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A revista Nature e o psíquico Pavel Stepanek – PARTE 1

quarta-feira, agosto 27th, 2025

Este é um artigo publicado na revista Nature em 1968 dando uma validada no psíquico Pavel Stepanek. Uma longa correspondência se seguiu, no total de 7. Esta é só a primeira parte. Para ler o artigo completo em português, clique aqui. Para ler o original em inglês, clique aqui. Abaixo um resumo gerado por IA que creio será muito útil para a melhor compreensão do artigo.

Nos experimentos com Stepanek, ele era testado para ver se conseguia identificar, por percepção extrassensorial (PES), qual lado de uma carta (verde ou branco) estava voltado para cima, mesmo quando a carta estava escondida dentro de um invólucro opaco.

Essas cartas eram embaralhadas de forma aleatória antes de cada sessão, ou seja, não havia padrão que ele pudesse seguir conscientemente. Se ele realmente tivesse PES, esperava-se que suas respostas (“verde” ou “branco”) correspondessem com frequência acima do acaso ao lado real da carta.

No entanto, em 1965, os pesquisadores perceberam que essa correspondência deixou de acontecer. Ou seja, Stepanek passou a dar respostas que não combinavam mais com os lados reais das cartas, como se ele tivesse perdido a capacidade de “acertar”.

A quebra da correlação levantou dúvidas sobre o que realmente estava guiando as respostas de Stepanek. Foi então que os pesquisadores descobriram que ele estava associando suas respostas aos invólucros, e não às cartas em si. Ou seja, ele havia desenvolvido hábitos associativos — por exemplo, sempre dizer “branco” ao ver um determinado invólucro — independentemente do conteúdo real.

Essa descoberta levou os pesquisadores a investigar se Stepanek estava usando pistas sensoriais inconscientes ou se, de fato, havia algum tipo de percepção extrassensorial envolvida na identificação dos invólucros.

Os invólucros pareciam iguais externamente, mas Stepanek conseguia diferenciá-los de alguma forma, o que intrigou os pesquisadores. Os invólucros eram feitos de papelão manilha e reutilizados várias vezes. Embora fossem semelhantes, com o tempo eles podiam apresentar pequenas variações físicas — como:

  • Diferenças sutis na textura ou rigidez do papelão.
  • Deformações nas bordas ou extremidades devido ao uso repetido.
  • Diferenças no modo como o invólucro se encaixava ou se projetava ao redor da carta e envelope internos.

Essas variações poderiam, em teoria, fornecer pistas sensoriais inconscientes — como o modo como o invólucro se curvava ou se deformava — que Stepanek poderia estar percebendo sem perceber conscientemente. Para eliminar essa possibilidade, os pesquisadores foram progressivamente aumentando o controle experimental:

  • Criaram invólucros duplos, com duas camadas de papelão.
  • Inseriram bolas de algodão entre as camadas para evitar que a forma do invólucro interno influenciasse o externo.
  • Grampearam completamente os lados, impedindo qualquer abertura ou aba que pudesse ser usada como pista.
  • Igualaram o peso dos invólucros com precisão de 0,1 g.
  • Randomizaram separadamente cartas, envelopes, invólucros e capas externas.

Mesmo com todos esses controles, Stepanek continuava associando corretamente certos invólucros com respostas específicas, como “branco” para o invólucro 15/16 — mesmo sem saber o que havia dentro.

Isso levou os pesquisadores a considerar que Stepanek não estava apenas usando pistas sensoriais, mas talvez estivesse acessando algum tipo de informação extrassensorial (PES). A consistência das respostas, mesmo com controles rigorosos, foi vista como evidência de que ele poderia estar percebendo algo além dos sentidos físicos.

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