Tatiana Madjarof Bussamra faleceu em 04/02/2006, aos 23 anos, em um acidente automobilístico, ganhando repercussão nacional, especialmente pelas cartas psicografadas que a mãe da vítima, a Sra. Rosana, passou a receber do médium Celso de Almeida Afonso. O caso ganhou destaque anos depois no programa Mais Você, da Rede Globo, com a apresentadora Ana Maria Braga. O trecho referente à Tatiana encontra-se disponível atualmente no youtube, e em certa parte é dito que o médium não teria como ter tido conhecimento das informações exibidas na psicografia:
Porém, ao contrário do que é dito no programa, havia plena possibilidade de o médium ter tido acesso às informações que compuseram a carta. Para saber mais, clique aqui.
Neste vídeo Elias Moraes reúne vários estudos sobre o livro “Parnaso de Além-Túmulo” de Chico Xavier. Sua conclusão – a meu ver, equivocada – é que, embora tenha muito material do Chico na composição da obra, houve uma influência espiritual, ou então ele mereceria ganhar o Nobel de Literatura. Não é para tanto. Elias se esquece que a obra na sua versão atual não chegou pronta, erros de métrica foram consertados, e muitos poemas foram acrescentados ao longo das edições – e outros retirados -, com anos de diferença. Também se esquece que Chico tinha cadernos com diversas colagens dos poemas e até assinaturas dos autores retratados. E o sobrinho de Chico, Amauri Pena, demonstrava o mesmo talento que o Chico para fazer versos, e de fato chegou a ser cogitado como seu sucessor antes de admitir que nunca foi médium.
O livro infantil “A Lenda do Esconderijo Seguro”, de 1998, é uma psicografia feita pelo médium Divaldo Pereira Franco e atribuída ao espírito da escritora sueca Selma Lagerlöf, Prêmio Nobel de Literatura de 1909. Só que a história foi nitidamente extraída do livro “Sabedoria de um Minuto” de Anthony de Mello, publicado em português no ano anterior, e em inglês em 1986. Para saber mais, clique aqui.
Eu e Míssel Crítico conseguimos descobrir vários trechos do livro “Primícias do Reino”, de Divaldo Pereira Franco, nitidamente extraídos de duas ou três fontes terrenas no mínimo. Além disso, há pelo menos um erro histórico no livro de Divaldo. Para saber mais, clique aqui.
Embora controversa, a reencarnação é uma hipótese atraente nos casos em que as marcas de nascença correspondem em localização e aparência a feridas fatais ou outras cicatrizes no corpo de pessoas falecidas, e os indivíduos têm memórias declarativas verídicas das vidas das pessoas falecidas. Normalmente, os sujeitos dos casos também exibem memórias implícitas, como comportamentos, emoções e traços de personalidade correspondentes às mesmas pessoas falecidas, fortalecendo a impressão de reencarnação.
O principal pesquisador neste campo foi o falecido Ian Stevenson, da Escola de Medicina da Universidade de Virgínia. Stevenson dedicou a segunda metade da sua carreira à investigação e documentação do que chamou de “casos do tipo reencarnação” e em 1997 publicou um enorme estudo de dois volumes, Reincarnation and Biology, dedicado às anomalias físicas congênitas em casos deste tipo. Reincarnation and Biology inclui relatos de 225 casos que Stevenson investigou na Ásia, África, América do Norte e Europa. A maioria das marcas de nascença e defeitos congênitos refletem feridas mortais, mas muitos lembram outros tipos de cicatrizes, como brincos ou tatuagens; alguns parecem estar relacionados a lesões post-mortem acidentais ou à marcação intencional de cadáveres, uma prática difundida no sul da Ásia. Stevenson relatou 12 casos de defeitos congênitos na cabeça e pescoço em um capítulo do segundo volume de sua monografia, mas os dois volumes juntos contribuem com relatos de 75 casos com marcas de nascença ou defeitos congênitos na cabeça e pescoço. Em sua revisão sistemática da literatura periódica, Kirschnick et al. identificaram seis publicações com um total de 19 casos de reencarnação com marcas de nascença ou defeitos congênitos na cabeça ou pescoço. Três desses casos, citados num artigo de Stevenson, são descritos mais detalhadamente em Reincarnation and Biology. O objetivo do presente estudo é comparar a amostra de Kirschnick et al. com o maior número de casos comparáveis em Reincarnation and Biology. Para ler mais, clique aqui.
O objetivo deste artigo é mostrar como o médium Chico Xavier era na verdade um homem culto, chegando a montar uma biblioteca com centenas de volumes, a qual se utilizava para escrever seus livros – que nada tinham de espiritual. Para ler mais, clique aqui.
Artigo atualizado em 25/02/2025. Causou grande celeuma a publicação do artigo “Historical and cultural aspects of the pineal gland: comparison between the theories provided by Spiritism in the 1940s and the current scientific evidence” [“Aspectos históricos e culturais da glândula pineal: comparação entre as teorias fornecidas pelo Espiritismo na década de 1940 e as evidências científicas atuais”] na revista Neuroendocrinology Letters em 2013. O estudo buscava mostrar que algumas informações científicas foram adiantadas pelo “espírito” de André Luiz, a maior parte publicada no livro “Missionários da Luz”, de 1945. Iremos analisar em detalhes as afirmações dos autores e provar que tudo o que foi dito pelo “espírito” já era cogitado à época. Para ler mais, clique aqui.
Observação: Alexander-Moreira, em entrevista ao podcast abaixo, diz, entre 10 e 11 minutos do vídeo:
Outro aspecto do Chico chama atenção. Esse foi uma outra pesquisa que foi publicada por colegas nossos de Juiz de Fora numa revista internacional. Nos anos 50, quando o Chico estava psicografando, ele falou sobre a glândula pineal, que é uma glândula que tem no nosso cérebro. Nos anos 50 se achava que a pineal não servia para nada. Nem o hormônio, a melatonina, se tinha descoberto ainda. Não se sabia de nada, a pineal não servia para nada. Mas neste livro, alegadamente por um médico, André Luiz (médico desencarnado), pelo Chico ele começa a falar que a pineal tem uma série de funções: uma função endócrina, uma função reprodutiva… começa a falar várias funções da pineal e como é que ela funciona. E aí esse artigo, que foi publicado há poucos anos, ele compara o que é que você sabia sobre pineal à época [com] o que foi o que Chico escreveu nos anos 50 – não sabia quase nada – e o que que se sabe hoje. Então aquilo que tá na psicografia fala o que se sabe da pineal hoje, mas não se sabia naquela época.
O artigo, que pode ser lido em português aqui e em inglês aqui, tenta passar a ideia de que o “espírito” André Luiz adiantou algumas descobertas científicas sobre a glândula pineal. Refutações a este artigo podem ser encontradas aqui e aqui. Posteriormente pretendo publicar uma contribuição do Míssel Crítico sobre isso também.