LIVRO GRATUITO: “MADAME pIPER E A SOCIEDADE ANGLO-AMERICANA DE PESQUISAS PSÍQUICAS”, DE MICHAEL SAGE

Este livro nunca havia sido publicado em português. Havia uma tradução feita por Octavio Cruz que foi entregue a um centro espírita e que de algum modo foi parar na FEB. A tradução ficou esquecida por mais de 65 anos! Descobri-a por acaso, e agora espero que o Octavio – esteja onde estiver – fique feliz em ver que seu trabalho foi finalmente aproveitado!

O livro diz respeito à extraordinária médium Piper, fazendo um resumo das pesquisas com ela até então e muitas considerações. Link para download a seguir!

http://www.4shared.com/document/B8Tj5Ja2/sage.html

80 respostas a “LIVRO GRATUITO: “MADAME pIPER E A SOCIEDADE ANGLO-AMERICANA DE PESQUISAS PSÍQUICAS”, DE MICHAEL SAGE”

  1. Biasetto Diz:

    Legal, mais uma vez, Vítor!
    Já baixei o livro, agora preciso me organizar pra ler este e mais aquele, mas vai dar, com certeza!

  2. Caio Diz:

    Valeu, Vitor. Também baixei esse.

    Você já ouvir falar sobre “O Experimento Scole”, de Grant e Jane Solomon? Eu comecei a ler esse livro que, supostamente, traria fortes evidências sobre a comunicação com seres inteligentes desencarnados. Inclusive, dizem no livro que alguns cientistas da SPR avaliaram positivamente o estudo. No entanto, a impressão que tive foi de embuste. É algo bem suspeito, na minha opinião.

  3. Biasetto Diz:

    Vítor,
    Eu estive revendo, de forma bastante aleatória, ou seja, sem muita atenção, até pulando páginas, o livro do Owen, “A Vida Além Do Véu” e, infelizmente, penso eu, não pude deixar de registrar as inúmeras semelhanças com “Nosso Lar”. Fiz, sem maiores esforços, algumas anotações:
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    [“A VIDA ALÉM DO VÉU”] diz:
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    A TERRA APERFEIÇOADA. Mas é claro que existe aqui o que chamam de quarta dimensão, de certa forma, e que nos impede descrevê-la adequadamente. Temos colinas, rios e lindas florestas, e casas também, e todo o trabalho daqueles que vieram para cá antes de nós, para deixarem tudo pronto. (p. 16)
    .
    [“NOSSO LAR”] diz:
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    Deleitava-me, agora, contemplando os horizontes vastos, debruçado às janelas espaçosas. Impressionavam-se, sobretudo, os aspectos da Natureza. QUASE TUDO, MELHORADA CÓPIA DA TERRA. Cores mais harmônicas, substâncias mais delicadas. Forrava-se o solo de vegetação. Grandes árvores, pomares fartos e jardins deliciosos. (p.45)
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    – Observa-se que, além da semelhança das palavras destacadas, a narrativa – referindo-se à natureza do local, são muito parecidas!
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    [“A VIDA ALÉM DO VÉU”] diz:
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    Então, começamos a cantar, e, apesar de que não podíamos ver instrumentos, mesmo assim, a música instrumental misturou-se com nosso canto e uniu-se. (p.17)
    .
    [“NOSSO LAR”] diz:
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    Em plena via pública, ouviam-se, tal qual observara à saída, belas melodias atravessando o ar. Notando-me a expressão indagadora, Lísias explicou fraternalmente:
    – Essas músicas procedem das oficinas onde trabalham os habitantes de “Nosso Lar”. (67)
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    – Observa-se que, apesar de não haver semelhanças claras nos dois textos, há uma sensação de surpresa em ambos: de onde vinha a música?
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    [“A VIDA ALÉM DO VÉU”] diz:
    .
    A água também é muito bonita. Vocês ouvem das ninfas das águas e sobre seres semelhantes, na vida terrena. Bem, posso dizer-lhe que, de certa forma são reais. Todo lugar é envolvido e interpenetrado com vida, o que significa criaturas viventes. Eu tinha alguma ideia disso na esfera de onde recentemente cheguei, mas aqui, assim que me acostumei a tudo que era estranho e novo por aqui, vejo tudo mais amplamente e começo a imaginar o que haverá em algumas esferas adiante. Pois o que se imagina deste lugar parece ser o máximo que um lugar poderia conter. (p.22)
    .
    [“NOSSO LAR”] diz:
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    Na Terra quase ninguém cogita seriamente de conhecer a importância da água. Em “Nosso Lar”, contudo, outros são os conhecimentos. Nos círculos religiosos do planeta, ensinam que o Senhor criou as águas. Ora, é lógico que todo serviço criado precisa de energias e braços para ser convenientemente mantido. Nessa cidade espiritual, aprendemos a agradecer ao Pai e aos seus divinos colaboradores semelhante dádiva. Conhecendo-a mais intimamente, sabemos que á água é veículo dos mais poderosos para os fluídos de qualquer natureza. (p.61)
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    – Observa-se nos dois textos, ainda que pouco semelhantes nas palavras, são muito semelhantes na mensagem e nas ideias – em ambos os textos, dá-se grande importância para a água (bonita, dádiva, criaturas viventes, veículo dos mais poderosos para os fluídos…) – Outra semelhança: nos dois textos aparecem comentários sobre o que “se diz” da água na Terra.
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    Eu poderia continuar, mencionar outras semelhanças, como, por exemplo, a presença de pássaros … Mas, penso que não há necessidade e, como afirmei acima, fiz uma leitura rápida, aleatória. Se pesquisar com mais profundidade, as semelhanças vão se multiplicar geometricamente.
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    Para finalizar, tem uma passagem no livro do Owen, também na página 16:
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    Sobre NOSSO LAR. É muito brilhante e lindo, e nossos companheiros das esferas mais altas têm sempre vindo a nós para nos animarem a seguirmos em nosso caminho para frente.
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    – Acho que até o nome [NOSSO LAR], o Chico tirou daí!
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    Eu jamais tive a intenção de questionar a mediunidade do Chico e suas obras psicográficas, mas fica difícil!!!
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    Não sei o que dizer…

  4. Vitor Diz:

    Oi, Caio

    já ouvi falar. Abaixo segue um texto sobre os experimentos.

    A Investigação Scole e o The Sunday Times
    David Fontana

    Os leitores podem ter ficado interessados para ver o artigo de Bryan Appleyard sobre a investigação de Scole no The Sunday Times de 27 de junho de 1999. No artigo Appleyard levanta algumas apreensões pessoais sobre o grupo de Scole, que realizou sessões de fenômenos físicos de 1993 a 1998, e também critica a investigação neste trabalho executado por três membros desta Sociedade. Este não é o local para entrar numa discussão da genuinidade ou das atividades em Scole. Uma tentativa de fazer isto foi feita no relatório submetido pelos investigadores à Sociedade, e é somente com as referências de Appleyard a este relatório que eu aqui estou preocupado.

    Para aqueles com nenhum conhecimento do caso, deixem-me dizer em resumo que o grupo de Scole publicou em detalhes em seu boletim de 1994 em diante uma variação de fenômenos físicos que eles alegaram assistir em suas sessões regulares num porão adaptado sob a residência de dois membros do grupo em Scole (posteriormente quatro pessoa) , em Norfolk. Estes fenômenos incluíram, entre muitas outras coisas, imagens em películas obtidas por meio aparentemente paranormal. Monty Keen (apoiado pelo Professor Ellison e subseqüentemente por mim mesmo) obteve permissão do grupo para assistir algumas de suas sessões para investigar os processos. Um registro foi mantido de nossas conseqüentes experiências, e resumido num longo relatório (primeiramente num esboço e mais tarde numa versão revisada) a que Appleyard chama a atenção no seu artigo. Infelizmente suas críticas do relatório e os detalhes que ele dá concernentes são ou incorretos ou enganadoramente incompletos. Analisarei cada um destes, citando suas palavras e fornecendo meus comentários sobre eles.

    1. “Notícias do grupo de Scole alcançaram a SPR… Uma equipe foi estabelecida (para investigar).”

    Incorreto. A investigação foi iniciada alguns meses antes de qualquer envolvimento da SPR, e foram os próprios investigadores que trouxeram o caso à atenção do Conselho da SPR (minha própria visão era de que nada deveria ser dito aos colegas a menos que e até que nós obtivéssemos o que eles talvez considerassem como evidência irrefutável, mas meus companheiros investigadores acharam inapropriado não procurar a cooperação de outros e obter se possível convites para eles também assistirem às sessões).

    2. “Os investigadores tinham decidido os fenômenos não somente eram genuínos mas também forneciam certa evidência de sobrevivência humana depois da morte.”

    Incorreto. Nosso relatório não se refere a nenhuma de tais decisões. Além do mais, Appleyard não procurou meus pareceres pessoais nestas questões nem me entrevistou na preparação do seu relatório, e assim não tem nenhuma autoridade para falar por mim.

    3. “A investigação da SPR. ..”

    Incorreto. A SPR não executa nenhuma investigação formal, e toda a pesquisa é conduzida por membros em suas capacidades privadas (um ponto a que eu retorno no devido momento mais abaixo).

    4. “Os investigadores da SPR. ..”

    Incorreto, pelas razões dadas em 3. acima.

    5. “Nenhum mágico tinha estado presente em Scole”

    Incorreto. Os detalhes são dados em nosso relatório, e o mágico em questão não informou nenhuma circunstância suspeita. Além do mais, a presença de um mágico, e suas explicações verbais de como os efeitos poderiam ter sido produzidos, é insuficiente para os propósitos da investigação. O que é exigido é uma duplicação pelo mágico destes efeitos sob circunstâncias idênticas àquelas obtidas nas sessões. Meus companheiros investigadores e eu deixamos claro que estaríamos felizes em cooperar ao máximo com qualquer mágico que deseje tentar tal duplicação.

    6. “Nove imagens [em uma das películas produzidas nas sessões de Scole por meio ostensivamente paranormal] vieram de [um] livro” (a saber A Pictorial History of Magic and the Supernatural [Uma História Pictórica de Magia e o Sobrenatural] por Maurice Bessy).

    Enganadoramente incompleto. Disseram-nos no começo de nossa investigação que os “comunicadores” supostamente atuando pelo grupo de Scole tinha deixado claro que algumas (embora não todas) das imagens colocadas em película viriam de fontes existentes. (O uso de fontes existentes não seria em si considerado como suspeito em experiências em outras áreas da parapsicologia).

    7. “Descobriu-se que algumas películas mostravam sinais claros de traçado em acetato que foram usados para transferir as imagens.”

    Incorreto. Somente uma película (e nenhuma daquelas obtidas pelos investigadores) mostrou estes sinais. Além do mais, é incorreto dizer que estes sinais mostravam que acetato “foi usado para transferir estas imagens”. O caso permanece uma questão de especulação por críticos.

    8. “A caixa em que as películas eram suposta estarem seguramente trancadas ao longo das sessões descobriu-se que abriam facilmente… sem quebrar os selos de tinta.”

    Enganadoramente incompleto. Os selos de tinta foram aplicados às presilhas segurando o fecho da caixa para guardar contra tentativas de abertura clandestina, e quando o Dr Gauld descobriu que era possível abrir a caixa manipulando o fecho ele retornou isto a nós com os selos de tinta quebrados. Garantiu-nos que os selos só quebraram depois de várias aberturas, e nós não duvidaríamos de sua palavra nem de seu testemunho, mas em termos de evidência direta nós só podemos informar que os selos foram quebrados quando a caixa retornou. Além do mais, como em 5. acima, o desafio seria abrir a caixa — sem quebrar os selos — nas condições feitas durante as sessões. Além do mais, estávamos cientes no começo da necessidade de fornecer a própria caixa, e assim uma foi especialmente construída. Infelizmente, nenhum resultado foi obtidos com esta caixa, e isto era claramente uma decepção. Estes pontos são todos lidado de forma completa no relatório.

    9. “[Tony] Cornell reproduziu quase exatamente os padrões [produzidos ostensivamente paranormalmente] nas [películas] Polaróides usando um diode verde de emissor de luz”.

    Enganadoramente incompleto. Não é nenhum segredo que se pode produzir imagens em películas de Polaróide com LEDs e com outras fontes de luz. Assim embora a semelhança entre imagens de Tony e aquelas produzido em Scole seja de grande interesse, o desafio — como no caso da duplicação de fenômenos por mágicos — é produzir estas imagens sob as condições controladas operando na sessão relevante (um ponto que outra vez é lidado em extensão no relatório).

    10. “[Alan] Gauld descobriu que 80% do material que parecia coincidir com o trabalho de investigadores psíquicos anteriores… podia ser achado [em The Survival of Man [A Sobrevivência de Homem] de Sir Oliver Lodge].”

    Enganadoramente incompleto. Este ponto é plenamente reconhecido no relatório, junto com seu impacto inevitável sobre a força da evidência. Eu mesmo primeiramente identifiquei A Sobrevivência do Homem como contendo material que foi dado durante as primeiras sessões na investigação, uma descoberta que Monty Keen então chamou a atenção de Alan.

    11. “[Alan Gauld ] descobriu que o manuscrito de Wordsworth, dito estar disponível só em Yale, foi publicado num catálogo de Christie.”

    Incorreto. Este fato foi desenterrado por Monty Keen do arquivista da Coleção de Biblioteca de Beinecke na Universidade de Yale e não por Alan Gauld. Este fato outra vez está claro — mais uma vez com seu impacto inevitável sobre a força da evidência — em nosso relatório.

    12. [O manuscrito de Wordsworth] “foi dito estar disponível só em Yale.”

    Incorreto. Nenhuma declaração desse tipo foi feita tanto em nosso relatório quanto pelos “comunicadores”.

    13. “Os protocolos adotados pela equipe investigadora foram pesadamente criticados.”

    Enganadoramente incompleto. Os protocolos mais estritos advogados pelos críticos tinham todos sido previamente identificados por nós mesmos e propostos (com a exceção das revistas de corpo — ver ponto 14 abaixo) ao grupo de Scole. Agindo, nos foi dito, sobre as instruções de seus “comunicadores”, o grupo foi incapaz de concordar com todas estas. Nós portanto advogamos um protocolo de quatro passos que obviou a necessidade para estes controles não obteníveis, a saber o uso de nossa própria película, o uso de nossa própria vasilha para segurar a película durante as sessões, e o controle por nós da vasilha por toda a sessão, e o controle por nós mesmos do desenvolvimento da película. Longe de ser “pesadamente criticado”, este protocolo não foi defeituoso pelos críticos. Nenhuma objeção foi levantada a ele pelo grupo de Scole, embora os resultados obtidos enquanto estava em operação provou ser ambíguo.

    Enquanto sobre o assunto dos controles, isto é relevante para mostrar que a menos que as investigações aconteçam no laboratório, está além do poder dos pesquisadores insistir impor as próprias condições. O dilema é portanto se restringem a pesquisa ao laboratório e abandonam áreas inteiras de trabalho de campo, ou se aceitam as restrições predominantes e continuam com ela. Na presença de tais restrições é inevitável que meios em que fraude pudesse ter acontecido sejam identificados, mas tal identificação não constitui evidência direta. A questão se debruça sobre se as condições sob as quais a investigação aconteceu tornam a fraude improvável, e nosso relatório resume-se aos vários passos que teriam sido necessários para ela acontecer.

    14. “O grupo de Scole nunca foi revistado antes das sessões.”

    Enganadoradamente incompleto. Revistas foram empregadas em muitas investigações passadas. Estas incluíram tais indignidades como examinar orifícios do corpo e exigir que o médium bebesse líquido colorido antes da sessão e vomitá-lo depois para evitar a ingestão e regurgitação de artefatos suspeitos. Tais precauções nunca foram adequadas em impedir imputações de fraude. Em vista disto e do fato que nós não tivemos nenhum pessoal médico para executar tais revistas (que em todo o caso teriam provavelmente — e compreensivelmente — sido recusadas pelo grupo) focalizamos nossa atenção principal sobre outros controles (tal como o protocolo de quatro passos e outras estratégias descritas plenamente em nosso relatório).

    15. “Os investigadores não foram permitidos marcar as caixas de metal das películas.”

    Enganadoradamente incompleto. Embora tenhamos sido pedidos para não marcar os cassetes das películas poe nós mesmos, nenhuma tentativa foi feita pelo grupo — verbal ou visual — para verificar se acatamoscom esta petição, mesmo quando fornecemos nossas próprias películas. Nenhuma restrição foi colocada sobre as tinas contendo as películas, que nós marcamos e selamos como bem quisemos.

    16. “Um apêndice foi adicionado [ao relatório revisado] para responder as objeções [de críticos].”

    Incorreto. O apêndice estava presente no primeiro esboço, e foi aliás substancialmente encurtado na versão revisada.

    17. “Pouco foi mudado no corpo do texto [da versão revisada do relatório].”

    Incorreto. O corpo do texto foi substancialmente revisado completamente, e continha entre outras coisas um capítulo completamente novo.

    18. “[o relatório revisado] pareceu concluir, fracamente, que cabia ao leitor decidir o que ele [sic] pensava que tinha acontecido em Scole”.

    Enganadoramente incompleto. Como nós não atingimos o protocolo de quatro passos à nossa completa satisfação e fomos incapazes de aplicar totalmente os outros controles que nós solicitamos (a investigação, para a decepção de todos os envolvidos, foi prematuramente concluída como explicado em nosso relatório) nós não podemos concluir o contrário. O uso de Appleyard da palavra “fracamente” pode dizer mais sobre seu entendimento da natureza de conclusões científicas do que sobre o relatório.

    Conclusão

    Todos os pontos de Appleyard relativos ao relatório podem assim ser descartados ou questionados. No entanto, talvez a imputação mais séria contra ele é que ele não parece ter lido o próprio relatório revisado. Além do mais, ele mesmo admite que “nunca foi particularmente interessado no paranormal” e que não tem nenhuma experiência de médiuns ou mediunidade. Ele não teve quaisquer sessões com o grupo de Scole, e nem mesmo discutiu o conteúdo da cópia do esboço do relatório comigo, um de seus autores, nem checou para descobrir se as críticas que ele citou foram respondidas ou foram incorporadas no relatório. Criticar a investigação na força deste background empobrecido (e mesmo aparentemente tendo entendido mal algumas partes da cópia do esboço do relatório que ele pode ter lido) reflete o crédito pequeno sobre seu artigo, um artigo que terá prejudicado muito o relatório para os críticos, e ameaçado a credibilidade do grupo de Scole. Enquanto sobre os indivíduos do grupo fosse correto dizer que em nenhum outro ramo de pesquisa iria um ataque com base por tal evidência débil e incorreta ser feita sobre a credibilidade de indivíduos num jornal sério.

    Finalmente, é apropriado retornar aos pontos 2 e 3 acima. Como é bem conhecido, a SPR, como outras sociedades científicas, não tem nenhum parecer incorporado. Assim os investigadores, como deixei claro, agem em suas capacidades privadas antes que como representantes oficiais da Sociedade. Seus relatórios, se escolhem produzi-los, são relatórios à Sociedade, não informados pela Sociedade. A Sociedade pode escolher publicá-los, ou os pode deixá-los juntar pó em suas estantes. Se decide publicar, isto sugere que sente que o material em questão acabará chamando a atenção de um público maior, mas isto não converte o relatório numa declaração formal pela Sociedade nem mesmo sugere que carrega o endosso de todos membros do Conselho — nada mais que os artigos num diário científico necessariamente carregam o endosso dos redatores de diário ou editores. Supor o contrário é entender mal a natureza da publicação científica.

    Artigo publicado na The Paranormal Review, de outubro de 1999, págs. 12-15.

  5. Vitor Diz:

    Oi, Biasetto,
    eu não fiquei tão espantado com as semelhanças que você encontrou, mas acho que se as tivesse percebido antes teria colocado pelo menos algumas delas no texto que escrevi. Então, parabéns pelo esforço e análise! Continue assim que um dia você ficará igual a mim! 😀

  6. Biasetto Diz:

    Engraçadinho!!!

  7. Caio Diz:

    Valeu, Vitor. Essa resposta do David Fontana, pelo menos pra mim, ajudou a esclarecer um pouco o ocorrido.

  8. Biasetto Diz:

    “As Mães de Chico Xavier”
    .
    http://eptv.globo.com/emc/VID,0,1,33348;3,ultimo%2Bfilme%2Bda%2Btrilogia%2Bsobre%2Bchico%2Bxavier%2Bestreia%2Bnesta%2Bsexta-feira%2B1o.aspx
    .
    Só um detalhe: o filme estréia em 1º DE ABRIL.
    .
    Como eu queria acreditar nisso!!!

  9. Juliano Diz:

    Biasetto

    Boa noite
    Vai no último “post”, tem um comentário pra você e pro Caio. Então quer dizer que em breve teremos a Biazetto & Moura Associados. Empresa especializada em desmascarar os plágios dos espíritas, em espécial do Chico Xavier. rsrsrsrsrs
    Falando sério, apesar que não é de duvidar o que pode acontecer no futuro. Mas ficando no presente. Grande trabalho Eduardo, parabéns!

  10. Biasetto Diz:

    Que bom revê-lo, Juliano!
    Cara, tudo é uma loucura, estou até chateado, mas as semelhanças são demais!
    .
    Já volto neste assunto.
    Legal, as coisas que você escreveu no post anterior.
    Juliano, é uma vergonha esta coisa da grana R$R$R$R$…
    Tudo bem, eu preciso, você precisa, todos nós precisamos, mas amigo, não há dignidade alguma!
    Hoje, jogaram aqui em casa, jogaram mesmo, um jornaleco da IURD (a Igreja do Macedão) – ele inaugurou duas novas igrejas, acho que em Angola, até o presidente do país esteve presente, recebeu ele. É nojento isto!
    Eu tinha esperanças no espiritismo, no Chico, sei lá!
    .
    Então, voltando ao assunto:
    – Acho que o caso do Chico, é o seguinte:
    * ele nasceu simples, pobre, mas com um grande talento pra escrever, uma memória fantástica.
    * nasceu também, com uma bondade incomum.
    * ele se viu naquele sofrimento lá, pobreza, perdeu a mãe, passou a ser maltratado pela outra lá.
    * acho que ele criou um mundo de fantasia, pra encarar a vida.
    * então, ele descobriu o espiritismo, leu aquelas coisas, vida no além, cidades espirituais, gostava de literatura.
    * foi unindo tudo isto, a vontade de ajudar os outros, de aliviar as dores dos outros, suas próprias dores e frustrações.
    * uniu isto à sua capacidade de autodidata, à sua memória fantástica e ao seu poder de criação, e fez a caneta correr solta sobre o papel.
    * admiro ele, sinceramente, acho que ele acreditava no que fazia, talvez até tenha acertado em muitas coisas.
    .
    Que pena, quantas vezes, pensei em André Luiz, Emmanuel…
    .
    Fazer o quê?
    .
    Agora, meu caro Juliano, o que pensar de um Waldo Vieira, de uma Vera Lúcia Marinzeck de Carvalho, que cita em sua “obra mediúnica”, a visita de Patrícia a Nosso Lar, onde ela encontra André Luiz.
    .
    O que dizer dos “wágner paixões” da vida, que afirmam psicografar até o Chico.
    .
    O que dizer, do próprio Wágner Borges, que já psicografou o André Luiz.
    .
    Se eu tiver cometendo uma grande injustiça, que Deus me esclareça um dia.
    Mas até lá, quero que toda esta turma aí, vá pra…

  11. Biasetto Diz:

    Do final, do meu comentário aí, quero excluir o Chico.
    Ele teve os seus motivos, lá nos confins da Minas Gerais, do início do século, no seu casebre lá. Não sei das dores dele, tinha lá sua “esquizofrenia” (?) – não quis dinheiro, só quis consolar.
    .
    Agora, esta cambada de picaretas, sacanas, memtirosos, embusteiros e salafraios, vão todos pra…
    .
    Desculpem-me, Vítor e colegas, inclusives os espíritas que acessarem o blog, mas deixem eu desabafar.

  12. Biasetto Diz:

    Vou dormir, estou até com dor de cabeça.
    Os caras vão lançar o 3º filme no dia 1º de abril, o dia da mentira – é brincadeira mesmo!
    Tchau!!!

  13. Juliano Diz:

    Biasetto

    Realmente a coisa é impressionante!! As igrejas já perderam o senso do ridículo. E o que é duro nesta coisa toda é que quase ninguém vê isto!!! É isto que me assusta mais!!!! Eu ando ultimamente assustado, falando sério. A coisa toda me parece um grande hospitalzão de malucos!!!! Se um cidadão sair por aí dizendo que o Papai Noel vai chegar neste final de ano em todos os lares, que ele vai dar presente para todas as crianças da terra com o seu trenó; e que mantém contato com Zeus, o deus dos deuses, provavelmente o cidadão vai ser taxado de maluco!!! Vai ser visto como um completo louco!!! Agora, muitos que irão taxar o cidadão acima crêem piamente em histórias tão fantasiosas como a narrada pelo cidadão fictício. Estes dias escutei uma psicóloga falando numa rádio que deve se explicar para as crianças os “atos pecaminosos”, o que é isto? E ninguém faz nada!!! É bem capaz de fazerem algo contra mim, se eu chegar e dizer um dia numa rádio que Jesus Cristo é na verdade um personagem mitológico! É mole? Sobre o Wagner Borges, eu também o vejo como outro Waldo Vieira. Te indiquei aquela vez, pois na época achei que ele talvez pudesse te ajudar de alguma forma com o teu processo. Mas ele, pra mim, é outro embuste.
    Sobre o Chico, perfeita leitura. Vejo que é por aí mesmo. Só acho que não sei até que ponto “supostos fins justificam os meios”. Eu não sei (…) acho muito doloroso para alguém que via em algo uma verdade, tal cair por terra. Tem pessoas que levam isto na boa. Mas muitas pessoas que em face de uma crença num trabalho doam uma vida toda e (…) em determinado momento, que seja no outro plano, vêem que a verdade não é bem como a que lhe foi vendida. E ela perdeu uma vida, renunciando a muitas coisas que ela teve vontade de fazer e não fez em face da moral sempre existente e difundida nestes processos? Eu por exemplo, quando o Waldo desmoronou nos meus olhos, não nego que fiquei muito aborrecido, chateado mesmo, com raiva até. Mas passou. E de quem não passa? E de quem perdeu uma vida toda numa crença? É complicado a coisa toda. É isto.

  14. Biasetto Diz:

    A VIDA ALÉM DO VÉU:
    Outra coisa que notaríamos seria BANDO DE AVES, vindos de longa distância, e indo, com precisão perfeita, a algum lugar particular. Há PÁSSAROS MENSAGEIROS treinados na terra, mas não como esses são treinados. (…) Estes pássaros estão sempre voando, e são criaturas queridas e amáveis. Parecem saber qual é a sua obrigação, e amam fazer isso. (p.37)
    .
    NOSSO LAR:
    “aquelas AVES – acrescentou, indicando-as no espaço -, que denominamos ÍBIS VIAJORES, são excelentes auxiliares dos Samaritanos, por devorarem as formas mentais odiosas e perversas, entrando em luta franca com as trevas umbralinas” (sei que tem esta informação no livro, mas não encontrei a página)
    .
    Minha conclusão:
    .
    Sei que alguém vai afirmar que não existem semelhanças entre os textos, mas pra mim existem sim:
    ROTEIRO / Livro do Owen:
    – mencionar a existência de pássaros;
    – indicar a perfeição e importância desses pássaros.
    ROTEIRO / Livro do Chico:
    – mencionar a existência de pássaros;
    – indicar a perfeição e importância desses pássaros.
    .
    Ou estou enganado?

  15. Caio Diz:

    Biasetto, você chegou a ver algo na net sobre o estudo que a FEB fez sobre as psicografias do Xavier? Eu acabei de olhar rapidamente no Google, a fim de trazer os dados com precisão aqui pra gente, mas não achei nada. Assim que chegar em casa, vou dar uma procurada com mais calma. Enfim, basicamente, o estudo chamava a atenção para o fato de quarenta e poucos por cento (não me lembro do número exato) das psicografias do Xavier conterem claros indícios de que eram “verídicas”. Não lembro se esses indícios eram detalhes muito específicos sobre a vida do morto, ou uma semelhaça muito grande entre a assinatura psicografada pelo Xavier e aquela que era usada pelo espírito quando ainda era encarnado. Faz um bom tempo que li sobre isso e, realmente, não me lembro dos detalhes.

  16. Caio Diz:

    Contudo, esse estudo tem, a meu ver, no mínimo, 3 pontos muito “interessantes”. A saber:

    1) Logo de saída, podemos dizer que os responsáveis pelas análises eram, digamos, nada imparciais… Poderíamos esperar alguma outra conclusão final da FEB que não fosse positiva? Acho que não…

    2) É até óbvio o que vou dizer, mas, afirmar que em torno de 40% das psicografias existe um traço de veracidade, implica necessariamente dizer que 60% não apresentam tal traço. Ou seja, pelo menos olhando para o mencionado estudo, o Xavier mais errou do que acertou, algo muito estranho para alguém tão “iluminado”…

    3) Os espíritas adoradores do Chico, imagino eu, vão me metralhar com argumentos como: “Mas você acha mesmo, seu cético desprezível, que ter mais de 40% de psicografias com forte indício de veracidade é algo insignificante? Por que você não tenta fazer melhor então?”. Respondo: realmente, 40% não é um número ruim. Entretanto, já foi dito na mídia que, antes das psicografias, eram feitas “triagens” com os parentes dos desencarnados, onde diversas informações eram colhidas. Isso, a meu ver, já é o suficiente pra dar um “up” em qualquer estatística. E, fazendo uma lógica circular e voltando ao item 1, quem foi mesmo que conduziu o estudo? Ah, claro, a FEB… Justamente por isso, também tenho uma certa desconfiança com relação ao que eles chamam de “forte indício de veracidade”…

    Vou procurar a matéria e, se encontrar, posto o link aqui. Abraço e bom fim de tarde de sexta a todos. Haha.

  17. Caio Diz:

    Ah, vale lembrar que, pelo que me consta, não foi dito no estudo a representatividade da amostragem das supostas psicografias… Posso estar enganado, mas não me recordo disso.

  18. Biasetto Diz:

    Caio,
    Eu já li algo nesta linha que você está falando. Tenho certeza, que li que um estudo – acho que não é da FEB não – indicou que 36% das mensagens de desencarnados seriam autênticas ou dariam a acreditar nisso.
    Mas não estou encontrando esta informação.
    .
    A questão Caio, é a seguinte: se você der uma lida, uma lidinha no livro do Reverendo Owen, “A Vida Além Do Véu”, é muito fácil perceber, que há semelhanças, muitas semelhanças com “Nosso Lar”.
    Então, a respostas para isto seria óbvia: “é claro que há semelhanças, porque nas duas obras, a história ocorre em uma colônia espiritual, então seria o mesmo que o Caio estivesse falando de São Paulo e o Gilberto do Rio de Janeiro.”
    – Mas não é esta a evidência, há algumas evidências até um tanto “escondidas”, como o caso das aves, que citei acima. Tem uma passagem, que li hoje, no livro do Owen, falando das árvores, de espíritos da natureza – não achei esta passagem em “Nosso Lar”, mas sei que tem algo quase idêntico lá. Lembro-me de ter lido isto.
    – Então, a impressão que fica pra mim, é que o Chico teria lido o livro do Owen e, quando escrevia Nosso Lar, ele se lembrava de passagens do livro (do Owen) e ia incluindo no seu livro (Nosso Lar).
    – É interessante, percebi isto, que tem passagens do livro “A Vida Além do Véu”, que estão “espalhadas” pelo livro “Nosso Lar”, isto é, coisas que estavam em um único capítulo, ideias, informações, do livro do Owen, o Chico espalhou em vários capítulos de “Nosso Lar”. Isto, dificulta, é verdade, encontrar as correlações, mas com calma, tempo e paciência, é possível achá-las.
    – Mas, nem se faz necessário, porque quem leu, de forma bem lida, “Nosso Lar”, percebe facilmente a influência de “A Vida Além Do Véu”.
    Esta foi a conclusão a que cheguei.

  19. Biasetto Diz:

    Caio, aqui tem a informação, que citei, só que bem superficial.
    “Em 35% das cartas, a assinatura era muito parecida com a do morto, diz um estudo feito com familiares.”
    Confira, toda esta matéria da revista superinteressante, até o Vítor Moura palpitou lá.
    Tempos atrás, eu “xinguei” ele por isso, mas hoje, já não “xingo” mais.
    http://super.abril.com.br/religiao/investigacao-chico-xavier-561667.shtml

  20. Carlos Diz:

    Biasetto, Caio,
    .
    Também não conheço a pesquisa. Porém, na minha opinião, a questão principal não é se 40% das mensagens são autênticas. Na verdade bastaria que apenas 1 fosse comprovadamente autêntica. As demais, mesmo que misturadas com as idéias do médium, não deixariam de ter interesse visto que poderiam conter informações (ainda que fragmentadas) do mundo dos espíritos. No entanto, dá para confiar nesse tipo de estudo vindo da FEB?

  21. Caio Diz:

    Carlos, não dá pra confiar. Aliás, foi justamente esse o ponto que levantei. Como faz tempo que li essa matéria (acho que mais de 6 meses), não sei exatamente precisar se foi a FEB ou se foi a Federação de São Paulo, mas, de qualquer forma, tenho certeza que era alguma entidade ligada fortemente ao movimento espirita. E isso, por sí só, tira qualquer credibilidade do estudo, na minha opinião. Abs.

  22. Caio Diz:

    Biasetto, acho que localizei o trecho:

    “É um padrão nas cartas de Chico. Nomes de parentes aparecem em 93% das mensagens analisadas em um estudo da Associação Médico-Espírita de São Paulo, de 1990. Baseada em entrevistas com 45 famílias para quem Chico psicografou, a pesquisa também mostrou que a assinatura da carta era tida como muito parecida com a de seu suposto autor em 35% dos casos.”

    Conclusão: Em 75% das cartas, a assinatura não se assemalhava à do suposto “desencarnado”. E, além disso, olhem só quem conduziu o estudo: Associação Médico-Espírita de São Paulo. Alguém já viu, por acaso, uma mãe falar que o filho é feio?

    Ja sei, já sei… “Ah, mas nomes de parentes aparecem em 93% das cartas… Isso é simpleste fantástico…”. Será?

    Mais um trecho da reportagem da Super:

    “Mas há quem diga que Chico tinha um jeito de conseguir os dados. ‘Funcionários do centro espírita iam à fila pegar detalhes dos mortos. Ou aproveitavam as histórias relatadas por parentes nas cartas em que pediam uma audiência. As mensagens de Chico continham essas informações’, diz o médico Waldo Vieira, com quem Chico dividiu o trabalho no centro entre 1955 e 1969.”

    Fonte: Revista Super Interessante: http://super.abril.com.br/religiao/investigacao-chico-xavier-561667.shtml

  23. Biasetto Diz:

    Então,
    Caio e Carlos,
    O próprio Waldo Vieira disse que o Chico tinha as tais informações.
    O Waldo Vieira fala qualquer coisa que possa pôr em dúvida ou comprometer o Chico.
    Ele só não explica como ele ajudou o Chico a “psicografar” o André Luiz, já que, ao que tudo indica, André Luiz nunca existiu!

  24. Biasetto Diz:

    Caio,
    Você já viu este link aqui:
    http://www.ceticismoaberto.com/fortianismo/5974/psicografia-de-chico-xavier-colocada-prova

  25. Caio Diz:

    Biasetto, já vi esse link, sim… Achei super curioso o suposto espírito ter escrito errado o nome da própria nora. Hahahaha…

  26. Biasetto Diz:

    Arduin diz:
    .
    Biasetto:
    1) Que vem a ser um teste controlado?
    2) Este teste provará o que?
    3) Que vem a ser uma pesquisa qualificada?
    4) Quem vai atestar a qualidade?
    5) Se pesquisa e teste qualificados endossarem o médium, quem vai acreditar na pesquisa e no teste? Os céticos de costume dirão que o(s) pesquisador(es) é(são) babacas, idiotas, imbecis que foram risivelmente empulhados pelo médium. Fosse com eles, sábios céticos, ah! A coisa ia ser muito diferente…
    .
    Já li e ouvi tanto disso…
    .
    Oras, caro professor Arduin, qual o problema de um ou mais médiuns se sujeitarem a algum tipo de análise sobre seus dons?
    O próprio espiritismo, os espíritas, afirmam que a doutrina tem fundamentos científicos! A Ciência não sobrevive sem verificações, você como professor universitário sabe muito bem disto.
    .
    Sabe o que eu acho, de verdade mesmo: nenhum médium se sujeita a algum tipo de teste, de análise, de prova, de controle – simplesmente porque eles sabem que não são médiuns! É só isso!
    .
    Se o Chico não tivesse brincado de médium, poderia ter escrito 100 bons livros, ao invés de 400, com algumas porcarias, como “Brasil, Coração do Mundo…” e, poderia também, ter dado uma contribuição de valor mesmo ao espiritismo.
    .
    Será que dá, pelo menos, pra acreditar que “A Vida Além Do Véu”, do reverendo Owen, seja uma obra autêntica?
    Porque “Nosso Lar”, é uma cópia de tal obra.

  27. Biasetto Diz:

    Juliano,
    Quanto à sua opinião de Jesus ser um ser mitológico, não sei não!
    Acredito que dificilmente, um personagem histórico tão forte, tão marcante, teria sido inventado. Porém, concordo, que muitas coisas que falam dele ou são equivocadas ou estão alteradas.
    Então, assim, este Jesus que vivem promovendo nas igrejas por aí, este eu também não acredito. Agora, um homem revolucionário, com um grande conhecimento, ideias muito acima da média de sua época, este Jesus eu acredito ter existido, mas não sei exatamente qual foi, ou é a sua verdadeira história.

  28. Biasetto Diz:

    Gilberto,
    O que aconteceu contigo?
    Você anda meio esquisito!!!
    Acho que você anda muito tímido, parece meio deprê!

  29. Juliano Diz:

    Boa Noite

    Andei pensando seriamente e resolvi que vou virar espírita da linha Kardecista cristã. Viva Jesus!

  30. Caio Diz:

    Bem, apesar de eu não estar discutindo sobre o tema “Jesus”, vou dar meu palpite. Haha. Até onde sei, evidências históricas fortes que sustentem a existência mesmo de Jesus não existem. O que existe é a bíblia que, como sabemos, não é fonte de evidência alguma. Minha opinião, nesse assunto, parece com a do Biasetto: acho que, de fato, possa ter existindo há mais de 2000 anos atrás um homem de nome Jesus, talvez substancialmente diferente do homem médio de sua época, talvez dono de uma personalidade excêntrica, talvez dono de uma forte oratória. Mas sustento que, muito possivelmente, ele não ressucitou mortos, nem multiplicou comida e bebida alguma.

  31. Biasetto Diz:

    Juliano,
    PRIMEIRO DE ABRIL! rsrsrsrs…

  32. Caio Diz:

    Juliano Diz:
    abril 2nd, 2011 às 2:01 am
    Boa Noite

    Andei pensando seriamente e resolvi que vou virar espírita da linha Kardecista cristã. Viva Jesus!

    Hahahahahaha…

    Galera, vou nessa, amanhã acordo cedo. Bom fim de semana. Abraço.

  33. Juliano Diz:

    rsrsrsrsrsrsrsrsrsrs

    Eu ia aguentar mais, mas não dá. rsrsrs

  34. Juliano Diz:

    Biasetto

    Mas que você pensou pensou (…) pronto, agora não digo mais nada.

  35. Biasetto Diz:

    Juliano,
    Por uns 15 segundos, eu não entendi, mas logo caiu a ficha.
    Agora, se você quiser virar espírita kardecista, fica frio, não tenho nada contra também, só não venha me dizer que acredita no Wágner paixão.

  36. Juliano Diz:

    Biasetto

    Para rir, segue duas cenas de um filme italiano que é uma verdadeira obra de arte da comédia. “O Quinteto Irreverente.”

    http://www.youtube.com/watch?v=CXxB6U7TltI
    http://www.youtube.com/watch?v=PeiYYGloONs

  37. Juliano Diz:

    O Wagner Paixão é meu ídolo máximo.rsrsrs

  38. Biasetto Diz:

    Juliano,
    Tenho este filme e um outro, desta turma maluca, “Meus Caros Amigos”.
    Bom demais!
    Vou rever as duas cenas, pera aí!

  39. Biasetto Diz:

    Juliano,
    Não conhecia estas aí não. Cara, que sacanagem com o ator lá, representando Jesus.
    Tem várias comédias com estes caras, muito boas.
    Valeu!

  40. Juliano Diz:

    O ator é um deles. O da barba é o que canta a música pornográfica no outro vídeo. Sabe que esta música é quase um hino na Itália de bom humor. rsrs Ele estava apaixonado pela ruiva que aparece como Maria Madalena. E tinha se convertido, claro, por pouco tempo foi a conversão. rsrsrs

  41. Biasetto Diz:

    Juliano,
    Um filme deles, eles vão lá em Pisa, então está cheio de turistas, visitando a torre. Daí, eles descem da van, com roupas e apetrechos de operários, e vão dizendo pras pessoas, que a torre pode cair. Aí, eles começam a colocar umas cordas lá, e fazem as pessoas segurarem, largam elas lá e vão embora.
    Os turistas ficam um tempão “segurando a torre”…

  42. Juliano Diz:

    Eu já vi no youtube esta cena também. Muito engraçada. O pessoal segurando na corda a Torre. O pessoal dentro da Torre fazendo contrapeso com o corpo, como se adiantasse alguma coisa rsrsrssrs É uma trilogia do Mario Moniceli, eu quero ver se compro os três filmes. Lembrei que assisti um deles quando era criança com o meu pai e outros dois amigos dele no Rio de Janeiro, tinham ido passear, e eles riam muito. rsrsrsr Os filmes são 10 mesmo!

  43. Juliano Diz:

    Biasetto

    Estou indo dormir. Um ótimo final de semana. Um abraço

  44. Biasetto Diz:

    Juliano e colegas,
    Bom sono, um ótimo final de semana também…

  45. moizes montalvao Diz:

    Prezados Caio e demais,
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    SCOLE, se não ouviu falar, ouvirá.

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    A respeito do “Experimento Scole”: poderíamos dizer, sem medo de errar, que Scole foi uma “fraude fenomenal”, porém, dada a mediocridade do experimento, este se torna imerecedor do elogio. O surpreendende em Scole não é o que lá aconteceu, sim que pesquisadores de renome venham a público defender tal excremescência.
    .
    Primeiramente, apresentarei o conteúdo do prefácio e da introdução da obra escrita por Grant e Jane Solomon, intitulada “O Experimento Scole”, depois farei apreciações. Os destaques em caixa alta foram de minha iniciativa. Algumas considerações curtas foram entremeadas ao texto, entre [colchetes] e precedidas de “COMENTÁRIO”.
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    PREFÁCIO
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    (Pelo professor emérito Arthur J. Ellison DSc(Eng), CEng, FIMechE, FIEE, SenMemIEEE, engenheiro consultor)
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    [COMENTÁRIO: isso é que é autêntica sopa de letrinhas graduativas: com todas essas qualidades, Ellison deveria estar com a cabeça bem madurinha para escrever um prefácio altamente esclarecedor: vamos ver no que deu…].

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    ELLISON: É um prazer escrever algumas palavras introdutórias a este livro. De autoria de Grant e Jane Solomon, sobre os fenômenos ocorridos em Scole.
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    Tive a honra de participar das sessões em Scole desde o começo do período de dois anos em que três de nós do Conselho da Society for Psychical Research, uma associação devotada à pesquisa científica dos fenômenos mediúnicos na Inglaterra, fomos convidados, EM RAZÃO DA NOSSA CAPACIDA¬DE PESSOAL, para comparecer a algumas sessões como observadores cientí¬ficos. Foram dois anos realmente interessantes!
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    [COMENTÁRIO: dúvida: escolhidos em virtude da “capacidade pessoal” ou por serem inclinados a aprovar sem maiores exigências experimentos místicos? A indagação, de momento, pode parecer sem propósito, mas, a medida que examinarmos a redação de Ellison verificaremos que a pergunta é pertinente]
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    ELLISON: Alguns anos antes, eu havia tido contato com a maior parte dos fenômenos materiais do espiritualismo, mas sempre envolvendo um médium em transe e ectoplasma, o médium terminando a noite num estado da mais completa exaustão. (Isso confirma a opinião tradicional de que a matéria do “veículo de vitalidade” ou “duplo etérico” é extraída do médium e usada para produzir o ectoplasma.)
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    [COMENTÁRIO: um pesquisador da SPR falando de “ectoplasma”, “duplo etérico”, como se fossem coisas plenamente comprovadas…]
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    ELLISON: Além disso, as “personalidades de controle” falando ostensivamente por meio do médium eram as personagens exóticas tradicionais, como índios americanos, chineses e outras. Essas personagens falavam de maneira peculiar, mais parecida com um ator ocidental inexperiente tentando imitar aquelas personagens exóticas. Em Scole, ao contrário, as personalidades de controle, aparentemente se comunicando por meio dos dois médiuns, eram ocidentais normais bem-educados – com exceção de um ou dois outros que falaram como se tivessem apenas estudado no Ocidente. Todos nós nos familiarizamos uns com os outros; NA VERDADE, OS RELACIONA¬MENTOS TOMARAM-SE ALGO QUE PODERIA SER CLASSIFICADO COMO AMIZADES ÍNTIMAS – nos tratávamos pelo primeiro nome e permitíamos brincadeiras. Isso não significa reduzir a qualidade dos fenômenos por que passamos – na verdade, nosso tipo de relacionamento pode até tê-la melhorado.
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    [COMENTÁRIO: vê-se que Ellison não foi investigar a realidade ou veracidade de contatos mediúnicos, pois isso era por ele já admitido como fato]
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    ELLISON: Este livro apresenta uma vasta gama desses fenômenos, desde luzes paranormais até a levitação de objetos, aportes e imagens concretos e outros. No entanto, não se usou ectoplasma e no final das sessões os médiuns pareciam sentir-se tão bem quanto estavam no início. O grupo de Scole em si classificou as atividades como energéticas em vez de fenômenos ectoplasmáticos. Isso certamente parece ser um considerável avanço em relação à tradição.
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    [COMENTÁRIO: nem mesmo a “inovação” introduzida pelos viga…, digo, médiuns, em Scole foi por Ellison investigada, para ele “tava tudo certinho”]
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    ELLISON: Nós três, visitantes, nos conduzimos adequadamente de acordo com a nossa formação anterior. PUDE CONTRIBUIR UM POUCO NO QUE SE REFERIA AOS ASPECTOS CIENTÍFICOS, David Fontana teve uma participação importante como psicólogo com experiência em estados alterados de consciência, e os conhecimentos da literatura de Montague Keen foram de uma importância especial.
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    [COMENTÁRIO: o cara fala de ectoplasma, duplo etérico, e de “atividades energéticas” como se fossem coisas banais, e tem a coragem de dizer que “contribuiu nos aspectos científicos”! Tenho impressão de que o “sopa de letrinhas” não vai chegar a bom termo…]
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    ELLISON: Os comunicadores geralmente nos diziam que não seríamos capazes de entender as explicações do que estava acontecendo. Acho que houve momentos em que todos desejamos que eles apenas explicassem tudo e nos deixassem decidir se entenderíamos ou não! Mas não foi assim. Além disso, muitas vezes explicávamos que a comunidade científica consideraria que, como o fenômeno normalmente ocorria no escuro, estávamos sendo enganados. Queríamos muito poder usar um visor infravermelho para mostrar, pelo calor do corpo dos participantes, que todos permaneciam em suas cadeiras durante os períodos em que os fenômenos ocorriam. No entanto, para nossa decepção, isso também não foi permitido. Fizemos os máximos esforços durante as nossas sessões de investigação científica para explicar como parecia impossível que muitos dos fenômenos fossem falsos. Mas os céticos sempre dirão que os mágicos podem fazer todo o tipo de coisas “impossíveis”. Nesse sentido, infelizmente, os céticos normalmente não precisam demonstrar sem detecção o que alegam ter sido realmente executado.
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    [COMENTÁRIO: o cara foi completamente cerceado em sua liberdade investigativa, mas manteve a fé nos safa…, digo, médiuns.]
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    ELLISON: Há um outro fator importante que em geral não é considerado. Os pesquisadores mediúnicos estão bem conscientes de que os investigadores podem ser divididos, por razões desconhecidas, em duas categorias: catalisadores e inibidores. Na presença dos catalisadores, os fenômenos verdadeiros ocorrem mais prontamente do que no caso dos inibidores. Isso é chamado de Efeito do Experimentador. Acontece que muitos críticos, quando são qualificados por sua experiência a fazer comentários indiscriminadamente, são inibidores e raramente sentem o fenômeno verdadeiro. Eles são geralmente os críticos mais virulentos, porque, no fundo, talvez considerem que os fenômenos paranormais verdadeiros nunca ocorram. A outra categoria de críticos é a dos cientistas categoricamente “normais”, que já sabem que os fenômenos paranormais são impossíveis e, portanto, ipso facto, eles nunca podem acontecer. E como eles são impossíveis, não é necessário, antes de fazer pronunciamentos sobre o assunto, estudar a vasta literatura de pesquisa científica mediúnica, grande parte dela produzida por alguns dos cientistas mais renomados da Grã-Bretanha e do continente europeu. No entanto, é perfeitamente possível ter uma mente verdadeiramente aberta, [resta definir o que entendem por “mente verdadeiramente aberta”] mas ainda assim científica. Parece-nos como se os comunicadores de Scole estivessem todos cientes de tudo isso e tivessem escolhido nós três com isso em mente. Tentamos em nosso relatório ser “bons” cientistas objetivos. O leitor não deve se esquecer também de que fomos convidados. OS EXPERIMENTOS REALIZADOS NÃO FORAM NECESSARIAMEN¬TE DA NOSSA ESCOLHA, e as sugestões que fizemos para firmar as condições não foram normalmente adotadas, ou porque estavam aparentemente em conflito com as condições requeridas para produzir o fenômeno de manei¬ra confiável, ou porque o cronograma dos comunicadores de alguma forma obrigava-os a prosseguir com outro experimento. Nós FIZEMOS O MELHOR QUE PUDEMOS.
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    [COMENTÁRIO: atenção, quem está falando essas coisas é um cientista, membro da renomada SPR de Londres… como diria minha avó, diante de um quadro desses: É MOLE?]
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    ELLISON: Será que devo, enfim, expressar uma opinião pessoal? Considero que o grupo “deste lado” foi honesto e verdadeiro. Depois de dois anos, nós os conhecíamos extremamente bem. Acredito que os resultados das sessões foram de grande interesse para a ciência.

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    Espero que o leitor aproveite este livro tanto quanto aproveitei a minha experiência nas sessões de Scole.
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    Arthur J. Ellison

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    INTRODUÇÃO

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    “Não vou me comprometer com a estupidez em voga de considerar tudo o que não posso explicar como uma fraude.” C. G. Jung
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    Quatro pessoas estão sentadas num porão escuro. Duas delas entram em transe e transmitem mensagens de uma equipe de seres espirituais comunicadores. As outras duas seguem as instruções dos seres espirituais. Elas colocam filmes fotográficos virgens sobre a mesa, filmes esses que nunca foram usados numa câmera. Mais tarde os filmes são revelados. Neles, aparecem imagens – textos manuscritos, hieróglifos e outros símbolos, além de mensagens…
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    Esse era o trabalho do Grupo Experimental de Scole. Esse trabalho forneceu evidências consideradas estimulantes para sustentar a noção de que pode haver vida depois da morte. Experimentos semelhantes foram conduzidos no passado, usando a “mediunidade mental” para tentar provar que seres conscientes desencarnados podem se comunicar por intermédio de um instrumento humano, o médium. Infelizmente, as mensagens de Tia Maria podem convencer o seu sobrinho, mas nem sempre são ideais para um estudo científico. Um cético poderia dizer: “Isso aconteceu por acaso”, “coincidência”, “intuição”, “uma boa adivinhação” e assim por diante. Assim, em 1993, o Grupo Experimental de Scole empreendeu um experimento de cinco anos usando um tipo revolucionário de “mediunidade física” para produzir objetos concretos a partir do mundo espiritual. Os ter¬mos “objetos concretos” significam coisas reconhecíveis aos nossos sentidos e instrumentos – manifestações visíveis, luzes, sons, toques, gostos e cheiros. Alguns dos objetos palpáveis tomaram a forma de mensagens transmitidas em filmes fotográficos, fitas de áudio e de vídeo.
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    A idéia que a da mediunidade física encerra é simples: as evidências físicas dos sobreviventes são transmitidas do mundo espiritual para o nosso mundo. Então, uma vez que existe alguma coisa física, ela pode ser cientificamente mensurada e analisada. A mediunidade física é difícil de ser comprovada fisicamente. No entanto, os fenômenos materiais são diferentes. Os experimentos podem ser conduzidos, os testes podem ser realizados, e os procedimentos científicos podem ser implementados. Com tais experimentos no passado, o objetivo era sempre obter um objeto paranormal permanente, uma “coisa” palpável que pudesse ter vindo de “algum lugar”, sem que tivesse ocorrido algum tipo de truque. Um exemplo inventado é o de dois anéis interligados, feitos de dois tipos diferentes de madeira, sem nenhuma junção entre eles. Esse tipo de objeto palpável seria considerado uma “prova convincente”, uma vez que não poderia ser produzido por “meios normais”. O objetivo do Grupo Experimental de Scole não era produzir apenas um objeto palpável, mas um número e uma variedade enormes sobre os quais os cientistas teriam de se debruçar e tomar conhecimento.
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    Na verdade, não fazia muito tempo, diversos cientistas experientes, incluindo alguns pesquisadores com muita experiência no desconhecido, começaram a se interessar pela produção do fenômeno. O grupo de Scole teve a satisfação de permitir que os cientistas investigassem minuciosamente o seu trabalho, [permitram aos cientistas e pesquisadores do SPR, e somente os “escolhidos”] um fato que impressionou os investigadores. Entre a equipe de investigação contavam-se engenheiros eletricistas, astrofísicos, criminalistas, psicólogos e matemáticos. Eles se mostraram mais interessados nos filmes fotográficos porque o tempo e o método de produção desses filmes podia ser controlado. Os investigadores pediram para acompanhar as sessões experimentais para controlar certos parâmetros. Ainda assim, apareceram imagens nos filmes. Alguns dos cientistas consideraram difícil de explicar o fato e sugeriram que fossem tomadas precauções adicionais, incluindo levar eles mesmos os seus próprios filmes e colocá-los em caixas lacradas pelo tempo que durassem as sessões. Ainda assim, de novo, apareceram imagens nos filmes. Mas dessa vez elas eram ligeiramente diferentes. Em vez de ser simplesmente fotos de rostos e lugares, elas eram mensagens codificadas, dicas sobre enigmas que os investigadores foram convidados a resolver.
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    Mais tarde, outras imagens ainda mais incríveis foram recebidas em videoteipe e mensagens foram transmitidas em fitas de áudio. Objetos materializaram-se, viram-se luzes em movimento e seres sólidos apareceram ante os observadores até então céticos.
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    As evidências exclusivas e revolucionárias fomecidas pelo Experimento Scole podem sugerir que não está longe de existir uma prova científica concreta da sobrevivência após a morte. Se for esse o caso, há implicações inevitáveis e abrangentes para todos nós. Estaria provado que nós não morremos…”
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    COMENTÁRIO: Temos aqui uma redação que permite analisar algumas questões interessantes.
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    Logo de início percebemos a inclinação dos pesquisadores para o esoterismo. O prefaciador fala de questões ocultistas com o descuidado que caracteriza investigadores que tratam hipóteses místicas como matéria provada. Ellison discorre a respeito do “duplo etérico” e do “ectoplasma” como se falasse de matérias plenamente acatadas pela ciência. Ora, essas suposições são muito vagas para serem trabalhadas qual fossem proposições evidenciadas. Por aí pode-se perceber a linha de pesquisa que os titulares seguirão, qual seja a de comprovar que eles já consideram verdadeiro, como a sobrevivência pós-morte e a comunicabilidade entre desencarnados e terráqueos.
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    O “duplo etérico” é doutrina de algumas seitas orientais, que admitem a existência de sete corpos sutis. Neste quesito Arthur J. Ellison adentraria em séria contenda com os kardecistas ortodoxos, visto que estes não aceitam a tese dos “corpos místicos”, pois concebem uma única estrutura além do corpo e da alma, que é o perispírito.
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    Vejamos como Ellison se pronuncia:
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    “Alguns anos antes, eu havia tido contato com a maior parte dos fenômenos materiais do espiritualismo, mas sempre envolvendo um médium em transe e ectoplasma, o médium terminando a noite num estado da mais completa exaustão. (Isso confirma a opinião tradicional de que a matéria do “veí¬culo de vitalidade” ou “duplo etérico” é extraída do médium e usada para produzir o ectoplasma.) Além disso, as “personalidades de controle” falando ostensivamente por meio do médium eram as personagens exóticas tradicionais, como índios americanos, chineses e outras. Essas personagens falavam de maneira peculiar, mais parecida com um ator ocidental inexperiente ten¬tando imitar aquelas personagens exóticas. Em Scole, ao contrário, as personalidades de controle, aparentemente se comunicando por meio dos dois médiuns, eram ocidentais normais bem-educados – com exceção de um ou dois outros que falaram como se tivessem apenas estudado no Ocidente.”
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    COMENTÁRIO: Outro destaque nessa declaração de J. Ellison é a valorização que ele dá às entidades que supostamente apareceram em Scole, em comparação com as que ele vislumbrou em outros lugares. As de Scole, segundo ele, são refinadas, inteligentes e educadas. As outras verdeiros selvagens. Será que é engano meu, ou há uma demonstração de preconceito racial nesse discurso?
    .
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    ELLISON: “não se usou ectoplasma…”
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    COMENTÁRIO: Esta frase diz muito mais que seu reduzido tamanho sugere. Onde está comprovada a realidade do ectoplasma para que Ellison dele fale como se se referisse a coisas comuns como a água ou o azeite?
    .
    Ao se estudar o ectoplasma “biológico” (a porção existente entre o núcleo celular e a membrana externa), mesmo aqueles, como eu, que têm dificuldade em entender questões da espécie, com um pouco de atenção conseguem compreender as características dessa parcela da célula. Isso porque o ectoplasma celular é algo concreto, objeto de pesquisas científicas.
    .
    Entretanto, quando se quer conhecer o ectoplasma esotérico encontramos de tudo. As “explicações” mais disparatadas são proferidas. Uns dizem que é isso, outros que é aquilo, outros misturam um pouco disso com aquilo… Enfim, um verdadeiro bundalelê.
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    Talvez, para evitar confusões, os espíritos de Scole decidiram utilizar outra matéria prima que não o ectoplasma. Num sensacional avanço científico-espiritual, trouxeram à baila uma “nova” forma de energia: “a energia criativa”. Não vamos, por enquanto, nos deter na análise desta fantasiosa evolução energética. Noutra oportunidade comentaremos. De qualquer modo, aproveito trecho de escrito apologético, de Marcelo Coimbra, para uma rápida apreciação do assunto., Marcelo escreveu:
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    “Segundo a explicação dos próprios Espíritos as diferenças fundamentais entre Scole e os métodos tradicionais de obtenção de fenômenos físicos são:
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    1. O tipo de energia utilizado, chamado pelos Espíritos de energia criativa seria uma combinação de 3 fontes distintas de energia.
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    A primeira seria a energia espiritual, trazida pelos Espíritos comunicantes.
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    A segunda, chamada de energia humana, seria retirada dos corpos de cada um dos encarnados presentes às sessões.
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    A terceira, chamada de energia da Terra, os Espíritos retirariam de reservatórios de energia presentes em algumas áreas do planeta.”
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    COMENTÁRIO: Compreende-se, então, que a “energia criativa” é uma sofisticada combinação de forças terrenas e sobrenaturais. Vejamos agora, para efeito comparativo, uma das diversas apreciações do “ectoplasma esotérico”, autoria de Edvaldo Kulcheski:
    .
    “Entretanto, para os espíritos, o ectoplasma é geralmente conhecido como um plasma de origem psíquica, que se exala principalmente do médium de efeitos físicos e um pouco dos outros. Trata-se de uma substância delicadíssima que se situa entre o perispírito e o corpo físico e, embora seja algo disforme, é dotada de forte vitalidade, servindo de alavanca para interligar os planos físico e espiritual. Historicamente, o ectoplasma tem sido identificado como algo produzido pelo ser humano, que, em determinadas condições, pode liberá-lo, produzindo vários fenômenos. …
    .
    De uma maneira bastante rápida, podemos dividir o ectoplasma em três elementos essenciais:
    .
    – fluidos A, representando as forças superiores e sutis da esfera espiritual;
    .
    – fluidos B, definindo os recursos do médium e dos companheiros que o assistem;
    .
    – fluidos C, constituindo energias tomadas da natureza terrestre.
    .
    Os fluidos A podem ser os mais puros e os fluidos C podem ser os mais dóceis, porém, os fluidos B, nascidos da atuação dos companheiros encarnados e notadamente do médium, são capazes de estragar os mais nobres projetos. Nos círculos em que os elementos A encontram uma colaboração segura dos fluidos B, a materialização de ordem elevada assume a sublimidade dos fenômenos.”
    .

    COMENTÁRIO:Percebe-se, claramente, que o ectoplasma, conforme o detalhamento proposto por Edvaldo Kulcheski, é exatamente igual à “energia criativa” utilizada em Scole. Donde podemos concluir: ou os espíritos de Scole não sabiam o que estavam fazendo, ou “sacanearam” os experimentadores ao informarem que aplicavam um método revolucionário nas comunicações, quando apenas faziam uso do velho ectoplasma…
    .
    Há algumas outras questões menores, porém elucidativas:
    .
    “Os comunicadores geralmente nos diziam que não seríamos capazes de entender as explicações do que estava acontecendo. Acho que houve momentos em que todos desejamos que eles apenas explicassem tudo e nos deixassem decidir se entenderíamos ou não!”
    .
    COMENTÁRIO: vê-se que a “espiritualidade” substimava a capacidade de entendimento dos pesquisadores. Será que os “de lá” não sabiam que estavam lidando com cientistas da SPR? Ou eles não têm a SPR em tão alta conta?
    .
    Para não extender muito esta apreciação, destaco um último trecho do livro:
    .
    “Há um outro fator importante que em geral não é considerado. Os pesquisadores mediúnicos estão bem conscientes de que os investigadores podem ser divididos, por razões desconhecidas, em duas categorias: catali¬sadores e inibidores. Na presença dos catalisadores, os fenômenos verdadeiros ocorrem mais prontamente do que no caso dos inibidores. Isso é chamado de Efeito do Experimentador. Acontece que muitos críticos, quan¬do são qualificados por sua experiência a fazer comentários indiscrimina¬damente, são inibidores e raramente sentem o fenômeno verdadeiro.”
    .
    COMENTÁRIO: Esta tese dos “catalisadores” e dos “inibidores”, além de sua exoticidade, pode ser uma boa desculpa para explicar porque os fenômenos não acontecem quando investigantes mais rigorosos comparecem. Eu proponho uma outra classificação para categorizar os averiguadores de fenômenos parapsicológicos:
    .
    1. pesquisadores místicos;
    .
    2. pesquisadores psi propriamente ditos.
    .
    Esta classificação não é um juízo sobre a honestidade, nem sobre a formação dos investigadores, mas serve para definir a forma como um grupo e outro atua. Os pesquisadores esotéricos demonstram ter idéia formada sobre os temas que analisam, geralmente a sobrevivência, a comunicabilidade dos espíritos e a reencarnação. Então acatam mais facilmente que os outros os eventos que supostamente comprovariam suas convicções.
    .
    Os investigadores psi costumam ser mais severos em suas apurações e não se deixam lograr com tanta facilidade.
    .
    É claro, esta “classificação” é minha, não tenho pretensão de oficializá-la. De qualquer modo, considero-a útil para especificar qual a linha de trabalho aplicada pelos numerosos parapsicólogos que atuam neste vasto mundo de mistérios ectoplasmáticos.
    .
    Acredito, ainda há muito o que se dizer sobre Scole…mas, por hora…
    .
    Um grande abraço,
    .
    Montalvão, UHD, MD, DD, PMDB, Fortran, Iurd, Dtlgf

  46. Paulo Diz:

    Artigo bem interessante sobre uma menina de 9 anos que testou o “toque terapêutico” ( o famoso passe espirita) de forma cientifica.
    Vale a pena ler. 🙂
    http://ceticismo.net/2010/01/05/grandes-nomes-da-ciencia-emily-rosa/

  47. moizes montalvao Diz:

    Prezado Biasetto,
    .
    Biasetto Diz: Caio, aqui tem a informação, que citei, só que bem superficial.
    “Em 35% das cartas, a assinatura era muito parecida com a do morto, diz um estudo feito com familiares.”
    .
    A informação consta originalmente do livro de Paulo Severino Rossi, “A vida triunfa”, na página 274 dessa obra se lê:
    .
    “Outro dado importante que ressalta a preservação da individualidade é a assinatura. Em 35,6% dos casos [foram 45 casos] ela foi considerada idêntica, e semelhante em 42,2%. Volquimar Carvalho dos Santos (caso nº 3) assinou cinco vezes a mensagem, tendo sua mãe declarado que elas guardam muita semelhança com a assinatura original.”
    .
    Entretanto, os reconhecedores das assinaturas foram familiares e achegados, a maioria desejosa de confirmar tudo relativo à psicografia, pois isso lhes daria o conforto de estar efetivamente recebendo recado de seus mortos.
    .
    Saudações,

  48. Caio Diz:

    Moizes, foi realmente o que eu disse… Scole cheira à fraude, parece que é embuste mesmo. Eu só mencionei o caso devido ao fato de algumas “autoridades”, aparentemente, apoiarem o “projeto”. Mas, eles apoiando ou não, minha opinião sobre o caso continua a mesma: nada de paranormal (ou chamem como quiserem) aconteceu lá.

    Quanto ao Chico, você também notou um ponto interessante. Quem costuma dizer se a assinatura do falecido se parece com aquela que era feita em vida não são peritos, mas, sim, a própria família do morto, que, via de regra, pra tentar contornar a perda de um ente querido, costuma ser muito sugestionável. Abs.

  49. Biasetto Diz:

    CADA UM VÊ O QUE QUER! ou O QUE NECESSITA VER!

  50. Biasetto Diz:

    Paulo,
    Tenho uma amiga,faz tempo que não a vejo. Quando trabalhava no Banespa, era colega de banco.
    Ele entrou no Mahikari, tem imposição de mãos lá.
    Eu cheguei a ir numas reuniões lá. Já na entrada eles dão um envelopinho pro sujeito botar uns trocados lá.
    Ai ele ficam com umas pataguadas lá, a tal de imposição de mãos e uns papo de que tudo faz mal, devemos nos purificar e blá blá blá…
    Eles mostravam lá, uns vidros com arroz dentro.
    Então, eles mostravam um vidro que recebia imposição de mão, diariamente, a “energia mahikari” – e, o arroz não estragava. Aí, eles mostravam um outro vidro, com o arroz todo estragado…
    Bem, qual o tipo de controle sobre estas experiências – não pude checar nenhum.
    O que você acha?

  51. Caio Diz:

    Boa tarde, pessoal. Gostaria de lançar um assunto e saber a opinião de vocês sobre ele.

    Podemos constatar que boa parte (talvez, a maior parte) dos esforços a fim de tentar provar cientificamente o espiritismo foram concentrados praticamente na mesma época, algo entre 1850 e as primeiras décadas de 1900. Ou seja, já faz um tempo considerável. Basta olhar para a data de nascimento e morte dos principais pesquisadores: Charles Richet (1850 / 1935); Ernesto Bozzano (1862 / 1943); Epes Sargent (1813 / 1880); Camille Flammarion (1842 / 1925); William Crookes (1832 / 1919).

    É bem verdade que, em tempos mais atuais, existem pesquisadores – alguns deles sérios, inclusive – que se dedicam a pesquisar a hipótese espirita / reencarnacionista. O Stevenson é um bom exemplo. Outro bom exemplo é o próprio livro que o Vitor nos disponibilizou para download, o “Mediunidade e Sobrevivência”, do Alan Gauld. A SPR também sobrevive, mas, no meu entendimento, diferentemente do que ocorria há mais ou menos 150 anos atrás, uma parcela esmagadora do corpo científico de hoje em dia parece simplesmente desprezar qualquer tipo de pesquisa que possa ser feita nesse sentido. Por que isso ocorre? Pelo que tenho observado, como resposta a essa pergunta, as pessoas costumam levantar frequentemente a hipótese de que os homens da ciência, geralmente céticos por natureza, tem um forte “preconceito” contra os assuntos ligados ao espirtismo. Contudo, essa não é a única resposta, a meu ver. Algum trabalho sério, que procurasse compilar todos os dados relevantes sobre o tema que temos até hoje, tanto aqueles observados pelos mais antigos cientistas quanto os mais atuais, já foi feito? Não será por uma completa ausência de evidências razoáveis que a ciência perdeu o interesse no tema?

    Abs.

  52. Juliano Diz:

    Caio

    No meu entender, o grande problema da ausência de maiores pesquisas no campo de vida após a morte se deve ao forte enfoque religioso/mítico que o tema adquiriu.
    Também vejo, em face do ponto acima, que o campo científico faz uma clara distinção hoje do que é adstrito ao campo da fé, da crença; e o tema vida após a morte, mediunidade, e outros temas entram nesse campo. E o campo da ciência. Tem muito pesquisador que é cientista e religioso. Para estes, ao sobrenatural o sobrenatural (religião) e ao material o material (ciência). Se você conversar com um pesquisador destes, por exemplo, dizendo que vai fazer uma pesquisa com pretensos médiuns para atestar ou não o fenômeno da mediunidade. O mesmo provavelmente te criticar de pronto e te taxar de maluco. Arrisco a dizer que ambos os meios irão tecer severas críticas a tua intenção.
    Então, tanto para a ciência de modo geral, como para as religiões, da forma que a coisa vai atualmente está ótimo, todo mundo ganha. Então pra quê misturar as coisas, pra quê maiores pesquisas. É assim que vejo o atual quadro.

  53. Caio Diz:

    E também não podemos deixar de refletir sobre um outro ponto importante quando o assunto são antigas pesquisas – ditas científicas – para comprovar esse tipo de atividade espirita: os métodos de controle e investigação daquele tempo eram muito mais “modestos”… Talvez isso ajude a explicar a avalanche de manifestações espiritas que ocorriam naquele período. Vide o caso do Crookes (se bem que ainda existem pessoas que sustentam que o Crookes não foi “enganado”, mas ,sim, que ele estava conscientemente de acordo com a fraude…)
    Abs.

  54. Higor Diz:

    É muito fácil produzir “provas” em abundância quando estas não passam pelo crivo do pensamento crítico e do método científico. Como vi em alguns artigos deste blog, e já suspeitava, o lado emocional dos kardecistas em acreditar no sobrenatural se sobrepõe a qualquer análise crítica – o que o iguala a qualquer religião que conhecemos até hoje. O grande disparate desta doutrina está em querer ser científica, mas, a mesmo tempo, não se submeter aos métodos e critérios exigidos pela mesma. Também não compartilho da visão deísta desta religião, de um deus justo e amoroso. É só observarmos bem a natureza e vermos bem do que se trata. Não tem nada de amor e bondade, a natureza simplesmente é o que é. Que deus amoroso e de infinita sabedoria iniciaria o universo com uma explosão? Ou criaria ratos e baratas e um inseto como o louva-deus que após a cópula arranca e devora a cabeça de seu parceiro? Os espíritas e religiosos só apontam a face de deus que lhes convém e deixam o mal e o inconcebível pro diabo ou para os espíritos obsessores e o suposto livre arbítrio do indivíduo. Enquanto isto deus fica lá, imaculado, no seu troninho, com sua infinita bondade e sabedoria acima de qualquer crítica e suspeitas – esperando infinitamente que nos elevemos, ou melhor, rastejemos até ele.
    O pior pesadelo é admitir a existência de um deus, observar a sua criação e constatar a selvageria de tudo. Uma natureza antropofágica que, para existir, precisa se auto-devorar ininterruptamente. Se este deus existe ele é imoral, eu não concordo com ele e seria melhor que nunca tivesse surgido. Este é um dos calcanhares de Aquiles desta doutrina espírita. Sem contar a eterna caridade e, portanto, a eterna miséria que deve existir para tudo evoluir indefinidamente – às custas de miseráveis obviamente. O outro calcanhar de Aquiles deste kardecismo é a existência de Jesus. O dia que conseguirem provar que Jesus efetivamente não existiu, e já há fortes evidências disto -, será mais uma desqualificação para esta doutrina que nele se ancora e baseia – mesmo subvertendo várias passagens do que este mito disse e nivelando tudo por baixo a seu bel prazer – desde física quântica a qualquer nova descoberta científica. Doutrina esta nem um pouco original que se baseou em religiões e filosofias anteriores a sua criação e ao deísmo meloso e emocional em voga na época.
    Parabéns ao Vitor por este trabalho e também aos comentaristas. Seria interessante, Vitor, se você fizesse um balanço geral sobre o que já foi exposto neste blog, e desse o seu parecer geral sobre suas conclusões até agora – para ficarmos mais a par.

    Abraços

  55. Paulo Diz:

    Higor, ótimo comentário!

  56. Juliano Diz:

    Grande Higor. Joga no nosso time. Apareça mais!

  57. Biasetto Diz:

    Higor,
    Seus comentários são interessantes e racionalmente lógicos!
    Todos as vezes, quando vejo um cachorro magricelo, cheio de sarnas, dormindo na chuva e lutando pra achar uns restos de comida, fico me perguntando: aonde está Deus?
    Também me pergunto se Deus não se incomoda com tanta roubalheira, sacanagem de tudo quanto é lado. Por que crianças sofrem e assim vai?
    Bem, por outro lado, às vezes penso, que talvez Deus nem exista mesmo. Mas pode ser, sei lá como, que existam espíritos. Até o Vítor e o Juliano acham isto possível.
    Então, vamos supor que exista o espírito, que este espírito reencarne, que, por razões que desconhecemos, alguns espíritos evoluíram mais do que outros. Que aja uma ordem na espiritualidade, cidades espirituais, sei lá!
    Então, deve existir uma escala evolutiva, talvez!
    Pode ser que assim, exista um Deus. Na verdade, um espírito que alcançou alto grau de desenvolvimento, de sabedoria… Talvez existam vários espíritos nestas condições, mas ainda uma minoria em relação aos demais.
    Então, estes espíritos tentam ajudar os demais, mas não podem fazer muita coisa. Algo assim!
    É só uma idéia…
    Quanto a Jesus Cristo, continuo com minha teoria de que ele existiu. Mas foram os tolos que fizerem dele, o tal “ser mitológico”, como disse o Juliano.
    Penso que se Jesus Cristo é um espírito evoluído, ele deve ficar “p” da vida com as coisas que falam e fazem em nome dele.

  58. Juliano Diz:

    Biasetto

    Uma das coisas que me atraíam no discurso do Waldo Vieira era a Teoria do Serenão. Espíritos altamente evoluídos, anônimos, que reencarnam para fazer o que é possível fazer, pois não são deuses, longe disto, mas estão mais a frente que nós. Estariam num patamar energético e de autoconhecimento acima do nosso. É uma teoria interessante. Ano passado ou retrasado, não me lembro bem, quando eu conheci o blog. Nós debatemos aqui este tema. Hoje tenho pra mim que o Waldo tirou esta idéia do escritor espírita francês que escreveu sobre o espiritismo um pouco antes de Kardec, falo de Dupont de Nemours, que diga-se, o espiritismo o esqueceu. O mesmo com a revolução francesa foi para os Estados Unidos, e é pai do criador da multinacional Dupont, uma das maiores empresas do mundo. Ou então ele tirou a idéia do lider espiritual indiano Swani Vivekananda, que viveu na virada do século XIX, é um líder espiritual reconhecido por muitos escritores famosos (Leon Tolstoi, Will Durant, William James, Gandhi, Henry Miller e outros). Pois esteve nos Estados Unidos participando de um congresso pela paz mundial e demonstrou profunda humildade e ao mesmo tempo muito conhecimento, e isto no século XIX! Ele também falou destes espíritos evoluídos e anônimos. Enfim, é uma Teoria Interessante.

  59. Biasetto Diz:

    Juliano,
    O que eu quis dizer, é que pode ser que exista o plano espiritual, e que muitos espíritos, em diferentes níveis de evolução, estejam, realmente, se dedicando pelos encarnados, por todos nós, quando estamos aqui, mas que estes espíritos, também fazem o que podem – e eles não podem tudo.
    Porque aqui na Terra, entre nós, a coisa funciona assim também. Muitas pessoas, acredito que a maioria faz o que pode pra ajudar os outros, tem os tranqueiras e maldosos, mas tem muita gente boa também. Só que nem tudo dá pra fazer né?
    E com os espíritos, nossos “anjos da guarda”, de repente, é por aí também.
    Um abraço! e boa noite.

  60. Caio Diz:

    Como foi bem observado por alguns de vocês, a existência de espíritos, ou qualquer entidade correlata, não implicaria, necessariamente, na existência de um deus supremo, criador do universo. Uma coisa não está ligada a outra. Infelizmente, poucos pensam dessa forma. Contudo, eu prefiro adotar uma postura mais cética. Se fosse para apostar a minha vida na existência ou não de seres espirituais, eu apostaria no “não”. O mesmo, para mim, se dá com a existência de um deus supremo, onipresente, que tudo sabe, tudo enxerga. Sagan, quando escreveu “O Mundo Assombrado pelos Demônios”, acertadamente nos diz que não devemos nos fechar a nenhuma idéia, por mais absurda que possa parecer. Contudo, devemos submeter essas idéias a mais rigorosa análise e, só depois de termos as evidências necessárias, podemos decidir no que acreditar (ou no “não acreditar”). Hoje, em abril de 2011, se me perguntassem no que eu apostaria, eu diria: aposto na não existência de Deus, Jesus, espiritos, entidades desencarnadas, anjos, demônios, o que quer que seja. Não por “rebeldia” (até pq já passei dessa idade, hehe), mas simplesmente porque não existem evidências. A meu ver, a natureza não é boa, nem má, ela apenas é indiferente. Justamente por isso, animais, que não carregam nenhum tipo de maldade ou sentimentos negativos, sofrem, às vezes demasiadamente. Os espiritas tentam explicar essa espécie de “carma animal”, mas sem muito sucesso, na minha opinião. Higor, foi show de bola esse seu trecho: “o grande disparate desta doutrina está em querer ser científica, mas, a mesmo tempo, não se submeter aos métodos e critérios exigidos pela mesma”. Isso é a mais pura verdade. Vá a qualquer centro é ouça dos “doutrinadores”: espiritismo é ciência. Em seguida, diga: ok, mostre-me evidências. Vai ser bem constrangedor, tenho certeza. Abs.

  61. Higor Diz:

    Eu fico até meio triste e desapontado em constatar isto, mesmo porque minha mãe é kardecista, mas não dá pra ignorar tantos disparates e contradições. Parece que essa doutrina se preocupa mais com a quantidade do que com a qualidade. Inundam o mercado com obras e mais obras e, no fim, qual é o real proveito disto? Angariar fundos para a instituição? O que eles dizem de concreto e relevante que a ciência, a história e a filosofia já não disseram?

    Um dos pontos que me revoltavam era o tal dos espíritos obsessores. Como pode haver justiça divina quando a criatura, no caso nós, que estamos neste planeta para uma suposta evolução ficamos a mercê de espíritos que nem conseguimos identificar – para nossa possível defesa? E, toda a responsabilidade, recai mais uma vez sobre o indivíduo porque eles dizem que os próprios pensamentos do indivíduo é que o levaram a atrair este tipo de encosto. Ou seja, se você pensa positivo você atrai os benfeitores, caso contrário são os obsessores. Então, porque este suposto deus de amor e sabedoria não no deixa evoluir em paz, com os nossos próprios pensamentos, que já não são fáceis, sem todo este teatro espiritual? Não é justo não poder se defender de coisas invisíveis que, segundo a doutrina podem atrasar sua vida inteira. E a lei de causa e efeito, onde entra nisso? O espírito obsessor atrasa a vida de uma pessoa e sai disso impunemente sem prestar contas a mesma? Ou então, quem sabe, na próxima encarnação o espírito obsessor e a pessoa re-encarnam na mesma família. Sabe, é muito disparate. Acaba virando uma bela de uma neurose – uma bola de neve sem fim.

    Por outro lado eu tive algumas experiências que não posso ignorar e que se encaixam na catalepsia projetiva. http://pt.wikipedia.org/wiki/Catalepsia_projetiva

    Há uns anos atrás, quando eu me deitava pra dormir, começava a ouvir um zumbido bem sutil no meu ouvido, geralmente o esquerdo. Então, meu corpo começava a se paralisar gradualmente ao ponto de eu me sentir uma pedra sem a menor possibilidade de mover, a menos que eu fizesse um esforço intencional para romper o processo. Daí, eu tinha a nítida impressão de que o chamado perispírito começava a se descolar do meu corpo, só que ele geralmente ficava preso pela cabeça. Na maioria das vezes eu tinha receio e interrompia o processo, pois, tinha a impressão de que algo estava tomando posse do meu corpo. Algumas vezes escutei até vozes sutis, não muito amigáveis pra dizer a verdade. Houve só uma ocasião em que tive a impressão de estar no teto vendo o meu corpo na cama. Pude até identificar o chamado cordão de prata que supostamente liga o corpo ao perispírito. Só que a experiência não foi nada nítida e calma – parecia que o perispírito era uma pipa em meio a uma tempestade – eu não tinha o menor controle sobre nada. Agora, já faz alguns anos que não tenho mais isto. Se existe um mundo espiritual, ou não, eu não sei, mas, quais seriam suas reais leis e finalidade, qual seria o sentido se realmente houvesse? Por que a matéria então se faz necessária? É complicado.

    Abraços

  62. Biasetto Diz:

    Vítor,
    Favor conferir um email, que acabei de lhe enviar.

  63. Gilberto Diz:

    Oi, Higor (já vi Igor, Ygor e até Ighor, mas Higor é a primeira vez) e amigos. Acredito em Deus. Mas este mundo foi feito por homens, através de suas observações do que está à sua volta. Tudo processado pelo seu cérebro limitado. A idéia de um Deus compassivo, que premia os bons e condena os maus (mesmo que estes sejam bons nesta vida, mas cometeram o erro de serem maus em outra vida, como diz o espiritismo) é um conceito que vem do velho trocadilho: o Homem fez Deus à sua própria semelhança. Mas todas as formas ilusórias de Deus têm uma coisa em comum: Ele foi uma inteligência criadora. Existem teorias de ateus, céticos e coisas afins que apontam para a POSSIBILIDADE de uma força inteligente criadora. O criacionismo, a onipresença e onipotência foram criações do homem. Talvez essa força por assim dizer esteja dentro de todos nós, nos impulsionando pela ética e pela moral. Não que a ética e a moral sejam coisas boazinhas e assim ganhamos “Pontos” pra próxima vida. Acredito que a ética e a moral fazem com que vivamos melhor em sociedade e possamos passar mais tempo estudando, meditando e crescendo. Talvez seja isso que essa inteligência de que falo seja. Ela quer que o homem continue crescendo. O mal, as guerras, as perseguições religiosas, o racismo, o crime, e todas essa coisas “antiéticas” atrasam o crescimento. Essa inteligência, como acontece com todo homem inteligente, quer ficar ainda mais inteligente. E, sendo filhos dessa inteligência, somos “deusinhos” também, continuando esse trabalho. Deus influi na gente? Claro, mas não dessa maneira mágica do “pede que vem” do cristianismo e do Islamismo, muito menos do “faça o bem pra na próxima encarnação você não nascer preto favelado ou morador de uma área de Tsunamis” do espiritismo. Os países de maioria atéia fazem o bem (não importando a quem!) sem esperar prêmios em outra vida. Nem nesta. É apenas a coisa mais SENSATA a se fazer neste mundo. O meu Deus é assim. Sensato, ético, seguidor das leis da Física (nunca ouvi falar de um milagre em que um perneta teve sua perna reconstruída) e preocupado com a evolução do homem. Já reparou que muitas religiões chegam perto dessa idéia? Até mesmo o espiritismo? Acho que todo mundo esbarra uma vez ou outra numa faceta do Deus real. Só que todos estamos muito preocupados com os nossos dogmas religiosos, que são mais fáceis de serem digeridos. Isso porque eles foram criados por homens preguiçosos que viram que dessa forma podem acumular poder. Alguns acumulam dinheiro também, mas muitos não são apegados a isso. O poder religioso de um guru, como Xavier por exemplo, vale mais que alguns milhões na conta corrente…
    .
    Quanto a Jesus, acho pouco provável não ter existido, por toda a farta documentação. E essa documentação demonstra o incrível método Hebreu de registro histórico. Os exageros aconteceram quando esses registros foram escritos, é claro. Mas nem os Judeus atuais negam a existência do Jesus histórico. Fantasiou-se em cima do homem, do líder, do revolucionário pacífico. Mas se você negar os livros e cartas do Novo Testamento, e de outros documentos que se seguiram, e quiser uma cópia de certidão de nascimento do homem, aí fica difícil. Usando o mesmo método, meu tataravô também não existiu, pois não consigo encontrar nenhuma prova sobre isso. Talvez nem mesmo eu exista. Estamos todos na MATRIX! Abraços.

  64. Caio Diz:

    Olá, Gilberto. Boa tarde. Respeito sua opinião sobre Jesus, mas não concordo com a maior parte dela. A bíblia, no meu entendimento, não é fonte alguma de evidência. Ela é, apenas, um livro de mitologia, como qualquer outro, escrita por alguns místicos do Oriente em uma época onde o ceticismo e o pensamento crítico praticamente não existiam. Era uma época trevas. O conhecimento humano engatinhava. Gostaria, se possível, que você postasse alguma fonte que possa ser classificada como uma “fonte de documentação histórica confiável” a respeito da existência do Jesus bíblico. Veja, não estou pedindo uma certidão de nascimento, óbvio. Apenas uma fonte imparcial e confiável. Há 2.000 anos atrás, um Jesus, de fato, pode muito bem ter existido. Assim como hoje existem muitos. Um homem excêntrico? Talvez. Um bom orador? Talvez. Mas ele não multiplicou nenhuma comida, nem ressuscitou pessoas mortas. Aliás, nem ele mesmo ressuscitou, visto que isso é biologicamente impossível. Toda a alegoria da bíblia aconteceu justamente em um período onde o homem estava imerso em pura ignorância. Interessante notar que os fenômenos bíblicos simplesmente não acontecem hoje em dia. Abs. (p.s: Não estou dizendo que você interpreta a bíblia ao pé da letra. De fato, analisando seu comentário, acho você não interpreta. Foi apenas um desabafo, rs.)

  65. Vitor Diz:

    Caio,
    as evidências da existência de Jesus foram mostradas nesse link: http://obraspsicografadas.haaan.com/2010/resposta-aos-argumentos-mais-comuns-dos-espritas-sobre-o-livro-h-dois-mil-anos-de-chico-xavier/

  66. Biasetto Diz:

    Fico feliz, ainda que muitos espíritas me critiquem, por participar do blog e ler depoimentos como o do Higor e do Gilberto, assim como o de outros que já apareceram e aparecem por aqui, porque vejo sinceridade e coerência neles.
    Muitas pessoas, penso que a grande maioria das pessoas, buscam as religiões como forma de se achar algum tipo de paz e esperança, em um mundo com tantas desgraças e tristezas, porque uma hora ou outra, é praticamente impossível, quem não passe por esta situação.
    Então, eu vejo com bons olhos esta busca, porque qualquer pessoa “normal”, tem lá seus motivos pra se sentir triste e desiludida, além do fato que, a princípio, orar, cantar, refletir apertar a mão do colega ou dar um abraço no outro, são ações que só fazem bem e em nada podem ser criticadas.
    O que me irrita nos meios religiosos são as idéias e conceitos que vão contra a própria natureza humana, e que ficam sendo ensinados como “verdades de Deus”, sem que haja qualquer comprovação disto.
    A idéia do pecado, por exemplo! Ah! ficou paquerando a vizinha, Deus vai castigar! Pensou nas garotas do Met-Art, isto é coisa do diabo e o umbral te espera!
    Sabem, tem coisas que são absolutamente ridículas! Muitos espíritas ficam indignados quando se colaca em dúvida a mediunidade do Chico. Como se ele fosse ou devesse ser intocável.
    As pessoas um dia deixam de contar historinhas de Saci Pererê pro seus filhos, mas aí vão em qualquer centro espírita e engolem qualquer “psicografia”, sem questionar, argumentar ou mesmo refutar aquilo, caso não mereça credibilidade. Estas pessoas dizem: “o que vale é a mensagem!” / “ele está divulgando o espiritismo” / “está falando bem do Chico”…
    E o que dizer daqueles que escutam qualquer zé mané, que até ontem só fazia bobagens e, agora, só fala de Jesus daqui, Jesus dali….
    Tem uma passagem no filme Forrest Gump em que o Tenente Dan – que está puto da vida, porque perdeu as pernas na guerra do Vietnã, então ela só bebe e tudo mais, aí ela fala pro Forrest – “Jesus, Jesus, Jesus, você já encontrou Jesus Forrest?” . E o Forrest, responde: “Ah, eu não sabia que era para procurá-lo!”
    É mais ou menos por aí…
    O Gilberto disse um dia aqui no blog que ele detesta pornografia. Às vezes, fico me perguntando o que é pornografia: ver uns filmes “quentes” ou assistir aos programas políticos, com aquele monte de mentiras.
    Assistir um Silas Malafaia, dando soco na mesa e pulando feito uma “maria louca”, e dizendo que tudo quanto é gay está com o diabo no corpo. E as novelas, com aquele monte de historinhas repetidas e idiotas, tratando o telespectador como um bobão! E aqueles jornais sensacionalistas que não cansam de falar asneiras, se aproveitando das tragédias e desgraças, até o dia em que a audiência começa a cair.
    Então, tudo tem que ser questionado. A sociedade tem que parar com “dogmas”, “tradições”, “preconceitos”. Igreja tem que prestar conta, pagar impostos. Se você “criar” um remédio e este remédio for falso, você é processado. Então, se o que as Igrejas dizem, os pastores, os padres, os gurus, os médiuns for, comprovadamente falso, eles têm que ir PRA CADEIA!
    Aí, a coisa muda… (EU ACHO!)

  67. Nilton de Brito Cavalcanti Diz:

    Prezado Biasetto,
    Há muito venho acompanhado os grandes debates neste site e tenho uma imensa admiração por muitos que aqui postam, principalmente por você. Sempre procuro aprender com todas as mensagens e conclusões que são apresentadas sem expressar qualquer ponto de vista. Contudo, ao ler seu comentário para Juliano no dia 5 de abril de 2011 “Juliano,
    O que eu quis dizer, é que pode ser que exista o plano espiritual, e que muitos espíritos, em diferentes níveis de evolução, estejam, realmente, se dedicando pelos encarnados, por todos nós, quando estamos aqui, mas que estes espíritos, também fazem o que podem – e eles não podem tudo. Porque aqui na Terra, entre nós, a coisa funciona assim também. Muitas pessoas, acredito que a maioria faz o que pode pra ajudar os outros, tem os tranqueiras e maldosos, mas tem muita gente boa também. Só que nem tudo dá pra fazer né? E com os espíritos, nossos “anjos da guarda”, de repente, é por aí também.
    Um abraço! e boa noite.” Nossa crença esta limitada ao nosso nível de conhecimento, e sobre o mundo espiritual, o que sabemos é muito pouco. Além de que, parte desse conhecimento tem sido adulterada por muitos que se dizem conhecedores da vida além da matéria, como tem sido demonstrado nas obras copiadas por muitos médiuns. Todavia, embora a humanidade tenha alcançado um nível tecnológico significativo em nosso século, esses conhecimentos não demonstram nada da grandeza do mundo além da matéria. Vejamos o caso da matéria escura, nada sabemos, se ela realmente existe ou não, pois o que sabemos é que parte do mundo observável não representa sua totalidade. Porém, eu, você e todos os demais encarnados como você falou, somos espíritos fantásticos que aproveitam frações de segundos de suas existências para conviver no mundo material, já que nossa verdadeira origem é espiritual e como o nosso conhecimento é incapaz de definir o que é essa energia, não pode admitir sua existência.

  68. Biasetto Diz:

    Nilton,
    Obrigado pelas considerações!
    Terei prazer em comentar suas palavras, mais tarde!
    Um abraço!

  69. Higor Diz:

    Até mais ou menos uma semana atrás eu nunca tinha ouvido falar desse Waldo Vieira. Me despertou curiosidade após saber que ele foi um dissidente da doutrina espírita. Então comecei a ver uns vídeos pra tentar saber os motivos que o fizeram divergir do kardecismo. Infelizmente ele ainda bate na tecla dos espíritos obsessores – dever ser pra colocar medinho nos outros – e ainda concebeu uma nova criação metafísica chamada baratrosfera, que a princípio entendi como baratosfera, referente às baratas e que seria o suposto plano destas almas, assim como, se não me engano, é o umbral do espiritismo – esfera esta que só deve existir dentro de sua própria cabeça obviamente. Acabei me deparando com este depoimento em que ele diz que o mito da Nossa Senhora de Aparecida surgiu por causa de um espantalho.

    http://www.youtube.com/watch?v=-WVWph4uCpM

    O relato começa aos quatro minutos do vídeo.

    Apesar de não crer em nossa senhora nenhuma, não sei se este mito se originou realmente disto que Waldo argumenta. Mas, mesmo que não seja verdade, este é um exemplo de como estórias banais, ou com alguma virtude admirável, quando misturadas às religiões e ao sobrenatural acabam por tomar proporções espantosas. É por estas e outras que eu me abstenho de crer, ou dar grande importância, a estas figuras que a religião, a emoção e o destempero produzem – sejam elas históricas ou não. De repente, num exemplo extremo, os tais apóstolos se juntaram e disseram, “Ei, vamos criar um mito?”. Tá certo que, se assim foi, eles arriscaram a própria vida para propagar o nome de Jesus e seus supostos ensinamentos. Mas tem gente que para entrar para a história, ou viver uma vida prodigiosa, está disposta a isto mesmo. De qualquer forma Jesus não me impressiona tanto, nem me interessa mais do que Zeus ou qualquer outro mito. Mas, de qualquer forma, eu estava até bem pouco tempo atrás influenciado pelos dados do filme Zeitgeist, só agora estou vendo que há alguns erros.

  70. Caio Diz:

    Vitor, eu já havia lido esse post que compara as evidências disponíveis para comprovar (ou não) a existência de “Lentulus” e “Jesus / Paulo”. Como eu havia dito, possivelmente existiu, sim, no período em que são narrados os textos bíblicos, um homem de nome Jesus. Você, no mencionado post, acertadamente aponta para o fato de que somente figuras que tiveram uma razoável influência histórica ou que, de alguma forma, fizeram algo marcante em algum período do tempo poderiam permanecer em tantos registros distintos. Mas o ponto que eu abordei anteriormente é: a bíblia não é uma fonte de evidência confiável para atestar a veracidade dos supostos fenômenos mágicos realizados pelo homem de nome Jesus, simplesmente porque esse fenômenos, física e biologicamente, são impossíveis. Além do mais, os místicos que escreveram os evangelhos, possivelmente muito sugestionáveis, devem ter auxiliado (e muito) na construção da personagem mágica, que faz milagres sem muitas dificuldades. Algum homem chamado Jesus possivelmente existiu no Oriente, sim, há pouco mais de 2000 anos atrás. E, possivelmente, devido à sua personalidade, digamos, excêntrica deixou seu nome marcado na história. Mas não existiram os “milagres” narrados. Ele, Jesus, habitando a terra, estava sujeito às leis físicas, químicas e biológicas do nosso planeta, o que invalida qualquer narração dos supostos “milagres” que o Cristo teria realizado. E, a meu ver, Maria não engravidou do Espírito Santo. Um dos espermetazóides do “Zé”, o pequenino Jesus, fecundou um dos óvulos da Maria, hahaha… Bem, essa é minha posição. Abs.

  71. Caio Diz:

    Vitor, eu terminei de ler hoje o livro da Sra. Piper. Valeu por disponibilizar. É triste saber que essa suposta médium viveu há um bom tempo atrás. Hoje, se tivéssemos uma personalidade como ela disponível, poderíamos realizar testes mais bem controlados e muito esclarecedores que, com certeza, nos trariam resultados interessantes sobre o tema. Infelizmente, o que existe hoje por aí é um amontoado de pessoas usando leitura fria para arrumar algum trocado e/ou status. Achei interessante o fato do Sage e, pelo que parece, de quase todos os envolvidos no caso, considerarem fortemente a existência da telepatia, não no caso da Piper, claro, mas para explicar outros supostos casos. O Sage aborda a telepatia como se fosse um tema plenamente aceito pela ciência. E, como eu já suspeitava, existem duras críticas (ver pg. 95) ao espiritismo kardecista. Sage e Hyslop deixam bem claro que, na visão deles, a hipótese da reencarnação é algo completamente inaceitável. Abs.

  72. Caio Diz:

    Alguém mais aí leu o livro também?

  73. Caio Diz:

    Apenas corrigindo: É Sage e Frederic Myers que colocam a reencarnação como algo inaceitável (pg. 95).

  74. Vitor Diz:

    Oi, caio
    duvido que hoje pudesse se fazer testes mais controlados do que na época de Piper. Ela era tratada como um rato de laboratório, e várias coisas que os cientistas daquela época faziam seriam vistas como inaceitáveis hoje em dia no sentido de que facilmente caberia um processo por parte da médium, como os testes para saber se ela estava em transe ou não, conta-se que jogaram até mesmo ácido garganta abaixo dela!
    O que hoje se poderia fazer, claro, era se usar eletroencefalogramas para saber o que ocorre com um médium quando está em transe. Nisso a tecnologia atual tem muito a contribuir. Mas em termos de “medidas contra a fraude”, o rigor dos cientistas da época é insuperável. Nenhum cientista hoje teria condições legais de fazer o que eles fizeram.

  75. Gilberto Diz:

    OI, Caio. Os milagres de Jesus não vão contra lei alguma da física. Admito que as escrituras mostram exageros atribuídos a ele, como andar sobre as águas e multiplicar peixes, mas seus milagres propriamente ditos são bem plausíveis. Voltando ao assunto Quevedo, que de vez em quando eu toco, leram “Antes Que Os Demônios Voltem”? Ótimo livro, pré-inquisição contra Quevedo. Nesse livro, ele diz que os milagres de Jesus foram psicológicos (doenças de pele, catalepsia, coma auto-induzida, esquizofrenia, hemorragia ginecológica, etc). Depois de sofrer uma “inquisição” moderna, Quevedo veio a público falar dos milagres católicos. Isso acabou com a credibilidade dele, mas seus livros são sim bem interessantes. A explicação dele dos milagres de Jesus é perfeita e nada impossível. Só coisas que realmente uma boa oração pode resolver. Ou uma meditação. Ou outro ritual religioso qualquer. O cristianismo é mais bem sucedido porque é muito pesquisado e desenvolvido em termos de técnicas de PNL. Não digo que todos sejam fraudes conscientes, mas os mecanismos dos milagres se desenvolveram e aos olhos menos atentos são realmente impressionantes. A remissão de doenças existe. O efeito placebo nada mais é que a prova que compromidos de farinha podem curar. O organismo humano está programado para a auto-cura. Quando um agente externo vem contribuir, essa programação pode se acelerar. Ou a fé pode ser o próprio gatilho para a cura surgir. Isso sem contar com todos os benefícios secundários da religião: amizades mais sinceras, atividades de caridade, é bom pra “desencalhar”, dentre dezenas de outros benefícios. O espiritismo é ainda melhor, pois reforçam sempre o fato de que os integrantes daquela religião têm mais escolaridade, de que estão anos a frente das religiões dogmáticas, que sabem explicar com uma lógica incrível, digamos, TUDO, dentre outros benefícios. É bom se sentir especial. É bom ser um “escolhido”. É bom ter a certeza de que se está “salvo”. O pastor Nelson Ned (o anão cantor com aquele vozeraço) disse que os crentes sofrem de “complexo de superioridade”. Ele precisou ter uma doença grave nos olhos pra aprender a verdade. A verdade o libertou. Ele continua sendo pastor, mas agora com mais consciência e responsabilidade. A religião não precisa ser ruim, acredito eu. Mas concordo que os exemplos que temos por aí nos dá uma vontade danada de sair por aí queimando supostos “livros sagrados”…

  76. Biasetto Diz:

    Saudações a todos!
    Gilberto, é incrível, mas você mudou e muito.
    Quando você deu uma sumida do blog, acho que você fez algum tipo de busca espiritual, porque você não é o mesmo!
    Suas colocações continuam sábias, mas estão mais “espiritualizadas”. Vítor, “milagres” acontecem!!!
    .
    Nilton,
    Quando eu comecei a acessar este blog, ficava com muita raiva das coisas que lia aqui.
    Cresci dentro do dogmatismo católico mas, por decisão e escolha pessoal, abandonei o catolicismo e me interessei pelo espiritismo. Isto já faz mais de 20 anos.
    Li muitos livros espíritas, cheguei a frequentar centros, mas percebi muitas bobagens por lá também e cai fora!
    Tinha na figura do Chico a certeza de que a mediunidade realmente existe. Hoje, já não penso mais assim.
    Não posso afirmar, categoricamente, que o Chico nunca foi médium, mas também não posso negar, que vários livros que “saíram de suas mãos” estão impregnados de passagens e idéias de outros livros, livros anteriores, alguns nem são espíritas.
    Eu nem diria que o Chico andou plagiando, eu prefiro afirmar que ele adaptou obras. Por exemplo, “A Vida Além Do Véu” (Owen) – tem inúmeras passagens, idéias, conceitos e informações, que aparecem em muitos “livros do Chico”.
    Tenho recebido emails de colegas espíritas que dizem não duvidar da mediunidade do Chico, simplesmente porque ele foi uma pessoa muito boa, honesta e tudo mais. Mas eu penso diferente, porque até hoje, não encontrei respostas de como duas páginas de “Vida de Jesus” (Renan) foram parar em “Há Dois Mil Anos”. Ou, como que “Mecanismos da Mediunidade” é praticamente uma cópia de “O Átomo”(Fritz Khan).
    Alguns espíritas alegam – eu também já disse isto – que foi o espírito que “copiou”. Mas neste caso, o espírito deveria ter indicado a fonte, porque plágio é crime – e se o espírito não corre o risco de sofrer um processo, o médium ou a editora correm. Então, o espírito comunicante deveria ser cuidadoso o suficiente para evitar este risco.
    Até hoje, ninguém conseguiu achar uma prova concreta sobre a existência de Emmanuel ou André Luiz.
    Os espíritas também têm inúmeras desculpas pra isto, mas não me convencem mais.
    O Chico, quando era perguntado se André Luiz teria sido Osvaldo Cruz, deixava a questão no ar; se a pergunta fosse sobre Carlos Chagas, também. E o mesmo, deve ter acontecido com a pergunta de Luciano dos Anjos, se André Luiz não teria sido Faustino Esposel.
    Oras bolas! Se o Chico sabia quem foi André Luiz, então ele poderia dizer: “Não vou falar quem foi André Luiz, porque ele não quer. Porém, posso garantir que não foi esse, nem esse, nem aquele. Um dia, com certeza, vocês saberão.”
    Mas o Chico não fez isso, o que me faz pensar que André Luiz nunca existiu mesmo – então, ele, o Chico, deixava a coisa rolar, porque tanto faz como tanto fez!
    .
    Higor,
    O Waldo Vieira é um tremendo trapalhão, cheio de contradições.
    Ele disse que psicografou com o Chico, vários livros do André Luiz. Ele diz, com todas as letras, que o André Luiz foi Carlos Chagas, mas não explica as diversas contradições que existem entre a biografia de Carlos Chagas e as informações dadas por André Luiz (sobre si mesmo!).
    O Waldo Vieira adora fazer um comentários apimentados sobre o Chico, inclusive que o Chico foi homosexual.
    Seria bom perguntar pro Waldo, então, como fica, já que os dois moraram sozinhos por anos. E aqui não vai nenhuma crítica aos homosexuais, porque não os diminuo em nada. A questão é que o Waldo adora aparecer, então seria bom colocá-lo nesta saia-justa.

  77. Caio Diz:

    Gilberto, a seguir, alguns supostos milagres atribuídos a Jesus que, considerando as leis naturais que atuam sob nosso planeta, seriam simplesmente impossíveis: (1) a transformação de água em vinho (química e fisicamente, como isso ocorre?); (2) as ressurreições da filha de Jairo e de Lázaro* (biologicamente, como isso ocorre?); (3) a multiplicação de pães (química e fisicamente, como isso ocorre?); (4) acalmar uma tempestade (fisicamente, como isso ocorre?). Mas você levantou dois pontos interessantes. Na realidade, você chegou exatamente aonde eu queria: (1) alguns dos “milagres” presentes na extensa lista de milagres, na realidade, eram truques, possíveis, inclusive, de serem reproduzidos; (2) alguns dos “milagres” relativos à cura de doenças, na realidade nada mais eram do que placebo, o próprio organismo de uma pessoa trabalhando para compensar uma patologia. Dito isso, podemos deduzir 3 situações: (a) Jesus NÃO realizou boa parte dos milagres, porque eles são incompatíveis com as leis naturais que vigoram no nosso planeta e, admitindo isso, teríamos que concluir que tudo foi pura invenção; (b) Jesus NÃO realizou boa parte dos milagres, porque, na verdade, eles nada mais eram do que truques, ilusionismo, totalmente possíveis de serem reproduzidos por alguém com mais habilidade nesse campo; (c) Jesus NÃO realizou boa parte dos milagres, sobretudo aqueles que dizem respeito à cura de determinadas doenças, porque o que ocorria nada mais era do que um placebo. Nós podemos enquadrar os “milagres” de Jesus em “a”, “b” ou “c”. Invenções, truques, placebo… Mas não milagre. É essa minha posição.

  78. Caio Diz:

    * Hoje, temos recursos para reanimar uma pessoa que, por alguns instantes, pode parecer praticamente morta. O desfibrilador é um bom exemplo. Contudo, nós sabemos obviamente que, há 2000 anos atrás, qualquer recurso como esse era indisponível. Além disso, a própria narração da bíblia deixa claro que as supostas ressurreições não ocorriam por nenhum expediente similar a “ressuscitar uma pessoa que está tendo uma parada cardíaca”.

  79. Edmundo Diz:

    Vitor

    Voce poderia traduzir para o Blog o relatorio final, de 300 paginas, feito por Montague Keen, quando da conclusão da investigação do caso Scole. O mesmo é encontrado nos relatorios da SPR, porem na lingua nativa.

  80. Vitor Diz:

    Oi, Edmundo
    há uma versão em português do livro sobre os experimentos Scole, ao menos.

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