
“O pequeno viajante, agradecido e feliz, procurou companhias simpáticas (…), descobriu a existência de muitos peixinhos, estudiosos e delgados tanto quanto ele, junto dos quais se sentia maravilhosamente feliz. Vivia, agora, sorridente e calmo, no Palácio de Coral (…). O peixinho pensou, pensou… (…) deliberou (…) [e] empreendeu comprida viagem de volta”. |
“So he left the sea and swam back up the river. And on the way he had many more adventures, and some were nearly as dangerous as being swallowed by the great big fish. And he swam and he swam up the long river, and up the water channels, until he came to his own grating, and now he was so thin from his adventures that he got through it quite easily. He thought everybody would be very surprised to see him again, but nobody had even noticed he had been away”. |
“Tornou ao rio, do rio dirigiu-se aos regatos e dos regatos se encaminhou para os canaizinhos que o conduziram ao primitivo lar. Esbelto e satisfeito como sempre, pela vida de estudo e serviço a que se devotava, varou a grade e procurou, ansiosamente, os velhos companheiros. Estimulado pela proeza de amor que efetuava, supôs que o seu regresso causasse surpresa e entusiasmo gerais. Certo, a coletividade inteira lhe celebraria o feito, mas depressa verificou que ninguém se mexia”. |
“He swam up to a big, very fat fish, who was the king fish of the pool, and he said, ‘Stop eating and blowing bubbles, and listen to me, you fat and foolish fish! I have come to tell you of all the wonderful things that happened to me on the other side of the grating; and I shall teach you to grow thin, so that you, too, may go upon the same journey and become as wise as I am.’ The fat fish swam towards the grating, and when he saw that the bars were so close together that not even one of his fins could go between them, he blew two bubbles, slowly and scornfully, and said, ‘Silly little scarlet fish! Do not disturb my meditations with your foolish chatter. I am much wiser than you are, for I am king of all the fish. How could you have got through the grating when even I cannot put a fin through it?’ And the big fat fish swam back to the shadows under the lotus leaves. The little scarlet fish was very sad that nobody would listen to him; so he slipped through the grating and swam back towards the sea” [14]. |
“Procurou, então, o rei de guelras enormes e comunicou-lhe a reveladora aventura. (…) Finalmente os informou de que semelhante felicidade, porém, tinha igualmente seu preço. Deveriam todos emagrecer (…). O soberano da comunidade, para melhor ironizar o peixinho, dirigiu-se em companhia dele até à grade de escoamento e, tentando, de longe, a travessia, exclamou, borbulhante: — “Não vês que não cabe aqui nem uma só de minhas barbatanas? Grande tolo! Vai-te daqui! não nos perturbes o bem-estar… Nosso lago é o centro do Universo… Ninguém possui vida igual à nossa! Expulso a golpes de sarcasmo, o peixinho realizou a viagem de retorno”[15]. |
Fig. 1 – A capa do livro mais famoso da médium inglesa Joan Grant e sua fotografia.
Agora, passemos às similaridades existentes entre o livro A vida além do véu, de Owen, e o texto principal do livro Libertação, de Xavier.
2ª) Em A vida além do véu, na mensagem de 17/12/1917, o “médium” Owen, curioso, pergunta ao seu guia acerca do tipo de trabalho que este realiza no além; o suposto espírito Arnel informa que realiza múltiplas & diversas obrigações e, como exemplo, promete descrever uma tarefa para a qual fora recentemente convocado:
“– Você poderia me dizer um pouco mais destas obrigações, por favor? – Mas são múltiplas em número, e na diversidade também são! Contaremos uma tarefa a que fomos recentemente convocados e como foi levada até o fim” (p. 231).
Por sua vez, em Libertação, o suposto espírito André Luiz informa que possui serviços particulares, quando entrou em algumas atividades secundárias de auxílio, engajando-se num trabalho para o qual fora admitido:
“Além dos serviços referentes ao encargo particular que nos mobilizava, entraríamos em algumas atividades secundárias de auxílio. Técnico em missões dessa natureza, [Gúbio] afirmou que nos admitira, num trabalho” (p. 49).
Comentário: em ambos os textos, o assunto inicial são as obrigações/serviços ordinários desenvolvidos pelo espírito protagonista no além, com especial ênfase numa tarefa (Owen)/trabalho (Xavier) especial que será narrado – um esforço de libertação de cativos, adianto. |
3ª) Em A vida além do véu, em mensagens obtidas respectivamente em 17/12/1917, 08/12/1913 e 05/02/1918, o personagem Ariel caminha até um templo, o Templo do Monte Sagrado, um acesso a outras esferas que permite mesclar as duas esferas, onde anjos de reinos superiores surgem, ensinam sobre seu reino e missionários seguem às esferas inferiores, para cumprir deveres de trabalho:
“Na esfera da qual viemos a você, há um Templo no alto de uma colina. É o Templo de que Zabdiel falou. – O Templo do Monte Sagrado? – O mesmo. Fomos em variadas missões de bênçãos para aquela esfera e às inferiores” (pp. 231-232).
“[No Templo,] há anjos que vêm encontrar-se com os que são chamados. Estes prestam seu auxílio a nós, ensinando daqueles Mistérios que são dos Reinos Superiores” (p. 39).
“Este Templo foi levantado com o propósito de mesclar as duas esferas, com seus vários aspectos de serviço, juntas. Aqui, então, aqueles que estão quase saindo de uma para a outra são postos juntos e habitam aqui usualmente por um período prolongado, indo, de vez em quando, para a Esfera Dez e as inferiores, no seu serviço de assegurar ajuda, ou proteger, ou instruir, ou desenvolver aqueles que habitam ali. Mas também começam a acompanhar os da esfera superior em suas missões na esfera Onze. No princípio, não vão muito longe, nem por longo tempo. Mas conforme vão se fortalecendo e sintonizando-se com as pulsações mais sutis daquela esfera, então seguem mais adiante para o interior, e ficam ali mais e mais tempo. Retornando, descansam no Templo, e, talvez, no ínterim, vão às esferas inferiores para cumprir deveres de trabalho” (pp. 274-275).
Por sua vez, em Libertação, o personagem André Luiz caminha até um templo, um templo gracioso, um acesso a outras esferas, onde entidades sublimes se materializam e instruem sobre o serviço a ser realizado nas esferas mais baixas:
“A essa altura da instrutiva conversação, chegamos a gracioso templo. Nesse doce recanto consagrado à materialização de entidades sublimes (…), o instrutor tomou-nos a frente e, juntos, penetramos o jardim que circundava o aprazível santuário. (…) Os doadores de fluidos sublimados encontram-se a postos e a outra comissão já veio. Entramos sem detença. Soube, de imediato, que outro grupo, constituído, aliás, por duas irmãs, ali se achava com objetivo de receber instruções de serviço para esferas mais baixas” (pp. 37-38).
Comentário: em A vida além do véu, o personagem Arnel informa a Owen que seu grupo missionário passou pelo Templo do Monte Sagrado. A função deste templo consiste em mesclar as duas esferas, ou seja, trata-se de uma passagem que, por materialização ou desmaterialização, permite o trânsito de espíritos entre as esferas; ali, os missionários recebem ensino sobre os reinos superiores e seguem às esferas inferiores, a trabalho. Por sua vez, em Libertação, o grupo missionário de André Luiz passou por um templo gracioso. A função deste templo consiste em materializar entidades sublimes de esferas superiores, que instruem sobre o serviço nas esferas mais baixas.
4ª) Em A vida além do véu, na mensagem de 17/12/1917, o personagem Arnel informa que seu grupo missionário aguardava ordens de o Vidente acerca de um trabalho nas esferas ainda abaixo quando, de repente, surgiu outro homem, angélico, que em torno de si ostentava uma névoa azul e dourada, enfeitada de safiras, que cumprimentou a todos:
“Vocês foram chamados para cá para receberem ordens a fim de cumprirem um trabalho que lhes é requerido nas esferas ainda abaixo. Tenham a bondade de esperarem a chegada de nosso irmão, o Vidente, que lhes fará entender o que é requisitado de seu grupo”. Enquanto estávamos ali esperando, chegou por trás da cadeira outro homem. Era mais alto que nosso guia, e em torno dele, conforme se movia, parecia haver uma névoa azul e dourada, enfeitada de safiras. Ele veio em nossa direção e deu-nos a mão, cumprimentando um a um” (pp. 232-233).
Em A vida além do véu, na mensagem de 18/12/1917, o personagem Ariel relata que seu grupo seguiu para a sala de Audiência, para receber as palavras do Vidente. Ao final de seu discurso, no qual forneceu as especificações da tarefa, os trabalhadores ajoelharam-se para receber a bênção do Vidente, seguindo numa longa jornada:
“Fomos para a sala de Audiência, onde recebemos as palavras do Vidente. (…) Tendo pego nosso estoque de coisas e as especificações da tarefa que esperava por nós no trabalho que tínhamos adiante, ajoelhamo-nos e ele nos abençoou, e fomos embora. Tomamos o rumo da esquerda e viemos para além da abertura, lançando-nos em direção a nossa longa jornada” (p. 234).
Por sua vez, em Libertação, o personagem André Luiz relata que, com algumas dezenas de companheiros, seguiu para o salão do educandário para registrar as instruções do Ministro Flácus:
“No vasto salão do educandário que nos reunia, o Ministro Flácus, fixando em nós o olhar saturado de doce magnetismo, convidava-nos a preciosas meditações. Congregamo-nos, ali, somente algumas dezenas de companheiros, de modo a registrar-lhe as instruções edificantes. E, sem dúvida, a preleção revestia-se de profundo interesse. Podíamos perguntar à vontade, dentro do assunto, e guardar todas as informações compatíveis com o novo trabalho que nos cumpria desempenhar ” (p. 10).
Nesse instante da narração, em ambas as obras, seguiram-se longos discursos emotivos e religiosos, a guisa de instrução sobre o novo trabalho a desempenhar nas esferas inferiores, arrebanhando criaturas sofredoras. Como os discursos são muito extensos, convido o leitor a ler nos originais. Em Libertação, ao final de longo discurso fideísta, o personagem André Luiz narra uma passagem semelhante à do personagem Arnel, no mesmo momento da história, pouco antes do grupo partir em grande jornada, a trabalho:
“Eis que a tribuna doméstica se ilumina. Esbranquiçada nuvem de substância leitosa-brilhante adensa-se em derredor e, pouco a pouco, desse bloco de neve translúcida, emerge a figura viva e respeitável de veneranda mulher. Indizível serenidade caracteriza-lhe o olhar simpático e o porte de madona antiga, repentinamente trazida à nossa frente. Cumprimenta-nos com um gesto de bênção, como que nos endereçando, a todos, os raios da luz esmeraldina que em forma de auréola lhe exornam a cabeça. As duas moças que formavam a comissão de serviços, estranha à nossa, avançaram com lágrimas discretas e rojaram-se, genuflexas. – Mãe querida – clamou uma delas, com tal inflexão de voz que nos cortava as fibras mais íntimas –, ajuda-me a falar-te! A saudade longamente reprimida é um fogo que consome o coração. Auxilia-me! Não me deixes perder este doce e divino minuto! Apesar dos soluços de emoção que lhe vibravam no peito, continuou: – Abençoa-nos para a grande jornada!” (pp. 38-39).
Comentário: observe-se a sequência praticamente idêntica: a) em A vida além do véu, Arnel e seu grupo receberam ordens/especificações do Vidente na sala de Audiência para cumprir uma missão, libertar espíritos escravizados nas esferas inferiores; em Libertação, André Luiz e algumas dezenas de companheiros receberam instruções/preleção do Ministro Flácus no salão do educandário para cumprir uma missão, libertar espíritos sofredores nas esferas inferiores; b) em A vida além do véu, surgiu inesperadamente um personagem sem nome, um homem angelical, que tinha em torno de si uma névoa colorida, azul, dourada e enfeitada de safiras, que foi aos missionários e deu-lhes a mão, cumprimentando um a um; em Libertação, surgiu repentinamente uma personagem inicialmente sem nome, veneranda mulher, que tinha em derredor de si uma nuvem e uma auréola com raios de luz esmeraldina a lhe exornar, que cumprimentou a todos; c) em A vida além do véu, os trabalhadores se ajoelharam para receber uma bênção de seu instrutor com vistas à longa jornada; em Libertação, trabalhadoras se rojaram genuflexas para receber uma bênção de um espírito angelical com vistas à grande jornada.
5ª) Em A vida além do véu, na mensagem obtida em 08/01/1918, o guia Arnel relata que a jornada se inicia com uma descida que leva a uma condição inóspita muito precisa:
“Logo chegamos a um lugar onde se abria para nós uma ampla boca de caverna que levava para os lugares intestinos daquela região. Não andamos quase nada e veio em nossa direção, em rajadas, um vento de odor tão nojento, quente e fétido que voltamos e paramos por um pouco de tempo para recuperarmos as forças. Isto feito, endurecemos nosso coração e fomos para dentro e para baixo” (p 252).
Por sua vez, em Libertação, o personagem André Luiz informa que a descida logo apresentou um inconveniente bastante preciso:
“Passamos a inalar as substâncias espessas que pairavam em derredor, como se o ar fosse constituído de fluidos viscosos. Elói estirou-se, ofegante, e não obstante experimentar, por minha vez, asfixiante opressão, busquei padronizar atitudes pela conduta do Instrutor, que tolerava a metamorfose, silencioso e palidíssimo” (p. 51).
Comentário: o personagem Arnel narra ter enfrentado dificuldade por causa de vento nojento, e o personagem André Luiz narra ter enfrentado dificuldade por causa do ar viscoso. Ao fim, ambos os grupos são obrigados a se adaptar às circunstâncias infernais, o primeiro, endurecendo o coração e, o segundo, tolerando a situação.
6ª) Em A vida além do véu, na mensagem da noite de ano novo de 1917, o personagem Arnel narra os seguintes detalhes de sua descida a trabalho às esferas inferiores: a luz é obscura, as árvores feias e a cidade desordenada:
“De nossa descida até aqui falamos resumidamente, mas agora chegamos a estas esferas onde a luz torna-se mais obscura”. (…) “Havia árvores também, algumas muito grandes, e estas com folhas nada graciosas, porque as folhas eram de um verde escuro e amarelo, e espigadas com bordas dentadas. (…) Não era uma cidade, mas um agrupamento de casas, algumas amplas, outras pequenas. Eram espalhadas, aqui e ali, e não ordenadamente” (pp. 241-243).
Por sua vez, em Libertação, André Luiz narra os seguintes detalhes de sua descida a trabalho até vasto domínio de sombras: o fumo cinzento cobria o céu, as árvores eram feias e a cidade decadente e sórdida:
“Após a travessia de várias regiões, em descida, com escalas por diversos postos e instituições socorristas, penetramos vasto domínio de sombras. A claridade solar jazia diferençada. Fumo cinzento cobria o céu em toda a sua extensão. (…) As árvores não se vestiam de folhagem farta e os galhos, quase secos, davam a ideia de braços erguidos em súplicas dolorosas. (…) Em minutos breves, penetramos vastíssima aglomeração de vielas, reunindo casario decadente e sórdido” (pp. 49-54).
Comentário: observem a sequência: 1) o personagem Arnel diz que os missionários seguiram em descida; 2) diz que alcançaram esferas com luz muito obscura; 3) fala de árvores feias; e 4) informa a existência de um agrupamento de casas. Por sua vez, 1) o personagem André Luiz diz que os missionários atravessaram várias regiões em descida; 2) diz que alcançaram vasto domínio de sombras; 3) fala de árvores feias; e 4) informa a existência de uma aglomeração de vielas com casario. |
7ª) Em A vida além do véu, nas mensagens de 04/01/1918 e 18/01/1918, o personagem Arnel relata a seguinte sequência: o grupo missionário alcança uma grande cidade, encontra guardas, observa fortalezas, a estátua de um nobre romano de toga (simbolizando a aspiração de nobreza da elite local) e adentra o Palácio do Mal:
“Chegamos a uma grande cidade, e entramos por um portal enorme onde guardas marchavam de lá para cá. (…) Vimos que a ampla avenida em frente ao portal era alinhada com enormes construções pesadas, como prisões e fortalezas. (…) Seguimos até um grande cruzamento onde havia uma estátua num alto pedestal, não no meio, mas em um dos lados, onde estava o prédio maior. A estátua era de um homem que usava a toga de nobre romano, e em sua mão esquerda ele segurava um espelho no qual ele se olhava, mas sua mão direita segurava uma jarra, de onde ele vertia vinho tinto que espirrava numa bacia embaixo – caricatura de nobreza. (…) [Então,] adentramos o portão do obscuro Palácio do Mal” (pp. 246-247).
“Sorri para meus amigos e (…) contei-lhes que éramos prisioneiros, tão rápido quanto ele nos pôde fazer, e quando alguém foi até a porta por onde entramos, rapidamente percebemos que fomos trancados” (p. 260).
“Naquele ridículo Salão do Trono, ele agrupou sua corte e, tendo tochas acesas e colocadas em torno da sala nas paredes, e fogueiras acesas no centro do chão para iluminar o hall, fez um discurso solene para seus sombrios servidores. Então, a porta de nossa antessala foi solenemente destrancada, e fomos chamados para irmos até ele” (p. 261).
Por sua vez, em Libertação, André Luiz narra a seguinte seqüência: seu grupo missionário alcança uma grande cidade, observa uma fortaleza, adentra um palácio esquisito, no qual há guardas e dignitários que se portam como romanos:
“O aspecto devia, a nosso ver, identificar-se com o das grandes cidades do Oriente, de duzentos anos atrás. (…) Respeitável edifício destacava-se diante de uma fortaleza” (p. 60).
“O esquisito palácio guardava a forma de enorme hexágono, alongando-se para cima em torres pardacentas, e reunia muitos salões consagrados a estranhos serviços. Iluminado externa e interiormente pela claridade de volumosos tocheiros, apresentava o aspecto desagradável de uma casa incendiada. Sob a custódia de quatro guardas da residência de Gregório, que nos comunicaram a necessidade de exame antes de qualquer contacto direto com o aludido sacerdote, penetramos o recinto de largas dimensões, no qual se congregavam algumas dezenas de entidades” (p. 62).
“Funcionários rigorosamente trajados à moda dos lictores da Roma antiga, carregando a simbólica machadinha (fasces) ao ombro, avançavam, ladeados por servidores que sobraçavam grandes tochas a lhes clarearem o caminho. Penetraram o átrio em passos rítmicos e, depois deles, sete andores, sustentados por dignitários diversos daquela corte brutalizada, traziam os juizes, esquisitamente ataviados” (p. 65).
“O instrutor, versado em expedições idênticas à nossa, recomendou-nos não tocar os varões de metal que nos impediam a retirada, esclarecendo se achavam imantados por forças elétricas de vigilância e acentuando que a nossa condição ainda era de simples prisioneiros” (p. 76).
“A sala em que fomos recebidos pelo sacerdote Gregório semelhava-se a estranho santuário, cuja luz interior se alimentava de tochas ardentes. Sentado em pequeno trono que lhe singularizava a figura no desagradável ambiente, a exótica personagem rodeava-se de mais de cem entidades (…). Fixou em nós o olhar percuciente e inquiridor e estendeu-nos a destra, dando-nos a entender que podíamos aproximar” (p. 98).
Comentário: observe-se a sequência praticamente idêntica: no livro de Owen, o grupo missionário adentrou o Palácio do Mal e Arnel informou aos seus que foram feitos prisioneiros. Em seguida, foram chamados pelo governante ao salão do trono (salão iluminado por tochas ) e, na frente da nobreza romanizada local, o governante chamou que fossem até ele. Por sua vez, o grupo missionário de André Luiz adentrou um palácio esquisito e o instrutor informou aos seus que foram feitos prisioneiros. Em seguida, foram recebidos pelo sacerdote num recinto de largas dimensões com um pequeno trono (recinto iluminado por tochas) e, na frente da nobreza romanizada local, o sacerdote deu a entender que podiam se aproximar.
8ª) Em A vida além do véu, na mensagem de 04/01/1918, o personagem Arnel ouve a seguinte e muito precisa informação do Governador do reino maligno:
“E em seus ouvidos, tão afinados à delicadeza vulgar, minhas irmãs, eu cochicharia uma palavra de conselho também. Crianças não vêm até aqui nestes grandes reinos, dos quais vocês me deram a honra de eleger-me Governador” (p. 248).
Por sua vez, em Libertação, o personagem André Luiz ouve a seguinte e muito precisa informação de seu Instrutor no inferno do Grande Juiz:
“Na atualidade, este grande empório de padecimentos regenerativos permanece dirigido por um sátrapa de inqualificável impiedade, que aliciou para si próprio o pomposo título de Grande Juiz. (…) E porque não visse crianças, exceção feita das raças de anões, cuja existência percebia sem distinguir os pais dos filhos, arrisquei, de novo, uma indagação, em voz baixa. Respondeu o Instrutor, atencioso: — Para os homens da Terra, propriamente considerados, este plano é quase infernal. Se a compaixão humana separa as crianças dos criminosos definidos, que dizer do carinho com que a compaixão celestial vela pelos infantes?” (p. 58).
Comentário: em A vida além do véu, o guia Arnel informa ao médium Owen que crianças não vão até a região das trevas; por sua vez, em Libertação, o Instrutor informa ao personagem André Luiz que não há crianças na região quase infernal. Em Owen, o chefe maligno tem o cargo de Governador; em Xavier, o chefe trevoso é um Sátrapa[16]/Grande Juiz.
9ª) Em A vida além do véu, na mensagem de 08/01/1918, o personagem Arnel conta a seguinte história sobre suas realizações com seus amigos em reinos malignos:
“Entramos e fomos desafiados pelo guarda no portão. (…) Que negócios têm aqui, bons senhores e cavalheiros?” disse ele, já que ele tinha sido educado na vida da Terra e isso ainda ressalta do que foi em suas maneiras, mas agora estava mesclado com alguma malícia e com escárnio, como nos modos da maioria destes tristes lugares. A esta pergunta, nós respondemos – eu, por todos: “Nós temos uma missão junto aos trabalhadores das minas, os quais seu mestre escraviza”. “Um fim muito atraente para sua jornada”, disse ele com um tom agradável, procurando nos enganar. “Estas pobres almas trabalham muito para estarem prontos para qualquer bom amigo que aja por eles, sua existência e seus problemas”. “E alguns”, eu disse, “estão também prontos para partir em direção à liberdade do jugo de seu senhor, o qual, cada um em seu degrau, está interligado a vocês todos”. Num átimo, sua face mudou de risonha para fechada e carrancuda, e seus dentes mostraram-se parecidos com os de um lobo faminto. Mais ainda, com a mudança de humor, ali pareceu descer uma névoa mais escura e assentar-se sobre ele. (…) Mas eu fiquei um pouco mais perto dele e pus minha mão sobre seu punho direito, e este contato foi angustiante para ele, e abaixou sua pequena espada com a qual tinha apontado para nós. Eu ainda o segurava para que a aura dele com a minha perturbassem sua alma, para sua agonia, mas não para mim, pois, sendo de maior poder em força espiritual, continuei incólume enquanto ele se angustiava. (…) Então, eu disse, “Nós não somos destas esferas escuras, senhor. Viemos de um lugar na luz do Sol da presença Daquele de Cuja Vida você participava e violou tudo por causa de seus propósitos malignos. Para você, ainda não é hora para alcançar a liberdade destas muralhas e da tirania dos mestres cruéis daqui”. Então, ele saiu da fina casca de seu comportamento e chorou lamentando, “Por que não posso também ficar livre deste inferno e do diabo que governa aqui? Por que os outros podem, e eu não?” E eu respondi, “Você não foi tido como merecedor. Observe o que fazemos neste lugar, não oponha sua vontade à nossa, ajude-nos a fazermos o que temos à mão para fazer e, quando nos formos, pondere bem e longamente então, e talvez até você encontre em nós alguma bênção. Por isso você deveria nos levar às bocas das minas”. (…) Sigam-me, por obséquio, e vou levá-los aonde encontrarão o que procuram (…) desde o meu aperto, ele estava mais submisso e não mais se opunha a nós, que o seguimos” (pp. 251-252).
Por sua vez, em Libertação, o personagem André Luiz narra um julgamento no além, no qual o Sátrapa/Grande Juiz atuou:
“Incidindo toda a força magnética que lhe era peculiar, através das mãos, sobre uma pobre mulher que o fixava, estarrecida, ordenou-lhe com voz soturna: – Venha! Venha! Com expressão de sonâmbula, a infeliz obedeceu à ordem, destacando-se da multidão e colocando-se, em baixo, sob os raios positivos da atenção dele. – Confesse! Confesse! – determinou o desapiedado julgador, conhecendo a organização frágil e passiva a que se dirigia. A desventurada senhora bateu no peito, dando-nos a impressão de que rezava o “confiteor” e gritou lacrimosa: – Perdoai-me! Perdoai-me, ó Deus meu! E como se estivesse sob a ação de droga misteriosa que a obrigasse a desnudar o íntimo, diante de nós, falou, em voz alta e pausada: – Matei quatro filhinhos inocentes e tenros… e combinei o assassínio de meu intolerável esposo… O crime, porém, é um monstro vivo. Perseguiu-me, enquanto me demorei no corpo… Tentei fugir-lhe através de todos os recursos, em vão… e por mais buscasse afogar o infortúnio em “bebidas de prazer”, mais me chafurdei no charco de mim mesma… De repente, parecendo sofrer a interferência de lembranças menos dignas, clamou: – Quero vinho! Vinho! Prazer!… Em vigorosa demonstração de poder, afirmou triunfante, o magistrado: – Como libertar semelhante fera humana ao preço de rogativas e lágrimas? Em seguida, fixando sobre ela as irradiações que lhe emanavam do temível olhar, asseverou, peremptório: – A sentença foi lavrada por si mesma! Não passa de uma loba, de uma loba… À medida que repetia a afirmação, qual se procurasse persuadi-la a sentir-se na condição do irracional mencionado, notei que a mulher, profundamente influenciável, modificava a expressão fisionômica. Entortou-se-lhe a boca, a cerviz curvou-se, espontânea, para frente, os olhos alteraram-se, dentro das órbitas. Simiesca expressão revestiu-lhe o rosto. (…) [Gúbio] acentuando, de modo singular, a voz quase imperceptível, acrescentou: – Temos aqui a gênese dos fenômenos de licantropia, inextricáveis, ainda, para a investigação dos médicos encarnados. (…) O hipnotismo é tão velho quanto o mundo e é recurso empregado pelos bons e pelos maus. Notando, porém, que a mulher infeliz prosseguia guardando estranhos caracteres no semblante, perguntei: – Esta irmã infortunada permanecerá doravante em tal aviltamento da forma? Finda longa pausa, o instrutor informou, com tristeza: – Ela não passaria por esta humilhação se não a merecesse” (pp. 68-70).
Comentário: em ambas as histórias, um personagem transfigura-se em lobo. Na primeira, a de Owen, o espírito “bom” controla o espírito maligno, influenciável e lupino, em virtude de seu poder espiritual superior, levando-o a obedecer às suas sugestões; na segunda, o poder de persuasão do mau juiz faz com que uma mulher, profundamente influenciável, se transfigure em loba. Numa história, o fenômeno de licantropia, acompanhado de uma mudança de humor, resulta na modificação de um rosto; noutra, o mesmo fenômeno, acompanhado de uma repentina interferência de lembranças, resulta na mudança de uma face. Num caso, um espírito “bom” julga sumariamente um guarda mau como alguém que não foi tido como merecedor de ascender às esferas superiores; noutro, um juiz maligno julga sumariamente uma mulher má culpada, e um espírito “bom” diz que ela não passaria por esta humilhação se não a merecesse.
10ª) Em A vida além do véu, na mensagem de 15/01/1918, Arnel, o guia de Owen, informa os detalhes do arremate de sua missão. De início, os missionários produzem uma dissidência nas falanges malignas, conseguindo o apoio do personagem Capitão – inicialmente, figura de confiança do Governador; em seguida, auxiliados por aquele, entram nas minas e cantam canções evangélicas, anunciando assim a oportunidade de fuga aos escravos; aproximando-se, o primeiro ajoelha-se em frente aos missionários; após esse, seguem-se centenas, milhares; por fim, os missionários confrontam o Governador e seus escravos fiéis, evitando o embate militar e se libertando:
“Conforme cantávamos, um após outro daqueles escravos do diabo vieram a nos ver. Uma pálida e cinza face emergiu pela metade de um túnel, e então de outro, ou de uma rachadura na pedra, e dos buracos e guaritas de onde nem tínhamos percebido olharem para nós, até que todos os precipícios em torno de nós estavam lotados de apavorados, ainda que desejosos, tímidos demais para se achegarem, ainda tragando golfadas de ar fresco como homens sedentos do deserto. (…) Cantamos mais suavemente, e terminamos num doce e longo coro de repouso e paz, e um longo e solene “Amém”. Então, um deles veio em nossa direção, ficou a uma pequena distância, ajoelhou-se e disse, “Amém”. (…) Então, vieram em número de quatrocentos, aos pares, aos trios, e então às dúzias, e ficaram como criancinhas respondendo sua lição, e murmuravam, como ouviram-no fazer, “Amém”.(…) Então voltei-me ao nosso grupo e às almas socorridas, porque elas estavam temerosas e tremendo pela aventura que empreenderam, e disse: “E vocês, meus irmãos, façam seus caminhos para a cidade, (…) porque o Chefe deste lugar vem, e devemos ter considerações com ele em primeiro lugar para que consequentemente seu caminho para frente esteja claro”. Assim viramo-nos em direção ao portão pelo qual o Capitão havia saído, e através do qual muitos dos quatrocentos vieram para somar ao nosso grupo” (p. 257).
“Esperamos a chegada do Chefe que, quando passava de uma caverna a outra, chamava seus escravos para seguirem-no e vingarem-se dos insolentes intrusos ao seu reino, que enfrentaram seus vigilantes e desafiaram sua autoridade. Com estas palavras de ameaça e muitos juramentos e imprecações, ele chegou; e aqueles espíritos acovardados, aterrorizados pelo medo de sua presença, seguiram-no com maldições e gritos, tomando para si seus juramentos blasfemadores para cumprirem suas ordens. Ficamos à frente do grupo para recebê-lo quando passou pelo portão, e finalmente apareceu. (…) Mas agora ele hesitava em falar, já que permanecemos em silêncio, porque ele estava acostumado há muito tempo a falar com autoridade e à maneira de um tirano, e faltava-lhe coragem de nos falar agora que nos viu, porque temos aparência pacífica em contraste com toda a temerosa e trêmula atitude de todos os outros naquele lugar. Mas enquanto esperávamos, encarando cada um dos outros, percebi que atrás dele havia um homem amarrado e preso por dois com o uniforme dos guardas que encontráramos no Portão Principal. Olhei muito acuradamente agora, porque ele estava nas sombras, e percebi que era nosso guia, o Capitão. Vendo isto, avancei rapidamente em sua direção e, ao passar pelo Chefe, toquei a lâmina de sua espada na passagem, e então fiquei diante deles que seguravam o homem amarrado e ordenei: “Soltem este homem destas correias e mandem-no para cá para perto de nosso grupo”. A estas palavras um grito de raiva saiu do Chefe, e ele tentou levantar sua espada contra mim. Mas toda a têmpera havia saído da lâmina, e ficou torta, mole como uma alga; ele fitava aquilo horrorizado naquela hora, porque ele a havia desembainhado em defesa de sua autoridade diminuída de poder. Eu não tinha em mente fazer dele motivo de riso, mas os outros, seus escravos, viram o lado cômico de seu apuro, não com humor, mas com malícia, e dos lugares escondidos vieram gargalhadas e zombaria. Então a lâmina murchou e caiu do cabo todo estragado, e ele a lançou para um ponto entre as rochas onde alguém ria mais alto que seus colegas. Então virei para os guardas novamente, e eles rapidamente soltaram o prisioneiro e mandaram-no a nós” (pp. 257-259).
Em A vida além do véu, na mensagem de 18/01/1918, Owen obteve o relato do fim da história – milhares de fujões seguiram a um local combinado, para se libertar:
“Nossa comitiva foi aumentando em tamanho por aqueles que se ajuntavam a nós vindos das cavernas que se estendiam pela escuridão distante para qualquer que fosse o lado. As novidades, tão escassas entre eles, foram espalhadas rapidamente até os limites mais distantes destas regiões trevosas, e agora a nossa contagem era de milhares, onde antes eram centenas. Quando paramos diante do muro, embaixo do buraco por onde espiamos a caverna onde agora estávamos, eu me virei e pude ver pouco além dos mais próximos da multidão, mas podia ouvir aqueles que tinham estado nos trabalhos mais afastados e no mais profundo subterrâneo ainda chegando com pressa febril e juntando-se a nós atrás dos outros, ficando em silêncio na presença do Chefe e seus convidados desconcertantes. (…) Então eu falei à multidão: “E quanto a vocês, de forma alguma fiquem com medo do que vai acontecer pela escolha que vocês fizeram, porque escolheram a parte mais forte, que jamais falhará com vocês. Somente sejam muito verdadeiros e não vacilem em seus passos, e atingirão a liberdade rapidamente e os altos planos, onde a luz está no final da jornada”. (…) Ficamos de lado para deixá-los passar e, enquanto iam, procurei pelo Capitão para dizer-lhe de meu desejo quanto a estas pessoas e a ele. Então ele se misturou em seu meio e passou com eles para fora das minas. Então reunimos os retardatários vindo atrás, e finalmente todos tinham passado pela porta e ficamos sozinhos. Então nós também passamos por ela, e finalmente viemos ao campo que havia na boca das minas. Ali novamente falei às pessoas, e contei-lhes que deveriam separar-se uns dos outros e ir pela Cidade naquelas casas e guaritas que melhor conheciam, contar as novidades e trazer aqueles que gostariam de vir com eles à praça da Rua Principal, onde deveríamos nos encontrar. (…) ficamos esperando pela chegada de nossa companhia na praça diante da Rua Principal. Não vimos mais o Chefe” (pp. 260-261).
Por sua vez, em Libertação, o personagem André Luiz informa os detalhes do arremate de sua missão. De início, os missionários produzem uma dissidência nas falanges malignas, conseguindo o apoio do diretor da falange operante – inicialmente, personagem de confiança do Sátrapa; em seguida, auxiliados por aquele, entram, controlam um posto avançado nos domínios malignos e anunciam a oportunidade de fuga aos espíritos sofredores; aproximando-se, o primeiro ajoelha-se em frente aos missionários; após esse, seguem-no dezenas; por fim, os missionários cantam canções evangélicas enquanto esperam a chegada do Sátrapa e seus assalariados, evitando o embate militar e se libertando:
“O diretor da falange operante, veio receber-nos. Pôs-se a fazer gestos hostis, mas, ante a senha com que Gregório nos favorecera, admitiu-nos na condição de companheiros importantes. – O chefe deliberou apertar o cerco? – perguntou ao nosso instrutor, confidencialmente” (pp. 110-111).
“[Saldanha] sentia-se estimulado ao bem, através da palavra cordial de nosso orientador e revelava-se disposto a não perder o mínimo ensejo de corresponder-lhe à dedicação fraterna. Depois de alguns minutos, ausentávamo-nos do hospício conduzindo as irmãs enfermas a recolhimento adequado, onde Gúbio as internou com todo o prestígio de suas virtudes celestes, ante o visível espanto de Saldanha que não sabia como exprimir-se no reconhecimento a extravasar-lhe da alma” (p. 160).
“Espíritos sofredores e perseguidos, mas bem intencionados, apareceram em grande número. A primeira entidade a aproximar-se foi uma senhora que se ajoelhou, à entrada (…). Logo após, surgiram dois velhos, rogando pousada. (…) A corrente dos pedintes, contudo, não ficou aí. Tive a idéia de que a missão de Gúbio se convertera, de repente, numa avançada instituição de pronto-socorro espiritual. Dezenas de criaturas desencarnadas, sob regime de prisão aos círculos inferiores, alinhavam-se, agora, ao lado da residência de Gabriel, sob a determinação de Gúbio que dizia aguardar a noite para os serviços da prece em geral. Antes, porém, que o dia expirasse, começaram a surgir vários elementos da falange de Gregório, afirmando-se dispostos à renovação de caminho. Procediam da própria colônia que visitáramos, e um deles, com grande assombro para mim, foi claro na enunciação dos propósitos de que se achava inspirado. – Salvem-me dos juizes cruéis! – suplicou, emocionando-nos pela inflexão de voz – não posso mais! Não suporto, por mais tempo, as atrocidades que sou constrangido a praticar. Soube que o próprio Saldanha se transformou” (pp. 214-215).
“Algumas irmãs entoaram formoso hino de louvor à bondade do Cristo, com visível desassombro no olhar firme, dantes ansioso e dorido, enchendo-nos o coração de intraduzível bem-estar. Raios de safirina luz derramaram-se profusamente sobre nós, enquanto as vozes harmoniosas e singelas se espalhavam, em derredor, tangendo-nos as fibras mais recônditas, nos recessos do ser. Terminado o cântico melodioso e tocante que nos recordava os pensamentos sublimes de inolvidável Salmo de David, o instrutor retomou a palavra e informou que, não obstante as santificadas alegrias daquela hora, a batalha não estava finda. (…) Gregório, ciente das novidades havidas no drama de Margarida e informado acerca da renovação de muitos companheiros e colaboradores dele, agora francamente inclinados ao bem, entediados da ignorância e do ódio, da perversidade e da insensatez, se revoltara contra ele (…). Amparados os mais doentes naqueles que se mostravam mais fortes, retiramo-nos, cautelosos, pondo-nos a caminho da zona preestabelecida. Duas horas de jornada, sob a supervisão de Gúbio perfeitamente treinado em experiências daquela natureza, conduziram-nos ao local desejado. (…) Não foi preciso esperar muito. Alguns minutos se desdobraram apressados e Gregório, com algumas dezenas de assalariados, surgiu em campo, investindo-nos com palavrões que se caracterizavam pela dureza e violência. Os recém-chegados apareceram acompanhados de grande cópia de animais, em maioria monstruosos. (…) O sacerdote das sombras avançou para o nosso orientador, à semelhança de general parlamentando na praça, antes de começar a batalha, e acusou sem rodeios: – Miserável hipnotizador de servos ingênuos, onde se alinham tuas armas para o duelo desta hora? (…) Combatamos! Gregório espraiou torvo olhar pela assistência muda e exclamou: – Aqui descansam inermes, ao teu lado, os meus colaboradores que adormeceram, vergonhosamente, ao teu cântico sedutor; entretanto, cada qual deles me pagará, muito caro, a defecção e a desobediência (…) arrancou a espada da bainha e bradou encolerizado: – Vim para combater, não para argumentar. Não temo sortilégios. Sou um chefe e não posso perder os minutos com palavras tergiversantes. Não admito a presença de minha mãe espiritual de outras eras. Conheço as artimanhas dos fascinadores e não tenho outra alternativa senão duelar. Fitando a delicada forma de luz que pairava no espaço, acrescentou: – Por quem és! Anjo ou demônio, aparece e combate! Aceitas meu desafio? – Sim… – respondeu Matilde, com ternura e humildade. – Tua espada? – trovejou Gregório, arquejante. – Vê-la-ás dentro em breve… Após alguns momentos de ansiosa expectativa, apagou-se a garganta luminosa que brilhava sobre nós, mas leve massa radiante e disforme surgiu, não longe, à nossa vista. Compreendi que a valorosa emissária se materializaria, ali mesmo, utilizando os fluidos vitais que o nosso orientador lhe forneceria. Júbilo e assombro dominavam a assembléia. Em poucos instantes, erguia-se Matilde, a nosso olhar, de rosto velado por véu de gaze tenuíssima. A túnica alva e luminescente, aliada ao porte esguio e nobre, sob a auréola de safirina luz de que se tocava, traziam à lembrança alguma encantada madona da Idade Média, em repentina aparição. Adiantava-se, digna e calma, na direção do sombrio perseguidor; todavia, Gregório, perturbado e impaciente, atacou-a de longe e empunhou a lâmina em riste, exclamando, resoluto: – Às armas! às armas!… Matilde estacou, serena e humilde, embora imponente e bela, com a majestade de uma rainha coroada de Sol. Decorridos alguns instantes ligeiros, movimentou-se novamente e, alçando a destra radiosa até ao coração, caminhou para ele, afirmando, em voz doce e terna: – Eu não tenho outra espada, senão a do amor com que sempre te amei! E de súbito desvelou o semblante vestalino, revelando-lhe a individualidade num dilúvio de intensa luz. Contemplando-lhe, então, a beleza suave e sublime, banhada de lágrimas, e sentindo-lhe as irradiações enternecedoras dos braços que, agora, se lhe abriam, envolventes e acolhedores, Gregório deixou cair a lâmina acerada e de joelhos se prosternou, bradando: – Mãe! Minha mãe! Minha mãe!… Matilde enlaçou-o e exclamou: – Meu filho! Meu filho! Deus te abençoe! Quero-te mais que nunca!” (pp. 249-259).
Comentários: em A vida além do véu, o personagem Arnel narra a seguinte sequência final: a) graças à dissidência do personagem Capitão, antes fiel ao Governador, os missionários entram nas minas; b) os missionários chamam os escravos para a fuga, cantando hinos evangélicos; c) aproximando-se, o primeiro se ajoelha; d) centenas ou milhares de escravos seguem-no; e) esperado, o Governador chega com seus escravos fiéis, falando palavrões; f) desembainha a espada; porém, esta murcha na presença de todos; g) a comitiva de milhares de pessoas se ajunta num ponto determinado para se libertar. Por sua vez, em Libertação, o personagem André Luiz narra a seguinte sequência final: a) graças à dissidência do diretor da falange operante, antes fiel ao Sátrapa, os missionários controlam um ponto avançado nos domínios malignos; b) os missionários anunciam aos espíritos sofredores a chance de fuga; c) aproximando-se, uma senhora se ajoelha; d) dezenas de sofredores seguem-na; f) o grupo resgatado segue a um local combinado para se libertar; g) os missionários cantam canções evangélicas enquanto esperam o Sátrapa chegar com seus assalariados, h) falando palavrões, o Grande Juiz desembainha a espada, esta cai e ele é derrotado sem luta. |
CONSIDERAÇÕES FINAIS
Como exposto acima, as evidências apontam que a trama do livro Libertação, que Xavier afirmava ter psicografado do espírito André Luiz, é apenas um plágio, incrivelmente prefaciada por outro plágio, um escrito atribuído por Xavier ao espírito Emmanuel. E mais: sustento que a alegada colônia espiritual que Xavier chamou de Nosso lar também tem sua origem em A vida além do véu, na mensagem de 01/02/1918, nesta obra figurando como a Universidade das Cinco Torres:
“[Na Universidade] há cinco torres – quatro de tamanho igual, mas não de mesmo modelo – e, no meio delas, a Cúpula. A Grande Torre eleva-se mais adiante, e é continuada até uma grande altura. (…) Além do Pórtico está um lago e, andando, nos aproximamos daquilo para o que pórtico se abre, e que se estende a alguma distância para a esquerda e para a direita. O prédio principal eleva-se do lago, e todos os seus jardins e agrupamentos de prédios menores são unidos a ele por pontes, a maioria coberta. A Cúpula cobre um saguão que é usado para a observação. (…) As quatro Torres têm cada uma um conjunto de prédios próprio. Não posso dar-lhe os nomes, mas você pode transcrevê-los como a Torre da Vida Dormente, a qual você chamaria de mineral; a Torre da Vida Sonhadora, que você chamaria vegetal; a Torre da Vida Despertando, a qual você chamaria de animal; e a Torre da Consciência, a qual você chamaria de humana. A Grande Torre é a Torre da Vida Angélica, que observa todas as formas de vida abaixo dela em grau de progresso, e também coroa todas elas. Pois em direção à ordem Angélica está se movendo toda a criação inferior. Estas Torres são servidas pela Casa da Cúpula e, para ela, eles se voltam por algum item especial de conhecimento que necessitem em seu trabalho de pesquisa e classificação (…). A Grande Torre é muito agradável de se ver. É de uma cor que não há na Terra; mas chame-a de alabastro dourado recoberto de pérolas, e terá uma ideia dela. É quase como uma fonte ampla e esplêndida de gemas líquidas em perpétuo movimento. Mas ao invés da água caindo, ali se dá a harmonia de uma música sussurrada, de tal forma que ninguém pode se aproximar do prédio sem que se modifique, quase para um encantamento em êxtase, pela influência que ela emana sobre tudo. As águas também são lindas, já que dão voltas em torno dos canteiros em flor; e aqui há um córrego, e ali há um lago no qual as Torres, ou a Cúpula, ou alguma preciosidade da arquitetura, é refletida, e permanece em plácida e repousante beleza, como uma criança angelical em seu berço, por assim dizer a você. Vou levá-lo para a Grande Torre, e perceba um pouco de suas qualidades. Ela não tem um prédio amplo em sua base, mas lança-se por igual desde suas fundações. Ficamos em seu interior e olhamos para cima, e você paralisa pela admiração. (…) A Torre é construída de paredes duplas, e nos quatro lados há salas e saguões e habitações dos Anjos. Assim que se olha para cima, pode-se ver uma porta, e então um balcão ou janela suspensa, ou uma ponte ligando uma habitação a outra, numa curva para fora no espaço, ou para dentro novamente para sua destinação. Ou uma linha diagonal na parede mostrará onde um lance de escadas vai de uma casa, ou local de lazer, a outro local. Até mesmo jardins há ali, plantados em amplos canteiros saídos das paredes laterais da Torre. E tão alta e tão larga é esta grande construção que estes itens, que são de proporção espaçosa quando se aproxima deles, mesmo assim não impedem a visão do céu acima, nem alteram o contorno da abertura no topo. E quando se olha em torno, vê-se como a luz altera e se mistura, e intensifica ou desaparece nas diferentes partes da ascensão. Desta forma, em uma casa, conforme o que ela forneça para o bem da Torre, lá parece que brilha o sol do crepúsculo. Em outra, o sol da manhã parece estar surgindo e iluminando o jardim no terraço, com suas belas árvores verdes e arbustos, com o lampejo do pôr do sol. (…) Retome em sua mente ao nome que dei a estas Cinco Torres e verá que não é o caso. Esta Grande Torre supervisiona o trabalho das outras quatro, e a Cúpula puxa daqui o poder requerido para a tarefa. Aqui residem Anjos de elevado grau, num vai e vem de reinos muito altos para darem de sua força poderosa e de sua experiência ampla, para auxiliarem aqueles que agora buscam acertar o passo no caminho que eles trilharam antes, eras atrás. Estes que habitam nas Quatro Torres e na Casa da Cúpula estão fazendo, na presente eternidade, o que eles mesmos fizeram nas eternidades já passadas, cujos cidadãos passaram pelo ciclo de progresso e deixaram seu lugar para ser ocupado pela raça atual” (pp. 287-289).
Em o Nosso lar, livro de Xavier, existem as seguintes informações sobre a colônia Nosso lar:
“A essa altura, atingíramos uma praça de maravilhosos contornos, ostentando extensos jardins. No centro da praça, erguia-se um palácio de magnificente beleza, encabeçado de torres soberanas, que se perdiam no céu. – Os fundadores da colônia começaram o esforço, partindo daqui, onde se localiza a Governadoria – disse o visitador. Apontando o palácio, continuou: – Temos, nesta praça, o ponto de convergência dos seis ministérios a que me referi. Todos começam da Governadoria, estendendo-se em forma triangular”.
Fig. 2 – frontispício do livro mais famoso e gravura do Reverendo George Owen.
Comentário: Xavier fez uso da descrição que o “espírito” Arnel fez da Universidade das Cinco Torres, contida em A vida além do véu, para idealizar a colônia espiritual Nosso Lar. As torres de Owen são os ministérios de Xavier; na universidade há casas, lindos jardins, água em abundância – eis o Nosso lar original. Foi a partir da leitura que Xavier fez da Universidade das Cinco Torres de Owen que ele ideou a colônia Nosso Lar. Observe-se as informações sobre a Universidade das Cinco Torres: os caminhos e as pontes sempre convergentes para a Grande Torre; na colônia Nosso lar, Xavier transformou a Grande Torre no palácio da Governadoria – colocando-o no centro, para onde convergem todas as estradas e ruas de o Nosso lar. Em A vida além do véu, todas as informações sobre a Universidade das Cinco Torres recordam um pentágono. Em o Nosso lar, a configuração da “colônia”, sua estrutura etc. remete-nos ao hexágono. Xavier apenas trocou cinco por meia-dúzia. |
No livro Cidade no além (Edifel, que na sua 26ª edição, em julho de 2001, indicava a impressão de duzentos mil exemplares), Heigorina Cunha escreveu:
“Desconhecida que sou da grande família espírita, e do público em geral, a quem é destinada a mensagem deste livro, vinda do Mundo Maior, com a minha pequena parcela de cooperação, gostaria de contar, neste limiar, um pouco da minha vida para que os queridos leitores se inteirem da precariedade de recursos dos quais os Espíritos dispuseram para se manifestarem por meu intermédio, o que pode explicar as falhas técnicas e, às vezes, elementares de desenho, principalmente tendo em vista a qualidade da matéria a ser retratada, que envolve aspectos, paisagens e coisas do Mundo Espiritual. (…) Foi em 1962, quase um ano após a partida de Mamãe, em uma tarde amena, quando contemplava, melancólica, o pôr-do-sol, que senti mais nítida a sua presença, e, a partir daí, comecei a penetrar os dois planos da vida com mais freqüência. Mas foi no dia 2 de março de 1979, quando vivi a mais fascinante experiência de minha vida. Vi-me saindo do corpo, conduzida por um Espírito que não pude identificar, seguindo para uma cidade espiritual que depois soube tratar-se da cidade “Nosso Lar”.
Cunha informa que teve mais um desdobramento, no jargão espírita, uma saída da alma do corpo, no qual teria visitado a colônia espiritual Nosso lar, e que esta ocorrência notável lhe permitiu fazer alguns desenhos da “cidade” visitada em seu “transe”:
“Entusiasmada com o segundo desenho, mostrei-o a algumas pessoas mais íntimas e de minha confiança. Uma delas foi um primo, que levou a notícia a Francisco Cândido Xavier. O bondoso médium de Uberaba se interessou e pediu-me que lhe levasse os desenhos, e qual não foi a minha surpresa quando me afirmou se tratar da cidade “Nosso Lar”, correspondendo-lhe exatamente à forma. Sob estímulo de seu carinho e compreensão, procurei grafar outros detalhes da cidade, que estão oferecidos neste livro. Depositei nas mãos de Francisco Cândido Xavier, que se incumbiu generosamente dos detalhes complementares e do encaminhamento do material para o Instituto de Difusão Espírita, de Araras, que, afinal o editou. Na oportunidade, devo agradecer a Deus e aos Bons Espíritos pela participação que tive neste trabalho, rogando escusas, inclusive aos leitores, pelas deficiências naturais impostas pelas minhas limitações pessoais. Heigorina Cunha, Sacramento, 4 de fevereiro de 1983”.
O livro de Cunha pode ser encontrado na internet, com desenhos de como seria o plano arquitetônico da “colônia espiritual” Nosso lar:
“Da Governadoria partem as coordenadas que dividem a cidade em seis partes distintas, afetas, cada uma, ao mesmo número de organizações especializadas, em que se desdobra a administração pública, representadas, como já disse, pelos Ministérios da Regeneração, do Auxílio, da Comunicação, do Esclarecimento, da Elevação e da União Divina” (p. 36).
Fig. 3 – Plano arquitetônico da “colônia espiritual” Nosso lar, segundo Cunha e Xavier.
UNIVERSIDADE DAS CINCO TORRES
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NOSSO LAR
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Torre da Vida Despertando |
Ministério da Regeneração |
Torre da Vida Dormente |
Ministério do Auxílio |
Torre da Vida Sonhadora |
Ministério da Comunicação |
Torre da Consciência |
Ministério do Esclarecimento |
Torre da Vida Angélica (Grande Torre) |
Ministério da Elevação |
Torre da Vida Angélica (Grande Torre) |
Ministério da União Divina |
Assim, poder-se-ia indagar:
I – Então, Cunha mentiu?
Afirmo que ela não mentiu, longe de mim duvidar da integridade desta senhora. Provavelmente, ela teve um “sonho”, algo nesta linha.
II – Por que Xavier confirmou o que Cunha disse?
Xavier facilmente deve ter percebido que as sugestões de Cunha seguiam ao encontro das linhas gerais que ele havia reproposto para a “colônia espiritual” Nosso lar. Quando lhe perguntavam se André Luiz teria sido Oswaldo Cruz, Carlos Chagas ou Faustino Esposel, ele deixava sempre a dúvida no ar; dava um sorriso, não dizia nem sim nem não! Sabia que não era nenhum deles, simplesmente porque havia inventado esse personagem. Mas a Xavier interessava esse “joguinho” de curiosidades, de discussões sobre o tema; isto alimentava as histórias mitológicas sobre sua “mediunidade”. Entendo que o traço psicológico fundamental para a compreensão de Xavier, o que o motivava, era ser sempre o centro das atenções.
[1] Texto terminado em 23/09/2011, produzido inicialmente para ser publicado no blog Obras psicografadas.
[2] Professor de história com licenciatura plena e habilitação em geografia, formado pela Faculdade de Ciências e Letras de Bragança Paulista – hoje FESB. Professor efetivo de história do Brasil e história geral numa escola estadual e noutra municipal. Trabalhou também como professor de história do Brasil, geral e da arte, geografia do Brasil e geral em escolas particulares e cursos pré-vestibulares. Nascido em 1966, foi bastante influenciado pelo catolicismo, ao qual, por iniciativa própria, abandonou; simpatiza com a doutrina espírita – contudo, ultimamente, caminha no sentido da crítica e do ceticismo.
[3] Agradeço a colaboração de Marcio Rodrigues Horta (doutor em filosofia pela USP e funcionário de carreira do TRE/SP) pelo auxílio na pesquisa, redação e argumentos. Agradeço também a Vitor Moura Visoni (parapsicólogo e profundo conhecedor da vida e obra de Xavier) pelos acréscimos de similaridades e por me despertar do sono dogmático.
[4] A saber, distintamente do espiritismo kardecista, como regra, os adeptos do novo espiritualismo inglês e, em seguida, americano, não acreditam na reencarnação, sendo sua matriz religiosa original o protestantismo.
[5] Adaptado de Wikipédia, http://www.pt.wikipedia.org/wiki/George_Vale_Owen; o livro A vida além do véu está em http://www.espiritando.com.br/saladeleitura/a_vida_alem_do_veu.pdf.
[6] Link para baixar o livro Libertação, de Xavier: https://sites.google.com/site/spirityss/cx1fsadf/37-ChicoXavier-AndreLuiz-Liberta%C3%A7%C3%A3o.pdf?attredirects=0&d=1
[7] Agradeço a colaboração de Alberto Alonso Muñoz (doutor em filosofia pela USP e Juiz do Tribunal de Justiça/SP) pela pesquisa suplementar e descoberta (em ficha catalográfica da biblioteca da FEB) do ano da primeira publicação em português da obra de Owen. Horta também constatou que a edição em inglês disponível na internet foi publicada em Nova Yorque em 1921; o internauta Caio afirmou, no blog Obras psicografadas, que, em pesquisa virtual, descobriu que na biblioteca do Congresso dos EUA existe uma cópia do livro de Owen datada de 1921.
[8] Cf. Playfair, Chico Xavier: medium of the century, p. 78, publicado em 2010 – trecho traduzido por Visoni. Este tema foi desenvolvido por Visoni e publicado inicialmente em www.obraspsicografadas.haaan.com/2011/o-primeiro-plgio-internacional-de-chico-xavier/
[9] Foi o pai de Wanda Joviano, Rômulo Joviano que, em 1934, levou Xavier para uma fazenda modelo do Ministério da Agricultura, onde o “médium” trabalhou como datilógrafo e iniciou a “psicografia” de seus primeiros livros, Parnaso do além-túmulo e Nosso lar.
[10] Cf. Joviano, Deus conosco, 2007, cap. Os dons de servir.
[11] Idem.
[12] Xavier, Libertação, p. 4.
[13] Este conto foi publicado inicialmente em 1937, no livro Winged pharaoh, pp. 11-13 (provavelmente, o livro a que Wanda Joviano se referiu). Em The scarlet fish & other stories, de 1942, transformou-se no conto principal de uma coletânea infantil.
[14] Idem.
[15] Cf. Libertação, Xavier, 1949, pp. 4-9.
[16] Sátrapa significava governador dentre os persas. Este nome se harmoniza com a alegação de Xavier que a cidade inferior era similar às grandes cidades orientais de duzentos anos atrás; todavia, conflita com a pretensão de nobreza romana da elite local, que aproxima a narração de Xavier à de Owen.
setembro 26th, 2011 às 3:23 AM
Gente, fiz besteira. Eu dei uma atualizada no artigo só que o programa colocou como um novo post em vez de atualizar a matéria de 22 de agosto. Ele fez isso (imagino) porque eu peguei o rascunho armazenado e não o post em si. Aí achei melhor deletar o post de 22 de agosto que tinha 275 comentários e ficar só com essa versão, mais atual.
setembro 26th, 2011 às 10:36 AM
Agradeço e parabenizo o Márcio Rodrigues Horta, por ter melhorado em muito, o meu texto original. Ficou muito bom Márcio, muito bom mesmo.
Dá uma olhada nos outros dois artigos que já enviei a você e ao Vítor, vê o que pode ser melhorado aí.
Forte abraço!
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Vítor, só lamento por você ter excluído os 275 comentários, porque tinha opiniões interessantes lá, mas que assim seja!
Forte abraço!
setembro 26th, 2011 às 4:31 PM
Isto aqui, não é discussão estéril. Isto aqui é prova. Prova de que o livro Libertação é plágio do livro A Vida Além do Véu. Mas existem duas explicações pra isto:
A 1ª, o óbvio, o lógico, o racional: o senhor Chico Xavier, leu o livro do reverendo George Vale Owen e resolveu escrever um livro dele, dizendo que era de um tal espírito André Luiz. Então, recordou a história do livro do Owen, fez algumas consultas ao livro, mudou umas coisitas aqui e ali, acrescentou outras coisitas aqui e ali. Assim, nasceu Libertação. Pra completar, ele se lembrou da “história do peixnho”, que a moça tinha traduzido pra ele, e tascou como prefácio do livro, alegando que era o Emmanuel (o guia que ele inventou), que estava escrevendo.
A 2ª explicação, esta é ótima, é compactuada pelo Luciano dos Anjos, o Marcos Arduin e mais uma turma de espíritas aí. Esta explicação, é a seguinte: o espírito André Luiz, queria falar sobre a vida no além, mas não tinha história interessante pra contar. Aí, ele pegou o livro do Owen, leu, achou interessante e resolveu passar a história pro Chico Xavier. Então, ele, o André Luiz, arrancou da história, o espírito Arnel, assumiu o lugar dele, e contou a história pro Chico, como se ele tivesse vivenciado tudo aquilo. Pra completar, o Emmanuel que tinha visto a moça traduzir a “história do peixinho” pro Chico, achou tão bonita a historinha, que resolveu colocá-la no prefácio do livro. Será que ele disse pro Chico: “Vai Chico pega aí na gaveta, aquela historinha do peixinho, copia e põe como meu prefácio.” OU será que ele não precisou disto: como espírito evoluído, tantas reencarnações, até com Jesus trocou ideia, então, será que ele simplesmente foi narrando a história pro Chico, porque bastou a moça traduzi-la e ele já gravou a história na mente espiritual. E, será que o Chico não viu que a história do prefácio, era aquela que a moça havia traduzido?
Ah! vão fantasiar na disneylândia, na Terra do Nunca!
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Só uma observação: Não inclui o Roberto SCur nesta turma do dos Anjos e o Arduin, porque o Scur sequer vê plágio nos livros do Chico. Até agora, depois de mais de três anos, que este blog só tem mostrado isto, ele ainda não viu plágio algum. Só não sei porque ele fica perdendo tempo com isto aqui.
setembro 26th, 2011 às 4:36 PM
Puxa, o Victor, o terrível, detonou a apresentação do texto. Depois d tto trabalho q deu…
setembro 26th, 2011 às 4:38 PM
Bia, gosto d suas apologias. Parece o Huxley…
setembro 26th, 2011 às 4:43 PM
O diretor da falange operante, o Capitão Visoni, é antiestético…
setembro 26th, 2011 às 4:44 PM
Bia, mas antes d se defender, vc pode esperar o adversário atacar… rs
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Ou já está ensaiando os argumentos q vai utilizar?
setembro 26th, 2011 às 5:29 PM
Biasetto, parabéns pelo seu trabalho! Este empenho em pesquisar e estabelecer os comparativos e correlações entre textos de diferentes autores demonstra a farsa que são as psicografias de Chico Xavier (no meu entendimento, todas as psicografias são igualmente falsas). Suas conclusões evidenciam aquilo que o bom senso e a razão já nos indica. Ou seja, que “espíritos” não ditam nem escrevem coisa alguma.
Sds.
setembro 26th, 2011 às 6:35 PM
Márcio,
É que eu estava envolvido no clima do post anterior, envolvido numa “conversa” com o Arduin, então já fui logo tascando um comentário meio que “defensivo”. Sim, porque tem gente que fala que nós econtramos umas “palavrinhas” parecidas entre dois livros, e isto me irrita, porque a CÓPIA É E-S-C-A-N-D-A-L-O-S-A-!
Márcio,
O que que o Vítor detonou a apresentação do texto? Estava melhor que isto, ainda?
…
Antonio G,
Boa parte do que está aí, foi o Márcio que pesquisou. Além disso, ele fez uns retoques legais no artigo.
setembro 26th, 2011 às 6:40 PM
Uai, eu botei a nova versão como estava, não detonei a apresentação não! Se detonei, não tenho a mínima ideia do que foi detonado.
setembro 26th, 2011 às 6:48 PM
Beleza, Vítor. Tá bom demais! Pra bom entendor, meia palavra basta.
Além disso, você deve estar curtindo o Rock In Rio, vai que você foi ver os metaleiros ontem, então, está de ressaca. Hehehê! Cuidado hein: isto aí, é música do diabo.
setembro 26th, 2011 às 7:43 PM
O artigo está ótimo. Demonstra, claramente, como o livro Libertação é filho do A Vida Além do Véu. Quem será o pai?
Chico Xavier ou o André Luiz? Pra mim, Chico Xavier é o dono da criança. Quem disse que ele não teve filhos? Fez mais de 400.
setembro 26th, 2011 às 7:51 PM
Só um detalhe: todos os filhos de Xavier foram clones.
Dentre as inúmeras aventuras do senhor Xavier, se esqueceram de citar mais esta: muito antes da Doly, ele já realizava clones.
Muito bom esse Xavier, realmente, fantástico!
setembro 26th, 2011 às 9:42 PM
Acho que o dos Anjos no seu comentário (não dá pra você recolocá-lo, Biasetto?) teria dito algo como: “Se Chico estava plagiando conscientemente, então teria condições de fazer um plágio muito melhor disfarçado”. Tempos atrás participei de uma reunião onde foi discutido o caso de uma tese na minha universidade contra a qual houve uma queixa de plágio. A tese tinha sido validada no departamento, mas sua homologação levava mais tempo e, durante este, veio a acusação de plágio. Examinada por uma junta, esta concluiu pelo plágio, pois mais do que a porcentagem permitida, a pessoa que fez a tese teria copiado textos de outra tese na mesma temática.
O que houve é que essa pessoa ficou doente e com problemas familiares e não se dedicou ao trabalho e quando o prazo estava se esgotando, então montou tudo de qualquer jeito e incluiu aí o corte e cole de textos inteiros de outra tese. É que no caso de uma tese, fica muito difícil disfarçar resultados e discussões e, se falta tempo, piora ainda mais.
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Mas o Chico não teria tido esse problema: tudo o que precisaria seria mudar nomes e lugares (em ver de Our Home – Nosso Lar, poderia ter usado Fonte da Luz, Nossa Paz, Amor e Caridade… tanta coisa, mas tinha que ser logo a tradução literal de Nosso Lar?) Bem, uma outra possibilidade é que Owen e Chico falassem da MESMA colônia espiritual. Vai saber?
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Mas essa discussão é perda de tempo: ROMANCES são apenas uma forma mais digesta de se apresentar o Espiritismo ao leigo. Não implica que NECESSARIAMENTE essas histórias neles relatadas sejam eventos reais. Se Chico incluiu neles passagens que pegou de suas leituras, com suas próprias palavras, então isso não é plágio no sentido estrito.
setembro 26th, 2011 às 11:37 PM
Arduin,
Não consigo entender, onde você quer chegar, com colocações como esta:
“Mas essa discussão é perda de tempo: ROMANCES são apenas uma forma mais digesta de se apresentar o Espiritismo ao leigo. Não implica que NECESSARIAMENTE essas histórias neles relatadas sejam eventos reais. Se Chico incluiu neles passagens que pegou de suas leituras, com suas próprias palavras, então isso não é plágio no sentido estrito.”
..
Como perda de tempo?
A forma mais simples e clara, de uma pessoa mentir, alegando psicografia, é esta pessoa pegar partes de um livro ou de vários livros, fazer umas mexidinhas e afirmar que tudo que escreveu veio de um espírito. Então, um dia, alguém descobre as cópias e a coisa se complica. É exatamente isto, que está acontecendo aqui.
Arduin, me responda de forma simples e clara: o que poderia impedir que o Chico Xavier tivesse feito o óbvio, isto é, através de colagens e adaptações, ter elaborado os seus livros, sem nenhuma intervenção do espiritual? O quê?
..
Tem um filme que assiste, faz uns anos, que achei muito legal, e que tem alguma relação com o que estamos discutindo aqui. Sobre o filme, retirei algumas informações do G1:
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‘O vigarista do ano’ traz Richard Gere em atuação brilhante. Longa de Lasse Halstöm chega aos cinemas nesta sexta-feira (14). [14/09/2007]
Na trama, Gere vive golpista que ganha US$ 1 milhão para escrever falsa biografia.
Na trama, o escritor falido Clifford Irving (Gere) resolve armar um golpe para cima de sua editora depois que a empresa cancela a publicação de seu romance. Cliff recebe US$ 1 milhão de adiantamento para escrever a autobiografia do megamilionário Howard Hughes (o mesmo que foi interpretado por Leonardo Di Caprio em “O aviador”), cuja rotina misteriosa e extravagante enchia a mídia de curiosidade. Seria perfeito não fosse um detalhe: Hughes nem mesmo sabe da existência do livro.
Munido de cartas forjadas do ricaço e entrevistas falsas, Cliff engana todo o mundo e se dá bem. Mas a mentira começa a tomar proporções gigantescas, e para mantê-la ele vai precisar de mais do que provas fajutas, vai precisar mentir para si próprio. Com isso, Cliff entra num mundo onde já não se sabe o que é verdade e o que não é.
O diretor, o sueco Lasse Halström (de “Gilbert Grape” e “Regras da vida”), acertou em cheio ao revezar tiradas bem-humoradas e suspense, principalmente na reta final, em que um clima sombrio se instala na tela. Mas o talento de Halström está em sua sensibilidade ao acompanhar a viagem de Cliff pelo universo ora eufórico, ora depressivo dos mentirosos compulsivos.
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Este outro comentário, tirei do Uol:
“Falsificando cartas supostamente escritas por Hughes, que viveu recluso durante os últimos 20 anos de sua
vida, Irving, um modesto escritor,conseguiu convencer uma grande editora de que teria sido o escolhido pelo magnata ex-aviador para escrever suas memórias.
Quando o caso foi descoberto, Irving teve seu momento de fama, figurando na capa da revista Time como “o vigarista do ano” – e seguiu direto para a prisão. O protagonista real – que não gostou do filme – oferece sua versão sobre o caso no site http://www.cliffordirving.com, onde vende (em inglês, por US$ 5,95), o “livro não-publicado mais famoso dos Estados Unidos”, como diz.
O VIGARISTA DO ANO (The hoax, EUA, 2007 (115 min) Direção: Lasse Hallström. Distribuição: Pandora.”
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Então, o que é legal neste filme, que retrata um caso verídico (pelo menos em seus fundamentos), é que o cara se envolveu tanto com a mentira que havia criado, que ele, em alguns momentos, parece acreditar na própria farsa. É um filme que recomendo, porque é legal, e mostra como é possível pessoas, inclusive esclarecidas, cultas, caíram num bem montado golpe. Só que um dia a “casa caiu”.
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Lembro-me que quando eu era criança, e isto acontece com todas elas, ou quase todas, penso eu, eu criava mundos de fantasia e me divertia com eles. Teve uma fase, que eu fingia ser um jogador de futebol. Eu brincava na garagem da casa de minha avó, uma garagem bem grande, então, eu fazia todos os papéis: eu era o atacante, o goleiro, o árbitro, imitava até o barulho da torcida, e ainda concedia entrevistas no “final do jogo”. Haha! bons tempos, inclusive.
Fico pensando sobre o Chico Xavier: a sensibilidade que ele trouxe nesta vida, a pobreza, os sofrimentos (que ele disse que passou né), a perda da mãe. Acredito que ele deveria correr pra árvore próxima da casa, e lá descarregar suas frustrações, suas tristezas, conversar, desabafar. Nada impede que criasse a ideia de que estava conversando com a mãe, por exemplo. Estas fugas da realidade, às vezes, funcionam como remédio, pra que a pessoa não adoeça de vez ou até se mate, por exemplo. Não sou psicólogo nem psiquiatra, mas se estiver falando bobagens, peço ao Juliano e ao Leonardo que me corrijam.
Assim, as fantasias que ele foi criando ali, depois juntou com as leituras que fazia, o desejo de ajudar os outros. Além disso, eu acho que o Chico tinha uma autoestima muito baixa, o que fazia com que ele precisasse, o tempo todo se sentir útil e receber algum tipo de retorno por isso. Não era dinheiro, com certeza! Mas bastava o sentir-se amado, reverenciado.
Bem, todo mundo expõe suas ideias aqui, estou expondo as minhas, tentando entender o universo íntimo deste homem.
setembro 26th, 2011 às 11:38 PM
100% Ctrl+C Ctrl+V!
setembro 26th, 2011 às 11:50 PM
Com certeza: copia e cola!
setembro 27th, 2011 às 11:36 AM
Biasetto, perfeita a sua descrição sobre Chico Xavier. É claro que não era lucro financeiro que ele buscava. Ele sempre teve uma vida sem qualquer luxo ou riqueza (mesmo que muita gente tenha ganho um bom dinheiro com a edição, publicação e venda de seus livros). O que movia Chico não era vantagem material. Suas motivações eram de ordem psicológica e emocional. Especialistas o definiram como esquizofrênico, que vivia em permanente delírio psicótico. Chico tinha um enorme complexo de inferioridade e baixa autoestima. Era um homem feio, raquítico, cego de um olho, careca, com trejeitos que denunciavam sua homossexualidade, de corpo raquítico, enfim, a antítese de um galã. Em contrapartida, era um homem extremamente vaidoso, em especial no que se referia às questões da intelectualidade. Suas proezas com o mundo espiritual foi uma forma que ele encontrou, como mecanismo compensatório, de satisfazer seu desejo e necessidade de ser reconhecido, admirado e respeitado. O “solo fértil” da carência, misticismo e credulidade do povo transformou-o no ícone que nós conhecemos. Não foi um homem mau, decerto. Foi, antes disso, um “Maluco Beleza” da religião. Mas foi o maior farsante da história desta nação.
É o que eu realmente penso.
setembro 27th, 2011 às 4:26 PM
A parte estética, Biasetto, foi pro espaço, com o Capitão Vitor, o diretor desta falange operante. Tava tudo tão bonitinho…
setembro 27th, 2011 às 7:40 PM
Hahaha!
setembro 27th, 2011 às 9:45 PM
O que me deixa muito ressabiado, Biasetto, é que um trabalho relativamente simples como esse que você fez poderia muito ter sido feito quando o Chico ainda vivia. Queria ver como ele e os chiquistas se safariam desta.
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Que acontece com os escritores é que só um BOM LEITOR é bom escritor. Isso por que? Porque lendo ele ARRANJA IDEIAS, FRASES, CONTEXTOS, CENAS, ETC E TAL que lhe permitem compor sua própria obra a seu modo. E isso NÃO É PLÁGIO. O romance que concluí tem coisas assim. Foi inspirado na novela A Pequena Órfa, aquela que foi feita pela Excelsior e depois reprisada pela Globo. Só que eu NUNCA vi essa novela e nunca vi qualquer texto escrito dela. A única coisa que tenho são umas poucas cenas que aparecem numa reportagem do vídeoshow. Uma delas eu a incluí, alterada, no meu romance. Há outras que me inspirei em conversas casuais, em coisas que li, etc e tal. Alguém aí irá me acusar de plágio? Seria forçar a barra demais.
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Talvez o Chico, vá saber como funcionaria a sua mediunidade e os limites entre o que diz o espírito e o que vem de sua imaginação ou lembrança inconsciente. Ele sim poderia ter lido tudo o que você e o Vitor sugerem e daí tirado inspiração para algumas cenas. Isso DESMENTE a psicografia? Talvez em parte, mas também no absoluto? Muito que bem, você já conferiu quantos porcento há do que você verificou de plágio em comparação com o que não houve correlação? É este o meu ponto.
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Acho que já disse, mas repetindo: os romances para mim NADA provam com relação à mediunidade. Poderiam ser mediúnicos sim, como poderiam não ser. Se conscientemente Chico sabia não serem mediúnicos, deu um tiro no pé, pois sendo o Espiritismo minoritário no Brasil, o simples termo “psicografado por” já elimina uma baita fatia de leitores potenciais. Agora se aconteceu com ele o mesmo que aconteceu com o personagem que você citou, então pelo menos não se pode acusá-lo de má fé.
setembro 27th, 2011 às 10:47 PM
Arduin,
Este romance sai antes do teu desencarne? Ou tu vais fazer como o dos Anjos que não trouxe suas conclusões à luz neste tal de livro sobre André Luiz?
Ai é que está a questão de vocês, se acham os tais, vociferam, falam grosso, tentam demonstrar a tal da “segurança”, e são como os caezinhos barulhentos que latem, latem e não mordem.
Teu lance é só barulho.
Sugestão de título: “A Volta dos que não foram”! Ah, não dá, o Biasetto vai dizer que o título é plééégiuuuu, plééégiuuuu, vai fazer um jogralzinho de letrinhas coloridinhas, colocar numa tabelinha de algumas linhas e 3 colunas, e vai estufar o peito de orgulho por ter descoberto mais um “plééégiuuuu”.
setembro 27th, 2011 às 10:49 PM
Só que o Vitor Moura não vai publicar no blog dele nem a pau, porque o lançe dele é detonar o Chico Xavier, o Kardec, e outros médiuns mais “graudos” e não tu, que seria um autor não psicógrafo (pelo menos, até que tu saiba, né?)
setembro 27th, 2011 às 11:30 PM
Vítor,
Seguindo a lógica do Arduin, teu blog não faz o menor sentido. Acho que você deveria desistir e parar com isso. Sim, porque pra ele, romances espíritas não provam nada. E ele acha perfeitamente natural, normal, que os tais romances tragam um monte de cópias, de plágios, adaptações, seja lá qual for o termo a ser empregado. O que importa, pra mim, é que estes “romances”, estes livros ditos psicografados, são cópias de outros livros, por isso, não vejo como serem autênticos.
É incrível a pobreza que existe nestes livros espíritas. Os espíritos estão desencarnados – que coisa extraordinária -eles fazem volitação, podem visitar lugares, conhecer pessoas, de uma forma fantástica. Eles moram no além, em colônias, cidades, sei lá! Mas quando eles resolvem contar coisas do lado de lá, pra nós, eles não têm a menor criatividade. Eles precisam de outros livros para poderem escrever as “suas histórias”. Não tem nada de errado em o André Luiz, assumir o lugar do Arnel, para contar as “histórias dele”, não tem nada de errado, em o prefácio do livro Libertação, ser a “história do peixinho” que a moça traduziu pro Chico. Não tem nada de errado que apareçam páginas e páginas de livros e livros contemporâneos (mas anteriores) nos livros psicografados por Chico Xavier. Tá tudo certo, não tem problema não. Ele disse que era médium, então era! Ele disse que Emmanuel foi senador na Roma Antiga, foi padre jesuíta português que desempenhou papel de destaque na história do Brasil. Ele disse, tá dito. Vamos acreditar no homem. Não precisa provar nada, mesmo que as evidências demonstrem o contrário.
Eu tenho uma revelação a fazer: EU SOU O ET DE VARGINHA. Alguém, aqui vai duvidar. Eu disse, tá dito. Ah! mas eu não sou santo né? O Chico era. O Chico fazia surgir, do nada, aromas maravilhosos, fazia materializações…
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O Scur diz:
“Ah, não dá, o Biasetto vai dizer que o título é plééégiuuuu, plééégiuuuu, vai fazer um jogralzinho de letrinhas coloridinhas, colocar numa tabelinha de algumas linhas e 3 colunas, e vai estufar o peito de orgulho por ter descoberto mais um “plééégiuuuu”.”
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“Jogralzinho de letrinhas” – você queria o quê? São os plágios meu amigo, os plágios que o teu querido homem santo fez. Quanto mais cor, mais plágios.
“Estufar o peito de orgulho” – engraçado Scur, você me critica porque mostro evidências de plágios, de cópias… O que estou fazendo de errado? Estou mentindo? Estou inventando? Está aí, veja, analise…
Vou fazer CINCO perguntas pra você e o Arduin (vocês dois são farinha do mesmo saco, só a marca que é diferente) – se vocês forem capaz de me respondê-las, convicentemente, eu paro pra pensar:
1º) Por que nenhum médium psicografa um grande cientista, com revelações e conceitos sensacionais?
2º) Por que os médiuns só psicofrafam aquilo que está ao alcance da humnaidade, em qualquer biblioteca pública (e nossas bibliotecas são bem fraquinhas)?
3º) Por que o André Luiz pra contar a história da VIDA DELE, teve que copiar a história dos espíritos do livro do Owen? Ele não tem história própria?
4º) Por que o Chico não poderia ter lido as obras, que estão sendo apontadas como fontes pros livros dele? Por quê? O que impediria isto? Estas obras existiam no Brasil, eram reverenciadas pelos espíritas, haviam sido lançadas pela FEB. Por que ele não poderia ter lido estas obras?
5º) Por que o Chico, a partir destas leituras, não poderia escrever os próprios livros, sob esta influência, esta “inspiração”? O que impediria isto? O quê? Ele não sabia ler? Ele não teria capacidade de entender o que estava escrito nelas? Respondam-me, por quê?
POR FAVOR, NÃO FUJAM, OS DOIS, RESPONDAM-ME CADA UMA DAS CINCO PERGUNTAS, COM A CATEGORIA QUE VOCÊS DIZEM TER (ESPECIALMENTE O SCUR), QUE CHAMA OS CRÍTICOS AQUI DE AMADORES. Então, mostre-me sua análise profissional e responda às indagações.
NÃO ME VENHAM COM FRASES DE JESUS CRISTO, KARDEC, FUNDAMENTOS MORAIS. RESPONDAM ÀS PERGUNTAS.
Estou no aguardo.
setembro 27th, 2011 às 11:57 PM
Resposta de 1 a 5 – Tá doido? É tudo “lenda urbana”. Ou alguém ainda tem dúvida? Se não fosse, não estaria isso tudo sendo ensinado na escola pública pela tia Teteca? E ainda por cima, no mundo todo? Simples assim. Não é “ceticismo”. É observação superficial de bobagens (não merece mais que isso). Abraços. Ah, Met-Art e Femjoy…
setembro 27th, 2011 às 11:58 PM
Essas coisas é que preenchem nossas vazias vidas. E pra quem é gay sempre tem as Termas Copacabana…
setembro 27th, 2011 às 11:59 PM
Ou o Projeto SB, em Botafogo…
setembro 28th, 2011 às 12:00 AM
E pra quem gosta de gay velho, o cinema Orly, na Cinelândia…
setembro 28th, 2011 às 12:01 AM
C-c-como eu sei tanto sobre points gays? Eu, er… li muito a respeito na revista Sociologia Hoje…
setembro 28th, 2011 às 12:03 AM
Tenho um amigo que é gay e me contou…
setembro 28th, 2011 às 12:03 AM
Passei na porta…
setembro 28th, 2011 às 12:05 AM
Vocês estão me confundindo!!!!! Met-Art Met-Art Met-Art Met-Art Met-Art Met-Art Met-Art Met-Art Met-Art Met-Art Met-Art Met-Art Met-Art Met-Art Met-Art Met-Art Met-Art Met-Art Met-Art Met-Art Met-Art Met-Art Met-Art Met-Art Met-Art Met-Art Met-Art Met-Art Met-Art Met-Art Met-Art Met-Art Met-Art Met-Art Met-Art Met-Art Met-Art Met-Art !!!!
setembro 28th, 2011 às 12:35 AM
KKK…
setembro 28th, 2011 às 12:54 AM
Pra quem é gay tem a Le Boy e a Le Girl em Copa também. 😀
setembro 28th, 2011 às 1:07 AM
Você e o Gilberto estão bem informados. Mas tudo bem, tenho todo tipo de amigos…
setembro 28th, 2011 às 1:16 AM
Biasetto,
você é um cara muito gozado. 🙂
setembro 28th, 2011 às 1:31 AM
Que nada, você e o Gilberto que dormiram com o bozo, e acordaram bem gozadinhos hoje!
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Estou aguardando as respostas do Scur e do Arduin, o crentão e o crentinho.
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Mas, acho que não vem, então vou dormir mais cedo hoje, porque estou com soninho.
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Beijos e abraços…
setembro 28th, 2011 às 4:01 AM
Já passei na porta. De ônibus.
setembro 28th, 2011 às 4:02 AM
Biasa, NUNCA acordei gozado. Juro. Aquilo era suor.
setembro 28th, 2011 às 10:51 AM
Biasetto, você deveria saber que cientistas não têm alma. Somente escritores, artistas, filósofos e assemelhados têm um espírito. Por isso que você nunca encontrará qualquer psicografia, qualquer informação científica inédita ditada pelo espírito de um cientista. Mas não vá você pensar que é porque seria muito mais complicado falsear um conhecimento científico do que escrever umas frases imitando o estilo de um escritor. Não! É porque, como eu disse, cientistas não têm espírito.
setembro 28th, 2011 às 3:00 PM
Perdão à ligeira interferência e mudança de foco na atual discussão. Vitor, como já havia sido comentado por você anteriormente, as pesquisas do NUPES (Núcleo de Pesquisas em Espiritualidade e Saúde da UFJF) ganharam certo destaque da mídia devido ao programa exibido pelo Globo Repórter (16/09). O tema do programa era algo sobre EQMs. Não costumo ler “Super Interessante”, embora ela tenha feito parte da minha adolescência, mas a atual capa da revista trata exatamente desse assunto. Um dos pesquisadores citado é o Prof. Dr. Alexander Moreira de Almeida. Qualquer um que tiver interesse poderá ler o texto da revista e tirar suas próprias conclusões. A minha intenção não é entrar no mérito do texto ou nos trabalho do NUPES mas compartilhar o a postagem do blog “Sociedade Racionalista da USP”, criado por André Luzardo. Observem os comentários, em especial o do “Juninho”. Abraço a todos.
setembro 28th, 2011 às 3:41 PM
Oi, André
achei a postagem da “Sociedade Racionalista da USP” muito fraca. Ruim mesmo. Quando o André Luzardo diz “No que diz respeito a mediunidade e reencarnação, não só não existem evidências de que esses fenômenos são genuínos como abundam confissões e evidências de fraude” ou ele é muito desinformado ou ele está claramente suprimindo a evidência. Certo, abundam confissões e evidências de fraude – apenas na mediunidade, nos casos de reencarnação são pouquíssimos casos de fraude – mas há evidências sim de mediunidade e reencarnação. No 1º grupo temos a médium Piper, Gladys Osborne Leonard e o estudo de 2011 publicado no Journal of Nervous and Mental Diseases. Quanto a reencarnação, coloquei a intensa discussão do caso do menino druso Imad Elawar no blog, há os 3 casos no Sri Lanka publicados em 1988 no mesmo Journal of Nervous and Mental Diseases e mais recentemente o caso do menino Kemal Atasoy, de 2005.
setembro 28th, 2011 às 4:30 PM
P/ mim, ñ está claro q a Mme. Piper tenha fornecido evidência d mediunidade.
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Ela sempre acreditou nisso, inseriu todos seus atos excepcionais dentro da perspectiva novoespiritualista inglesa.
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+ lendo os relatos do Dr. Hodgson, fica parecendo mesmo q algo muito excepcional acontecia, + ñ mediunidade.
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P. ex., o pretenso mentor Dr. Phinuit respondia quase tudo sobre 3ºs, + nada conseguia falar sobre si mesmo e, qdo falava, errava.
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Tb o caso da moça falecida q deixou 1 carta c/ conteúdo secreto, q só ela sabia em vida, s/ mostrar p/ ninguém. A Mme. Piper, junto c/ Phinuit e os demais mentores e espíritos e mesmo o alegado espírito da moça erraram em todas as tentativas, o q deixou a Mme. muito incomodada e o Dr. Hodgson c/ 1 excelente pista sobre o q realmente acontecia – a saber, q provavelmente ñ era mediunidade!
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Sei q o Capitão Vicktor, o destruidor d bons formatos, o líder desta falange operante, gosta da Mme. Mim – quero dizer, da Mme Piper, + creio q melhor, no caso dela, é falar em alguma extraordinária capacidade “paranormal”.
setembro 28th, 2011 às 4:32 PM
Até demonstração em kontrário, o kaso apresentado p/ Linda Tarazi é ótimo em matéria d reencadernação.
setembro 28th, 2011 às 5:18 PM
Pessoal, estarei viajando de hoje até sábado.
Um abraço.
setembro 29th, 2011 às 3:22 AM
Entrei aqui, só pra ver se o Scur e o Arduin responderam às minhas perguntas. Mas, nada!
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Vítor, boa viagem.
setembro 29th, 2011 às 4:18 AM
O Vítor e eu vamos dar um tempo pra gente. Vamos sair num cruzeiro, sem computador, e sem acesso à Internet. Precisamos de um tempo pra relaxar e pra nos curtir. Até domingo, amigos.
setembro 29th, 2011 às 10:15 AM
Eu sabia que tinha algo surpreendente, sobrenatural, nesta história. Sejam felizes, aproveitem a vida…
setembro 29th, 2011 às 7:06 PM
Biasetto, para quem diz que foi espírita por 20 anos, você está devendo ao menos um aprendizado com o mestre Kardec. Em seu livro O que é o Espiritismo, a respeito de críticas, Kardec disse:
_ Não estou querendo que os críticos devam concordar com nossas ideias, mesmo depois de as haver examinado. NÃO NOS REVOLTAMOS DE FORMA ALGUMA CONTRA AQUELES QUE NÃO PENSAM COMO NÓS.
Pois é: Kardec só queria que os críticos examinassem seriamente a coisa antes de sair falando asneira por aí.
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Você ao menos deveria ter aprendido essa lição do mestre, já que ela cabe na nossa vivência, mesmo que não queiramos mais ser espíritas. O fato de você ter concluído por plágio da parte do Chico por haver coincidências pontuais ou semelhanças pontuais com o que outros autores escreveram não nos obriga a concordar na lata com o seu ponto de vista. Enquanto o Roberto é todo chilicoso, eu prefiro ser mais ponderado e noto que você parece tão frustrado e irado por eu não ter mergulhado de cabeça nas suas conclusões que nem lê direito o que eu escrevi.
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Já deixei claro que um romance PSICOGRAFADO NADA PROVA sobre sua origem espiritual. O médium pode de fato ter psicografado mesmo (e o neto de Graciliano Ramos, com quem já tive aulas na Escola do Escritor não fala em psicografado de forma elogiosa), pode ter feito uma escrita anímica, pode ter fingido psicografar, etc e tal. Acho que o único boi que dou pra romance é o caso da continuação do romance O mistério de Edwin Drood, que Dickens deixou inacabado e foi concluído por um médium americano.
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Quanto às suas perguntas, já as respondi mais de uma vez, mas como na sua raiva não deve ter lido as minhas respostas, então vamos aqui novamente:
“1º) Por que nenhum médium psicografa um grande cientista, com revelações e conceitos sensacionais?”
– Porque o trabalho da Ciência é produto do GÊNIO humano. Não cabem aos espíritos trazer-nos conhecimentos e inventos já prontos e acabados. Se tudo ao que o homem desejasse saber bastasse perguntar aos espíritos, por esse preço qualquer imbecil se tornaria o maior gênio do Mundo. Além disso, como já dito mais de uma vez, os espíritos são apenas os humanos que aqui viveram, sem o corpo físico. Não ficam sabendo muito mais, nem se tornam mais morais só pela ausência deste corpo. Assim então um cientista falecido em 1600 e antigamente não estaria sabendo das conquistas científicas de hoje mais do que os próprios cientistas encarnados. Tá lá no Livro dos Espíritos.
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“2º) Por que os médiuns só psicofrafam aquilo que está ao alcance da humnaidade, em qualquer biblioteca pública (e nossas bibliotecas são bem fraquinhas)?”
– Você está bem seguro do que está falando? Quando um médium revela a familiares de certo falecido coisas que só o defunto sabia e que só os familiares poderiam conferir se as respostas estavam certas, em qual biblioteca fraquinha o médium teria obtido tais informes? Há muitos casos assim na literatura espírita, que acho que você não deve ter lido com o devido cuidado.
Se fala em caráter de conhecimento geral, já tendo dito que os espíritos não podem nos revelar mais que já se sabe neste mundo, o que mais você queria?
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“3º) Por que o André Luiz pra contar a história da VIDA DELE, teve que copiar a história dos espíritos do livro do Owen? Ele não tem história própria?”
– Ficarei convencido de suas colocações, Biasetto, quando você me colocar os livros do Owen e os livros do André Luís, lado a lado, página a página, sequência a sequência e TUDO ali estar perfeitamente reproduzido, como se as obras de André Luís fossem apenas TRADUÇÕES dos livros do Owen. Sem isso, já disse que não acho que seja plágio no sentido estrito, mas que espíritos podem ter vivenciado situações semelhantes, transitado por locais semelhantes e o Chico eventualmente lido os livros do Owen (será que NINGUÉM pode confirmar isso?) e feito alguma salada anímica.
Uma coisa é a mãe do Chico falar de Marte como um planeta colonizado por seres inteligentes, com obras e construções etc e tal, tal como o Ramatis falou. NADA disso foi encontrado por lá. Então o que poderia ser? Talvez só uma reprodução anímica (seria o Urânia?), o que mostra que o Chico não estaria imune a ela. E outra coisa é um romance GERAL, querendo através da vida romanceada de um espírito nos passar um vislumbre de como é a vida espiritual. Se há mistura de lances de outros livros, conscientes ou não, não vejo pecado nisso.
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“4º) Por que o Chico não poderia ter lido as obras, que estão sendo apontadas como fontes pros livros dele? Por quê? O que impediria isto? Estas obras existiam no Brasil, eram reverenciadas pelos espíritas, haviam sido lançadas pela FEB. Por que ele não poderia ter lido estas obras?”
– Eu disse que ele não poderia ter lido as dita-cujas? Sim, poderia tê-las lido e pinçado delas elementos que achou interessante mostrar, mesmo que André Luís nunca houvesse falado deles. Como já perguntei antes: cadê o pecado nisso?
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“5º) Por que o Chico, a partir destas leituras, não poderia escrever os próprios livros, sob esta influência, esta “inspiração”? O que impediria isto? O quê? Ele não sabia ler? Ele não teria capacidade de entender o que estava escrito nelas? Respondam-me, por quê?”
– Antes você terá de me responder outra pergunta. O Quemedo, em seu texto “A verdade sobre Chico Xavier”, não desperdiça argumento contra o Chico, dizendo que ele era ao mesmo tempo um grande gênio, um cara com grande queda por literatura, um leitor ávido e voraz, um babaca, um louco em mais alto grau… Bem, acho que fica difícil existir uma pessoa com todas essas credenciais simultâneas. Mas a minha pergunta, Biasetto, é: _ Afinal o que Chico foi?
– Um iletrado semianarfa?
– Um literato enrustido com grande queda por literatura?
– Um canalha que se meteu a enganar os outros (a troco de que?)?
– Um leitor ávido e voraz (qual a prova disso? Não se esqueça de que ele trabalhava o dia todo e à noite no centro que administrava, era cego de um olho e tinha o cristalino deslocado no outro).
Ou mais alguma outra qualificação que eu tenha esquecido. Vai,agora é a sua vez.
setembro 29th, 2011 às 7:15 PM
Ei André, quero fazer um adendo ao dito do Vitor.
– As confissões de fraude, com exceção das irmãs Fox, que confessaram, mas depois desconfessaram, SÃO TODAS confissões do tipo: _ Ele confessa que eu…
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Quer dizer: são sempre confissões feitas por um TERCEIRO. Por exemplo: um certo advogado, Sr Marsault, veio a público dizer que Marthe Beráud e seu pai lhe confessaram farsas ruinosas. Também aparece o mesmo cara como Sr Marsault – o sexo varia conforme a fonte.
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Philippe Davi (ou Davis, ou David, ou Davids – o sobrenome varia conforme a fonte), escreveu o livro “No fim do Mundo dos espíritos”, onde se apresenta como médico particular de Daniel Douglas Home e registra a confissão dele, que disse que nunca houve espírito nenhum e todos gostam de se iludir.
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Anderson e Bois apresentam-se como amantes de Florence Cook, revelando após o falecimento desta (e aí sem chance de desarmar a farsa) e que durante os tórridos encontros, ela lhes confessou que enganou Crookes com truques bobos e infantis.
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Acho que bastam como exemplos. São estas e outras as confissões de fraude que você encontrará nos sítios céticos.
setembro 29th, 2011 às 7:17 PM
Roberto, eu pedi para algumas pessoas lerem o texto para pegar os erros que não vi, falhas de concordância e se discordavam de alguma colocação feita. Terminado isso e o período letivo aqui na UFSCar, vou ver se a Petit se interessa.
setembro 29th, 2011 às 8:54 PM
Arduin,
Você parte de alguns pressupostos, com os quais eu não concordo, por isso nossos pensamentos não se encaixam:
1º) Você faz uso dos ensinamentos de Kardec, a quem chama de mestre, pra defender suas convicções. Eu, não tenho elementos suficientes pra afirmar que Kardec fez ou não fez um trabalho sério, portanto, confiável; mas, já sei, que os livros dele também estão cheios de erros, racismo e informações duvidosas. Sendo assim, as coisas que ele escreveu não servem, pra mim, como referências seguras.
2º) Você não vê problema algum em os livros do Chico trazerem inúmeras passagens, histórias de outras obras. Eu vejo problema nisso – e problema gravíssimo.
3º) Você usa do argumento de que não podendo dizer que os livros do Chico são cópias, página a página, de outros livros, então, isso não se configura em plágio. Oras, seria o fim do mundo, o máximo do absurdo, se ele tivesse copiado os livros, linha por linha, página por página. Era só trocar a capa, então, o que seria a maior estupidez da história. Pra mim não importa se os livros dele trazem 10%, 25%, 50% ou 75% de plágios. Copiou os fundamentos da obra do outro, copiou sequências de fatos, acontecimentos, detalhes, repetiu algumas frases, palavras pouco usuais, pra mim já está caracterizado o plágio, o roubo da ideia, o que vejo como mais do que suficiente pra que a obra dele seja colocada em total suspeita.
4º) Você disse que há várias histórias de médiuns que trouxeram informações do além, comprovadas pelos parentes, familiares, de forma inquestionável. Gostaria que você me mostrasse algumas dessas histórias. Mensagens, realmente sensacionais.
5º) Você disse que os espíritos desencarnados não sabem nada além do que sabemos, e que cientistas não podem nos passar ensinamentos, revelações. Eu, neste caso, pergunto: Pra que serve a psicografia? Pra que serve a comunicação entre “vivos” e “mortos”?
Bem, o Chico trabalhava bastante mesmo, tinha problemas de saúde, uma vida corrida, é verdade. A leitura do livro do Owen, já foi suficiente pra ele escrever quase todos os livros do André Luiz. O livro do Owen foi lançado no Brasil em 1921, e Nosso Lar, só sairia em 1944. Nada impede que ele tenha feito, de forma lenta e gradual, a leitura do livro do Owen, bem como, tenha escrito da mesma forma, os livros da série.
Não acho que o Chico tivesse um caráter malandro, longe disso. Acho que ele queria ajudar as pessoas, resolver os próprios conflitos pessoais e ser reconhecido por suas ações. Certamente, ele tinha talento pra escrever, facilidades pra memorizar, coisas assim. Ele escrevia aquilo que acreditava, favorecido pelas leituras que fazia. Se ele recebia alguma ajuda do plano espiritual nesta tarefa, eu não sei te responder. Porém, afirmar que Emmanuel e André Luiz, dentre outros, eram os espíritos que lhe passavam os livros, sinceramente, considero isto uma fantasia.
Mas, mesmo que estes espíritos tivessem lhe passado os livros, eles não deixaram de cometer algo muito grave: mentir sobre si mesmos, além de fazer uso de livros de terceiros, sem indicar a fonte.
De qualquer forma, o abacaxi é difícil de descascar!
setembro 29th, 2011 às 10:12 PM
Biasetto,
E esses que por aí andam,
estravancando meu caminho.
Eles passarão.
Eu, passarinho.
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Este foi o primeiro poema que eu li na minha vida e que me deixou estupefacto. Estava na agenda escolar do primeiro do segundo grau, num dia lá (todos os dias tinham uma frase ou dizer).
Belíssimo, simples, inocente, puro, gentil, humilde, fraterno…
Difícil descrever as emoções que simples gestos ou ligeiras palavras podem causar, para mim ao menos, mas acho que este poeminha do Mário Quintana serve muito bem para estar no pensamento ou na voz de Chico Xavier em relação à vocês, detratores e perseguidores que não se conformam com a beleza desta existência incomum, com o exemplo poético que este homem deixou na sua passagem por esta Terra.
Tua incompreensão, revolta, não são de fato importantes, não mudarão o bem feito, não aumentarão os possíveis erros, não destruirão nada além do que há em ti mesmo e no íntimo dos que se deixam levar por esta inclinação por reduzir, diminuir o que não lhe cabe na própria índole. Estas incompreensões, passarão, e consigo levarão o turbilhão de tormentas e desconfortos consigo, mas passarão, com certeza passarão!
Já o alvo desta sanha não se perturbará e ficará na sua singeleza e tranquilidade, em paz. Ele, Biasetto, passarinho molhando o bico neste abacaxi doce, pois Ele recomendou e por certo Chico seguiu o conselho:
“Vinde a mim, todos vós que estais aflitos e sobrecarregados, que eu vos aliviarei. Tomai sobre vós o meu jugo e aprendei comigo que sou brando e humilde de coração e achareis repouso para vossas almas, pois é suave o meu jugo e leve o meu fardo.” (S. MATEUS, cap. XI, vv. 28 a 30.)
setembro 29th, 2011 às 10:37 PM
Biasetto, para quem disse ter 20 anos de Espiritismo nas costas e não saber se Kardec fez algo sério ou não, já é um indício que me leva a questionar a sua QUALIDADE como espírita que se formou ao longo desses 20 anos. Kardec é o mínimo que um camarada tem de estudar para se dizer espírita.
Livros cheios de erros… Mas Biasetto, exceto pelos babacas de plantão, nós espíritas estamos plenamente conscientes de que NÃO TEMOS LIVROS SAGRADOS, ou seja, ao contrário dos judeus, cristãos e muçulmanos, não contamos com profetas que tiveram o prazer inefável de ouvir a voz de Deus e com isso compor seus livros sagrados, exatos e infalíveis. E que me desculpem aqueles profitentes, mas seus livros sagrados também estão cheios de erros, racismos e informações duvidosas. Portanto Kardec não sai perdendo nada neste aspecto.
O fato de estamos conscientes de que os escritos de Kardec NÃO SÃO sagrados, nos deixa livres, ao menos os espíritas conscientes, que de uma vez descobertos tais erros, devemos então marcá-los e desconsiderá-los.
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Esses erros também são uma coisa engraçada. Muitos são erros apenas por forçação de barra. Quando eu fiz minha graduação na USP, a ideia era de que a vida surgiu na Terra por aquela sucessiva evolução de sistemas químicos, começando lá com a “sopa orgânica” e que formou partes mais complexas e finalmente surgiu a primeira bacteria, etc e tal… Confrontado com isso, então estaria evidente que Kardec e o Livro dos Espíritos estava errado, pois falava em “germes latentes” vindos do espaço e que se concentraram aqui.
Mas já por essa época ganhava corpo a teoria da Panspermia Cósmica, com a vinda de matéria orgânica do espaço já numa forma mais avançada e que se precipitou sobre a Terra… Como dizia no LE. Acredita-se que tal material poderia ter vindo no gelo dos cometas. Essa proposta se devia a um sério problema técnico: o tempo necessário para que a sopa orgânica evoluísse o bastante para formar a vida. Esse tempo era muito longo e a porca torceu o rabo quando se acharam rochas sedimentares muito antigas (3,5 bilhões de anos), que já tinham nelas vestígios de atividade bacteriana. Um bilhão de anos e ainda tendo de descontar todo o esfriamento necessário para que a água permanecesse em forma líquida não seria suficiente para a formação e evolução da sopa orgânica. Então, o LE, que achei errado na minha graduação, de repente ficou certo…
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Racismo – Há passagens que NÃO TEM exatamente uma conotação racista, mas nos tempos politicamente corretos de hoje, há quem diga que sim. Kardec vivia num tempo eurocêntrico e etnocêntrico. Os espíritos não tinham elementos para mostrar a ele que o racismo não tinha qualquer validade científica… Mas era validado cientificamente pela Ciência da época. Como demonstrar que um negro era tão capaz quanto um branco? Em sua época, negro ou era escravo ou era só um “favelado” que viva em choupanas e se cobria de peles… quando se cobria. Havia como contestar a tese de que os brancos, industrializados, militarizados, tecnologizados eram superiores aos negros e orientais? Faltava elementos para isso. O jeito foi deixar a coisa para o tempo resolver.
Kardec ficou na conclusão LÓGICA, dentro desses parâmetros, de que nessas raças “primitivas” encarnar-se-iam espíritos menos evoluídos. Se um espírito desses encarnasse num branco, daria um branco bronco. Se o espírito de um branco encarnasse num negro, daria um negro talvez um pouco melhor do que seus irmãos de raça, mas não muito devido às deficiências do aparelho. Seria como querer rodar um AutoCad num computador com pouca memória RAM.
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Mas como eu disse, O TEMPO liquidou o assunto. Em 1906, o japonês, considerado um primitivo para os brancos por ser da raça amarela, derrotou os russos em Porto Arthur. Pela primeira vez o branco foi derrotado por um não branco. Mas os caucasoides engoliram o sapo, pois afinal o russo é um eslavo, ou seja, um branco de qualidade inferior. Mas na Segunda Guerra, os franceses, ingleses e holandeses foram derrotados pelos mesmos japoneses. Os americanos, no início tomaram umas pauladas, mas no final viraram o jogo. Só que aí os orientais viram a verdade: o amo e senhor branco, anglo-saxônico, franco-latino e nórdico NÃO ERA INVENCÍVEL. Resultado, desmoronou-se o império colonial europeu.
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Pra encurtar, nos dias de hoje está CLARÍSSIMO que raça NADA tem a ver com capacidades morais e/ou intelectuais natas. Na verdade, tecnicamente nem existem mais as raças. Assim então, o que pensou Kardec a respeito delas, fundamentado na Ciência de sua época, ele pensou errado.
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E veja bem, que devido à estruturação lógica do Espiritismo, esse pensamento racista inicial NÃO TEVE nenhuma repercussão séria na doutrina. Só para você ter uma ideia disso, aqui onde moro, São Carlos – SP, em 1908 veio uma educadora espírita, Anália Franco, que montou umas escolinhas para crianças pobres. Pra que! Ela quase foi expulsa da então catolicíssima cidade por ter cometido uma indecência gravíssima, inadmissível numa sociedade verdadeiramente cristã: ela colocou crianças brancas e negras para estudarem juntas! Pode uma coisa dessas? Eu perguntaria ao pessoal do Monfort, site onde Orlando Fedeli fez o texto chamando Kardec de racista brutal e grosseiro, como ele me explica isso. Só que não adiantaria perguntar, pois lá eles só colocam respostas mal educadas, para mostrar que os espíritas são burros e estúpidos.
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2 – Conforme já disse: não há plágio de ideias. Há plágios de textos, de sequência de notas musicais, de cenas de filmes, etc e tal… Mas de ideia não. E essa discussão é completamente vazia no meu entender, Biasetto, pois no final acabamos sem nada de concreto. Digamos que não houvesse sido encontrados nos livros do Chico NADA que combinasse com o que foi escrito em outras livros. Estaria provado com isso que foram mesmo Emmanuel ou André Luís que ditaram as obras? Ficaria provada a autenticidade da psicografia do Chico? Ué? Não há autores que escrevem sem nunca colocar na capa: “psicografado…”? Então, meu caro, de um jeito ou de outro, NADA se prova. Eu apenas saliento que não estou excluindo animismo ou mesmo que o Chico houvesse colocado conscientemente passagens que viu em outros livros apenas porque as achou interessante para exemplificar o que ele queria mostrar. Não há obrigação de nenhum autor colocar notas de rodapé em cada página para dizer cf Owen… Eu fiz isso no meu romance, coloquei referências, inclusive de coisas que vi na internet. Mas isso foi uma posição minha. Coloquei lá uns trechos de letras de música. Qualquer um tem como saber que a música A Praça foi cantada pelo Ronnie Von e composta pelo Carlos Imperial. Eu nem precisaria dizer isso, mas disse. Só que nos tempos mais antigos, isso não era costume.
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4 – Falei por aqui sobre o caso do filho da Cacilda Becker, que colocara um bilhete debaixo da cabeça da mãe, já no ataúde. Só ele sabia disso e do conteúdo da mensagem. Num encontro casual com o Chico, quando este foi dar uma entrevista, o Chico disse três vezes a ele que gostara do bilhete que lhe escrevera. Só que o filho dela jamais lhe mandou bilhete algum e quando questionado, Chico disse que quem lhe falava não era ele, mas a mãe dele, agradecendo pelo bilhete que dizia: _ Vá em paz, mãe, que aqui a gente se cuida. _ Ele nunca contara isso a ninguém. Com o Chico pôde saber?
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5 – Comunicação entre mortos e vivos.. E isso já não é o fundamental? As outras religiões só podem exigir de nós que acreditemos em seus livros sagrados e nas palavras de seus sacerdotes. Nós espíritas podemos ter acesso a algo mais palpável que isso. O resto é perfumaria e geralmente fedida, pois o que se dá de bola fora!
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Você acha fantasia o ditado de espíritos para obras literárias? Bem, também posso achar isso, pois é tudo ASQ – Acredite se quiser.
setembro 29th, 2011 às 11:07 PM
Arduin,
O que eu quis dizer sobre Kardec, é que eu já ouvi e fiquei sabendo de histórias, que também colocam ele em situação duvidosa. Porém, como eu não estudei a fundo o tema, e não li toda a obra dele, reconheço, então, eu não digo nem que ele é confiável ou não.
Sobre o caso que você citou do filho da Cacilda Becker, eu só estou conhecendo a história por você. Se alguém pode me contar melhor isto daí, e dizer, realmente o que aconteceu, eu terei condições de avaliar melhor. Porque, Arduin, você sabe muito bem, que várias e várias histórias que foram contadas sobre as “peripécias” de Chico Xavier, muitas delas, ou simplesmente foram inventadas, ou simplesmente foram aumentadas. E você sabe disso!
Você disse que nossa discussão é “completamente vazia”. Mas então, o que estamos fazendo aqui? Qual o propósito deste blog? Não é avaliar as obras ditas psicografadas? O que é psicografia? Copiar livros é psicografia?
Arduin, veja como você mesmo se contradiz:
1º) Você desconsidera a sabedoria de Emmanuel. Você diz que os espíritos que se comunicavam com o Chico eram todos “zé manés”. Pô, o cara, simplesmente, conversou com Jesus – ali, a um metro de distância. O cara, simplesmente foi personagem de destaque na história do Brasil Colônia, inclusive, na companhia de José de Anchieta, ajudou a fundar o Colégio de São Paulo, que deu origem à atual cidade de São Paulo, uma das dez maiores metrópoles do planeta.
2º) Você mesmo admite que há livros banais escritos pelo Chico (e espíritos), cita “Brasil, Coração do Mundo…”, falou do planeta Marte.
3º) Você admite que o Chico não só pode, como deve ter lido os livros que indico como fonte dos plágios. E que ele, o Chico, deve ter misturado o que leu com o que recebeu do espiritual. Bem, isto pra mim, já é uma coisa muito fantasiosa. Mas tudo bem, vamos admitir esta hipótese. Então, por que o Chico Xavier, passou a vida afirmando que TUDO QUE ELE ESCREVIA, vinha do plano espiritual? Não seria justo, honesto e lógico, ele dizer que lia obras, que as leituras dele influenciavam nos livros que ele escrevia? Por que ele NUNCA DISSE ISTO?
Sabe Arduin, quando se precisa ficar fazendo muita ginástica pra manter viva a mediunidade de alguém, no caso, a de Xavier, é porque a coisa já se complicou faz tempo.
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SCUR,
Estas frases feitas que você retira da bíblia, não me causam a menor impressão. Mesmo porque, este livro tosco, recheado de incitações à violência, recheado de machismo e preconceitos, não significa nada pra mim.
Pra você, eu o Vítor, o JCFF, o Montalvão, o mrh, o Lair Amaro e outros que já colocaram artigos ou críticas aqui, somos todos perseguidores de Chico Xavier, pessoas do mal, pessoas que não aceitam a verdade.
Fazer o quê? Talvez você esteja certo, quem sabe? Mas nos perdoe, porque não fazemos por mal, é que nossa análise, entende como significativo:
1º) O Waldo Vieira afirmar que Chico Xavier mentia sobre perfumes;
2º) O Waldo Vieira afirmar que havia pesquisas para a elaboração das mensagens dos desencarnados;
3º) O fato de que as fotos da tal materialização de Uberaba revelarem fraude, e a tal Otília Diogo ter sido pega em uma escandalosa fraude, tempos depois;
4º) As pesquisas feitas por JCFF indicando que nunca existiu um senador romano chamado Publius Lentulus;
5º) As pesquisas feitas pelo Lair Amaro, indicando diversos erros históricos nos livros sobre Roma antiga;
6º) A presença de páginas de Vida de Jesus e Heculanun, no livro Há Dois Mil Anos;
7º) A presença de páginas e fatos e sequências de histórias de A Vida Além do Véu, em Nosso Lar, Libertação, Obreiros da Vida Eterna;
8º) A presença de páginas e fatos e termos e explicações de O Átomo, em Mecanismos da Mediunidade;
9º) Que Chico Xavier tivesse vários cadernos com anotações e, dentre aqueles que não foram destruídos, restar exatamente o que tem diversas colagens de poemas, biografias de escritores, cópias das assinaturas deles;
10º) Por fim, o Waldo Vieira tenha dito, que o Chico lia tudo quanto era biografia de santo, porque queria imitá-los, pra ser reconhecido como um deles.
Acho que ele conseguiu: para o Roberto Scur, e muitos outros, São Chico Xavier.
setembro 30th, 2011 às 1:13 AM
Biasetto,
1 – Que histórias são essas que colocam o Kardec em situação duvidosa? Afinal quais são as dúvidas? Kardec não era infalível, a não ser para os babacas de plantão, mas já que cobra sobre a história do filho da Cacilda Becker, talvez devesse se cobrar sobre essas histórias a respeito do Kardec…
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2 – Procure na internet sobre Cacilda Becker e Chico Xavier…
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3 – O que estamos fazendo aqui? Sei lá. Eu só estou pondo os meus argumentos e você os seus. Quais são os melhores, que os outros julgem. Eu acho a discussão chocha pelo fato de que a psicografia de romances ou outras obras literárias não nos dão nenhum subsídio válido para atestar a validade da psicografia.
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4 – Ah! Biasetto, dá pra cair na real? Então que provas tenho de que o cara conversou com Jesus e foi um nobre jesuíta do Brasil-colônia? Isso é o que se diz em ROMANCES. Já notou que você está queimando muito óleo grosso para pouco trabalho realizado?
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5 – Livros banais escritos pelo Chico? Qual é o desdouro de se verificar um fato? E sei lá… Machado de Assis ou Monteiro Lobato escreveram livros tão porcarias quando o “Brasil, coração do mundo…”. Não seria ele uma prova de que Chico não é ao menos o autor de tudo o que escreveu?
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6 – Você conhece algum caso de autores que começaram a escrever a partir de uma cabeça absolutamente vazia, sem nunca terem sido influenciados por nenhum precedente? Não seria uma coisa óbvia achar que Chico também podia ler, já que era alfabetizado, e tirar ideias para o que escrevia? Eu só lamento que ninguém tenha feito isso com ele ainda vivo e procurado esclarecer de onde veio tal e qual influência.
Uma pena.
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Quanto às perguntas feitas ao Scur, você parece um viciado em corte/cole. Lembro-me de eu já as ter respondido, mas sempre volta a elas… Sabe muito bem que o Scur nada tem a dizer delas exceto o que já tem dito.
setembro 30th, 2011 às 2:11 AM
Esta é a história a que o Arduin se refere. Se for realmente autêntica, é muito interessante:
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Foi Cacilda quem me Contou
No dia 14 de junho de 1969, vitima de um derrame cerebral, desencarnou a grande estrela de teatro Cacilda Becker que, na maioria das vezes, representava em autêntico transe mediúnico.
Anos depois, em Uberaba-MG, seu filho Luiz Carlos Becker perguntou ao Chico Xavier que bilhete era aquele que ele (Chico) tanto se referia quando se encontravam.
Chico Xavier explicou que aludia às poucas palavras escritas num pedaço de papel que ele, Luiz Carlos, às escondidas, colocara sob o travesseiro onde descansava a cabeça de sua mãe,
minutos antes de levarem o caixão mortuário.
Você escreveu, prosseguiu Chico Xavier, o seguinte: “Mamãe, vai em paz, que aqui a gente se vira. Beijos do seu filho “Cuca”.
Perplexo, Luiz Carlos indagou como o Chico Xavier soubera da existência do bilhete, se, até aquela data, nunca revelara a ninguém, nem mesmo à sua esposa, Dorita, a curta frase que grafara, às ocultas, na hora dolorosa do enterro do corpo físico de sua mãe.
Quase envergonhado, com humildade e naturalidade, Chico Xavier esclareceu: “Foi Cacilda quem me contou…”
Luiz Carlos tornou-se espírita…
http://sorriso.mforos.com/1712723/8129995-algumas-historias-de-chico-xavier/
setembro 30th, 2011 às 2:58 PM
Biasetto, você “matou” a charada na primeira linha do seu último post. E a palavra chave é exatamente o “SE”. “Se for realmente autêntica…” O problema está exatamente aí. Por mais que tenha procurado, jamais encontrei uma única história deste tipo que se evidenciasse como verdadeira. São SEMPRE falsas, frutos da fantasia, do exagero ou simples mentiras. Desculpem-me os que crêem, mas é sempre assim.
setembro 30th, 2011 às 6:45 PM
Acho que o Luís Carlos Becker ainda está vivo. Talvez, se pudermos contatá-lo, saber se de fato os detalhes conferem. E se conferirem, se ele confirmar mesmo tudo o que está dito a respeito do caso… Bem, suponho que você vai continuar afirmando as mesmas coisas já ditas, né? Esse é o problema de quem tem fé: é sempre assim.
setembro 30th, 2011 às 7:03 PM
Arduin, tenho objeções a fazer sobre as cincos respostas que você deu ao Biasetto. No entanto, devido à falta de tempo, vou me concentrar somente no primeiro tema da discussão, que diz respeito ao fato dos supostos médiuns não receberem mensagens de teor científico. Num momento mais oportuno, abordarei os outros tópicos.
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Bem, você lançou mão de uma “tática” que, particularmente, não acho nada bacana: para dar sua resposta, você acrescentou “detalhes” à pergunta do Biasetto, “enxertou” algo que, de fato, ele não disse. Ele não disse que “cabem aos espíritos trazer-nos conhecimentos e inventos já prontos e acabados”. Ele perguntou por que diabos espíritos não psicografam textos científicos, com revelações “sensacionais”. Aliás, eu acho que ele poderia até ter suprimido o “sensacionais”. Vamos encurtar a pergunta: por que diabos os espíritos não psicografam textos científicos, mesmo textos com teses mais “modestas”? Não estou pedindo uma máquina do tempo, nem um aparelho para transportar pessoas de um continente a outro em segundos, nem mesmo uma teoria complexa como a relatividade geral ou o evolucionismo, mas apenas um simples artigo, que acrescente um pequeno conhecimento ao corpo de conhecimentos científicos atuais. Exemplo: os biólogos atuais estão constantemente criando notas de rodapé para a Teoria de Darwin. As bases que Darwin criou continuam inalteradas, mas muitos cientistas, desconhecidos do povão, contribuem com o evolucionismo fazendo pequenos ajustes, e você deve saber muito bem disso. Considerando que os espíritos continuam trabalhando no plano espiritual – muitas vezes fazendo algo parecido com o que faziam na terra –, não deveríamos receber pelo menos alguns artigos verdadeiramente científicos (simples, mas científicos), psicografados de preferência por algum médium ajudante de pedreiro, ou eletricista? Ah, já sei: a ciência pertente ao gênero humano. Pergunto: por qual motivo? Os espíritos dão pitaco em filosofia (grosseiramente, claro), em sociologia, em história… Por que apenas em ciências eles são proibidos de palpitar? Não é mais fácil, mais óbvio, mais lógico deduzir que eles, os espíritos, não redigem artigos científicos por meio de médiuns simplesmente porque eles não existem e os pobres médiuns, sozinhos, não tem capacidade para escrever um material desse teor?
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Aguardo por uma resposta objetiva.
setembro 30th, 2011 às 7:06 PM
Arduin,
Antonio e Arduin,
A questão é exatamente esta: contatar o filho da Cacilda Becker – aí sim, dá pra se tirar uma conclusão séria. Porque, histórias contadas, estou vacinado – duvido de quase todas (ou todas, mesmo).
setembro 30th, 2011 às 7:10 PM
Arduin, tenho objeções a fazer sobre as cincos respostas que você deu ao Biasetto. No entanto, devido à falta de tempo, vou me concentrar somente no primeiro tema da discussão, que diz respeito ao fato dos supostos médiuns não receberem mensagens de teor científico. Num momento mais oportuno, abordarei os outros tópicos.
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Bem, você lançou mão de uma “tática” que, particularmente, não acho nada bacana: para dar sua resposta, você acrescentou “detalhes” à pergunta do Biasetto, “enxertou” algo que, de fato, ele não disse. Ele não disse que “cabem aos espíritos trazer-nos conhecimentos e inventos já prontos e acabados”. Ele perguntou por que diabos espíritos não psicografam textos científicos, com revelações “sensacionais”. Aliás, eu acho que ele poderia até ter suprimido o “sensacionais”. Vamos encurtar a pergunta: por que diabos os espíritos não psicografam textos científicos, mesmo textos com teses mais “modestas”? Não estou pedindo uma máquina do tempo, nem um aparelho para transportar pessoas de um continente a outro em segundos, nem mesmo uma teoria complexa como a relatividade geral ou o evolucionismo, mas apenas um simples artigo, que acrescente um pequeno conhecimento ao corpo de conhecimentos científicos atuais. Exemplo: os biólogos atuais estão constantemente criando notas de rodapé para a Teoria de Darwin. As bases que Darwin criou continuam inalteradas, mas muitos cientistas, desconhecidos do povão, contribuem com o evolucionismo fazendo pequenos ajustes, e você deve saber muito bem disso. Considerando que os espíritos continuam trabalhando no plano espiritual – muitas vezes fazendo algo parecido com o que faziam na Terra –, não deveríamos receber pelo menos alguns artigos verdadeiramente científicos (simples, mas científicos), psicografados de preferência por algum médium ajudante de pedreiro, ou eletricista? Ah, já sei: a ciência pertence ao gênero humano. Pergunto: por qual motivo? Os espíritos dão pitaco em filosofia (grosseiramente, claro), em sociologia, em história… Por que apenas em ciências eles são proibidos de palpitar? Não é mais fácil, mais óbvio, mais lógico deduzir que eles, os espíritos, não redigem artigos científicos por meio de médiuns simplesmente porque eles não existem e os pobres médiuns, sozinhos, não tem capacidade para escrever um material desse teor?
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Aguardo por uma resposta objetiva.
setembro 30th, 2011 às 7:35 PM
Caio, eu já fiz esta pergunta aqui várias vezes, inclusive para o nosso caro Arduin. Mas não existe resposta minimamente aceitável para isso. Parece mesmo que só artistas, poetas e escritores possuem espíritos. Mas os químicos, físicos, matemáticos, ou não têm espíritos, ou, por algum motivo desconhecido, não gostam de se comunicar.
setembro 30th, 2011 às 7:36 PM
“Esse é o problema de quem tem fé: é sempre assim”.
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Não se trata de fé, caro Arduin. Trata-se de dar o devido peso à evidência. Mesmo que esse senhor confirmasse o fato, qual a evidência concreta que teríamos do caso? Nenhuma. É um caso sensacional, muito sensacional para ser considerado verdadeiro apenas porque alguém diz que foi assim e ponto. Se eu disser que nesse exato momento, enquanto escrevo, tem 2 milhões de doláres pegando fogo atrás de mim, que decidi queimar apenas por não ter nada melhor para fazer, você acreditará? Por que motivo então devemos acreditar em alguém que conta uma história qualquer sobre algo fantástico, sobrenatural?
setembro 30th, 2011 às 8:18 PM
Caio, é o seguinte:
Os espíritos NÃO ESTÃO proibidos de dar pitacos em Ciência: muitos já deram e seus médiuns, alguns deles pelo menos, viveram para ver suas caras caírem…
– Olha só aí o Ramatis, falando da civilização marciana, das cidades, dos oceanos, das enchentes, da vegetação em Marte… E também ele falando em favor do vegetarianismo, de eu ser careca porque corto o cabelo curto e mais outras tantas pataquadas que caberiam num livro de piadas caso tivessem graça.
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O caso aqui, Caio, é o que vamos fazer com a dita revelação científica. Digamos que um grupo de cientistas espíritas recebem uma revelação, mais ou menos bombástica sobre certo assunto, e aí então fazem projetos de pesquisa e investem dinheiro e tempo em busca de tornar cientificamente palpável a tal revelação bombástica. E trabalham e trabalham e nada. E o espírito enrola, enrola e enrola… até o dia que cai a ficha: _ Foram enganados por um zombeteiro esperto, que lhes revelou algo plausível, mas comprovadamente falso. Já pensou nisso?
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Suponha que eu em 1982, um ano depois de entrar na USP, recebesse essa fabulosa revelação: o ser humano tem 32000 genes, o DNA lixo, o tal que nada codifica, não é lixo: é o DNA gerente, o que comanda o funcionamento dos genes, cada gene pode codificar mais de uma proteína, em média 6, e isso é determinado pelo DNA que nada tem de lixo, etc e tal. Bem, com os conhecimentos científicos que já havia adquirido no ano anterior, a PRUDÊNCIA, mandaria que eu considerasse tal revelação uma pataquada. Afinal, meus professores, que não eram pouca porcaria, disseram-me que o ser humano tem 320.000 genes, que o DNA lixo é lixo mesmo, pois é heterocromático e nada codifica, e cada gene só poderia mesmo codificar uma proteína. Não teria jeito de codificar mais de uma, pois para tanto ele teria de ser uma metamorfose ambulante.
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Só que 30 anos depois eu ficaria sabendo que TUDO aquilo que o espírito disse ERA VERDADE. Pois é: concluído o mapeamento do genoma humano, verificou-se que tudo o que eu disse primeiro é a verdade. Eu teria perdido uma excelente oportunidade de sair 30 anos na frente do mapeamento do genoma humano… Mas teria um problema: como eu ia comunicar isso aos meus professores? Como iria convencê-los de que só há 32000 genes, que codificam mais de uma proteína cada um e que o DNA lixo é o DNA manda chuva? Mesmo que o espírito me descrevesse os métodos para se chegar a isso, onde eu iria arrumar 3 bilhões de dólares para levar a pesquisa adiante?
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Sentiu o drama? Sujar uma tela e atribuir a sujeira a Picasso, ou escrever um poema fuleiro e dizer que foi Augusto dos Anjos, cantar uma musiquinha sem graça e dizer que Tim Maia foi o seu autor são coisas muito baratas e só exigem um mínimo de ousadia e lábia. Já uma revelação científica…
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Entendido agora?
setembro 30th, 2011 às 8:19 PM
Antonio e Caio,
Agradeço o apoio e as significativas colocações. Eu estava pensando: “pô! ninguém se manifesta pra completar as minhas colocações?”
Ando muito cansado, e um tanto sem paciência pra debates, mas agradeço mais uma vez pelas colocações de ambos.
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Ontem bati um longo papo com o Scur, e ele veio mais uma vez com a história de que não vê plágios nas evidências mostradas aqui. O Arduin, com uma certa “disfarçada”, diz a mesma coisa.
Eu não sei o que seria plágios ou sinal de que um livro foi escrito com base em outro, depois de tudo que já foi mostrado aqui. É algo, realmente irritante. E aí, o Arduin me chama de “zangado”.
Mas não é pra ficar?
Abraços!
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— completando o que vocês disseram sobre os textos científicos (as psicografias), o que não falta, hoje, no mercado, é livro psicografado – mas, ou os livros trazem as mesmas ladainhas de sempre, aquelas de fundo moralista-cristão-católico-romano-medieval; ou, então, surgem umas coisas doidas e enlouquecidas e rídiculas, na linha dos livros do senhor Robson Pinheiro, onde espíritos viram baratas, 40 bilhões de espíritos estão nas trevas…
Com todo respeito que os espíritas merecem (e muitos merecem, até porque nem sabem do que é mostrado neste blog), a literatura espírita está pior, muito pior que os livros de conto de fadas, faz tempo. Se é só isso que os espíritos desencarnados têm pra passar pros encarnados, vamos lançar um pedido sério a eles: parem, por favor! Vão fazer outras coisas no além, como estudar um pouco, por exemplo.
setembro 30th, 2011 às 8:22 PM
Caio,
O problema são os espíritos zombeteiros, você não sacou ainda?
Quando escuto falar em espírito zombeteiro, logo me vem a mente, a imagem de saci. Não sei o porquê.
Então, a culpa é do saci! Eta moleque safado!!!
setembro 30th, 2011 às 8:29 PM
“Tem um dragão na minha garagem…”.
setembro 30th, 2011 às 8:29 PM
Por esse motivo, Caio, é que nós espíritas não temos lá muita disposição de ficar aí, querendo convencer aos outros. Isso sem contar que no Espiritismo não há mensagem de salvação. Um testemunha de jeová pode me advertir de que se eu não deixar o Espiritismo e me tornar um TJ, Jeová me destruirá quando vier o Armagedon (ou não me ressuscitará na Nova Ordem se eu morrer antes). Já eu não posso dizer nada disso a você ou a qualquer outro que rejeite o Espiritismo ou que o deixe pra lá (caso do Biasetto e outros). No Espiritismo SÓ CONTA o que fazemos de bom ou mau aos outros. O resto é perfumaria.
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Como se vê por sua fala, o Biasetto trabalhou tanto por nada: se mesmo quando as testemunhas confirmam o que viram, isso NADA prova ou evidencia a favor do Espiritismo, pois a “evidência concreta”… Assim então, é EXATAMENTE o que eu disse (ou Jesus disse): a fé move montanhas MESMO.
setembro 30th, 2011 às 8:31 PM
HAHAHA, sim, Biasetto. Em último caso, diz que foi um espírito zombeteiro, ou então que nós, “encarnados”, não estamos prontos para receber essa ou aquela revelação, e assim vai…
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“Meu dragão é invisível…”.
setembro 30th, 2011 às 8:34 PM
Não entendi, Arduin. O trabalho do Biasetto valeu, sim. Ele apresentou as evidências de plágio e, se alguém desconfiar que ele está viajando, que não se trata de um plágio, basta pegar os dois livros e comparar. O que é BEM diferente do “disse-que-me-disse” envolvendo alegações sobrenaturais, espirituais, chame como quiser. Não entendi sua comparação, sinceramente.
setembro 30th, 2011 às 8:38 PM
Arduin diz:
“Como se vê por sua fala, o Biasetto trabalhou tanto por nada: se mesmo quando as testemunhas confirmam o que viram, isso NADA prova ou evidencia a favor do Espiritismo, pois a “evidência concreta”… Assim então, é EXATAMENTE o que eu disse (ou Jesus disse): a fé move montanhas MESMO.”
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Pera aí, Arduin: tem muita gente, disso eu tenho certeza, que acessa este blog, que mudou de opinião ou, no mínimo ficou mais esperto, depois dos artigos aqui postados.
Então, este negócio de que “trabalhou tanto por nada”, não é bem assim. Inclusive, porque trabalhei pra mim mesmo, pra me libertar de tantas bobagens.
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Em tempo: hoje é aniversário do KENTARO MORI, que merece meus parabéns, pelo níver e pela inciativa do projeto haaan!
Muito boa iniciativa, incentivando a pesquisa, a ciência, o combate às crendices. Frente a tantas e tantas bobagens que se criam, diariamente, na internet, o projeto haaan foi e está sendo algo muito elogiável.
setembro 30th, 2011 às 8:49 PM
Caio,
Seu dragão solta fogo pela boca?
setembro 30th, 2011 às 9:43 PM
Uma declaração do filho da Cacilda (se ele estiver vivo) não iria tornar a história do bilhete verdadeira. E não que isso signifique que ele seja desonesto. Eu nem o conheço, não posso afirmar algo assim. Mas faltaria ao Sr. Luiz Carlos a indispensável isenção. Sendo ele espírita, seu depoimento seria, no mínimo, suspeito. Eu apreciaria muito algum evangélico atestando um fenômeno destes. Aí, eu diria que tínhamos algo a investigar. Evangélicos não admitem este tipo de comunicação.
No Direito, quando um magistrado recebe uma causa para julgar e constata que uma das partes é seu parente, amigo ou alguém com ele tenha algum tipo de afinidade ou inimizade, ele (o magistrado) deve, por dever de ofício, declarar-se impedido. E isso não significa que ele esteja admitindo que possa ser desonesto. Significa apenas que ele reconhece que, por sua condição humana, poderá, ainda que involuntariamente, deixar-se influenciar por algum favoritismo, preconceito ou paixão.
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O que se discute nestes blogs tem, sim, a capacidade de, no mínimo, despertar o interesse nas pessoas, sejam elas do pró ou do contra, em parar para pensar, refletir, e, quem sabe, investigar um pouco sobre o que é dito por uns e outros. Eu só deixei a minha fé espírita de lado, após décadas de imersão, porque comecei a permitir-me questionar se aquilo tudo fazia mesmo sentido, se era mesmo verdade, ou se eu estava iludido, deixando-me enganar por afirmações dogmáticas, sem muita racionalidade e com uma lógica muito superficial. De repente, eu estava duvidando! O que antes, eu tinha pudores em fazer. E passei a investigar, refletir, avaliar com espírito crítico e buscar as evidências. E só encontrei evidências que passaram a confirmar aquilo que meu instinto já me anunciava. Ou seja, que não era real, que era tudo uma ilusão, uma fantasia.
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O Arduin, que, embora eu não conheça, evidencia em seus textos ser um homem inteligente, estudioso e, sobretudo, honesto. Eu tenho a clara impressão de que ele está no caminho de “converter-se” ao ceticismo. Acho que é uma questão de mais dia, menos dia. Só falta um estalo, ou, como ele diz, falta “a ficha cair”. A mim daria enorme prazer contar com o brilho e lucidez de tão capacitado confrade. rsrsrs
Abraços.
outubro 1st, 2011 às 1:15 AM
Sim, Biasetto. Mas nem adianta instalar algum detector de calor, porque o fogo dele simplesmente não pode ser detectado. Não me pergunte porque isso acontece. Disseram que é assim, e pronto.
outubro 1st, 2011 às 3:37 AM
Antonio, Caio e colegas,
É importante isto que estamos debatendo aqui: a questão da distância entre o que disseram ou o que foi e é dito, e aquilo que se prova, que se evidencia como algo concreto. O que mais tem no meio religioso, não é só no espiritismo, longe disso, é exatamente, histórias + histórias + histórias. Vejam o caso da bíblia, por exemplo: alguém prova que o mar se abriu para que os hebreus fugissem do Egito? Alguém prova que Deus deu os Dez Mandamentos pra Moisés? Alguém prova que A Arca de Noé existiu? Mas para os crentes, questionar isto, é algo terrível, abominável. O mesmo acontece quanto à figura de Jesus Cristo. Eu já disse e reafirmo, que acredito que Ele existiu, que deve ter sido uma pessoa muito sábia, corajosa, repleta de atributos … Mas alguém prova que nasceu da Virgem Maria? Alguém prova seus milagres? Alguém prova sua ressurreição? Não importa! Está dito, está escrito, temos que acreditar.
Esta história do filho da Cacilda Becker, é como eu disse: se for verdadeira, é digna de estudos e vale como prova da mediunidade de Chico Xavier. Mas, será que isto realmente aconteceu? Da forma como está contada?
Vejam o caso dos repórteres de O Cruzeiro – aqueles que foram aplicar um “pegadinha” no Chico, e a gente conhece a história da dedicatória nos livros, quando o espírito de Emmanuel teria reconhecido os tais repórteres. Só que, o Vítor mesmo disse, que até agora, ele não sabia exatamente o que estava escrito nos livros -se era Emmanuel ou o Chico que assinava a dedicatória. Além disso, o que impediria, por exemplo, que o Chico conhecesse os repórteres, já que a revista era muito famosa na época, os repórteres, com certeza, eram conhecidos de muitos. Alguém poderia tê-los identificado. São possibilidades, que não podem ser descartadas. Uma coisa que aprendi ao longo da vida, e mais ainda, participando aqui do blog, é exatamente isto: antes de acreditar numa história contada, procure evidências sobre ela, analise suas possibilidades, sua lógica.
O Arduin insiste na ideia de que Ramatis é um espírito pseudosábio – qual é a prova que ele tem de que Ramatis existe? Porque não considerar que este espírito simplesmente não existe, e várias pessoas se metem a ser médiuns e acham bonitinho psicografar o tal Ramatis?
outubro 1st, 2011 às 4:01 AM
Vejam a 2ª notícia:
http://www.paulopes.com.br/
outubro 1st, 2011 às 4:01 AM
“Santa Ignorância”: http://www.paulopes.com.br/2011/09/nos-eua-cura-pela-fe-faz-pentecostais.html
outubro 1st, 2011 às 4:13 AM
http://bulevoador.haaan.com/2011/09/27524/comment-page-1/#comment-33934
outubro 1st, 2011 às 9:56 AM
“Uma coisa que aprendi ao longo da vida, e mais ainda, participando aqui do blog, é exatamente isto: antes de acreditar numa história contada, procure evidências sobre ela, analise suas possibilidades, sua lógica.”
– Falou e disse, Biasetto. Eu também aprendi isso quando fazia uma pesquisa que tinha a intenção de colocá-la numa ampla introdução que fazia no meu romance. A versão 1, a primeira que achei sobre certo episódio, pareceu-me muito plausível, já que era o próprio malfeitor que confessava a malfeitoria. Depois achei as versões 2 e 3, das quais duvidei imediatamente. A 2 até seria possível, mas não parecia haver elementos que a confirmasse e a 3 era totalmente absurda, um claro desabafo de quem foi passado para trás. E a 4, a última que achei, não me pareceu plausível em vista da idade da pessoa envolvida (não vou detalhar nada a respeito, pois desisti dessa introdução e além disso não quero ter problemas legais). Enfim, a versão 1 era a correta dentro da minha análise feita. Só depois de quase um ano é que fiquei sabendo que as versões 1 e 2 eram as verdadeiras e o caso se esclareceu: foram duas grandes espertezas que comeram seus próprios donos.
Sim senhor, meu caro, aquele que quer ter muita certeza de alguma coisa tem que mexer os ossos e ir atrás das minúcias. O problema fica só no custo/benefício: o que ele vai ganhar com isso? Eu estou satisfeito com o Espiritismo. Que vou ganhar em verificar cada lance que contam sobre ele? Já você e os outros sabem os seus motivos.
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“O Arduin insiste na ideia de que Ramatis é um espírito pseudosábio – qual é a prova que ele tem de que Ramatis existe? Porque não considerar que este espírito simplesmente não existe, e várias pessoas se metem a ser médiuns e acham bonitinho psicografar o tal Ramatis?”
– Quantas vezes vou ter de ficar repetindo, Biasetto?
O que eu sei é que Hercílio Maes foi um médium que psicografava sozinho em sua casa e escreveu uns tantos livros atribuídos a esse tal de Ramatis. Pude notar que havia uma coerência: os escritos de Ramatis são prolixos e verborrágicos _ típica linguagem de pseudossábio, como o próprio Ramatis confessa. Já os de outro espírito que aparece psicografado pelo Hercílio e que assina por Anatagildo são mais fluentes e não verborrágicos. Parecem-me, por conta disso, serem de espíritos diferentes.
Agora se são mesmo espíritos ou se foi uma fantasia de Hercílio e de outros médiuns que hoje psicografam o Ramatis, é ASQ – Acredite Se Quiser. Eu já disse mais de uma vez que literatura mediúnica NADA prova sobre manifestações espirituais e tenho dito.
outubro 1st, 2011 às 11:42 AM
Arduin,
Literatura mediúnica pode não provar nada sobre manifestações espirituais, mas pode provar que o tal médium é um farsante, isto pode.
Agora, “Anatagildo” é brincadeira hein?
outubro 1st, 2011 às 3:14 PM
Eu tenho uma tese, que gostaria de dividir com os amigos: Eu acho que o que está levando a fé espírita ao seu ocaso foi justamente a overdose de idolatria ao Chico Xavier, desencadeada após o seu “desencarne”, em 2002. Enquanto as proezas de Chico ficava mais ou menos restrita aos adeptos do espiritismo, as coisas iam tranquilas, dentro da normalidade em uma sociedade marcada pela diversidade de fé religiosa. Os espíritas (eu, inclusive) envolvidos com sua fé, os adeptos de outras crenças na sua lida e os ateus e céticos mais na posição de observadores. O problema é que começaram a querer transformar Chico Xavier numa espécie de Santo, Herói Nacional, “O maior Brasileiro de Todos os Tempos”, etc. Alguns próceres da comunicação, especialmente da Rede Globo, adotaram a idéia (não sei se por adesão à onda espiritualista ou se por razões mais “materiais”) e passaram a dar enorme destaque à biografia e obra do novo “messias tupiniquim”. Aí, houve quem começasse a achar que já era demais. E começou a aparecer o que eu chamo de “Verdadeira Biografia de Chico Xavier”. E o mito vem sendo desmontado, episódio por episódio, numa avalanche de evidências de fraudes e mentiras, que está levando muita gente a começar a duvidar de tudo em que antes acreditava. Eu conheço muita gente que está nesta situação. Tem alguns que já admitem que Chico Xavier pode até ter sido um farsante, mas que isso não abala a sua fé no espiritismo. Eu não acredito nisso. Não é coerente. É quase como se eu dissesse: Sou cristão, mas acho que Cristo não era autêntico, era um impostor. Dizer que está satisfeito com o espiritismo mesmo sabendo que Chico Xavier, Allan Kardec, e outros “ícones” da sua fé pregavam falsas verdades, falseavam fenômenos e praticavam o estelionato intelectual, não faz o menor sentido. Eu, acho que é só uma questão de tempo, esta doutrina estará aniquilada também aqui no Brasil, único país do mundo onde ainda remanesce. E, por meu turno, como alguém que hoje nutre profundo desprezo pelas religiões em geral, espero que o mesmo acorra com todas os demais cultos, ritos e crenças no “divino” e no “sagrado”.
Alguém comenta?
outubro 1st, 2011 às 3:18 PM
Na terceira linha, de baixo para cima, eu pretendia dizer “ocorra”, e não acorra, é claro.
outubro 1st, 2011 às 3:33 PM
Para não deixar margem a interpretação errada: Eu disse, e ratifico, que tenho “profundo desprezo pelas religiões em geral”. E refiro-me às instituições religiosas, à “indústria da fé”. Não me refiro às pessoas que têm crenças desta ou daquela matiz. Acho que os crentes, em sua maioria, são pessoas de bem, de boa vontade e boas intenções. Mas não posso dizer o mesmo das instituições, verdadeiros aparelhos de dominação, exploração, vaidade e cobiça. É o que eu acho.
outubro 1st, 2011 às 4:10 PM
Eu comento Antonio,
E concordo com tudo que você falou.
Na rede Globo tem muitos espíritas, além disso, já que a Record faz o estardalhaço dela, lá com as sessões de descarrego, então, a Globo, que também é católica, usa o Chico e o espiritismo, pra dar o toque de magia nesta parafernália toda.
É tudo um jogo, atrás de grana, só isso. Nada mais!
Uma sujeira, uma coisa medíocre, lamentável.
Se todo o dinheiro que é gasto, ano a ano, com religiões, fosse investido em ciência, educação, cultura, o mundo estaria muito, mas muito melhor. Não tenho a menor dúvida a esse respeito.
Dizem que “o povo tem o governo que merece”, acho que também tem “a religiosidade que merece”.
outubro 1st, 2011 às 8:32 PM
“Dizer que está satisfeito com o espiritismo mesmo sabendo que Chico Xavier, Allan Kardec, e outros “ícones” da sua fé pregavam falsas verdades, falseavam fenômenos e praticavam o estelionato intelectual, não faz o menor sentido.”
– Bem, pra mim faz. Pra começar, falsas verdades é algo relativo, pois o que é verdadeiro numa época, pode ser constatado como não verdadeiro em outra. Isso é típico na Ciência e nem por isso o pessoal cético diz que a Ciência é uma fraude…
Nesse quesito, nós espíritas não perdemos pra ninguém, pois todas as ciências, filosofias e religiões também já disseram ou endossaram besteiras em um dado momento.
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Qual fenômeno Kardec falseou? Ou seria mais correto dizer FALSIFICOU? Ele não era médium…
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E a que estelionato intelectual você se refere?
outubro 1st, 2011 às 9:53 PM
A ciência trata do mundo real, e isso, por si só, faz com que ela esteja a milhares de anos-luz de qualquer religião, em matéria de credibilidade, pois está sempre pronta a atualizar seus postulados, podendo até mesmo errar (claro! por que não?) mas tendo como base o MUNDO REAL. E isso é algo bastante saudável, muito diferente de tudo o que diz respeito ao mundo sobrenatural, imaginário, que sequer pode ser comprovado. Como se pode errar a respeito de algo que sequer existe?
outubro 2nd, 2011 às 12:52 AM
Arduin, de fato, pelo menos por enquanto, a teoria de Kardec não pode ser falseada. Da mesma forma que ninguém pode falsear a teoria que diz que vivemos na Matrix.
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No entanto, qualquer sujeito que seja realmente crítico, não levará nenhuma das duas muito a sério.
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🙂
outubro 2nd, 2011 às 5:49 PM
Arduin,
Eu me lembrei de uma historinha, é bem bobinha, mas serve para aquilo que pretendo dizer aqui.
O meu pai sempre foi muito bom desenhista. Ele não é um desenhista criativo, mas se ele tiver um modelo para copiar, ele copia com uma perfeição incrível. Eu era criança, devia ter uns 11 ou 12 anos de idade, e achava lindo os desenhos que ele fazia. Então, eu pedia pra ele fazer desenhos pra mim, porque eu colocava-os no caderno da escola, coisas assim. Naquele tempo não tinha internet né? Nem máquina de “xerox” era algo comum. Assim, os desenhos que eu colava nos meus cadernos escolares, faziam sucesso. Eu achava tão lindo ele desenhar daquele jeito, que eu pensei em fazer igual. Só que, logo nas primeiras tentativas, percebi que eu não tinha o menor talento pra coisa. Então, tinha um logotipo, de uma banda de rock, que meu irmão estava curtindo, e eu também comecei achar legal, e eu queria aquele desenho, pra fazer uma estampa de camiseta. Aí, eu peguei uma folha de papel de seda, copiei, com muito custo, aquele desenho, passei pra uma folha de caderno, naquele “estilo tradicional”, e fiquei tão feliz com o resultado, que resolvi dizer que eu tinha feito o desenho, da forma como meu pai fazia. Mostrei pra turma de casa, e todos ficaram admirados, mas também desconfiados.
Por que eu fiz isto? Oras, porque achava bonito meu pai desenhar com tanta facilidade, porque queria ser um desenhista tão bom quanto ele, porque queria ser admirado por esta qualidade…
Pois bem, olha a ingenuidade da criança: quando eu terminei de usar o papel de seda, com o decalque que fiz do desenho original, eu amassei o papel e joguei em cima do armário que tinha em nosso quarto (eu e meu irmão dormíamos e dividíamos as coisas no mesmo quarto).
Passaram dias, semanas, não sei, e um dia, o óbvio aconteceu: minha mãe estava fazendo uma limpeza no quarto, foi limpar nosso armário, e achou a folha de seda com a minha farsa. Meus pais sempre foram pessoas muito amorosas, não fui nem um pouco castigado por isso, mas, me tiraram um sarro bem grande. Meu irmão adorou me sacanear.
Aprendi muito com esta experiência:
1º) Mentira tem “perna curta” – uma hora, a verdade aparece.
2º) Querer ser o que não somos, é bobagem – a gente tem que procurar ser reconhecido e admirado por aquilo que somos, de verdade.
Voltando àquilo que discutimos aqui, penso que minha “historinha” tem muito a ver com tudo isto. Infelizmente, as pessoas mentem, o ser humano é especialista na “arte de mentir”. Alguns são mentirosos escandalosos e estúpidos, que chega a virar uma doença. Mesmo as pessoas honestas – e eu me considero honesto, e acredito que aqueles que debatem aqui, também são – faz, em algumas circunstâncias, uso de uma “mentirinha” que seja. Porque é a vida, nem tudo da pra gente falar e tudo mais. Só que há pessoas, que mentem pra se projetarem, pra serem reconhecidas, pra serem admiradas. Acredito, cada vez mais, que a turma que se diz médium, que diz que psicografa, mente, acreditando que está fazendo o bem, acreditando que está divulgando algo que seja verdadeiro, acreditando que os livros que escrevem, se não fossem tidos como psicografias, não fariam sucesso… acho que é por aí.
Eu não tenho como provar, de forma indiscutível, que Chico Xavier nunca teve algum tipo de paranormalidade, mediunidade, sei lá. Porém, as “colas” que aparecem nos livros dele, já me deixaram bem claro, que as obras psicografadas são uma grande farsa. A “folha de seda” dele, eu achei atrás do armário – saiu do armário, hehê! – e ficar tentando encontrar formas de resolver isto, hipóteses, é pura perda de tempo: seria o mesmo que eu tivesse tentado negar aquele papel que minha desamassou. Não dava, aceitei a verdade.
O Vítor tem dois artigos meus, onde mostro mais um monte de evidências de plágios, tem novidades… Eu até, tenho outro livros pra analisar, onde já encontrei mias evidências. Mas nem pretendo continuar. Pra quê? Não se faz mais necessário: pra quem já viu o lógico, o óbvio, o elementar (e é o meu caso, inclusive), já basta o que está bem mostrado. Pra quem não quer ver, como é o teu caso, do Luciano dos Anjos, do Scur, tanto faz, mais dez evidências, ou mais 30 ou mais 100, porque as desculpas sempre serão as mesmas.
E folha de seda…
outubro 2nd, 2011 às 8:59 PM
Bem, Biasetto…
No seu caso, você tem mais do meu respeito pois chegou à sua convicção após muito trabalho e esforço. Não ficou como eu tenho visto nos valorosos militantes céticos por aí, que acreditam em qualquer besteira que lhes contam. Se já chegou à sua convicção sobre o Chico, beleza! Eu é não tenho a menor intenção de demovê-lo.
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O Antônio de Poá acha que estou a caminho de me converter ao ceticismo. Errou o tiro por um quilômetro, pois JÁ SOU CÉTICO CONVICTO. Só que sou um cético no sentido técnico do termo. Cético é aquele que duvida. Mas quem duvida, assim como quem acredita, tem de ter seus motivos para duvidar ou crer. Muito que bem, você, o Vitor, o José e sei lá mais quem forneceram-me os elementos necessários para duvidar de que Emmanuel foi algum Públio Lêntulo, como ele se descreve em Há 2000 anos. Que significa isso para mim? Nada muito importante. O tal livro é apenas UM ROMANCE que no máximo perdeu seu valor biográfico. Se traz alguma mensagem útil, ótimo. Mas não deve ser tomado como algo VERDADEIRO, mais do que os romances de ficção sobre Marte. Antes das sondas Vikings chegarem lá, Isaac Azimov deu uma entrevista, que foi transcrita na extinta Manchete. Lembrou o entrevistador sobre um romance que ele escrevera a respeito de Marte e os marcianos. Perguntou-lhe se seus leitores ficariam decepcionados se as sondas nada achassem lá que combinassem com o seu livro. Ao que Azimov respondeu:
_ Se ficarem, não deveriam, pois sabiam muito bem que estavam lendo UM ROMANCE.
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É o mesmo que penso das muitas coisas que Chico escreveu. Eu mesmo nunca pensei que seriam psicografias em nível de 100%. No que desmereceriam as obras se Chico houvesse colocado nelas algo que achou bom e interessante? Isso só é problema pros chiquistas, mas não para os espíritas que ainda tem um cérebro para pensar.
outubro 2nd, 2011 às 9:28 PM
Arduin, eu citei Chico, Kardec, “e outros”. O termo falsear, obviamente aplica-se muito mais ao Chico e outros “médiuns”, do que ao Codificador, que teve outro papel neste – amenizando – equívoco todo. Quanto ao Estelionato Intelectual, qual é a sua dúvida? Foi o que Chico, por exemplo, passou a vida inteira fazendo! Estelionato Intelectual é quando você copia a idéia dos outros e diz que é sua. Os médiuns, sempre muito modestos, atribuem a autoria a “terceiros”. Mas isso é para ficar mais fascinante e espetacular. Claro que, se os médiuns reivindicassem para si a lavra, cairiam na esparrela do simples plágio. Mas, como vem dos espíritos, fica mais fácil aplicar o “veja bem…”
É assim.
Sds.
outubro 2nd, 2011 às 10:26 PM
Biazetto, com respeito aos médiuns, o que você diz que desconfia, eu já estou absolutamente convicto: Infelizmente, os médiuns simulam, mentem, falseiam. Quando não mentem, deliram. Todos eles. E, como eu já explanei nestes espaços, a razão fundamental disto é a necessidade de reconhecimento, o desejo de ser admirado, respeitado, especial. Em uma palavra: VAIDADE. Nada é mais falso do que uma sessão mediúnica. Os médiuns simulam uns para os outros, cada um sabendo a verdade sobre a própria farsa, e vão levando adiante. Como não têm certeza sobre os outros, não admitem que simulam. Depois que se entra nessa, é difícil sair. “Afinal, se os outros se comunicam com os espíritos, eu vou acabar conseguindo”. É ridículo, rizível, infantil. Tem um componente forte de imaturidade emocional nisto, com certeza. Mas é assim. Sei disso, porque vivi isso. Intensamente. E acabei percebendo o óbvio. De forma clara e cristalina. Fui espírita por muitos anos, e desejava ardentemente ser protagonista de algum fenômeno mediúnico. Mas nunca aconteceu. E eu jamais menti sobre isto, porque posso ter sido ingênuo, mas nunca fui desonesto.
No espiritismo, a questão da exploração econônima é menor do que em outras religiões. Não é esse o foco. Claro que o espiritismo também move muito dinheiro, mas não é essa a fundamental motivação dos seus líderes e dos “médiuns”. São os espertalhões, que possivelmente nem acreditam em espíritos, os que mais lucram.
Business is business…
outubro 2nd, 2011 às 11:42 PM
Antonio,
Estou ficando fã de teus comentários. Muito bons.
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Arduin,
Será por acaso, que a religiosidade, igrejas, templos, mesquitas, com exceção dos EUA, já praticamente não existem mais em todos os países desenvolvidos, com alta qualidade de vida.
Por que será, que em países da América Latina, da África, sul e sudeste da Ásia, a religiosidade continua forte? Por que será que algumas igrejas evangélicas brasileiras, verdadeiras multinacionais, abrem filiais na África? Por que estas igrejas não tentam a sorte na Finlândia, na Suécia, na Holanda…???
É diretamente proporcional o sucesso de vendas de livros espíritas, esotéricos, de pastores fajutos, padres conservadores… e o nível de escolaridade do público alvo: quanto menor o grau de escolaridade, maiores as vendas. O inverso, também é verdadeiro. Por que será???
outubro 2nd, 2011 às 11:49 PM
Será que os europeus, caso tivessem se interessado por alguns livros do Chico Xavier, ficassem sabendo das evidências de plágios que são mostradas neste blog, será que eles iriam engolir as explicações de que os espíritos que plagiavam? Será que eles gastariam dinheiro pra comprar um livro de Robson Pinheiro? Será que eles achariam coerente, um Wágner Paixão anglo-saxão, psicografando Winston Churchill, com mensagens falando de Jesus Cristo, das obras de caridade, do amor ao próximo?
Até quando vamos ser 3º mundo??? ou será, submundo???
outubro 3rd, 2011 às 12:49 AM
Quando Arduim afirma que “o espiritismo é a única religião que se admite construída por humanos…” e que as outras religiões são revelações vindas diretas de Deus…” ele dá a entender que o espiritismo não se pretende uma revelação divina. Não é bem assim. Tanto no Evangelho Segundo o Espiritismo como em A Gênese, Allan Kardec é muito claro em denominar o espiritismo como uma “terceira revelação da lei da Deus” (O Evangelho Seg. Esp., Cap. 1). Ou seja, mesmo não personificada em pessoas o espiritismo teria sim uma origem divina. E no edifício kardequiano a revelação começa com o Livro dos Espíritos, a referência maior da doutrina mesmo nos dias de hoje.
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O que me parece contraditório, na argumentação do Arduim, é ele sustentar a validade “reveladora” do LE. Ele cita o exemplo do aparente acerto do LE ao propor a pan-espermia cósmica como o motor da vida na Terra e conclui “então o LE, que achei errado na minha graduação, de repente ficou certo”. Ele poderia ainda citar, no Cap. 3, a questão 39 que sob o ponto de vista do conhecimento atual também poderia ser considerada uma resposta correta.
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O grande problema é que, olhando como um todo o Capitúlo 3 do LE, nota-se imediatamente que ao lado de possíveis acertos encontram-se erros comprovadamente graves, como a geração espontânea claramente defendida pelos espíritos (Q. 43 a 49 ). Não sei o que pensa o Arduim como biólogo sobre “seres que nascem espontaneamente”ou “germe de seres humanos”, porém quando acertos e erros convivem ao mesmo tempo manda o bom senso que tudo seja rejeitado em bloco. Aliás, essa é uma das recomendações do próprio Allan Kardec quando afirmou “ser melhor rejeitar 99 verdades do que aceitar uma única mentira”. E a razão é simples: se espíritos reveladores cometem erros tão primários, o que assegura que eles poderiam responder com autoridade as demais questões ?
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O fato é que o espiritismo encontra-se filosoficamente em uma sinuca de bico. Ou admite que o seu livro de referência (LE) possui graves equívocos e que portanto os espíritos reveladores não sabiam mais que os homens de sua época, ou então permanecerá no que está, desacreditado pelos que o estudam com mais atenção. Ou então o espírita assume definitivamente e unicamente o caráter religioso e passe a argumentar em termos de fé; ou ainda liga a tomada no “acredite se quiser” e faz de conta que está tudo bem.
outubro 3rd, 2011 às 1:08 AM
Olá Carlos! Prazer em “revê-lo”.
Então, eu disse pro Arduin, que não tinha argumentos concretos pra desqualificar a obra de Kardec, porque não a estudei. Apenas fiz leituras, muitas fora da sequência. Mas eu sei que existem falhas aos montes nas “revelações”. Você tocou numa dessas falhas. Valeu…
outubro 3rd, 2011 às 2:18 AM
Olá Biasetto,
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O trabalho tem ocupado muito meu tempo, porém sempre acompanho os comentários do blog. Um abraço!
outubro 3rd, 2011 às 2:24 PM
Arduin, só para esclarecimento: O “POA” do meu nick refere-se à sigla aeronáutica de Porto alegre-RS, e não Poá-SP.
Sds.
outubro 3rd, 2011 às 2:49 PM
ToniG,
Tentou ser médium por 30 anos, não conseguiu e se frustrou.
Revoltado, não percebeu as várias atividades úteis e valososas que poderia ter exercido em benefício do seus semelhantes que procuram os centros espíritas em busca de auxílio fraterno e orientação.
Queria o fenômeno primeiramente e pelo visto, unicamente. Não tendo mediunidade ostensiva designou-se como um “ex-espírita” e passou a lançar anátemas contra os espíritas e o espiritismo.
Em verdade, não compreendeu a Doutrina Espírita e se junta ao Biasetto, outro que se diz ex-espírita, ou ao Vitor Moura que se diz espírita (isto é incrível) na vã tentativa de abalar sua autoridade filosófica e moral que passaram a destestar.
outubro 3rd, 2011 às 2:55 PM
Se o próprio Chico Xavier se dissesse ex-espírita o Scur diria que ele nunca entendeu a Doutrina Espírita.
outubro 3rd, 2011 às 3:16 PM
Nunca entendi porque os espíritas não assumem logo o lado religioso como única razão de ser do espiritismo. Pois, como religião, no meu entender, o espiritismo é ÓTIMO. Aproxima as pessoas, as coloca em comunhão em direção de um bem maior, fazem caridade (a grande maioria sem interesses políticos ou de assistencialismo), promovem a igualdade das pessoas… Sei lá, quando falo isso o Carlos Magno diz que eu estou usando subterfúgios, mas é o que penso MESMO.
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Quanto ao nosso cruzeiro, eu e o Vítor curtimos muito. Foi muito relaxante. Estávamos precisando desse tempinho de intimidade. Olha, recomendamos a todos essa companhia. O link está aí em baixo.
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http://www.gaytravelbrasil.com/pt_cruzeiros.html
outubro 3rd, 2011 às 3:48 PM
Roberto, você fez uma especulação muito interessante sobre minha experiência como espírita. Interessante, mas tão falsa quanto uma psicografia.
E você não tem idéia de quanta coisa eu já fiz – e continuo fazendo – “em benefício de meus semelhantes”. Mas não é através de alguma forma de caridade ou assistencialismo. É proporcionando meios de aprendizado, desenvolvimento profissional e auto-sustento.
outubro 3rd, 2011 às 4:15 PM
Gilberto, sobre o seu comentário, eu já disse que repudio toda a forma de religião. Mas admitindo que, para muita gente, a religiosidade ainda exerce o papel de “mal necessário”, eu concordaria com você que o espiritismo talvez pudesse desempenhar mais ou menos bem este papel, desde que conseguisse depurar-se de toda a sorte de “falcatruas” proporcionadas pelos “médiuns” e abdicasse de suas pretensões de ser admitida como uma ciência. Em suma, se o espiritismo assumisse o seu papel de RELIGIÃO, propagando uma filosofia de vida baseada na responsabilidade, tolerância e fraternidade, seria bem mais útil e respeitável. A doutrina espírita é muito “bacana”. O problema não é a doutrina, mas o que fazem com ela.
Sds.
outubro 3rd, 2011 às 4:28 PM
Tonipepoa,
Claro, deves fazer mesmo se tu cumprires com os teus deveres profissionais. Se for através da tua profissão não fazes mais do que a tua obrigação. Tomara que tenhas um salário justo pelo este importante trabalho.
Já a caridade é outro departamento. Na Doutrina Espírita têm valor soberano, tanto que deve ser a principal preocupação do espírita verdadeiro que tenha estudado as obras básicas e demais livros ditados por espíritos esclarecidos e nobres. Através da caridade ter-se-á condições de realizar-se a reforma íntima seguramente, e assim trocar o homem velho que habita em nossa personalidade pelo homem novo, espiritualizado, fraterno, altruísta, cristão.
Fora da caridade, que é a virtude por excelência, não há salvação. Já ouviste isto nestes teus 30 anos de espiritismo?
outubro 3rd, 2011 às 4:33 PM
Engraçado que o próprio Allan Kardec abominou a Doutrina Espírita depois de morto. Mas isso o Scur não se interessa em saber.
outubro 3rd, 2011 às 5:18 PM
Sim, Roberto, já ouvi isto nos meus 30 anos de espiritismo. E ouvi muitas outras coisas mais.
Sds.
outubro 3rd, 2011 às 6:29 PM
Biasetto, antes de falar por aí que as igrejas estão caindo aos pedaços nos países de primeiro mundo, a exceção dos EUA, seria melhor cuidar de estar seguro dessa informação. As igrejas ainda existem nesses países e não estão tão mal das pernas quanto se quer sugerir. Certamente não são mais o mesmo que eram há 60 anos, mas a religiosidade não está de todo extinta.
Há muito exagero quanto a isso.
outubro 3rd, 2011 às 6:30 PM
E seremos submundo enquanto o povo brasileiro continuar covarde e omisso. Isso nada tem a ver com o Chico Xavier ou o Pedir Mais Cedo.
outubro 3rd, 2011 às 6:37 PM
Carlos, como já foi dito, não cabem aos espíritos resolver coisas científicas que o tempo e nós mesmos podemos resolver. O LE é ambíguo sobre isso. Em um trecho fala sobre “origem espontânea, mas o GÉRMEN JÁ EXISTIA EM ESTADO LATENTE”. O que quer dizer com isso?
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O lance aqui, meu caro, é que a origem da vida como proposta pela Bíblia já estava sendo posta em dúvida. Mas se a vida não foi criada pelo Deus, como ela surgiu? Perceba então que a geração espontânea era uma carta na manga desse pessoal. Pasteur, um cientista de muita fé, diga-se de passagem, fez um estrago danado nela, mas isso foi bem depois da publicação do LE. E a bem da verdade ele NÃO PROVOU que a geração espontânea não existe. O que ele demonstrou foi que tudo aquilo que era “prova” da existência da geração espontânea nada mais era do que produto de erro de observação.
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A única “ciência” que interessa ao Espiritismo é aquilo que puder servir para demonstrar a realidade da mediunidade. O resto, cabe aos cientistas de suas repectivas áreas de conhecimento resolverem.
outubro 3rd, 2011 às 6:40 PM
Ô Vitor! Conta essa historinha aí do repúdio de Allan Kardec à Doutrina Espírita…
outubro 3rd, 2011 às 6:42 PM
O Scur parte do princípio que TODO MUNDO deve passar a vida se preocupando em ajudar os outros, o tempo todo. Ele mesmo não faz isso, além de, quando tem uma chance, pregar pra convencer a pessoa que ela tem que ser santa, pra assim conquistar uma vaga em Nosso Lar, sem ter que passar pelo umbral. Em Campinas, ele estava procurando livros espíritas em uma livraria, aí o vendedor, um jovem tímido e acanhado, puxou conversa com ele. Então, o gaúcho descobriu que o jovem rapaz se sentia muito chateado, porque era virgem, e tinha uma gata na loja que queria sair com ele (com o jovem rapaz virgem). Só que o tal rapaz, não sabia como lidar com a situação, porque não tinha experiência no assunto e não sentia forte paixão pela gata, apesar de achá-la muito bonita. Até os colegas estavam tirando sarro dele. Então, o Scur, ao invés de falar pro garoto chegar junto e aproveitar a situação, pra aprender como é a vida, sem ser sacana com a menina, por exemplo, não prometendo nada a ela, deixando claro que estava a fim de uma curtição, falou um monte pro rapaz, dizendo que a atitude dele era digna, que assim que se fazia mesmo, porque sem amor, paixão, ele não deveria “enganar” a moça, poderia magoá-la e contrair fortes débitos cármicos… e tudo mais…
Coisas assim, que o Scur aprendeu lendo os livros espíritas, especialmente os de Chico Xavier. Eu já ia logo dizendo pro rapaz não perder tempo e sapecar a gata, que seria bom pros dois, obviamente, com os cuidados e procedimentos que a prudência e o bom senso recomendam né?
O Scur acha que isto é fazer caridade, ser bom, ser sublime. Não sei em que mundo ele vive.
Sucr, basta o sujeito ser honesto, trabalhador, respeitar as leis, jogar limpo, que ele já está fazendo uma “caridade” enorme, neste mundo repleto de sacanas e espertalhões. Agora, se ele quiser visitar hospitais, asilos, angariar fundos pra ajudar os necessitados, a escolha é dele.
outubro 3rd, 2011 às 6:50 PM
Arduin, nisto estamos de pleno acordo! Por muitíssimo menos do que nossos governos, políticos e autoridades fazem conosco (o povo) e com o país, em outras sociedades teríamos um “quebra-quebra” de proporções monumentais. Não que eu deseje isso, é claro, mas nossa atitude “vacum” é lamentável. O povo brasileiro, infelizmente, age como um rebanho pacífico. É claro que nos falta cultura, informação e cidadania. Mas também faltam líderanças capazes de mobilizar a opinião pública e organizar uma reação de “basta” a essa “sacanagem” toda. Um dia, quem sabe ..?
outubro 3rd, 2011 às 6:58 PM
Arduin,
leia: http://parapsi.blogspot.com/2008/01/kardec-arrependeu-se-do-espiritismo.html
outubro 3rd, 2011 às 7:05 PM
Esse negócio de caridade é algo muito relativo. É claro que negar ajuda a um necessitado é algo lamentável, apesar de que nem sempre a ajuda é possível. Porém, também há um fundo de enganação nisso tudo. Vejam, por exemplo: quando acontecem tragédias causadas por eventos naturais, como ocorreu, recentemente, no Rio de Janeiro, o povo se uni, envia mantimentos, cobertores, faz depósitos… E o governo, como fica nesta história? Engraçado, tem dinheiro de montão pra construir estádios de futebol pra copa do mundo, pros mensalões da vida. Mas, nestas horas, falta grana.
É como estas campanhas “criança esperança”, tudo bonitinho, os artistas apoiando, o canal de TV dando aquela força. Só que arrecadam alguns milhões, mal prestam conta. A TV não informa quanto ganhou com publicidade no horário. Os mesmos canais de TV conseguem “empréstimos” bilionários dos BNDE$$$ da vida. É como muitas igrejas evangélicas, que ganham centenas de milhões por ano (não é exagero isto), e daí criam dez casas de ajuda ao deficiente, em todo o país, e mostram pra todo mundo ver, como são bonzinhos…
Scur, as religiões já tiveram seu tempo. Este tempo já passou. A era é outra.
Veja como age a ciência, por exemplo: acreditava-se no geocentrismo, até que cientistas mostraram que aquilo não era verdadeiro. Aí, apesar da teimosia da igreja, surgiu o heliocentrismo. E assim a coisa funciona em ciências. Alguém faz estudos, indicando que comer ovo, diariamente, não faz bem pra saúde. Vem outro, faz novos estudos, e mostra que esta teoria está equivocada. O cientista não fica “chocado”, revoltado, porque rebateram a pesquisa dele. Ele vai pesquisar mais e mais…
Agora, as religiões não aceitam mudanças.
Que padre ou pastor vai dizer para seus seguidores, que a bíblia precisa ser revista? Qual centro espírita, vai defender a ideia que os livros de Kardec apresentam informações falhas e ultrapassadas? Qual centro espírita, vai defender a ideia que os espíritas precisam tomar muito cuidado com os livros psicografados, porque não faltam embustes?
As religiões não se atualizam. Tudo se atualiza no mundo. Atualmente, mais do que nunca. Mas quando o assunto é religião, aí a bíblia é a mesma de sempre, os livros de Kardec não precisam mudar.
Quanta bobagem!
outubro 3rd, 2011 às 7:23 PM
Mas isto Antonio, também é consequência dessa exagerada religiosidade. Nos países mais avançados, nos países europeus, as pessoas não ficam fazendo promessas, não ficam esperando o milagre do santo x ou y, do pastor, a psicografia. Eles quebram o pau. Eles pegam a lei. Eles lutam pelos seus direitos. Eles não ficam esperando a recompensa na vida espiritual. Eles querem a felicidade, a dignidade aqui e agora.
Eu fiz uma cola aqui, um dia desses, comentando sobre o livros do Max Weber – A ética protestante e o espírito do capitalismo. Weber afirma que os países que adotaram o catolicismo, não progrediram como os países que foram mais receptivos à reforma protestantes. Isto explica, por exemplo, porque Portugal e Espanha, as duas maiores potências mundias, no século 16, ficaram pra trás, na Europa.
E os melhores índices de qualidade de vida, são encontrados em países que abandonaram os dogmatismos, as crendices.
Arduin,
Na Europa, mesmo em países como Suécia, Dinamarca, Noruega, há pessoas que declaram uma “certa religiosidade”, mas não vivem isto, não vão a cultos, não frequentam encontros, não gastam o tempo lendo a bíblia, coisas assim.
É indiscutível: quanto mais religiosidade existir em um país, mais lentamente, este país vai progredir.
Os Estados Unidos é um caso à parte. Primeiramente, foi o país que mais recebeu imigrantes na história (pelo menos na América): mais de 40 milhões. O que explica, parcialmente, a existência de forte religiosidade. Só que os americanos de origem européia, em sua grande maioria, não são católicos. Além disso, a sociedade estadunidense, é muito contraditória: a cultura é frágil, não se interessam pela cultura dos outros povos (a não ser que existam motivos geopolíticos ou econômicos). É uma cultura que prega valores cristãos-conservadores-arcaicos, mas exalta, como ninguém, o consumismo, a pornografia, a obesidade… a idiotice também.
outubro 3rd, 2011 às 7:25 PM
Vítor,
Este comentário aí, de Kardec, logo após sua morte, não dá pra ser levado a sério!
outubro 3rd, 2011 às 7:28 PM
Arduim,
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Você diz: “mas o GÉRMEN JÁ EXISTIA EM ESTADO LATENTE”. O que quer dizer com isso?
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Não sei! Será que existem mesmo um GERME da espécie humana como sugere as questões 47 e 49 do LE ? Não seria mais simples concluir que os “espíritos reveladores” jamais ouviram falar de evolução das espécies ?
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Você diz: “e a bem da verdade ele (Pasteur) NÃO PROVOU que a geração espontânea não existe.”
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Você quer dizer com isso que a hipótese da geração espontânea é válida ainda hoje ?
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Você diz: “A única “ciência” que interessa ao Espiritismo é aquilo que puder servir para demonstrar a realidade da mediunidade”
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Tudo bem… Infelizmente essa “ciência” ainda está envolta em brumas e mal entendidos. Ainda considero que a única forma de testar o alcance e conhecimento dos espíritos “reveladores” é checar suas afirmações em temas que podem ser verificados pelo conhecimento adquirido. E o resultado não tem sido muito animador, você não acha?
outubro 3rd, 2011 às 7:31 PM
Biasetto,
puxa, mas foi a coisa mais sensata que ele já disse! Tem certeza que não dá para levar a sério?
outubro 3rd, 2011 às 8:30 PM
Eu acredito na geração espontânea. No dia de Cosme e Damião brotam pessoas do nada na porta dos centros de magia, para pegar todinho, dadinho, bala de goma e pirulito em forma de coração. Dezenas de pessoas surgem do nada, bem na porta do centro. O evolucionismo não explica como isso acontece e, pelo menos por enquanto, a única teoria com uma explicação minimamente satisfatória é a da criação espontânea
outubro 3rd, 2011 às 9:15 PM
Vítor,
Dá mesma forma que a gente questiona os médiuns que não provam nada a favor, também, neste caso, vamos questionar aquilo que não se pode provar: um minuto depois que morreu, Kardec disse isto??? Quanto ao sensato, até que você pode estar certo. Hehehê!
outubro 3rd, 2011 às 9:24 PM
Oi, Biasetto,
mas leia o comentário que vem em seguida ao texto, logo abaixo. Tem mais uma mensagem de Kardec depois que ele morreu. Houve concordância entre as mensagens. Então o Scur deveria abandonar a Doutrina Espírita pelo próprio método criado por Kardec, não é?
outubro 3rd, 2011 às 9:39 PM
Então, Vítor, ele diz:
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“O Espiritismo arrastou-se para a profundidade mais baixa do ridículo, ficou representado apenas por personalidades fracas, as quais me esforcei demais para elevar.”
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Bem, se foi ele quem disse, acho que é por aí mesmo.
outubro 3rd, 2011 às 9:56 PM
Com essa frase esse médium foi o mais iluminado que já vi, superou até a Piper 😀
outubro 4th, 2011 às 3:21 AM
Concordo com o Biasa, ser um bom cidadão, um bom filho, um bom pai (se desejar ser pai), e cumpridor de seus deveres já é uma grande caridade. O espiritismo é ótimo como religião. Mas só é religioso quem quer. A sociedade Pastalozzi é mantida pela IURD. Irônico é que Allan Kardec, como educador, era discípulo de Pestalozzi. Não tem nada de errado nisso. O importante é dar assistência (sem assistencializar) às pessoas que precisam. É uma ESCOLHA. Quem preferir ficar em casa vendo futebol, também estará fazendo sua parte na sociedade (consumindo, gerando empregos, fazendo companhia a sua família e amigos, etc.) Mas se isso não é tecnicamente uma “caridade”, então Umbral ou Inferno nele!! Não faz sentido. Admiro a coragem de Edir Macedo de afirmar em entrevistas que é a favor do aborto, que bebe cerveja e vinho, mesmo com a sua religião (e a sua própria igreja) condenando tais atos. Ele diz que não sente que é pecado, por não estar fazendo mal a ninguém. Ladrão ou não, ele é coerente consigo mesmo. Acho que a verdadeira caridade está em ser correto com você mesmo e com os outros a sua volta. Mesmo que a outra pessoa não veja caridade na coerência e na retidão. Eu vejo.
outubro 4th, 2011 às 12:29 PM
Esse cruzeiro te fez bem, Gilberto. Você está mais leve. Em quantas vezes parcelam o valor?
outubro 4th, 2011 às 3:58 PM
Pessoal,
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Retirei da Folha de São Paulo de 29/09 trecho do manual de ética da Fapesp para evitar má conduta científica. Eles distinguem fabricação, falsificação e plágio (o CNPq também prepara um manual de conduta ainda segundo a Folha).
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Fabricação: produzir dados ou afirmar que determinados resultados foram obtidos ou conduzidos por procedimentos científicos que não foram realizados;
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Falsificação: alterar dados, procedimentos ou resultados de pesquisa de maneira significativa, a ponto de interferir na avaliação do peso científico das conclusões de uma pesquisa (falha de conduta grave);
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Plágio: a cópia ou utilização de idéias, formulações verbais, orais ou escritas de outros cientistas sem dar os devidos créditos, de modo a gerar a percepção de que sejam idéias próprias do plagiador.
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É isso (oops, cadê o Juliano…!)
outubro 4th, 2011 às 6:30 PM
É, o Juliano anda sumido daqui, mas tenho “visto” ele no facebook.
Carlos,
O Arduin disse que não há plágio de idéias.
Mas há né?
outubro 4th, 2011 às 6:32 PM
Enfim, gostem ou não os espíritas, tenha sido o Chico ou os espíritos (?), a verdade é que livros como Nosso Lar e Libertação, pra citar só dois, SÃO PLÁGIOS e ponto final.
outubro 4th, 2011 às 7:03 PM
O que quis dizer é que não há plágio de ideias EM SENTIDO LITERÁRIO. Citei o caso do Don Brown, que incluiu no seu Código da Vinci a questão de o Santo Graal ser a linhagem de Jesus, que teria tido uma filha com Maria Madalena. Essa ideia NÃO É de Brown, mas de um autor francês que publicou um livro sobre essa proposição. Ele moveu um processo contra Brown por conta disso, mas a corte americana entendeu que não cabia a acusação de plágio (bem, essa interpretação elástica também pode ser devido ao fato de que Brown é americano e o plagiado é um francês – imagine o que essa corte decidiria se fosse o inverso…).
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Steve Jobs implantou a interface gráfica nos seus computadores apple. Não se sabe ao certo se ele a surrupiou da Xerox – que deu a ele pelo fato de os executivos da empresa não terem percebido o potencial daquilo que sua equipe técnica desenvolveu – ou se, vendo o que era, desenvolveu um processo semelhante. O fato é que Bill Gates, quando soube da coisa, conseguiu ludibriar Jobs (um bobão que só acreditava no que via), fazendo um contrato que lhe permitiu levar três protótipos do MacIntocsh. Com isso, Gates conseguiu desenvolver uma plataforma gráfica, montada sobre o DOS, que foi ao mercado com o nome Windows 3.0. Jobs processou Gates por isso, alegando que ele roubara a ideia da interface gráfica, mas perdeu o processo, pois a corte alegou que não há plágio de ideias (Gates não copiou o programa de Jobs).
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Portanto Biasetto, a interpretação é um tanto elástica, mas no geral não há plágio de ideias. Também lhe lembro a questão da paráfrase e da paródia, que também não podem ser consideradas plágio.
outubro 4th, 2011 às 7:05 PM
Ah! Bom, Vitor! Se são esses aí que mostraram que o espírito Kardec se arrependeu de ter feito a Doutrina Espírita (Kardec jamais se disse seu autor), então está tudo bem. Pensei que fosse coisa séria.
outubro 5th, 2011 às 1:38 AM
Oi, Marcos
e por que não seria coisa séria, se ambos os médiuns Kardec tinha em alta estima?
outubro 5th, 2011 às 9:35 AM
Não dá pra perceber o ridículo não, Vitor? Espíritas eminentes usualmente não tem medo da morte. Têm medo isso sim é do que “vão falar” por aí nos centros…
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Então o Kardec autêntico, o vivo, não merece crédito por nada do que falou ou escreveu, certo? Ah! Mas o Kardec-espírito, dizendo-se arrependido, avacalhando tudo o que disse e escreveu em vida, MERECE TODA A CREDIBILIDADE.
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Caiu a ficha ou preciso continuar?
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Tudo bem, vou continuar. Kardec parece que teve certa consideração por Home, mas a recíproca NÃO É VERDADEIRA. Douglas Home desprezava Kardec e achava a Doutrina Espírita absurda, injusta e repelente. Ele diz isso no livro que escreveu (Light and Shadows of Spiritualism). Aliás nesse livro, ele é muiiiito humilde: as sombras são para TODOS os outros médiuns e teóricos espíritas; as luzes são SÓ PARA ELE. Portanto, Home dizendo que Kardec lhe falou que estava arrependido de ter ensinado a Doutrina Espírita tem tanta credibilidade quanto o Padre Quevedo dizendo a mesma coisa.
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O Morin… Médium do qual Kardec tinha A MAIS ABSOLUTA CONFIANÇA… Lá no Livros dos Médiuns, salvo engano, Kardec adverte quanto a fazer elogios aos médiuns, a fim de não despertar neles o orgulho e vaidade. Palavras de Kardec: ” _ Mais de uma vez tivemos de lamentar um elogio feito a um médium”.
Portanto essa mensagem já começa pisando na bola logo de cara.
“O Espiritismo arrastou-se para a profundidade mais baixa do ridículo, ficou representado apenas por personalidades fracas, as quais me esforcei demais para elevar.”
Que gracinha! No “O que é o Espiritismo”, salvo engano, Kardec diz que só a malidicência diz que o Espiritismo recruta seus adeptos entre a gente simples e mulheres ignorantes. Também temos entre nós a classe ilustrada. É, meu caro, havia entre os colegas de Kardec pessoas cultas e gente de relevância social. E continuou assim bem depois que Kardec morreu, apesar das cagadas cometidas pelo seu sucessor (Leymarie). Que aconteceu? Kardec perdeu o contato com a continuidade do Espiritismo? E mesmo no nosso país de trigésimo mundo, as estatísticas mostram que a porcentagem de gente culta entre os espíritas é maior do que nas outras religiões.
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Sabe por acaso a origem dessa carta? Onde ela foi primeiro publicada? De onde ela saiu? No mínimo deve ter sido forjada por algum apologista cristão…
outubro 5th, 2011 às 10:43 AM
Oi, Arduin
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o que diz o Kardec morto merece credibilidade pelo próprio critério de Kardec da concordância universal. Afinal, seu arrependimento foi confirmado por médiuns diferentes de diferentes partes do mundo (Home e Morin).
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Quanto a onde a carta de Morin foi inicialmente publicada, foi no próprio livro de Home. Será que Home fraudaria uma carta inteira? Ele diz: “Such is the message submitted to us through the instrumentality of M. Morin, and claimed to be from his former hierophant.” ou “Essa é a mensagem que nos foi enviada através da instrumentalidade de M. Morin, e afirmou ser de seu antigo hierofante.”
outubro 5th, 2011 às 2:08 PM
Ah! Vitor, faça-me o favor! Acha que o Quevedo, caso tivesse em mãos algum documento favorável a Chico Xavier ele o tornaria público? Agora se recebesse uma carta de Waldo Vieira dizendo que Chico obtinha dados das pessoas através de um funcionário… Faria a festa, né?
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Como sabemos se Morin realmente escreveu essa carta? E, pior ainda, com que segurança podemos atribuí-la ao espírito-Kardec? Cadê os critérios de identificação? Se Morin fosse um médium TÃO CONFIÁVEL assim, no mínimo ele acharia completamente absurdo o dito de Kardec-espírito estar em total contradição com o Kardec humano, e da mesma forma, havia penetração do Espiritismo entre a gente culta. Como é que o Kardec-espírito poderia desconhecer isso e achar que só babacas eram espíritas? O Morin então se considerava um babaca? Se essa carta foi publicada só lá no livro de Home e daí serviu para os apologistas cristãos e céticos, então para mim está resolvido o problema.
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E, salvo engano, quando estava sendo feito o velório de Kardec, ele teria dado alguma mensagem, onde NADA falava de estar arrependido. E por que estaria arrependido? Onde ele errou? E como já disse, aquela carta de Morin só tinha um monte de baboseiras que o HOME DIRIA.
outubro 5th, 2011 às 9:47 PM
Vitor,
Você não paga imposto para ser incoerente e mal intencionado.
Aliás, incoerente é um precioso elogio para ti meu caro.
outubro 12th, 2011 às 10:47 AM
Bem, quando estes pseudo cientistas que procuram encontrar plagios e copias em obras alheias conseguirem comprovar que existem, ou seja, que sejam alguma coisa neste universo que não “espiritos que acreditam serem homens”, podemos começar a dialogar. Até então vejo apenas ‘achismos’ de egos tentando se autoiludir.
Olhem para si mesmos e encontrem-se e somente depois preocupem-se com “os outros”.
outubro 13th, 2011 às 3:16 AM
Anton,
Você leu o artigo?
Parece que não!
outubro 14th, 2011 às 7:29 PM
Pra quem se interessa por críticas a livros espíritas ou “espíritas”, feita por autores espíritas, pode consultar:
http://www.orientacaoespirita.org/critica.htm
outubro 15th, 2011 às 10:34 AM
Não tem jeito… Não tem como fechar os olhos ao peso dessas evidências. Pelo menos para mim não mais.
Continuo admirando Chico Xavier pelo bem que ele fez, mas no que se refere a credibilidade de sua doutrina, para mim se acabou.
Eu já sabia que existia espíritas ortodoxos, mas nunca tinha tido contato mais detalhado com seu ponto de vista. Depois de visitar esse blog e a comunidade deles no Orkut, estou convencido de que, a respeito de CX e outros expoentes do espiritismo brasileiro, estive enganado nos últimos sete anos…
Enfim, no que eu puder, passarei a contribuir com esse blog – que um dia combati, na divulgação de seu conteúdo e nas discussões em torno do tema…
Abraços
outubro 18th, 2011 às 11:06 PM
Conheci pessoalmente Chico Xavier. Morei em uberaba longos anos. Como ex-seminarista posso afirmar com muita serenidade e isenção: depois de Jesus, Chico é para min o expoente mais autêntico de um verdadeiro cristão e homem de bem. Manso, Humilde e Caridoso foi como uma vela em Vida. Consumiu-se para oferecer luz em derredor. Agora quanto ao chamado plágio, imaginemos o seguinte:
Se duas pessoas visitassem a esplanada do ministério em Brasília e resolvessem separadas, em datas diferente contar como foi a visão de cada uma delas, com certeza não seriam exatas as versões, mas muito semelhantes e nem por isso a esplanada dos ministérios no DF não deixaria de existir. A mesma presença mediunica da psicografia de Owen foi a mesma presença mediunida de Chico Xavier, em períodos diferrentes, so que no presente contada por André Luiz, com uma transparência maior, se aproximando da perfeição. Agora, é bom lembrar que antes de criticar Chico Xavier, seria recomendável uma reflexão profunda sobre nossas vidas: será que fomos mais caridosos que Chico Xavier, será que enxugamos mais lágrimas do que aquele mineiro bom e manso de Pedro Leopoldo, será que em nossa “ficha” ficamos pelo menos umas 72 horas acordados ouvindo o lamento e a dor das mães que perderam seus filhos queridos? É como diz o ditado: Em árvore que não dá frutos, ninguem atira pedras. Chico na expressão feliz de Roberto Carlos foi um homem chamado amor. O que perguntaria para todos esses notáveis que tiveram o trabalho de fazer estas pesquisas: Jesus foi tambem um plagiador? Ora, o mesmo paraíso que ele pregava, o mesmo inferno que ele registrava foi cantado e anunciado por muitos profetas na antiguidade e ainda, a uniformidade das experiencia científicas atestadas por ocasião das EQM, o padrão das visões, das ocorrências são plágio ou simplesmente um padrão existente além da vida que muitos já tiveram o privilégio de entrever? Meus Deus. Nem posso chamar de Santa Ignorância.
outubro 19th, 2011 às 2:41 AM
José Geraldo,
Não estamos discutindo a obra caridosa de Chico Xavier, nem os motivos dela.
Estamos discutindo a tal mediunidade que ele afirmou ter.
Se informe melhor, se quiser, leia outros inúeros artigos aqui.
Os plágios são escandalosos! Isto chama-se fraude.
outubro 21st, 2011 às 4:11 PM
Bia, no mundo militar, isso se chama estratégia diversionista.
outubro 26th, 2011 às 12:37 PM
Vitor. Mais uma suspeita de plágio. Não bastasse o formato enciclopedista da obra “Brasil, Coração do Mundo, Pátria do Evangelho”, parece que a base para obra apareceu quatro antes, numa Conferência de Leopoldo Machado, dada pela F.E.B. chamada “Brasil, Berço da Humanidade, Pátria dos Evangelhos” (Reformador, 03-10-1934, pg. 519; 01-11-1934, pg. 575). Quem trouxe à lume a informação da semelhança (e não uma acusação de plágio) foi o palestrante Sergio F. Aleixo no canal dele do youtube (já conhecido por vocês), na palestra “O Primado de Kardec”, na parte 1:46:41. Até mais!
outubro 26th, 2011 às 12:38 PM
Ah, é. O Sergio disse que tem o material. Então se você entrar em contato com ele, talvez o obtenha.
novembro 18th, 2011 às 6:43 PM
Interessante que as pessoas invariavelmente vêm aqui em defesa do Chico Xavier invocando as suas virtudes e a sua caridade, como se o seu “odor de santidade” tivesse o condão de botá-lo acima do bem e do mal. Esquecem-se de que não se discute moralidade ou as virtudes do homem, mas aquilo que deixou escrito, palpável: os seus livros. Que, realmente, não resistem a uma análise mais rigorosa. Os livros do Chico foram claramente feitos para atender àqueles que acreditam nele, ou no espiritismo. Não resistem a apreciações “de fora”. Tanto isso é verdade que nenhum crítico de literatura, nenhum cientista, ou seja, ninguém do ramo se ocupou de comentar a obra dele. Alguns livros estão chegando aos 80 anos, a maioria é datada. Mas como vendem bem, estão no mercado.
novembro 25th, 2011 às 5:08 PM
Plagio? onde? esse (entre outros) artigo é pura forçação de barra.
Não sou nenhum tipo de idolatra de Chico Xavier, mas o que estou observando neste site é um tendência infantil de se querer encontrar de qualquer maneira possibilidades de plágios nas obras psicografadas.
Se eu observo uma casa amarela e descrevo o que estou vendo e depois “y” observa a mesma casa e relata suas impressões sobre ela, haverá plágio se as opiniões forem semelhantes?
Quer dizer que os historiadores, por exemplo, quando descrevem um evento histórico de forma parecida, pois não há muito o que se dizer além do que consta nos documentos existentes, eles estão cometendo plágios uns dos outros?
Em nenhum dos artigos encontrei indícios de qualquer possibilidade de plágio. Vi,sim, uma tentativa desenfreada em buscar a todo custo supostas fraudes nas comunicações espíritas. Nada de concreto e objetivo, pura especulação e mistificação dos contraditores…nada mais.
novembro 30th, 2011 às 4:26 PM
Também acho!!! Esse Owen é quem deve ter copiado o livro do Chico, com a maior cara de pal… incrível é quem não vê!!!
novembro 30th, 2011 às 4:29 PM
Ele copiou até a ordem da história, maligno. Como querem falar mau do Chico, invertem. Mas nós estamo aqui para ver!!!
dezembro 4th, 2011 às 10:19 PM
Já que estamos falando de plágio, esse vídeo aqui, que não vi inteiro e talvez seja fantasioso (o José Carlos talvez possa falar mais e melhor), mostra como o Cristianismo plagiou lendas de outras tantas coisas para se compor. Quem quiser vê-lo, que comente.
http://video.google.com/videoplay?docid=-7249512702264925180#docid=-7943833261059630736
dezembro 7th, 2011 às 5:29 PM
Por esses últimos comentários se chega à conclusão de que, realmente, os piores cegos são os que não querem ver.
janeiro 12th, 2012 às 9:48 PM
Bem, li tudo e digo que que os livros tem semelhanças. Se é plágio eu não sei. Mas Sonia Rinaldi está fazendo um trabalho ótimo com a transcomunicação instrumental, sendo já possível comunicar-se com os espíritos por aparelhos eletrônicos. Bem, aí vão os céticos dizer que isso tudo é bobagem… Tudo bem. Não sei o por quê de tanta pesquisa se são céticos…haha
abraços
janeiro 21st, 2012 às 1:38 AM
Ed, neste último pto, concordo c/ vc.
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Confundir ceticismo & ciência é hoje corriqueiro, acreditando q ser “científico” implica ser cético.
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Nada + longe da verdade, tão popularizada presentemente.
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O ceticismo é 1 escola filosófica q existe desde a antiguidade, cujo intento é mostrar q – tese básica: o conhecimento é impossível.
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A ciência moderna encampa 1 princípio diametralmente oposto – tese básica: o mundo é cognoscível.
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Do pessimismo epistemológico cético ao otimismo epistemológico científico há 1 longo passo, milhares d debates etc.
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Incrível a confusão atual.
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Na antiguidade grega, a alternativa + marcada q surgiu contra a religião foi a escola dos “físicos”, o naturalismo, a “ciência”.
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O ceticismo ñ foi a força q c opôs à religião, + à ciência.
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Cada vez q 1 físico apontava 1 tese, 1 enunciado, surgia 1 cético p/ argumentar q esta era insegura, incerta, precária, q possuía alternativas etc.
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Atacava o enunciado, + seu objetivo era atingir a própria possibilidade do conhecimento.
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Nalguns casos, vemos os céticos alinhados mesmo ao irracionalismo, juntando-se ao pensamento mitológico, como q a justificá-lo, vez q p/ esta vertente ñ existiria alternativa efetiva.
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Por q Hume, o famoso cético moderno, dizia defender 1 ceticismo “bem temperado”?
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Penso q é porque defendia a ciência, e sabia q argumentar infinitamente inevitavelmente leva ao impasse, pois tudo pode ser contestado: o experimento – sua relevância, seu caráter crucial ou ñ; a possibilidade da experiência humana produzir certezas; a subjetividade e a intersubjetividade; o sentido dos conceitos; sua origem histórica e assim vai.
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É por isso q 1 historiador da ciência como Kuhn recorda q ser cientista implica em compromissos comunais, axiológicos, lógicos e tantos outros.
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C ñ, c ñ houver a disposição d parar o debate nalgum ponto, ñ pode haver ciência, apenas discussão infinda.
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1 base d compromissos mínima é necessária p/ 1 comunidade c entender. Ñ vejo como evidenciar o espírito, q algo sobrevive à morte, c o debate envolve a convicção liminar q isto é falso. Nenhuma evidência pode ser satisfatória a quem pensa assim.
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1 primeiro compromisso p/ 1 demonstração é, penso, inevitavelmente, considerar q – tese: podem existir “espíritos”.
outubro 6th, 2013 às 8:33 AM
Se chegou até aqui, não é tão asno assim, fraterno.
Existe esperança de que saia do transe hipnótico.
setembro 30th, 2016 às 12:00 PM
Depois de topar com essas velharias, venho responder a quem perguntou pelo meu romance. Está publicado pela Editora Scortecci, com o título A Pequena Órfã. Apresentei-o como romance espiritualista e na orelha expliquei que o motivo é porque não é psicografado e assim evitaria a confusão como romance espírita.
Se alguém se interessar em adquiri-lo é só ir no site:
http://www.scortecci.com.br/home.php
e ver a livraria Asabeça. Foi publicado em 2016.
Quem quiser saber dele:
http://www.scortecci.com.br/lermais_materias.php?cd_materias=10837&friurl=_-A-PEQUENA-ORFA–Marcos-Arduin-_
outubro 2nd, 2017 às 1:32 PM
Vitor, o link para o texto em PDF não está funcionando, tem outra alternativa??
outubro 2nd, 2017 às 2:38 PM
tem sim.
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https://app.box.com/s/l9bol4tln8aav4d3kz6qgdz8u5jwkusv