“Histórias para Aquecer o Coração 2” (Vários autores) VS “A Busca da Perfeição”, de Divaldo Franco. PLÁGIO?
Recebi de Toninho Baracat e Cristina mais uma contribuição referente a um possível plágio de Divaldo, dessa vez entre os livros “Histórias para Aquecer o Coração 2 – 50 histórias de vida, amor e sabedoria” de Jack Canfield & Mark Victor Hansen (2001) e “A Busca da Perfeição”, do “espírito” Eros (2002). Desde já digo que se o Divaldo não forneceu a autoria em alguma outra parte do livro, trata-se de plágio sim. A seguir os trechos para comparação.
Atualização em 08/06/2012: O Toninho me informou por email que “Não há advertência no livro de se tratar de uma história previamente publicada ou adaptada para publicação”. Nesse caso, é plágio mesmo!
““Histórias para Aquecer o Coração |
“A Busca da Perfeição”, do “espírito” Eros, médium Divaldo Pereira Franco (2002) |
História de duas cidades Um viajante, ao se aproximar de uma cidade grande, perguntou a uma mulher sentada à beira da estrada: “Como são as pessoas nessa cidade?” “Como são as pessoas no lugar de onde você vem?” “Uma gente horrível”, respondeu o viajante. “São pessoas egoístas, em quem não se pode confiar, detestáveis sob todos os aspectos.” “Ah”, disse a mulher, “você vai achar o mesmo tipo de gente por aqui.” O homem mal tinha se afastado quando outro viajante parou e fez à mulher a mesma pergunta, curioso sobre os habitantes da cidade. Mais uma vez, a mulher quis saber como eram os habitantes da cidade de onde vinha o homem. “Pessoas boas, honestas, trabalhadoras e compreensivas com os outros e com elas mesmas”, respondeu o segundo viajante. A sábia mulher retrucou: “Pois é esse mesmo tipo de gente que você vai encontrar por aqui.” WlLLY McNAMARA |
Ele sempre vivera naquele tranqüilo e fértil oásis no coração do deserto. Entre tamareiras frondosas, figueiras velhas e verdes, águas abundantes, ele aprendera a amar a vida e a dedicar-se a servi-la. A sua palavra era sábia e o seu coração afável. Muitas vezes permanecia junto a uma das fontes cristalinas, conversando com peregrinos e viajantes, ou simplesmente contando histórias aos que se lhe acercavam. Oportunamente, um estranho viandante suarento, após saciar a sede e lavar o rosto, ao experimentar um grande bem-estar, interrogou-lhe: – Como são as pessoas daqui? E ele, tranqüilo, contra-interrogou: – Como são as pessoas do lugar de onde você vem? Queixou-se, o recém-chegado: – São perversas, invejosas, odientas. Têm o mau hábito de perturbar o seu próximo, de se envolverem na vida alheia, de gerar conflitos e aranzéis. – Mas, as daqui, também são assim, com essas mesmas características – respondeu, tranqüilo. – Se assim é, não ficarei aqui. – Explodiu, o viajante. Logo após alguma reflexão, partiu. No fim da tarde, acercou-se da fonte um jovem jornadeiro, que sorveu o líquido precioso, refrescou-se, e sentindo que o ancião o observava, indagou, gentil: – Por favor, pode informar-me como são as pessoas deste oásis? Conforme acontecera antes, o interpelado contra-interrogou: – E como são aquelas do lugar de onde você vem? – Oh! – respondeu, sorrindo – são generosas, alegres, muito camaradas, ajudando ao seu próximo em tudo quanto ê possível. Sinto-me muito vinculado a elas. As daqui também são assim. – Concluiu. O jovem, interessado, meditou um pouco e logo aduziu: – Ficarei uma temporada aqui. Um homem, que ali estivera por todo aquele tempo, observando os acontecimentos, e parecendo-lhe paradoxal a resposta, inquiriu, por sua vez, ao idoso gentil: – Como é possível que, ante duas perguntas iguais, o senhor haja dado duas respostas diferentes? – As respostas – asseverou – são perfeitamente idênticas, em relação a cada qual. As pessoas, em toda parte, são iguais, com defeitos e com nobreza, com abnegação e vícios. Conforme cada qual as vê, assim também é aquele que as considera. Sempre carregamos conosco o mundo, que tem os contornos que lhe oferecemos. |
A história é essencialmente a mesma, trocando-se apenas a cidade por um oásis e uma mulher sábia por um ancião, além de se fornecer uma explicação sobre o significado da história. Como o nome do autor é fornecido, não se trata de uma história de domínio público. O livro original foi publicado em 1996, traduzido em 2001. A única chance de não ser plágio é se o Divaldo (ou o “espírito” Eros) disse em alguma outra parte do livro que extraiu a história de um conto do McNamara. Acho essa possibilidade bem pequena, mas como ainda não comprei o livro não dá para eliminar essa hipótese. Assim que eu tiver o livro em mãos e lê-lo farei uma atualização no artigo para confirmar o plágio ou não.
De qualquer forma, muito agradeço ao Toninho e à Cristina por mais essa contribuição.
junho 8th, 2012 às 1:28 AM
Desta vez acho que não tem outra. É plágio mesmo.
Engraçado como o Divaldo gosta de escrever livros de auto-ajuda, creditando-os a espíritos. Toda a coleção psicológica de Joana de Ângelis é de auto-ajuda.
Também não entendi esse negóci de espírito com nome de Deus grego.
junho 8th, 2012 às 7:01 AM
Sobre o nome, é um pseudônimo, veja:
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“Obra escrita pelo Espírito Eros, pseudônimo adotado por Benfeitora espiritual que deseja se manter no anonimato. A palavra, de origem grega, significa amor.
São 25 capítulos contendo histórias, lendas e propostas com temática oriental, algumas cristãs, que induzem ao conhecimento da sabedoria, contribuindo humildemente para o despertar de todos os que se encontrem no letargo da ignorância, ensejando o amanhecer de novos motivos existenciais que proporcionam a felicidade.”
junho 8th, 2012 às 7:33 AM
Quando eu comecei a me convencer de que havia plágios nos livros do Chico, através das informações obtidas aqui no blog e, posteriormente pude confirmá-las, através de minhas próprias pesquisas, alguns críticos argumentaram: “mas são mais de 400 livros, por que ele teria cometido plágios em uma dúzia deles? E outros médiuns, o Divaldo, o …?”
Respondi: é só procurar com calma e paciência, que irão aparecer mais inúmeros plágios em outros inúmeros livros, tanto do Chico como de outros que se dizem médiuns.
E este é a realidade: se alguém, ou um grupo de pessoas, se predisporem a pesquisar os livros espíritas, durante 6 meses, de forma sistemática, com recursos e boa vontade, o resultado não será outro: ocorrerá uma enxurrada de livros plagiados, dificilmente sobrará alguma obra, dentre as de maior destaque, que não apresentem plágios, histórias semelhantes, “inspirações”, personagens idênticos ou muito próximos.
Incrível como a vida no além, nas colônias espirituais deve ser tão monótona e chata, porque os espíritos desencarnados não têm novidades para nos contar, sempre precisam fazer uso de histórias e obras terrenas para contarem as “suas próprias histórias” – e turma mentirosa esta de espíritos-guias hein?
junho 8th, 2012 às 8:17 AM
E assim como já ocorreu com vários plágios mostrados aqui, nos livros do Chico, sempre aparece aquele crítico que diz: “mas eu não vi plágio algum, vocês estão viajando, no clássico estilo Scur, “aquele nunca viu, nem vai ver”, porque não interesse a ele admitir qualquer “risquinho” no quadro que já foi pintado em sua cabeça. O Luciano dos Anjos nos enviou um email (pra mim e pro Vítor), criticando a postagem anterior, do suposto plágio do Divaldo com relação ao livro do Paulo Coelho. O email era tão confuso, que pedi pro Vítor me explicar, só então pude entender o que o dos Anjos estava querendo dizer: negar a suspeita de plágio, obviamente.
Eu até gosto do Luciano dos Anjos, acho ele boa gente, bom jornalista, bom escritor. Li o livro “A Anti-História …”, gostei muito – não das explicações que ele dá, usando de argumentos para defender Chico e Divaldo das acusações de plágios, mas do livro como um todo, em especial uma retrospectiva histórica que ele faz, acho que dos anos 1960/1970, muito boa. E ele tem sido simpático comigo, troca emails comigo, me informa sobre acontecimentos/novidades no meio espírita, inclusive criticando muitas atitudes e bobagens de alguns membros. Só que ele não responde a todas as minhas indagações. Por exemplo: quando estava fervilhando a história dos livros do Chico x A Vida Além do Véu, ele veio à cena, dizendo que já tinha visto tudo isto, lá na metade do século passado, que nós estávamos fazendo muito barulho por nada … Aí, nós questionamos ele (digo nós: eu, o mrh, o Vítor), sobre outros plágios, porque ele dizia que só tinha plágio em “Nosso Lar” e “Libertação”, porque o André Luiz tinha se inspirado no livro do Owen para escrever estas obras. Assim sendo, eu passei um email pra ele, mostrando correlações/plágios nos livros “A Caminho da Luz”, “Há Dois Mil Anos”, citei vários plágios que encontrei em outros livros da “Série Nosso Lar”, com relação a obras de Gabriel Delanne e León Denis, também falei que considero “Evolução Em Dois Mundos” uma obra plagiada/inspirada em “Evolução Anímica” (do Delanne) e pedi pra ele me explicar tudo isto. Ele me disse que responderia, assim que pudesse. Acredito que já se passou um ano e nada.
Há uns dois meses atrás, enviei um email a ele, pedindo que ele me explicasse, como que o Divaldo Franco, um médium espetacular, tinha ido à Índia, onde conheceu Sai Baba, voltando de lá, falando maravilhas do babão, dizendo que o babão era um deus-encarnado, um avatar … e toda aquela bajulação que se encontra em uma hora de palestra/depoimento, em que o Divaldo não escondeu seu enorme encantamento e admiração ao guru indiano. Bem, aí eu disse pro Luciano dos Anjos, que isto é algo estranho demais, porque existem vídeos à disposição na internet, mostrando que o babão indiano era um picareta safado, vazia truques de materialização, usando ilusionismo de 5ª categoria, além de outras acusações contra o cara. Então, eu perguntei pro Luciano como ficava isto né?
– o Divaldo que diz ver a aura das pessoas, não viu que o Sai Baba era malandro?
– a guia dele Joanna de Angelis não alertou ele que o homem não era confiável?
Sabem o que o Luciano dos Anjos me respondeu? NADA, até hoje: NADA, NADA, NADA. Por que será?
E eu não estou fazendo uma provocação ao dos Anjos aqui, mas provavelmente ele vai ver o que está escrito aqui no blog (porque ele viu o artigo anterior falando do Divaldo, tanto que enviou o email pra nós dois – eu e o Vítor) – então, caso ele veja este artigo, seria bom ele ler este comentário meu, quem sabe ele me responde também, sobre os outros temas.
junho 8th, 2012 às 8:34 AM
E só pra completar, porque já falei demais, o curioso, nos dois eventos: no artigo anterior – Divaldo x Paulo Coelho; e agora neste, um livro sai num ano, no ano seguinte sai o do Divaldo e o espírito grego. É muito interessante isto, não é?
junho 8th, 2012 às 10:55 AM
Auto-ajuda de botequim! E o pior que este pessoal fatura horrores! Agora o cidadão não ter a capacidade de citar a fonte é muita arrogância! Evidentemente age de má fé. E ainda se colocam como humildes!
junho 8th, 2012 às 11:14 AM
Vitor
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Hahaahah … Se o espírito adotou o nome de Eros como sinônimo de amor, ele deveria escrever histórias mais picantes.
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O correto, dado o contexto, seria que ele se autointitulasse Ágape.
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No Grego antigo existem três palavras distintas para o amor: eros , philos, e ágape.
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Eros (????) representa o amor romântico. Philos (?????), siginifica amizade. Ágape (?????) significa uma afeição mais ampla do que a atração sugerida por eros. O verbo aparece no Novo Testamento para descrever, por exemplo, o sentimento de Jesus em relação a seus discípulos.
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Saudações
junho 8th, 2012 às 11:19 AM
Vocês estão sendo injustos com o Divaldo. Está claro que foi Eros quem plagiou Jack Canfield e Mark Hansen. O médium não tem nada a ver com isso. O problema todo se resume a uma pergunta: como processar um espírito?
Tribunal com sessões de materialização? E se for condenado a indenização, pagará em reais ou em bônus-hora? E se for preso, será contido por barras de ferro ou teremos que construir uma Gaiola Quântica de Faraday? Oh, céus!
junho 8th, 2012 às 11:47 AM
A resposta, Marcelo Esteves, está no próprio veneno: na assertiva do líder dos espíritas, Kardec, de submeter as comunicações supostamente obtidas por espíritos ao “crivo da razão”, o que parece não ter ocorrido aqui. Segundo Kardec, os espíritos podem escrever bobagens tanto quanto os homens, mas uma “peneira crítica” separaria o joio do trigo. Não estou defendendo nem Kardec nem o espiritismo, mas apontando que o próprio espiritismo indica as armas para combater essas coisas, inclusive plágios. Ou seja, os próprios espíritas não seguem as regras que eles mesmos ditam.
Outra coisa: o direito de autor não tem alcance para dizer se uma obra é de autoria de espírito ou não, mas considera, para fins jurídicos, a responsabilidade da obra como do sedizente médium que a recebeu.
junho 8th, 2012 às 12:09 PM
Valeu, Vitor.
Divaldo gosta de “psicografar” espíritos femininos (espíritos tem sexo? Para quê?). E tome auto-ajuda!
Biasetto, você é um clarividente.
O Scur parece o Lula, não vê nada, não sabe de nada, não admite nada. Deve ser petista.
O pior de tudo é que o babão é pedófilo. Será que a gazela também o é?
junho 8th, 2012 às 12:11 PM
Corrigindo, o babão era pedófilo. Deve continuar assediando espíritos infantis (os que morreram crianças na última encarnação) lá na colônia onde se encontra.
junho 8th, 2012 às 12:26 PM
Essa é damais! “um estranho viandante suarento”
Esse negócio de viandante e ainda mais suarento, só podia vir da cabeça do Diviado Frango!
junho 8th, 2012 às 12:26 PM
Essa é demais! “um estranho viandante suarento”
Esse negócio de viandante e ainda mais suarento, só podia vir da cabeça do Diviado Frango!
junho 8th, 2012 às 12:54 PM
O que me dá prazer em acessar e participar do blog é isto: há comentários inteligentes e muito divertidos, “Diviado Frango” foi show !!!
Tô rindo sem parar aqui, putz!
junho 8th, 2012 às 2:00 PM
Que coisa interessante:
http://www.ftu.edu.br/ftu
junho 8th, 2012 às 2:04 PM
Vejam parte do corpo docente da FTU:
CASSIANO TERRA RODRIGUES
o Bacharelado em Filosofia (UNICAMP 1997)
o Licenciatura em Filosofia (UNICAMP 2000)
o Mestrado em Filosofia (UNICAMP (2001)
o Doutorado em Filosofia (PUC-SP 2005)
Atualmente é professor na Pontifícia Universidade Católica de São Paulo, pesquisador do Centro de Estudos do Pragmatismo-PUC-SP e Coordenador de Curso na FTU.
JOÃO LUIZ DE ALMEIDA CARNEIRO
o Doutorando em Ciências da Religião (PUC-SP)
o Mestre em Filosofia (UGF – 2010)
Atualmente é professor da Faculdade de Teologia Umbandista onde leciona Filosofia II, Ética e Teologia VII – TCC. Participa da pesquisa em andamento “Escolas das Religiões Afro-Brasileiras” e está vinculado à Linha de Pesquisa da FTU.
JOSÉ LUIS ROJAS VUSCOVICH
o Licenciado em ciências e artes ambientais e Graduado em Ecologia e Paisagismo pela Univerisidad Central de Chile (UCEN – 1998 -1999)
o Mestre em Integração de América Latina pela (USP – 2010).
Atualmente é professor da Faculdade de Teologia Umbandista (FTU) na disciplina Meio Ambiente e Espiritualidade.
KATIA STANIGHER
o Graduação em medicina pela Universidade de Taubaté (1986)
o Título de especialista em Pediatria (1989)
o Pós Graduação em homeopatia (2007)
Atualmente é professora da Faculdade de Teologia Umbandista, cursando pós graduação em Ciencias Da Religião na PUC SP.
NEUSA MIGUEL GONÇALVES
o Graduada e licenciada em Letras (Português – Inglês) pela Fundação Santo André.
o Pós graduanda em Ciências da Religião (PUC-SP).
o Professora de Língua Portuguesa na Faculdade de Teologia Umbandista.
VIRGINIA BEZERRA DE SOUZA BARBOSA
o Graduação em Música (UFPE-1999)
o Especialização em Etnomusicologia (UFPE-2001)
o Mestre em Etnomusicologia (UFRJ-2005)
Atualmente é professora da rede municipal de educação da cidade de São Paulo, no ensino fund. II e médio, na área de Artes. Na Faculdade de Teologia Umbandista leciona a disciplina Música – fundamentos, e coordena o projeto interdisciplinar, do 2° ano: Mapeamento das práticas musiculturais afro-brasileiras existentes no bairro do Jabaquara.
WANDIR VIEIRA LEAL
o Licenciatura em Ciencias Físicas e Biologicas
o Pós Graduação Lato Sensu em Biologia com habilitação para Ensino Superior (FUSVE)
o Bacharelado em Botânica (UFJF)
o Pós graduanda em Ciências da Religião (PUC-SP)
Professora atuante nas areas de Ciencias e Biologia da Rede Estadual de Educação de São Paulo e Botânica Umbandista na FTU, onde desenvolve trabalhos de pesquisa em Etnobotânica com enfase nas religiões afrobrasileiras.
junho 8th, 2012 às 2:09 PM
Olha só, Vitor, eles têm a cadeira de metodologia científica. Veja só o currículo:
1º ANO
DISCIPLINAS
CARGA HORÁRIA
Metodologia Científica
72
Botânica Geral e Umbandista
72
Introdução às Ciências Sociais
72
Filosofia I
72
Psicologia Geral e Umbandista
72
Teologia I – Introdução ao Pensamento Teológico e fé Umbandista
72
Língua Portuguesa I
72
Meio Ambiente e Espiritualidade
72
Atividades complementares
60
TOTAL DE HORAS
636
2º ANO
DISCIPLINAS
CARGA HORÁRIA
Filosofia II
72
Língua Portuguesa II
72
Biologia Geral e Humana na perspectiva Umbandista
72
Teologia II – Umbanda: Do Monoteísmo ao Politeísmo
72
Religiões Ocidentais
72
Música– Do Natural para o Sobrenatural
72
Aulas Práticas I – Fundamentos de Teologia e Rito-Liturgia Umbandista
72
Atividades Complementares
60
TOTAL DE HORAS
564
3º ANO
DISCIPLINAS
CARGA HORÁRIA
Filosofia III– Introdução à Ética Umbandista
72
Religiões Orientais
72
Etno-Medicina Umbandista
72
Teologia III – Desenvolvimento histórico do sincretismo no Brasil
72
Hermenêutica
72
Optativa: LIBRAS / Antropologia da Religião
72
Aulas Práticas II – Fundamentos de Teologia e Rito-Liturgia Umbandista
72
Atividades complementares
60
TOTAL DE HORAS
564
4º ANO
DISCIPLINAS
CARGA HORÁRIA
Umbanda e Campo Religioso Brasileiro
72
Umbanda e Religiões de Transe
72
Desenvolvimento do Pensamento Teológico Contemporâneo
72
Escolas: Diversidade Afro-Brasileira
72
Teologia Umbandista e a Epistemologia da Tradição Oral
144
Aulas Práticas III – Fundamentos de Teologia e Rito-Liturgia Umbandista
72
TCC
72
Atividades complementares
60
TOTAL DE HORAS
636
CURSO INTEGRAL
INTEGRALIZAÇÃO DO CURSO
CARGA HORÁRIA
Disciplinas Curriculares
2088
Disciplinas Optativas
72
Atividades complementares
240
CARGA HORÁRIA TOTAL DO CURSO
2400
junho 8th, 2012 às 3:21 PM
Agora o pessoal tá katando esses “médiuns” em tempo real. Os do Xiko, embora influentes, eram da decada d 40.
junho 8th, 2012 às 3:23 PM
Eros, há, há, há. Isso é 1 jeito d tentar iludir a lei, do mesmo modo q existe elisão fiscal, trata-se aqui d elisão literária. Criar 1 “espírito” p/ fugir da acusação d plágio.
junho 8th, 2012 às 4:05 PM
é o que eu sempre digo: se há plano espiritual, ele emburrece as almas que para lá vão. Os espíritos só são capazes de fazer esse tipo de obra. Eu nunca vi um livro mediúnico sequer que tratasse de temas mais profundos, de debates de ideias, de contribuições à ciência, de ensaios sociológicos ou históricos ou mesmo um bom romance ou seleção de contos, nada disso. Só autoajuda. Parece que quem vai para o plano espiritual esquece quem foi na Terra, da mesma maneira comos os espiritualistas dizem que a gente esquece o que foi no plano espiritual quando volta pra cá. O rio do esquecimento (Lethes) corre de lá pra cá e de cá pra lá. Incrível, não?
junho 8th, 2012 às 4:52 PM
Ops, aulas PRÁTICAS de Fundamentos de Teologia e Rito-Liturgia Umbandista! Eita, ferro. Vai todo mundo pro terreiro e deixa o pau quebrar! Saravá misifio!
junho 8th, 2012 às 7:21 PM
Viandante suarento é d+! O Eros merece pelo menos 2 cadeiras na Academia de Letras de Nosso Lar. Relativamente ao post anterior, seria interessante checar se a história realmente é atribuída a “Ramakrishna, tanto quanto o seu discípulo Vivekananda”… De qualquer maneira, as 2 conjuminadas provam que na Erraticidade nada de útil mesmo há para fazerem.
Bom que o sítio passe a analisar encarnados em real time, como bem observa o Comentarista mrh.
junho 11th, 2012 às 1:16 PM
Realmente é o melhor exemplo do beletrismo que campeia nessas produções “mediúnicas”. Uma linguagem pedregulhosa, perfunctória, fora de moda, completamente deslocada do nosso tempo. A literatura chiquista usa e abusa do beletrismo, mas pelo menos foi escrita há setenta, oitenta anos e sobrevive pelas seguidas edições que são lançadas no mercado, mas essas obras do DPF são recentes. Para você ver como ele é alienado da realidade.
junho 13th, 2012 às 9:55 AM
Pois é… Eu nunca li uma única linha ditada pelos espíritos que versem sobre algum assunto novo, algo que traga alguma novidade ou informação inédita. Nenhum espírito de cientista desencarnado parece interessado em pronunciar-se sobre sua especialidade, trazer-nos qualquer mínima contribuição relevante. Só existem, mesmo, estes textos de autoajuda, todos muitíssimos parecidos entre si. É a mesma história dos 400 e tantos livros do XC: Quem leu uma meia dúzia deles, já leu o suficiente.
junho 13th, 2012 às 10:13 AM
XC seria Xico Chavier. Melhor seria ter escrito CX.
junho 13th, 2012 às 11:08 AM
Daí eu vejo a grande inutilidade do espiritismo. Qual a razão de haver obras mediúnicas, se o conteúdo delas tem sido historicamente tão fraco? O que elas trazem de bom, de útil, de relevante? Nada. A totalidade das obras tidas como recebidas de espíritos é de qualidade bastante inferior às obras escritas por gente de carne e osso. O conteúdo delas é invariavelmente o mesmo: moralista. A intenção, expressa ou tácita, por trás de todo texto dito mediúnico é a mesma: mostrar que a vida continua após a morte. Mas a intenção fica prejudicada quando se analisa o conteúdo de semelhantes obras, porque o leitor fica na dúvida: se a vida continua após a morte, todo mundo esquece o que foi na Terra? Sim, porque a linguagem é sempre a mesma e a intenção também: louvar a Deus e mostrar que as boas obras levam ao progresso moral, que devemos ser bons para merecer o céu. Ou seja, todo mundo se iguala do lado de lá. Nivelado por baixo. Ora, se Kardec diz que os espíritos não são mais do que a alma dos homens que morreram e que a morte não os faz diferentes, a “revelação dos espíritos” me soa completamente inútil, porque os chamados “espíritos superiores” podem existir tanto do lado de lá como do lado de cá, e assim podemos dispor deles aqui mesmo na Terra, dando sua contribuição ao engrandecimento da humanidade, sem precisar de médiuns e de todo o aparato que eles carregam consigo, sem precisar de informações de segunda mão, já que os “encarnados” podem escrever e divulgar suas ideias por si mesmos.
junho 14th, 2012 às 8:21 AM
Perfeito. Nem uma vírgula a acrescentar.
junho 14th, 2012 às 9:46 AM
Na RE abril1866 há interessante artigo: “O Espiritismo sem os Espíritos”. Aparentemente havia uma dissidência que já constatara o aqui observado. Basicamente, segundo o Kardec alegavam:
“Os Espíritos que se comunicam não passam de Espíritos ordinários, que, até hoje, não nos ensinaram nenhuma verdade nova, e que provam a sua incapacidade não saindo das banalidades da moral. O critério que se pretende estabelecer sobre a concordância de seu ensino é ilusório, por força de sua insuficiência (…)”
“(…) desvincular o Espiritismo do ensino dos Espíritos, pois as instruções destes últimos estariam abaixo do que pode a inteligência humana.”
I.e., os dissidentes já haviam percebido que as comunicações estão abaixo dos padrões de inteligência já vigentes entre os terráqueos.
Contra-atacando o Kardec deixa transparecer INTERESSANTES PONTOS:
• É nessas comunicações que os espíritas encontraram alegria, consolação, esperança; é por elas que compreenderam a necessidade do bem, da resignação, da submissão à vontade de Deus; é por elas que suportam com coragem as vicissitudes da vida; é por elas que não há mais separação real entre eles e os objetos de suas mais ternas afeições.
• Não é enganar-se com o coração humano crer que ele possa renunciar a uma crença que faz a felicidade!
• Se o Espiritismo deve ganhar em influência, é aumentando a soma das satisfações morais que proporciona. Que os que o acham insuficiente tal qual é se esforcem por dar mais que ele; mas não será dando menos, tirando o que faz o seu charme, a força e a popularidade que o suplantarão.
Então o Kardec estava bem consciente de que o Espiritismo era um produto (satisfação do consumidor = satisfações morais) cujo CHARME principal eram as “mensagens”! Daí eu especulo se o Kardec acreditava mesmo nas “mensagens” – na existência dos espíritos não tenho dúvida de que acreditava piamente – ou se apenas as justificava para implementar as idéias do Fourier, do Jean Reynaud, &c.; dentro de um arcabouço católico – i.e., um socialismo utópico cristão (??)
junho 18th, 2012 às 2:36 PM
Nem mesmo assim acredito que a argumentação de Kardec tenha alguma consistência. É preciso ser muito ingênuo para supor que se possa encontrar alegria, consolação e esperança em mensagens supostamente ditadas por espíritos, mesmo aqueles que se dizem familiares, e não se possa também encontrar a mesma alegria, consolação e esperança em livros, cartas etc escritos por pessoas reais; a crença em uma doutrina que pregue a felicidade, ou a renúncia a ela, fazem parte da esfera privada de cada um, e só a cada um interessam; finalmente, parece-me contraditório pregar a “fé raciocinada”, como Kardec e os espíritas falam, e se preocupar em aumentar a soma das satisfações morais através do espiritismo, já que isso me parece bastante cego, já que você é levado a “acreditar” naquilo que as comunicações dizem, mesmo as que passam “pelo crivo da razão”. Eu prefiro mil vezes ler as “Confissões” de Santo Agostinho do que ler as comunicações atribuídas a ele nos livros de Kardec, me trazem muito mais prazer. Ou seja, nada disso elide a inutilidade da comunicação com os mortos, porque sempre será tida como inferior à produção humana.
junho 28th, 2012 às 5:25 PM
Sou espírita e concordo com uma infinidade de coisas que estão escritas aqui, tenho a ponderar, porem, que o espiritismo não conseguirá responder a todas as colocações que foram feitas aqui, pois suas respostas estão alem da compreensão de muitos que dizem o que dizem, eles são tão ortodoxamente apaixonados contra o espiritismo quanto os mais fanáticos espíritas, adoradores de médiuns, mentores ou qualquer coisa que o valha. Pessoas assim não são capazes de compreender nada daquilo que condenam. são duas manifestações de uma mesma cegueira.
julho 14th, 2012 às 6:53 PM
Difiçilmente um aluno do primario entrar na faculdade não vai entender nada mesmo, a maioria fala aqui com grande despeito e desrespeitos, se vc acha que espiritos nas colonias esprituais não fazem nada engano seus, se vc acha que livros espiritas piscografado não tem novidades, leia então evoluçaõ em dois mundo, gêneses etc… voces verão se tem base ou não cientifica !!! a ignorancia atravanca o progresso, instrua se…
setembro 23rd, 2012 às 8:12 PM
Gostaria de dizer-lhes algo sobre o livro “Histórias para aquecer o coração”. E que um dos autores, Jack Canfield, fala em outro livro seu (“Princípios do sucesso”) que teve problemas com algumas histórias em virtude de má-fé das pessoas que as forneceram… não lembro exatamente qual era o problema. Bom, creio que, então, o plágio pode ter sido inverso, quem sabe, né?
setembro 25th, 2012 às 6:37 PM
Por que não publicam o meu comentário? Tenho o outro livro do Jack Canfield, e posso citá-lo. Não sou espírita, embora goste da moral que a referida doutrina defende.
outubro 5th, 2012 às 5:01 AM
Muito bom, já tinha vistos outros casos neste mesmo site. Nota 10 para vocês, a verdade é libertadora,estou colhendo tudo que posso também quanto a esta seita. O elemento achou que ninguém iria descobrir. Este caso está nítido demais. Bah.. parabéns. Iniciativa ótima. Abraço
outubro 7th, 2012 às 12:46 AM
Extraído do livro “Os princípios do sucesso” de Janet Switzer e Jack Canfield (pág. 238):
“Na série de livros ‘Histórias para aquecer o coração’, exceto pelos poemas, parábolas e fábulas, todas as histórias são verdadeiras, baseadas em fatos reais. A idéia é que os leitores sejam capazes de dizer: ‘Se eles conseguem fazer, eu posso também.’
Ocasionalmente, descobrimos que um ou outro colaborador ‘fabricou’ a história, ou seja, inventou-a. Todas as vezes que tomamos conhecimento disso, paramos de usar a história dessa pessoa.”
Percebam que, conforme se conclui do trecho acima, a série de livros “Histórias para aquecer o coração” teve diversos colaboradores, isto é, coautores, e alguns deles fizeram constar histórias fictícias como se fossem reais. Ora, se isso ocorreu é possível que também tenha ocorrido de alguem plagiar uma história ou fazer constar como sua uma história que faça parte de alguma tradição popular (notem que há parábolas e fábulas). Acho que a última hipótese é o caso da situação examinada.
Assim, acho que o senhor Divaldo Franco pode ser beneficiado pela dúvida suscitada.
De toda forma, por amor à verdade, devo dizer que assisti pela televisão a algumas palestras do mencionado orador espírita, e percebi que muito do que é dito se alinha com os temas tratados na literatura de autoajuda. Certa vez ele chegou a mencionar o livro “Os quatro compromissos”, que é uma conhecida obra de desenvolvimento pessoal.
Portanto, é possível também que tenha lido o livro “Histórias para aquecer o coração” e tenha recontado a história como originada de sua “mediunidade”, quando na verdade seria proveniente da leitura do referido livro, de forma consciente ou inconsciente.
Bom, o fato é que não é possível concluir, com certeza, quem plagiou quem (se é que houve plágio…). Acho que a história faz parte de alguma tradição popular.
dezembro 19th, 2012 às 9:42 AM
Ao que parece Divaldo (ou o espírito Eros), tanto quanto os autores Jack Canfield & Mark Victor Hansen se utilizaram de um conto folclórico africano e o adaptaram, segue alguns links com a mesma história (em inglês).
http://journalofsacredwork.typepad.com/journal_of_sacred_work/2008/12/day-339-we-are-all-travelers.html
ou
http://cityyearblog.org/about/founding-stories/the-traveler/