O Caso dos Dedos Faltantes: Evidência Comprovativa de Sobrevivência

Um registro de evidência mediúnica da aparente sobrevivência de um profissional conhecido pessoalmente pelo autor (Tom Cross), visto pela última vez trinta e dois anos antes. No primeiro contato, o autor não tinha qualquer conhecimento de sua morte. A averiguação levou algum tempo, durante a qual um segundo contato foi feito, e, na época, cinco médiuns produziram comunicações independentes. Elas são apresentadas e discutidas.

 

INTRODUÇÃO 

O autor tem, durante quatorze anos, prestado serviços em igrejas Espiritualistas e participado de sessões privadas com médiuns e registrado o que a mediunidade deles produziu. Tentativas de ‘contato’ particular nunca foram feitas. Nos primeiros quatro anos, notas foram feitas, freqüentemente com a esposa do autor a registrá-las, e vice versa. Os últimos dez anos estão em fita cassete e são predominantemente de sessões privadas, sempre feitas a sós. Nenhuma condição de sessão espírita de qualquer espécie jamais foi criada; caso se busque uma analogia, seria como qualquer entrevista profissional normal. Houve intervalos de quatro a seis semanas sempre que possível e nunca duas vezes com o mesmo médium durante qualquer ano. De acordo com os dados da época, houve 150 serviços/sessões, com 50 médiuns diferentes. Eles produziram uma massa de evidência familiar e outras pessoais, muitas delas verídicas, mas não de um tipo que fosse do interesse ou que convencesse a outros inquiridores/pesquisadores. O que segue é o segundo exemplo bom, na visão do autor, de aparente continuidade e corroboração de comunicação.  

O CASO

Em 3 de abril de 1989, eu participei de uma sessão privada em Liverpool com uma senhora escocesa de Kirkcaldy. No curso de uma sessão de trinta minutos, ela perguntou se eu conhecia o nome Kennedy. Eu disse que conhecia, mas que isso tinha sido há muito tempo. Ela disse que podia ver uma mão com a parte de cima de dois dedos faltando. Adicionou que havia um anel em um dos dedos da mão e que não podia ser uma senhora. Nisso, voltei cerca de trinta e três anos, para uma ocasião quando tinha vivido em Hong Kong. Eu estivera lá, em janeiro de 1956, para tratar de um compromisso de ensino com o então Escritório de Guerra. Viajando de avião comigo havia um jovem escocês, James Kennedy. Havia escassez de acomodações civis na época de nossa chegada e ele e eu fomos colocados no refeitório dos oficiais de um depósito de material militar da artilharia adjacente à escola secundária onde íamos trabalhar. Um dia, enquanto atravessávamos o refeitório para almoçar, Jim mostrou-me uma das suas mãos com, como eu claramente me lembro, a parte de cima de dois dedos faltando. Minha memória é das almofadas dos dedos e um pouco das unhas faltando, dando-lhes um visual aplainado. Ele disse que tinha ocorrido num acidente, mas não deu nenhum detalhe, ao que eu me lembre. Minha esposa chegou por mar em maio com nossos bens, quando nós nos mudamos para uma acomodação privada.

Por volta dessa época, ou um pouco mais cedo, Jim mudou-se para o alojamento civil e desde então eu tive cotidianamente somente contato profissional com ele. Ele permaneceu na escola apenas até completar o mínimo de dois anos de contrato e a deixou no final de 1957. Ficamos dez anos, nossos dois filhos nasceram lá, e eu não tive nenhum contato com ou conhecimento dele depois desse tempo.

Eu estava, naturalmente, ávido para conseguir alguma explicação para esta mensagem muito inesperada, embora breve. A princípio, eu tinha sérias dúvidas da sua capacidade de se comunicar. Embora soubesse da clarividência dos vivos, eu também acreditava que ele era um tanto mais jovem que eu. Sem outras linhas de contato, arrisquei escrever ao nosso patrão anterior, anexando uma carta e pedindo que fosse remetida ao seu último endereço conhecido. Para minha grande surpresa, após muito tempo eles o fizeram, mas a carta permaneceu nas mãos do correio por dois meses, como os carimbos do correio mostram, antes de retornar para mim, em 13 de agosto de 1989, carimbado “Não se encontra neste endereço”. Entretanto, em 7 de julho de 1989, coloquei um anúncio pessoal no The Times Educational Supplement, sem qualquer resultado. Então, em 20 de agosto de 1990, durante uma sessão privada em Liverpool com uma senhora de Enfield, ela perguntou se eu tinha conhecido um cavalheiro com dois dedos faltando. Perguntei se ela queria dizer a totalidade dos dedos e ela corrigiu para a metade dos dedos. Ela também perguntou se ele tinha usado barba alguma época, e lembrei que havia crescido uma em Jim durante umas férias, para a surpresa divertimento geral na época, mas retirando-a antes de voltar à escola. Ela disse que ela estava ciente das feridas na cabeça dele e que havia “algo errado na área do peito”. Ela também perguntou se a perda dos dedos tinha ocorrido com alguma máquina. Naquele momento eu não podia responder isso, nem aos nomes Phillips, Tony e Walty. Claro que isso aumentou o desejo de buscar uma resposta. Parecia-me que a melhor linha de pesquisa era a Escócia e depois de contatar o Instituto Educacional de lá, o qual não pode localizá-lo em seus registros, eu coloquei um anúncio pessoal no The Scotsman e no Edinburgh Evening News de 30 de agosto de 1990. Um dia depois, a irmã de Jim ligou-me, extremamente surpresa pelo que eu tinha dito, mas confirmando que ele tinha desencarnado em fevereiro de 1986.

Para a minha surpresa, ela não se lembrou de nenhum acidente particular com alguma máquina, mas adicionou – e disso eu era ignorante – que, logo ao deixar a escola, Jim tinha começado um curso de marceneiro, quando ele certamente teria usado o maquinário de xilogravura. Mais tarde, ele conseguiu um posto na universidade, onde ensinava história. No entanto, ela se lembrou de ele falar em uma ocasião sobre não ter impressões digitais em uma das mãos, e isso ela confirmou com um amigo de seus dias de aprendiz. Ela achava que as mencionadas feridas na cabeça poderiam se referir a uma ocasião quando ele era muito jovem, em que ele, de molecagem, acendeu papel numa fogueira e isso queimara um lado de seu rosto e cabeça. Eu lembro que, às vezes, a alta temperatura em Kong de Hong deixava sua pele muito clara notavelmente vermelha de um lado. Sua doença final — ela disse que ele sempre fora um fumante inveterado. Isso certamente se encaixava com “algo errado na área de peito”. Os nomes não tinham um significado imediato para ela, mas Walty poderia se referir a um primo, Walter, que também tinha morrido e era conhecido por esse nome.

Em 25 de junho de 1991, tive uma sessão privada em Liverpool com uma senhora da região. Durante uma hora, ela perguntou se eu sabia de alguém que era “como uma espécie de fazendeiro”, adicionando “sinto que estou sobre a terra com ele”. Ela então perguntou se havia “um tiquinho de dedo faltando nele”, dizendo antes que eu respondesse, “Estou bastante segura; ele o está mostrando novamente, de modo que eu estou bastante segura”. Acrescentou, “É somente a parte de cima do dedo mindinho que parece estar faltando. Eu só posso ver o modo com que a pele se repuxou, e não há unha alguma. Mas não é feio de qualquer modo.” Ela então deu alguns nomes, incluindo o de Phillips outra vez, e falou de um cão de caça. Ela acrescentou que tudo isto parecia ser da natureza de “um sonho virando realidade”.

Isso, outra vez, sugeria fortemente que Jim era o comunicador, mas algumas referências eram novas, a saber: a terra e o cão de caça. Eu então falei outra vez com sua irmã, mas ela foi incapaz de adicionar qualquer coisa substancial, exceto que o nome de Phillips, surgido novamente, parecia familiar, mas nada mais. Ela então sugeriu que poderia ser útil se eu falasse com a uma senhora que vivia próxima a Londres e que tinha sido colega de ensino e uma amiga muito boa de Jim por alguns anos. Eu a contatei e a visitei quando minha esposa e eu estávamos com um de nossos filhos durante o Ano Novo de 1992. Ela tinha ouvido falar das comunicações através da irmã do Jim — elas são boas amigas— e foi capaz de confirmar outra vez a maior parte do que eu tinha sido capaz de estabelecer; lembrou, por exemplo, de ele dizer, em mais de uma ocasião, que não tinha qualquer impressão digital, e lembrou-se da aparência levemente encurtada e aplainada dos dedos. No entanto, ela foi capaz de dizer que o nome Phillips quase certamente se referiria a um amigo muito bom de Jim que morrera por volta de 1980. Quanto ao cão ou ao cão de caça, ela disse, apontando para uma poltrona, que “Jim Kennedy sentava-se aí em numerosas ocasiões e dizia que seu desejo ao se aposentar era o de ter um cão grande e realizar longos passeios pelo país”. A idéia de um fazendeiro ela achou intrigante, mas difícil de comentar. No entanto, a ideia de um sonho se realizar podia, sentia, se encaixar na sua recordação disso.

Isso é o registro da época. Digo da época porque veio mais que, embora muito interessante, não adicionou nada de muito significativo ao que foi informado aqui. Em resumo, enquanto eu realizava uma sessão privada com uma senhora próxima de Manchester em 18 de fevereiro de 1992, ela falou de “um compatriota ou fazendeiro” vindo e deu uma descrição que se encaixaria em Jim, o qual, ela disse, curiosamente tinha trazido um pavão. Então, em 11 de maio de 1992, quando fiz uma sessão privada com uma senhora em Telford, uma comunicação muito longa foi dada, quase toda ela uma descrição muito detalhada de um patrício que esteve atirando, e tinha descrito sua roupa, incluindo o uso de um boné e sapatos de couro atanado, seu cão — um Labrador preto — sua casa e dependências, que incluíam uma serralharia com uma serra circular. Nenhum nome ou outra comunicação oral foram dados, mas comentários consideráveis foram feitos sobre o homem e seus aparentes caráter e personalidade. Então, mais ou menos na metade de um intervalo de uns vinte minutos, a médium disse abruptamente: “Agora estou olhando as mãos do cavalheiro”. Ela então descreveu as mãos em detalhe considerável (embora ela dissesse que achava isso difícil, pois ela nunca teve mãos mostradas tão claramente), vendo uma “cor amarela” nas unhas, mas sua atenção então foi atraída pelo cavalheiro para a mão direita, onde ele apontou, primeiro, para o dedo próximo ao dedo mindinho, que ela disse que estava “deformado” e “faltando na parte de cima”. Ele então apontou para o dedo médio, onde, ela disse, “eu não sei se foi cortado fora, porque no final estava faltando um pedaço”, adicionando que isso era verdade também no outro dedo, mas que nada disso o tinha deixado incapaz. Concluiu dizendo, pela segunda vez, que ela sentia “condições no peito e problemas de respiração” no cavalheiro, a quem a esta altura foi dito fazer a única observação, de que ele estava “aprendendo” e que se comunicaria outra vez, especificamente na “sessão depois da próxima”. Falei dessa última comunicação com as duas senhoras mencionadas, que tinham ouvido a gravação, e elas observaram que, apesar da doença final prolongada de Jim tê-lo impedido, ele sempre quis ter um cão Labrador, e que ele teve sempre e somente usou sapatos de couro atanado tal como descritos, mas nunca usou um boné ou chapéu e que ele tinha forte aversão a revólveres ou armas de qualquer tipo.

Os cinco médiuns vivem e normalmente trabalham em distritos da Igreja Espiritualista que tem pouco ou nenhum contato um com o outro e a idéia de conluio de qualquer espécie é altamente improvável. De fato, minha experiência com os médiuns típicos sugere que tal ideia não lhes ocorreria. A respeito da motivação monetária; eu nunca paguei mais de cinco libras por uma sessão de trinta minutos, e você tem que ser alguma espécie de fanático para fazer o que é preciso para transformar isso num conluio rentável. É possível que a terceira médium soubesse da primeira, já que a última visita Liverpool normalmente duas vezes ao ano, mas como ela opera pela personalidade do guia, dito ser uma menina siamesa (sic) tagarela, é improvável que a médium esteja sequer ciente do que é comunicado. Minhas sessões com eles, todas separadas por um ano ao menos, foram, em termos gerais, a quarta, primeira, terceira, quarta e segunda na ordem informada. Eu nunca, em qualquer época, tinha falado com médiuns antes dessas sessões além das gentilezas conhecidas; de fato seria auto-ilusão agir assim. Um breve comentário ocasional pode ser feito depois de finda uma sessão, mas, como com a maioria das coisas da vida, é justamente aí que tudo se encerra — e, de qualquer jeito, está tudo em fita. Eu não sou Espiritualista, embora eu seja membro associado da igreja de Liverpool, a qual me disponibilizou muitos médiuns. No entanto, eu não freqüento a igreja, nem tenho amigos que sejam espiritualistas. Tenho vivido a cerca de cinqüenta milhas de distância após passados seis anos. Se possuo mentores nesta área de interesse, são os escritos de Swedenborg, a literatura teosófica e a pesquisa psíquica, embora nenhuma rendição seja devida e eu tenha pouco tempo para sistemas de crença.

Aprecio a necessidade por algum comentário para a pesquisa em si, o background para ela e sua possível veracidade, para que ela possa ser vista com alguma objetividade. Ao tentar fazê-lo, e para ser breve, no entanto, devo deixar claro que um tanto mais poderia ser dito. Eu tomo a ideia de sobrevivência naturalmente do ensino religioso, no qual ela está pelo menos implícita e, absolutamente, necessária. Essa consciência sempre esteve comigo, e como as introspecções mais ortodoxas fracassaram cada vez mais em levar-me além da fé e da aceitação, voltei-me aos amplos acres do psíquico (uma classificação limitada) por uma explicação. Eu não fui movido por qualquer experiência pessoal ou necessidade. Comecei em 1978, mas, fora meu pai (que morreu em 1976 com setenta e seis anos) e minha mãe (falecida em 1987 com oitenta e quatro), a mais normal das privações, tanto dentro da própria família (de minha esposa e dois filhos e suas quatro crianças) como de famílias maiores, não houve nenhum acontecimento que me moveu a procurar confiança espúria na evocação de espíritos. No entanto, por muito tempo, tive a visão que o medo e a ignorância da morte são obstáculos e restrições importantes ao progresso da humanidade. Já havia evidência suficientemente na literatura séria que o interesse antigo e contínuo sobre a sobrevivência tinha substância razoável, e eu simplesmente fui impelido a modestamente somar com algo através de um processo mantido a base de escuta e registro. Ambos provaram ser fascinantes e, pessoalmente, muito recompensadores.

Quanto à veracidade: estou ciente das objeções e dos avisos sobre a mediunidade. Minha abordagem tinha em mente que recrutar um grande grupo poderia ser mais produtivo e, se bem sucedido, convenceria tanto o cético instintivo, quanto aqueles de mente científica. Uma prova completamente convincente de sobrevivência não existe, na minha visão. O melhor que se pode esperar é um grau de convicção de que sobrevivemos à morte do corpo e do qual tenho apenas a dúvida residual de alguém que nunca diretamente viu ou ouviu algo que o médium informou. Uma explicação adequada, similarmente, de qualquer processo que produza a mediunidade é desconhecida atualmente. Se pesquisas, tais como essa, tem algum valor, deve-se procurar convencer aqueles da comunidade científica que há algo digno de pesquisa séria, e talvez em convencer outros a replicar minha abordagem. Eu gostaria de adicionar aqui que nunca experimentei ou topei com os perigos, incluindo efeitos deletérios nos médiuns, que freqüentemente são ditos estarem associados com a mediunidade.

Os resultados de meus estudos são, talvez, melhores avaliados em termos de probabilidade. Ofereceu-se aqui a semelhança de registro de cinco médiuns diferentes por um período de três anos, embora em um caso a semelhança seja somente leve e não haja o acordo ou o alcance de toda a possível evidência que alguém deseje ver. No entanto, a informação dada por um comunicador (que não é conhecido do recipiente) soa bastante não só como evidência, corroboradora, como resiste à maioria das objeções teóricas quanto à eficácia da mediunidade. A qualidade mediúnica varia grandemente de médium para médium, e a interpretação de suas impressões freqüentemente simbólicas e predominantemente visuais parece depender pesadamente de competência e experiência.

Ofereço três exemplos de evidência familiar para apoiar a visão de probabilidade. Embora meu pai tenha morrido em 1976, não foi até 1981-82 que referências foram feitas a ele; isso aumentou de 1984 em adiante, quando ele começou a expressar preocupação pela saúde da minha mãe. As mensagens recebidas pelo contato contínuo combinaram muito proximamente com a realidade dos acontecimentos em sua vida, até que ela desencarnou em 1987. Ela tem se comunicado regularmente desde essa época. Corroboração semelhante à informada acima também é evidente, a mim e para eles que o conheceram, na referência (por vários médiuns) do mancar singular de meu pai. Isso foi o resultado de um acidente um tanto sério no pátio do recreio da escola por volta de 1910, quando a trava de ferro quebrada da chuteira de um oponente entrou em sua perna enquanto jogava futebol. Em terceiro lugar, minha mãe viveu cerca de nove anos durante esta pesquisa (seu metodismo galês a desaprovando levemente), mas nunca durante esse período qualquer médium pretendeu trazer uma mensagem dela, ou fez qualquer intimação semelhante, a menos quando, exatamente um mês antes de sua passagem, “mãe” foi recebido, então imediatamente mudado para “mãe da mãe”.

Apresento isto como uma evidência fortemente convincente de sobrevivência. Apresentei registros de cada um dos trechos pertinentes. As fotocópias de todo o material relevante foram fornecidas e ambas as senhoras referidas estão preparadas para fornecer suas observações aos investigadores. (O primeiro bom exemplo de evidência corroborada, ou mesmo de correspondência cruzada, apareceu em The Christian Parapsychologist, Vol. 6, Nº 7, de setembro de 1986.)

24 Windmill Drive

Audlem, Cheshire.  CW3 OBE

Referênca original: Cross, Tom. The Missing Fingers Case: Corroborated Evidence of Survival. Journal of the Society for Psychical Research, Vol. 59, 1993-4, pp. 109-113.

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Este artigo foi traduzido para o português por Vitor Moura Visoni e revisado por Marcel Milcent.

97 respostas a “O Caso dos Dedos Faltantes: Evidência Comprovativa de Sobrevivência”

  1. Biasetto Diz:

    Vítor,
    Dei uma lida meio superficial, mas assim como a matéria da Cristina, achei muito interessante. Parabéns, novamente.
    Um abraço!

  2. Gilberto Diz:

    Mais um relato casuístico. Viu quem viu, ouviu quem ouviu. Os documentos comprobatórios se encontram registrados em cartório na comarca de West Williamburg, no condado de Frankenweller, distrito de Birminghamshire, País de Gales, sob o número 38934663/7, registrado em Cambridgeham pelo escrivão Mr. Bean, no Reino Unido!!!!! MUITO longe de ser a pretensa “evidência comprovativa de sobrevivência” apregoada no título!!!! Se for, Vitor, mande o governo Inglês retirar a obrigatoriedade de todo estabelecimento espírita de ter um placa dizendo que aquele estabelecimento é “para fins de entretenimento apenas”. O autor tenta tanto dizer que não tem nada de espírita, nem tem um amigo de um vizinho que tem um primo que passou na porta de um centro espírita, que causa estranhamento. Esse caso parece MUITO com os relatos ufológicos que circulam por aí. Você lê e diz: “Não estamos sós.” Pelo menos o título do post poderia ser menos pretencioso. Parece site espírita, Vítor!

  3. Vitor Diz:

    Oi, Gilberto

    1. O título do post é o título do artigo traduzido, que se chama “The Missing Fingers Case: Corroborated Evidence of Survival”. Nada posso fazer quanto a isso.

    2. Quando você diz “relato casuístico”, é impressão minha ou você está igualando esse tipo a “evidência anedota”, especialmente quando diz coisas como “Viu quem viu, ouviu quem ouviu”? Se for, bem, eu não vejo a pesquisa do autor como “evidência anedota”, e sim como “estudo de caso”, algo muito mais forte. Veja, muitos relatos anedóticos são praticamente indistinguíveis de lendas urbanas. Por outro lado, estudos de casos como alguns dos melhores feitos por Ian Stevenson são tão meticulosos e tão ricos de detalhes, e tão cautelosos com relação às demais possibilidades, que na verdade se constituem em evidência observacional de boa qualidade, assim como ocorre em estudos de zoologia etc. E Cross (a meu ver) realizou um bom trabalho investigativo, gravando as sessões, realizando múltiplas entrevistas e sendo transparente ao disponibilizar o material que possui. Ele poderia ter se aprofundado em outras coisas – eu, por exemplo, adoraria saber mais sobre aquele guia que se dizia uma menina…siamesa!!! – mas penso que iria fugir ao cerne do artigo.

    3. A partir do momento em que os casos de UFOs passarem a fornecer informações mais verificáveis por parte do pesquisador (p. ex, se um abduzido disse que teve um contato com um ser extraterrestre e esse ser lhe disse telepaticamente “eu sou um alienígena e vim da galáxia X em um planeta que fica no quadrante estelar Y orbitando a estrela que vocês chamam Z e enfiei uma sonda feita de um metal não conhecido na Terra no seu ânus” 😀 e de fato a pesquisa revelar a existência de tal planeta e metal antes desconhecidos) aí acharei a comparação com a Ufologia válida. Até lá não.

    4. O que eu penso ser válido nos seus comentários é quando você diz “O autor tenta tanto dizer que não tem nada de espírita, nem tem um amigo de um vizinho que tem um primo que passou na porta de um centro espírita, que causa estranhamento”. De fato, diferentemente de Stevenson, nós não temos um bom conhecimento a respeito do investigador. Stevenson exibe um currículo imensamente respeitável como pesquisador em uma área muito delicada. Isso nós ainda não temos de Cross, e provavelmente nem venhamos a ter.

  4. Gilberto Diz:

    Bom, Vítor, minhas observações:
    .
    1. “Comprovativa” não é a mesma coisa que “corroborated”. Essa palavra em inglês significa “dar força a”. Portanto eu traduziria o título do estudo como: “Fortes Evidências de Sobrevivência”. Pode ser trocar seis por meia-dúzia pra alguns, mas “Comprovativa” denota certeza, enquanto “Forte” indica uma importante evidência, mas não definitiva.
    .
    2 e 3. Acharam os dedos? Não. Foi tudo coletado baseando-se em testemunhos. John E. Mack, Psiquiatra com Phd escreveu diversos trabalhos até mais pesquisados que os de Stevenson (e que este aqui) sobre Abduções Alienígenas, e seu trabalho “Abduction” mostra 12 casos de abdução que colocam os 12 casos de Stevenson com vergonha. E existem centenas de trabalhos semelhantes escritos por pessoas sérias. O problema é que elas, assim como você, acreditam no que pesquisam, e isso causa um “bias” (não sei traduzir esta palavra!) perigoso. O tal “Quer Acreditar” do Fox MUlder.
    .
    4. Stevenson, bom, ele “queria acreditar”. Achou o que queria. O mundo é vasto e a humanidade vive no limiar da realidade com a imaginação. Para alguns, essa distinção é tão tênue que não se sabe quando termina uma e quando começa a outra. Isso explica um pouco porque os trabalhos de Stevenson são em sua maioria esmagadora feitos em países onde o mágico convive com a realidade do dia a dia. Mesmo porque a dureza da vida das pessoas desses lugares pede um “refresco”, e ele vem através dessa quase real fantasia.

  5. Gilberto Diz:

    O ítem 4 foi um plágio “mix” de Rod Serling com Benedita da Silva!!

  6. Vitor Diz:

    Oi, Gilberto

    1. Sua tradução acredito ser de fato melhor, tanto no sentido “lingüístico” como no “científico”. O próprio autor diz ao final “Apresento isto como uma evidência fortemente convincente de sobrevivência”. Mas pelo menos essa tradução, diferentemente das outras, foi gratuita 😀

    2. Veja, a questão da falta dos dedos é algo que o pesquisador já tinha averiguado por si próprio. Uma coisa é o testemunho de terceiros, outra coisa é o testemunho do próprio investigador. Para supor que o sujeito tinha os dedos você teria necessariamente que assumir que o próprio pesquisador, que conheceu pessoalmente o sujeito, mentiu (ou pelo menos que tinha um seriíssimo problema de memória), mas aí você invalida qualquer tipo de pesquisa, inclusive experimentos controlados em laboratório.

    3. Eu não conheço o trabalho de Mack. Ele concluiu pela hipótese extraterrestre? Se sim, você conhece algum estudo de caso dele – ou de qualquer outro – publicado em alguma revista científica que se considere como do tipo fortemente evidenciador da hipótese extraterrestre para que eu possa avaliar? E “bias” normalmente traduzo como “viés”.

    4. Essa acusação de Stevenson “querer acreditar” pode ser acertada, mas, a meu ver, vazia. Aqui vou tomar emprestado as palavras do Sr. José Carlos, com ligeiras adaptações: “O mais importante a verificar é o conteúdo em si das pesquisas, muito mais do que detalhes acerca de possíveis “linhas de formação”, “motivações”, ou “orientações ideológicas” do autor. Ou o conteúdo é bom, ou não é; ou é relevante, ou não é; ou a pesquisa é (relativamente) bem feita, ou não é – e a verificação disso independe de quaisquer investigações acerca da pessoa do autor, investigações essas que, quase sempre, acabam resvalando para o “ad hominem” puro e simples. Pouco importa se a “motivação” de alguém para realizar uma pesquisa é “nobre” ou “sórdida”; o que importa é se a pesquisa é bem feita, e se tem fundamentos razoáveis para afirmar o que afirma. Se o autor lançou-se à pesquisa para “esclarecer a Humanidade”, ou para “aparecer”, ou mesmo para “provar uma ideologia que adota”, tudo isso é irrisório.”

    Lembro ainda que as pesquisas de Stevenson foram replicadas por pesquisadores independentes. Veja o viés que Antonia Mills tinha antes de investigar esses casos:

    Antes de realizar essa pesquisa, eu estava preparada para concluir que alguns ou, talvez, todos os casos que eu investigaria seriam logros praticados por uma série de razões, como o desejo de uma criança e/ou de sua família de se identificar com uma casta superior. As investigações não confirmaram essas suposições…
    Meus estudos indicam que um pesquisador independente, usando os métodos de investigação de Stevenson, encontrará resultados similares. Há aspectos de alguns casos que não podem ser explicados através dos meios normais. Não encontrei nenhuma evidência de que os casos que estudei fossem fruto de fraude ou fantasia…
    Assim como Stevenson, concluí que, embora não ofereçam provas incontroversas da reencarnação ou de qualquer processo paranormal ligado a esse fenômeno, os casos por mim estudados fazem parte de um corpo crescente para os quais as explicações normais não parecem ser suficientes.

  7. Juliano Diz:

    Gilberto

    Toda pesquisa científica sempre tem um objetivo a ser alcançado. E sempre há também um desejo por parte do pesquisador que a hipótese aventada se confirme. Pode até não se confirmar, e aí entra o aspecto ético do pesquisador em afirmar que a hipótese levantada não se confirmou por esta e esta razão. Mas sempre há uma vontade, um desejo que o que se está pesquisando se confirme. A tua colocação em verdade coloca “a priori” as pesquisas do Dr. Ian Stevenson como inválidas, sob o argumento que ele buscava a resposta que encontrou. Nesta linha, um cientista que procura a cura de um câncer, e deseja encontrar a cura, também tem na sua pesquisa algo já “a priori” inválido.
    Esta taxatividade sua é algo complicado. O Dr. Ian Stevenson pode estar totalmente errado? Pode. O autor do artigo acima pode estar totalmente errado também, quem sabe até atuando de má-fé? Pode. Agora, afirmar por afirmar isto, ou comparar com uma outra pesquisa de um outro campo que não tem nada a ver com pesquisas de rememorações de possíveis vidas passadas em crianças é algo complicado (a sua comparação diz respeito a existência de abdução ou não). Afirmar por afirmar é achismo, e só isto.

  8. Biasetto Diz:

    Gilberto,
    Uma coisa é verdade: você é o cético dos céticos!
    Oras, se a história da Cristina for verdadeira, estamos lidando com um caso extraordinário sim, porque as informações que ela dá, como no caso do homem lá, são muito precisas.
    Esta outra história aí, se o sujeito tinha os dedos da mão comprometidos, algo que fosse bem chamativo, não há como negar que, se a história for verídica, trata-se também de um exemplo bem significativo da possibilidade da mediunidade.
    Nós todos aqui, pelo menos o pessoal que tem participado do blog, ultimamente, concordamos que o que não falta no “meio espírita” são as fraudes, mas também concordamos, com exceção de você, que há casos que merecem atenção e até credibilidade.

  9. Biasetto Diz:

    Muitos podem encontrar explicações para a história que contei sobre o acidente de meu amigo. Nem eu sei, de fato, o que aconteceu. Mas que eu “vi” ou senti ele sofrer o acidente, te juro que é verdade.
    Agora, por que isto aconteceu? Sei lá!
    Da mesma forma, tem certos depoimentos que levo a sério. A não ser que a pessoa tenha inventado tudo. Mas por que só eu teria vivido uma situação sem explicação?
    Outros podem ter passado por isto e até por muito mais.
    Estas duas histórias que o Vítor colocou aí, me parecem autênticas e relevantes.

  10. Biasetto Diz:

    Complementando meu comentário:
    O Montalvão fez um comentário muito interessante no tema anterior, acho que vale à pena conferir.
    Saudações!

  11. Gilberto Diz:

    Minhas observações seguem, mas quero deixar claro que não sou dono da verdade, apenas vi demais dessas histórias para ser convencido de alguma coisa.
    .
    1. De graça até injeção no nervo óptico! E a tradução está ótima, por sinal.
    .
    2. Acho que testemunho é testemunho. Se o pesquisador é um crente, o “viés” tá criado. (como você traduziria “unbiased”? “Inviezado”?) E experimentos controlados em laboratório podem ser sujeitos ao viés sim, mas óbvio que não todos, não generaliza, meu caro “Mulder do Leblon”.
    .
    3. Mack concluiu pela entrevista, assim como Stevenson, que centenas de pessoas nos EUA, inclusive de pessoas que dizem não acreditar em UFOS, foram abduzidas. Ele conclui em sua obra que a abdução existe sim e não é fantasia, pois as suas conclusões são cientificamente comprovadas em ambiente controlado de laboratório em Harvard. Seu trabalho pode ser fartamente consultado na Internet, ou através de seus livros. Ele é professor de Psiquiatria na Faculdade de Medicina em Harvard e já ganhou o prêmio Pullitzer (não por causa de ETs), ou seja, não é pouca coisa, não.
    .
    4. Concordo com o Zezinho: “…ou a pesquisa é (relativamente) bem feita, ou não é…” “…o que importa é se a pesquisa é bem feita, e se tem fundamentos razoáveis para afirmar o que afirma.” Apenas acho que essas pesquisas na área da sobrevivência do espírito não são nem “bem feitas”, nem “têm fundamentos razoáveis para afirmar o que afirmam.” Se tivessem a comunidade científica já teria acolhido Stevenson e Cia, como acolhe as pesquisas de tratamento de câncer, como foi mencionado pelo Juliano, entre outras. Quanto à Mills, acho que se ela rever os casos do Dr. Mack, ela também verá que não foram fraude ou fantasia. Acho que temos um padrão nesse tipo de pesquisa. Talvez os pesquisadores tenham que criar critérios específicos para o estudo do sobrenatural, pois se Stevenson estava certo, Mack também está, e temos ETs sequestrando pessoas por aí, principalmente em países em que se assiste muita TV com filmes sobre ETs. E tem muita gente reencarnando por aí, principalmente em países onde a reencarnação faz parte da mitologia religiosa local.

  12. Gilberto Diz:

    É claro que eu sou um Zé-Mané, e o Dr. Mack tá lá em Harvard ganhando os “tubos”. Mas não é isso que vai me convencer que os homenzinhos verdes estão por aí, prestes a me sequestrar e colocar uma sonda no meu ânus. Vai que eu gosto…

  13. Vitor Diz:

    Oi, Gilberto,

    amanhã eu comento seus posts mais apropriadamente. Vou tentar estabelecer diferenças metodológicas entre as pesquisas de Stevenson (que eu conheço) e as de Mack (que eu não conheço! :D). Por agora só queria dizer duas coisas:

    1) Você fala como se o Mack estivesse vivo, mas o Mack bateu as botas em 2004! Veja aqui: http://en.wikipedia.org/wiki/John_Edward_Mack

    2) Esqueci de dizer, mas a Antonia Mills também é formada em Harvard… eu penso que mesmo os estudos de pesquisadores formados em Harvard podem variar muito em qualidade. O Gary Schwartz, por exemplo, é formado em Harvard, mas seus estudos iniciais sobre mediunidade são bem ruins. E ele eu mesmo considero ser meio maluco pelas entrevistas que ele dá. Apesar dessas minhas críticas, aparentemente seus estudos tem melhorado um pouco nos últimos anos, mas ainda sinto faltar maior transparência. Não sei se é o caso do Mack. Vou tentar ver isso.

    Por enquanto é só. Amanhã tem mais.

  14. Gilberto Diz:

    Mack reencarnou no interior de Minas Gerais.

  15. Vitor Diz:

    😀

  16. Biasetto Diz:

    Vítor,
    Eu tinha desistido de contar algumas experiências pessoais, envolvendo fatos incomuns, mas vou me arriscar a contar mais uma, mesmo correndo o risco de sofrer algumas gozações.
    .
    O motivo deste depoimento meu, tem a ver com vários emails que recebi, alguns de colegas que já participaram do blog, mas estão de “férias”, emails que contam experiências vividas por estas pessoas, sendo elas muito interessantes. Então, me senti apoiado por eles para contar o seguinte:
    .
    Há uns 10 anos, estava dormindo gostoso, então tive um sonho que eu estava com minha mulher e meus dois filhos em nosso carro, e aí eu entrava num avenida extensa, passava por um ponte e olhava pros lados, sem saber onde estava, que lugar era aquele. Então, eu reparei nas casas que margeavam a tal avenida, não eram muitas, porque a avenida era já meio que “fora da cidade”, algo assim. Mas tinha, inclusive uns estabelecimentos comerciais – me lembro que tinha uma borracharia (me lembro muito bem deste detalhe).
    Bem, foi só um sonho. Passaram-se meses, e eu já nem lembrava mais do sonho, fui com minha família para Santos. Tudo bem, tudo muito legal. Quando voltamos da viagem, depois de subir a serra, precisamos passar por São Paulo, e sempre tenho que ficar atento às placas. De repente me perdi. Quando percebi eu estava em Santo André, e aí vi que eu estava totalmente perdido mesmo. Eu nunca tinha ido a Santo André. Fui andando com o carro pra ver onde iria parar e, então, entrei por uma avenida, à noite, quase sem movimento e aí passei por um viaduto e pimba!: na hora me veio o sonho que havia tido, pensei: – já vi este lugar, é o lugar do meu sonho. Juro por Deus, eu olhei à minha esquerda e o que vi? A tal borracharia. Bem, eu consegui sair de Santo André, achei o caminho pra casa.
    Mas a questão é exatamente esta: eu sonhei, meses antes com aquele lugar. O mais incrível, é que quando tive o sonho, eu nem tinha planejado a viagem pra praia.
    Por que isto acontece? Não sei! Que vantagem isto me traz? Nenhuma!
    Talvez, seja uma resposta do plano espiritual, porque eu vivo questionando, vivo falando: – Deus por que não me dá provas? Plano espiritual, espíritos, me mostrem que vocês existem.
    Sei que muita gente aqui, vai dizer que foi só uma coincidência, que isto é fácil de se explicar. Mas, assim como a história do acidente de meu amigo, está história me marcou bastante. Foi muito, mas muito real e muito claro, o local – eu tinha sonhado com aquele lugar!
    Fica pro pessoal, achar o que quiser, mas não foi um sonho qualquer.
    Abraço a todos!

  17. Juliano Diz:

    Gilberto

    Há muitas coisas de fato inexplicáveis nesta vida. Eu também já tive uma experiência desta que você relatou. Nunca tinha ido a Florianópolis, porém, um dia antes de viajar para aquela cidade, eu sonhei quando estava chegando na mesma, e me chamou atenção um prédio. Pois no outro dia, ao chegar em Florianópolis, quando passei a ponte o que eu vejo? O prédio que eu havia sonhado. Eu sei que pode até ser que eu tenha visto uma foto deste prédio quando criança e não me lembro. Pode? pode. Mas é interessante a sensação de “deja vi”.
    Sobre a tua outra experiência. O Moisés coloca a coisa no campo da coincidência. Não vejo assim. Provavelmente é um fenômeno ainda não explicado. Em linguagem coloquial. Quem sabe sejamos antenas captadoras de experiências de pessoas ou fatos que de alguma forma estejamos ligados. Ainda uma antena desregulada, pois não determinamos o quando e o quê captar que vai acontecer; bem como, mesmo desregulada, mais ativa em uns que em outros. Vejo que é por aí.
    Lembrei agora,a antiga União Soviética através da KGB pesquisava bastante isto. Inclusive há alguns vídeos no youtube bastante interessantes. É só digitar “Médiuns Russos”. Inclusive em 39 alguns comunas estiveram por aqui e desejaram levar o Chico Xavier para a União Soviética por seis meses para alguns testes, com uma boa remuneração financeira para construir casas populares se quisesse por aqui, quando da volta. Segundo relatos o Chico queria ir, mas o Emmanuel mandou ele ficar por aqui. Sabem o que eu penso disto. Mas fica o relato. É isto.

  18. Juliano Diz:

    Correção, provavelmente um ato falho, onde está Gilberto no comentário acima, leia-se Biasetto.

  19. Vitor Diz:

    Oi, Gilberto

    vou me guiar no que você falou e no que li em algumas revisões do trabalho dele. Provavelmente cometerei vários erros, e espero que você me corrija. Bem, parece-me que as principais diferenças entre o trabalho de Mack e Stevenson são as seguintes:

    1ª – Stevenson ia a campo. Ele não esperava que os familiares o procurassem. Ele mesmo buscava descobrir os supostos casos de reencarnação o mais rápido possível, tentando minimizar o problema de memória deficiente, e arranjando documentação relevante (atestados de óbito, relatórios de autópsia, certidões de nascimento).

    Já Mack me parece que ficava aguardando os pacientes surgirem em seu consultório, o que podia se dar anos depois da suposta abdução. Ele não ia ao local da suposta abdução procurar por maiores pistas, arranjar documentação relevante (por exemplo, algum radar detectou algum objeto estranho se locomovendo nos céus?).

    2ª – Stevenson estudava crianças com memórias espontâneas de reencarnação.

    Já Mack me parece que ele hipnotizava pacientes. Stevenson não gostava da hiopnose como método porque considera que ela em muitos casos cria ou faz surgir fantasias do paciente.

    3ª – Stevenson entrevistava dezenas de pessoas, além da criança, parentes, vizinhos e amigos das famílias envolvidas.

    Já Mack (me parece) entrevistava unicamente os pacientes?

    4ª – Stevenson em raras ocasiões pôde fazer testes controlados com as crianças, e ainda pôde tecer previsões com base na hipótese de reencarnação, como supor a localização de marcas de nascença na criança com base nos relatórios de autópsia da personalidade anterior.

    Já Mack não me parece ter feito testes controlados nem ter feito previsões com base em qualquer aspecto de sua hipótese.

    Do que me lembro no momento é isso.

  20. Paulo Diz:

    Biasetto,Juliano vou pedir pro Padre Quevedo explicar para vocês!
    Abraço
    .
    http://www.youtube.com/watch?v=u8mMq-qc89w&feature=related

  21. Vitor Diz:

    Biasetto,
    você não tem que ter vergonha de contar suas experiências, ainda mais por causa do Gilberto! 😀

    Quanto ao seu caso, se eu tivesse que arranjar alguma hipótese normal para explicá-lo, eu diria que você viu alguma reportagem na televisão que mostrava a região com a borracharia, mas não prestou atenção ao local, só na reportagem. Aí sonhou. Tempos depois passou na região e o sonho veio à tona.

    Claro que posso estar totalmente errado, é só uma hipótese.

  22. Gilberto Diz:

    Biasetto, por favor, VOLTE praquela borracharia. Compre-a. Mude sua vida. O seu destino se encontra ali, entre pneus, graxa e calendários das Garotas Shell de 1986. É uma mensagem que me foi recebida em sonho pelo espírito de Pedro de Lara, famoso decifrador de sonhos em vida, e agora importante espírito no plano superior. Compre a borracharia. Compre a borracharia. Compre a borracharia. Compre a borracharia. Compre a borracharia. Compre a borracharia. Compre a borracharia. Compre a borracharia. Compre a borracharia. Compre a borracharia. Compre a borracharia. Compre a borracharia. Compre a borracharia. Compre a borracharia. Compre a borracharia. Compre a borracharia…

  23. Gilberto Diz:

    Agora sério. É super comum comigo. Quando eu era criança acontecia demais. Eu na verdade PENSO que sonhei, mas é apenas paramnésia, o famoso “Deja Vu.”

  24. Paulo Diz:

    ” O déjà vu acontece quando por uma falha no cérebro, os fatos que estão acontecendo são armazenados diretamente na memória de longo ou médio prazo, sem passar pela memória imediata. Isso nos da a sensação que o fato já ocorreu ”
    fonte: wiki

  25. Biasetto Diz:

    Vítor,
    O bom de teu blog é que está cheio de doutores, donos do conhecimento, eles têm explicação pra tudo. Simples e pronto. Eu só queria saber de onde vem “um sonho que me mostra um lugar que eu estarei daqui a 6 meses, sem que eu tenha me programado estar lá!”. Deve ser alguma falha no meu cérebro mesmo, sempre desconfiei que eu tinha um problema!
    .
    Gilberto,
    Não tenho grana pra comprar a borracharia e nem sei se ainda existe, não sei nem como chegar no tal lugar. Entre comprar a borracharia e continuar sendo professor, acho que poderia tentar abrir uma barraquinha na praia, você pode me ajudar? Vou vender bebida e porções (vou levar a linguiça de Bragança, tenho certeza que as cariocas vão adorar!) e, antes de ficar vendo os calendários das Garotas Shell, vou ficar vendo ao vivo as gatas que desfilam por Copacabana. Acho que é mais negócio, você não acha?
    .
    Paulo, tenho muito respeito por você e tuas colocações, mas nem quis ver o vídeo do Quemedo, porque este eu não engulo. Nem os parapsicólogos gostam dele.
    Agora, se você tiver curiosidade, assista a este vídeo aqui, a explicação é bem melhor:
    .
    http://www.youtube.com/watch?v=3y8BWUW6O3A&feature=related

  26. Paulo Diz:

    “No início da década de 1970 Pedro de Lara foi um dos jurados da Buzina do Chacrinha na Rede Tupi, paralelamente à sua atuação na Rádio Tupi do Rio de Janeiro num quadro em que interpretava sonhos.Como ator, destacam-se Emoções sexuais de um cavalo (1986), A máfia sexual (1986), Bonitas e gostosas (1979), As taradas atacam (1978) e As 1001 posições do amor (1978).Pedro de Lara também foi astrólogo nas revistas Amiga e Sétimo Céu e escreveu o Livro da Sabedoria.“Na vida tem que ter estilo, quem não tem, não é isso nem aquilo”.
    [sic]
    Desencarnou em 13 de setembro de 2007”

  27. Biasetto Diz:

    O Pedro de Lara era o jurado polêmico, aquele que se diferenciava muito dos demais.
    Sabe que tive idéia:
    – Gilberto de Lara, o que vocês acham?

  28. Biasetto Diz:

    É só brincadeira, Gilbertão!
    Abraços a todos…

  29. Juliano Diz:

    Paulo e Biasetto

    Assisti os dois vídeos indicados. rsrsrsrsrsrs Vocês são umas figuras. Até mais que agora eu vou estudar. Fui

  30. Biasetto Diz:

    Paulo,
    Desculpe-me a falta de educação. Eu fui ver o vídeo que você sugeriu sim. Valeu. rsrsrs…

  31. Gilberto Diz:

    Não defendo Mack, nem mesmo Stevenson. Mack não precisava ir longe para encontrar pessoas que acreditavam em UFOs, mas Stevenson precisou. Stevenson não gostava de hipnose, mas Mack sim. E daí? Mack achava eficaz, Stevenson não. Paciência. Entretanto, ambos usavam metologias dentro dos padrões científicos (Mack ainda teve todo seu trabalho investigado em Harvard, e apenas dois foram considerados fora do padrão, mas nem foram trabalhos sobre UFOs). E ambos chegaram a conclusões tão estapafúrdias que encontram pouco ou nenhum apoio dentro da comunidade científica. Fazer o quê? Se existe reencarnação, então existem abduções e o fumo faz bem pra bronquite, pois os três temas foram estudados cientificamente e seus autores chegaram a tais conclusões.
    .
    Trabalhei com a filha do Pedro de Lara, que era professora de inglês do IBEU, e ela era linda! Pedro de Lara é coisa nossa.
    .
    Padre Quevedo tem lá suas qualidades, é claro. O problema é que ele se tornou um bufão na sua vida madura. E foi forçado pela Igreja a escrever livros que edificam os santos católicos e os milagres. Antes dele ser cassado pela Igreja, tudo tinha esplicação científica, até mesmo os milagres de Jesus e a mitologia do demônio. Depois, quando foi “perdoado”, teve que ser puxa-saco, e até a Nossa Senhora de Guadalupe, cuja história está cheia de armações, virou “milagre legítimo”. Aliás, ele foi forçado a mudar o nome “milagre” para “milagre católico”, pois segundo ele, não existem milagres fora da Igreja Católica. Tudo tem explicação, mas os milagres da Igreja são autênticos. Quem leu seus livros notou a mudança de discurso. Uma pena.
    .
    Adeus, Garotas Shell. Viva as garotas da Met-Art e da Femjoy!!

  32. Biasetto Diz:

    Gilberto,
    Ontem à noite, quando fui dormir, lembrei-me de você. Sorte que não sonhei contigo, porque vai que se transforma em realidade, 6 meses depois.
    .
    Mas a questão é a seguinte: entrei no quarto e tomei um susto com minha esposa – ela tinha passado um creme em todo o rosto (coisa de mulher), parecia um fantasma!
    .
    Aí, lembrei de você acordando com tua mulher de bob!
    Eu contei esta história pra ela, e ela me disse que você é um cachorro!
    Ela também me disse: – Veja o que você anda conversando com esta turma de maluco aí!
    Preciso tomar cuidado, porque minha mulher é bela, mas é brava.
    A sua mulher já sabe o que você falou dela aqui?

  33. Biasetto Diz:

    Gilberto,
    Fui pesquisar sobre a Met-Art, encheu meu computador de vírus, acho que vou ter que formatá-lo. rsrsrsrs…

  34. Vitor Diz:

    Gilberto,

    com relação ao apoio da comunidade científica, veja as sérias críticas que Carl Sagan em “O Mundo Assombrado pelos Demônios” fez ao trabalho de Mack:

    Uma das pacientes de John Mack afirma ter, por todo o corpo, cicatrizes que são totalmente desconcertantes para seus médicos. Como é que elas são? Oh, não podem ser mostradas; como na caça às bruxas, estão em partes íntimas. Mack considera essa afirmação uma evidência convincente. Ele viu as cicatrizes? Podemos ver fotografias delas tiradas por um médico cético? Mack diz conhecer um quadriplégico com marcas fundas, e considera esse fato uma reductio ad absurdum da posição cética; como ele pode produzir cicatrizes em si mesmo? O argumento só tem valor se o quadriplégico estiver hermeticamente trancado num quarto em que nenhum outro ser humano pode entrar. Podemos ver as suas cicatrizes? Um médico independente pode examiná-lo? Outra paciente de Mack diz que os alienígenas têm extraído óvulos seus desde que ela amadureceu sexualmente, e que seu sistema reprodutivo desconcerta o ginecologista. Será suficientemente desconcertante para se escrever sobre o caso e submeter o artigo de pesquisa ao The New England Journal of Medicine? Aparentemente não é tão desconcertante assim.

    E ainda temos o fato de que um de seus pacientes inventou toda a história, sem que Mack desconfiasse, como foi noticiado pela revista Time. Ele caiu como um patinho. Quais são os seus padrões de escrutínio crítico? Se ele se deixou enganar por um paciente, como podemos saber se isso não acontece com todos?


    Agora veja o que o próprio Sagan diz a respeito do trabalho de Stevenson:

    No momento em que escrevo, acho que três alegações no campo da percepção extra-sensorial (ESP) merecem estudo sério: (1) que os seres humanos conseguem (mal) influir nos geradores de números aleatórios em computadores usando apenas o pensamento; (2) que as pessoas sob privação sensorial branda conseguem receber pensamentos ou imagens que foram nelas “projetados”; e (3) que as crianças pequenas às vezes relatam detalhes de uma vida anterior que se revelam precisos ao serem verificados, e que não poderiam ser conhecidos exceto pela reencarnação. Não apresento essas afirmações por achar provável que sejam válidas (não acho), mas como exemplos de afirmações que poderiam ser verdade. Elas têm, pelo menos, um fundamento experimental, embora ainda dúbio. Claro, eu posso estar errado.

    É por essas e outras, Gilberto, que você não pode igualar o trabalho de Mack com o de Stevenson. O trabalho de Stevenson não é livre de problemas, mas definitivamente é infinitamente superior ao de Mack.

  35. Gilberto Diz:

    Vítor Mulder, existem exemplos de erros de apuração de informação com Stevenson também. E se ele foi enganado por um intérprete por um período bem longo, ele pode ter sido enganado todo o tempo. Se pegarmos casos isolados, vamos ficar a vida toda nos perguntando: “Quem é mais confiável, o cara que disse que outro sujeito foi abduzido numa estrada deserta e teve um lapso de tempo em sua memória, ou o outro cara que relatou que um menino no Sri Lanka disse que era uma menina na vida anterior? Os dois soam esquisitos.
    .
    Um problema enorme no método de Stevenson que só foi descoberto depois de sua morte: Quem entrevista crianças, especialmente as preferidas por Stevenson, que tinham 3 anos, sabe que elas criam histórias detalhadas em cima de qualquer pergunta feita. Por este motivo NUNCA se pergunta a uma criança suspeita de ser vítma de pedofilia se o fulano de tal disse ou fez alguma coisa. Quase sempre a resposta é afirmaiva e ela cria histórias extraordinárias. Se lembra da Escola de Base de Brasília nos anos 80? As crianças foram entrvistadas dezenas de vezes e elas diziam que os professores faziam horrores com elas, como deixá-las nus o dia todo, lamberem umas as outras e que os professores enfiavam cabos de vassoura em seus ânus. Mas era tudo fantasia. Nos EUA aconteceram DOIS casos iguaizinhos na década de 80. Com Stevenson pode ter acontecido o mesmo. Seus estudos ocorreram ANTES dos psicólogos infantis detectarem esse tipo de comportamento em crianças ao serem questionadas.
    .
    Admiro Sagan, mas os Ufólogos o detestam por não compactuar com essa historieta dos ETs. E você só grifou o que te interessou na passagem de Stevenson. Veja os meus grifos e tire suas conclusões:
    .
    NÃO apresento essas afirmações por ACHAR PROVÁVEL QUE SEJAM VÁLIDAS (NÃO ACHO), mas como exemplos de afirmações que PODERIAM ser verdade. Elas têm, pelo menos, um fundamento experimental, EMBORA AINDA DÚBIO. Claro, eu posso estar ERRADO.
    .
    Biasetto, tente blya.net. Sem vírus.

  36. Biasetto Diz:

    Gilberto,
    A história dos vírus foi brincadeira, eu acho! Belas fotos hein?
    Eu conheço um site show, mas não posso por aqui.
    .
    O Vítor vai nos expulsar do blog!

  37. Biasetto Diz:

    Gilberto,
    Você não acredita em nada e duvida de tudo.
    Você é um malão!
    Assim não tem graça, deixa a gente acreditar em alguma coisa.

  38. Vitor Diz:

    Gilberto,
    Sagan dedica um capítulo inteiro à pesquisa furada de Mack. O que eu passei foi só um trecho, mas ele aponta falhas metodológicas dele em dezenas de páginas. E Stevenson não foi enganado pelo intérprete. O intérprete foi pego em fraude em uma área que nada tinha a ver com a pesquisa de Stevenson. Além disso, todos os casos em que houve a participação do intérprete foram reinvestigados e sua autenticidade confirmada. E Stevenson contava com ao menos um outro intérprete junto com o intérprete pego em fraude. Mais que isso, os casos foram replicados e apresentados em revistas científicas por pesquisadores independentes. Isso não acontece com Mack. Nem as cicatrizes ele procurava averiguar se existiam, e Stevenson em seus casos sempre se preocupou em fotografá-las.

    E se as crianças estivessem fantasiando, suas histórias jamais coincidiriam em seus diversos mínimos detalhes com a de uma pessoa que realmente existiu. O cético Richard Wiseman já pediu para as crianças inventarem uma história e aí fez uma busca GLOBAL tentando achar alguém que se encaixasse na história da criança. Não deu certo, e nunca publicou sua pesquisa, apenas falou dela na televisão. Além disso, o pesquisador Haraldsson aplicou testes psicológicos nas crianças que lembravam vidas passadas e os testes revelaram que elas não tinham tendência à fantasia.

  39. Gilberto Diz:

    SE o cara era esse bam-bam-bam todo, cadê seus discípulos? Se suas afirmações eram tão espetaculares e sem possibilidade de erro (apesar de vc mesmo ter mencionado o Sagan, que NÃO acredita que suas afirmações eram verdadeiras), o trabalho dele devia de ter centenas, se não milhares de replicadores. Fazendo esse trabalho pelo mundo todo, inclusive vários no Brasil, que é um país onde tem muita gente que acredita em reencarnação. Um cientista famoso disse certa vez sobre o Stevenson: “Ou ele é uma fraude ou o Galileo do nosso tempo.” E não vejo ele como o “grande descobridor” da reencarnação provada cientificamente. Além disso, li que em apenas 18 dos 2.500 casos coletados por Stevenson as crianças apresentavam marcas ou defeitos nas supostas áreas onde o sujeito teve uma ferida mortal em outra vida. Estranho, mas dizer que isso prova alguma coisa não é científico, mas sim sua opnião. Tá bem, ele é um gênio, se vc insiste. Mas como ele não convenceu os cientistas que leram e analisaram seus escritos, me reservo no direito de também não estar convencido.
    .
    Sou um malão, então.

  40. Gilberto Diz:

    DETESTO pornografia. Gosto de fotos artísticas de mulheres bonitas. É bem diferente. A Playboy, a Penthouse e a Sexy incentivam a prostituição e representam tudo de ruim. Deveriam ser banidas. Ou com venda mais controlada, como nos EUA, onde elas só podem ser vendidas em lugares apropriados, onde somente maiores (e taradões) podem entrar.

  41. Juliano Diz:

    Gilberto

    A principal crítica do meio científico as pesquisas do Dr. Ian Stevenson não dizem respeito a sua metodologia. Mas ao fato dele não conseguir demostrar qualquer evidência de um processo físico, pelo qual uma personalidade poderia sobreviver à morte e se transferir para outro corpo. E o próprio Stevenson admitiu isto. Que não conseguiu fazer esta prova.
    Sobre a tua outra colocação. O Brasil espírita é avesso a pesquisas empíricas com variáveis controladas. Veja a situação absurda que de todos os pseudo-médiuns que temos, nenhum, repito (…) NENHUM passou por uma pesquisa sequer. Nenhum!!! Podia até ser uma pesquisa fajuta, mas nem pesquisa furada eles se dispõe a fazer. Este povo é tão arrogante, falam da boca pra fora em humildade e blábláblá, mas no caso concreto humildemente se disporem a serem objeto de pesquisa, NADA! O tal do Divaldo Franco eu estava vendo que para ele ser entrevistado por alguém fora do meio espírita, já é uma dureza, senão praticamente impossível. Mas mesmo que se consiga isto, há uma peneira prévia onde o entrevistador tem que apresentar as perguntas que serão feitas com antecedência para serem analisadas préviamente. O Waldo Vieira, eu tenho certeza que se alguém fora da Conscienciologia for convidá-lo para uma pesquisa empírica, ele no começo vai ser gentil mas vai negar, porém se a pessoa insistir é bem capaz dele tocar o cidadão lá do bairro dele chamando a polícia!
    Então, falando de Brasil, pela religiosidade fanática posta pelo espiritismo no tema reencarnação, a própria possibilidade de uma pesquisa fica prejudicada hoje. Veja, tem-se a Associação do Médicos Espíritas do Brasil. E o que se tem de pesquisas científicas dignas de nota? ……. Aquilo mesmo que você pensou. É isto.

  42. Vitor Diz:

    Gilberto,
    comentando:

    01 – SE o cara era esse bam-bam-bam todo, cadê seus discípulos?

    Estão espalhados pelo mundo. Satwant Pasricha, psicóloga indiana, começou ajudando o Dr. Stevenson em suas pesquisas naquele país e continua, ela própria, a estudar o assunto. Erlendur Haraldsson, psicólogo da Universidade da Islândia com longa história no campo da psicologia experimental, começou a interessar-se pelos casos nos anos de 1970 e nunca mais deixou de estudá-los. Antonia Mills, antropóloga que conquistou o seu doutorado em Harvard, ajudava o Dr. Stevenson com os casos ocorridos no Noroeste da América do Norte e em seguida passou a investigá-los por conta própria nessa região e na Índia. Jürgen Keil é um psicólogo na Universidade da Tasmânia que estabeleceu contatos na Turquia, Tailândia e Myanmar a fim de ali estudar novos casos. O psicólogo Titus Rivas estudou casos na Holanda, assim como o engenheiro Hernani Guimarães Andrade no Brasil. Atualmente, nos EUA, o psiquiatra infantil Jim Tucker dá continuidade às pesquisas de Stevenson.

    02 – Se suas afirmações eram tão espetaculares e sem possibilidade de erro (apesar de vc mesmo ter mencionado o Sagan, que NÃO acredita que suas afirmações eram verdadeiras),

    Eu não disse que não havia possibilidade de erro. Pelo contrário, eu disse que o trabalho dele não estava livre de problemas. Por exemplo, a estatística de Stevenson é, simplesmente, medonha.

    03 – o trabalho dele devia de ter centenas, se não milhares de replicadores. Fazendo esse trabalho pelo mundo todo, inclusive vários no Brasil, que é um país onde tem muita gente que acredita em reencarnação.

    Essa pesquisa consome muito tempo e dinheiro. Poucos tem o tempo e o dinheiro necessário para tal empreitada. Stevenson só pôde dar continuidade à sua pesquisa porque recebeu 1 milhão de dólares do fundador da Xerox.

    04 – Um cientista famoso disse certa vez sobre o Stevenson: “Ou ele é uma fraude ou o Galileo do nosso tempo.”

    Quem disse isso foi o Dr. Harold Lief, psiquiatra.

    05- E não vejo ele como o “grande descobridor” da reencarnação provada cientificamente. Além disso, li que em apenas 18 dos 2.500 casos coletados por Stevenson as crianças apresentavam marcas ou defeitos nas supostas áreas onde o sujeito teve uma ferida mortal em outra vida. Estranho, mas dizer que isso prova alguma coisa não é científico, mas sim sua opnião.

    Ou você leu errado ou a fonte da qual você bebeu falou besteira, pois 35% dos casos possuem marcas e defeitos de nascença, ou seja, uns 800 casos. O único dado que envolvia o número 18 que achei consta no livro “Vida Antes da Vida” de Jim Tucker, que diz:

    As marcas e os defeitos de nascença não são raros em nossos casos. Um terço dos casos na Índia inclui marcas e defeitos de nascença que corresponderiam a ferimentos em personalidades anteriores, com 18% apoiados em registros médicos que confirmam a semelhança.

    06 – Tá bem, ele é um gênio, se vc insiste.

    Eu também não disse isso.

    07 – Mas como ele não convenceu os cientistas que leram e analisaram seus escritos, me reservo no direito de também não estar convencido.

    Matlock, em sua revisão dos casos de reencarnação publicada em 1990, disse:

    Os comentaristas do trabalho de Stevenson podem ser divididos em quatro grupos. O primeiro grupo é composto de críticos que descartam o material como sendo produto de fraude, fantasia, e “ingenuidade metodológica e viés do pesquisador”, como Zusne e Jones (1982, p. 166) colocam. Esta é a posição cética.

    O segundo grupo é composto de pessoas que respeitam a metodologia de Stevenson e os dados que ele colecionou, mas acreditam que a hipótese psicocultural é adequada para explicar os dados. Esta é a posição de cientistas receptivos a novas idéias como Brody (1979a, 1979b) e talvez seja a posição da maioria dos parapsicólogos.

    Uma minoria substancial de comentaristas forma um terceiro grupo. Estas pessoas aceitam os dados e suas implicações, mas oferecem breves explicações exóticas de reencarnação para eles. Neste grupo estão Murphy (1973; Leeds & Murphy, 1980), Hick (1976), Roll (1982), Rogo (1985), e Liverziani (1987). Reyna (1973) é tida como um membro honorário.

    Por fim, existe o grupo de comentaristas que não só aceitam os dados, mas também a apresentação de Stevenson dos casos como material sugestivo de reencarnação. A existência deste grupo foi freqüentemente omitida pelos críticos, que tendem a retratar Stevenson como o único que acredita em suas conclusões (p.ex., Anievas, n.d.-a, que declara que Stevenson é um “fanático” sobre reencarnação). Este último grupo inclui cientistas e acadêmicos de várias e diferentes disciplinas.

    Entre os parapsicólogos estão Pratt (1973), Beloff (1975), Gauld (1982), Thouless (1984), Child (1984), e Haraldsson (1985) que também são psicólogos. Entre os filósofos, Ducasse (que contribuiu para a introdução de Twenty Cases Suggestive of Reincarnation de Stevenson, 1966b, 1974c), Lund (1985), e Almeder (1987) se lançam como defensores (ver também Broad, 1958, e Ducasse, 1961, para saber como eles analisam os casos pré-1960). Heaney (1984) inclui uma significativa discussão da compatibilidade da reencarnação com a teologia cristã (leia-se católica). Os antropólogos Hess (1988) e Bock (1988) também são favoráveis, embora a opinião de Bock seja divergente da de Stevenson no que se refere ao processo de reencarnação. Devido à posição conquistada por Bock no ramo da antropologia (ele é ex-Presidente do Departamento de Antropologia na Universidade do Novo México e editor do Journal of Anthropological Research), no entanto, é bom ler que em sua estimativa ele diz que Stevenson “teve que encontrar meios de verificar os dados que obteve nas entrevistas, os quais seriam aceitos por muitos leitores se o tema fosse menos controverso” (p. 445).

  43. Biasetto Diz:

    Gilberto,
    Eu detesto qualquer forma de abuso relacionada ao sexo, especialmente a pedofilia, que é algo abominável e doentio.
    Na sua linha de que a Playboy deveria ser extinta, porque incentiva a protistuição, não sei o que sobraria nas bancas e nem na TV! Mas como este não é o propósito deste blog, vamos mudar de assunto.
    .
    Se você não acredita em nada, qual explicação você tem para o “Caso Cristina”, admitindo-se que a história que o Vítor colocou no blog, seja verdadeira?

  44. Gilberto Diz:

    Caramba, que multidão de gente. Parece a Festa Ploc 80’s. Ninguém escreveu artigos de menos de 20 anos? Nossa, que continuidade!!! Eu sou muito cego mesmo! Desculpe, Vítor, esse cara arrebenta! Sem beber, eu li também que havia 35% de pessoas com marca de nascença, mas apenas 18% NO MESMO LOCAL da marca do finado, ou pelo menos na MESMA ZONA DO CORPO. Um sujeito levava um tiro na cabeça, e sua reencarnação tinha uma marca no pé! Oh, que prova cabal!!!!
    .
    Oh, Biasetto. Sempre comparo o espiritismo com a ufologia por diversos motivos. Um deles é o discurso de que “99% dos fenômenos podem ser explicados, mas o 1% que não pode é o extraordinário que fascina”. Eu acho o seguinte: esse 1% é MARGEM DE ERRO. Ou os dados não foram apurados corretamente, ou alguém mentiu conscientemente ou não, ou o pesquisador estava “inviesado” (biased), ou qualquer outra explicação (ou ausência dela). 1% é muito pouco pra me convencer de algo. Sou cético, sim. Quero ver para crer. Não quero ouvir falar de um cara que “viu para crer” e “creu”. Aí, pra mim, créu!

  45. Paulo Diz:

    Concordo com você Gilberto!
    As evidências do sobrenatural são tão insignificantes para mudar os conceitos da física.
    Considero como sobrenatural: alma, vidência, homeopatia, Ets, fadas, gnomos, astrologia…
    Vejo tudo isso como uma mera curiosidade.

  46. Vitor Diz:

    Gilberto,
    comentando:

    01 – Ninguém escreveu artigos de menos de 20 anos?

    Sim, escreveram. Inclusive recentemente saiu um especial sobre vida após a morte na revista Anthropology and Humanism! Os artigos mais importantes são dois, o de Bruce Greyson e o da Antonia Mills:

    http://onlinelibrary.wiley.com/doi/10.1111/anhu.2010.35.issue-2/issuetoc

    02 – eu li também que havia 35% de pessoas com marca de nascença, mas apenas 18% NO MESMO LOCAL da marca do finado, ou pelo menos na MESMA ZONA DO CORPO. Um sujeito levava um tiro na cabeça, e sua reencarnação tinha uma marca no pé! Oh, que prova cabal!

    Não é 18%, mas 88% dos casos.

    A correspondence between birthmark and wound was judged satisfactory if the birthmark and wound were both within an area of 10 square centimeters at the same anatomical location; in fact, many of the birthmarks and wounds were much closer to the same location than this. A medical document, usually a postmortem report, was obtained in 49 cases. The correspondence between wound and birthmark was judged satisfactory or better by the mentioned criterion in 43 (88%) of these cases and not satisfactory in 6 cases.
    .
    Fonte: http://www.scientificexploration.org/journal/jse_07_4_stevenson.pdf

  47. Juliano Diz:

    Dia 14 de fevereiro, a geneticista Dra. Lygia da Veiga Pereira participou como entrevistada do Programa Roda Viva, da TV Cultura. E bem no início do programa o jornalista Paulo Moreira Leite, um dos entrevistadores, lhe perguntou se ela acreditava em Deus. A resposta da mesma foi interessante, foi mais ou menos assim. “- Olha (…) faz bem acreditar. Provavelmente ele não existe, e a coisa toda termina quando se morre, se for se aprofundar neste tópico tal conclusão deve acontecer. Mas faz bem acreditar, ter um esperança vaga de algo a mais após a morte, que ainda verei a minha mãe de novo (…).”
    Fiz a menção acima, pois vejo que não há maiores pesquisas neste campo da paranormalidade por dois motivos antagônicos mas que talvez expliquem a atual situação.
    1º O medo velado inclusive em muitos cientistas de em ocorrendo um grande número de pesquisas sérias, com variáveis controladas e forte rigor revelar que de fato não há vida após a morte. Morte como sinônimo de extinção. Isto parece simples, mas não é, muito em face da criação das pessoas e da cultura. Então é melhor crer em algo e não pensar muito neste assunto.
    2º O medo também velado de muitos cientistas que ao contrário da hipótese acima, de fato ocorra um prosseguimento da consciência de alguma forma após a morte do corpo físico. Digo medo, pois tal constatação inevitavelmente reforça o discurso religioso, infelizmente. Um criador, regras morais a serem seguidas e por aí vai. E o próprio cientista convicto na não existência de vida após a morte teria que repensar os seus conceitos, algo também nada fácil. Coisas do tipo: – Bem, se há continuação, então será que eu tenho algo pré-determinado a fazer? Será que estou fazendo este algo? Será que o discurso moralista religioso tem algum fundamento? E etc (…).
    Novamente se chega a conclusão que o melhor é o atual “banho maria”. Onde não se tem nenhuma resposta concreta, e fica tudo numa grande penumbra de crenças e convicções pessoais e no achismos do lado que for. Num real padrão de tranquilidade para a maioria. Vejo o quadro atual assim. O Dr. Ian Stevenson, e poucos aqui e ali, tentaram e tentam de alguma forma quebrar esta situação. É isto.

  48. Gilberto Diz:

    Me confundi. Não foram 18%, mas 18 casos onde um ferimento era EXATAMENTE como os do suposto defunto. Mas vamos usar os seus números que são melhores pro seu lado: 43 em 49, tá certo. Stevenson investigou mais de 2.500 casos. Ele descartou o que não interessava. 43 interessavam. Pela regra de três, ele conseguiu “evidências” mais fortes em 0,0172% de seus pesquisados. Se 1% não me convence, 0,0172% me convencem ainda menos. Houdin usava o mesmo artifício. Ele mostrava cinco envelopes pro príncipe. Ele escolhia um, e se fosse o envelope errado, ele dizia: “Tem certeza que quer descartar este?” E fazia a mesma coisa com todos os envelopes em branco, mas quando chegava o envelope certo, ele dizia ao público, com altivez na voz: “O Príncipe escolheu este.” E abria o envelope que indicava o próximo passo do truque. Stevenson não era mágico, mas ele achou o que procurava. E você, cita Mills corroborando Stevenson, e ela o faz, mas deixa de lado as partes que não interessam muito:
    .
    “We have no way of knowing that the father is being completely honest with us. In other words, we have to assume a story is uncontaminated in order to declare the case “solved” (Mills and Lynn: 290)
    .
    “Merely because a particular case does not seem to be explicable in terms of social construction, it does not follow that the PLE reported is a genuine residue of a past life” (302)
    .
    “Interviewer bias is the central driving force in the creation of suggestive interviews” (Bruck, Ceci, and Helmsbrooke 1998; quoted in Mills and Lyon: 303)
    .
    …(the translator would be) “typically imbued with the cultural expectations that past-life recall is a valid phenomenon” (Mills and Lynn: 303)
    .
    “Wilson (1982) proposed that people reporting PLEs are motivated by a desire to identify with a higher social class” (Mills and Lynn: 294)
    .
    Se pegarmos 2.500 brasileiros e formos “peneirando” até 43, podemos achar coisas incríveis, como:
    .
    43 sósias do Ronaldinho Gaúcho;
    43 sujeitos com Urticária Vasconífica (ogeriza ao time do Vasco);
    43 mulheres com 3 seios;
    43 homens que já navegaram no site da Met-Art;
    43 caras que se dizem céticos mas acreditam na sobrevivência do espírito;
    …e por aí vai…

  49. Biasetto Diz:

    Gilberto e Paulo,
    Pra vocês dois, só existe fenômeno paranormal ou extraordinário ou espírita, sei lá, se acontecer com vocês e, mesmo assim, vocês ainda vão procurar alguma forma de dizer que ISTO NÃO EXISTE! (no estilo QUEMEDO!).
    Eu aceitei muitas evidências colocadas neste blog, que deixam fortes dúvidas sobre a mediunidade do Chico. Quanto a outros médiuns, os “paixões” que existem por aí, eu mesmo concluo que são papo furado!
    Agora, veja o caso Cristina, por exemplo – a não ser que tudo seja mentira, isto é, que a história seja inventada, se não for isto, trata-se, sem dúvida alguma, de um fenômeno sim.
    Gilberto e Paulo, se um de vocês me disser que estou aqui em casa, sentado digitando, de “cueca'” porque está calor em minha cidade, e esta informação for verdadeira, eu diria que foi apenas um “chute” bem dado.
    Agora, se um de vocês me disser, que estou sentado de “cueca”, e esta cueca é verde com o símbolo do Palmeiras, que enquanto eu digito, eu escuto a Antena 1 e, ao meu lado, deitada no sofá, está minha esposa, com pijama de bolinhas, assistindo um filme brasileiro no Canal Brasil, então, sendo todas estas informações verdadeiras, eu vou dizer que se trata de um fenômeno extraordinário e indiscutível.
    .
    Em meio a tantas bobagens e mentiras que existem no meio espírita e cia. há alguns casos assim. Isto, vocês não querem aceitar.

  50. Vitor Diz:

    Gilberto,

    agora que eu sei que você pegou as informações do Dicionário Cético, fica mais fácil comentar:

    01 – Não foram 18%, mas 18 casos onde um ferimento era EXATAMENTE como os do suposto defunto.

    Não, isso não está certo. 18 são os casos em que o falecido apresentava DUAS marcas de nascença supostamente equivalentes ao buraco de entrada e saída de uma bala. Veja:

    The series includes 18 cases in which two birthmarks on a subject corresponded to gunshot wounds of entry and exit. In 14 of these one birthmark was larger than the other, and in 9 of these 14 the evidence clearly showed that the smaller birthmark (usually round) corresponded to the wound of entry and the larger one (usually irregular in shape) corresponded to the wound of exit. These observations accord with the fact that bullet wounds of exit are nearly always larger than wounds of entry (Fatteh, 1976; Gordon and Shapiro, 1982). […] In addition to the 9 cases I have investigated myself, Mills reported another case having the feature of a sinall round birthmark (corresponding to the wound of entry) and a larger birthmark corresponding to the wound of exit (both verified by a postmortem report) (MiIls, 1989).

    O Dicionário Cético aí não errou, disse a mesma coisa que eu estou te dizendo, ou seja, que existem 18 casos com relatórios médicos que possuem duas marcas de nascença coincidentes.

    02 – Stevenson investigou mais de 2.500 casos. Ele descartou o que não interessava. 43 interessavam.

    Não, isso não está certo. Dos 2500 casos, em 49 casos ele pôde obter relatórios médicos. 43 confirmavam a hipótese de marcas coincidentes com os ferimentos fatais numa vida anterior, 6 não confirmavam. Ele não jogou para debaixo do tapete esses 6. E deve-se dizer que esses números são de 1993. De lá para cá mais casos surgiram.

    03 – “We have no way of knowing that the father is being completely honest with us. In other words, we have to assume a story is uncontaminated in order to declare the case “solved” (Mills and Lynn: 290)

    Não foi Mills quem disse isso, e nem o Dicionário Cético disse que foi. Quem disse isso foi o Carroll, você se confundiu. Entre a frase que você selecionou e a atribuição dela há uma outra entre aspas, essa sim correspondente ao que Mills disse: “when evidence of a person that corresponds to the experient’s statements concerning a past life is found”.

    E existem casos em que os registros escritos foram feitos não pelo pai ou outro membro da família, e sim pelo próprio investigador, antes que a família soubesse sobre quem a criança falava a respeito.

    04 – “Merely because a particular case does not seem to be explicable in terms of social construction, it does not follow that the PLE reported is a genuine residue of a past life”

    Concordo com Mills, construção social não é a única hipótese a ser levada em conta. Criptomnésia é outra que precisa ser estudada. Todas as explicações normais precisam ser descartadas antes de se considerar um caso de reencarnação como genuíno. E isso é feito.

    05 – “Interviewer bias is the central driving force in the creation of suggestive interviews” (Bruck, Ceci, and Helmsbrooke 1998; quoted in Mills and Lyon: 303)

    E por isso os pesquisadores tomam muito cuidado em fazer suas entrevistas. Várias delas são gravadas inclusive para mostrar que não houve sugestão da parte do pesquisador.

    06 – …(the translator would be) “typically imbued with the cultural expectations that past-life recall is a valid phenomenon” (Mills and Lynn: 303)

    O uso de mais de um tradutor e a gravação das entrevistas ajuda a diminuir possíveis problemas decorrentes do tradutor. Além disso existem já diversos pesquisadores locais, eliminando assim a necessidade de um tradutor.

    07 – “Wilson (1982) proposed that people reporting PLEs are motivated by a desire to identify with a higher social class” (Mills and Lynn: 294)

    Pois é, e o Wilson resolveu ignorar os diversos casos em que uma criança se identifica com uma casta mais baixa, já que tais casos fazem a hipótese dele cair por terra.

    “As crianças que lembram de vidas passadas numa classe superior à sua, na Índia, podem censurar seus pais de classe inferior por terem por terem hábitos e estilo de vida incultos, e podem recusar comer os alimentos de gente inferior. Bishen Chand agia exatamente como o homem rico e mimado que se lembrava ter sido. Repreendia desdenhosamente seus pais por sua pobreza, exigia comida de melhor qualidade, rejeitava as roupas simplórias que recebia, dizendo que não serviam nem para seus empregados. Por outro lado, algumas crianças que lembram ter sido de casta inferior à de seus pais podem mostrar toda a grosseria e o instinto de sobrevivência dos desesperadamente pobres, além de hábitos ofensivos para a nova família. Alguns manifestam gratidão por terem ascendido e demonstram grande prazer em comer boa comida e vestirem roupas melhores. Uma menina que nascera brâmane – a casta mais alta da Índia – lembrava-se da sua vida como varredora de ruas da mais baixa casta, os “intocáveis”. Normalmente pacata, a menina aterrorizava a família com seus hábitos repulsivos e com sua insistência em querer comer porco (a família era vegetariana). E, ao contrário dos outros membros da família, limpava de bom grado – quase avidamente – os excrementos das crianças menores.”

  51. Juliano Diz:

    Gilberto

    Entendo que é válido o teu ceticismo. Enriquece no final o debate. Porém, acho que carecem contra-argumentos aos dados da pesquisa do Dr. Stevenson tão bem colocados aqui pelo Vitor.
    Tempos atrás nós tivemos aqui uma árdua e prolongada discusão com o pessoal espírita com relação ao tema “Fraude da Materialização em Uberaba”. Pois bem, qual era o único argumento dos espíritas no final de tudo? A fonte. A revista “O Cruzeiro” não era confiável, aí incluído os seus repórteres (…) e blábláblá.
    Na nossa discusão atual. Qual é, em suma, o teu argumento para desqualificar as pesquisas do Stevenson e algumas outras experiências aqui juntadas? A fonte.
    Falta maiores evidências e o próprio pesquisador é posto em dúvida. Você pode até dizer que não há evidências conclusivas, e ná verdade não há! Ainda, tomara que tenha um dia. Mas há evidências sim que no mínimo merecem serem levadas em consideração. Diferente de muitos discursos por aí. E rechaçar por rechaçar cai no mesmo discurso espírita e religioso de modo geral. Não é, e não é, e pronto. Mas entendo que vale o teu embate. Até por quê está na hora de se levantar a questão que há sim uma necessidade de maiores pesquisas neste campo. Até para se chegar a conclusão ao final de um processo que de fato “papagaio não é arara”. rsrsrsrs

  52. Juliano Diz:

    A propósito. Vitor, não sei qual o teu grau de colaboração, porém como o Mori faz referência a você, parabéns pelo artigo: “Scott e o Escorbuto”, no site Ceticismo Aberto. Sugiro aos demais darem uma passada por lá e perderem um tempinho lendo o artigo nominado acima. Vale a pena.

  53. Vitor Diz:

    Oi, Juliano
    eu só traduzi, e o Mori deu uma revisada, e depois eu dei uma pequena revisada em cima da revisada. A minha tradução em si não achei muito fluente, mas o pessoal pelo menos não tem reclamado e alguns tem até elogiado.

  54. Vitor Diz:

    Juliano,
    o engraçado é que o Todd Carroll, autor do Dicionário Cético, apesar das diversas críticas equivocadas que ele faz ao Stevenson, termina dizendo: “For my part, I have to agree with Stevenson’s own assessment of his work: he’s provided evidence, but no compelling evidence for reincarnation. ” Quer dizer, mesmo ele admite que Stevenson conseguiu encontrar alguma evidência empírica para a reencarnação.

  55. Gilberto Diz:

    Detalhe: os 2.500 casos pesquisados por Stevenson não foram aleatórios. Antes deles serem pesquisados, eles foram indicados como candidatos bons ao que Stevenson procurava pelas pessoas locais. Houve, então, uma “pré-seleção”. Voltando ao exemplo de Ronaldinho, é como se você selecionasse 2.500 rapazes parecidos com o Ronaldinho. Aí poderíamos achar pelo menos 43 pessoas quase idênticas a ele, e quem sabe até com detalhes incríveis de semelhança, como a mesma distância entre os olhos, o mesmo comprimento de sobrancelha, e por aí vai. Mesmo assim não me convenceriam que essas pessoas encontradas eram o Ronaldinho. Mesmo que eles estivessem todos de cueca verde com o escudo do Palmeiras!
    .
    Vítor disse:
    “…Todd Carroll, autor do Dicionário Cético, apesar das diversas críticas equivocadas que ele faz ao Stevenson, termina dizendo: For my part, I have to agree with Stevenson’s own assessment of his work: he’s provided evidence, but no compelling evidence for reincarnation. Quer dizer, mesmo ele admite que Stevenson conseguiu encontrar alguma evidência empírica para a reencarnação.”
    .
    É como perguntar pra Giselle Bundchen quais são suas chances de sair com ela e ela responder: “Uma em um bilhão”, e você pensar: “OBA, ela me deu uma chance!” Carrol realmente disse, numa tradução direta: “Ele ofereceu evidência, mas nenhuma evidência convincente para a reincarnação.” Daí se preparar pra sair com a Giselle Bundchen é demais.

  56. Juliano Diz:

    Ótimo. Stevenson segundo Todd Carroll forneceu evidências, mas nenhuma evidência convincente para a reencarnação.
    Pergunto. Evidências do que o Stevenson forneceu para o Todd Carroll?
    E o que seriam evidências convincentes da reencarnação para ele?
    E repito, provavelmente já respondendo uma das perguntas que fiz acima: a grande crítica a pesquisa do Stevenson, crítica esta que ele mesmo admitiu ser válida. É não ter sido demonstrado qualquer evidência de um processo físico, pelo qual uma personalidade poderia sobreviver à morte e se transferir para outro corpo. Literalmente, conseguir tirar o espírito de um corpo morto e colocar em outro.

    Paulo

    A tua afirmação: “As evidências do sobrenatural são tão insignificantes para mudar os conceitos da física.” É uma afirmação radical contrária ao pensamento científico genuíno. Demonstra um dogmatismo para o tema em análise em nível religioso. Com todo o respeito, o correto seria você dizer: “As evidências pesquisadas até hoje do sobrenatural são tão insignificantes para mudar os conceitos da física. Mas sempre é possível pelo avanço da ciência tal perspectiva mudar, ou se confirmar com mais evidências a não existência do sobrenatural.”
    O mundo é dinâmico. E assim é a ciência. Leia o texto no site do Mori “Scott e o escorbuto”. Uma aula.

  57. Vitor Diz:

    Oi, Gilberto

    comentando:

    01 – Mesmo assim não me convenceriam que essas pessoas encontradas eram o Ronaldinho.

    Eu também não ficaria convencido, eu tenho uma espécie de rejeição automática à idéia de que o espírito possa se dividir (esse é o meu viés :D)…

  58. Biasetto Diz:

    Vítor e Juliano,
    O Gilberto está 100% convencido que simplesmente não existe NADA, ABSOLUTAMENTE NADA, além da matéria, desta vida que temos aqui. Ele é UM FANÁTICO neste pensamento. Foi isso que quis dizer pra você, Juliano, um dia desses: tanto um crente fanático como um cético fanático, estão no mesmo patamar – eles não aceitam nenhuma evidência que possa balançar aquilo que eles crêem.
    Gilberto, a questão não é numérica: 18, 30, 100, 1000 evidências. Se existir uma única evidência de reencarnação, já é suficiente pra se acreditar que todos reencarnam.
    .
    Um dia desses eu estava dando aula, pro supletivo noturno, falando sobre Antiguidade Oriental (Egípcios, Mesopotâmicos, Hebreus…) – e surgiu um papo de Bíblia, coisas assim. Então, me perguntaram sobre o que eu achava sobre histórias como Arca de Noé, Dez Mandamentos – e eu disse que, historicamente (documentadamente), não havia qualquer prova sobre tais informações. Ahh! por quê?
    Três alunos evangélicos falaram que eu estava maluco, que isto era um absurdo! Está tudo lá na Bíblia, o Livro de Deus!
    Não quis prolongar muito o assunto, porque já disse aqui, que não faço de minhas aulas, espaço para debater crenças e atos de fé, mas argumentei o conceito de “fonte histórica”, o que se tem prova e o que não tem.
    Não adiantou – pra estas pessoas, a Bíblia é o Livro de Deus e ponto final. São fanáticos. Não vão mudar de opinião. Mostre-se a eles, o que quer que seja!
    .
    O Gilberto, com toda sua intelectualidade e capacidade argumentativa, merece todo respeito, sem dúvida alguma! Mas ele já fechou a questão: não acredita em nada de sobrenatural, paranormal ou espírita. Caso encerrado!

  59. Juliano Diz:

    Biasetto

    Concordo em parte contigo. Sinceramente, eu gosto do debate, da troca de idéias antagônicas. Do contraponto ao que penso. O Gilberto, o Paulo, o saudoso no site Roberto Scur, o Marcos e outros (…) são a cereja no bolo. Vejo eles como um contraponto necessário, um estímulo que me leva a reflexão de que muita lenha tem pra queimar ainda para ficar razoável a coisa. Imagina se tudo fosse só preto e branco? Tem que ter o amarelo, o vermelho, o verde, o azul e etc (…) também. Até como forma de confirmação sempre constante das cores que imaginamos as corretas. Hoje estou um poeta! Poema de boteco, mas o que vale é a festa.rsrsrsrsrsrsrs
    Um abraço

  60. Vitor Diz:

    Biasetto,
    comentando:
    01 – Se existir uma única evidência de reencarnação, já é suficiente pra se acreditar que todos reencarnam.

    Não é bem assim. Bom, acreditar, até dá. Concluir não dá. A própria Antonia Mills disse que NUNCA encontrou um caso sequer de uma criança que se lembrasse de na vida passada ter sido um dos homens ou mulheres bomba. Dada a quantidade desse povo se explodindo por aí, isso chega a ser bem estranho.

    02 – pra estas pessoas, a Bíblia é o Livro de Deus e ponto final. São fanáticos. Não vão mudar de opinião. Mostre-se a eles, o que quer que seja!

    Pergunte a eles que tipo de prova os fariam acreditar que a Bíblia é falsa. Se não puderem pensar em nada, fale na importância de se manter o pensamento aberto a idéias contrárias à nossa. Ou ainda pergunte qual o livro que toda pessoa deve ler. Se disserem a Bíblia, diga que não, que é a Constituição, porque a Constituição todo mundo deve seguir, a Bíblia não.

  61. Juliano Diz:

    Vitor

    Tempos atrás nós já debatemos isto. Sobre o teu último comentário dos homens bomba. As marcas de mortes violentas em vidas passadas podem ser decorrência do trauma psicológico da morte havida. Um homem ou mulher bomba não carrega este trauma. É uma morte desejada. Disto, como hipótese, digo que talvez daí não decorra sinais em possíveis reencarnações futuras destas pessoas. Não há na morte destes um trauma, pelo contrário. Morrem alegres no fanatismo deles.

  62. Biasetto Diz:

    Boa Vítor! (sobre a Constituição)
    Juliano, você está fazendo poema de boteco, porque hoje é sexta e você já está sentindo o gosto da loira gelada!
    .
    Vítor,
    Dei uma olhada lá no tema sobre o escorbuto, depois de sugestão do Juliano. Realmente, muito interessante.
    Parabéns a você e ao Japinha: isto é cultura, isto é ciência, isto é história.

  63. Biasetto Diz:

    Vítor,
    Os homens bons vão ficar muito tempo, mas muito tempo mesmo no umbral… ele vão demorar muiiiiito para reencarnar.

  64. Biasetto Diz:

    Corrigindo (rsrsrs) eu disse “Os homens bons” [bons reencarnam logo ou ficam nos enviando mensagem do além] – mas eu queria dizer HOMENS BOMBAS.

  65. Juliano Diz:

    Vitor

    Um ponto que mereceria também maiores investigações, é o número de pessoas que nascem com manchas de nascença que com o tempo desaparecem. Lembro que a minha irmã mais nova nasceu com uma mancha enorme na testa e parte da cabeça. Porém com o passar dos anos a mancha desapareceu. Mas um fato interessante da minha irmã, que eu vou perguntar para a minha mãe maiores detalhes, se deu quanto eu tinha uns 13 anos. Esta minha irmã, já sem a mancha, tinha uns 9 anos. E a situação inusitada foi a seguinte: a minha irmã dizia incorporar uma amiga de outra vida, um espírito muito ligado a ela. Inclusive um dia a minha irmã, em tese incorporada por este outro espírito, chorava copiosamente que não queria abandonar a minha irmã. Dizia este possível espírito que ambas tinham vivido na África do Sul e tinham sido muito amigas, e haviam sido assassinadas. O que a minha mãe se incomodou na época. Chamou até um Padre em casa. Foi por um período que ocorreu isto e depois o possível espirito sumiu. Lembrei disto agora.

  66. Paulo Diz:

    Biasetto , tudo bem?
    Permita eu discordar de você quanto a frase:

    “Se existir uma única evidência de reencarnação, já é suficiente pra se acreditar que todos reencarnam.”
    Se existir uma única ou poucas evidências ( pesquisa/replicação por outros) é PROVÁVEL que se tenha erro de método. Mesmo que apareça um estudo sério sobre isso, ele seria “fraco” perante as evidências contrárias.( toda a história da física moderna)
    Não bastar querer “provar” algo como a reencarnação, é preciso entender ANTES como as leis de Newton, a da conservação de energia são rompidas nesses casos. Entende?
    PES ainda é pior de entender. Sabemos que o cérebro produz tensão elétrica e consequentemente campo eletromagnético…a questão é que esse campo é tão pequeno para “entrar” em contato com outras mentes e ficam ainda mais fracas quando se dobra a distância.
    Seria outra coisa? Até agora não foi demonstrado.
    Não é fanatismo ou dogma como o Juliano falou, podemos no futuro aprimorar as leis da física, mas dificilmente poderemos nega-las.
    Abraço

  67. Juliano Diz:

    Biasetto

    Homens bons vão ficar muito tempo no umbral rsrsrsrsrsrs Olha o ato falho aí. rsrsrsrsrsrs Esta foi boa.

  68. Vitor Diz:

    Oi, Paulo
    mas você não sabe que o próprio materialismo viola a lei da conservação da energia e o neodarwinismo?

    Leia este texto do biólogo Julio Siqueira:

    http://www.criticandokardec.com.br/pomo_da_discordia.htm

  69. Juliano Diz:

    Paulo

    Agora a tua colocação ficou científica. Sobre o tema do nosso debate, pode até não ter “sobrenatural nenhum de Almeida”. Porém, atualmente não é possível afirmar categoricamente isto. Tal afirmação enfática hoje cai sim no dogmatismo. Pois muitos pontos a ciência não explica. E o bacana da ciência é que ela é dinâmica, felizmente. E não tem ainda, não sei se vai ter um dia, resposta pra tudo. Dá uma lida de novo no que eu disse e no que você disse. Eu erro uma barbaridade. Mas ali eu acho que estou com a razão. É isto.

  70. Biasetto Diz:

    Às vezes, eu fico pensando sobre histórias como:
    – espíritos, reencarnação e mediunidade;
    – ufologia, ets…
    – Deus, vários planos espirituais…
    Estes pensamentos, estas histórias, idéias, começaram, pode-se dizer, lá na Pré-História, há mais de 10 mil anos.
    Se tudo isto for fantasia, por que será que o cérebro humano caminhou neste sentido? Havia outras possibilidades, vocês não acham?
    Ou será, que desde nossos “primeiros tempos”, sentimos esta “revelação” e estamos tentando entendê-la?
    .
    Fiquei pensando também, sobre os “flashs” que o Montalvão mencionou. Não seriam eles, exatamente a manifestação da mediunidade?
    Só que algumas pessoas, por motivos que desconhecemos, talvez tenham maior facilidade para “entender” os tais “flashs”, seriam estas pessoas os médiuns?
    Porque tudo que o homem produziu de conhecimento, até hoje, passa pelo caminho da percepção e a percepção nada mais é, do que a maneira como se analisa e entende o mundo, o universo, as energias, a física, a química, a biologia…
    Mistérios e mais mistérios!!!
    Que coisa doida não? E maravilhosa também.
    Deve ter uma lógica por trás de tudo isto, ninguém me convence do contrário.
    Se esta lógica é apenas o material, não sei, mas que esta lógica existe, tenho certeza!

  71. Biasetto Diz:

    Juliano,
    Acho que eu é que estou criando poesia de boteco. É sexta-feira, estou atordoado com o que as crianças exigiram de mim, nesta semana – os alunos estão “endiabrados”.
    Melhor eu ir dormir.
    Paulo, devolvo o abraço.
    Boa noite a todos, um bom fim de semana também…

  72. Biasetto Diz:

    Juliano,
    Não estou bem mesmo, falei até que os homens bons vão ficar muito tempo no umbral.
    Valeu!

  73. Paulo Diz:

    Aqui, texto bem explicativo sobre PES para quem estiver afim
    http://www.ceticismoaberto.com/paranormal/2082/percepo-extra-sensorial-pes

  74. Vitor Diz:

    Paulo,

    o texto possui diversos problemas. Por exemplo, sobre as pesquisas de Rhine, ele diz:

    outros psicólogos não puderam reproduzir os resultados dele, e é agora amplamente concedido que as experiências de Rhine foram mal projetadas e permitiam vazamento de informação entre os sujeitos e o experimentador.”

    Completamente equivocado. Leia o texto “Rhine e os Seus Críticos” para uma refutação:

    http://parapsi.blogspot.com/2008/11/rhine-e-seus-cticos.html

    Sobre visão remota, o texto diz:

    Tanto por padrões científicos quanto por parapsicológicos, então, o caso a favor da visão-remota não só é muito fraco, mas virtualmente inexistente

    Richard Wiseman, membro da maior organização de céticos do mundo, o CSI, declarou recentemente referindo-se aos testes de visão remota, vulgarmente conhecida como clarividência:

    Eu concordo que pelos padrões de qualquer outra área da ciência, a visão remota estaria provada, mas isso levanta a seguinte pergunta: será que não precisamos de outros padrões de evidência ao se estudar o paranormal? Eu acho que precisamos.

    E replicações dos testes de visão remota existem. Por exemplo, o psíquico Ingo Swann passou em diversos testes de visão remota em laboratório, inclusive aqueles recentemente conduzidos por Michael Persinger, o mesmo cientista citado por Sagan em “O Mundo Assombrado Pelos Demônios”.

    E o cúmulo do absurdo é a citação que o texto faz sobre Ganzfeld:

    Experiências de Ganzfeld provavelmente foram as mais cuidadosamente conduzidas — e cuidadosamente examinadas — de todas as experiências PES. Mesmo assim, a pesquisa falhou em produzir resultados que convencem os psicólogos de que a PES existe.”

    Errado, Daryl Bem, psicólogo da Universidade de Cornell, ficou convencido de que os testes Ganzfeld comprovam PES. E note que o autor não apontou qualquer defeito das experiências.

  75. Gilberto Diz:

    Não é que eu não acredite no sobrenatural. Só acho que os fenômenos genuínos são na verdade bem naturais, só que difíceis de explicar. Acredito no que vi, e foi muita coisa. Aqui listo algumas:
    .
    1. Remissão de Câncer desacreditado por médicos através de oração (em igreja evangélica);
    .
    2. Remissão total de Esquisofrenia (raríssimo e mencionado até mesmo pelo Carl Sagan como algo “impossível, mas já registrado”), e a pessoa não teve recaídas mesmo depois de 40 anos (na Igreja Católica);
    .
    3. Minha avó havia parado de respirar, o médico disse que ela tinha acabado de morrer, e a minha mãe, desesperada, sacudiu a coitada e gritou tanto pra ela “voltar”, que ela não apenas acordou, como viveu uns 5 anos mais;
    4. Já previ tanta coisa que ia acontecer, dando até prazos exatos (como “essa loja nova fecha em 3 meses”, ou “antes do final do ano esse casal já estará separado”, ou “esse doente morre em x dias”, dentre inúmeros outros) que a minha mãe diz que a minha boca é certeira e ela morre de medo de mim;
    .
    5. Sonhei com o meu pai sem uma perna, e meses depois ele fez ponte de safena e teve complicações na perna, teve ela amputada, e morreu pelas complicações relacionadas a essa perna;
    .
    6. Vi (na Igreja Universal!!) um caso ao vivo e a cores de arrepiar: uma moça estava no altar “incorporada” com uma entidade se esperneando toda e, com uma oração forte, ela se acalmou totalmente. Nesse exato momento, seu filhinho DE COLO, que estava na platéia com a tia começou a gritar e a espernear. O pastor viu aquilo, pediu que a tel entidade saísse da criança e voltasse pra mãe. O menino voltou ao normal e a mulher voltou a espernear como antes!!;
    .
    Esses foram os “Top Five”, mas já mencionei o meu “cold reading” em comentários anteriores e vi outras coisas mais. Em centros espíritas, NADA. E fui MUITO mais a centros espíritas que a qualquer outra reunião religiosa. Não acredito que fatos de difícil explicação cética sejam necessariamente de fácil explicação crente. Explicações fáceis me assustam mais que a tal entidade que presenciei na Universal!!!!

  76. Biasetto Diz:

    Gilberto,
    Já li vários relatos reais e a cores, de pessoas que estavam condenados à morte em poucos meses, mas não só se curaram, como viveram mais 10, 15, 20 anos.
    Tem um livro do Deepack Chopra, A Cura Quântica, onde há vários relatos nesta linha.
    Tem um livro do Dale Carnegie – Como Evitar Preocupações e Começar a Viver – muito bom este livro, é lá da década de 1950 e pra mim tudo que surgiu depois, na linha de auto-ajuda e neurolinguìstica, recebeu influência deste livro. Nele também há relatos de “curas milagrosas”, que, na verdade, têm muito a ver com o pensamento, a “fé” – isto é uma verdade, presente nos crentes, indpendentemente desta ou aquela religião: “a fé pode mover montanhas sim”.
    Agora, Gilberto, por que você não aceita como um caso genuíno de incorporação de um espírito perturbado, o exemplo que você cita ter presenciado no Universal?

  77. Gilberto Diz:

    Obrigado pela dica. Vou dar uma olhada. Quanto ao espírito, vou colocar na “margem de erro”…

  78. Biasetto Diz:

    Gilberto,
    Talvez, o segredo esteja na “margem de erro”.
    Outra coisa, depois que fiz relatos pessoais, e também li coisas do Juliano, suas também, chego à seguinte conclusão:
    O pessoal que frequenta este blog, acho que o próprio criador dele, enfim, todos nós, que somos críticos, uns mais céticos que outros, nós temos algo em comum: somos honestos e seletivos.
    Algumas pessoas se sentiram ofendidas entrando no blog, no começo eu também me senti, porque não aceitaram certas evidências ou supostas evidências de fraudes e coisas assim.
    Mas nós não estamos querendo derrubar todas as crenças, falo pelo menos por mim, ou dizer que não existe quaquer possibilidade de vida pós-morte, espíritos…
    O que estamos fazendo, penso eu, é criticar as palhaçadas, os engodos, o mau caratismo que certas pessoas têm de fazer uso da religião, de Jesus Cristo, de Deus, pra ficar levando vantagem, ganhando dinheiro e projeção.
    (Quando digo isto, não me refiro exatamente ao Chico, porque, no caso dele, acho que o estudo deve ser mais sério, porque não acredito, de forma alguma, que ele tenha sido mau caráter. E jamais duvidarei do sentimento de bondade dele e a vontade de ajudar as pessoas.)
    Enfim, quando eu comecei a analisar este blog, pensava que o Vítor e pessoas como você, só estavam interessadas em “destruir”, ridicularizar e desestimular a fé dos outros. Mas, fui percebendo que neste blog tem algo muito legal, que é a troca de informações, dicas de vídeos e links (alguns engraçados, o que também é bom, porque rir é legal e saudável) – puxa! tenho aprendido muito com vocês, todos, o Paulo, o Montalvão, o Arduin, o Juliano, o Roberto, o “Jota” (como diz o Scur), o Adriano, o Carlos Magno, meu xará Eduardo e muitos outros, agora não me lembro.
    Vítor, quando o Juliano fazia elogios a você, eu torcia o nariz, mas hoje eu digo: meus parabéns!

  79. Gilberto Diz:

    É, o Vítor pode ser um crente fanático na sobrevivência do espírito, mas ele é gente boa (não fala palavrão, não põe os cotovelos na mesa, etc.). Espero ter compartilhado com os meus companheiros a minha maior descoberta no plano espiritual, assim como no carnal: as mulheres do Leste Europeu da Met-Art e da Femjoy. Aqueles corpos o meu espírito gostaria de possuir!!

  80. Vitor Diz:

    Hããã… até hoje eu SEMPRE botava os cotovelos na mesa….tem problema? Não sabia que isso me fazia uma pessoa desagradável 😛

    E palavrão falo toda hora também… só evito escrever no meu blog, porque no resto da internet tá cheio de palavrão meu! 😀

  81. Paulo Diz:

    O Gilberto fala tanto das gurias do Met-Art que tive que ver…quase me converti e passei a usar da falácia dívina:” Não sei como foram feitas, como são tão belas..logo foi Deus o criador” 🙂

  82. Biasetto Diz:

    Gilberto e Paulo,
    Eu também gostei da Met-Art (nem sabia desse nome), só que os religiosos falaram que é pecado, então, estamos todos perdidos!
    Não sei porque nasci com gostos tão apimentados!
    Talvez, em minha próxima encarnação, eu supere estas falhas. Quem sabe, vou até ser monge tibetano…
    Mas eu gosto taaannnto!

  83. Gilberto Diz:

    Sem brincadeira, li na Internet certa vez que tinha um pastor nos EUA que colocava os meninos que tinham tendências homossexuais em sua paróquia pra ver as fotos de meninas desses sites artísticos. Então, não deve ser pecado. É apenas nu, e não pornografia. E parece que o tal pastor teve bons resultados. Comigo funcionou.

  84. Gilberto Diz:

    Não consideram a minha última frase. Digitei errado sem querer.

  85. Biasetto Diz:

    Gilberto,
    Você é um figura mesmo!
    Paulo,
    Deus, às vezes, acerta no que faz hein?

  86. Paulo Diz:

    Biasetto….certamente! “Aquilo” me encheu os olhos!
    .
    Vitor, me perdoe se estou usando o seu blog para desviar de assunto, mas me interessei em experimentar o processo ganzfeld .
    Pergunto se você e os demais estariam interessados?
    Eu poderia orientar os leitores de seu blog a construir em casa seus próprios “óculos” e usar algum soft de ruído branco. Infelizmente eu não tenho blog e nem tempo para fazer um. É só uma idéia.
    Eu gostaria muito de testar seus efeitos em :
    *Praticar uma disciplina mental, como a meditação
    *Criatividade
    *habilidade artística
    Se esse comentário ficar fora do contexto, fique livre para apaga-lo.
    Abraço

  87. Biasetto Diz:

    Paulo,
    Do que você está falando?

  88. Paulo Diz:

    http://en.wikipedia.org/wiki/Ganzfeld_experiment
    Biasetto , se você não tiver a barra de ferramentas do google, instale que ele traduz o texto automaticamente.

  89. Vitor Diz:

    Paulo,
    eu só vejo alguma vantagem em fazer esse experimentos em condições controladas que vise publicação em alguma revista científica. Nada caseiro. Mas se você for de São Paulo poderia falar com o Zangari, do grupo Pesquisa Psi, buscando realizar algum projeto do tipo.

  90. Paulo Diz:

    Ok Vitor , obrigado!

  91. Biasetto Diz:

    Paulo,
    Obrigado, vou ver com calma, achei interessante.
    .
    Mudando completamente de assunto, é o seguinte:
    .
    Eu entrei lá no site do Mori, tava dando uma olhada lá, e entrei naquele tema da grafoscopia (semelhança ou não) – falamos muito sobre aquilo lá.
    .
    O último comentário que tinha lá era do Juliano, mas não sei porque, fiquei em dúvida se era o Juliano, nosso amigão aqui. Até deixei um comentário lá.
    Mas a questão é a seguinte: houve um comentário anterior, em que foi dito que o Chico/André Luiz haviam informado em “Nosso Lar”, aparelhos eletrônicos, prevendo os computadores.
    .
    Achei que tinha lido algo assim. Dei uma folheada no livro que tenho aqui (Vítor, ainda não doei os livros aqui de casa!) – não achei nada bem declarado. Na página 127, capítulo 23 – Saber Ouvir, tem um trecho: “Após enlevar-me na contemplação do quadro prodigioso, como se estivesse bebendo a luz e a calma da noite, voltamos ao interior onde Lísias se aproximou de PEQUENO APARELHO POSTADO NA SALA, À MANEIRA DE NOSSOS RECEPTORES RADIOFÔNICOS…”
    .
    Eu tenho uma vaga lembrança de ter lido algo mais claro, sobre um aparelho tipo computador mesmo, mas não encontrei este trecho – com paciência, vou procurar melhor.

  92. Biasetto Diz:

    Minha dica de reflexão para este domingo:
    .
    http://www.saindodamatrix.com.br/
    .
    Vítor, você conhece este site?

  93. Biasetto Diz:

    Gilberto,
    Entra no site que citei aí, e confere um artigo sobre Einstein lá.

  94. Biasetto Diz:

    Quem entrar lá, pra ler o post, preste atenção e clique na música Rick Wakeman – Children of Chernobyl.
    Acho que vale à pena.

  95. Biasetto Diz:

    Coloquei estas mensagens aí, na madrugada passada, entrei no blog agora, e ninguém apareceu por aqui.
    Só eu mesmo, pobre professor, que passo o fim de semana em casa!!! Ah, educação brasileira!!!
    Vocês foram todos passear…

  96. Gilberto Diz:

    Desculpe, Biasetto, é que tive que ver o pragrama da Eliana. Sensacional. Dei uma olhada no site e gostei, sim. Não sou ateu, sou cético. Ateu não é “sem religião”, mas sim “sem Deus”. Acredito em Deus, mas não consigo nem definir quem Ele seja, e muito menos o quanto Ele pode influenciar na minha vida. Como fazemos Deus à nossa semelhança (senão não teríamos tantas versões do que seria a Sua “vontade”), ainda não fiz a minha. Mas uma coisa que eu faço é ser agradecido. Minha orações são na verdade palavras de agradecimento àquilo que não entendo, não quero entender e tenho raiva de quem diz que entende. Agradeço a Deus sempre, o tempo todo, porque tenho muito mais que preciso (tirando o dinheiro!) e ganhei tantas coisas boas na vida que se eu morrer amanhã de Lepra Aidética Aguda do Miocárdio Ventricular Crônica fulminante, vou sair no lucro! Tenho que ser agradecido. Essa expressão é até mesmo usado por ateus. E eu pergunto: se a pessoa é agradecida, ela é agradecida a quem? Eu interpreto como a Deus! Seja lá como Ele for! Abraços, porque agora vai começar o Programa do Gugu…Depois tem o Fantástico. Ah, como o Domingo é um dia bom…

  97. Biasetto Diz:

    Obrigado, Gilberto!
    Você salvou o meu domingo.
    Alguém, sabe que eu existo.
    Graças a Deus!

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