Testando a alegada mediunidade: Métodos e Resultados (2005)

Neste artigo, o famoso cético Richard Wiseman testou 5 médiuns escolhidos pela União Nacionalista de Espiritualistas (SNU). A SNU declarou que todos os médiuns tinham sofrido um procedimento rigoroso de seleção e que estavam sujeitos a avaliação ininterrupta. Os resultados da pesquisa de Wiseman foram publicados no British Journal of Psychology, uma revista científica indexada que teve um fator de impacto de 2.172 em 2010. Será que algum dos médiuns passou no teste? Saiba a resposta a seguir!

Os médiuns alegam ser capazes de se comunicar com os mortos. Esse tipo de alegação atrai bastante interesse público e, se válida, tem importantes implicações para muitas áreas da psicologia. Por mais de 100 anos, os pesquisadores testaram os supostos médiuns. Este trabalho obteve resultados mistos e provocou muito debate metodológico. Este artigo revisa as questões chave neste debate, descreve como os autores desenvolveram uma metodologia que buscava prevenir os muitos problemas que atrapalharam a pesquisa anterior, e como usaram este método para testar vários médiuns profissionais. Os resultados deste trabalho não apoiaram a existência de uma capacidade mediúnica genuína. Interpretações rivais destes resultados são discutidas, junto com os meios através dos quais a metodologia apresentada no artigo poderia ser usada para avaliar alegações semelhantes em seu conceito, mas que não são paranormais, feitas em contextos forenses, clínicos e profissionais. 

Alguns indivíduos alegam possuir capacidades mediúnicas que os permitiriam contatar o ‘mundo dos espíritos’ e receber informações dos mortos. Há várias razões para submeter estas alegações a investigações empíricas rigorosas.

A primeira delas é o fato de que as capacidades mediúnicas, se válidas, forneceriam evidência para apoiar a sobrevivência à morte corpórea, e, portanto, teriam implicações importantes para diversos aspectos da psicologia. Tais dados iriam, por exemplo, apresentar um forte desafio às hipóteses principais da pesquisa neuropsicológica subjacente, incluindo a noção de que a personalidade humana, a cognição, e a consciência sejam dependentes de um cérebro vivo. A evidência de capacidades mediúnicas genuínas também levantaria intrigantes perguntas sobre os mecanismos sensoriais que podem sustentar tais capacidades e, num nível mais prático, teria implicações importantes para os muitos aspectos da psicológica clínica relacionada à perda e ao luto.

Segunda, demonstrações de capacidades aparentemente mediúnicas têm um impacto significativo na crença e no comportamento público. Pesquisas recentes revelaram que quase 30% dos americanos atualmente acreditam na existência de capacidades mediúnicas genuínas (Newport & Strausberg, 2001), aproximadamente 10% dos britânicos visitam médiuns e tanto recebem mensagens dos mortos como obtêm conselhos direcionando suas vidas (Roe, 1998), e novos tipos de programas de televisão que exibem tais demonstrações consistentemente atraem milhões de telespectadores (Brown, 2001). Testes bem-controlados de médiuns ajudariam o público e os criadores de programa de televisão a avaliarem a validade de tais supostas capacidades, ajudando-os em suas decisões e atitudes finais.

Terceira, certos indivíduos que trabalham em contextos não-paranormais fazem alegações que são análogas a essas feitas pelos médiuns, e os métodos desenvolvidos para testar os médiuns poderiam ser usados para examinar estas alegações. Por exemplo, alguns clínicos alegam ser capazes de obter insights do passado dos pacientes puramente através de suas reações a certos testes projetivos, alguns médicos trabalhando em um cenário profissional parecem ser capazes de fazer registros detalhados da personalidade das pessoas simplesmente com base em sua pontuação em certas ferramentas de avaliação, e alguns indivíduos operando em um contexto forense alegam ser capazes de produzir perfis exatos de delinqüentes a partir de uma quantidade muito limitada de informação comportamental. Vários escritores (p.ex. Alison, Smith, & Morgan, 2003; Wood, Nezworski, Lilienfeld, & Garb, 2003) recentemente observaram que a evidência anedótica que apóia estas alegações pode ser o resultado dos mesmos tipos de estratagemas psicológicos que podem sustentar a aparente exatidão das leituras mediúnicas (p.ex. o uso de afirmações gerais, coincidências, etc.), e assim os métodos desenvolvidos para examinar tais alegações podem se beneficiar de um completo entendimento dos procedimentos usados para testar a mediunidade.

Dada a natureza das questões teóricas e práticas que cercam este tema, talvez não surpreenda que o teste científico da mediunidade tenha uma história longa e controversa.

Os primeiros testes de médiuns foram feitos na década de 1880 e os principais investigadores envolvidos assistiam às sessões espíritas, registrando os comentários que os médiuns supostamente recebiam dos mortos, e então tentando avaliar a exatidão destas informações. A maioria dos relatórios resultantes argumentou em favor da existência de capacidade mediúnica genuína, e continha longas transcrições de mensagens mediúnicas junto com detalhadas descrições das evidências que apóiam estas declarações (ver, p.ex. Hodgson, 1892, 1898). Críticos atacaram estes trabalhos, argumentando que freqüentemente falharam em avaliar se as leituras aparentemente exatas podiam ter sido o resultado de vários estratagemas psicológicos, tais como os médiuns que se empenham em conjecturas astutas ou que produzem declarações muito gerais que seriam endossadas pela maioria das pessoas (ver, p.ex., Gardner, 1992; Hyman, 1977; Podmore, 1901).

Com o passar dos anos, muitos pesquisadores tentaram desenvolver procedimentos para eliminar a possibilidade de tais estratagemas, e então os usaram para pesquisar alguns dos melhores médiuns da época. Os estudos resultantes obtiveram resultados misturados, com alguns trabalhos encontrando evidência a favor de capacidades paranormais genuínas e outros apoiando a hipótese nula (para uma revisão deste trabalho, ver Schouten, 1994). Estes trabalhos provocaram uma quantidade considerável de debate estatístico metodológico, muito do qual se concentrou no grau em que os procedimentos empregados naqueles estudos que obtiveram resultados positivos tinham conseguido eliminar os potenciais vieses e problemas (para um exemplo recente deste tipo de debate, ver Hyman, 2002; Hyman, 2003; Schwartz, 2003). Infelizmente, a discussão que cerca o alcance diverso das potencias questões estatísticas e metodológicas que pode induzir tal trabalho está espalhada pela literatura psicológica e parapsicológica, e freqüentemente é apresentada de um modo gradativo ao invés de ser mais conceitualmente organizada. Além disso, os pesquisadores que trabalham nesta área ainda têm que desenvolver um método relativamente padrão de teste que seja prático e que reduza a chance para tais artefatos. Este artigo trata dessas duas questões. A primeira parte deste artigo revisa os problemas principais que impediram os testes anteriores de mediunidade e descreve como os autores planejaram um método de teste que era tanto prático quanto metodologicamente seguro. A segunda parte do artigo apresenta uma descrição detalhada de como este método foi usado para testar vários médiuns profissionais.

Questões metodológicas: Problemas e procedimentos 

O debate concernente aos problemas potenciais que podem surgir durante os testes de suposta capacidade mediúnica girou ao redor de três questões chave: (a) a necessidade de controle de um potencial vazamento sensorial, (b) a necessidade de se avaliar exatamente a generalidade das declarações dos médiuns, e (c) a necessidade de avaliação ‘cega’. As próximas três seções revisam em resumo cada um destes problemas e esboçam os tipos de procedimentos que podem ser empregados para superá-los.

A necessidade de controle de vazamento sensorial 

Supostos médiuns podem ser capazes de obter informação sobre seus clientes (freqüentemente referidos como ‘assistentes’) por meios normais e então usam esta informação para ajudar a produzir leituras exatas. Tais informações podem ser obtidas por uma variedade de meios. Por exemplo, através de livros sobre como fingir capacidades mediúnicas que descrevem várias técnicas para obter informação útil no decorrer de uma leitura, incluindo, por exemplo, espionar secretamente as conversas dos assistentes, ou conduzir buscas secretas em listas telefônicas e na Internet (ver, p.ex. Rowland, 1998). Outros autores descreveram como vivenciaram médiuns sendo capazes de obter informações inconscientemente com base em fontes mais sutis, tais como as roupas dos assistentes, a postura, o comportamento, e as jóias que usam (ver, p.ex. Morris, 1986). Mesmo uma quantia muito limitada de contato entre o médium e assistente tem o potencial de fornecer informações úteis. Por exemplo, Wiseman e O’Keeffe (2001) observaram que a velocidade com que o assistente responde ‘sim’ ou ‘não’ às perguntas do médium inconscientemente pode fornecer aos médiuns experientes um feedback útil sobre a exatidão de seus comentários durante uma leitura.

Por estas razões, qualquer teste bem-controlado da capacidade mediúnica deve prevenir os médiuns de obterem informações sobre os assistentes por meios normais. Isto normalmente exige que os experimentadores tomem medidas apropriadas para assegurar que os médiuns não possam determinar qualquer informação sobre os assistentes no decorrer das leituras do teste, e que haja garantias suficientes prevenindo-os de obter pistas verbais ou não-verbais durante as leituras. Tais garantias também devem se estender a qualquer um envolvido no estudo (p.ex. experimentadores ou outros assistentes) que esteja ciente de qualquer informação sobre a identidade dos assistentes. Ao examinarem a possível existência de telepatia os pesquisadores desenvolveram vários procedimentos para eliminar o potencial vazamento sensorial entre os assistentes (ver p.ex. Milton & Wiseman, 1997) e muitas destas garantias (p.ex. colocar assistentes em quartos separados com suficientes níveis de som atenuados) podem ser empregadas para eliminar o possível vazamento durante os testes de supostas capacidades mediúnicas. 

A necessidade de se avaliar exatamente a generalidade das declarações dos médiuns 

Pesquisas do assim chamado ‘efeito Barnum’ têm consistentemente mostrado que as pessoas tendem a avaliar certos tipos de declarações muito gerais de personalidade (p.ex. ‘Você tem uma grande quantidade de potencial criativo acumulado’) como altamente exatas (Forer, 1949; Furnham & Schofield, 1987). Além disso, trabalhos mais recentes revelaram que mesmo declarações que não aparentam ser especialmente gerais podem ser verdadeiras para muitas pessoas. Por exemplo, Blackmore (1994) conduziu uma pesquisa em larga escala em que mais de 6.000 pessoas foram pedidas para dizer se certas declarações bastante específicas seriam verdade para elas. Mais de um terço das pessoas endossou a declaração ‘tenho uma cicatriz em meu joelho esquerdo’ e um quarto respondeu sim à declaração ‘alguém na minha família se chama Jack’. Os médiuns podem utilizar estes fenômenos para produzir leituras que podem parecer altamente exatas mas, que na realidade, simplesmente contêm declarações muito gerais que são endossadas por um grande número de assistentes.

As tentativas de lidar com esta questão em testes de capacidades mediúnicas tomaram muitas formas com o passar dos anos e foram assunto de debate considerável. No que talvez tenha sido a primeira tentativa de resolver o problema, Hyslop (1919) organizou as declarações que foram endossadas por um assistente durante várias leituras do teste, e então pediu a um grupo de ‘controle’ contendo aproximadamente 500 pessoas que indicassem se cada declaração era verdadeira para eles. Hyslop então calculou o nível geral de aceitação da leitura pela porcentagem de pessoas no grupo de controle que endossaram cada declaração. Por exemplo, se 250 pessoas no grupo de controle endossaram a declaração ‘você é homem’, então Hyslop calculou a probabilidade de aceitação como 250/500 ou 0,5. Para obter uma probabilidade total de todas as declarações serem endossadas, Hyslop multiplicou as probabilidades individuais por cada uma das declarações juntas (p.ex. a probabilidade de duas declarações serem endossadas, cada uma tendo um nível geral de aceitação de 0,5, seria 0,25). Vários críticos observaram corretamente que esta abordagem infla de forma considerável a aparente exatidão do médium porque incorretamente supõe que cada uma das declarações seja independente entre si (Schouten, 1994). Assim, se, por exemplo, o médium declarasse que o assistente ‘recentemente tinha perdido uma pessoa do sexo masculino’ e que esta pessoa ‘usava barba’, a probabilidade destas declarações seria multiplicada de maneira conjunta, como se fossem independentes, ao passo que a probabilidade da primeira ser exata está fortemente relacionada à probabilidade da segunda ser correta.

Com o passar dos anos, os pesquisadores planejaram várias formas de análise na tentativa de superar este problema (ver p.ex. Pratt, 1936; Saltmarsh & Soal, 1930). É provável que a mais amplamente endossada e empregada seja a que foi desenvolvida por Pratt e Birge (1948). No procedimento de Pratt e Birge, um número pequeno de assistentes recebe cada um uma leitura de um médium. Os assistentes então são pedidos para avaliar a exatidão das declarações tanto da própria leitura (freqüentemente referida como a leitura ‘alvo’) quanto das leituras dos outros assistentes (referidas como leituras de ‘isca’). Se o médium é exato, então as avaliações designadas às leituras alvo serão significativamente maiores do que as designadas às leituras de isca. Se, no entanto, o médium simplesmente produz declarações gerais, então os assistentes designarão avaliações semelhantes tanto para as leituras alvo quanto para as leituras isca. Pratt e Birge observaram que os resultados das experiências usando este procedimento talvez possam ser melhor  vistos como mostrados na Tabela 1, com os números na diagonal da tabela (em negrito) representando as pontuações que cada assistente deu às próprias leituras, e os números fora da diagonal representando as avaliações que os assistentes designaram às leituras dos outros (Pratt, 1969). 

Tabela 1. Maneira padrão de representar os dados das experiências empregando a técnica Pratt e Birge

 

Avaliação do assistente da exatidão da leitura

Assistentes presentes durante a leitura

John

Eric

Bill

Tony

Tom

John

58

23

46

6

56

Eric

25

73

14

45

53

Bill

18

41

67

33

39

Tony

61

22

40

49

30

Tom

11

39

26

28

72

É amplamente reconhecido que a análise estatística usada para testar se os números na diagonal são significativamente maiores que aqueles fora da diagonal não supõe que as declarações dentro das leituras sejam independentes (Pratt, 1969). Para este fim, pesquisadores recomendaram a criação de uma distribuição da soma dos números na diagonal para cada possível permutação da matriz, para então calcularem a probabilidade do resultado do experimento examinando onde a soma dos números na diagonal de fato obtida no experimento reside dentro desta distribuição (para mais discussão sobre tal análise ver Greville, 1949; Pratt & Birge, 1948; Pratt, 1969; Scott, 1972; Thouless, 1949). 

A necessidade de análise ‘cega’ 

O modo com que os assistentes avaliam a exatidão de leituras mediúnicas é altamente subjetivo (Hyman, 1977). Por exemplo, Wiseman e O’Keeffe (2001) observam que a declaração ‘Os espíritos conversam sobre a mulher mais jovem que agora desencarnou’, está aberta a várias interpretações (p.ex. a palavra ‘jovem’ pode se referir a uma criança jovem, a uma adolescente, ou até mesmo a alguém que morreu por volta dos seus quarenta anos), e que o grau em que um assistente está preparado para pensar nos termos destas interpretações alternativas influenciará a exatidão percebida da declaração. O processo de avaliação também pode ser induzido por recordação seletiva. Por exemplo, ao dizer ‘Sua filha era extrovertida’ o médium pode fazer com que os assistentes seletivamente lembrem certos acontecimentos de suas vidas (i.e. as vezes em que sua filha foi a festas), esquecendo outros acontecimentos (p.ex. as vezes que ela quis estar só), e assim designando uma exatidão espuriamente alta ao avaliar a declaração. O grau em que o assistente pensa em interpretações alternativas para declarações ambíguas e que se empenha na recordação seletiva pode ser influenciado por vários fatores, incluindo, por exemplo, a sua necessidade de acreditar na vida futura ou de agradar o médium.

Os pesquisadores que testam a suposta capacidade mediúnica tentaram eliminar tais vieses usando assistentes que avaliam a exatidão das declarações sem informá-los se as declarações foram tiradas das leituras alvo ou das leituras de isca (Pratt, 1969). No entanto, tais procedimentos podem não eliminar completamente algumas dicas temporais mais sutis que podem ajudar os assistentes a distinguir as leituras alvo das leituras de isca. Imagine, por exemplo, que as sessões são programadas durante dias diferentes e que em uma leitura o médium se refere a uma história de notícia memorável (p.ex. ‘O espíritos estão tristes por causa do terrível acidente de trem que aconteceu hoje’). Subseqüentemente, quando os assistentes são apresentados com as leituras para avaliação, eles podem ver este comentário e deduzir corretamente o dia em que a leitura aconteceu, descobrindo então se esta é a sua leitura alvo. Problemas semelhantes podem surgir ainda que os assistentes sejam programados em ocasiões diferentes no mesmo dia, se os comentários do médium permitirem que um assistente compreenda quando uma leitura foi feita (p.ex. em uma sessão ocorrida na hora do almoço, o médium declara: ‘Os espíritos sempre sentem fome a essa hora’), ou tanto o assistente quanto o médium experimentarem um acontecimento exclusivo durante uma leitura (p.ex. o choque de um relâmpago do lado de fora) e o médium fizer uma referência a este acontecimento (p.ex. ‘O relâmpago dificulta o contato com os espíritos’).

Até onde sabemos, testes prévios de suposta capacidade mediúnica falharam em reconhecer e, portanto, em controlar, este potencial artefato (entretanto ver Milton & Wiseman, 1997, para uma discussão sobre como o mesmo tipo de pistas temporais pode induzir o resultado de certos tipos de experiências de percepção extra-sensoriais). Vários procedimentos poderiam ser empregados na redução deste problema. Por exemplo, os assistentes podem ser programados nos mesmos dias, e o tempo de suas leituras pode ser contrabalançado através dos dias (i.e. cada assistente tem uma sessão programada às 11:30 da manhã, outra às 12:30 da manhã, etc.) Existe também a possibilidade do médium e/ou o assistente ser(em) alocado(s) em lugares que o(s) isole de fontes óbvias de acontecimentos externos exclusivos, tais como condições raras de tempo ou barulhos nos corredores ou cômodos adjacentes. Por fim, as declarações que compõem a leitura podem ser separadas e aleatoriamente ordenadas antes de serem apresentadas aos assistentes para avaliação, reduzindo assim a possibilidade de uma dica sutil em uma declaração influenciando o modo em que assistentes avaliam uma leitura inteira.

Um teste experimental sobre mediunidade

A seção anterior esboçou os principais problemas estatísticos e metodológicos que podem dificultar os testes de mediunidade, e alguns procedimentos que podem ser empregados para eliminar estes problemas potenciais. Alguns destes procedimentos foram usados durante os testes anteriores de mediunidade, enquanto outros (p.ex. esses relacionados com as formas de eliminar potenciais pistas temporais que podem ajudar os assistentes a distinguirem as leituras alvo das leituras de isca) não. Os autores recentemente planejaram um método para testar a mediunidade que incorporou todos os procedimentos descritos acima, e então usaram este método para testar vários médiuns profissionais. Esta seção esboça os métodos e os resultados desse teste. O teste envolveu cinco médiuns profissionais dando leituras para cinco assistentes sob condições que eliminaram qualquer potencial vazamento sensorial entre médium e assistente. Os assistentes então foram pedidos para avaliar a exatidão das declarações dos médiuns sem saber se as declarações eram das leituras alvo ou das leituras de isca. As análises da permutação de Extortive foram usadas para avaliar se as pontuações das leituras alvo eram significativamente mais altas do que as das leituras de isca.

Participantes 

Médiuns

Os cinco médiuns (3 mulheres, 2 homens; idade entre 42-55) foram recrutados a partir de uma lista de médiuns certificados fornecida pela União Nacionalista de Espiritualistas (SNU). A SNU declarou que todos os médiuns nesta lista tinham sofrido um procedimento rigoroso de seleção e que estavam sujeitos a avaliação ininterrupta. Inicialmente cada médium foi contatado por telefone, e em seguida eles receberam uma descrição detalhada do protocolo e um formulário de consentimento. 

Assistentes

Os cinco assistentes (todos homens, idades entre 25-30) eram estudantes ou pertenciam ao corpo docente da universidade. Eles foram selecionados dentre um grupo de indivíduos que respondeu a um email geral, que circulou dentro da universidade, solicitando que voluntários participassem de um teste científico de mediunidade. Os assistentes foram escolhidos usando os seguintes critérios: (a) eles não se conheciam, (b) eram do mesmo sexo, e (c) tinham aproximadamente a mesma idade. Cada assistente inicialmente foi contatado por telefone, e em seguida lhes foi enviada uma descrição detalhada do protocolo e um formulário de consentimento. Nenhum dos assistentes foi pago por seu envolvimento no estudo. 

Salas e aparatos 

A experiência aconteceu em um apartamento localizado no Departamento de Psicologia da universidade (ver Fig. 1). O médium ficou na área de estúdio e o assistente na sala de reunião. Estes lugares foram isolados acusticamente entre si, de modo que o assistente não podia ouvir o médium e vice versa. Os acontecimentos fora do edifício (efeitos do tempo, etc.) não podiam ser ouvidos na sala de reunião, e o barulho do corredor diretamente do lado de fora da sala de reunião não podiam ser ouvidos no estúdio. Os comentários dos médiuns foram registrados por câmeras de vídeo operadas remotamente por El da sala de controle. O assistente foi fornecido com um sistema estéreo portátil e fones de ouvido de modo que pudesse escutar música por toda a sessão. 

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Procedimento 

A experiência foi conduzida por dois experimentadores, El e E2. El inicialmente selecionou e contatou os cinco médiuns, enquanto E2 selecionou e contatou os cinco assistentes. El então ligou para os médiuns para organizar um dia em que cada um deles pudesse visitar a universidade para participar do estudo (esses dias foram chamados de ‘dias experimentais’). El informou estas cinco datas a E2, que organizou para que cada assistente visitasse o Departamento de Psicologia em um horário específico em cada um destes dias. E2 programou os cinco assistentes em horários entre 11:00 da manhã e 16:30 da tarde. A ordem dos assistentes foi contrabalançada ao longo dos 5 dias (ver Tabela 2).

No começo de cada dia experimental, El encontrou o(a) médium e levou-o(a) ao estúdio. El esboçou a natureza e o projeto do estudo, e se assegurou de que o médium estava confortável. Às 11:00 da manhã, El informou ao médium que a primeira sessão já ia começar e então o levou do estúdio para a sala de controle. O médium foi pedido para tentar contatar um ou mais espírito(s) associados com o assistente e a relatar qualquer informação que eles acreditassem apropriada. Ao médio foi permitido dizer muito ou pouco da forma que desejasse durante os próximos 60 minutos. Todos estes comentários foram registrados em vídeo e controlados por El da sala de controle. Por volta do meio-dia, El entrou de novo no estúdio e informou ao médium que a sessão tinha acabado, e que a próxima sessão começaria depois de uma pausa curta. Este procedimento foi repetido cinco vezes ao longo do dia. 

Tabela 2. Ordem contrabalançada dos assistentes A-E de cada dia experimental

 

Médiuns

 

M1

M2

M3

M4

M5

11:00-12:00

A

E

D

C

B

12:00-13:00

B

A

E

D

C

13:30-14:30

C

B

A

E

D

14:30-15:30

D

C

B

A

E

15:30-16:30

E

D

C

B

A

 

E2 encontrou o primeiro assistente às 10:45 da manhã e o levou à sala de reunião. A ele foram fornecidos diferentes opções de estilos musicais e ele foi orientado a ouvir música usando os fones de ouvido fornecidos, entre 11:00 da manhã e meio-dia. Por volta das 11:00 da manhã, E2 deixou a sala de reunião e permaneceu ausente até o fim da sessão. Aproximadamente ao meio-dia, E2 entrou de novo na sala de reunião, encerrou a sessão e agradeceu o assistente por sua participação. Este procedimento foi repetido cinco vezes ao longo do dia.

Em caso de quaisquer acontecimentos inesperados (p.ex. o horário de uma sessão ter que ser alterado levemente devido à chegada atrasada de um assistente), os dois experimentadores comunicavam-se entre si usando uma série de mensagens simples de texto codificadas.

Durante todo o estudo, tanto El quanto os médiuns não receberam qualquer informação sobre a identidade dos assistentes, E2 não teve qualquer contato com os médiuns, e todos os médiuns e assistentes permaneceram cegos sobre as identidades dos outros. 

Transcrição e avaliação das leituras 

Depois que os 5 dias experimentais foram completados, El transcreveu os comentários dos médiuns, retirou todos os detalhes alheios das cópias (p.ex. perguntas ao experimentador, pausas) e dividiu cada leitura em uma série de declarações (ver Apêndice A para um exemplo). As declarações de todos os médiuns foram enviadas aos assistentes, que foram pedidos para avaliar a exatidão de cada declaração entre 1 (não aplicável) e 7 (muito aplicável). Cada assistente avaliou todas as declarações de forma independente, e uma contagem total para cada leitura foi criada para somar as respectivas avaliações individuais de cada uma das afirmações feitas na leitura. 

Resultados 

A tabela 3 contém o número de declarações produzido pelos médiuns durante cada uma das leituras. Embora a duração das leituras produzidas por qualquer um dos médiuns seja razoavelmente consistente, há uma variação considerável entre os médiuns. Por exemplo, Médiuns 2 e 5 tenderam a produzir leituras longas com cerca de setenta declarações, enquanto as leituras dos Médiuns 3 e 4 foram muito mais curtas.

Tabela 3. Número total de declarações em cada leitura

 

Médium 1

Médium 2

Médium 3

Médium 4

Médium 5

Assistente A

55

92

6

24

80

Assistente B

62

56

9

19

67

Assistente C

60

78

11

26

52

Assistente D

64

82

8

20

61

Assistente E

58

69

6

28

76

Média

59,8

75,4

8

23,4

67,2

 

A tabela 4 contém a média das avaliações dos assistentes através das cinco leituras feitas por cada médium. Estas avaliações exibem uma variabilidade grande mas coerente com, por exemplo, quase todas as leituras produzidas pelo Médium 5, obtendo avaliações relativamente altas, ao passo que as leituras do Médium 3 ficam consistentemente abaixo das avaliações. 

Tabela 4. Média das avaliações dos assistentes cruzada com as 5 leituras feitas por cada médium

 

Médium 1

Médium 2

Médium 3

Médium 4

Médium 5

Média

Assistente A

3,33

3,72

1,52

3,67

5,24

3,5

Assistente B

2,88

4,15

2,25

2,58

4,66

3,30

Assistente C

2,77

3,42

1,55

2,92

5,15

3,16

Assistente D

2,67

3,75

2,27

3,11

4,10

3,18

Assistente E

3,43

3,15

1,30

4,46

3,15

3,10

Média

3,01

3,64

1,78

3,35

4,46

3,25

 

Como notado no início deste artigo, muitos pesquisadores argumentaram que o grau em que os assistentes aceitam uma leitura é determinado, ao menos em parte, por vários estratagemas psicológicos (p.ex. o número e a diversidade de temas mencionados na leitura, a generalidade das declarações). Os dados obtidos neste estudo apóiam esta noção. Por exemplo, a leitura A do Médium 5 recebeu a avaliação mais alta, e continha um número relativamente grande de declarações gerais relacionando a uma diversidade de temas. Durante as oitenta declarações que compõem esta leitura, o médium supostamente contatou os seguintes seis espíritos: uma mulher que tinha tido cinco filhos, um avô, um cão grande, Henry VIII, um homem da África Oriental, e um cãozinho. Algumas declarações sobre estes espíritos eram extremamente gerais. Por exemplo, a mulher foi descrita como alguém que trabalhava em uma loja que tinha algo a ver com potes e panelas, o avô foi visto como alto e careca, o cão era de tamanho médio e de cores suaves com manchas, e o homem da África Oriental ‘estava envolvido no ramo de construção’. Talvez, não surpreendentemente, muitas destas declarações bastante gerais receberam avaliações altas. Por exemplo, as duas declarações que receberam avaliações máximas de todos os cinco assistentes foram ‘Sim, um parente. É homem? Ele me deixará apertar a sua mão? Posso sentir a sua mão na minha mão’ e ‘Como nós podemos chamá-lo? De pai? Avô? Você é um avô.’ Em contraste marcante, a Leitura E do Médium 3 obteve as avaliações mais baixas dentre todas as leituras, e consistiu em apenas seis declarações, todas referentes a um único suposto espírito – um homem de Lancaster. A maioria destas declarações era altamente específica, descrevendo, por exemplo, como o homem tinha cabelos pretos e longos, uma dor no pé esquerdo, um dedo direito grande, e tinha 1,67 cm de altura. Parece muito possível que as avaliações baixas designadas a esta leitura eram devido à natureza relativamente rara e sem ambigüidade destas declarações, como refletido no fato de que a declaração que recebeu a avaliação mais baixa possível dentre todos os assistentes era também extremamente específica, a saber que o espírito era de alguma maneira ligado ao nome “Bilger”.

Para explorar a exatidão de cada médium, a soma das avaliações dos assistentes para cada leitura produzida por esse médium foi inserida numa tabela Pratt e Birge (ver Apêndice B), e o nível de importância foi calculado via uma análise de permutação baseada nos 120 possíveis arranjos de cada matriz. Esta análise envolve a soma das avaliações que os assistentes designaram às leituras alvo (i.e. as leituras feitas pelo médium quando elas eram do assistente), criando uma distribuição das somas das avaliações que podiam ter sido obtidas tendo diferentes combinações de leituras de isca sendo a leitura alvo para cada assistente, e então calculando um valor de p examinando onde a soma das avaliações reais de alvo se encaixava na Distribuição.

Nenhuma das análises foi significativa, e os valores resultantes de p (uni-caudal) eram como se segue: Médium 1, .89; Médium 2, .27; Médium 3, .27; Médium 4, .77; Médium 5, .66; todos os médiuns combinados, .63. A inspeção dos dados revelou que houve apenas uma ocasião (Leitura do Médium 2 para Assistente B) em que o assistente para quem uma leitura foi visada designou uma avaliação mais alta à leitura do que a dos outros quatro assistentes. Em todas as outras ocasiões, as avaliações designadas pelos assistentes que não estavam presentes no tempo da leitura eram mais altas do que a avaliação designada pelo assistente para quem a leitura foi pretendida.

Discussão 

Este artigo primeiramente esboçou em resumo os importantes problemas estatísticos e metodológicos que dificultaram os testes anteriores de supostas capacidades mediúnicas, e os procedimentos descritos que podem ser usados para reduzir estes problemas. Em seguida descreveu o modo em que estes procedimentos foram implementados durante o recente teste executado pelo autor dos cinco médiuns profissionais. Este teste envolveu cinco assistentes cada um recebendo cinco leituras e então avaliando a exatidão dessas leituras. Os resultados revelaram que as avaliações que os assistentes designaram às próprias leituras não eram significativamente diferentes das avaliações que eles designaram a outras leituras dos assistentes, de modo que não apoiaram a existência de capacidade mediúnica.

Estes resultados podem ser interpretados de várias formas. É possível que a capacidade mediúnica genuína não exista, e que a exatidão aparente das leituras dos médiuns seja inteiramente devida ao tipo de estratagemas psicológicos esboçados na primeira seção deste artigo. Esta interpretação é coerente com muita da literatura cética sobre uma suposta mediunidade (ver p.ex. Gardner, 1992; Hyman, 1977), com trabalhos anteriores que também não conseguiram achar evidência de tais capacidades sob condições controladas (ver Schouten, 1994, para uma revisão deste trabalho) e com os argumentos que os estudos que obtiveram resultados positivos são metodologicamente defeituosos (p.ex. Hyman, 2002, 2003). Esta interpretação também é coerente com o fato de que a presença de algumas destas estratégias (p.ex. duração e diversidade de leitura, generalidade de declarações) parece estar associadas às avaliações designadas pelos assistentes às leituras obtidas neste estudo. Se esta interpretação é correta, então a direção mais produtiva para os trabalhos futuros nesta área é examinar estes estratagemas mais de perto, examinar, por exemplo, os tipos de pessoas que tendem a endossar leituras mediúnicas e as formas de retórica que os alegados médiuns usam para convencer os assistentes de que eles recebem mensagens de seus amigos mortos e parentes (ver p.ex. Wooffit, 1992, 2001). Alternativamente, é possível que capacidades mediúnicas genuínas existam, mas que este estudo não tenha conseguido encontrar nenhuma evidência delas porque, por exemplo, os médiuns envolvidos na experiência não possuíam tais capacidades nem o cenário em que o estudo foi conduzido extraiu tais capacidades. Estas hipóteses só podem ser avaliadas variando sistematicamente estes fatores em trabalhos futuros, estabelecendo que tais trabalhos também eliminam os vários problemas metodológicos discutidos neste artigo.

Em um nível metodológico, o estudo eliminou os vários tipos de vieses que podem atrapalhar a pesquisa nesta área. Enquanto alguns destes procedimentos foram usados em vários testes prévios de mediunidade (p.ex. garantias contra vazamento sensorial entre médium e assistentes, e o uso da técnica de Pratt-Birge), outros não foram utilizados neste contexto antes (p.ex. garantias contra potenciais pistas temporais). A metodologia resultante foi prática e clara, e espera-se que outros pesquisadores passem a empregar este método ao investigarem outros indivíduos alegando tipos de capacidades paranormais semelhantes, e que este trabalho os ajude a separar as interpretações concorrentes esboçadas acima.

Por fim, como notado na Introdução, certos indivíduos trabalhando em contextos forenses, profissionais e clínicos fazem reivindicações que são análogas a essas feitas pelos médiuns (i.e. são capazes de determinar informações altamente exatas sobre uma pessoa ou situação com base em dados muito limitados), e assim os testes de tais alegações podem beneficiar-se dos muitos procedimentos metodológicos descritos neste artigo. Por exemplo, a eficácia dos testes projetivos psicanalíticos poderia ser avaliada pedindo aos clínicos para produzir descrições de cinco pessoas unicamente com base em suas respostas em um teste projetivo, tendo todas as cinco pessoas que avaliar a exatidão destas descrições sem saber qual pertencia a elas, e então usando a análise descrita neste artigo para avaliar a exatidão dos clínicos envolvidos. O mesmo tipo de teste também poderia ser usado para avaliar os indivíduos que alegam ser capazes de produzir descrições exatas de criminosos (p.ex. probabilidade de voltar a transgredir, se eles são socialmente isolados, possíveis interesses e passatempos, etc.) com base em informações relativamente limitadas sobre seu comportamento quando cometiam um crime. Isto pode envolver a apresentação dos perfis com informação de cinco crimes que já foram solucionados, e pedir a eles que produzissem um perfil dos criminosos que eles acreditam que tenham cometido estes crimes. Aos agentes da polícia experientes então seriam mostrados estes perfis, junto com as informações sobre os criminosos que cometeram os crimes, e em seguida lhes seria pedido para avaliar o grau de correspondência entre o perfil e cada um dos criminosos reais. Mais uma vez, a análise descrita neste artigo poderia ser usada para avaliar a exatidão dos perfis envolvidos no estudo.

Até o momento, a literatura que discute os problemas potenciais que podem dificultar a pesquisa que tenta avaliar as alegações mediúnicas, e os possíveis procedimentos que podem ser empregados para superá-los, ficou bastante espalhada em publicações especializadas na parapsicologia. É esperado que o agrupamento conceitual destes problemas e os procedimentos apresentados neste artigo, junto com um exemplo de como foram combinados num método prático e seguro que foi usado para avaliar vários médiuns profissionais, ajudará a levar este trabalho a psicólogos que trabalham em prol do amplo alcance de contextos aplicados.

Em resumo, o presente estudo não encontrou nenhuma evidência para apoiar a noção de que os médiuns profissionais envolvidos na pesquisa eram, sob condições controladas, capazes de demonstrar capacidades mediúnicas paranormais. No entanto, os autores desenvolveram um prático, claro, e metodologicamente seguro meio de testar tais alegações, e é esperado que esta abordagem seja empregada por pesquisadores para testar outros indivíduos que aparentem ter capacidades mediúnicas ou psíquicas, e alegações conceitualmente semelhantes sendo feitas dentro de contextos forenses, profissionais e clínicos. 

Agradecimentos 

Os autores gostariam de agradecer a Dra. Caroline Watt por seu auxílio numa versão anterior deste artigo, aos médiuns e assistentes que bondosamente participaram do estudo, e ao Fundo Perrott-Warrick por ajudar a financiar a pesquisa.

Referências

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Apêndice A: Exemplo de uma leitura sendo convertida em declarações correspondentes 

Leitura

 

Acho que há uma senhora no local. Quem é você? A mãe? Sim, mãe. Aproximadamente 5 pés e 4 polegadas. Posso ver um pote, um pote para cozinhar, um pote de latão de cozinhar. É um pote bastante grande, não é? Tem uma tampa. Você [espírito] trabalhou cozinhando, preparando jantares. Você [espírito] trabalhou numa loja vendendo potes e panelas. Teve algo a ver com uma loja, potes e panelas. Você tinha uma peça favorita em sua loja? Ah, sim, eu posso vê-la agora. É uma panela longa para cozinhar peixe ou o quê? Ela, de fato, parece ser muito boa. Parece ser um fogão de peixe. Você é inglesa, não é? Sim (se refere à Mãe).

Afirmações

A1: Acho que há uma senhora no local. Quem é você? A mãe? Sim, mãe. Aproximadamente 5 pés e 4 polegadas.

A2: Posso ver um pote, um pote para cozinhar, um pote de latão de cozinhar. É um pote bastante grande, não é? Tem uma tampa.

A3: Você [espírito] trabalhou cozinhando, preparando jantares.

A4: Você [espírito] trabalhou numa loja vendendo potes e panelas. Teve algo a ver com uma loja, potes e panelas.

A5: Você tinha uma peça favorita em sua loja? Ah, sim, eu posso vê-la agora. É uma panela longa para cozinhar peixe ou o quê? Ela, de fato, parece ser muito boa. Parece ser um fogão de peixe.

A6: Você é inglesa, não é? Sim (se refere à Mãe).

Apêndice B: Resultados tabelados para médiuns individuais e todos os médiuns combinados. 

 

Assistente julgando a exatidão das informações

Assistente presente durante a leitura

A

B

C

D

E

A

156

230

131

176

252

B

202

183

223

192

301

C

170

111

145

106

161

D

348

240

196

166

175

E

120

97

134

159

137

Resultados para Médium 1

 

Assistente julgando a exatidão das informações

Assistente presente durante a leitura

A

B

C

D

E

A

354

410

304

294

322

B

198

277

210

243

230

C

234

289

282

318

264

D

452

341

220

269

113

E

166

250

275

291

258

Resultados para Médium 2 

 

Assistente julgando a exatidão das informações

Assistente presente durante a leitura

A

B

C

D

E

A

15

21

13

7

12

B

11

17

9

24

12

C

13

13

12

15

7

D

8

26

18

24

11

E

14

13

10

21

10

Resultados para Médium 3 

 

Assistente julgando a exatidão das informações

Assistente presente durante a leitura

A

B

C

D

E

A

72

42

98

43

109

B

51

59

49

67

89

C

88

61

77

110

146

D

97

84

54

61

91

E

122

57

64

84

87

Resultados para Médium 4 

 

Assistente julgando a exatidão das informações

Assistente presente durante a leitura

A

B

C

D

E

A

257

318

410

194

181

B

410

364

312

286

243

C

355

289

297

321

176

D

312

320

354

331

238

E

427

276

358

246

220

Resultados para Médium 5

 

Assistente julgando a exatidão das informações

Assistente presente durante a leitura

A

B

C

D

E

A

854

1.021

956

714

876

B

872

900

803

812

875

C

860

763

813

870

754

D

1.217

1.011

842

851

628

E

849

693

841

801

712

Resultados de todos os médiuns combinados 

Artigo original: O’Keeffe, Ciarán; Wiseman, Richard. Testing alleged mediumship: Methods and results. British Journal of Psychology, Volume 96, Number 2, pp. 165-179(15), May 2005.        

_________________________ 

Este artigo foi traduzido para o português por Vitor Moura Visoni e revisado por Inwords.

79 respostas a “Testando a alegada mediunidade: Métodos e Resultados (2005)”

  1. Vitor Diz:

    Agradeço ao Marcos Arduin, Leonardo Montes, Carlos José Archanjo e Eduardo José Biasetto que juntos pagaram integralmente a revisão desse artigo, que custou no todo 130 reais.

  2. Biasetto Diz:

    Vítor,
    O artigo apresenta estudos interessantes, mas que não concluem sobre a mediunidade genuína. Ou seja, continuamos na mesma: acredita quem quer, e ficamos por aí.

  3. Biasetto Diz:

    Qual médium brasileiro que se submeteria a testes controlados? E, caso aceitasse os testes, dá pra apostar em resultados satisfatórios? Será que o Chico “passaria nos testes”?
    Então, são situações assim, que muitos espíritas, que criticam o blog e os participantes críticos aqui, não admitem.
    Na verdade, muitos defendem a idéia, da “boa intenção”, da importância da mensagem, da consolação. Mas, a questão é muito mais complexa. No post anterior, o Gil citou o Edir Macedo. Eu não sei, exatamente, o que se passa na cabeça dos pastores, em meio a tantas denúncias e evidências de exploração e farsas. Será que eles, acreditam que realmente estão fazendo o bem? Talvez, eles pensem, alguns, que acabam ajudando as pessoas, sei lá! Agora, não dá pra admirar este tipo de ação. Então, o espiritismo, em muitos casos, é a mesma coisa: se o sujeito não é médium, se não psicografa, mas usa da farsa, pra consolar, pra “ajudar”, mesmo que ele acredite que está fazendo o bem, a mentira é sempre mentira.

  4. Caio Diz:

    Bom, um estudo aparentemente bem feito, um texto bem produzido, etc. Mas os resultados não trazem nada de novo. Apenas vimos (mais uma vez) o que já foi exaustivamente comentado aqui e em outros blogs do gênero: em condições controladas, a “mediunidade” desaparece. Achei bem interessante as informações passadas pelo médium 5: “o avô foi visto como alto e careca, o cão era de tamanho médio”. São esses os melhores médiuns certificados pela “SNU”? Fico pensando, então, como são as psicografias daqueles médiuns que não conseguem a certificação. O médium 5 poderia ter dito, por exemplo, que o avô tinha 1,93 de altura, que não era calvo, que tinha o sotaque de alguém que nasceu numa pequena região da Escócia, que seu músico preferido era Schubert, que ele apenas usava roupas de cor marrom ou preta feitas em um determinado alfaiate e que sua sobremesa preferida era algum doce feito de damasco. O médium também poderia ter dito que o “cão” era um Malamute do Alasca que atendia pelo nome de Billy, cego da vista esquerda e com alguma protuberância na pata traseira direita. Mas, não… O que temos é um avô calvo e alto e um cão médio. Hahahahahaha… Eu vou prever o futuro nesse exato momento, querem ver só? Bom, lá vai: em 2016 vai acontecer algo importante na Ásia.
    .
    É fato: em um teste devidamente controlado, as “leituras” que mais animam os assistentes são bem gerais, vagas, leitura fria mesmo. As que tentam ser específicas erram feio. E, se vez ou outra alguma leitura aparentemente específica é tida como correta, não há nada com o que se espantar: diversos estudos são feitos, desvios dessa natureza são normais.
    .
    Se a mediunidade existisse, com certeza algo significativo já teria aparecido nesses mais de 100 anos de estudos. Contudo, o que vemos é um monte de picaretas fazendo leitura fria em casas esotéricas ou “arrancando” informações por meios completamente normais de seus “clientes”. Em um teste controlado, nada significativo acontece, fato, só não vê quem não quer.

  5. Caio Diz:

    Biasetto, acho que a resposta para sua primeira pergunta é “nenhum”. Nenhum “médium” brasileiro, acho eu, concordaria em participar de uma experiência controlada. O que prova apenas que eles mesmos não acreditam em suas capacidades especiais.

  6. Antonio G. - POA Diz:

    Admiro estes esforços de gente interessada, que procura a verdade, e faz estudos e pesquisas utilizando-se de métodos elaborados, buscando provas contra as inverdades e ilusões, como estas em pauta. Beleza!
    Mas, o que eu realmente acho, é que isto acaba sendo uma perda de tempo, pois para quem “a ficha já caiu”, pesquisar se os médiuns são mesmo capazes de comunicar-se com os “desencarnados” faz tanto sentido quanto pesquisar se existe algo de real na existência de Papel Noel ou do Coelhinho da Páscoa. E mesmo concordando que, independente da motivação ou intenção, uma mentira é uma mentira, eu sei que ainda que as evidências sejam avassaladoras no sentido de que não existem tais capacidades, os crentes continuarão encontrando explicações para justificar sua fé. Dirão, como já ouvimos tantas vezes, que o “Plano Espiritual não precisa provar nada”. E que os “céticos precisam ser compreendidos, pois seu grau de evolução ainda os mantém incapazes de perceber a verdade”. E por aí vai.
    Quando alguém tem uma crença, nada nem ninguém será capaz de demovê-la de sua fé. Eu acredito que, a “tomada de conciência”, quando ocorre, é algo que brota da própria pessoa. Não será por interferência externa. Eu insisto que a gente só enxerga a verdade quando consegue livrar-se do medo da aceitar a verdade. E sei que não é fácil.
    Sds.

  7. Caio Diz:

    Antonio, sempre acho seus comentários coerentes e interessantes. Gostaria de saber como exatamente você deixou de ser espírita e tornou-se cético e as frustrações pelas quais você passou nas reuniões “mediúnicas”… Se for algo difícil de falar pelo blog, podemos conversar pelo MSN, sem problemas. Grande abs.

  8. Caio Diz:

    É incrível como, ao longo do tempo, o cérebro dos religiosos desenvolve um modo de operar que adequa QUALQUER coisa que aconteça às suas crenças. Mesmo que um determinado evento vá totalmente de encontro às suas respectivas crenças religiosas, o individuo religioso tende a “acomodá-las” de modo que o seu direito de “acreditar” não seja abalado. Exemplo: Um homem extremamente religioso todos os dias faz um percurso perigoso quando volta do trabalho para casa. Se ele não for assaltado durante todo o tempo em que fizer esse percurso, ele provavelmente dirá “Tá vendo só? Deus me protege!”. Caso ele seja assaltado em um dia infeliz, dirá “Deus está tentando me avisar sobre alguma coisa… Eu poderia ter sido assassinado, mas não fui, apenas me assaltaram, isso é um sinal. Obrigado, Deus!”. É bem estranho, porque, caso Deus quisesse avisá-lo sobre algo, seria muito mais inteligente, simples, seguro e econômico comunicar a mensagem por meio de um sonho, por exemplo. Já ouvi alguns religiosos dizerem que um determinado grupo de pessoas sofreu um acidente fatal, porque UMA delas merecia esse castigo. Novamente, uma tese bizarra. Não seria mais sábio se Deus tirasse a vida da pessoa em questão através de um ataque cardíaco, ou algo que prejudicasse somente a própria pessoa? Por que matar um monte de gente que nada tem a ver com a encrenca? É esse tipo de bobagem que nós temos que aturar, sem poder questionar, pois, se o fizermos, estaremos “desrespeitando” as crenças dos outros, e isso é “terrível”. Podemos criticar qualquer assunto, qualquer posição pessoal de um indivíduo ou grupo de indivíduos, seja de natureza política, econômica, educacional, gastronômica… Menos religiosa! Ah, a religião não pode ser atacada, por mais infantil e babaca que sejam seus conceitos! Os espíritas não se safam dessa (também). Se uma mulher passa por um aborto, então o “bebe não deveria mesmo nascer, afinal seu débito foi rapidamente quitado”. Se uma mulher passa por uma gravidez difícil, mas consegue parir, então a criança deveria nascer, e a gravidez difícil foi só “um aprendizado”. E assim prosseguimos, ajustando às nossas crenças os fatos que as contradizem, só para prosseguir acreditando em contos de fadas. Parece que custa muito aceitar o fato que vivemos num mundo cego, sem proposito, regido por leis que não são boas, nem más, apenas cegas e indiferentes.

  9. André Ribeiro Diz:

    Biasetto, Antonio e Caio, resumidamente: Numa escla de 0 a 10, os médiuns recebem ZERO, no que se refere à credibilidade da mediunidade que eles alegam ter. Precisa dizer mais alguma coisa?

  10. André Ribeiro Diz:

    Leia-se ESCALA

  11. Biasetto Diz:

    Recebi este vídeo do Leonardo, muito interessante:
    .
    http://www.youtube.com/watch?v=Xo1Np0Lev1o&feature=player_embedded

  12. Biasetto Diz:

    Achei este, fantástico, também:
    .
    http://www.youtube.com/watch?v=I4Ngon83MbM&feature=related

  13. Biasetto Diz:

    Estes dois casos, mostram habilidades extraordinárias no ser humano. Só, que diferentemente daqueles que alegam a mediunidade, estes casos foram testados e comprovados.

  14. Carlos Diz:

    Para mim a pesquisa mostra o que não se deve fazer para estudar a mediunidade. Um aspecto importante do trabalho me parece ter sido o tal do “vazamento sensorial”. O super-controle impedindo a interação médium e paciente evidentemente é uma barreira. E a mediunidade é, antes de mais nada, um processo intuitivo em que o médium precisa olhar, sentir, etc. A pesquisa nesse campo que não levar isso em conta será tão insípida quanto a conclusão do artigo.

  15. gazozzo Diz:

    “E a mediunidade é, antes de mais nada, um processo intuitivo em que o médium precisa olhar, sentir, FAZER LEITURA FRIA” (here, I fixed that for You!)

  16. Caio Diz:

    Gazozzo, também não consigo entender. Aqueles que acreditam na mediunidade geralmente costumam citar como “a maior prova de que processos mediúnicos são reais” a Leonora Piper. Pelo que sei, ela podia falar sobre eventos que só pessoas a quilômetros de distancia sabiam. Portanto, especificamente nesse caso, rs, o médium não precisava “olhar, sentir”. Mas, quando um estudo devidamente controlado isola o médium dos assistentes e os resultados são negativos, então levantam a ladainha de que o contato é necessário. Se fizerem outro estudo, onde o contato entre médium e assistente aconteça, mas, mesmo assim, os resultados continuem negativos vão dizer que foi devido à influência de espíritos zombeteiros, etc., etc., etc. Há quem diga que isso é ciência. 🙂

  17. Biasetto Diz:

    http://www1.folha.uol.com.br/colunas/helioschwartsman/985625-mais-rapido-que-a-luz.shtml

  18. Vital Cruvinel Diz:

    Excelente artigo!

    Como gostaria de fazer algo parecido!

  19. Carlos Diz:

    Honestamente esse tipo de estudo não me diz nada. Um dia qualquer aparece um médium qualquer que mesmo sob condições controladas produz um resultado estatístico relevante e tudo o mais fica comprometido. E aí é apelar para o “vazamento sensorial” (afinal como controlar tanta gente em pesquisas dessa natureza…) ou então admitir que existam mesmo espíritos zombeteiros, aliás por que não?

  20. Marcos Arduin Diz:

    Eu não entendi lhufas. Afinal os médiuns americanos estabelecem contatos com os espíritos ou só fazem um jogo de “chutes”, tentando adivinhar as coisas, tal como a médium cascateira lá no filme Ghost?

  21. Caio Diz:

    Curioso. Dentro da investigação cientifica, e mesmo fora dela, devemos optar pela explicação mais simples, mais razoável, ao invés de ficar “enxertando” teses mirabolantes em nossas conclusões. Se os médiuns falharam em diversos estudos consecutivos, o bom senso diz que isso acontece porque certamente espíritos não existem, e cá estamos nós, sozinhos e desamparados em nosso mundinho físico. 🙂
    .
    Mas, não… Alguns ainda preferem dizer que são os espíritos zombeteiros que interferem nos resultados dessas pesquisas, algo totalmente esquisito. Agindo assim, estamos introduzindo na explicação elementos totalmente desnecessários, que servem SOMENTE para que possamos continuar sustentando nossas crenças.
    .
    Ainda bem que esse tipo de conduta não é tão comum assim em outros campos de pesquisa. Imaginem só um laboratório farmacêutico pesquisando a suposta eficácia de um composto ativo e, depois de anos de estudos obtendo maus resultados, ao invés de concluir que esse composto não funciona melhor que um placebo, decide levar a pesquisa adiante, alegando que os resultados ruins ocorreram devido à influência dos travessos gnomos da Irlanda.

  22. Biasetto Diz:

    Caio,
    Gosto muito das tuas ideias e teus comentários. Porém, vou discordar um pouco, das tuas conclusões. Você afirma: “o bom senso diz que isso acontece porque certamente espíritos não existem,…”
    Não vejo, necessariamente, em razão dos resultados das pesquisas, que “espíritos não existam”. Também, não estou afirmando que existam. Talvez, as pesquisas comprovem, que a mediunidade não existe ou, certamente, que muitas pessoas se declaram médiuns, mas não são.
    Eu estava conversando com o Juliano ontem, e a gente falou do Chico. Concluímos que ele foi uma pessoa bem intencionada, dentro da lógica dele, sabemos lá, as razões! Ele queria fazer o bem, ele fez o bem, no contexto em que ele viveu e acreditou. Só que há inúmeras evidências, que questionam e desqualificam a mediunidade dele. Há muitos outros, que tentam imitá-lo. As razões são diversas, alguns são, inclusive de caráter muito duvidoso. Estas pessoas acabam prejudicando as pesquisas no campo da espiritualidade, porque geram uma ideia de que todos os médiuns, espiritualistas, paranormais, são enganadores.
    Aí, pessoas como você – e eu entendo isto – que, já têm uma visão cética e atéia, concluem que não dá pra achar nada de positivo. Penso que, da mesma forma que é bom a gente ser seletivo, crítico, cético… também, devemos não radicalizar.
    O Juliano acredita, e eu concordei com ele, que muito provavelmente, se um dia vier uma prova definitiva da continuidade da vida, esta prova virá da Física, por exemplo. Esta descoberta da partícula aí, que viaja a uma velocidade maior que a da luz, deixou os físicos intrigados. Eu sei pouco sobre o assunto, mas entendi, que eles ficaram chocados com a descoberta, e que isto pode mudar muitos e muitos conceitos, inclusive no que diz respeito à própria ideia de universo.
    Outra coisa, estes exemplos de pessoas com “habilidades” incríveis, mostradas nos links acima, em reportagens do History Chanel, indicam que os “limites” da capacidade humana, podem ser “ultrapassados”. Eu comentei com o Leonardo, que acredito que um dia, os seres humanos vão se comunicar por telepatia. Não faço a menor ideia de quando isto vai acontecer, mas muitas coisas incríveis vão acontecer. Talvez, lá na frente, a ciência consiga provar, de forma indiscutível, a existência dos espíritos, da vida no plano espiritual, e isto se torne uma coisa tão banal, que ninguém nem se surpreenda mais. Porém, como na humanidade, hoje, há muitas pessoas más, estas práticas nem podem ocorrer mesmo, porque seria o caos total. E, assim, eu vejo uma certa “programação” nos avanços, o que me faz pensar, que possa existir uma sabedoria por trás disso, que seria Deus.

  23. Carlos Diz:

    Caio,
    .
    Sigo mais ou menos o comentário do Biasetto… A diferença é que você já decidiu que espíritos não existem, logo o resultado das pesquisas importam pouco, a não ser aqueles que você acha que são os corretos (espíritos não existem!)
    .
    Outra abordagem é olhar os dados tais como se apresentam e sem conclusões a priori. Nesse sentido, considero muito mais interessante entender como médiuns obtém resultados do que isolá-los para concluir que assim eles não conseguem nada de interessante. Quando falo em “obter resultados” não estou em absoluto afirmando ou negando a presença de espiritos no processo. Veja a alegada capacidade de alguns médiuns em utilizar a “leitura fria”: alguém saberia dizer precisamente como ele consegue isso?

  24. Caio Diz:

    Biasetto, talvez eu tenha me expressado de modo incompleto. Eu não tentei dizer que a inexistência da mediunidade é o (único) argumento que temos contra a ideia de espíritos. Na realidade, ele é apenas mais um argumento. Mais um que se soma a outros bem contundentes e, analisando todo o conjunto, e se formos bem sinceros com nós mesmos, é inevitável concluir que a hipótese da continuidade da vida após a morte do corpo é algo bem banal, uma esperança que deriva do fato de não conseguirmos (como qualquer outro animal) encarar a morte sem nos assustar. Mas, diferentemente dos outros animais, que tentam livrar-se da morte apenas correndo ou saltando, nós, que temos uma capacidade razoável de abstração, inventamos coisas como a existência de uma alma transcendental. Considerando o conhecimento que a medicina tem hoje sobre o funcionamento fisiológico do nosso corpo, principalmente sobre o funcionamento do cérebro, não há como sustentar a ideia de que continuamos existindo depois que o órgão que carregamos dentro do crânio deixa de funcionar. Para quem se aventura a discursar fora da ciência, existem até alguns argumentos filosóficos bem interessantes que refutam a existência de um espírito imortal. São todos esses pontos que me fazem crer que a hipótese da existência de uma alma é algo muito improvável. Posso estar errado? Claro. É impossível afirmar qualquer coisa com 100% de certeza. Para afirmar algo com certeza absoluta é preciso ter fé, e isso de fato eu não tenho. Não tenho também simpatia por visões extremadas. Mas, diante das evidências, não posso concluir outra coisa que não seja o fim da existência assim que o funcionamento cerebral desaparece. Ninguém diria que alegar quase com certeza que o Papai Noel não existe, que ele é apenas fruto da imaginação, é uma atitude extremista. No entanto, as pessoas repetidas vezes alegam que dizer que quase com certeza deuses ou espíritos não existem é uma atitude muito radical. Acho isso bem curioso.
    .
    Quanto aos avanços da ciência, concordo plenamente. Não tenho a menor dúvida que, daqui a 150 anos, se o planeta continuar existindo e puder suportar a vida, teremos coisas realmente fantásticas por aqui, coisas que hoje parecem bizarras. Basta lembrar que, há 100 anos, o conceito de internet seria surreal, e cá estamos nós, conversando por meio de um blog. Contudo, existe um abismo de diferença entre o conceito de internet e o conceito de espírito: a internet faz parte do mundo real, tangível, palpável, da mesma forma que a partícula que viaja mais rápido que a luz. Os avanços científicos possibilitaram o surgimento da rede e, agora, podemos usufruir de tudo isso. Não estamos fazendo pesquisas há 150 anos para tentar achar uma agulha no palheiro, não precisamos frequentar “centros internéticos” e participar, cheios de fé, de reuniões com médiuns com o intuito de conseguir acreditar na existência da internet. Ela existe e pronto. É isso.
    .
    Um abraço.

  25. Caio Diz:

    Carlos, apesar de muitas pessoas sentiram ódio pelo Richard Dawkins, sugiro que você assista um documentário que ele produziu chamado, acho eu, “A Raiz de Todo o Mal”. Em um dos seis episódios, um cético, que trabalha como ilusionista, faz uso da leitura fria diante de uma plateia de pessoas que acreditam em espíritos. O resultado é muito interessante. Tem no Youtube.

  26. Gilberto Diz:

    “Alegar quase com certeza que Papai Noel não existe” é ótimo!!

  27. Gilberto Diz:

    Será que ninguém alega tal fato “com absoluta certeza”?

  28. Caio Diz:

    Não, Gilberto. Se não podemos alegar que Deus com certeza não existe, não podemos também alegar que o Papai Noel ou a Cegonha com certeza não existem. Seria muita hipocrisia, né, amigão? 🙂
    .
    E, se fosse para apostar na existência de um dos dois, eu apostaria na do Papai Noel. É mais difícil refutar o bom velhinho. Inclusive, existem vários relatos de pessoas que já o avistaram. Eu mesmo, numa longínqua tarde do começo dos anos 90, fui com a minha mãe ao shopping e posso jurar que o avistei.

  29. Biasetto Diz:

    Gil e Caio,
    Gosto muito dos comentários de vocês, mas acho que vocês exageram na descrença. O que mais tem no meio religioso é bobageira, sem dúvida alguma. Porém, tem muita “doideira” neste universo, podem ter certeza disso. Muitas e muitas descobertas ainda serão feitas, e o campo espiritual não está fora disto não!
    Estas histórias de crianças lembrarem, detalhadamente, de vidas passadas, ainda vão ser melhor estudadas. Aquela história do garotinho lá, que lembrou, com riqueza de informações, da vida passada dele, como piloto, é muito boa. Tem outras assim. O que acontece, é que as religiões esculhambaram com tudo.
    Abraços!

  30. Biasetto Diz:

    Bom dia amigos!
    Liguei a TV, nesta manhã de sábado e contei 9 canais religiosos. Todos, vendendo a “fórmula mágica da vida feliz”. Livros, “amuletos” e convites para visitas aos cultos.
    Aqui em Bragança Paulista havia, nos anos 1960, cinco cinemas. Na década de 1980, eram três. No final dos anos 1990, somavam-se dois. Em 2008, havia apenas um, e foi fechado.
    Numa cidade com 150 mil habitantes, só há duas livrarias.
    Em contrapartida, não dá mais pra se contar o número de igrejas, butecos e farmácias (drogarias, que vendem quase tudo) – como um país assim, pode conhecer o progresso verdadeiro?

  31. mrh Diz:

    Vou provar q o futebol q vemos na TV é pura ilusão, através d 1 inovação metodológica: a) o futebol depende fundamentalmente d 1 movimento, o chute na bola; b) vou colocar 1 jogador credenciado pela FPX afastado da bola p/ 3m.
    .

    Descrição do experimento: ao tentar chutar a bola, nessa condição controlada, o jogador cadastrado ñ conseguiu. Provei q ñ existem chutes na bola; ñ existem jogadores genuínos; ptto, ñ existe futebol e, p/ conseguinte, q tudo o q vemos na TV é 1 farsa montada pelo Governo p/ nos alienar.

  32. mrh Diz:

    O jogador, condicionado p/ sua crença empírica, anterior e pré-cientifica d q existem chutes na bola; q ele já chutou bolas etc., protestou. + agora q temos ciência sobre o assunto, a experiência pessoal deste mostra-se apenas apego a crenças primitivas.
    .
    O jogador insistiu q se ficasse só 1 pouquinho + perto da bola, conseguiria chutá-la; + a metodologia rigorosa e controlada prescreve q, p/ a obtenção d resultado satisfatório (q permita a longa ladainha subsequente dos “fisicalistas”), ele deve ser cuidadosamente mantido a pelo – 3m da bola, p/ q senão, d algum modo misterioso, ele talvez movimente a bola s/ chutá-la (tlvz pela sua contextura, rotundidade, calor etc., o alegado jogador possua 1 poder extraordinário d inferir sua rota e movimentá-la neste sentido).
    .
    + agora, está garantido metodologicamente q o resultado será conclusivo.

  33. mrh Diz:

    Agora, vou provar q elefantes ñ existem nem nunca existiram…
    a) mantenha o macho, no curral do zoológico, a 16m da fêmea, virada na posição + conveniente p/ 1 suposto acasalamento…

  34. Biasetto Diz:

    Márcio,
    Que doideira é esta?

  35. mrh Diz:

    Karo Bia, o elefante macho a q me referi ñ diz respeito nem a mim nem a vc… trata-se d 1 proboscídeo natural!

  36. Biasetto Diz:

    Caio,
    Como você pode falar que Deus não existe?
    Nesta madrugada, estive numa casa noturna aqui de Bragança, que fica, literalmente no meio do mato. É uma chácara, um bar, onde rolam shows de 1ª (pra umas 300 pessoas, no máximo) – ambiente maravilhoso. Pela 2ª vez, tive a oportunidade de assistir ao show da banda Senhor X (confira esta turma no youtube) – é um quarteto de Ribeirão Preto (tocam muito). Ontem teve Pink Floyd, Nirvana, Deep Purple, Queen, David Bowie, Genesis…
    Eu curtindo todo este som, bebendo umas, com a esposa e os amigos… uma noite maravilhosa, no meio do mato, aquele céu estrelado. Quando sai da casa, fui pegar o carro, e uma vaca deu uma piscada pra mim, te juro!Ainda pude sentir o cheiro gostoso de cocô de cavalo… Puxa vida, Deus estava lá, você não sabe de nada!
    Um abração.

  37. Biasetto Diz:

    http://www.youtube.com/watch?v=lwbhLDM8elQ&feature=related

  38. Biasetto Diz:

    http://www.youtube.com/watch?v=Enk5j37OrJE&feature=related

  39. Caio Diz:

    Ok, você me convenceu.

  40. Caio Diz:

    Biasetto, músicas de qualidade não provam que deuses existem. No máximo, provam que as pessoas que as fizeram existem. Locais agradáveis também não provam que deuses existem, no máximo provam que os arquitetos que os planejaram existem. Com amigos legais, o lance é o mesmo: o fato de eles serem legais apenas nos prova que eles são reais… Eles, nossos amigos, e não os deuses.
    .
    Mas, por um momento, vamos viajar um pouco na maionese e considerar que pessoas e situações agradáveis provam que uma força sobrenatural existe… Ok, então o que pensar de um feriado no ‘Piscinão’ de Ramos (desculpe, Vitor), acompanhado de traficantes, tomando cerveja quente e ouvindo funk? Isso prova que deuses não existem? Prefiro pensar que existem situações boas e más, pessoas boas e más, locais agradáveis e desagradáveis, música boa e música ruim não porque uma suposta inteligência superior cansou do ócio e decidiu trabalhar um pouco, mas apenas porque vivemos num mundo junto com outras bilhões de pessoas, e estamos sujeitos aos mais diferentes tipos de contatos e sensações, apenas isso.
    .
    Escrevi isso ouvindo U2, e nem por isso acho que algum deus exista. Hahaha… Bom começo de semana a todos.

  41. Biasetto Diz:

    Caio,
    Grande amigo.
    Você levou a sério meu comentário. Eu queria te provocar, na boa! Na verdade, estava mais é querendo externar aos amigos, que passei uma noite bem agradável, num ambiente agradável, numa região agradável, ouvindo música agradável.
    Às vezes, precisamos descontrair um pouco, não é?
    Entretanto, vou te dizer uma coisa: depois do show que assisti, inclusive conversando com o pessoal da banda, especialmente a Carla, que canta muito; depois uns goles (nada de exagero), o convívio com os amigos, e lá pelas 3 e meia da madruga, quando eu e minha esposa, fomos pegar o carro, olhei para aquele céu maravilhoso, a natureza ao meu redor, o cheiro de mato (e merda de cavalo), a vaquinha olhando pra mim, te juro: difícil imaginar que só o acaso tenh produzido isto. Mas…

  42. Caio Diz:

    Hahaha, não levei “a sério” não, Biasetto. Sempre acho que aqui é o lugar ideal para falar sobre isso, fazer algumas considerações, “testar” mesmo nossos argumentos, apenas isso.
    .
    Eu acho que o fato de se sentir bem não prova muita coisa. Mas respeito qualquer outro ponto de vista contrário. A internet, às vezes, é péssima… É uma comunicação fria, você fala de uma determinada forma e as pessoas imaginam o tom da sua fala de um jeito completamente diferente, rs. Grande abs, bom começo de semana.

  43. Juliano Diz:

    Boa tarde

    Já li duas vezes a pesquisa e sinceramente não entendi até agora a lógica da mesma. Ao que parece quando os “médiuns” tiveram informações mais gerais tiveram um nível de acerto elevado, mas como eram informações gerais, tais acertos caem por terra. Já quando eram informações mais específicas o nível de acerto foi baixo, mas houve ou não houve acertos, mesmo neste nível mais baixo? Sinceramente, não entendi o texto e a sua propalada exatidão de informações.

  44. Vitor Diz:

    Oi, Juliano
    é basicamente isso que você entendeu. Os médiuns não conseguiram fornecer informações específicas precisas sobre os falecidos ou os parentes dos falecidos em condições controladas. Ou seja, fracassaram no teste.

  45. Juliano Diz:

    A questão é a seguinte! Há uma pesquisa mundial hoje sobre EQMs do Dr. Sam Parnia e outros médicos de renome que espero um dia os dados observados divulgados. Principalmente a questão dos filmes aleatórios que ficam passando no teto das salas de operação e a pessoa que passa por uma EQM, necessariamente, se for ao teto em espírito, terá que ver o filme aleatório que está passando, que ninguém sabe qual é na sala, e se ver, ao voltar vai descrever o filme, e aí de fato algo aconteceu. Mas eu já ando achando que pela demora em divulgar dados, provavelmente as experiências não atestam isto. Tal situação unida a questão da psicometria, que gostem ou não pode ser sim um mecanismo de explicação para as crianças que dizem rememorar vidas passadas. A hipótese de que nós morremos ao morrer, lamentavelmente, é algo a ser levado em consideração. Hoje é uma hipótese altamente provável, muito mais provável que a continuidade do espírito, infelizmente. E os processos que ocorrem devem decorrer muito mais de aspectos alucinógenos que ainda a ciência não explica, mas que um dia vai explicar. Espero estar errado, mas já trabalho com a possibilidade de que a minha vida é só esta mesmo. E aí, na verdade pouco importa se o CX foi um picareta, como de fato ele foi,independente de ter de fato vida após a morte. Se fazia e faz bem pras pessoas acreditar nele, que mal há? Pois só há uma vida mesmo, e cada um que a viva como bem entender, desde que não encham o meu saco querendo me doutrinar! Que cada um acredite no que bem entender. Porém, ainda espero no fundo no fundo que as pesquisas do Parnia me dêem uma notícia diferente, uma luz no fim do túnel, algum dado de fato concreto. É esperar pra ver. Mas o ateísmo agnosticismo no começo é complicado, porém com o tempo vai-se acostumando com a idéia, e provavelmente com mais um pouco de tempo tal é entronizado e passa a ser algo plenamente aceitável, e que no fundo melhora até o viver, já que de positivo há que muitas prisões psicológicas se abrem naturalmente. É isto. Mas repito, não entendi lhufas da pesquisa, mas intuo que os médiuns em sua totalidade são médiuns do “conto do vigário” mesmo. É isto.

  46. Biasetto Diz:

    Juliano,
    Bom teu comentário, muito bom…
    Um abraço!

  47. Antonio G. - POA Diz:

    Caio, andei meio afastado, e só hoje dei uma lida nos posts dos últimos dias. Quanto a sua pergunta do dia 5, eu já andei explanando sobre a questão do porquê de minha renúncia ao espiritismo, aqui neste site. Mas não tem nada de muito “sensacional” na minha história. Basicamente, “caiu a ficha”. Em algum outro momento, quando eu me sentir mais “inspirado”, entrarei em alguns detalhes. Ok?
    .
    Juliano, gostaria de parabenizá-lo pelos comentários recentes. Assino embaixo. E ressalvo que eu me considero 99,99% ateu. Ou seja, tenho praticamente certeza absoluta de que tudo isso (espíritos, mediunidade, EQM,…) é falso. Mantenho 0,01% de dúvida, pois entendo que só os fanáticos têm certeza sobre estas questões.

  48. Caio Diz:

    Juliano, tudo indica que “ao morrer, de fato morremos”, rs, e as evidências que apontam para isso são muitas. No entanto, como podemos ver aqui mesmo neste blog, existem diversos esforços sendo feitos para tentar provar o contrário. Pergunto: para qualquer outra questão que não fosse a morte, a ficha já não teria caído há muito tempo? Por acaso há um investimento grande de tempo e recursos tentando provar que pular as 7 ondinhas funciona, ou que a astrologia tem algum fundamento? Não, claro que não. Ninguém está interessado nessas coisas, simplesmente porque elas pouco mudariam nossa vida, caso fossem verdade. Ninguém sente medo ao descobrir que pular 7 ondas no ano novo não traz benefício algum. Mas com a morte é diferente… Existe gente – muita gente, aliás – que sente verdadeiro pavor de pensar que um dia simplesmente vai desaparecer, por isso todos esses esforços tentando provar o contrário. No fim, suponho, uma pesquisa verdadeiramente honesta jamais vai revelar que a vida continua. Que acredite na continuidade da vida quem quiser. Ou quem precisar.
    .
    Antonio, fique à vontade. Quando você quiser detalhar mais a sua desilusão com o espiritismo, ficaremos contentes.
    .
    Abs a todos.

  49. Juliano Diz:

    Antonio e Caio

    Eu fico no 50/50. Até por quê tive algumas experiências na minha vida que ainda não consigo ter uma explicação racional. Por exemplo, alucinação é uma coisa, agora uma alucinação coletiva, entre pessoas em tese normais, sem o uso de qualquer espécie de droga, é outra coisa. Várias pessoas verem os mesmos rostos de possíveis espíritos é algo que ainda não tenho a mínima idéia do que ocorreu comigo. Além da enormidade de situações e vídeos que existem relatados no youtube que merecem sim atenção; além de alguns casos bastante interessantes aqui colocados pelo Vítor e outros na literatura. Procurem aqui “O Caso Antonia” e os textos do Stevenson. Apesar que como já disse, vejo na psicometria uma possível explicação não paranormal nestes processos. Mas também é apenas uma hipótese. Porém o importante é ter “cabeça aberta”. Infelizmente, assim como há o fanatismo espírita (e como há), o fanatismo religioso cristão (e como há), há também uma nova forma de fanatismo, o do cético ateu. Tempos atrás escrevi sobre o processo de alucinação coletiva num outro blog (Bule Voador), que foi inclusive indicado pelo meu amigo Biasa, esperando um diálogo aberto, mas o que tive foram críticas e mais críticas e afirmações contundentes que eu estava apenas falando um monte de bobagens! Aí fica difícil. É isto.

  50. Antonio G. - POA Diz:

    Certo, Juliano. Fanático é aquele que tem 110% de certeza sobre determinado assunto. Eu, tenho “apenas” 99,99%… rsrsrsrs. Por isso mesmo, por admitir que minha certeza não é absoluta, estou sempre pronto a mudar de idéia* (eu sei que não tem mais acento, mas continuo resistindo). E, para que eu mudasse de idéia, bastaria uma (uma só, uminha,…) evidência. Mas eu não tenho encontrado nada de concreto neste sentido. Nada substantivo. Só muito verbo e adjetivo. Quem sabe, um dia…
    Sds.

  51. Juliano Diz:

    Antonio G.

    Concordo contigo em letra, número e grau. O que tem de blábláblá, trólólóló de gente dizendo como é um possível além e ditando comportamentos é uma festa!! Mas prova que é bom, nada! É uma festa de áuricos das mensagens do além. Uma festa de terror, diga-se de passagem, mas é uma festa. E talvez aí ainda seja a maior esperança minha que talvez tenha algo além do aqui e agora. Pois os “donos da verdade”, em sua imensa, se não total, maioria, são pessoas que não valem um sorvete lambido (rsrsrs esta veio agora rsrsrsrsrs). Por óbvio, não possuem capacidade alguma de ter acesso a um além. Já disse isto pro Biasa, se um dia aparecer uma prova realmente concreta da permanência do espírito vivo após a morte, tal vai sair de um físico prêmio nobel, ateu e totalmente descrente da sua possível descoberta. Vejo que é por aí a coisa.

  52. Biasetto Diz:

    Juliano, Caio e Antonio,
    Estou cada vez mais convencido de que existe algo maravilhoso, o qual fazemos uma breve ideia, no pós- morte.
    Primeiramente, a ciência não explica o surgimento do Universo, mas apenas uma etapa de sua evolução.
    O Universo não é um caos, mas poderia ser. Não é fantástico, por exemplo, que o ano dure (sempre) 365 dias e 6 horas? Há uma ordem nisso!
    Os seres humanos evoluírem, a evolução biológica, perfeito! Mas há uma ordem nisso, também! Por que tigres, zebras, elefantes ou corujas, não evoluem, a ponto de conversarem, lerem jornal, ou estudarem o espaço?
    O acaso não produziria a inteligência, como existe em nós humanos – bilhões e bilhões de células cerebrais, trilhões de células no organismo …
    O acaso não produziria tanto conhecimento, tantas descobertas.
    Há uma lógica por trás de tudo isto, uma força, um plano…
    O problema, em 1º lugar, é que Deus, como disse Voltaire, “é escravo de si mesmo”, de sua própria criação. Ele não vai ficar interferindo, nos detalhes da vida de cada um. Ele deixa a coisa correr, porque faz parte da evolução espiritual e, lá na frente, a recompensa é extremamente compensadora.
    Em 2º lugar, ao longo da história, à medida que o homem foi deixando da vida animalesca, foi tentando entender o mundo, a vida, o universo, os mistérios, e apareceram as religiões, como uma forma de pesquisa e reverência. Tiveram a sua serventia em um determinado momento. Mas ficaram ultrapassadas. A ciência, através de suas diversificações, como a história, a filosofia, a biologia, a física, química, a sociologia, a antropologia, a astronomia, a matemática … vieram preencher, complementar e substituir as religiões… só que muitas pessoas ainda não perceberam isto. Assim, ficam apegadas nos dogmas, nas obras antigas, que não foram renovadas.
    Percebam como tudo é plural: muitas galáxias, muitas estrelas, muitos planetas, muitas vidas…
    Há uma engrenagem em tudo – o homem construiu o motor do autómóvel, imitando o universo e o próprio organismo – vários órgãos, veias e artérias – todos precisam estar em bom estado para funcionarem adequadamente. O alimento nos mantém vivo, o combustível…
    O homem imitou o próprio cérebro, pra desenvolver o computador. A energia nos faz agir, e a eletricidade foi descoberta…
    É tudo planejado, calculado… Só que tudo tem o seu tempo.
    Deus brinca com nós, ele gosta que sejamos xeretas, que tenhamos dúvidas, porque assim pesquisamos, assim buscamos o conhecimento, assim evoluímos.
    Um outro problema, é que temos medo, muito medo. Então, pra consolarmos, usamos de respostas… Só que algumas destas respostas, são forçadas, são exageradas, são errôneas. Então, alguns se dizem médiuns, pra dar credibilidade àquilo que dizem, àquilo que pesquisam e acreditam. Outros, se dizem gurus, profetas… e assim vai.
    É só saber separar as coisas, o que não é fácil, mas possível!
    A reencarnação é algo perfeito. Explica porque as pessoas nascem com diferentes talentos, paixões, desejos, “defeitos”… É a forma disfarçada das lembranças de vidas passadas.
    O plano espiritual tenta nos ajudar, assim como fazemos aqui na Terra, tentando ajudar as pessoas e esperando a ajuda delas. Mas nem tudo é possível. Nem tudo é conveniente.
    .
    Não pensem que voltei a ser espírita e vou desqualificar as pesquisas que fiz. Longe disso!
    Continuo um cético crítico. Apenas me libertei das amarras do fanatismo, das crenças frágeis, das crendices … Também não me agrada o ateísmo convicto.
    O agnosticismo ensina que o espiritual é perfeitamente possível, mas tentar entendê-lo, analisá-lo e registrá-lo, é algo que está fora de nosso alcance. Penso, mais ou menos por aí!. Tudo tem seu tempo.
    E a pesquisa, a crítica e o bom senso, são os três principais alicerces do progresso.
    .
    Meu Deus! O passeio de fim de semana e a piscada da vaca, mexeram comigo. Viva o rock roll.
    Abraços a todos, bom feriado. Feliz dia das crianças!

  53. Gazozzo Diz:

    Bravo, Biasetto! Excelente texto!

  54. Caio Diz:

    Biasetto, minha considerações:

    Você disse: “Primeiramente, a ciência não explica o surgimento do Universo, mas apenas uma etapa de sua evolução”.
    .
    – A ciência não explica apenas uma etapa. Na realidade, hoje conseguimos reconstituir com razoável grau de certeza tudo o que aconteceu durante os 15 bilhões de anos do Universo, a partir do momento da grande explosão. Ainda não conseguimos dizer como foi o segundo anterior à explosão, mas não existem motivos para pensar que daqui a algum tempo não desvendaremos (mais) esse mistério e, com certeza, mais uma vez perceberemos que não existe nada de sobrenatural nesse momento que antecedeu o Big Bang, assim como aconteceu quando elucidamos o mistério da origem das espécies, por exemplo.
    /
    /
    Você disse: “O Universo não é um caos, mas poderia ser. Não é fantástico, por exemplo, que o ano dure (sempre) 365 dias e 6 horas? Há uma ordem nisso”.
    .
    – O fato de o Universo demonstrar uma sintonia fina não significa que ele foi projetado. O fato da “sintonia fina” existir prova apenas que ela mesma existe, e nada mais. O princípio antrópico explica satisfatoriamente o “mistério da sintonia fina”. O princípio antrópico, muito resumidamente, diz que nós nos perguntamos como pode existir essa aparente ordem e esse notável ambiente propicio à vida justamente porque estamos aqui, habitando uma região do espaço onde a vida é plenamente possível. Se a vida fosse impossível, não iríamos questionar sobre o porquê dela ser impossível, simplesmente porque não iríamos existir. Esse argumento pode parecer, no início, demasiadamente simples, mas faz todo o sentido. Alguém que sobrevive ao fuzilamento no paredão só se pergunta como foi que se safou com vida se tiver sobrevivido. Morto, não há como fazer essa pergunta.
    /
    /
    Você disse: “Os seres humanos evoluírem, a evolução biológica, perfeito! Mas há uma ordem nisso, também! Por que tigres, zebras, elefantes ou corujas, não evoluem, a ponto de conversarem, lerem jornal, ou estudarem o espaço? O acaso não produziria a inteligência, como existe em nós humanos – bilhões e bilhões de células cerebrais, trilhões de células no organismo … O acaso não produziria tanto conhecimento, tantas descobertas. Há uma lógica por trás de tudo isto, uma força, um plano…”.
    .
    – Aqui vou ter que discordar totalmente de você, totalmente mesmo. Nós, serves vivos, deixamos descendentes quando nos reproduzimos e existe uma chance desses descendentes nascerem modificados. Na realidade, a maioria desses modificações não são benéficas, mas algumas poucas são. Estas poucas “mutações” benéficas conferem ao seu portador uma vantagem sobre os demais concorrentes (indivíduos da mesma espécie e de outras espécies que competem na luta pela vida). Essa vantagem, mesmo sendo aparentemente pífia, pode significar a diferença entra a vida e a morte: ter 1% de asa é melhor que não ter asa alguma. Seres vivos cujos genes modificados tragam alguma vantagem competitiva tendem a deixar mais descendentes modificados, que cada vez se tornaram mais adaptados, pelo mesmo processo. Agora, imagine isso durante 3,5 bilhões de anos e pronto: átomos sem vida podem ser agrupados em forma de elefantes, zebras, corujas e pessoas que conversam através do blog do Vitor. O acaso produziria, sim, “inteligência”, da mesma forma que produziu chifres, garras, brânquias, caudas e uma camada grossa de gordura para suportar baixas temperaturas. Nosso intelecto é apenas uma arma evolutiva, da mesma forma que as garrafas de um felino, nada além disso. Não existem motivos para pensar que somos o “produto final” de algum tipo de criação inteligente. Alguns seres vivos podem ter organismos mais complexos que outros, mas não podemos dizer que nós, humanos, somos animais melhores ou piores que uma minhoca: em termos evolutivos somos ambos competentes na mesma medida: chegamos a 2011 juntos. Concordo com você quando você diz que o acaso não produziria tanto conhecimento. Realmente não mesmo. Chegamos até aqui por causa da ciência. Se tivéssemos optado por investigar o Mundo e o Espaço através da leitura da borra de café, estaríamos usando peles ao invés de blusas e vivendo em cavernas.

  55. Caio Diz:

    Concordo com seu posicionamento sobre as seitas religiosas. As religiões, no meu entendimento, também representam apenas uma tentativa por parte do homem para tentar entender o mundo numa época onde o conhecimento humano engatinhava. As religiões oferecem consolo? Claro, mas nem por isso aquilo que pregam é verdade. Um homem cuja mãe morreu pode imaginar que ela ainda está viva, se isso lhe trouxer algum conforto. Mas, de fato, ela não está.
    .
    Imaginar que deuses existem na realidade complica mais ainda a nossa já difícil tarefa de tentar entender o universo. Postular que quem esteve por trás do Big Bang foi uma entidade ultra-poderosa multiplica o problema infinitamente. Como Ela surgiu? Há bons motivos para pensar que a seleção natural atua em todo o universo, e não apenas no Planeta Terra. A complexidade pode surgir da simplicidade, desde que exista tempo hábil para isso. Deus, nesse contexto, foi gerado por entidades tão complexas quanto Ele? Ou foi transportado para cá de algum outro plano existencial onde Ele nem mesmo é tão complexo assim apenas para nos criar? Alegar que ele é onisciente, onipotente e onipresente e que sempre existiu retira a discussão do campo da razão.
    .
    O ateísmo, pelo menos o meu ateísmo, não é convicto. Não tenho 100% de certeza sobre coisa alguma. Apenas pesei as evidências que existem contra e a favor a idéia de um deus e percebi que não existe nenhum motivo para acreditar numa entidade dessas. Posso estar errado? Sim, como também posso estar errado quando alego que fadas não existem. Contudo, como eu já disse, um homem que diz que “fadas não existem” não é rotulado de extremista. O que diz que “Deus não existe”, no entanto, é.
    .
    Mas olha, Biasetto, essa vaca era mesmo poderosa, pelo visto. Acho que você mandou uma garrafa de Dreher para dentro e ficou muito relaxado, só isso, hahahaha. Brincadeira. Grande abs.

  56. Biasetto Diz:

    Caio,
    Eu estava fazendo um belo comentário, sobre as coisas que você disse, mas fiz uma besteira aqui, e perdi tudo.
    Que pena!
    Resumidamente:
    O complexo pode surgir do simples – mas impulsionado por qual força? Do nada? Do acaso?
    O Universo tem 15 bilhões de anos? E há 30 bilhões de anos atrás?
    Por que jacarés (que são dinossauros) não desenvolveram um cérebro capaz de pensar e agir como os humanos? Por que eles não estão andando eretos, depois de tantos e tantos milhões de anos? Por que eles não estão comentando em blogs?
    Você disse que a “mãe morta do cara não existe mais” – como você sabe disto? Que certeza você tem? Que prova?
    Chico Xavier foi médium? Não sei! As psicografias dele, estão impregnadas de cópias de livros diversos, disso não tenho a menor dúvida. Também acredito que ele leu todas as obras que citei e o Vítor e outros citaram nos artigos. Mas, quem poderá afirmar que ele não recebia uma “inspiração” do plano espiritual, pra escrever sobre temas que trouxessem esperança, consolo, pras pessoas.
    Será que Gandhi não recebia também? Será que Luther King não recebia também? Será que nós não recebemos, diariamente, sem percebemos?
    Talvez, num sei…
    Entre a ditatura proletária e a ditadura do capital, gostaria que existisse um meio termo… Entre a ditadura do dogmatismo-religioso e a ditadura do ateísmo-pragmático, também prefiro um meio termo.
    O Juliano fez um comentário sobre o Bule Voador. Ótimo blog, mas é radical!
    Aos 45 anos, perdendo os cabelos, jovem amigo Caio, começo a pensar que a verdade é algo abstrato, mutável, relativo.
    Se o homem inventou Deus, ele inventou o que já existia, porque ninguém pode inventar o que não existe, é só uma questão de relativizar o tempo, outra abstração total.
    .
    Olha Caio,
    O que eu tinha pra lhe dizer era muito, mas muito melhor que isto, mas cliquei no favorito aqui, sem minimizar, perdendo um texto enorme. Aí, já era.
    Então, foi isso que consegui fazer no momento.
    Um grande abraço.

  57. Juliano Diz:

    Olha Biasa! Você sabe o que penso sobre deus. Mas juro que te entendo e respeito a tua visão. E vamos que vamos, quem sabe alguma grata surpresa acontece pela estrada, e um dia ainda vamos tomar café com os nossos avós e os pais num outro plano. Isto se os avós deixaram saudades! rsrsrsrs

  58. Caio Diz:

    Biasetto,
    Você disse: “O complexo pode surgir do simples – mas impulsionado por qual força? Do nada? Do acaso?”.
    – A origem das leis físicas e o porquê delas serem como são é algo que os cientistas estão pesquisando. Ainda não conseguiram encontrar excelentes respostas, mas existe gente trabalhando nisso e repito o que já disse algumas vezes neste blog: o fato de não entendermos como algo funciona não significa que esse algo foi criado por Deus, significa, apenas, que somos ignorantes nessa questão. Atribuir a um suposto Deus a responsabilidade sobre algo que ainda não compreendemos é criar um “Deus das Lacunas” e, conforme a ciência avança, essas lacunas vão ficando cada vez mais estreitas.
    .
    Você disse: “O Universo tem 15 bilhões de anos? E há 30 bilhões de anos atrás?”
    – A física diz que a contagem do tempo começa com a singularidade do Big Bang. Como era o “nada”, como era a contagem do tempo antes do evento do Big Bang, se é que se pode dizer isto? Bem, não sei. Esse assunto extrapola o campo cientifico e pode ser discutido até mesmo em bases filosóficas. Mas, de qualquer forma, aquilo que eu acabei de dizer pode ser enfatizado novamente aqui: não deveríamos chamar nossa ignorância de Deus. Aliás, dada a natureza das coisas, se o Universo tivesse realmente sido criado, com certeza teria sido por uma entidade demoníaca, e não por um Deus Paz e Amor. Observe a vida numa savana africana: são presas, dentes e instinto competindo. É vida alimentando-se de vida, sem piedade alguma, tudo em nome da sobrevivência. Li esses dias que algumas crianças morreram nos Estados Unidos porque foram brincar num lago e tiveram a infelicidade de terem seus cérebros devorados pela rara ameba Naegleria fowleri. Ela chega ao cérebro pelas vias nasais. O doente sente o pescoço enrijecer, começa a ter alucinações e, em uma semana, entra em coma e morre. Não existe, ainda, nenhuma droga que a combata. Por que um ser tão bondoso, com poder para construir um Universo com 100 bilhões de galáxias, cada uma com 100 bilhões de estrelas, criaria também uma ameba destas? O Problema do Mal faz cair por terra qualquer noção de um Deus como as religiões descrevem. Alguns filósofos abordaram muito bem essa questão, vale a pena você conferir.
    .
    Você disse: “Por que jacarés (que são dinossauros) não desenvolveram um cérebro capaz de pensar e agir como os humanos? Por que eles não estão andando eretos, depois de tantos e tantos milhões de anos? Por que eles não estão comentando em blogs?”
    – Biasetto, nossa inteligência não é o Filet Mignon das características que os seres vivos podem ter. Nosso intelecto, como eu tinha dito, é apenas um arma evolutiva, nada mais. Jacarés, Pardais e Abacateiros não desenvolveram nossa capacidade de raciocínio simplesmente porque o curso evolutivo da vida na Terra não os impeliu a isso. A história da vida na Terra vem sendo escrita há 3,5 bilhões de anos e, dentro deste tempo, nós fomos os únicos animais que desenvolveram uma alta capacidade de abstração como arma evolutiva. Outros desenvolveram dentes de 10 cm, que quebram ossos com facilidade. Por que não temos dentes de 10 cm? Outros desenvolveram uma carapaça que suporta tiros que nos matariam com facilidade. Por que não temos essa carapaça? Por que não temos pêlos que nos permitam suportar 40 graus abaixo de zero no Canadá? Nossa inteligência é uma arma evolutiva, como qualquer outra. Não é o ponto de chegada de todos os seres vivos, não somos o resultado final de um projetista. Pensar que somos o resultado final das formas vivas é antropocentrismo. Somos apenas animais mamíferos que vagam por algumas décadas e depois morrem.

  59. Caio Diz:

    Você disse: “’A mãe morta do cara não existe mais’ – como você sabe disto? Que certeza você tem? Que prova?”.
    – No começo deste post eu disse porque não acredito em espíritos, é só dar uma olhada lá. Eu “sei” disso porque pesei as evidências, e conclui que espíritos, assim como deuses, provavelmente não existem. Não tenho 100% de certeza. Posso estar errado com relação aos espíritos, assim como posso estar com relação aos vampiros.
    .
    Você disse: “Mas, quem poderá afirmar que ele não recebia uma ‘inspiração’ do plano espiritual, pra escrever sobre temas que trouxessem esperança, consolo, pras pessoas.
    Será que Gandhi não recebia também? Será que Luther King não recebia também? Será que nós não recebemos, diariamente, sem percebemos? Talvez, num sei…”.
    – Na realidade, nessa hora podemos usar algo que, dentro do ceticismo, chama-se “Navalha de Ockam”: se podemos explicar de uma forma muito mais parcimoniosa essas psicografias que não passam de cópia e cola, porque raios vamos explicar de uma forma extremamente esquisita, complexa? Alternativa (a): Chico Xavier plagiou. Alternativa (b): Chico Xavier tinha um cérebro totalmente diferente do usual, um cérebro que conseguia entrar em contato com o “mundo espiritual” e, a partir daí, recebia espíritos que plagiavam o livro de outros pessoas. Qual alternativa você escolhe? Tolstoi não atribuiu “Guerra e Paz” ao plano espiritual, e nem era necessário. É totalmente compreensível que, de tempos em tempos, apareçam pessoas com capacidades intelectuais acima da média (que não era o caso do CX), e não precisamos apelar para o plano espiritual para explicar belas obras da concepção humana.
    .
    Você disse: “Entre a ditadura proletária e a ditadura do capital, gostaria que existisse um meio termo… Entre a ditadura do dogmatismo-religioso e a ditadura do ateísmo-pragmático, também prefiro um meio termo”.
    – Eu não acho que exista alguma ditadura do ateísmo, Biasetto. Da mesma forma que não existe uma ditadura dos “Descrentes na Cegonha”. Existem pessoas que não acreditam na cegonha, e isso é absolutamente normal, porque não existem evidencias de que a cegonha exista. Também não existe nenhuma evidência de que deus ou deuses existam, no entanto, alegar isso é “extremismo”.
    .
    Você disse: “Se o homem inventou Deus, ele inventou o que já existia, porque ninguém pode inventar o que não existe, é só uma questão de relativizar o tempo, outra abstração total”.
    – Podemos, sim. Eu posso, se quiser, inventar uma girafa, de dois pescoços, que viaja sozinha pelos céus da Europa através de um balão, usando um chapéu de marinheiro feito de folha de jornal. Esse ser não existe e provavelmente nunca vai existir, mas eu posso inventá-lo. 🙂

  60. Biasetto Diz:

    Juliano e Caio,
    Agradeço a atenção e me sinto feliz em trocar ideias com pessoas sábias como vocês.
    Porém, penso um pouco diferente sobre alguns fatos:
    Juliano, sua opinião sobre Deus, é parecida com a minha. Mas qual Deus? O Deus das religiões né?
    O Deus que tem que ser reverenciado, adorado, aquele que temos que nos ajoelhar pra implorar perdão, ou pedir algo. Neste Deus não acredito, é tolo, é vaidoso, orgulhoso. A coisa vai muito além. É disto que estou falando. Mas, cada um fica com tua crença, e isto é fantástico também.
    Só penso, que a energia, o pensamento, pode criar realidades, e isto é uma possibilidade extraordinária.
    Abraços!

  61. Juliano Diz:

    Biasetto

    Não sei se você entendeu o meu último comentário, eu estava meio (…) de madrugada, sabe como é (…) mas eu entendi o teu comentário e a tua visão de Deus, e sinceramente respeito a mesma. Se pareceu alguma crítica não foi não. É isto.

  62. Biasetto Diz:

    Beleza Juliano!
    Eu também tinha feito um baita comentário, caprichei, tava muito legal, sinceramente. Aí, dei uma bobeira aqui, e perdi tudo. Também era tarde, e não tive mais inspiração, nem paciência, pra reescrever. Acabou saindo pouca coisa. Mas tá valendo…
    Uma coisa temos em comum, eu, você, o Caio, o Antonio, o Gazozzo… e outros colegas: o que não falta no meio religioso, é besteira. E isto, é dose hein?

  63. mrh Diz:

    Bem, axo q sou 1 fanático nos termos acima expostos. Tenho 100% d certeza q existem espíritos. Difícil é tornar intersubjetiva esta convicção.

  64. Caio Diz:

    Sei lá, tomei várias, tô meio doido… E ainda vim acessar o blog do Vitor. Amanhã vou ter uma baita dor de cabeça, mas, de qualquer forma, vou ter que trabalhar. Só Jesus pra salver mesmo, viu. Grande abs a todos. Qualquer dia, vamos marcar pra todo mundo tomar várias.

  65. Biasetto Diz:

    Pode marcar Caio. Tô nessa!
    Quando você vier aqui, estou esperando você pra janeiro, pra mais um show do Senho X, vou te apresentar a Vaca que piscou pra mim. Aí, você vai ver se Deus existe ou não!

  66. Caio Diz:

    HAHAHAHAHA, blz.

  67. Juliano Diz:

    Estava dando uma olhada no youtube sobre possíveis pesquisas de Richard Wiseman, e achei uma reportagem sobre uma menina russa (Natasha Demkina) que diz ver no corpo das outras pessoas possíveis doenças. A menina se submeteu a testes controlados pelo pesquisador Richard Wiseman e outros céticos, e, apesar dos vídeos com título em espanhol dizerem que ela foi “desmascarada”, no meu entender os dados obtidos pela menina são impressionantes. Num experimento altamente controlado, ela tinha que acertar entre 7 pessoas a doença de pelo menos 5 delas, e acertou de 4, ou seja, mais de 50%. E aí me venho uma outra questão. Será que o próprio ambiente excessivamente controlado, inclusive mentalmente, não influencia um possível paranormal e inibe naquele momento a sua paranormalidade? Vejo que o teste da menina deveria ser feito ainda de forma controlada, mas num ambiente onde ela não tivesse qualquer espécie de inibição, que pode ser até de cunho energético, por quê não? Tal situação também podendo caber aos possíveis médiuns de outra pesquisa feita pelo Wiseman. Algo a se pensar. Quem quiser ver os vídeos no youtube é só digitar Natasha Demkina, vale a pena.

  68. Marcos Arduin Diz:

    O Júlio Siqueira também fez uns comentários sobre a incompetência do Wiseman sobre esse caso, inclusive deixando passar uma “contaminação”.
    .
    Eu teria feito algo diferente:
    A Natasha, junto com sua mãe e com quem mais desejasse para se sentir segura, ficaria numa sala, de sua escolha, e seriam trazidos até ela pacientes numa maca, que ficariam completamente cobertos por um lençol, sustentado por uma armação, de modo que não se pudesse ver qualquer relevo. Seriam pessoas com algum problema médico, pessoas saudáveis, manequins, trazidos de forma alternada, repetidos até, etc e tal. Seria um duplo cego: nem a Natascha, nem o pesquisador saberiam quem era ou o que era que estava debaixo do lençol.
    .
    A Natascha teria todo o controle: poderia parar em dado momento e retomar quando quisesse, teria o tempo de contato que desejasse para se certificar, etc e tal.
    .
    Do jeito que foi feito, parece ter sido de encomenda para validar o pensamento cético. Nada estranho, portanto.

  69. Antonio G. - POA Diz:

    Com respeito aos experimentos com a menina Natasha:
    O prezado Arduin entende que o processo, “do jeito que foi feito, parece ter sido de encomenda para validar o pensamento cético.” Ok. Por outro lado, eu acho que tudo o que tem sido verificado necessita de uma boa dose de fé para que tais “fenômenos” possam ser aceitos como legítimas manifestações paranormais.
    .
    Caio, parabéns, por seus comentários! Simplesmente, brilhantes. Já virei seu fã.
    .
    Com respeito à “perfeição do universo e sua sintonia fina”, o Caio fez uma excelente explanação sobre a questão e referiu-se ao princípio antrópico, que explica o porquê desta aparente harmonia. Digo aparente, porque, obviamente, o universo nada tem de perfeito e sincronizado. Muito pelo contrário! O Universo é a própria definição do caos. Nós, aqui neste minúsculo e insignificante cantinho do universo, por mero acaso, vivemos um breve instante de relativa estabilidade ambiental que, novamente por mero acaso da evolução, permitiu que a vida surgisse e se desenvolvesse em diversas formas, inclusive a forma humana, que nada tem de perfeita nem de melhor do que as outras. Diga-se de passagem, o ser humano, na minha visão, se tivesse sido projetado, seria um projetinho bem ruim. O ser humano é muito frágil, em todos os sentidos. Por exemplo: O homem é o único animal capaz de, caminhando, desequilibra-se, cair, bater a cabeça e morrer instantaneamente. Isso acontece com um cão, um leão ou uma barata? Jamais. O ser humano precisa de roupas para suportar o frio. O ser humano não é capaz de voar. Um mosquito voa, o homem anda. E, quando corre, é lento demais e não tem resistência. A pele do homem é um órgão extremamente frágil. Qualquer arranhão já resulta em ferimento, sangramento e infecções. O sistema imunológico do ser humano é uma porcaria. O homem adoece e morre de mais doenças do que qualquer outro animal. A única vantagem “aparente” do homem sobre os outros seres vivos é sua inteligência. Mas será que isso o torna melhor? Eu acho que não, sinceramente. Por tudo o que a inteligência do homem o torna capaz de fazer, eu acho que o planeta estaria bem melhor se aquele acaso que propiciou o surgimento dos primeiros hominídeos nunca tivesse acontecido.

  70. Antonio G. - POA Diz:

    Concluindo a ideia final de meu último comentário:
    …Mas, já que estamos aqui, vamos aproveitar!
    Abraços.

  71. Marcos Arduin Diz:

    Fazer o que, né Antonio da Aeronáutica de Poá do RS…
    Não dá pra se contentar esse pessoal. Veja você mesmo, salvo engano. Colocava em dúvida o Chico Xavier, talvez até aceitando a acusação do Waldo de que ele obtinha informes através de um funcionário, que coletava os dados dos presentes. Aí citei o caso do filho da Cacilda Becker, onde tal circunstância não existia e seria impossível Chico saber de coisa alguma, já que só o Cuca é quem detinha a informação e fazia absoluto segredo dela. Aí restou-lhe apelar de que ele estaria mentindo…
    .
    Como pode ver, é perda total de tempo querer contentar esse pessoal cético. Permite-me citá-lo como exemplo quando algum cético babaca vier com aquela argumentação de que nós espíritas temos muita má vontade?

  72. Vitor Diz:

    Arduin,
    Essa história do filho da Cacilda Becker não tem até agora qualquer confirmação. Pode ser uma história inventada pelos espíritas.O Baccelli, por exemplo, inventou que o Chico tinha sido estudado pela NASA. E essa história, completamente inventada, é repetida até hoje! O que garante que essa história do filho da Cacilda Becker também não é inventada? A meu ver, nada.

  73. Antonio G. - POA Diz:

    Arduin, é só Antonio, de Porto Alegre.
    .
    Quanto ao caso do filho da Cacilda Becker, eu não disse que ele estaria mentindo. Disse que estas histórias nunca são “bem assim”. Ou são distorcidas ou simplesmente nunca aconteceram.
    .
    E quanto a citar-me como exemplo, eu não entendi direito o sentido de sua ironia, mas esteja bem a vontade.
    Sds.

  74. Marcos Arduin Diz:

    Seu Antonio G da aeronáutica de Poá de Porto Alegre (não ligue: sou blasfemo e irreverente e faço algumas gozações eventualmente, pergunte ao Vitor), como eu disse, salvo engano. Eu não estava com tempo para achar a informação certa.
    Mas é o tal negócio, fica um tanto complicado achar a PRIMEIRA VERSÃO do episódio e aí saber o quanto foi acrescentado ao resto. Quem conta um tanto, sempre aumenta outro tanto.
    Bem, Vitor, e se por acaso o tal Cuca CONFIRMAR a história? Vamos sempre ficar no jogo de empurra? Tudo bem quanto ao Bacelli, pois esse caso aí do Chico e sua aura de 10 metros era uma história mentirosa, que jamais foi confirmada por ninguém. Mas um chiquista que ouvir falar dela, acreditará com a mesma boa fé que um evangélico acreditaria que acharam a Arca de Noé no Ararat…
    .
    Queria ver o que o Bacelli diria disso…

  75. Vitor Diz:

    Oi, Marcos
    vamos esperar o tal Cuca confirmar a história então. Até lá, é só uma história sem qualquer confirmação…

  76. Biasetto Diz:

    Antonio G,
    Eu também gosto muito dos comentários do Caio, ele é um cara muito bem informado. Porém, da mesma forma que o radicalismo crente me incomoda, o radicalismo descrente também não me agrada. Mas, obviamente, isto é do gosto de cada um.
    Assim como você, eu também já fui seguidor do espiritismo, no sentido doutrinário. Aí, percebi que havia uma enorme dose de bobagens na tal doutrina, mais ainda nas atitudes de alguns espíritas: jogo de egos, nos centros, mistificações, “psicografias” tolas e infundadas… Abandonei os centros, mas continuei acreditando no Chico. Então, descobri que os livros dele têm as seguintes fontes: Vida de Jesus, A Vida Além do Véu, Hercunalun, No Invisível, Evolução Anímica, Os Grandes Iniciados, O Átomo – fontes que nem ele ou os supostos espíritos, tiveram, no mínimo, o respeito e a dignidade, de citar, o que já define uma tremenda falha, me fazendo concluir que a tal psicografia, como o próprio Chico alegou a vida toda, foi uma tremenda enganação. Porém, não acho que tais descobertas, sejam suficientes pra concluir que não exista nada além da vida biológica. O problema, é exatamente este: AS RELIGIÕES, OS RELIGIOSOS – como sabem tanto quanto nós (ou, até menos), mas querem provar que suas crenças são reais, seja por orgulho ou outros interesses, aí fazem de TUDO, inclusive mentir, pra defenderam suas ideias.
    ARDUIN,
    A tal história do filho da Cacilda Becker, é MUITO BOA. Porém, como muitas outras boas histórias do Chico e outros médiuns, COMPROVADAMENTE, são puras invencionices, nada impede, que esta seja mais uma. Eu, gostaria de saber se o tal Becker ainda é vivo, e se ele poderia confirmar ou não este episódio. Mas, como não sei nada a respeito dele, não tenho como contatá-lo (ou alguém próximo, sei lá), então fico com a conclusão do Antonio, do Vítor, do Caio: apenas algo dito, mas não comprovado. Só isso!

  77. Antonio G. - POA Diz:

    Biasetto: Certo, eu também não gosto de radicalismos. De espécie alguma. Como eu sempre digo, só os fanáticos têm “absoluta certeza” de alguma coisa. Depois de ter sido um entusiasta do espiritismo por longos anso, hoje eu inclino-me fortemente para o ateísmo e, por óbvio, ceticismo. Porém, se um dia ficar demonstrado que eu estou errado, não terei nenhum pudor em mudar de posição. Porque não sou radical e nem muito burro. Eu hoje não creio na existência de Deus, nem de espíritos, nem nada disso. Mas só me mantenho descrente por absoluta falta de evidências que me convençam a acreditar nestas coisas.
    .
    Agora, vou pegar a estrada até o litoral, que ninguém é de ferro. Minha família está me esperando.
    E só falta algum gaiato dizer: “-Legal! Vão com Deus!” Bom… Mal não nos fará… rsrsrs
    .
    Um bom abraço a todos.

  78. Biasetto Diz:

    Antonio,
    Boa viagem, bom passeio, que Deus te abençoe. Ih! foi sem querer… kkk
    Um abraço!

  79. Caio Diz:

    Antonio, obrigado pelo elogio. Também acho seus comentários muito pertinentes.
    .
    Quanto à questão do “extremismo”, nem me manifesto mais a respeito, haha…

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