O Que é a Questão do Design Inteligente na Evolução Biológica?

A explicação para o surgimento da vida e das diversas espécies de seres vivos na Terra tem sido um tema turbulento especialmente nos últimos 140 anos, depois da obra de Darwin e Wallace, o livro "Origem das Espécies". A visão darwinista foi modificada, ou, digamos, "aprimorada", e por volta dos anos 40 do século XX surgiu aquilo que ficou conhecido como a "Síntese Moderna" ou "Teoria Neo-Darwinista" para a origem das espécies e das novidades evolutivas (Notem que a origem da vida em si, ou seja, o salto das "moléculas biológicas" para as "células", é ainda um ponto com boa dose de problemas explicativos, apesar de haver boas hipóteses materialista-mecanicistas para o processo). A idéia central é simples, interessante, e poderosa: variações aleatórias herdáveis nos seres vivos são submetidas à pressão seletiva do meio ambiente. Mutação mais Seleção igual a Evolução. Toda uma teoria biológica imensa em uma simples fórmula, que poderíamos descrever como E = M + S. Chega a lembrar a famosa E = M.C2

Essa noção se choca com muitas visões religiosas. Onde entra Deus nisso tudo? Como ele faz parte do esquema? Algumas religiões rejeitam a teoria evolutiva biológica neo-darwinista. Algumas aceitam. Atualmente, a Igreja Católica parece aceitar praticamente sem restrições. Mas a questão do planejamento, ou seja, da possibilidade de que talvez alguém ou algo participe, ainda que por vezes ou em parte, dos processos evolutivos através de um planejamento, continua como uma pulga atrás da orelha de muitos. Pode ser mera ilusão, e não haver planejamento algum. Pode não haver nenhum planejador, nenhum "designer" ("designer" em inglês quer dizer "planejador", aquele que planeja). Então, não haveria nenhum planejamento, nenhum "design" ("design" em inglês quer dizer "planejamento"), no esquema evolutivo. Ou talvez haja de fato um designer, que poderia ser "Deus" (o deus Católico, por exemplo; ou, em um outro exemplo, o deus Islâmico Alá), "um deus", ou algum componente natural "não divino" (ou seja, que não desfrute de atributos que nos levem a considerá-lo como algo divino). 

Nesse contexto, o bioquímico Michael Behe apresentou um livro intitulado "A Caixa Preta de Darwin" (Darwin’s Blackbox, 1998) onde ele alega que há na natureza sinais da ação de um designer bastante poderoso intelectualmente. Não li o livro. Li alguns artigos de Behe online na internet, e textos onde alguns pesquisadores o atacam e onde ele se defende. Behe afirma que alguns sistemas biológicos exibem o que ele chama de Complexidade Irredutível, ou seja, um tipo de complexidade que não poderia ser criada pelos mecanismos propostos pelo neo-darwinismo, sendo necessário o planejamento prévio realizado por um "planejador", por um "designer" (o Deus da Igreja Católica, ou Deus Teísta, por exemplo), que soubesse o quê estava fazendo, e para quê estava fazendo (ou seja: presença da intenção, ou teleologia, na evolução biológica). Behe cita como exemplos disso algumas vias metabólicas (acredito que o Ciclo de Krebs seria um exemplo) e algumas funções fisiológicas moleculares, como o sistema de coagulação do sangue em mamíferos, composto de muitas proteínas diferentes agindo de modo meticulosamente orquestrado. A retirada de qualquer um dos elementos desses sistemas destruiria o funcionamento do mesmo. Behe conclui então que ele foi planejado todo de uma vez só, por um designer bem inteligente e cheio de intenções (teleologia/teleonomia) e idéias. O argumento de Behe parece interessante. Contudo, a mim ele parece claramente fazer parte de um esquemão ideológico que quer forçar a idéia de algum tipo de criacionismo, e levar a comunidade científica e as instituições educacionais infanto-juvenis a engolir isso. Penso isso porque não me parece que Behe de fato tenha demonstrado que seja impossível que tais sistemas surjam por mecanismos neo-darwinistas clássicos. Ele apenas apontou que tal surgimento é improvável. [Dentro do, digamos, "movimento defendendo a idéia do Design Inteligente", um outro grande nome é o filósofo William Dembski. Dembski apresenta um argumento relativamente similar ao de Behe, que é a idéia de que existe algo que ele chama de "Informação Complexa Especificada" (CSI, Complex Specified Information), ou simplesmente "Complexidade Especificada" (Specified Complexity). Em linhas gerais, a Complexidade Especificada de Dembski e a Complexidade Irredutível de Behe me parecem bastante similares em alguns aspectos cruciais, principalmente nas falhas e na clara distorção do uso da lógica e da ciência em prol de iniciativas político-religiosas junto à sociedade e às instituições científicas e educacionais]. Em resumo, Behe e colegas parecem interessados em "infiltrar uma religião" (ou uma idéia e ideologia religiosa específica) dentro da ciência. Alguns podem considerar isso uma intenção e atitude errada. E de fato é. Sou contra a presença de uma ideologia religiosa na ciência.. 

Curiosamente, o maior obstáculo que Behe enfrenta é justamente o fato de já haver na ciência, muito bem incrustada, uma ideologia religiosa aí indevidamente posicionada: o materialismo! O materialismo, conforme praticado por alguns (ou muitos), se mostra claramente como uma religião. Um exemplo de militante aguerrido de tal religião materialista é, Richard Dawkins, um renomado zoólogo inglês (na verdade ele nasceu no Quênia, tendo sua família retornado para a Inglaterra quando ele tinha oito anos). Outro exemplo é o físico estados-unidense Victor Stenger. Tal materialismo religioso, ao invés de dizer "Não sabemos se existe Deus ou não, e não sabemos se existem espíritos ou não", advoga irracional e dogmaticamente que "Não existe Deus nem espíritos" (essa idéia é passada por vezes de modo implícito; outras vezes mais explicitamente). 

O que deveríamos fazer é tirar do seio da ciência esse tipo de religião materialista. E não acrescentar mais uma religião, como me parecem querer Behe e colegas. 

Mas a discussão sobre design inteligente é a meu ver muito rica. Ela deve ser travada sem os ranços religiosos, quer espiritualistas, quer materialistas. É importante discutirmos questões como: 

1- As espécies biológicas, as estruturas biológicas, e as novidades evolutivas podem ser explicadas pelo neo-darwinismo, ou há exemplos que estão além da capacidade explanatória neo-darwinista, e por quê? 

2- O que é planejamento? 

3- O que é intenção, e como a intenção se relaciona com planejamento? 

4- O que é inteligência, o que é consciência, e como uma se relaciona com a outra? 

5- Como fica a realidade do planejamento e da intenção se pensarmos que o mundo é talvez totalmente determinista (física clássica) ou talvez totalmente aleatório (física quântica)? 

Enfim, todo um mundo de questões interessantes obliteradas por briguinhas religiosas entre crentes e descrentes… 

Um ponto, por exemplo, que os defensores da existência de um designer não parecem perceber é que se um determinado sistema for considerado como irredutivelmente complexo, e a partir daí passarmos a achar que ele foi projetado por um designer (por Deus ou etc), então passaremos a ter um Deus ou etc (um designer) que é, ele mesmo, um sistema irredutivelmente complexo. Tão ou mais complexo que o sistema que ele criou. Então esse sistema irredutivelmente complexo (Deus) provavelmente foi criado por outro designer anterior, e assim talvez ad infinitum. Deuses tendo sido criados por Deuses e assim seguindo em uma sucessão sem fim… Um segundo ponto interessante é que o designer (e tanto faz se o designer for um Deus, um homem, ou uma simples célula) só é capaz de fazer aquilo que ele já sabe(quer seja um Universo, um carro, uma mitocôndria, ou um Ciclo de Krebs). Dentro do meu modo de ver tais questões, e dentro de minhas potencialidades intelectuais, o único mecanismo que eu entendo ser capaz de fato de criar "novidades" (novidades evolutivas, ou intelectuais, ou etc; ou seja, criar conhecimento novo, além daquilo que o sistema "já sabe") é o tateamento tipo "tentativa e erro ou acerto" somado a um "mecanismo de verificação de sucesso". A seleção natural seria um exemplo de "mecanismo de verificação de sucesso". Da mesma maneira, o nosso sentimento que temos quando entendemos alguma coisa (aquela luz que acende na nossa cabeça, e dizemos "É Isso!", ou "Eureka", ou ainda em inglês "Aha", pronunciando-se "arrá". É o famoso "Aha Feeling") é também um mecanismo de verificação e validação de sucesso. O mecanismo de tateamento do tipo tentativa-erro-acerto pode ser aprimorado através de estratégias onde o organismo "sabe o que não deve ser tentado", ou, em extensão a isso, onde o organismo "saiba as áreas específicas onde a tentativa deve ser realizada" (isso acontece mesmo com algumas células, que "sabem" que devem, diante de uma dada situação ambiental, realizar mutações em algumas poucas áreas de um determinado gene, e somente nessas áreas do gene; o mundo intelectual humano com certeza exibe exemplos ainda mais notáveis). 

Aqueles que defendem o neo-darwinismo e atacam Behe costumam dizer que há de fato designers (ou seja, projetistas) inteligentes, mas não na evolução biológica. Um exemplo de designer inteligente (projetista inteligente) seria o ser humano. Ou seja, os neo-darwinistas são normalmente crédulos em aceitar que o ser humano exerce de fato o poder de projetar inteligentemente as coisas (inclusive com livre arbítrio…). É interessante que até isso é questionável (vide a hipótese da seleção universal, especialmente como apresentada pelo psicólogo Gary Cziko em seu livro Without Miracles: Universal Selection Theory and the Second Darwinian Revolution, neste link. Possuo uma resenha sobre esse livro, em inglês, neste link.). Muito provavelmente, quando tentamos encontrar a solução para um problema novo, o que fazemos é criar uma simulação mental de diversas situações (usando dos nossos mecanismos de representação do mundo dentro de nossos cérebros e mentes), como um programa de computador altamente sofisticado, e aí as diversas alternativas vão sendo testadas por um "mecanismo verificador de sucesso" que em última instância é o (ou está intimamente ligado ao) "Aha feeling" (Eureka! É isso!). Há quem diga que nesse processo diversos grupos de neurônios começam a crescer, fortalecer entre si ligações sinápticas, e competir com grupos de neurônios antagônicos (vide link sugerido acima). No final das contas, o mecanismo não seria muito diferente da evolução biológica natural. Apenas mais rápido. Então por quê tanto interesse em dizer que células não realizam projetos inteligentes e ser humanos realizam projetos inteligentes (como fazem os neo-darwinistas clássicos)? Ou, ao contrário, por quê tanto interesse em dizer que as células realizam sim projetos inteligentes, mas não pelo poder delas próprias, e sim por um poder maior e oculto, Deus, etc (como fazem Behe e colegas)? Parece-me mais briga religiosa… 

Minha posição pessoal com relação às cinco questões mais acima (que eu numerei de 1 a 5) é a seguinte: 

1- Eventos Evolutivos Inexplicáveis pelo Neo-Darwinismo: há de fato muitos pontos que são mal explicados pelo neo-darwinismo com relação ao desenvolvimento de características biológicas, em especial características biológicas complexas. Contudo, tal dificuldade pode ser menos da teoria e mais de nossa capacidade de "rodar" simulações mentais de tal teoria. Para sabermos, ou sondarmos melhor, se há de fato algo que possa ser descrito como uma "Característica Irredutivelmente Complexa" a melhor opção é usarmos de simulações computacionais da evolução. Tais simulações mostram que por vezes aquilo que parecia impossível não passa de algo bastante improvável. Eu pessoalmente só conheço um exemplo de característica que me parece impossível de ter surgido através da evolução biológica: a consciência (experiência subjetiva). É um único e singelo exemplo, e eu nem sei se se trata de uma característica complexa ou não. Mas é um exemplo capaz de detonar todo o esquemão materialista tradicional… 

2- Planejamento: quando planejamos algo, criamos uma simulação mental de diversos eventos possíveis, através de uma representação interna do mundo externo, e escolhemos um dos eventos possíveis que acaba sendo então o "plano". Esse processo é deflagrado (iniciado) por estímulos externos e/ou internos (como: ausência de comida levando à fome, etc), passa pela etapa de geração de alternativas para solucionar o problema (simulações usando de representações internas, e competição entre alternativas), e acaba levando ao "plano final" (que aparece através da "escolha"); normalmente todo esse processo é seguido ainda pela "deflagração da ação" (ou seja, a decisão de tornar real a escolha realizada). Todo esse processo é algo objetivo, que ocorre no organismo humano, nos nossos neurônios, etc. E parte desse processo é acompanhada de uma contrapartida subjetiva (ou seja, de consciência do processo). O estímulo deflagrador pode ser acompanhado de uma experiência subjetiva (sensação de fome); as simulações usando representações também podem ser acompanhadas de experiências subjetivas (identificação das alternativas de sanar a fome ou indo caçar ou indo ao McDonnald’s, etc); o plano final também pode vir acompanhado de uma experiência subjetiva (sensação de escolher entre as alternativas); e finalmente a decisão de implementar a escolha também pode ser seguida de experiência subjetiva (no caso, do "livre arbítrio" de agir). 

3- Intenção versus Planejamento: do que eu descrevi no item anterior, é interessante definirmos intenção e planejamento como coisas bem distintas. No caso (ou seja, nesse ponto do texto), por planejamento eu não quero dizer o processo que leva ao plano final; quero dizer o próprio plano final em si. Portanto, planejamento, ou plano final, é a parte objetiva (digamos, neuronal). Enquanto intenção é a parte subjetiva, a experiência subjetiva (consciência) que vivenciamos junto com o plano final. Isso é um ponto muito importante. Podemos aceitar que um computador execute algum tipo de planejamento, até mesmo planejamento inteligente. Mas isso não quer dizer necessariamente que junto com tal fato objetivo esse computador também vivencie uma experiência subjetiva de intencionalidade. 

4- Inteligência versus Consciência: atualmente, penso ser mais produtivo pensarmos em inteligência como a capacidade de um sistema de interagir com seu ambiente de modo adaptativo, garantindo seu bem estar e sobrevivência. Por exemplo, um sistema celular que produza sempre uma determinada molécula é menos inteligente do que um sistema celular que identifica se tal molécula é necessária naquele momento e só então a produz. Igualmente, acho fértil pensarmos que muitos sistemas computacionais são inteligentes, capazes de avaliarem um quadro e tomarem uma decisão mais apropriada à situação. Inteligência é o funcionamento bem sucedido de uma mente. Então, dentro de minhas definições, até células individualmente possuem, ou são, mentes dotadas de inteligência (apesar de não serem nenhuma "Brastemp"…). Mas isso não quer dizer necessariamente que elas vivenciem uma experiência subjetiva de qualquer tipo. (Parênteses importante: por vezes se usa a metáfora segundo a qual o cérebro é o hardware e a mente é o software. Atualmente penso que, a rigor, softwares não existem, sendo eles na verdade meros estados do hardware). 

5- Há de fato planejamento e intenção em um mundo totalmente determinista ou totalmente aleatório? Essa é uma questão interessante. Intenção, eu penso que há (sensação subjetiva). Já planejamento, se depender da existência de livre arbítrio, não. Normalmente entendemos o planejamento e a escolha como fruto de um livre arbítrio nosso, e não como uma resposta mecânica e determinista à qual estejamos submetidos. Esse último entendimento eu penso ser um erro, uma ilusão. Não acho que exista de fato escolha e livre arbítrio, apenas determinismo, aleatoriedade, ou aleatoriedade com tendência (como ocorre na meia-vida de alguns componentes subatômicos). O livre arbítrio é como a "diminuição da entropia": só ocorre enquanto ilusão ao olharmos um sistema isolado do meio no qual ele está inserido. Se olharmos (ou se pudéssemos olhar) o todo, penso que não identificaríamos nem diminuição da entropia e nem livre arbítrio real.

Então, em um certo sentido, eu penso que existe tanto planejamento inteligente em um homem (Kasparov) ao jogar xadrez quanto em uma célula (como a bactéria Escherichia coli) ao "decidir" sintetizar beta-galactosidase. Se esses eventos são acompanhados de consciência ou não, isso já é outra questão…

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Texto de autoria do biólogo Julio César de Siqueira Barros.

42 respostas a “O Que é a Questão do Design Inteligente na Evolução Biológica?”

  1. bruno Diz:

    Li o artigo inteiro achando que se tratava da sua opinião, rs.

  2. Marciano Diz:

    É certo que AINDA existem algumas coisas que a moderna teoria da evolução não explica a contento, mas a imbecilidade do design não explica absolutamente NADA.
    Ainda bem que é assim, eu não gostaria de estar submetido aos caprichos de um disigner tão sacana que cria Tenia solium, Tênia saginata, Ascaris lumbricoides, e mais um monte de parasitas. Esse designer não seria muito inteligente, mas seria MUITO sacana.

  3. Marciano Diz:

    Tenia saginata não tem assento, é latim, como se sabe das aulas de taxonomia. Foi mal aí.

  4. Marciano Diz:

    Qualquer animal que não sinta fome acaba não deixando descendentes.
    Quem come habitualmente no McDonald’s também corre sério risco de não deixar descendentes (brincadeirinha, ele chega e até passa da idade reprodutiva, depois, pode morrer de AVC, infarto do miocárdio, câncer do cólon, não tem mais problema).
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    Computadores não têm consciência de si próprios, mas já são capazes de ganhar do Kasparov (Deep Blue).
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    Às vezes parece que meus computadores têm vontade própria, vivem me sacaneando, principalmente em games. Quem nunca foi trapaceado por um PS3 que atire a primeira pedra, de preferência nele.

  5. Guerreiro Diz:

    “O materialismo, conforme praticado por alguns (ou muitos), se mostra claramente como uma religião.”
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    De fato. Este artigo (http://obraspsicografadas.org/2012/provando-que-o-deus-kardecista-no-existe/) demonstra esse ponto. Nele, um físico nos pede para acreditar em “eventos sem causa” e não fornece nenhuma prova. Não é o mesmo que faz a religião ao nos pedir que acredite naquela história da maçã e da arca de Noé?
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    “… penso ser mais produtivo pensarmos em inteligência como a capacidade de um sistema de interagir com seu ambiente de modo adaptativo, garantindo seu bem estar e sobrevivência.”
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    Mas essa definição também não poderia ser aplicada ao instinto? E aí caímos naquele velho problema de diferenciar instinto de inteligência…

  6. Antonio G. - POA Diz:

    O “design inteligente” das tenias é realmente de profundo mau gosto… Mas que tal o “design” da Suellen, da novela Avenida Brasil? rsrsrs

  7. Marciano Diz:

    Essa, com certeza, foi criada por um ser inteligente. Vou pedir a ele pra criar uma pra mim.
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    Definição, como dizia Aristóteles, é muito difícil (gênero próximo, diferença específica). Inteligência, em particular, é coisa muito difícil de definir, até porque há necessidade de definir os termos de sua própria definição.
    Não há consenso.

  8. Sergio Moreira Diz:

    Defensores do ‘Designer Inteligente’ pressupõem -sem saber- que na Teoria Neo-Darwinista todo organismo evoluem do mais simples para o mais complexo em uma linha ‘evolutiva otimizada’, dessa forma realmente seria um grande mistério a Complexidade Irredutívele e uma grande brecha para a aceitação do Designer Inteligente. No entanto um organismo pode se tornar funcional e desnecessariamente complexo e sofrer otimizações no decorrer do tempo ate tornar-se irredutível. Isso pode ser observado em seres que contem partes que não são vitais ou muito pouco usadas.

  9. Marciano Diz:

    Vejam esse vídeo sobre o criacionismo:
    http://desciclopedia.ws/wiki/Adauto_Louren%C3%A7o

  10. Marciano Diz:

    De acordo com a Bíblia no principio era a verborréia, e a verborréia estava com Deus, e a verborréia era Deus. Deus criou os céus e a terra. Então Deus disse que haja a luz, bateu as palmas e a luz acendeu. Deus viu que a luz era boa e a separou da escuridão. Deus pôs na posição de água quente o nome de “inverno” e na de água fria pôs o nome de “verão”. Deus chamou a luz de dia e a escuridão de noite, por algum motivo isso foi um ‘dia’, apesar de ainda não existirem o Sol e a Lua.
    Então Deus criou monstros. E Deus viu que isso era bom. Deus criou árvores. E viu Deus que isso era bom. Deus criou os arbustos, foi atrás deles se aliviar, e viu que isso era bom. Deus então deu uma assoprada em um monte de barro e criou o homem. E em sua eterna sabedoria disse: frutificai e multiplicai-vos. Sorrateiramente arrancou um estribo do ouvido do homem enquanto este dormia, e, embora o homem surdo a este ponto, deu outra soprada e, voilá!, eis a mulher.
    Alguns cientistas atuais acreditam que tudo isto aconteceu ao som de música clássica e que Deus viajara no tempo e chamou Steven Spielberg para ajudá-lo na criação. Já é cientificamente provado que o criacionismo é verdadeiro, e ai dos hereges que discordarem! Já se achou também a Arca de Noé e inclusive os registros com fotos, juntamente com o boletim de vacina de todos os animais que estiveram na arca.
    Ainda é possível dizer que foram encontrados os fósseis de Adão e Eva, sabe-se que são eles porque junto com os fósseis estava uma folha que milagrosamente não se decompôs, digo, cobrindo os genitais e uma maçã mordida que também permaneceu intacta, digo, . Quando datados, os ossos indicavam cerca de 10.000 anos, duas horas, e trinta e sete segundos atrás, o que corrobora que a Terra é jovem. E através do mapeamento genético via satélite dos fósseis foi localizado o Jardim do Éden que por questões de segurança não se pode dizer o local, evitando assim um ataque terrorista, digo, . Por sua vez no Jardim do Éden os cientistas encontraram uma fábrica de barro, onde anões da Groenlândia trabalham cerca de 63 horas diárias para fazer barro para Deus soprar e fazer mais homens.
    A descoberta criacionista mais recente é de que a Terra é plana. Analisando a foto tirada pela Apollo 17 numa das sua viagens e através de cálculos hiper-supra-huper-meta-físicos provaram que a Terra é – de fato – plana, contrariando mais um tosco argumento dos evolucionistas de que a Terra tem um formato geóide.
    Agora, os cientistas crianças que fizeram sexo ficaram grávidos e só Ele e mais ninguém!, mantendo todos os corpos na Terra e os corpos celestes no Universo. Todas essas conclusões magníficas e de esplêndido valor científico, foram feitas por cientistas criacionistas de todo o mundo com a maior imparcialidade possível e baseando-se exclusivamente no primeiro livro criacionista publicado – a Bíblia.
    O flintstonismo é uma escola invencionista, digo, criacionista que defende a elaborada tese de que dinossauros e seres humanos conviveram antes e depois do dilúvio universal. Todas as espécies de dinossauros foram preservadas na arca de Noé. O proponente desta teoria é o grande cientista brasileiro doutor, digo, mestre Adauto Lourenço (Professor Adauto Lourenço é um grande cientista brasileiro, cuja obra suplanta de forma cabal todas teorias evolutivas e darwinianas). Para comprovar sua teoria, o professor Lourenço contratou um artesão peruano para produzir as pedras do Ica com desenhos executados por índios, mostrando como os dinossauros ajudaram na construção das pirâmides do Egito. O nome flintstonismo origina-se da família Flintstones, composta de descendentes de Noé e responsável pelo repovoamento da Terra depois do dilúvio.
    Quase sempre criacionistas repudiam as teorias evolucionistas pelo fato de que “elas não são bíblicas”. Por outro lado, os mesmos criacionistas muitas vezes se apropriam de certas teorias científicas dizendo que a Bíblia as descreve, mesmo sendo esta uma interpretação totalmente subjetiva. De qualquer forma, notáveis personalidades da história humana, tais como George W. Bush e Rosinha Garotinho defendem a inclusão do Criacionismo no currículo escolar, como forma de poder oferecer às crianças uma doutrinação religiosa, digo, possibilidade de escolha entre a tese científica e a tese idiota, digo, religiosa. O Criacionismo só ainda não foi adotado nas escolas, pois na Bahia, professores fudistas resolveram ensinar que ao invés de Javé, a criadora suprema do Universo foi na verdade a deusa-gostosona Athe, padroeira dos ateus. Essa tese contraria a teoria mais aceita pela maioria dos criacionistas não-praticantes, a de que o mundo, na verdade, foi criado pelo Monstro do Espaguete Voador.
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    Para quem não conhece o grande Professor Doutor Adauto Lourenço, ele é um Homem de currículo realmente incrível, Lourenço estudou em Harvard, Princeton, Oxford, MIT, ITA, entre outras, onde formou-se em física, física quântica, astrofísica, biologia, biologia molecurar, bioquímica, arqueologia, paleontologia, história, zoologia, teologia, astrologia e expressão corporal e artística. Além disso ele tem 32 mestrados, 25 doutorados, 12 PhDs, e é o primeiro cientista brasileiro a conseguir a títulação de “USMSEBFST” – Ultra Super Mega Supra Extra Blaster Fodão Sabe Tudo – pela Escola Superior Adventista de Piracicaba. Também consta em seu currículo que ele trabalhou na NASA, no Instituto Max Plank, no Instituto de Astrofísica do Vaticano, no Oak Ridge National Laboratory, na Estação Espacial Internacional, no Pentágono, na Base Secreta Americana na Lua, entre outros locais.
    Lourenço já demonstrou cientificamente e de forma cabal que:
    • O universo tem menos de 10 mil anos;
    • O dilúvio universal ocorreu, e todos os fósseis que econtramos hoje são daquele período;
    • Adão e Eva existiram de verdade, e a serpente também, assim como jardim do Édem;
    • Que todos os físicos do mundo estão errados e só propagam mentiras, enquanto ele é o unico que está certo e se esforça em revelar a verdade;
    • Que quem paga o dízimo em dia vai para o céu.
    Lourenço colocou no chinelo: Einstein, Feymann, Hawking, Newton e outros chulés da Física pagã!

  11. Marciano Diz:

    http://www.youtube.com/watch?v=eB1gFNKTFz4

  12. Marciano Diz:

    Criacionismo é a coisa mais inteligente que já surgiu:
    http://www.youtube.com/watch?v=ijpFo4DFtS0&feature=related

  13. Marciano Diz:

    Se alguém vir, daqui a uma hora (22h40mon)vai começar o documentário “Deus criou o universo?”, no Discovery Channel.

  14. Jurubeba Diz:

    Pois é, todos deveriam ler:
    http://clubecetico.org/forum/index.php/topic,48.0.html
    .
    Saudações

  15. Marciano Diz:

    Jurubeba, Lógica era matéria propedêutica quando comecei a estudar Direito. Não é mais.
    Fiz um ano de Lógica, embora não me lembre de muita coisa, essas matérias (Sociologia Jurídica, Filosofia do Direito, Medicina Legal, Ciência ´Política ou Teoria Geral do Estado, etc.), depois da graduação, não têm muita utilidade prática.
    Na época, gostei muito.
    Tem também a Lógica Simbólica, a qual vimos só en passant.
    No caso sub examen, não temos e nunca teremos a premissa maior.

  16. Marcelo Esteves Diz:

    Júlio escreveu: “Então, em um certo sentido, eu penso que existe tanto planejamento inteligente em um homem (Kasparov) ao jogar xadrez quanto em uma célula (como a bactéria Escherichia coli) ao “decidir” sintetizar beta-galactosidase. Se esses eventos são acompanhados de consciência ou não, isso já é outra questão…”
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    As aspas em “decidir” são a solução da questão. Se falamos de uma bactéria que adota um planejamento inteligente, só o podemos fazer em um sentido metafórico.
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    Ao fazermos a engenharia reversa de processos biológicos complexos ou mesmo daqueles considerados (pelos criacionistas) como irredutivelmente complexos, descobrimos que são fruto de passos simples e cumulativos.
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    Entendo, também, que a questão não é se estes processos são dotados de consciência, mas, sim, de intenção.
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    Sem dúvida, Kasparov tem a intenção de vencer uma partida de xadrez e, para tanto, pode traçar um planejamento.
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    Por outro lado, uma bactéria não tem intenção alguma. Ela apenas responde à pressão seletiva com procedimentos contingentes, sem “ter em mente” nenhum outro resultado que não a própria sobrevivência para reprodução da espécie. Às vezes, obtêm sucesso; outras vezes, é extinta.
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    Se obtêm sucesso e, com isso, atinge maiores níveis de complexidade, isto é pura contingência.
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    A primeira forma de vida na Terra nunca teve a intenção de tornar-se um ser humano. Ela apenas seguiu um imperativo biológico, a replicação de deus genes.
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    Dawkins ilustra isto com maestria, ao dizer que um elefante é uma forma que os genes encontraram para produzir cópias de si mesmos.
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    Saudações

  17. Marcelo Esteves Diz:

    Com relação à “religião materialista”, entendo que há um exagero aí.
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    A Ciência não quer e não pode tratar de questões como: “Deus existe”? É objeto fora de escopo.
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    O que ocorreu com a Teoria da Evolução de Darwin, é que ele ofereceu uma explicação alternativa àquela oferecida pela religião.
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    Útil frisar que a TE não trata da origem da vida na Terra, mas tão somente da origem das espécies.
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    Até Darwin, acreditava-se que as espécies foram criadas tal qual eram conhecidas até então (fixismo). E a justificativa para esta crença era a Gênese Bíblica.
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    O que Darwin faz é oferecer uma explicação alternativa, ao mostrar que o fixismo não respondia às observações, bem como que o surgimento e morte das espécies ocorreu rotineiramente ao longo do tempo geológico.
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    Indo além, mostrou que todas as espécies possuem um ancestral em comum, a partir do qual a seleção natural trabalhou durante períodos de tempo inimagináveis, suficientes para a produção de toda a diversidade visível.
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    Nada disso, porém, é novidade. Desde Copérnico, Kepler, Galileu e Newton; as explicações científicas sobre o cosmos tornaram-se uma alternativa mais verossímel do que as apresentadas pela religião. O silêncio de Pascal é um marco histórico desta reviravolta.
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    No entanto, se existem aqueles que fazem da dessacralização do cosmos e da vida na Terra uma bandeira a favor do materialismo ou do ateísmo, isto já não é do terreno da Ciência, mas da Filosofia.
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    Os religiosos, ao atualizarem seu discurso de acordo com as mais recentes descobertas científicas, ainda tentam provar a existência de Deus. Isso é compreensível e pra lá de esperado.
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    O problema é quando estas tentativas esbarram na desonestidade intelectual de um Behe, que detém uma agenda oculta e possui objetivos perseguidos e não declarados, ligados à direita religiosa nos E.U.A.
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    Saudações

  18. Sandro Diz:

    O debate Design Inteligente X Evolucionismo ou Criacionismo X Evolucionismo conduz a um falso debate entre Ciência X Religião. As duas tratam de assuntos diferentes: matéria e espírito.
    Como as leis que regem a matéria são tão impressionantes precisas, e longe de serem por puro acaso, em vez de adotarem a idéia que há algo além da matéria, e que não podem explicar, adotam a idéia de um Designer, e todos os problemas que este tipo de solução implica. Percebemos que Deus e Designer inteligente não são necessariamente a mesma coisa. Seria uma hipotese ad-hoc em vez de admitir a ignorância. Um erro tanto de Cientistas como de Religiosos.
    Entretanto, acreditamos em Deus, e isto é Religião. Mais a Religião não pode ser contradita pela Ciência. Se a Ciência comprovou tantos erros na Bíblia, somos forçados a aceitar que as interpretações literais da Bíblia estavam erradas, e força-nos a encontrar a verdade, pelo uso da razão.
    Assim, é preciso avançar no conhecimento, mas convém separar os assuntos, e respeitar as limitações de cada campo.
    Eu, pelo meu lado, fico com a explicação espírita:
    “Deus é a inteligência suprema, causa primária de todas as coisas”.

    Do debate acima, podemos também considerar a seguinte resposta.

    “Poderemos encontrar a causa primária da formação das coisas
    nas propriedades íntimas da matéria?”

    (…)”Atribuir a formação primária das coisas às propriedades íntimas
    da matéria seria tomar o efeito pela causa, porque essas propriedades
    são elas mesmas um efeito que deve ter uma causa”.

  19. Marciano Diz:

    Sandro, em uma frase você fez três afirmações: que deus existe (seja ela qual for), que é a inteligência suprema e que é a causa primária de todas as coisas.
    Você tem como demonstrar suas três hipóteses?
    Se tem, gostaria de ver sua demonstração. Se não tem, qual o problema com a hipótese de que a causa primária de todas as coisas são as propriedades íntimas da matéria, seja lá o que for que significa isso?
    Se é para formular hipóteses indemonstráveis, qualquer uma tem o mesmo valor.
    Vou propor esta: eu sou a causa primária de todas as coisas, só não me lembro como fiz por causa do véu do esquecimento.

  20. Marcos Diz:

    Achei uma grande estupidez falar “religiao materialista”. Esse tipo de argumento nao cola, uma vez que a ciência apenas estuda o natural, aquilo que é visível, portanto, os cientistas defendem aquilo que é mais provável – obviamente, nem sempre o mais provável é o correto.

  21. Leonardo Diz:

    Vitor.
    .
    Li com muito interesse o texto, mas não encontrei nenhuma opinião do Júlio a respeito do Flagelo Bacteriano, que sempre é advogado pelos defensores do D.I. Teria como perguntar isso a ele e postar aqui pra gente?

  22. Vitor Diz:

    Leonardo,
    a questão do flagelo bacteriano já foi mais ou menos esclarecida desde 2007 (que eu saiba). Leia este artigo:
    .
    http://www.sciencedirect.com/science/article/pii/S0960982207013383
    .
    Ou leia:
    .
    http://www.newscientist.com/article/dn13663-evolution-myths-the-bacterial-flagellum-is-irreducibly-complex.html

  23. Sandro Diz:

    Marciano, Não podemos demonstrar Deus, assim como até hoje, não podemos descrever exatamente como o Universo foi criado, uma vez que ainda existem lacunas que a Ciência ainda tem que preencher.
    Entretanto, pelo quê sabemos, podemos verificar o incrível equilíbrio na Vida e no Universo, entre forças criadoras e destruitoras, e a incrível inteligência por traz desses mecanismos. Como não há efeito inteligente, sem causa inteligente, acreditamos em Deus…entretanto, nada sabemos sobre Ele, pois não pode ser observado, nem demonstrado, apenas conhecemos suas Leis físicas pela Ciência, e suas Leis “Morais”, como pretendem saber as Religiões (cada qual com o seu corpo teórico).
    “As propriedades intímas da matéria” 🙂 não podem explicar sua existência, pois no início, por assim dizer, não havia matéria.
    Neste campo, o paradigma da Ciência ainda está se desenvolvendo, e novas partículas tem sido descobertas. Este desenvolvimento irá permitir um arcabouço melhor para entermos o processo de criação, mas ainda estaremos com a dificuldade em entender como surgiu a menor particula necessária ao encadeamento de outras, a formarem elementos mais complexos. Ainda também teremos que explicar a origem da energia necessária a esta formação, e o porquê de sua expansão.
    Como não sabemos de tudo, mas podemos ver a complexidade do processo, podemos acreditar em duas forças matrizes:
    1) Uma Inteligência Suprema contida em um ser Imaterial;
    2) O incrível Acaso, e toda a força criadora da Sorte.

  24. Marcelo Esteves Diz:

    Eu me sentiria extremamente humilhado se tivesse que provar deus no rabo de uma bactéria!
    .
    Vídeo: Kenn Miller mostra que o flagelo bacteriano não desmente a teoria da evolução.
    .
    http://www.youtube.com/watch?v=2c0IpyyHG2I

  25. Toffo Diz:

    Sandro, essa ideia espírita de Deus já foi discutida em outra matéria aqui, mas a gente retoma: a noção espírita de Deus é basicamente tomista, aristotélica. Remonta a São Tomás de Aquino com sua tese da causa primária, baseada no motor aristotélico. Depois de São Tomás, o debate sobre Deus andou bastante, citando apenas Descartes, Espinosa, Hegel e os empiristas ingleses, mas os “espíritos superiores” do espiritismo parecem ter ignorado o passar do tempo, fixando-se naquilo que se discutia na Idade Média, ou seja, com uns 600 anos de atraso. Assim, acho eu, a ideia espírita de Deus é bastante atrasada, ainda medieval, o que denota que os “espíritos superiores” não devem ter lido nada depois de São Tomás. E parecem não ter aprendido a lição, pois botam Deus como onipotente, o que Tomás de Aquino prudentemente deixou de considerar.

    Há ainda problemas no debate da ideia trindadista dos teístas, mormente os espíritas, quando dividem o universo em três: Deus, espírito e matéria. Começando pela polêmica de Deus causa primária e onipotente; depois, bem, como saber o que é espírito e o que é matéria? No tempo de Kardec, se tinha muito clara a ideia de matéria como sendo algo ponderável, e o espírito como imponderável. Mas a relatividade de Einstein e a teoria da física quântica começaram a botar em cheque a ideia de matéria, e hoje a física subatômica demonstra que há muito de aleatório e “imponderável” no que se chama matéria. E o espírito, se existe, é alguma coisa. Nao pode ser algo tão vago quanto um “princípio inteligente” que não diz nada com nada… portanto, o espírito deve ter massa, por mínima que seja. Ou seja, talv ez não seja tão diferente da matéria assim. Acho essa divisão muito complicada, se querem saber.

  26. Marden Diz:

    Eu também não concordo com o termo “religião materialista”, por saber ser o materialismo uma doutrina e não uma religião. Mas percebi que o autor do texto, deixa claro que certos materialistas se comportam como religiosos. Eu vou mais além. Afirmo que alguns se comportam como religiosos fundamentalistas e outros como religiosos fundamentalistas extremistas.
    .
    E porque agem assim, esses soldados da matéria? Porque ficam nervosos quando suas ideias são confrontadas? Porque partem para a ignorância ou para a agressão (não me refiro apenas à ataques verbais, mas o desejo de ataque físico, de extermínio)? O que difere tais soldados, dos soldados dos grupos de extermínio? O que difere um soldado materialista fundamentalista extremista, de um outro do movimento Talibã?
    .
    Talvez seja difícil encontrarmos os pontos divergentes. No entanto, será muito mais fácil encontrarmos as semelhanças entre ambos. Eles defendem suas ideias, independentemente de serem baseadas na verdade ou não. E estão dispostos a defendê-las, a qualquer custo, ainda que sejam ideias irracionais. Não medindo esforços, nem consequências, ainda que isso resulte na morte do seu oponente. Defendem suas ideias, não importando os meios que se empregarão para conseguir alcançar seus objetivos.
    .
    Talvez alguns “colegas” aqui do blog, defensores também do materialismo ou não, poderão pensar que estou exagerando. Mas se fizerem uma observação mais atenta, verificarão que as evidências do que digo, saltam-se à vista.

  27. Marden Diz:

    Entender Deus. Será que estamos preparados? Como entender, como sentir, como ver, essa Força Criadora, essa Inteligência Universal, esse Grande Foco, que a tudo incita e movimenta, desde o micro ao macro organismo?
    .
    Sabemos que o Universo todo, é regido por leis naturais e imutáveis e, que destas leis, todos os organismos, toda a matéria universal com suas forças e energias, são regidas por essas mesmas leis.
    .
    E se ainda não conhecemos nem as nossas leis físico-químicas, como podemos querer afirmar sermos conhecedores desse mar imenso, se possuímos apenas algumas jangadas ou canoas? Como poderemos vislumbrar o universo espiritual que nos cerca, se apenas voltamos nossos olhos para a matéria?
    .
    Ou somo cegos propositais, ou estamos a mando de alguém, ou defendemos nossos interesses financeiros e pessoais. Não vejo outra melhor explicação, para não se rebelarem contra a mentira. Só a Verdade, fará a humanidade livre! E isso vem sendo dito há milhares de anos. Conheça a ti mesmo e será capaz de desvendar o universo.
    .
    Mas que Verdade é essa e onde encontrá-la? Quem são os opositores da Verdade?
    .
    A Verdade, assim como a Felicidade, são emanadas da Força Criadora, da Inteligência Universal. E a medida que vamos nos esclarecendo, que vamos desenvolvendo nosso raciocínio e as nossas qualidades morais, mais próximos nos posicionamos dessa fonte emanadora. Ficando fácil entendermos que a Verdade assim como a Felicidade, varia de pessoa para pessoa. E todos os que se colocam contra a explanação da Verdade, são seus opositores. Alguns por pura ignorância, outros por inércia, sendo fáceis de serem mandados e manipulados e, já outros, por interesses próprios e mesquinhos.
    .
    E para ficar mais fácil, irei dar alguns exemplos do que relatei acima. Mas então citarei exemplos de fora, já que a malta daqui prefere o que é estrangeiro e não nacional, alguns chegando a dizer que faço proselitismo do Espiritismo, mas sem entenderem que o Espiritismo é uma ciência, portanto um bem de toda a humanidade.
    .
    Além dos já citados por mim anteriormente, Nikola Tesla e Edward Leedskalnin, que deixaram um grande legado para a humanidade, mas que competirá às gerações futuras reclamarem para si, aquilo que estes senhores deixaram de forma gratuita. Quero também citar aqui René Quintón.
    .
    Mas quem foi esse René Quintón? E o que ele fez de tão importante? Não se estranhe, caros colegas, se pouco ou nada ouviram falar deste senhor e nem dos seus benéficos tratamentos realizados com vários tipos de enfermidades, usando apenas uma única solução, para curar diversos pacientes das mais diversas patologias, tais como, tuberculose, psoríase, asma, bronquite, apenas para citar algumas. E que esta solução empregada por este médico e biologista, que salvou dezenas de milhares de pessoas em sua época, é encontrada de forma gratuita e abundante em todo o planeta.
    .
    Não se estranhe quando afirmo que este senhor, ao parar para pensar, chegou à conclusões simples, encontrando soluções simples, para a cura de várias moléstias complicadas para os nossos cientistas de hoje. Mas por que então nada sabemos desse René Quintón? E porque seus descobrimentos foram silenciados? É porque não sabeis procurar direito! É porque grupos com grandes interesses financeiros, não podem deixar sair à luz tais descobertas, porque aniquilam todos os seus lucros.
    .
    Se René Quintón chegou à conclusão de que temos um único ancestral comum e de que a vida se originou no mar, certa foi a sua conclusão de que seria no mar, onde ele deveria dedicar seus estudos. Chegando pois ao que ele denominou de plasma marinho e que mais tarde veio a ser conhecido como plasma de Quintón. Este cientista, não só curou mas criou varias leis, assim como a lei da constância marinha, apenas para citar uma delas.
    .
    Sei do desconforto que minhas palavras causam à alguns colegas. Mas também sei que não há outra forma de despertar-lhes a consciência, senão dizendo-lhes a Verdade. Quando digo consciência, me refiro a real consciência, aquela que vem de fora e vive fora de nós, portanto, não fazendo parte da matéria, mas sim incitadora e movimentadora de nossos corpos materiais.
    .
    Portanto, estudem e não tenham medo. Libertem-se dessas algemas escravizadoras e estarão se conhecendo como Força e Matéria. E conhecendo a si mesmos, estarão dando um grande passo para entenderem todo o universo, já que sois um universo em miniatura!
    .
    Bibliografias sobre René Quintón:
    http://goo.gl/Lc2nthttp://goo.gl/tq4Sqhttp://goo.gl/fE80i
    .
    Saudações racionalistas.

  28. Marden Diz:

    Toffo,
    .
    “mas os “espíritos superiores” do espiritismo parecem ter ignorado o passar do tempo, fixando-se naquilo que se discutia na Idade Média, ou seja, com uns 600 anos de atraso.”
    .
    Ao falar de Espiritismo eu assumo que você esteja levando em conta as doutrinas que explanam o Espiritismo, certo? Então me compete esclarecê-lo: As leis naturais e imutáveis que regem o universo, são justamente e simplesmente isso: naturais e imutáveis. Não sofrendo alterações durante o tempo. Valeram há 600 anos atrás, assim como há 5 milhões e anos. E seguirão valendo para os próximos 5 bilhões de anos futuros, sem sofrer uma única alteração, porque são imutáveis e a elas tudo está sujeito. Eu disse tudo, ou seja, sem exceções.
    .
    Ao pensar assim, você ignora o trabalho de muitos historiadores que também se baseiam seus estudos em fatos passados. Outras tantas são as ciências que estudam o passado e citarei apenas algumas: arqueologia, paleontologia, paleoparasitologia, etc…
    .
    “Há ainda problemas no debate da ideia trindadista dos teístas, mormente os espíritas, quando dividem o universo em três: Deus, espírito e matéria.”
    .
    Não! Afirmo que nem todos os espíritas pensam assim como você acredita ser. Após as conclusões que Allan Kardec chegou sobre a composição do universo, mais precisamente 53 anos depois, Luiz de Mattos, fez as devidas correções e estatuiu: “Que dois elementos regem o Universo, que são: o elemento espiritual e o elemento cósmico ou fluido astral”, portanto, nada há além de Força e Matéria.
    .
    E você concluiu: “E o espírito, se existe, é alguma coisa. Nao pode ser algo tão vago quanto um “princípio inteligente” que não diz nada com nada… portanto, o espírito deve ter massa, por mínima que seja. Ou seja, talv ez não seja tão diferente da matéria assim. Acho essa divisão muito complicada, se querem saber.”
    .
    Sim, o espírito é alguma coisa sim: é luz, é força, é inteligencia, é poder. É também uma partícula da Inteligencia Universal, da qual está contido e dela não se separa nunca. Mas é imaterial, ou seja, não tem massa, por mínima que seja. Mas ele age sobre a matéria, incitando e movimentando. Assim como não tem matéria a sua própria consciência (o seu Eu Toffo) e esta não está alojada em nenhum órgão do nosso corpo. Porque o espírito vive fora de nós e a consciência é uma emanação desse espírito. Daí se dá o fato de que, por mais avanços que a ciência dê, mesmo codificando nossos genes, ela não foi e nem será capaz de localizar a nossa consciência.
    .
    Se quiser realmente sair desse labirinto em que estás metido, preciso se tornará estudar de forma séria, as coisas sérias da vida, aquilo que tem real valor. E irei deixar aqui um link para que você possa ponderar sobre o que aqui acabei de afirmar e quem sabe assim você passe a não achar mais “tão complicada essa divisão” sobre Força e Matéria, ou seja, espírito e corpo.
    .
    Deixo portanto o estudo de José Gonzalo Villaverde Couto e seu texto: “Introdução ao estudo da Composição do Universo segundo a essência das revelações espirituais comparado com o status da ciência contemporânea” – http://www.racionalismo-cristao.org.br/gazeta/artigos/composicao-do-universo.html
    .
    Saudações racionalistas.

  29. Marcelo Esteves Diz:

    Marden escreveu: “percebi que o autor do texto, deixa claro que certos materialistas se comportam como religiosos”.
    .
    Vamos corrigir esta frase, Marden: “percebi que o autor do texto deixa claro que certos materialistas se comportam como CERTOS religiosos”.
    .
    A correção é necessária pois você atribui a “certos materialistas” a fé cega na Ciência; tal qual “certos religiosos” possuem fé cega em textos sagrados.
    .
    Portanto, vamos deixar claro que – independente de serem a regra ou a exceção – aqueles que possuem uma fé cega no que quer que seja são apenas parte do todo.
    .
    Assim como há religiosos que raciocinam, ponderam, criticam, etc; também ocorre com os materialistas.
    .
    A minha amostra mais, digamos, intrigante de materialistas é composta por ateus.
    .
    Algumas pessoas que frequentam o blog sabem que fui um “ateu militante” durante alguns anos. Fundei e ajudei a fundar blogs e ONG’s de cunho ateísta. Mas depois de algum tempo, desliguei-me desta “militância”, por alguns motivos que enumero abaixo:
    .
    1) Ateísmo não é uma doutrina em torno da qual se possa construir uma “causa”. Não existe uma “causa ateísta”. O que os ateus têm em comum é apenas a não crença na existência de deus (ou a crença na inexistência de deus) e nada mais. Portanto, reunir e organizar ateus é como pastorear gatos. Há ateus para todos os gostos.
    .
    2) Logo, ateísmo tornou-se sinônimo de antiteísmo, anticlericalismo e antirreligiosos. E eu, que sou um defensor da liberdade de consciência e de expressão, não poderia cerrar fileiras com tantos “anti”.
    .
    3) Se vocês repararem no “ateísmo militante” perceberão que ele gasta uma enorme quantidade de tempo e energia com ataques gratuitos à religião, à fé e ao clero. E, muitas vezes, tais manifestações são de péssimo gosto, além de, em outras, traírem um ódio e um autoritarismo de meter medo.
    .
    4) Bem, o meu ateísmo é propositivo, no sentido de construir uma visão de mundo livre de dogmas e superstições, medo e sobrenaturalismo. É uma vivência íntima e pessoal, livre de proselitismo, amante da paz e inclusiva, no sentido de respeitar e aceitar a liberdade de crença de quem quer que seja.
    .
    5) Isto não me impede de – em raríssimas ocasiões e em fóruns muito especiais – debater sobre assuntos como crença/não crença; teísmo/antiteísmo; e por aí vai. Contudo, o meu interesse nisso é o crescimento pessoal, o aprimoramento da empatia, a troca de impressões sobre o mundo, a reflexão permanente.
    .
    Compartilhar certezas é fácil. Mas acredito que o debate também é fértil quando compartilhamos nossas dúvidas e incertezas.
    .
    Saudações

  30. Sandro Diz:

    Toffo, Sendo “Deus” a causa primária de todas as coisas, ou a inteligência por traz de todos os mecanismos, leis que regem a Vida e o Universo, podemos ser levados ao erro do reducionismo ao infinito, onde a causa de um efeito deve ter uma causa anterior e etc…e este é o limite da nossa inteligência, pois apesar de observar a ação desta inteligência, não somos capazes de formular sua origem, dizemos apenas que ele não teve origem, sempre existiu.
    Quanto à matéria, realmente estamos seguidamente encontrando novas particulas, e ampliando nosso conceito de matéria. Para os espiritas, o espirito é alguma coisa, constituído de fluído universal (pela falta de palavra melhor, mas poderia dizer também constituído por uma partícula qualquer). Aliás, eles preferem não designar esses seres como imaterias, mas como “incorporeo”.

    Transcrevo esta passagem dos livro do espirito:

    82. Será certo dizer-se que os Espíritos são imateriais?
    “Como se pode definir uma coisa, quando faltam termos de comparação e com uma
    linguagem deficiente? Pode um cego de nascença definir a luz? Imaterial não é bem o
    termo; incorpóreo seria mais exato, pois deves compreender que, sendo uma criação, o
    Espírito há de ser alguma coisa. É a matéria quintessenciada, mas sem analogia para vós
    outros, e tão etérea que escapa inteiramente ao alcance dos vossos sentidos.”(…)

    Dizemos que os Espíritos são imateriais, porque, pela sua essência, diferem de tudo
    o que conhecemos sob o nome de matéria.

  31. Marcelo Esteves Diz:

    Sandro
    .
    Concordo quando você diz que Deus é a causa sem causa, de todo sempre existente, não criado. Para mim, parece suficiente.
    .
    Entretanto, esta definição de Deus não é original do Espiritismo, tampouco restrito a ele. É uma acepção quase universal no ocidente, principalmente a partir da Idade Média.
    .
    Bem, o fato de Kardec “acertar o alvo” em relação à natureza de Deus (ou seja, fornecer uma explicação plausível) não implica:
    .
    1) Que esta definição tenha sido revelada por “espíritos”.
    2) Que os espíritos possam se comunicar com os vivos.
    2) Que existam espíritos.
    .
    Quanto à natureza dos espíritos, incorpóreo também me parece suficiente.
    .
    Fazendo um exercício de pura imaginação, talvez os espíritos possuam um comportamento quântico: ora são energia; ora são matéria, conforme a vontade. Ou, quem sabe, são pacotes de informação sujeitos a entrelaçamentos e velocidades supraluminais.
    .
    Mas fato é que tudo isto é apenas argumentação, muito mais próxima da ficção científica do que da revelação sobrenatural. E, pra variar, as “provas” continuam elusivas e condenam deus e os espíritos ao rol dos OVNI’s, ET’s, fadas e duendes.
    .
    Saudações

  32. Marciano Diz:

    O problema com os espíritos é que as explicações demandam outras explicações, e assim sucessivamente, ad infinitum.
    O espírito não é imaterial, é incorpóreo.
    Qual a diferença?
    É matéria quintessenciada.
    O que é matéria quintessenciada?
    Deve ser matéria constituída de fluido universal.
    O que é fluido universal?
    Talvez alguma matéria que flua através de partículas desconhecidas.
    O que nos faz supor que sejam compostos de partículas desconhecidas? Partículas fantasma?
    O que é matéria que escapa aos sentidos?
    O Bóson de Higgs escapa aos sentidos? Sim.
    Os protons e netrons escapam aos sentidos? Sim.
    Mas nós somos feitos dessas partículas e de quantas outras ainda possamos descobrir.
    WTF is a spirit?

  33. Marciano Diz:

    Protons e neutrons.

  34. Sandro Diz:

    Marciano,

    “matéria quintessenciada” deve ser entendida como uma matéria ainda desconhecida, mas que é estruturada. Falar que somos corpos feitos de protons e netrons não é totalmente correto, uma vez que esses elementos foram estrurados em outros.
    Sabemos apenas da sua existência pelas suas manifestações físicas e suas comunicações.

  35. Sharp Random Diz:

    A primeira coisa que me chama a atenção e ainda não terminei de ler o texto é que quando se pensa em designer a proposta é 8 ou 80, tudo ou nada, Deus ou acaso.

    Me seduz a concepção de co-criação em plano menor e em plano-maior esboçada no livro Evolução em Dois Mundos de André Luiz por Chico Xavier.

    Penso que o livre-arbítrio (lato sensu) permanece sempre como fator de progressão da individualidade e o designer segue uma orientação hierárquica com margem de manobra ou seja, espaço para a co-criação.

    Mas, vou terminar de ler o texto.

  36. Marden Diz:

    Marcelo Esteves,
    .
    Primeiramente, obrigado por manifestar. Com certeza, há milhares de tipos de materialistas, ateístas, agnósticos, espíritas, espiritualistas, religiosos, etc, cada um se comportando de maneira diferente dos demais. Não penso que todos sejam iguais e acredito que o autor do texto pense de forma parecida a minha.
    .
    Muito me alegrou o seu comentário e a forma sincera como você se expressou. Coisa muito rara de se ver no meio ateísta/materialista. Se você realmente pauta a sua vida da forma que foi descrito, não tenho a menor dúvida de que você é uma pessoa esclarecida e que os seus conhecimentos devem contribuir muito, não só aos leitores deste blog, mas todos aqueles que leem algo seu fora deste blog, ou que convivem com você no seu dia a dia.
    .
    Entendo suas frustrações quanto a certos “militantes ateístas”. Acompanho outros sites e blogs de temas relacionados e posso garantir que você não é o primeiro a se sentir assim, portanto, não está sozinho. Não pense também que aqui as coisas sejam diferentes. Com certeza você deve saber, ou ter notado, que aqui há muitos céticos de carteirinha. Daqueles tipos que gostam de mostrar suas “carteirinhas falsas” e tentam passar-se como “autoridades”. E ai quando você descobre a falcatrua (que pode ser uma simples ideia inconsistente, insustentável), vem logo com a arrogância, agindo de forma deselegante, do tipo: “você sabe com quem você está falando”?
    .
    Mas aqui há certas vantagens em relação a outros sites/blogs, quanto a opinarmos sobre nossas ideias. Claro que também há coisas ainda a serem melhoradas, mas o Vitor vem fazendo um excelente trabalho com este blog e foi por isso que eu escolhi a dedo, aqui vir manifestar-me. Na verdade, não sobrou grande coisa, no leque de opções que esteve ao meu alcance verificar. Talvez me escapando a oportunidade de conhecer um blog administrado por você.
    .
    Agora deixa eu me identificar um pouco. Estudo o Espiritualismo e me considero um Espiritualista. Sou estudante do Racionalismo Cristão, doutrina que, irei arriscar sem medo de errar, você pouco ou nada conhece. Será que errei? Não só eu, mas vários estudiosos dessa doutrina, costumamos dizer algo mais ou menos assim: “há certos racionalistas cristãos, que o são em seu viver, sem nunca terem tido conhecimento desta doutrina”. Ou seja, não é preciso ser um racionalista cristão para pautar o caminho da honra, do dever, da moral, etc. E intuitivamente, penso que você é desse tipo de pessoa, pelo que pude concluir das suas palavras.
    .
    Poderei estar enganado, mas gostaria que não estivesse. E em que me baseei para fazer a afirmação acima? Justamente no seu item 4: “Bem, o meu ateísmo é propositivo, no sentido de construir uma visão de mundo livre de dogmas e superstições, medo e sobrenaturalismo. É uma vivência íntima e pessoal, livre de proselitismo, amante da paz e inclusiva, no sentido de respeitar e aceitar a liberdade de crença de quem quer que seja.” Assim pensam os racionalistas (ou ao menos deveriam pensar). Faço apenas a modificação na palavra ateísmo, substituindo por espiritualismo. O restante mantenho de forma intacta.
    .
    Portanto, caso tenhamos novos diálogos no futuro, que para mim será um prazer, saiba que não sou Kardecista, ainda que estude algumas obras desta doutrina. Não leio obras psicografadas e nem romances espíritas, salvo para pesquisas. Digo isso, porque alguns de meus interlocutores, a grande maioria que se demonstraram preguiçosos mentais, da qual eu tive o prazer de teclar, costumavam fazer ataques das ideias Kardecistas e não das ideias racionalistas, que venho trazendo para este “tabuleiro”. E quando não tinham contra-argumentos das ideias que defendo aqui, vinham com ataques pessoais (argumentum ad hominem). E não gostaria que o mesmo se repetisse contigo.
    .
    Findo por aqui, deixando minhas saudações racionalistas.
    .
    (P.S.: Algumas vezes não reviso os textos cometendo alguns erros, outras vezes o meu corretor automático altera algumas palavras ou omite acentos. Caso fique alguma dúvida, não hesite em perguntar-me ou corrigir-me. Abraços.)

  37. Marden Diz:

    Marciano disse: “O problema com os espíritos é que as explicações demandam outras explicações, e assim sucessivamente, ad infinitum.”
    .
    Exatamente, porque infinita é a matéria a ser estudada. Infinito é o universo, que também é regido por Leis e Forças infinitas, de forma natural e imutável. Só para comparar, infinita é a matéria de estudo das ciências astronômicas e da cosmologia.
    .
    “O espírito não é imaterial, é incorpóreo. Qual a diferença?” Para mim, posso adotar as duas ideias, sem prejuízo algum para o conceito final de que o espirito é luz, é inteligencia, é força e poder (sem ser matéria e sem ter corpo ou forma definida)
    .
    “É matéria quintessenciada. O que é matéria quintessenciada? ”
    .
    Pode-se entender como um fluido cósmico universal. A parte mais refinada da matéria. Ou como podemos encontrar no trecho do físico Valdir Aguilera: “… esse tipo de matéria que constitui os corpos chamaremos de matéria organizada, para diferenciar da matéria quintessenciada. Esta matéria, quintessenciada, é a matéria-prima de que são formadas todas as partículas que se organizam naquelas estruturas. Não devemos confundir matéria quintessenciada com plasma. Em física e química, plasma é essencialmente um gás altamente ionizado, isto é, formado por átomos aos quais faltam um ou mais elétrons. Plasma é, portanto, matéria organizada, enquanto que a matéria quintessenciada não o é.” Ou pode-se também estudar as teorias da física moderna defendidas pelo PhD Brian Greene.
    .
    P.S.: Marciano, ao tentar responder tais dúvidas, o fiz com o dever que me compete. Você pode continuar ignorando todos os meus comentários. Afinal, estes comentários não foram dirigidos à sua pessoa e sim aos leitores em geral.

  38. Marden Diz:

    Sandro,
    .
    No texto acima, onde eu transcrevo parte de um texto do físico Valdir Aguilera, note-se que há diferenças nas teorias que defendemos aqui. Que a matéria quintessenciada, não seria uma matéria organizada, o que vem sendo respaldado pela física moderna, com sua teoria das cordas. Outra alterações que faria no que você disse foi quanto a ser desconhecida. Na verdade ela é conhecida, porém ainda pouco estudada, devido a certas limitações.
    .
    Saudações racionalistas.

  39. Sandro Diz:

    Mudando de assunto 🙂 , vemos que a tarefa da Biologia é mais complicada que a da Cosmologia, pois ela teria que xplicar como a partir de uns poucos “eucariontes”, formou-se um processo de “Seleção Natural” que culminou na enorme diversidade observada hoje.
    Eu não acredito em Design Inteligente, mas a Biologia também lida com processos ainda muito longe de serem explicados.

  40. Marcelo Esteves Diz:

    Sandro
    .
    Eu não sei a que “processos ainda muito longe de serem explicados” você se refere, mas concordo, em linhas gerais, que a exemplo da Biologia, os diversos campos de pesquisa científica lidam com verdadeiros quebra-cabeças e isso é parte do que se chama “conhecimento fronteiriço”.
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    No entanto, em relação à Teoria da Evolução – em especial após a Grande Síntese – não há nada de misterioso sobre a face da Terra, principalmente no que tange à explicação de como uns poucos eucariontes culminaram na enorme diversidade observada hoje.
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    A Evolução é uma teoria bem assentada no mundo científico e as discordâncias – quando existem – são pontuais e dizem respeito, por exemplo, a “detalhes” de como a evolução se dá e, não, à evolução propriamente dita.
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    Talvez você se apegue erroneamente ao termo “teoria”, mas ele não tem o sentido de mera hipótese e, sim, de corpo teórico suficiente para a explicação de determinados fatos. Há muito caiu em desuso o termo “lei”, como em Lei da Gravidade, cujo “nome verdadeiro” é Teoria da Gravitação Universal.
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    Saudações

  41. Julio Siqueira Diz:

    Olá Marcelo, só um comentário bem breve…
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    “As aspas em ‘decidir’ são a solução da questão. Se falamos de uma bactéria que adota um planejamento inteligente, só o podemos fazer em um sentido metafórico.”

    É, mas por mais estranho, ou louco, que possa parecer, eu na verdade não estou falando em sentido metafórico não…!
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    Abraços,
    Julio

  42. Pedro Diz:

    No geral, não existe causa inteligente sem origem.
    Matéria é energia condensada.
    Se não existe espírito, seriamos apenas matéria inerte.
    Se somos um princípio inteligente, a fé não pode ser cega, mas raciocinada.
    A ideia de que o ser humano, tenha como origem a água se torna bem evidente, considerando a sua constituição em termos de % de água, comprovado cientificamente.
    Não haveria razão, estarmos aqui para progredir, se conhecermos todo o processo existencial.
    A de se concluir, que para tudo e para todos, prevalece as novas dúvidas, que justificam todas as nossas indagações e dúvidas, onde podemos interagir e compartilhar em busca da verdade.
    Saudações

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