Razão & Fé
Neste artigo, de Márcio Rodrigues Horta, mostra-se como os “Espíritos Superiores” de Kardec incorrem no mais crasso criacionismo, entre outros equívocos, de acordo com a Ciência atual.
RAZÃO & FÉ1
Marcio Rodrigues Horta2
Constatamos que as comunidades científica e religiosa estão hoje absolutamente apartadas – nem sempre geograficamente (como nesta PUC), mas decerto espiritualmente. Este escrito pretende contribuir para o entendimento de como esse estado de coisas efetivou-se. A nosso ver dois eventos marcaram a ruptura definitiva das duas comunidades: a publicação de “A Origem das Espécies” por Darwin em 1859 e a primeira viagem do homem à Lua, em julho de 1969.
Tradicionalmente a história da filosofia reconhece o início deste processo no século VI a.C., com os físicos gregos, particularmente Tales. O acordo de não apelar aos deuses e considerar em suas explicações apenas as entidades materiais pode não ser encontrado caso a caso, quando se estuda o pensamento dos naturalistas pré-socráticos. Porém foram os próprios gregos que atribuíram a esse partido de idéias essa orientação geral. Platão, no livro 10 das Leis a reconhece, escrevendo que:
“pela natureza e pelo acaso, dizem, fogo e água e terra e ar todos existem – nenhum deles existe por arte – e os corpos que vêm a seguir – a Terra, o Sol, a Lua e a estrelas – foram gerados por estes meios totalmente sem alma: coisas que se movem por acaso, cada qual pelo seu próprio poder, como por acaso se combinam de algum modo umas com as outras – o quente com o frio ou o seco com o úmido ou o duro com o macio e todas essas coisas que através da mistura dos opostos formaram, por acaso, uma intermistura forçada. Deste modo e destas maneiras o céu inteiro e tudo que a ele pertence foi gerado, e além disso, todos os animais e plantas, todas as estações foram geradas por estas mesmas coisas, não pela inteligência, dizem, não por um deus, não por arte, mas pelo que estamos mencionando: pela natureza e pelo acaso”3.
Com efeito, é essa impressão que produz em nós a leitura isolada e assistemática de alguns escritos dos naturalistas (como provavelmente foram popularmente lidos). Xenófanes de Colofão (570/528 a.C.) ao escrever sobre os deuses sustenta que:
“os mortais acreditam que os deuses são gerados, que como eles se vestem e têm voz e corpo. Mas se mãos tivessem os bois, os cavalos e os leões e pudessem com as mãos desenhar e criar obras como os homens, os cavalos semelhantes aos cavalos, os bois semelhantes aos bois, desenhariam as formas dos deuses e os corpos fariam tais quais eles próprios têm”
e mais:
“os egípcios dizem que os deuses têm nariz chato e são negros, os trácios, que eles têm olhos verdes e cabelos ruivos”4.
Já Heráclito de Éfeso (540/470 a.C.), ao pronunciar-se sobre a origem do mundo, abandona a criação:
“este cosmos, o mesmo de todos os seres, nenhum deus, nenhum homem o fez, mas era, é e será um fogo sempre vivo, acendendo-se em medidas e apagando-se em medidas”4.
Empédocles de Agrigento (490/435 a.C.), ao tematizar a geração e a corrupção, parece defender um materialismo puro:
“não há criação de nenhuma dentre todas (as coisas) mortais, nem algum fim em destruidora morte, mas somente mistura e dissociação das (coisas) misturadas é o que é, e criação isto se denomina entre homens”4.
Os atomistas, em particular Leucipo e Demócrito teriam alcançado sem reservas essa atitude radicalmente naturalizante. Muito difundida estava também a opinião de que os deuses existem, mas não se importam com os homens nem interferem na regularidade do cosmos. A imensa popularidade que desfrutou o epicurismo (não só na antigüidade) é uma prova cabal desta afirmação.
A essa tendência ímpia e materialista opôs-se Platão, organizando uma filosofia que conciliava os êxitos da pesquisa empírica da ciência astronômica grega com as tendências religiosas que o orfismo e o pitagorismo desposavam, um misto das religiões grega, hindu e, a se crer em Heródoto (Hist. II, 123), também egípcia, caldéia etc. Dentre as contribuições obtidas no estrangeiro a crença na reencarnação é a que terá um papel central: surgida na Índia em data desconhecida, foi assimilada pelos principais sistemas religiosos originados neste país, até quando passaram a ser escritos – portanto, para nossas finalidades, é conveniente traçar um resumo do que lá se deu, após a invasão ariana.
Por volta de 1800 a.C. iniciou-se no Punjab a entrada de populações de cor branca e belicosas, adoradoras do deus “Indra” – definido em algum momento como o “deus nascido para o extermínio dos dasyu”5, ou seja, da população negra autóctone. Inicialmente o bramanismo vitorioso apresentou-se sem concessões ao pensamento religioso das populações dominadas, porém com o tempo houve um sincretismo que levou a um esquema justificador da supremacia branca. No primeiro momento a religião védica apresentava uma escatologia onde o deus, após a morte, recompensava os bons com uma encarnação no reino luminoso da Lua, enquanto os maus eram lançados num miserável reino das trevas. No segundo momento o sistema incorporou a crença na reencarnação, com vistas à elaboração de uma teodicéia que permitisse explicar as desigualdades terrenas. Os bons continuaram indo para a Lua, mas apenas por determinado tempo, ao cabo do qual reencarnariam na Terra em condições correspondentes aos seus méritos. Os maus sofriam no além e retornavam de acordo com seus deméritos. Por esse novo esquema um sacerdote brâmane podia explicar a um negro dominado que sua condição miserável não se devia ao deus, que era inocente e justo, mas era a contrapartida de sua maldade na encarnação anterior. Particularmente importante para nós é a crença que o prêmio por uma vida justa seria uma reencarnação no reino luminoso da Lua, corpo celeste este que desde então será objeto de desejo da humanidade5.
É amplamente sabido que Pitágoras sustentou a doutrina da palingenesia, e disso dão-nos testemunho Xenófanes (fragmento 7) e Diógenes Laécio (VIII, 4-5), esse último sustentando que Pitágoras teria recordado quatro de suas encarnações anteriores. Sabemos também que, para o orfismo, a qualidade dos renascimentos estava condicionada à justiça do comportamento individual. No diálogo Mênon (81a) Platão introduz essa crença em sua filosofia e, em Fédon (70c-72e) nas provas da imortalidade da alma. O “mito de Er”, na República (614b-621b), se tornará um dos mais influentes textos sobre esse tema, graças à sua excepcional elaboração. No Fedro (249a) e no Timeu (42b-c e 91e) a inspiração órfica é nítida, nos quais a qualidade dos renascimentos está ligada ao desempenho justo ou injusto6. Nesse último diálogo lemos quanto à organização do cosmos pelo Demiurgo e da distribuição que faz das almas. Escreve Platão:
“Depois de composto o conjunto, dividiu-o em tantas almas quantos astros havia, designou uma alma para cada astro, e, havendo-as colocado como num carro, ensinou-lhes a natureza do cosmo e lhes comunicou as leis inevitáveis, segundo as quais a primeira encarnação seria igual para todos, a fim de que nenhum se sentisse prejudicado. Semeou cada uma no instrumento do tempo mais apropriado para ela (Platão chama de “instrumentos do tempo” a Lua, o Sol e os cinco planetas ou estrelas errantes conhecidos no seu tempo), a fim de tornar-se o mais religiosos de todos os seres vivos … viveriam na justiça (os que dominassem as paixões), e os que se deixassem dominar por elas, na injustiça; quem vivesse bem todo o tempo para eles concedido, voltaria a morar na sua estrela nativa, onde passaria uma existência feliz e congenial, e quem falhasse nesse ponto, no segundo nascimento passaria para uma natureza feminina; e se em tal estado ainda continuasse a ser maldoso, a cada nascimento novo, de acordo com a natureza de sua depravação seria transformado no animal cuja natureza mais se aproximasse de seu caráter, não vindo a parar suas atribulações com essas mudanças enquanto não permitisse que a revolução do Mesmo e do Semelhante dentro dele arrastasse em seu curso toda a massa de fogo de água de ar e de terra que nela se acumulara por último. Sem dominar, por maio da razão, essa turbulência irracional, não viria a readquirir nunca a excelência de sua primitiva condição.
Depois de lhes haver dado a conhecer todas essas determinações, para eximir-se de qualquer responsabilidade da ruindade futura de alguns deles, semeou uns tanto na terra, outros na lua e outros nos demais instrumentos do tempo”7.
Particularmente notável é o acréscimo de corpos celestes habitados, alvos da promessa platônica de bem aventurança, multiplicação essa devida ao avanço da astronomia grega com relação à hindu. Já a criação das espécies animais é um descenso, devido a uma punição dos deuses que não toleram a estupidez masculina, geradora de injustiças. Aqueles que foram pusilânimes ou injustos em seu segundo nascimento são metamorfoseados em mulheres. Tornam-se pássaros os astrônomos práticos e empiristas (tal como fez Michelângelo, que desenhou um adversário no inferno numa obra de arte que tematizava o outro mundo, Platão condena seus desafetos teóricos à queda). Animais ferozes serão os que não gostam de filosofia ou astronomia, e que prezam as honrarias. Dentre estes os mais atrasados voltarão como serpentes. Por fim, os peixes são os mais estúpidos e ignorantes dentre todos os homens decaídos. Segundo Platão:
“Tais são os princípios segundo os quais, tanto hoje como antes, os seres vivos se transformaram entre si, mudando de lugar conforme a perda ou aquisição de inteligência ou de estupidez”7.
O neoplatonismo antigo deu continuidade a essa tendência de reorganizar a religião, ferida duramente com o advento do naturalismo. O espírito platônico de associar a filosofia à religião sofreu seu mais duro revés na Roma antiga, onde a grande popularidade que subitamente recebeu o cristianismo sufocou as escolas neoplatônicas, que acusavam a nova religião de bárbara. Todavia essa tendência tornou-se predominante e as filosofias de inspiração platônica tiveram de esperar um renascimento.
Com a crise que atingiu o cristianismo, gerado pela reforma protestante e pela revolução científica (de Copérnico a Newton), o neoplatonismo voltou de fôlego renovado. É amplamente conhecido o contencioso que se instalou entre a ciência, especialmente Bruno e Galileu, e a religião, representada pelo Cardeal Roberto Bellarmino, inquisidor ligado à Igreja Católica. Não pretendo deter-me nesse episódio, visto pretender contribuir com algo de novo nessa discussão. Foi o espiritismo moderno, criado por Swedenborg que reorganizou a mística cristã – fortemente ligada aos novos avanços da astronomia, e foi Allan Kardec que, introduzindo nele o antigo dogma da reencarnação, procurou dar novo fôlego ao cristianismo e às suas revelações, organizado agora como um neoplatonismo. Seria um erro acreditar que esses movimentos foram de alguma forma “marginais” ao seu tempo. Quem assim pensa incorre nos prejuízos de perspectiva historicista, avaliando o passado com os olhos de hoje, quando a cisão entre as comunidades científica e religiosa já está completada. Tais movimentos contaram com a nada discreta simpatia das classes artísticas e intelectuais de seu tempo que, entusiasticamente, contavam com a confirmação dos conteúdos revelados no futuro8: Vitor Hugo, Honoré de Balzac, Camille Flammarion etc., figuravam entre aqueles que aderiram à “ciência revelada”. É ao fracasso notório dessas previsões e à educação pública nos países europeus que se deve o abandono a que essas doutrinas lá foram relegadas. Não se pode negar que tiveram todas as chances, e a separação não se deve apenas à bem sucedida atividade científica (como habitualmente é apresentada, especialmente por T. S. Kuhn), mas também ao escandaloso fracasso da religião em todas as suas reorganizações. Consideremos então este episódio:
Em 1758 Swedenborg, importante cientista sueco educado dentro do newtonismo, faz publicar em Londres um livro que podemos considerar como sendo o inaugurador do espiritismo moderno, denominado “O Céu e Suas Maravilhas e o Inferno”9. Divide-se este em três partes: “O Céu”; “O Mundo dos Espíritos” (é este segundo bloco, tomado isoladamente, que considero originador) e “O Inferno”. Publica vasta obra de cunho místico, na qual considerarei de particular importância para os fins deste escrito “Dos Planetas e Anjos” que, mesclado com a primeira delineia claramente o novo pensamento. Segundo Swedenborg o mundo dos espíritos é um lugar e um estado intermediário entre o Céu ou o Inferno. Para lá o homem é enviado após a morte e, num tempo nunca superior a trinta anos recebe a recompensa ou o castigo, de acordo com a vida devota que levou. Acerca de tão excepcional conhecimento, conta-nos Swedenborg que ele foi obtido porque Deus permitiu que ele conversasse com espíritos e anjos e visse as coisas que no mundo deles acontece. Ele vê e conversa também com homens ainda encarnados noutros planetas (isso e possível porque o homem é essencialmente espírito e vive rodeado deles), antes que morram e se tornem espíritos e sejam salvos e se transformem em anjos. Essas entidades lhe revelam que todos os planetas e satélites são habitados por seres humanos que, com sua morte aumentam o contingente de espíritos e depois de anjos ou desgraçados. Fazem-no por gozarem alguns de ampla liberdade no mundo espiritual viajando de um planeta a outro, de um sistema solar a outro e por todo o universo. Escreve Swedenborg:
“existem espíritos cuja única ocupação é a aquisição de conhecimento, encontrando nela seu único consolo; permite-se a estes espíritos vagar e inclusive passar deste sistema solar a outros para adquirir sabedoria … estes espíritos, que tais coisas me disseram, vieram do planeta Mercúrio … disseram-me posteriormente que muitos homens desse planeta conversam com os espíritos e, em conseqüência, têm conhecimento sobre os assuntos espirituais e sobre os estados da vida depois da morte”10.
Assim, o caminho estava aberto para que na Terra a mesma prática fosse levada a cabo, e o comércio com os seres espirituais passasse a ser feito amiúde. Quanto à Lua, revela-nos Swedenborg que:
“Os espíritos e anjos sabem que na lua existem habitantes … pois onde há um planeta, ali há seres humanos. O homem é o fim último da existência dos planetas e seus satélites e nada foi criado pelo Supremo Criador sem um fim”10.
Kant, em “Sonhos de um Visionário” de 176611, apressou-se em criticá-lo, iniciando a tradição de considerar tais alegações como frutos do fanatismo e da enfermidade, tese que teve sucesso especialmente entre os psiquiatras. Assim, Swedenborg seria vítima de delírios sensoriais, talvez de uma disfunção do sistema nervoso, que projeta para fora fenômenos originalmente internos. Por fim, declara vão e enganoso qualquer projeto metafísico deste tipo. Entretanto não encampo a posição de Kant, visto que esta se funda numa concepção muito particular de ciência, na qual esta, após um período de progresso, atinge um estágio perfeito, acabado. Na “Crítica da Razão Pura” vemos que isto teria se dado com a matemática já entre os gregos, e na cosmologia com Newton. Assim, as afirmações de Swedenborg estariam para além do conhecimento humano, e o agnosticismo seria a única posição aceitável para o pensador racional. Afastada a possibilidade de verificação, resta a convicção “sã” de que se trata de um louco, devido a uma concepção estrita das possibilidades da razão e de seu funcionamento adequado. Como penso que a ciência não alcança jamais um estágio final de certezas apodíticas mas, pelo contrário, está sempre a sofrer mudanças, e que a desqualificação do adversário é uma estratégia ilegítima que, se popularizada na ciência, pode recolocar o pedigree acima dos enunciados, sigo pela rota que afirma que tais posições podem ser verificadas, e no caso, mais precisamente, falseadas cientificamente.
Não obstante o debate se instalar, as idéias do vidente sueco fizeram fortuna, especialmente nos países de fala inglesa. O pai do filósofo William James, por exemplo, educou-o nessa perspectiva e foi assistindo reuniões espíritas que o célebre estudioso dessas questões foi criado.
Em 1857 Allan Kardec faz publicar um livro de autoria atribuída aos espíritos superiores12, definidos como aqueles que têm proximidade a Deus – que por sua vez é entendido como o criador inteligente e consciente do universo. Esse livro gerou uma religião muito popular na França e depois no Brasil que, de diferente da de Swedenborg possui o dogma da reencarnação, e a teodicéia que dele deriva. Se considerarmos o painel anteriormente traçado da religião védica, veremos que o que se passa na Europa parece retrilhá-lo: Swedenborg está para o primeiro momento do bramanismo assim como Kardec para o segundo.
Questionados quanto à origem das espécies animais, os espíritos de Deus enviados para regenerar a Terra incorrem no mais crasso criacionismo – se tivessem solicitado a opinião de um de seus mais fervorosos adeptos encarnado, Alfred Russel Wallace (co-autor da teoria da evolução, geralmente atribuída apenas a Darwin), teriam obtido com certeza alguma luz. Pergunta Kardec:
“20 – …
– De onde vieram os seres viventes sobre a terra?
“A terra encerrava os germes que esperavam o momento favorável para se desenvolver”.
– Existem ainda seres que nascem espontaneamente?
“Sim, mas o germe primitivo existia já em estado latente. Vós sois todos os dias testemunhas deste fenômeno.
Os tecidos do homem e dos animais não encerram os germes de uma multidão de vermes que esperam para eclodir a fermentação pútrida necessária à sua existência? É um pequeno mundo que dorme e que se cria”.
Como complemento dessas respostas assinalam os espíritos:
“20 – No começo, tudo era caos. A terra estava desabitada, os elementos estavam confundidos; e nada do que vive podia existir; mas ela continha no seu seio o princípio orgânico de todos os seres.
Pouco a pouco cada coisa tomou o lugar assinalado pela natureza, os princípios orgânicos se reuniram desde que cessou a força que os mantinha afastados, e eles formaram os germes de todos os seres vivos. Os germes permaneceram no estado latente e inerte, como a crisálida e as sementes de nossas plantas, até o momento propício para a eclosão de cada espécie: então os seres de cada espécie se uniram e se multiplicaram”.
Na continuidade das perguntas lemos que o homem também seria uma dessas sementes animais (nota I às perguntas), fruto da geração espontânea:
“21 – A espécie humana se encontrava entre os elementos orgânicos contidos no globo terrestre?
“Sim”.
“21 – A espécie humana se encontrava entre os elementos orgânicos contidos no globo terrestre; ela veio ao seu tempo, e é o que tem feito dizer que o homem foi formado do limo da terra”.
Dois anos depois Darwin publica a obra que estava gestando desde vinte anos antes, sobre a origem das espécies, forçando Kardec e seus espíritos a reverem sua posição inicial, porém nunca além de um recalcitrante lamarckismo, de suas últimas edições em vida. De forma geral “A Origem das Espécies” solapa o último torrão das escrituras intocadas pela ciência, desacreditando definitivamente os testamentos como textos de verdades factuais.
Na astronomia, lemos em “O Livro dos Espíritos” que todos os mundos são habitados por seres materiais que, se não possuem a forma humana, como queria Swedenborg, possuem ao menos sua essência, a razão:
“17 – Todos os globos que circulam no espaço são habitados?
“Sim”.
– Os outros mundos são habitados por seres inteligentes como o homem?
“Sim, e o homem da terra está longe de ser, como ele crê, o primeiro em inteligência, em bondade e em perfeição.
Existem entretanto homens que se crêem bastante fortes, que imaginam que somente este pequeno globo tem o privilégio de ter seres racionais. Orgulho e vaidade! Crêem que Deus criou o universo só para eles”.
Como algumas lideranças espíritas, intelectualmente irresponsáveis, têm insistido que os espíritos e Kardec falavam da vida espiritual noutros planetas e não da material, vamos reforçar nossas citações. No capítulo III, intitulado “Mundo Corporal” (em oposição ao capítulo intitulado “Mundo Espiritual”), lemos a seguinte definição:
“23 – O mundo corporal compõe-se de todos os seres orgânicos considerados como formados de matéria, que existem sobre a terra e nos outros globos do universo”.
Então o próprio Kardec torna a perguntar:
“23 – O mundo corporal está limitado à terra que habitamos?
“Não, pois todos os mundos do universo são povoados de seres vivos”.
Na nota III ao texto, vemos o retorno ao swedenborgianismo:
“Segundo os espíritos, de todos os globos que compõe nosso sistema planetário, a terra é um daqueles cujos habitantes são os menos avançados física e moralmente. Marte lhe seria ainda inferior. Eles poderiam ser classificados na ordem seguinte, a começar pelo último grau: Marte e muito outros pequenos globos, a Terra, (Mercúrio, Saturno), (a Lua, Vênus), (Juno, Urano), Júpiter; sem contar, bem entendido, os milhares de mundos desconhecidos que compõe os outros turbilhões, e entre os quais existem ainda bem superiores.
Muitos espíritos, que animaram pessoas conhecidas sobre a terra, disseram estar reencarnadas em Júpiter, um dos mundos mais próximos da perfeição …”.
Na “Revista Espírita” diz Kardec que recebeu centenas de mensagens com teor semelhante, o que leva a crer que elas faziam parte do dia a dia de suas reuniões. Sobre a Lua e outros astros, escreve Kardec13:
“tal raciocínio acha-se confirmado pela revelação dos Espíritos. Realmente eles nos ensinam que todos esses mundos são habitados por seres corpóreos, apropriados à constituição física de cada globo; que entre os habitantes desses mundos uns são mais, outros menos adiantados que nós, do ponto de vista intelectual, moral e mesmo físico. Ainda mais: hoje sabemos que é possível entrar em relação com eles e obter esclarecimentos sobre seu estado; sabemos ainda que não só todos os globos são habitados por seres corpóreos, mas que o espaço é povoado por seres inteligentes, invisíveis para nós” (pág. 07).
Sobre a superioridade moral:
“a Lua e Vênus são mais ou menos do mesmo grau e, sob todos os aspectos, mas adiantados que Mercúrio e Saturno” (págs. 70 e 71).
Quando Armstrong deu seus passos sobre a Lua, a humanidade caminhava muito mais do que ele poderia imaginar.
1 Comunicação apresentada em 1996 no III Simpósio Interdisciplinar de Estudos Gregos – Reflexões sobre a Natureza, realizado pelo Departamento de Filosofia da PUC/SP.
2 Na ocasião, pós-graduando em filosofia da PUC/SP.
3 Platão, Leis, livro X, em 889, de b1 a c6. Citado por Gregory Vlastos, in “O Universo de Platão”, nota 34; Editora Universidade de Brasília, Brasília, 1987.
4 Os Pré-Socráticos. Coleção Os Pensadores, Editora Abril Cultural, São Paulo, 1978.
5 Robillard, Edmond; Reencarnação, Sonho ou Realidade. Edições Paulinas, São Paulo, 1984. Toda esta passagem referente à Índia está baseada neste texto.
6 Peters, F. E.; Termos Filosóficos Gregos, verbete palingenesia. Tradução de Beatriz Rodrigues Barbosa, 2ª Edição, Fundação Calouste Gulbenkian, Lisboa, 1974.
7 Platão, Timeu, 41e – 90e. Tradução de Carlos Alberto Nunes, Coleção Amazônica, Belém, 1986.
8 Para se saber mais acerca da popularidade que o espiritismo desfrutou e o início da investigação científica sobre o tema ler Stevenson, Ian; “Research Into the Evidence Of Man’s Survival After Death – a Historical and Critical Survey With a Summary of Recent Developments”, in The Journal Of Nervous And Mental Disease, Universidade de Maryland, 1977.
9 Swedenborg, Emanuel; O Mundo dos Espíritos, Segundo o que Lá Foi Ouvido e Visto. Tradução de Sérgio Luiz R. Medeiros, Editora Razão Social, São Paulo, 1992.
10 Swedenborg, Inmanuel; De Planetas y Angeles. Antologia e tradução espanhola de Jesús Imirizaldu, Miraguano Ediciones, Madri, 1988. As traduções dos trechos em português foram feitas por mim.
11 Kant, Inmanuel; “Los Sueños de un Visionario Explicados por os Sueños de la Metafísica”. Tradução, introdução e notas de Pedro Chacón e Isidoro Reguera, Aliança Editorial, Madrid, 1987.
12 Kardec, Allan; Le Livre des Esprites – Écrit Sous la Dictés Et Publié Par L’Ordels D’Esprits Supérieurs, primeira edição francesa de 1857, fac-similada por Canuto Abreu, 1957. As traduções dos trechos em português foram feitas por mim.
13 “Revista Espírita/Jornal de Estudos Psicológicos”, artigo de março de 1858 – “A Pluralidade Dos Mundos”, publicada sob a direção de Allan Kardec, 1º ano/1858, tradução de Júlio Abreu Filho, Edicel/S.P.
setembro 4th, 2010 às 1:37 AM
Muito bom Vitor. Parabéns Cara. Você deveria juntar todos esses materiais e fazer um livro. Abração
setembro 4th, 2010 às 2:19 PM
Mtos Parabéns mentores espirituais deste blog
Mais um péssimo serviço para a causa materialista, só credibilizam quem combatem
Nunca poderão invocar só ognorância, a má fé andam de mãos dados entre vós com a irracionalidade
Escusavam-se de se prestar a este vexame científico,
se tivessem lido as obras de Kardec sem a letra q mata, mas com o espírito q vivifica
Problema vosso, não perdemos tempo convosco
Fica sugestão para quem realmente quer aprender de boa vontade, bom senso e equilíbrio
Reencarnação e Evolução das Espécies
Autor: Dr. Ricardo Di Bernardi
Descrição: Na primeira parte deste livro o autor apresenta o enigma da evolução das espécies, já na segunda parte apresenta a chave do enigma. Pesquisa extremamente laboriosa que enriquecerá o entendimento acerca de temas sobre a evolução das espécies relacionados com a reencarnação. Alguns assuntos desenvolvidos: Formação da Terra; Surgimento dos Primeiros Seres Vivos; Reencarnações Iniciais; Energia Espiritual e Evolução; Teorias de Darwin e Lamarck; Mutações Genéticas e Evolução; Provas Científicas da Evolução; Experiências Científicas Sugerem Reencarnação; Referências Bíblicas à Reencarnação; Neo-Evolucionismo: Uma Concepção Espírita e Reencarnacionista da Evolução; Visão Espiritual dos Minerais, Vegetais e Animais; Opinião dos Espíritos.
P.S. Há cerca de um mês q Vitor/Gilberto/Carlos foram convidados a esclarecer oq fazem de útil para a sociedade
Centenas de posts inócuos e continuam a fazer fugas psicológicas pra frente
Estaremos sempre disponíveis para ajudar-vos qdo estiver preparados/receptivos a isso
setembro 4th, 2010 às 4:25 PM
A Denise nos propõe a “chave do enigma” e a “opinião dos espíritos”. A minha dúvida é a seguinte: Será que esse Ricardo Bernardi saiu pelo mundo suando a camisa como o Darwin, ou foi mais um estudioso de livros espíritas e ciência de Almanaque Biotônico Fontoura? Espero que ele tenha preenchido as lacunas deixadas por Darwin. E a opinião dos espíritos? Serão esses espíritos mais superiores que os contatados por Kardec? Se forem, então temos um lado bom e um lado ruim. O lado bom é que agora não vamos ler as bobagens pseudo-científicas escritas na época de Kardec. O lado ruim é que, se não dá pra confiar nos espíritos “superiores” de Kardec, então TODA a sua doutrina vai por água abaixo, pois ela se baseia na revelação feita por eles. Se essa revelação é falha em pontos tão importantes, então outros pontos também devem ser desabonados. O espiritismo deve se manter como religião e desistir de querer provar sua superioridade espiritual através de falsas comunicações com o além. Não dar pra provar que não é a minha avó que está se conectando com o médium num centro, pois o médium me dirá obviedades, informações adquiridas por cold reading, e o meu estado emocional de receptividade me deixará aberto ao aceite (Os espíritas adoram dizer: “quando eu fui a primeira vez eu nem acreditava, estava totalmente cético, mas quando a minha avó disse coisas que só ela sabia, eu tive certeza”. Fala sério. A partir do momento que a pessoa QUER ir ao centro, ela já está receptiva, mesmo que inconscientemente). Entretanto, quando se fala de ciência, de verdades universais, os espíritos não dão uma a dentro. Infelizmente, do ponto de vista científico o espiritismo não faz NADA DE ÚTIL à sociedade. Pelo contrário, desinforma, afasta as pessoas do estudo formal, mente e confunde as pessoas com suas afirmações estapafúrdias. Se eu contatasse a minha falecida avó de verdade, pelo que conheci dela, tenho certeza que ela diria: saia daqui e vai estudar!
setembro 4th, 2010 às 5:38 PM
Olá Denise,
.
Não sei o que esclarecer. O LE propõe um modelo sobre o aparecimento dos espécies que é refutado pela ciência; AK defende a “geração espontânea” nos seus escritos (A Gênese 1868, Revista Espírita 1868) formalmente refutada pela ciência já na época dele; os espíritos enviam mensagens sobre vida em outros planetas, hoje desmentidas… Que tipo de esclarecimento você procura ?
.
Sobre esse último ponto há um episódio que poderia servir de referência de como proceder. Camille Flammarion assina na A Gênese uma mensagem de Galileu Galilei versando sobre astronomia. Pois bem, várias das “revelações” de Galileu estavam incompletas e outras foram desmentidas pela ciência ainda Camille Flammarion em vida. Flammarion no entanto teve humildade de reconhecer que se havia um espírito na mensagem certamente não seria o de Galileu e, por fim, admite que provavelmente todo o conteúdo da mensagem era anímico. Quando há erros é melhor repará-lo logo no início, como fez Flammarion, não acha…?
.
Entendo a armadilha que os espíritas estão hoje, e cujas linhas gerais estão expostas no comentário anterior do Gilberto. Se estamos fazendo “fugas psicológicas para frente”, como você diz, certamente não estamos sós!
setembro 4th, 2010 às 10:09 PM
Nota prática: Charles Darwin, 1859 (A origem das espécies) Allan Kardec, 1857-1868 (LE e A Gênese respectivamente). Por que será que nos livros do ensino médio Kardec não é mencionado?
setembro 4th, 2010 às 10:54 PM
Reifer:
Caíram q nem uns patinhos. São tão anjinhos…
Comprovam a sua má fé ao condenar uma pessoa e uma obra q ignoram
QI= ? Inteligência Emocional + Espiritual= 0
A história comprova q toda a vossa pseudo-tese cai como um baralho de cartas
São umas atrás das outras
Entretanto milhares de pessoas entram no “Nosso Lar”
Há umas semanas, deparámos com o seguinte comentário a um artigo do jornal Público, edição electrónica:
“Darwin prova que a ciência é uma conquista colectiva. A selecção natural foi explicitada pela primeira vez por Russel Walace, e os tentilhões e suas diferenças foram descobertos por John Gould. Darwin entregou as aves a Gould, antigo jardineiro, dizendo que eram melros, trinca-pinhões e tentilhões. Foi Gould que descobriu e alertou Darwin de que eram diferentes variedades de tentilhões. Geralmente os chamados direitos de autor, com algumas excepções, são uma apropriação abusiva e interesseira do património colectivo.”
Citação por citação, aqui vai outra, retirada desta página da Wikipédia:
“Em Fevereiro de 1858, durante uma jornada de pesquisa nas ilhas Molucas, Indonésia, Wallace escreveu um ensaio no qual praticamente definia as bases da teoria da evolução e enviou-o a Charles Darwin, com quem mantinha correspondência, pedindo ao colega uma avaliação do mérito de sua teoria, bem como o encaminhamento do manuscrito ao geólogo Charles Lyell.
Darwin, ao dar-se conta de que o manuscrito de Wallace apresentava uma teoria praticamente idêntica à sua – aquela em que vinha trabalhando, com grande sigilo, ao longo de vinte anos – escreveu ao amigo Charles Lyell: “Toda a minha originalidade será esmagada”.
Para evitar que isso acontecesse, Lyell e o botânico Joseph Hooker – também amigo de Darwin e também influente no meio científico – propuseram que os trabalhos fossem apresentados simultaneamente à Linnean Society of London, o mais importante centro de estudos de história natural da Grã-Bretanha, o que aconteceu a 1º de Julho de 1858.
Em seguida, Darwin decidiu terminar e publicar rapidamente sua teoria: A Origem das Espécies foi publicada logo no ano seguinte.”
Quem foi Alfred Russel Wallace, afinal? – perguntarão alguns leitores. Foi um naturalista, geógrafo, antropólogo e biólogo britânico, nascido em 1823 e falecido em 1913.
Co-autor da Teoria da Evolução das Espécies, Wallace não era agnóstico, como Charles Darwin. Era espírita.
Beijinhos no algodão do silêncio..puf..fui
setembro 5th, 2010 às 12:02 AM
Gilberto e outros
Fui assistir hoje a tarde “Nosso Lar”. Um filme fraco. Não chega nem perto do filme que trata da mesma temática “Um Visto para o Céu”. Este um filme de humor e sem moralismos, com a Meryl Streep e o ator é muito engraçado (…) esqueci o nome dele agora (…), mas enfim, o filme trata da mesma temática do “Nosso Lar”, morrer e aparecer numa cidade pós-morte, só que “Um visto para o céu” trata o tema de forma inteligente e como uma grata ficção, apenas. Acho até que se existe céu a coisa vai mais na linha de “Um visto para o céu”, com certeza. Mas voltando ao “Nosso Lar”. O filme não tem pé nem cabeça. É um simples relato moralista cristão. Olha (…) se você beber, fizer umas festinhas com mulheres de vida fácil, ter mau humor, você vai pra fita (…) vai comer terra!!! Vai sofrer. O negócio é pureza e fé!!
Eu já disse aqui que não teve psicografia nenhuma no “Nosso Lar”. Saltam aos olhos tal situação. Um detalhe que me chamou atenção, psicanaliticamente falando, é o fato de no livro e no filme a figura materna do personagem principal ser elevada a um “espírito evoluído”. Já a figura paterna é limbo. O Chico também tinha uma obsessão pela figura materna. A mãe como um ser protetor, um ser superior, um ser que sempre está presente para prestar ajuda. E fica claro isto no livro e no filme. Há uma clara transferência na sua obra “Nosso Lar”, e se pudesse ler mais obras dele provavelmente este detalhe da mãe super mulher creio que se revelaria presente outras vezes. Acho que aí se tem um estudo interessante, que também demonstra não ter psicografia alguma nos livros do Chico. Um abraço
setembro 5th, 2010 às 1:19 AM
A resposta Denise, é porque o espiritismo é pseudociência. Alfred Russel Wallace contribuiu bastante com a ciênica, mas a pseudociênica espírita dele não foi aceita. E ainda hoje não o é. Outro beijo pra você.
setembro 5th, 2010 às 2:00 AM
Veja o que o espiritismo diz sobre a raça negra na revista espírita de abril de 1862, e tire suas próprias conclusões sobre o espiritismo e a ciência.
Um trecho do artigo:
“Os negros, pois, como organização física, serão sempre os mesmos; como Espíritos, sem dúvida, são uma raça inferior, quer dizer, primitiva; são verdadeiras crianças às quais pode-se ensinar muito coisa; mas, por cuidados inteligentes, pode-se sempre modificar certos hábitos, certas tendências, e já é um progresso que levarão numa outra existência, e que lhes permitirá, mais tarde, tomar um envoltório em melhores condições. Trabalhando para o seu adiantamento, trabalha-se menos para o presente do que para o futuro, e, por pouco que se ganhe, é sempre para eles um tanto de aquisições; cada progresso é um passo adiante, que facilita novos progressos.”
A Revista Espírita – Jornal de Estudos Psicológicos – (La Revue Spirite – Journal d’Études Psychologiques) foi fundada em 1 de janeiro de 1858 por Allan Kardec, que a editou até sua morte, em 31 de março de 1869. Observando que o artigo sobre o racismo foi do ano de 1862, então são palavras de espíritos superiores sob a direção de Allan Kardec.
Ainda bem que o espiritismo é só uma pseudociência.
setembro 5th, 2010 às 2:33 AM
O Livro dos Espíritos
Parte Segunda – Capítulo 5
Considerações sobre a Pluralidade das existências
(sexta questão)Por que há selvagens e homens civilizados? Se tomardes uma criança hotentote recém-nascida e a educardes nas escolas mais renomadas, fareis dela algum dia um Laplace ou um Newton?
Em relação à sexta questão, sem DÚVIDA SE DIRÁ QUE O HOTENTOTE É DE UMA RAÇA INFERIOR. Então perguntaremos se o hotentote é ou não é um homem. Se é um homem, por que Deus o fez, e à sua raça, DESERDADOS DE PRIVILÉGIOS CONCEDIDOS À RAÇA CAUCÁSICA? Se não é um homem, por que procurar fazê-lo cristão? A Doutrina Espírita é mais ampla que tudo isso; para ela não há diversas espécies de homens, há apenas homens cujos Espíritos estão mais ou menos atrasados, todos, porém, suscetíveis de progredir. Não está, este princípio, mais de acordo com a justiça de Deus?
Hotentote: natural ou habitante da Hotentótia, África; raça negra
Pseudociência!
setembro 5th, 2010 às 2:35 AM
O Livro dos Espíritos
Parte Segunda – Capítulo 5
Considerações sobre a Pluralidade das existências
(sexta questão)Por que há selvagens e homens civilizados? Se tomardes uma criança hotentote recém-nascida e a educardes nas escolas mais renomadas, fareis dela algum dia um Laplace ou um Newton?
Em relação à sexta questão, sem DÚVIDA SE DIRÁ QUE O HOTENTOTE É DE UMA RAÇA INFERIOR. Então perguntaremos se o hotentote é ou não é um homem. Se é um homem, por que Deus o fez, e à sua raça, DESERDADOS DE PRIVILÉGIOS CONCEDIDOS À RAÇA CAUCÁSICA? Se não é um homem, por que procurar fazê-lo cristão? A Doutrina Espírita é mais ampla que tudo isso; para ela não há diversas espécies de homens, há apenas homens cujos Espíritos estão mais ou menos atrasados, todos, porém, suscetíveis de progredir. Não está, este princípio, mais de acordo com a justiça de Deus?
Hotentote: natural ou habitante da Hotentótia, África; raça negra
Pseudociência!
setembro 5th, 2010 às 2:36 AM
O Livro dos Espíritos
Parte Segunda – Capítulo 5
Considerações sobre a Pluralidade das existências
6.Por que há selvagens e homens civilizados? Se tomardes uma criança hotentote recém-nascida e a educardes nas escolas mais renomadas, fareis dela algum dia um Laplace ou um Newton?
Em relação à sexta questão, sem DÚVIDA SE DIRÁ QUE O HOTENTOTE É DE UMA RAÇA INFERIOR. Então perguntaremos se o hotentote é ou não é um homem. Se é um homem, por que Deus o fez, e à sua raça, DESERDADOS DE PRIVILÉGIOS CONCEDIDOS À RAÇA CAUCÁSICA? Se não é um homem, por que procurar fazê-lo cristão? A Doutrina Espírita é mais ampla que tudo isso; para ela não há diversas espécies de homens, há apenas homens cujos Espíritos estão mais ou menos atrasados, todos, porém, suscetíveis de progredir. Não está, este princípio, mais de acordo com a justiça de Deus?
Hotentote: natural ou habitante da Hotentótia, África; raça negra
Pseudociência!
setembro 5th, 2010 às 3:06 AM
Reifer (seria Rei Fernando? Reinaldo Fernandes? …)
—
Muito útil sua citação, correta, da Revista Espírita de Kardec.
Vou complementar para quem vier a se interessar, de fato, pelo artigo da revista que tratou sobre “Frenologia espiritualista e espírita – Perfectibilidade da raça negra”:
http://momento.sobaoticaespirita.com/revista-espirita-1862.pdf
A conclusão que chegaste é diversa da minha, mas eis aí uma condição inalienável de todos nós, qual seja, divergirmos, termos pensamentos e compreensões contrárias ou consoantes.
Quem será o fanático, eu ou você, ou melhor, os espíritas ou os céticos? Quêm será o mais científico, eu que entendi tão diferente de ti o artigo ou você que o sintetizou em “racismo de Kardec ou do espiritismo?”
—
Ler o texto todo, de forma estudada, poderá dar ao sinceramente interessado outra conotação se comparada à que você transmitiu em suas palavras sobre 1 dos 23 detalhados parágrafos deste artigo.
—
Ainda bem que você não se demonstra cientista o suficiente para poder julgar o que seja ciência ou pseudociência.
setembro 5th, 2010 às 3:20 AM
Reifer,
—
E mais meu rei (se eu fosse baiano, mulher ou talvez um boila penso que te chamaria assim. Poderia te chamar de “meu amigo”, “meu irmão”, mas vamos deixar pelo “meu rei” para os mais próximos em humanidade).
—
A parte do Livro dos Espíritos, repetida em trinca, por mais que você ponha em caixa alta algumas palavras, não denota racismo algum, no meu entendimento.
—
Kardec está falando sobre raças primitivas, em se tratando de planeta Terra pois aqui somos todos uns atrasados recém saídos da animalidade, e raças mais civilizadas. Fala, inclusive naquele artigo que você copiou um único parágrafo, que todo o primitivo se irá aperfeiçoar, e que os civilizados, cultos, foram primitivos logo ali atrás, portanto, igualando todos e colocando a cronologia como demarcadora dos estágios evolutivos das criaturas.
—
Cadê o tal racismo de Kardec? Está na mente dos seus detratores, que se fossem intelectualmente honestos ou sinceros não estariam à chegar nestas conclusões furadas.
—
Seja um bom moço meu Rei, seja estudioso, bonitinho, e expresse em apontamentos lógicos, bem postados, bem formulados, com suas próprias palavras, o porque você acha que Kardec seria o que você diz que ele e o espiritismo são. Vamos lá, não custa tanto assim. Sei que é meio chato aprofundar os pensamentos, debater com mais profundidade, mas vamos nessa. Aguardo.
setembro 5th, 2010 às 3:40 AM
Scur, um primor o texto que você indicou. Olha só a sandice dita por Kardec para explicar a origem da Terra e das raças:
–
“…de acordo com a revelação de um Espírito, a Terra seria formada pela incrustação de quatro satélites de um antigo planeta desaparecido; essa junção teria sido o fato da vontade própria da alma desses planetas; um quinto satélite, nossa lua, ter-se-ia recusado, em virtude de seu livre arbítrio, a essa associação. Os vazios deixados entre eles pela ausência da lua, teriam formado as cavidades enchidas pelos mares. Cada um desses planetas teria trazido consigo os seres cataleptizados, homens, animais e plantas, que lhes eram próprios; esses seres, saídos de sua letargia, depois de operada a junção e o equilíbrio estabelecido, teriam povoado o globo composto atual. Tal seria a origem das raças-mães do homem sobre a Terra; raça negra na África, raça amarela na Ásia, raça vermelha na América, e raça branca na Europa.”
–
Genial!! Mas segundo o Scur, só um cientista pode julgar se isso é ciência ou pseudociência!! Quase desencarnei de rir quando li isso!!!
setembro 5th, 2010 às 3:45 AM
Leiam o texto completo (350 páginas)! É uma leitura “edificante”. É pra aprofundar nossos pensamentos e fazer com que debatemos com mais “profundidade”. Só falta o Scur pedir pra andarmos com “Violetas na Janela” embaixo do braço!! Além de ser o Pernalonga, ele também deve ser o Caetano Veloso!!! Vai na fé, meu rei!!
setembro 5th, 2010 às 3:46 AM
Jujuba,
—
Fui assitir ontem à noite à excelente película “Nosso Lar”.
Me surpreendi com a qualidade do roteiro de adaptação, com a ausência de estrelismo dos intérpretes, com o trabalho de fidelização à obra de André Luis, enfim, belo filme, emocionante em alguns momentos, nos fazendo refletir por algum tempo, que seja.
—
Meço a qualidade dos filmes que assisto, em primeiro lugar – preferência minha é claro – pelo quanto me emociono, pelo quanto humanizada é a mensagem.
—
Neste filme pude marejar meu olhos, assim como várias pessoas que ao acenderem as luzes mostravam o brilho das lágrimas a refletirem sua sensibilidade à indelével mensagem espiritual.
—
Viu, novamente, a diversidade de opinião e gostos? Que riqueza há neste mundo não é Jujuba, você achou fraco, sem humor e moralista, e eu, pobre de mim, achei magnífico, achei graça – principalmente quando identificava a conduta orgulhosa de personagens que não enxergavam sua real condição de inferioridade moral, e me alimentei com o alimento moralizante que foi abundante.
—
Um belo relato da moral cristã que tive o cuidado de apresentar aos meus filhos todos e me felicitei por perceber neles um vivo interesse em perguntar, em entender, em dialogar ricamente sobre os ensinamentos vivificados pelo filme e que eles tantas vezes ouvem em nossos estudos evangélicos.
—
Achei-o inteligentíssimo pois conseguiu sintetizar o vasto conteúdo do livro em um roteiro com cabeça, tronco, membros, pé para usar tua expressão.
—
Foi tão bem arranjado que você, veja bem, você Jujuba conseguiu entender a mensagem!! Estou estupefato! Você disse, escreveu, que entendeu que o filme falou que “(…) se você beber, fizer umas festinhas com mulheres de vida fácil, ter mau humor, você vai pra fita (…) vai comer terra!!! Vai sofrer…”. Caramba, você entendeu DIREITINHO Jujuba. Viu como valeu à pena ver a película? Pois é isso aí, e eu sei que no fundo tu já sabia que a gente não pode ficar bem bebendo, transando com infelizes prostitutas, cultivando mau humor, e outros vícios e paixões lamentáveis pois eles nos conduzem ao sofrimento inevitávelmente, nos levam “prá fita” como você falou.
—
Parabéns Jujuba, meu garoto! Sempre acreditei em ti.
Só acho que você não devia ser tão generalista assim meu amigo – puxa, àquele papo de psicanalíticamente falando e mãe é superior e pai é limbo, pô Jujuba, assim você me deixa mal velhinho, eu sou pai também, dá uma chance para os varões aí meu! Veja neste mesmo livro, nem precisa ler outros, que existem vários homens bem melhorzinhos por ali, não é só mulher que é evoluida. Poxa Jujuba, lembra do respeito que todo o cristão, todo o espírita, que obviamente o Chico Xavier tinha pelo ser máximo que tivemos contato, o Mestre Jesus, e larga mão de pegar no pé Jujuba, Jesus era homem que nem eu e tu.
—
Boa Noite Juliano, desculpe as brincadeiras, mas se para ti não tinha humor no Nosso Lar pelo menos teve o meu bom humor por contraponto.
setembro 5th, 2010 às 3:58 AM
Gilberto,
Caramba, o artigo têm somente 6 páginas. Onde foi que eu errei rapaz! Tu não têm jeito vivente, é que nem o caso dos 30 bilhões que tu transformou em 50 num prá já?
Olha só o tipo do cara. Eu li o texto do Reifer e fui pesquisar na Revista Espírita, achei interessante a citação dele pois nunca havia lido a Revista Espírita, fui lá, procurei, achei a informação que foi precisamente declarada pelo Reifer, li todas as imensas 6 páginas necessárias e que você contou por 350, tirei minhas conclusões, e você vêm com essa conversa???
Como tu és apressado Gilberto. Pela madrugada hein! Às vezes tu precisaria usar umas travas na língua para dar tempo do teu cérebro pegar no tranco e pensar, pensar.
Eu devo ser o Pernalonga mesmo por falar “velhinho”, mas tu Gilberto, bem que tá parecendo o “patolino” viu.
setembro 5th, 2010 às 4:03 AM
Agora, Gilberto,
—
Por favor, me presentei com o livro, revista, mês, ou qualquer informação que valha, assim como fez o Reifer, e diz aí de onde tu tiraste o que tu acabou de falar sobre Kardec e as origens da Terra e das Raças.
—
Diz aí porque de ti se pode esperar qualquer façanha. Vou ler a referência, comparar com o que tu escrever, e ver o quanto está correta a informação.
—
A propósito, parabéns ao ReiFer porque foi exato na citação. Seja assim também Gilberto que estaremos alguns milímetros mais próximos dos verdadeiros cientistas.
—
Aguardo.
setembro 5th, 2010 às 4:07 AM
E para terminar por hoje Gilberto,
—
Não te pediria para ler “Violetas na Janela” porque não recomendo o que não gosto para os amigos.
—
Este livro eu não li, não gostei e não recomendo pois lendo na prateleira algumas poucas coisas percebi o teor da linguagem, e não é do tipo que me agrada.
—
Talvez para adolescentes recém chegados à puberdade esta linha de literatura possa ser apreciada.
setembro 5th, 2010 às 4:10 AM
Erraste ao “copiar e colar”, meu caro. Você nos deu o link da Revista Espírita de 1862 completa!! Isso é que é ato falho! Logo a edição que “esclarece” a origem das raças!! A estratégia de ler só coisas isoladas não funciona no mundo real, só com os espíritas. “Pula-se” o que não interessa, e se concentram no que interessa. Leiam todo o texto sugerido sem intenção pelo Scur. Esclarecedor!! Ciência da boa!! Looney Toons total!!
setembro 5th, 2010 às 4:14 AM
Scur, só pra saber: leia na página página 16. Parei de ler na 30, mas vou continuar, pois quero me “aprofundar” em ensinamentos tão profundos…
setembro 5th, 2010 às 4:43 AM
Roberto Scur
rsrsrs Definitivamente você melhorou muito os teus textos. Tranquilo o Jujuba. Você acredita que o meu apelido quando adolescente era Juba, aí começou a cair a juba, e hoje estou quase careca, então caiu em desuso o Juba, mas você quase acertou!! Um espírito lhe passou esta mensagem? Só pode. Teve uma interferênciazinha, mas (…) quase acertou rsrsrs
Quem sabe com o tempo, convivendo com nós, as suas perspectivas vão mudando também, como mudaram os teus textos, e as idéias não ficam tão apegadas ainda a esta conversa espírita. Eu acredito ainda. rsrsrs Já disse e repito, você é bem intencionado, gente boa.
Mas falando do filme. Realmente as visões são bem diferentes. Repito, o filme é fraco e sem pé nem cabeça. Não tem lógica ele ter ficado no umbral. É sem fundamento. O personagem principal foi pro umbral comer terra só por quê tinha alguns momentos de raiva na sua vida, tomava umas quando vivo e quando jovem conheceu algumas moças de vida fácil? Até onde é passado ele não matou, não roubou, trabalhava tratando as pessoas. É algo sem fundamento algum o sofrimento. Mas (…) Nós pobres mortais então estamos fritos!!!! Quer dizer, não tão fritos, já que o “Nosso Lar” vê-se que é uma pasmaceira só. Será fazem sexo lá, ou falam de sexo? Tenho dúvidas. rsrsrs Espero que a terra tenha um gosto razoável, pelo menos.
Sobre o Chico, pra mim é claro que ele tinha fixação pela figura materna. E passou esta fixação para o livro “Nosso Lar”. Só li este livro dele, mas acho que se ler outros livros dele vou achar esta fixação pela figura materna também.
Uma boa noite e um abraço Roberto.
setembro 5th, 2010 às 5:03 AM
Errei uma pandorga. Não têm como copiar o link de um subitem de uma página de internet.
Você teve preguiça de ler o índice, fazer o quê não é. Te enviaria tudo mastigadinho se tu informasse um email onde eu copiaria e colaria “o texto” e não “o link do site”.
—
Você precisaria se esforçar mais se quiser advogar na causa científica. Diga aqui, para minha instrução, COMO SE FORMOU A TERRA?
Nem tu, grandiosíssimo Gilberto, nem NENHUM CIENTISTA ATÉ HOJE, dia 05/09/2010, NENHUM entendeu bem, nenhum provou ou ofereceu uma teoria MAIS CONVINCENTE do que a que tu estás à ler em Kardec, portanto, se não tá legal para ti, outras podem existir, mas habitarão o terreno das HIPÓTESES velho, e sendo hipóteses não podem ser classificadas cientificamente como MELHORES ou PIORES do que a presente na codificação da Doutrina Espírita.
—
Se eu quiser dizer que a Terra foi formada da espremida de uma espinha da testa de um bagre você vai ter que ouvir, gostar ou não gostar, mas somente provando que não foi assim que ocorreu é que você poderá dizer: tenho razão, você está errado e eu certo.
—
Você joga palavras ao léu qual metralhadora que empareda blogs para fuzilar os valores com os quais não simpatizas ou não têns disposição de cultivar, como neste do Vitor Moura, e te orgulha de assim o fazer. Quando és convidado à um estreitamento de argumentos vejo ires para o lado da comédia ou do blá-blá-blá desconexo.
—
A ligação entre vocês 2 é antiga (cheguei até a pensar que eram a mesma pessoa, não sei não), desde a fundação do blog pelo menos, pois tu és o que mais posta aqui, mora na mesma cidade, tu, VM e o JCFF. Se posicionam como os “bixos da goiaba” em assuntos ditos céticos detratores da fé alheia, e se não perceberam ainda que precisam fazer muito mais do que este arremedo de “análise científica” que se propõem à fazer para alcançar suas metas destrutivas, então estejam satisfeitos com as críticas aos criticadores de superfície que vocês são, que têm pretensões avantajadas por demais para o pouco raciocínio e estudo à que se aplicam.
—
Vou dormir que já passou da minha hora.
setembro 5th, 2010 às 5:16 AM
Caro Roberto Scur. Primeiramente o meu nome é Reifer mesmo. Segundo meu pai quer dizer (Rei da Fé), uma invenção dele, já que você se importou tanto. Por mais engraçado que pareça, as três postagem seguidas não foi proposital, eu fui postar e tava dando erro, então postei 3 vezes sem querer. Não falei em racismo, falei em ignorância. Mas como o racismo não deixa de ser uma ignorância. Vamos lá.
Do dicionário Aurélio se tira que o racismo é: Qualquer doutrina que sustenta a superioridade biológica, cultural e/ou moral de determinada raça, ou de determinada população, povo ou grupo social considerado como raça.
“Eis por que a raça negra, enquanto raça negra, corporeamente falando, jamais alcançará o nível das raças caucásicas”
“Eis porque as raças selvagens, mesmo em contato com a civilização, permanecem sempre selvagens” Perfectibilidade da raça negra – Allan Kardec
Perceba que estas duas passagens acima não dizem respeito à cronologia. Kardec não falou que o australopiteco jamais alcançará o nível do Homo sapiens.
. “..à medida que o homem se eleva moralmente, seu envoltório se aproxima do ideal da beleza, que é a beleza angélica.O negro pode ser belo para o negro, como um gato é belo para um gato; mas não é belo no sentido absoluto, porque os seus traços grosseiros, seus lábios espessos acusam a materialidade dos instintos; podem bem exprimir as paixões violentas, mas não saberiam se prestar às nuanças delicadas dos sentimentos e às modulações de um espírito fino.
Eis porque podemos, sem fatuidade, eu creio, nos dizer mais belos do que os negros e os Hotentotes; mas talvez também seremos, para as gerações futuras, o que os Hotentotes são em relação a nós; e quem sabe se, quando encontrarem os nossos fósseis, não os tomarão pelos de alguma variedade de animais.” Teoria da Beleza – Obras Póstumas.
Depois que você leu os 23 parágrafos qual foi a conotação que você tirou?
O meu objetivo não é de julgar Allan Kardec como racista. Isso é mais culpa da época que do homem. No Livro do Espíritos, Kardec fala que os princípios do espiritismo são mérito inteiramente dos espíritos. Allan Kardec ao me ver foi um homem muito importante, seus estudos para a humanidade tem um valor magnífico que é MOSTRAR A IGNORÂNCIA DESSES SUPOSTOS ESPÍRITOS SUPERIORES.
Abraço!
setembro 5th, 2010 às 5:25 AM
Juliano,
Não foram “alguns momentos de raiva”, foi muito mais do que isto.
Você não percebeu que ele pouco fez além de pensar no seu próprio umbigo e nas conquistas materiais? Você não percebeu que ele não conseguir construir uma ligação afetiva nem com a própria família que acusava a sua ausência enquanto ele possivelmente ou estava atrás do dinheiro ou atrás de divertimentos fora do lar?
Você não percebeu que ele não deu sinais de ter educado moralmente seus filhos pois ele não tinha moral para fazê-lo?
Você não entendeu que foram seus próprios atos, sua própria vibração íntima que o levou para o umbral, e não Deus com os surrados “castigos” que as religiões dogmáticas apresentavam aos fiéis?
Não captou que ele só deveu a si próprio esta permanência por lá, e que somente quando abriu uma brecha no seu orgulho, e se arrependeu, e lembrou de Deus, e cansou de tanto penar naquele ambiente foi que ele pode ser resgatado de lá?
Você não viu que as pessoas têm o livre arbítrio e ele, com sua consciência culpada, escolheu ficar por lá assim como a sobrinha do Lisias também escolheu, e ninguém a impediu, voltar às regiões de sofrimento em busca de “felicidade”, “liberdade”, de viver como queria?
Você não percebeu que ele não virou um espírito de luz num passe de mágica, e que continuo por longo tempo amarrado ao egoísmo que caracteriou-o na existência física?
Ora bola Juliano, você espera que do lado de lá os prazeres que sorves na matéria tenham a mesma importância capital que damos aqui? É claro que fazem algum tipo de sexo por lá, assim como fazem sexo nos lupanares, nos prostíbulos, nas casas de orgias e swing, afastados do equilíbrio, do respeito e da harmonia íntima, e o que é pior para os encarnados é que àqueles que se apegam vigorosamente aos desvarios do sexo são coopartícipes dos encontros sexuas que os encarnados têm, sorvem as emanações sexuais desiquilibradas que tanto lhes aprazem quais vampiros bestializados?
Olha Juliano, existem muitas informações muito coerentes, muito lógicas nas obras espíritas, basta querer ler e estar preparado para começar um duro trabalho de “reforma íntima” para melhorar nossas vibrações, nossos sentimentos e atos, mas isto É PARA QUEM QUER, para quem ACHA IMPORTANTE ser uma pessoa melhor.
Quem está mais à fim de gozar os prazeres da vida e “azar do guarda” para o resto, bem, estes não vão estar ainda preparados para começar esta viagem interior, e vão achar qualquer mensagem contrária aos seus interesses apaixonados uma obra de ficção, de imaginação fertilizada por quimeras moralistas, vão ridicularizar e criar blogs, por exemplo, para destruir tudo e todos que possam empanar a libertinagem que estão acostumados a cultivar.
Mas para todos chegarão sempre outras oportunidades, outras circunstâncias que possam favorecer o incauto, teimoso e revel, que um dia serão tocados pelas imarcessíveis blandícias dos sentimentos enobrecidos, elevados, e passarão à perseguir a meta do “Amor ao próximo como a si mesmo e a Deus sobre todas as coisas”.
—
Fique em paz meu amigo.
setembro 5th, 2010 às 5:56 AM
Reifer,
—
Muito bem então. Eis que eu me declaro, após esta sua afirmação, e para ti, como um estudante desta ignorância dos Espíritos Superiores que orientaram Kardec.
—
Estou matriculado na escola desta ignorância e espero alcançar uma graduação mínima e misérrima para poder ser considerado um raquítico espírita.
—
Kardec não foi hipócrita, e falou das raças de espíritos menos evoluídos, pois mais jovens, com naturalidade e sem pieguismo ou receios.
A mesma doutrina que aponta questões óbvias quanto aos graus de selvageria dos povos, ao traços menos suaves, à culturas primitivas e arbitrárias em generalidade, é a doutrina que aponta que envergamos todas as vestes corporais, de todas as raças, de todos os credos, de todos os continentes, e que as múltiplas reencanações nos apontam um passado ignominioso e cruel que à custo iremos superar, que assevera que “fora da caridade não há salvação”, e que tantas e tantas luzes lança sobre a humanidade sedenta de novos rumos que a liberte da canga de sofrimentos milenares com os quais se vê à braços.
—
Não Reifer, não há racismo ou conotação pejorativa na constatação que há pessoas que avançaram mais do que outras, que há raças que estão mais adiantadas que outras. Qual o problema disto? Nenhum que não possa ser catalogado no capítulo do orgulho ferido ou da hipocrisia.
—
Entregue uma escola moderna presente nas culturas mais avançadas para serem fincadas no solo de uma tribo nômade primitiva que habita o solo africano, por exemplo. O que farão desta escola ou nesta escola? Acaso vão interromper suas tradições para matricular seus filhos nesta intrujona construção? Acaso conseguirão cultivar os ensinamentos que levaram séculos, senão milênios para serem desenvolvidos no seio dos povos mais adiantados da Terra? Acaso os hábitos arraigados nestas criaturas serão removidos tão simplesmente pela inserção deles nas cidades mais modernas do planeta, e serão eles transformados em cientístas, em filósofos, em sábios como que por encanto?
—
Ora, ora, ora Reifer! Hipocrisia, hipocrisia. Você sabe que não é assim que um povo nestas condições será guindado à condições extremadas assim como sabe que não se tira um infante da préescola e a matricula num PHD de Física Nuclear. Porque se fazer de cego assim amigo?
—
E quanto à formosura dos traços é mais uma hipocrisia que vejo. O texto foi muito elucidativo pois aponta que poderemos olhar os fósseis de nossa geração num futuro distante e considerarmos que eram muito grosseiros, quase animalizados, assim como olhamos para os fósseis de Neanderthal, de Luci, de outros mais remotos ainda e recém descobertos, e vemos quase que apenas “macacos” que andam nas duas patas e têm rudimentos de raciocínio que os permitiram, depois de milhões de anos de experiências, lascar uma pedras para autodefesa e muitos mais tempo ainda depois friccionar gravetos em meio a vegetação seca para acender as primeiras labaredas de fogo.
—
Mas cada um à seu tempo! Prazer em conhecê-lo nestes textos meu caro Reifer, desculpe a brincadeira com o nome, foi mal mesmo, e me apresento a ti como mais um ignorante seguidor de ignorantes maiores.
—
Quando eu crescer quero ter um pingo da ignorância do Espírito Verdade e da plêiade de espíritos que criaram a doutrina deles mesmos, e não dos homens, o Espiritismo.
setembro 5th, 2010 às 7:03 AM
“Teoria” de Kardec sobre a formação da Terra:
–
“…de acordo com a revelação de um Espírito, a Terra seria formada pela incrustação de quatro satélites de um antigo planeta desaparecido; essa junção teria sido o fato da vontade própria da alma desses planetas; um quinto satélite, nossa lua, ter-se-ia recusado, em virtude de seu livre arbítrio, a essa associação. Os vazios deixados entre eles pela ausência da lua, teriam formado as cavidades enchidas pelos mares. Cada um desses planetas teria trazido consigo os seres cataleptizados, homens, animais e plantas, que lhes eram próprios; esses seres, saídos de sua letargia, depois de operada a junção e o equilíbrio estabelecido, teriam povoado o globo composto atual. Tal seria a origem das raças-mães do homem sobre a Terra; raça negra na África, raça amarela na Ásia, raça vermelha na América, e raça branca na Europa.”
–
Refendo de Roberto Scur sobre tal “teoria”:
–
“…NENHUM CIENTISTA ATÉ HOJE, dia 05/09/2010, NENHUM entendeu bem, nenhum provou ou ofereceu uma teoria MAIS CONVINCENTE do que a que tu estás à ler em Kardec, portanto, se não tá legal para ti, outras podem existir, mas habitarão o terreno das HIPÓTESES velho, e sendo hipóteses não podem ser classificadas cientificamente como MELHORES ou PIORES do que a presente na codificação da Doutrina Espírita.”
–
Não preciso dizer mais nada, não é mesmo? Abraços!!
setembro 5th, 2010 às 1:07 PM
Caro Roberto Scar.
Sua observação foi lógica, claro que não interessa à uma tribo nômade africana, uma escola européia fincada, do nada, no meio do seu povo. Da mesma forma que é lógico que um pré-escolar não conseguiria acompanhar uma faculdade de física nuclear. Allan kardec falou: Se tomardes uma criança hotentote RECÉM-NASCIDA e a educardes nas escolas mais renomadas, fareis dela algum dia um Laplace ou um Newton?
Eu pergunto, por que não? Por que um negro não pode ser um cientista renomado. Nos dias de hoje, para essas palavras de kardec valerem, temos que apagar muita coisa da história, por exemplo, Vivien Thomas cientista negro e pobre que contribuiu muito para a evolução da medicina (ver filme Quase deuses). Poderia listar muitos outros exemplos, mas basta esse.
Se kardec tiver certo, a filha negra adotiva de Angelina Jolie e Brad Pitt que nasceu na Etiópia não conseguirá jamais ser uma cientista, enquanto seus irmãos, filhos biológicos do referido casal tem “evolutivamente” a condição de serem cientistas.
Também concordo com você quando diz “…como olhamos para os fósseis de Neanderthal…” está correto, são milhares de anos em questão. Porém, kardec fala no livro A Gênese: “EM NOSSOS DIAS ainda há selvagens que, pelo comprimento dos braços e dos pés e pela conformação da cabeça, têm tanta parecença com o macaco, que só lhes falta ser peludos, para se tornar completa a semelhante”
“Não há racismo na constatação, que há raças que estão mais adiantadas que outras”?
Que constatação é essa?
Por favor, leia novamente a definição de racismo no dicionário.
“Estou matriculado na escola desta ignorância e espero alcançar uma graduação mínima e misérrima para poder ser considerado um raquítico espírita.” Bons estudos.
Abração e prazer em conhecê-lo também. É muito bom debater com você.
setembro 5th, 2010 às 2:46 PM
Gilberto!
—
Como assim “não preciso dizer mais nada…”. Of course you need.
—
Precisa dizer à que veio Gilberto, porque falas tanto, porque a ladainha de sempre habitando tuas frases.
—
Diz aí para o ignorantão aqui, pelo menos, QUAL É A TEORIA que tu conhece sobre a formação da Terra. Vamos lá soldado do exército ceticista, vamos à luta, honre a sua farda suando sobre ela, mostre teu valor!
—
Aponte o também, e mais do que nunca, SUPOSTO cientísta que tenha explicado este tema de forma mais definitiva, convincente, do que Kardec, please, be kind, don´t run away.
—
Agora, se você NÃO TÊM O QUE DIZER, então estude mais antes de falar tanto sobre o que não sabes, ou continues neste teu festivo, inconsequente e permanente estado de brincadeira com assuntos que mereceriam mais seriedade. Faça o que te apraz, seja um sósia de cientista assim como és sósia do Elvis Presley, se não tanto pelo físico e pela voz, pelo menos pelo gênio e personalidade.
setembro 5th, 2010 às 3:49 PM
Bem, as “revelações” evoluiram depois da hipótese da incrustação. Em Emmanuel (de Emmanuel) o sistema planetário solar teria sido formado por emanações do sol (teoria da projeção). Outras obras psicografadas mais “modernas” também seguem a mesma trilha.
.
Infelizmente, porém, é outro tiro n’ água… A formação de planetas extraídos da massa solar é insatisfatória. A maior objeção refere-se a enorme diferença entre a composição química do sol e dos planetas chamados rochosos (Mercúrio, Terra-Lua, Venus e Marte).
.
Justiça seja feita, o LE na questão 39 fornece uma resposta adequada à formação dos planetas (aglutinação de matéria disseminada no espaço). Porém escorrega já na questão seguinte, a 41, sobre os cometas. Cometas não são mundos em formação; o mais adequado seria chamá-los de “mundos em desintegração” (perdem massa ao aproximar do Sol). A partir da questão 41 e até a 49 a coisa se complica totalmente com as bobagens de “germes” de espécies, já comentados anteriormente.
.
Resumo da ópera, se me permitem, todo o Capítulo III do LE (Da Criação) deve ser visto com ressalvas, para não dizer ultrapassado. Ele assemelha-se mais ao pensamento médio de médiuns e/ou espíritos no final do século 19.
setembro 5th, 2010 às 3:58 PM
Reifer,
—
No teu § 2 – Vi o filme também, e é do tipo de filme gosto pois como disse acima, me emociona. É um belo caso que me ajuda a levantar a seguinte questão: Porque Vivien Thomas conseguiu ser tão determinante na descoberta de técnicas cirúrgicas cardíacas e não um silvícola da amazônia, um esquimó ou um nômade africano genuíno? Porque ele NÃO É UM CORPO, ele assim como nós ESTAMOS NUM CORPO.
—
Ora, você está se referindo à um cidadão americano do século passado, moderno podemos dizer, alguém que este ao lado de eminente médico, dentro do meio acadêmico onde se tornou professor mesmo sem ter um diploma haja visto à ignorância racista que impedia tal tipo de ascensão social. Ele, se você estiver lembrado, SONHOU com a solução do problema, teve um “insight” onírico que no espiritismo é explicado não como obra de um cérebro com sinapses mas como vivência no plano espiritual de onde viemos e para onde voltaremos, e onde encontramos nossos projetos, nossos orientadores espirituais para nos estimularem em nossas tarefas no plano físico.
—
Continuando, o espiritismo remonta o passado de esforços do espírito, em determinada área, como a razão da existência de pessoa prodigiosas. Beethoven, Mozart, citando dois gênios da música, NÃO aprenderam a compor no espaço curto entre o berço e os 4 ou 5 anos de idade quando compunham magistralmente, e esta longa trajetória de reencarnações dedicadas à música foi o que deu este resultado, ou seja, jamais a natureza dará saltos miraculosos e injustos em rumo ao benefício de uns em detrimento de outros. Porque eles teriam este dom enquanto que a maioria das pessoas não têm? Porque outros são hábeis matemáticos, escritores, compositores, astrônomos, físicos, químicos, eletrônicos, …, com facilidades destacadas desde tenra idade, enquanto outros estão mergulhados num obtusidade de raciocínio que os impede até de frequentar escolas normais de nossa sociedade? É a reencarnação meu amigo, é a diferença evolutiva que assinala as criaturas, e não há nenhuma violência racista em afirmar que povos se sobressaem sobre outros porque são simplesmente mais primários uns, mais adiantados outros.
—
E agora, com relação aos corpos à que Kardec se refere. A miscigenação aprimora os corpos físicos, os aformoseia, os fortalece, e a miscigenação espiritual também. Quando aqui na Terra só existiam os nativos do próprio planeta, espiritualmente falando, estávamos num passado remoto que de súbito sofreu um impulso, inexplicável para arqueólogos dedicados que nomeiam tais saltos como “elos perdidos”. Pois bem, estes gatilhos de progressos foram determinados pela chegada de espíritos provenientes de orbes mais evoluídos que precisaram estagiar em nossa Terra para aprimorarem-se. São as gerações ditas “adâmicas” que impulsionaram não só o conhecimento mas também as organizações fisiológicas que recebiam os espíritos reencarnados.
—
Os demais parágrafos não os comento por desnecessário, apenas reforço que a constatação que você não sabe qual é, para mim que sou ignorante ao cubo está muito óbvia, mas para ti, mais adiantado do que eu, não, então não conseguirei te emburrar de uma hora para outra
—
Foi igualmente um prazer debater com quem não é prolixo nem impreciso em suas alegações. Parabéns pela sinceridade dos raciocínios e fique em paz.
setembro 5th, 2010 às 4:56 PM
Caro Roberto Scur.
A GÊNESE,Gênese Espiritual,Encarnação dos Espíritos,32
“..Fora, com efeito, impossível atribuir-se a mesma ancianidade de criação aos selvagens, que mal se distinguem do macaco, e aos chineses, nem, ainda menos, aos europeus civilizados.
Entretanto, os Espíritos dos selvagens também fazem parte da Humanidade e alcançarão um dia o nível em que se acham seus irmãos mais velhos. MAS, SEM DÚVIDA, NÃO SERÁ EM CORPOS DA MESMA RAÇA FÍSICA, IMPRÓPRIOS A UM CERTO DESENVOLVIMENTO INTELECTUAL E MORAL.”
Por favor, releia com bastante atenção esta passagem, acho que você não entendeu direito.
“OS NEGROS, pois, como organização física, SERÃO SEMPRE OS MESMOS; como ESPÍRITOS, sem dúvida, SÃO UMA RAÇA INFERIOR, quer dizer, PRIMITIVA; são verdadeiras crianças às quais pode-se ensinar muito coisa; mas, por cuidados inteligentes, pode-se sempre modificar certos hábitos, certas tendências, e já é um progresso que levarão numa outra existência, e que lhes permitirá, mais tarde, tomar um ENVOLTÓRIO EM MELHORES CONDIÇÕES.” (perfectibilidade da raça negra)
Perceba que Kardec não se refere apenas ao corpo do negro como inferior, mas se refere ao seu espírito com inferior também.
Salve salve Vivien Thomas, venceu o racismo, a pobreza e venceu também a natureza da reencarnação, permanecendo em um envoltório em condições desfavoráveis e com um espírito inferior, primitivo. Ainda assim conseguiu uma grande conquista para a humanidade. Precisamos, hoje, de mais pessoas como ele. Pessoas que não acreditam em dons, em espíritos evoluídos com muitas reencarnações para se tornarem alguém na vida. Precisamos de pessoas que acreditem que dá pra fazer a diferença nessa simples vida presente que dispormos.
Abração, tudo de bom!
setembro 5th, 2010 às 6:09 PM
Caro Roberto Scur
“Não há racismo na constatação, que há raças que estão mais adiantadas que outras”?
Que constatação é essa?
Pode falar amigo, não se preocupe em me emburrar. Quero aprender. Afinal já estamos no Séc. XXI, fundamente aí a constatação que há raças mais adiantadas que outras. Por favor, procure não rodopiar tanto aos pés dos espíritos superiores, procure deixar mais convincente seu discurso, coloque seus pés no chão. Como a reencarnação não está provada cientificamente, e você que fala tanto em cientistas. Tente falar com o que a ciência atual aceita. Quando a ciência aceitar a teoria da reencarnação, certamente não terei dúvidas em relação as suas palavras.
setembro 5th, 2010 às 7:06 PM
Espero q esteja em paz com Jesus e com saúde
Admiro a sua defesa da doutrina mas com esta casta de espíritos encarnados é preciso mto jejum espiritual (cf Jesus), q pra nossa condição é silêncio e oração
Fiz vários comentários em defesa da doutrina e foram todos censurados
Permita q lhe diga, sobretudo por si, não se deixe enredar por almas tão orgulhosas
Eles querem sangue, não querem argumentos pacíficos
Concedamos-lhe todo o tipo de silêncio
Devemos Agir, não reagir
Abraço, fique com Deus
setembro 5th, 2010 às 7:09 PM
NOSSO LAR EXPLICA DIDATICAMENTE O LIVRO
José Luiz Teixeira
De São Paulo (SP)
Estreou ontem o filme “Nosso Lar”, baseado no livro homônimo de Chico Xavier.
É a história do médico André Luiz (interpretado pelo ator Renato Prieto) que, uma vez morto na Terra, ressuscita em um mundo espiritual.
Ali, naquele que, segundo o personagem, é o primeiro portal para onde vamos depois de bater as botas, ele aprende sobre o que é o espiritismo.
E relata sua experiência por intermédio de psicografia para Chico Xavier, que a transforma em um best-seller de mais de dois milhões de exemplares vendidos.
O filme deverá acompanhar o mesmo sucesso do livro, pois estima-se que o Brasil tenha cerca de quatro milhões de kardecistas – uma platéia garantida nas mais de quatrocentas salas em que será exibido.
O “Nosso Lar” é uma das muitas cidades espirituais que existiriam em um plano superior da Terra.
É retratada como uma Brasília futurista, com um palácio central e seus ministérios.
O governador, interpretado pelo ator Othon Bastos, lembra um pouco a figura do “Grande Irmão”, do livro “1984?.
Ele aparece em telões para todos os habitantes – onde quer que estejam – quando precisa fazer algum informe.
Seu caráter, entretanto, ao contrário do personagem de George Orwell, não é repressivo, mas educativo.
No entanto, o partido é único e a oposição fica do lado de fora das grandes muralhas que protegem aquele idílico lugar (seguramente o maior desejo de todos os governantes encarnados).
É o reino do bem, da purificação, um degrau da escada da evolução da alma.
Não há carros particulares e o sistema de transporte público realmente funciona (por intermédio de modernos ônibus voadores), usando energia eletromagnética.
Embora a população, vestindo túnicas brancas e ouvindo música clássica nos parques seja uma visão estereotipada da vida no paraíso, o filme retrata bem o que é descrito no livro.
Para os espíritas que já leram o texto psicografado por Chico Xavier não há muita novidade, a não ser a beleza das imagens e da trilha composta especialmente pelo músico americano Phillp Glass.
Na verdade, como o filme é bem didático, trata-se de uma grande oportunidade para aqueles que querem conhecer a doutrina espírita sem preconceitos.
José Luiz Teixeira é jornalista. Formado pela Faculdade Cásper Líbero, trabalhou em diversos órgãos de imprensa, entre os quais as rádios Gazeta, Tupi e BBC de Londres, e os jornais O Globo, Folha de S.Paulo e Folha da Tarde.
P.S. Sr Vítor Gilberto Carlos
entrou em desespero total, censura tudo o q não lhe interessa
tem 4 posts iguais do Reifer com citações de livro
Qdo retomar a sua consciência, um dia vai-se lembrar de tudo isto
Continuem assim, estamos a contabilizar as vossas intervenções após serem desafiados: nada dizem sobre o q fazem de útil na vida? Zero
Cada vez q falam o nº de fugas cresce
Arriverderci
setembro 5th, 2010 às 7:12 PM
P.S. 2 Os poucos intervenientes: Roberto Scur e o polvo de vários nomes (tentáculos) q é só um não sabem, mas desde anteontem q foram censurados vários mails de carácter informativo sobre o assunto
setembro 5th, 2010 às 7:16 PM
P.S. o 1º post é dirigido a Robert Scur, pq ficou a argumentar sozinho qdo houve vários espíritas a sério
q quiseram comentar e foram impedidos, caso minha colega médica psiquiatra e neurologista Ana Miriam
Agora vão ter q inventar novas personagens máscaras espíritas pq definitivamente vão ficar a falar sozinhos
Este blog é completamente esquizofrénico.
Deus vos ajude, já q vocês recusam qq tipo de ajuda
setembro 5th, 2010 às 7:54 PM
Bom Reifer,
Há de sermos pacientes uns com os outros até que valha à pena o diálogo. Quando encerram-se as chances de alguma convergência, deixemos de lado as divergências e prossigamos cada um com suas percepções e entendimentos.
Eu queria dizer “emburrecer”, que ficava mais compreensível, mas não existe esta palavra no Português, e aí ficou “emburrar” no sentido de tornar burro.
Fundamentar que há raças mais adiantadas do que outras? Puxa, achei tê-lo feito, mas tudo bem pois a constatação do óbvio me parece simples, não acha? Não teve você algum colega de escola mais adiantado que você, e outro menos, que denotam a diversidade de caracteres entre indivíduos da mesma nacionalidade, da mesma cidade, ou até mesmo da mesma família (irmãos) genética? Onde está o problema em aceitar isto? Se você for um melhor aluno que seu irmão, que não conseguiu completar os estudos por inapetência para fazê-lo, isto não denota que você têm intelectualmente ou fisicamente melhores condições que o outro? Carambola! O que têm de tão difícil de entender nisto?
Se ocorre diferença entre irmãos porque não haveriam entre nações, ou povos?
Se isto para ti é deveras misterioso, inaceitável, ou demonstração de “racismo”, bem, então creio que não haveria proveito conversarmos sobre isto pois a desigualdade é uma Lei Natural, e não será derrogada por conta dos “politicamente corretos” que não diferenciam a hipocrisia da defesa da igualdade absoluta.
Reifer, todos somos iguais perante Deus, viemos da mesma fonte criadora e mantenedora da vida, somos criados simples e ignorantes com iguais pendores para o bem e para o mal, e compete a cada um, através do livre arbítrio, progredir mais ou menos conforme nosso interesse. Se você observar o Ardipithecus ramidus (ou “Ardi”, para os íntimos) que é considerado por muitos cientistas o mais antigo fóssil hominídeo já encontrado, datado de 4,4 milhões de anos atrás! Seu esqueleto foi exposto ao mundo em outubro/2009, numa edição especial da prestigiosa revista cientifica Science e está sendo considerada a descoberta do ano, e não identificar nesta senhora alguém menos adiantado tanto fisicamente quanto intelectualmente, bem, então fechamos a questão Reifer, não temos o que conversar e fica cada um com suas opiniões pois qualquer coisa diferente será perda de tempo mútuo.
Vou te copiar um atalho qualquer que leve ao corpitcho da nossa irmã para, caso não tenhas tido informação sobre, dar uma olhada na guria. http://www.google.com.br/url?sa=t&source=web&cd=8&ved=0CDkQFjAH&url=http%3A%2F%2Fwww.caminhodaluznj.com%2Fimages%2Fstories%2FAprendizes%2FAula%25202.ppt&ei=CfGDTKv_O4H98AbivNyiAg&usg=AFQjCNFsLC9JtTEjtvZD17qs1Nof8gjnug
Este é um ppt que pequei à esmo, e que casualmente é todo fundamentado em obras espíritas.
No mais, quanto às provas da reencarnação, existem à mancheias. Fique você esperando sentadinho para que elas apareçam na tua caixa de correio em papel de presente, e enquanto não chegam fique nesta acomodada negação, e sê feliz na medida do possível.
setembro 5th, 2010 às 8:06 PM
Denise,
Vou interpretar esta censura ao medo.
Quêm sou eu para desarticular os argumentos dos céticos? Ninguém importante, mas se alguém, como você cita, se dignou à enviar algum parecer mais qualificado, mais abalizado, e foi barrado, digo que é puro medo de verem ruir àquela que é considerada por eles como uma obra de grandiosa importância, a contrução e manutenção deste blog.
Calculemos o quanto se arrependerão pelas repetidas e pertinazes leviandades?
Como eu sou “café pequeno” em termos de sabedoria espírita, ainda me deixar dar meus pitacos por aqui.
Como falei antes estou precisando de mais um recesso pois isto gasta muito tempo, e na verdade eu gosto de opinar quando vejo pessoas tão endurecidas em seu materialismo quando o mundo fervilha espiritualidade nos tempos atuais.
Informações chegando de todos os lados, cheias de lucidez, de esforço para aqui chegarem, de detalhes inusitados, de riquezas de valores, enfim, “vossos filhos e vossas filhas profetizarão”, asseverou Jesus, e cá estamos nós numa época deveras fértil de intercâmbio mediúnico com espíritos de vários níveis evolutivos, e ainda assim, a pachorra dos céticos a travar-lhes o progresso já possível mas lamentavelmente indesejado.
setembro 5th, 2010 às 9:37 PM
Carambola. Vou encerrar a minha assinatura da Scientific American e vou trocar pela da Espiritismo e Ciência. Eles até têm a foto do Einstein na capa, na sua edição especial sobre “espíritos superiores”. Deve ser bem científico. O espiritismo conseguiu até explicar, via Roberto Scur, a expressão “preto de alma branca”!! A propósito, NUNCA mais vou postar mensagens neste blog!! NUNCA MAIS. Até amanhã.
–
P.S. Desculpem, menti. Não tenho assinatura de revista nenhuma. Mas consegui um amigo com cartão de crédito internacional e vou fazer a assinatura do site MET-ART.
setembro 5th, 2010 às 9:59 PM
Caro Roberto Scur
Novamente vou ser objetivo, e espero que você seja também. Todos somos diferentes, cada pessoa tem sua genética particular, seus costumes, sua cultura, a educação que recebeu de seus pais etc. (só pra ilustrar. Até pouco tempo não sabíamos por que havia crianças que tinham transtorno de déficit de atenção e hiperatividade -TDAH-. Essas crianças têm um potencial enorme de criatividade e inteligência, porém sem um tratamento adequado elas tinham baixo rendimento escolar, e quando adultas, dificuldades acadêmicas ou no trabalho. Pois bem, com a evolução da medicina hoje TDAH tem um tratamento comprovado que muda bastante a vida de quem é TDAH. Vamos olhar com os olhos do espiritismo. Temos a criança A (hiperativa) e a criança B “normal”, para o espiritismo, se a ciência não tivesse elucidado essa questão, a criança B seria mais evoluída que a criança A porque tem melhor desempenho escolar, etc. Porém depois de diagnosticada, a criança A recebe o devido tratamento e passa a tirar notas melhores que a B. E agora?) Se diferente pra você é sinônimo de mais adiantado, paciência. Novamente você quer mostrar que o Ardipithecus ramidus é menos adiantado que o Homo sapiens. Guarde essa elucidação para uma criança que acabou de entrar na vida escolar. Eu pedi pra você mostrar a superioridade das raças atuais como negros e brancos, defenda seu mestre meu amigo. Não precisa você me mostrar links de fontes espíritas sobre reencarnação, eu já possuo aqui comigo os 5 livros da codificação espírita que já falam bastante sobre reencarnação. A teoria da reencarnação é uma coisa fantástica, realmente explicaria muita coisa. Seria um bom avanço para as ciências humanas e médicas, se fosse verdade é claro. Já imaginou como seria boa tal notícia: o cientista espírita fulando de tal recebe hoje o prêmio Nobel provando a teoria da reencarnação. Estou de braços abertos esperando essa notícia.
Abração.
setembro 5th, 2010 às 10:19 PM
Caro Roberto Scur.
Foi um prazer imenso debater com você. É muito ruim debater com espíritas que sabem menos do espiritismo do que eu. Você, além de escrever muito bem, é muito enraizado e tem muito conhecimento acerca do espiritismo. Aprendi muito com você, saiba que respeito suas opiniões. E a nossa conversa hoje foi muito produtiva e importante para mim. Infelizmente tenho muita coisa da faculdade aqui pra estudar. Reservo alguns finais de semana meus para saber mais sobre o espiritismo. Está bom por hoje, talvez outros finais de semana estarei aqui de volta, senão apenas nas férias. Sou novato nesse blog, achei muito interessante, principalmente pelo o fato de vocês espíritas poderem argumentar também.
Um forte Abraço.
Muita Paz!
setembro 6th, 2010 às 1:52 AM
Reifer,
Fico feliz por sua postura de respeito à opiniões diversas à sua, e por estar aberto para elas, mesmo sem concordar.
Argumentação com objetivos construtivos, sadios e honestos é o que todos nós precisamos. Menos soberba, filha do orgulho, e até mesmo a paz pode ser alcançada, pois o que motiva o desentendimento entre as pessoas, países, culturas e religiões é o excesso deste grande mal da humanidade.
Bons estudos, aproveite esta fase universitária pois é muito importante para forjar um caráter íntegro, respeitável.
Felicidades amigo.
setembro 6th, 2010 às 9:18 PM
Reifer e Roberto Scur: parabéns pelo exemplo de civismo e paz q demonstram e q marcam a diferença neste blog q incita à intolerância beligerante religiosa e científica
http://www1.folha.uol.com.br/ilustrada/794384-filmes-espiritas-lideram-recorde-de-bilheteria-no-brasil.shtml
Filmes espíritas lideram recorde de bilheteria no Brasil
Publicidade
FERNANDA EZABELLA
DE LOS ANGELES
“Nosso Lar”, filme baseado em best-seller de Chico Xavier, liderou as bilheterias de cinema do Brasil neste final de semana, ao arrecadar R$ 6,1 milhões em ingressos em 443 salas entre sexta e domingo, informou nesta tarde a distribuidora Fox.
Baseado em Chico Xavier, filme espírita estreia como aposta de bilheteria
O número divulgado faz uma estimativa das vendas de domingo e pode mudar até o fechamento final, a ser anunciado entre segunda e terça.
Se confirmado, “Nosso Lar” será a segunda maior abertura para um filme brasileiro desde a retomada do cinema nacional, em 1995, atrás apenas da cinebiografia “Chico Xavier”, outro longa de temática espírita, que fez R$ 6,2 milhões em 377 salas em abril.
“Nosso Lar”, dirigido por Wagner de Assis e feito com R$ 20 milhões, narra a morte do médico André Luiz e a chegada de seu espírito a uma “colônia”, em cenários repletos de efeitos especiais. A trilha sonora é de Philip Glass.
Já “Chico Xavier”, dirigido por Daniel Filho e feito com R$ 12 milhões, estreou em 2 de abril, aniversário do centenário de nascimento do médium, e foi visto por mais de 590 mil pessoas em três dias.
Segundo o FilmeB, que reúne dados das distribuidoras no país, “Chico Xavier” é o filme brasileiro mais visto de 2010. Na lista com filmes internacionais, o longa espírita é o sétimo mais visto.
Em terceiro lugar entre as maiores aberturas do cinema nacional desde 1995 está “Se Eu Fosse Você 2”, também de Daniel Filho, que estreou em janeiro de 2009 com R$ 5,7 milhões.
Beijinhos Espirituais de Nosso Lar para todos
setembro 7th, 2010 às 3:21 PM
Caríssimo,
—
Em comemoração ao dia da Pátria do Evangelho, Coração do Mundo, presenteio-os com a narrativa dos acontecimentos que se deram no plano físico e no espiritual quando da “DECLARAÇÃO DA INDEPENDÊNCIA DO BRASIL.
—
Agradeço a generosidade do dono deste espaço caso possa deixá-la publicar.
—
A Independência
—
O movimento da emancipação percorria todos os departamentos de atividades políticas da pátria; mas, por disposição natural, era no Rio de Janeiro, cérebro do país, que fervilhavam as idéias libertárias, incendiando todos os espíritos. Os mensageiros invisíveis desdobravam sua ação junto de todos os elementos, preparando a fase final do trabalho da independência, através dos processos pacíficos.
—
Os patriotas enxergavam no príncipe D. Pedro à figura máxima, que deveria encarnar o papel de libertador do reino do Brasil. O Príncipe, porém, considerando as tradições e laços de família, hesitava ainda em optar pela decisão suprema de se separar, em caráter definitivo, da direção da metrópole.
—
Conhecendo as ordens rigorosas das cortes de Lisboa, que determinavam o imediato regresso de D. Pedro a Portugal, reúnem-se os cariocas para tomar as providências de possível execução e uma representação com mais de oito mil assinaturas é levada ao Príncipe regente, pelo Senado da Câmara, acompanhada de numerosa multidão, a 9 de janeiro de 1822. D. Pedro, diante da massa de povo, sente a assistência espiritual dos companheiros de Ismael, que o incitam a completar a obra da emancipação política da Pátria do Evangelho, recordando-lhe, simultaneamente, as palavras do pai no instante das despedidas. Aquele povo já possuía a consciência da sua maioridade e nunca mais suportaria o retrocesso à vida colonial, integrado que se achava no patrimônio das suas conquistas e das suas liberdades. Em face da realidade positiva, após alguns minutos de angustiosa expectativa, o povo carioca recebia, por intermédio de José Clemente Pereira, a promessa formal do Príncipe de que ficaria no Brasil, contra todas as determinações das cortes de Lisboa, para o bem da coletividade e para a felicidade geral da nação. Estava, assim, proclamada a Independência do Brasil, com a sua audaciosa desobediência às determinações da metrópole portuguesa.
—
Todo o Rio de Janeiro se enche de esperança e de alegria. Mas as tropas fiéis a Lisboa resolvem normalizar a situação, ameaçando abrir luta com os brasileiros, a fim de se fazer cumprirem as ordens da Coroa. Jorge de Avilez, comandante da divisão, faz constar, imediatamente, os seus propósitos, e, a 11 de janeiro, as tropas portuguesas ocupam o Morro do Castelo, que ficava a cavaleiro da cidade. Ameaçado de bombardeio, o povo carioca reúne as multidões de milicianos, incorpora-os às tropas brasileiras e se posta contra o inimigo no Campo de Santana. O perigo iminente faz tremer o coração fraterno da cidade. Não fosse o auxílio do Alto, todos os propósitos de paz se teriam malogrado numa pavorosa maré de ruína e de sangue. Ismael acode ao apelo das mães desveladas e sofredoras e, com o seu coração angélico e santificado, penetra as fortificações de Avilez e lhe faz sentir o caráter odioso das suas ameaças à população. A verdade é que, sem um tiro, o chefe português obedeceu, com humildade, à intimação do príncipe D. Pedro, capitulando a 13 de janeiro e retirando-se com as suas tropas para a outra margem da Guanabara, até que pudesse regressar com elas para Lisboa.
—
Os patriotas, daí por diante, já não pensam noutra coisa que não seja a organização política do Brasil. Todas as câmaras e núcleos culturais do país se dirigem a D. Pedro em termos elogiosos, louvando-lhe a generosidade e exaltando-lhe os méritos. Os homens eminentes da época, a cuja frente somos forçados a colocar a figura de José Bonifácio, como a expressão culminante dos Andradas, auxiliam o Príncipe regente, sugerindo-lhe medidas e providências necessárias. Chegando ao Rio por ocasião do grande triunfo do povo, após a memorável resolução do “Fico”, José Bonifácio foi feito ministro do Reino do Brasil e dos Negócios Estrangeiros. O Patriarca da Independência adota as medidas políticas que a situação exigia, inspirando, com êxito, o Príncipe regente nos seus delicados encargos de governo.
—
Gonçalves Ledo, Frei Sampaio e José Clemente Pereira, paladinos da imprensa da época, foram igualmente grandes propulsores do movimento da opinião, concentrando as energias nacionais para a suprema afirmação da liberdade da pátria.
—
Todavia, se a ação desses abnegados condutores do povo se fazia sentir desde Minas Gerais até o Rio Grande do Sul, o predomínio dos portugueses, desde a Bahia até o Amazonas, representava sério obstáculo ao incremento e consolidação do ideal emancipacionista. O governo resolve contratar os serviços das tropas mercenárias de Lorde Cochrane, o cavaleiro andante da liberdade da América Latina. Muitas lutas se travam nas costas baianas, e verdadeiros sacrifícios se impõem os mensageiros de Ismael, que se multiplicam em todos os setores com o objetivo de conciliar seus irmãos encarnados, dentro da harmonia e da paz, sempre com a finalidade de preservar a unidade territorial do Brasil, para que se não fragmentasse o coração geográfico do mundo.
—
José Bonifácio aconselha a D. Pedro uma viagem a Minas Gerais, a fim de unificar o sentimento geral em favor da independência e serenar a luta acerba dos partidarismos. Em seguida, outra viagem, com os mesmos objetivos, realiza o Príncipe regente a São Paulo. Os bandeirantes, que no Brasil sempre caminharam na vanguarda da emancipação e da autonomia, recebem-no com o entusiasmo da sua paixão libertária e com a alegria da sua generosa hospitalidade, e, enquanto há música e flores nos teatros e nas ruas paulistas, comemorando o acontecimento, as falanges invisíveis se reúnem no Colégio de Piratininga. O conclave espiritual se realiza sob a direção de Ismael, que deixa irradiar a luz misericordiosa do seu coração. Ali se encontram heróis das lutas maranhenses e pernambucanas, mineiros e paulistas, ouvindo-lhe a palavra cheia de ponderação e de ensinamentos. Terminando a sua alocução pontilhada de grande sabedoria, o mensageiro de Jesus sentenciou:
—
– A independência do Brasil, meus irmãos, já se encontra definitivamente proclamada. Desde 1808, ninguém lhe podia negar ou retirar essa liberdade. A emancipação da Pátria do Evangelho consolidou-se, porém, com os fatos verificados nestes últimos dias e, para não quebrarmos a força dos costumes terrenos, escolheremos agora uma data que assinale aos pósteros essa liberdade indestrutível.
Dirigindo-se ao Tiradentes, que se encontrava presente, rematou:
—
– O nosso irmão, martirizado há alguns anos pela grande causa, acompanhará D. Pedro em seu regresso ao Rio e, ainda na terra generosa de São Paulo, auxiliará o seu coração no grito supremo da liberdade. Uniremos assim, mais uma vez, as duas grandes oficinas do progresso da pátria, para que sejam as registradoras do inesquecível acontecimento nos fastos da História. O grito da emancipação partiu das montanhas e deverá encontrar aqui o seu eco realizador. Agora, todos nós que aqui nos reunimos, no sagrado Colégio de Piratininga, elevemos a Deus o nosso coração em prece, pelo bem do Brasil. Dali, do âmbito silencioso daquelas paredes respeitáveis, saiu uma vibração nova de fraternidade e de amor.
—
Tiradentes acompanhou o Príncipe nos seus dias faustosos, de volta ao Rio de Janeiro. Um correio providencial leva ao conhecimento de D. Pedro as novas imposições das cortes de Lisboa e ali mesmo, nas margens do Ipiranga, quando ninguém contava com essa última declaração sua, ele deixa escapar o grito de “Independência ou Morte!”, sem suspeitar de que era dócil instrumento de um emissário invisível, que velava pela grandeza da pátria.
—
Eis por que o 7 de setembro, com escassos comentários da história oficial, que considerava a independência já realizada nas proclamações de 1º de agosto de 1822, passou à memória da nacionalidade inteira como o Dia da Pátria e data inolvidável da sua liberdade. Esse fato, despercebido da maioria dos estudiosos, representa a adesão intuitiva do povo aos elevados desígnios do mundo espiritual.
—
Fonte: XAVIER, Francisco C. Brasil, coração do mundo, pátria do evangelho. 33. ed.1.reimp. Rio de Janeiro: FEB, 2009. Cap. 19
setembro 8th, 2010 às 2:22 AM
O Vitor parece querer dar um salto quântico no seu blog, por isso voltei.
.
No entanto, o Marcio Rodrigues Horta faz um esforço danado para dizer que o espiritismo de Kardec não explica o que os filósofos disseram antes.
.
O Marcio mistura alhos com bugalhos, pois não é possível interpretar filósofos da estatura de Platão, sem entender seus simbolismos emprestados da Gnose grega, como aquelas referências de animais: “Animais ferozes serão os que não gostam de filosofia ou astronomia, e que prezam as honrarias. Dentre estes os mais atrasados voltarão como serpentes. Por fim, os peixes são os mais estúpidos e ignorantes dentre todos os homens decaídos. Segundo Platão:
.
“Tais são os princípios segundo os quais, tanto hoje como antes, os seres vivos se transformaram entre si, mudando de lugar conforme a perda ou aquisição de inteligência ou de estupidez”
.
Aqui e ali nada a ver com metempsicoses.
.
Filósofos gregos como Platão e outros, eram espíritos evoluídos e tinham grande cabedal de conhecimento em suas auras. Não falavam bobagens.
.
Horta, quando você cita pequenos trechos de filósofos ou autores dentro de uma linha confusa de exposição como fez, você descaracteriza o pensamento e descontextualiza a mensagem original do autor induzindo o leitor desatento a erros. Nem Platão, nem Sócrates, nem Aristóteles ou outro filósofo grego distorceria ou confundiria o pensamento puro dos Vedas sobre os caminhos da reencarnação e nem da pregação egípcia sobre tal fato.
.
Mesmo Aristóteles que baseava sua pessoal doutrina na observação lógica do sensível ao inteligível e metodologia de uma ciência prodigiosa do pensamento não desconhecia que as causas são precedidas pelo conhecimento nos mecanismos do espírito.
.
Infeliz a citação de Swedenborg que não sabia nada através dessa declaração:
“Os espíritos e anjos sabem que na lua existem habitantes … pois onde há um planeta, ali há seres humanos. O homem é o fim último da existência dos planetas e seus satélites e nada foi criado pelo Supremo Criador sem um fim”.
.
Pois a Lua é um espectro, um cadáver ambulante que não possui vida, nem energia, nem a força criadora que um planeta como a Terra possui. Não há habitantes na Lua. A Lua há milhões de anos já foi habitada, mas cumpriu um ciclo que não chegou ao seu final, sendo por isso descartada de um processo planetário útil e vai aos poucos se extinguindo.
.
“Dois anos depois Darwin publica a obra que estava gestando desde vinte anos antes, sobre a origem das espécies, forçando Kardec e seus espíritos a reverem sua posição inicial, porém nunca além de um recalcitrante lamarckismo, de suas últimas edições em vida. De forma geral “A Origem das Espécies” solapa o último torrão das escrituras intocadas pela ciência, desacreditando definitivamente os testamentos como textos de verdades”
.
Não entendi nada do que você aqui escreveu. Se você acha que Kardec mediu a doutrina espírita pelas fábulas darwinistas, sem pé nem cabeça, obrigando-se e aos espíritos a reverem suas posições iniciais, você deve estar brincando. Nem Darwin ou Lamarck acertaram coisa alguma da evolução das espécies. Aliás, ambos nem se entenderam direito, e aquela história da girafa, só mesmo na cabeça de um febril desvairado.
.
Se você gastou tanto tempo nessa confusão dos diabos buscando uma resenha para dizer que a reencarnação é discutível, que os filósofos gregos contaram histórias engraçadas e inverossímeis, que Darwin e Lamarck foram brilhantes que Swedenborg não era tão bom, mas era um crente melhor que outros, ta ruim amigo.
.
Era muito mais fácil você confessar-se logo cético, tipo alguns falsos espíritas que falam de Kardec e dão razão aos céticos. E me pouparia tê-lo lido e vir aqui comentar.
.
Rafa
setembro 8th, 2010 às 3:54 AM
Oi, Rafa
.
A Lua foi habitada ?… Tu sabes dizer o que teria acontecido por lá ?
setembro 8th, 2010 às 12:31 PM
Sei, sim, Carlos. Mas só conto se você jurar segredo!
setembro 8th, 2010 às 1:28 PM
Poxa Rafa, não dá… Deixe-me advinhar: o planeta xupão tá nessa ?
setembro 8th, 2010 às 1:40 PM
Ta não, prezado. A história da Lua como planeta habitado vem de muitos milhões de anos, quando sequer o planeta Terra existia. (viu, já contei um pedacinho!)
.
Abraços
setembro 8th, 2010 às 2:05 PM
Até agora o melhor filme da safra espírita da Vênus Platinada é “Chico Xavier”. Os outros todos são muito chatos.
setembro 8th, 2010 às 2:50 PM
Carlos,
.
deixe-me corrigir um dado. Não são muitos milhões de anos, são muitos bilhões de anos. (mais um pedacinho!)
.
Rafa
setembro 8th, 2010 às 4:17 PM
Veja você Rafa, é por isso que o pessoal reclama da qualidade dos livros didáticos no Brasil… Uma equipe de professores da Universidade de São Paulo lançou um livro (Decifrando a Terra, Companhia Editota Nacional) para universitários onde afirma que a Terra e da Lua possuem a mesma idade! Onde vamos parar, não é ?
setembro 8th, 2010 às 5:21 PM
Carlos (ou Vitor para os descolados),
—
Este é um debate um tanto amorfo pois o que existe na ciência humana são MERAS TEORIAS, sempre teorias, nada de certezas, nada de comprovações definitivas e inquestionáveis.
—
A pobre ciência vive autorenovando-se, contradizendo suas teorias aceitas até tal data e que passam a ser risíveis após novas teorias que se sobrepõem.
—
Não é preciso ler livros de professores brasileires para decifrar a Terra ou a Lua pois eles se baseiam nas longevas TEORIAS.
—
Pegue no google informações sobre “idade da lua” e verá teorias mais recentes que dão 4.527 bilhões de anos para a Lua, e que seria “quase” a mesma idade da Terra, fala da colisão de um planeta do tamanho de Marte com uma proto-Terra, e que dos destroços gerou a Lua, e coisa e tal, e tal e coisa, e esta é a última teoria em voga.
—
Convenhamos que pouco sabemos, estamos engatinhando no aprendizado cósmico, e que mergulhados nesta cega ignorância que tateia de teoria em teoria, quais dedos de um invidente, lascas da verdade, não podemos ser afirmativos em tais temas. Sabemos algo sim, mas insuficiente para sufragar uma teoria em detrimento de outra, apenas por “achismo”, por “gosto”, “advinhação”, etc.
—
Há portanto de se respeitar todas as teorias, sem exceção.
—
Quanto a habitabilidade da Lua, hoje ou em outros tempos, temos outra teoria que vai de encontro com o perene desconforto cético quando se diz que planeta tal ou qual possue vida inteligente. A questão é crítica porque o materialista só enxerga a matéria e ponto final, e qualquer coisa fora da capacidade de aparelhos terrestres, sempre limitados e em constante evolução, detectarem, simplesmente “NÃO EXISTE” para ele, então, encerra-se o debate, nada há que ser dito além pois inócuo, inútil.
—
Acho que a questão primordial para um materialista é quanto à existência de algo além da matéria que ele conhece. Sem suplantar esta barreira qualquer assunto vira motivo de bazófia, desprezo e sarcasmo.
setembro 8th, 2010 às 6:59 PM
Olá Roberto,
.
Não trata-se de ciências humanas, porém físicas (a equipe de professores é da área de física, geologia e química);
.
Você se informou corretamente: a idade da Terra e da Lua é essa mesma – foi obtida usando a radioatividade dos minerais, portanto não é mera teoria.
.
Concordo com você que pouco sabemos; e saberemos muito menos se entrarmos no “achismo” e, desculpe-me a insistência, no atalho das “revelações”.
.
Também temos que respeitar todas as teorias. Porém, para não permanecer na ignorância, o trabalho da ciência consiste em separar “joio” de “trigo”, notadamente no campo da atividade humana que é de sua alçada (evolução do sistema solar e da vida, por exemplo).
.
Você disse, “qualquer coisa fora dos aparelhos terrestres não existe…” No tocante a identificação da vida em outros planetas é a mais pura verdade.
.
A questão primordial, aqui, me parece outra… Se os espíritos superiores afirmam que existe vida material na Lua, ou em Marte, ou em qualquer outra parte (tema do post) e não encontra-se o menor vestígio, das duas uma: 1 – não há espíritos (animismo), 2 – há espíritos, porém o conhecimento deles não é maior que a ciência de sua época (logo não são superiores em conhecimento).
.
Outra possibilidade, me parece a que você sugere, é que há outros “tipos de matéria” ainda desconhecidos, e que portanto justificariam as “florestas” e os “canais marcianos” descritos pelo Irmão X (para ficar apenas nele). Bem, nesse caso entramos no terreno do “vale-tudo”; astrologia, ufos, ETs, fadas, magos… tudo é possível na falta de provas de sua não-existência. Pobre ciência, como você diz…
setembro 8th, 2010 às 7:07 PM
Olá Rafael & folks,
.
gosto da hipótese da sobrevivência após a morte física e da hipótese auxiliar da reencarnação.
.
Creio na existência d algo como 1 “alma”, até pq meu filósofo favorito, Descartes, montou 1 escola d filosofia denominada “racionalismo”, à qual d certo modo me vinculo, tendo o dualismo como tema central.
.
Assim, como vê, meu materialismo é metodológico, e não realista – distinção importante p/ quem quer fazer filosofia nessa área.
.
Mas isso sem prejuízo ao direito (e dever) d criticar o q está errado, inclusive as ideologias q foram montadas em torno desses temas.
.
Desbastar o caminho parece ser o primeiro passo p/ dar 1 tratamento realmente científico a eles.
.
Wallace tornou-se, anos depois da comunicação conjunta, 1 espiritualista, e ñ aceitava o espiritismo nem o sistema da Blavatsky. Escreveu 1 texto criticando duramente a idéia d reencarnação, q pode ser encontrado na net. Seu mérito nesse terreno foi o d considerar q era possível dar 1 tratamento estritamente científico ao tema, ponto valioso ainda hoje.
.
Qdo 1 teoria é refutada, tal qual a de Kardec, p. ex., parecem existir duas possibilidades: o abandono, ou seja, as pessoas simplesmente vão fazer outra coisa, ou adotam outra teoria etc., e a reforma.
.
Se reformar, vira 1 neo alguma coisa, tal como o neodarwinismo contemporâneo, p. ex., a soma da ecologia d Darwin c/ a genética d Mendel (c/ o abandono da insustentável genética darwinista).
.
Se ñ houver confusão entre o sucesso d público do espiritismo chiquista e a viabilidade lógica da teoria d Kardec, creio q os espíritas + perceptivos vão entender q já passa da hora d 1 reforma teórica, da proposição d algo como 1 neoespiritismo.
.
E digo isso amistosamente, pois fui educado dentro do espiritismo e cresci assistindo reuniões mediúnicas, às quais minha mãe e amigos se dedicavam. Ptto, ñ sou 1 peru de fora chiando, mas alguém q guarda sentimentos afetivos e responsabilidade intelectual p/ c/ a comunidade da qual participou e ama, e quer ver bem.
.
Mas p/ tto, tbém faz-se necessário que essa comunidade abandone a histeria, a crença d q toda crítica é 1 detratação, 1 intento maligno; essa atitude é 1 entendimento maniqueísta da situação dos espíritas no mundo.
.
Alinhavei noutras passagens deste blog algumas contribuições p/ 1 pensamento neoespírita sobre sobrevivência e reencarnação, q acredito úteis p/ quem desejar continuar na senda aberta p/ Kardec.
setembro 8th, 2010 às 7:15 PM
Pois é, Carlos, vamos parar exatamente onde está o ensino “científico” dos professores que somente se baseiam na ciência concreta, que se baseia nos antigos axiomas materialistas, que se baseiam no ceticismo anterior a Cristo, que se baseava na mais perfeita ignorância de si mesmo, quando homens de visão acima da matéria já ensinavam sobre as leis cósmicas.
.
Mas aqueles homens de visão, não se baseavam nas conversas em albergues, juntos a cavalariços de orgulhosos senhores feudais, ou oficiais de reis despóticos e cruéis, nem nas filosofias elitistas dos encontros de faustuosos bailes onde o populacho sequer sonhava frequentar, nem nos ensinamentos mosaicos onde fariseus e outros nas sinagogas manipulavam com a ignorância do povo. Eles detinham tradições milenares, estudando e meditando em completo retiro, e cuja sabedoria adquirida e conservada fora do academismo formal, hoje ainda se ensina para pessoas de acentuada lucidez.
.
Veja você, prezado Carlos, como os ciclos de vida são espirais. Ontem os fariseus, sacerdotes inescrupulosos, oficiantes vendilhões de “ensinamentos” espirituais e homens da ciência a mando dos poderosos, viviam a mentir e usufruir da ignorância do povo. Veio Kardec, botou fogo nas coisas velhas e ensinou verdades, que para tantos céticos renitentes nada adiantou, pois só enxergam erros e defeitos. Peninha deles! Hoje, segmentos da ciência materialista ajustam suas descobertas aos interesses de miliardários grupos econômicos e divulgam nas escolas e universidades suas conclusões, muitas contrárias às dos ignorantes homens do espírito.
.
Só que eles mesmos escorregam nas cascas de suas bananas, pois no caso do Hubble, foram obrigados a desmentir muitos de seus próprios e tradicionais aforismos de séculos e jogá-los no lixo, como ainda fazem. Mas a vida reserva eternas surpresas, e quem sabe, um pouco mais adiante, não se concluam que homens do espírito não estavam tão errados como contrariamente ditam e editam os professores catedráticos.
.
Até lá, espíritas e religiosos de verdadeira fé, continuarão certamente jubilosos com seus ofícios, sem dar nenhum passo atrás, na certeza absoluta de tantas coisas que aprenderam com mentes e corações receptivos e a nada precisaram provar.
Abraços.
.
Rafa
setembro 8th, 2010 às 7:24 PM
Marcio,
.
q pena q vcê ache a vida pós-mortem física só 1 hipótese aceitável, e a reencarnação 1 hipótese auxiliar, pois elas não são hipóteses: as 2 são realidades.
.
Abraços
.
Ra-fa
setembro 8th, 2010 às 7:51 PM
Karo Rafael,
pelo visto, vc encara o debate intelectual c/ 1 oportunidade p/ encaixar 1 retórica fideísta. Pois bem, kada 1 na sua…
.
Mas é bom ñ confundir o nível ontológico c/ o epistemológico.
.
Ou seja, a sobrevivência e a reencarnação podem até ser mesmo realidades, como vc sustenta a priori; mas cientificamente falando, são hipóteses a serem investigadas e demonstradas. Ou seja, no interior da busca pelo conhecimento, seu estatuto é d objeto a ser investigado, criticado, sustentado; enfim, como convém ao pensamento livre, debatido.
setembro 8th, 2010 às 8:12 PM
Oi Márcio,
.
Também tenho o Espiritismo como referência religiosa (sou da 3a geração de espíritas na família – talvez meus filhos formam a 4a geração, não sei…).
.
Tenho um grande afeto pelo Espiritismo, fui educado nas “escolas de evangelização e estudo sistematizado” porém cresci e percebi que algumas mensagens mediúnicas eram apenas “suco de cabeça”. Nunca entendi a resistência dos espíritas (nem todos, é verdade) de encarar o problema de frente, até porque sempre nos foi recomendado o exame rigoroso de tudo que viria do “outro lado”. Não há nada de errado em admitir que algumas coisas estão equivocadas e evidentemente ultrapassadas.
.
Sinceramente gostaria que as teses do espiritismo fossem validadas um dia. A DE possui um lado humano muito rico e tolerante que, nos dias atuais, é de um valor imenso. De toda maneira não há mais como deter o debate, notadamente com a internet. Os temas discutidos nesse blog JAMAIS seriam abordados livremente em um CE; estariamos obsedados ou com “fugas psicológicas para frente” e, é claro, precisando de tratamento !
setembro 8th, 2010 às 8:16 PM
É isso aí. E aqquele abraççço.
setembro 8th, 2010 às 9:13 PM
Marcio e Carlos,
.
Essa história de querer provar o espiritismo mediante mensurações laboratoriais, ou com conversas epistemológicas, só levam a cada vez mais distanciar as pontas. Deus é somente aceito ontologicamente? Não é, não! Deus está em tudo? Ou é somente explicado pela natureza epistemológica de todas as coisas? Também não!
.
Mais uma vez é preciso não misturar alhos com bugalhos, pois os filósofos das diversas escolas do pensamento sensível, usam e abusam da ontologia e traçam e diluem perfeitas linhas de contatos com a natureza epistemológica de todas as coisas criadas. Usam da metafísica, do conhecimento e lógica, brincando com a dialética quando dela se apossam, mas demonstrando, afinal, que tudo são jogos de palavras!
.
Somente uma coisa de fato subsiste no homem – a Fé! Sem a fé, todas as mentes e sistemas que se proponham a explicar as causas de Deus, são nulos. Com a fé, você se descobre e avança; sem ela o intelecto é pobre, retórica pura! E sem fé, cai-se num ceticismo negro e sinistro, no farisaísmo!
.
Se você desejar explicar o espiritismo, a mediunidade, os fenômenos do espírito pela ciência material, vai sempre voltar ao ponto de partida. Ou seja: ao zero! O espiritismo e ciência material são duas linhas que ainda não se cruzam, ou você está numa ou noutra.
.
Quanto aos erros dos espíritas, são deles, de suas ignorâncias, mas a doutrina está ai para ensinar. E pobres dos homens sem fé, são de fato completamente pobres!
.
Abraços
.
Rafa
setembro 8th, 2010 às 10:39 PM
Carlos,
—
Você está querendo que a Doutrina Espírita atenda às tuas insatisfações.
Quer debater num centro espírita temas ligados à sua própria fé e pensa ser missão do espiritismo te convencer sobre temas que você não concorda, não concebe, não aceita.
Partindo desta não sintonia você advoga pela reforma daquilo que ainda não entendeste por completo?
—
Você não acreditou nos ensinamentos da Doutrina Espírita tendo frequentado aulas de evangelização, sendo filho de espíritas, tendo acesso franco ao movimento espírita, e aí você quer que “te convençam”, que abram espaço para todas as que tuas idéias reformistas tomando tempo dos adeptos que deveriam, se sérios fossem, estar engajados em serviços múltiplos dentro da seara espírita?
—
O médico é para os doentes, não para os que se consideram sãos.
—
O fato de você achar que a Doutrina Espirita “precisaria ser validada, um dia” é uma frase emblemática do quanto você não pode entender, conceber, racionalizar e sentir esta realidade.
—
É também de se questionar se o problema é da Doutrina ou é contigo mesmo. O que te leva a duvidar tanto assim se fostes aquinhoado com todos os recursos para compreender? Você é quem deveria estar ensinado agora, orientando, e não negando, querendo reformar, denegrindo, acusando, etc.
Tomé, o discípulo, teve que tocar, sentir com seus sentidos físicos pois o teor da mensagem de Jesus e a convivência com Ele nunca o convenceram de nada. Convenhamos que tal dúvida foi um demérito para Tomé pois ele não captou, não percebeu, não estava realmente conectado com o Mestre.
—
Mas ninguém deve se entregar a fé cega, não é verdade? Se você não crê nas realidades espirituais então é bom continuar pesquisando pois chegará lá sem dúvida alguma, mas não cobre dos espíritas que trabalhem para te convencer pois este é um labor que te compete individualmente, e demonstra um orgulho incompatível com a condição de aprendiz em que estás por mais que te aches um mestre reformista.
setembro 8th, 2010 às 11:03 PM
Márcio,
—
Os “espíritas mais perceptivos” que você fala já compreenderam que os sistemas propostos para criar um “neoespiritismo” são rotos, personalistas e rasos de sustentação, geralmente fruto de mentes ególatras que em busca de projeção que não conseguem se arrojam à ingrata tarefa de desfilar na passarela de sua megalomania.
—
Uns num tempo querem misturar enxertias como cromoterapia, reiki, etc. como sendo parte do Espiritismo. Outros querem colocar uma estátua de um médium para chamar de santo. Outros querem fazer quermesses dentro do centro para arrecadar fundos, querem vender badulaques qual feira de igreja, querem erguer os “serenões da vida” como fez o pobre Waldo vieira, à condições de “espíritos superiores até à Jesus” e saem a inventar nome, códigos, temos caducos qual o ermitão com diploma de médico que ele é, outros querem isto e querem àquilo e ficam indignados porque não são aceitos assim, tão facilmente.
—
Ora, ora, que irisão. Que fundem suas novas doutrinas, que criem, por exemplo, a “Doutrina Vitormorista”, ou então, que digam exatamente o quê deve ser renovado no pentateuco da Doutrina dando não apenas um pitaco, mas fundamentado o que fala em livros varados de lógica, testemunhos variados e verve científica qual fez o “atrasado e ultrapassado do Kardec”.
Enquanto não fizerem isso estão somente à se desgastar em nonadas inúteis.
—
Diga você, aqui, o mais gritante, o mais ostensivo tema que lhe incomoda na Doutrina Espírita que você têm certeza que está errado precisando de reformas.
setembro 8th, 2010 às 11:24 PM
Scur:
.
Essa turma precisa ainda mourejar muito para entender as coisas que seriam tão fáceis pela intuição e fé.
.
“Doutrina Vitormorista” foi boa. Inclui aí mais um epíteto neologista: “negações gilbertinas”.
.
Abraço
setembro 8th, 2010 às 11:38 PM
Carlos,
—
Quanto ao tipo de matéria os espíritos afirmam que o espírito também é matéria, porém numa contextura diferente da que conhecemos.
—
Ora, a nossa limitada ciência já alcançou a compreensão de que tudo é energia, portanto, a matéria física é energia assim como, aí não é a ciência terrena que trata, por enquanto, o corpo do espírito também é energia.
—
Se é uma energia que não enxergamos, com os olhos físico, que não tocamos pois está em outra dimensão, qual é o problema de haverem outras formas de vida mergulhadas em outro tipo de matéria que não a nossa que precisa de um corpo muito denso, cheio de tripas, sanguera danada, bicharada à nos invadir os poros, os intestinos, as fezes, o estômago, enfim, somos uma usina de bactérias, microrganismos que nascem e morrem se alimentando do nosso próprio corpo, credo em cruz diziam os antigos, que nojo!
—
Pois então, qual o pastel de desconfiar que nós não podemos ser este máquina perecível, putrescível e defectível, mas sermos um espírito que habita um corpo ultra maleável chamado perispírito, e que está individualizado no espírito, e que migra de corpo para corpo, de orbe para orbe consoante às necessidades evolutivas, enfim, uma miríade de possibilidades se abrindo e que nós não conseguimos nem suspeitar direito, que se dirá de “medir” com equipamentos primitivos quais os nossos?
—
Caramba, que coisa isso hein? Será que nós não conseguimos divisar todo o universo que precisamos descobrir e do qual não conhecemos nem a nós próprios, nem a nossa formação, nossa origem, nosso destino? Vou te dizer que é uma baita de uma presunção querermos aqui ficar tergiversando sobre assuntos transcendentes usando as pobres lentes da matéria para divagar sobre o que há.
—
É até deveras infantil demais isso viu. Basearmos nossos pensamentos para criar convicções em um rudimento de ciência que não pode precisar a idade do próprio planeta, sua origem então, nem se fala, e que do alto desta microscópica colina de conhecimento queremos adivinhar, também na base dos chutes, quando começou o universo, ou se há vida no planeta x ou y, quando mal e mal pousamos na Lua e mal e mal mandamos alguns carrinhos robotizados para viajar na superfície de Marte, e mal e mal começamos a fotografar via telescópios espaciais as galáxias sem fim que estiveram sempre em cima de nossas cabeças toda à noite, e mal e mal conseguimos entender porque precisamos juntar de 50 a 100 mil espermatozoides ao lado de 1 único óvulo, dentro de condições químicas determinadas quão empíricas, e à partir daí termos alguma chance de fecundação, meu Deus, quanta ignorância nos avassala, e cá estamos a duvidar deste Deus, dos espíritos, de extra terrestres, de gnomos, quando pasmes, não conhecemos nem como impedir que nasçam espinhas na nossa cara?
—
Jesus, José, Maria dizia minha nona católica. Credo em Cruz dizia algum outro italiano da região. Santa ignorância dizia o Robin (àquele, do Batman). Como somos xucros e baldo de inteligência. Que Deus nosso Pai tenha piedade de nós e que Jesus Cristo continue permitindo que os Espíritos mais esclarecidos venham aplacar a obtusidade da nossa inteligência com estas detestadas revelações que os céticos tanto abominam.
setembro 8th, 2010 às 11:55 PM
Rafael,
—
Sinto que a convivência em famílias espíritas e a frequência à centros espíritas não tenha oferecido às luzes necessárias para que nossos amigos estivessem alguns passos à frente, ajudando na propagação das realidades espirituais, colaborando na seara do Mestre Jesus.
—
Sabemos o quanto são deficitárias as instituições humanas, mormente as religiosas, mas eles, como livres pensadores, dotados de disposição e lógica aliadas ao contato das obras espíritas, não transpassam as barreiras do “eu” para compreenderem em “espírito e verdade”, como dizia Jesus, àquilo que já poderiam ter “olhos e ouvidos de ver e ouvir”.
—
Mas, novamente, cada um ao seu tempo e, como dizemos quando vaticinamos o bem de alguma forma para nós e para o próximo: que assim seja!
—
Acho que para o Gilberto ficaria melhor designá-lo como fiel adepto da “Doutrina Vitorhumorista”, uma variante da Vitormorista e mais ao gosto de sua personalidade zombeteira e folgazã.
setembro 9th, 2010 às 12:05 AM
Filme registra público de um milhão de pessoas em
apenas cinco dias de exibição
O longa Nosso Lar quebra recorde ao levar às salas de cinema um milhão de espectadores em apenas 5 dias – os recordes anteriores são de “Se eu fosse Você 2” (maior filme nacional da Retomada), em seis dias e Chico Xavier (maior abertural de filme nacional da Retomada), em 8 dias. Desde sua estreia na última sexta-feira, 03 de setembro, 1 milhão, sete mil e quinhentas pessoas já assistiram ao filme, lotando as sessões em várias partes do País.
“Nosso Lar” conta a história de um médico que acorda no mundo espiritual após a sua morte e acompanha sua jornada, desde os primeiros dias, numa dimensão de dor e sofrimento até ser resgatado para uma cidade espiritual cujo nome intitula o filme.
“Nosso Lar”, escrito e dirigido por Wagner de Assis e produzido por Iafa Britz, tem produção executiva de Luiz Augusto de Queiroz e Elizabeth Marinho Dias. A distribuição é da Fox Film do Brasil. No elenco estão: Renato Prieto como André Luiz, Fernando Alves Pinto, Rosanne Mulholland, Inez Viana, Rodrigo dos Santos, Werner Schünemann, Clemente Viscaíno e ainda participações especiais de Othon Bastos, Ana Rosa e Paulo Goulart.
08/09/2010 19h21 – Atualizado em 08/09/2010 19h21
‘Nosso Lar’ atingiu um milhão de espectadores, diz distribuidora
Filme faturou R$ 5,9 milhões no fim de semana de estréia.
Com orçamento de R$ 20 milhões, longa recria livro de Chico Xavier.
http://g1.globo.com/pop-arte/noticia/2010/09/nosso-lar-atingiu-um-milhao-de-espectadores-diz-distribuidora.html
setembro 9th, 2010 às 12:32 AM
Scur:
.
Assim seja!
setembro 9th, 2010 às 1:41 AM
Amém!
.
Rafa, ainda continuo curioso em saber como era a vida na Lua.
.
Outro abraço, Carlos
setembro 9th, 2010 às 1:21 PM
Carlos,
.
Um dia desses conto mais um pouco!
.
Inté
.
Rafa
setembro 9th, 2010 às 9:33 PM
Sai a lista dos 23 filmes que disputam vaga no Oscar – “Chico Xavier” e “Nosso Lar” podem ganhar a estatueta
A Secretaria do Audiovisual do Ministério da Cultura divulga os 23 filmes que se inscreveram para participar da seleção para a indicação do filme brasileiro vai disputar uma vaga na categoria de Melhor Filme Estrangeiro do Oscar 2011.
Entre os filmes, estão Quincas Berro D’água, É Proibido Fumar, vencedor do Festival de Cinema de Brasília e do Oscar do cinema nacional, o Grande Prêmio do Cinema Brasileiro de 2010, e Bróder, que venceu recentemente o Festival de Gramado.
Uma comissão composta de quatro membros indicados pela Academia Brasileira de Cinema e cinco membros apontados pelo MinC e pela Ancine vai escolher o representante brasileiro no prêmio máximo do cinema mundial.
A banca é formada por Roberto Farias, Mariza Leão, Clélia Bessa e Elisa Tolomelli (indicados pela Academia Brasileira de Cinema), pelos críticos Cássio Starling Carlos e Jean-Claude Bernardet, pelo diretor da Mostra de São Paulo, Leon Cakoff, pela cineasta Tata Amaral, e pelo representante do MinC Frederico Hermann Maia.
O anúncio do filme nacional escolhido será feito no dia 23. Os cinco indicados pela Academia de Hollywood para disputar o prêmio de Melhor Filme de Lingua Estrangeira serão anunciados em 25 de janeiro. A cerimonia do Oscar será em 27 de fevereiro de 2011.
“Nosso Lar” e “Chico Xavier” lideram na lista dos votados para indicação ao Oscar 2011
Ministério da Cultura faz enquete para saber dos internautas que filme indicar ao Oscar 2011
O Ministério da Cultura está fazendo uma enquete inédita para saber a opinião de internautas sobre que filme indicar ao Oscar 2011.
Os filmes concorrentes estão listados logo abaixo e no link http://www.cultura.gov.br/site/2010/09/08/enquete-oscar/
setembro 10th, 2010 às 2:21 AM
Denise
Não sou vidente, mas os dois filmes são muito ruins. Pode até o nosso Brasil varonil lulista indicar um dos dois. Mas o indicado não levanta a estatueta mas nem com muita reza. Se a Academia não ter um acesso de loucura, o que eu duvido, se for um dos dois filmes o indicado como o filme nacional, o indicado nacional não fica entre os 5 filmes indicados. Ano que vem me cobra se acontecer algo diferente do que eu falei agora.
setembro 10th, 2010 às 2:43 AM
Juliano,
Claro que você é vidente, um oráculo autêntico, ou então um torçedor fanático.
Se os 2 filmes com maior bilheteria e recorde de público da história do cinema brasileiro não tiverem chances de ganhar este tal de oscar, não vai ser pela qualidade dos filmes que você diz serem ruins, mas por algum interesse comercial desconhecido do populacho no qual eu e tu nos enquadramos.
Para teu gosto o filme, ou os filmes são ruins, para o meu e para milhões de outras pessoas o filme é “bala”, bom demais, principalmente, para mim, o “Nosso Lar”.
Ficamos na torcida bagual, tu contra e eu à favor, sem estresse.
Vamos “nos cobrar”, como você diz, mas não no ano que vêm, e sim, neste ano mesmo pois acho que a indicação é para o próximo oscar.
Se ganhar, não só a indicação mas quem sabe até o “title”, o prêmio de melhor estrangeiro, para mim ok, para ti e para muitos será contrangimento, se perder, nem ficar nos 5 como você profeticamente assinala, aí, digo, ok também, mas para vocês será legar poder cornetear os crédulos na qualidade do filme.
Boa sorte Jujuba.
setembro 10th, 2010 às 3:00 AM
Roberto Scur
Mas não sou eu que estou dizendo que os dois filmes são muito ruins. Pega qualquer crítico de cinema que entenda um pouquinho da sétima arte, sem entrar na conotação do filme ser espírita ou não. E o crítico vai dizer o óbvio, os dois filmes são muito ruins. O filme do Chico até é um pouco/bem melhor, tinha uma boa fotografia e cenografia, mas só. Porém a história é fraca, o roteiro é ruim, e a edição de imagens é péssima. Mas o filme ainda é bem melhor que “Nosso Lar”. Este é de “doer na canela.” Goste você ou não de tal constatação.
Pra um país que já teve Quatrilho, Central do Brasil e Cidade de Deus concorrendo ao Oscar, é duro ver os indicados dos últimos anos e os possíveis indicados para o ano que vem. Repito, a academia escolhe, principalmente no Oscar de filme estrangeiro, o melhor filme, ou entre dois ou três filmes muito bons, um deles, aí sim o que teve um pouco mais de marqueting leva. Mas numa disputa entre bons filmes. Como foi entre Central do Brasil e o filme italiano que ganhou o Oscar em 97 ou 98 se não me engano, dois filmaços, qualquer um podia ganhar. Mas (…) menos coração Roberto, e um pouco mais de razão não fazem mal a ninguém. Um abraço.
setembro 10th, 2010 às 12:45 PM
Olá todos,
.
Na última edição da revista “Pesquisa Fapesp” (setembro 2010) há um artigo que pode interessar aos que estudam as idéias vigentes na Europa e Estados Unodos à época de AK. Trata-se de ume pesquisa feita no Brasil por Louis Agassiz relacionado à questão racial. Comentários nesse sentido foram postados pelo Reifer.
.
Dois dos personagens do artifo, Louis Agassiz e Georges Cuvier, são mencionados na Revue Spirite. Cuvier também é citado na “A Gênese” no estudo sobre “Esboço Geológico da Terra” o qual, diga de passagem, deve ser lido apenas como uma referência ao que se conhecia no século 19, particularmente na Europa.
.
O artigo da revista Pesquisa Fapesp não é muito edificante, principalmente pelo objetivo de Agassiz em mostrar que os negros eram inferiores aos brancos. No entanto, ele serve como referência ao “clima intelectual” que reinava nos Estados Unidos e Europa naquela época.
setembro 10th, 2010 às 1:22 PM
Juliano,
Tranquilo que você não tenha gostado, ou que muitos críticos também não. Tudo certo, apesar de você dizer que não é você que diz que o filme é ruim sendo que é exatamente você que está dizendo isto, além dos críticos que apontas.
São gostos, interesses, visões de mundo. Normal.
Independente de tua importante opinião e também do fundamental parecer dos críticos, o filme está tendo uma excelente bilheteria, fará belos serviços para à causa da espiritualização das pessoas, cuprirá seu papel.
Não parece que esteja precisando de aprovação de críticos ou céticos para ser um sucesso e penso ser um sinal de que nem só de assuntos mundanos vivem as pessoas e a sociedade.
A mensagem que fica é como o resultado de nossas vidas. No final das contas não vai contar o quanto fomos populares, famosos, o quanto brilhamos nas passarelas da ilusão, o quanto dinheiro arrecadamos, posses, poderes políticos, o quanto fomos fascinantes magnetizador na arte cinematográfica, etc.
Ser aplaudido pela crítica pode ser bom, pode ser ruim, depende do que interessa em verdade, e no caso do filme as pessoas que estão assistindo estes tipos de filmes demonstram que precisam de algo mais do que o bezerro de ouro pode oferecer.
Uns estão alheios à isso, outros atentos, outros preocupados, temerosos, tranquilos, enfim, à diversidade humana felizmente em ação, e como tenho repetido, cada um ao seu tempo.
setembro 10th, 2010 às 4:18 PM
Roberto Scur
Pois é, mas o foco da nossa discusão não foi se o filme vai ajudar, emocionar, alegrar muita gente. O foco do debate foi que ambos os filmes espíritas nacionais, principalmente o “Nosso Lar”, são fraquíssimos e não possuem tarimba alguma para ganhar o Oscar de melhor filme estrangeiro. E isto não sou eu que estou dizendo, mas a crítica especializada em cinema (Vinícius Silva, Luiz Zanin, Márvio dos Anjos, Rubens Ewald Filho e etc (…).
Por fim, pra você não dizer que é implicância minha com os filmes que tratam da temática “pós-vida”. Há filmes excelentes, que eu achei bons e que a crítica especializada também. Cito alguns: “Um visto para o céu”; “Ghost”; “Morrendo e Aprendendo”; “O Sexto Sentido” e etc (…). É isso.
setembro 10th, 2010 às 5:30 PM
Tá Juliano,
Filme bom para uns é ter bastante mulher pelada, para outros e ter bastante sangue, para outros muita luta marcial, para outros ficção à la Senhor dos Anéis, para outros um romance, um drama, uma história da vida real, um documentário, outros adoram novelas, outros não largam nada nesta vida para ver seu futebol, outros, e outros, e outros. Meu caro, quem foi unanimidade falando de questões morais?
—
Então, pessoas que se desinteressam pelo assunto da vida após a morte, ou que preferem romances como Ghost, ou histórias como O Sexto Sentido (do qual gostei, bem feito) mas que não querem ferir diretamente as questões morais e deixam por conta da platéia suas deduções, bem, é óbvio que vão se aborrecer com as lições repetidas tal qual o livro, com uma linguagem fiel ao que foi escrito e que tinha o intuito de “esclarecer” e não de meramente “entreter”.
—
Então o filme é valiosíssimo para àqueles que querem aprender, sentir, visualizar algo deste misterioso mundo pós morte física, e vai ser chato para quem queria apenas uma boa “diversão”.
—
Por tentar ser fiel à obra acharão ruim? É porque acham ruim a moral da história ou ruim o resto?
Para que ser mais um, deixar os cinéfilos excitados como ocorre nas películas normais? Acho que o objetivo da espiritualidade ao tutelar este filme deve ser outro bem diverso.
—
As pessoas esperam encontrar algo totalmente conhecido, coisas do dia à dia, pessoas com as mesmas preocupações, enfim, encontrar o que já conhecem, só que, nem Ghost, nem O Sexto Sentido dão detalhes da realidade efetiva da vida após à morte, do cotidiano, da destinação de uns e outros, ou seja, apresentam pelas lentes do mundo um “espírito” ou um “fantasma”.
—
Vão dizer: há, mas não é humano, é um comportamento anti natural, muito moralismo (já vi isto escrito nestas críticas que você cita). E daí? Se fosse para agradar as pessoas não precisava fazer um filme sobre um assunto que a maioria esmagadora não quer saber à fundo, quer continuar vivendo suas vidas, correndo atrás do seu dinheiro, da sua glória, dos seus interesses encerrado no casulo do seu eu.
—
Se o “aqui e agora” não responde todas as perguntas, se pessoas montam blogs como este para detonar as obras do bem, se outras mentem para se eleger, mentem para suas famílias, mentem para a sociedade, mentem para o fisco, mentem para os donos dos direitos autorais que violam, mentem para si mesmas se dizendo científicas, ou religiosas, ou honestas, porque esperar que ninguém faça nada para expandir estes horizontes limitados?
—
Nosso Lar NÃO É PARA TE DIVERTIR, é para TE FAZER PENSAR, não é para ti criticar o detalhe do símbolo judeu que apareceu na roupa do desencarnado na II Guerra, não é para rasgar elogios para o autor A ou B favorecendo o estrelismo, é sim para se ouvir o teor da mensagem, esta chata mensagem moralista segundo vocês, mas realista para os espíritas. Quer aceitar, ótimo, quer contestar, ótimo também pois contestando se obrigará em algum momento à pensar, e pensando acabará chegando lá, querendo ou não querendo pois, É DA LEI, nascer, crescer, morrer e renascer de novo evoluindo sempre.
—
Bom final de semana para ti.
setembro 10th, 2010 às 5:50 PM
Roberto Scur
Estou de saída, mas não posso deixar de fazer um último comentário. O filme é ruim porque é ruim. E a crítica, que já é crítica por isto, viu o óbvio. O filme é de um moralismo rasteiro de paróquia, e que sequer leva a pensar. Vai se fazer o quê?
Bom final de semana pra você também.
setembro 10th, 2010 às 6:52 PM
Juliano,
Qualquer moralismo para céticos como os que tenho visto frequentar este blog é rasteiro, lixo, não interessa, embusteiro quem o professa, cego quem o defende, e assim caminha a humanidade.
Me diga aí quem tu pode citar, pessoa ou filme, por exemplo, que transmita ensinamentos morais elevados?
Qual moralismo para ti não é de igreja? Quem PRESTA para ti Jujuba?
setembro 11th, 2010 às 2:56 AM
Roberto Scur
Um filme muito bom sobre o que é viver, no meu modo de ver, é “Feitiço do Tempo”. Outro filme muito interessante que creio você não ter assistido é “Um visto para o céu”; uma comédia do pós-vida com uma mensagem de que se deve ser e acreditar em você. Outro filme de desprendimento de algo que se desejava muito mas que deve seguir o rumo diferente do seu é”Além da Eternidade” também é outro filme que merece ser assistido, muito bom.
Todos os filmes acima, alguns com bom humor, transmitem ensinamentos morais, no meu entender, elevados. E sem qualquer cunho religioso.
Sobre um escritor que transmitiu uma moral elevada, cito alguns: Immanuel Kant, um ser humano que tenha os imperativos categóricos kantianos na cabeça e no coração é uma pessoa que merece respeito.
“Age com base em uma máxima que também possa ter validade como uma lei universal.”
“Age apenas com base na máxima que tu possas desejar ao mesmo tempo que se torne uma lei universal.”
“Age de tal modo que uses a humanidade, ao mesmo tempo na tua pessoa e na pessoa de todos os outros, sempre e ao mesmo tempo como um fim, e nunca apenas como um meio.”
Aí vale a pena citar também a moral do liberalismo, tão esquecida pelas pessoas: “A minha liberdade termina quando começa a liberdade do outro”.
E, por fim, Nietzche: “Torna-te aquilo que és.” e outra do Nietzche: “Aquilo que se faz por amor está sempre além do bem e do mal.”
Taí, você pediu. Moral sem qualquer conotação religiosa. Acho que a moral do pessoal aí de cima vale a pena, pelo menos, um pouco de reflexão. Um abraço e um bom final de semana.
setembro 11th, 2010 às 3:01 AM
Roberto Scur
Uma última coisa. Do filme “Nosso Lar”. A melhor parte do filme, no meu modo de ver, mas que poderia também ser um pouco mais esplorada, ter mais clareza, é quando o personagem principal, ao voltar a terra, desiste do apego a antiga esposa e deixa a mesma seguir o seu caminho, ao final ele até auxiliando a recuperação do atual esposo da mesma.
Um abraço
setembro 11th, 2010 às 3:16 PM
Juliano,
—
Nada mais útil do que te ver procurando exemplos de pessoas moralizadas para contrapor os propósitos moralizantes da doutrina dos espíritos.
—
Você se entregou nesta resposta porque mostra que não conhece quase nada do espiritismo, se apega à fenômenos, desinteressa-se do conteúdo da mensagem e contradiz-se em relação ao que importa em realidade.
—
Você citou exemplos de pessoas moralizadas, colocou algumas frases delas. Para confirmar estas virtudes seria importante apontar O QUE ESTES PENSADORES OU DOUTRINAS REALIZARAM DE OBJETIVO EM PROL DO ATENDIMENTO DAS NECESSIDADES HUMANAS, quem de seus seguidores se inspiraram à ponto de entregarem-se em auxílio ao próximo? Quem dos seus adeptos mostrou-se menos egoísta à ponto de doar-se como fizeram Chico Xavier, Bezerra de Menezes, José Petitinga, Divaldo Franco, Gandhi, Teresa de Calcutá, Fransisco de Assis, Joana D’Arc, Irmã Dulce, … Quem inspirava uns e outros? O niilismo, o comunismo, o materialismo? Ou era o Cristianismo? Ou era o espiritualismo?
—
Palavras sem obras não têm o valor algum, são discurso hipócrita, fraude. “Faça o que eu digo com pompa, mas não faça o que eu faço” é conversa pra boi dormir.
Você está confuso, perdido mesmo. O importante é ter disposição para continuar procurando, achar que vale à pena não se acomodar no “status quo” preguiçoso, displicente e presunçoso que a maioria se entrega.
—
Veja o contrasenso Juliano, você que considera a moral espírita rasteira não consegue perceber a fragilidade moral desta frase de Nietzche sobre o que se faz por amor estr acima do bem e do mal. Precisa explicar o quanto absurda é esta moral Juliano? Tu têm certeza de que não quer apagar esta frase do teu comentário?
—
Esta frase me lembra uma de um ministro da PT, deixe-me lembrar o nome… Bisol, alguma coisa Bisol, um gaúcho petista que largou este conceito de Nietzche para justificar que um pai de família assaltasse uma farmácia para garantir a saúde do filho. Veja só que distância separa a moral de Nietzche e do petista da moral de Jesus Cristo e de seus seguidores sinceros. Quanto tu viu Jesus pregar o crime para alcançar-se alguma coisa na vida? Quando tu viu Kardec e os espíritos superiores promoverem um atitude destas? Quando tu viu Chico Xavier instigar a violência?
—
Para ti Nietzche é um exemplo de moralidade humana. Veja então a distância abismal que separa a moral que tu quer para ti da moral presente em “Nosso Lar”, por exemplo? Se tu não percebe a diferença meu amigo eu é que estou fora do limite de respeito ao próximo, devo calar-me, devo desculpar-me contigo.
—
Até Jujuba.
setembro 11th, 2010 às 4:35 PM
Roberto Scur
Lamentável o teu comentário. Eu fico com os meus. Você com os teus.
A única coisa que você não pode me acusar é de dúvida, de contrassenso. Não tem absolutamente nada de ilógico no meu raciocínio. Eu sou antireligioso. Pois religião é um cancêr na humanidade. Se é necessária ou não eu não sei. Mas no geral é atraso e não faz bem ao mundo. Quer ser religioso, seja, mas pra mim religião é ópio, fanatismo e dominação de poucos sobre muitos, inclusive o espiritismo. Linha de pensamento baseada em dogmas de uma pretensa evolução. Que são falsas verdades. Mas quer acreditar acredite, eu vou continuar “metendo o pau”.
Quantos já morreram em face desta figura histórica chamada Jesus, um personagem fictício criado para fins de dominação. Que relegou o mundo a no mínimo 1.000 anos de atraso! Quanto fanatismo, quantos fanáticos, quanta exploração existiu e existe graças ao cristianismo. Quanto complexo de culpa nas pessoas em face de um inferno eterno posto a elas quando criança ainda! Uma vergonha!!
Chico Xavier, um embusteiro, que não mediu esforços para ficar conhecido. Que se fez em cima da miséria humana. Fruto esta muito diga-se da moral cristã. Um cidadão que pregava um amor ao próximo pra “boi dormir”. Que não teve dúvidas em participar de uma fraude vergonhosa! Que criou com outros o chamado umbral para manter o medo, manter as pessoas dependentes. Fica com os teus que eu fico com os meus. E como não tenho o contrassenso que você diz que eu tenho, vou sempre “meter o pau” nessas mentiras que só servem para manter as pessoas como verdadeiros bois de manada.
Um abraço
setembro 11th, 2010 às 8:12 PM
Juliano,
.
O que você conhece mesmo das religiões:
A – Do Budismo?
B – Do Cristianismo?
C – Do Islamismo?
D – Do Espiritismo?
E – De outras?
.
Não só da parte devocional, das crenças, mas das partes filosóficas, sociológicas, até mesmo do que revelam como ciência? Sim senhor, ciência! Dos elementos históricos, das formações, evoluções, das correntes do pensamento, das profecias, enfim, origens e tradições! Ah, sim, de seus elementos mais destacados do passado e do presente: os escritores, homens de estados, que verdadeiramente influenciaram a humanidade com sua pena (de escrever – bom esclarecer) e autoridades. E do povo, das etnias, raças – como e porque nações inteiras seguiram as religiões. Panorâmica histórica, antropológica cultural e biológica, e também a sociológica, sabe?.
.
E por que tantos bilhões no mundo são religiosos, e dentre esses bilhões, por que houve e há cientistas, filósofos, escritores, pesquisadores, astrônomos, professores, legisladores, médicos, químicos, físicos, matemáticos, etc., etc., enfim, pessoas destacadas, alguns de QIs considerados muito altos, que representam com os demais, o bloco de intelectuais de frente, a quem o mundo tanto deve? Parece-me que há um contra senso, um paradoxo, sabe prezado Juliano, quando se buscam remover as religiões do mundo quando grandes expoentes intelectuais acreditam em Deus e são religiosos.
.
Ah, sim, a teoria do big-bang, no que se apegam os cientistas ateus para confrontar suas teorias cosmogônicas, contra a cosmogenia de Moisés ou dos povos anteriores, como egípcios, assírios, romanos, gregos, chineses, sumérios, etc., e quais foram mesmo os pontos mais consistentes (se há) do darwinismo, contra a corrente religiosa, filosófica e de livres pensadores, favoráveis ao criacionismo (não dessa bobagem de Adão e Eva, sabe? – Bom seria se você pudesse nos demonstrar que Adão e Eva são figuras simbólicas, assim como o Jardim do Éden, a serpente, a maça – ou será que não? (Seria a serpente um ser reptiliano? Cruzes!!)
.
Por oportuno, informe por que o ceticismo é tão pequeno na fatia ateísta do mundo, embora na internet pareça ser tão encorpada? Mas com toda a certeza você sequer mencionará a lenda de que os maiores cientistas foram céticos. Conheço uma pessoa alerta e sagaz somente pelo faro, meu rapaz! Aliás, permita-me o comentário: não houve maiores cientistas, porque uns aprenderam dos outros! “Grandes” somente se destacaram porque encontraram pesquisas de outros dedicados – você sabe, não? Sem ovos não se fazem omeletes! (horrível essa, antiga pacas!)
.
De raspão, se puder, por favor, diga-nos algo sobre as mitologias, no que influenciaram às religiões e até aos ramos importantes da ciência, como a psicologia, a astronomia, a medicina, etc.
.
Eu gosto, eu não gosto, eu odeio, eu detesto, com certeza você não nos trará esses termos pueris da (des) comunicação, essas coisinhas pequenas do populacho, dos chefes de torcidas de futebol; quero conhecimento, quero aprender!
.
Desde já lhe peço desculpas se são muitas as questões, que poderão tomar-lhe horas para começar a ser respondidas. Saberei entender e desculpe o trabalho que lhe dou, mas quem quer aprender é muito exigente, você sabe disso muito bem, e com você eu quero sempre superar a crítica subalterna dos que falam por falar.
.
Há muitas outras coisas que gostaria de ler de você, como sobre Platão, Sócrates, Aristóteles, Arquimedes, Buda, Cristo, Maomé, Lao Tse, Carlos Magno e tantos outros, mas aí já é abusar um pouco da sua boa vontade, e vou mesmo pra velha e usadíssima wikipédia.
.
Grato pela atenção.
.
Rafa
setembro 12th, 2010 às 1:35 AM
Juliano,
—
Você está equivocado nesta avaliação. Talvez se conhecesse mais à fundo sobre o que estás falando poderia aplacar tua sanha de “sentar pau” nas religiões.
Se basear apenas no que têns lido neste blog, oriundos de uma mente confusa qual a do Vitor/Carlos/Gilberto é temerário. A fé cega existe em qualquer instância, mesmo a fé no ceticismo.
—
Se te basei no muitos crimes que são cometidos diariamente em nome de religiões, deuses, guias, não deixará de ter ojeriza ao que se produzem no mundo por conta desta pessoas, mas não confunda as pessoas com as religiões, não culpe a medicina pelo médico charlatão e usurário, negociante da saúde. Não culpe a política pelos homens corruptos e aproveitadores.
—
Te deixo por sugestão um vídeo em que Bezerra de Menezes fala (psicofonia) através de Divaldo Franco, este ano no Congresso Espírita em Brasília. Está aí uma oportunidade, dentre várias e várias que estão disponíveis hoje em dia, através da internet, da literatura, das palestras pública, para os céticos acusarem fraudes, embustes, sem precisar recorrerem à estes arremedos de informativos impressos como esta O Cruzeiro. Seria como acreditar que a revista “Caras” deve ser levada à sério, ser tratada como científica, criteriosa, investigadora idônea, etc…
—
Volta e meia leio a Veja, gosto de várias matérias, acho uma revista séria, mas cometeu erros graves de avaliação pois se colocou em posição de dona da verdade, de policialesca, de juíza, e isto é muito perigoso. Imagina esta Cruzeiro?
—
Mas se te agrada estes pareceres tão ignóbeis, tão desqualificados, tanto desta revista, tanto deste blog do VM, se eles têm o poder de te guiar a consciência, eu posso te dizer também que estás no caminho de manadas.
—
Por fim, ninguém converte nem desconverte ninguém, e é um tolo se pensa poder fazê-lo. Deixo-te com tuas convicções. Assista este vídeo e terá um bom material para “tocar o pau” como disseste, falar de uma “fraude” dos dias de hoje, sem revista fazendo interpretações desleais, interesseiras e mentirosas. Olhe com teus próprios olhos sem intérpretes e critique à vontade, mas faça por ti mesmo e não pela mente doente de outros.
—
http://www.youtube.com/watch?v=bJHLSD56WTY
setembro 12th, 2010 às 1:50 AM
Rafael
Apesar da tua ironia. No fundo ela é um desafio interessante. Evidentemente que para responder aos teus questionamentos, que são muitos, com um enfoque crítico, a fundamentação merece ser um pouco mais aprofundada e requer pesquisa, ótimo! Vamos ao desafio. Não sei quando e como vou te responder, mas vou te responder sim.
Por fim hoje, uma palhinha né. Sobre o fato de bilhões de pessoas serem religiosos, nada mais natural que se a religião fosse algo bom, então em tese teríamos um mundo onde o sofrimento, o desespero, os fanatismos praticamente não existiriam mais, afinal, quase todo mundo é religioso, no teu enfoque. O que na prática não se revela verdadeira tal situação.
Termino com a visão de religião de Skinner, psicólogo americano pai do behaviorismo radical. Religião nada mais é que uma Agência Controladora. Molda e controla comportamentos para fins de manutenção de uma estrutura de dominação de alguns sobre muitos.
Por hoje é só. Mas vou te responder sim os questionamentos, ou pelo menos tentar responde-los.
Um abraço.
Obs: Roberto Scur. Se você me chamasse de radical, eu acho que cabe sim de minha parte reflexão.E eu penso nisto, não nego que penso muito sobre isto. Será que não sou, ou fiquei, um radical? Eu acho que não. Mas não nego que reflito muito sobre isto.
Agora dúbio não! Com contrassenso nas idéias não dá. Realmente eu não vejo isto. Por exemplo, a frase criticada por você sobre o Nietzsche. Você como um adepto do amar aos outros, não entendeu a frase. A frase de Nietzsche busca elevar o amor ao seu real patamar de amor. É genial!! Algo acima do bem e do mal. Estes muitas vezes criações humanas que não representam claramente o que seja o bem e o que seja o mal. Muitas vezes o bem é na verdade o mal e vice-versa. E o mal, se mal, não merece amor? O amor, o amar, tem que estar acima.
É isto, um abraço e um ótimo domingo pra todo mundo!!!
setembro 12th, 2010 às 3:07 PM
Juliano,
—
“Àquilo que se faz por amor está sempre além do bem e do mal”. Esta é a frase que você escreveu e seria um pensamento do Nietzsche.
—
Juliano, Juliano, meu amigo! Leia com atenção esta frase e verá que não há nada de genial nela. Ela autoriza que seja feito qualquer coisa, matar, roubar, enganar, qualquer crime em nome do amor, e dá o salvoconduto para este amor que na verdade não é amor, mas o mais puro egoísmo, egocentrismo. Eu em primeiro lugar e minhas paixões (e não meu amor), e o resto que se submeta à minha vontade pois sou livre para lutar com qualquer armas, justas ou injustas, morais ou imorais, em nome dos meus desejos.
—
Você não pode estar falando sério em relação à este filósofo. Seu materialismo o enlouqueceu, acabou a vida na loucura se dizendo Cristo num momento, Dionisio em outro, afundando num silêncio profundo até a morte. Use a tecnologia fácil dos dias de hoje para se informar, leia sobre Nietzsch nos primeiros resultados de pesquisa no google para se deparar com uma trajetória de vida lamentável, inspiradora de tantos outros perdidos, inspiradora do comunismo, puxa, devo parar de escrever sobre isto pois é muito triste você, inteligente, lúcido, jovem, com um futuro promissor, acreditar que pode ser proveitoso ter por mentor alguém como Nietzsch.
—
Copiando e colando uma das idéias de Nietzsch o faço não sem espanto, mas o faço para que você compare com os propósitos que combate:
—
“Suas verdadeiras “virtudes” são (virtudes de Nietzsch): o orgulho, a alegria, a saúde, o amor sexual, a inimizade, a veneração, os bons hábitos, a vontade inabalável, a disciplina da intelectualidade superior, a vontade de poder. Mas essas virtudes são privilégios de poucos, e é para esses poucos que a vida é feita.”
—
Carambolas Jujuba, que coisa horrorosa que alguém que acredite nisto aí de cima possa te inspirar genialidade, ou possa ousar falar de amor quando o que viveu foi das mais asselvajadas paixões. O cara está na mente dos petistas salvadores da pátria que dividem o mundo em eles, os bons, os melhores, os honestos, os mais inteligentes, os mais capazes de conduzir “o povo”, e blá-blá-blá, e nos outros, os corruptos, os maus, os enganadores, os desonestos, os ladrões, os “da direita”, os burgueses, os aproveitadores…
—
Ora, ora, que horrível que você beba na mesma fonte de loucuras e megalomanias. Desperte Juliano, já está na hora, já está na tua hora, está numa boa hora para ti amigo. Se não te agradam as religiões não é o mais importante que as tenha, mas entregue-se ao bom senso, a racionalidade, aos bons propósitos, à honestidade, aos bons valores morais, e não te deixe levar por esta avalanche que conduz os incautos para o precipício, para loucura como ocorreu a Nietzsch.
—
Não foram as religiões que criaram a maldade humana, não foram os justos que inspiraram esta maldade, mas o próprio homem falível e atrasado que deturparam os melhores princípios, as melhores obras do astral superior materializadas na Terra através de enviados missionários, e trataram de convertê-las ao seu gosto, aos seus interesses para prosseguirem nesta dominação que está bem clara no pensamento de Nietzsch – o poder, o poder a todo custo.
setembro 12th, 2010 às 6:53 PM
Roberto Scur
Nietzsche foi genial!!! Pois ousou ir contra o “status quo” moralista dominante de sua época. Tanto o religioso como o político.
Quando você diz que Nietzche inspirou o comunismo, tal assertiva não é verdadeira. Talvez você desejasse dizer que inspirou o nazismo. Porém tal ligação se deu de forma indireta. A irmã de Nietzsche, que era uma ariana religiosa, invejosa da capacidade intelectual do irmão, esta sim cooptou com o nazismo utilizando de forma fragmentada as idéias do irmão, quando este já estava morto a um bom tempo, Nietzsche faleceu em 1900. Nietzsche na verdade buscava a emancipação do ser humano. A sua liberação das amarras morais, políticas e religiosas que o prendem, que o tornam gado.
Por fim, eu estudo Nietzsche, mas não o coloco como Deus, como um mito. Ele humano, demasiado humano, e como tal com falhas. Tinha uma infinidade de defeitos, como todos nós temos. Por ser uma pessoa extremamente sensível ao seu tempo e a suas paixões, aí eu concordo contigo. Não conseguiu trabalhar com a perda (da não conquista da amada, da não penetração de suas idéias na sociedade), e realmente terminou a sua vida de forma lamentável, num quadro esquizofrênico. Mas o que não retira a importância reconhecida, dentro da classe acadêmica mundial que pensa e deseja de fato um mundo melhor, de suas mensagens. Para terminar, deixo um texto do seu livro “Genealogia da Moral”, onde resta claro a sua aversão ao anti-semitismo nascente na Alemanha no final do século XIX, e que descambou para o nazismo.
“Antes direi no ouvido dos psicólogos, supondo que desejem algum dia estudar de perto o ressentimento: hoje esta planta floresce do modo mais esplêndido entre os anarquistas e anti-semitas, aliás onde sempre floresceu, na sombra, como a violeta, embora com outro cheiro.
… tampouco me agradam esses novos especuladores em idealismo, os anti-semitas, que hoje reviram os olhos de modo cristão-ariano-homem-de-bem, e, através do abuso exasperante do mais barato meio de agitação, a afetação moral, buscam incitar o gado de chifres que há no povo (…).”
Um abraço
setembro 14th, 2010 às 1:42 AM
Pelo amor dos Deuses! O filme “Nosso Lar” é muito ruim… existem filmes que são boas adaptações de livros ruins, como também existem bons livros que são pessimamente adaptados para o cinema. O filme “Nosso Lar”, já nasce com base em um livro, digamos, sofrível… Aliás, a literatura espírita é uma literatura de qualidade questionável, não por seus elementos de “ensinamentos morais”, mas como literatura mesmo!
Eu diria que Chico Xavier é um escritor de “literatura fantástica” tipicamente nacional… um Tolkien caboclo. O livro foi escrito com o espírito da época, essa é a minha impressão. “Nosso Lar” mistura elementos de “Admirável Mundo Novo”, “Paraíso Perdido”, “quadrinhos de Flash Gordon e pq não dizer, já que o livro foi escrito na mesma época de ascensão e queda do regimes fascistas, um tanto da burocrática organização fascista… claro que Chico não nutria simpatia por estes regimes, mas sem dúvida deixa transparecer estes elementos na forma como a sociedade se organiza, ou seja, todos devem servir…
setembro 14th, 2010 às 2:05 AM
Torres
Primeira vez que vejo você escrever aqui, mas só tenho a dizer: Grande Torres!!! O filme é ruim pacas! E eu não tinha pensado na hipótese bem levanta da estrutura fascista não intencional do Chico do todos devem servir (…). Interessante colocação.
Bem vindo e um abraço.
setembro 14th, 2010 às 11:06 PM
Coitado do Chico, agora até fascista ele é.
Daqui à pouco será devorador de criançinhas, comunista, carniceiro, serial killer, drogado, mulherengo, satanista, nazista …?
Ou era do tipo que estes carinhas falam pela web, um tal de reptiliano ou anfibiliano?
Tst, tst, tst. Que viagem! Que viagem! Fascista não intencional é uma hein? “Ma que bela roba” dizia minha nona.
setembro 14th, 2010 às 11:55 PM
Caro Roberto,
Obviamente não tenho intenção de acusar Chico Xavier de Fascista, claro que não! isso seria ridículo, mas como historiador, posso afirmar que os homens são produtos de sua época… não tem como fugir… Chico era um homem amoroso e dedicado, tenho o maior respeito por ele e por muitas pessoas do espiritismo, no entanto, isso não me leva a concordar com as falácias do espiritismo… acredito em um plano superior, mas quem disse que deve ser da forma como os espíritas dizem?? tenho lido seus comentários e observo que vc lembra muito aqueles evangélicos que pregam suas crenças cegamente, quase de maneira fanática… essa é a impressão. O Kardec original ( com todos seus erros ) pedia um pouco mais de sobriedade na hora das crenças.
Abraço
setembro 15th, 2010 às 2:18 AM
Torres,
—
Feito o registro quanto à minha maneira de me manifestar em defesa doespiritismo. Esclareço que não sou pregador espírita, não sou médium, não sou autoridade nenhuma em espiritismo. O que falo é de mim e por mim de acordo com a prerrogativa de manifestar-me livremente enquanto o dono do blog tiver a lanheza de assim o permitir.
—
A distância que me separa de espíritas como Chico Xavier é intergalática, ou de enorme plêiade de obreiros do bem que se espalham pelo mundo, mormente no Brasil, e por saber isso me interesso por estes desarrazoados criados aqui desde 2007. Me pergunto, e deduzo: o que estas pessoas querem da vida delas?
—
Quanto à tua neófita participação no blog, faço considerações de que:
—
Você fez uma ligação, ainda que subliminar, de Chico Xavier com o fascismo de Mussolini. “Poi fare cosa?”
—
Kardec, da classe que nomeastes como “original” (conhece algum falsificado?), para ti é repleto de erros.
—
O espiritismo tomas por falácias.
—
Crês num plano superior mas não na “versão” apresentada pelos espíritos. Qual a versão que te apraz ou que conheças além desta?
—
Ora Torres, o que é tratado aqui está num âmbito mais imediato, mais tangível. O blog não vai ao transcendente porque não crê que exista, portanto os assuntos são um tanto mundanos. Se eu estou aqui é porque não sou tão espiritualizado à ponto de me ocupar com atividades mais nobres, se estou aqui é porque não sou nenhum espírita de primeira grandeza. Sou um cidadão comum que gosta deste tipo de embate de idéias. Aponte-me um erro que seja inviolavelmente provado e eu assumirei sua realidade, agora, façam malabarismos intelectuais para iludir fazendo pose de ilustres, de sábios, e encontrarão um fiscal da lógica para desvestir a estultícia numa hora e a desonestidade noutra.
—
Não advogo pela minha “superioridade” espiritual, não “sou espírito de luz” como admiro quem seja. Certamente eu trabalharia contra o engano e a mentira muito mais se fosse uma pessoa melhor do que sou, mas talvez eu esteja à caminho, quêm sabe? Agora, eu estudei um bom pedaço de livros, fiz um bom bocado de observações na minha vida, tenho alguma capacidade de raciocinar e sou irriquieto o suficiente para fazer o contraponto à muitas bobagens postadas aqui com ares de academia.
—
Como não historiador que eu sou eu não vejo o ser humano como produto do seu meio, ou de sua época, mas o vejo inserido em seu tempo porém mantendo seu patrimônio moral, intelectual e individual, características estas que lhe permitirão, por exemplo, não andar conforme a multidão, não ser mais um à fazer o que todos fazem, não se dobrar diante dos convites de sua sociedade, principalmente os de ordem moral, menos os de ordem cultural.
—
No passado a normalidade da escravidão, fruto do atraso moral da humanidade àquele tempo, não impedia que houvessem pessoas fraterna e que discordassem que um escravo não era gente.
—
Pessoas que navegaram contra à correnteza dos hábitos das multidões de seu tempo são destacadas. Chico Xavier foi um feliz e inquestionável exemplo disto. Quem for ordinário é pouco lembrado, ou mesmo é esquecido. Quem fez a diferença motiva uma lembrança permanente graças aos seus feitos.
setembro 16th, 2010 às 11:10 PM
Certo… então você crê em uma cidade no “céu”, exatamente sobre o “Hell de Janeiro”, organizada como uma burocracia “fascista”, com uma arquitetura que é a cara de Brasilia, com pessoas andando de um lado para outro vestindo roupas larguinhas ( só faltam as asas), ouvindo música clássica ( já que está sobre o Rio, pq não samba?) em algo parecido com o lago da Quinta da Boa Vista, morando em casinhas antigas que lembram o subúrbio do Meier ou de Irajá… e eu estou viajando na Maionese???
setembro 17th, 2010 às 4:15 AM
Torres,
Pois é né!
Impressionante!
Não nos desgastemos neste diálogo.
Cada um na sua “maionese”, portanto, e segue o barco.
Satisfação trocar impressões consigo.
setembro 17th, 2010 às 4:55 PM
Gilberto:
“Se essa revelação é falha em pontos tão importantes, então outros pontos também devem ser desabonados.”
Lógica torpe que só nos levaria à total descrença na ciência, devido aos seus repetitivos enganos e remendos. Não há definitivamente autoridade alguma na ciência (no sentido de consistência de acertos) que a eleve a estado de verdade absoluta, e é estar aberto a teorias e ao reconhecimento do erro que revela os verdadeiros cientistas.
Quanto aos seus comentários sobre a validade e relevância dos fenômenos para o espiritismo, concordo na essência (apesar de não na forma desnecessariamente agressiva que você utiliza), você pode ler mais a respeito na minha resposta aqui mesmo nesse blog, na qual inclusive cito um comentário seu, em http://obraspsicografadas.haaan.com/2008/o-ingls-de-emmanuel/#comment-5994
Reifel:
“(…)sem DÚVIDA SE DIRÁ(…)”
Reifel, respeito ao contexto por favor. “Se dirá” refere-se à opinião comum, especialmente a vigente na Europa da época. Você no mínimo há de convir que Kardec era bastante ousado em emitir tal opinião naquela situação e contrariando todos os conceitos vigentes – ainda que hoje estes “modernos conceitos” sejam, para nós, jornal velho e inquestionáveis.
Quanto à sua citação da revista espírita de Abril de 1862, novamente terrível disassociação de contexto, já que todo a dissertação volta-se ao entendimento que somos todos iguais providos da mesma essência espiritual:
“Nossas almas seriam de uma outra natureza que a sua? Por que, então, procurar fazê-lo cristão? Se o fazeis cristão, é que o olhais como vosso igual diante de Deus; se é vosso igual diante de Deus, porque Deus vos concede privilégios?”. Este é o raciocínio lógico empregado, de que temos, todos os seres humanos, a mesma natureza espiritual.
É preciso mais uma vez utilizar da perspectiva histórica para entender que as pessoas da raça negra na época (muito pior de hoje visto que a escravidão era empregada em larga escala) passavam por um absurdo de dificuldades. Kardec concluía que tal sofrimento material não se devia a inferioridade na essência, e sim na evolução espiritual, caso contrário não estariam passando por tão pesados sofrimentos – em sua maioria, visto que existem os missionários e espíritos que pedem para acelerar sua evolução através de resgates mais intensos, mas estes são minoria. De fato o termo “raça” que ele usou foi no mínimo mal aplicado, principalmente quando obviamente ele se referia ao padrão evolutivo médio destes espíritos. Entretanto cabe lembrar que provavelmente o termo não tinha a mesma acepção pejorativa que hoje em dia. De toda forma, não nos prendamos à letra que mata. Se você quiser discordar ou discutir a idéia do karma re-encarnatório e sua enorme gama de implicações, isso sim seria justo visto que é aí que repousa o ‘espírito’ do texto.
De minha parte o que posso dizer é que todos os argumentos “anti-codificação” aplicados aqui resumem-se ao julgamento dos comentários individuais de Allan Kardec, ou a repetições insistentes das descrições fornecidas sobre a formação do mundo e afins. As críticas do primeiro tipo dispensam defesa, pela natureza meramente opiniática das mesmas. O segundo caso requer uma visão mais abrangente não só de certos conceitos espíritas menos reconhecidos porém absolutamente fundamentais a meu modo de ver. O que tornava superiores os espíritos responsáveis pela compilação espírita não era o seu conhecimento científico, e sim a sua elevação moral. Se a sua superioridade é para ser questionada, deve ser sempre neste tangente e não em outros aspectos. Além disso, em vários momentos estes mesmos espíritos alegavam desconhecer ou estar ainda estudando entre eles mesmos a respeito, determinados fatos científicos, cujo conhecimento já era (segundo os mesmos) de domínio de espíritos de ordem ainda muito superior à destes primeiros. O que pode parecer estranho para os conhecedores superficiais da doutrina está, ao contrário, de perfeito acordo com seus ensinamentos. É pela mesma razão porque a espiritualidade não fornece a nós encarnados, indiscriminadamente, soluções prontas – para o estímulo do estudo e esforços próprios.
Quando tais revelações científicas são necessárias, para o bem global no momento propício, geralmente o método empregado é o da inspiração, muitas vezes através de sonho, e sempre são acionados os receptores humanos mais adequados para receber e aproveitar tal informação, sejam eles estudiosos ou cientistas. Isto porque a evolução é inexorável, indistinta de crenças (ou descrenças), filosofia ou religião.
Acima de tudo, é imprescindível saber do reconhecimento do próprio codificador de que a ciência espírita não é estática e sim dinâmica, por conseguinte fiel seguidora da verdadeira ciência, não opositora da mesma.
Se entendermos todos estes conceitos, muito menos acusações e brigas infrutíferas subsistiriam neste blog.
Saudações fraternas a todos!
outubro 2nd, 2010 às 5:48 AM
O problema, Breno, é ONDE é que a Revista Espírita acertou? Não falo de ciência em geral, mas sim da CIÊNCIA DA REVISTA DE KARDEC!!!!!!
outubro 7th, 2010 às 10:19 AM
NUM DOS POSTs ACIMA, UM LEITOR DIZ: “Se você acha que Kardec mediu a doutrina espírita pelas fábulas darwinistas…” QUE EU SAIBA, O TAL KARDEK É QUE INVENTOU Fábulas sobre “espíritos” e coisas afim. uma doutrina que melhor lhe cabe o nome de animismo, ou antes, necromancia. tem gente que acredita em papi noel, saci perere, cegonha… outros preferem os tais “espíritos superiores”.
março 7th, 2011 às 4:35 AM
Existem tópicos da obra de Kardec que não despertam o maior interesse ou curiosidade do espíritas mais atentos e mais dedicados. Isso porque os livros básicos do Espiritismo são considerados portadores de uma Revelação, mas não são considerados “livros sagrados”, perfeitos e intocáveis. Ao contrário, Kardec pensa que onde a palavra é da ciência, que ela prevaleça. Se vocês apontam erros (não fui conferir, nos livros, o contexto em que se inserem para ver se a crítica é válida), isso nos fará pensar, apenas, que aquele tópico é menos interessante e deve ter seu entendimento reformulado.
Agora, sobre um Kardec racista, bom que se silenciem sobre isso, porque usam de um argumento sórdido e malicioso, propositadamente destinado a criar confusão. Vocês mentem e sabem que mentem. Se forem para falar disso, que seja realçando o tom sempre generoso e genuinamente humanitário das palavras daquele homem. Se as “raças” brancas européias tivessem bebido na fonte do Espiritismo, ao lidar com as “raças negras” que viviam em atraso, segundo se pensava, jamais entrariam em seus territórios portanto armas, mas o sim levando o desejo de levar até elas o adiantamento que supunham ter. Kardec é essencialmente generoso. Tirar isso dele e taxá-lo de racista é emporcalhar os próprios lábios de quem o diz.
abril 16th, 2011 às 7:02 PM
Sim, chamar Kardec “de racista é emporcalhar os próprios lábios de quem o diz”, encher as orelhas de cera e os dentes de bactérias.
Pelo menos não vão mais para o umbral…
Já é uma grande coisa. Ou talvez ainda vão? Vitor Moura, seu crítico de Kardec, já para o inferno do Nosso Lar. Ou melhor do lar deles, porque pra ficar com esta turma prefiro desaparecer com a morte.
março 24th, 2012 às 10:51 AM
Bem, a minha dúvida fica no Livro dos Espíritos ter sua origem atribuída a “espíritos superiores”. Quem fez essa atribuição?
O racista Kardec só seguia o que TODA a gente intelectual do século XIX e até meados do século XX era. TODOS eram racistas, ou seja, todos acreditavam que havia raças superiores e raças inferiores. Isto era algo CIENTIFICAMENTE demonstrado. Era portanto CIÊNCIA. E Kardec, tal como recomendou aos espíritas: sigam a Ciência. Se hoje a Ciência eventualmente descobriu que nem existem raças e a REALIDADE cuido de demonstrar que TUDO o que os CIENTISTAS pensavam sobre inferioridade intelectual e moral das outras raças era balela, não ajuda em nada execrar o Kardec e poupar todos os outros racistas científicos…
abril 19th, 2012 às 5:25 PM
Oi Marcos, a atribuição está já no subtítulo do Livro dos espíritos, “escrito sob a direção e mandado publicar pelos espíritos superiores”. No conteúdo também há essa pretensão.
abril 11th, 2015 às 11:29 PM
Testing [[f9.rofl]] [[f9.billiard]]