MARTIN GARDNER E OS EXCÊNTRICOS (2007)
Martin Gardner (1914-2010) foi fundador e membro do Committee for the Scientific Investigation of Claims of the Paranormal (Comitê pela Investigação Científica e pelo Paranormal CSICOP). Até hoje muito homenageado pelos céticos, eu o classificaria como um mentiroso costumeiro. Ele chegou a cometer erros grosseiros no próprio campo em que supostamente era especializado, a Matemática, como bem mostrou George Hansen em seu livro The Trickster and the Paranormal (págs. 297-298). No campo do paranormal as distorções atrozes de Gardner foram bem desmascaradas neste link. Não bastasse isso, o físico brasileiro Roberto de Andrade Martins revela novas mentiras grosseiras de Gardner referentes ao episódio dos “raios N”.
Em 1903 o físico francês René Blondlot anunciou a descoberta de uma nova radiação invisível penetrante, que chamou de “raios N”. Outros pesquisadores confirmaram a existência desses raios e publicaram artigos sobre o assunto. Vários cientistas, no entanto, obtiveram resultados negativos. No final de
Costuma-se descrever os resultados de Blondlot como mero efeito de erros experimentais e auto-sugestão. No entanto, esse cientista obteve resultados fotográficos que apoiavam fortemente a existência dos raios N. As pesquisas de Blondlot pareciam bastante cuidadosas. No entanto, alguns outros pesquisadores (como Jean Becquerel) publicaram trabalhos problemáticos sobre o assunto. Foi após uma campanha crítica promovida por Henri Piéron e pela Revue Scientifique que a comunidade se posicionou contra a existência dessa radiação, mas sem esclarecer todos os aspectos científicos desse estranho episódio da história da física.
Martin Gardner (1957) classificou a investigação dos raios N como um caso de “pseudo-ciência” que é desenvolvida pelos “excêntricos” (“crancks”). Segundo Gardner, um excêntrico é um pesquisador que obedece às seguintes condições:
• É uma pessoa que trabalha isolada de seus colegas.
• A comunidade científica o rejeita.
• Possui tendência paranóica:
• considera-se um gênio
• considera os colegas tolos
• acredita que é perseguido e discriminado injustamente
• tem forte compulsão por atacar grandes cientistas e teorias bem estabelecidas
• utiliza um jargão inventado por ele próprio
Portanto, segundo Gardner, os cientistas excêntricos apresentam anomalias psiquiátricas, são anormais. Ele considerava que Blondlot tinha problemas psicológicos e indicou (incorretamente) que posteriormente Blondlot havia sido levado à loucura e à morte (suicídio) quando Wood provou que os raios N não existiam. Essa seria uma explicação simples e compreensível… se tivesse algum fundamento. Mas não tem. Gardner não fez um estudo cuidadoso dos fatos históricos. Abordou este episódio com uma visão preconcebida e distorceu os fatos. Na verdade, Blondlot não apresentava nenhum dos indícios da lista de Gardner, pois
• Blondlot era uma pessoa que trabalhava com colegas de sua universidade e de outras instituições
• Era respeitado pela comunidade científica
• Não possuía tendência paranóica:
• não há nenhuma evidência de que ele se considerava um gênio
• não afirmava que os eram colegas tolos
• não reclamou ter sido perseguido e discriminado injustamente
• jamais atacou grandes cientistas e teorias bem estabelecidas
• não utilizou um jargão inventado por ele próprio
Portanto, a justificativa de Martin Gardner para classificar as pesquisas de Blondlot como um caso de “pseudo-ciência” não tem fundamento.
Outros autores mais recentes procuraram descrever de outra forma o conceito de pseudo-ciência. É impossível examinar todas as caracterizações já oferecidas, mas podemos exemplificar com o livro de Terence Hines, que incluiu entre as pseudo-ciências as crenças na existência de fadas, objetos voadores extra-terrestres não identificados… e os raios N, e apresentou os seguintes critérios para identificar uma proposta pseudo-científica (Hines, 1998, pp. 1-6):
1. Característica principal: o uso de hipóteses que não podem ser refutadas ou falseadas.
3. Procurar por mistérios: assinalar fenômenos que aparentemente não são explicados pela ciência, negar explicações simples e propor explicações espetaculares.
4. Empregar mitos ou fábulas em apoio a suas alegações.
5. Não modificar suas teorias frente a novas evidências.
Essas características certamente não descrevem o trabalho de Blondlot. A falta de conhecimento histórico sobre o episódio dos raios N faz com que muitos autores os incluam em uma categoria onde não deveriam ser colocados.
Referência: MARTINS, Roberto de Andrade. Os “raios N” de René Blondlot: uma anomalia na história da física. Rio de Janeiro: Booklink; São Paulo, FAPESP; Campinas, GHTC, 2007. (Scientiarum Historia et Theoria, vol. 3)
O livro está disponível integralmente para download aqui.
março 17th, 2014 às 4:55 AM
Só na França achavam que Blondlot tinha descoberto algo relevante.
Pelo que sei, ele foi desmascarado justamente quando Gardner, o primeiro estrangeiro, foi verificar os tais raios.
Gardner teria percebido que Blondlot estava vendo raios onde nada poderia existir, expôs a situação e acabou com a fama de Blondlot.
Até onde sei, Blondlot só era respeitado na França.
Seja como for, cadê os raios N?
Bastou alguém alegar que eles não existiam para que desaparecessem?
março 17th, 2014 às 8:11 AM
Como costuma acontecer aos céticos mentirosos, de Morte, eles INVENTAM características desabonadoras contra aqueles que de fato ou supostamente pisam na bola com relação a certas coisas mirabolantes. O fato dos raios N não existirem e o tal Blondlot haver cometido erros experimentais não tornam verdadeiras as características que Gardner listou sobre o tipo de gente que Blondlot deveria ser.
Assim é o verdadeiro ceticismo.
março 17th, 2014 às 8:20 AM
Oi, Marciano
em primeiro lugar, sugiro a leitura do livro de Roberto de Andrade Martins para uma resposta mais completa aos seus comentários. Ele está disponibilizado gratuitamente.
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01 – “Só na França achavam que Blondlot tinha descoberto algo relevante.” […] “Até onde sei, Blondlot só era respeitado na França.”
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Está bem longe de ser esse o caso:
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Os estudos biológicos e médicos dos raios N começaram a produzir repercussão fora da França, e na Inglaterra os médicos Walsham e Miller escreveram uma carta à prestigiosa revista médica The Lancet confirmando os resultados de Charpentier a respeito da emissão dos raios por músculos e nervos. O próprio editor da revista afirmou ter confirmado essas observações. Pouco depois apareceu outra carta à revista confirmando a emissão dos raios N por plantas (Stradling, 1907, pp. 67, 69). Outro médico, Munro, escreveu ao The Lancet propondo o estudo dos raios N e N1 como critério para determinar se uma pessoa estava morta. Em maio de 1904 F. Hackett, na Irlanda, conseguiu repetir com sucesso alguns dos principais experimentos de Blondlot, chegando a medir a variação de brilho da tela fosforescente sob a ação dos raios N (Stradling, 1907, p. 73).
É importante atentar para essas repetições bem sucedidas em outros países, porque quase todos os autores recentes afirmam que somente pesquisadores franceses haviam alegado ter observado os efeitos dos raios N.
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02 – “Pelo que sei, ele foi desmascarado justamente quando Gardner, o primeiro estrangeiro, foi verificar os tais raios.” […] “Gardner teria percebido que Blondlot estava vendo raios onde nada poderia existir, expôs a situação e acabou com a fama de Blondlot.”
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Que Gardner é esse que você fala? Não pode ser Martin Gardner, que nasceu apenas em 1914 e os raios N foram anunciados em 1903. Não seria Otto Lummer?
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Otto Lummer atribuiu os efeitos observados a particularidades da visão humana, sendo assim, efeitos puramente fisiológicos. Diante das críticas, Blondot buscou evidências mais contundentes da existência dos raios N, como fotografias dos efeitos luminosos produzidos por eles. Outros pesquisadores que tentaram fotografar estes efeitos não obtiveram sucesso. Os experimentos fotográficos foram posteriormente aperfeiçoados por Blondot, enfraquecendo as críticas feitas por seus adversários.
Uma das críticas atuais ao método experimental utilizado por Blondot refere-se ao processo de detecção da nova radiação. O físico francês utilizava a detecção visual da variação do brilho de faíscas emitidas entre dois eletrodos, o que tornaria o método extremamente subjetivo. Roberto de Andrade Martins analisa estas críticas considerando cuidadosamente aspectos metodológicos envolvidos em medidas físicas realizadas por físicos do período, mostrando que o raciocínio e passos de Blondot não foram muito diferentes dos que seriam realizados por qualquer bom físico da época.
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03 – “Seja como for, cadê os raios N? Bastou alguém alegar que eles não existiam para que desaparecessem?”
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Sob o ponto de vista científico, não sabemos na verdade o que estava acontecendo. Os testes fotográficos de Blondlot pareciam indicar que existia alguma coisa objetiva, que merecia ser estudada cuidadosamente e com um espírito desapaixonado. Os experimentos que utilizavam anteparos fosforescentes e objetos fracamente iluminados estavam sujeitos a muitas influências, mas teria havido apenas sugestão e “contágio” da visão dos raios N? Talvez sim, talvez não.
Uma das conclusões deste estudo é que é muito difícil concluir qualquer coisa sobre a existência ou inexistência dos raios N. Esse tipo de conclusão (ou falta de conclusão) parecerá inaceitável a muitos leitores, que exigem uma resposta simples, por serem incapazes de lidar com situações ambivalentes. Lembremo-nos, no entanto, que desejar chegar rapidamente a uma conclusão definitiva é uma falha metodológica grave.
março 17th, 2014 às 11:48 AM
Que história interessante! Eu jamais havia ouvido falar em Blondlot e muito menos em raios N. Isso tem alguma coisa a ver com magnetismo, mesmerismo, fluido vital ou coisa parecida?
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Outra coisa. Lendo Unruly Spirits: The Science of Psychic Phenomena in Modern France, fiquei admirado em saber (imagine, eu não sabia!!) que Mesmer aplicava ‘passes’ (assim mesmo, em inglês, ‘passes’) nos seus pacientes. Meu queixo caiu. Os espíritas aplicam passes da mesma forma que Mesmer fazia em 1778, sendo que Mesmer caiu em descrédito há quase duzentos anos!! Que o famoso FCU de Kardec (o tal ‘fluido cósmico universal’) é herança mesmerista eu sabia, e os espíritas em pleno século 21 ainda ensinam isso nas suas escolinhas de espiritismo, mas essa história de passes para mim foi demais!
março 17th, 2014 às 11:21 PM
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“Pelo que sei, ele foi desmascarado justamente quando Gardner, o primeiro estrangeiro, foi verificar os tais raios.” […] “Gardner teria percebido que Blondlot estava vendo raios onde nada poderia existir, expôs a situação e acabou com a fama de Blondlot.”
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Que Gardner é esse que você fala? Não pode ser Martin Gardner, que nasceu apenas em 1914 e os raios N foram anunciados em 1903. Não seria Otto Lummer?
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COMENTÁRIO: não seria ROBERT WOOD?
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“6.1 A VISITA DE ROBERT WOOD AO LABORATÓRIO DE BLONDLOT
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Durante os meses de agosto e setembro de 1904 houve discus¬sões a respeito dos raios N em três congressos científicos euro¬peus. No final de agosto, durante a reunião anual da British Association for the Advancement of Science ocorrida em Cambridge, Otto Lummer relatou os fracassos alemães em repetir os experimentos sobre a nova radiação, e John Butler Burke também informou que não havia conseguido reproduzir os efeitos descritos por Charpen- tier (Stradling, 1907, p. 120).
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No início de setembro, durante o 6° Congresso Internacional de Fisiologia que ocorreu na Bélgica, quando Lambert relatou a produção de raios N durante processos de fermentação, os pes¬quisadores alemães se levantaram e saíram, como sinal de protesto. Ao final da apresentação de Lambert, Charles Henri e Piéron declararam que haviam repetido os experimentos sobre raios N sem sucesso, e outros pesquisadores da Bélgica, da Itália, Rússia e Inglaterra também fizeram comentários semelhantes (Piéron, 1907, p. 150; Piéron, 1904d, p. 548).
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Piéron chegou a desafiar Lambert a fazer um teste de olhar para uma tela e dizer quando uma fonte de raios N era aproximada da mesma, mas Lambert não aceitou a proposta, alegando cansaço (Stradling, 1907, p. 121).
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Ainda em setembro, durante uma reunião da Versammlung deuts- cher Naturforscher und Aertfe em Breslau, Lummer e Rubens comu¬nicaram que haviam repetido os experimentos fotográficos de Blondlot e não haviam obtido nenhum resultado positivo. O pesquisador suíço Pierre Weiss, no entanto, relatou que havia confirmado algumas observações de Charpentier .
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O físico norte-americano Robert William Wood (1868-1955), da Johns Hopkins University, especialista em óptica, estava presente ao congresso realizado na Inglaterra. Rubens (que havia sido seu orientador) o estimulou a visitar Nancy para examinar criticamente os experimentos lá realizados. Wood aceitou a proposta e em meados de setembro visitou o laboratório de Blondlot.
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Poucos dias depois escreveu um relato de suas observações, que foi publicado no dia 29 de setembro pela revista Nature (Wood, 1904a). A crítica de Wood é geralmente considerada como um golpe mortal desferido nos raios N, embora (como já foi mostrado) as pesquisas sobre o assunto já estivessem praticamente paralisadas desde julho. Deve-se, no entanto, ler com cautela sua descrição, que entra em conflito em vários pontos com um outro relato que o próprio Wood fez muito tempo depois .
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Logo nas primeiras linhas de sua comunicação, Wood afirmou:
A incapacidade de um grande número de hábeis físicos experimentais em obter qualquer evidência sobre a existência dos raios n, e a contínua publicação de artigos anunciando novas propriedades ainda mais notáveis dos raios, estimulou-me a realizar uma visita a um dos laboratórios em que parecem existir as condições aparentemente peculiares necessárias à manifestação dessa forma intangível de radiação. Devo confessar que fui em um estado mental de dúvida, mas com a esperança de que eu pudesse ser convencido da realidade dos fenômenos, cujos relatos haviam sido lidos com tanto ceticismo.
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Depois de passar três horas ou mais testemunhando vários experimentos, eu não apenas sou incapaz de relatar uma única observação que pareça indicar a existência desses raios, mas parti com uma convicção muito firme de que os poucos experimenta- dores que obtiveram resultados positivos foram iludidos de algu¬ma forma. (Wood, 1904a, p. 530)
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Em seguida, Wood descreveu os vários experimentos que pre¬senciou. Primeiramente, Blondlot lhe mostrou a experiência da faísca, explicando que seria fácil observar a variação do seu brilho quando os raios N eram concentrados por meio de uma lente de alumínio. Wood afirmou não ter conseguido perceber nenhuma variação no brilho. Então, pediu que tentassem dizer em que instante ele introduzia a mão entre a fonte de raios N e o detector, pela observação da variação do brilho da faísca, e (segundo o rela¬to) não conseguiram perceber quando a mão estava interposta ou não.
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O segundo experimento que lhe foi mostrado foi o da fotogra¬fia da faísca. Wood estimou (visualmente) que a faísca variava bastante de brilho (flutuações da ordem de 25%), o que tornaria impossível realizar um experimento preciso. Além disso, Wood suspeitou que os experimentadores poderiam, inconscientemente, fazer com que o tempo de exposição fosse maior quando a fonte de raios N estivesse em ação.
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Embora não tivesse identificado claramente a suposta fonte de erro, Wood afirmou: “Sinto-me seguro de que se fosse feita uma série de experimentos neste laboratório pelo criador dos experimentos fotográficos [Blondlot] e pelos professores Rubens e Lummer, cuja incapacidade de repeti-los é bem conhecida, a fonte do erro seria encontrada” (Wood, 1904a, p. 530). É evidente que Wood estava aqui apenas fazendo uma profecia e exprimindo sua certeza subjetiva, sem apresentar argumentos objetivos contra o experimento fotográfico.
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O terceiro experimento foi o da decomposição de um feixe de raios N por um prisma de alumínio. Novamente Wood não notou nenhuma diferença de brilho da linha fosforescente quando ela era deslocada.
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Os observadores (Blondlot e seu assistente, Lucien Virtz) di¬ziam estar observando o espectro, mas quando Wood inverteu a posição do prisma de alumínio, eles foram incapazes (segundo Wood) de determinar para que lado estava o vértice do prisma. Por fim, como o experimento era feito no escuro, em determinado instante Wood retirou (sem avisar) o prisma de alumínio, e mesmo nesse momento eles ainda continuaram a detectar mudanças no brilho da linha fosforescente, medindo a posição dos feixes desviados.
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O quarto e último tipo de experimento mostrado a Wood foi o aumento de brilho de pequenas manchas fosforescentes ou objetos fracamente iluminados, quando se aproximava deles um objeto de aço (emissor de raios N). Novamente o pesquisador norte-americano foi incapaz de perceber qualquer mudança. Substituindo (sem que os observadores percebessem) o pedaço de aço por um pedaço de madeira (que não emite raios N), e movendo-o perto dos objetos observados, Blondlot e seu assistente continuavam a afirmar que notavam um aumento de brilho (quando nada deveria acontecer).
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Sou obrigado a confessar que deixei o laboratório com um claro sentimento de depressão, não apenas tendo fracassado em ver um único experimento de natureza convincente, mas com a convicção quase segura de que todas as mudanças de luminosidade ou de nitidez das faíscas e telas fosforescentes (que fornecem a única evidência dos raios n) são puramente imaginárias. (Wood, 1904a, p. 531)
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Os experimentos fotográficos proporcionavam uma evidência objetiva, porém Wood considerou inacreditável que a chapa fotográfica pudesse evidenciar mudanças que eram impossíveis de serem notados visualmente. Ele propôs que fossem feitos testes fotográficos utilizando dois tipos de anteparos: um deles constituído por duas lâminas de alumínio com papel molhado entre elas, e outro com papel seco entre lâminas de alumínio. No primeiro caso, segundo Blondlot, não passariam raios N pelo anteparo, e no segundo caso os raios N atravessariam o dispositivo. Wood sugeriu que deveriam ser feitos testes fotográficos em que o experimentador não soubesse qual dos dois anteparos estaria sendo utilizado, e afirmou:
“Sinto-me muito seguro de que um dia gasto em algum experimento como este mostraria que as variações de densidade da placa fotográfica não possuem conexão com a tela utilizada” (Wood, 1904a, p. 531).
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Se aceitarmos ao pé da letra a descrição que Wood fez de sua visita a Nancy, esse artigo seria suficiente para desmoralizar Blon¬dlot. Mas podemos nos perguntar se a descrição de Wood foi realmente honesta. Ele já estava convencido, antes de chegar a Nancy, da inexistência dos raios N. Nessas condições, algum tipo de fato poderia convencê-lo de que estava enganado? Ele não poderia ter sido levado a exagerar sua descrição dos aspectos negativos? Levado por sua vontade de arruinar com a pesquisa sobre os raios N, ele não poderia ter até mesmo inventado fatos? Não poderia ter ocultado certos experimentos que tinham dado certo?
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A historiografia usual é extremamente crédula, quando examina o relato de Wood. Devemos sempre, no entanto, tomar um relato como este como um objeto a ser estudado, e não como um veredicto.”
março 18th, 2014 às 1:44 AM
ARDUIN,
o que eu quis dizer é que Blondlot não era de renome internacional.
Acredito que ele tenha se empolgado demais com a “descoberta”, não que fosse um fraudador.
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VITOR,
você tem razão em parte, justamente na parte em que confundi Gardner com Wood (OBRIGADO, MONTALVÃO). Digo, em minha defesa, que tal equívoco foi provocado pelo adiantado da hora, com o dia já amanhecendo (Marciano Diz: março 17th, 2014 às 04:55), como pode ser visto lá em cima.
Fui trabalhar sem dormir. 🙁
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Uma coisa é certa: os tais raios nunca existiram, ou alguém mais além de Blondlot os teria visto.
Ele mesmo dizia que os raios só podiam ser vistos com visão periférica (averted vision).
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TOFFO,
já foram exibidos documentários sobre Blondlot e seus raios invisíveis no Discovery Channel.
E talvez você também não saiba, mas Mesmer “magnetizava” objetos, inclusive árvores, com finalidade de usá-los para as mais diversas “curas”.
março 18th, 2014 às 11:32 AM
M. Brady Bower, UNRULY SPIRITS, p. 4. (tradução minha)
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[A chegada de Mesmer a Paris em 1778]. Apesar da oposição que inspirou, a teoria de Mesmer do magnetismo animal era talhada sob medida para os ideais de sua época, descrevendo-a como um universo no qual os homens estivessem literalmente imersos num fluxo abrangente da natureza. Assim como a força gravitacional descrita por Newton influenciava as marés, o fluido universal descrito por Mesmer produzia, dizia-se, seus efeitos no organismo humano. Sistematicamente expostos ao magnetismo controlado e dirigido pelo próprio Mesmer, seus clientes da alta sociedade encontravam alívio para seus sofrimentos físicos e nervosos. Ao tocar os braços e abdome dos pacientes naquilo que se chamava ‘passes’, Mesmer dizia ter a habilidade de redirecionar o fluido magnético no corpo dos pacientes, provocando ‘crises’, que alguns comparavam a ataques epiléticos. Mesmer também inventou um método mais eficiente e muito lucrativo de tratar grupos grandes enchendo uma tina fechada, grande, com o fluido curador. Os pacientes ficavam sentados ao redor da tina, aplicando varetas de ferro que saíam da tina em locais do corpo enquanto ouviam o soar etéreo de uma gaita de vidro ao fundo. Tanto a natureza escandalosa das curas de Mesmer (que frequentemente levava a estados convulsivos jovens senhoritas aristocráticas), quanto a sua alegação de que o magnetismo animal era uma propriedade da natureza que ligava os seres à ordem celestial, chamou a atenção dos guardiões da legitimidade científica de Paris. Em 1784 a Academia Real de Ciências organizou uma comissão para testar o fenômeno conforme demonstrado pelo adepto de Mesmer, Charles Deslon. Presidido por Benjamin Franklin (perito internacional em ‘fluidos’ naturais) e composto por notáveis como Antoine Lavoisier, Jean d’Arcet, Jean Sylvain Bailly e Joseph-Ignace Guillotin, a comissão concluiu que o fluido invisível alegado por Mesmer não existia e que as ‘crises’ trazidas por suas curas nada mais eram do que efeitos da imaginação, imitação e o toque íntimo ocasionado pelos passes magnéticos.
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Apesar do veredicto negativo da comissão de Franklin, as ideias malucas de Mesmer continuaram na França (Puységur e o sonambulismo) e acabaram chegando até Rivail. Dali, embarcaram para o Brasil onde, como sempre acontece, tudo o que chega a Pindorama vira modismo e acaba enfeitado, modificado, distorcido. Não inventaram pizzas de estrogonofe e esfihas doces aqui? O mesmo aconteceu com os passes, via Edgar Armond, que criou um complexo sistema de passes que é usado até hoje, bem como a cromoterapia, cujas raízes mesmeristas são inegáveis. Pra se ver que não só as ideias sérias sobrevivem na humanidade, as tolas também.
março 18th, 2014 às 11:43 AM
É verdade Analista Toffo: num lugar onde há pizza de estrogonofe (e com milho, ervilha…), até não duvido que almas se materializem 😀
março 18th, 2014 às 2:14 PM
Não era uma “gaita de vidro”, era uma harmônica (“glass armonica”, ou “glass harmonica”), instrumento também talhado sob medida para a época:
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http://en.wikipedia.org/wiki/Glass_harmonica
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http://sln.fi.edu/franklin/musician/virtualarmonica.html
março 18th, 2014 às 4:52 PM
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TOFFO: Apesar do veredicto negativo da comissão de Franklin, as ideias malucas de Mesmer continuaram na França (Puységur e o sonambulismo) e acabaram chegando até Rivail. Dali, embarcaram para o Brasil onde, como sempre acontece, tudo o que chega a Pindorama vira modismo e acaba enfeitado, modificado, distorcido. Não inventaram pizzas de estrogonofe e esfihas doces aqui? O mesmo aconteceu com os passes, via Edgar Armond, que criou um complexo sistema de passes que é usado até hoje, bem como a cromoterapia, cujas raízes mesmeristas são inegáveis. Pra se ver que não só as ideias sérias sobrevivem na humanidade, as tolas também.
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COMENTÁRIO: o uso do magnetismo como meio de cura remonta ao grande Paracelso. Este relatava aplicações quase milagrosas de imãs no tratamento de grande número de moléstias. A ideia de que o magnetismo fosse fosse quase transcendental (e para muitos, até mesmo nos dias atuais, seria realmente algo que vai além da matéria: basta examinar o discurso de místicos da atualidade) ganhou força tamanha que perdura contemporaneamente. Mesmer se encantou com a vastidão terapêutica dos magnetos e deles fez uso frequente com resultados que lhe pareceram admiráveis. Daí a elaborar sua famosa teoria do “magnetismo animal” foi um pulinho de criança. Em verdade, a glória de Mesmer teria sido a consolidação de conceitos que já vigiam antes dele nascer: a ideia de fluidos sutis a interfir na natureza e nas pessoas vinha desde a Idade Média. Na avaliação de Mesmer, a força magnética não estaria nos imãs sim nos corpos humanos que as transmitiam a materiais condutores. Visto que um padre, chamado Maximiliano Hell, entrara em contenda com Mesmer, acusando-o de estar se utilizando do método de cura por ele (pelo padre) criado, e sem autorização, talvez a nova concepção da força magnética tenha sido estimulada por essa disputa.
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Convicto de que a “força” provinha do organismo, abandonou as varetas e passou a aplicar diretamente passes magnéticos nos doentes, e os resultados se mantinham iguais ou mesmo melhores que com as varas imantadas. A fama e a clientela de Mesmer cresceu desmesuradamente. Para dar conta da enorme procura da parte de doentes de todos os tipos, passou a magnetizar diversos materiais para uso pelos pacientes, inclusive árvores receberam passes magnetizantes, às quais os infelizes de abraçavam esperando pelo influxo curativo.
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A terapia mesmérica não demorou a mexer com os brios da ciência, e com políticos. Nessas áreas ele acumulou defensores (e seguidores) e muitos adversários. Sua vida em Paris ficou tão bagunçada que resolveu deixar a França e excursionar pela Europa. Quando retornou, a pendenga permaneceu: havia os que ridicularizavam a magnetoterapia (inclusive peças de teatro foram montadas) e os que a defendiam energicamente. Foi aí que se organizou a primeira de três comissões que analisariam a validade dos postulados da terapêutica magnética. A primeira contou com nomes de prestígio, como Benjamin Franklin e Lavoisier. A conclusão desse grupo de sábios foi que o magnetismo curativo era resultado da “imaginação” (na atualidade, talvez dissessem “sugestão”). A partir desse resultado Mesmer perdeu o prestígio e deixou de ser paparicado pelas multidões, mesmo assim, até sua morte (1815) defendeu a validade de suas ideias e produziu pelo menos uma obra sobre o assunto.
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Anton Mesmer caiu em desgraça mas o assunto não. Embora desprestigiado na França, o magnetismo continuou a cativar sábios de outros países e mesmo no território francês várias cidades importantes cultivavam a crença na valor das terapias magnéticas. Nos primeiros anos do século XIX, diversas nações chegaram a adotar o magnetismo como matéria do ensino da medicina, como exemplifica a Rússia do Tzar Alexandre. Em Paris, a academia de Medicina nomeou uma comissão para examinar o assunto, isso em 1831. A anterior fora em 1784.
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A primeira comissão dera cabo do assunto em oito dias, a segunda levou cinco anos avaliando e a conclusão inteiramente favorável ao magnetismo, tudo que Mesmer defendia os sábios confirmaram e ainda acrescentaram novas descobertas: visão pelo estômago, ouvido, pontas dos dedos, eram relatadas; leituras de objetos opacos eram citadas como comuns em magnetizados, até mesmo pessoas de olhos vendados em em salas escuras conseguiam revelar o conteúdo de escritos lacrados. O resultado foi tão insólito que a academia recusou acatá-lo. No ano seguinte novo grupo de estudiosos foi constituído para ver se elucidava o assunto em definitivo. Desta vez, a farra da comissão anterior escorregou pelo cano, nada do que disseram se confirmou. Um dos membros desta última comissão chegou a oferecer, do próprio bolso, quantia substancial a qualquer candidato que pudesse realizar feitos atribuídos aos magnetismo, em situação controlada. Alguns candidatos apareceram, nenhum levou o prêmio.
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Foi nessa ocasião, em 1841, que James Braid, um cirurgião americano, se interessou pelo magnetismo. Notou que, descontados os exageros e as falcatruas, algumas coisas interessantes aconteciam com os sob transe magnético. De suas observações começou a tomar forma as primeiras concepções a respeito da sugestão hipnótica. Admiravelmente, Kardec preferiu aderir as, já na sua época, desmoralizadas ideias de Mesmer. Conforme o Toffo bem noticiou.
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março 18th, 2014 às 5:02 PM
O que eu acho gozado é que, no caso do Wood especificamente, disse ter feito tal ou qual coisa e os raios N continuavam sendo detetados, quando não mais o deveriam. Não entendo porque não chamou a atenção do françuá, revelando o que fez e perguntando como é que ainda assim podia estar detetando os ditos raios. Por que os sábios céticos costumam guardar suas mirabolantes descobertas anti mirabolantes pseudofatos para si mesmos e revelá-las quando o adversário eventualmente já teria falecido e não poderia se defender?
março 18th, 2014 às 5:30 PM
Talvez esperando que ele se defendesse mediunicamente…
março 18th, 2014 às 5:32 PM
Brincadeirinha, Arduin!
março 18th, 2014 às 5:37 PM
(…)quando o adversário eventualmente já teria falecido e não poderia se defender?
Wood, R.W. The N-Rays. Nature 70 (1822): 530–531.29 September 1904
O Blondot já tinha desencarnado??
março 18th, 2014 às 5:37 PM
Interessante que essa “expectativa” dos clientes de Mesmer se perpetua na mesma expectativa dos “papa-passes” que pululam no centro espírita de hoje. No centro que eu frequentava havia até um trabalho de “fluidoterapia”, que consistia em passes, água benta e palestras. Cheguei a ser palestrante (pois é…). Mas jamais me passaria pela cabeça da época essa história de Mesmer e suas desacreditadas teorias. Dio mio!…. E a eficácia real dessa terapia ainda é difundida reticentemente pelos próprios espíritas, que no íntimo acham tudo isso no mínimo inconclusivo. Tal como a terceira comissão, de 1837, a história se repete, quase 180 anos depois.
março 18th, 2014 às 6:27 PM
“…critérios para identificar uma proposta pseudo-científica (Hines, 1998, pp. 1-6):
1. Característica principal: o uso de hipóteses que não podem ser refutadas ou falseadas.
2. A pessoa que propõe uma idéia pseudo-científica não desenvolve estudos empíricos cuidadosos nem examina cautelosamente os fatos que emprega.
3. Procurar por mistérios: assinalar fenômenos que aparentemente não são explicados pela ciência, negar explicações simples e propor explicações espetaculares.
4. Empregar mitos ou fábulas em apoio a suas alegações.
5. Não modificar suas teorias frente a novas evidências. ”
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Comentário: Já vi essas características todas em algum lugar, não estou me lembrando onde… alguém ai pode me ajudar?
março 18th, 2014 às 6:38 PM
ARDUIN,
se você quiser defender a existência dos raios N, começarei a ficar preocupado com sua sanidade.
Veja o que a wikipedia francesa diz sobre o caso:
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” Il est surtout connu pour avoir commis l’une des plus grandes erreurs du XXe siècle en physique expérimentale, en annonçant, en 1903, sa découverte des rayons N. Ce rayonnement hypothétique, ainsi nommé en l’honneur de l’Université de Nancy où il professait, était censé être capable d’augmenter la luminosité d’une lumière de faible intensité. En 1904 le physicien Robert William Wood révéla, dans la revue scientifique Nature, que le phénomène était purement subjectif et n’avait aucune origine physique : le phénomène avait été “observé” alors qu’il en avait pourtant retiré, clandestinement, le dispositif déclencheur”.
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VOU TRADUZIR ESPECIALMENTE PARA VOCÊ:
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Ele é conhecido, sobretudo, por ter cometido um dos maiores erros do século XX em física experimental, anunciando, em 1903, sua descoberta dos raios N. Essa radiação hipotética, assim chamada em homenagem à Universidade de Nancy, onde ele lecionava, seria capaz de aumentar a luminosidade de uma luz de fraca intensidade. Em 1904 o físico Robert William Wood revelou, na revista científica Nature, que o fenômeno era puramente subjetivo e não tinha nenhuma origem física: o fenômeno tinha sido “observado” (aspas do original) mesmo depois queele houvera retirado, clandestinamente, o dispositivo provocador (do suposto fenômeno).
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Wood revelou a Blondlot que tinha retirado o dispositivo e que, mesmo assim, ele (Blondlot) continuava a ver os rais raios.
Disse Wood que Blondlot ficou desconcertado.
Depois da publicação na Nature, ele ficou totalmente desacreditado.
Ainda deram um prêmio de consolação a ele pelos trabalhos anteriores.
Nunca mais ele fez mais nada.
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A TAL OU QUAL COISA que Wood fez foi retirar o dispositivo que tornaria visíveis os tais raios, e mesmo assim Blondlot continuou vendo o que não poderia mais ver.
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Blondlot não era um mistificador nem um idiota, ele era respeitado anteriormente por ter conduzido experiências que permitiram confirmar estudos de Heinrich Hertz sobre polarização de campos magnéticos.
É por isso que eu acho que ele se “empolgou”.
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Depois do mico ele recebeu o tal prêmio e sumiu do mapa.
Até porque era um cara decente.
março 18th, 2014 às 6:56 PM
ARDUIN, você é irmão gêmeo univitelino (ou, talvez, um clone) do príncipe empalador?
Vão parecer-se assim numa região que fica entre a luz e a sombra, criada por Rod Serling.
março 18th, 2014 às 7:06 PM
E depois o assistente achou que estava sem o cristal e daí não viu nada…
The assistant had evidently become suspicious, and asked Blondlot to let him repeat the reading for me. Before he turned down the light I had noticed that he placed the prism very exactly on its little round support, with two of its corners exactly on the rim of the metal disk. As soon as the light was lowered, I moved over towards the prism, with audible footsteps, but I did not touch the prism. The assistant commenced to turn the wheel, and suddenly said hurriedly to Blondlot in French, I see nothing; there is no spectrum. I think the American has made some derangement.’ Whereupon he immediately turned up the gas and went over and examined the prism carefully. He glared at me, but I gave no indication of my reactions. This ended the seance.
Quando nós fizermos os experimentos com mesas girantes lá em Brasília não vamos aprontar sacanagens pros espíritos, não é Analista Montalvão?
março 18th, 2014 às 7:12 PM
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Defensor da Razão Diz:
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“…critérios para identificar uma proposta pseudo-científica (Hines, 1998, pp. 1-6): […]
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Comentário: Já vi essas características todas em algum lugar, não estou me lembrando onde… alguém ai pode me ajudar?
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COMENTÁRIO: pegue aí:
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Tentativas de identificação da pseudo-ciência
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O termo “pseudo-ciência” é sempre empregado com significado negativo. Ninguém vai empregá-lo para enaltecer um estudo ou uma proposta. Compreende-se que quando alguém classifica um estudo como “pseudo-científico” isto quer dizer que este estudo tem um valor inferior ao da ciência, ou que não tem nenhum valor. Num livro recente em que se discute o status científico da parapsicologia, Terence Hiñes analisou o conceito de pseudo-ciência e propôs diversas características que permitem identificar uma proposta pseudo-científica (Hiñes, 1998, pp. 1-6):
• Característica principal: o uso de hipóteses que não podem ser refutadas ou falseadas.
• A pessoa que propõe uma idéia pseudo-científica não desenvolve estudos empíricos cuidadosos nem examina cautelosamente os fatos que emprega.
• Busca por mistérios: destacam-se fenômenos que aparentemente não são explicados pela ciência, negam-se explicações simples e propõem-se explicações espetaculares.
• Utilização de mitos ou fábulas em apoio às suas alegações.
• Não modificam suas teorias frente a novas evidências.
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Hiñes, como outros autores, apresenta vários exemplos de fenômenos que não aceitamos (a existência de fadas, de objetos voadores não identificados provenientes de outros planetas, os raios N de Blondlot, e outros mais) para mostrar o significado desses critérios e convencer o leitor de que os critérios são válidos (Hiñes, 1998, capítulo I). A crença de que há objetos voadores não identificados (OVNIs ou UFOs) procedentes de outros planetas talvez seja um bom exemplo.
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• Trata-se de uma hipótese que claramente não pode ser refutada: não existe nenhum fato que possa falsear, de maneira conclusiva, uma proposição existencial como essa.
• Aqueles que aceitam a existência dos OVNIs apresentam como provas de sua existência alguns relatos e fotos publicados em material popular e não os examinam de forma crítica.
• Os defensores dos OVNIs recusam as explicações mais singelas (como nuvens) e propõem explicações fantásticas.
• Os mitos antigos sobre visitantes vindos dos céus ou de estrelas são empregados como suporte empírico para a crença nos OVNIs.
• Além disso, esta crença não foi atualizada quando surgiram evidências de que não há seres inteligentes nos planetas do sistema solar.
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Outro autor que descreveu critérios para identificar a pseudo-ciência foi Irving Langmuir. Segundo este cientista, os indícios que permitem reconhecer a “ciência patológica” são (Langmuir, 1989, pp. 43-44):
• O fenômeno estudado é muito débil e ocorre somente com causas débeis.
• O efeito não depende da intensidade da causa.
• O efeito é muito difícil de detectar (fica no limite da detecção).
• É necessário fazer uma grande quantidade de medidas para observar o efeito, por análise estatística.
• Ignoram-se os resultados que estejam em conflito com as expectativas do pesquisador.
• Afirma-se que uma precisão muito alta foi conseguida.
• Sugerem-se teorias fantásticas, contrárias à experiência.
• Os críticos dos autores não podem observar os efeitos descritos.
• A crítica é contestada com respostas ou desculpas “ad hoc”.
• O quociente entre os que defendem a nova teoria e os que a criticam chega ao redor dos 50% e depois baixa e se torna insignificante.
[…] (A natureza da pseudociência: algumas considerações sobre o estudo de fenômenos inexistentes – Roberto de Andrade Martins)
março 18th, 2014 às 7:30 PM
GORDUCHO: Quando nós fizermos os experimentos com mesas girantes lá em Brasília não vamos aprontar sacanagens pros espíritos, não é Analista Montalvão?
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COMENTÁRIO: sacanagens não digo, mas talvez umas pegadinhas, tipo pôr alvos vazios para ver se os espíritos respondem com se fossem cheios… No caso das mesas girantes esses alvos seriam perguntas sobre quem não existe, ou algo assim.
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Visto que dificilmente o Arnaldo aceitará o repto e se aceitar qualquer dificuldade que tenhamos de reunir o grupo numa mesma data será usada contra o grupo, porque não lhe sugerimos uma vídeo-conferência em que ele entra com os médiuns e nós com a observação com gravação? Pode não ser uma Brastemp em termos de teste, mas tem a vantagem de permitir montar a equipe mais facilmente: os passos podem ser gravados por todos os envolvidos e, depois, analisados em separado e conjuntamente.
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Além disso, a videoconferência permite reunir-se com mais facilidade e mais vezes, desde, é claro, que médium e crente estejam dispostos a produzir provas satisfatórias.
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Visto que o Arnaldo provavelmente vai pular fora (aqui é uma instigação ao dito, não conte para ele), podemos deixar ao desafio exposto a quem interessado, ressalvando que os participantes (tanto o encarnado quanto o espírito) devem estar dispostos a sanar as dúvidas que surgirem no decorrer de cada experimentação, ou seja, aceitar quantos testes necessários para formar conclusão razoavelmente segura.
março 19th, 2014 às 12:59 AM
MONTALVÃO,
ante o adiantado da hora e meu estado físico, serei breve.
Através de videoconferência fica mais fácil produzirem-se fraudes.
O protocolo tem de ser discutido rigorosamente antes de se aceitar tal hipótese.
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Quanto aos OVNIS extraterrestres, interessante notar que os alienígenas não querem se ocultar, pois são vistos por milhões de pessoas pelo mundo afora. Se quisessem ficar incógnitos, com sua tecnologia super extraordinária, capaz de os transportar a estrelas situadas a dezenas de anos-luz do Sol, seria fácil passarem-se despercebidos.
Por outro lado, não aparecem claramente nunquinha.
São sempre fotos e vídeos fora de foco, escuros, quase invisíveis, quando não falsificações grosseiras.
Qualquer semelhança com fantasmas não deve ser mera coincidência. Estes últimos também são afeitos a imagens fora de foco, escuridão ou falsificações grosseiras.
Eu acredito piamente em objetos voadores não identificados.
Qualquer porcaria que voe ou pareça voar e que não identifiquemos é um UFO.
Não acredito é em naves espaciais vindas da quinta dimensão, povoadas de fantasmas de falecidos lobisomens, vítimas de balas de prata.
Isso eu deixo para os loucos de plantão, que os há de sobra.
março 19th, 2014 às 1:00 AM
ERRATA: “… capaz de os transportas DE estrelas…”.
março 19th, 2014 às 1:09 AM
Estou começando a aventar a hipótese de que existem no mundo humanos tendentes a acreditar em fantasias, como raios N, lobisomens e seus respectivos fantasmas, fadas, discos voadores, etc. e humanos mais pé-no-chão, que não se encantam com fantasias esquizofrênicas, o que, provavelmente, é um fator genético.
E olhe que a ingenuidade e fantasia exacerbadas não têm nada a ver com inteligência e conhecimentos.
Há aqueles que, como Blondlot, são muito inteligentes e detém conhecimento altamente especializado, mas que se deixam facilmente levar pela fantasia.
Claro que a incidência de ingenuidade e ideias delirantes é muito maior entre os desprovidos de inteligência e ignorantes, mas até entre estes encontramos pessoas com pensamento mais pragmático.
Dou um desconto para aqueles que, por influência cultural do meio, da família, deixaram-se levar pela loucura, mas estes acabam se livrando da fantasia.
Vou passar a prestar atenção na possível correlação estatística entre crenças religiosas e crenças em coisas não religiosas, mas igualmente absurdas, como discos voadores, tai chi chuang, i ching, feng shui, acupuntura, homeopatia, raios N, Doutor Mabuse, Doutor Fu Manchu, Lex Luthor, Doutor Silvana…
março 19th, 2014 às 6:09 AM
Não, não estou defendendo os tais raios N. Sempre soube que eram alguma balela, embora não conhecesse os detalhes. É que do jeito que entendi num post mais acima, pareceu-me que a tal revelação não teria sido feita na cara do Blondot e sim bem depois, longe da presença dele.
A subjetividade, ou seja, o desejo de ver algo que não existe é real. Lembra-me quando Ernest Haeckel fez todo um postulado sobre como seriam os seres vivos primordiais, os quais chamou de moneras, e tempos depois, examinando-se sedimentos do fundo do Mar do Norte, sob um microscópio que aumentava 1000x, eles ACHARAM as ditas moneras. Só que depois descobriu-se que elas não existiam. O que pensavam ser moneras era apenas um coloide de fosfato.
Realmente a sugestão é uma força tão poderosa quanto a fé. Assim com esses tais raios N, aqueles que neles acreditavam, ACHARAM os ditos raios. Os que NÃO acreditavam, não os encontraram…
março 19th, 2014 às 9:36 AM
ARDUIN,
estou sinceramente feliz em saber que você não defende a existência de raios N.
Um homem de ciência ter uma religião, é uma coisa, muitos têm. Já acreditar em raios N e discos voadores é outra.
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NO QUE PERTINE COM AS MONERAS, primeiro ensinavam que existiam o reino mineral, o reino vegetal e o reino animal.
Alguns espíritas malucos inventaram um “reino hominal”, o que você, como biólogo, sabe ser um ATENTADO contra a ciência, especialmente a biologia.
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Depois classificaram fungos, moneras, e ainda os protistas, em reinos próprios, introduzindo a maior confusão nas classificações.
Agora fico sabendo (confesso) em primeira mão, por você, que moneras são tão reais quanto os raios N.
Pelo que sei, no ensino fundamental e médio AINDA se ensina que moneras são todos os seres vivos unicelulares e procariontes, ou seja, sem núcleo organizado, individualizado por membrana. As bactérias seriam moneras.
Estou precisando esquecer-me do pouco que acreditei ter aprendido de biologia.
Você está me deixando mais cético do que sou.
Se não posso confiar nem em livros de biologia (de física, sei que tem muita besteira em livros, inclusive AINDA se encontram efeito Coriolis em ralos de pias e banheiras, dentre outras besteiras).
Sempre achei, assim como Asimov, que a ciência ia acertando seus erros e que depois de algum tempo, conhecimento antigo se consolidava e era confiável.
Vejo com desconfiança qualquer novidade científica, mas quando o tempo passa, começam a aparecer tecnologias com supedâneo em teorias antigas e aceitas (como satélites, televisores, computadores, celulares, gps – tudo a confirmar as teorias da propagação das ondas eletromagnéticas e da gravitação universal), tenho como verdade esses fatos.
Desse jeito, vou regredir à minha infância, quando tinha dúvidas até sobre minha própria existência.
Sempre achei que a existência de qualquer indivíduo, com consciência ou não, seja uma macieira ou um biólogo, deve-se ao acaso, sendo a individualidade uma sensação, no caso dos humanos, causada pela estrutura cerebral e pelas sinapses geradas eletroquimicamente nas células cerebrais.
Não chego ao ponto do VITOR, que nega o livre-arbítrio.
Minha visão da biologia sempre foi mecanicista, mas parece que biólogos ainda não se entendem.
Ilumina-me, senhor!
Preciso começar a me acostumar com a ideia de que tudo o que sei é que NADA posso saber, que nenhum conhecimento é confiável (pior do que o talvez inexistente Sócrates).
Talvez os mais sábios sejam os apedeutas, que não se preocupam em adquirir qualquer conhecimento, vivem a vida hedonisticamente, como baratas, por exemplo.
Por falar nisso, baratas ainda são insetos?
O imbecil do Jô Soares, há uns dois anos, contou uma piada velha, confundindo tudo, dizendo que quando tiraram a SEXTA e ÚLTIMA perna de uma aranha, ela não obedeceu mais ao comando vocal de locomover-se, ficando surda, como concluiu um cientista lusitano.
Quase vomitei quando vi aquele gordo metido a besta chamar um aracnídeo de inseto.
Ele deve achar que lacraias são insetos, talvez até lagartixas o sejam para ele.
Já pensou se qualquer dia seus colegas resolvem mexer na barafunda e confundir tudo de novo, dando razão ao irritante e insuportável comediante metido a besta?
março 19th, 2014 às 9:58 AM
“Alguns espíritas malucos inventaram um “reino hominal”, o que você, como biólogo, sabe ser um ATENTADO contra a ciência, especialmente a biologia.”
– Até onde sei isso é uma invenção do André Luís, que ao que parece não tinha bons conhecimentos científicos nem da época quando ainda era vivo. Obviamente o tal “reino hominal” não tem nada a ver com Biologia e sim com elucubrações filosóficas espiritualistas…
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Realmente as moneras nunca existiram, mas o termo foi aproveitado para se forjar o “reino” onde foram agrupados os procariontes. A menos que já se tenham mudado alguma coisa, o termo reino não tem mais significado taxionômico. O nível mais alto de classificação agora começa com os filos.
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E quanto a bobagens, em Ciência acontece a mesma coisa que Kardec alertou quanto ao Espiritismo: é preferível rejeitar 100 verdades a aceitar uma só mentira. As verdades ressurgem com o tempo, mas uma mentira encastelada dificilmente é derrubada. E eu lembrei isso a meus alunos na aula que dei na segunda feria. Falei dos oleossomos, que são organelas que se formam a partir do retículo endoplasmático liso, onde há uma síntese de óleo e ao final do processo, ocorre uma meia ruptura da membrana do retículo, onde uma camada de fosfolipídios se destaca, envolvendo o óleo e o conjunto de enzimas do metabolismo lipídico. Daí então forma-se o olessomo, com uma hemimembrana (porque é revestido por uma só camada de fosfolipídios).
Mas nos anos 1930, quando o microscópio eletrônico mal começava a ser construído e só servia para metalurgia, pois os metais são condutores de elétrons, um autor americano fazendo colorações de células com sudan (corante graxo), notou que várias estruturas dentro da célula eram coradas por ele e não se tratava de um artefato. Ele chamou tais organelas de “elaioplastos”.
Pois bem, esse nome continuou sendo usado, mas quando finalmente se desenvolveram técnicas que permitiam ver as células ao microscópio eletrônico, constatou-se que os plastos (cloroplastos, cromoplastos, leucoplastos) são organelas com DUPLA membrana, podendo ser intercambiáveis, ou seja, uma pode se transformar na outra, e têm DNA e ribossomos do tipo bacteriano. O oleossomo não tem nada disso e logo se percebeu tal coisa. PORÉM, o nome elaioplasto permaneceu, apesar de estar errado.
E alertei os alunos disso: se forem fazer pesquisa envolvendo oleossomos, eles devem incluir na busca por literatura os termos elaioplasto, oleoplasto, elaioplast, etc, pois mesmo trabalhos RECENTES ainda usam esses termos errados. Faça uma busca no santo Google com esses termos e confira.
março 19th, 2014 às 10:54 AM
Não entendi o que esse texto “Martin Gardner e os excêntricos” tem a ver com a proposta do site.
março 19th, 2014 às 11:08 AM
A Administração deseja promover a Credulidade. É sub-reptício, mas com o tempo o Sr. perceberá…
março 19th, 2014 às 11:24 AM
Dado o tom eclético adotado nesse site, e a ausência de preconceitos contra assuntos religiosos nonsense sugiro uma página sobre a “Church of the Flying Spaghetti Monster”.
março 19th, 2014 às 1:28 PM
ARDUIN DISSE:
(…)
“Faça uma busca no santo Google com esses termos e confira”.
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Você já tinha me contado sobre isso, em outro tópico.
Obrigado por seus esclarecimentos.
Se eu tivesse de voltar a estudar biologia, acho que teria de fazer tabula rasa de tudo o que aprendi.
Parece que os elaioplastos são como o modelo atômico de Rutherford, o novo conhecimento vem, mas o antigo vício permanece.
março 19th, 2014 às 1:43 PM
1. Defensor da Razão Diz:
março 19th, 2014 às 10:54
Não entendi o que esse texto “Martin Gardner e os excêntricos” tem a ver com a proposta do site.
2. Gorducho Diz:
março 19th, 2014 às 11:08
A Administração deseja promover a Credulidade. É sub-reptício, mas com o tempo o Sr. perceberá…
3. Defensor da Razão Diz:
março 19th, 2014 às 11:24
Dado o tom eclético adotado nesse site, e a ausência de preconceitos contra assuntos religiosos nonsense sugiro uma página sobre a “Church of the Flying Spaghetti Monster”.
Eu tenho a mesma impressão que GORDUCHO.
E se é assim, proponho a inclusão da igreja do dragão da garagem, a do bule de chá (que fica perto de meu planeta), a do unicórnio cor-de-rosa invisível…
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Dogmas (dogmas, não, somos como os espíritas, não temos dogmas) da “Church of the Flying Spaghetti Monster”, também conhecida como pastafarianismo:
• Um invisível e indetectável Monstro do Espaguete Voador criou o universo, começando com uma montanha, árvores e um anão.
• Aquecimento global, terremotos, furacões e outros desastres naturais são uma consequência direta do declínio no número de piratas desde o século XIX.
• Todas as evidências a favor da evolução foram intencionalmente plantadas pelo Monstro de Espaguete Voador. O “FSM” testa a fé dos Pastafarianos fazendo as coisas parecerem mais velhas do que elas realmente são. “Ele encontra que aproximadamente 75% do Carbono-14 decaiu por emissão de elétrons para Nitrogênio-14, e infere que este artefato tem aproximadamente 10.000 anos de idade, pois a meia-vida do Carbono-14 é de 5.730 anos. Mas o que nossos cientistas não percebem é que toda vez que eles fazem uma medição, o Monstro de Espaguete Voador estará lá mudando os resultados com seu Apêndice Macarrônico. Nós temos vários textos que descrevem detalhadamente como isso é possível e as razões por que Ele faz isso. Obviamente, ele é invisível e pode passar através de matéria ordinária com facilidade.”
• Os fósseis dos dinossauros foram escondidos sob a terra com o único intuito de enganar a humanidade.
• O Pastafariano acredita num paraíso que inclui cerveja em abundância e muitas mulheres fazendo striptease.
• O Pastafariano também acredita num inferno, onde a cerveja é sem álcool e quente e as strippers têm doenças sexualmente transmissíveis
• Todo adepto do Pastafarianismo não perde O Jogo enquanto estiver bebendo com piratas.
• “RAmén” é a conclusão oficial para rezas, certas seções do Evangelho do Monstro do Espaguete Voador, etc. e é uma combinação do termo hebreu “Amém” (também usado no cristianismo) e Ramen, um tipo de macarrão japonês (Lámen). E obeservação: 15% da população mundial acredita em nossa magnifica religião.
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• ASSIM COMO O SENHOR DEUS DOS INGÊNUOS, o Monstro do Spaghetti também tem sua PALAVRA:
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1. Realmente preferiria que você não agisse como um santarrão imbecil que se acha melhor que os outros quando descrever minha santidade espaguética. Se alguns não creem em mim, não tem problema. Na verdade, não sou tão vaidoso. Além disso, isso aqui não é sobre eles, então não mude de assunto.
2. Realmente preferiria que você não usasse a minha existência como um meio para oprimir, subjugar, castigar, eviscerar, ou … você sabe, ser mau para com os outros. Eu não peço por sacrifícios, e a pureza é para a água potável, não para pessoas.
3. Realmente preferiria que você não julgasse as pessoas por seu aspecto, ou por como se vestem, ou pela maneira como falam, ou… olhe, seja simplesmente bom, está bem? Ah, e que te entre na cabeça: mulher = pessoa, homem = pessoa, igualzinho = igualzinho. Nenhum é melhor que o outro, a menos que falemos de moda, claro, sinto muito, mas isso eu deixei às mulheres e a alguns homens que conhecem a diferença entre verde mar e fúcsia.
4. Realmente preferiria que você não fizesse coisas que ofendessem a você mesmo, ou a(o) seu(ua) parceiro(a) amoroso(a) mentalmente maduro(a) e com idade legal para tomar suas próprias decisões. Quanto a qualquer outro que se oponha, creio que a expressão é “vá se f***r”, a menos que ache ofensivo, em cujo caso poderia apagar o televisor e sair para dar um passeio, para variar.
5. Realmente preferiria que você não desafiasse as ideias fanáticas, machistas e de ódio aos diferentes com o estômago vazio. Coma primeiro, depois vá ter com os escroques.
6. Realmente preferiria que você não construísse igrejas/templos/mesquitas/santuários multimilionários à minha santidade macarrônica quando o dinheiro poderia ser melhor empregado em (a escolha é sua):
• A. Terminar com a pobreza.
• B. Curar enfermidades.
• C. Viver em paz, amar com paixão e baixar o preço da televisão a cabo.
Posso ser um ser onipresente de carboidratos complexos, mas desfruto das coisas simples da vida. Eu sei, por isso SOU O Criador.
7. Realmente preferiria que você não andasse por aí contando às pessoas que eu falo com você. Você não é tão interessante. Cresça! Te disse que amasses ao teu próximo, você não entende as indiretas?
8. Realmente preferiria que você não fizesse aos outros o que você não gostaria que fizesse a você, se você gosta de… eh… daquelas coisas que usam muito couro/lubrificante/Las Vegas. Mas se a outra pessoa também gostar da brincadeira (conforme #4), então aproveitem, tirem fotos, e pelo amor de Mike, usem preservativo! É verdade, é um pedaço de borracha. Se eu não quisesse que vocês gostassem de brincar eu teria colocado pregos no playground ou algo assim.
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Segundo o livro sagrado do monstro do macarrão voador, os piratas antigamente eram amantes da diversão que espalhavam a bondade pelo mundo e distribuíam doces para crianças e protegiam contra o aquecimento global, furacões e terremotos, nada se parecem com os piratas criminosos atuais. Sua imagem teria sido denegrida pelos cristãos e Hare Krishnas e por isso seus fantasmas estão associados com o desaparecimento de navios no Triângulo das Bermudas. Uma prova do poder pirata estaria no fato da Somália ter um grande número de piratas e uma baixa emissão de carbono. Para comemorar a luta dos piratas, o dia 19 de setembro foi definido como o dia internacional de falar como um pirata.
No final do ano, ao invés de comemorar o Natal (dia sagrado cristão), Hanuká (dia sagrado judeu) ou Kwanzaa (dia sagrado afro-estadunidense) , os pastafaranistas comemoram o Feriadão (holiday season) desejando a todos um “bom feriado” ao invés de “Feliz Natal”. E como o pastafarismo rejeita dogmas e formalismos ele deve ser comemorado como as pessoas bem entenderem.
março 19th, 2014 às 2:03 PM
• Segundo a desciclopedia, ” Hippolyte Léon Denizard Rivail nasceu em 1804, na França. Formou-se em Pestalozzi, na Suíça. Era um pedagogo frustrado que não conseguia ter um bom retorno com nenhum de seus livros sobre educação. Em 1855, fez um pacto com satanás para ficar famoso e vender suas obras. Em 1868, já era um autor renomado. Tem sido acusado injustamente de racismo, quando, na verdade, tudo o que ousou fazer foi defender a justa e compreensível superioridade dos europeus e seu consequente direito de dominar as outras civilizações menos evoluídas”.
• Médiuns são pessoas iluminadas capazes de se comunicar com fantasmas ou fazer mágicas genuínas que, curiosamente, são sempre menos impressionantes que os truques do x-pírita David Copperfield. Os médiuns são pessoas evoluídas e sem apego material: apesar de serem capazes de provar que fazem coisas sobrenaturais, não ligam para pegar o prêmio de um milhão de dólares oferecido pelo mágico profissional James Randi, na Califórnia.
A astronomia avançou com a descoberta de que a Terra não era o centro do universo. Desde então, todos começaram a se perguntar com mais frequência, “existe vida em outros planetas?”. O espiritismo foi o primeiro a responder a essa pergunta com tanta clareza (mesmo que a resposta esteja errada) e jogar luz nos olhos da humanidade para contemplarmos a beleza da pseudo-superioridade da vida com espiritices.
Mas essa resposta não foi tão mediúnica, como veremos a seguir. Kardec, empolgado com as descobertas de Galileu (ou dos espíritos guias) afirmou que havia vida em todos os “globos” (sic) do espaço. Logo surgiram algumas dúvidas cruciais, que qualquer retardado, digo, os “estudiosos” do espiritismo ficaram a contemplar.
Para onde foram os gênios da humanidade até então? Se todos evoluem, cadê a versão digivolvida deles agora?
Diz-se que Kardec cagou nas calças quando perguntaram isso pra ele. Tinha que ser achada alguma coisa, por mais idiota que fosse, pra camuflar o que ele disse. Então, ele limpou a bunda e ficou a filosofar, “que merda eu vou falar agora?”.
Surgiu então uma “livre adaptação” para a frase de Jesus Cristo “Na casa de meu Pai há muitas moradas; se não fosse assim, eu vo-lo teria dito; vou preparar-vos lugar.” (Jo 14:3)
E o incrível: os espíritas acreditaram! Talvez por nunca terem lido a Bíblia, pois está mais do que claro (para fanáticos que acreditam na bíblia, gibi da Monica, político honesto, etc) que Jesus sabia da iminente morte, e estava falando de uma era que Ele iria fazer( e que misteriosamente, até hoje, também nunca se confirmou).
Tempos depois, descobriram que era impossível haver vida em alguns planetas, e mudaram tudo de novo falando que haviam muitos tipos de existências (espiritual, corporal, fantasmal, peidoral)…
Esclarecimento: Espiritismo não é religião
Tem sido difundida a ideia errônea de que o Espiritismo é uma religião, quando, na verdade, é uma ciência. Atualmente, existem laboratórios espíritas espalhados por todo o mundo e que funcionam nas universidades de Coimbra, de Paris, de Oxford, no Instituto Tecnológico de Massachusetts, na Nasa, etc. Já existem infinitas provas científicas de que todos os fenômenos descritos por Allan Kardec estão corretos, como por exemplo, evidências anedóticas, testemunhos de gente que não podia estar mentindo e estudos que dependem do ponto de vista subjetivo. Portanto, o Espiritismo não precisa, não deve e não pode ser questionado sob quaisquer argumentos que sejam.
É importante também esclarecer que no espiritismo, não há dogmas. As seguintes frases ilustram bem isso:
1) Deus existe;
2) Deus é justo;
3) Charlatões, digo, Médiuns podem se comunicar com os mortos.
Em outras religiões, as frases acima são consideradas dogmas, mas no espiritismo não! Por que não? Ora, porque não e pronto.
Mas o que não contavam é que, até a Ciência, por sua definição, é auto questionável e, portanto, qualquer estudo ou pseudo-ciência que, por si só, se considere “inquestionável”, por definição lógica e história, é dogmático. Ou seja, espiritismo é religião, tento seus dogmas considerados incontestáveis, assim como qualquer religião.
As obras básicas do espiritismo
As obras básicas do espiritismo, também conhecidas como codificação espírita. Todas as “obras” são fortemente caracterizadas pelo seu cunho científico e moral, além de verdades e explicações que não existem em lugar nenhum. Concluímos então que somente quem é espírita é superior, pois conhece a resposta para todos os males do mundo.
O Evangelho segundo o espiritismo: É a obra mais famosa, onde Kardec filosofa e avalia a natureza humana, a caridade e alguns ensinamentos bíblicos. Obviamente, só ensinam sobre bondade de Cristo e caridades, mas por uma razão desconhecida(ou ignorada) retiraram aquelas partes chatas dos ensinamentos da Bíblia que diz que Jesus é o Salvador da humanidade e morreu pelos nossos pecados, que obras não salvam, que é proibido a comunicação com mortos, que mortos estão mortos e não voltam e mais outras coisas que só mesmo gente burracrentes e católicos acreditam e se alguém falar ou discutir, vai dar merda.
O livro mostra como o mundo é legal, e como se falam coisas absolutamente verídicas sobre vida após a morte. Nesse ponto já fala que devemos pregar o amor de Cristo para todos, exceto para quem não é caucasiano, eles que se explodam. Não há contradições nessa obra, você é que é burro e não leu direito.
Nota: Depois de ler esse livro, você terá que concordar nas coisas verdadeiras pela metade, com o objetivo de parecer pseudo-intelectual e dar uma explicação mega-blaster-pseudo-cientificamente-absurda, passível de crédito com muita lavagem cerebral e encontros com o demo.
A gênese: Explica cientificamente como tudo surgiu, falando sobre vida em Marte e civilizações avançadas como a Lua da Terra.
Falando a verdade, esse livro é tão idiota que eu nem li. Os outros eram engraçados, mas esse é absurdamente imbecil.
O livro dos charlatões, digo, médiuns: Teorias para quem quer se comunicar com espíritos. Em geral, refutam-se todas as críticas dessa obra com um satisfatório é assim porque é. Segue um resumo da obra:
• Capítulo 1: Há espíritos? Sim, eu já vi, então existe. Se você não crê, é burro. Leia todas essas verdades e seja pseudo-intelectual inteligente.
• Capítulo 2: Eu sei de tudo, uma introdução à charlatanice.
• Capítulo 3: Reafirmo: quem não acredita em mim é um bosta.
• Capítulo 4: Como negar o charlatanismo usando charlatanismo. Como negar alucinações e demonismo usando desculpas como demonismo e alucinações. Como sempre, provas irrefutáveis. As provas científicas descritas têm como fonte lixos, digo, livros do mesmo autor.
Exemplo: É verdade porque tá escrito em outro livro meu! (Kardec copiou esta da Bíblia: a Bíblia está certa porque tem um monte de pastores que dizem que está, oras, então está)
Sistema da loucura: É o vale do amanhecer em Brasília, um hospício que tem esse gentil nome por causa de internos que ficaram loucos e acreditaram em Kardec.
A segunda parte do livro em versões conservadoras tem o nome de como o espírito atua sobre a matéria. Nas edições mais liberais lê-se: Como ganhar dinheiro fazendo coisas idiotas se moverem. Subdivido em:
Coisas inúteis se movendo: É tão inútil que nem vale a pena falar sobre isso.
Manifestações inteligentes: Espíritos que dão aula de cálculo integral e diferencial, e são na maioria matemáticos, engenheiros e cientistas da computação.
Manifestações físicas espontâneas: Soltar peido, falar que não foi você e botar a culpa em espíritos de ordem flatulenta.
Terceira parte: Troca de sexo, bicorporiedade. Especialização em charlatanice. Aulas de autoajuda e como ser legal para o espiritismo parecer legal.
O céu e o inferno: Sistema penalizante das almas de acordo com a terra dos Teletubbies. Revisado pelo espírito de Dipsy.
Para não desanimar os seguidores do espiritismo e pessoas que acham que vivem nas colinas distantes dos Telettubies, Kardec nos mostra nesta obra com toda a sua verdade inventada e baseada em fatos verídicos de conto de fadas que quando você morre nada é perdido. A não ser claro, sua mente que vai para o esquecimento, seu corpo, sua honra, seu dinheiro, sua mulher e até seu cabelo e seus dentes. Se você nasceu sem cabelos e dentes, curiosamente o seu corpo volta ao pó mesmo assim.
Vemos forte apologia à vagabundagem nessa obra, pois nos preocupamos com outras vidas e esquecemos e que nada acontece como no jogo do Sonic aonde ele pegava vidas pulando como uma bola em cima de uma televisão com a cara dele fazendo símbolo de paz e amor com as mãos.(como um idiota pode se convencer com o Espiritismo se em outras religiões é muito mais fácil matar, roubar e cheirar gatinhos a vida inteira e no final é só berrar aleluia que você está salvo).
Resumo da obra
Capítulo 1: Vamos dormir, na próxima vida a gente faz alguma coisa.
Capítulo 2: Kardec tem uma lógica tão incrível que nos mostra nesse capítulo que não devemos temer a morte porque não.
Capítulo 3 – O céu: Sei lá, não tem espírita no céu não. O espírito de Dipsy entrou em contenda com Kardec falando que não tinha que ter esse capítulo, confirmando com a Bíblia que diz “Não se achará no meio de ti […] nem quem consulte os mortos; pois todo aquele que faz estas coisas é abominável ao Senhor, e é por causa destas abominações que o Senhor teu Deus os lança fora de diante de ti (como muita gente acredita na bíblia, com passagens estúpidas como esta, porque não crer também nas sandices que ele, Kardec, estava dizendo?).” Então Kardec põe a culpa em Moisés, pois um dia Moisés tava descendo a rua quando o bonde dos canaeus encheram ele de porrada. Daí ficou por isso mesmo, todo mundo acreditou. Moral do capítulo 3: Nem me pergunte, eu boto a culpa nos outros.
Capítulo 4 – O inferno: A ideia básica desse capítulo é a de agradar a todas as pessoas, levando até emos acreditarem que a vida é boa, pararem de chorar e virarem machos. Mas nem emos acreditam nesses livros, então fica por isso mesmo. Explica sobre o limbo, uma fase difícil pra cacete do Doom, antes da Refueling Base. Na opinião de 14% dos jogadores, Refueling Base é a melhor fase de todos os Doom’s.
Capítulo 5: O purgatório. Kardec fala sobre um interessantíssimo circo de pulgas aonde você passará a eternidade se coçando.
Capítulo 6: Kardec explica como a força da vontade realiza desejos graças aos espíritos, principalmente os que estão presos em lâmpadas – basta esfregar duas vezes e ganhar três desejos.
Capítulo 7: Fala sobre penas futuras, ou seja, é como comprar as coisas nas Casas Bahia a prestação sem entrada um dia antes de o mundo acabar. Não se esqueça de ser gentil com o vendedor, mostrando que você é legal como todo espírita.
Capítulo 8 – Os anjos: Só tem uma frase nesse capítulo. “Nunca vi”.
Capítulo 9 – Os demônios: Aonde Kardec viveu. Conta da sua família, dos seus tios, da sua casa. Tenta fazer uma cartilha de turismo. O capítulo tem 430 páginas.
Capítulo 10 – Fala da intervenção dos demônios nas manifestações. Explica de A a Z manifestações.
Capítulo 11 – Proibição de evocar os mortos: Kardec diz que nunca se importou com isso, e demonstra como usar o necronomicon a Bíblia como lhe convém. Ele diz que não são demos, são seus parentes e vizinhos do inferno.
Parte 2 – Exemplos: Uma mistura de invencionice com charlatanismo, vários exemplos verídicos (dizem que é) de mortos falando que lá é legal, da justiça etc, etc. O objetivo é enganar trouxa, fazendo-o acreditar nessas baboseiras.
Por incrível que pareça, 93% dos espíritas brasileiros se dizem cristãos, mas estão se borrando pra Bíblia.
Quem acompanha filmes, desenhos, sonhos, etc, já pôde perceber que os fantasmas negros estão em franca e evidente minoria. Quando muito, os fantasmas negros (chamados de vultos, ou encosto) estão associados à energias negativas e à macumba de gente pobre – o que, em si, também é coisa de preto. Kardec, na sua luta ardua e científica rumo à ciência espírita universal, também abordou este problema.
Para a infelicidade dos espiritas nervosinhos, fazendo uma busca no google detalhada pesquisa nas obras de Kardec, encontramos a explicação intuitiva deste fascinante problema. Kardec se pergunta:
“6. Por que há selvagens e homens civilizados? Se tomarmos uma criança hotentote [1] recém nascida e a educarmos nas melhores escolas, fareis dela, um dia, um Laplace ou um Newton?” (Allan Kardec, O Livro dos Espíritos, Instituto de Difusão Espírita, Araras, São Paulo, sem data, capítulo V, p. 126).
Em conexão mediunica com o espírito branco mais camarada do outro mundo – e também o mais famoso, Gasparzinho (Espírito de luz, caucasiano e cheio de boa vontade, esperando a próxima corrente oceanica a caminho de um centro espírita brasileiro) – Kardec obtém a seguinte resposta:
“Em relação à sexta questão, dir-se-á, sem dúvida, que o Hotentote é de uma raça inferior; então, perguntaremos se o Hotentote é um homem ou não. Se é um homem, por que Deus o fez, e à sua raça, deserdado dos privilégios concedidos à raça caucásica? Se não é um homem, porque procurar fazê-lo cristão?” (Allan Kardec, O Livro dos Espíritos, Instituto de Difusão Espírita, Araras, São Paulo, sem data, capítulo V, p. 127).”
Podemos agora, à luz de Kardec, descobrir porque há tanta ênfase nos fantasmas espíritos brancos, ou, em linguagem civilizada, caucasianos. Gasparzinho responde a Kardec dizendo que se os negros são mesmo homens, “por que Deus o fez e à sua raça, deserdado dos privilégios concedidos à raça caucásica?” e, mais ainda, afirma que, caso o negro não seja homem, então por que tentar fazê-lo cristão?
Com este argumento indefensável, Kardec fundamenta as bases da distinção entre a macumba de classe média e a macumba de preto, além de sacramentar o branco como look oficial para os espíritos de bem. Os negros, e, consequentemente, seus espíritos, ou bem são homens, mas estão claramente afastados de Deus; ou nem são homens, não tendo sequer espírito, e seria uma perda de tempo tentar catequizá-los abraçá-los na doutrina, ciência, sabedoria, salvação espírita. Kardec então, utilizando-se da mais pura lógica aristotélica, dá mais uma das inúmeras contribuições do espiritismo ao desenvolvimento humano branco, europeu, masculino e civilizado.(Por isso esta doutrina é considerada do passado. Hoje em dia ninguém mais dispensa o dinheiro a integração dos fiéis pretos, pardos e etc).
Mas não se engane se você acha que para por aí. Kardec também reserva algumas linhas para falar do ‘x-píritios amarelos’.
A ignorância do princípio de que são infinitas as perfeições de Deus foi que gerou o politeísmo, culto adotado por todos os povos primitivos
A Genese, pagina 78.
Sim, meu caro descíclope, 80% do japoneses são primitivos, por serem xintoístas e portanto politeístas. Não se deixe enganar por seu alto IDH ou alta taxa de alfabetização, trata-se de um povo muito primitivo. Por que? Quem você acha que é para questionar Kardec?!
• Emmanuel
Emmanuel nasceu em 1901. Filho de fiscais da alfândega, desde de criança tinha um sonho: ser motorista de trator. Uma vez, estando sentado ao pé de uma macieira, uma pera caiu em sua cabeça. Concluiu ele que aquela inusitada lei da natureza que puxa as coisas para baixo só poderia ser obra do mundo espiritual. A partir daí, formulou seu maior trabalho: a lei da Espiritação Universal. Suas ideias foram plagiadas por Kardec, que acabou ficando com a fama, enquanto Emmanuel foi condenado ao ostracismo. Emmanuel tem um gêmeo maligno, Ejjoaquim, que é cético e psicografa para a revista Skeptical Inquirer, difamando as ideias do irmão.
Pátria do Espiritismo
Apesar de ter nascido na França, o maior número de seguidores do espiritismo se encontra no Brasil, daí a origem da célebre frase: “Tudo quanto é porcaria vem pro Brasil” (também, em terra onde se cria Edir Macedo e a Igreja Renascer, não se pode esperar muita coisa mesmo…). Pesquisas recentes nos mostram que 143% dos espíritas são sindicalistas ou um aluno frustrado de cursinho pseudo-intelectual que tenta há 19 anos entrar numa faculdade. Sustentado pelo pai, acha que o mundo é florido, todos são bonzinhos e que talvez na próxima vida passem no maldito vestibular (público muito diferente dos ex-puta, ex-bandido, ex-viado, adeptos de outras religiões).
março 19th, 2014 às 3:29 PM
Marciano,não sei se gostei mais do que você escreveu sobre a doutrina do Monstro do Espaguete ou sobre a doutrina de Kardec. Assim que conseguir parar de rir e acalmar meus ânimos formarei um julgamento.
março 19th, 2014 às 3:41 PM
Fico com a descrição dos principais pontos da doutrina macarrônica, que pelo que vi já existe na Wikipedia na versão em português. Acrescento apenas que a doutrina do Monstro do Espaguete Voador (MEV) é uma religião, sim, sem dogmas e que se dispõe a rever seus conceitos se a ciência provar que há algo errado nela.
março 19th, 2014 às 4:37 PM
DEFENSOR, o texto que postei, por incrível que pareça, é da wikipedia em português.
Ei-lo aqui, na íntegra: http://pt.wikipedia.org/wiki/Pastafarianismo
março 19th, 2014 às 4:41 PM
Para quem não quiser ler todo o verbete da wikipedia, destaco este importante trecho:
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“Embora a presente religião tenha atrelada às suas origens notório teor satírico, é importante a percepção de que essa constitui uma religião plenamente válida, equiparável a qualquer outra, sendo e devendo ser reconhecida e tratada com tal. Nela encontram-se as mesmas características marcantes e determinantes de qualquer outra religião: um conjunto estruturado de crenças, ritos, tomo sagrado, milhares de seguidores ao redor do globo, e outros mais.3 Nestes termos, não deve perante a lei – pelo menos em estados laicos – sofrer discriminação alguma, gozando no Brasil, em acordo com os preceitos constitucionais, inclusive da isenção de impostos relativos ao imposto predial associado aos seus locais de reuniões.
Se a natureza ou razão de ser das crenças de cada religião forem usadas para caracterizá-la ou descaracterizá-la como “válida” ou não, ter-se-á que pensar qualquer outra religião sob as mesmas regras (à luz da ciência?), e praticamente todas perderão tal status frente às leis vigentes, pois suas crenças são em tudo igualmente fundadas: em pura fé”.
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E mais este:
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“Em julho de 2012, um austríaco chamado Niko Alm ganhou na Justiça o direito de usar um escorredor de macarrão na cabeça em sua foto da carteira de motorista. Na Áustria, o uso de acessórios em fotos de documentos oficiais é permitido somente por razões religiosas e Niko, que é ateu, alegou seguir a religião pastafarianista. Niko foi submetido a um exame psiquiátrico, mas tendo sido considerado “apto”, teve liberada sua carteira de motorista, em cuja foto ele aparece com o escorredor de macarrão na cabeça”.
A wikipedia faz remissão à reportagem da BBC:
http://www.bbc.co.uk/news/world-europe-14135523
março 19th, 2014 às 5:02 PM
Devíamos usar a nosso favor a chamada liberdade de cultos para criar uma igreja dessas aqui no Brasil.
Para ser da igreja, basta filiar-se a ela.
Não precisa acreditar nas escrituras ou no monstro do espaguete.
Muitos cristãos não acreditam que a bíblia é literalmente verdadeira, e isso não os impede de serem cristãos.
É o caso dos espíritas que não concordam em 100% com as afirmações contidas nos livros de Rivail. Nem por isso dizem-se não-espíritas.
Existem muitas coisas extraordinárias na bíblia que os cristãos preferem ignorar. O mesmo acontece com os crentes do espaguete.
março 19th, 2014 às 5:10 PM
Bobby Henderson, o fundador da igreja, em carta aberta ao Conselho de Educação do Kansas (traduzida em português no verbete da wikipedia), diz o seguinte, sobre o ensino da versão espaguete do design inteligente:
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” Acho que todos podemos olhar para a frente para o tempo em que essas teoria sejam dadas em tempo igual na sala de aulas de ciências em todo o país, e eventualmente no mundo. Uma terça parte para Design Inteligente, uma terça parte para Pastafarianismo (ou Monstroísmo Espaguético Voador), e uma terça parte para conjectura lógica baseada em incontroversa evidência observável”.
março 19th, 2014 às 5:37 PM
Marciano, a Igreja do Monstro do Espaguete Voador mostra que nem tudo está perdido.
Vamos aguardar os comentaristas do blog questionarem para que possamos responder com frases do tipo: “Vá estudar a doutrina do Monstro antes de vir aqui posar de crítico” ou “Não respondo a detratores do Monstro”
março 19th, 2014 às 7:30 PM
É fato, DEFENSOR.
Qualquer coisa que religiosos digam pode e deve ser dito também pela igreja do espaguete.
Todos os dias se cria uma nova religião com crenças estranhas. Por que não aceitar a do espaguete?
março 19th, 2014 às 7:55 PM
ARDUIN,
tenho uma proposta para você.
É um experimento mental, do tipo dos que Einstein gostava de fazer.
Suponhamos, hipoteticamente (hipótese aqui no sentido vulgar da palavra, não no sentido técnico científico), que você chegasse à conclusão, assim como eu, de que não existe nenhum tipo de divindade, não existem espíritos, que todas as religiões são apenas fantasias das pessoas.
Automaticamente você chegaria à conclusão de que o espiritismo não tem nenhum fundamento, porquanto afirma a existência de um deus e de espíritos.
O que isso mudaria na sua vida?
Exercite sua imaginação, é apenas um exercício mental.
Tente responder o mais fielmente possível.
Eu acredito que não mudaria absolutamente nada (no seu caso). Você continuaria a ser um bom sujeito, continuaria a ajudar caritativamente seus semelhantes, não teria medo da morte e consequente futura e inevitável inexistência.
Errei?
Espero que não, pois eu ficaria decepcionado se você respondesse que mudaria de caráter se passasse a não acreditar em divindades ou espíritos.
Acredito que o conheço o bastante para afirmar isto.
Se for assim, como espero, para que serve a religião, no seu caso, o espiritismo?
Seria pura perda de tempo. Auto-ilusão.
Agora faça outro exercício. Se existem tantas crenças díspares, inconciliáveis (sua prima que o diga), que diferença faz crer numa delas ou em nenhuma?
Cada crente, de cada religião, tem absoluta certeza de que só sua crença é verdadeira, o que já é no mínimo estranho.
Existem selvagens que precisam de religião, para por um freio em seus instintos. Aqui mesmo no blog tem alguns assim. Deixam transparecer sua índole perversa nas entrelinhas.
Não é o seu caso.
E você é um homem de ciência. Seria muito mais útil para você e para outras pessoas se dedicasse o tempo que perde com espiritices (centro, leitura de livros, etc.) ao estudo da botânica. Não que você não seja capaz, muito ao contrário, mas não há como negar que quanto mais se estuda, mais se aprende.
Botânica é uma coisa útil e seu conhecimento é gratificante.
Ou será que você tem medo de perder pontos na carteira perispiritual e atrasar-se em uma evolução inexistente que vocês acham inevitável?
Se, como prega o espiritismo, nós não retrogradamos, e se temos a eternidade pela frente, qual o prejuízo em desperdiçar uma dentre milhares de encarnações?
O resultado final será o mesmo, como prega a doutrina, e o espírito é infinito.
Agora se você estiver desperdiçando tempo de sua única e curta vida, aí é outra coisa.
Para que perder tempo com o sexo dos anjos?
Para mim, caridade seria resgatar você desse mundo imaginário em que se meteu.
Seria melhor para você, para seus parentes. Talvez não para alguns amigos crentelhos e fanáticos.
Se o conhecimento e o estudo da DE for uma espécie de atalho para o progresso espiritual, o deus que criou isso é injusto, pois nem todos no mundo têm acesso a isso.
Sem contar o fato de que você é diferente da esmagadora maioria dos espíritas, que nem sabem que são chiquistas/divaldistas, e não kardecistas.
Por que razão deus ou espíritos superiores dão a você e a mim a oportunidade de conhecermos essa maravilhosa doutrina e não faz o mesmo com os que nascem no Casaquistão?
Não lhe parece estranho?
Give it a try. For one day.
março 19th, 2014 às 7:56 PM
“para pôr um freio”
março 19th, 2014 às 11:14 PM
A falta de sono está me deixando idiota (mais ainda).
Cazaquistão.
março 19th, 2014 às 11:59 PM
A Administração deseja promover a Credulidade. É sub-reptício, mas com o tempo o Sr. perceberá…
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O Gorducho deve ter um verdadeiro ódio de mim para tentar atacar a mim e ao meu trabalho sempre que pode 🙂
março 20th, 2014 às 12:03 AM
Não entendi o que esse texto “Martin Gardner e os excêntricos” tem a ver com a proposta do site.
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Embora não esteja escrito como objetivo, o site também busca desenvolver o senso crítico das pessoas. E isso envolve ser crítico com relação aos próprios céticos.
março 20th, 2014 às 1:20 AM
VITOR, você não sabe, mas no fundo, após desencantar-se com o espiritismo, você acabou por substituir aquilo em que acreditava e provavelmente defendia com ardor arduínico por outra coisa.
Eu já vaticinei que em dez anos (agora faltam nove) você, continuando a estudar parapsicologia, vai desencartar-se com ela também.
Tudo o que a gente precisa fazer para deixar de acreditar nessas coisas é estuda-las a fundo, como você fez com o espiritismo e está fazendo com a parapsicologia.
O tempo dirá quem tem razão.
Não vá brigar comigo por isso, hem? 🙂
Você tem uma tendência em se ofender com o que eu digo.
No offense meant.
Espero que você diga: “no offense taken”.
março 20th, 2014 às 1:24 AM
Você, VITOR, tem espírito crítico. É o que basta. Vai ser uma questão de tempo.
Vamos apostar (faltam nove anos).
Você é bom em interpretação de textos e eu sou bom em profecias.
Só perco pro MONTALVÃO e pro Maomé.
Como este último nunca existiu, tem só o MONTALVA na minha frente, o que é uma honra (perder para o MONTALVA).
março 20th, 2014 às 1:26 AM
Por falar em ardor arduínico, espero que ele (ARDUIN) não demore a responder ao meu questionamento acima.
Sou ansioso por natureza.
Se ele demorar a responder, meu sono vai ficar mais prejudicado ainda. E meu dinheiro suado vai para o laboratório Roche, em troca do maleato de midazolam.
março 20th, 2014 às 1:29 AM
Sem contar os honorários do médico.
O meu cobra R$ 900,00 por consulta.
Meu plano só reembolsa 150. 🙁
março 20th, 2014 às 1:32 AM
32,5% do restante eu abato no IR, mas o prejuízo ainda é grande.
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ARDUIN,
eu brinco muito, mas a proposta que te fiz é séria.
março 20th, 2014 às 6:52 AM
O Gorducho deve ter um verdadeiro ódio de mim para tentar atacar a mim e ao meu trabalho sempre que pode
É claro que não, mas nunca neguei ter ficado profundamente decepcionado com a postura da Casa em relação a experimentos para testar as alegações dos espíritas.
março 20th, 2014 às 9:32 AM
“Se for assim, como espero, para que serve a religião, no seu caso, o espiritismo?”
– Está certo quanto a dizer que eu nada mudaria com o dito exercício de imaginação. Até porque ele só seria isso mesmo: um exercício de imaginação. Mas por mais que se queira, tal exercício é por demais difícil de ser feito. É como pedir a um sábio cético culto, racional e inteligente que imagine que os espíritos pudessem existir e produzir aquilo que os médium alegam produzir eventualmente. Ele não consegue fazer isso. Sua fé cética não permite.
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Eu não me tornei espírita por influência de berço, já que esta foi quase nula. Sou espírita por haver estudado o assunto, comparado as opiniões contrárias e verificar que estas não tinham fundamento sólido. É como o método científico: se os experimentos e os fatos conhecidos não refutam a hipótese, então não há motivos para rejeitá-la. Se um dia isso acontecer…
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“Se for assim, como espero, para que serve a religião, no seu caso, o espiritismo?
Seria pura perda de tempo. Auto-ilusão.”
“E você é um homem de ciência. Seria muito mais útil para você e para outras pessoas se dedicasse o tempo que perde com espiritices (centro, leitura de livros, etc.) ao estudo da botânica. Não que você não seja capaz, muito ao contrário, mas não há como negar que quanto mais se estuda, mais se aprende.”
– A sua fala me faz lembrar uma evangélica que criticava aqueles que faziam sexo, pois em vez disso poderiam estar fazendo coisas mais úteis, como ler livros proveitosos, ajudar aos necessitados e coisas por aí. De Morte! Faça-me um favor. Uma pessoa normal concilia várias coisas em seu cotidiano para sua felicidade própria. Você me fala para estudar Botânica. Ora, por necessidade profissional, eu tenho de fazer isso mesmo. Na próxima segunda feira, vou dar uma aula sobre um assunto que não domino, a fotossíntese. Certo, sei o basicão, mas se for me restringir a ele, minha aula vai ser só de cinco minutos. Sou obrigado por lei a dar os outros 115 minutos de aula. Aí então vou ter de montar uma aula bem mais ampla, mais detalhada, mais ilustrada para poder preencher esses minutos faltantes. Agora me cabe perder o fim de semana só para me dedicar a essa aula.
Mas se não fosse o caso, eu já estivesse com a aula pronta, só tendo de dar uma estudadinha para relembrar, coisa que poderia fazer meia hora antes de ir para a aula? Então eu poderia ver algum filme no Youtube, ou documentários, ou visitar sites pornôs, ou me deitar na cama e curtir uma soneca, ou dar um passeio no parque, ou ir ao cinema. Ou até ir ao centro espírita ver um filme que vai passar lá neste domingo à noite…
Dê-me um motivo para viver cada minuto da minha vida de forma sensata e produtiva. Que vou ganhar com isso? A Dilma vai aumentar o meu salário?
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“Se o conhecimento e o estudo da DE for uma espécie de atalho para o progresso espiritual, o deus que criou isso é injusto, pois nem todos no mundo têm acesso a isso.”
– Isso é o que faz do Espiritismo uma doutrina muito mais justa do que aquilo que é oferecido pela verdadeira fé cristã e outras: sempre temos oportunidade de progredir. E esse progresso depende DO NOSSO MELHORAMENTO PESSOAL e não do fato de conhecer a doutrina espírita ou não. Um ateu que jamais ouvir falar em Espiritismo, mas que seja boa gente e faça o bem, está progredindo muito mais do que um espírita que faça a outros de bobos, tiranize sua família, seja orgulhoso e invejoso. Crença neste caso só serve para agravar a culpa, pois ele não poderá alegar ignorância do que devia fazer para se melhorar.
março 20th, 2014 às 9:40 AM
É como o método científico: se os experimentos e os fatos conhecidos não refutam a hipótese, então não há motivos para rejeitá-la. Se um dia isso acontecer…
É bem científico mesmo: formula-se hipóteses e não se realizam experimentos que possam rejeitá-las.
Tão científico quanto o bule na órbita infra-marciana que até agora não foi rejeitado por nenhum fato conhecido.
março 20th, 2014 às 9:56 AM
Gorducho, faço questão de incluir o Monstro do Espaguete Voador, que dá nome à religião pastafarianista, pois também é carente até hoje de provas de inexistência. Citaria o unicórnio cor-de-rosa e os anjos que empurram a Terra em sua órbita como entidades firmes e fortes na luta contra a comprovação da inexistência.
março 20th, 2014 às 12:00 PM
Arduin, entendo o que você quer dizer, mas não concordo com a “isonomia” que você estabelece entre céticos e religiosos, como se vê: É como pedir a um sábio cético culto, racional e inteligente que imagine que os espíritos pudessem existir e produzir aquilo que os médium alegam produzir eventualmente. Ele não consegue fazer isso. Sua fé cética não permite.
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Céticos não têm fé alguma. Simplesmente duvidam. A fé é um estado emocional, subjetivo, não tem nada a ver com razão. É diferente dos crentes, que têm fé e a defendem. Não há isonomia possível entre as duas situações.
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No mais, tudo bem. Você encontrou sua fé no espiritismo e vive bem com ela. Só não pense que sua fé é “raciocinada” porque na verdade o que optou por ela foi seu lado emocional, e não o racional. E isso é ótimo, porque você consegue equalizar ambos os lados. Muitos céticos não o conseguem, por privilegiarem demais a razão. Muitos crentes também, pelo lado emocional. Se você conseguiu o equilíbrio, ótimo. Assim como você, conheço católicos assim e evangélicos também. Vivem em paz com sua fé e não ficam aporrinhando os outros com apologismos, tal como o fazem os ‘espiritões’, os ‘catolicões’ e assim por diante.
março 20th, 2014 às 4:23 PM
O Professor não consegue manter coerência nem ao longo de 3 frases. Justamente imaginar que espíritos pudessem existir e produzir aquilo que os “médiuns” alegam foi o que fizemos aqui!
E o que acontece quando se fala em verificar isso?
março 20th, 2014 às 4:29 PM
Professor: está imaginado que espíritos possam existir e produzir aquilo que os “médium” alegam produzir eventualmente.
Vamos verificar se é verdade então?
março 20th, 2014 às 9:47 PM
MARCIANO: E se é assim, proponho a inclusão da igreja do dragão da garagem, a do bule de chá (que fica perto de meu planeta), a do unicórnio cor-de-rosa invisível…
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COMENTÁRIO: pô, e o anãozinho gigante, que luta tenazmente para ser reconhecido como entidade irreal? Não tem iguais direitos de ser citado? ME AJUDA AÍ, PÔ!
março 20th, 2014 às 10:19 PM
MARCIANO: Você é bom em interpretação de textos e eu sou bom em profecias.
Só perco pro MONTALVÃO e pro Maomé.
Como este último nunca existiu, tem só o MONTALVA na minha frente, o que é uma honra (perder para o MONTALVA).
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COMENTÁRIO: De Marte, então usted não perde para ninguém, visto que Montalvão não é profeta, a não ser pontual e eventualmente. Montalvão é interpretador de profecias, ou seja, você sonha eu traduzo: o bagulho funciona tão degustativamente que, às vezes, até dá certo. Não espere, ligue djá!
março 20th, 2014 às 10:30 PM
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MARCIANO: Se ele demorar a responder, meu sono vai ficar mais prejudicado ainda. E meu dinheiro suado vai para o laboratório Roche, em troca do maleato de midazolam.
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COMENTÁRIO: mas dormir não é só fechar os olhinhos?
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Marciano Diz:
Sem contar os honorários do médico. O meu cobra R$ 900,00 por consulta.
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COMENTÁRIO: com novecentos compra-se muitos litros de suco de maracujá e quilos de valeriana…
março 21st, 2014 às 12:28 AM
Tá fechado, MONTALVA, vamos receber no nosso programa de inclusão espiritual o anãozinho gigante.
Quando conseguir dormir de novo, se tiver perisonhos, já sei! Llame ahora! Montalvão Mercado, 24×7 (24 horas por dia, 7 dias por semana).
Quanto à valeriana, não faz nem cócegas. Nem maracugina.
março 21st, 2014 às 7:09 AM
Gorducho,
comentando:
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É claro que não, mas nunca neguei ter ficado profundamente decepcionado com a postura da Casa em relação a experimentos para testar as alegações dos espíritas.
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Não vejo problema em se testar a alegação dos espíritas kardecistas. Já disse que esse é um modelo que considero plenamente refutado, aliás. Outros modelos existem, outras testagens, que são bem mais interessantes que o modelo kardecista.
março 21st, 2014 às 7:21 AM
Está certo, concordamos que o modelo Kardecista está plenamente refutado.
O Sr. me faz lembrar os torcedores de futebol que quando o time vai mal elegem um “craque”, que é um do plantel que o técnico mantém no banco – e quando entra não resolve nada, claro. Aí eles comentam no outro dia: se o Grassouillet tivesse entrado, teríamos virado o jogo. Que técnico burro.
O Sr. já se convenceu que aqui no Brasil não existem “médiuns”; mas idealiza que na América os haja.
Para o Sr., esses são como o “craque” o qual não viu jogar.
março 21st, 2014 às 7:40 AM
O Sr. já se convenceu que aqui no Brasil não existem “médiuns”
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Não é bem assim. Tem um caso de uma médium brasileira que até já publiquei aqui e que tem boas evidências de ser genuína, ou ao menos dotada de poderes psi:
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http://obraspsicografadas.org/2011/mediunidade-psicodinmica-e-pes-o-caso-de-cristina/
março 21st, 2014 às 8:14 AM
(?) Não percebi qual seria a diferença em relação aos demais “médiuns” brasileiros… Não vi nada de novo (como perguntavam durante a WWI: nada de novo na frente ocidental?).
O que me chocou foi a extrema ingenuidade dos articulistas, comparativamente a nós que somos veteranos em analisar o tema.
Mas, quem sabe montamos nosso experimento com ela então?
março 21st, 2014 às 9:12 AM
Fiquei interessado em saber porque o modelo de Kardec está refutado?
março 21st, 2014 às 9:31 AM
Por parte da Administração, porque ela entende que “espíritos” são incapazes de transmitir strings de texto para os “médiuns”.
Da nossa parte, pela ausência de experimentos que comprovem as alegações dos Kardecistas – o Chiquismo fica já refutado porque o modelo de transmissão de dados é o mesmo. Mas da nossa parte, justamente propomos experimentos, então está aberto aos Kardecistas (e Chiquistas) refutar a refuação.
março 21st, 2014 às 9:44 AM
O mesmo vale para a Umbanda, evidentemente – esqueci de citar.
março 21st, 2014 às 12:38 PM
GRASSOUILLET, não seja preconceituoso com o candomblé, admita-o como modelo refutável também.
A umbanda é filha do camdonblé com o espiritismo kardecista.
março 21st, 2014 às 12:39 PM
candomblé. com m no final
Recebi uma mensagem de que estou enviando rápido demais.
Peraí, dizia o final.
Então estou enchendo linguiça para reenviar.
Cada uma!
março 21st, 2014 às 1:13 PM
Eu não tenho conhecimento para diferenciar candomblé de umbanda. Umbanda frequentei esporadicamente em minha infância quando minha avó ia às vezes. E em casa ela conversava muito sobre o assunto com as “comadres”, assim como sobre espiritismo em geral.
março 21st, 2014 às 3:42 PM
A administração analisa as obras e escritos de forma científica, portanto só pode basear suas opiniões no que foi analisado e não analisar nossas opiniões sobre os escritos. Por parte de quem descrê ( não é no sentido pejorativo, acho melhor do cético) a ausência de evidência não é evidência de ausência, além disso podem haver outros fatores que impedem as pesquisas. Algumas propostas sugeridas neste site sugere por hipótese muito mais capacidades extraordinárias da própria pessoa do que comunicação entre vivos e mortos, portanto na minha opinião ainda fica de pé a proposta de Kardec, mas estou aberto e novas considerações.
março 21st, 2014 às 4:05 PM
“É bem científico mesmo: formula-se hipóteses e não se realizam experimentos que possam rejeitá-las.”
– Foram realizados MILHARES de experimentos, por VÁRIOS pesquisadores, com centenas de médiuns ao longo de mais de 80 anos, chegando-se a resultados parecidos. Agora se a comunidade cético-científica acha que isso nada prova…
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“Céticos não têm fé alguma. Simplesmente duvidam.”
– Um cético digno de assim se qualificar, de fato apenas DUVIDA. Mas quando o cético é um militante da causa cética, já não tem mais essa liberdade: ele precisa necessariamente ser INCRÉDULO. Incredulidade EXIGE FÉ. Se fosse como você disse, o grande bambambam cético Massimo Polidoro não precisaria mentir para defender a fé cética, nem citar o mentiroso Houdini em apoio a essa fé.
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“A fé é um estado emocional, subjetivo, não tem nada a ver com razão.”
– Engano seu: quem crê tem que ter uma RAZÃO para crer.
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“É diferente dos crentes, que têm fé e a defendem. Não há isonomia possível entre as duas situações.”
– Então por que Polidoro mentiu a respeito do experimento que Crookes fez com a Ana Eva Fay? A razão de ele mentir é diferente da razão pela qual os crentelhos mentem em defesa da fé deles?
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“Vivem em paz com sua fé e não ficam aporrinhando os outros com apologismos, tal como o fazem os ‘espiritões’, os ‘catolicões’ e assim por diante.”
– Eu vivo em paz. Agora se os outros sabidões querem mostrar que estou errado, fico feliz com isso, mas acabo entristecido de haver perdido o meu tempo quando não conseguem demonstrar onde está o erro…
março 21st, 2014 às 4:07 PM
“E o que acontece quando se fala em verificar isso?”
– Acontece que são propostos experimentos que, mesmo se os resultados forem positivos, não provam que foram causados por espíritos.
março 21st, 2014 às 4:31 PM
(…) portanto na minha opinião ainda fica de pé a proposta de Kardec, mas estou aberto e novas considerações.
Quem descarta a proposta do Kardec é a Administração.
A nossa proposta é justamente fazer experimentos. Evidentemente que não acreditamos nas alegações, mas isso em nada influi. Resultado de experimento é resultado de experimento: independe de crença.
Para isso haveria representantes tanto dos espiritas quanto de nós céticos. Simples e transparente, não lhe parece?
março 21st, 2014 às 4:35 PM
(…) além disso podem haver outros fatores que impedem as pesquisas.
Pois é… quais seriam, considerando que há literalmente milhares de centros espíritas?
março 21st, 2014 às 6:05 PM
GORDUCHO,
o candomblé, assim como o espiritismo kardecista, já não é mais o mesmo, foi esquecido em seu continente de origem e está sendo reensinado lá por brasileiros (que novidade).
O que se pratica hoje no Brasil é muito diferente do que se praticava quando foi trazido para cá.
Mais ou menos igual ao espiritismo.
A umbanda surgiu de uma kardequização do candomblé.
Tem um livro bom, “Orixás”, de Pierre Verger, sociólogo francês que veio ao Brasil estudar o candomblé e acabou “bolando no santo”, como eles dizem.
Hoje em dia mora no LAR DELES (ou no umbral).
Hoje em dia a versão impressa é rara, mas você consegue em pdf.
Já tive a versão impressa, mas perdeu-se, assim como muitos outros livros meus.
Não dá pra guardar todos, alguns eu dei, outros joguei fora.
Não me lembro do que fiz com este.
Recentemente readquiri a versão eletrônica.
Se tiver interesse, te mando uma cópia.
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POLIDORO é uma carta na manga recorrente de ARDUIN.
Não tem outros exemplos, não?
E eu nem sei se realmente mentiu ou se apenas você viu essa mentira, fora do contexto.
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TOFFO: A fé é um estado emocional, subjetivo, não tem nada a ver com razão.”
ARDUIN: — Engano seu: quem crê tem que ter uma RAZÃO para crer.
MARCIANO: A razão, em maiúsculas, é a ingenuidade e vontade de escolher uma das dezenas de milhares de crenças para acreditar.
março 21st, 2014 às 6:09 PM
O simples fato de existirem dezenas de milhares de crenças, todas procedendo umas das outras, todo mundo corrigindo os erros dos antecessores, já daria pra desconfiar.
Como escolher a religião correta?
São todas cópias e derivações umas das outras.
Todas são tão malucas como a do (de propósito) Monstro do Espaguete.
Todas fazem afirmações absurdas e zombam da inteligência dos crentes.
Tomem como exemplo qualquer passagem da bíblia ou da literatura espírita.
Vejam testemunhas de Jeová, mórmons, cientologistas, qualquer uma…
março 21st, 2014 às 6:39 PM
Sim, já li o livro, mas é bem complexo. Aparentemente os Orixás tanto podem ser deuses – natureza distinta dos espíritos dos espíritas cuja natureza é única – como ancestrais divinizados.
Não me sinto à vontade para analisar e propor experimentos referentes a esse modelo cosmológico… Prefiro ficar no feijão-com-arroz do Kardecismo + Chiquismo que conheço (modéstia à parte…) bem 😀
março 21st, 2014 às 6:42 PM
Até porque acho que os adeptos provavelmente não aleguem que o modelo seja suscetível de verificação experimental, ao contrário dos Kardecistas…
Repito: acho, palpite. Não domino o tema…
março 21st, 2014 às 9:09 PM
Oi, Marciano, saudações. Por caridade, onde eu encontro esse livro do Pierre Verger, “Orixás”? Não achei a versão impressa. Dizem ser bom.
março 21st, 2014 às 9:39 PM
PHELIPPE, tente na net.
O meu já era há muito tempo, mas tenho versão eletrônica.
Se não conseguir, mando pra você.
Quanto a ser bom ou não, é muito subjetivo.
O cara fez uma pesquisa do ponto de vista sociológico, mas acabou por se converter ao objeto do estudo, o que, para um chato como eu, compromete seu trabalho.
De qualquer forma, ele trás informações bastante didáticas sobre os orixás, sua concepção, história, mitologia, etc.
Se eu tivesse de escolher entre os adjetivos bom ou ruim, diria que é bom, mas tenho essas ressalvas.
Seja como for, não conheço obra melhor sobre o assunto.
Fico satisfeito com sua curiosidade.
É isso que a gente tem de fazer, estudar, aprender o máximo que puder sobre essas coisas.
A barafunda religiosa, com as visões psicodélicas e ultra divergentes de todos os mitos religiosos é a melhor coisa para tornar alguém irremediavelmente ateu, tomado aqui o termo como alguém que não acredita em nada fora da matéria, nada quintessenciado, fluidificado, bento, magnetizado e outras besteiras similares.
Vale a pena informar-se também sobre pseudociências, como homeopatia, por exemplo, sucesso entre espíritas.
Quando a gente aprende o conceito de CH (centesimal hahnemanniana, se você conhecer dez por cento do que é ensinado no ensino médio sobre química e física, vê imediatamente a imbecilidade do que é homeopatia.
Sempre é bom prosseguir mais um pouquinho no estudo, como faço com religiões e pseudociências em geral, no entanto, porque os crentelhos sempre têm racionalizações para defender sua crença sem sentido.
Por exemplo, quando você provar que depois da CH 12 a única que pode existir é uma probabilidade infinitesimal de a mistura de água e álcool etílico conter uma molécula da substância inicial (coisa ignorada no tempo de Hahnemann), eles vão dizer que a água tem “memória”, vão citar um mentiroso que publicou matéria a respeito na cultuada “Nature”, Jacques Benveniste.
Vão, espertamente, ocultar o fato de que ninguém reproduziu com sucesso a experiência do mentiroso, Vão omitir que a própria conceituada revista contestou o mentiroso depois.
Vai ver, inclusive, que a equipe de Benveniste fraudou a experiência, não conseguindo, ela mesma, reproduzir a fraude sob controle da turma da revista.
ATENÇÃO: Muita merda já foi publicada na Nature, na Lancet, no New England Journal of Medicine.
Os crentes pseudointelectuais esquecem-se, convenientemente disso, citando trabalhos publicados nessas revistas como atestado de veracidade.
Enquanto houver malandros, otários e pseudointelectuais, vão florescer as religiões, as pseudociências, esquerdismo, e outras desgraças.
março 22nd, 2014 às 12:02 PM
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MARCOS ARDUIN Diz: (citando Gorducho) “É bem científico mesmo: formula-se hipóteses e não se realizam experimentos que possam rejeitá-las.”
– Foram realizados MILHARES de experimentos, por VÁRIOS pesquisadores, com centenas de médiuns ao longo de mais de 80 anos, chegando-se a resultados parecidos. Agora se a comunidade cético-científica acha que isso nada prova…
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COMENTÁRIO: “milhares de experimentos” que apresentados em bloco, qual um mote salvacionista, parecem coisa pracaramba, mas cadê o conhecimento seguro que geraram? A saída do advogado é recorrer ao bordão “má vontade dos cientistas em reconhecer o que os antigos descobriram” (ao que acrescento, e os “novos” não confirmaram…).
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MARCOS ARDUIN Diz: (citando Toffo) “Céticos não têm fé alguma. Simplesmente duvidam.”
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– Um cético digno de assim se qualificar, de fato apenas DUVIDA. Mas quando o cético é um militante da causa cética, já não tem mais essa liberdade: ele precisa necessariamente ser INCRÉDULO. Incredulidade EXIGE FÉ. Se fosse como você disse, o grande bambambam cético Massimo Polidoro não precisaria mentir para defender a fé cética, nem citar o mentiroso Houdini em apoio a essa fé.
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COMENTÁRIO: 1) quais as credenciais de Polidoro para que seja tido por “o grande bambambam cético”?
2) quais as provas de que ele mentiu?
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Independente das respostas, antecipadamente informo a quem ainda não sabe, que o alcunhamento de “mentiroso” atribuido por Arduin a Polidoro (que, da forma como é dado, equivale a dizer que o sujeito não merece confiança em nada do que diz ou disse), advém da interpretação particular do nobre professor de episódio controverso, em que a mentirância de Massimo não está, de modo algum, demonstrada.
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Antes que alguém pense em me crucificar: não pretendo reabrir a discussão sobre Polidoro que, fatalmente, levará para o ninho ao qual Arduin sempre volta: Crookes. As indagações acima são retóricas, visto sabermos dos retornos repetidos que o professor apresenta e das múltiplas objeções que a eles foram apresentadas. Foram feitas apenas para ressaltar que, na mente do comentarista, ao eleger Massimo Polidoro bambambam, e “provando” que ele mentiu, toda a “comunidade” cética restará desmoralizada… (rimos ou choramos?)
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“E o que acontece quando se fala em verificar isso?”
ARDUIN – Acontece que são propostos experimentos que, mesmo se os resultados forem positivos, não provam que foram causados por espíritos.
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COMENTÁRIO: argumento falacioso, que denota tentativa de fugir ao exame sério da questão. Em tese, as ideias sugeridas seriam suficientes para demonstrar que espíritos agem no mundo material, caso “eles” de fato agissem. Mas se as experimentações aqui propostas fossem levadas a termo por equipe mista de mediunistas e céticos, e, ao coligir-se os resultados, ficasse demonstrado que não indicavam seguramente a presença de espíritos (isso na remota hipótese de que dessem resultado favorável), far-se-iam novas experimentações com modificações e acréscimos cabíveis, a fim de se obter respostas firmes. Dããããã…
março 22nd, 2014 às 1:44 PM
1. MONTALVÃO Diz:
março 22nd, 2014 às 12:02
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“… informo a quem ainda não sabe, que o alcunhamento de “mentiroso” atribuido por Arduin a Polidoro (que, da forma como é dado, equivale a dizer que o sujeito não merece confiança em nada do que diz ou disse), advém da interpretação particular do nobre professor de episódio controverso, em que a mentirância de Massimo não está, de modo algum, demonstrada.”
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COMENTÁRIO: eu já tinha comentado, mas vale a pena repetir:
“POLIDORO é uma carta na manga recorrente de ARDUIN.
Não tem outros exemplos, não?
E eu nem sei se realmente mentiu ou se apenas você viu essa mentira, fora do contexto.”
março 22nd, 2014 às 3:26 PM
Arduin, eu não sou Polidoro, não creio que esse cara seja paradigma de nada, como você faz supor. Eu não tenho fé nenhuma. Analise bem a sua fé e verifique se ela não é inteiramente emocional. Mais uma vez insisto: não existe fé raciocinada. Isso é um apelo de marketing do espiritismo, um claro apelo criado por Rivail para “vender” a sua doutrina para incautos como você comprarem e saírem rindo da loja.
março 22nd, 2014 às 3:46 PM
“mas cadê o conhecimento seguro que geraram?”
– Verificaram que os fenômenos observados não eram causados pelo médium, embora não fossem unânimes em apontar o que seria a causa deles.
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“má vontade dos cientistas em reconhecer o que os antigos descobriram”
– Essa má vontade não é só dos recentes, mas também dos da época. Eles amaldiçoavam dos ditos fenômenos e pesquisadores, mas NENHUM deles foi até lá tirar a coisa a limpo. Os poucos que foram, acabaram se convencendo da realidade dos ditos fenômenos e entram no saco das maldições.
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1) quais as credenciais de Polidoro para que seja tido por “o grande bambambam cético”.
– Não acho que exista algum órgão credenciado a credenciar por tamanho os pensadores céticos. Posso apenas concluir por inferência que ele é muito conceituado na comunidade cética por escrever em publicações céticas, aparecer nos documentários céticos e não me consta que tenha sido repudiado pela militância cética. Se estiver informado sobre isso, então mande alguém escrever aqui a respeito (poupe os seus dedinhos!).
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2) quais as provas de que ele mentiu?
– Lá vamos nós outra vez. Bem, citando um evento recente, que daria muita munição às oposições nessa eleição se houvesse oposição competente neste país.
A Dilma do Chefe disse que endossou a compra daquela refinaria em Pasadena porque recebeu um resumo falho e incompleto do negócio que estava sendo fechado. Alguém aqui no blog acredita nisso? Se alguém disser que sim, certamente teremos identificado um petista roxo e burro.
Não vou ficar repetindo tudo outra vez, pois tenho mais o que fazer. Tenho dar uma aula sobre um assunto que conheço pouco na segunda e assim remeto à discussão já feita:
http://obraspsicografadas.org/2013/refutao-ao-artigo-incurses-histricas-sobre-o-livro-h-dois-mil-anos-a-erupo-do-vesvio-de-marco-paulo/
março 22nd, 2014 às 5:53 PM
Oi, Arduin
comentando:
01 – “Verificaram que os fenômenos observados não eram causados pelo médium, embora não fossem unânimes em apontar o que seria a causa deles.”
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Errado, Arduin. Verificaram que era causado pelo médium sim. A Comissão Seybert fez uma extensa pesquisa com tais médiuns e descobriu a causa – fraude – em TODOS eles.
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02 – “Eles amaldiçoavam dos ditos fenômenos e pesquisadores, mas NENHUM deles foi até lá tirar a coisa a limpo. Os poucos que foram, acabaram se convencendo da realidade dos ditos fenômenos e entram no saco das maldições.”
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Errado mais uma vez. A Comissão Seybert FOI SIM tirar a coisa toda a limpo, e só descobriu fraude.
março 22nd, 2014 às 8:33 PM
Para melhor ilustrar o assunto, e agradando ARDUIN, que adora citar Crookes, vai aqui um trecho do livro “Estudando o Invisível: William Crookes e a Nova Força”:
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“O astrônomo alemão (o texto refere-se a Johann Karl Friedrich Zöllner, astrônomo efísico alemão homenegeado com seu nome dado a uma cratera na Lua–nota minha) foi muito criticado por acreditar nos fenômenos espiritualistas . . .
. . .
“. . . nos anos seguintes à publicação de Transcendental physics, alguns cientistas atribuíram a opinião de Zöllner sobre o espiritualismo a uma séria doença mental. Em 1887, o relatório apresentado pela Seybert Comission, uma comissão de intelectuais que havia se dedicado a estudar os fenômenos espiritualistas, foi desfavorável ao testemunho de Zöllner e classificou-o como uma pessoa “peculiarmente impressionável”.
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Não será por isso que atribuirei a ARDUIN a pecha de mentiroso. Já ele não é tão complacente com Polidoro.
março 23rd, 2014 às 12:29 PM
“A Comissão Seybert FOI SIM tirar a coisa toda a limpo”
– Beleza! Sabe que nunca ouvi falar dessa comissão?
Então deixem-me ver:
Os ditos comissários (nada a ver com os comissários petistas e seus aliados que ordenam que a Petrobras compre sucatas de refinarias a preço de estação espacial) pegaram cada um dos médiuns validados pelos pesquisadores, repetiriam EXATAMENTE os experimentos publicados e DESCOBRIRAM TODAS as fraudes que esses médiuns cometiam e como faziam para ludibriar os pesquisadores. Certo? Foi isso que essa dita Comissão fez? Se foi isso então por que o Polidoro não falou dela, em vez de se socorrer do mentiroso Houdini?
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Vejam mais por aqui: http://modernoespiritualismo.blogspot.com.br/2009/08/cap-14-investigacoes-coletivas-sobre-o.html
março 23rd, 2014 às 12:46 PM
Arduin
comentando:
01- “Os ditos comissários […] pegaram cada um dos médiuns validados pelos pesquisadores, repetiriam EXATAMENTE os experimentos publicados e DESCOBRIRAM TODAS as fraudes que esses médiuns cometiam e como faziam para ludibriar os pesquisadores. Certo? Foi isso que essa dita Comissão fez?”
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Sim.
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02 – “Se foi isso então por que o Polidoro não falou dela, em vez de se socorrer do mentiroso Houdini?”
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Por que Houdini fala de alguns médiuns e certos episódios históricos, a comissão de outros… Polidoro se centrou nos médiuns e nos episódios que Houdini pesquisou…
março 23rd, 2014 às 12:57 PM
Arduin,
você pode ler o relatório da Comissão Seybert aqui:
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https://archive.org/details/preliminaryrepor00univ
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Eis a tradução do prefácio:
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PREFÁCIO
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Agora, no momento presente, quando a atenção do público está se voltando para questões de Psicologia e Psiquiatria, é muito apropriado que um volume como o presente Relatório seja novamente posto nas mãos do público. Embora não possa ser dito que as conclusões alcançadas pela Comissão Seybert foram finais, ainda assim material para investigação futura foi fornecido e fatos tão claramente estabelecidos que o leitor poderá formar suas próprias conclusões. O propósito e o alcance pretendido da Comissão estão claramente definidos nas seções Preliminares e, portanto, não precisam ser introduzidos aqui.
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Dos membros que compõem esta Comissão, só um ainda está vivo, o Dr. Calvin B. Knerr, que contribuiu com um interessante relatório sobre a médium de escrita-na-lousa, a Sra. Patterson. As seções pelo Presidente Interino, o Dr. Horace Howard Furness, sobre Desenvolvimento Mediúnico, Cartas Lacradas e Materialização foram a causa de ataques acrimoniosos e violentos em todo o trabalho da Comissão por esses periódicos dedicados ao espiritualismo e sua propaganda. Os anos não podem murchar o charme da sátira bem humorada com a qual o presidente tratava estes assuntos; e foi em grande parte o espírito com que eles foram abordados o que inspirou a intensa hostilidade por parte dos médiuns e dos seus muitos seguidores.
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Foi epigramaticalmente dito que a superstição é, em muitos casos, o manto que impede a religião de um homem morrer de frio; possivelmente, o mesmo pode ser dito do Espiritualismo e da Psicologia.
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Fevereiro, 1920
H. H. Furness, Jr.
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Tradução do primeiro capítulo (em que já demonstram os truques de diversos médiuns):
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RELATÓRIO PRELIMINAR DA Comissão Seybert para a Investigação do Espiritualismo Moderno
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Aos Curadores da Universidade da Pensilvânia:
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“A Comissão Seybert para a Investigação do Espiritualismo Moderno” respeitosamente apresenta o seguinte Relatório Preliminar, e solicita que a Comissão seja continuada, nos seguintes fundamentos:
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A Comissão é composta por homens cujos dias já se encontram preenchidos com deveres que não podem ser deixados de lado e que são capazes, portanto, de dedicar apenas uma pequena parte de seu tempo a essas investigações. Eles têm consciência de que o seu corpo honorável espera deles o devido exercício das suas funções, e a única garantia que eles podem oferecer de sua seriedade e zelo é apresentar a vocês, de tempos em tempos, tais Relatórios fragmentários como o seguinte, por meio do qual eles acreditam que passos sucessivos em seu progresso podem ser marcantes. Não é exagero dizer que quanto mais nossas investigações se estendem, mais imperativa parece a demanda por essas investigações. A crença no assim chamado Espiritualismo certamente não está diminuindo. Assumiu desde o começo um tom religioso e agora alega ser classificada entre as sectárias Doutrinas da época.
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Desde o início, sua Comissão ficou profundamente impressionada com a seriedade de seu compromisso, e reconheceu plenamente que homens eminentes em inteligência e realizações consentem ao Espiritualismo um crédito completo, e quem pode deixar de apoiar com ternura, quando corações esmagados e agonizantes são vistos procurando-o em busca de consolo e de esperança? Eles suplicam que nada do que digam possa ser interpretado indicando indiferença ou leviandade. Onde quer que seja encontrada a fraude no Espiritualismo, que seja, e qualquer mentira que possa existir, que seja denunciada, e todos os espiritualistas que amam a verdade se juntarão a nós em reprovação.
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A admissão de provas a respeito das chamadas manifestações Espirituais foi devidamente ponderada. Existe força aparente no argumento de que nossas histórias nacionais são baseadas, aceitas e confiadas em evidências de forma alguma tão diretas como aquelas pelas quais, diz-se, as provas dos milagres espirituais são acompanhadas. . Mas é preciso lembrar que os fatos da história profana são assegurados por evidências que estão de acordo com a nossa experiência atual, pois elas estão em harmonia com tudo o que agora está acontecendo à luz do dia (que a história se repete tornou-se um lugar-comum), e nos justificamos em aceitá-las em testemunho, embora indireto, que está, no entanto, uníssono com o curso normal dos acontecimentos. Mas os fenômenos do Espiritualismo não têm esse apoio, pois são comumente considerados como contravenção com a experiência comum da humanidade (no que eles têm de anormal e extraordinário está sua atratividade, para muitas pessoas), e nenhum testemunho indireto sobre eles pode ser admitido sem o mais completo, o mais investigativo escrutínio. Nós duvidamos que qualquer Espiritualista atencioso possa ser encontrado para sustentar que devemos aceitar sem questionar todos os chamados “fatos” que os seus anais esbanjam. Separar as evidências de apenas meia dúzia exigiria um trabalho incalculável. Por isso decidimos que, como devemos ser responsáveis por nossas conclusões, devemos formar essas conclusões apenas com nossas próprias observações; sem imputar inconfiabilidade ao testemunho de outros, nós podemos garantir realmente apenas os fatos que nós mesmos observamos.
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O falecido Sr. Henry Seybert durante sua vida foi conhecido como um crente entusiástico no Espiritualismo Moderno, e pouco antes de sua morte apresentou à Universidade da Pensilvânia uma quantia em dinheiro suficiente para fundar uma cátedra de Filosofia, e à doação acrescentou a condição de que a Universidade deveria nomear uma Comissão para investigar ‘todos os sistemas de Moral, Religião e Filosofia que supõem representar a Verdade, e, particularmente, o Espiritualismo Moderno’.
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A Comissão foi assim nomeada, composta da seguinte maneira: Dr. William Pepper, Dr. Joseph Leidy, Dr. George A. Koenig, Professor Robert Ellis Thompson, Professor George S. Fullerton e Dr. Horace Howard Furness; aos que foram depois adicionados o Sr. Coleman Sellers, o Dr. James W. Branco, o Dr. Calvin B. Knerr e o Dr. S. Weir Mitchell. Desta Comissão o Dr. Pepper, como Reitor da Universidade, foi, ex-officio, Presidente; o Dr. Furness, Presidente Interino; e o Professor Fullerton, Secretário.
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Como próprio de uma preliminar, em uma de nossas primeiras reuniões, cada membro por sua vez expressou estar livre de qualquer preconceito contra o tema a ser investigado e sua prontidão em aceitar qualquer conclusão justificada pelos fatos; um dos nossos, o Presidente Interino, muito longe de ser imparcial, confessou ter uma inclinação a favor da verdade substancial do Espiritualismo.
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Consideramo-nos afortunados desde o início por termos como conselheiro o falecido Sr. Thos. R. Hazard, um amigo do Sr. Seybert e amplamente conhecido em todo o país como um Espiritualista tolerante.
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Pelo conselho do Sr. Hazard, direcionamo-nos primeiro à investigação da Escrita Independente na Lousa, e com seu auxílio, uma sessão espírita para este fim foi providenciada com uma médium notável, a Sra. S. E. Patterson.
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Este modo de manifestar a força espiritualista, até onde temos observado, é, de forma concisa, a escrita sobre a superfície oculta de uma lousa que está em contato com um médium. Na presente ocasião, entre duas lousas presas juntos por uma dobradiça de um lado e um parafuso do outro, foi colocado um pequeno fragmento de giz; quando este fragmento é mordido pelo médium, recebe um poder espiritualista adicional, assim nos garantiu o Sr. Hazard. Quando um espírito terminasse de escrever sua comunicação com o giz na superfície interna das lousas, a conclusão da tarefa seria demonstrada pelo aparecimento do giz no lado de fora, sobre as lousas. As lousas são sempre mantidas escondidas debaixo da mesa, e nunca esta notável passagem do giz através da substância sólida da lousa foi testemunhada por ninguém, nem mesmo pela própria médium, em todos os anos durante os quais este maravilhoso fenômeno foi uma questão de experiência diária, quase de hora em hora.
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Nossa primeira sessão foi realizada à noite, na própria casa da médium. As lousas foram parafusadas juntas, com o pedaço de giz dentro, e mantidas pela médium entre as palmas de suas mãos, no colo, debaixo da mesa. Depois de esperar uma hora e meia sem a menor resposta dos Espíritos nas lousas, a tentativa foi abandonada para aquela noite para a decepção, não só nossa, mas para o desgosto do Sr. Hazard, que não conseguia entender ‘o que estava acontecendo, sendo que a médium era uma das melhores do mundo e, na noite anterior, quando ele estava sozinho com ela, as mensagens do espírito de Henry Seybert vieram consistentes e rápidas’.
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Não tivemos melhor sucesso em nossa segunda sessão com esta médium, apesar de termos esperado pacientemente por uma hora e vinte minutos, enquanto as lousas estavam em seu colo. Por conselho da médium, a fim de eliminar qualquer possível antagonismo, dividimos nosso número, e apenas um ou dois de nós, de cada vez, sentamos com ela. Em uma ocasião, a escrita apareceu nas lousas, após as lousas terem sido mantidas por muito tempo em ambas as mãos da médium, escondidas debaixo da mesa, mas a nenhum dos dois assistentes os parafusos pareciam tão firmemente presos após a escrita como estavam antes; nem a escrita de duas ou três palavras ilegíveis parece além dos recursos da prestidigitação muito humilde; na verdade, não era necessário prestidigitação, após um afrouxamento sub-reptício do parafuso que, considerando o estado da estrutura da lousa, poderia ter sido prontamente efetuado.
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A partir de uma causa ou outra, a atmosfera da Filadélfia não é favorável a este modo de manifestação Espiritual. Com exceção da médium que acabamos de mencionar, nem um único médium profissional independente de escrita na lousa era conhecido por nós naquele tempo nesta cidade, nem existe um morador aqui, até o momento deste escrito, pelo que sabemos.
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Nós fomos, portanto, obrigados a buscar um em Nova York. Com este médium, o Dr. Henry Slade, nós tivemos uma série de sessões e, por mais maravilhosas que tenham sido as manifestações de sua mediunidade no passado, ou em outro lugar, fomos forçados à conclusão de que o caráter daquelas que passaram sob nossa observação era totalmente fraudulento. Não havia realmente necessidade de qualquer método elaborado de investigação; observação atenta era só o que era necessário.
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Correndo o risco de parecermos inconsequentes ao mencionar primeiro o que na ordem cronológica veio por último, devemos observar que, em nossas investigações com este médium, descobrimos logo que o caráter da escrita era duplo e a diferença entre os dois estilos era marcante. Em um caso, a comunicação escrita na lousa pelos Espíritos era geral em seu tom, legível na quirografia, e normalmente cobria grande parte da superfície da lousa, a pontuação sendo observada, pingos nos is, e os tês cortados. No segundo caso, quando a comunicação foi em resposta a uma pergunta dirigida a um Espírito, a escrita era desajeitada, grosseira, quase ilegível, abrupta nos termos e, às vezes, muito vaga em conteúdo. Em suma, uma trazia as marcas da deliberação e a outra da pressa. Nós achamos que essa diferença é devida às diferentes condições sob as quais as comunicações foram escritas. As mensagens longas são preparadas pelo médium antes da sessão. As curtas, as respostas às perguntas feitas durante a sessão, são escritas sob a mesa de acordo com a habilidade que a prática concede.
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Com esse conhecimento, é claro que o investigador tem que lidar com uma simples questão de prestidigitação. A lousa com a sua mensagem já escrita deve, de alguma forma, ser substituída por uma que o observador sabe que está limpa. As respostas curtas devem ser escritas sob circunstâncias difíceis, fora da vista, sob a mesa, com todos os movimentos do braço ou da mão escondidos. É inútil tentar limitar os métodos pelos quais esses dois objetivos podem ser alcançados. Tudo o que podemos fazer é descrever os processos que vimos distintamente este médium adotar.
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Em sua forma mais simples (e uma que qualquer pessoa pode tentar, com resultados surpreendentes, para um observador inexperiente e ingênuo), uma lousa na qual, antes da visita do observador, uma mensagem tenha sido escrita, está com a face para baixo, sobre a mesa, quando a sessão começa. Há outras lousas em uma mesa adjacente de fácil acesso ao médium. A fim de que o médium possa ter uma relação Espiritual com os observadores, o contato com o médium é necessário, e portanto é solicitado aos observadores que coloquem suas mãos — palmas para baixo — no meio da mesa; sobre estas mãos o médium coloca o suas próprias mãos e a sessão começa. Em pouco tempo, a presença do poder espiritual manifesta-se por batidas na mesa ou por movimentos vibratórios da mesa, mais ou menos violentos, e por contrações espasmódicas ou tremores nos braços ou no corpo do médium. Quando energia espiritual suficiente é gerada, o médium pega a lousa e, ainda controlando com a mão esquerda as mãos de seus observadores, coloca nela um fragmento de giz. Nenhuma proposta de mostrar ambos os lados é feita (a mensagem preparada está no lado oculto), o lado que está à vista está perfeitamente limpo, e é sobre esse lado que os Espíritos devem escrever com o giz; não há necessidade de mostrar o outro lado. Com a mão direita o médium mantém a lousa sob a borda da mesa, mal a escondendo e puxando-a para trás de poucos em poucos segundos para ver se qualquer escrito apareceu. Depois de esperar em vão por cinco ou dez minutos, a paciência do médium se esgota, e ele pega outra lousa da mesa atrás dele e, limpando ostensivamente ambos os lados da mesma, coloca-a sobre a mesa na frente dele (ainda controlando com a mão esquerda as mãos dos observadores), e remove o giz da primeira lousa para a outra, e por cima da segunda coloca a primeira lousa na qual a mensagem preparada está embaixo, no interior e ao lado da outra lousa. O truque está feito. Tudo o que resta para o médium fazer agora é manter as duas lousas sob a mesa por algum tempo, ou apoiá-la no ombro, perto do ouvido do observador à direita do médium, e arranhar com a unha a moldura da lousa para imitar o som da escrita pelos Espíritos com o giz escondido. Quando há dois ou mais observadores, é apenas o que está à direita do médium que tem o privilégio de ouvir o que está sendo escrito. Posicionar a lousa perto orelha de qualquer outro revelaria a maneira com que a som da escrita é falsificado. Para quem, portanto, se senta à esquerda do médium, de forma que a mão do médium, enquanto segura as lousas no ombro do observador à direita, esteja nitidamente delineada contra a luz, os movimentos dos dedos do médium, enquanto o som da escrita é imitado por ele, podem ser claramente vistos.
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Por truques elementares de prestidigitação como estes, são enganadas pessoas sinceras e honestas.
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O Dr. Slade prefere ter apenas dois observadores de cada vez, um à sua direita e um do lado oposto. O quarto lado da mesa ele prefere que fique desocupado; suas manipulações da lousa podem ser mais facilmente observadas por este lado; além disso, estranhas artimanhas Espirituais podem ser manifestadas lá, como mexer as cadeiras que lá estão, fazer lousas aparecerem em cima da borda da mesa, etc. Estas manifestações são executadas pelo pé do médium, que, em uma ocasião, foi claramente visto por um dos nossos, antes que ele tivesse tempo de colocá-lo de volta em seu chinelo, quando inclinou-se muito rapidamente para pegar uma lousa que acidentalmente havia caído no chão enquanto os Espíritos estavam tentando colocá-lo no colo de um dos observadores.
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Nas duas primeiras sessões foi utilizada uma mesa de madeira comum, pertencente ao hotel onde o Dr. Slade estava hospedado. Na terceira sessão, uma mesa semelhante, porém maior, foi usada, um pouco mais desgastada, e as articulações de suas abas estavam longe de ser bem ajustadas. Cada rachadura, no entanto, e cada fenda tinham sido cuidadosamente preenchidas com papel para evitar, assim disse o médium, “que a eletricidade passasse”.
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O método de produzir a longa mensagem que abriu a sessão foi descrito acima. “Sempre que recebemos outras mensagens longas, escritas com certo cuidado e mais ou menos preenchendo a superfície da lousa, a ação empregada era habilidosa substituição, geralmente realizada quando o médium acreditava que a atenção de seus observadores estava absorvida com uma resposta que tinham acabado de receber a uma pergunta dirigida aos Espíritos.
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Quando uma pergunta é escrita na lousa por um observador, a mesma destreza àquela usada na substituição da lousa preparada, ou até maior, é exigida do médium, em ler a questão e escrever a resposta.
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A pergunta é escrita pelo observador fora da vista do médium, a quem a lousa, voltada para baixo, é entregue e um pedaço de giz colocado sobre ela.
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A tarefa do médium agora é, primeiro, fixar o fragmento de giz e segurá-lo enquanto a lousa é sub-repticiamente virada e a pergunta lida, então a lousa é virada novamente e a resposta é escrita.
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Vimos nitidamente cada etapa do processo. Para pegar o fragmento de giz sem despertar suspeita, enquanto segura a lousa debaixo da mesa, a lousa é constantemente trazida para fora, para ver se os Espíritos escreveram uma resposta. Com esta manobra o final duplo é atingido: primeiro, cria uma atmosfera de expectativa, e os observadores se acostumam com os muitos movimentos do braço do médium que segura a lousa; e em segundo lugar, com esses movimentos repetidos, o giz (que, por ter sido cortado de um giz com madeira em volta, é quadrado, e não rola desajeitadamente) é movido pelos solavancos sucessivos para a mão que segura a lousa, e é gradualmente trazido para dentro do alcance. O indicador é então passado sobre a armação da lousa, e ele e o polegar apreendem e seguram o giz, e disfarçado por alguns espasmos convulsivos violentos a lousa é virada e a questão lida. Nesta hora é que o médium mostra sua coragem: é o momento crítico, o único em que seus olhos não estão fixos em seus visitantes. Em uma ocasião, quando a questão foi escrita um tanto ilegível , com um golpe muito leve, e perto da borda superior da lousa, o médium teve que olhar para ela três vezes antes que pudesse decifrar.
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Depois de ler a pergunta, pode-se notar que o Dr. Slade pisca três ou quatro vezes rapidamente; isso pode ser, em parte, para ocultar de seus visitantes o fato de que ele estava olhando atentamente para baixo, e parcialmente por meio de abstração mental na elaboração de uma resposta. Ele, evidentemente, respira mais livre quando esta crise passa.
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Espasmos convulsivos participam da inversão da lousa, que é então geralmente mantida entre seus joelhos; apenas uma vez nos observamos que ele a colocou sobre seus joelhos e uma vez acreditamos que ele a apoiou pressionando-a contra a perna da mesa. A resposta é escrita, sem olhar para a lousa, com uma escrita grosseira, grande, espaçosa, às vezes pouco legível. Enquanto escreve, ele mantém os olhos firmemente fixos em seus visitantes e, geralmente, repousa um minuto ou dois depois de terminar. Atualmente, a lousa é mantida perto da borda da mesa e perto dela, e um movimento trêmulo transmitido a ela sugere que o poder Espiritual está, então, em ação e que a escrita está em curso.
O Dr. Slade executou vários truques pequenos que ele atribuiu à ação espiritual, mas que eram quase pueris na simplicidade de sua prestidigitação, e que foram repetidos com perfeito sucesso por um dos nossos , tais como jogar um giz sobre a mesa e às vezes por cima da mesa, vindo de uma lousa mantida aparentemente debaixo da mesa, ou tocar um acordeão mantido com uma mão debaixo da mesa. Os dedos deste médium são excepcionalmente longos e fortes, e o acordeão, sendo relativamente pequeno e com apenas quatro foles, pode facilmente ser manipulado com apenas uma mão, e quando debaixo da mesa é seguro pelas teclas.
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Duas bússolas, que colocadas sobre a mesa durante uma sessão, permaneceram inalteradas com a presença do Dr. Slade.
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Em nossa última sessão com ele, notamos duas lousas que não estavam com as outras lousas na pequena mesa atrás dele, mas estavam no chão encostadas contra a perna daquela mesa, e com fácil acesso para suas mãos quando ele se sentava à mesa maior. Como tínhamos visto anteriormente lousas preparadas similarmente colocadas, mantivemos uma vigilância acentuada nessas lousas. Infelizmente, foi muito acentuada. O Dr. Slade percebeu o olhar que foi dirigido a elas. Esse olhar detectado foi suficiente para impedir os Espíritos de nos enviarem as mensagens que eles tinham preparado tão cuidadosamente. As lousas não foram produzidas durante a sessão, mas quando acabou um dos nossos conseguiu atingi-las com o pé para deslocá-las e revelar a escrita. Nenhum de nós, presentes naquele dia, esquecerá a maneira apressada com que essas lousas foram pegas pelo médium e lavadas.
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Recebemos do Dr. Slade a expressão escrita de sua satisfação com o tratamento que demos a ele, que foi do começo ao fim, assim ele disse, inteiramente justo e cortês, e de sua disposição de se sentar conosco novamente a qualquer hora, se desejarmos e se seus compromissos permitirem.
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É uma fonte de remorso que, em nossas investigações, não recebemos nenhuma ajuda de médiuns não profissionais, e lidando com médiuns profissionais nós temos sido continuamente distraído com as estimativas conflitantes com que estes médiuns se mantêm entre os próprios espiritualistas. Existem pouquíssimos médiuns profissionais, até onde vai nossa experiência, que são aceitos por todos os espiritualistas livres da acusação de fraude. De fato, um médium com quem, pelo conselho do Sr. Hazard, nós tivemos uma sessão, e quem o Sr. Hazard atestou como um dos melhores de sua classe, nós vimos ser denunciado como um ‘mentiroso e um ladrão’. No fervor do nosso zelo nós pedimos na imprensa secular local e nos principais jornais espiritualistas do Oriente e do Ocidente por médiuns independentes de escrita na lousa, e este apelo generalizado trouxe apenas três respostas, e destas, duas eram tão remotas que a promessa de desempenho mantida pelos entrevistados não justificou, em nossa opinião, um desembolso tão grande de dinheiro para despesas de viagem, como uma viagem através do Continente envolveria. Esta relutância notável por parte dos médiuns de vir diante de nós não pode ser devida a qualquer tratamento cruel ou antagônico recebido de nossas mãos por qualquer médium. Todos os médiuns foram tratados por nós com cortesia uniforme, e com todos os esforços para tolerar a as “condições” impostas ou sugeridas pelos Espíritos. E ainda assim uma médium muito conhecida em Nova York, a Sra. Thayer, a quem o Presidente Interino era desconhecido, e com quem ele estava naquele momento tendo uma sessão espírita, afirmou com veemência que nenhum membro da “Comissão Seybert” jamais deveria ter uma sessão com ela, que toda a Comissão, todos e cada um, eram “velhos canalhas e nunca deveriam aparecer em suas portas”, etc., etc., e confessou que a base de sua crença era o aviso (enviado a ela por um eminente médium cujas sessões foram freqüentadas pela Comissão) que ela não deveria ter qualquer relacionamento com “os homens Seybert, que eles não fariam bem a ela”. Mesmo nos casos em que os médiuns expressaram a vontade de aparecer diante de nós, fomos constrangidos por pedidos de compensação que poderíamos considerar exorbitantes e, praticamente, proibitórios; como no caso do Sr. Keeler, o fotógrafo espiritual, cujos termos serão encontrados no apêndice, e no do Dr. Henry Rogers, cujos termos eram quinhentos dólares se ele fosse bem-sucedido diante de nós, e a metade desta quantia se ele falhasse.
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Embora o número de médiuns cujas manifestações nós pudemos examinar tenha sido um tanto restrito, sentimo-nos justificados em dar como resultado de nosso exame da Escrita Independente na Lousa que, seja de agência espiritual ou material, o seu modo de manifestação impede quase inteiramente qualquer investigação satisfatória.
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Não há poucos expositores eminentes da Fé Espiritualista que afirmem que isso é como deveria ser e que, se na tentativa de aplicar as leis do mundo material às manifestações espirituais ficamos perplexos, a falha está em nós, e não nos médiuns. Sendo assim, temos que aceitar o nosso destino e ampliar o ditado de que “os poetas nascem, não são feitos”, e incluir os espiritualistas.
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No entanto, como regra, os médiuns afirmam que eles encorajam a investigação. Nossa experiência é, como já foi dito, que assim que uma investigação, digna desse nome, começa, todas as manifestações de poder espiritualista cessam.
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A simples declaração das condições nas quais os médiuns sustentam que as manifestações da Escrita Independente na Lousa são possíveis envolve a extrema dificuldade, podemos quase dizer a impossibilidade, de qualquer investigação genuína ou racional. Até mesmo o próprio espírito de investigação, ou de incredulidade, parece exercer um efeito inibidor e impede uma manifestação bem sucedida. Na verdade o Sr. Hazard uma vez nos disse que o verdadeiro espírito da abordagem do estudo do Espiritualismo é “uma vontade de ser enganado”. Sobre a Escrita Independente na Lousa, em nossa experiência, há um período de maior ou menor duração, em que a lousa é escondida. Durante este período os olhos do investigador não podem vê-la. Quando a lousa é mantida embaixo da mesa, joelhos e pés e roupas não exercem nenhum efeito deletério, mas o olhar de um humano é fatal para toda manifestação espiritual; embora para um dos nossos, em três ocasiões, um espelho de bolso posicionado com cuidado, sem o conhecimento do médium, mostrou o reflexo de dedos, que eram claramente não espirituais, abrindo as lousas e escrevendo as respostas.
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Realmente não há nenhuma etapa do processo de produção desta escrita, como observamos, que não possa ser realizado por truques ou pela prestidigitação. É obvio, então, que estávamos sinceramente ansiosos para refutar nestes experimentos a presença desses elementos desacreditáveis, não apenas para o crédito de natureza humana, mas para o bem do grande interesse científico envolvido. Estamos perfeitamente dispostos a aceitar qualquer fato de poder espiritual; e longe de recuar de uma confissão aberta de nossa crença nesta revelação de um novo vigor da Natureza, nós o saudaríamos. Mas ninguém, nenhum espiritualista, deveríamos supor, pode exigir que aceitemos mistérios profundos com os nossos olhos bem fechados, e as nossas mãos fechadas, e com todas as possibilidades para as nossas faculdades de raciocínio insuperavelmente barradas. No entanto, isto é precisamente o que é exigido de nós por médiuns em relação à Escrita Independente na Lousa. Devemos assinar uma dispensa para renunciar o exercício do senso comum, e aceitar como “fato” o que eles escolheram assim chamar. Algumas afirmações por espíritos que partiram são mais banais que “Esta é uma grande verdade”, e ainda num empenho honesto para provar que é uma “grande verdade”, e não uma grande mentira, o investigador sincero e sério fica, a cada vez, perplexo e frustrado.
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Para eliminar de nossas investigações todo elemento de desconfiança ou hostilidade ou suspeita ou antagonismo assustador, que confiamos a uma amiga do Sr. Hazard, a Sra. Patterson, atestada por ele como uma das melhores médiuns do país, duas lousas cuidadosamente fechadas e seladas, incluindo, é claro, o pedaço necessário de giz, com o fervoroso apelo de que os Espíritos deveriam escrever nelas mesmo que fosse uma mera marca, um sinal ou um risco, com isso estaríamos contentes, e prontos para aceitar a Escrita Independente na Lousa com seu cortejo de consequências. A médium ficou totalmente impressionada com a importância do julgamento, e com a fama que assim acumularia de uma conversão em atacado como o da unida Comissão Seybert.
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Cada médium, ao que parece, está sob a tutela especial de um Espírito que partiu; o Espírito é chamado de ‘controle do médium’. No presente caso, quando as lousas foram entregues à senhora Patterson, seu ‘controle’, um ‘Thomas Lister’, imediatamente prometeu que as mãos do espírito devem em pouco tempo escrever no espaço selado. Mas nenhuma escrita veio naquele dia, nem no próximo, nem no próximo, embora a médium tenha protestado que toda a atenção deveria ser concedida às lousas refratárias. Em vão a médium foi repetidas vezes conjurada para apresentar todo o poder. Ao final de seis meses, as lousas foram recebidas novamente, sem qualquer escrito, de acordo com a confissão da médium.
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No entanto, nosso Presidente Interino estava tão ansioso para que o experimento provasse ser bem sucedido que, sem ser detido por este fracasso, ele cuidadosamente selou uma segunda lousa e a colocou nas mãos da mesma médium, com súplicas renovadas para mostrar toda sua força espiritualista. No final de duas semanas ou mais, após esforços redobrados de poder mediúnico, o qual foi adicionado o poder espiritualista combinado de todo o círculo familiar do médium, o emocionante anúncio foi feito para nós, de que o fragmento de giz entre as lousas já não podia mais ser ouvido chacoalhar e que, presumivelmente, os Espíritos teriam escrito uma mensagem para nós.
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Cada médium, em geral, tem algum modo peculiar de manifestar a força espiritualista; é uma peculiaridade desta médium, como já foi afirmado antes, que a finalização da mensagem do Espírito dentro das lousas não seja indicada por batidas, como é frequentemente o caso com outros médiuns, mas pelo aparecimento súbito e maravilhoso do pequeno fragmento de giz no topo da lousa, que havia sido fixado com segurança por dentro. O fato, portanto, que o giz não estava mais dentro de nossas lousas era uma evidência presumível de que o controle da médium havia sido fiel à sua palavra, e nos escreveu uma mensagem. As lousas foram recebidas do médium com muito cuidado, e uma reunião da Comissão convocada às pressas. Não vale a pena entrar longamente nos detalhes dessa sessão, da análise cuidadosa na qual as lousas foram submetidas, dos selos sem mutilações, dos parafusos intocados, etc., etc.; mas vale a pena registrar o sentimento de grande responsabilidade, quase semelhante à solenidade, com o qual todos nós abordamos o que, pelo que sabíamos, pode provar ser uma revelação de um poder tão maravilhoso como qualquer outro, do qual, até agora, nós nunca tivemos conhecimento. Pouco antes de abrir as lousas, notou-se que em um canto, devido à flexibilidade das molduras de madeira, era bem possível separar as lousas suficientemente de forma a permitir a inserção da lâmina de uma faca, e um exame das bordas neste momento revelou desgastes muito claramente descoloridos. Quando as lousas foram finalmente abertas, nenhum risco de escrita, nenhum arranhão foi encontrado, mas no canto suspeito estavam as marcas descoloridas, visíveis até hoje, da faca que foi inserida para extrair o giz, que, com sua passagem forçada para fora, deixou para trás, em seus arranhões na madeira, uma trilha de poeira que o microscópio revelou ser a mesma substância do giz. Os Espíritos não tomaram nem mesmo a precaução de limpar a ferrugem ou a sujeira da larga faca. As lousas estão preservadas em nosso triste museu de espécimes de ingenuidade mal direcionada.
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Somos continuamente confrontados com as declarações nas quais o narrador afirma uma solução espiritual como a única possível para o enigma envolvido nos fenômenos, como ele os observou.
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Para todas essas declarações temos, em primeiro lugar, a resposta simples e pronta de que nós não tentamos julgar as manifestações que nós mesmos não observamos. Tudo o que podemos atestar é o resultado de nossa própria observação. Mais não pode ser exigido de nós.
Em segundo lugar, a experiência tem-nos mostrado que apesar de todo o desejo possível por parte dos espiritualistas de dizer a verdade, toda a verdade, e nada mais que a verdade, sobre os fenômenos maravilhosos, é extremamente difícil fazê-lo. Que seja bem entendido que nem por um instante nós imputamos distorção intencional da verdade. Tudo o que queremos dizer é que, por dois motivos, é provável que as maravilhas do Espiritualismo serão, pelos crentes nelas, incorreta e insuficientemente relatadas.
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O primeiro motivo é encontrado na condição mental do observador; se ele está animado ou profundamente comovido, seu julgamento será afetado e os detalhes essenciais certamente serão distorcidos.
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Um segundo motivo, observe o quão difícil é dar um relato fiel de qualquer ocorrência comum, corriqueira do cotidiano. A dificuldade é aumentada cem vezes quando o que queremos dizer faz parte do maravilhoso. Quem verdadeiramente pode descrever um truque de um prestidigitador? Quem hesitaria em afirmar que um relógio, que nunca deixou a visão do olho por um instante, foi quebrado pelo prestidigitador sobre uma bigorna, ou que um lenço foi queimado diante dos nossos olhos? Todos nós sabemos que o prestidigitador não quebra o relógio e não queima o lenço. Observamos muito atentamente a mão direita do prestidigitador, enquanto o truque era feito com a esquerda. A circunstância de um instante que teria convertido o truque para um não-truque foi omitida. É provável que ocorra o mesmo nos relatos de muitos dos fenômenos maravilhosos do Espiritualismo.
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Por estes dois motivos, estabelecemos para nós mesmos desde o início que, em casos que exigem observação atenta, iríamos nos esforçar para termos tantos membros da Comissão quanto possível presentes em cada sessão. Ao lidar com os fenômenos, onde estão excluídos todos os métodos comuns de investigação, percebemos claramente que o nosso melhor recurso reside em ter o maior número possível de observadores.
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Ao descartar esse assunto da Escrita Independente na Lousa, repetimos, o que nós achamos que os Espiritualistas irão geralmente admitir, é que esse fenômeno pode ser realizado por prestidigitação. O ônus da prova de que não é executado desta maneira cabe aos médiuns. Esta prova os médiuns nem oferecerão a si mesmos, nem permitirão que outros a obtenham. Os investigadores, portanto, são obrigados a fazer valer sua própria capacidade de observação minuciosa, afiada e educada pela experiência. Que seja lembrado que o que declaramos aqui se aplica unicamente ao processo pelo qual a comunicação é escrita na lousa; referente ao conteúdo da comunicação, se as respostas são pertinentes às perguntas ou se são banalidades deprimentes, não estamos lidando com isso agora. Se essas respostas são atribuídas aos Espíritos, ou ao o que é chamado clarividência, não seriam menos verdadeiras ou falsas, se proferidas oralmente pelo médium; tudo o que temos certeza é de que a escrita destas comunicações, qualquer que seja seu conteúdo, é realizada de uma forma tão parecida com fraude, a ponto de ser indistinguível dela. Seria uma mera questão de opinião que todas as Escritas Independentes na Lousa são fraudulentas; o que não é uma questão de opinião é a convicção, que nós alcançamos por unanimidade enquanto Comissão, de seu caráter não-espiritual em todos os casos que passaram diante de nós.
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Um prestidigitador profissional eminente executou, na presença de três membros da nossa Comissão, algumas Escritas Independentes na Lousa muito mais notáveis do que qualquer uma que testemunhamos com médiuns. Em plena luz do dia, uma lousa perfeitamente limpa de ambos os lados, com um pequeno fragmento de lápis de giz, foi mantida sob a folha de uma pequena mesa comum, em torno da qual estávamos sentados, e os dedos da mão direita do prestidigitador pressionavam a lousa firmemente contra o lado inferior da folha, enquanto o polegar completava a pressão, e permaneceu totalmente à vista enquanto pressionava a folha da mesa. Nossos olhos não perderam de vista aquele polegar nem por uma fração de segundo, que não se moveu, e ainda em poucos minutos, a lousa foi produzida, coberta de ambos os lados com escrita. As mensagens estavam lá, e ainda estão, pois preservamos a lousa, escrita em francês, espanhol, holandês, chinês, japonês, gujarati, e terminando com “Ich bin ein Geist, und liebe mein Lagerbier” (Eu sou um espírito e amo minha cerveja). Ficamos totalmente perplexos. Para um dos nossos, posteriormente, o prestidigitador repetiu o truque e revelou todos os detalhes.
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Solicitamos de seu corpo honorável notar que este relatório é preliminar e que nós não consideramos nossas investigações neste departamento como definitivamente encerradas, mas estamos prontos para continuá-las sempre que surjam circunstâncias favoráveis.
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Ao tema das “batidas espirituais” temos dedicado algum tempo e atenção, mas nossas investigações não foram suficientemente extensas para nos garantir, no momento, a oferta de quaisquer conclusões positivas. A dificuldade em participar da investigação deste modo de manifestação espírita é aumentada pelo fato, familiarizado pelos fisiologistas, de que sons de intensidade variável podem ser produzidos em praticamente qualquer parte do corpo humano por ação muscular voluntária. Determinar a exata localização desta atividade muscular é, às vezes, uma questão de delicadeza.
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O que podemos dizer com certeza, até agora, é que, nos casos que estiveram sob nossa observação, a teoria da origem puramente fisiológica dos sons tem sido sustentada pelo fato de que os médiuns estavam, invariável e confessadamente, cientes das batidas sempre que elas ocorriam e podiam ao mesmo tempo detectar quaisquer batidas espúrias, por mais pontual e indistinguível que fosse a falsificação a todos os outros ouvidos. Para os detalhes da investigação que nos guiou a esta conclusão, nos referimos ao apêndice.
Há entre os médiuns certos especialistas, cujas supostas manifestações espirituais temos nos esforçado para investigar, nem sempre com sucesso como, por exemplo, no caso do Sr. W. M. Keeler, que através de sua mediunidade produziu “Fotografias Espirituais”. As “condições” que este médium exigiu teriam feito qualquer tentativa de investigação um mero desperdício de tempo, e os seus termos de remuneração, além disso, como já mencionado anteriormente, proibitivos e sugeriam a falta de vontade de vir perante a Comissão. Nestes dias de “Fotografia Composta”, é mais do que infantil reivindicar de uma fonte espiritual, resultados que podem ser obtidos a qualquer momento por qualquer principiante na arte. A carta do Sr. Keeler será encontrada no Apêndice.
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Fomos mais bem sucedidos na aquisição de uma sessão com o irmão do Sr. Keeler, cuja mediunidade se manifesta pela materialização de uma mão direita atrás de uma tela baixa, em frente da qual o médium se senta, com somente o rosto visível, seu corpo inteiro escondido por musselina preta. A tela é esticada de um canto de uma sala até cerca da altura da parte de trás da cabeça do médium, enquanto ele se senta na frente. As luzes são reduzidas e, em alguns minutos, diversos instrumentos, musicais e outros, que haviam sido previamente colocados numa pequena mesa no canto, cercada pela tela, são ouvidos tocar, um tambor é batido, a guitarra é tocada, etc. A música é intercalada com flashes da mão, agitando e acenando acima da tela, à direita do médium. A mão, quando agitada, foi vista ser a direita. Como prova de que a mão é espiritual e não a do médium, o mesmo solicita a um dos visitantes da sessão para sentar-se ao seu lado, à sua direita, e também ser coberto até o queixo com a mesmo musselina preta sob a qual o médium está, exceto por sua cabeça, escondido. O antebraço esquerdo, nu, deste visitante, é apreendido pelo médium, como o mesmo diz, com ambas as mãos e essa pressão das duas mãos do médium no braço do visitante nunca é relaxada, como o visitante prontamente atesta. A prova parece, portanto, conclusiva de que a mão que toca os instrumentos atrás da tela não é a do médium e, portanto, deve ser um espírito materializado. O truque é simples e altamente enganoso, como qualquer um pode provar por si mesmo, solicitando a um amigo de olhos vendados a descobrir o braço esquerdo até o cotovelo e, em seguida, deixar o experimentador agarrar este braço à mostra, perto do pulso, com o terceiro e quarto dedo da mão esquerda, fechando-os ao redor, firmemente, e enquanto faz isso, pede ao dono do braço observar que esta é a sua mão esquerda, que em seguida deixa o experimentador, sem relaxar, esticar os dedos restantes e o polegar para cima no braço até onde ele pode, enquanto o agarra com o polegar e o indicador, observando que esta segunda pressão vem de sua outra mão. A convicção é tão completa na mente do amigo com os olhos vendados, que ele sente o aperto das duas mãos, ao passo que apenas a mão esquerda do experimentador agarrou seu braço e a mão direita está livre para bater um tambor ou tocar uma cítara. Após esse teste, que é patente a todos, podemos descartar a teoria de uma origem espiritual da mão atrás da tela do Sr. Keeler. Para dar conhecimento da descoberta deste truque pelo companheiro do Sr. Keeler, e para evitar a sua detecção por simplesmente sentir com a mão direita livre após as mãos fingidas do médium, que estão agarrando seu antebraço esquerdo, um segundo visitante é convidado a compartilhar o desconforto do envolvetório de musselina, e sentar-se à direita do primeiro visitante e segurar a mão direita ociosa do último com a mão esquerda, enquanto a direita está exposta para ver o lado de fora da cortina. Novamente, nos referimos ao Apêndice para a ata da nossa reunião.
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Tivemos uma sessão também com os Srs. Rothermel e Powell, dos quais o primeiro é o médium e o segundo, atuando principalmente como um reservatório de força psíquica, guia e dirige a sessão. Neste caso, as manifestações espirituais do médium, bem como seus arranjos materiais, são semelhantes aos do Sr. Keeler, exceto que em vez de ter um visitante cujo braço possa ser agarrado, as mãos do Sr. Rothermel são presas em seu colo por faixas de fita passadas em torno de suas pernas e costuradas às suas roupas.
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Após a cortina preta ter escondido as mãos de nossa visão, novamente não fomos autorizados a examiná-las, exceto de maneira bem apressada e superficial, mas, mesmo na breve inspeção que nos foi permitida, um olhar foi suficiente para mostrar que a fita tinha sido adulterada. O encerramento da sessão foi anunciado pelo som de uma tesoura cortando, e pela exclamação do Sr. Rothermel, embora ainda escondido, que os espíritos estavam cortando para soltá-lo. Nós não tínhamos meios de saber se a fita foi cortada no início da sessão ou não. Quando o envolvetório de musselina foi removido, as mãos do Sr. Rothermel estavam certamente livres. As bandas foram cortadas, e não tivemos dificuldade em acreditar que as mãos que foram hábeis o suficiente para tocar cítara com habilidade notável, sob tais condições, por trás da cortina, eram hábeis o suficiente para cortar as cordas.
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Nossas sessões com a Sra. Maud E. Lord foram reconhecidas pela própria médium como sendo totalmente insatisfatórias. Isto é muito lamentável. A Sra. Lord é uma das poucas médiuns profissionais cuja excelência é reconhecida por todos os espiritualistas, e que, na sua atitude para com a Comissão, mostrou todo o desejo de auxiliar uma investigação plena e completa sobre as manifestações peculiares de sua mediunidade e, além disso, sem remuneração.
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Concluindo, pedimos para expressarmos o nosso pesar de, até agora, não termos sido aplaudidos em nossas investigações com a descoberta de um único fato novo, mas, não sendo detidos por esse desânimo, nós contamos com sua permissão para continuá-las com o rigor que nossas oportunidades futuras permitirem, e com a mente tão sincera e honestamente aberta, como até agora, à convicção.
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Queremos chamar atenção especial ao Relatório do Professor Fullerton no Apêndice, de suas entrevistas com Professores Fechner, Scheibner e Weber, os colegas sobreviventes do Professor Zoellner, em suas experiências com o Dr. Henry Slade.
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E também, para uma investigação sobre o poder dos médiuns em responder às perguntas contidas nos “envelopes lacrados”.
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WILLIAM PEPPER,
JOSEPH LEIDY,
GEORGE A. KOENIG,
GEORGE S. FULLERTON,
ROBT. ELLIS THOMPSON,
HORACE HOWARD FURNESS,
COLEMAN SELLERS,
JAMES W. WHITE,
CALVIN B. KNERR,
S. WEIR MITCHELL.
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Universidade da Pensilvânia,
Maio, 1887.
março 23rd, 2014 às 3:16 PM
Eu pensei que essa dita Comissão havia convocado TODOS os médiuns consagrados pelos pesquisadores (a menos que já houvessem falecido) e estes também, repetido OS EXPERIMENTOS JÁ FEITOS SOB AS MESMAS CONDIÇÕES e DEMONSTRADO que fraudaram assim, assado, frito e cozido. Mas ao que parece essa aí era uma comissão de INEXPERTOS no assunto, que pegaram alguns médiuns tidos e havidos como famosos e fizeram a coisa do jeito deles, sem consultar a mais ninguém. Ou seja, uma comissão montada para LIQUIDAR O ASSUNTO do jeito que os incrédulos desejavam.
Assim é fácil.
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“Polidoro se centrou nos médiuns e nos episódios que Houdini pesquisou…”
– E como Houdini pesquisava mal e porcamente, Polidoro deveria ter feito melhor escolha. Mas como Houdini endossa a fé cética, é só do que Polidoro precisava.
março 23rd, 2014 às 5:11 PM
Arduin,
comentando:
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01 – “Eu pensei que essa dita Comissão havia convocado TODOS os médiuns consagrados pelos pesquisadores (a menos que já houvessem falecido) e estes também,
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E convocaram!
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No fervor do nosso zelo nós pedimos na imprensa secular local e nos principais jornais espiritualistas do Oriente e do Ocidente por médiuns independentes de escrita na lousa, e este apelo generalizado trouxe apenas três respostas, e destas, duas eram tão remotas que a promessa de desempenho mantida pelos entrevistados não justificou, em nossa opinião, um desembolso tão grande de dinheiro para despesas de viagem, como uma viagem através do Continente envolveria. Esta relutância notável por parte dos médiuns de vir diante de nós não pode ser devida a qualquer tratamento cruel ou antagônico recebido de nossas mãos por qualquer médium. Todos os médiuns foram tratados por nós com cortesia uniforme, e com todos os esforços para tolerar a as “condições” impostas ou sugeridas pelos Espíritos. E ainda assim uma médium muito conhecida em Nova York, a Sra. Thayer, a quem o Presidente Interino era desconhecido, e com quem ele estava naquele momento tendo uma sessão espírita, afirmou com veemência que nenhum membro da “Comissão Seybert” jamais deveria ter uma sessão com ela, que toda a Comissão, todos e cada um, eram “velhos canalhas e nunca deveriam aparecer em suas portas”, etc., etc., e confessou que a base de sua crença era o aviso (enviado a ela por um eminente médium cujas sessões foram freqüentadas pela Comissão) que ela não deveria ter qualquer relacionamento com “os homens Seybert, que eles não fariam bem a ela”. Mesmo nos casos em que os médiuns expressaram a vontade de aparecer diante de nós, fomos constrangidos por pedidos de compensação que poderíamos considerar exorbitantes e, praticamente, proibitórios; como no caso do Sr. Keeler, o fotógrafo espiritual, cujos termos serão encontrados no apêndice, e no do Dr. Henry Rogers, cujos termos eram quinhentos dólares se ele fosse bem-sucedido diante de nós, e a metade desta quantia se ele falhasse..
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Convocar, como vê, convocaram. Se não quiseram aparecer ou se cobraram preços exorbitantes, paciência! Isso não é culpa da Comissão!
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02 – “repetido OS EXPERIMENTOS JÁ FEITOS SOB AS MESMAS CONDIÇÕES e DEMONSTRADO que fraudaram assim, assado, frito e cozido.”
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E não foi exatamente isso que fizeram com o Slade (escritas na lousa)? E com a Sra. Patterson (escritas na lousa)? E com o irmão do Sr. Keeler(materiaização)? E com o Sr. Rothermel (materialização)? E com a Sra. Maud E. Lord (voz direta)?
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“Mas ao que parece essa aí era uma comissão de INEXPERTOS no assunto, que pegaram alguns médiuns tidos e havidos como famosos e fizeram a coisa do jeito deles, sem consultar a mais ninguém. ”
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Como sem consultar a mais ninguém? Está claramente dito:
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Consideramo-nos afortunados desde o início por termos como conselheiro o falecido Sr. Thos. R. Hazard, um amigo do Sr. Seybert e amplamente conhecido em todo o país como um Espiritualista tolerante.
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Pelo conselho do Sr. Hazard, direcionamo-nos primeiro à investigação da Escrita Independente na Lousa, e com seu auxílio, uma sessão espírita para este fim foi providenciada com uma médium notável, a Sra. S. E. Patterson.
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Acho que você está lendo muito apressadamente o texto e pulando partes importantes…
março 23rd, 2014 às 5:33 PM
Sr. Arduin, será que agora não o veremos mais alardeando aqui que os fenômenos do espiritismo foram comprovados científica e exaustivamente por pesquisadores do século 19? E que o tal Polidoro foi um cético praticante cujo único passatempo era inventar mentiras a fim de esculhambar o indefensável?
Uma vez mais fica claro que espíritas com algum grau de esclarecimento baseiam sua crença na fé religiosa e se mantém fiéis apesar das razões para deixar a crença por conta do alento que a religião lhes proporciona diante dos fatos difíceis da vida.
março 23rd, 2014 às 6:36 PM
De resto, como ocorre com os seguidores de todas as religiões, em geral. Nenhuma se sustenta a não ser pela fé religiosa dos adeptos. Baseiam-se em fantasias. A diferença no caso dos espíritas é que eles não assumem isso, e levam a fé religiosa para um outro nível, às custas de um discurso esquizofrênico que inclui termos como “fé raciocinada”.
março 23rd, 2014 às 8:13 PM
Vitor, é o seguinte:
Naqueles tempos os médiuns ainda estavam sujeitos a penas da lei, tal como nos tempos da Inquisição. Os ilusionistas daqueles tempos não tinham problemas com ela, já que mostravam que tudo o que faziam eram só truques de ilusão, sem ter nada a ver com bruxaria ou feitiçaria. Já os médiuns, mesmo no século XIX, eram execrados como malandros safados que faziam o público de bobo, vendendo uma coisa que não existia (comércio com almas dos mortos), e por isso sujeitos a penas da lei e ainda tendo de aguentar as maldições dos clérigos cristãos (veja lá a opinião que esses membros comissionários expressaram a respeito…).
Dos médiuns citados, só me lembro do Slade, que foi condenado a um ano de cadeia com trabalhos forçados.
Assim um convite feito dessa maneira não era a melhor forma de obter a atenção dos tais desejados médiuns. Era como se no Brasil em 1968 se fizesse um convite a pensadores e filósofos esquerdistas para um congresso em certa faculdade…
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Ah! Então eles tinham UM conselheiro espiritualista neutro? Acaso ele deu um conselho sensato como:
_ O tal William Crookes pesquisou médiuns e publicou a respeito. Vamos ler o que ele escreveu e pelo menos alguns de nós ir até a Inglaterra e levar um papo com ele. Ver como ele fez a coisa, tirarmos nossas dúvidas e aí traçaremos um protocolo experimental.
Mas parece que nada saiu disso, né?
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“E não foi exatamente isso que fizeram com o Slade (escritas na lousa)? E com a Sra. Patterson (escritas na lousa)? E com o irmão do Sr. Keeler(materiaização)? E com o Sr. Rothermel (materialização)? E com a Sra. Maud E. Lord (voz direta)?”
– À exceção do Slade, nem sei quem são os outros. Não me consta que a suposta fama de alguns foi obtida por aval de pesquisadores que os investigaram. O tal conselheiro aí não aconselhou muito bem, pois antes de tudo é necessário CONQUISTAR A CONFIANÇA DO MÉDIUM e não já ir partindo do pressuposto de que tudo é fraude.
março 23rd, 2014 às 8:19 PM
“será que agora não o veremos mais alardeando aqui que os fenômenos do espiritismo foram comprovados científica e exaustivamente por pesquisadores do século 19?”
– Sr Racional, para seu governo, os experimentos científicos foram EXAUSTIVAMENTE feitos por pesquisadores sérios AO LONGO DE ANOS de trabalho e fazendo a coisa do jeito decente. Por isso OBTIVERAM RESULTADOS. E olha que a grande maioria deles era DESCRENTE do Spiritualism. Acha que é muito racional (deve achar sim) eu descartar todo esse trabalho feito em troca do trabalhinho de uma comissão formada por uma dezena de inexpertos no assunto? Quantos ANOS esses dez caras trabalharam para chegar às conclusões que chegaram?
março 23rd, 2014 às 8:20 PM
Quanto ao Polidoro, leia o tópico do blog que indiquei
março 23rd, 2014 às 8:59 PM
Aqui o Sr. pode ver, Analista Racional, quais eram os resultados dos os experimentos científicos que segundo o Professor foram EXAUSTIVAMENTE feitos por pesquisadores sérios AO LONGO DE ANOS de trabalho e fazendo a coisa do jeito decente.
http://www.bellwethergallery.com/images/artwork/large/scene02Still.jpg
março 23rd, 2014 às 9:15 PM
Marcos Arduin Diz:
MARÇO 23RD, 2014 ÀS 20:13
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(…)
“Já os médiuns, mesmo no século XIX, eram execrados como malandros safados que faziam o público de bobo, vendendo uma coisa que não existia (comércio com almas dos mortos)…”.
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Estou atrasado mais de um século. Continuo achando que os médiuns são uns malandros safados que fazem o público de bobo, vendendo uma coisa que não existe (comércio com almas dos mortos).
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Aliás, malandragem ao quadrado, pois para que o comércio existisse, seria necessário que existissem as almas.
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“Era como se no Brasil em 1968 se fizesse um convite a pensadores e filósofos esquerdistas para um congresso em certa faculdade…”.
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Para fazer uma analogia mais compreensível para as pessoas mais novas, devia ser como se no Brasil, em 2014, se fizesse um convite a pensadores e filósofos não esquerdistas para um congresso em certa faculdade.
Certamente, por não serem esquerdistas caviar, por não serem daqueles que gostam de estatizar tudo e beber Romanée Conti enquanto embolsam mensalões para eternizarem-se no poder e tecer loas à ditadura cubana, a quem financiam com impostos da classe média e até impostos indiretos da classe proletária de verdade, seriam taxados de “direitistas”, nazistas, imperialistas, etc.
março 23rd, 2014 às 11:07 PM
Arduin
comentando:
01 – “Então eles tinham UM conselheiro espiritualista neutro? Acaso ele deu um conselho sensato como:
_ O tal William Crookes pesquisou médiuns e publicou a respeito. Vamos ler o que ele escreveu e pelo menos alguns de nós ir até a Inglaterra e levar um papo com ele. Ver como ele fez a coisa, tirarmos nossas dúvidas e aí traçaremos um protocolo experimental.
Mas parece que nada saiu disso, né?”
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Sim, aparentemente deu conselhos sensatos:
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De fato, um médium com quem, pelo conselho do Sr. Hazard, nós tivemos uma sessão, e quem o Sr. Hazard atestou como um dos melhores de sua classe, nós vimos ser denunciado como um ‘mentiroso e um ladrão’.
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02 – À exceção do Slade, nem sei quem são os outros. Não me consta que a suposta fama de alguns foi obtida por aval de pesquisadores que os investigaram. O tal conselheiro aí não aconselhou muito bem, pois antes de tudo é necessário CONQUISTAR A CONFIANÇA DO MÉDIUM e não já ir partindo do pressuposto de que tudo é fraude.
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Quem disse que partiram de tal pressuposto?
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Como próprio de uma preliminar, em uma de nossas primeiras reuniões, cada membro por sua vez expressou estar livre de qualquer preconceito contra o tema a ser investigado e sua prontidão em aceitar qualquer conclusão justificada pelos fatos; um dos nossos, o Presidente Interino, muito longe de ser imparcial, confessou ter uma inclinação a favor da verdade substancial do Espiritualismo.
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Logo após a nomeação da Comissão Seybert, eu, como secretário, fui convidado a fazer uma coleção da mais representativa literatura do Espiritualismo, e preparar para o uso da Comissão um esboço do surgimento, progresso, situação atual, doutrinas e supostos fenômenos dessa crença, bem como um relato das investigações anteriores, semelhantes à contemplada por nós mesmos. Por vários meses eu me ocupei diligentemente com este trabalho e, finalmente, li meu esboço perante a Comissão, em uma reunião em que o Sr. Thomas K. Hazard, o conhecidíssimo espiritualista, estava presente como nosso convidado. Nesta época eu não tinha visto quase nada de espiritualismo, mas fiquei muito impressionado com o que eu li e, certamente, em uma atitude totalmente receptiva aos fenômenos apoiados por testemunhos aparentemente fortes. O Sr. Hazard declarou-se bastante satisfeito com o tom do jornal, dizendo que viera esperando ouvir algo muito diferente, mas que era justo e imparcial. Menciono estes fatos para mostrar que minha opinião atual sobre o assunto não foi assumida no início, mas chegou gradualmente, e é baseada em minhas próprias observações. Eu fui forçado à conclusão de que o Espiritualismo, tal como tem se mostrado perante mim (e eu não dou nenhuma opinião sobre o que não esteja dentro do que observei), apresenta o espetáculo melancólico de fraude grosseira perpetrada sobre uma porção acrítica da comunidade; que o testemunho dessas pessoas sobre o que elas veem é quase sem valor, se eles são habitualmente tão imprecisos como têm sido nas sessões em que eu estive presente com elas, e que há uma falta de vontade por parte dos médiuns de ter os seus poderes investigados minuciosamente e de graça, fato que torna qualquer investigação do Espiritualismo difícil e cara. Minhas opiniões não são baseadas exclusivamente no que eu vi e registrei no meu trabalho com os meus colegas, mas também em observações feitas em várias vezes em título privado, e há apenas uma conclusão a ser anexada a todas elas. Eu anexo as notas das sessões, registradas por mim como Secretário da Comissão. Sua forma um tanto desconexa decorre do fato de que eu não achei desejável fazer mudanças nas minhas notas, exceto as que foram necessárias para os registros, que têm valor como prova, fora de sua conexão contextual com os registros de reuniões de negócios e assuntos de nenhum interesse para o público. Nada que possa ser encarado como evidência foi propositalmente suprimido. Eu deixei de fora, intencionalmente, uma descrição de várias coisas que fomos incapazes de usar, e que teria apenas inchado nossos registros como, por exemplo, o caso de nossas lousas lacradas para os experimentos com o Dr. Slade, que depois se recusou a ter qualquer coisa a ver com lousas lacradas por nós. Minhas notas foram feitas durante as sessões ou após elas assim que possível. Elas foram organizadas e copiadas em não mais de dois dias depois. Explicações e adições que não pertencem aos registros originais, mas foram inseridas depois, são colocadas entre parênteses.
Para uma justificação do parecer do Espiritualismo, expresso acima, nos referimos aos Registros que se seguem.
GEO. S. FULLERTON
março 24th, 2014 às 6:37 AM
“De fato, um médium com quem, pelo conselho do Sr. Hazard, nós tivemos uma sessão, e quem o Sr. Hazard atestou como um dos melhores de sua classe, nós vimos ser denunciado como um ‘mentiroso e um ladrão’.”
– Suponho que esse Hazard tenha feito como o Crookes: fez ele próprio MUITOS experimentos variados com o dito médium e, por causa disso, chegou à conclusão de que era um dos MELHORES DE SUA CLASSE. Foi isso? Onde foram publicados os estudos desse tal Hazard? Ou se não existem, quais foram os critérios para se concluir tal coisa? A propósito, quem denunciou o cara como ladrão e mentiroso? Foram os membros dessa comissão?
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Afirmações enfáticas são realmente engraçadas. O Crookes expressou sua desconfiança que médiuns alegavam ser capazes aumentar o peso de objetos consideravelmente em mais ou menos essas palavras:
_ Bem, temos balanças que medem décimos de grão (medida inglesa de peso) e se os médiuns podem aumentar o peso de objetos, então seriam capazes de fazer alterar levemente o peso de objetos e serem mensurados pela balança.
E fez outras afirmações parecidas. No entanto, é tido e havido pela comunidade cética como um tapado deslumbrado, risivelmente empulhado por truques bobos e infantis.
Acho que vou emprestar às declarações do Fullerton um sentido semelhante. Foi enfaticamente proclamada a imparcialidade e que foi convidado a fazer um levantamento bibliográfico do que mais havia de significativo na literatura “spiritualist”… Suponho que ele tenha apresentado essas referências bibliográficas…
E uma coisa é ter médiuns aclamados pelo público deslubrado e muito outra é ter médiuns validados pelos pesquisadores. Nenhum pesquisador foi convidado a fazer parte dessa comissão?
E já que se fez tão amplo levantamento bibliográfico, não foi incluído nele o que Kardec dizia sobre médiuns interesseiros?
março 24th, 2014 às 6:44 AM
De Morte, fiz aquela analogia, pois se os milicos soubessem que em tal lugar haveria uma concentração de crentes comunistas, lá iriam eles pra botar todo mundo em cana.
O Zé Dirceu liderou aquele último congresso da UNE no meio do mato, achando que ninguém sabia dele além dos estudantes convidados. Bem, foi só juntar a turma e os guardas caíram em cima deles. O próprio Dirceu diz que há uma lenda de que o Congresso da UNE foi descoberto porque alguém cometeu a imprudência de encomendar centenas de pães numa padaria da cidadezinha próxima. Aí o dono desconfiou e chamou a polícia. Dirceu disse que isso não tinha nada a ver. Inventaram essa lenda para não dar a pinta de que foram caguetados ou de que já não estavam sendo vigiados e com telefones grampeados.
março 24th, 2014 às 7:26 AM
Arduin,
comentando:
01 – – “Suponho que esse Hazard tenha feito como o Crookes: fez ele próprio MUITOS experimentos variados com o dito médium e, por causa disso, chegou à conclusão de que era um dos MELHORES DE SUA CLASSE. Foi isso? Onde foram publicados os estudos desse tal Hazard?”
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Aqui:
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http://www.rihs.org/mssinv/Mss483sg14.htm
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“Even more than his brothers Rowland and Joseph, his primary interest was the Spiritualist movement. After the death of his wife, he wrote countless newspaper articles on the subject, and held frequent seances at Vaucluse. In his published genealogy, he wrote of himself that he “has been an earnest worker in the cause of ‘Modern Spiritualism’ since the year 1856, and whatever may be his merits or demerits otherwise, he has no higher ambition than that his name should be handed down to the coming generations associated with this fact alone.” (Recollections of Olden Times, p. 192). He died in New York City in 1886.
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Series 3: Spiritualism.
Box 2, folder 10. Transcriptions of messages from seances, 1856 and undated. Including George Fox, John Woolman, Benjamin Franklin and Henry Clay.
Box 2, folder 11. Spiritual biographical notes, circa 1870? Including John the Baptist, Adam, Guy Fawkes, John Wilbur, etc.
Box 2, folder 12. Spiritual biographical notes, undated (separate series).
Box 2, folder 13. Diary of spiritual encounters, 1/30/1884 – 4/24/1884
Box 2, folder 14. Newspaper clippings on spiritualism, 1881-1882.
Box 2, folder 15. Newspaper clippings on spiritualism, 1882-1884.
Box 2, folder 16. Business cards of “Jay J. Hartman, Spirit Photographer” and “Prof. Calvin Cooper Bennett, M.D. of the Institute of Psychical Science of the City of New York, for Transmitting Psychic Influence”.
Box 2, folder 17. Phrenological reports, 1837 and 1854.
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Há mais material em cartas:
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1855. From brother Isaac re spiritualism.
1856. From brother Joseph re spiritualism.
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Também escreveu artigos no Banner of Light. Ainda preciso ver se acho esse material todo em pdf.
março 24th, 2014 às 9:12 AM
Gorducho Diz:
“Aqui o Sr. pode ver, Analista Racional, quais eram os resultados dos os experimentos científicos que segundo o Professor foram EXAUSTIVAMENTE feitos por pesquisadores sérios AO LONGO DE ANOS de trabalho e fazendo a coisa do jeito decente.
http://www.bellwethergallery.com/images/artwork/large/scene02Still.jpg”
GORDUCHO, não dava pra esperar nada diferente do que é mostrado na foto. E se uma imagem diz mais que mil palavras…
março 24th, 2014 às 10:55 AM
Como tenho mais o que fazer, vou deixar que o Conan Doyle fale o que se deve pensar da dita comissão:
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Para a Comissão Seybert, que estudaremos agora, foi uma infelicidade ter sido composta inteiramente de gente tal, com a exceção de um espírita, um certo Mr. Hazard, que fora convocado por eles e que tinha pouca possibilidade de influenciar a sua atmosfera geral de obstrução. As circunstâncias em que foi nomeada a Comissão foram as seguintes: um tal Henry Seybert, cidadão de Filadélfia, havia deixado a soma de sessenta mil dólares com o objetivo de ser criada uma Cadeira de Filosofia na Universidade de Pensilvânia, com a condição de que a mesma Universidade nomeasse uma comissão para “fazer uma completa e imparcial investigação sobre todos os sistemas morais, religiosos ou filosóficos que pretendem representar a verdade e, particularmente, o Espiritismo”. O pessoal da comissão escolhida é indiferente, não obstante ser intimamente ligado à Universidade, ao Doutor Peser, deão da Universidade, como presidente honorário, ao Doutor Furnnes, como presidente efetivo e ao Professor Fullerton, como secretário. A despeito de que o dever da Comissão era “fazer uma completa e imparcial investigação” do moderno Espiritismo, o relatório preliminar diz friamente:
“A Comissão é composta de homens cujos dias já se acham cheios de obrigações, que não podem ser postas de lado e que assim, apenas podem dedicar uma pequena parte de seu tempo a essas investigações”.
O fato de estarem os membros satisfeitos de principiar com essa restrição, mostra quão pouco entendiam a natureza do trabalho que defrontavam. Em tais circunstâncias o fracasso era inevitável. As reuniões começaram em março de 1884 e um relatório preliminar, ou coisa que o valha, foi publicado em 1887. Pelo que se viu o relatório ficou sendo final, por isso que, reimpresso em 1920, nada lhe foi acrescentado, a não ser um prefácio incolor em três períodos, por um descendente do primeiro presidente. O motivo central desse relatório é que a fraude de um lado e a credulidade do outro constituem tudo no Espiritismo e que realmente nada havia de sério que merecesse referência. O documento merece uma leitura completa por todo estudioso de psiquismo. A impressão que fica na mente é que os vários membros da Comissão se achavam em seus campos limitados, esforçando-se honestamente para apreender os fatos, mas que as suas mentes, como a do Doutor Edmunds, eram formadas de tal modo que quando, a despeito de sua atitude repelente e impossível, algum acontecimento psíquico tentava romper as suas barreiras, nem por um instante consideravam a possibilidade de que fosse genuíno, mas simplesmente passavam adiante como se não existisse. Assim, com Mrs. Fox-Kane obtiveram acentuadíssimas batidas mas se satisfazem com a suposição, milhares de vezes desmentida, de que viessem de dentro de seu próprio corpo e passaram sem comentários sobre o fato de que por seu intermédio receberam longas mensagens, escritas rapidamente pelo avesso, de modo que só podiam ser lidas através do espelho. Essa escrita rapidíssima, continha um latim abstruso, uma sentença que aparentemente estava muito acima da capacidade do médium. Tudo isto ou foi ignorado ou ficou sem explicação.
Novamente, observando Mrs. Lord, a Comissão obteve a Voz Direta e luzes fosforescentes, depois de ter examinado a médium. Temos informações de que a médium produziu “um quase contínuo bater de palmas”, além de que, pessoas mais afastadas parecem ter sido tocadas. O preconceito que presidiu o inquérito pode ser caracterizado pela observação do presidente efetivo W. M. Kewler, que era tido como um fotógrafo de Espíritos, pois “não ficaria satisfeito senão com um querubim em minha cabeça, um em cada membro e um anjo batendo asas na minha frente…” Um espírita ficaria muito surpreendido se realmente um investigador de maneiras tão frívolas conseguisse resultados. Em tudo, a explicação de que o médium produzia alguma coisa como um mágico. Nunca, por um momento sequer eles admitiram que a simpatia e o consentimento de agentes invisíveis pudesse ser essencial – agentes que se podem curvar ante mentes simples, encolher-se ou fazer o jogo de quem sabe se divertir.
Enquanto houve alguns resultados que podem ser genuínos, mas que são postos de lado no relatório, houve alguns episódios penosos para os espíritas, mas que nem por isso podem ser esquecidos. A Comissão descobriu fraudes óbvias no caso da médium da lousa, Mrs. Patterson e é impossível negar que o caso de Slade seja substancial. Os últimos dias desse médium foram certamente sombrios e as forças que outrora tinham sido tão notáveis devem ter sido substituídas pelos truques. O Doutor Eurness chega mesmo a asseverar que esses truques eram admitidos, mas a anedota, como é dada no relatório, antes sugere uma leviandade da parte do médium. Que o Doutor Slade pudesse divertir-se com o Doutor através de sua janela aberta e imediatamente respondesse a uma frase faceta, admitindo que toda a sua vida tinha sido uma fraude, é absolutamente inacreditável.
Há alguns aspectos nos quais a Comissão – ou pelo menos alguns de seus membros – não procedeu com ingenuidade. Assim, declaram de início que apóiam o seu relatório em seu próprio trabalho e desprezam a massa de material aproveitável. A despeito disso, incorporam um longo relatório adverso, escrito por seu secretário sobre as declarações de Zöllner, dado no capítulo que trata das experiências de Slade em Leipzig. Ele teve o cuidado de eliminar o fato de que o maior ilusionista da Alemanha, após considerável investigação, deu um atestado de que os fenômenos de Slade não eram truques. Por outro lado, quando o testemunho de um mágico é contra a explicação espírita, como nos comentários de Kellar, esta vem na íntegra, aparentemente sem conhecimento de que no caso de um outro médium, Eglinton, esse mesmo Kellar havia declarado que os resultados estavam acima de sua arte.
Na entrada do relatório diz a Comissão: “Sentimo-nos felizes por ter-nos contado, desde o início, com Mr. Thomas R. Hazard, amigo pessoal de Mr. Seybert, como conselheiro, desde que é muito conhecido na região como um espírita convicto”. Evidentemente Mr. Hazard conhecia a importância de garantir as condições adequadas e o exato tipo de assistentes para um trabalho experimental como aquele. Descrevendo uma entrevista com Mr. Seybert, poucos dias antes de sua morte, quando aceitou ser seu representante, diz Mr. Hazard que o fez apenas “com inteira e clara compreensão de que me fosse permitido indicar os métodos a seguir na investigação, designar os médiuns que deveriam ser consultados e recusar a presença de pessoas que julgasse em conflito com a harmonia e a boa ordem dos grupos espíritas”. Mas esse representante de Mr. Seybert parece que ficou inteiramente esquecido pela Universidade. Depois de haver a Comissão realizado algumas sessões, Mr. Hazard ficou descontente com alguns de seus membros e com os seus métodos. Encontramo-lo publicando o que se segue em Filadélfia no North American de 18 de maio de 1885, possivelmente depois de vãos contactos com os diretores da Universidade:
“Sem querer atingir, no mínimo que seja, o inatacável caráter moral de cada um dos membros da Faculdade, inclusive a Comissão na estima pública ou no alto padrão social e literário que eles ocupam na sociedade, devo dizer que, com uma estranha convicção, um julgamento vesgo ou uma perversão intelectual as Autoridades da Universidade colocaram na Comissão de Investigação do Espiritismo uma maioria de membros cuja educação, hábitos mentais e preconceitos os inabilitam singularmente para uma investigação completa e imparcial do assunto que as Autoridades Universitárias por uma questão legal e por uma questão de honra, são obrigadas a fazer; que o objetivo foi diminuir, desacreditar e atrair o desprezo e a animadversão geral para a causa que eu sei que o finado Henry Seybert tinha no coração e amava acima de qualquer coisa no mundo. As Autoridades dificilmente poderiam escolher instrumentos mais adequados para o seu objetivo, entre os cidadãos de Filadélfia do que os cavalheiros que constituem a maioria da Comissão Seybert. E isto eu repito, não por motivos que lhes afete o padrão moral, social ou literário na sociedade, mas simplesmente devido aos seus preconceitos contra a causa do Espiritismo.”
Posteriormente avisou as Autoridades que deveriam ser excluídos da Comissão os senhores Fullerton, Thompson e Koenig.
Mr. Hazard informou que, numa conferência feita a 3 de março de 1885, no Clube da Universidade de Harvard, o Professor Fullerton havia dito:
“É possível que o meio pelo qual os médiuns contam a vida de uma pessoa seja o processo de transmissão de pensamento, pois cada um que tem notícia dessas coisas vai a um médium pensando exatamente naqueles pontos que o médium aborda.
… Quando alguém tem um resfriado, sente um zumbido nos ouvidos, e um louco, constantemente, ouve sons que jamais ouvira. Então é possível que uma doença mental ou dos ouvidos, ou uma forte emoção, sejam a causa de um grande número de fenômenos espíritas.”
Estas palavras foram ditas depois que o Professor tinha servido na Comissão por mais de doze meses.
Mr. Hazard também cita o Doutor George A. Koenig, cujo ponto de vista foi publicado em Philadelphia Press, cerca de um ano depois de sua nomeação para a Comissão:
“Devo admitir francamente que estou preparado para negar a verdade do Espiritismo, tal qual é agora popularmente entendido. É minha convicção que, sem exceção, todos os chamados médiuns são charlatães. Jamais vi Slade realizar algum de seus truques; mas, pelas descrições publicadas, convenci-me de que é um impostor, e o mais esperto da turma.
Não penso que a Comissão veja com muito agrado o exame dos chamados médiuns espíritas. Os homens mais sábios são capazes de ser enganados. Numa hora um charlatão pode inventar tantos truques que um homem honesto levará um ano para descobri-los.”
Mr. Hazard soube, de fonte que considerava segura, que o Professor Robert E. Thompson era responsável por esse tópico que apareceu em fevereiro de 1880 no Penn’s Monthly:
“Ainda que o Espiritismo fosse tudo quanto pretendem os seus campeões, ele nenhuma importância tem para os que professam a fé cristã. A consideração e a discussão do assunto são comprometedoras de suas noções e arrastam a discussões com as quais nada tem que ver um crente cristão.”
Temos nestas expressões o meio de julgar como estavam capacitados os membros da Comissão para fazer aquilo que pedira Mr. Seybert – “uma completa e imparcial” investigação do assunto.
Um periódico espírita americano, o Banner of Light, comentando o comunicado de Mr. Hazard, escreveu:
“Tanto quanto estamos informados, não se tomou conhecimento do apelo de Mr. Hazard – certamente nenhuma medida, pois os membros citados continuam na Comissão até agora e seus nomes aparecem no relatório preliminar. De fato o Professor Fullerton foi e é ainda o secretário; cento e vinte das cento e cinqüenta páginas do volume que temos sob os nossos olhos são escritos por ele e exibem essa falta excessiva de percepção espiritual e de conhecimento do oculto e, podemos ainda dizer, das leis naturais, o que o levou a informar o auditório de estudantes de Harvard que “quando alguém tem um resfriado sente um zumbido nos ouvidos”; que “um louco constantemente ouve sons que jamais ouvira”; e sugere que os fenômenos espíritas devem proceder de tais causas.
E continua o Banner of Light:
“Consideramos que a falta da Comissão Seybert, desatendendo o conselho de Mr. Hazard, como era de sua inteira obrigação, é a chave do fracasso completo de todos os seus subsequentes esforços. A insignificância dos resultados fenomênicos, aproximando-se daquele que seria desejável, até por um céptico, e que são registrados nesse livro, certamente é notável. É um relatório do que não foi feito, mais do que daquilo que foi. Nos memorandos dos registros de cada sessão, redigidos pelo Professor Fullerton, está mais do que visto o esforço para realçar tudo quanto uma mentalidade superficial pode considerar como prova de trapaça do médium e subtrair tudo quanto possa tornar evidente a verdade das alegações… É mencionado que, quando certos membros da Comissão se achavam presentes, os fenômenos cessavam. Isto prestigia a correta posição de Mr. Hazard. E não há ninguém que, tendo experiências com médiuns, bastante para que sua opinião seja tida como valiosa, não a endosse. Os Espíritos sabiam com que elementos se iam encontrar; esforçaram-se por afastar aqueles que reduziriam as suas experiências; falharam devido à ignorância, à teimosia e aos preconceitos da Comissão, e as experiências falharam. Assim a Comissão, muito “cônscia de si mesma”, decidiu que tudo era fraude.”
Referindo-se ao relatório, diz Light aquilo que se precisa dizer agora, tanto quanto em 1887:
“Noticiamos com alguma satisfação, conquanto sem qualquer admiração pelo que possa resultar do prosseguimento de maus métodos de investigação, que a Comissão pretende continuar o seu inquérito “com a mente tão sincera e honestamente aberta, como até aqui, para a convicção.” Desde que assim é, permitimo-nos oferecer algumas palavras de conselho baseadas numa larga experiência. A investigação desses obscuros fenômenos é conduzida com dificuldades e toda instrução que possa ser dada se deriva de um conhecimento que é, principalmente, empírico. Sabemos, porém, que prolongadas e pacientes experiências com um grupo constituído adequadamente são uma condição sinequanon. Sabemos que nem tudo depende do médium, mas que o círculo deve ser formado e variado experimentalmente de vez em quando, até que os próprios constituintes sejam garantidos. Não podemos dizer o que sejam esses elementos na Comissão Seybert. Eles devem descobri-lo por si mesmos. Que estudem a literatura espírita e as variadas características da mediunidade antes de fazerem experiências pessoais. E quando o tiverem feito e, talvez, quando tiverem verificado como assim é fácil conduzir um exame dessa natureza, para chegar a resultados negativos, estarão numa posição melhor para devotarem um cuidado paciente e inteligente a um estudo que não pode ser conduzido com proveito de outra maneira.
Não há dúvida de que o relatório da Comissão Seybert atrasou por algum tempo a causa da verdade psíquica. Mas o prejuízo real caiu também sobre a instituição científica que aqueles cavalheiros representavam. Nos dias atuais, quando o ectoplasma, a base física dos fenômenos psíquicos, foi estabelecido acima de qualquer sombra de dúvida para quem quer que examine os fatos, é demasiado tarde para pretender que nada existe a ser examinado.
Agora rara é a capital que não possui a sua sociedade de Pesquisas Psíquicas – resposta final à conclusão da Comissão de que não há campo para pesquisas. Se a Comissão Seybert tivesse tido o efeito de levar a Universidade de Pensilvânia a encabeçar esse movimento, inspirando-se na grande tradição do Professor Hare, como seria brilhante a sua posição final!
Como Newton associou Cambridge com a lei da gravitação, assim Pensilvânia ter-se-ia ligado a um maior avanço do conhecimento humano. A vários centros científicos da Europa coube partilhar essa honra.
A restante investigação coletiva é de menor importância, desde que se dedica a um médium particular. Esta foi conduzida pelo Instituto Geral Psicológico, em Paris. Consistiu em três séries de sessões com a famosa Eusápia Palladino, nos anos de 1905, 1906 e 1907, num total de quarenta e três sessões. Não são conhecidas as listas com os nomes de todos os assistentes, nem houve um adequado relatório geral: o único registro é o do secretário. Entre os investigadores incluíam-se figuras distintas, como Charles Richet, o Casal Curie, Bergson, Perrin, o Professor d’Arsonval, do Colégio de França, que era o presidente da Sociedade, o Conde de Grammont, o Professor Charpentier e o Reitor Debierne, de Sorbonne. O resultado obtido não foi desastroso para a médium, desde que o Professor Richet endossou a realidade de sua força psíquica, mas os pequenos desuses de Eusápia são registrados no subsequente relato de sua carreira e bem podemos imaginar o efeito desconcertante que teriam tido sobre aqueles para quem essas coisas eram novidade.
Está incluída no relatório uma espécie de conversa entre os assistentes, na qual falam do assunto, muitos porém de maneira nebulosa e imprópria para mentes disciplinadas. Não se pode alegar que qualquer luz nova tivesse sido derramada sobre a médium ou que qualquer novo argumento tivesse sido aduzido, quer pelos cépticos, quer pelos crentes. Entretanto o Doutor Geley, que se aprofundou tanto quanto quem mais o fez no psiquismo, proclama que “as experiências” – e não o relatório – constituem valiosa contribuição para o assunto.
Baseia-se ele no fato que os resultados verificados, por vezes, confirmam notavelmente os obtidos em seu próprio Instituto Metapsíquico, com Kluski, Guzik e outros médiuns. As diferenças, diz ele, são de detalhes: nunca essenciais. O controle das mãos foi o mesmo em ambos os casos, onde ambas as mãos eram presas. Isto foi mais fácil no caso dos últimos médiuns, especialmente com Kluski em transe, enquanto Eusápia era geralmente muito irrequieta. Parece que o meio termo era a condição característica de Eusápia e o que foi observado pelo autor no caso do Frau Silbert, Evan Powell e outros médiuns, onde a personalidade parece normal, e ainda peculiarmente susceptível de sugestão ou outras impressões mentais. A suspeita de fraude pode ser levantada muito facilmente em tais condições, porque o desejo geral da parte da assistência de que aconteça alguma coisa reage fortemente sobre a mente do médium, que no momento não raciocina. Um amador que tinha alguma força psíquica garantiu ao autor que necessita de considerável inibição para manter tais impulsos latentes e aguardar de fora a verdadeira força. Nesse relatório lemos: “Estando controladas as mãos, os joelhos e os pés de Eusápia, a mesa ergueu-se subitamente, pelos quatro pés, que ficaram acima do chão. Eusápia cerra os punhos e os apóia na mesa, que então se ergue completamente do chão, cinco vezes seguidas, ao mesmo tempo em que eram dadas cinco batidas. É de novo levantada completamente, enquanto cada uma das mãos de Eusápia se apóia na cabeça de um assistente. É levantada de cerca de trinta centímetros do solo e suspensa no ar durante sete segundos, enquanto mantém a mão sobre a mesa e uma vela acesa é colocada debaixo”, e assim por diante, com provas mais conclusivas com a mesa e outros fenômenos.
A timidez do relatório foi satirizada pelo grande espírita francês Gabriel Delanne. Disse ele:
“O relatório insiste em dizer “parece” e “dá a impressão”, de um homem que não está seguro daquilo que descreve. Os que realizaram quarenta e três sessões, com bons olhos e aparelhos de verificação devem ter uma opinião firmada – ou, pelo menos, ser capazes de dizer, se consideram determinado fenômeno como fraudulento; que numa determinada sessão tinham visto o médium em ato de fraude. Mas não há nada disso. O leitor é deixado na incerteza – uma vaga suspeita pairando sobre tudo, muito embora sem qualquer base séria.
Comentando isto, diz Light:
“Mostra Delanne, pelos resumos do próprio Relatório, que algumas experiências tiveram êxito, ainda quando as maiores precauções foram tomadas, tais como usar lâmpada escura para verificar se realmente Eusápia tocara os objetos que se moviam.
Deliberadamente o Relatório ainda desconta essas observações diretas e positivas, com exemplos de casos “ocorridos em outras ocasiões e outros lugares”, nos quais “se dizia” ou “se pensava” que Eusápia tivesse indevidamente influenciado o fenômeno.
“O relatório Courtier provará cada vez mais ser aquilo que já dissemos ser – ‘um monumento de inépcia’ e a realidade dos fenômenos de Eusápia não pode honestamente ser posta em dúvida por frases sem sentido, com as quais o relatório foi enfeitado com liberalidade.”
Aquilo que pode ser chamado uma investigação coletiva de um médium, foi empreendido nos anos de 1923 a 1925, com Mrs. Crandon, senhora de um médico de Boston, por uma comissão escolhida pelo Scientific American e depois por uma pequena comissão de homens de Harvard, tendo como chefe o conhecido astrônomo Doutor Shapley. A controvérsia sobre este inquérito ainda ruge e o assunto foi referido no capítulo que trata dos grandes médiuns modernos. Em resumo, pode-se dizer que dos investigadores do Scientific American, o secretário, Mr. Malcolm Bird e o Doutor Hereward Carington proclamaram a sua completa conversão. Os outros fizeram declarações imprecisas, que envolvem a humilhante confissão de que, após numerosas sessões, feitas sob suas próprias condições e em presença de constantes fenômenos, não poderiam dizer se tinham sido enganados ou não.
O defeito da comissão era não contar com um espírita experimentado e familiar com as condições psíquicas. O Doutor Prince era muito surdo, enquanto o Doutor McDougall estava numa situação em que toda a sua carreira acadêmica se achava ameaçada pela aceitação de uma explicação impopular. A mesma observação se aplica à comissão do Doutor Shapley, toda composta de rebentos científicos. Sem imputar consciente desonestidade mental, há uma saída subconsciente em busca da segurança. Lendo o relatório desses cavalheiros, com sua concordância com todas as sessões e seus resultados, e seu veredicto final de fraude, não é possível descobrir nenhum caminho normal para que tivessem chegado às suas conclusões.
Por outro lado, o endosso da mediunidade por gente que não tinha razões pessoais para extrema precaução era frequente e entusiástico. O Doutor Mark Richardson, de Boston, referiu que tinha estado em mais de trezentas sessões e não tinha a menor dúvida quanto aos resultados.
O autor viu numerosas fotografias do fluxo ectoplásmico de “Margery” e, comparando-as com fotografias semelhantes, tiradas na Europa, não hesita em dizer que são inquestionavelmente genuínas, e que o futuro justificará o médium contra os seus críticos insensato
março 24th, 2014 às 11:23 AM
Esse Conan Doyle é o mesmo das fadinhas?
março 24th, 2014 às 11:38 AM
Ele mesmo, mas nada impede a você, Balofo, de confrontar o que ele disse sobre a Comissão e o que disse a Comissão… Um cara que se deixa enganar por fadinhas deve ser facilmente refutável.
março 24th, 2014 às 12:24 PM
Fadas e Gnomos.
http://blogs.estadao.com.br/carlos-orsi/2010/11/19/fadas-fotografos-e-conan-doyle/
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Será que tem, unicórnios? Desde criança sonho em ver um!!!!!
março 24th, 2014 às 6:00 PM
Larissa, os unicórnios, assim como os espíritos comunicativos e o monstro do espaguete voador, ainda não tiveram sua inexistência provada, de modo que de acordo com o que dizem os crentes você pode manter suas esperanças de um dia ver esses animais.
março 24th, 2014 às 7:35 PM
ARDUIN,
Sei que você comunga do meu pensamento sobre esquerdistas (infelizmente não ocorre o mesmo no que diz respeito a materialismo/espiritualismo).
Só fiz aquele adendo ao seu comentário para que algum eventual novo frequentador do blog não o interpretasse mal e pudesse achar que você acredita também no comunismo.
Foi um comentário favorável.
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Quanto ao que você disse de Dirceu, eu não sabia dessa lenda. Seja como for, se há alguma verdade nisso, que pena que os ditamoles milicos não eram como os ditadores cubanos. Teriam matado Dirceu e mais uma turma de comunistas caviar e nós não estaríamos hoje, a contragosto, financiando a ditadura cubana e fortalecendo a economia chinesa.
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GRASSOUILLET,
Sei que a pergunta foi retórica, mesmo assim, tenho prazer em respondê-la: sim! Conan Doyle é o mesmo das fadinhas e o mesmo que virou espírita por não suportar a morte de um filho na guerra. Misto de “wishful thinking” com “naïveté”.
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ARDUIN DIZ:
“Um cara que se deixa enganar por fadinhas deve ser facilmente refutável.”
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Nada disso! Se fosse assim, você, ARDUIN, que também acredita em “fadinhas” (no sentido figurado, aqui) também seria facilmente refutável, no entanto é um dos que mais dão trabalho aqui.
Ninguém disse que Doyle era burro. Ele era ingênuo e tinha necessidades psicológicas para acreditar no sobrenatural.
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LARISSA, o único unicórnio verdadeiro que existe é o unicórnio cor-de-rosa invisível, mas como ele é invisível, você nunca o verá.
Ele é cor-de-rosa e invisível de propósito, assim como o monoteísmo da santíssima trindade.
março 24th, 2014 às 9:13 PM
Marcos Arduin Diz:
março 24th, 2014 às 10:55
“O autor viu numerosas fotografias do fluxo ectoplásmico de “Margery” e, comparando-as com fotografias semelhantes, tiradas na Europa, não hesita em dizer que são inquestionavelmente genuínas, e que o futuro justificará o médium contra os seus críticos insensato.”
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Pois bem, o autor errou, o futuro não justificou coisa alguma.
Sr. Arduin, falaverdade, o Sr. acredita mesmo em fluxo ectoplásmico?
março 24th, 2014 às 11:50 PM
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Estou atualizando minhas leituras neste tópico, faço aqui miúdos “comments” ao Arduin.
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“mas cadê o conhecimento seguro que geraram?”
ARDUIN – Verificaram que os fenômenos observados não eram causados pelo médium, embora não fossem unânimes em apontar o que seria a causa deles.
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COMENTÁRIO: então vamos a outra indagação: cadê as replicações, q.s.p., corroborando que realmente os fenômenos não eram causados ou não provinham dos médiuns? Considere que há hipótese concorrente à mediúnica, que postula serem as comunicações dos espíritos forjações psíquicas, isso quando não são fraude pura e simples. E daí decorre a indagação complementar: cadê as verificações seguras, q.s.p., antigas e atuais, a demonstrar que o psiquismo e a fraude sejam insuficientes para explicar a mediunidade? (sem esquecer de que faltam demonstrações objetivas de que espíritos ajam dentre os vivos).
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“má vontade dos cientistas em reconhecer o que os antigos descobriram”
ARDUIN- Essa má vontade não é só dos recentes, mas também dos da época. ELES AMALDIÇOAVAM dos ditos fenômenos e pesquisadores, mas NENHUM deles foi até lá tirar a coisa a limpo. Os poucos que foram, acabaram se convencendo da realidade dos ditos fenômenos e entram no saco das maldições.
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COMENTÁRIO: cientistas “amaldiçoavam”? Está falando de que tipo de cientista? Eram cientistas ou bruxos? E que história é esta de que “os poucos que foram, acabaram se convencendo”? Será que não queria dizer: “poucos dos que foram se convenceram”? Aqui mesmo, no Obras, foram publicados manifestações de pesquisadores da mediunidade que nem se convenceram nem nela viram qualquer evidência de realidade. Não faça que nem o Arnaldo, que vem jogando declarações sintéticas e acha que assim demonstra a realidade mediúnica. Em vez de dizer, como costuma fazer, “duzentos cientistas em oitenta anos verificaram a realidade do médium”, descreva ao menos uma, só uma, experiência taxativa a evidenciar a comunicação, que tenha gerado saber firme e mantido até os dias atuais.
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1) quais as credenciais de Polidoro para que seja tido por “o grande bambambam cético”.
– Não acho que exista algum órgão credenciado a credenciar por tamanho os pensadores céticos. Posso apenas concluir por inferência que ele é muito conceituado na comunidade cética por escrever em publicações céticas, aparecer nos documentários céticos e não me consta que tenha sido repudiado pela militância cética. Se estiver informado sobre isso, então mande alguém escrever aqui a respeito (poupe os seus dedinhos!).
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COMENTÁRIO: quem deu o qualificativo foi sua nobre pessoa, portanto deveria saber explicar bambambice do sujeito. Polidoro certamente é conceituado pela “comunidade cética” por expor proferimentos bem embasados: ao que tudo indica a pecha de mentiroso que a ele atribui não é reconhecida por qualquer ser vivo. Até hoje não vi ninguém, além de sua distinta pessoa, nem espírita, admitindo que Massimo Polidoro seja faltante com a verdade e não mereça crédito em nada do que profira. Não estaria na hora de rever sua posição?
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2) quais as provas de que ele mentiu?
– Lá vamos nós outra vez. Bem, citando um evento recente, que daria muita munição às oposições nessa eleição se houvesse oposição competente neste país.
A Dilma do Chefe disse que endossou a compra daquela refinaria em Pasadena porque recebeu um resumo falho e incompleto do negócio que estava sendo fechado. Alguém aqui no blog acredita nisso? Se alguém disser que sim, certamente teremos identificado um petista roxo e burro.
Não vou ficar repetindo tudo outra vez, pois tenho mais o que fazer. Tenho dar uma aula sobre um assunto que conheço pouco na segunda e assim remeto à discussão já feita:
http://obraspsicografadas.org/2013/refutao-ao-artigo-incurses-histricas-sobre-o-livro-h-dois-mil-anos-a-erupo-do-vesvio-de-marco-paulo/
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COMENTÁRIO: então, quando tiver tempo, reexamine a discussão que indica como fonte, visto que nela há bons argumentos a derribar sua teimosa argumentação: aliás, nem argumentação é, sim irredutível opinião, ao arrepio de qualquer objeção, por mais firme que seja. Então, se não acata explicações que demonstram a fragilidade de sua alegação é outro problema, mas o problema maior é que ficará isolado nessa pirracenta condição, sem se dar conta que está congelado no passado e nada vê do que decorreu a partir dele.
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Depois que me atualizar falo mais.
março 25th, 2014 às 3:25 AM
MONTALVÃO está irretorquível.
ARDUIN só resiste por teimosia.
Fenômeno inexplicável é ver alguém que conhece intimamente a seleção natural tentando justificar a todo custo as espiritices psicodélicas do passado, mesmo admitindo que tudo foi transformado em chiquismo/divaldismo.
março 25th, 2014 às 5:20 PM
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Defensor da Razão Diz: Sr. Arduin, falaverdade, o Sr. acredita mesmo em fluxo ectoplásmico?
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COMENTÁRIO: por pareça que incrível: Arduin não só crê como prega a ectoplasmacia como realidade insofismável… inclusive a de Margery com suas gazes podres: é deveras arrepiante!
março 25th, 2014 às 5:32 PM
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Mandei o comentário sem corrigir: ia retirar o trecho “inclusive a de Margery com suas gazes podres”: as gazes podres são de Helen Duncan, na qual Arduin também credita.
março 26th, 2014 às 7:19 AM
Arduin,
comentando:
01 – “vou deixar que o Conan Doyle fale o que se deve pensar da dita comissão”
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Doyle é um completo imbecil. Péssima escolha…
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02 – “O fato de estarem os membros satisfeitos de principiar com essa restrição, mostra quão pouco entendiam a natureza do trabalho que defrontavam. Em tais circunstâncias o fracasso era inevitável.”
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O que uma coisa tem a ver com a outra? Doyle queria que os homens pedissem demissão dos seus empregos para estudar o Espiritualismo? Só na cabeça desse idiota… e o fracasso não seria inevitável se os médiuns em vez de fraudar apresentassem fenômenos autênticos. O que não faltou foi oportunidade para isso (ver abaixo mais um exemplo).
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03 – “as suas mentes, como a do Doutor Edmunds, eram formadas de tal modo que quando, a despeito de sua atitude repelente e impossível, algum acontecimento psíquico tentava romper as suas barreiras, nem por um instante consideravam a possibilidade de que fosse genuíno, mas simplesmente passavam adiante como se não existisse.”
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Não me deu essa impressão em absoluto. De fato, no Relatório, referente a uma das irmãs Fox (mais uma médium famosa testada, viu Arduin?), encontra-se:
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I told her that the Commission had now had two stances with her, and that the conclusion to which they had come is that the so-called raps are confined wholly to her person, whether produced by her voluntarily or involuntarily they had not attempted to decide; furthermore,that althought hus satisfied in their own minds they were anxious to treat her with all possible deference and consideration and accordingly had desired me to say to her that if she thought another seance with her would or might modify or reverse their conclusion, they held themselves ready to meet her againt his evening and renew the investigation of the manifestations; at the same time I felt it my duty to add that in that caset he examination would necessarily be of the most searching description.
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Mrs. Kane replied that the manifestations at both seances had been of an unsatisfactory natures, so unsatisfactory that she really could not blame the Commission for arriving at their conclusion. In her present state of health she doubted whether a third meeting would prove any better than the two already held. It might beem even more unsatisfactory, and instead of removing the present belief of the Commissionit might add confirmation of it. In view of these considerations, she decided not to hold another seance.
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Tradução:
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Eu disse a ela que a Comissão já tinha tido duas sessões com ela, e que a conclusão a que tinha chegado é que os chamados raps estão confinados inteiramente a sua pessoa; se eram produzidos por ela voluntária ou involuntariamente, não tinham tentado decidir. Além disso, que, embora, assim, satisfeitos em suas próprias mentes, eles estavam ansiosos para tratá-la com todo o respeito possível e consideração e, portanto, tinham me pedido para dizer a ela que se ela achava que uma outra sessão com ela iria ou poderia modificar ou reverter essa conclusão, eles estariam prontos para encontrá-la de novo esta noite e renovar a investigação das manifestações, ao mesmo tempo eu senti que era meu dever de acrescentar que, nesse caso, o exame usaria necessariamente uma revista mais rigorosa.
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A Sra. Kane respondeu que as manifestações em ambas as sessões foi de uma natureza insatisfatória, tão insatisfatória que ela realmente não poderia culpar a Comissão por chegar a essa conclusão. Em seu atual estado de saúde, ela duvidava que uma terceira sessão se saísse melhor do que as duas já realizadas. Poderia ser ainda mais insatisfatória e, em vez de remover a presente crença da Commissão, ela poderia somar à confirmação da mesma. Tendo em conta estas considerações, ela decidiu não realizar outra sessão.”
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Note o fracasso reconhecido e a fuga da Fox…
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04 – “Assim, com Mrs. Fox-Kane obtiveram acentuadíssimas batidas mas se satisfazem com a suposição, milhares de vezes desmentida, de que viessem de dentro de seu próprio corpo”
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Ha! Ha! Ha! Doyle ignora o relatório de Page.
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05 – “e passaram sem comentários sobre o fato de que por seu intermédio receberam longas mensagens, escritas rapidamente pelo avesso, de modo que só podiam ser lidas através do espelho.”
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Nada que o farsante do Chico Xavier não tivesse feito! Nada que não pudesse ser obtido por treino!
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06 – “Essa escrita rapidíssima, continha um latim abstruso, uma sentença que aparentemente estava muito acima da capacidade do médium.”
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Aparentemente… se preciso fosse, nada que uma aula de latim não resolvesse…
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07 – Tudo isto ou foi ignorado ou ficou sem explicação.”
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E fenômenos tão banais precisam de considerações ou explicações?
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Depois quando o rstante do relatório for traduzido continuarei a refutar o imbecil do Doyle. Mas até lá, já dá para ver quão fracos são seus “argumentos”…
março 26th, 2014 às 6:31 PM
“Quanto ao que você disse de Dirceu, eu não sabia dessa lenda. Seja como for, se há alguma verdade nisso, que pena que os ditamoles milicos não eram como os ditadores cubanos. Teriam matado Dirceu e mais uma turma de comunistas caviar e nós não estaríamos hoje, a contragosto, financiando a ditadura cubana e fortalecendo a economia chinesa.”
– Uma coisa a grande maioria dos militares revolucionários de 1964 têm em comum com os grandes gênios intelectuais esquerdistas do Brasil e do Mundo: excesso de burrice. Digo a grande maioria, pois ao menos sei de um que tinha cérebro e não titica de galinha na cabeça: o Humberto de Alencar Castelo Branco. Esse aí era dos bons: queria a ordem no país, mas entendeu que o objetivo da dita Revolução não era a eterna punição dos brasileiros (os demais pensavam assim).
Castelo era dos íntegros, tanto que um irmão dele ocupava um publico cargo importante e, numa reunião de empresários, ganhou de presente deles um carro um tanto luxuoso para a época: um Willys Itamaraty. Ao saber disso, Castelo ligou para ele, determinando que devolvesse o carro imediatamente. O irmão ficou ressabiado:
_ Mas Humberto… Devolver o carro não pega bem. Vai fazer muita má impressão. Eu posso até ser exonerado.
E a resposta foi:
_ Exonerado você já está. Estou só resolvendo se você vai ser preso.
Taí o tipo do homem que faria muito bem se não fosse uma andorinha só no meio dos nossos milicos burros feitos uma porta. Aliás esse é o argumento do Narloch no seu livro Guia Politicamente Incorreto da História do Brasil. À pergunta de porque os militares torturavam, a resposta foi: _ Porque eram burros.
E cita como exemplo a fuga de Lamarca do cerco que Erasmo Dias montou no Vale do Ribeira. Todo o local foi cercado e as possíveis rotas de fuga já estavam fechadas, mas Lamarca e seu grupelho conseguiu se apoderar de um caminhão do exército e de uniformes de alguns praças e aí foi em direção à uma barreira. Lá chegando, disse ao responsável que lhe fora ordenado buscar mais armas ou reforços. O cara ficou meio assim e Lamarca insistiu:
_ É ordem do Coronel, cara!
Aí deixou o caminhão passar…
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Houve neste sábado a tal reprise (numa escala super reduzida) da tal Marcha da Família, com Deus, pela liberdade. Houve até ameaça de enfrentamento por alguns esquerdistas. Mas ao que parece, entrevistas foram feitas só com babacas (vejam lá no http://rv.cnt.br). Mas idiotices não faltavam para esses caras falarem. Uma delas foi dizer que, em comparação com outras ditaduras, os nossos milicos só mataram 400 caras e todos eles culpados de terrorismo.
Devagar com o andor, babaca!
Teve uma professora de química na USP, Ana Rosa Kucinski Silva, que nunca esteve ligada a nada de terrorismo. No entanto, por ter militado em alguma coisa de esquerda quando mais jovem, foi presa em 1974 e aí “tomou doril”. Um dos irmãos dela tentou saber na delegacia onde ela tinha sido levada o que houve, porque ela não estava lá e, desesperado, acabou pagando um suborno que guardas exigiram. O que aconteceu foi que aí os guardas é que tomaram doril e os que ficaram não sabiam dizer coisa alguma. Pra quem não sabe, tomar doril é sinônimo de tomar chá de sumiço…
Idem para o Wladimir Herzog e o outro operário. Até o Erasmo Dias admitiu que isso aí foi burrada, coisa de o DOPS querer mostrar serviço. O comandante foi exonerado no meio de uma reunião e nem lhe foi permitido concluí-la. E mais burrice foi colocar os terroristas junto com presos comuns, que aprenderam o jeito de se organizar quadrilhas especializas e aí temos Comando Vermelho PCC & Cia Bela. Aliás, os petistas acham que o líder do Comando Vermelho é uma pessoa politicamente esclarecida…
Enfim burrice foi o que não faltou para os nossos milicos. Por acharem que nunca seriam atingidos, cometeram todos os crimes dos quais sabemos. Mas depois de muita lambança econômica, viram que o melhor era passar o quepe e sair de fininho. Houve quem não gostasse (Riocentro), mas o caso já era coisa decidida.
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“Ninguém disse que Doyle era burro. Ele era ingênuo e tinha necessidades psicológicas para acreditar no sobrenatural.”
– Parece que o Vitor acha que ele era muito burro sim…
março 26th, 2014 às 6:41 PM
“Sr. Arduin, falaverdade, o Sr. acredita mesmo em fluxo ectoplásmico?”
– Sr Racional, deixe-me lhe dizer uma coisa, para ver se você entende a razão de tais estudos terem se extinguido lá pelos idos dos anos 1930 e só ter havido alguns casos isolados depois.
Com relação às fotos, fica realmente interessante o argumento de que elas provam fraudes por si só. Ficou constatado que é IMPOSSÍVEL agradar aos céticos quanta a elas. As fotos da Kate King revelam uma fantasma tridimensional, com todo o aspecto e características de uma pessoa normal e proporcional. O que dizem os céticos?
_ Mas vocês não estão vendo que é só a médium ou uma cúmplice disfarçada de fantasma?
No caso da Ana Prado, as formas eram desproporcionais, desengonçadas, exatamente para mostrar que não se tratavam de gente disfarçada. E o que dizem os céticos?
_ Mas vocês não estão vendo que são apenas marionetes?
As da Marthe Beráud eram planas, pequenas ou salientes e ligeiramente maiores. O que dizem os céticos?
_ Mas vocês não estão vendo que isso aí é só papel ou cartolina pintadas? Ou tecido mal costurado?
Os céticos, inclusive os daqui, querem fotos decentes, mas não dizem como essas fotos decentes deveriam ser e nem nós espíritas sabemos. Idem na mesma data para as condições em que as pesquisas foram feitas. Os céticos rejeitam fotos, filmes, vídeos, infravermelho, testemunhos, protocolos de precauções, etc e tal, pois alegam que tudo isso em algum momento pode ser fraudado. Não nos dizem que tipo de mídia ou que procedimentos serviriam de prova e nós espíritas também não sabemos.
Assim então, Sr Racional, chegou um momento que vimos que os tempos ainda não são chegados e aí o melhor é cuidarmos de nós e que se danem os críticos.
março 26th, 2014 às 6:42 PM
Se você quer ver a melhor demonstração do que vem a ser uma foto FRAUDULENTA de uma materialização, clique aqui:
http://obraspsicografadas.org/2012/descobertas-fraudes-de-materializao-realizadas-pela-famlia-cosme/
março 26th, 2014 às 6:47 PM
O Doyle não era burro mas claramente tinha enlouquecido quando na época do espiritualismo. A morte do filho talvez precipitou a cousa. Que eu saiba, em psicologia eventos traumáticos podem catalisar a doença…
Se bem me lembro o pai dele também era doidão, portanto era genético.
março 26th, 2014 às 7:17 PM
“cadê as replicações, q.s.p., corroborando que realmente os fenômenos não eram causados ou não provinham dos médiuns?”
– Como na ocasião foram feitas as tais replicações, com os mais diversos médiuns e pesquisadores, num volume MUITO MAIOR do que no necessário para convencer os cientistas se fosse uma pesquisa que tratasse dos motivos dos galos cantarem de madrugada, então eu me dou por satisfeito. Agora como eram pesquisas que tratavam de fantasma, então NADA DO QUE FOSSE FEITO seria o bastante para os céticos. Taí a tal Comissão Seybert que não me deixa mentir.
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“Está falando de que tipo de cientista?”
– Do cientista cheio de muita fé de que o mundo material é o único real e que nada pode existir além dele. Qualquer coisa que desminta este postulado ESTÁ NECESSARIAMENTE ERRADA. Pode ser ver isso pelos membros da tal Comissão Seybert.
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“descreva ao menos uma, só uma, experiência taxativa a evidenciar a comunicação, que tenha gerado saber firme e mantido até os dias atuais.”
– Se esse é o seu critério para julgar que algo tem valor científico, Malvadão, então terá de jogar no lixo 99,9% do que a Ciência fez até hoje, pois a grande maioria do que foi feito tratou exatamente de trabalhos que, embora corretos, não tiveram nenhuma repercussão, nem geraram nenhum conhecimento significativo. O caso dos espíritos só teriam um objetivo, se podemos entender assim, de que há um mundo real, paralelo ao nosso, mas que não pode ainda ser captado por instrumentos à nossa disposição. É como a matéria escura, na qual os cientistas acreditam existir pois detetaram sua influência, mas NADA do que fizeram até hoje conseguiu segurar e identificar a natureza dessa matéria.
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“Até hoje não vi ninguém, além de sua distinta pessoa, nem espírita, admitindo que Massimo Polidoro seja faltante com a verdade e não mereça crédito em nada do que profira. Não estaria na hora de rever sua posição?”
– Bem, se houver algum espírita que diga que Polidoro mentiu, provavelmente será algum que leu o que escrevi. Ou que tenha chegado às mesmas conclusões que eu por ter lido o que li. Mas acho que esses não valem para você, certo Moisés?
Quanto ao povão cético, bem, você já viu algum chiquista admitindo que o Chico cometeu plágio? O que o tal Emmanuel nunca poderia ter sido Públio Lêntulo? Que Chico se enganou em algum dos seus escritos ou palestras? Não? Nunca viu? Pois é. Eu também não. Por isso não me surpreendo que nenhum sábio cético tenha alguma vez admitido que Polidoro tenha mentido para defender a fé cética. Daí passei a bola para você preencher essa lacuna.
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“reexamine a discussão que indica como fonte, visto que nela há bons argumentos a derribar sua teimosa argumentação”
– Começar de novo…
Vejamos o que os novatos daqui dizem a respeito. Bem gente, em minha opinião, mentir é FALTAR COM A VERDADE, DIZER UMA INVERDADE, etc e tal, ou seja, dizer ou anunciar alguma coisa que leve aos leitores ou ouvintes e entender que aconteceu algo MUITO DISTINTO ou COMPLETAMENTE DIFERENTE do que foi de fato relatado. E é aí que digo que o Polidoro MENTIU EM DEFESA DA FÉ CÉTICA.
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Resumidamente, a ilusionista de palco Ana Eva Fay e seu esposo ganhavam a vida assim, como ilusionistas de palco. Sem nenhuma razão devidamente explicada, também davam a entender que os ditos fenômenos mostrados no palco podiam ser “coisa do além”, ou seja mediunidade. Aviso aos navegantes: essa dita fulana que às vezes se diziam médium JAMAIS repassou qualquer mensagem de espírito.
Em 1875 ela e o marido foram à Inglaterra, numa turnê, mas dando a entender logo de cara de que era “médium”, ou seja, começou errado desde o início. Aí o mágico John Maskelyne estragou tudo fazendo uma exposição dela. Por exposição, entendam que ele fez por truques ilusionistas aquilo que ela dizia fazer pelo poder dos espíritos. Aí a sua turnê mediúnica melou toda. Na tentativa de salvá-la, buscou o cientista William Crookes, que já há alguns anos estudava médiuns e validou alguns deles. Conseguiu essa validação, mas isso em nada ajudou a sua turnê. Crookes estabeleceu a fiscalização da médium por mantê-la ligada a um circuito elétrico que media sua resistência pelo galvanômetro. Se ela soltasse qualquer um dos contatos, isso denunciaria a tentativa de fraude. Agora vamos ver o que o tão honesto e sincero Polidoro, segundo o Moisés, diz inicialmente do caso.
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POLIDORO: Para uma sessão adicional, dois dos convidados eram mais céticos que o anfitrião. Quando eles inspecionaram o controle elétrico do sistema, antes de a sessão começar, descobriram que um lenço úmido estirado entre as manivelas manteria o circuito aberto (o correto seria dizer fechado _ observação minha). Por sugestão de um destes homens, Crookes afastou as manivelas até a distância na qual um lenço não pudesse ser colocado entre elas. Aparentemente ninguém considerou a possibilidade de que poderiam ser usados ou uma tira de pano maior ou algum outro tipo de resistor.
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Pois bem, que se manifestem os leitores a respeito. O que entenderam deste trecho? Eu entendi o seguinte:
_ Embora os salafrários dos espíritas queiram vender a ideia boba de que o galvanômetro era um controle seguro, inviolável, a verdade é que este controle é TÃO PRECÁRIO, que basta colocar uma tira de pano úmida, de qualquer tamanho, de qualquer concentração salina, entre os contatos pronto! O médium já terá burlado o equipamento.
Alguém aí deduziu algo diferente?
Fico no aguardo da resposta e depois eu continuo.
março 26th, 2014 às 9:50 PM
(…) “cadê as replicações, q.s.p., corroborando que realmente os fenômenos não eram causados ou não provinham dos médiuns?”
Justamente a inexistência de replicações na atualidade é o comprovante de que tudo não passava da imaginação de alguns – minoria, claro – bocós do século xix.
março 26th, 2014 às 10:21 PM
Arduin, parece que você não leu absolutamente nada do que eu passei.
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01 – “Agora como eram pesquisas que tratavam de fantasma, então NADA DO QUE FOSSE FEITO seria o bastante para os céticos. Taí a tal Comissão Seybert que não me deixa mentir.”
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Está falando do quê, Arduin? A Comissão teve a maior boa vontade em estudar os fenômenos, completamente disposta a aceitar a realidade dos fenômenos desde que passassem sob condições controladas. Há diversos exemplos dessa boa fé nos trechos que passei!
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mas vale a pena registrar o sentimento de grande responsabilidade, quase semelhante à solenidade, com o qual todos nós abordamos o que, pelo que sabíamos, pode provar ser uma revelação de um poder tão maravilhoso como qualquer outro, do qual, até agora, nós nunca tivemos conhecimento.
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02 – “Qualquer coisa que desminta este postulado ESTÁ NECESSARIAMENTE ERRADA. Pode ser ver isso pelos membros da tal Comissão Seybert.”
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Arduin francamente…. então o babacão do Doyle conta um monte de ASNEIRAS sobre a Comissão e você prefere acreditar nele do que ler os relatórios originais??? pô!
março 27th, 2014 às 12:13 AM
ARDUIN, e o Geisel, não era íntegro?
Pelo que consta, foi ele quem começou a “abertura” que deu no que deu.
Combateu a “linha dura”, que de dura não tinha nada. Dura mesmo é a ditadura cubana, aqui era ditamole.
Enquanto em Cuba e na extinta CCCP eles só tinham o jornal oficial do partidão, aqui eles se limitavam a censurar.
Enquanto lá faziam (e ainda fazem) execuções públicas, aqui se limitaram, em alguns casos, a fazê-lo de forma clandestina.
Enquanto lá Fidel permaneceu no poder enquanto sua saúde permitiu, aqui eles tinham um colégio eleitoral que elegia um general de quatro em quatro anos.
Geisel revogou o AI5, exonerou os responsáveis pela prisão de Vlad (codinome Vladimir).
Pelo que sei não acumulou nem 1% do patrimônio da muLLa.
Se eles tivessem agido como o adorado Fidel, estariam no poder até hoje.
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“Ninguém disse que Doyle era burro. Ele era ingênuo e tinha necessidades psicológicas para acreditar no sobrenatural.”
– Parece que o Vitor acha que ele era muito burro sim…
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VITOR está exagerando.
GORDUCHO está coberto de razão.
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” Os céticos, inclusive os daqui, querem fotos decentes, mas não dizem como essas fotos decentes deveriam ser e nem nós espíritas sabemos. Idem na mesma data para as condições em que as pesquisas foram feitas. Os céticos rejeitam fotos, filmes, vídeos, infravermelho, testemunhos, protocolos de precauções, etc e tal, pois alegam que tudo isso em algum momento pode ser fraudado. Não nos dizem que tipo de mídia ou que procedimentos serviriam de prova e nós espíritas também não sabemos.”
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COMENTÁRIO:
Para que serviram as materializações e as fotos? Para convencer os crentes é que não foi, estes já estavam mais do que convencidos.
Presumo que os fantasmas queriam convencer os céticos.
Pois então foram mais burros do que os militares da ditamole. Não convenceram nenhum cético. Fizeram a pantomima toda à toa.
março 27th, 2014 às 5:54 AM
“Justamente a inexistência de replicações na atualidade é o comprovante de que tudo não passava da imaginação de alguns – minoria, claro – bocós do século xix.”
– Pois é. Inclua aí os 99,9% de ciência feita nesta época e no século seguinte, pois TAMBÉM NÃO FORAM REPLICADOS e alguns deles foram feitos uma vez só… Mesmo assim…
março 27th, 2014 às 6:46 AM
Não é uma questão de integridade, de Morte. Isso ele até poderia ser, mas honestidade apenas não é critério suficiente para se fazer um bom administrador. Diz uma lenda que ouvi do falecido Ferreira Netto no rádio de que quando ainda estavam construindo aquela tal “ferrovia do aço”, o Geisel ia visitar a obra em tal mês. Pois bem, construíram um restaurante para receber o presidente e sua comitiva. Ele fez a vista ao canteiro de obra, almoçou no dito restaurante e depois se foi. No dia seguinte, o restaurante foi demolido…
Pois bem, Geisel não levou um centavo a mais do que merecia levar, mas nem por isso foi um bom administrador. A situação do petróleo e o endividamento externo já eram problemas óbvios ululantes e ele já devia ter ficado esperto quanto a isso. As estatais, tal como a nossa Petrobras de agora (e de sempre), estavam todas aparelhadas por políticos, pois afinal essa era a única serventia real. Quando o Figueiredo assumiu, a economia do país já estava caindo pelas tabelas. A certa altura ele disse:
_ As estatais têm que economizar!
Saído o balanço do ano em que ele deu essa ordem, as estatais esbanjaram mais ainda. E a reação do Figueiredo foi:
_ Chuf, chuf! Eu estou _ chuf, chuf _ profundamente magoado _ chuf, chuf _ porque eu mandei as estatais economizarem _ chuf, chuf _ e as estatais não me obedecem.
Pois é. Lembra-me até uma reportagem da Veja na época, que mostravam três prédios sedes de estatais no Rio de Janeiro, formando um triângulo no bairro e que dentro dele ficavam várias sedes de outras estatais e chamava aquele lugar de “triângulo das bermudas”, com o título: _ Aqui desaparece quase todo o nosso dinheiro.
Pois é, meu caro: com os milicos no pudê, as estatais tornaram os cabides de emprego das famílias dos políticos, não tinham qualquer controle, responsabilidade ou fiscalização pelas suas contas e aí deu no que deu.
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Quer uma piada do Ferreira Netto? Aí vai:
_ Dois leões, magros, feios e maltratados fugiram do circo. Um não deu sorte: foi recapturado logo de cara, mas o outro sumiu e ninguém mais achou. Passados uns meses, o circo voltou à cidade e aí o leão fugido veio visitar o leão que continuou preso. Estava todo gordão, com manicure, pedicure, juba bem penteada e o outro perguntou:
_ Mas como é que você tá tão bem assim, cara!
_ É que agora eu sou funxionáriu púbrico! Tô lá numa estatal.
Mas pouco tempo depois, o leão fugido foi jogado na jaula de novo e o outro perguntou:
_ Que aconteceu, cara? Por que você voltou pra cá?
_ Ih! Cara! Você não imagina o que deu de errado. Sabe, logo que eu fugi, escondi-me no porão de uma estatal. Comi uns cachorros abandonados no início, mas aí comecei a ver como as coisas funcionavam na tal estatal. E aí, em vez dos cachorros, comecei a comer os caras que passavam por lá. Um dia eu comia um presidente, noutro dia era um diretor, noutro, era um tecnocrata, e assim ia indo. Tudo numa boa e tranquilo. Só que esta semana deu um baita de um azar! Viu só que deu um feriadão e tanto, cinco dias juntando sábado e domingo. O pessoal corria pra todo lado e não tive como sair. Tive de esperar, mas nessa de esperar, saiu todo mundo, trancaram o prédio e eu fiquei lá. Resultado, fiquei tão desesperado de fome, que quando abriram o prédio outra vez, eu comi o primeiro que apareceu. Era justamente o rapaz que fazia e servia o café. Aí todo mundo lá ficou esperando o café chegar e não chegava. Começaram a revistar o prédio à procura do rapaz e foi aí que me acharam comendo ele. Não deu outra: tô aqui outra vez…
Moral da história: quem trabalha, faz falta.
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“GORDUCHO está coberto de razão.”
– Essa é uma outra coisa gozada, que o Carlos Imbassahy lembrou no seu livro O Espiritismo à Luz dos Fatos. É algo mórbido que nunca foi muito bem explicado. Não só o Conan Doyle aí, mas também o Crookes, Richet, Bozzano, Geley e tantos outros mais. Enquanto faziam seus afazeres mundanos, suas pesquisas em seus laboratórios, davam suas aulas ou palestras, eram pessoas ABSOLUTAMENTE NORMAIS. Ninguém nunca afirmou ter visto algum deles andando em zigue-zague pelo corredor e, ao ser perguntado o motivo disso, respondeu: _ Estou me desviando dos fantasmas.
Tudo normal e legal com eles… Mas assim que iam estudar algum médium, aí a desgraça começava: apareciam fantasmas, ouviam vozes, viam objetos se deslocar sem ninguém por a mão neles, etc e tal. Até as máquinas fotográficas registravam as mesmas coisas que viam. É mole? Até máquina fotográfica sofre de alucinação! Pois é… Ninguém explicou até hoje esses casos tão mórbidos.
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O tal Boaventura Kloppemburg chamou Xavier de Oliveira, Fernando Pernambuco, Henrique Roxxo, Franco da Rocha & Cia Bela, que proclamavam que o Espiritismo estava abarrotando de loucos os hospícios do país, de GRANDES MÉDICOS do Brasil. Realmente é gozado isso. Os ditos médiuns são pessoas que, durante o dia, mostram-se perfeitamente normais. Fazem seus afazeres, conversam normalmente, cuidam da família, tudo numa boa. Mas é só chegarem no centro espírita, sentarem-se nas cadeiras e começar a sessão… aí uns veem fantasmas, outros dizem falar como se fossem os fantasmas, etc e tal. Terminada a sessão, todos voltam ao normal e vão pra suas casas sem risco de errarem o caminho.
O centro espírita seria um laboratório fantástico para os psiquiatras e os médiuns seriam suas cobaias perfeitas. Veja que, ao contrário dos loucos comuns, que estão sujeitos a surtar a qualquer momento de forma totalmente imprevisível, os médiuns surtam somente em locais, dias e horários certos. São os únicos loucos que dominam a sua loucura. Que acha disso?
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“Para que serviram as materializações e as fotos? Para convencer os crentes é que não foi, estes já estavam mais do que convencidos.”
– Foi o que me disse o falecido Roque Jacintho: de todos os fenômenos mediúnicos, materialização é o que MENOS CONVENCE. Só que os antigos cientistas que pesquisaram o assunto ainda não sabiam disso. Eles estavam diante de um fenômeno inusitado, estranho, que poderia render uma pesquisa científica das boas. E rendeu, porém… Bateram de frente com seus colegas incrédulos que tinham a preferência de todos ao falarem contra sem nunca terem visto coisa alguma, nem terem pesquisado nada. Como essa gente nunca virou esse disco, os pesquisadores acabaram por desistir da coisa. Já disse isso um monte de vezes.
março 27th, 2014 às 7:48 AM
(…)TAMBÉM NÃO FORAM REPLICADOS
[Sr. Administrador: favor inserir aqui o espanto – não sei fazer…]
Os pezinhos de ervilha do Mendel; as experiências do Hertz; as experiências do Joule; as experiências de esterilização de alimentos daquele francês cujo nome não me lembro; … não foram replicadas?
março 27th, 2014 às 8:08 AM
(…)não só o Conan Doyle aí, mas também o ——-,
Richet, Bozzano, Geley e tantos outros mais.
O Bozzano não sei se exerceu algum tipo de atividade útil. E o Conan Doyle era loucura pura e simples.
Mas genericamente eu atribuo ao transtorno causado pela fé religiosa: almejam justificar a fé a qualquer custo. Esse é o extraordinário absurdo do espiritismo vis-a-vis as demais Crenças: querer provar experimentalmente artigos de fé.
março 27th, 2014 às 8:17 AM
Mas assim que iam estudar algum médium, aí a desgraça começava: apareciam fantasmas, ouviam vozes, viam objetos se deslocar sem ninguém por a mão neles, etc e tal.
É muito interessante mesmo: hoje fantasmas não aparecem, vozes não se ouvem, objetos não se deslocam sem ninguém por a mão neles…
Outro dos dogmas do Kardec derrubado: as “leis” da Natureza, que segundo o Kardec eram de origem divina, eternas e imutáveis e imutáveis – corrija-me se estiver cometendo erro Doutrinário, não estou seguro aqui…-, mudaram do século xix para cá.
Ou a minha hipótese científica preferida: os espíritos morreram em consequência de uma pandemia de peripeste na erraticidade. Só perisobreviveu o Bezerra de Menezes…
março 27th, 2014 às 9:40 AM
TAMBÉM NÃO FORAM REPLICADOS
– Referi aos dezenas de outros milhares de trabalhos científicos, publicados em periódicos científicos, que ficaram lá esquecidos, às vezes citados de favor, em trabalhos outros que tratavam de temas paralelos… Há MUITOS MILHARES de trabalhos assim. Saiba que NENHUMA revista científica tem interesse em publicar trabalhos científicos sob a justificativa de replicação.
Agora eu não conheço nenhum assunto sem valor econômico que não o mediunismo que tenha sido TÃO REPLICADO.
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“E o Conan Doyle era loucura pura e simples.”
– Ei, esse aí exerceu uma atividade MUITO ÚTIL: divertiu o seu povo e vários outros leitores como romancista. Agora quanto a dizer que ficou louco, bem, vou considerar que é opinião de um inexperto no assunto.
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Como você não conhece o assunto, acho que não vale a pena comentar o peripeste…
março 27th, 2014 às 9:58 AM
OK Vitor, chegou a sua vez.
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“mas vale a pena registrar o sentimento de grande responsabilidade, quase semelhante à solenidade, com o qual todos nós abordamos o que, pelo que sabíamos, pode provar ser uma revelação de um poder tão maravilhoso como qualquer outro, do qual, até agora, nós nunca tivemos conhecimento.”
– Noto aqui o poder da fé atuando fortemente em sua mente, conforme já observei isso antes. Então você acha que uma solene e enfática declaração de imparcialidade dos membros de uma dita comissão é suficiente para afirmar que sim, ela atuou na mais dita imparcialidade?
Nos meus tempos de aluno da USP, frequentemente eu era abordado por simpatizantes e filiados de um tal Partido dos Trabalhadores, falando frequentemente na ética e transparência no trato da coisa pública, contra as bandalheiras, contra Sarney, contra Collor, etc e tal. Finalmente esse tal partido chegou à presidência da república neste país e, embora a sua sigla PT ainda possa ser mantida, seu significado mudou: agora deveria chamar-se Partido dos Trambiqueiros. Os amaldiçoados Collor e Sarney agora são aliados desse partido… Cadê a ética, moralidade e transparência tão apregoadas nos tempos em que eu era estudante?
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Vejamos então o que se diz nas entrelinhas dessa tal comissão.
“Eu disse a ela que a Comissão já tinha tido duas sessões com ela, e que a conclusão a que tinha chegado é que os chamados raps estão confinados inteiramente a sua pessoa; se eram produzidos por ela voluntária ou involuntariamente, não tinham tentado decidir. Além disso, que, embora, assim, SATISFEITOS EM SUAS PRÓPRIAS MENTES,(…).
Que negócio é esse? Então concluíram que o que a Fox produziu eram ruídos vindos de seu próprio corpo (que a dita comissão não cuidou de descobrir como isso acontecia, é óbvio, SÓ ACHOU QUE ERA ISSO) e ficou SATISFEITA (= a feliz da vida) de haver chegado a essa conclusão? Isso lhe parece algo como imparcialidade? Imparcial seria se, desconfiando de que havia fraude, DESCOBRIR COMO SE DAVA ESSA FRAUDE. Sim, pois apenas ALEGAR fraude só porque ACHAM que é fraude é no fim deixar claro a que é que essa comissão veio.
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“Arduin francamente…. então o babacão do Doyle conta um monte de ASNEIRAS sobre a Comissão e você prefere acreditar nele do que ler os relatórios originais?”
– Ô! Ao contrário de você, que ACREDITA EM QUALQUER bobagem que se diga contra os médiuns, eu estou lhe dando a chance de defender os relatórios originais da dita comissão em confronto com as BAQUAQUICES que o Conan-Doyle disse. Demonstre então que ele MENTIU, que ele falou assim sobre certa coisa, mas o relatório da dita comissão está dizendo assado.
março 27th, 2014 às 10:25 AM
Se entendi direito, há uma discussão aqui sobre a isenção e a propriedade para tratar de fenômenos sobrenaturais do sujeito que acreditou nas fadinhas da foto?
março 27th, 2014 às 10:59 AM
Replicação é repetição de experimentos Professor (ou eu é que estou ficando doidão?); não é republicação em revistas. Qual o experimento cientificamente relevante que não foi replicado, i.e., que foi feito uma só vez e entrou para o rol dos conhecimentos cientificamente aceitos?
março 27th, 2014 às 11:09 AM
– Ei, esse aí exerceu uma atividade MUITO ÚTIL: divertiu o seu povo e vários outros leitores como romancista. Agora quanto a dizer que ficou louco, bem, vou considerar que é opinião de um inexperto no assunto.
Que eu saiba ele entrou para o espiritualismo após o ano 6; quando a carreira literária já tinha virtualmente terminado. E, by the way, porque um louco não pode escrever histórias?
Lógico que sou inexperto – medicina e biologia longe de mim… Mas lhe pergunto então: um sujeito que acredita em fadas seria o que, Sr. Dr. membro da Academia?
março 27th, 2014 às 11:29 AM
Como você não conhece o assunto, acho que não vale a pena comentar o peripeste…
Eu conheço o suficiente do assunto para saber que as alegadas ocorrências faz mais de 100 anos que não ocorrem. Daí, como o Kardec dizia que o comércio intermundos era cousa natural, conforme às “leis” da Natureza, essas imutáveis pois que de origem divina, temos duas possibilidades:
i) de lá para cá mudaram as leis da natureza – derrubando o dogma do Kardec;
ii) morreram os espíritos.
Podem ter morrido de outras causas, ou terem sido aniquilados pelos deuses. Só peripeste me parece o mais provável para acabar com populações inteiras: uma peripandemia qualquer que lógico não tenho a pretensão de saber. É uma hipótese científica a ser perscrutada.
março 27th, 2014 às 3:53 PM
“Se entendi direito, há uma discussão aqui sobre a isenção e a propriedade para tratar de fenômenos sobrenaturais do sujeito que acreditou nas fadinhas da foto?”
– Não Pedro Bó da Razão, nada disso. O Vitor quer por quer acreditar que a dita comissão aí trabalhou na mais absoluta imparcialidade, plenamente interessada em encontrar A VERDADE sobre essa coisa de Spiritualism. Sua crença baseia-se EXCLUSIVAMENTE na declaração dos membros de que era isso o que pretendiam. Contudo, tal como a comparação que fiz com o PT, é NOS ATOS que se vai verificar se essa isenção e imparcialidade existiram mesmo.
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Como pode ver, por conta deste incidente das fadinhas de papel, pelo fato do Doyle ter acreditado nelas sem avaliar o caso com mais atenção, vemos aqui o Balofo já acusando-o de louco logo de cara. Sabe, uma pessoa perfeitamente normal pode sim acreditar em certas balelas por alguma razão que só ela sabe. O Tom Cruise é um cara inteligente, muito culto, muito escolado, ótimo ator, rico pacas… mas acredita na Cientologia. Para mim essa Cientologia é uma BALELA, mas o Cruise não tem nenhuma obrigação de concordar comigo e nem com os outros críticos. Sua crença é coisa dele.
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Se o Doyle, por alguma razão, sentimental talvez, desejava porque desejava mesmo crer em fadas e, já sabendo de fotos espirituais e das limitações com relação aos fenômenos mediúnicos, viu-se diante da brincadeira e caiu nela, fazer o que? Ele inventou o Sherlock Holmes baseando-se num investigador da Scotland Yard que realmente existiu. Mas ele, Doyle, nem por isso era um Sherlock Holmes…
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Até eu já caí em truques bobos. Anos atrás recebi um email da Aninha, que se apresentava como colega minha dos meus tempos de escola e que agora que achou o meu email, então poderíamos conversar mais e relembrar os velhos tempos e indicava um link com um recado: clique aqui para ver a minha foto.
E não é que eu cliquei? Claro, eu conheci diversas Aninhas nos meus tempos de primeiro e segundo graus… Queria ver quem era para ver me lembrar melhor.
Mas nada de foto. Até respondi ao email dizendo que a foto não apareceu e para ela me mandar de novo…
Bem, logo depois fiquei sabendo que tudo isso e coisas semelhantes a isso são golpes para instalar vírus e cavalos de troia no seu computador. Claro que nada me aconteceu, pois nunca faço transações com cartão de crédito em Windows e agora sou bem mais esperto quanto a essas coisas.
Mas serve de exemplo como qualquer um pode ser enganado numa simples bobeada.
março 27th, 2014 às 4:10 PM
“Qual o experimento cientificamente relevante que não foi replicado, i.e., que foi feito uma só vez e entrou para o rol dos conhecimentos cientificamente aceitos?”
– Balofo, os cientistas só são conceituados onde trabalham e entre seus colegas se eles PUBLICAM. Se não produzem trabalhos, são declarados improdutivos e isso prejudica os programas de pós-graduação, a imagem da instituição, etc e tal. Portanto ninguém costuma fazer experimentos os quais não pretende publicar os resultados.
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Experimentos sobre coisas relevantes e/ou financeiramente interessantes são sim REPLICADOS, pois aí sim têm-se coisas que valem a pena. Foi assim que descobriram a fraude do jovem alemão que trabalhava nos laboratórios Bell. Ele conseguiu algo fantástico, de muito interesse para a indústria da informática: fazer chip baseado em carbono (mais fácil de trabalhar e portanto de menor custo) em vez de ser em silício. Produziu algumas publicações a respeito, que foram ACEITAS pelas revistas. Mas começou a acontecer um problema: todos os que tentavam replicar o que ele disse ter feito, FRACASSAVAM. Revendo os trabalhos dele, notaram que algumas tabelas foram feitas na base do “corte e cole”: apesar dos trabalhos serem distintos, os resultados eram IDÊNTICOS. Foi aí que ele acabou sendo pego em fraude.
Mas nem sempre isso acontece. O Cyrill Burt fez aquela fajuta pesquisa envolvendo gêmeos idênticos, criados separados e em condições distintas, DEMONSTRANDO que a genética tinha preponderância sobre a educação. EXATAMENTE O QUE TODA A COMUNIDADE CIENTÍFICA EUROPEIA E AMERICANA QUERIA CRER. Ninguém nunca replicou os trabalhos dele. O que ele disse foi IMEDIATAMENTE ACEITO porque era no que os cientistas acreditavam ser a verdade. Até o Burt morreu e um jornalista quis fazer uma reportagem sobre a vida dele. Só de bater os olhos no que ele publicou, o jornalista já viu um problema: estatisticamente os dados sempre se mantinham, o que não era esperado em trabalhos diferentes. Alguma coisa estava errada. Ele procurou as duas assistentes às quais o Burt agradecia pela valiosa colaboração prestada. Outra roubada: as assistentes tomaram doril. Na verdade, ninguém nunca viu as ditas assistentes.
Contatando a família, ele teve acesso aos documentos pessoais, e aí achou o diário do Burt e lá ele confessava tudo: NUNCA HOUVE pesquisa alguma. Ele inventou todo o seu trabalho.
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Então Balofo, a coisa é o seguinte: como no caso do Burt, houve uma fraude científica que enganou TODA a comunidade científica (não fique falando só do Doyle não, viu?) porque ela QUERIA ACREDITAR na preponderância genética. Agora quanto aos espíritos e mediunidade, ocorre o exato OPOSTO: os cientistas NÃO QUEREM acreditar neles. Isso faz mal ao seu castelo de ateísmo e superioridade intelectual. Daí não adianta nem outros cientistas arregaçarem as mangas e dizer que viram, pesaram, mediram, fotografaram coisas as quais tiveram todo o cuidado de se certificarem de que não foram enganados. A comunidade científica NÃO QUER ACREDITAR nisso. Sacou?
março 27th, 2014 às 4:12 PM
Sr. Arduin, cair no conto das fadinhas talvez não seja suficiente para alguém ser tachado de louco, mas quem não percebe tal tipo de fraude não seria pessoa adequada para julgar, investigar ou determinar a veracidade de fenômenos de existência duvidosa.
março 27th, 2014 às 4:22 PM
“O que uma coisa tem a ver com a outra? Doyle queria que os homens pedissem demissão dos seus empregos para estudar o Espiritualismo? Só na cabeça desse idiota… ”
– E na minha também, Vitor, pois é o seguinte: o proponente da comissão doou uma nota preta para que se fundasse uma faculdade de filosofia na dita universidade, com a condição que se fizesse tal investigação. Então os escolhidos para fazer a dita investigação deveriam ser pessoas que tivessem tempo disponível para tanto. Mas em vez disso, arrumaram uns caras cheios de ocupações…
Se me pedissem para fazer parte de alguma comissão do MEC com propósitos assim ou assado. Eu ia ver do que se tratava. Eu seria pago pelo serviço, mas se o dito serviço exigisse que eu parasse toda a minha pesquisa e ficasse só dando aulas, pois não daria para fazer os dois ao mesmo tempo, então teria de escolher.
Para essa dita comissão, escolher caras muito ocupados e que nada sabiam do riscado, foi uma roubada logo de cara. Um jogo de cartas marcadas. Veja lá se refuta o Doyle, então.
março 27th, 2014 às 5:06 PM
ARDUIN,
já que você falou em feriadão de cinco dias, vem aí um daqueles de que o diabo gosta.
Dia 18 de abril, sexta-feira santa (morte do imaginário jesus). Como à reencenação da morte daquele que morreu sem nunca ter nascido, seguem-se sábado (Sabbath, dia do descanso dos judeus) e domingo (Dominus, dia do descanso dos cristãos – sendo que todos descansam nesses dias, independetemente de religião). Dia 21, segunda-feira, é dia de Tiradentes (o herói forjado para servir de mártir a um movimento político contra os colonizadores, outro personagem mitificado, apesar de real). Para você, paulista, um feriadão de quatro dias. Ocorre que no RJ dia 23 é dia de São Jorge (outro personagem religioso, este PROVAVELMENTE não existiu). Como existe uma lei não escrita que enforca os dias situados entre feriados, mesmo que não sejam feriadões, NINGUÉM vai trabalhar no dia 22. São seis dias consecutivos de descanso religioso, se contarmos que Joaquim (estabelecido por jeová) José (suposto pai adotivo do personagem imaginário) da Silva Xavier é quase um santo, padroeiro da PM.
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Se é verdade que quem trabalha faz falta…
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GORDUCHO: Pasteur? :()
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ARDUIN:
” Até eu já caí em truques bobos. Anos atrás recebi um email da Aninha, que se apresentava como colega minha dos meus tempos de escola e que agora que achou o meu email, então poderíamos conversar mais e relembrar os velhos tempos e indicava um link com um recado: clique aqui para ver a minha foto.
E não é que eu cliquei? Claro, eu conheci diversas Aninhas nos meus tempos de primeiro e segundo graus… Queria ver quem era para ver me lembrar melhor.
Mas nada de foto. Até respondi ao email dizendo que a foto não apareceu e para ela me mandar de novo…
Bem, logo depois fiquei sabendo que tudo isso e coisas semelhantes a isso são golpes para instalar vírus e cavalos de troia no seu computador. Claro que nada me aconteceu, pois nunca faço transações com cartão de crédito em Windows e agora sou bem mais esperto quanto a essas coisas”.
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COMENTÁRIO:
Desculpe-me pela sinceridade, ARDUIN, mas é por coisas assim que acho que você, os cientistas que você cita (do passado), Doyle, etc., são ou eram inteligentes, porém ingênuos.
março 27th, 2014 às 5:24 PM
Mas começou a acontecer um problema: todos os que tentavam replicar o que ele disse ter feito, FRACASSAVAM.
Mas então: é justamente o que estava lhe explicando! Os modelos (“explicações científicas”) para serem aceitos como cientificamente válidos têm que ser replicáveis!
Como os espíritas sabem que os experimentos não são replicáveis, nem arriscam fazer, como vemos pela postura sua.
março 27th, 2014 às 5:26 PM
Tentei lhe responder, Professor, mas a burrice artificial instalada no servidor me bloqueou!
março 27th, 2014 às 5:26 PM
Saiu 😀
março 27th, 2014 às 5:52 PM
Há uma teoria que especula serem as fadinhas uma tentativa do inconsciente dele justificar as visões do pai.
Já que não concordaram com louco, digamos miolo-mole.
março 27th, 2014 às 6:37 PM
Bem, num país onde a vadiagem é premiada (quanto trabalham mesmo os nossos paralamentares? Ainda está no Youtube aquela pisada de bola do Severino Cavalcanti? Lembram? Ele estava sendo entrevistado por um repórter da Câmara e a certa altura disse que ia mostrar que o Congresso trabalhava e trabalhava muito. Aí o repórter fez a pergunta mais errada possível:
_ Poderia por favor citar um desses trabalhos tão importantes para os nossos espectadores?
O Severino ficou pasmo, mordia os lábios, mordia os dedos… mas não conseguiu se lembrar de nada. Dizem que o repórter foi transferido para uma função sem importância, ou seja, inofensiva.
Contudo, não são todos os que folgam nesses feriados. Os gualdas, os carcereiros, os vigias e outros tantos continuam de serviço. A bandidagem também. Quer apostar que já tem algum túnel cavado para o cofre de algum banco muito cheio de grana?
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Desculpe-me pela sinceridade, ARDUIN, mas é por coisas assim que acho que você, os cientistas que você cita (do passado), Doyle, etc., são ou eram inteligentes, porém ingênuos.
– Um ou dois ingênuos eu não tenho dificuldade de aceitar, mas mais de 200 fica muito complicado. E piora ainda mais quando os críticos não sabem dizer onde foi que esses ingênuos erraram.
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E quanto ao Polidoro? Ninguém vai comentar? Será que todos concordam que o escrito dele leva à conclusão que os espíritas são um bando de safados que vendem a infabilidade de um aparelho muito falho e facilmente burlável? Se quem cala consente, então seguirei em frente.
março 27th, 2014 às 6:42 PM
“Os modelos (“explicações científicas”) para serem aceitos como cientificamente válidos têm que ser replicáveis!”
– Replicáveis é uma coisa. Achar alguém que queira replicá-los e, mais difícil ainda, achar uma publicação científica que aceite publicar um trabalho sob justificativa de se testar a replicação de acordo com o proposto pelo método científico, aí já vai MUITA DISTÂNCIA.
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“Como os espíritas sabem que os experimentos não são replicáveis, nem arriscam fazer, como vemos pela postura sua.”
– Bem, uma coisa é se ter um experimento FACILMENTE replicável porque todas as suas variáveis já são conhecidas e contornáveis, e o resultado será infalivelmente o que se espera. Muito outra é ter um tipo de experimento onde se depende de VÁRIOS fatores imponderáveis, passíveis de muita interferência, portanto sem garantia de resultados. E o desânimo fica pior quando, mesmo diante dos resultados positivos, ainda assim são recusados pela dita comunidade científica. Então que essa dita comunidade vá para a PQP e a gente fica cuidando dos nossos assuntos.
março 27th, 2014 às 7:03 PM
O Sr. tem uma ideia fixa em relação a esse Polidoro. Tenho quase certeza que praticamente ninguém dos que cá dão palpites leu-o. E certamente ninguém aqui teve suas ideias influenciadas por ele.
E leu algo foi por instigação sua. Esqueça-o.
Deixe de ser monotemático.
Amplie seu espectro.
março 27th, 2014 às 9:36 PM
GORDUCHO,
eu nunca li Polidoro, nem instigado por ARDUIN.
Ele também tem fixação com (não vou dizer o nome para não provocar, mas você sabe quem é, aquele “crooked fellow”).
março 27th, 2014 às 10:32 PM
ARDUIN: […] Ficou constatado que é IMPOSSÍVEL agradar aos céticos quanta a elas. As fotos da Kate King revelam uma fantasma tridimensional, com todo o aspecto e características de uma pessoa normal e proporcional. O que dizem os céticos?
_ Mas vocês não estão vendo que é só a médium ou uma cúmplice disfarçada de fantasma?
No caso da Ana Prado, as formas eram desproporcionais, desengonçadas, exatamente para mostrar que não se tratavam de gente disfarçada. E o que dizem os céticos?
_ Mas vocês não estão vendo que são apenas marionetes?
As da Marthe Beráud eram planas, pequenas ou salientes e ligeiramente maiores. O que dizem os céticos?
_ Mas vocês não estão vendo que isso aí é só papel ou cartolina pintadas? Ou tecido mal costurado?
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COMENTÁRIO: não misture baralho com algo parecido que o resultado não será dos melhores… Que raciocínio mais capenga esse, hem? Quer dizer: nenhuma das malandragens que os espertos aprontam agradam aos céticos? Nossa, mas que gente difícil de convencer… Kate King era um fantasma tridimensional? Ótimo, mas de onde foi que Florence Cook (sua médium) tirou matéria prima para construir um corpo inteirinho, com tudo o que tem direito? Esta indagação já lhe foi exposta dezenas de vezes tendo o silêncio como resposta. No tempo de Florence nem ectoplasma existia… E mesmo que existisse, sem ter sido ainda como tal batizado, com quantas toneladas de ectoplasma se constrói um cérebro?
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É facílimo saber se houve fraude ou se foi verdade: basta medir a necessidade ectoplasmática para confeccionar-se um corpo completo e a capacidade do médium em produzir a matéria na quantidade correspondente. Se puder esclarecer à questão poderemos avançar rumo a conclusão de que é impossível a um médium golfar o produto na quantidade exigida, por mais golfador que seja, e isso mesmo que o inexistente ecto existisse…
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Quanto à Beráud e Ana Prado delas não resta a menor dúvida… só uma santa ingenuidade, mas muito santa mesmo, para admitir que aqueles trecos tenham vindo da espiritualidade.
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Mas é fácil resolver: teste com médium visível o tempo inteiro, de modo que o processo possa ser fiscalizado do início ao fim. Tão simples e tão evitado…
março 28th, 2014 às 5:24 AM
“No tempo de Florence nem ectoplasma existia…”
– Pois é, Moisés. Na Idade Média, as bactérias não existiam. O que causou a Peste Negra foi uma coisa chamada miasma, ou fluido da peste… Dá pra cair na real? O termo ectoplasma foi cunhado pelo Richet, salvo engano, bem depois dos experimentos do Crookes. Não sabia que a existência de uma coisa dependesse de um nome.
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“Kate King era um fantasma tridimensional? Ótimo, mas de onde foi que Florence Cook (sua médium) tirou matéria prima para construir um corpo inteirinho, com tudo o que tem direito?”
– Colocada a médium na balança em estado de transe, verificou-se que ela PERDIA PESO, ou seja, parte da sua matéria corporal era usada para compor Kate King. Houve situações em que o peso de seu corpo caiu à metade. A fantasma, sendo também pesada, mostrava ganho de peso na mesma proporção.
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“asta medir a necessidade ectoplasmática para confeccionar-se um corpo completo e a capacidade do médium em produzir a matéria na quantidade correspondente.”
– Isso foi feito.
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“só uma santa ingenuidade, mas muito santa mesmo, para admitir que aqueles trecos tenham vindo da espiritualidade.”
– Ao menos no caso da Marthe, faltou só o pessoal cético explicar como foi que os trecos vieram da Terra mesmo. Ainda não puderam descrever o mecanismo da fraude, apesar das gentilezas do Rouby, do Marsault, do Areski… Ei, Balofo, você tinha ficado de traduzir um texto do françuá para nós. Já fez?
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“Mas é fácil resolver: teste com médium visível o tempo inteiro, de modo que o processo possa ser fiscalizado do início ao fim. Tão simples e tão evitado…”
– Você mesmo já topou com casos assim na literatura sem precisar da minha ajuda. Quais foram mesmo as suas desculpas para rejeitar o que apregoa ser a solução?
março 28th, 2014 às 5:40 AM
“E leu algo foi por instigação sua. Esqueça-o.”
– Pois é, Balofo, assim como um chiquista foge de qualquer evidência de que o Chico Xavier pisou na bola em algum lugar, parece que o pessoal cético também tenta varrer para debaixo do tapete uma situação que mostre que gente boa do seu meio é tão cheia de fé quanto aqueles a quem combatem…
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Mas por amor aos novatos…
Recapitulando o Polidoro:
“Para uma sessão adicional, dois dos convidados eram mais céticos que o anfitrião. Quando eles inspecionaram o controle elétrico do sistema, antes de a sessão começar, descobriram que um lenço úmido estirado entre as manivelas manteria o circuito aberto (o correto seria dizer fechado _ observação minha). Por sugestão de um destes homens, Crookes afastou as manivelas até a distância na qual um lenço não pudesse ser colocado entre elas. Aparentemente ninguém considerou a possibilidade de que poderiam ser usados ou uma tira de pano maior ou algum outro tipo de resistor.”
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Agora vamos ver o que diz o relatório publicado pelo Crookes e que Polidoro LEU, já que o cita nas referências bibliográficas do seu artigo:
– Meus amigos inspecionaram estas condições, e dois deles, membros famosos da Royal Society, tentaram tudo o que foi possível, conectando os dois terminais com um lenço úmido. Em meio a uma série de ajustes cuidadosos, eles me consultavam sobre a quantidade de deflexão que havia sido produzida no galvanômetro, de modo que com o tempo obtiveram uma quantidade de resistência equivalente a de um corpo humano. Porém, isto não teria sido possível sem as informações do galvanômetro, que indicava violentas oscilações do raio de luz e denunciava que eles estavam tentando restabelecer um novo contato através de algum tipo de truque. Após a sugestão de um deles, e para prevenir futuros erros, as manivelas de metal foram fixadas bem distantes uma da outra. Feito isso, ele expressou estar satisfeito, pois sabia que nem ele mesmo, nem qualquer outra pessoa poderia repetir a experiência com o lenço que ele acabara de exibir.
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Insisto que Polidoro é mentiroso pois:
1 – Dava a entender que Crookes era um crédulo bobo e seus amigos eram céticos mais espertos.
2 – Que o galvanômetro podia ser facilmente burlado através de um pano úmido.
3 – Que nem esses amigos céticos se mancaram de que podia ser usado um pano maior e assim permitir a fraude.
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O relatório do Crookes mostra que o teste feito revelava a IMPOSSIBILIDADE dessa fraude, pois só seria possível fazê-la se o fraudador pudesse ler as indicações do galvanômetro. NA BAMBA ele NUNCA acertaria o valor da resistência do corpo humano logo de cara. Ou seja, a fraude assim é IRREALIZÁVEL, mas o MENTIROSO Polidoro dá a entender que seria muito fácil de ser feita.
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Que diz você, Malvadão, já que os outros parecem preferir se calar?
março 28th, 2014 às 6:45 AM
Professor: ectoplasma foi cunhado pelo Richet para uso no espiritismo. E depois foi o termo feito por ele aproveitado na biologia de verdade? Ou seja: a biologia adotou o termo inventado pelo Richet?
março 28th, 2014 às 6:50 AM
Aquele texto não contém nada novo. O autor sabe menos do assunto que nós.
E eu disse que o Sr. deveria consultar a Administração acerca de direitos autorais, tendo sido ignorado.
março 28th, 2014 às 7:02 AM
Você mesmo já topou com casos assim na literatura sem precisar da minha ajuda. Quais foram mesmo as suas desculpas para rejeitar o que apregoa ser a solução?
Lhe devolvo a pergunta: vamos fazer então; parar de conversar; levantar o traseiro da poltrona?
Qualquer teste serve para nós:
– leitura e/ou objetos;
– mesas girantes (que já está sendo encaminhado com a colaboração do Sr. Arnaldo);
– materialização.
Pode, Professor, garantir ao médium, caso entre em contato com ele ou ela (como diz o Americano), que não ataremos nem nada. O médium vestirá uma bata e sapatilhas hospitalares monitorado por um da nossa bancada do mesmo sexo obviamente. Atrás da cortina (gabinete de materialização) será uma sala totalmente nua. E só haverá as câmaras infravermelho e microfone.
Só.
março 28th, 2014 às 7:12 AM
Então aos novatos: nada a ver com o Sr. Polidoro o qual acho que todos aqui só ficaram sabendo que existe via Professor. Os escritos dele são fechados, pouco disponíveis na INTERNET.
Sabe-se que o Crookes era um bocó pelas fotos que sobraram. Que eu saiba, ninguém sabe porque sobraram. As outras ele aparentemente destruiu – imagino eu que por vergonha.
março 28th, 2014 às 9:16 AM
Sr. Arduin, a propósito de clicar em emails para ver fotos de Aninhas, desculpe-me pela curiosidade e pela eventual pedrobosisse: o Sr. acredita em homeopatia?
março 28th, 2014 às 10:02 AM
Desculpe-me, Balofo, mas numa consulta rápida na internet, não consegui achar quem foi que cunhou o termo ectoplasma. Suponho que ele tenha sido inventado antes do Richet atribuir uma nova definição a ele, pois já em meados do século XIX havia bons microscópios que permitiam observar células vivas ou fixadas. Em muitos protozoários é possível observar uma zona mais clara, parecida com gelatina, junto à membrana plasmática, a qual é chamada ectoplasma. Interna a ela fica uma zona mais densa, granulosa, que é chamada endoplasma.
É provável que Richet, tendo visto que o aspecto da matéria emitida pelos médiuns tinha visualmente um aspecto parecido com o que se via ao microscópio nas células, tenha aproveitado o mesmo termo. Quem sabe ele estivesse chutando que o ectoplasma dos espíritos seria o mesmo ectoplasma retirado das células durante o processo de materialização.
março 28th, 2014 às 10:04 AM
Então deixa o françuá pra lá. Já vi que vamos ter de ficar com as lendas bobas sobre Richet, nas quais só os grandes sábios céticos e padrecos acreditam.
março 28th, 2014 às 10:10 AM
Seu Balofo, vamos admitir que tenhamos conseguido cumprir todas as condições que você exigiu e os resultados tenham sido positivos, ou seja, os fenômenos de fato aconteceram.
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Se as fotos obtidas, coloridas, tridimensionais, etc e tal mostrarem as mesmas figuras ridículas que Crookes, Notzing, Richet & Cia Bela obtiveram. E sabemos que, apesar de tão ridículas, elas retratam exatamente o que os nossos olhos viram. Todos os que testemunharam os eventos confirmam que viram as mesmas coisas. Todos teremos a certeza absoluta que não houve fraude alguma. Responda-me: COMO irá convencer os Randis, os Polidoros, os Hymans e outros bambambans céticos de que elas não são a prova provada de tudo não passou pura fraude?
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Responda-me isso e depois a gente conversa.
março 28th, 2014 às 10:13 AM
Balofo, eu quero que me mostrem que Crookes foi um bocó por ter feito experimentos falhos e mal fiscalizados, dando aos médiuns safados boas chances de burlar e fazê-lo de trouxa. Dizer que não sabe do Polidoro ou que coisas dele são pouco acessíveis não é desculpa aceitável. Eu estou colocando o que ele escreveu em confronto com o que Crookes escreveu.
Já que acha que Crookes era um bocó, então veja pode defender o Polidoro contra o escrito do Crookes.
março 28th, 2014 às 10:14 AM
A meu ver, o efeito da homeopatia estaria mais para o efeito placebo. Como o assunto não me interessa, não sei o que já foi pesquisado cientificamente com animais para se saber se a coisa tem algum efeito além disso.
março 28th, 2014 às 10:23 AM
Não tenho porque defender Polidoro pois que nunca tinha ouvido falar nesse escritor.
Minhas fontes são o espiritismo que frequentei até a metade de minhas 15 primaveras aqui na crosta, e agora depois de muitas décadas a literatura a qual tem sido indicada para os interessados transparentemente.
Quanto ao Richet além da Villa Carmen, o posterior acobertamento “casualmente” da mesma Marthe no IMI.
março 28th, 2014 às 10:25 AM
Então a boa fé dele está sim bem questionada, mesmo admitindo que por idiotice tivesse sido enganado de fato em Alger.
março 28th, 2014 às 10:35 AM
Não interessa se essas pessoas ficarão convencidas ou não. Mas, a propósito, serão convidadas a integrar a nossos bancada nos próximo experimentos. É claro que ninguém irá pagar para eles. Se quiserem venham por conta própria. Se não vierem, estarão desmoralizados.
As gravações certamente que venderemos para a Globo ou outras estações, o que nos cobrirá as despesas. Tudo bem contabilizado, sem dificuldades. Consulta-se um contador para fazer tudo certo, of course.
março 28th, 2014 às 11:32 AM
Arduin: – Colocada a médium na balança em estado de transe, verificou-se que ela PERDIA PESO, ou seja, parte da sua matéria corporal era usada para compor Kate King. Houve situações em que o peso de seu corpo caiu à metade. A fantasma, sendo também pesada, mostrava ganho de peso na mesma proporção.
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Tem alguma coisa errada com esse cálculo. Metade do peso corporal é água. Os ossos pesam cerca de 11% de nosso peso. Os orgãos uns 30%. A pele 10%.
Para ter perdido 50% do peso a pessoa teria de perder TODA a água de seu corpo ou ter ficado pele e osso.
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Parece um causo tipo o das aulas de matemática do Bezerra de Menezes
março 28th, 2014 às 11:33 AM
Ou o ectoplasma possui água (toda a água do corpo) em sua composição química?
março 28th, 2014 às 12:27 PM
Há em paralelo o aporte de formas-pensamento que flutuam cá na primeira esfera. Essas se condensam adquirindo ponderabilidade. Por isso que todos no ambiente tem de serem crentes, pois que assim são emitidas as vibrações mentais na frequência moralmente certa para propiciarem a nucleação inicial no, se assim posso me expressar, vapor de formas. O fenômeno é semelhante quando a Sra. coloca os num copo de cerveja, iniciando a nucleação que levará ao congelamento da bebida.
Espiritismo é física: nada tem de sobrenatural.
março 28th, 2014 às 12:29 PM
(…) quando a Sra. coloca dos dedos num copo (…)
março 28th, 2014 às 2:51 PM
Depois das informações que recebi aqui sobre o ectoplasma e as vibrações mentais conversíveis em massa, já estou juntando toda a minha coleção de livros de física para picar e jogar no lixo. Quanto tempo perdido acreditando nas ingênuas leis da física!
março 28th, 2014 às 3:23 PM
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(MOntalvão)“Mas é fácil resolver: teste com médium visível o tempo inteiro, de modo que o processo possa ser fiscalizado do início ao fim. Tão simples e tão evitado…”
ARDUIN – Você mesmo já topou com casos assim na literatura sem precisar da minha ajuda. Quais foram mesmo as suas desculpas para rejeitar o que apregoa ser a solução?
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COMENTÁRIO: Ôoopa! Topei com caso em que o médium fora fiscalizado do início ao fim? Se sim não lembro, ou não estou atinando ao que se refere. De qualquer modo, seria de bom-tom que ao fim da sentença acrescentasse: “Você mesmo já topou com casos assim na literatura sem precisar da minha ajuda, COMO, POR EXEMPLO, O DE FULANO, BELTRANO, SICRANO e BAIANO”. Aí eu poderia me manifestar se com eles topei deveras e dar “minhas desculpas”. Por que ser tão evasivo? Estamos para nos esclarecermos mutuamente, ou para nos nebulozizarmos?
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ARDUIN: Recapitulando o Polidoro: […] descobriram que um lenço úmido estirado entre as manivelas manteria o circuito aberto (o correto seria dizer fechado _ observação minha). Por sugestão de um destes homens, Crookes afastou as manivelas até a distância na qual um lenço não pudesse ser colocado entre elas. Aparentemente ninguém considerou a possibilidade de que poderiam ser usados ou uma tira de pano maior ou OU ALGUM OUTRO TIPO DE RESISTOR.”
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Agora vamos ver o que diz o relatório publicado pelo Crookes e que Polidoro LEU, já que o cita nas referências bibliográficas do seu artigo: […].
Insisto que Polidoro é mentiroso pois:
1 – Dava a entender que Crookes era um crédulo bobo e seus amigos eram céticos mais espertos.
2 – Que o galvanômetro podia ser facilmente burlado através de um pano úmido. [OU DE UM RESISTOR, ou seja, SÃO HIPÓTESES]
3 – Que nem esses amigos céticos se mancaram de que podia ser usado um pano maior e assim permitir a fraude.
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O relatório do Crookes mostra que o teste feito revelava a IMPOSSIBILIDADE dessa fraude, pois só seria possível fazê-la se o fraudador pudesse ler as indicações do galvanômetro. […].
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QUE DIZ VOCÊ, MALVADÃO, JÁ QUE OS OUTROS PARECEM PREFERIR SE CALAR?
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COMENTÁRIO do Malvadão: Meu caro, fiz apreciações variadas(também o Vitor e outros) sobre este assunto em conversas precedentes: por que insiste em reprisá-las se a discussão ficou no impasse, e aqui não está acrescentando nada de novo? Bastaria que retomasse de onde se parou e dissesse: “concernente a pendência da fraude ao galvanômetro, na discussão tal, em que o assunto ficou indefinido, apresento novo argumento que, acredito, resolverá o contencioso”. Mas não, você simplesmente apaga o que lhe foi dito e volta a proferir os mesmos comentários como se recém-natos fossem.
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Embora correndo o risco de ser castrado (já que a equipe diz não “guentar” mais ouvir de Crookes), e só para ilustrar, apresento quatro exemplos de ponderações anteriores (só quatro que é para não cansar os milhões de leitores):
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1) ARDUIN: […]Veja o caso do galvanômetro. Garantem os céticos que uma tira de pano molhada com solução salina bastaria para burlar o equipamento. Garantem os mesmos céticos que os tais pesquisadores jamais pensaram nisso. […]. VÊ COMO FUNCIONA O PODER DA FÉ?
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MONTALVÃO: ué não sabia que a tira de pano (que foi uma hipótese) resolve todas as dúvidas e incongruências da mediunidade. Até parece que foi a única objeção contra a realidade da comunicação levantada nesses (como é mesmo que você diz?) “oitenta anos” de investigação. Será que não percebe a ingenuidade de tal proposição?
.[…] Em verificações objetivas o “poder da fé” é desconsiderável. Posso ter fé que espíritos não comunicam. Posso ter fé que quem comunica são demônios, ou extraterrenos. Mas só vou saber se minha fé é fundamentada se submetê-la (se possível) a perquirição corroborativa. Se a fé não puder de modo algum ser aferida permanecerá do âmbito da crença, se se puder, como é o caso da comunicação, então que se faça e esclareça.
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Digo a você que há material suficiente para amparar a afirmação de que espíritos não comunicam, mas essa certeza provisória pode ser facilmente destruída pela realização de examinações demonstrativas, que confirmem a presença de mortos entre vivos. Os maiores interessados em produzir essas provas deveriam ser os que, admiravelmente, fogem de aceitá-las…
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2) ARDUIN: Ah! Ainda sobre o tal FIO EXTENSÍVEL, quero lembrá-lo, conforme diz Polidoro, que Fay e Houdini conversaram POR HORAS e que ela tranquilamente revelou-lhe TODOS OS SEUS SEGREDOS. Então se houve tira de pano molhada, se houve outro resistor, se houve fios extensíveis, ela DEVE TER REVELADO ISSO. Estranho Houdini ter optado apenas por apresentar um truque bobo e inviável e ainda dizer que ele só foi possível graças à queda de força no teatro…
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COMENTÁRIO: Arduin, Arduin, você não é bobo e deve saber que o que diz não tem qualquer fundamento. Houdini e Fay podem ter conversado por horas, mas não ficaram horas conversando sobre Crookes. Pelo visto, William Crookes era para Fay lembrança distante e esmaecida. Ela se referiu a ele casualmente, que conseguira ludibriar o ingênuo cientista (ingênuo nas lides mediúnicas, como pesquisador científico era respeitável), tão casual fora a lembrança que nem mais recordava corretamente os acontecimentos (outra hipótese é a de que Houdini ouvira a resumida e pouco esclarecida apreciação de Fay e a entendera distorcidamente). O fato é que Crookes rendeu pequena nota de rodapé no livro de Houdini, o que demonstra que dialogaram um quase nada a respeito. Ao mago das fugas interessava conferir como a mulher conseguira escapar dos contatos do galvanômetro, sem que o aparelho registrasse a fuga. Ela informou que simplesmente passara os contatos das mãos para os joelhos. Ela não entrou em detalhes, se houve toalha molhada, se utilizou filamentos extensores, se se esticou, nada, apenas deu a descrição sucinta de como desimpedira as mãos de agirem.
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Fay não descreveu detalhadamente como ludibriara Crookes, tampouco Houdini pediu-lhe que o fizesse, contentou-se o mágico com a curta informação que a amiga lhe dera e a considerou aceitável. NÃO SEI PORQUE INSISTE EM FAZER TAMANHA TEMPESTADE COM ESSE DETALHE, COMO SE DELE DEPENDESSE A HONESTIDADE DE HOUDINI E A REALIDADE DA CONVERSA, OU MESMO A SORTE DAS MATERIALIZAÇÕES. PONHA A NARRATIVA NOS LIMITES DE SEU ENTORNO E PARE DE QUERER TRANSFORMAR OVO DE LAGARTIXA EM DE AVESTRUZ.
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“Revelou-lhe todos seus segredos”… você toma a expressão ao pé da letra e não percebe o óbvio, que se trata de modo de falar. Digamos que um dia nos encontremos e conversemos durante algumas horas, depois da conversa eu diria: “Arduin me contou toda sua vida”, tal significaria que me relatara detalhadamente sua existência? Ou que fez uma apreciação superficial de suas aventuras?
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COMENTARIO ATUAL: o “fio extensível” a que se refere Arduin foi hipótese que apresentei, da qual não se safou condizentemente (confiram a alegação que postou) que explicaria sem grande dificuldade a malandragem da médium. Primeiramente, informo a Arduin e interessados (embora sei que sabem), que os truques de mágica normalmente utilizam artifícios simples, mas que não são trivialmente cogitados. Com o galvanômetro, levando-se em conta que Fay estivera, como todos os médiuns o fazem, abrigado de olhares na cabine indevassável, nada impediria que utilizasse um fio comprido para manter o circuito ligado e, ao mesmo tempo, poder se movimentar com relativa facilidade pelo ambiente. Um fio encompridante permitira transferir os contatos das mãos para os joelhos (ou manter uma das mãos segurando um polo e o outro preso ao joelho) e ter meios de caminhar pelo aposento. O fato dela ter dito que o evento se dera num teatro não significa de pronto que seja mentira, pode ser que Fay não mais recordasse por inteiro do acontecido e inseriu o cientista inglês (cujo nome está proibido de aqui ser repetido) onde ele não estivera. Quantos de nós não damos testemunho firme de experiência que vivenciamos e depois descobrimos que parte dela foi erroneamente relatada? Comigo aconteceu várias vezes.
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3) ARDUIN — Que piada! Em seu comentário inicial, Broad ELIMINA a hipótese de fraude por bobina, tira de pano ou barra de grafite, pois TODAS elas dariam o efeito que ele comentou. Agora quanto à materialização real, o que Varley notou é que houve um AUMENTO DE RESISTÊNCIA quando o fenômeno começou (seria ele causado pela produção do ectoplasma?), mas depois houve VARIAÇÃO na leitura dentro de limites mais baixo (bobina, pano molhado e tira de grafite fariam isso?).
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COMENTÁRIO: meu jovem, você fica eletrogrudado ao galvanômetro e não observa o escandalosamente revelativo. Quando a fantasma apareceu detrás das cortinas, Varley não pôde conter o susto: “Oh! Você se parece muito com a médium!”. Florence Cook estava acostumada com Crookes, que não reagia ante a semelhança das duas (só reagiu quando se viu diante de críticas e tentou, dramaticamente, demonstrar que eram diferentes. Pelo visto só convenceu ao Arduin, que até achou diferenças nos septos nasais…) e não teve o cuidado de se maquiar para dar uma disfarçada. Podia haver mil galvanômetros controlando o experimento, a exclamação de Varley dizia tudo.
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4) VITOR: O Brookes-Smith explicou isso:
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“Eu também descobri, tanto no museu quanto em experiências subsequentes, que quando o circuito era completado através de meu antebraço e mão cobrindo ambas as manivelas, o ato de segurar a segunda manivela com a minha mão livre não produziu uma deflexão correspondentemente grande do marcador devido ao caminho paralelo através de meu corpo como seria de se esperar. A resistência ôhmica entre quaisquer dois pontos no corpo parece ser quase a mesma e grande comparada com a mão que controla a resistência se a solução salina é forte, de forma que os truques de substituição de mão não precisam de nenhuma destreza em particular.”
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COMENTÁRIO ATUAL: espero que se dê por satisfeito, ao menos pelos próximos meses, até que esqueça que o assunto foi abusivamente discutido e volte a dele falar como se fosse novidade.
março 28th, 2014 às 3:51 PM
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“No tempo de Florence nem ectoplasma existia…”
ARDUIN – Pois é, Moisés. Na Idade Média, as bactérias não existiam. O que causou a Peste Negra foi uma coisa chamada miasma, ou fluido da peste… DÁ PRA CAIR NA REAL? O termo ectoplasma foi cunhado pelo Richet, salvo engano, bem depois dos experimentos do Crookes. Não sabia que a existência de uma coisa dependesse de um nome.
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COMENTÁRIO: “cair na real”, isso é sugestão das melhores… realmente, alguns de nós carecemos urgentemente de nela cair…
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Tá correto, foi Richet quem “inventou” o ectoplasma e a ectoplasmia. Isso após VER fumacinhas saindo de Eusápia Palladino (logo de quem…). Antes disso, ninguém, mas ninguenzinho, desde que o mundo é mundo, presenciara a emanação dessa tão importante matéria… não é situação a ser pensada com muito carinho? Somente os olhos richelianos é que puderam observar a “coisa”. Aí, depois disso, foi o auê que conhecemos, o que danou de médium expelir ectoplasma POR TODOS OS ORIFÍCIOS é algo de espantar.
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Então, pode-se dizer que precedente a Charles, o Richet, o ecto não existia, o que existiram foram propostas paralelas de vários autores, que precisavam explicar por que mecanismos e com que matérias-primas os desencarnados se enchiam de carnes. Crookes propôs a “nova força”, ou “força psíquica”, que era apenas uma hipótese preliminar, a qual nunca foi desenvolvida.
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Com as bactérias e vírus foi diferente: não eram vistos embora existissem. Visto não eram vislumbrados, nem havia teoria que pudesse inferir suas existências, passavam, logicamente, por inexistentes, quer dizer, não se discutia nada a respeito. Mesmo depois que puderam microscópios visualizar as bactérias mais grandinhas, que foram batizadas de “animálculos”, ainda levou tempo até que se descobrisse serem muitas patogênicas.
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Entendeu ou quer que explique?
março 28th, 2014 às 4:10 PM
Tenho que consertar algumas informações sobre o ectoplasma. É que há mais de uma versão sobre sua origem. Primeiramente não foi em Eusápia que Richet teria visto a substância sim em Eva Carriere, também conhecida por Marthe Beraud. O “logo com quem” da postagem anterior é mantido…
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Quem tentou desenvolver a teoria ectoplasmática seriamente, talvez até mais que Richet, foi Gustave Geley, dele há bons apontamentos sobre o assunto. Se for o caso, depois posto.
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E da origem da matéria, alguns recuam décadas antes de Richet:
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“Nenhum outro médium produziu mais ectoplasma visível que Eva Carriére. Foi através desse médium que tudo que se sabe a respeito dessa substância, foi verificado por Richet, Schrenck-Notzing e Geley, principalmente.
Coube ao sábio Charles Richet, nas experiências realiza-das com a médium Marthe Beráud em Vila Carmen, em Argel, no ano de 1903, a primazia da designação do neologismo ECTOPLASMA.
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A partir dessa data, o vocábulo passou a fazer parte da linguagem espírita ao se referir ao material esbranquiçado que parecia sair do médium.
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Outros pesquisadores, depois de Richet, adotaram outras designações que não vingaram, como:
– Dr. Schrenck-Notzing, definiu essa substância por Teleplasma, correspondendo ao Ectoplasma, de Richet.
– J. Maxwell e Mme. Bisson, o de Substância;
– René Sudre define-o como “argila psíquica modelada por forças desconhecidas”.
– Gustave Geley, adotou Teleplastia, originado de Teleplasma, de Notzing.
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O Ectoplasma não foi uma invenção dos pesquisadores. Ao que parece, foi percebido pela primeira vez em 1877, através do médium W. Lawrence – “uma nuvem floculenta, que parecia sair do lado médium” e que, gradativamente, formava um corpo sólido. Também aí se falava de uma figura surgindo de “uma bola de luz”. Com o médium Slade, em 1878, na Austrália, foi visto “uma nuvem de vapor branco-acinzentado” se formando e aumentando, antes do aparecimento de uma figura inteiramente materializada. Alfredo Russel Wallace descreve ter visto com o Dr. Monck, primeiro “uma mancha branca” que gradativamente se transformou numa “coluna nevoenta”. Quando o Espírito John King se manifestou pelo médium William, foi percebida “uma nuvem fracamente iluminada”. E com o médium D. D. Home, William Crookes viu “uma nuvem luminosa”, que se condensou numa mão perfeita.”
http://www.lampadarioespirita.com/noticias.asp?ID_Noticia=536&ID_AreaNoticia_Noticia=2
março 28th, 2014 às 4:24 PM
Essas propriedades do ectoplasma nem eu sabia (da fonte citada acima):
? Se reduzido a cinzas, tem cheiro de chifre queimado;
? Se agarrada e apertada, o médium gritará;
Chifre queimado não é o cheiro do Satanás? Então os católicos têm razão: tudo isso é obra demoníaca!
março 28th, 2014 às 4:28 PM
Gorducho Diz: Professor: ectoplasma foi cunhado pelo Richet para uso no espiritismo. E depois foi o termo feito por ele aproveitado na biologia de verdade? Ou seja: a biologia adotou o termo inventado pelo Richet?
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COMENTÁRIO: Gorducho, desconfio que esteja mais provocando que em dúvida, mesmo assim digo, (embora o Arduin deva explicar melhor, visto que faz parte de sua área de saber, ao menos em parte).
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Richet não cunhou o ectoplasma para uso no espiritismo, até que Bozzano prove o contrário, o fisiologista morreu execrando a hipótese espiritista. Foi o espiritismo quem alegremente incorporou o ectoplasma à doutrina.
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O ectoplasma richeliano, afora o nome igual, nada tem a ver com o da biologia… Não tenho informação de quando foi que o título passou a especificar uma parte da estrutura celular, mas decerto que não foi o kardecismo quem inspirou a biologia:
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“Zoologia – Em zoologia, Ectoplasma ou Córtex celular é a camada periférica do citoplasma, que em muitas células se distingue do citoplasma central (endoplasma), embora as duas camadas se sucedam gradualmente. Ao contrário do endoplasma, o ectoplasma é, em geral, semi-sólido (como um gel, neste caso denominado de plasmagel), e, normalmente, contém poucas granulações, como no caso de muitos óvulos e nos protozoários. Nos protozoários plânctonicos pode ser altamente vacuolizado.O ectoplasma desempenha um papel importante em muitos tipos de movimentos celulares, incluindo a divisão celular e os movimentos amebóides.
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Botânica – Designada habitualmente por ectoplasto, sinónimo de membrana plasmática externa , a qual está em contacto com a parede celular.
março 28th, 2014 às 5:12 PM
KKKKK! Balofo, você tá mais perdido que cachorro que caiu da mudança! Cuma? Não interessa se vão ser convencidos ou não? Então afinal qual é o propósito do experimento? O pessoal parou com isso justamente porque viu que só perdia o seu tempo, já que os teimosos nunca queriam se convencer.
Perder prestígio? Quando é que você perde mais prestígio: quando aceita o convite de um bando de ufólogos que anunciam que em tal dia e tal lugar vai pousar um disco voador e aí você fica lá a madrugada toda com um bando de babacas e… Nada acontece. Ou quando diz: vou ficar na minha cama. De manhã ligarei o rádio e aí vejamos o que os repórteres dizem…
Acha que os sábios céticos vão ligar a mínima para você ou para um bando de crentes em espíritos?
março 28th, 2014 às 5:16 PM
“Metade do peso corporal é água”
– Larissa, nos meus tempos de graduação, tive oportunidade de ver e examinar medusas. Elas se mostravam suficientemente firmes, consistentes… mas são constituídas 90% ou mais de ÁGUA. Até por isso tem o nome de águas-vivas… Pois bem, o dito fantasma materializado faz algo parecido, tendo uma aparência sólida e tangível, compondo-se de matéria tirada do médium e de pessoas presentes. Veja que ele NÃO FAZ UM CORPO idêntico em substância ao do médium, embora possa simular até mesmo órgãos internos.
março 28th, 2014 às 5:32 PM
Para não alongar muito por enquanto, Moisés, vamos ao que interessa. Estou sustentando que Polidoro MENTE em defesa da fé cética, coisa que eu esperaria de qualquer crentelho e é o caso.
Como ele LEU o relatório do Crookes, então ele JÁ SABIA que o truque do pano úmido FOI TESTADO e se mostrou INVIÁVEL. Então o que a HONESTIDADE mandaria ele dizer? Que os dois amigos mais céticos que o Crookes testaram o pano úmido para unir os contatos. O circuito era fechado, mas a resistência não batia com a do corpo de uma pessoa. Só conseguiram chegar a um valor próximo a isso porque Crookes cantava os valores lidos e a cada vez que mexiam no pano, o galvanômetro oscilava, mostrando que a médium não teria como ajustar o tecido sem ser descoberta. Como era uma fonte de erro, Crookes aceitou o pedido deles para afastar os contatos.
Isso é o que eu esperaria de um cético HONESTO.
Agora quanto ao outro resistor, cabe ao autor da hipótese dar das sugestões. Que tipos de resistores havia na época e que seriam adequados para ser usados nesse caso? Polidoro não diz e eu também não sei.
Só por isso já digo que ele é um mentiroso.
Depois eu continuo.
março 28th, 2014 às 5:51 PM
“Pois bem, o dito fantasma materializado faz algo parecido, tendo uma aparência sólida e tangível, compondo-se de matéria tirada do médium e de pessoas presentes. Veja que ele NÃO FAZ UM CORPO idêntico em substância ao do médium, embora possa simular até mesmo órgãos internos.”
Sr. Arduin, de que partes do corpo o “medium” perderia matéria (podendo abdicar até de metade de sua massa, de acordo com afirmação anterior) para compor o fantasma e ainda continuar com suas funções vitais e aparência intactas?
março 28th, 2014 às 5:54 PM
“QUE DIZ VOCÊ, MALVADÃO, JÁ QUE OS OUTROS PARECEM PREFERIR SE CALAR?”.
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Eu não “prefiro” me calar. Apenas não conheço Polidoro, portanto, não vou falar de quem não conheço.
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“Embora correndo o risco de ser castrado (já que a equipe diz não “guentar” mais ouvir de Crookes), …”.
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Realmente ninguém aguenta mais o crooked.
Vou te perdoar por esta vez, mas se voltar a mencionar o cara, vou jogar uma praga para piorar sua LER.
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GORDUCHO, durante o processo de redução a cinzas o ectoplasma tem, primeiramente, um cheiro forte de enxofre; depois, só depois, vem o cheiro de chifre, cabelo, unha ou pena queimada.
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“Veja que ele NÃO FAZ UM CORPO idêntico em substância ao do médium, embora possa simular até mesmo órgãos internos”.
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Para que simular órgãos internos, se eles não servem para nada, do ponto de vista fisiológico, e se não são visíveis por meios normais?
Será que andam fazendo ultrassonografias e exames de tomografia computadorizada em fantasmas ectoplasmáticos?
março 28th, 2014 às 6:11 PM
Veja que ele NÃO FAZ UM CORPO idêntico em substância ao do médium, embora possa simular até mesmo órgãos internos.
Simula tão bem que o Bien_boa respirava – ou objetivamente expirava CO2 -; e a
FlorrieKatie King suava.É bem simulado o ser.
março 28th, 2014 às 6:14 PM
Gorducho, desconfio que esteja mais provocando que em dúvida, &c.
Não, Analista Montalvão. Se bem me lembro nos 30 Anos o Richet diz que cunhou o termo ectoplasma. Como é usado em biologia real, fiquei curioso. Observe que nem o Professor sabe…
março 28th, 2014 às 6:23 PM
KKKKK! Balofo, &c.
Não Professor, não interessa. O Sr. tem uma fixação nessas pessoas. Lhe recomendo agendar com um psicólogo…
O Sr. acha que se o experimento passar na TV Globo – como vai acontecer se espíritos existirem e forem capazes de se comunicar – alguém vai dar bola para a opinião desses se não quiserem participar?
Quem aqui no Brasil os conhece, além do Sr.?
março 28th, 2014 às 8:15 PM
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“Metade do peso corporal é água”
ARDUIN – Larissa, nos meus tempos de graduação, tive oportunidade de ver e examinar medusas. Elas se mostravam suficientemente firmes, consistentes… mas são constituídas 90% ou mais de ÁGUA. Até por isso tem o nome de águas-vivas…
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COMENTÁRIO: há materializações de medusas?
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ARDUIN: Pois bem, o dito fantasma materializado faz algo parecido, tendo uma aparência sólida e tangível, compondo-se de matéria tirada do médium e de pessoas presentes. Veja que ele NÃO FAZ UM CORPO idêntico em substância ao do médium, embora possa simular até mesmo órgãos internos.
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comentário: se o espírito tira matéria do médium e dos presentes todos devem ostentar encolhimentos variados, não é? Tal aconteceu? Foi registrado nos anais correspondentes?
março 28th, 2014 às 8:50 PM
Arduin, vc não consegue mesmo perceber o absurdo da afirmação ” o médium perdeu metade do peso corporal”?
Faça as contas: % peso dos ossos + % peso dos órgãos + % peso dos músculos e chegue a brilhante conclusão que a não ser q o médium tenha perdido tecidos de seu próprio corpo, não poderia nunca perder 50% de seu peso em ectoplasma expelido para a materialização.
março 29th, 2014 às 12:48 AM
ARDUIN deve achar que metade do peso das pessoas é de uma matéria escura chamada ectoplasma.
Indetectável por meios físicos, quando a gente a cede para o espírito fica com a metade do peso, sem mudar nada no corpo.
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Engraçado que sempre que visito minha terra natal (Marte) fico com mais ou menos a metade do meu peso.
Será que tem algum fantasma em Marte se materializando às custas do meu ectoplasma?
março 29th, 2014 às 12:49 AM
Quando vou à Lua fico com um sexto de meu peso.
A lua deve ser cheia de fantasmas.
março 29th, 2014 às 1:37 AM
ESPIRITISMO 1.01
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O espírito é composto de Hialoplasma, Endoplasma, Complexo de Golgi, Lisossomos e Ribossomos . Com o Ectoplasma cedido pelo medium, ele fica completo.
O Ectoplasma é a porção mais externa do hialoplasma que apresenta-se mais consistente, também conhecido como Plasmagel. Pesa tanto quanto todos os demais componentes juntos.
No meu tempo de estudante era objeto da citologia, hoje chamada de biologia celular, nome mais elegante.
Na periferia do citoplasma, o citosol ( líquido citoplasmático ) é mais viscoso, tendo consistência de gelatina mole, sendo chamado de ectoplasma. Na parte mais central do espírito situa-se o endoplasma, de consistência mais fluida, sendo daí que saem os fluidos que fluidificam a água nos centros.
Em muitos espíritos a porção mais periférica do hialoplasma, o infame ectoplasma, fica no estado gel (plasmagel). Já a porção mais interna, o endoplasma, fica no estado sol (plasmassol).
março 29th, 2014 às 1:44 AM
ESPIRITISMO 1.02
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O ectoplasma, apesar de sua consistência gelatinosa, pesa pracaramba e tem aparência de gaze.
A gosma, quero dizer, ectoplasma, costuma escorrer pelo nariz e pela boca do médium. Não confundir com catarro ou baba.
Especula-se que escorra por outros orifícios também, mas o assunto ainda é controvertido na Ciência Espírita.
O ramo da Ciência Espírita que estuda o ectoplasma é conhecido como biologia celular ectoplasmática, dividindo-se em zooperispiritologia (a que estuda os fantasmas propriamente ditos, sejam ex-humanos ou outros animais) e botanoperispitologia (a que estuda os vegetais que abundam nas colônias espirituais).
março 29th, 2014 às 1:51 AM
ATENÇÃO! ISTO NÃO É BRINCADEIRA!
A Universidade Federal de Juiz de Fora-MG está com programa de pós graduação em ciência da religião.
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Espitirismo
Créditos: 04
Carga Horária: 60h
Ementa
Estudo do fenômeno nos seus aspectos sociais, culturais e históricos enquanto corrente de pensamento e movimento religioso nascido no contexto da modernidade. Exame de sua doutrina e cosmologia dentro de um projeto que visa articular Ciência, Filosofia e Religião combinando antigas concepções orientais do Hinduísmo e Budismo com o Evolucionismo moderno. Foco na sua transplantação da França para o Brasil, onde constitui-se como religião de letrados e de camadas médias. Compreensão de seus aspectos terapêuticos, éticos e de sua posição no campo religioso brasileiro particularmente em relação ao catolicismo e religiões afro-brasileiras.
Programa da Disciplina
Doutrina, Cosmologia: Evolução dos Espíritos, Reencarnação, lei de causa e efeito,livre arbítrio, perispírito.
Afinidades eletivas do Espiritismo com o Brasil: crenças nas “almas”, entidades protetoras, caridade, cura religiosa, Chico Xavier.
Espiritismo e camadas médias letradas: imprensa espírita, estudos e conferências.
Estruturação do movimento espírita: Federações e autonomia dos Centros espíritas, clivagens e correntes do movimento.
Espiritismo e relações no Campo religioso brasileiro: catolicismo e religões afro-brasileiras.
Dinâmica atual e transformações no Espiritismo na (pós) modernidade: relações com o meio new age e espiritualismos.
Bibliografia Básica
AUBRÉE, Marion, LAPLANTINE, François. La table, le livre et les esprits, naissance, évolution et actualité du mouvement social spirite entre France et Brésil. Paris: JC Lattés, 1990.
CAMARGO, Cândido Procópio. Kardecismo e Umbanda. São Paulo: Pioneira, 1961.
. Católicos, Protestantes e Espíritas. Petrópolis: Vozes, 1973.
CASTRO, Maria Laura Cavalcanti Viveiros de. O Mundo Invisível, cosmologia, sistema ritual e noção de pessoa no espiritismo. Rio de Janeiro: Zahar, 1983.
. O Que é Espiritismo. São Paulo: Brasiliense,1988
DAMAZIO, Silvia. Da Elite ao Povo. Advento e expansão do Espiritismo no Rio de Janeiro. Rio de Janeiro: Bertrand Brasil, 1994.
GIUMBELLI, Emerson. O cuidado dos mortos, uma história da condenação e legitimação do Espiritismo. Rio de Janeiro: Arquivo Nacional, 1997.
. Em nome da Caridade, Assistência Social e Religião nas Instituições Espíritas. V. I. Rio de Janeiro: Núcleo de Pesquisa ISER, 1995.
GREENFIELD, Sidney. “O Corpo como Casca Descartável: as Cirurgias do Dr. Fritz e o Futuro das Curas Espirituais”. Religião e Sociedade, 16/1-2, Rio de Janeiro, ISER, 1992.
HESS, David. “O Espiritismo e as Ciências”. Religião e Sociedade, nº 14/3, Rio de Janeiro, ISER, p. 42-48.
LEWGOY, Bernardo. O grande mediador, Chico Xavier e a cultura brasileira. Bauru: EDUSC, 2004.
RABELO Miriam C, MOTTA, Sueli Ribeiro , NUNES, Juliana Rocha.. “Comparando experiências de aflição e tratamento no candomblé, pentecostalismo e espiritismo”. Religião e Sociedade, Rio de Janeiro, 22/1, 2002.
ROSSUM Rogier Van. “Reencarnação dentro do contexto de Espiritismo e Umbanda”. Revista Concilium, nº 249, p. 68-76.
STOLL, Sandra Jacqueline. Espiritismo à Brasileira. São Paulo: Edusp, 2003.
WARREN, Donald. “A terapia espírita no Rio de Janeiro por volta de 1900”. Religião e Sociedade, 11/3, Rio de Janeiro, ISER/CER, 1984.
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QUEM ACHAR QUE ESTOU BRINCANDO, favor conferir em
http://www.ufjf.br/ppcir/mestrado/disciplinas-mestrado/espiritismo/
março 29th, 2014 às 1:53 AM
Mestrado em espiritismo é o fim do mundo.
Já não se fazem mais universidades como antigamente.
Teologia já era duro de engolir.
março 29th, 2014 às 7:08 AM
“MONTALVÃO: ué não sabia que a tira de pano (que foi uma hipótese) resolve todas as dúvidas e incongruências da mediunidade.”
– Não queira desviar-se do assunto, Moisés. Não é isso o que está sendo dito. O que Polidoro disse, junto com o Brookesmith, é que a tal tira de pano molhada PERMITIA BURLAR A FISCALIZAÇÃO DO GALVANÔMETRO. Essa é a hipótese defendida por esses caras. Contudo, NA OCASIÃO em que o experimento foi feito, ficou DEMONSTRADO que tal hipótese é INVIÁVEL. Isso é o FATO. Contudo, os sábios céticos tendem a recorrer a essa tira molhada reiteradas vezes, tal como os crentelhos criacionistas, que recorrem a velhos chavões (ex: a vida surgiu explosivamente no início do Cambriano e isso prova que foi criada por Deus), mesmo depois de já terem há muito sido desmentidos pela Ciência.
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“Até parece que foi a única objeção contra a realidade da comunicação levantada nesses (como é mesmo que você diz?) “oitenta anos” de investigação. Será que não percebe a ingenuidade de tal proposição?”
– Nada a ver. Estou mostrando a INSUFICIÊNCIA de uma hipótese específica para um caso específico.
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“.[…] Em verificações objetivas o “poder da fé” é desconsiderável. Posso ter fé que espíritos não comunicam. Posso ter fé que quem comunica são demônios, ou extraterrenos. Mas só vou saber se minha fé é fundamentada se submetê-la (se possível) a perquirição corroborativa. Se a fé não puder de modo algum ser aferida permanecerá do âmbito da crença, se se puder, como é o caso da comunicação, então que se faça e esclareça.”
– Não é o caso em questão: a hipótese de que a tira de pano molhada permitia burlar a fiscalização pelo galvanômetro foi testada e DESCARTADA. O Brookesmith diz ter usado uma tira dessas e que “funcionou”, mas não dá os protocolos, nem os números, nem descrição, absolutamente nada. Só “diz que”. Aqui sim entra a dita fé cética.
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“Digo a você que há material suficiente para amparar a afirmação de que espíritos não comunicam, mas essa certeza provisória pode ser facilmente destruída pela realização de examinações demonstrativas, que confirmem a presença de mortos entre vivos. Os maiores interessados em produzir essas provas deveriam ser os que, admiravelmente, fogem de aceitá-las…”
– As ÚNICAS provas que nos permitem checar se os espíritos são entes que animaram pessoas vivas é quando dão provas de identidade e ainda não vi direito quais são suas desculpas para rejeitar isso. Quanto ao resto, já muito foi dito: os médiuns produziram fenômenos que FORAM FISCALIZADOS e que não podiam ser atribuídos unicamente a truques ilusionistas. Mas tudo isso vai para baixo do tapete, certo?
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“2) ARDUIN: Ah! Ainda sobre o tal FIO EXTENSÍVEL, quero lembrá-lo, conforme diz Polidoro, que Fay e Houdini conversaram POR HORAS e que ela tranquilamente revelou-lhe TODOS OS SEUS SEGREDOS. Então se houve tira de pano molhada, se houve outro resistor, se houve fios extensíveis, ela DEVE TER REVELADO ISSO. Estranho Houdini ter optado apenas por apresentar um truque bobo e inviável e ainda dizer que ele só foi possível graças à queda de força no teatro…
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COMENTÁRIO: Arduin, Arduin, você não é bobo e deve saber que o que diz não tem qualquer fundamento. Houdini e Fay podem ter conversado por horas, mas não ficaram horas conversando sobre Crookes. Pelo visto, William Crookes era para Fay lembrança distante e esmaecida. Ela se referiu a ele casualmente, que conseguira ludibriar o ingênuo cientista (ingênuo nas lides mediúnicas, como pesquisador científico era respeitável), tão casual fora a lembrança que nem mais recordava corretamente os acontecimentos (outra hipótese é a de que Houdini ouvira a resumida e pouco esclarecida apreciação de Fay e a entendera distorcidamente). O fato é que Crookes rendeu pequena nota de rodapé no livro de Houdini, o que demonstra que dialogaram um quase nada a respeito. Ao mago das fugas interessava conferir como a mulher conseguira escapar dos contatos do galvanômetro, sem que o aparelho registrasse a fuga. Ela informou que simplesmente passara os contatos das mãos para os joelhos. Ela não entrou em detalhes, se houve toalha molhada, se utilizou filamentos extensores, se se esticou, nada, apenas deu a descrição sucinta de como desimpedira as mãos de agirem.
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Fay não descreveu detalhadamente como ludibriara Crookes, tampouco Houdini pediu-lhe que o fizesse, contentou-se o mágico com a curta informação que a amiga lhe dera e a considerou aceitável. NÃO SEI PORQUE INSISTE EM FAZER TAMANHA TEMPESTADE COM ESSE DETALHE, COMO SE DELE DEPENDESSE A HONESTIDADE DE HOUDINI E A REALIDADE DA CONVERSA, OU MESMO A SORTE DAS MATERIALIZAÇÕES. PONHA A NARRATIVA NOS LIMITES DE SEU ENTORNO E PARE DE QUERER TRANSFORMAR OVO DE LAGARTIXA EM DE AVESTRUZ.
– Como se vê, é construído TODO UM CASTELO DE CARTAS na tentativa desesperada de se salvar um babaca. Então Crookes seria ingênuo com relação à mediunidade… Mas na hora de provar essa ingenuidade, mesmo com todos os elementos à mão, o que acontece é que a montanha tremeu e rugiu e pariu um rato.
O livro onde Houdini relata o caso Eva Fay x Crookes NÃO TEM uma só referência de Crookes, ou seja, Houdini NADA LEU do que Crookes publicou.
Na hora de escrever sobre o assunto, topou com uma médium que o cientista estudou, mas nessa ocasião gastaram horas falando de trivialidades e sobre o caso do Crookes mesmo, ficou tudo resumido a uma BAITA DUMA BOBAGEM. E você e a comunidade cética ainda acham que Houdini era muito grande coisa…
O caso estudado é TÃO PEDRA NO SAPATO dos sábios céticos, que precisam do outro resistor, dos fios extensíveis, do pano molhado, da junta do joelho, do namorado, do cúmplice, do alçapão, da chave da escrivaninha, da queda de força no teatro… Quem dá mais?
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“Revelou-lhe todos seus segredos”… você toma a expressão ao pé da letra e não percebe o óbvio, que se trata de modo de falar.”
– Quem disse isso foi outro autor cético que Polidoro citou. E pareceu acreditar nele…
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“COMENTARIO ATUAL: o “fio extensível” a que se refere Arduin foi hipótese que apresentei, da qual não se safou condizentemente (confiram a alegação que postou) que explicaria sem grande dificuldade a malandragem da médium.”
– Eu ficaria mais contente se a Fay houvesse falado dele em vez de dizer uma MENTIRA (que se safou usando a junta do joelho). Mas ela NADA DISSE disso e acho muito estranha essa omissão. E não roube ideia dos outros: quem falou disso de fios extensíveis foi o Tomphson, mas não adianta: primeiro é preciso saber se os ditos fios estavam disponíveis na época (não ficou demonstrado que estavam), segundo teriam de ser desenrolados e enrolados e os contatos com os dedos fariam o galvanômetro oscilar feito iô-iô, e terceiro, Sergeant Cox ENTROU no local e viu a médium e uma fantasma materializada. Como os fios extensíveis fizeram essa fantasma aparecer?
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“Primeiramente, informo a Arduin e interessados (embora sei que sabem), que os truques de mágica normalmente utilizam artifícios simples, mas que não são trivialmente cogitados. Com o galvanômetro, levando-se em conta que Fay estivera, como todos os médiuns o fazem, abrigado de olhares na cabine indevassável, nada impediria que utilizasse um fio comprido para manter o circuito ligado e, ao mesmo tempo, poder se movimentar com relativa facilidade pelo ambiente. Um fio encompridante permitira transferir os contatos das mãos para os joelhos (ou manter uma das mãos segurando um polo e o outro preso ao joelho) e ter meios de caminhar pelo aposento.”
– É… Num local escuro podia correr o risco de pisar no fio e soltá-lo, fora o problema de desenrolar e enrolar de novo e mais ainda o fato de NÃO SABER como o teste ia ser feito. Antes ela ficava com os contatos na mão, livres. Agora os contatos foram fixados na parede. O truque mais bem bolado pode ir por água abaixo com uma simples modificação de última hora…
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“O fato dela ter dito que o evento se dera num teatro não significa de pronto que seja mentira, pode ser que Fay não mais recordasse por inteiro do acontecido e inseriu o cientista inglês (cujo nome está proibido de aqui ser repetido) onde ele não estivera. Quantos de nós não damos testemunho firme de experiência que vivenciamos e depois descobrimos que parte dela foi erroneamente relatada? Comigo aconteceu várias vezes.”
– Mas se o competente, estudioso e hábil em desmascarar médiuns Houdini ao menos houvesse lido sobre o assunto, principalmente o que Crookes publicou, perceberia o erro na hora e corrigiria a falha da testemunha. Porém como não fez nada disso, só me resta considerá-lo um historiador PORCARIA. Mas certamente os sábios céticos não concordam.
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3) ARDUIN — Que piada! Em seu comentário inicial, Broad ELIMINA a hipótese de fraude por bobina, tira de pano ou barra de grafite, pois TODAS elas dariam o efeito que ele comentou. Agora quanto à materialização real, o que Varley notou é que houve um AUMENTO DE RESISTÊNCIA quando o fenômeno começou (seria ele causado pela produção do ectoplasma?), mas depois houve VARIAÇÃO na leitura dentro de limites mais baixo (bobina, pano molhado e tira de grafite fariam isso?).
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COMENTÁRIO: meu jovem, você fica eletrogrudado ao galvanômetro e não observa o escandalosamente revelativo. Quando a fantasma apareceu detrás das cortinas, Varley não pôde conter o susto: “Oh! Você se parece muito com a médium!”. Florence Cook estava acostumada com Crookes, que não reagia ante a semelhança das duas (só reagiu quando se viu diante de críticas e tentou, dramaticamente, demonstrar que eram diferentes. Pelo visto só convenceu ao Arduin, que até achou diferenças nos septos nasais…) e não teve o cuidado de se maquiar para dar uma disfarçada. Podia haver mil galvanômetros controlando o experimento, a exclamação de Varley dizia tudo.”
– É, meu caro, estou eletrogrudado, pois se a coisa foi feita ASSIM, no galvanômetro deveria ter sido registrado ASSADO. E qual o drama do Crookes em mostrar as diferenças? E por que isso seria um drama? É o que se constatou: havia sessões em que o rosto da médium e da fantasma eram parecidos, mas em outros eram distintos.
Se pela exclamação de Varley, quer dizer que a fantasma e a médium eram muito parecidas porque a fantasma era a médium disfarçada, então como é que ela conseguiu burlar o galvanômetro? Vamos lá: faça o seu trabalho.
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4) VITOR: O Brookes-Smith explicou isso:
“Eu também descobri, tanto no museu quanto em experiências subsequentes, que quando o circuito era completado através de meu antebraço e mão cobrindo ambas as manivelas, o ato de segurar a segunda manivela com a minha mão livre não produziu uma deflexão correspondentemente grande do marcador devido ao caminho paralelo através de meu corpo como seria de se esperar. A resistência ôhmica entre quaisquer dois pontos no corpo parece ser quase a mesma e grande comparada com a mão que controla a resistência se a solução salina é forte, de forma que os truques de substituição de mão não precisam de nenhuma destreza em particular.”
– Essa “explicação” do Brookesmith é só uma variação do caso do joelho e NÃO RESOLVE o problema, pois não permitiria percorrer a biblioteca e entregar os livros às testemunhas. E lembro que não eram livros quaisquer, tirados ao acaso, mas livros relacionados com as ditas testemunhas. Que ironia essa: você quer que se prove que há espíritos e eu quero que você prove que as hipóteses de fraudes sejam demonstradas viáveis e que explicam tudo o que se registrou. O seu serviço é mais fácil, mas não consegue fazê-lo.
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COMENTÁRIO ATUAL: espero que se dê por satisfeito, ao menos pelos próximos meses, até que esqueça que o assunto foi abusivamente discutido e volte a dele falar como se fosse novidade.
– Não estou nem um pouco satisfeito, pois o assunto NÃO FOI resolvido. Só ficou em mais do mesmo. Mas só voltei a ele para os novatos saberem do que se trata. E para terminar:
A Ana Eva Fay encontrou-se com o Houdini, grande desmascarador de médiuns segundo os sábios céticos, ficou TODA ENCANTADA pelo charme dele, conversaram durante horas e aí revelou TODOS os seus truques. Entre eles como enganou o Crookes. Ela disse estar sem chances de fraudar pelo controle do galvanômetro, pois tinha de segurar ambos os contatos, um em cada mão. Mas para um golpe de sorte para ela e azar para o Crookes, faltou força no teatro onde ela se apresentava e aí ela substituiu uma mão pela junta do joelho e assim simulou a fantasma. O grande gênio Houdini nem se lembrou que o experimento foi feito em 1875, quando ainda não havia redes de energia elétrica e nem os teatros e casas eram iluminados com lâmpadas elétricas: a coisa era na vela e na chama de gás. Só por isso já se pode avaliar a competência dele.
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E a competência mentirosa do Polidoro também, pois ele conclui todo ufano:
_ Não há mais dúvidas de que tal truque de fato aconteceu.
O tal truque nunca aconteceu e, se tivesse acontecido, DARIA EM NADA. Portanto continuo afirmando: Massimo Polidoro mente para defender a fé cética.
março 29th, 2014 às 11:30 AM
Estudando, descobri quem liquidou com o espiritismo: foi a Kodak 🙁
Bizarrement, la mode des séances de spiritisme avec déplacements de lourdes tables et apparitions et matérialisations « d’ectoplasmes » perdit beaucoup de sa popularité à peu près à la même époque où la compagnie Kodak mis sur le marché son premier film sensible aux rayons infrarouges.
[Pierre Cloutier, Québec Sceptique, 35, p. 38, automne 1995].
março 29th, 2014 às 12:08 PM
Na verdade todos os médiuns de efeitos físicos morreram logo depois das materializações. Perderam os rins, fígado, coração, esqueleto e todos os músculos do corpo para produzir ectoplasma. Tal afirmação é verdadeira e pode ser comprovada com a pesagem do médium, que antes da sessão pesava 80 kg e depois passou a pesar somente 40 kg.
março 29th, 2014 às 6:14 PM
E para concluir minha afirmativa de que Polidoro é um mentiroso, vejam só o DESESPERO do Vitor e do Montalvão na tentativa de salvar os créditos do Houdini (ô, o pobrezinho limitou-se a colher os depoimentos de uma velha caduca e desmemoriada). Porém, Polidoro ENDOSSA o que Houdini registrou (a burla feita com a substituição de uma mão pela dobra do joelho:
POLIDORO: Eles conversaram por horas e ela revelou-lhe todos os seus segredos. “Ela falou livremente de seus métodos,” registrou Houdini. “Nunca em qualquer momento deu a entender que acreditou em espiritualismo.” Ela lhe disse como enganou Crookes no teste de elétrico: simplesmente colocou uma das manivelas da bateria na dobra do joelho, mantendo o circuito fechado, mas liberando uma mão para fazer como ele pediu.
(…)
Não existe mais dúvida, agora, de que aquele truque aconteceu de fato durante os testes de Crookes, exatamente como descrito por Annie Eva Fay; (…)
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Como se pode ver, Polidoro concorda que esse truque que a médium relatou ao Houdini EXPLICA TUDO.
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Agora vejamos pelo relatório publicado pelo Crookes, que Polidoro LEU, o que de fato aconteceu lá:
Começamos os testes às 8.55 da noite; o galvanômetro indicava uma deflexão de 211°, e a resistência do corpo da Sra. Fay correspondia a 6.600 unidades da British Association. Às 8.56 a deflexão era de 214°, e neste momento um sino de mão começou a tocar na biblioteca. Às 8.57, a deflexão era de 215°. Uma mão projetou-se para fora do gabinete no lado mais distante da Sra. Fay.
É importante que fique claro que eu estava em um lado da parede com o galvanômetro e que a Sra. Fay estava no lado oposto, segurando as manivelas, que foram soldadas aos pedaços de fios elétricos, e que ela as segurava tão firmemente que não podia mover suas mãos nem as manivelas dois centímetros à direita nem à esquerda, e que, sob aquelas condições, uma mão saiu da porta cortinada ao nosso lado, a uma distância de 90 cm da manivela de metal, e tudo isso aconteceu dois minutos depois que deixamos o quarto.
Às 8.58 a deflexão era de 208°; às 8.59 era de 215°, e neste momento uma mão saiu do outro lado da cortina, e deu uma cópia do jornal The Spiritualist para o Sr. Harrison.
Às 9 horas a deflexão era de 209°; neste momento uma mão foi vista novamente saindo e segurando uma cópia do livro de Serjeant Cox intitulado What am I? Às 9.1 a deflexão era de 209°, a mão apareceu novamente, e deu um pequeno livro Spectrum Analysis ao seu autor, que era um dos observadores.
Às 9.2 a deflexão era de 214°; uma mão era novamente visível e deu a uma viajante famosa que estava presente um livro intitulado Art of Travel.
Às 9.3, a mão jogou uma caixa de cigarros em outro cavalheiro que estava presente, e que era conhecido por ser inclinado ao uso da erva daninha. Eu posso afirmar que esta caixa de cigarros estava em uma gaveta trancada da minha escrivaninha quando a Sra. Fay entrou no quarto.
Às 9.4 a deflexão era de 213°. Novamente medi a resistência de corpo da Sra. Fay, que então correspondia a 6.500 unidades da British Association. Neste momento um pequeno relógio ornamentado, que pendia de um pedaço de manto a 1,5 metros da médium, nos foi oferecido.
Às 9.4 , a deflexão era de 210°; Serjeant Cox, e alguns dos outros observadores, disseram que eles viram uma forma humana completa de pé na abertura da cortina.
Às 9.5, observei o circuito ser subitamente interrompido. Entrei na biblioteca imediatamente, seguido pelos outros, e encontramos a Sra. Fay desfalecida, ou em transe. Ela estava deitada inconsciente na cadeira, mas foi reavivada em cerca de meia hora. Sendo assim, esta notável sessão durou exatamente 10 minutos.
Um pedaço de porcelana antiga, na forma de um prato, foi achado no topo de minha escrivaninha na biblioteca; ele não estava lá antes de as experiências começarem. Em minha sala de visitas de há uma moldura que circunda toda a parede, próximo ao teto, a mais ou menos 2,5 metros do chão; presos nesta moldura estão vários pedaços de porcelana antiga, inclusive alguns pratos pequenos. A Sra. Fay havia estado na sala de visitas talvez uma hora antes de a sessão começar, mas ela não esteve lá exceto na presença de várias testemunhas; o quarto estava bem iluminado, e ela teria que subir numa cadeira para alcançar um dos pratos próximos ao teto, e é claro que todos teriam visto se isto tivesse acontecido. Os pratos tinham estado naquelas molduras por semanas sem serem mexidos e nenhum membro de minha família tocou em nenhum deles. Um dos cavalheiros presentes disse que ele tinha certeza que o prato não estava na escrivaninha quando as experiências começaram porque ele observou a escrivaninha com a intenção livrar-se de um objeto colocando-o sobre ela. Muitos casos semelhantes de transporte de objetos sólidos de um lugar para outro por meio anormal estão registrados na literatura espiritualista.
Antes de a Sra. Fay vir a esta casa naquela noite, ela só conhecia os nomes de dois dos convidados que estariam presentes, mas durante a noite a presença que estava em ação exibiu uma quantidade incomum de conhecimento sobre as testemunhas e o curso de suas vidas. O livro Spectrum Analysis ainda não tinha registro literário, mas foi removido de seu lugar e dado ao seu autor. Embora eu geralmente saiba a posição dos livros em minha biblioteca, eu certamente não poderia achá-los na escuridão, e não tenho nenhuma razão para supor que a Sra. Fay soubesse qualquer coisa sobre o tal livro recém escrito, ou sobre minha biblioteca, ou que o livro fora escrito por uma das pessoas presentes.
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E agora eu pergunto: uma vez que os contatos estavam fixos na parede e se ela substituísse uma mão por um joelho, isso NÃO PERMITIRIA que ela se afastasse dali. Consequentemente, tudo o que é descrito no relatório seria IRREALIZÁVEL por esse truque apenas. Como ela SÓ FALOU QUE ISSO E NADA MAIS, e o Polidor acha que não há mais dúvidas de que foi isso mesmo, então continuo afirmando que ele é um mentiroso em defesa da fé cética, em nada diferente dos crentelhos que inventam mentiras para defender a Bíblia e as interpretações que fazem dela.
março 29th, 2014 às 6:27 PM
Tá, o Polidoro é mentiroso. Em q isso muda a fraude q é o espiritismo?
março 29th, 2014 às 6:30 PM
Arduin, o que o Polidoro registrou e endossa está CORRETO, mas INCOMPLETO.
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Brookes-Smith afirma que, em suas experiências sobre este teste, foi capaz de deslizar o braço ao longo de uma das manivelas e assim ter uma das mãos livre, e quando as manivelas foram fixadas ao longe ele foi capaz de substituir o seu corpo com uma fita úmida, e em ambos os casos, houve pouca variação na corrente.
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Note portanto que o soltar de uma das mãos existiu, mas foi completado com a fita úmida. Assim nem Houdini nem Polidoro mentiram. Lembre-se que a Fay está contando algo DÉCADAS depois de ocorrido, e lapsos seriam esperados.
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Stephenson continua:
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Obtive resultados similares em alguns testes que eu mesmo fiz sobre isso, usando maçanetas de portas de bronze como eletrodos, e o mesmo grau de variação é produzido quando uma manivela é colocada sob o joelho. A inserção de uma fita provavelmente produz variações iguais ou maiores. Tudo isso não afeta muito as conclusões de Brookes-Smith sobre a Sra. Fay, pois de fato tais oscilações existiram durante a primeira parte da sessão de 5 de fevereiro (M. & G., pág. 99).
(Nem as minhas nem as maçanetas de Brookes-Smith desenvolveram qualquer f.e.m. de retorno, nem, provavelmente, as de Crookes).
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Em uma carta para o Journal de setembro de 1964, o Sr. G. T. Thompson fez uma interessante sugestão de que a Sra. Fay pudesse ter vindo preparada com eletrodos alternativos e condutores os quais ela fosse capaz de ligar às manivelas. Essa e as outras especulações na carta dele parecem-me inteiramente compatíveis com as leituras que Crookes fornece.
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Eu concluo, junto com Thompson e Brookes-Smith, que a Sra. Fay bem pode ter fraudado mais ou menos como eles sugerem, tirando vantagens dos intervalos durante as medições de resistência.
março 29th, 2014 às 10:31 PM
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ARDUIN: Que tipos de resistores havia na época e que seriam adequados para ser usados nesse caso? Polidoro não diz e eu também não sei.
Só por isso já digo que ele é um mentiroso.
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COMENTÁRIO: prezado, não advogo em favor de Polidoro, mas me parece que desejaria que esse autor se manifestasse exatamente conforme sua cartilha: não o fazendo se torna mentiroso e “defensor da fé cética”. A meu ver, mesmo que seu raciocínio esteja correto (e em parte está, só não sei exatamente qual parte…), o episódio é miúdo frente ao todo da produção de Polidoro. Não se pode desmerecer um autor a partir de pequeno e discutível escorregadela, se é que se pode falar em tal…
março 29th, 2014 às 11:02 PM
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ARDUIN: – As ÚNICAS provas que nos permitem checar se os espíritos são entes que animaram pessoas vivas é quando dão provas de identidade e ainda não vi direito QUAIS SÃO SUAS DESCULPAS PARA REJEITAR ISSO.
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COMENTÁRIO: não tenho desculpas para “rejeitar isso”: já lhe disse estupidilhões de vezes que tais provas são subjetivas, não são universalizáveis. Como conferir se a satisfação do freguês retrata a realidade da comunicação? Então, ter milhares de gente se declarando atendida, por si só, não confere legitimidade ao comunicante. Fica faltando alguma coisa para fechar o processo. Esta coisa é confirmar se espíritos comunicam. Se a hipótese for firmada por evidências robustas, aí sim, pode-se passar para a fase de conferir a identidade do comunicante: a alma de um morto, um demônio disfarçado, um mocotó espiritual, um extraterreno que e diverte com os simplórios humanos, o anãozinho gigante, o incrível homem verde comedor de pedra, ou outro qualquer personagem do além. Enquanto não se tiver por seguro que entes não-materiais agem na natureza, pode-se postular que a comunicação não possui fundamentação satisfatória, sendo uma dentre muitas crenças que vagam ao léu sem tomar créu.
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ARDUIN: Quanto ao resto, já muito foi dito: os médiuns produziram fenômenos que FORAM FISCALIZADOS e que não podiam ser atribuídos unicamente a truques ilusionistas. Mas tudo isso vai para baixo do tapete, certo?
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COMENTÁRIO: irá para debaixo do tapete se não puder confirmar presentemente aquilo que os antigos garantem ter descoberto. Ciência não se faz com testemunhos históricos, se realiza com verificações continuadas da validade dos postulados. Se no passado investigadores demonstraram a comunicação mediúnica, sem dúvida, nos dias atuais a confirmação se obteria com igual ou mais facilidade. Não haveria esse nhenhenhém evasivo toda vez que se cobra o cumprimento desse essencial passo na legitimização dos contatos mediúnicos.
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“Falar” com espíritos sem ter a confirmação de que “eles” estão presentes e falam conosco equivale a conversar com extraterrenos sem verificar se existem, ou, concebendo que existam, se estão a fim de coloquiarem. Equivale a, na manhã de natal, achar um presente em seu nome e ter por certo que foi papai noel quem o deixou, sendo isso prova da existência do bom velhinho…
março 29th, 2014 às 11:23 PM
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ARDUIN: Agora quanto ao outro resistor, cabe ao autor da hipótese dar das sugestões. Que tipos de resistores havia na época e que seriam adequados para ser usados nesse caso? Polidoro não diz e eu também não sei.
Só por isso já digo que ele é um mentiroso.
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COMENTÁRIO: Arduin, creio que lhe devo um reconhecimento: visto que a maioria dos comentaristas admite não ter lido Polidoro, nem se interessar em lê-lo, você pode insistir em seu discurso sem ser diretamente confrontado nas alegações que emite. Não sei porque essa rejeição ao pobre Massimo, mas entendo que todos devem se basear no fato de não ter havido continuidade na “obra dos espíritos”, tampouco o notável conhecimento que os antigos teriam conquistado ser inconfirmável hodiernamente. Este pontos bastam para desestimular quem não interessado em melhor conhecer o passado a investir tempo examinando o ataque contra o analista italiano.
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Só que, meu caro, dentre os múltiplos equívocos em sua argumentação, destaca-se que todos seus canhões retrucativos estão praticamente direcionados contra Polidoro. Mesmo que esteja você correto e, consequentemente, Massimo Polidoro seja um mentiroso contumaz, isso não muda um dedinho da realidade, qual seja, a de que a “verdade” que alguns pesquisadores centenários propuseram existir hoje não é achada. Visto não ter outra saída senão reconhecer isso, mesmo que pelo silêncio, consola-se que tenha encontrado uma falha na manifestação do comentarista cético e a hiperboliza, intentando fazer de um caso pontual uma bomba capaz de explodir com todos os argumentos contrários à realidade da comunicação. O problema (seu problema) é que pensa estar de posse de uma bomba nuclear quando o que tem é uma bombinha de São João, um mero estalinho…
março 29th, 2014 às 11:53 PM
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ARDUIN: […]Estou sustentando que Polidoro MENTE em defesa da fé cética, coisa que eu esperaria de qualquer crentelho e é o caso.
[…] Então o que a HONESTIDADE mandaria ele dizer? Que os dois amigos mais céticos que o Crookes testaram o pano úmido para unir os contatos. O circuito era fechado, mas a resistência não batia com a do corpo de uma pessoa. Só conseguiram chegar a um valor próximo a isso porque Crookes cantava os valores lidos e a cada vez que mexiam no pano, o galvanômetro oscilava, mostrando que a médium não teria como ajustar o tecido sem ser descoberta. Como era uma fonte de erro, Crookes aceitou o pedido deles para afastar os contatos. Isso é o que eu esperaria de um cético HONESTO.
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COMENTÁRIO: é isso o que “você esperaria”, mas será que era nisso que Polidoro pensava quando expressou seu ponto de vista? Vamos ver o que foi que o italiano declarou:
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POLIDORO: “Para uma sessão adicional, dois dos convidados eram mais céticos que o anfitrião. Quando eles inspecionaram o controle elétrico do sistema, antes de a sessão começar, descobriram que um lenço úmido estirado entre as manivelas manteria o circuito aberto. Por sugestão de um destes homens, Crookes afastou as manivelas até a distância na qual um lenço não pudesse ser colocado entre elas. APARENTEMENTE NINGUÉM CONSIDEROU A POSSIBILIDADE DE QUE PODERIAM SER USADOS UMA TIRA DE PANO MAIOR OU ALGUM OUTRO TIPO DE RESISTOR.”
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COMENTÁRIO: é o trecho em caixa alta que fez Arduin transformar Polidoro de um analista da história em reles mentiroso. Mas qual foi o crime? O que está sendo dito é que o cientista inglês pôs as manivelas distantes o suficiente para que um lenço (tamanho padrão) não pudesse preencher o vazio entre elas. Então, Polidoro raciocina que um pedaço de pano maior ou OUTRO RESISTOR poderia ser utilizado e o distanciamento extra ficaria sem efeito.
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No entanto, Polidoro não afirma que o truque foi esse, em comentário precedente ele afirma: “Fay conseguiu, DE ALGUMA MANEIRA, produzir suas manifestações, apesar de o contato ter permanecido constante.”
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O que Polidoro comenta são as fragilidades do controle: não diz que o truque foi exatamente com uma tira de pano úmida. Quem afirmara que uma tira de pano úmido manteria o contato foram os amigos de Crookes, não Polidoro. Ele apenas ressalta que o distanciamento entre as manivelas não era suficiente para evitar truques. Mas, como o autor não se manifestou redativamente como Arduin acha que deveria ter feito, pronto, a partir de então, na cabeça arduínica, Polidoro tornou-se um falsário da verdade.
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No seguimento do artigo de Polidoro, este noticia que o empresário de Fay procurara Maskeline propondo-lhe revelar os truques utilizados pela mulher, em troca de uma bonificação. Isso porque a declaração ddada por Crookes de que não achara engodos no espetáculo de Fay dera quase nenhum incremento de público no espetáculos. Felizmente para Crookes e para Arduin, Maskeline recusou a proposta…
março 29th, 2014 às 11:57 PM
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“MONTALVÃO: ué não sabia que a tira de pano (que foi uma hipótese) resolve todas as dúvidas e incongruências da mediunidade.”
ARDUIN- Não queira desviar-se do assunto, Moisés. Não é isso o que está sendo dito. O que Polidoro disse, junto com o Brookesmith, é que a tal tira de pano molhada PERMITIA BURLAR A FISCALIZAÇÃO DO GALVANÔMETRO. Essa é a hipótese defendida por esses caras. Contudo, NA OCASIÃO em que o experimento foi feito, ficou DEMONSTRADO que tal hipótese é INVIÁVEL.
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COMENTÁRIO: onde foi que Polidoro declarou que o truque foi feito com a tira de pano molhado? Parece-me que, esses anos todos, vem dizendo coisa que o comentarista não disse, ao menos não da maneira com vem interpretando.
março 30th, 2014 às 12:03 AM
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ARDUIN – Não é o caso em questão: a hipótese de que a tira de pano molhada permitia burlar a fiscalização pelo galvanômetro foi testada e DESCARTADA. O Brookesmith diz ter usado uma tira dessas e que “funcionou”, mas não dá os protocolos, nem os números, nem descrição, absolutamente nada. Só “diz que”. Aqui sim entra a dita fé cética.
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COMENTÁRIO: estou vendo que minha hipótese a respeito de seu opinamento só se confirma: o que você quer é que esses autores (Polidoro e Brookesmith) se manifestassem como acha que deveriam, visto não o terem feito, se tornaram, aos seus olhos, deturpadores da verdade. Ora, Brookesmith diz apenas que confirmou que uma tira de pano molhada não interrompia o circuito, ou seja, que esta poderia ser uma opção de truque, mas, se não estou equivocado, ele não asseverou que a tramóia fora por aí. Creio que aqui temos um dado verificável: quem duvidar de Brookesmith pode realizar testagens com o pano molhado e ver se realmente mantém o circuito íntegro…
março 30th, 2014 às 12:13 AM
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Outra demonstração de que Arduin se arroja contra a forma como os comentaristas se pronunciaram: se esta não condiz com o que ele acha seja a maneira correta, os autores não mais dele merecem consideração, por melhores que sejam…
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ARDUIN – Como se vê, é construído TODO UM CASTELO DE CARTAS na tentativa desesperada de se salvar um babaca. Então Crookes seria ingênuo com relação à mediunidade… Mas na hora de provar essa ingenuidade, mesmo com todos os elementos à mão, o que acontece é que a montanha tremeu e rugiu e pariu um rato.
O LIVRO ONDE HOUDINI RELATA O CASO EVA FAY X CROOKES NÃO TEM UMA SÓ REFERÊNCIA DE CROOKES, OU SEJA, HOUDINI NADA LEU DO QUE CROOKES PUBLICOU.
Na hora de escrever sobre o assunto, topou com uma médium que o cientista estudou, mas nessa ocasião gastaram horas falando de trivialidades e sobre o caso do Crookes mesmo, ficou tudo resumido a uma BAITA DUMA BOBAGEM. E você e a comunidade cética ainda acham que Houdini era muito grande coisa…
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COMENTÁRIO: quer dizer, por Houdini não ter dado muita atenção à pesquisa mediúnica de Crookes ele deixa de merecer consideração. Ora, no máximo, poderia lamentar esse descaso, e não partir de um fato específico para com ele desqualificar o comentarista. Pelo visto, o Crookes-investigador-mediúnico, fora dos círculos espiritualistas, não era levado a sério. Hoje, quem tenta resgatá-lo continuam sendo os mediunistas: a investigação mediúnica de Crookes em nada sensibilizou a ciência, diferentemente de seu trabalho como cientista. Em outra palavra, o que em William Crookes foi aproveitável se aproveitou, o que não servia ficou no passado.
março 30th, 2014 às 12:23 AM
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ARDUIN – É… Num local escuro podia correr o risco de pisar no fio e soltá-lo, fora o problema de desenrolar e enrolar de novo e mais ainda o fato de NÃO SABER como o teste ia ser feito. Antes ela ficava com os contatos na mão, livres. Agora os contatos foram fixados na parede. O truque mais bem bolado pode ir por água abaixo com uma simples modificação de última hora…
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COMENTÁRIO: alegação frágil: artistas são versáteis, não ficam tropeçando nas coisas, a não ser casualmente. Os contatos fixados na parede não devem ter incomodado Fay, tanto que ela perpetrou a espetáculo sem dificuldade. Modificação de última hora, que me parece fosse eficaz, seria Crookes dizer a Fay: “vamos usar o galvanômetro e VAMOS TIRAR A CABINE, deixaremos luz fraca, suficiente para não ofender o espírito e acompanharemos tudo, tintim por tintim, verificaremos as oscilações do aparelho e saberemos porque ocorreram.”
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Os experimento de Crookes são frágeis por muitos motivos, um deles foi o de ter se sujeitado às exigências do médium, permitindo que ficasse oculto na cabine. Não há desculpa satisfatória para essa falha.
março 30th, 2014 às 12:31 AM
“Não se pode desmerecer um autor a partir de pequeno e discutível escorregadela, se é que se pode falar em tal…”.
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COMENTÁRIO: É o desespero, meu caro. Tipo tábua de salvação, você se agarra a ela com unhas e dentes.
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“Ciência não se faz com testemunhos históricos, se realiza com verificações continuadas da validade dos postulados”.
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COMENTÁRIO: Se os experimentos vierem (duvido muito) e eu tiver oportunidade de estar presente (duvido mais ainda), terei um prazer inenarrável em ver como a teoria se comporta na prática.
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“Arduin, creio que lhe devo um reconhecimento: visto que a maioria dos comentaristas admite não ter lido Polidoro, nem se interessar em lê-lo, você pode insistir em seu discurso sem ser diretamente confrontado nas alegações que emite”.
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COMENTÁRIO: Nosso debatedor foi genial em acusar um desconhecido para os demais comentaristas. Como podemos refutá-lo se não conhecemos o acusado? Ele está agarrado a Polidoro da mesma forma que alguém que está se afogando se agarra até a um “torpedo”.
(Não sei na terra de outros analistas também é usado este termo de gíria. ARDUIN vive entendendo de forma errada expressões cariocas que uso. Torpedo é um cocô boiando na praia).
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“Mesmo que esteja você correto e, consequentemente, Massimo Polidoro seja um mentiroso contumaz…”.
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COMENTÁRIO: Até agora, SUPOSTAMENTE, Polidoro poderia ser acusado de UMA mentira, se for VERDADE a acusação de ARDUIN. Isto não o torna um mentiroso CONTUMAZ, mesmo que admitamos que faltou com a verdade nesse particular (ad argumentandum tantum).
No mais, concordo com o mestre MONTALVÃO, quanto à bombinha de São João.
O que ARDUIN faz é o que alguns (maus) advogados fazem. Tempestade em copo d’água.
março 30th, 2014 às 12:42 AM
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ARDUIN: – Eu ficaria mais contente se a Fay houvesse falado dele em vez de dizer uma MENTIRA (que se safou usando a junta do joelho). Mas ela NADA DISSE disso e acho muito estranha essa omissão. E não roube ideia dos outros: quem falou disso de fios extensíveis foi o Tomphson, mas não adianta: primeiro é preciso saber se os ditos fios estavam disponíveis na época (não ficou demonstrado que estavam), segundo teriam de ser desenrolados e enrolados e os contatos com os dedos fariam o galvanômetro oscilar feito iô-iô, e terceiro, Sergeant Cox ENTROU no local e viu a médium e uma fantasma materializada. Como os fios extensíveis fizeram essa fantasma aparecer?
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COMENTÁRIO: o fato de Fay não ter falado em fio extensor não significa que não tenha sido por aí, muito menos que seja mentira. Ela destacou que desvencilhara a mão passando o contato para o joelho. Creio mesmo que o fio comprido esteja implícito nesse contexto, pois não bastaria trocar o contato de lugar para que ela pudesse se movimentar com certa liberdade (assim me parece) a sala/biblioteca não era tão pequena que permitisse só se esticar para fazer as coisas, portanto ele precisava de um esticador.
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Não roubei ideia alheia, a hipótese me ocorreu sem que eu soubesse do que Thompson dissera, mas não cobro louvores, creio que quem reflita um pouco a respeito do acontecido acabará chegando a igual conclusão. Engraçado que só agora comenta que esse Thompson propusera essa solução. Em todos esses anos que o vejo defendendo a irreprochabilidade da técnica averiguativa de Crookes e execrando Polidoro não lembro de ter lido um comentário seu a respeito. Será que percebeu ser esta uma resposta satisfatória e não quis enfrentá-la?
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Não queira vender dificuldades para criar facilidades ao que defende. Fios provavelmente estavam disponíveis, afinal já existiam. Fay pode ter contado com a assessoria de quem conhecesse do assunto e municiou-se do material. Esconder um pedaço de fio não deve ser muito difícil, creio não fossem necessário nada muito comprido. O ensaio teria de se concentrar em tirar o pólo da mão e transferí-lo para o joelho sem quebrar o circuito: nada que um artista esperto não pudesse dar conta.
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Como pode ver, temos uma hipótese razoável a ser explorada… Em vez de ficar negando por negar, deveria refletir melhor nesse caminho.
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O depoimento de Sargeant não pode ser válido. Por que só ele conseguiu essa licença de entrar na cabine? Desconheço outros experimentos em que Crookes estivesse acompanhado e que vistas na cabine fossem praticadas. Alegação extraordinária sem a devida confirmação não me parece merecedora de crédito. Mesmo porque, conforme bem sabemos, na suspeita história das materializações, os médiuns não admitem presenças no seu esconderijo…
março 30th, 2014 às 10:48 AM
“Tá, o Polidoro é mentiroso. Em q isso muda a fraude q é o espiritismo?”
– Não se prova que algo é uma fraude recorrendo-se a mentiras para desacreditá-lo. Se os sábios céticos precisam mentir para TENTAR mostrar que o Espiritismo é fraude, então começo a duvidar de que o Espiritismo seja mesmo uma fraude…
março 30th, 2014 às 10:58 AM
Desde que frequento esse blog vejo muita discussão a respeito do tal Polidoro, despertada principalmente pela recorrência com que Arduin coloca o assunto aqui. Porém até agora não entendi que conclusões importantes se poderia tirar, caso FOSSE provado que o tal Massimo mentiu, além de que ele era mesmo um indivíduo mentiroso.
março 30th, 2014 às 11:02 AM
Aqui ninguém nunca recorreu ao Polidoro para nada. Ninguém conhecia, e virtualmente não conhece, o Polidoro, exceto por ter-se obrigado a ler algum trecho de tanto que o Sr. bobamente o cita.
À exceção do Analista Marciano que relata sempre ter sido descrente, e do Analista Montalvão cuja origem não sei, a maioria dos demais têm origem no Espiritismo. Por termos muitos anos e muita experiência e que sabemos não haver evidencias para as alegações dos Crentes.
Sabemos que o Kardecismo é constituído por 2 pilares:
– Mesmerismo: donde vêm os “fluídos”, os sonâmbulos (rebatizados como “médiuns”), e os passes.
– Escritos de alguns dos socialistas românticos, de donde vêm os “ensinamentos” dos “espíritos” (que na verdade claro que se pode dizer que eram “espíritos”, mas de cidadãos vivos).
O que isso tem a ver c/o Polidoro, e onde ele entra na história, exceto nos seus delírios?
março 30th, 2014 às 11:08 AM
Analista Montalvão: por favor informe a origem de seus conhecimentos (que observa-se serem muitos) sobre o Espiritismo, para ver se o Professor para com essa estultícia do Polidoro: que que nós tenhamos sido de alguma forma influenciados por ele.
março 30th, 2014 às 11:29 AM
“Brookes-Smith afirma que, em suas experiências sobre este teste, foi capaz de deslizar o braço ao longo de uma das manivelas e assim ter uma das mãos livre, e quando as manivelas foram fixadas ao longe ele foi capaz de substituir o seu corpo com uma fita úmida, e em ambos os casos, houve pouca variação na corrente.”
– Sobre o Brookesmith:
1 – Descreve MUITO MAL E PORCAMENTE o que fez, muito diferente do que um bom cientista faria.
2 – A que distância estavam os contatos entre si e a que distância eles estavam da parede? Sim, pois se estavam muito afastados entre si, não daria para se dobrar o braço, fazê-lo deslizar entre os contatos até conseguir agarrar o outro para libertar uma mão. E se os contatos estivessem perto demais da parede, não daria para passar o braço entre eles e ela.
3- Com relação à tal fita úmida. Antes você, Vitor, fez um malabarismo danado para dizer que a fita era só uma auxiliar, mas que não perdera contato com o corpo, que se mergulhada na solução salina junto com as mãos, ficaria com a mesma resistência do corpo da pessoa… ESPECULAÇÕES DESESPERADAS. Pelo texto do Brooke aí, diz: “foi capaz de SUBSTITUIR o seu corpo com uma fita úmida”. E mais ainda: “e em ambos os casos, houve POUCA variação na corrente”.
Então me explique uma coisa: como é que os dois amigos mais céticos que o Crookes NÃO CONSEGUIRAM substituir um corpo humano por uma fita de pano úmida na bamba, como é que o Brookesmith conseguiu? Qual foi a mágica que ele usou? Ele explica isso DETALHADAMENTE no seu bem feito e caprichado trabalho? Se explica, eu não vi (as dançarinas do Diabo devem estar fazendo mal à minha vista…).
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“Note portanto que o soltar de uma das mãos existiu, mas foi completado com a fita úmida. Assim nem Houdini nem Polidoro mentiram. Lembre-se que a Fay está contando algo DÉCADAS depois de ocorrido, e lapsos seriam esperados.”
– Vitor, em seu desespero para salvar Houdini, você insiste nessa fita úmida, mas até agora não postou por aqui o esquema sequenciado para indicar onde ela entra e torna o truque viável. E apelar para a desmemória da Fay para explicar as lacunas jamais ditas e, de quebra, o teatro e a queda de força é simplesmente ridículo, pois se o Houdini tivesse cérebro, perceberia que algo estava errado.
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“A inserção de uma fita provavelmente produz variações iguais ou maiores. Tudo isso não afeta muito as conclusões de Brookes-Smith sobre a Sra. Fay, pois de fato tais oscilações existiram durante a primeira parte da sessão de 5 de fevereiro”
– PROVAVELMENTE produz variações iguais ou maiores… Quer dizer que o tão meticuloso Stephenson, que se deu ao trabalho de arrumar até um atriz para bancar médium não se lembrou de testar isso? Que pena…
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“Em uma carta para o Journal de setembro de 1964, o Sr. G. T. Thompson fez uma interessante sugestão de que a Sra. Fay pudesse ter vindo preparada com eletrodos alternativos e condutores os quais ela fosse capaz de ligar às manivelas. Essa e as outras especulações na carta dele parecem-me inteiramente compatíveis com as leituras que Crookes fornece.”
– Seria uma boa se esse tal Thompson houvesse descrito como seriam os tais eletrodos alternativos e condutores, naturalmente compatíveis com os existentes em 1875, e que se fizessem TESTES (e não meras especulações) para ver se as tais leituras seriam mesmo compatíveis. COMPATÍVEIS COM O EXPERIMENTO DA BIBLIOTECA, aquele que foi publicado e não com experimentos PRELIMINARES.
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“Eu concluo, junto com Thompson e Brookes-Smith, que a Sra. Fay bem pode ter fraudado mais ou menos como eles sugerem, tirando vantagens dos intervalos durante as medições de resistência.”
– Seria outra boa coisa se o Stephenson, já que defende essa hipótese, TESTASSE os tais “intervalos de leitura” para verificar se o que é sugerido pelo Thompson e Brookesmith seria viável (não é porque tudo se resumia a VIRAR UMA CHAVE para mudar o contato e fazer a leitura de resistência e não ter de fazer todo um malabarismo e mudar tudo de lugar, para se fazer a dita leitura. Confira:
“Começamos os testes às 8.55 da noite; o galvanômetro indicava uma deflexão de 211°, e a resistência do corpo da Sra. Fay correspondia a 6.600 unidades da British Association. Às 8.56 a deflexão era de 214°, e neste momento um sino de mão começou a tocar na biblioteca. Às 8.57, a deflexão era de 215°. Uma mão projetou-se para fora do gabinete no lado mais distante da Sra. Fay.”
– A leitura da resistência e o retorno à leitura de deflexão levou apenas UM segundo. E de novo faço a pergunta: se a médium não está no circuito, quando deve ser o valor da resistência?
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Como vê, Vitor, o Crookes, a quem você acusa de burrice e incompetência fez um trabalho muito melhor que o Houdini, Thomphson, Brookesmith e Stephenson, já que esses últimos apenas ESPECULAM o que se poderia ter feito, mas não TESTARAM nada disso. Só você para achar que foram grande coisa.
março 30th, 2014 às 11:39 AM
“Não se pode desmerecer um autor a partir de pequeno e discutível escorregadela, se é que se pode falar em tal…”
– Quando esse autor é militante de uma causa em defesa da superioridade da Ciência e da Razão, em oposição à fé burra e irracional dos crentelhos, e aí o pego MENTINDO para defender a fé cética, tal deslize tem para mim o mesmo valor do deslize do Jimmy Swaggart. Ele era um televengelista, muito defensor da moral e dos bons costumes como ensinados na sagrada Bíblia… mas foi flagrado num motel trepando com uma prostituta.
março 30th, 2014 às 11:45 AM
“tais provas são subjetivas, não são universalizáveis”
– Estamos lidando com material HUMANO, em nível de comportamento, e portanto não são universalizáveis como se dissolver uma pitada sal de cozinha num copo dágua. Contudo, subjetivo não é sinônimo de MENTIROSO. Fica muita forçada de barra alegar que TODOS os depoimentos nestes casos necessariamente tem que ser mentirosos. Para isso, eu teria de apelar para a mesma coisa que os sábios céticos dizem combater: FÉ.
março 30th, 2014 às 11:47 AM
“Mesmo que esteja você correto e, consequentemente, Massimo Polidoro seja um mentiroso contumaz, isso não muda um dedinho da realidade, qual seja, a de que a “verdade” que alguns pesquisadores centenários propuseram existir hoje não é achada. ”
– Essa verdade é achada por quem a procura ou ao acaso para quem a merece. O Polidoro é para mim o cético favorito pois ele precisa mentir para refutar a tal “ciência histórica” como você diz. Se essa ciência histórica houvesse sito TÃO MAL FEITA quanto os céticos alegam, então não haveria necessidade disso.
março 30th, 2014 às 12:36 PM
Oi, Arduin,
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comentando:
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01 – “Sobre o Brookesmith: 1 – Descreve MUITO MAL E PORCAMENTE o que fez, muito diferente do que um bom cientista faria.”
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Mas Brookes-Smith foi capaz de demonstrar para Stephenson o método de fraude e de fornecer mais detalhes.
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No Journal de março de 1965 Brookes-Smith discute a idéia de que Florence poderia ter movido os eletrodos de seus braços para (digamos) o topo de suas meias, e então se disfarçado de Katie. Ele relata alguns experimentos que ele fez em si próprio como sujeito, e concluiu que teria sido bastante fácil fazer o mesmo. Agradeço ao Sr. Brookes-Smith pela demonstração deste método de fraude, e também por me dar alguns números exatos para as mudanças na corrente produzidos durante a operação.
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Bem diferente de Crookes, que destruiu o material de pesquisa (várias fotografias), o Brookes-Smith guardou seus dados e pôde fornecê-los quando solicitado….
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02 – “A que distância estavam os contatos entre si e a que distância eles estavam da parede? Sim, pois se estavam muito afastados entre si, não daria para se dobrar o braço, fazê-lo deslizar entre os contatos até conseguir agarrar o outro para libertar uma mão. E se os contatos estivessem perto demais da parede, não daria para passar o braço entre eles e ela.”
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Brookes-Smith diz:
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Na primeira experiência, as manivelas foram atarraxadas para baixo, separadas inicialmente cerca de 30 centímetros projetando-se horizontalmente do topo do assento do laboratório para simular as condições das experiências de 1875 com a Sra. Fay.
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E ainda diz:
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Tanto a mão direita como a esquerda podiam ser liberadas em pouco mais de um segundo por este estratagema, que foi subsequentemente repetido com as manivelas separadas 60 centímetros.
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03 – “Então me explique uma coisa: como é que os dois amigos mais céticos que o Crookes NÃO CONSEGUIRAM substituir um corpo humano por uma fita de pano úmida na bamba, como é que o Brookesmith conseguiu? Qual foi a mágica que ele usou? Ele explica isso DETALHADAMENTE no seu bem feito e caprichado trabalho? Se explica, eu não vi (as dançarinas do Diabo devem estar fazendo mal à minha vista…).”
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Eles – os amigos de Crookes – não conseguiram substituir em uma solução salina diferente. Mas a Fay usou a MESMA solução salina utilizada no experimento. Ela não trouxe a fita já molhada de casa…. acertar a combinação salina preparada em casa com a solução salina do laboratório é que seria algo muito difícil…
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Brookes-Smith fez isso de forma bem fácil:
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Alternativamente, ela poderia ter escondido uma fita comprida em seu vestido, embebida em solução salina ao mesmo tempo em que ela molhava as suas mãos (pág. 97) e quando deixada só na escuridão, ela poderia ter amarrado a fita de uma manivela até a outra sem quebrar a continuidade do circuito, e então livrar ambas as mãos. Este truque pode ser fácil e convincentemente repetido, mas a fita deve ser larga ou dobrada e a solução salina forte. Mesmo com as manivelas separadas por 60 centímetros, não existe nenhuma grande dificuldade em fazer este truque sem grandes oscilações no galvanômetro.
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Crookes não relata se os seus amigos embeberam o lenço usado na mesma solução salina (forte). Ele apenas diz:
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Meus amigos inspecionaram estas condições, e dois deles, membros famosos da Royal Society, tentaram tudo o que foi possível, conectando os dois terminais com um lenço úmido. Em meio a uma série de ajustes cuidadosos, eles me consultavam sobre a quantidade de deflexão que havia sido produzida no galvanômetro, de modo que com o tempo obtiveram uma quantidade de resistência equivalente a de um corpo humano. Porém, isto não teria sido possível sem as informações do galvanômetro, que indicava violentas oscilações do raio de luz e denunciava que eles estavam tentando restabelecer um novo contato através de algum tipo de truque. Após a sugestão de um deles, e para prevenir futuros erros, as manivelas de metal foram fixadas bem distantes uma da outra. Feito isso, ele expressou estar satisfeito, pois sabia que nem ele mesmo, nem qualquer outra pessoa poderia repetir a experiência com o lenço que ele acabara de exibir.
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Notou como Crookes não informa se o lenço usado foi umedecido na mesma solução salina (forte)? Tivesse sido, teria dado certo… tanto que Brookes-Smith conseguiu.
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04 – “PROVAVELMENTE produz variações iguais ou maiores… Quer dizer que o tão meticuloso Stephenson, que se deu ao trabalho de arrumar até um atriz para bancar médium não se lembrou de testar isso? Que pena…”
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Stephenson não julgou necessário, já que ele mesmo disse que “Desde já devo dizer que as condições dos testes em Fay não me parecem muito satisfatórias. Se Crookes foi um investigador de boa fé, não vejo porque ele quebraria o circuito a todo instante para então registrar a leitura da resistência; isso não acrescenta nada de valor à evidência e, se ela podia ouvir o que estava acontecendo, isso daria à Sra. Fay a oportunidade de mexer no circuito. “. Stepheson assim se centrou em replicar os experimentos realizados com Florence. Se ele provasse que era possível burlar os experimentos com Florence, então era possível burlar os experimentos com Fay também, já que as condições com Fay seriam mais frouxas. Além disso, Smith já tinha feito um trabalho bastante bom nesse sentido. Desnecessário, portanto.
março 30th, 2014 às 1:29 PM
GORDUCHO, é isso mesmo. Eu sempre fui descrente, desconfiado, cético.
Tive contato logo na infância com várias religiões opostas, através de pais e parentes.
Isto acirrou minha descrença, pois as crenças deles eram mutuamente exclusivas.
Estudei um pouco de várias das religiões de meus pais e parentes, catolicismo, kardecismo, umbanda, candomblé, TJ, assembleia de deus.
Fiquei mais convencido ainda, principalmente com a leitura da bíblia, que é a origem recente ou remota da maioria delas (exceto o candomblé, que mesmo assim teve influências cristãs aqui no Brasil e na África).
Interessei-me por outras, quando descobri que havia religiões não cristãs.
Li sobre os vários budismos, islamismos, mórmons (cristãos mais malucos) e outras religiões.
Sedimentei mais ainda minha descrença.
Ultimamente tenho lido algo da turma cética, mas nem precisava.
Não conheci Polidoro.
Tenho mais intimidade com os ateus do passado (Nietzsche e outros) e com os 4 cavaleiros do apocalipse (Dawkins e cia.), tendo lido alguns livros de Sagan, que eu considero um pouco ingênuo, porque ele acreditava na equação de Drake e em vida em outros planetas.
Ao estudar seleção natural, aprender noções muito básicas de geologia e astrofísica, fiquei mais ainda convencido de que não existe nem precisa existir NADA fora do mundo material.
Algumas coisas que estudei de psicologia explicaram, para mim, a razão de tanta inocência por parte de pessoas inteligentes.
Resumindo, é isso.
março 30th, 2014 às 1:48 PM
O ponto que eu queria colocar mesmo é que acredito que ninguém aqui tenha seus conhecimentos originados ou influenciados pelo Sr. Polidoro. E no entanto o Professor fuca insistindo, insistindo em citar esse escritos que “ninguém” (no sentido figurado do termo, claro) conhece aqui.
Eu mesmo nunca tinha ouvido falar antes das citações do Professor. Sabemos que o Crookes (não adianta omitir o nome pois que o assunto retornou ao normal) era um bocó pelas fotos; pela destruição delas; e pelo fato dos alegados fenômenos não ocorrerem sob condições controladas no tempo presente.
Onde é que o Sr. Polidoro entra nisso? Só na cabeça do Professor…
março 30th, 2014 às 11:00 PM
GORDUCHO: Analista Montalvão: por favor informe a origem de seus conhecimentos (que observa-se serem muitos) sobre o Espiritismo, para ver se o Professor para com essa estultícia do Polidoro: que que nós tenhamos sido de alguma forma influenciados por ele.
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RESPONDO: a origem de meus “vastos” conhecimentos, sejam do espiritismo ou de outras coisas, é terrivelmente eclética. Em criança convivi com minha mãe, médium umbandista de incorporação, depois minha madrasta levou-me para o protestantismo, onde aprendi que espiritismo e demonismo eram o mesmo. Meu interesse pelo kardecismo começou quando assustei-me ante a conversão de meu irmão: ele que fora, como eu, dedicado estudante da Bíblia, agora falava de reencarnação e mediunidade. Na ocasião topamos um debate, e eu estava certo de que meus “vastos conhecimentos gerais” facilmente derribariam as falácias espíritas. Tomei foi um esfrega sem tamanho. Até hoje a discussão está pendente de prosseguir, isso passado quase vinte anos. Só que atualmente é ele quem não demonstra interesse no seguimento da conversa. Pena, porque, não é por ser meu irmão, o sujeito é inteligente pacas e escreve num estilo de primeira linha, porém dificilmente se manifesta, nem se envolve em contenciosos. Este é o resumido resumo…
março 31st, 2014 às 12:41 AM
MONTALVA, traga esse seu irmão pra cá.
março 31st, 2014 às 5:01 AM
Um sujeito como esse não pode privarnos do contecioso, sob pena de atrasar nossa jornada.
março 31st, 2014 às 9:20 AM
“O ponto que eu queria colocar mesmo é que acredito que ninguém aqui tenha seus conhecimentos originados ou influenciados pelo Sr. Polidoro. ”
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Eu não sei nem quem é esse sujeito. Meu conhecimento vem dos anos que passei estudando a DE e, posteriormente, do trabalho mediúnico.
março 31st, 2014 às 9:23 AM
A formula do espiritismo é culpa + vaidade + credulidade. Não há, em absoluto, nenhuma evidência que o trabalho espírita seja guiado por desencarnados. Pq imputar origem divina a uma doutrina concebida no bojo dos defeitos puramente humanos????
março 31st, 2014 às 9:43 AM
Marciano Diz: MONTALVA, traga esse seu irmão pra cá.
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COMENTÁRIO: já o convidei, mas ele apenas sorri e diz: “quem sabe?”.
março 31st, 2014 às 9:49 AM
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ARDUIN: E agora eu pergunto: uma vez que os contatos estavam fixos na parede e se ela substituísse uma mão por um joelho, isso NÃO PERMITIRIA que ela se afastasse dali. Consequentemente, tudo o que é descrito no relatório seria IRREALIZÁVEL POR ESSE TRUQUE APENAS. Como ela SÓ FALOU QUE ISSO E NADA MAIS, e O POLIDOR ACHA QUE NÃO HÁ MAIS DÚVIDAS DE QUE FOI ISSO MESMO, então continuo afirmando que ele é um mentiroso em defesa da fé cética, em nada diferente dos crentelhos que inventam mentiras para defender a Bíblia e as interpretações que fazem dela.
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COMENTÁRIO: Arduin, ainda não entendo como pôde fazer uma leitura tão arrevesada do texto de Polidoro. Além de transformá-lo em ordinário mentiroso, não conseguiu entender o recado do autor, que você mesmo (junto com o Vitor) muito bem traduziu. Vamos ver se conseguimos agora ver isso. PRIMEIRO: o truque não era “esse apenas”, ou seja somente trocar o contato das mãos para o joelho. Isto é o que sabemos com relativa certeza, os detalhes, os demais passos, não foram revelados, portanto são motivo de especulações várias.
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O Polidoro não acha que “foi isso mesmo”: apenas a troca do local de contato. Não vi, em todo o texto, ele afirmando tal coisa. A mudança de posição dos eletrodos foi o ponto central do golpe, visto que permitia à Fay liberar uma das mãos e assim realizar o xou. Insisto que ela provavelmente utilizou um fio extensor na complementação do engodo. Mas você retruca: “acontece que Fay não falou isso”, ora, meu caro, pelo que tenho visto, Fay nunca descreveu minuciosamente como o ludibrio se concretizou, muito menos, em tempo algum, alegou que forças místicas a auxiliaram. E, já que Fay não quis pormenorizar os passos da representação ficam os estudiosos com o desafio de encontrar a resposta. Seja como for, que houve truque não creio que possa restar dúvida.
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Mesmo assim, insiste o Arduin: “enquanto não me disseram de-ta-lha-da-men-te como pode a mulher enganar o galvanômetro e a Crookes, não me dou por satisfeito”. Em outras palavras, continuará defendendo que houve real materialização de espírito, mesmo que a própria Fay negue.
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O artigo de Polidoro dá um panorama geral da carreira de Eva Fay, como ILUSIONISTA: esta era a atividade profissional da moça. Em algumas ocasiões ela optou por assumir o papel de médium, mas isso teve por motivo o interesse em elevar o número de pagantes nos espetáculos que conduzia. Esta tática malandra parece-me bem esclarecida no escrito de Polidoro. Então, o autor nos mostra que uma inteligente e hábil prestidigitadora conseguiu iludir o grande cientista, que nunca deveria ter saído de sua área de conforto, a pesquisa científica, na qual transitava com desenvoltura.
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Você, nobre Arduin, se prende exclusivamente a um quesito do esclarecedor texto do Polidoro e, desse modo, distorce tudo o que o autor pretendeu noticiar, chegando ao desplante de taxá-lo mentiroso, simplesmente por não ter se manifestado como acha que deveria ter feito.
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Em termos muito resumidos, o que o artigo de Polidoro nos diz é o seguinte: “Fay era reconhecidamente uma ilusionista que conseguiu iludir Crookes, simulando ser médium”. A leitura arduínica é diferente: “Fay era, ora ilusionista, ora médium: diante de Crookes foi médium, e como tal devidamente atestada pelo cientista inglês.”
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Observe que você inventa a mediunidade para Fay, embora nem ela mesma tenha admitido que fora. E aqui, é claro, sem considerar que médium, no sentido de quem se articule com espíritos, é coisa inexistente.
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Infelizmente, Arduin continuará acastelado em sua torre de negação e se defenderá: “enquanto não me explicarem, passo a passo, como foi que Fay iludiu Crookes, ela continuará sendo médium autêntica que autenticamente materializou gente”…
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Isso até que alguém resolva pesquisar a fundo as nuances dessa trapalhada (tendo acesso a textos esclarecedores, em inglês), e derribe em definitivo qualquer argumento favorável à mediunidade de Eva Fay. Acredito que ainda veremos material assim disponível em português…
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Já temos alguma coisa mais ou menos nessa linha. A dissertação de Juliana Mesquita Hidalgo Ferreira, que pesquisou durante dois anos o assunto, lança boas luzes sobre o caso. Já disponibilizei o material ao Arduin que, se o leu, leu superficial e apressadamente, visto que dele prolatou incertos comentários. O professor Roberto de Andrade Martins, autor do excelente estudo sobre os raios-N, parece também estar realizando pesquisas a respeito. E creio que algum outro autor gabaritado acabará se interessando em desvelar o que ficou pendente nessa questão.
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Quem sabe se, depois disso, Arduin finalmente deponha suas enferrujadas armas, e reconheça que materializações não existem e espíritos não comunicam?
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Saudações esperançosas…
março 31st, 2014 às 9:56 AM
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“Em uma carta para o Journal de setembro de 1964, o Sr. G. T. Thompson fez uma interessante sugestão de que a Sra. Fay pudesse ter vindo preparada com eletrodos alternativos e condutores os quais ela fosse capaz de ligar às manivelas. Essa e as outras especulações na carta dele parecem-me inteiramente compatíveis com as leituras que Crookes fornece.”
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“Eu concluo, junto com Thompson e Brookes-Smith, que a Sra. Fay bem pode ter fraudado mais ou menos como eles sugerem, tirando vantagens dos intervalos durante as medições de resistência.”
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ARDUIN: Agora quanto ao outro resistor, cabe ao autor da hipótese dar das sugestões. Que tipos de resistores havia na época e que seriam adequados para ser usados nesse caso? Polidoro não diz e eu também não sei.
SÓ POR ISSO JÁ DIGO QUE ELE É UM MENTIROSO.
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COMENTÁRIO: 🙂 Arduin, por acaso conferiu o que acaba de declarar? Está nos dizendo: eu não sei se haviam resistores naquela época e como não tenho conhecimento disso, então Polidoro é mentiroso. Vamos construir um silogismo? 1) Thomson sugere que Fay tenha usado eletrodos e condutores para extensionar os contatos e poder agir; 2) Polidoro apoia essa suposição; 3) eu, Arduin, não sei se eles estão certos; 4) concluo, pois, que Polidoro é mentiroso. 🙂 🙂 🙂
março 31st, 2014 às 9:59 AM
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LARISSA: “Tá, o Polidoro é mentiroso. Em q isso muda a fraude q é o espiritismo?”
ARDUIN – Não se prova que algo é uma fraude recorrendo-se a mentiras para desacreditá-lo. Se os sábios céticos precisam mentir para TENTAR mostrar que o Espiritismo é fraude, então começo a duvidar de que o Espiritismo seja mesmo uma fraude…
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COMENTÁRIO: será que agora já mudou seu pensamento, percebendo que não houve mentira alguma, apenas, talvez, uma forma de manifestar que você julga incompleta mas que nem por isso possa ser taxada de mentirosa? 😐
março 31st, 2014 às 10:04 AM
“Quem sabe se, depois disso, Arduin finalmente deponha suas enferrujadas armas, e reconheça que materializações não existem e espíritos não comunicam?”
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A fé religiosa, assumida ou não, tanto faz, não costuma ceder a argumentos plausíveis; tampouco diante de fatos ela cede.
março 31st, 2014 às 10:07 AM
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ARDUIN: Como vê, Vitor, o Crookes, a quem você acusa de burrice e incompetência fez um trabalho muito melhor que o Houdini, Thomphson, Brookesmith e Stephenson, já que esses últimos apenas ESPECULAM o que se poderia ter feito, mas não TESTARAM nada disso. Só você para achar que foram grande coisa.
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COMENTÁRIO: Arduin, está esquecendo uma coisa: nem o próprio Crookes testou o comportamente do galvanômetro, ou seja, não usou controle para comparar resultados. Ele teria que testar a reação do aparelho com um simulacro de médium, em que pudesse acompanhar visualmente o comportamento da testanda, em período equivalente ao teste a suposta médium verdadeira. Quero dizer, conferir, SEM CABINE e sem escuridão, o que ocorria naquele espaço e depois comparar com o que a médium produzia escondida. Sem ter feito isso, ele ficou ao sabor das oscilações registradas e podia apenas especular a respeito.
março 31st, 2014 às 10:11 AM
Defensor da Razão Diz:
março 28th, 2014 às 17:51
“Pois bem, o dito fantasma materializado faz algo parecido, tendo uma aparência sólida e tangível, compondo-se de matéria tirada do médium e de pessoas presentes. Veja que ele NÃO FAZ UM CORPO idêntico em substância ao do médium, embora possa simular até mesmo órgãos internos.”
Sr. Arduin, de que partes do corpo o “medium” perderia matéria (podendo abdicar até de metade de sua massa, de acordo com afirmação anterior) para compor o fantasma e ainda continuar com suas funções vitais e aparência intactas?
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Sr. ARDUIN, parece que diante de sua total dedicação à questão do comportamento de um tal Polidoro o Sr. não viu minha pergunta, copiada acima, cujo teor também foi repetido por outros participantes desse blog, que ficaram igualmente sem resposta.
março 31st, 2014 às 10:16 AM
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“Não se pode desmerecer um autor a partir de pequeno e discutível escorregadela, se é que se pode falar em tal…”
ARDUIN – Quando esse autor é militante de uma causa em defesa da superioridade da Ciência e da Razão, em oposição à fé burra e irracional dos crentelhos, e aí o pego MENTINDO para defender a fé cética, tal deslize tem para mim o mesmo valor do deslize do Jimmy Swaggart. Ele era um televengelista, muito defensor da moral e dos bons costumes como ensinados na sagrada Bíblia… mas foi flagrado num motel trepando com uma prostituta.
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COMENTÁRIO: a comparação é despropositada: Swaggart era líder religioso, conceituado, defendia a união da família, etc., caiu em tentação e se funicou. Que nem nosso conhecido Caio Fábio, que arrumou amante novinha, gostosinha e, a partir daí, se afundou, chegando a tentar achacar FHC, tentado pelo capeta Maluf…
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Crookes parece também ter caído no apelo lúbrico de uma perereca novinha, mas não sabemos até que ponto isso tenha afetado seu juízo. Entretanto, com Polidoro nada parecido, até onde sabemos, ocorreu: Polidoro não tinha amante que odiasse Crookes e que o tenha estimulado a escrachar o pobre cientista. O que ele fez foi uma análise dos acontecimentos, em que mostra que Eva Fay era uma artista muito matreira…
março 31st, 2014 às 10:25 AM
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“tais provas são subjetivas, não são universalizáveis”
ARDUIN – Estamos lidando com material HUMANO, em nível de comportamento, e portanto não são universalizáveis como se dissolver uma pitada sal de cozinha num copo dágua. Contudo, SUBJETIVO NÃO É SINÔNIMO DE MENTIROSO. Fica muita forçada de barra alegar que TODOS os depoimentos nestes casos necessariamente tem que ser mentirosos. Para isso, eu teria de apelar para a mesma coisa que os sábios céticos dizem combater: FÉ.
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COMENTÁRIO: ATENÇÃO: não ponha nas suas palavras boca que não as pronunciou. Em momento algum falei que subjetivo seja o mesmo que mentira. Ache, por favor, declarativo que minha lavra que induza a tal fecho que precisarei consertá-lo com urgência. O que digo é que provas subjetivas são insuficientes para garantir a validade de qualquer postulado. Podem ter força probante desde que acompanhadas de verificações objetivas, que condigam com a ilação pessoal. Desse modo, se um choroso se consola com recado mediúnico de falecido e haja verificação dando mostra de que desencarnados interagem com vivos, o consolo passa a ter força expressiva (não será necessariamente autêntico, mas terá forte probabilidade de sê-lo). Porém, se temos só o choro aquietado e nada de demonstração concreta da ação de espírito, essa certeza subjetiva tem pouco ou nenhum valor como evidência.
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Morou?
março 31st, 2014 às 10:43 AM
“Mesmo que esteja você correto e, consequentemente, Massimo Polidoro seja um mentiroso contumaz, isso não muda um dedinho da realidade, qual seja, a de que a “verdade” que alguns pesquisadores centenários propuseram existir hoje não é achada. ”
ARDUIN – ESSA VERDADE É ACHADA POR QUEM A PROCURA OU AO ACASO PARA QUEM A MERECE. O Polidoro é para mim o cético favorito pois ele precisa mentir para refutar a tal “ciência histórica” como você diz. Se essa ciência histórica houvesse sito TÃO MAL FEITA quanto os céticos alegam, então não haveria necessidade disso.
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COMENTÁRIO: as pesquisas, desde os primórdios, realizadas com controles adequadados, não lograram achar essa verdade. Alguns investigadores tiveram a feliz ideia de criar personalidades inexistentes e levá-las aos médiuns: não é que esses “espíritos” comunicaram?
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Não lembro de ter falado nessa “ciência histórica” que me atribui, não seria história da ciência? Em verdade, no tangente à mediunidade, falar em ciência é um tanto conflituoso…
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As pesquisas antigas podem até ter sido bem feitas (algumas delas) mas não foram suficientemente bem feitas a ponto de detectar pontos suspeitos, que exigiriam novas verificações. Considerando que hoje podemos ter por assente que, em termos de investigação técnica, espíritos não comunicam e não se materializam, e, visto que essas manifestações estão restritas a nichos acreditantes, podemos ter por certo que as investigações que no passado ratificaram esses eventos foram incompletas e falhadas. A saída restante é alegar que os desencarnados se manifestaram naqueles dias e depois ou morreram ou foram cuidar de suas lides espirituais. De um modo ou de outro, não comunicação de mortos fica patente na contemporaneidade…
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Quanto à alegação de que a verdade só esteja disponível a quem a mereça, fala sério…
março 31st, 2014 às 10:49 AM
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VITOR: Bem diferente de Crookes, que destruiu o material de pesquisa (várias fotografias), o Brookes-Smith guardou seus dados e pôde fornecê-los quando solicitado….
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COMENTÁRIO: muito bem lembrado. O próprio histórico de Crookes, na investigação da mediunidade, demonstra que o autor não viu futuro no assunto. Conquanto tenha dito que “não se arrependia de nada do que dissera”, as atitudes falam mais alto que as palavras.
julho 21st, 2017 às 4:07 PM
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MONTALVÃO DISSE: “se é “outra história” então é outra história… vai ver seja mais uma das histórias não contadas do Visoni…”
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VISONI: Já foi contada, seu sofredor de Alzheimer…
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http://obraspsicografadas.org/2014/martin-gardner-e-os-excntricos-2007/
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O Montalvão não dá uma dentro… impressionante…
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CONSIDERAÇÃO: e por que será que esse indivíduo de mente e alma saudáveis não citou onde se deu a “detonação”? Não devem os sãos auxiliar os prejudicados? Será que o negócio foi tão cabeludo que vai comprometer, ou é mais um nada a ver? Vou até lá… guenta aí…
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Rá, rá… logo vi… Primeiro que a abordagem do professor nacional não é pareada com a que aqui fazemos. Depois, ele critica em Gardner duas coisas: uma, que considera injusta a avaliação que Martin fez de Blondot; duas, que os quesitos que Gardner expõe para classificar uma matéria de pseudociência não são aceitos pelo professor.
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Na discussão o Arduin estava presente e aí já viu: ele sempre consegue levar a conversa para uma de duas opções (ou a ambas): Crookes e Polidoro! Até que nesse colóquio inovou um pouco, pois inseriu também o ectoplasma no pedaço… Depois que Arduin dominou ninguém mais quis saber de Blondot.
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Agora, num ponto você está certo e não tenho qualquer resistência em reconhecer: realmente, é outra história…
julho 21st, 2017 às 10:25 PM
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O comentário acima pertence a outra rubrica, caso alguém o leia desconsidere…