Parnaso de Além Túmulo (1932) de Chico Xavier é fruto de espíritos?

Este artigo busca verificar a possibilidade do alegado médium Chico Xavier ter escrito o livro “Parnaso de Além Túmulo” sem o auxílio de espíritos ou de qualquer dom paranormal.

 

Introdução 

O livro Parnaso de Além Túmulo (1932) foi o primeiro livro dito psicografado pelo alegado médium Chico Xavier. É muitas vezes tido pelos espíritas como evidência de sobrevivência dos poetas já falecidos, devido ao grande número de autores retratados – 56 em 259 poemas – e por reconhecer-se o estilo característico de cada um, o que considera-se impossível de ser feito devido à pouca educação de Chico. 

Em primeiro lugar, a edição original do livro, de 1932, não trazia 56 poetas, mas apenas 14, sendo que um era anônimo, o que faz baixar o número para 13. E naturalmente, não eram 256 poemas, mas um número bem inferior: 60. Apenas na sexta edição, de 1955, é que o livro atingiu seu número de autores e poemas atual. Passaram-se, portanto, décadas, tempo mais do que suficiente para Chico ler e conhecer o estilo de vários dos autores retratados. 

E até a data da 1ª edição do livro, Chico teria os livros e lido a obra dos poetas? Sim. Isso ele mesmo admite na seção “Palavras Minhas” do livro Parnaso de Além Túmulo (sublinhados meus): 

        “E, se decidi escrever estas modestas palavras no limiar deste livro, é apenas com o intuito de elucidar o leitor, quanto à sua formação.

       Começarei por dizer-lhe que sempre tive o mais pronunciado pendor para a literatura; constantemente, a melhor boa vontade animou-me para o estudo. Mas, estudar como?

       Matriculando-me, quando contava oito anos, num grupo escolar, pude chegar até ao fim do curso primário, estudando apenas uma pequena parte do dia e trabalhando numa fábrica de tecidos, das quinze horas às duas da manhã; cheguei quase a adoecer com um regime tão rigoroso; porém, essa situação modificou-se em 1923, quando então consegui um emprego no comércio, com um salário diminuto, onde o serviço dura das sete às vinte horas, mas onde o trabalho é menos rude, prolongando-se esta minha situação até os dias da atualidade.

       Nunca pude aprender senão alguns rudimentos de aritmética, história e vernáculo, como o são as lições das escolas primárias. É verdade que, em casa, sempre estudei o que pude, mas meu pai era completamente avesso à minha vocação para as letras, e muitas vezes tive o desprazer de ver os meus livros e revistas queimados.

       Jamais tive autores prediletos; aprazem-me todas as leituras e mesmo nunca pude estudar estilos dos outros, por diferençar muito pouco essas questões. Também o meio em que tenho vivido foi sempre árido, para mim, neste ponto. Os meus familiares não estimulavam, como verdadeiramente não podem, os meus desejos de estudar, sempre a braços, como eu. com uma vida de múltiplos trabalhos e obrigações e nunca se me ofereceu ocasião de conviver com os intelectuais da minha terra.” 

Chico então admite que tinha pendor para a literatura. Admite que estudou o que podia. Admite que tinha livros, mas que estes foram queimados. Mas quais foram queimados? Não teria restado nenhum? 

Restou. Quando os jornalistas David Nasser e Jean Manzon entraram em 1944 na casa de Chico, encontraram: 

“Numa estante, os livros de Chico. Versos de Guerra Junqueiro, Tolstoi e uma porção de autores mortos.” 

Guerra Junqueiro é justamente um dos autores ditos psicografados em Parnaso de Além-Túmulo. Uma pena David Nasser não ter dado uma lista mais completa dos livros que compunham a biblioteca de Chico à época, mas isso é o suficiente para colocar em dúvida a impossibilidade de Chico ter-se inteirado das obras dos autores. 

E como era o primário na época de Chico? Muito melhor do que o de hoje em dia, ao menos é o que me informa o Professor Albino C. de Novaes, por email: 

“Sou professor há 40 anos. Tenho acompanhado a história do sistema de ensino no Brasil e as sucessivas reformas que ocorreram desde o período do reinado. Tenho muitos livros do curso primário da década de 20, sendo assim possível comparar seu conteúdo com os livros que temos hoje. Meu pai também fez o primário praticamente na mesma época do Chico e exibia uma cultura geral muito boa, principalmente no que se refere à ciência e aos “conhecimentos gerais” – uma disciplina que envolvia história, geografia e civismo. Os livros de ciência apresentavam um excelente conteúdo de física, química, botânica, biologia, geologia, mineralogia, em um nível que somente vamos encontrar no atual ensino médio. Tenho aqui um livro de Matemática da 5ª série ginasial, que ensina os fundamentos do cálculo diferencial e integral, hoje somente encontrado no ensino de nível superior. […] Resumindo: conversando com pessoas que viveram na mesma época do Chico é fácil avaliar o conhecimento que tinham com uma escolaridade que não ultrapassa o primário. O ensino hoje é muito ruim, as facilidades dadas aos alunos são muitas e os conselhos de classes, quase sempre empurram os alunos para a série seguinte sem que eles tenham alcançado o mínimo exigido para a aprendizagem. Chegam ao ensino médio sem que tenham sido alfabetizados de forma completa: conseguem apenas identificar as palavras sem que conheçam os significados. Isto não ocorria no tempo do Chico.”  

E além do primário, Chico teve mais algum estudo? Aparentemente sim. O livro O Espiritismo no Brasil, do Dr. Boaventura Kloppenburg, na pág. 239, informa que o Frei Boaventura Chasseriau, que esteve em Pdero Leopoldo cinco vezes para estudar o famoso médium, publicou em O Diário de Belo Horizonte (em 1954) uma série de artigos, dando as seguintes informações: 

“Fez o curso primário e estudou mais um ano com uma professora particular. Distinguia-se, com efeito, por sua inteligência, sua memória prodigiosa e sua aplicação ao estudo. Só queria ler e estudar. Havia nele,porém, um complexo de retraimento e de concentração em si mesmo. Era um tanto esquisito, não participava dos brinquedos nem das rodas dos outros meninos, e quando deles queria participar era tão sem jeito e sem graça, que preferia desistir e voltar para seu lugar. Vivia mais calado”. 

Ainda no livro Espiritismo no Brasil, encontramos: 

Um padre da Arquidiocese de Belo Horizonte nos forneceu por escrito o seguinte depoimento: “Tenho o prazer de informá-lo que conheci o Francisco Xavier em 1933. Nessa época, ele ainda trabalhava numa pequena casa de comércio, em Pedro Leopoldo. Na ocasião, em julho de 33, salvo engano, ele me deu para ler um álbum de poesias dele. Eram poemas, sonetos, quase todos melhores do que a imitação de Guerra Junqueiro que ele publicou no Parnaso de Além Túmulo. Foi por intermédio de Francisco Xavier que conheci Augusto dos Anjos. Ele declamava grande parte do “Eu”. Lera tanto Augusto dos Anjos que o sabia de cor. Ainda me lembro muito de ouvi-lo cantar com entusiasmo o “Árvore da serra”. Em 1933 ele estava encantado com Augusto dos Anjos. Já por essa época, lia ele o espanhol e o francês: assim me disse várias vezes. Conhecia bem a literatura brasileira e lia muito. Nós nos correspondíamos em fins de 1933 e 1934 – e é pena que não tenha guardado as cartas dele, da época. Nelas, o tema era literatura e poder-se-ia ver bem que ele não era quase analfabeto, com apenas a instrução primária, conforme afirma no prefácio do Parnaso. É o que posso lhe informar por conhecimento próprio. Ainda devo acrescentar que lá por 1941 ou 42 visitei, com alunos do Seminário, a Fazenda do Estado, em Pedro Leopoldo, onde me encontrei com ele. Conversamos sobre Santa Teresa e São João da Cruz. Eu acabara de ler as obras de Santa Tereza e ele conhecia bem não só Santa Teresa, mas também São João da Cruz. 

Talvez os espíritas duvidem da palavra de católicos sobre a existência de tal professora particular, ou de tal conhecimento literário. Veremos que isso pouco afetará a conclusão final. O fato é que Chico já publicava poemas de sua autoria. Kloppenburg cita dois poemas de Chico, ambos publicados no Jornal das Moças : 

Penitente Feliz

À Gláucia

Nas dolorosas vias dos destinos,

Eu vou marchando, humilde penitente,

E, embora a dor, eu marcho alegremente,

Da luz buscando os paramos divinos.

 

Quando a mágoa me açoita, persistente,

Tangedoura dos pobres peregrinos,

Eu vislumbro reflexos tão celinos,

De alma feliz, esperançosa e crente.

 

Embora em pleno viço dos meus anos,

A mocidade não me traz enganos,

Nem a ilusão me envolve nos seus véus;

 

E, abandonado os gozos mais vulgares,

Sinto a luz dos espaços estelares,

___ A alma vibrando na amplidão dos céus! 

E: 

Sobre a Dor 

Suporta calmo a dor que padeceres

Convicto de que até dos sofrimentos,

No desempenho austero dos deveres,

Mana o sol que clareia os sentimentos.

 

Tolera sempre as mágoas que sofreres,

Em teus dias tristonhos e nevoentos,

Há reais e legítimos prazeres

Por trás dos prantos e padecimentos.

 

A dor, constantemente, em toda parte,

Inspira as epopéias fulgurantes,

Nas lutas do viver, no amor, na arte;

 

Nela existe uma célica harmonia,

Que nos desvenda, rápidos instantes,

Mananciais de lúcida poesia! 

O 1º poema citado é de 24 de setembro de 1931. Há, no entanto, alguns anteriores a esta data. Marcel Souto Maior informa em seu livro As Vidas de Chico Xavier: 

“Logo ele começou a cobrir páginas e páginas com poemas. Alguns ele assumia como seus. Como o dedicado ao amigo José Tosta, logo após a morte dele, em 27 de abril de 1929. A primeira estrofe estava longe de ser divina: “Companheiro que à Pátria regressaste/ entre auréolas de luzes majestosas/ a levar tantas flores perfumosas/ a Jesus, tanto amor, que tanto amaste”. Nessa época, ele ainda era o “poeta espírita que desabrocha em Pedro Leopoldo”, como definiu Pereira Guedes, um dos divulgadores do espiritismo que o ajudaram a se lançar. 

Os melhores poemas escritos por Chico eram obras sem dono. O poeta negava a autoria dos versos. Eles apareciam quando o rapaz, aflito, sentia uma pressão na cabeça como se um cinto de chumbo comprimisse seu cérebro – e um peso no braço direito, como se ele se transformasse numa barra de ferro e fosse arrastado por forças poderosas. 

Os textos se acumulavam anônimos e repetiam a mesma cartilha: amor, compreensão, tolerância. Os companheiros do centro liam a papelada e sugeriam a publicação. Só havia um problema. Quem assinaria as obras? Chico consultou o irmão, José Cândido, e eles decidiram pedir conselhos ao diretor do jornal espírita carioca Aurora, Inácio Bittencourt. O jornalista convenceu o rapaz de Pedro Leopoldo a colocar seu nome embaixo dos poemas. “F. Xavier” começou a aparecer em várias publicações com o consentimento dos escritores invisíveis.” 

Os espíritas podem alegar, portanto, que os versos anteriores à publicação de Parnaso de Além Túmulo assinados por Chico eram na verdade de espíritos, e não indicam um profundo conhecimento de Chico de poesia. Concedamos mais este ponto em favor dos espíritas. Ainda assim, pouco influenciará na conclusão.  

A questão é: é fácil imitar o estilo dos poetas com alguma leitura?  Aparentemente sim. Mais uma vez, o livro O Espiritismo no Brasil informa (págs. 247-249): 

“O Sr. Francisco Cândido Xavier tem um sobrinho. Chama-se Amauri Pena. Nasceu em 1933, em Pedro Leopoldo. Com ano e meio foi morar em Sabará, M. G. Quando tinha apenas dez anos, já leu o Parnaso de Além Túmulo, do tio. Aos 13 anos já escrevia poemas. Inteligente, lia muito e começou a imitar o estilo de outros autores. Educado em ambiente espírita, com o brilhante exemplo do tio à vista, foi persuadido de ser um grande médium. E começou a “psicografar”. Segundo um jornal espírita, “recebeu composições de mais de cinqüenta poetas brasileiros e portugueses, cada qual em seu próprio e inconfundível estilo. Recebeu também uma epopéia camoneana, em estilo quinhentista”. Cruz e Souza, Gonçalves Dias, Castro Alves, Augusto dos Anjos, Olavo Bilac, Luís Guimarães Jr., Casemiro Cunha, Inácio Bittencourt, Cícero Pereira, Hermes Fontes, Fabiano de Cristo (!), Anália Franco e até Bocage e Rabindranath Tagore apressavam-se em procurar o sobrinho de Chico Xavier para fazer uns versos… Síntese, um boletim espírita de Belo Horizonte, dava ao médium a necessária publicidade.

 

Iam as coisas nas mais risonhas esperanças. E eis que, num belo dia de 1958 (e pessoalmente não temos nada com o caso, digam embora e repitam os espíritas o contrário), Amauri Pena procura a imprensa profana para fazer sensacionais declarações: “Tudo o que tenho psicografado até hoje – declarou – apesar das diferenças de estilo, foi criado por minha própria imaginação, sem que precisasse de interferência de almas de outro mundo”. – E explica: “Depois de ter-me submetido a esse papel mistificador, durante anos, usando apenas conhecimentos literários, resolvi, por uma questão de consciência, contar toda a verdade”.

 

[…]

 

E o sobrinho esclarece mais: “Sempre encontrei muita facilidade em imitar estilos. Por isso os espíritas diziam que tudo quanto saía do meu lápis eram mensagens ditadas pelos espíritos desencarnados. Revoltava-me contra essas afirmativas, porque anda ouvia ou sentia de estranho, quando escrevia. Os espíritas, entretanto, procuravam convencer-me de que era médium. Levado a meu tio, um dia, assegurou-me ele, depois de ler o que eu escrevera, que deveria ser seu substituto. Isto animou bastante os espíritas. Insistiam para que fosse médium”.

 

O jovem e improvisado Amauri continua na descrição de sua estranha aventura: “Passei a viver pressionado pelos adeptos da chamada Terceira Revelação. A situação torturava-me e, várias vezes, procurando fugir àquele inferno interior, entreguei-me a perigosas aventuras. Diversas vezes, saí de casa, fugindo à convivência de espíritas. Cansado, enfim, cedi, dando os primeiros passos no caminho da farsa constante. Teria 17 anos. Ainda assim, não me vi com forças para continuar o roteiro. Perseguido pelo remorso e atormentado pelo desespero, cometi desatinos. Em algumas oportunidades, tentei recuar, sucumbido, atordoado. Vi-me, então, diante de duas alternativas: mergulhar de vez na mentira e arruinar-me para sempre ou levantar-me corajosamente para penitenciar-me diante do mundo e de mim mesmo, libertando-me definitivamente. Foi o que resolvi fazer, procurando um jornal mineiro e revelando toda a farsa. Sei das reações que minhas declarações causarão. Mas não me importo. O certo é que, enquanto me sacrificava pela propaganda de uma mentira, não me julgavam maluco. Não desmascaro meu tio como homem, mas como médium. Chico Xavier ficou famoso pelo seu livro Parnaso de Além-Túmulo. Tenho uma obra idêntica e, para fazê-la, não recorri a nenhuma psicografia.

 

Eis as principais declarações de Amauri Pena.

 

[…] 

Amauri Pena prova que é relativamente fácil imitar o estilo dos outros. É mais uma questão de exercícios que de espíritos. Lá mesmo, na redação, diante dos jornalistas, imitou vários estilos. Diz ele: “Tenho uma obra idêntica (ao Parnaso de Além Túmulo) e, para fazê-la, não recorri a nenhuma psicografia”. Um ilustre literato francês assegura que os “escritores vulgares e incapazes de estilo pessoal, conseguem imitar admiravelmente o estilo de outrem. O pasticho é, efetivamente, um dom que todos podem ter”.

Além do citado boletim espírita Síntese – que hoje deve ser uma relíquia – Marcel Souto Maior informa que o trabalho de Amauri: 

“[..] foi acompanhado de perto, durante muito tempo, pelo professor Rubens Costa Romanelli, um dos fundadores da União da Juventude Espiritual de Minas Gerais, secretário do jornal O Espírita Mineiro. Espíritas experientes ficavam surpresos com o poema épico intitulado Os Cruzílidas. Os versos, escritos por Amauri e assinados por Camões, contavam a história espiritual do descobrimento do Brasil, a epopéia no outro mundo durante o descobrimento do país. Cabral teria sido acompanhado de perto pelos espíritos.Amauri exibiu as oitavas lusitanas aos jornalistas, renegou os espíritos, atribuiu a autoria dos versos a si mesmo e levantou novas suspeitas contra o tio.” 

Os espíritas, entretanto, alegaram que os versos de Amauri eram realmente de espíritos, e que ele assumiu a autoria dos versos para atacar o tio. Qual seria, então, o motivo dos ataques? Marcel Souto Maior informa: 

“A versão mais aceita no meio é a de que ele assumiu a autoria dos poemas e levantou suspeitas contra Chico para impressionar e agradar uma moça católica por quem estava apaixonado. Outra versão, mais apimentada, coloca dinheiro na roda: ele teria sido subornado por um padre para desmoralizar o espírita de Pedro Leopoldo. Amauri nunca mandou explicações do além.” 

Concedamos mais este ponto em favor dos espíritas, ou seja, suponhamos que Amauri realmente acreditasse inicialmente que incorporava espíritos e que por um motivo ou por outro resolveu assumir a autoria dos versos. Veremos que isso pouco há de afetar a conclusão final. 

Os espíritas costumam citar uma tese de autoria de Alexandre Caroli Rocha, intitulada A Poesia Transcendente de Parnaso de Além Túmulo como exemplo de trabalho científico que comprova a autenticidade dos versos do livro. Não é bem assim. O autor foi muito cauteloso na sua análise (de 5 autores somente), concluindo apenas que: 

“os resultados desses cotejos sugerem que os poemas de Parnaso não seriam o produto de uma simples imitação literária.” 

Isso não autentica automaticamente a hipótese espírita. Pode haver outros fenômenos que não o mero pastiche que possam ser suficientes para explicar o ocorrido sem a necessidade da intervenção de espíritos dos mortos. Por exemplo, uma criação inconsciente. Kloppenburg relata uma experiência feita nesse sentido no livro O Espiritismo no Brasil (pág. 246): 

“No Seminário Maior de Viamão, R.S., diante de um auditório de mais de 300 padres e estudantes de filosofia e teologia, escolhemos um, facilmente sugestionável, indagamos sobre suas predileções literárias e ele nos revelou que, entre outros, gostava de ler Drummond de Andrade. Ainda diante de todos, em poucos segundos (não minutos) e com a maior naturalidade, sugestionado por nós, o estudante entrou em estado de transe moderado. E declaramos: “Agora você é Drummond de Andrade, você está numa feliz hora de inspiração poética; vá ao quadro negro e escreva uns versos!” De olhos abertos, como se estivesse acordado, sem reflexionar, sem corrigir uma só palavra, mas modificando um pouco sua letra habitual, escreveu as seguintes linhas: 

Amanhã será tarde,

É preciso ser hoje.

Por quê? É preciso!

Ser hoje. Ser hoje.

A noite mastigou todos os meus sonhos.

Não há nada mais.

Só gelo, cinza.

É alma sem corpo. 

Digam os entendidos se isso é parecido com uma produção do poeta sugerido. Mas Drummond de Andrade ainda não “desencarnou”. O fenômeno era, pois, indiscutivelmente natural, deste mundo, “anímico”, não “espírita”.” 

Agora, a pergunta final: a validade de tantos estilos por Caroli é uma evidência convincente de que o livro não é fruto de uma fraude, de que Chico não teria tido tempo para se especializar no estilo de cada um deles? A resposta é não. Peritos em artes já foram enganados por hábeis falsificadores. Um bom exemplo é o de Alceo Dossena, que fazia esculturas consideradas até melhores que a dos artistas originais, passando pela análise de vários peritos. Segue um texto que salvei em meu computador e que constava na internet há alguns anos, mas que hoje não existe mais. Assim, desconheço a fonte original, mas encontram-se na internet e em outras fontes vastos materiais sobre Dossena, de forma que não há dúvidas dos principais acontecimentos descritos: 

O mestre dos vários estilos 

“Na sua maior parte, os falsificadores de obras de arte dominam um determinado estilo ou material. 

O falsificador capaz de produzir um Matisse passável não será habitualmente capaz de imitar um Rembrandt. Mas Alceo Dossena era dotado de uma versatilidade que lhe permitia imitar magistralmente os mais diversos estilos .  

Dossena, um italiano restaurador de estatuária, dirigiu em 1916 os seus notáveis talentos para a arte da falsificação. Executou esculturas falsas em estilos que compreendiam desde a antiga estatuária grega às figuras góticas de madeira. Sabia trabalhar em pedra, bronze e terracota.  

Tão prodigioso era o talento de Dossena que os críticos e conhecedores de arte consideravam freqüentemente as suas imitações superiores às peças autênticas. Foram particularmente notáveis as criações artísticas de Dossena no estilo de Simone Martini (c. 1283-1344). Martini fora um pintor, mas nunca, tanto quanto se sabia, escultor. Após estudar o seu quadro A Anunciação, Dossena criou uma escultura representando uma Virgem sentada, num estilo supostamente de Martini. Os peritos saudaram a obra como uma grande descoberta artística, e os historiadores de arte alteraram apressadamente as suas lições. 

Dossena deveu parte do seu êxito à habilidade que possuía para encontrar materiais autênticos e envelhecer as suas obras. A autêntica escultura gótica de madeira, por exemplo, era freqüentemente pintada ou dourada. Para conseguir semelhante efeito, Dossena retirava a pintura de estatuária antiga, mas sem valor, e de molduras de quadros. Usava a madeira para criar novas estátuas, sobre as quais aplicava de novo, cuidadosamente, os fragmentos de tinta. Para envelhecer as suas esculturas de mármore, mergulhava-as num ácido cuja composição nunca revelou. Este processo produzia uma descoloração e um endurecimento em profundidade que enganavam os peritos. Embora a quantidade crescente de obras-primas em pouco tempo descobertas levantasse algumas suspeitas, ninguém imaginava sequer que todas elas haviam sido criadas por um único artista. O Museu de Arte de Cleveland, por exemplo, possuía uma Virgem e Menino, de madeira, no estilo de Giovanni Pisano (c. 1245-1314), que fora esculpida por Dossena. Em 1927, quando a escultura foi examinada aos raios X, foram descobertos no seu interior pregos do século XX, o que obrigou os responsáveis a retirá-la apressadamente das salas de exposição. Depois, exatamente no mesmo mês, outra obra falsa de Dossena, uma Atena de mármore, foi adquirida pelo mesmo museu por 120000 dólares.  

Quando, finalmente, Dossena confessou ter falsificado várias esculturas famosas, tanto negociantes como críticos de arte se recusaram a acreditá-lo. Inclusivamente, ainda hoje existem, talvez em galerias e coleções, obras suas que continuam a ser atribuídas aos mestres do passado.” 

Conclusão 

Ainda que concedamos o benefício da dúvida a todos os pontos expostos sobre a confecção do livro Parnaso de Além Túmulo, não se pode alegar que a reprodução de estilo dos poetas mortos seja uma evidência convincente de sua sobrevivência, ainda que autenticada por peritos.  

Referências 

Parnaso de Além Túmulo, de Chico Xavier, FEB (1955) [utilizou-se versão digital disponível até o dia 05/09/2007 em http://www.4shared.com/file/7149403/339bc220/Chico_Xavier_Parnaso_de_Alm_Tmulopdf.html]

A Poesia Transcendente de Parnaso de Além Túmulo (2001) [utilizou-se versão digital disponível até o dia 05/09/2007 em http://libdigi.unicamp.br/document/?code=vtls000236698]

O Espiritismo no Brasil, do Dr. Boaventura Kloppenburg, Editora Vozes LTDA (1960).

As Vidas de Chico Xavier, de Marcel Souto Maior, Editora Planeta (2003) [utilizou-se versão digital disponível até o dia 02/09/2007 em http://www.bitebook.com.br/26032002/00872.pdf ]

 

116 respostas a “Parnaso de Além Túmulo (1932) de Chico Xavier é fruto de espíritos?”

  1. Guilherme Diz:

    Vitor,

    Alguns comentários sobre o seu texto:

    “Chico teria os livros e lido a obra dos poetas? Sim”

    Pela sua afirmação, compreendo que FCX teve acesso a obra de todos os autores que ele psicografou no Parnaso. Entretanto como você pode provar sua afirmação?

    ““Fez o curso primário e estudou mais um ano com uma professora particular.”

    Você realmente acha que FCX, na pobreza em que vivia, teria condições de ter uma professora particular? Você consegue alguma evidencia real de que FCX tinha uma professora particular, como por exemplo um nome? Ou sua evidência se baseia no depoimento de um padre?

    “O fato é que Chico já publicava poemas de sua autoria.”

    Será que a autoria destes poemas era realmente do Chico? No seu texto encontramos:
    “Os melhores poemas escritos por Chico eram obras sem dono. O poeta negava a autoria dos versos. Eles apareciam quando o rapaz, aflito, sentia uma pressão na cabeça como se um cinto de chumbo comprimisse seu cérebro – e um peso no braço direito, como se ele se transformasse numa barra de ferro e fosse arrastado por forças poderosas.
    Os textos se acumulavam anônimos e repetiam a mesma cartilha: amor, compreensão, tolerância. Os companheiros do centro liam a papelada e sugeriam a publicação. Só havia um problema. Quem assinaria as obras? Chico consultou o irmão, José Cândido, e eles decidiram pedir conselhos ao diretor do jornal espírita carioca Aurora, Inácio Bittencourt. O jornalista convenceu o rapaz de Pedro Leopoldo a colocar seu nome embaixo dos poemas. “F. Xavier” começou a aparecer em várias publicações com o consentimento dos escritores invisíveis.”
    Você há de concordar que o processo de criação dos poemas (pressão na cabeça, peso no braço direito) é pouco convencional aos poetas corriqueiros.

    “A questão é: é fácil imitar o estilo dos poetas com alguma leitura? Aparentemente sim.”

    Claro que não Vitor. Se fosse fácil conheceríamos várias pessoas capazes de fazer igual. Aqui você justifica seu argumento com o caso do Amauri, que é fraquíssimo. Como você pode acreditar numa pessoa que afirma ter 50 livros publicados mas não encontramos nenhum? Parece a história do dragão na garagem.

    “Amauri Pena prova que é relativamente fácil imitar o estilo dos outros.”

    Prova??? Onde está a prova????

    Você diz, referente ao trabalho do Caroli:
    “ ‘ os resultados desses cotejos sugerem que os poemas de Parnaso não seriam o produto de uma simples imitação literária.’ Isso não autentica automaticamente a hipótese espírita.”
    O trabalho do Caroli foi uma tese de mestrado defendida numa das maiores universidades do Brasil. O trabalho dele não valida a hipótese espírita, você tem razão. Mas corrobora a idéia de que Parnaso não foi criação de um poeta interessado em fazer sucesso imitando estilos. Neste contexto, sua argumentação de que FCX criou os poemas por ser “um hábil falsificador” ou “por imitação após alguma leitura” vai frontalmente contra a tese de Caroli. Entretanto, você citou apenas uma frase de entre todas as duzentas e tantas páginas da tese que tenta contrariar. Sugestão pessoal: Se você pretende fazer algo com algum valor científico, precisa ir mais a fundo nas fontes confiáveis e não dar tanto valor as fontes de origem duvidosa.
    Bem, seguindo, temos:
    “Ainda diante de todos, em poucos segundos (não minutos) e com a maior naturalidade, sugestionado por nós, o estudante entrou em estado de transe moderado.”
    Vitor, quantos experimentos em laboratório você conhece em que alguém, após sugestionamento (hipnose?) foi capaz de criar poemas (ou pinturas, esculturas, músicas) de valor artístico ou semelhante a obra de algum autor consagrado? Se pretendermos ter alguma credibilidade científica, temos que usar experimentos controlados. Relatos anedóticos são considerados o pior nível de evidência possível.
    A referência a Dossena simplesmente não cabe aqui. Não há um só relato de que FCX treinava a falsificação de estilos (e novamente aqui vc contraria a conclusão de Caroli). Mesmo que fossemos considerar FCX um “hábil falsificador”, teríamos dificuldade de explicar seus “talentos” em outras áreas como a “grafoscopia” , “leitura fria”, “telepatia”, etc.
    Em conclusão Vitor, acho que seu artigo poderia ter ficado muito melhor se você tivesse para com os padres, Amauri e outros que cita no seu trabalho, o mesmo rigor que você demonstra ao analisar a obra de FCX.
    Abraços,
    Guilherme

  2. Vitor Diz:

    Guilherme,

    para todos os pontos mencionados por vc, eu dei o benefício da dúvida. Ou seja, ignorei mesmo o que padres e o sobrinho diziam. Mesmo assim, a meu ver a confecção do livro continua sendo explicável por meios normais.

    Uma análise da obra completa de Chico Xavier é quase impossível, e prefiro analisar uma obra de cada vez, desconsiderando as demais. No fim, poderemos ver se a soma das partes permite uma análise do todo.

    Um abraço,
    Vitor

  3. MoonChild Diz:

    Caro Vitor,

    Ontem tentei postar um comentário aqui mas acho que houve um erro do sistema e no fim acabou não sendo publicado.

    Queria pedir licença para te fazer uma pergunta que ao meu ver é bastante importante para todas estas análises, no site Ceticismo Aberto, se pode ler “O novo sítio Obras Psicografadas, conduzido pelo espírita Vitor Moura” (ver http://www.ceticismoaberto.com/news/?p=960 )

    Se me permite perguntar, o Sr. é realmente espírita ? Não que o conteúdo de seus textos mudem de qualquer forma por isso, mas a interpretação sim. Ainda sem querer ser mais intrometido 🙂 ,peço licença mais uma vez para perguntar, se o Sr. é mesmo espírita como diz o site CA (dirigido por Kentaro Mori), qual sua intenção dentro do propósito espírita com as análises dos livros de Chico ? E ainda, se o Sr. é espírita, acredito que seja por convicção, por isso pergunto: em sua opinião, quais são os autores ou livros espíritas que te fizeram e te mantém espírita ?

    Agradeço mais uma vez o espaço e esclareço o questionamento acima tem caráter amigável e objetivo apenas entender melhor seus textos,

    Mais uma vez, obrigado pela iniciativa de permitir comentários e discussões saudáveis em seu site,

    Abraços e bom feriado,

  4. Vitor Diz:

    Oi, MoonChild

    sim, sou espírita, mas tenho várias diferenças com relação ao espírita comum. Minha conclusão até o momento é que reencarnação e mediunidade são uma realidade, mas o mesmo não posso dizer de Deus, logo sou ateu. Meu propósito com a análise da vida e dos livros de Chico é simplesmente buscar fazer uma pesquisa de qualidade para descobrir a verdade por trás do mito e saber se seus textos realmente vêm de espíritos ou possuem uma explicação mais prosaica.

    Pessoalmente, penso que houve médiuns muitíssimos melhores do que Chico, como Leonora Piper, Gladys Osborne Leonard, Hafsteinn Bjornsson. São estes médiuns – e as pesquisas sobre estes médiuns – que me fazem continuar espírita.

    Um abraço,
    Vitor

  5. MoonChild Diz:

    Alo Vitor

    Deus é a base do espiritismo, e primeira pergunta do Livro dos Espíritos, Deus é considerado no espiritismo a “causa primária de todas as coisas”, assim poderiamos dizer que todo o espiritismo tem como base… Deus.

    De forma alguma tenho a intenção, condição, ou mesmo pretensão de julgar a religiosidade do próximo, mas se permite mais uma vez minha humilde opinião, talvez o “espiritismo não te considere espírita” (digo isso em um sentido alegórico), embora o Sr. se considere espírita, o que é totalmente respeitável, além de ser seu direito, e obrigação de todos respeitar.

    Porém, considerando a importância de Deus no espiritismo, em minha opinião eu diria que o Sr. é então um Ateu (como o Sr. mesmo diz) com influência espírita.

    🙂

    Abraço fraternal,

  6. MoonChild Diz:

    Só uma última colocação: muito obrigado pela consideração em responder meus comentários neste em outros posts, Vitor.

  7. Carlos Magno Diz:

    Carlos Magno Diz:
    Setembro 8th, 2007 às 1:45 am
    Sr. Vitor Moura:

    O senhor está com uma psicose no mínimo estranha.

    Já deixei uma mensagem para o senhor na infeliz comparação feita por V.Sa. entre as obras Mecanismos da Mediunidade de Chico e Waldo, e o Átomo, de Fritz Kahn. Por favor, vá lá e a leia.

    Só desejo acrescentar o seguinte, se o senhor ainda se encontra lúcido: a vaidade e a inveja podem se tornar armas mortíferas quando retornam ao agressor.

    Se ao menos sua pesquisa pretendesse demonstrar ao mundo que o conhecimento de Chico Xavier e de seus comunicadores não são vulgares nem apócrifos, mas reconhecíveis pelas ciências, admitiria seu esforço. No entanto, nada disto sequer transparece. Suas comparações são pífias, como se fosse possível a não repetição de palavras ou idéias em obras literárias distintas, pelas simples e cândidas limitações das metáforas, vocabulários técnicos ou conhecimentos especializados dos assuntos pelos escritores.

    Se o senhor é mesmo espírita, talvez pudesse explicar como serão as obras futuras de literaturas mediúnicas, didáticas ou técnicas, com o uso do esperanto, que é limitadíssimo em regras gramaticais e vocabulário. Creio que as repetições serão inevitáveis, não acha?

  8. Carlos Magno Diz:

    correção:o conhecimento…. não era vulgar, mas reconhecível….

  9. Carlos Magno Diz:

    Sr. Vitor:
    “sou espírita, mas tenho várias diferenças com relação ao espírita comum. Minha conclusão até o momento é que reencarnação e mediunidade são uma realidade, mas o mesmo não posso dizer de Deus, logo sou ateu.”

    Estou estarrecido com essa sua declaração insólita e paradoxal. Primeiramente, desejaria que o senhor me explicasse:
    1. O que é ser espírita comum?
    a) Seria uma classe ignorante que só le obras de Chico Xavier?
    b) Seriam pessoas humildes no trato e crédulas ao conhecimento dos mensageiros de Chico?
    c) Seriam somente praticantes do espiritismo de mesa, sem conhecimentos de filosofias,academismos, estudos metafísicos ou científicos? Gente ignorante, com certeza: populacho, plebe ignara.
    d) Ou nenhuma das questões anteriores isoladamente, mas todas aglutinadas?

    2. Pode alguém ser ateu e espírita? Pode alguém acreditar na reencarnação e não acreditar em Deus? Pode alguém ser ateu e não ser materialista? Pode alguém se dizer espírita e duvidar da legitimidade de obras mediúnicas do Chico, recomendadas até por rosa-cruzes, maçons, esotéricos, e homens lúcidos de ciências? Explique, por favor, ao ignorantão aqui que não entendeu o que é ser espírita de categoria superior.

  10. Vitor Diz:

    Prezado Carlos,

    o espírita comum é justamente aquele que segue basicamente uma linha Kardecista em sua crença. Acredita em Deus, em reencarnação, mediunidade, que o espírito se liga ao corpo no momento da concepção, pluralidade dos mundos haitados, entre outras coisas.

    Quanto ao seu item 2, para todas as perguntas a resposta é sim. Inclusive, há uma gama de budistas que acreditam em reencarnação mas não em Deus.

    Por fim, não sofro de qualquer psicose (ou ao menos, não foi ainda diagnosticada). Simplesmente me dou ao direito de pensar por mim mesmo e seguir a recomendação de “é preferível rejeitar dez verdades a aceitar uma mentira”.

    Um abraço,
    Vitor

  11. Carlos Magno Diz:

    Sr. Vitor:

    Continuo estarrecido com seus argumentos. Sem sombras de dúvidas o senhor não é espírita; é basicamente ateu; é materialista, cujo pensamento concreto laboratorial é finito, tri-dimensional. E não respondeu satisfatoriamente a nenhuma de minhas perguntas e nem colocou outros argumentos básicos. Foi sofrível nas respostas.

    Afirmo que não há ateus-espíritas; não há espíritas sabedores dos princípios da reencarnação que não acreditem em Deus: isto é a mais profunda e inqualificável incoerência. Exceto por seu espiritismo não-comum, como o senhor bem se referiu, particular, orgulhoso e pessoal, a mim desconhecido – todo seu!

    O senhor citou uma “certa gama de budistas” que acreditam em reencarnação, mas não acreditam em Deus. Poderia ser mais específico e me informar exatamente a qual doutrina budista o senhor se refere?

    Como o senhor sabe, já que falou do budismo, há vários ramos desta religião esotérica, inclusive de praticantes de magias negras. E Buda, se não baseou sua doutrina no conhecimento direto de Deus, falou extensivamente da divindade do homem e da necessidade do auto-conhecimento pela meditação e obediência às verdades, e assim realizar-se pela união com a própria divindade. Divindade é Deus!

    Buda jamais negou a existência do Criador do Universo, o Brahman indú: Sua inteligência não iria contradizer esta verdade milenar da sabedoria oriental e desta maneira cair num profundo paradoxo. E não o fez por medo, ética ou gentileza, mas por sabedoria profunda!

    Baseados neste sofisma capenga da inexistência de Deus pudessemos considerar a existência da reencarnação, concluiriamos que o homem e somente o homem, quer em espírito quer encarnado, seria o centro do universo, pois ele ditaria as regras da evolução: teria inventado a reencarnação, os reinos da natureza, e o processo evolutivo. Assim, doutor, isto é o mais claro, visível e fanático materialismo; é o big-bang científico-ateu, é a evolução natural por seleção das espécies de Darwin. É a mais louca negação humana a uma Inteligência Superior criadora do sistema solar, chamada pelos maçons de O Grande Arquiteto, e de Demiurgo pelos antigos gnósticos.

    Assim,neste triste e órfão materialismo, o homem unicamente o homem tomaria nas mãos os rumos de sua própria evolução, após se tornar homo sapiens. E antes do homo sapiens, quem teria coordenado tudo? A matéria, naturalmente, segundo os cientistas. Só que a matéria levou trilhões de anos para formar o cérebro humano, para somente depois deste tempo, ela mesma descobrir que é filha dela própria. Ô, matéria burra!!

    Concluindo. Pelas básicas inferências do seu pensamento ateu, reafirmo que o senhor não é espírita, nem reencarnacionista, nem acredita em Chico e seus mensageiro, e jamais neles acreditou. Repito uma vez mais: o senhor é materialista; é instrumento a serviço de uma corrente do pensamento negativo. Se dê conta disto, professor! Seja ao menos honesto e afirme diretamente suas pretenções inquisidoras.

    O pseudo-espiritismo que a corrente negativa formula em seus pensamentos, contraria a doutrina de Emmanuel, André Luiz, Bezerra de Menezes e outros luminares, pois eles só falam da beleza da união com Deus, através do amor, do perdão e serviço desinteressado ao próximo. Não é isto que o senhor está fazendo. Enquanto o senhor se apega às minúcias das obras do Chico e dos seus inteligentes mentores neste seu quase ignoto blog, milhares de pessoas neste momento se deliciam com as mensagens de esperança, verdades e fé, indelevelmente firmadas por mentes aptas nas dezenas e centenas de páginas dos livros do Chico. E passam a ver a luz no corredor inteiro do túnel, ao contrário do senhor que busca ofuscar, travar as portas de entrada para uma filosofia prática e objetiva do pensamento cristão.

    Buscar fraudes no Chico é lutar contra as verdades do espiritismo!!

    Tenha paciência, senhor Vitor, há tantos males no mundo, tanto desamor, entenda que estes devaneios não o conduzirão à fama, ao reconhecimento de milhões, senão o deixarão unicamente onde se encontra: no perfeito ostracismo!!!

  12. Vitor Diz:

    Prezado Carlos Magno

    sobre o budismo ateu, há várias referências. Se Buda não negou a existência de Deus, também não a afirmou:

    01.http://pt.wikipedia.org/wiki/Deus_no_budismo

    “O Budismo é geralmente considerado como religião não-teísta. Embora ensine que existem “deuses” (Devas), estes são apenas seres celestiais que habitam temporariamente em mundos celestiais de grande felicidade. Tais seres, porém, não são eternos nessa forma e estão sujeitos à morte e eventual renascimento em reinos inferiores da existência.”

    […]

    Embora o próprio Brahma não seja negado por Buda (ver Sutra Brahmajala), ele não é ? de maneira nenhuma ? encarado (pelo Buda) como um Deus Criador soberano, onisciente e onipotente. Brahma (como qualquer outro deva) está sujeito à mudança, declínio e morte, assim como qualquer outro ser senciente no samsara (o ciclo de reencarnações).

    02.http://www.diocesedesaomateus.org.br/new/index.php?pagina=115

    O Buda era ateu ?

    “É muito comum e conhecida a opinião de que o Buda ensinou uma doutrina atéia. A impressão é que ele não negou, mas também não se preocupou com a noção de Deus. Ignorou-a como sendo inútil porque cada um deve confiar só em si mesmo: divindades e demônios não ajudam nem atrapalham.”

    Por fim, o senhor sabia que há espíritas que não crêem na reencarnação? Sim, é verdade! A última das conclusões adotadas pela Seção de Filosofia do Quinto Congresso Internacional Espírita de Barcelona, de 1934, referente à reencarnação, assim rezava: “Previsto existirem diferenças, de momento irredutíveis, entre os que consideram a Reencarnação como processo necessário para a Evolução e os que crêem poder a Evolução efetuar-se sem esse processo, foi aprovada transacionalmente e como prova de tolerância a conclusão seguinte: os espíritas de todo o mundo, reunidos em Congresso, afirmam unanimemente a sobrevivência da personalidade humana depois da morte corporal, considerando-a cientificamente provada como um fato. Os espíritas latinos e hindus, representados neste Congresso pelos delegados da Bélgica, Brasil, Cuba, Espanha, França, Índia, México, Portugal, Porto Rico, Argentina, Colômbia, Suíça e Venezuela, afirmam a Reencarnação como lei de vida progressiva, segundo a frase de Allan Kardec: ‘Nascer, morrer, renascer e progredir sempre’; e aceitam-na como uma verdade de fato. Os espíritas não latinos, representados no Congresso pelos delegados da Inglaterra, Irlanda, Holanda e África do Sul, consideram não ter demonstração suficiente para estabelecer a doutrina da Reencarnação formulada por Kardec. Cada escola, portanto, fica em liberdade para proclamar as suas convicções a respeito da Reencarnação”. A situação permanecia virtualmente inalterada por ocasião do Congresso Espiritista Internacional de Londres (1960), tendo o delegado brasileiro, Hélcio Pires, no relatório publicado no “Mundo Espírita” de 30 de novembro de 1960, declarado: “A Reencarnação é ainda o ponto principal e o único obstáculo a um entendimento geral entre os espíritas de todo o mundo”. As declarações acima citadas, de 1934 e de 1960, são, aliás, uma prova cabal, dada pelos próprios espíritas, de que se pode ser espírita e não se ser reencarnacionista.

    Ora, senhor Carlos Magno, já que há espíritas que não acreditam em reencarnação – o que ficou devidamente documentado e comprovado nos congressos realizados pelos próprios espíritas- porque não pode haver espíritas ateus? Talvez isto lhe choque, mas isto só mostra o quanto a doutrina é abrangente. Vivendo e aprendendo…

    Vc diz que buscar fraudes no Chico é lutar contra as verdades do Espiritismo. Mas no próprio Espiritismo é dito que é preferível recusar dez verdades a aceitar uma mentira. Estou simplesmente sendo cuidadoso e seguindo essa diretriz.

    Por fim, o Materialismo está longe de estar a serviço de uma corrente de pensamento negativo. Materialistas não são pessoas más, senhor Carlos Magno. Isso é uma visão distorcida e pré-concebida do Materialismo. O senhor está sendo extremamente preconceituoso.

  13. Carlos Magno Diz:

    Sr. Vitor:

    O preconceito não é meu, ao contrário, é totalmente seu. O senhor procura obsessivamente encontrar fraudes em Chico e seus mensageiros e crê-se um procurador de uma ciência que nem nome tem. Esta frase que o senhor repete, “que é preferível recusar dez verdades a aceitar uma mentira”, poderia localizá-la melhor, por favor? Quem a teria dito, quando e onde?

    A mim me parece um falso axioma em si mesmo, oportuno para justificar perseguições, mas aguardarei sua informação.

    Quanto à existência de espíritas ateus, e não reencarnacionistas, creio mesmo que estes deveriam buscar uma religião materialista, pois sem esta noção básica da existência, herdada dos orientais pelos organizadores do movimento espírita, estarão desprezando no espiritismo sua principal fonte para a reflexão e clarividência. Sem a noção básica da existência de Deus e da reencarnação, não dá nem para classificar um pensamento religioso espírita: é ateísmo puro, materialismo ilógico, loucura da pobre razão humana. É não desejarsair de seu próprio buraco.

    O ateu segue uma idéia errada, somente apropriada a ele que desejaria estar livre de responsabilidades decorrentes de seus particulares atos e anexadas ao seu carma individual.

    O senhor buscou na wikipédia definições do budismo, fez muito bem embora a wikipédia esteja longe de ser a fonte ideal. Em minhas avaliações, e o senhor pode lê-las novamente, afirmei categoricamente que Buda não pregava a existência de Deus, mas não o negava. Há, porém, uma grande diferença entre dizer filosofia não-teísta por definição e “ser” budista por convicção.

    Como disse, a inteligência de Buda não iria contradizer os milenares e verdadeiros ensinamentos indús sobre Brahman. O senhor não é budista, vê-se logo, pois a prática do budismo é de intensa reverência ao poder criador do homem e de toda a natureza: é a prática de buscar conhecer-se internamente para auto-realização e encerrar o ciclo das reencarnações. Buda disse: EU VENCI A MORTE, NÃO MAIS REENCARNAREI. Ou seja, Ele encontrou-se na divindade. Repito, ENCONTRAR-SE NA DIVINDADE É ENCONTRAR DEUS.

    Permita-me reproduzir trechos de Helena P. Blavatski, co-fundadora da Teosofia em Adyar na Índia, que é um movimento filosófico, espiritual e esotérico: “Reencarnación es la doctrina del renascimiento, en la cual creian Jesus y los apóstoles, lo mismo que toda la gente de aquelos tiempos, pero negada ahora por los cristianos [que no parecen comprender la doctrina de sus próprios evangelios, puesto que la Reencarnación es enseñada claramente en la Bíblia, como lo es en todas las demás escrituras antiguas.] Todos los egipcios convertidos al Cristianismo, los Padres de la Iglesia y otros créiam en dicha doctrina, como les prueban los escritos de todos elos”.

    À propósito, H.P.B. foi também pesquisadora e fundadora de um movimento espírita nos Estados Unidos. Foi por isto odiada e perseguida. Mediante seu exemplo, é facil entender porque os estranhos espíritas-ateus, não reencarnacionistas, negam por profunda teimosia ou grosseira ignorância, inequívocas verdades esotéricas ou religiosas dos antigos. Eles odeiam a verdade. Isto Chico e seus mestres não fizeram; seja talvez este um dos motivos de rancores de seus detratores, como de V.Sa., por exemplo.

    Sobre o Budismo, diz-nos H.P.B: “El Buddhismo, tal como existe en su forma septentrional, está enteramente de acuerdo con las religiones más antiguas, pero en su forma meridional parece haber abandonado la idea de la Trinidad lógica como de la existência Una, de la cual esta Trinidad procede. El Logos (Deus) en su triple manifestación es como sigue: Primer Logos, Amitâbha, la Luz Infinita; el segundo Avalokitezvara o Padmapâni (Chenresi); el tercero, Mandjusri, que “representa la Sabiduria Creadora y corresponde a BRAHMAN”.

    Como vê, senhor Vitor, há mais mistérios entre o céu e a Terra do que suspeita nossa vã filosofia,” e perder-se nos meandros de pequenas referências textuais de mensageiros do Chico, é incongruente, inconseqüente e impertinente, pois o senhor está transformando suas inócuas atividades em obsessão, somente explicáveis por algum tipo de desarmonia íntima ou subjugação às correntes negativas de que lhe falei. O atual pensamento espírita esposado por Chico Xavier sobre reencarnação e Deus, nada mais são do que aquilo que a sabedoria antiga já conheceu a respeito, transposto em cadinhos para páginas de literatura espírita, por mentes brilhantes de antigos filósofos e mestres do saber sacerdotal de tantas civilizações já extintas.
    Portanto, senhor, não me causará surpresa se os ensinamentos espíritas de ateus citados por V.Sa., sejam desde já admitidos como especulação, pois religião este espiritismo seguramente não é, senão crenças materialistas em fenômenos mediúnicos. Religião quer dizer Re-ligar o homem à sua origem divina, a Deus! E sem Deus qualquer religião é falsa, é engano de seguidores ou enganação de espertalhões!

  14. Jorge Fernandes Diz:

    Olá, Vitor,
    Voltei para dar um pitaco. Tentar me sentir sócio pleno da sociedades dos homens (seja lá o que isso for).

    Gostei quando você se diz espírita e ateu. É uma combinação explosiva, mas coerente. A questão é que essa discussão sobre “Deus” é infinita. Eu entendo que você está contestando a compreensão do deus infantil da cultura judáico-cristã, mas não espere que todos compreendam isso rapidamente.
    Você está levantando vários problemas e, quem gosta do espiritismo como ciência, respeita isso. Os outros que são só coração ficam irritados. Eu não gosto de polêmica (não aproxima da santidade, como disse o Cristo), mas no mundo das idéias ela é inevitável.
    Não estou dizendo que voce está 100% certo, concordo com o Guilherme: “acho que seu artigo poderia ter ficado muito melhor se você tivesse para com os padres, Amauri e outros que cita no seu trabalho, o mesmo rigor que você demonstra ao analisar a obra de FCX”.
    De qualquer forma, continue firme.
    Jorge

  15. Carlos Magno Diz:

    semelhantes atraem semelhantes na razão direta das massas e no inverso do quadrado das distâncias.

  16. Vitor Diz:

    Prezado Carlos Magno,

    a referência da frase é o Livro dos Médiuns, cap. XX, nº 230, dita por Erasto.

    Sobre o Budismo, vou lhe dizer algo que tenho certeza vai chocá-lo: nem mesmo numa alma imortal eles acreditam. Ian Stevenson diz em Vinte Casos Sugestivos de Reencarnação:

    “Grande número de budistas, principalmente da seita Theravada, não crêem na persistência de uma entidade permanente, ou alma. Há um constante fluxo de desejo, ação, efeito ou reação, mas não uma alma que subsista. Quando uma pessoa morre, os efeitos acumulados de suas ações põem em movimento uma outra série de acontecimentos que levam a outras conseqüências, uma das quais pode ser o nascimento, na Terra, de outra personalidade. Se a primeira personalidade conseguiu desprender-se dos desejos materiais, poderá o nascimento ocorrer em um outro “plano”, em vez de novo nascimento na Terra. Mas esta personalidade recém-nata se relacionará com a primeira apenas como a chama de uma vela que (antes de apagar-se de vez) pode acender a chama de outra. Os budistas, geralmente, preferem o termo “renascimento” a “reencarnação”, para dar ênfase a esta distinção. As várias escolas de budistas adotam conceitos um tanto diferentes quanto ao que pode persistir depois da morte física. ”

    Chocado?

    Bem, eu não devo dizer que fiquei exatamente chocado com sua seguinte frase:

    “O ateu segue uma idéia errada, somente apropriada a ele que desejaria estar livre de responsabilidades decorrentes de seus particulares atos e anexadas ao seu carma individual.”

    A religião sempre tem que jogar pedras em alguém, não? O espiritismo pelo visto escolheu os ateus. Entenda o seguinte, muito pelo contrário, o ateu-materialista é solidário e responsável, por uma única razão; é melhor para todos. Imagine um lobo solitário. Este lobo tem muito menos chances de sobrevivência do que se estivesse num grupo, numa alcatéia, onde adquire proteção e fica mais fácil conseguir alimento. Da mesma forma o ateu materialista: ele contribui com a sociedade porque isso é melhor para ele e para todos. E não precisou de nenhum conceito de carma para ser bonzinho, nenhuma idéia de castigo pós-morte. Entendeu? É um mito que ateus são pessoas más e nocivas para a sociedade. Angelina Jolie é atéia, ela ajuda os doentes da África, adota crianças etc. Vc já adotou alguma criança?

  17. Carlos Magno Diz:

    Sr. Vitor:

    O homem é um ser gregário, não há dúvida. Vivemos em sociedades com ateus, agnósticos, materialistas, religiosos, fanáticos, terroristas, etc. Nenhuma novidade nisto.

    Não sou espírita, não sei se já deu para notar. Minhas tendências são universalistas, não sectárias. Trabalho quase diariamente em prol do próximo, não preciso adotar crianças, mesmo porque não é esta a solução dos desatinos humanos, de quem só joga filhos no mundo e sai procurando novas fêmeas para nova procriação. Adoção é realmente caridade? Não sei, embora não a desaprove, mas veja-a, na maior parte das vezes, como consolo a casais que não têm filhos, não caridade em si. Não sou bonzinho, nem metido a bonzinho, procuro ser justo.

    Angelina Jolie, aquela belíssima moça que adora a luz de refletores e sobre quem pesam acusações de má conduta moral? Não sou eu quem está jogando pedras, mas sim a mídia na qual o senhor parece ambicionar estar. Preferiria que me dissesse de Madre Tereza de Calcutá, que tinha milhares de adoções, ou mesmo do Divaldo Franco.

    Ateu não é sinônimo de mal, nem de herege, entenda bem. Tenho excelentes amigos ateus e ótimas relações de amizades. No meu entendimento não há diferenças entre ateu e materialista. O ateu quando realiza atos de cidadania ou caridade, traz a si maior valor, porque nem de longe estará pensando em cambiar valores com Deus, a Quem ele refuta.

    Entretanto, religião não é lugar de ateu, e se há espírita-ateu, ou religioso-ateu, ele verdadeiramente não é espírita, nem religioso, não é nada, é simplesmente materialista numa seara de ninguém, porque isto não existe, não faz sentido; é pura ilusão, é mentir a si próprio. Se o ateu faz ou não caridade, o faz ou deixa de fazer por sua índole. Ao me referir à frase que o chocou de mentirinha, é bom entender, disse do ateu quanto ao gnosticismo que ele não quer possuir, e por não querer acreditar no carma, em Deus, e, portanto, estar errado sob o ponto de vista do crente, do gnóstico, do esotérico e da verdade. Seu pensamento materialista é pessoal, ajustado a sua pessoa porque ele assim o deseja. Este foi o sentido, não queira interpretar literalmente sobre o que eu não disse.

    Quanto ao que os budistas entendem sobre a reencarnação, nada aqui referido me surpreende quanto mais a me chocar. O pensamento budista é muito mais profundo sobre a reencarnação; é pensamento de pura sabedoria e não de crença. Se o budista não fala a palavra reencarnação, ou semelhante vocábulo nos idiomas sânscrito, tibetano, chinês, japonês, etc. é questão de pura semântica. O importante é veicular a idéia. É saber que a alma verdadeira e imortal não reencarna de fato, pois ela é a individualidade em seu próprio mundo ou plano de existência. A personalidade, da mesma forma, não reencarna, porque ela se dissolve tempos depois, após a interpolação no mundo físico. Subsistem, isto sim, registros na memória astral e mental, no corpo causal propriamente dito, onde a individualidade chamada alma habita e coordena os seus efeitos cármicos. Entretanto, muitas vezes os registros de uma personalidade são tão vigorosos numa vida que na vida seguinte a nova personalidade neles mergulha e atrai do sanskâra passado.
    Casos há de suicídios pela obsessão do eidolon (forma astral-mental que pode subsistir no espaço por mais de uma reencarnação) que retorna e vampiriza a nova organização-personalidade daquela vida reencarnada. Veja, por exemplo, o caso do Dalai Lama, dos budistas tibetanos. Não crêem eles na contínua reencarnação do Dalai que partiu em vida anterior? Não reconhece o Dalai objetos deixados em sua anterior vida? Prova está, para budistas tibetanos, que a reorganização dos corpos de manifestação da individualidade ego-alma numa nova personalidade humana, não apaga totalmente os registros da memória astral e mental da personalidade passada, mas que nunca mais se reorganizará exatamente como antes.

    O que eu lamento mesmo, Sr. Vitor, é o senhor desejar atrapalhar um processo de elucidação da humanidade com comenzinhos assuntos. O povo é impressionável, e Chico e seus mestres se prepararam convenientemente com uma doutrina apoiada nas comunicações mediúnicas, a fim de trazer o maior número de almas possíveis para o caminho da redenção cármica. A mediunidade é sumamente perigosa se não tratada com cuidado. A personalidade necessita cristificar-se, trabalhar valores morais e humanitários e assim mudar a tônica vibratória do complexo personalidade-alma. As correntes hediondas do mal espreitam cada passo dos humanos tentando se apoderar de suas mentes e emoções, de suas mediunidades enfim, para destruir valores e dominar a Terra. Bilhões de pessoas são médiuns inconscientes, pois é um estágio evolutivo, remanescente do desenvolvimento astral da Atlântida, não ainda ultrapassado. As forças negativas são também poderosas, não olvide disto, e tomam aos incautos, mentem, sugestionam, infiltram-se nas religiões e crenças, corrompem as idéias sobre vida, reencarnação, Deus.

    Os tempos atuais são os mais perversos da existência do planeta e já preditos por Jesus e pelo Apocalipse. Os mestres e mentores do espaço superior envidam seus melhores esforços para salvar quantos puderem da derrocada final. E acontecerão, dentro em pouco, fatos irreversíveis e monstruosos, já estão acontecendo, todos estão vendo. Veja o tráfico internacional de drogas, as máfias do mal infiltradas nos governos, os jovens que se perdem, as guerras fratricidas, o sexo mercantilizado, banalizado e abusado, e tantas outras coisas aterradoras. E o senhor ao perseguir o Chico e seus mestres está prestando um desserviço à humanidade, à espiritualidade, e a quem acreditou nas mensagens verdadeiras de redenção pela caridade e atos espiritualizados. Pense nisto, pense no carma que o senhor está formando contra sua pessoa. Ninguém irá puni-lo, nem o Deus que o senhor diz não existir, mas as energias que o senhor acumula neste seu trabalho formarão uma entidade que o impedirão em futuro próximo de realizar-se espiritualmente.

    Não voltarei mais a debater com V.Sa. Quis e quero alertá-lo de sua incongruência, de seu erro, sua materialidade mascarada de religiosidade. Até seus amigos no blog trazem temas irrelevantes, tais como, sobre a sexualidade do Chico, sua feminilidade, o que ele pensaria do sexo ou o que ele seria de fato. Ora, por favor, sejam cristãos e parem de bobagens.

  18. Carlos Magno Diz:

    P.S.

    Se o Erasto foi aquele espírita, presidente da federação britânica, é lamentável seu infeliz pronunciamento. Talvez o fizesse premido pelas pressões dos cépticos. Mas se pudesse suspeitar que mais de um século depois a frase seria repetida pelos materialistas como um lema, certamente se teria calado.

    Das ciências da época até o momento, inúmeros e graves erros foram evidenciados. Logicamente as ciências não servem como parâmetros infalíveis. Assim, se não serve o espiritismo para as dúvidas, as ciências necessitariam postular infalibilidade, o que é impossível na cultura humana.

    Se o espiritismo erra, erram também as ciências, restam-nos, pois, experimentar, viver e praticar ao invés de cultuar ícones científicos materiais como a salvação e elucidação de todas as coisas.

    Jesus errou? Buda errou? Não creio. Mas as ciências erram todos os dias, embora também estejam certam em tantas descobertas. Portanto, nada de atribuir às ciências o “voto de minerva”, nas casualidades de dúvidas.

  19. MoonChild Diz:

    Srs. Carlos e Vitor

    Após muito ponderar, minha conclusão final é que eu gostaria de ser um pouquinho daquilo que Chico foi… eu o admiro muito pela sua moral, seu comportamento exemplar, sua paciência, resignação, bondade, amor… é assim que o julgo, por seu exemplo.

    Vendo por este ângulo, todas as outras análizes parecem simples discussões acadêmicas.

    O Espiritismo, Chico e seus mentores são tão honestos, que no prefácio de “Nossa Lar”, uma nota de Emmanuel alerta: “A surpresa, a perplexidade e a dúvida são de todos os aprendizes que ainda não passaram pela lição. É mais que natural, É JUSTÍSSIMO. Não comentaríamos, desse modo, qualquer impressão alheia. TODO LEITOR PRECISA ANALISAR O QUE LÊ.”

    Nada de surpresa então, os próprios autores já avisam que não se trata de imposição e sim informação – cabe ao leitor julgar.

    Este site não erra por julgar as obras de Chico, isto até mesmo Emmanuel pede, mas se me permitem, comete injustiças ao colocar Chico como uma pessoa que possívelmente cometeria atos indignos, como ler livros “escondido” para depois criar seus próprios, enganando uma “multidão de pobres crentes espíritas”, ainda que sem motivo nenhum, o que aliás nem combina com a vida que ele teve.

    Triste é ver como as pessoas ainda se importam mais com a superfície que o conteúdo, discussões sem fim, dúvidas maldosas, enquanto isso prossegue a obra de Chico, confortando corações, transformando seres humanos, mudando vidas… isso nenhum cético vê, aonde a justiça com Chico ? Se nunca se propôs cientista, escritor, líder religioso (não por ele mesmo), nem mesmo a mediunidade aceitava como um dom, era por suas palavras “uma forma de compensar abusos que cometí em outras vidas com minha inteligência”.

    Tentei na medida do possível comentar as matérias deste site de forma neutra, convidando de forma humilde aqueles amigos que perderam alguns minutos lendo os comentários de um amigo que está ainda começando a pensar à respeito de Chico.

    Mas admito, não fiz nada disso sózinho, me question aliás se fiz algo. Em todos os meus comentários, senti a presença de amigos que me ajudaram, inspirando a forma mais neutra, honesta e amiga de escrever estes comentários. Por isso fiz questão de não me identificar.

    Espero que possamos fazer como Emmanuel que já disse “cabe ao leitor julgar o que lê”, julguemos da forma que for mais conveniente para nós mesmos, de acordo com aquilo que buscamos. Cada ser humano busca compreender a verdade da forma que acha mais justo para sí mesmo, busquemos então a verdade, de coração aberto.

    Ao homem foi dado o livre arbítrio, usemos-o.

    Abraços a todos,

  20. Vitor Diz:

    Preado Carlso Magno

    sobre Madre Tereza, leia isto (tenho certeza que ficará chocado dessa vez):

    http://ateusdobrasil.com.br/artigos/comportamentos/madre_tereza

    Não vejo má conduta moral da parte de Angelina. Mas vejo em Madre Tereza, a menos até que refutem os argumentos do site.

    Há várias diferenças entre ateus e materialistas. Ateu é simplesmente quem não encontra evidências da existências de Deus, isso não o impede de concluir pela existência de uma alma, da reencarnação.

    Não há evidência alguma da Atlântida, ao menos como uma civilização super-avançada em que as pessoas se comunicavam por telepatia…

    Por fim, estou com a consciência tranquila de estar fazendo um trabalho honesto e de qualidade.

    Um abraço,
    Vitor

  21. Vitor Diz:

    Prezado MoonChild,

    há dúvidas se de fato existe o livre-arbítrio. Leia:

    http://br.geocities.com/existem_espiritos/livre_veto

    http://br.geocities.com/existem_espiritos/critica_a_libet

    Um abraço,
    Vitor

  22. MoonChild Diz:

    Prezado Vitor,

    Concordo plenamente! O próprio Livro dos Espíritos e outros da doutrina espírita deixam claro que o livre arbítrio do homem é relativo, pois o homem é livre para tomar decisões, mas não pode escolher as situações que a vida o impõe. Quando me referi a Livre Arbítrio, assumi que o Sr. como espírita teria esta mesma visão,

    Abraços,

  23. MoonChild Diz:

    Tirado do livro “As Vidas de Chico Xavier”, reflitamos:

    1.
    Com nove anos, Chico começou a trabalhar como tecelão. Entrava às 3h da tarde, saía à 1h da manhã, dormia até as 6h, ia para a escola, saía às 11h, almoçava,
    dormia uma hora depois do almoço.

    2.
    Em 1922, o país comemorava o centenário da Independência. O governo de Minas instituiu vários prêmios de redação para alunos da QUARTA série primária.
    Chico estava prestes a começar o texto quando viu um homem a seu lado ditando o que ele deveria escrever

    3.
    Algumas semanas depois, a Secretaria de Educação de Minas divulgou os resultados do concurso, disputado por milhares de estudantes. Chico Xavier, de Pedro Leopoldo, recebeu menção honrosa.

    4.
    Alguém, na sala, lançou o desafio. Se o texto dele foi ditado por alguma pessoa do outro mundo, por que esse homem não reaparecia para escrever sobre algum assunto proposto pelos colegas?

    5.
    No exato momento do desafio, Chico viu a assombração pronta para escrever e comunicou o fato à professora. Ela resistiu à idéia, mas a pressão dos colegas foi mais
    forte. Enquanto Chico caminhava até o quadro-negro, uma das alunas, Oscarlina Lerroy, propôs o assunto: areia.
    – Tenho carregado muita areia para ajudar meu pai numa construção.

    6.
    As gargalhadas ecoaram na sala. O tema era insignificante, ridículo. Chico pegou o giz. Silêncio absoluto. Palavras inusitadas se arrastaram pelo quadro-negro: “Meus filhos, ninguém escarneça da criação. O grão de areia é quase nada, mas parece uma estrela pequenina refletindo o sol de Deus”. Após o espetáculo, dona Rosária proibiu qualquer comentário na sala de aula sobre pessoas invisíveis.

    Chico ainda estava na quarta série, com 9 anos de idade, tendo acabado de sair da casa da madrinha Rita de Cássia, aonde sofreu horrores, indo morar com seu pai e sua nova madrasta, trabalhava como tecelão, no horário descrito no 1o parágrafo acima.

    Reflitamos.

  24. MoonChild Diz:

    Reflitamos, parte 2.

    Fonte: “As Vidas de Chico Xavier”

    A professora se apegou tanto a ele que, quando foi transferida para Belo Horizonte, pediu a João Cândido
    para levar o garoto com ela. O pai não autorizou. Precisava do salário de Chico.

    No ano seguinte, por recomendação médica, o garoto trocou a tecelagem pelo Bar do Dove, de Claudomiro Rocha. Varria o chão, lavava a louça, cozinhava e
    continuava mal-assombrado. Quando já tinha quinze anos, pediu socorro ao padre Scarzello.

    Em meio a uma crise de choro, Chico se queixou do assédio incessante de um espírito sofredor. O padre, impressionado com a devoção do rapaz a Jesus, lhe disse para não se desesperar com as vozes e visões.

    Se elas vieram da parte de Deus, ele irá te abençoar e te
    dar forças para fazer o que deve ser feito.

    Após o discurso, saiu com o garoto da igreja e lhe comprou um PAR DE SAPATOS. Chico deixou de andar DESCALÇO.

    ———–

    Chico não tinha dinheiro aos 15 anos para comprar sapatos, andava descalço. Aos 9, recebeu a menção honrosa por “sua” redação.

    Ainda, há quem diga que a família de Chico pagava uma professora particular para ele (ver o artigo original acima).

    Reflitamos 🙂

  25. MoonChild Diz:

    Reflitamos (e lamentemos), parte 3

    Neste mesmo site, no artigo “A Leitura de Chico Xavier” (http://obraspsicografadas.haaan.com/2007/a-leitura-de-chico-xavier) podemos ler:

    “Em 1924, Chico começou a trabalhar no Bar do Dove(…) Após 2 anos, mudou-se para o armazém de José Felizardo Sobrinho, onde cortava o toucinho, lingüiça, pesava o arroz e arrumava as prateleiras, ALÉM DE VENDER CACHAÇA”

    Porém, no livro “As vidas de Chico Xavier” (o mesmo usado como fonte para este artigo), existe uma PEQUENA diferença, vejamos:

    Com um facão afiado a mão, o garoto estava sempre pronto a cortar toucinho para o freguês e ficava feliz da vida quando o patrão vendia fiado. Atrás do balcão, pesava o arroz, cortava a lingüiça, arrumava as prateleiras. Atendia a todos, paciente, das 6h30 da
    manhã às 8h da noite. No final do mês, recebia 13 mil-réis. Uma ninharia. Mas não reclamava. SEU ÚNICO DRAMA ERA VENDER CACHAÇA.

    Reflitamos, novamente.

  26. Olim Diz:

    Dei uma espiada na matéria a respeito do Chico Xavier e “seus” versos…

    Fiquei meio triste, não pela pessoa de Chico Xavier sofrendo uma campanha de difamação, se é que ele mesmo se achou/acha em algum patamar de superstar, líder espiritual, rei-da-cocada-preta, guru, etc., a ponto de ficar fulo com o quê estão dizendo ou desdizendo a respeito de sua pessoa atualmente.

    Fico triste pela banalização das pessoas que de fato deram- doaram!- suas vidas para algo que possa significar conforto, segurança, paz e esperança neste mundo repleto de cobaias.

    Tem gente até hoje querendo provar se o Santo Sudário é verdadeiro ou não; se os olhos de Jesus eram azuis ou não; se a Maria Madalena era a esposa Dele ou não…, como se isso fosse o fundamento para destruir, ou corroborar, toda uma doutrina de seres que aqui vieram só para ajudar, esclarecer, iluminar, sofrer de montão… Seres que vieram para viver, sem cobrar nada dos outros; sem nada obrigarem… Vieram e virão só por Amor.

    Não estou triste por Chico Xavier, muito pelo contrário!

    A tristeza que sinto é pela energia desperdiçada em banalidades, em coisas superficiais e acessórias dominando a essencialidade.

  27. Vitor Diz:

    Prezado MoonChild,

    na verdade quanto à questão do livre-arbítrio, há a fortíssima possibilidade do homem simpelsmente NÃO TER LIVRE ARBÍTRIO ALGUM, nem mesmo relativo. É isso que falam os artigos.

    O artigo não fala que a família de Chico lhe PAGAVA uma professora particular. Pode muito bem ter ocorrido uma ajuda voluntária, sem custos para a família.

    Não vi qualquer motivo para lamentação em seu último comentário. Chico vendia cachaça e não há nada de desonroso nisso.

    Um abraço,
    Vitor

  28. Vitor Diz:

    Prezado Olim,

    em qualquer pesquisa científica sobre paranormalidade busca-se sempre analisar a possibilidade de vazamento sensorial, do médium ter conseguido as informações por meios normais. Isso é essencial neste tipo de pesquisa.

  29. MoonChild Diz:

    Caro Vitor,

    Primeiramente, gostaria de me despedir de seu site, pelo único e exclusivo motivo de que já falei o que tinha que dizer, nada mais 🙂

    Agora, sobre as outras coisas:

    1. Livre-arbítrio: existe apenas uma confusão sobre o que significa livre-arbítrio, ao meu ver, é o poder da decisão consciente, por exemplo, eu escolhi escrever este comentário. Se não houvesse livre-arbítrio, não haveria nem culpa, nem mérito, seriamos apenas robos, controlados de alguma forma, com certeza viveriamos numa matrix. Dizer que o ser humano não tem livre-arbítrio é o mesmo que dizer que ele não existe como ser pensante, algo como pessoas mortas se movimentando apenas pela vontade de alguma força externa, ou interna, enfim, zumbis. Engraçado esse tipo de conclusão vir de “cientistas” ou “céticos” pois se aproxima bastante do misticismo, destino…

    2. Sobre a professora particular: O Sr. “acha” que ela poderia ter ajudado Chico de forma voluntária ? Isso não pode ser considerado evidência anedota, ou qualquer coisa do tipo ? Pergunto respeitosamente.

    3. Em relação a cachaça, o texto original, de todas as funções de Chico relatava que esse era o único que ele considerava um drama, portanto, ao afirmar que “Chico vendia cachaça”, o Sr. dá margem para más interpretações e é no mínimo, tendencioso, ainda mais por ter tirado uma parte que no original, tinha tanta enfase.

    É isso que tenho para dizer, e por último – e talvez até se surpreenda – eu gostaria de te dizer: não pare. Continue, pois a verdade sempre vence no final, por isso não tema errar, mas se possível tenha auto-crítica, para evitar arrependimentos futuros.

    Não concordo em nada com o Sr., mas seria muito pior se da minha parte quisesse te censurar, pois justamente o livre-arbítrio e liberdade de expressão são ao meu ver a essência na busca pela verdade. Aliás, se não existe livre-arbítrio como o Sr. mencionou, por que estou escrevendo isto ? Ahhhhhh ! Acho que estou me sentindo mal 😉 Será que tem alguém me controlando ? 🙂 Quero parar de digitar, mas não consigo ! (brincadeira, é claro).

    Se o Sr. me permitir, sem querer ser pretencioso, gostaria de te fazer uma sugestão: autocrítica, para achar a verdade.

    Abraços e boa sorte de seu amigo MoonChild,

  30. Olim Diz:

    Estimado Sr. Vitor:

    Tenho uma intuição que seu trabalho será infrutífero…
    Não pelo mérito e objetivo a que propõe, mas sim pelas ferramentas que escolheu utilizar para provar algo ou não.

    O caminho que o Sr. poderia melhor trilhar e usar como ferramenta seria a Fé e a Intuição e isso só mesmo o Sr. pode obter e nada provar. Mas para que servem as provas científicas diante de um sentimento intuitivo comprovado somente por seu espírito? Talvez nada cientificamente, talvez tudo em seu próprio ser.

    Infelizmente não posso conseguir provar o contrário de sua proposta bem como provar o sentimento que me nutre o coração por viver cada dia mais por algo que a ciência não prove, mas que está aqui, agora ao nosso lado tão vivo como essas palavras e aquelas escritas pro Chico Xavier, Augustos dos Anjos ou quem quer que seja.

    Que em sua jornada suas respostas e anseios sejam concretizados e, se mesmo assim, caso não sejam, que o Sr. seja feliz por si mesmo, em estar contribuindo em dias melhores para todos nós.

    Abraços.

  31. Vitor Diz:

    Prezado MoonChild,

    a hipótese de sermos todos um bando de zumbis é bastante discutida hoje em Ciência! Não teríamos uma função consciente, ou melhor, até teríamos, mas ela não serviria para nada! É isso que os experimentos de Libet mostram, veja os artigos que te passei.

    Sobre a professora particular, é claro que é uma evidência anedótica, assim como muita coisa sobre passado de Chico. No entanto, é uma informação que deve ser conhecida. Tanto as evidências anedóticas a favor quanto contra devem ser informadas.Veja que não precisei da professora para concluir a questão da possibilidade do Chico ter escrito o livro por meios normais.

    Quanto à cachaça, o objetivo era simplesmente listar as atividades de Chico, se ele gostava ou não do que fazia, isso não vem ao caso.

    Um abraço,
    Vitor

  32. nantilde Diz:

    Sr. Vitor,
    li com interesse o seu artigo e discordo dele. Não porque eu seja uma pessoa muito religiosa ou crédula, mas sim porque o sr não consegue responder as perguntas : porque? e como?
    Note que as duas estão interligadas. Chico Xavier levava uma vida de extrema humildade , então porque teria interesse em escrever uma obra tão vasta, o que deve ter-lhe tomado muito tempo e exigido muito esforço. Tudo para viver numa casinha para lá de humilde ? Não me lembro de tê-lo visto realizando viagens internacionais, hospedando-se em hotéis de luxo. Parece que não usufría do dinheiro recebido pela venda de seus livros.
    A segunda pergunta ainda é mais difícil de responder, mesmo admitindo que ele tivesse tido não uma única professora particular, mas uma dúzia delas. Veja o meu caso , tenho 61 anos , duas faculdades, mestrado e doutorado e nem por isso sou uma escritora. Adoraria escrever como Eça de Queiroz,Machado de Assis etc, mas devo admitir que “Deus”, “a natureza”,– seja lá quem possa ser responsável– não me conferiu este talento. Então como admitir que um homem pobre e interiorano ( não há aqui nenhuma tentativa de desmerecer o médium) possa ter escrito sozinho uma obra tão vasta “imitando” o estilo de renomados escritores? Se eu acreditar nisto, posso acreditar em coisas ainda mais improváveis.
    Na verdade , apesar de todo o seu esforço fico com aquela frase célebre do bardo inglês : ” Há mais coisas entre o céu e a terra do que sonha a nossa vã filosofia”
    Saudações fraternas
    Nantilde

  33. Vitor Diz:

    Prezada Nantilde,

    respondendo então as duas perguntas cruciais:

    a) Por quê?

    Resposta: Há várias possibilidades. Talvez o carinho e a atenção que recebia fazendo isso fosse o motivo para suas atividades ditas mediúnicas, e não dinheiro.

    b) Como?

    Talvez a mesma forma que o sobrinho dele, Amauri Pena, fez. A senhora leu o artigo que comenta sobre o sobrinho? Há pessoas que nascem com dons especiais, por exemplo, pessoas que aprendem línguas estrangeiras em menos de 1 mês. Há mesmo o caso de um brasileiro que fala 58 línguas, e ele não alega incorporar espíritos para isso…

  34. VIeira M. Diz:

    Vitor, e demais

    A resposta acima causa estranheza:

    a) Carinho ? Chico levou é muita patada a vida toda (e pelo jeito continua levando), espírita sofre com a intolerância do próximo (vc deve saber disso, se é espírita), imagine um médium do porte de F. Xavier…

    b) Amauri tem uma história complicada… parece que usava até drogas e foi internado… mas nunca vi uma psicografia de Amauri que tivesse a qualidade das de Xavier, por que será ?

    Uma outra coisa: Será que a ciência considera mesmo que somos zumbis ? Piedade… eu queria ser um com rítimo, como aqueles do clipe Thriller do Michael Jackson! Nada daqueles que comem cérebro, por favor.

  35. Vitor Diz:

    Oi, Vieira,

    “levar patada” também é uma forma de receber atenção, por pior que seja. Quando Chico começou a fazer sucesso, continuou ganhando atenção, mas de uma forma menos dolorosa.

    Quanto a Amauri, recebi a seguinte informação de um colega meu:

    “Se Amauri Pena nunca escreveu algo de valor, então Raphael Ranieri ou Rubens Romanelli foram mentirosos, e eu não vejo razão para crer nisso. No livro de Ranieri “Chico Xavier – o santo dos nossos dias”, há um capítulo especialmente dedicado a este caso, denominado ‘Testemunho da Verdade’. Em certo ponto do capítulo consta o seguinte:

    Muitos anos depois, passei a acompanhar a trajetória do médium Amauri Pena através das páginas do jornal “Síntese”, de Rubens Romanelli e do Noraldino. Boas mensagens, seguras, sérias.
    Mais tarde, fomos informados que Amauri Pena recebera um maravilhosso livro escrito por Camões. (…)
    Terminado o livro, considerado pelo prof. Romanelli notável por todas as razões, inexplicavelmente, de maneira surpreendente e lamentável, vai Amauri para os jornais fazer acusações tremendas contra o Chico. (…)
    (Págs. 132-33)

    Lembremos que Rubens Romanelli foi um lingüista insigne. Ele não faria uma afirmação destas para um escrito qualquer… O capítulo termina ssim:

    (…) Nós estávamos como autoridade regional de polícia no exercício de nossas funções, e a sua retratação foi válida, testemunhada por muitos, embora verbal. Assim, como testemunho da verdade e para tranqüilidade de seu espírito, declaro: perante nós, naquele dia, Amauri Pena se retratou de tudo o que disse contra Chico Xavier, com profundo arrependimento e humildade. Guaratinguetá, 24 de setembro de 1961.
    (Pág. 135)”

    Quanto a zumbis, o sentido é simplesmente de não temos consciência, ou que ela não serve para nada. Nossos atos são todos tomandos inconscientemente, e não tempos como mudá-los, sendo como robôs. Não disse que a Ciência afirma isso, mas as evidências são extremamente fortes nesse sentido.

    Um abraço.

  36. nantilde Diz:

    Caro Vitor, realmente há mais coisas entre o céu e a terra do que sonha a nossa vã filosofia… ou para entender a situação devemos lembrar daquela letra do rock ( se não me engano, da banda the doors) que diz …pessoas são estranhas.. Você diz que é espírita , mas não acredita em Deus. Tudo bem, é estranho, mas com um pouco de boa vontade dá para aceitar suas ponderações quanto a isto. Mas,além disso, você parece obstinado na tarefa de provar que espíritos não existem, que seres humanos são zumbis sem consciência. Desculpe você é a própria contradição ambulante.
    Mas, fazer o quê ? pessoas são estranhas…

  37. Vitor Diz:

    Nantilde,

    para mim espíritos existem. Só que praticamente não há pesquisas com Chico Xavier que demonstrem isso. E não há nenhuma contradição no que penso. Podemos não ter livre arbítrio, prefiro manter minha mente aberta quanto a isso.

    Quanto ao senhor Carlos Magno, vi seus comentários que continham nada mais que ofensas à minha pessoa e ao meu trabalho, e portanto não permiti que fizesse parte desta sessão.

    Um abraço,
    Vitor

  38. Carlos Magno Diz:

    Ok. Não vou insistir por agora. Já senti o despotismo do autor deste blog em não permitir que outros também julguem meus comentários.

  39. Vitor Diz:

    Para quem quiser ver a graça dos posts do senhor Carlos Magno que eliminei – 2 até agora – basta me dar o email que envio as mensagens deste respectivo senhor para conferência.

  40. Carlos Magno Diz:

    Ora, Vitor, que ingenuidade!

    Estamos ou não numa discussão democrática? Não há palavrões, não há racismo, não há discriminações em meus comentários, pelo contrário me bato contra suas discriminações. Só não sei ser polido com quem é inimigo de Chico Xavier, mas esta característica não significa ofensa. Por que este medo?

    Proponho o seguinte: Você os recoloca e se alguns comentaristas julgarem meus comentários ofensivos, que não sejam somente seus amiguinhos de turma, você os apaga. Então? Fechado?

  41. Vitor Diz:

    1) Desde quando uma discussão democrática quer dizer liberdade para palavrões, racismo, discriminações?

    2) Quem disse que sou inimigo de Chico Xavier? Sou um pesquisador dele, nada mais.

    3) Quem pedir para ver os seus posts verá se o senhor foi ofensivo ou não.

    4) Não tenho medo, simplesmente exigo respeito.

    5) Não vou recolocar seus posts porque absolutamente nada de útil acrescentam à discussão. Não insista, qualquer pedido sobre isso será deletado. Quem pedir enviarei seus comentários sem mudar uma vírgula.

  42. Carlos Magno Diz:

    Primeiramente muito obrigado por me responder. Sinto-me enaltecido.

    Oh, Vitor, não seja contraditório! Eu disse exatamente isto que você está repetindo no item primeiro de seu desabafo. Mas além de coração duro, você está se provando também um teimoso-cabeça-dura!

    Olhe, Vitor, você diz que não é inimigo do Chico. Mas se o Chico tivesse um amigo como você, caramba, para que ter dez inimigos?

    Vitor, faça-me um favor, delete também todos meus comentários anteriores, pois deles você não aproveitou nada. Mas voltarei sempre que julgar oportuno.

  43. Clara Reis Diz:

    Sr. Vitor,

    Eu acho que a mediunidade do Chico Xavier não deveria estar nesta discussão, da maneira como foi colocada.

    Conheci o Chico pessoalmente e pude perceber que ele se transformava sempre que recebia seus mentores. Até o ambiente mudava. Será que um tipo de vazamento sensorial poderia ser tão grande assim a ponto de prejudicar a legítima mensagem do espírito comunicante? Será que o espírito comunicante não necessitava que ele fosse também preparado intelectualmente a fim de não existir nenhum erro quando as mensagens fluíam?

    Gostaria ter sua explicação sobre estas dúvidas.

  44. Clara Reis Diz:

    Sr. Vitor,

    Eu acho que a mediunidade do Chico Xavier não deveria estar nesta discussão da maneira como foi colocada.

    Conheci o Chico pessoalmente e pude perceber que ele se transformava sempre que recebia seus mentores. Até o ambiente mudava. Será que um tipo de vazamento sensorial poderia ser tão grande assim a ponto de prejudicar a legítima mensagem do espírito comunicante? Será que o espírito comunicante não necessitava que ele fosse também preparado intelectualmente a fim de não existir nenhum erro quando as mensagens fluíam?

    Gostaria ter sua explicação sobre estas dúvidas.

  45. Vitor Diz:

    Prezada Clara,

    penso que até se chegar à mediunidade, precisa-se passar por algumas fases. A 1ª é a fase de “armadilhas do inconsciente”. Nessa fase encontramos a criptomnésia, criação de alter egos e até tentativas de fraude. A mudança que o Chico passava e que você relata pertence a essa fase, a princípio. Nessa fase eu colocaria todos os livros de Emmanuel e André Luís.
    Depois dessa fase vem a de percepção extra-sensorial, sem a intervenção de espíritos. Há alguns indicativos de que Chico atingiu essa fase quando conseguia reproduzir a letra de algumas pessoas falecidas, como o trabalho do grafoscopista Perandréa mostraria.
    Por fim, vem a fase mediúnica, em que de fato ele incorpora um espírito. Quais casos são indicativos de que ele atingiu essa fase? Não sei.

    Um abraço.

  46. Clara Reis Diz:

    Oi, Vitor. É Clara novamente. Deixa ver se eu entendi. Na fase da criptomnésia, o Chico criou seus alter egos que se identificavam por Emmanuel e André Luiz?
    Em caso positivo, explique-me como tantas e diferentes mensagens puderam ser psicografadas vindas da memória do próprio Chico.
    Abraço.

  47. Vitor Diz:

    Oi, Clara

    A 1ª fase é a de “armadilhas do inconsciente”. Nesta fase, sim, penso que André Luiz e Emmanuel são alter egos de Chico, e não espíritos.

    Quanto às mensagens, é preciso ver em que condições elas foram obtidas. Houve muita possibilidade de vazamento sensorial, afinal, o Chico não estava num laboratório. O médium pode conseguir informações apenas vendo a pessoa (por exemplo, se ela estiver bem vestida, deduz que é de uma família rica), mas principalmente conversando com ela, e depois passar essas informações na mensagem. E isso inclusive nem precisa ser necessariamente algo de forma consciente, que caraterizaria fraude. Pode ser feito de forma inconsciente. A família, naturalmente, esquece que havia passado sem querer tais informações. Muitos médiuns falsos colocam na mensagem apenas votos de amor, de felicidade, sem nada que seja verificável. Escreve uma mensagem inteira só “enchendo linguiça”, por assim dizer. Mas tais mensagens comovem, naturalmente. Há muitos treinados nessa arte.

    Um abraço.

  48. Sebastian Diz:

    Vitor, boa noite.

    Sou espírita também e lendo sua boa explicação sobre criptomnésia, lembrei-me de que minha tia foi curada de um cancer pelo falecido médium Arigó. Pode também haver fraude num caso assim de cura? Ou seja, o médico Fritz ser uma entidade psíquica?
    Abraços.

  49. Vitor Diz:

    Oi, Sebastian

    sim, Fritz também pode ser somente um alter ego de Arigó. Um forte indício disso é que o Fritz, ao que me conste, nunca falou alemão, ele tinha apenas sotaque alemão. Outra coisa: lembro de já ter visto que em 5% dos casos de pessoas com câncer, a doença regride espontaneamente, isso mesmo em casos de doentes terminais. Sua tia pode ter tido essa sorte. Seria interessante saber quantas pessoas com câncer ao serem tratadas por Arigó não ficaram curadas, e quantas ficaram. Infelizmente, ninguém fez essa contagem.

    Um abraço.

  50. Sebastian Diz:

    Vitor,

    Minha tia, também já falecida, era muito jovem quando foi acometida do cancer, mas ficou curada. Lembro que diziam na família que foi um carma que se desfez.
    Interessante esta sua referência.
    Espero que você não se incomode, noutras oportunidades, de esclarecer-me de outras dúvidas. Por enquanto ainda estou estudando a doutrina. Foi ótimo ter conversado com você.
    Bom final de semana, muita paz em seu coração.

  51. Vitor Diz:

    Pode sempre aparecer por aqui para tirar dúvidas, Sebastian, que farei o possível para esclarecê-las. É muito bom conversar com pessoas educadas como você.

    Um abraço.

  52. MoonChild Diz:

    Caros amigos,

    Gostaria de fazer uma proposta ao amigo Vitor dono deste site… que tal um artigo que julgue o conteúdo moral dos livros de Chico ?

    Como já disse antes… de certa forma, questionar a mediunidade de Chico se torna mera discussão acadêmica quando olhamos pelo conteúdo moral de sua obra.

    Abraços a todos,

    Ps. Vitor, em relação a controvérsias com outros colegas que postaram comentários aqui, pessoalmente acho que você os deveria deixar: se estiverem corretos e educados, bom para quem publicou, se não estiverem denunciarão o próprio, portanto ao retira-los se tem uma impressão estranha. Mas o site é seu, apenas queria com sua permissão dar uma idéia 🙂

  53. Vitor Diz:

    Oi, Moonchild

    acho desagradável para os leitores lerem posts que são ofensas puras. A retirada dos posts deste tipo inibe tal ação e obriga os posts a serem educados. Prefiro assim. Quem quiser ver os posts, como disse, é só me pedir.

    Quanto à análise do conteúdo moral, acho isso muito subjetivo. Realmente prefiro me ater a questões acadêmicas.

    Um abraço.

  54. Ian Slovoski Diz:

    Alô, Vitor:

    Li atentamente os comentários aqui postados e gostaria de inferir o seguinte:

    Há situações não bem explicadas, ou mal explicadas nas questões de fraude colocada por você. Torna-se muito claro que o propósito de seu trabalho não é enaltecer a mediunidade de Chico Xavier, bem ao contrário. Neste critério, gostaria de comentar trechos de seu posicionamento.
    Em respondendo à pergunta de Clara Reis você afirmou o seguinte:

    “penso que até se chegar à mediunidade, precisa-se passar por algumas fases. A 1ª é a fase de “armadilhas do inconsciente”. Nessa fase encontramos a criptomnésia, criação de alter egos e até tentativas de fraude. A mudança que o Chico passava e que você relata pertence a essa fase, a princípio. Nessa fase eu colocaria todos os livros de Emmanuel e André Luís”.

    A psicologia nos diz que alter ego é um outro eu da pessoa, uma criação mental enfim da própria personalidade ou ego pessoal.

    Temos, portanto, que o Chico, mediante sua grande capacidade intelectual, deu fantásticas lições ao escrever excelentes obras, e estabeleceu pessoais contornos à obra de Kardec, no que respeita à aplicação do amor e obediência aos ensinamentos do insigne Jesus. Em supostamente sendo o alter ego André Luiz , Chico Xavier foi historiador, médico, doutrinador, romancista e até profeta. Além de um escritor fértil, com estilos literários de ótimas qualidades, o outro alter ego de Chico, sob o pseudônimo de Emmanuel, revelou-se também um filósofo espiritualista cultíssimo, ombreando-se à geniais filósofos da antiguidade.

    Será que Chico Xavier, sem um curso especializado superior, com todos os problemas de sua infância e adolescência, conseguiria aquilatar sozinho tanta sabedoria, mediante, unicamente, a leitura de algumas obras científicas e literatura corrente mundial? Em seguida, você comenta:

    “Depois dessa fase vem a de percepção extra-sensorial, sem a intervenção de espíritos. Há alguns indicativos de que Chico atingiu essa fase quando conseguia reproduzir a letra de algumas pessoas falecidas, como o trabalho do grafoscopista Perandréa mostraria”.

    Nada sei deste grafocopista, mas sei que Chico Xavier captou mensagens de espíritos que não conheceu, nem nunca tinha visto, em atendimento às solicitações por cartas ou mesmo através de amigos dos familiares que não estariam presentes e que ele, da mesma forma, não os conhecia. Mais tarde, as caligrafias seriam reconhecidas pelos parentes, bem como confirmariam dados do falecido não informados ao Chico, mas por ele citados. Você encerra seus comentários com o seguinte:

    “Por fim, vem a fase mediúnica, em que de fato ele incorpora um espírito. Quais casos são indicativos de que ele atingiu essa fase? Não sei”.

    Incoerência pura. Se Chico Xavier foi um gênio para criar personagens por que necessitaria mais tarde incorporar espíritos? O mais lógico seria continuar com sua brilhante, criativa e genial farsa. E será que algum espírito de moralidade superior, a exemplo de todos os seus orientadores, aceitariam “incorporar” num farsante e por ele comunicar?

    Por outro lado, Chico provou inúmeras vezes sua grande inclinação sacerdotal ao materializar ensinamentos do grande mestre da Galiléia. Houve-se com grande honestidade na aplicação pessoal dos princípios cristãos e enfatizou imensa resignação sob a qual viveu uma belíssima vida de auto-sacrifício. Todos os farsantes que a história denunciou, antes acabaram por se contradizer e demonstraram seu caráter volúvel, e corrompido, não o Chico Xavier, pois seu lídimo e limpo caráter permaneceu inabalável por toda a sua vida.

    Noutro comentário, em resposta à solicitação de Moonchild, você diz:
    “Quanto à análise do conteúdo moral, acho isso muito subjetivo. Realmente prefiro me ater a questões acadêmicas”.
    Por que não, caro Vitor? O homem é aquilo que ele pensa. O conteúdo moral é subjetivo quando pessoalmente acalentado, absorto em si mesmo e dissimulado. O de Chico, não! Foi amplo, geral, irrestrito, aberto a todos. Todos conheciam sua filosofia de vida, seu pensamento, seus atos, sua escolástica espírita. A moralidade de Chico se teve algum senão, possa ser debitada por conta de que ninguém é perfeito neste mundo. Ele foi, sobretudo, transparente e objetivo em seu conteúdo moral, hoje imitado por milhões. Questões acadêmicas, ao contrário de sua taxativa sentença, se revelam também, inumeráveis vezes, subjetivas em suas aplicações.
    Gostaria de acrescentar que, se o Chico absorveu tanta literatura com tamanha rapidez e qualidade, o que sem dúvidas parece enorme exagero de seus críticos, teria se preparado convenientemente. Outra parte de seu aprendizado, segundo suas próprias palavras, lhe seria passado por Emmanuel. Não há nada a estranhar, pelo seguinte:
    1.Quanto mais bem instruído o médium, mais fácil torna-se ao espírito comunicador se expressar, pois o intelecto bem aparelhado proporciona maior fluidez à comunicação.
    2.O mecanismo da mente é de alta sensibilidade, a matéria mental, segundo estudiosos da dualidade matéria-energia, é extremamente sutil e de rápida concentração.
    3.Creio ter lido num dos comentários do Sr. Carlos Magno, uma referência à Ramatis. Sou de Curitiba e conheci pessoalmente Dr. Hercílio Mães, médium do citado comunicador, que era pessoa de excelente cultura, e serviu a Ramatis como instrumento perfeito. Cito, da mesma maneira Sra. Alice Bailey, médium do comunicador Tibetano, também possuidora de belíssima cultura. “Quanto melhor é o bisturi mais perfeita é a incisão do bom cirurgião”.

    Há mediunidades inferiores e superiores. As inferiores se dão num contato diretamente astral, onde a tônica mediúnica é somente astralina, como nos médiuns de Umbanda e Candomblé, e de muitos espíritas cardecistas. As superiores se dão num nível mais elevado, numa sintonia praticamente telepática, mente-a-amente, e o Chico tinha também esta facilidade, tais como os “médiuns” citados acima, motivo pelo qual os alter egos dele não eram alter egos e sim os comunicadores verdadeiros sobejamente conhecidos . Era fácil constatar quando havia nele a sintonia com seus comunicadores mentais.
    Finalmente gostaria de acentuar que se o Chico fosse um “fraudador”, consciente ou inconsciente, logo se revelaria nele um desvio de conduta, um traço de insanidade, uma debilidade mental, ou arroubos megalômanos. Pois a atmosfera íntima do ego com o “id” pressionando o consciente, facetaria sua personalidade com tais formações ou deformações.

    Em relação à mediunidade de cura do Arigó, citado pelo Sebastian, pode um inventado alter ego curar, operar, e discutir postulados da medicina pela boca de um médium simplório e inculto como Arigó? De onde ele teria compendiado a ciência médica e falado alemão (Dr. Fritz falava alemão, sim, li referências sobre isto em literatura não-espírita) se era inculto? Nova e profunda incoerência em suas afirmações.

    Quanto à questão da crença espírita-atéia, prefiro não me pronunciar, pois é tema de extensa discussão.
    Abraço.

  55. Vitor Diz:

    Prezado Ian,

    comentando após ***:

    01-“Será que Chico Xavier, sem um curso especializado superior, com todos os problemas de sua infância e adolescência, conseguiria aquilatar sozinho tanta sabedoria, mediante, unicamente, a leitura de algumas obras científicas e literatura corrente mundial?”

    ***Sim. Havia uam enciclopédia chamada “Tesouros da Juventude”, que falava sobre todos ou quase todos os assuntos, e já fui informados que há trechos semelhantes ,mas ainda não arranjei a dita enciclopédia para verificar. Mas essa seria a principal das fontes de Chico.

    02.”Nada sei deste grafocopista, mas sei que Chico Xavier captou mensagens de espíritos que não conheceu, nem nunca tinha visto, em atendimento às solicitações por cartas ou mesmo através de amigos dos familiares que não estariam presentes e que ele, da mesma forma, não os conhecia. Mais tarde, as caligrafias seriam reconhecidas pelos parentes, bem como confirmariam dados do falecido não informados ao Chico, mas por ele citados. ”

    ***Interessante, mas sem um estudo comprovante, fica apenas sendo evidência anedótica.

    03.”Se Chico Xavier foi um gênio para criar personagens por que necessitaria mais tarde incorporar espíritos?

    ***Não precisaria. Aí é que está.

    04. “O mais lógico seria continuar com sua brilhante, criativa e genial farsa.”

    ***Quem está dizendo que é farsa é você. No meu entender, boa parte são fenômenos que nada tem de paranormais, e que o Chico não tinha muito controle.

    05.E será que algum espírito de moralidade superior, a exemplo de todos os seus orientadores, aceitariam “incorporar” num farsante e por ele comunicar?”

    ***Mais uma vez, quem está dizendo que Chico é um farsante é você.

    06.”Por que não, caro Vitor? O homem é aquilo que ele pensa.”

    ***Busco apenas analisar suas obras e a possibilidade de terem sido feitas por mecanismos normais.

    07. “Finalmente gostaria de acentuar que se o Chico fosse um “fraudador”, consciente ou inconsciente, logo se revelaria nele um desvio de conduta, um traço de insanidade, uma debilidade mental, ou arroubos megalômanos.”

    ***Há alguns informes disso no site http://dantas.editme.com/files/textos/cx.1.htm

    ***O site acima tem graves defeitos, distorções etc. Mas eu não diria que tudo ali é falso. Serve como fonte de pesquisa.

    08-Em relação à mediunidade de cura do Arigó, citado pelo Sebastian, pode um inventado alter ego curar, operar, e discutir postulados da medicina pela boca de um médium simplório e inculto como Arigó?

    ***Vc precisa ver o índice de cura. Ele curava TODOS? QUAIS eram as doenças que ele alegadamente curava? As pessoas que o procuraram ABANDONARAM o tratamento concenvional? Não temos esses dados, nada podemos dizer.

    09. De onde ele teria compendiado a ciência médica e falado alemão (Dr. Fritz falava alemão, sim, li referências sobre isto em literatura não-espírita) se era inculto?Nova e profunda incoerência em suas afirmações.

    ***Quais as fontes que ele falava alemão? Sem fontes nada posso dizer.

    Um abraço.

  56. Carlos Magno Diz:

    Prezado Vitor:
    Se você encontrar dita enciclopédia “Tesouros da Juventude” na qual dizem o Chico baseou grande parte do seu conhecimento para construir dois afiadíssimos alter egos, por favor, me informe. Gostaria de ao menos olhá-la, pois deve ser gigantesca e mágica.
    O caro pesquisador continua dando provas de suas dúvidas. Veja só o que eu escrevi e você anotou:
    03.”Se Chico Xavier foi um gênio para criar personagens por que necessitaria mais tarde incorporar espíritos?
    ***Não precisaria. Aí é que está.
    Entendo que a dúvida persiste. Tal como: se não precisaria por que então se dizia incorporado?
    Entretanto, ao responder à Clara Reis, o prezado pesquisador diz textualmente:
    “Por fim, vem a fase mediúnica, em que de fato ele incorpora um espírito”.
    Agora seu reconhecimento é inquestionável.

    Pergunto: seria, pois, o Chico um mago cheio de truques, de fala mansa, aproveitador da fé alheia, mas que morreu com sua magra aposentadoria e imensa caridade no coração? Tenho certeza de que não. Por que então enganar tanta gente durante tanto tempo, sem a visibilidade de lucro algum?

    Você afirma que a palavra farsa é minha e que boa parte dos fenômenos do Chico eram paranormais e que o Chico não tinha muito controle.

    Que é paranormalidade? Mediunismo é normalidade?

    Entretanto você diz textualmente no pé de seu blog:
    O objetivo deste site é analisar cientificamente livros ou mensagens ditos “psicografados”, ou seja, escritos ou ditados por um suposto espírito através de um “médium”, apontando erros e acertos à luz da Ciência atual. Também busca analisar possíveis fontes de informação em que o médium teria se baseado para escrever a obra, possibilidades de plágio (fraude), de “plágio inconsciente” (também conhecido como criptomnésia), e mesmo a possível ocorrência de um genuíno fenômeno paranormal. Serão analisadas obras de médiuns famosos e menos conhecidos.

    “Possibilidade de plágio (fraude)”.

    Se não há tentativa de provar fraude do Chico, o que significariam aqueles textos comparativos onde você procura provar plágios (fraude)?

    Se, possível, comente. Saudações.

  57. Carlos Magno Diz:

    Em Tempo: Usei propositalmente um nick antes. Agora espero que seu ressentimento haja passado e possa me responder.

  58. Vitor Diz:

    Então Carlos = Ian, hã? Interessante…

    01. “se não precisaria [de espíritos]por que então se dizia incorporado?”
    ***Porque ele [possivelmente] ACREDITAVA que estava incorporado.

    02.Por que então enganar tanta gente durante tanto tempo, sem a visibilidade de lucro algum?

    ***Se ele fraudava conscientemente, o motivo não precisa ser dinheiro. Há casos de padres que borrifavam água na estátua de Nossa Senhora para dizer que ela estava chorando, apenas com o intuito de aumentar a fé das pessoas. O motivo não era dinheiro.

    03.Você afirma que a palavra farsa é minha e que boa parte dos fenômenos do Chico eram paranormais e que o Chico não tinha muito controle.

    ***Eu não disse “boa parte”. Eu disse “uma parte”.

    04. Que é paranormalidade?

    ***Aquisição de informação ou interação com o ambiente por vias anômalas.

    05.Mediunismo é normalidade?

    ***Médiuns não são necessariamente esquizofrênicos, se é o que quer saber.

    06.Se não há tentativa de provar fraude do Chico, o que significariam aqueles textos comparativos onde você procura provar plágios (fraude)?

    ***Tentativas de provar que havia a POSSIBILIDADE de fraude e outras explicações normais, como criptomnésia.

  59. nantilde Diz:

    Vitor, esta do Tesouro da Juventude, realmente é, no mínimo risível. Os assuntos eram tratados nesta enciclopédia com a profundidade de um pires. Aliás, tratava-se justamente de uma obra infanto-juvenil. Sinceramente, se vc duvida da mediunidade de Chico Xavier é louvável sua pesquisa no sentido de achar uma explicação racional para o fenômeno da psicografia e da produção de uma obra tão vasta, mas , por favor, apelar para o Tesouro da Juventude é insultar a inteligência dos que lêem o blog.
    Saudações fraternas

  60. Vitor Diz:

    Oi, Nantilde

    na wikipedia é dito sobre tal coleção:

    http://pt.wikipedia.org/wiki/Tesouro_da_juventude

    “Com introdução de Clovis Bevilaqua, para atestar a qualidade, possuia um texto admirável, e a seleção de temas e autores apontava para uma comissão editorial, de constituição não revelada, de alta categoria.”

    Tem certeza que a profundidade era de um pires? Não me parece. Além disso, foi um leitor do blog que me informou da correspondência entre essa enciclopédia e outras obras do Chico. Ele me pareceu bem honesto e sabedor do que estava falando.

    Vc tem essa coleção?

    Um abraço.

  61. Carlos Magno Diz:

    Oi,Vitor:
    I’m back again.
    Pelo que concluo de sua resposta à Nantilde, a enciclopédia “Tesouros da Juventude”, destinada principalmente para a Juventude como explicita o título (embora toda pessoa desejosa de cultura devesse lê-la, etc., etc.), seria realmente de uma profundidade astronômica. A julgar, por exemplo, pelo que ensinaram André Luiz e Emmanuel, – clones do Chico, – foram ambos, principalmente, discípulos da enciclopédia.
    E mais: os compiladores da citada enciclopédia naturalmente já tinham formulado, pois repassaram para suas páginas, toda a doutrina espírita personificada pelo Chico, as previsões de o Brasil vir a ser o “Coração do Mundo e a Pátria do Evangelho” segundo Humberto de Campos, aliás o Chico, e a escolástica espírita pregada por outros mensageiros do Chico, ou seja, por ele mesmo segundo V.Sa.
    E ainda colocaram profeticamente na enciclopédia questões que mais tarde viriam a ser ensinadas por Emmanuel (clone do Chico) em “O Consolador” e preconizaram as belíssimas narrativas vividas por personagens singulares nos livros de André Luiz (outro clone do Chico), e tudo mais que o Chico tenha feito. Acredito, porém, que o Chico não copiou esta soma de conhecimentos ipsis litteris, mas deu um jeitinho bem brasileiro nas narrativas, certo?
    Tal como você, estou ardendo de curiosidade por folheá-la.

  62. nantilde Diz:

    Caro Vitor, o Tesouro da Juventude faz parte das minhas recordações de infância. Era uma boa obra, mas repito para o público infanto-juvenil.Tratar de qualquer assunto com profundidade não teria sentido, levando em conta o público para o qual era destinada. Além disso, não se pode acreditar piamente em tudo o que encontramos na wikipedia, afinal, é uma obra coletiva e os que ali escrevem emitem opiniões que muitas vezes não correspondem a verdade.
    Acho importante vc exercer o seu espírito crítico em relação à wikipedia da mesma maneira que o faz em relação a Chico Xavier.
    Saudações fraternas

  63. Vitor Diz:

    Nantilde,

    eu recebi alguns trechos da enciclopédia “Tesouro da Juventude”. Sou obrigado a dizer: discordo TOTALMENTE de você. Achei o conteúdo da enciclopédia elevadíssimo, e portanto a wikipedia está correta! Exemplos (a enciclopedia pelo visto era feita com base em perguntas e respostas):

    1)Qual é a natureza dos anéis de Saturno?

    Alguns dos aneis do planeta Saturno são escuros e outros são claros e apresentam-se no campo do telescópio como se fossem formados por uma substancia solida e sem solução alguma de contnuidade, como um anel de nupcias. Um homem illustre, muito dado ao estudo da natureza , demonstrou que não podiam ser feitos de qualquer materia solida e continua, porque então não tinham podido formar-se, e, caso isto tivesse sido possivel, haviam necessariamente de quebrar. Porém, aneis que duram ha tanto tempo, como os de Saturno, deviam ser formados por grande numero de pequenas partes, como calhaus, por exemplo, e é esta presentemente a melhor resposta que podemos dar a esta pergunta.

    2)O que é o vacuo?

    No estudo da Natureza faz-se um uso frequente da palavra vacuo, para significar a ausencia absoluta de toda a materia numa porção de espaço considerada; comtudo, devemos ter presente que, na realidade, o vacuo absoluto não existe, pois aquillo a que chamamos ether encontra-se por toda a parte. Esta palavra vacuo é derivada do adjectivo latino vacuum, que tem a mesma significação; a nossa lingua possue tambem outra palavra: vazio, que tambem deriva do adjectivo latino, embora tenha soffrido uma alteração maior. Quando, porém, falamos do vacuo, não levamos o ether em linha de conta, e referimo-nos unicamente aos gazes, taes como o ar. Tomemos um balão de vidro, que não se amachuca quando se faz o vacuo dentro d’elle, como aconteceria com um cartucho de papel, que seria achatado pela pressão atmospherica exterior, se nelle pretendessemos fazer o vacuo, e appliquemos-lhe uma bomba com o fim de extrahir o ar que tem dentro. Quando o tivermos conseguido, diremos que fizemos o vacuo no interior do balão. É evidente que, mesmo não contando com o ether, nunca se pode obter o vacuo absoluto, mas unicamente um espaço que contenha relativamente pouco ar. Se pudessemos dispor de uma bomba que não tivesse escape algum–o que até agora não tem sido possivel construir– e a fizessemos funccionar pelo espaço de mil annos, jamais conseguiríamos extrahir todo o ar que existe no interior do globo, nem obter nelle um vacuo perfeito.

    (Explicação a seguir)

    3)Por que não é possivel obter um vacuo perfeito?

    Ha quem creia que, se continuassemos a applicar a bomba durante o tempo necessario, conseguiriamos, por fim, obter um vacuo perfeito; mas não é assim. Supponhamos mesmo que tinhamos uma bomba perfeita e que, em cada movimanto do embolo, conseguiamos extrahir metade do ar que existe dentro do globo. Depois do primeiro movimento do embolo, tinhamos extrahido metade do ar total; depois do segundo, as as tres quartas partes do mesmo, depois do terceiro, os sete oitavos; depois do quarto, os quinze dezesseis avos, etc., de modo que ficará sempre algum ar lá dentro. Ninguem poude nem jamais poderá fazer em sitio algum um vacuo perfeito. Alem da machina pneumatica, há outros processos de fazer o vacuo, mas nenhum delles é perfeito, embora algum seja superior ao da referida machina.

    *****
    Isso não me parece infanto-juvenil, mas de uma qualidade e nível admiráveis!!

    Um abraço.

  64. Carlos Magno Diz:

    Caro Vitor:

    Quando meus filhos estavam em idade escolar, de pré-adolescência para adolescência, comprei-lhes coleções enciclopédicas belíssimamente ilustradas, capas duras, além de eles terem ganho outras de parentes e amigos. Os textos em nada ficavam a dever aos trechos que você reproduziu acima.
    Abordavam história, geografia, matemática, química, física, biologia, etc. Não vejo diferenças radicais nos trechos destacados pela wikipédia com as citadas enciclopédias, que pudessem ilustrar uma pessoa de tal forma que o levassem à condição cultíssima, como você tenta elevar o Chico, e daí, comprovar resultados de suas “pesquisas”.

  65. Vitor Diz:

    Se os trechos em nada ficavam a dever, mais uma prova como o conteúdo da enciclopédia Tesouro da Juventude era atualíssimo e preciso.

  66. Carlos Magno Diz:

    Sim, e daí?

    Ninguém que eu conheça ficou gênio somente lendo enciclopédias. Mas o Chico era gênio, e precisou se instruir-se pouco e rapidamente, pois já trouxera esta inteligência geneticamente, e de quebra nos brindou com uma fantástica mediunidade. É isso que os detratores do Chico fingem não entender, não é mesmo Vitor?

    Vai apagar essa também?

  67. Carlos Magno Diz:

    correção: precisou instruir-se

  68. Vitor Diz:

    1) Quem disse que Chico lia apenas enciclopédias?

    2) Quem disse que Chico era um gênio? Não vejo nenhuma genialidade nele. O sobrinho também escrevia versos que eram admirados aparentemente sem a ajuda de espíritos. Seus livros ditos “científicos” tem trechos retirados de outros e vários erros. Vejo-o até o momento apenas como alguém que devorava livros numa grande velocidade.

    3) Ainda que ele fosse um médium genuíno – o que de forma alguma se verifica nos livros que ele escreveu, pelo menos os que verifiquei até o momento – isso nada mostraria genialidade da parte dele.

  69. Eduarda Diz:

    Oi, Vitor,

    Desculpe-me mas acho que você está enganado. Você continua rigoroso ao extremo com Chico Xavier.

    De forma alguma o fato de ele se ter instruído com enciclopédia ou auto-didaticamente com livros de ciências, diminuiria sua capacidade mediúnica. Tenho lido os extratos de textos escritos mediunicamente pelo Chico Xavier colocados por você e o máximo que eu constato são pequenas coincidências.

    Idéias homônimas são comuns em literatura quanto mais em ciências. Qual é o mal nestas coincidências? Coincidências numa amplitude literária do Chico Xavier de forma alguma configura plágio consciente ou inconsciente. São simples coincidências. O Chico Xavier escreveu milhares de páginas e você coloca pequenos trechos dentro de um universo estatisticamente possível. E toma aquilo como regra. Olha é muito pouco para dizer o que você diz.

    Avaliação de QI não se faz somente para literatura ou ciências exatas, são vários fatores reunidos e somados que compõem uma inteligência. E tudo o que o Chico Xavier fez teve um toque de gênio. Discordo completamente de você. Abraços.

  70. Carlos Magno Diz:

    Obrigado Eduarda:

    Ufa!!! Até que enfim uma pessoa que sabe dizer a mesma coisa que eu penso. Abraços amiga.

  71. Carlos Magno Diz:

    Ué? Você apagou o comentário da Eduarda que eu li a pouco? Ela também?
    Caracóis, você precisa de urgente tratamento. É covardia mesmo!!

  72. Eduarda Diz:

    Nunca mais volto a escrever aqui. Foi um desrespeito.

  73. Vitor Diz:

    Oi, Eduarda

    não digo que ele ter lido enciclopédias diminuem sua capacidade mediúnica. Acho que até aumenta, de fato. O problema é que ao mesmo tempo coloca em dúvida sua mediunidade. Fica difícil saber se o conhecimento é espiritual ou enciclopédico.

    Não acho que sejam pequenas coincidências, até os adjetivos são iguais. Mas em breve (umas duas semanas) espero colocar mais material sobre isso de outros livros, dando assim maior consistência quantitativa.

    Abraço.

  74. Vitor Diz:

    Não apaguei o comentário da Eduarda, que estava aguardando aprovação, nem sei como vc leu antes de eu aprovar o comentário, imagino se a Eduarda não seria você em outro computador, já que vc já fez isso… de fato, tenho quase certeza absoluta agora que foi isso que ocorreu 🙂

  75. Vitor Diz:

    COMPROVADO: EDUARDA E CARLOS MAGNO SÃO A MESMÍSSIMA PESSOA!!! OU ESTÃO USANDO O MESMO COMPUTADOR!!!

    IP DA EDUARDA: 189.25.153.143

    IP DO CARLOS MAGNO: 189.25.153.143

    Minha nossa, Carlos, fazendo uma falcatrua dessas e ainda se diz espírita? Francamente…:-)

  76. Eduarda Diz:

    É minha namorada. Temos pensamentos idênticos. Há algum problema nisto?

    E onde está a ética que diz que o E-Mail(não será divulgado) (Required). Você burlou uma regra de sigilo importantíssima! Não merece confiança.

  77. Carlos Magno Diz:

    Leia-se o comentário acima como de Carlos Magno, embora esteja anotado Eduarda.

  78. Eduarda Diz:

    Vou repetir já que o filtro engoliu a primeira mensagem.
    O comentário anterior assinado Eduardo é meu, Carlos Magno.

  79. Eduarda Diz:

    Aliás, Eduarda.

  80. Eduarda Diz:

    Vitor,

    Não sei por que o motivo de tanto alarde e comemoração. Fiz meus comentários no mesmo computador do Carlos, e ele depois resolveu apor outro comentário de pequenas linhas hilárias, pelo que o censurei. Foi somente isso.

    Meus comentários saíram antes do filtro interagir, e de pois sumiram, motivo pelo qual Carlos e eu lemos antes de você.

    Assim, retiro a menção de indignação, pois você já explicou.

    Eu e o Carlos, se temos pontos em comum em nossos pensamentos, também divergimos em muitas coisas.

    Já pedi-lhe para não ser tão emocional e mais controlado qundo defende o Chico Xavier. Creio não haver motivos para discussões extremas. Há que haver cautela de ambos no uso das palavras, mesmo com idéias opostas.

    Tenho meu computador pessoal, e vou passar a usá-lo com mais freqüência sempre que desejar comentar, para que você não suspeite de que é o Carlos se passando por mim, o que ele jamais fez.
    Abraço.

  81. Vitor Diz:

    Eduarda,

    1) Estranho que vcs sendo namorados ele te chame de “amiga”, apenas pela similitude de pensamendo, e não de “môzinho” ou outra coisa parecida.

    2) Ele ainda usa um “ufa! até que enfim…” parecendo que ele não esperasse a chegada de tal comentário, o que é impossível dadas as condições.

    Conclusão: Tudo isso faz com que ele tenha querido dar a entender que vc era uma pessoa imparcial, de fora da discussão, desconehcida, dando-lhe razão. É uma atitude desonesta e covarde, na minha opinião.

    É triste ver até que ponto as pessoas chegam para defender seus pontos de vista e parecer mais forte perante os demais….

  82. Carlos Magno Diz:

    Môzinho? Que é isso Vitor? É assim que você trata sua namorada ou esposa? Coisa feia…. Não é termo para quem defende tese “científica” contra o Chico Xavier, que apaga comentários porque se sentiu “ofendido” quando alguém lhe disse o que pensava. Eu heim, Vitor, estou lhe estranhando!

    Se você quiser acreditar na Eduarda, tudo bem, caso contrário nada muda. Fiz uma brincadeira em cima do comentário dela. Ela realmente não gostou. Mas Eduarda não precisaria dizer, por exemplo: “Caro Vitor, sou namorada do Carlos Magno e gostaria de dizer….”

    Assim ficou mais independente, cada qual com seus pessoais conceitos, e você a atendeu naturalmente, sem preconceitos.

    Você está com raiva de mim, e agora dela também. Por que achar a atitude desonesta e covarde? Ela não fez nada de mais Só porque ela usou meu computador e não lhe comunicou que era minha namorada? E eu usei de humor? Come on, Victor, take it easy! Levar a vida circunspeto faz mal ao coração!

    Mas acho mesmo que é você é quem vem usando atitudes desleais com o Chico desde o início, buscando desiludir seus seguidores. Pense bem.

    Para sua alegria, vou continuar no seu blog como sempre. Pretendia sair, mas já que você está me achando cada vez mais simpático vou permanecer dizendo-lhe tudo o que penso claramente, como sempre fiz. Ok, patrão?

  83. Gilberto Diz:

    Caros amigos, eu já flertei com o espiritismo, mas tudo o que ele me mostrou foi que não existem verdades, pois as teorias espíritas mudam sempre que a ciência prova coisas em contrário. Mas, ao mesmo tempo, há uma obsessão por se explicar todas as coisas, partindo-se do pressuposto que depois de morto, temos conhecimento de tudo. Os mortos são contatados, e se acertam é assim que deveria ser, mas se erram é porque são passíveis de erro. Dizem que Chico Xavier psicografava em outras línguas, mas esse material nunca foi apresentado. Canalizam pintores e fazem pinturas como os finados artistas, mas nunca canalizam Nureyev e dançam como ele. Fazem regressões hipnóticas, mas nunca aceitam o fato de que essas sessões incitam a criatividade e histórias imaginárias são criadas (o mesmo mecanismo das supostas abduções alienígenas). Falam de reencarnação mas existem hoje mais pessoas vivas do que a soma de todas as pessoas que viveram e morreram na história. Falam de marcianos que reencarnam de e em terráqueos, mas qualquer estudante do ensino fundamental sabe que não há vida em Marte. Falam que Chico Xavier não queria dinheiro, apesar de conseguir algo mais valioso do que dinheiro, ou seja, um império quase divino com o poder de influenciar milhões. Na Bienaldo Livro no Rio havia duas ilustrações gigantes de Kardec e Xavier, retratados como deuses. Em baixo, o maior de todos os stands da feira, faturando alto, como todos os que supostamente nada ganharam com os livros de Xavier, um dos maiores vendedores de livros da história editorial brasileira.

  84. MoonChild Diz:

    Gilberto,

    Se me permite, seus comentários de longe estão corretos, pelo menos em minha opinião.

    Vejamos:

    1. Você diz “partindo-se do pressuposto que depois de morto, temos conhecimento de tudo”.
    De longe não está correto, pelo contrário… umas das afirmações mais básicas do espiritismo é que continuamos os mesmos depois de mortos. Esse sem dúvida é um dos pontos mais afirmados no Espiritismo.
    ———–
    2. “Os mortos são contatados, e se acertam é assim que deveria ser, mas se erram é porque são passíveis de erro”
    Novamente incorreto… depende na verdade de quem analiza as comunicações. Kardec analizava as comunicações submetendo-as a um método de comparação e universalidade. Porém, se um único espírito se comunica, ele pode errar ou acertar, sem dúvida… o que não é novidade nenhuma, pois o Espiritismo sempre deixou claro que existem espíritos em todos os níveis e nada a não ser a pesquisa racional garante a qualidade da comunicação em termos científicos e morais.
    ————
    3. “Fazem regressões hipnóticas”
    Desconheço… nunca ví nada disso no Espiritismo e se houver, está em desacordo com a religião espírita. Talvez você esteja se confundindo com o espiritualismo.
    ————
    4. “qualquer estudante do ensino fundamental sabe que não há vida em Marte”
    Primeiramente, não se sabe se há vida em marte, se especula. Pode haver vida microscópica ou fósseis de vida no passado.
    Curiosamente, mesmo sem saber da improvável existência de vida em Marte na época, quando o Espiritismo foi compilado deixou-se claro que a vida nos globos aparecia em várias formas, em geral mais etéreas que na terra.
    ———–
    5. “um império quase divino com o poder de influenciar milhões”
    De influenciar milhões a serem melhores e não piores diga-se. Ainda, não se pode esquecer que Chico sempre deixou claro que a obra de sua vida não pertencia a ele, e sim aos espíritos. E mais, quando elogiado pela sua mediunidade, dizia “tenho essa mediunidade provavelmente devido ao mau uso que fiz de minha inteligência em vidas passadas”. (ver: o programa pinga fogo vol. 1 e 2 em DVD)

    6. “Na Bienaldo Livro no Rio havia duas ilustrações gigantes de Kardec e Xavier, retratados como deuses”
    Retratados como Deuses ? Coitado de Chico… sempre dizia “sou apenas um instrumento”, ou “abusei de minha inteligência em vidas passadas e estou compensando com minha mediunidade”… quando perguntado quem o substituiria Chico respondeu “nasce um capim, morre outro”, um homem que se compara a capim tem ilusões divinas ?

    7. “faturando alto, como todos os que supostamente nada ganharam com os livros de Xavier”
    Faturando alto, tudo bem… mas supor que o dinheiro é desviado da caridade é muito sério. Se você tem alguma evidência disso, comunique a polícia. Os livros de Chico sempre tiveram TODA sua renda destinada a Caridade, e se alguém estiver tirando proveito disso, é um crime.

    ———
    Abraços,

  85. Gilberto Diz:

    Olá, Moonshine (me lembra a canção “Sister Moonshine” do Supertramp, que dizia “Conte-nos o segredo, mostre-nos a luz…” )

    É claro que não pretendo de forma alguma embater-me com um espírita, pois os espíritas são mestres em retórica e, sempre que encontram um ponto de descrepância em suas teorias, se desenvecilham dele com uma habilidade impressionante. Fala-se em kardec o tempo todo no Brasil, como grande codficador e autoridade, apesar de na Europa, e sobretudo na França, seus trabalhos terem sido esquecidos e sua influência entrado em declínio poucos anos após a publicação de suas obras. Existe até um busto de Kardec na França, doado por instituições espíritas brasileiras. No centenário de Kardec houve um grande encontro de espíritas em Paris, e no público, 90% de brasileiros. É incrível como um trabalho desprezado por espíritas no mundo todo é tratado como obra-mestre do espiritismo no Brasil. Se Kardec seria uma espécie de “Antigo Testamento”, Xavier é um “Novo Testamento”, e de novo vemos uma influência tupiniquim num fenômeno que deveria ser mundial. Por que o espiritismo se desenvolveu desta forma? Na minha opinião, não é uma fórmula de sucesso, pois, no censo de 1960, tínhamos 7 milhões de espíritas, e no censo de 2000 este número caiu para 1,5 milhões, mesmo tendo a população mais que dobrado. Não me leve a mal, não tenho intenção de detratar o espiritismo, apenas acho que essa é uma religião de objetivos mais que nobres, mas que definha e até vira motivo de chacota por culpa dos próprios espíritas, pois você pode não achar, mas o que se entende do espiritismo para leigos é aquilo mesmo que eu mencionei no post anterior. Não quis ofender, mas dizer o que muitos dizem sobre o espiritismo, ou seja, a venda com livros (tenho um amigo em São Paulo que é ghost writer de uma famosa “psicografista” e tem suas histórias publicadas com assinatura dela, supostamente “ditada pelo espírito de Fulano”), as encarnações anteriores (sempre fomos pessoas importantes, nunca um Shing Ling de uma pequena aldeia na China), as canalizações de pessoas importantes (livros de finados autores que escrevem de maneira limitada depois de sua morte), etc. Existe muita coisa boa no espiritismo, mas eu sinto que uma dose de arrogância por se ter todas as respostas (sei que não concorda, mas pergunte aos não-espíritas), e pelo fato dos espíritas brasileiros serem os privilegiados no mundo e terem os segredos de além-túmulo revelados, enquanto os bilhões de cristãos, judeus, muçulmanos, budistas, espíritas (não brasileiros), e outros não merecerem ter essa revelação. Que privilégio seletista é esse? Na minha opinião essa é uma das razões para o encolhimento do espiritismo no Brasil, eu inclusive diria infelizmente.

  86. MoonChild Diz:

    Alo Gilberto,

    Primeiramente, obrigado por responder.

    Se me permite novamente, vou responder suas colocações:

    ——-
    1.
    “Fala-se em kardec o tempo todo no Brasil, como grande codficador e autoridade, apesar de na Europa, e sobretudo na França, seus trabalhos terem sido esquecidos e sua influência entrado em declínio poucos anos após a publicação de suas obra”
    Re: Jesus morreu na cruz e mesmo na região aonde viveu, até hoje 2000 anos depois ele não é visto como se propôs (Judeus/Árabes). No mundo Cristão (antigo mundo romano), demorou mais de 300 anos para que fosse reconhecido. Me lembro um espírita me dizer “As pessoas não mudam nem de lado na cama”…e de qualquer forma ser esquecido ou não, não é evidência de nada… afinal, não será a própria moral humana que está em declínio ? Eu vejo o mundo atual como um lugar de pessoas totalmente despreocupadas com moral (ligue a TV agora mesmo se quiser a prova :-)), dessa forma podemos ver a religião de Macedo crescer a cada dia… e cresce mesmo. Então seguindo sua lógica, essa deve ser a melhor! Pois cresce mais e mais. E o espíritismo já era, pois diminui (?) a cada dia…
    É claro que a religião de Macedo cresce, você liga a TV e ouve (testemunho) “vim pra Universal, o ‘pastor’ me mandou dar tudo pra igreja… dei tudo, até o limite do cheque especial e agora tenho 10x mais… estou planejando a próxima fogueira santa de Israel aonde vou fazer tudo de novo” (testemunho real)… assim é fácil! Não é atoa que cresce, nem ações dão tanto lucro. Agora se você for num centro espírita vai ouvir “se você está sofrendo é por sua causa, procure a melhora moral e tudo mudará pra você”…. afinal, quem quer ser espírita ? É mais fácil comprar o terreno no céu (tinha uma religião aberta por um político de Brasilia que vendia esses terrenos, de verdade).
    ——-
    2. “É incrível como um trabalho desprezado por espíritas no mundo todo é tratado como obra-mestre do espiritismo no Brasil.”
    Re: Caro amigo, não sei se você sabe, mas a palavra espírita, bem como espiritismo foram criados por Kardec para designar a religião que propunha. Não existem “outros” espíritas. Você deve estar se referindo aos espiritualistas eu imagino, mas esses já existem há muito mais tempo… aliás, o espiritismo (de Kardec) é apenas uma forma de olhar o espiritualismo.
    ——
    3. “Por que o espiritismo se desenvolveu desta forma? Na minha opinião, não é uma fórmula de sucesso”
    Re: Não mesmo. Quem quer ser espírita ? Quem quer ser responsabilizado por seus próprios erros ? É mais fácil se fazer de vítima e dizer que “é tudo culpa do demônio”, e é claro, comprar com dinheiro seu pedacinho no céu. Está aí a “fórmula de sucesso” que nossa culta sociedade elegeu.
    ——-
    4. “as encarnações anteriores (sempre fomos pessoas importantes, nunca um Shing Ling de uma pequena aldeia na China), as canalizações de pessoas importantes (livros de finados autores que escrevem de maneira limitada depois de sua morte), ”
    Re: Não é verdade… o espiritismo não diz isso. Quanto aos autores que escrevem de forma limitada após sua morte, talvez dependa de quem está analizando, Monteiro Lobato por exemplo disse “Se Chico não escreve por meio de espíritos, merecia ocupar cada uma das cadeiras da A. Brasileira de Letras”.
    ——-
    5. “Que privilégio seletista é esse?”
    Não é privilégio nenhum… o espiritismo está aí para quem quiser, publicado em muitos idiomas. O fato de parte do povo brasileiro ter escolhido o espiritismo é uma questão de escolha e não privilégio…
    ——-

    Abraços,

  87. Gilberto Diz:

    Gosto do senhor. De verdade. Só uma brincadeirinha, se o senhor me permite. Não fique assim tão contra a Universal, pois dizem que todos os que se opõem a ela acabam se convertendo. É verdade, pois até a delegada que prendeu Macedo há 15 anos se converteu. A minha prima odiava a Universal, e a filha dela se casou com um pastor de lá. Ela não apenas se converteu como é missionária na África. Mas a Universal ladra muito, mas só possuem 200.000 fiéis (bem menos que os 3.000.000 da Assembléia de Deus). Acho que os 1.5 milhões de espíritas não devem se preocupar com eles. Um abraço fraterno. Ha, citando Supertramp de novo: “Ache o seu caminho pro céu. Nós nos encontramos lá.”

  88. MoonChild Diz:

    Alo Gilberto,

    Obrigado. Na verdade, não tenho preocupação nenhuma com a Universal, aliás com religião nenhuma. Em relação a me converter… tá difícil mesmo. Eu não consigo aceitar o conceito de dinheiro / Deus. Não sei se você é ateu, mas se for, recomendo assistir o documentário Zeitgeist. Aí que você se converte ao ateísmo mesmo:
    http://www.zeitgeistmovie.com/
    Obs. o documentário é gratuito. Pode ser assistido no site ou tirado, mas tem só inglês. Tem uma versão do sharethefiles.com pro Emule.

    Abraço, espero ter respondido suas colocações na mensagem acima.

  89. weirdo Diz:

    Vítor, se não me engano, vc está cometendo uma contradição em termos ao dizer que é um espírita ateu. O termo espírita (como o entendemos hoje) foi definido por Allan Kardec para diferenciar de outras crenças espiritualistas, desta forma, só é espírita quem compartilha da ideologia, doutrina, ou o que quer que seja, espírita definida por Kardec, todos as outras formas de definir o espíritas são errôneas, tais como, dizer que quem lê cartas de tarô, etc é um espírita. Como percebi nos seus comentários, vc não compartilha da crença Espírita, vc apenas crê na reencarnação e mais uma ou duas coisas que o espiritismo aborda. Com isso, reafirmo que vc não é espírita, e penso que é interessante vc criar um novo termo para sua crença. Quem sabe não consegue adeptos para ela. Sinceramente, weirdo.

  90. José Roberto Diz:

    Gostaria de saber se diante de tanta objeção psicografias, como a de Chico Xavier, o senhor estudou algumas vezes, as 5 obras básicas de Allan Kardec.

  91. Vitor Diz:

    Prezado José Roberto,

    sim, estudei as obras de Kardec. Vou ver se os próximos artigos que escreverei dirão respeito a essas obras.

    Um abraço,
    Vitor

  92. bebeto_maya Diz:

    O seu trabalho é de má qualidade porque você foi parcial Vítor:

    ” questão é: é fácil imitar o estilo dos poetas com alguma leitura? Aparentemente sim. Mais uma vez, o livro O Espiritismo no Brasil informa (págs. 247-249): ”

    Como, aparentemente,sim? É extremamente complexo, tão complexo, que hoje não temos poetas a altura daqueles referidos na obra de Chico Xavier. Você conclui que determinadas sensações podem ser emanadas em situações específicas, ou seja, Chico por ter sofrido, pode ter se sensibilizado pelas letras, Chico pode ter tido acesso a boa eduação etc e etc.

    Mas seu texto é especulativo e não científico. Você, se conhece, parece não aplicar nada de metodologia científica nos seus estudos. Fica claro que teve um idéia, uma intuição, e saiu e escrever, citando fontes fracas e parciais, como Wikipedia, guia dos céticos etc…

    Preciso dizer que um artigo científico é baseado em fatos? Com provas, como documentos legítimos, com citações bibliográficas? Se você não apresenta tais documentos, bom está caluniando e difamando Chico Xavier.

    Seu texto é apenas uma resenha, apóiada nos manuais céticos que proliferam pela internet. Certamente, muitos cientistas concordam com você, porque simpatizam com seu ponto de vista, e não porque apresenta provas contundentes.

    Se quer refutar algo: Prove! Do contrário não passa de calúnia e especulação.

  93. Vitor Diz:

    Prezado Bebeto,

    o artigo visa apenas a mostrar a POSSIBILIDADE do livro ser explicado por meios normais. Assim, não preciso me basear necessariamente em fatos, mas em possíveis fatos. O texto fica especulativo? Fica. Mas o que garante que não ocorreu conforme foi dito? Essa é a questão. Quis apenas mostrar aos espíritas que dizer que o livro “Parnaso” é uma prova cabal da existência de espíritos é muito problemático, já que há uma gama de possibilidades que explicaria a confecção do livro por meios normais.

    Um abraço.

  94. Delefrate Diz:

    Ola MoonChild, bela lição de espiritismo voce deu ao nosso desinformado Gilberto, quem sabe assim ele ele fica sabendo de verdade os fundamentos do espiritismo, e assim estude realmente o espiritismo para debate-lo.
    Caso contrario, ele continuara a fazer o que mais tem mostrado: agir com cinismo e arrogancia, sem argumentos lógicos e racionais, desdenhado dos nicks e das idéias solidamente colocadas.Tipico de quem não tem argumentos.

    O escritor Humberto de Campos, em artigo publicado no jornal Diário Carioca, edição do dia 10 de julho de 1932, identificou nos versos psicografados por Chico, o estilo frouxo e ingênuo de Casimiro Cunha, largo e sonoro de Castro Alves, filosófico e profundo de Augusto dos Anjos. No parágrafo final do artigo, Humberto desafiou os rivais do outro mundo: “Venham fazer concorrência em cima da terra, com o arroz e o feijão pela hora da vida. Do contrário não vale”. Dois anos depois, desencarnou. A segunda edição do Parnaso de Além-Túmulo exibia na introdução um artigo com sua assinatura, acompanhada de uma ressalva entre parênteses: espírito. Na certa, já não achava que seria uma desleal concorrência entre vivos e mortos.
    É claro que entre a identificação de Humberto de Campos e as suspeitas de fraudes levantadas por “Sr. Vitor´´, não há duvidas por qual deles eu tenho mais apreço e credibilidade.
    Abs.

  95. Orango Diz:

    Vamos concluir assim; Vitor é um pesquisador sério, espírita, que acredita em espíritos mas que duvida da existência deles. Não quer desmerecer a obra de FCX , porém, em momento algum crê em qualquer coisa relacionada à possível veracidade de seus intentos. Para tanto pesquisa e é cientificamente inconclusivo em suas empreitadas. Por capricho, é religiosamente. Orienta-se ainda pela bíblia da genialidade, a “Tesouros da Juventude”, que o senhor Chico Xavier, caso tenha existido, aprendeu por ela a representar e brincar com todos para locupletar seu ego doentio. Mas como dúvido ainda da existência de Chico, e de Vitor, e mesmo de que eu esteja por vontade própria escrevendo isso aqui, creio agora que elucido assim um grande mistério. Sou uma abstração, e não obstante, você, caso exista dentro da minha alucinação virtual. Assim, aconselho-te que comece a duvidar imediatamente que de fato esteja lendo isso, pois suspeito que não exista. Fui claro?

  96. Orango Diz:

    Vamos concluir assim; Vitor é um pesquisador sério, espírita, que acredita em espíritos mas que duvida da existência deles. Não quer desmerecer a obra de FCX , porém, em momento algum crê em qualquer coisa relacionada à possível veracidade de seus intentos. Para tanto pesquisa e é cientificamente inconclusivo em suas empreitadas. Por capricho, é religiosamente CÉTICO. Orienta-se ainda pela bíblia da genialidade, a “Tesouros da Juventude”, que o senhor Chico Xavier, caso tenha existido, aprendeu por ela a representar e brincar com todos para locupletar seu ego doentio. Mas como dúvido ainda da existência de Chico, e de Vitor, e mesmo de que eu esteja por vontade própria escrevendo isso aqui, creio agora que elucido assim um grande mistério. Sou uma abstração, e não obstante, você, caso exista dentro da minha alucinação virtual. Assim, aconselho-te que comece a duvidar imediatamente que de fato esteja lendo isso, pois suspeito que não exista. Fui claro?

  97. Josiel Diz:

    Caro Vitor,

    Não perca tempo com essa empresa a que se submeteu. Digo-te e oportunamente ficarás convicto disto: existem espíritos. Quanto a espíritos de poetas recitando seus poemas para nós mortais… Isto é assunto duvidoso. O espiritismo é tão mecânico em sua doutrina que nos mostra a vida e a morte como uma gigantesca roda no Universo Infinito. Aí está, Vitor: Vc crê que o Universo é Infinito? Claro que crê! Pois saiba que ele está contido naquilo que chamamos de Deus… Deus não existe, vitor, por questão de semânica, o verbo existir não pode ser empregado a Ele… Deus (ou Aquele a quem assim chamamos) simplesmente É! E nele está o Universo… Esqueça os espíritos. Eles de fato existem! Mas, ao contrário dos Arautos do Criador, os espíritos querem nos desviar de UMA de nossas finalidades, qual seja, viver efetivamente a vida terrena e os seus constrastes, estes que nos levarão a entender/compreender o Universo, ou seja, nos darão o Conhecimento… cabe a cada um desenvolver a SABEDORIA para alcançá-lo.
    Um cordial abraço.
    Josiel

  98. Antonio Diz:

    Apenas um comentário para quem procura ver a “normalidade” em todos os fenômenos da natureza. Deixo uma citação de Einstein “É a crença em um mundo além de nossas percepções que move a ciência”.

    Ou seja, se de tempos em tempos não aparecessem pessoas de gênio (predispostas a ver o mundo de forma diferente), talvez estaríamos habitando cavernas.

    Espetacular a afirmação vinda de alguém como Einstein, evocando a fé como motor da ciência, pois modelos atômicos surgiram muito antes do homem criar microscópios capazes de ampliam estruturas milhares de vezes. Estes modelos foram idealizados por pessoas que viram além do “normal” ou “natural” para a sua época, apenas para citar um exemplo entre inumeros outros.

    Se Einsten tivesse se limitado ao “normal”, estaríamos vendo o mundo sob a teoria Newtoniana (e talvez ainda andando em carroças – se é que teríamos saido da fase da habitação em cavernas).

  99. Adriani Diz:

    Gente!O q interessa a nós simples mortais se Chico psicografava ou naum?Se plagiava ou naum?A única importância é que as palavras dele(vindas de espíritos ou de Deus ou simplesmente da “vontade” dele de escrever)eram coisas boas q acalentaram muitos corações.Naum dá pra pensar só no que “resultou” as ações dele?Pessoas menos agressivas, mais ligadas a espiritualidade, (mesmo q ateus…rsrsrsrs)…Enfim, naum tenho tanto estudo como vcs q “analizam” obras literárias.Mas vivo na realidade em que um ser precisa de paz e amor para ser feliz!O q mais interessa nesse mundo carnal senão a felicidade, o equilíbrio e amar e ser amado??Eu não sei de nada mais importante…E outra:Porque se apegar tanto no detalhe se Chico estudara muito ou não?Beethoven tinha pouco estudo, mas tinha “talento”ou “inspiração”ou talvez tinha alguma “influência espiritual”?Nada disso importa!Todos os críticos o consagram!E leigos tbm!Eu sou uma!Ou ele “plageou” alguém ou alguma sinfonia ou algum talento só porque tinha pouco estudo qndo compôs suas 1ªpeças????Conheço muitos “profissionais” que estudam muuuuito e não tem condições de ocuparem cargos que seu”suposto conhecimento”os habilita.Ah!Um detalhe:Se Drummond pode escrever, Chico tbm…Ana, Maria…Eu…etc…Depende de quem vai gostar do que escrevem e o que aproveitarão do que vão ler.Eu não aproveitei nada do famoso”No meio do caminho tinha uma pedra….”Q bobeira de Drummond….Gosto é gosto!E cada um se alimenta do que gosta.Para nosso espírito…Nada melhor q mensagens boas!Palavras doces …E não discussões!Parece que cada um quer impôr sua “intelectualidade”(rsrsrsrsrs)como se fosse uma quebra de braço, e cada um lutando para impôr “sua” verdade!A “MINHA” verdade é estar em paz e FELIZZZZZZZ!!!Bjos a todos.

  100. Ana valle Diz:

    Tudo o que ajuda a ampliar a consciência humana,mesmo que seja uma opinião que te traz repulsa,ajuda.
    Pessoas públicas se dispõem a serem criticadas, examinadas e analisadas.Mesmo que sejam sagradas á certos grupos,não são intocáveis e inatingíveis.
    Tudo é discutível.
    A diferença é tudo o que o homem busca superar,mas só conseguiremos usando opostos como degraus.
    Continue questionando,senhor Vitor.
    Não estamos todos no mesmo patamar de evolução de pensamento, por isso mesmo, quanto mais conhecermos ,principalmente aquilo que não aceitamos, mais claramente pensaremos e interagiremos.
    Não sinta-se abatido.Se apontarem incongruências no seu pensamento,até melhor,pois se você fosse perfeito,não seria igual a ninguém!
    bjo!

  101. taymara Diz:

    me ajudou omonte em minhas pesquisas

  102. Vivianne Diz:

    Estimado Vitor, você pode pensar que não acredita em Deus (ou afastar o pensamento de que Ele exista).
    Mas, uma pessoa com a sua inteligência sabe discernir que há um ente supremo e incriado, um Ser que nos antecede. E este é chamado Deus.
    Pela razão humana (afastando argumentos de fé) é possível chegar a esta conclusão.
    Reconheça meu caro!
    Não precisa declarar se não o quiser.
    Deus continue a te abençoar.

  103. L. Diz:

    Li o seu texto inteiro e devo dizer que também o apreciei por inteiro. Não sou espírita e não me interesso realmente na existência ou não de espíritos ou na veracidade da doutrina. Mas esse livro é diferente. Cuida, primordialmente, de literatura, e eu buscava análises literárias e explicações a seu respeito.
    Mais uma vez, afirmo que seu texto elucidou vários pontos para mim. Acho que sua investigação é muito válida, e o congratulo por sua paciência para com os comentaristas que esta página recebe. Primeiro, um espírita ferrenho com ânimo de protestante, sempre ofensivo, cujos comentários, concordo com você, são demasiado desagradáveis para serem mantidos; depois dele vieram outros de mesma estirpe, e, final, uma lunática que acha que todos os inteligentes devem admitir a existência de um deus, utilizando-se do mais execrável silogismo e lembrando o velho conto das Roupas do Imperador.
    Falo a sério, obrigada por partilhar suas impressões apesar de toda a atenção indesejável que ela recebe.

  104. Lun Eta. Diz:

    Vitor Diz:
    September 6th, 2007 às 2:31 pm
    Oi, MoonChild

    sim, sou espírita, mas tenho várias diferenças com relação ao espírita comum. Minha conclusão até o momento é que reencarnação e mediunidade são uma realidade, mas o mesmo não posso dizer de Deus, logo sou ateu. Meu propósito com a análise da vida e dos livros de Chico é simplesmente buscar fazer uma pesquisa de qualidade para descobrir a verdade por trás do mito e saber se seus textos realmente vêm de espíritos ou possuem uma explicação mais prosaica.

    Pessoalmente, penso que houve médiuns muitíssimos melhores do que Chico, como Leonora Piper, Gladys Osborne Leonard, Hafsteinn Bjornsson. São estes médiuns – e as pesquisas sobre estes médiuns – que me fazem continuar espírita.

    Um abraço,
    Vitor

    ———————————————————-

    Um espírita ateu!!!!!!!
    kkkkkkkkkkkkk
    Com o intuito de descobrir a veracidade das obras de Chico Xavier?
    kkkkkkkkkkkkkk
    Muito comédia você!!!!!!!!!!!
    Adorei!!!!!!!!!!

  105. Red John Diz:

    Caro Vitor, apesar de você ter postado essa observação, digamos paradoxal de suas crenças com base no espiritimos, mas não concordando com tudo. Nessa sua conduta eu me vejo, porque sou exatamente assim. Mas acho que você se expressou muito contráditório ao dizer que era um espiríta, pois diz que dúvida da existencia de Deus, logo voce não é espirita é um simpatizante e deveria se disconciliar de qualquer religião pq ao meu ver você ta mais para um investigador sobre paranormalidades do que para um religioso espírita que acredita em argumentos filosóficos: Lembrando que Alan Kardec definiu o espiritismo como a união entre Filosofia, Moral e Ciência, apesar de alguns atribuir que André Luís espírito muito citado pelo Médium Chico Xavier colocou como religião,moral e filosofia coisa que não aceito e não concordo, pois quem codificou o espirítismo?
    Kardec, obviamente!

    Na sua conclusão de Parnaso de Além-Túmulo é obvio que existe explicação lógicas e normais, assim como existem idiotas que atribui curas inexplicaveis para leigos, como milagre e… milagres não existem. Todo cético cientifico como eu sabe disso. Eu acho que sua conclusão sobre o livro é muito superficial pois baseia-se por argumentos de fontes alheias, assim estando no mesmo patamar de um religioso que não compreende um campo mais amplo das ciências. Existem teorias na fisica e na mecanica quantica que começam a provar a existencia de certos fatos que tem explicações normais pra a ciencia comum mais esse campo ta surgindo pra da mais abrangencia nessas conclusões. O espirítismo só me interessa na parte cientifica e algumas partes morais, filosficamente ele interpreta a bíblia e isso como qualquer religião que a segue eu nã concordo, uma vez que a bíblia tem várias interpretações e possui argumentos furado proferidos por pessoas comuns, que se escondem atrás de figuras divinas e isso não dá pra Ciência aceita.

    Voce disse reencarnação e mediunidade é realidade. Pros olhos da ciência não. Você só acredita nisso porque o conforta de alguma forma. É justo, creio eu alguém ter um pouco de idéias filosóficas na mente. Mas voce está so se baseando em argumentos não ta citando nenhuma idéia cietifica que refurte isso ou explique cientificamente como a Teoria da 4 dimensão, Mecanica Quantica, Viagem Astral, Esquizofrenia, delirios no subconsciente, etc… Então não vem querer julgar a autenticidade de Chico Xavier, que ao meu ver é uma pessoa que vc simplesmente não gosta e refutar suas façanhas com argumentos, assim como os religiosos que usam argumentos para provar que era poetas mortos. Eu quero provas concretas, usar método cientifico assim uma pessoa pode refurta provando que é uma coisa enganosa, só que vc não fez isso, como disse fez oque os religiosos fazem usou argumentos que não provam nada vc não se difere nem um pouco do Padre Quevedo (que se mantem ligado a sua religião e tudo que é paranormal atribiu a interpretação da religião católica ou seja é um idiota completo)e de alguns espíritas, só pq não acredita em Deus não que dizer que vc não seja uma pessoa que corre para o auxilio de certos dogmas e teorias filosoficas. Você para assumir uma capacidade cética há alguns assuntos, tem que ter conhecimento amplo em Ciências coisa que vejo que não tem, para provar alguma coisa.

  106. Vitor Diz:

    Oi, Red John

    O que as pessoas não sabem, ou confundem, é que Kardec listou vários tipos de espíritas, e dentro dessa lista de espíritas você encontra o espírita experimentador, o qual eu faço parte. E nada há dentro dessa classificação que impeça o espírita experimentador de ser ateu. Abaixo segue a classificação de Kardec em O Livro dos Médiuns, Capítulo III:

    Espírita Cristão: aquele que não se contenta em admirar a moral espírita, praticando-a e aceitando todas as consequências.
    Espírita exaltado: aquele que tudo aceita sem reflexão ou exame, sendo mais nocivo que útil à Doutrina.
    Espírita experimentador: aquele que se interessa apenas pelas manifestações, pelos fenômenos, desconhecendo o aspecto moral da Doutrina.
    Espírita imperfeito: aquele que, compreendendo a parte filosófica, admiram a moral daí decorrente, mas não a praticam.
    Espírita sem o saber: aquele que, sem nunca ter ouvido falar da Doutrina, possui inato sentimento dos seus princípios, o que refletem em seus escritos e em seus discursos.

    Essa definição de Kardec você encontra no Livro dos Médiuns. Kardec voltou a comentar o assunto da Revista Espírita de 1861, desenvolvendo-o ainda mais. Lá, ele diz:

    Traçamos, em O Livro dos Médiuns (no 28), o caráter das principais variedades de Espíritas; sendo essa distinção importante para o assunto que nos ocupa, cremos dever lembrá-la.

    Podem-se colocar em primeira linha aqueles que crêem, pura e simplesmente, nas manifestações. O Espiritismo não é para eles senão uma ciência de observação, uma série de fatos mais ou menos curiosos; a filosofia e a moral são acessórios, dos quais pouco se preocupam, ou dos quais não supõem a importância. Nós os chamamos Espíritas experimentadores.

    Como vê, eu sou espírita, mas importo-me apenas com as manifestações. Não tenho um aspecto religioso, filosófico ou moral. Concluo pela existência de espíritos, da mediunidade, da reencarnação, porque sei de pesquisas científicas que dão evidências muito fortes para tais fenômenos. Mas não acredito em Deus, simplesmente porque não encontro evidências científicas de sua existência. Ser ateu é simplesmente a negação ou a dúvida da existências de divindades, e só. Não é porque você nega ou duvida da existência de Deus que isso automaticamente exclui a possibilidade da existência de espíritos. Ser espírita e ateu não é contraditório. Por isso, sou espírita e ateu.

  107. Red John Diz:

    Compreendo seu ponto de vista é igual ao meu que sou Ateu só que não me considero espírita, pelo fato de eu usar o ceticismo cientifico e o método o que me leva a estudar na área. Mas quanto ao fato da mediunidade, reencarnações, e espíritos, apesar de ter evidencias, evidencias não são provas, mas acredito porque acredito em teorias até que sejam provadas ao contrárias defendo o que acredito.

    Quanto ao fato do livro discutido, complemento dizendo que perguntei para uma Professora de Português e Literatura e uma excelente profissiolnal nessa área que diz ser impossível uma pessoa imitar o estilo desses poetas e ela mesmo afirmou que não conseguiria, uma vez que não teria como uma pessoa escrever com tamanha habilidade vários estilos de cada poeta , como castro alves e olavo bilac…entre outros citados no livro. Se ainda fosse um só, mas 13 não! É como uma pintura cada traço é pessoal e morre com o criador, fora que haveria vários imitando e arrumando um jeito de ganhar dinheiro. Mas continua sendo argumentos só achei que seria interessante opor com suas explicações.

  108. William X Diz:

    Red John e Pessoal,

    AQUI ESTÁ UMA OUTRA VISÃO DE “PARNASO DE ALÉM TÚMULO”:

    http://criticaespiritualista.blogspot.com/2010/04/critica-parnaso-de-alem-tumulo-chico.html

  109. Cristalino Diz:

    Eu acho que vocês têm muito tempo disponível para esta discussão estéril.
    Mas o interessante de Chico Xavier é que ele sempre chamou atenção das pessoas, não só pelas mais de 400 obras que psicografou, mas pelo grande ser humano que foi. Quem fala mal dele ou pensa mal dele é porque não o conheceu. Mas mesmo falando mal dele está divulgando seu nome e principalmente o espiritismo, o consolador prometido por Jesus.
    Abraço
    Cristalino

  110. Ricardo Araujo Diz:

    Espiritismo, Reencarnação… foram realidade para mim até os 11, 12 anos de idade.
    Provar, ou pelo menos colocar em dúvida os feitos mediúnicos de Xavier é apenas reforçar o que já conheço como verdade.
    Admiro o trabalho social de Chico Xavier e é só.
    Esqueçam Deus… Esqueçam espíritos. Vamos viver com o pé no chão e cuidarmos bem de nossa vida e de nossa saúde. A vida é agora. O depois é só uma especulação desesperada e estéril.

  111. Jander Araújo Diz:

    Sr.Vitor,
    Soube da existência desse site através de um conhecido seu, o “Gigaview”, do Forum Clube Cético. Muito interessante as postagens.
    Sobre sua frase: “Concluo pela existência de espíritos, da mediunidade, da reencarnação, porque sei de pesquisas científicas que dão evidências muito fortes para tais fenômenos.”, gostaria de saber, e de obter as fontes, de quais são essas pesquisas científicas com evidências muito fortes

  112. Vitor Diz:

    Caro Jander,
    o livro “Mediunidade e Sobrevivência” de Alan Gauld fornece um resumo das pesquisas em português a que me refiro e cita vasta bibliografia ao final. Disponibilizei o livro aqui: http://obraspsicografadas.haaan.com/2011/livro-gratuito-mediunidade-e-sobrevivncia-de-alan-gauld-1982/
    .
    Sobre mediunidade, basicamente são as pesquisas com as médiuns Piper e Gladys Osborne Leonard.
    Sobre reencarnação, alguns dos artigos que gosto muito são esses:
    a) http://www.scientificexploration.org/journal/jse_19_1_keil.pdf
    b) http://www.scientificexploration.org/journal/jse_02_2_stevenson.pdf
    .
    Um abraço.

  113. Fernando Franca Diz:

    Pessoal, o Vitor é gente diferenciada! Ele não é um espírita comum. Inclusive é ATEU!!! Realmente ele não é comum.

  114. Luis Diz:

    O Senhor Vitor duvida da veracidade da psicografia de Chico Xavier, bem ao contrário dos familares do escritor Humberto de Campos que recorreram à justiça em busca de receberem direito autorais referentes a obras post-mortem do autor psicografadas por Chico.
    Assim, os herdeiros de Humberto de Campo foram à justiça não para acusarem Chico Xavier de plágio,mas para reivindicarem o pagamento dos direitos autorais da obra do escritor a que entendiam ter direito.
    Entendo que o espaço poderia ser melhor aproveitado com a divulgação de mensagens edificantes.

  115. Eu Diz:

    Não to entendendo uma coisa, pq os espíritas aqui estão se preocupando em defender Chico Xavier? O espiritismo não tem a intensão de “catequisar” ninguém. Então relaxem! As religiões não necessitam das pessoas (ou não deveriam necessitar), as pessoas que necessitam das religiões. Os que não acreditam, não vão acreditar pq vcs tem argumentos forte ou vice-versa. Os espíritas tem 1000 argumentos plausíveis e os céticos também terão outros 1000 argumentos plausíveis, cabe cada um decidir em qualquer vai querer acreditar.

    Outra coisa, porque perdem tempo lendo site de céticos? Eu parei nesse site pq estou lendo sobre religião, fazendo pesquisa para desenvolver um trabalho. Mas, se não fosse por isso, jamais teria me dado ao trabalho de ler tais argumentos.

    Eu tenho certeza que Chico Xavier já passou da fase de se ofender com críticas a respeito da veracidade das suas psicografias, então pq nós ficaríamos? Talvez, no início, enquanto encarnado, mas agora tenho certeza que isso nem chega a ele, então…relaxem!

    Isso só mostra o quanto ainda somos orgulhosos, queremos a todo custo defender nosso ponto de vista, sendo que ele é apenas um ponto de vista que deve ser respeitado, tanto do lado dos religiosos quanto dos céticos.????

  116. Eu Diz:

    Desculpa os erros e esses pontos de interrogação, não fui eu que coloquei.

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