Livro Gratuito: “Vitória da Vida”, de Divaldo pereira Franco (1987)
Este livro é apresentado no site do Divaldo Franco como trazendo “mensagens de crianças, jovens e adultos desencarnados que retornam, da outra Vida, consolando pais e familiares, demonstrando a sobrevivência e o carinho que a morte não interrompeu. Com as mensagens, foram anexadas ainda fotos, dados biográficos, depoimentos da família e análise das identificações deixadas de forma intencional por cada um dos missivistas, em seus relatos.”
Ao fim dessa postagem colocarei uma versão em pdf do livro. Antes, porém, uma pequena análise e algumas explicações.
Em várias partes do livro são citados casos em que a assinatura da carta psicografada seria idêntica à do falecido quando vivo. Só que o livro não nos mostra um fac-símile da carta com a da assinatura do falecido. O leitor precisar acreditar que as assinaturas são idênticas, não podendo comprovar a semelhança por si mesmo. Uma lástima!
Diversas expressões usadas nas cartas psicografadas por Chico Xavier também aparecem nas psicografias de Divaldo Franco, especialmente “querida mãezinha” – às vezes trocada por “querida mãinha”, afinal, Divaldo é da Bahia e muitos dos solicitantes são de lá – e o pedido de benção. Parece que todos os espíritos tem a mesma personalidade, o mesmo modo de escrever. Parece que perderam sua individualidade. Eu, por exemplo, nunca pedi a benção de minha mãe. E nunca me referi a ela por “querida mãezinha”. Se algum dia me psicografarem dizendo “querida mãezinha” e pedindo a benção, podem apostar que é fraude! 😀
Também percebe-se que muitos espíritos pedem para a família se desfazer das coisas, distribuir para quem precisa, fazer caridade. Imagino se as famílias não dão tudo para a Mansão do Caminho (que pertence ao Divaldo)…
Também notei que muitos chamam o bisavô ou bisavó de bivô ou bivó. Será que na Bahia essa expressão é comum? Nunca tinha ouvido antes… no Rio de Janeiro costuma-se usar "bisa" para se referir à bisavó… se tiver algum baiano entre os internautas, por favor, me tire essa dúvida!
É interessante ver que antes da sessão muitas famílias enviam cartas para o Divaldo informando sobre o falecido… não são todas, mas… parece ser significativo, o que confirma uma acusação do Waldo Vieira, que disse (se referindo a Chico Xavier): “Funcionários do centro espírita iam à fila pegar detalhes dos mortos. Ou aproveitavam as histórias relatadas por parentes nas cartas em que pediam uma audiência. As mensagens de Chico continham essas informações”
Vejam essa passagem do livro “Vitória da Vida”:
À tarde fomos ao “abacateiro”, local onde Chico distribui donativos aos necessitados. Lá estavam os dois médiuns Chico e Divaldo. Enviei bilhetes e fotos de minha filha aos dois. Assim com eu, muitas mães faziam o mesmo pedido. Ali, Divaldo fez uma linda palestra. À noite, voltamos ao “Grupo Espírita da Prece” onde se realizam as palestras evangélicas e os trabalhos de psicografias em público.
Estava orando e pedindo à minha filha que me enviasse, pelo menos uma frase. Soube, por outras mães que ali estavam e que tantas vezes lá estiveram, das dificuldades das notícias.
Consegui chegar perto do nosso querido médium Divaldo, quando ele chegara ao portão de entrada do “Grupo Espírita Prece” e ali, rodeada de muitas pessoas que também procuravam sua oportunidade, consegui, rapidamente e chorando, me dirigir a ele:
– Divaldo, traga, ao menos, uma palavra de minha filha. Ao que me respondeu: – Calma, filha, confie em Deus! Ela é um Espírito muito bom.
Assim entramos e foram iniciados os trabalhos da noite. Não consegui entrar na sala, onde se realizam os trabalho Eram dezenas de pessoas. Fiquei do lado de fora, no pátio. Às vezes, chegávamos às janelas, mas só mesmo por algum lugarzinho, que nos era cedido por bondade das pessoas, é que conseguíamos vê-los psicografando.
Eram quatro médiuns: Chico, Divaldo, um senhor e uma senhora que me eram desconhecidos.
Ali ficamos horas, aguardando ansiosos. Afinal, terminadas as psicografias, ouvimos o nome da minha filha – Fernanda Maria. Era o médium Divaldo quem anunciava que aquela carta era de minha filha Fernanda dirigida a mim. Foi a primeira mensagem lida naquela noite.
Na versão em pdf eu retirei as fotos dos falecidos. Não farão falta. Mas quem quiser as fotos, compra o livro impresso que é baratinho. 😀
Para baixar o livro – sem as fotos – clique aqui.
janeiro 23rd, 2012 às 8:47 PM
Campanha: “Volte Biasa!”
Abrace essa idéia.
janeiro 23rd, 2012 às 9:36 PM
Paulo,
Obrigado pela lembrança.
Minhas férias estão no fim, preciso programar minha vida.
No ano passado, já foi um grande desafio, eu estava com 48 aulas semanais, agora vou lidar com 58. Então, vou ter que me dedicar (já estou organizando aqui) pra valer.
Além disso, o blog é muito legal, tem muitas coisas interessantes. Eu sou um sonhador de que as pessoas pesquisem, levem a sério a vida, mas também gosto de uma boa dose de humor. Às vezes acho até que extrapolei aqui, então, também parei pra rever atitudes e conceitos. Porém, não é fácil digerir certos comentários, quando você se empenha em fazer pesquisas sérias, cansativas, sem visar vantagem alguma, pensando em tentar contribuir para a busca da verdade e ajudar pessoas a se livrarem de crendices e gurus enganadores, então vem um sujeito e te critica, sem critérios e sugere que é melhor você ir jogar vídeo game.
Vou continuar antenado nos comentários teus, do Toffo, do Antonio (que deu uma sumida), do Carlos (que aparece pouco, mas quando aparece, engrandece a discussão). E outros que estão surgindo aí, a Paloma, o Gomes… Enfim, tenho bastante trabalho pela frente. Com vida no além ou não, enquanto a gente tá vivo, tem que buscar recursos né? E, em se tratando de um país como o nosso, quando você é honesto, as coisas também não são fáceis.
Conversaremos pelo msn. O convite que te fiz pro grupo do face, continua em pé. Tenho aprendido com o pessoal lá, divertindo bastante também.
Um grande abraço. Te cuida gaúcho.
janeiro 24th, 2012 às 5:26 PM
Estou por aqui, Biasetto! Acontece que ando muito ocupado, pois estou de férias. rsrsrs
Mas não deixo de dar uma “entradinha básica”, só para ver o que está rolando. E é legal ver que o blog voltou a andar agitado, com várias matérias e bastante participação, inclusive com o surgimento de algumas caras novas. “E o Vitor viu que era bom.”
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E, para não perder o hábito, criei um neologismo para definir os textos do Chico Xavier: A palavra é PSICOGRAFARSAS, que é sinônimo de PSICOGRAFRAUDES.
rsrsrs
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Abraço!
setembro 25th, 2012 às 5:39 AM
noã estou de acordo com o desrespeito critico,o critico
analisa e mostra os pontos negativos ,e averdade precisa
realmente ser mostrada sim, mas,de uma forma natural
para naõ haver pensamento tedencioso.
abril 12th, 2016 às 11:52 AM
Quanto à “leitura fria”, de colaboradores de “centros espíritas” perguntarem dados às pessoas, essa atividade não é assumida, mas é praticada com naturalidade.
Há o pretexto de fraternidade quando os membros de “centros espíritas” conhecerem a fundo a vida das pessoas, perguntando como elas sentem, o que elas pensam e o que elas viveram. Eles querem saber de tudo e até dizem para os auxiliados “se abrirem” porque os “espíritas” são “todos irmãos”.
Essa habilidade é feita sem que mesmo os membros dos “centros espíritas” percebam. A coisa é tão sutil que é feita sem perceber.
No caso recente da atriz Márcia Brito (ex-nora de Chico Anysio, foi a Flora Própolis da Escolinha do Professor Raimundo), quando ela afirma que “gelou” quando uma suposta mensagem do falecido filho Ryan Brito lhe foi divulgada pelo “médium” Fernando Ben, ela se esqueceu que a menção do CPF e do telefone celular dela foram obtidos provavelmente por um formulário que todo paciente de “auxílio fraterno espírita” preenche antes ou durante cada consulta.
As informações que servem as “psicografias” são colhidas de diversas formas, como pesquisa em jornais, livros e outras fontes (como um diário escrito por uma jovem falecida), e até mesmo relatos durante conversas informais no final de uma doutrinária são aproveitados para “rechear” a mensagem “espiritual”.
Em muitos casos, o tio fala detalhes que o pai do morto desconhece, o colega de escola conta outros, a ex-namorada de um falecido conta outros mais, e quando esses detalhes são divulgados, eles são “desconhecidos” da família.
Tudo isso é feito sem que se perceba, sem que o pessoal tenha sequer noção disso. E aí, quando a mensagem “espiritual” é divulgada com aquelas informações “complexas e “confidenciais”, e muitos consideram tudo aquilo “autêntico”.
Fazer “psicografia” é muito mais fácil do que roubar doce de criança.