O Plágio de Anna Prado

Anna Prado foi uma médium de efeitos físicos, muito famosa no Brasil no início do século XX. Nasceu em 1883 e morreu em 23 de abril de 1923 em um acidente no fogão ao incendiar as próprias vestes. Há dois livros básicos sobre ela, “O Trabalho dos Mortos”, de Raymundo Nogueira de Faria, e “O que eu vi”, de Ettore Bosio. Recentemente foi lançado um 3º livro, “Anna Prado, a mulher que falava com os mortos”, de Samuel Nunes Magalhães. A mensagem a seguir, feita por meio da escrita direta, é admitida ser uma cópia de uma mensagem constante em O Evangelho Segundo o Espiritismo, de Allan Kardec.

 

Mensagem de 13 de janeiro de 1921 do ‘espírito’ Guilherme pela médium Anna Prado

Mensagem “A Paciência” de Um Espírito Amigo, em Havre, em 1862, e publicada em O Evangelho Segundo o Espiritismo, capítulo 9, item 7, de Allan Kardec

A paz seja entre vós.

A dor é uma benção que Deus envia aos escolhidos. Não vos aflijais quando sofrerdes, mas vos designou a dor neste mundo para obterdes a glória do céu.


Sede pacientes, pois a paciência é também uma forma de caridade ensinada por Cristo, enviado de Deus. A caridade que consiste na esmola dada aos pobres é a mais fácil das caridades; porém, a mais penosa e, por consequência, a mais meritória é a que consiste em perdoar aqueles que Deus colocou entre o vosso caminho para serem instrumentos do vosso sofrimento e vos porem em provas a Paciência.


“A vida é difícil, bem o sei: compõe-se de mil futilidades, quais alfinetadas que acabam por ferir: mas é mister comparar os deveres que nos são impostos às consolações e compensações, que nos vem do outro lado, para então vermos que as bênçãos são mais numerosas que as dores. O fardo, quando se olha para cima, parece mais leve do que quando se curva a cabeça para o chão.


Coragem, amigos, o Cristo é o vosso modelo; nenhum de vós sofreu como ele, que, aliás, não tinha motivo para isso, ao passo que vós tendes de expiar o passado e fortificar-vos para o futuro. Sede, portanto, pacientes e cristãos; esta palavra encerra tudo.”

Eu vos abençôo. Boa noite. Dou este conselho porque vejo a união entre vós; continuem a ser unidos. É o que desejo.

A dor é uma benção que Deus envia aos seus escolhidos. Não vos aflijais quando sofrerdes; mas, ao contrário, bem-dizei o Senhor Todo Poderoso que vos designou a dor neste mundo para obterdes a glória do céu.


Sede pacientes, pois a paciência é também uma forma de caridade ensinada por Cristo, enviado de Deus. A caridade que consiste na esmola dada aos pobres é a mais fácil das caridades; a mais penosa e, por consequência, a mais meritória é a que consiste em perdoar aqueles que Deus colocou entre o vosso caminho para serem instrumentos do vosso sofrimento e vos porem em prova a Paciência.


“A vida é difícil, bem o sei: compõe-se de mil futilidades, quais alfinetadas que acabam por ferir: mas é mister comparar os deveres que nos são impostos às consolações e compensações, que nos vem do outro lado, para então vermos que as bênçãos são mais numerosas que as dores. O fardo, quando se olha para cima, parece mais leve do que quando se curva a cabeça para o chão.


Coragem, amigos, o Cristo é o vosso modelo; nenhum de vós sofreu como ele, que, aliás, não tinha motivo para isso, ao passo que vós tendes de expiar o passado e fortificar-vos para o futuro. Sede, portanto, pacientes e cristãos; esta palavra encerra tudo.Um Espírito amigo. (Havre, 1862.)

 

São interessantes as justificativas que Samuel oferece para considerar a mensagem autêntica, e não um plágio. Vejamo-las:

No que diz respeito à mensagem que nos fala sobre a paciência, apógrafo quase perfeito de uma outra já referida, pode parecer, num primeiro olhar, que tudo não passou de ingênua fraude, pelas visíveis semelhanças e diferenças existentes entre elas. Porém, uma análise mais demorada do assunto nos diz que esse fato, longe de concorrer para a idéia de fraude, reforça a autenticidade do fenômeno descrito, pois que, havendo interesse de algum dos participantes em iludir e enganar os demais, naturalmente que teria transcrito a referida mensagem em sua inteireza ou teria escrito, ele mesmo, uma outra mensagem que fosse de sua própria lavra.

Dessa forma, salientamos que, sob nosso ponto de vista, as diferenças existentes entre as duas mensagens depõem em favor do fato aqui narrado, mesmo que os negadores de cátedra, com a ilusória altivez que os caracteriza, continuem afirmando o contrário. (pág. 92)

Pergunto-me se Samuel considera apenas se a ausência do trecho “ao contrário, bem-dizei o Senhor Todo Poderoso que” justifica dizer que a mensagem não foi transcrita em sua inteireza. Chega a ser ridícula tal argumentação. A mensagem é um plágio descarado.

Fica claro que Anna Prado era uma fraudadora, e se alguém ainda tem dúvidas basta consultar o livro “O Trabalho dos Mortos”, com muitas fotos grotescas de espíritos materializados.

Quem tiver o livro de Ettore Bosio “O que eu vi” e puder digitalizá-lo muito agradeço, pois nem para compra na Estante Virtual encontrei.

P.S: Acabei de saber que o livro do Ettore Bosio não foi publicado, e foi Samuel quem obteve uma cópia para seus estudos. Vários trechos do livro de Ettore foram transcritos no livro de Samuel, de modo que a obra deste último é, ainda, a única forma de consultar os relatos originais de Ettore.

107 respostas a “O Plágio de Anna Prado”

  1. mrh Diz:

    Curiosa argumentação: mesmo quando a evidência desfirma, ela confirma.
    .
    E ela plagiou o próprio Kardec, uá uá uá…
    .
    Axo q pensou q ninguém ia perceber, uá uá ua…
    .
    Ou tinha tanta certeza q, por maior q fosse a evidência contrária, alguém a torceria em seu favor…
    mrh

  2. Marcos Diz:

    E mais uma vez o espiritismo prova ser uma doutrina que incita charlatanismo. Ou será que não?

  3. Marcos Arduin Diz:

    Tem mais um outro livro a respeito: O Trabalho dos Mortos e a Tolice dos Vivos, de Nazareno Tourinho.
    .
    Ao contrário de tantas outras acusações feitas o Chico Xavier, ao menos neste caso aí não dá para dizer que não houve plágio…

  4. Marciano Diz:

    Discordo, Arduin, Não houve plágio. Houve é cópia mal feita. Ela copiou tudo, ipsis litteris. Errou em uma coisinha ou outra.

  5. Marciano Diz:

    Agora entendo porque Arduin tem dificuldade em identificar plágios. Ele acha que plagiar é copiar verbatim, não pode mudar uma vírgula sequer.

  6. Marciano Diz:

    De certa forma, ele tem razão. Há quem sustente que plagiar é assumir a autoria do trabalho de outrem. Vi recentemente um filme que trata disso, The Words (As Palavras), com Jeremy Irons.

  7. Toffo Diz:

    Tinha esse livro, O Trabalho dos Mortos, na biblioteca do meu pai, eu o li há duzentos e dois anos , quando era jovem, mas pouco me lembro dele. Só sei que Anna Prado era de Belém (PA). Só tenho uma coisa a dizer: que tolice é atribuir trabalho aos mortos. Se são os vivos que dão trabalho…

  8. Marciano Diz:

    Pioneira da prática de efeitos físicos no país, Anna Prado foi uma das maiores colaboradoras do escritor espírita Raymundo Nogueira de Faria, para a preparação de sua obra “O Trabalho dos Mortos”, publicada pela Federação Espírita Brasileira (FEB) em 1921. A obra detalha os fenômenos de efeitos físicos de materialização nos quais Anna Prado era o agente mediúnico, sendo ilustrada por fotografias de autoria do maestro Ettore Bosio.

    Casada com Eurípedes Prado, guarda-livros da firma Albuquerque & Cia., de Belém do Pará, as sessões aconteciam na residência da família, sendo a filha do casal, Antonina Prado, médium psicógrafa.

    Um dos feitos mediúnicos mais expressivos de Anna registrou-se em 28 de abril de 1921, quando o espírito de Rachel Figner se materializou na presença de seu pai, Frederico Figner, diretor da conceituada Casa Edison, no Rio de Janeiro. Além das fotografias das materializações, foram produzidas moldes em parafina de flores, mãos e pés materializados. O fenômeno teve ampla cobertura da imprensa regional à época, muito contribuindo para a divulgação do Espiritismo.
    Fonte: wikipedia.
    .
    Mistura de Edelarzil com cx.

  9. Marciano Diz:

    Espiritismo, catolicismo e protestantismo se parecem muito, para conseguir novos adeptos, basta produzir uns milagrezinhos, umas materializações. Pode ser uma santa que chora, um fantasma que cospe gaze.

  10. Otavio Ferreira Diz:

    O livro O trabalho dos mortos é muito fácil de conseguir na Internet, fiz o download faz tempo, é um livro curioso, algumas das supostas materializações são ligeiramente diferentes, pois mostram o “espírito” em três dimensões, sem aquela pilhéria de colocar foto no meio de um lençol, como no livro do Ranieri, fica o lençol em 3d e a foto em 2d, é ridículo demais. Seria interessante uma análise das tais materializações e fenômenos do “Trabalho dos mortos”. Quanto ao plágio, ou cópia, bem, isso aí já virou lugar comum no espiritismo.

  11. Marcos Arduin Diz:

    “Agora entendo porque Arduin tem dificuldade em identificar plágios. Ele acha que plagiar é copiar verbatim, não pode mudar uma vírgula sequer.”
    – Certo, de Morte… Eu acho gozado é quando se juntam duas frases em parágrafos diferentes, em contextos diferentes e quer se dizer que se trata de plágio só porque se parecem um pouco…
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    Veja só que plágio é uma coisa que depende muito do fígado e do poder de fogo de quem pratica o dito plágio. O Don Brown foi processado por plágio por colocar em seu livro o Código da Vinci aquela ideia de que Jesus foi casado com Maria Madalena e que tiveram uma filha e que foi a fundadora da dinastia Merovíngia, etc e tal… Mas isso já havia sido dito por três autores franceses, que moveram o processo. No que deu? Brown é AMERICANO e o processo foi dado em corte americana. Ele foi absolvido da acusação de plágio. Certo, não sei o conteúdo do processo e pode ser até que a corte americana tenha razão, mas que fica estranho, isso fica.
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    O Morris Albert já não teve a mesma sorte. Aquela música de tanto sucesso, Fellings, também deu causa a um processo de plágio… por causa de três ou quatro acordes iniciais, que seriam os mesmos de uma música francesa da década de 1940. O compositor moveu esse processo e… ganhou. O Morris Albert deixou de receber os direitos da música tocada ou vendida no mercado americano. Aqui no Brasil, nenhum processo foi movido.
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    Por isso então que a questão de plágio, paráfrase e paródia é algo muito flexível e depende muito de fígado. Nas teses e dissertações, até certo limite, acho que 30%, é permitido algum “plágio”. Mas estourado o limite, é fim de papo. Em fotografias é coisa pior: alunos de um mesmo professor fizeram plágio de fotos em suas teses e isso deu um rolo!
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    Já no caso aí da Ana Prado com essa mensagem, só um imbecil faria a defesa do indefensável. Tudo bem que eu seja imbecil, mas até a minha imbecilidade tem limite.

  12. Marciano Diz:

    Arduin, você é uma figura. Você sabe muito bem que não tem nada de imbecil, muito ao contrário, aí fica com esse joguinho de palavras para parecer que eu estou querendo te chamar de imbecil. Eu sou teu fã, cara. Teu único problema é ficar fazendo pirotecnia intelectual para defender os absurdos do espiritismo. Um dia tu fica curado disso.
    Abraços.

  13. Biasetto Diz:

    Olá pessoal, passei aqui, um pouco tarde, é verdade, mas quis desejar “Boa Páscoa”. Acabei de voltar da missa, que espetáculo !!!
    Antonio, o Marciano me mostrou isto:

    Antonio G. – POA Diz:
    maio 22nd, 2012 às 08:08
    Marciano, eu perdi alguma coisa ou você é a “reencarnação” do Biasetto? Aprecio bastante os seus posts, como aprecio os dele. Às vezes, parecem escritos pela mesma pessoa.

    Bem, fico duplamente grato:
    1º) Por receber um elogio seu.
    2º) Por você me “confundir” com o DeMarte, pessoa por quem tenho grande apreço.
    Mas não se engane, ele é Marciano e sabe muito mais do que eu.

    Marciano,
    Aproveitando minha passagem por aqui, já que você citou o Arduim, eu também gosto dele.
    É gente boa, tem muitas histórias para contar, sabe muito sobre espiritismo, do ponto de vista histórico.
    Há um tempo atrás, 6 meses (por aí), passei uma mensagem a ele pelo face, dizendo que achava que ele poderia estar certo sobre algum tipo de mediunidade em Xavier. Quando a gente se livra de uma crença, na qual se fixou por anos, às vezes tem umas recaídas, ou umas “tentações”, e isto acontecia comigo. Porém, faz um tempo que não me acontece mais, sinto-me cada vez mais livre de todas estas baboseiras religiosas. Quanto mais conheço o espiritismo – e nem tenho mais pesquisado sobre o tema, mas vez ou outra, me aparece alguma coisa, como o sujeito engraçadinho do “salto quântico”, que postei num dos artigos anteriores, então aceito dar uma olhadinha, mas o resultado acaba sendo sempre o mesmo: PATÉTICO.
    Não há outra palavra que possa representar melhor o que estes cidadãos metidos a médiuns, produziram e produzem no Brasil (prefiro não comentar sobre outros países), que não seja esta: PATÉTICO.
    Os plágios nos livros de Xavier já foram mais do que mostrados aqui, QUALIFICADAMENTE DOCUMENTADOS, não há o que discordar, tanto que até o Luciano dos Anjos admitiu, mas tentou achar um meio para isentar o Chico da acusação de fraudador, ao mesmo tempo em que quis manter a firme convicção de que Emmanuel e André Luiz existem e se comunicavam com ele (e através dele). Para isso, Luciano dos Anjos usou do argumento de que André Luiz “plagiava” (uso as aspas, porque ele não aplicou esta expressão, mas admitiu os plágios). O problema do dos Anjos, é que ele me disse – e eu postei os emails dele aqui no blog (com autorização dele), que só Nosso Lar e Libertação (Owen), além de Mecanismos da Mediunidade (Kahn), tinham os ditos “plágios”, os demais livros não. Mas eu mostrei a ele, através de email – e ele ficou de me responder e não me respondeu, inúmeros outros. E o blog tem uma coletânea de plágios, dezenas.
    Enfim, o ArdeRuim é gente boa, mas é teimoooooso!
    Abraços a todos !
    Há pouco mais de uma semana, foi aniversário do Vítor.
    Parabéns Vítor, tudo de bom, que um dia o material de seu blog vire um belo livro, e que esta cambada de farsantes e picaretas e PATÉTICOS, sejam menosprezados e esquecidos pela sociedade.
    Não falo só dos “médiuns”, mas também da cambada de enganadores da ICAR e desta nojenta e lamentável rede de charlatanismo, montada no país, pelos neo-pentecostais, que estão querendo criar uma lei, para fazer o Brasil voltar à “idade média”.

  14. Marciano Diz:

    Arduin, você citou o Maurício Alberto, aka, Morris Albert.
    Feelings, todo mundo conhece. Aqui vai o link de “Pour toi”, de Louis (Loulou) Gasté: http://www.youtube.com/watch?v=jOYg5USO5R0
    Realmente, não é plágio, é cópia, explícita e sem-vergonha.
    .
    Antonio e Biasetto, o segundo está enganado, quem disse que os marcianos são mais espertos do que os terráqueos? Isto é a mania que vocês (terráqueos) têm, de se subestimarem. Por que acham que estamos observando vocês?
    .
    Vitor, aceite meus parabéns atrasados por seu aniversário, o qual, a esta altura, espero que tenha sido feliz.

  15. Marciano Diz:

    Para que vocês vejam como o inteligente Arduin é ingênuo:
    In September 1956, Loulou composed “Pour Toi” (“For you”) with lyrics by Albert Simonin and his wife Marie-Hélène Bourquin, for the popular singer Dario Moreno. Dario Moreno sang it in the film Le Feu aux Poudres. It was sung later by Line Renaud, and was reinterpreted in France and internationally by various singers.

    In 1974, Morris Albert sang it in English and was associated as the original author in “Feelings”, launched in Sao-Paolo by Augusta Do Brazil. In 1975, Mike Brant brought it back to France under the title “Dis-Lui” (“Tell her”).

    In 1976, “Feelings” was a worldwide success and was recorded by Elvis Presley, Frank Sinatra and others.

    In 1977, Loulou discovered the song was one of his own melodies and later sued Morris Albert. On 22 December 1988, a court found in favor of Loulou Gasté, and he is now officially the sole creator of the song, gaining seven-eighths of all royalties (though Albert gets the rest for his lyrics contribution).[
    .
    Tirem as conclusões por si mesmos:
    http://www.youtube.com/watch?v=jOYg5USO5R0

  16. Marciano Diz:

    En septembre 1956 Loulou Gasté compose une chanson intitulée Pour toi, sur des paroles du romancier Albert Simonin et de sa femme Marie-Hélène Bourquin, destinée à Dario Moreno, chanteur au répertoire surtout exotique, qui doit la chanter dans un film d’Henri Decoin, Le Feu aux poudres. L’interprétation de Dario Moreno n’a aucun succès. Line Renaud enregistre à son tour l’œuvre de son mari, qui ne connaît pas non plus un succès considérable. Elle est cependant interprétée et enregistrée, en France et à l’étranger, par une dizaine de chanteurs et d’orchestres.

    En 1974, Morris Albert interprète en anglais une chanson dont il se dit l’auteur : Feelings, publiée à São Paulo par Augusta Do Brazil, éditeur brésilien. En 1975, cette chanson est réenregistrée par Mike Brant qui la réintroduit en France sous le titre Dis-lui. En 1976, Feelings connaît un succès mondial : 500 enregistrements différents dans le monde entier, et dans toutes les langues. Ce succès est également dû au fait qu’il s’agit d’une des dernières chansons enregistrée par l’artiste avant sa mort (Mike Brant n’en écoutera jamais le disque). Les versions de Feelings enregistrées aux États-Unis par Elvis Presley et Frank Sinatra connaîtront par ailleurs un très grand succès.

    En décembre 1977, Loulou Gasté découvre que la chanson qui trône en tête des hits parades depuis des mois est en fait le plagiat d’une de ses chansons, écrite une vingtaine d’années plus tôt. Il découvre également que l’éditeur n’est autre qu’Augusta Do Brazil, avec qui il avait été en relations d’affaires, du fait qu’il sous-éditait ses chansons dans les années 1950 et 1960. Pendant sept ans, devant les juridictions françaises puis américaines, Loulou va devoir se battre pour faire reconnaître la paternité de sa chanson. Retrouver Morris Albert ne sera pas une mince affaire, on finira néanmoins par l’atteindre en Californie. Le procès en plagiat est engagé en juin 1981. Il durera jusqu’en juillet 1987, tant en France qu’aux États-Unis. Cependant, grâce à la « signature », à la « touche Loulou Gasté », (ici une transition harmonique originale du couplet au refrain), les tribunaux américains reconnaissent, le 11 juillet 1987, que Loulou Gasté est bien l’auteur de la chanson Feelings. Bien que la partie adverse tente de faire appel, le 22 décembre 1988 Loulou Gasté est définitivement reconnu comme le compositeur légitime de cette chanson. Ce procès, en 2007, fait toujours jurisprudence1 .

    En 2007, il existe plusieurs versions de cette chanson interprétée par les plus grands et celles-ci sont parfois inattendues. Ainsi, Feelings a été reprise par les Offspring, version punk rock. Il existe aussi une version interprétée par Patrick Fiori et Julie Zenatti sur l’album « Feelings – Hommage à Loulou Gasté » sorti en 2001.
    Fonte: wikipedia fr.

  17. Marcos Arduin Diz:

    É, talvez a Wikipedia em português do cara merecesse mais acréscimos…

  18. Marcos Arduin Diz:

    Ou a Veja também:
    http://veja.abril.com.br/140499/p_126.html

  19. Antonio G. - POA Diz:

    Biasetto, é sempre um prazer “revê-lo” !!! De fato, o Marciano (que já sei não ser você “reencarnado” é muito sábio, e tem experiência “interplanetária”. rsrsrs
    .
    Eu já sabia do caso do processo movido contra o Morris Albert nos EUA, mas nunca tinha ouvido aquela que seria a versão original da canção “Feelings”. Agora, assistindo ao vídeo postado pelo Marciano com a música francesa “Pour Toi”, eu fiquei boquiaberto: Que baita coincidência, hein !!??? A música do nosso conterrâneo, uma das mais gravadas e executadas no mundo, é um retumbante plágio !!! Praticamente uma cópia. É igualzinha à original !!! Não tem a menor chance de defesa…

  20. Biasetto Diz:

    É assim que funciona Antonio

    O mundo é dos espertos.
    – Melhor dizendo:
    O mundo é dos plagiadores.

  21. Toffo Diz:

    Eu consegui baixar as fotos do livro. Realmente, algumas delas mostram figuras sólidas, como se gente fossem, vestidas de túnicas brancas – ou pretas, como aquele “espírito” esquisito todo de preto que é classificado como “um habitante do além”. Bem, não sou expert em fotografia, muito menos em técnicas fotográficas antigas, mas acredito que essa história de “fotografias espíritas” seja bem antiga. Vejam-se as famosas fotos parisienses de Édouard Buguet, na década de 1870, que deram origem ao “processo dos espíritas”, que foram reconhecidas como fraudulentas. 50 anos separam essas fotos das fotos do “Trabalho dos Mortos”, o que deve ter acrescido de tecnologia desde a época de Buguet, inclusive a capacidade de forjar retoques. De qualquer forma, é preciso ser muito crédulo para acreditar que esses registros sejam mesmo de pessoas desencarnadas. É a tal história: acredita quem quer.

  22. Marcos Arduin Diz:

    “Praticamente uma cópia. É igualzinha à original !!! Não tem a menor chance de defesa…”
    – É como diz o ditado: Quando a esperteza é muito grande ela come o próprio dono…
    .
    O Morris aí pisou na bola à toa. Não lhe custaria nada anunciar a sua versão e apontar o compositor original. Podia não receber os direitos autorais, mas receberia o direitos como dono da voz… Saiu perdendo feio.
    .
    “De qualquer forma, é preciso ser muito crédulo para acreditar que esses registros sejam mesmo de pessoas desencarnadas. É a tal história: acredita quem quer.”
    – Mas Ex-Toffado, CREDULIDADE é característica comum a muitas pessoas. Senão todas. Somos crédulos quanto a alguma coisa. Sempre. O problema da credulidade é quando ela é produto de ignorância ou cegueira voluntária. No meu caso, o texto aí da Ana Prado é plágio sem mais aquela. NADA a defendê-la. No caso do Emmanuel ter sido o Públio Lêntulo, também nada a defender, pois ninguém nunca achou esse cara e pelo que é dito no romance, ele DEVERIA TER DEIXADO algum registro na História.
    Mas a comunidade cética também é MUITO CRÉDULA. Basta que alguém anuncie que o médium tal lhe confessou fraudes grosseiras, que enganou tais e quais cientistas com truques bobos e infantis e TODOS os céticos acreditam piamente, mesmo que nunca se descrevam quais foram os truques bobos e infantis… Olhem só que nos tópicos anteriores, é dito que a Ana Eva Fay revelou TODOS os seus truques ao Houdini… Mas o Houdini não nos repassou quais foram esses truques, ou pelo menos até agora nada me apresentaram nesse sentido, já que vem um dizendo que ela substituiu uma mão pelo joelho, outro diz que ela usou uma resistência ligada a clipes, outro diz que usou uma fita úmida… Enfim, é uma chutação geral, quando tudo poderia ser resolvido com a simples apresentação dos truques já revelados…
    .
    Se até os grandes sábios céticos são vítimas de credulidade, o que eles têm a criticar a nós crentes? É o sujo falando do mal lavado…

  23. Toffo Diz:

    Concordo com você, Arduin. Mas macaco velho costuma não botar a mão em cumbuca.

  24. Marciano Diz:

    Veja:
    “Uma análise de processos famosos de plágio mostra bem como o metro varia. As primeiras notas da música Feelings, grande sucesso de Morris Albert, são iguais às de Pour Toi, do francês Lou Lou Gasté, gravada nos anos 50. Por causa disso, o cantor brasileiro foi condenado por um tribunal americano. Pela sentença, os direitos autorais nos Estados Unidos foram diretamente para Lou Lou Gasté, fazendo com que o cantor brasileiro amargasse prejuízo de 3 milhões de dólares”.

    .
    Música de Louis Gaste:
    http://www.youtube.com/watch?v=jOYg5USO5R0
    .
    É, a Veja foi bastante complacente com o sem-vergonha do Maurício. É uma revista brasileira, dá pra entender.
    .
    Arduin, eu não sei, porém acho que ele não esperava tanto sucesso nos states, gravação de Elvis e Sinatra, não esperava que Gasté ficasse sabendo. Malandro demais se atrapalha.
    .
    Morris Albert fez cópia. Plagio foi de Getúlio Cortes (Negro Gato), em cima da música 3 Cool Cats, de Lieber e Stoller; George Harrison, My Sweet Lord/He’s So Fine, CX/Owen. Essa médium de araque aí é Xerox mesmo.

  25. Marciano Diz:

    Em tempo: eu quase chamo o Samuel e sem-vergonha, travei porque teria de estender a locução adjetiva a alguém por quem tenho apreço, vou apenas dizer que é ridículo defender o indefensável (como advogado, nunca me atrevi a fazê-lo).

  26. Marciano Diz:

    Veja:
    “Uma análise de processos famosos de plágio mostra bem como o metro varia. As primeiras notas da música Feelings, grande sucesso de Morris Albert, são iguais às de Pour Toi, do francês Lou Lou Gasté, gravada nos anos 50. Por causa disso, o cantor brasileiro foi condenado por um tribunal americano. Pela sentença, os direitos autorais nos Estados Unidos foram diretamente para Lou Lou Gasté, fazendo com que o cantor brasileiro amargasse prejuízo de 3 milhões de dólares”.
    .
    A Veja não mentiu. Realmente “As primeiras notas da música Feelings, grande sucesso de Morris Albert, são iguais às de Pour Toi, do francês Lou Lou Gasté, gravada nos anos 50”. Só esqueceram de dizer que as segundas, terceiras, quartas notas, até o final, também são iguaizinhas.
    Há físicos (Einstein incluído) que baseados em cálculos matemáticos verdadeiros, chegam a conclusões absurdas, do tipo, cem trilhões de anos são mais do que cinco bilionésimos de segundo (matematicamente, é impecável, mas não faz o menor sentido).
    E tome gato de Schroedinger, curvatura do espaço, etc.

  27. Antonio G. - POA Diz:

    A nossa velha Veja… “As primeiras notas são iguais”…
    E todas as subsequentes também! rsrsrsrs
    Ô revistinha vagabunda…!!!

  28. Antonio G. - POA Diz:

    O cara – Morris Albert – faturou (e ainda fatura) milhões com uma música escandalosamente copiada! Parece o Chico Xavier! Com a diferença que o Chico não embolsava o dinheiro. Outros faziam (e ainda fazem) isto por ele…

  29. Vitor Diz:

    Hoje quem ganha dinheiro copiando os outros é o Latino.

  30. Biasetto Diz:

    Pelo menos o Latino catou a Kelly Key.
    Alguma coisa boa ele fez na vida, e esta turma aí?

  31. Toffo Diz:

    De qualquer forma a mensagem acima é plágio e foi tratada de forma complacente por todos, a começar do autor do livro. Não sei se na época (1921) havia legislação de direito de autor – estudei essa matéria há muitos e muitos anos – no entanto em 1921 Kardec ainda não estava em domínio público. Interessante como textos “espirituais” não são considerados plágios pelas pessoas, né? Os espíritos não têm necessidade de conhecer as obras terrenas para se avaliar se são cópias ou não. Ainda não me sai da cabeça a tal história do peixinho vermelho, que o sedizente Emmanuel “usou” inocentemente num prefácio e, inocentemente, não citou a fonte – essa mesma fonte, também, “inspirada” no mito da caverna de Platão. E sic transit gloria mundi

  32. Antonio G. - POA Diz:

    Os espíritos são tão sábios para certas coisas, e tão ingênuos para outras… Chega a ser comovente…

  33. Marciano Diz:

    Toffo, o Código Criminal, de 1831, já disciplinava os direitos autorais.
    Em 1921 os direitos autorais eram disciplinados pela Consolidação de 1890.
    CAPITULO V
    DOS CRIMES CONTRA A PROPRIEDADE LITTERARIA, ARTISTICA,INDUSTRIAL E COMMERCIAL
    SECÇÃO I
    Da violação dos direitos da propriedade litteraria e artistica
    Art.
    342. Imprimir, ou publicar em colleções, as leis, decretos, resoluções,regulamentos, relatorios e quaesquer actos dos poderes legislativo e executivo da Naçãoe dos Estados:
    Penas – de apprehensão e perda, para a Nação ou Estado, de todos os exemplarespublicados ou postos á venda, e multa igual á importancia do seu valor.
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    Paragrapho unico. O privilegio da fazenda publica resultante deste e do art. 342 nãoimporta prohibição de transcrever, ou inserir qualquer dos actos acima indicados nosperiodicos e gazetas, em compendios, tratados, ou quaesquer obras scientificas oulitterarias; nem a de revender os objectos especificados, tendo sido legitimamenteadquiridos.
    Art.
    345. Reproduzir, sem consentimento do autor, qualquer obra litteraria ou artistica,por meio da imprensa, gravura, ou lithographia, ou qualquer processo mecanico ouchimico, emquanto viver, ou a pessoa a quem houver transferido a sua propriedade e dezannos mais depois de sua morte, si deixar herdeiros:
    Penas – de apprehensão e perda de todos os exemplares, e multa igual ao triplo dovalor dos mesmos a favor do autor.
    Art.
    346. Reproduzir por inteiro em livro, collecção ou publicação avulsa, discursos eorações proferidos em assembléas publicas, em tribunaes, em reuniões politicas,administrativas ou religiosas, ou em conferencias publicas, sem consentimento do autor:
    Penas – de apprehensão e perda dos exemplares e multa igual ao valor dos mesmos,em favor do autor.
    Art.
    346. Reproduzir por inteiro em livro, collecção ou publicação avulsa, discursos eorações proferidos em assembléas publicas, em tribunaes, em reuniões politicas,administrativas ou religiosas, ou em conferencias publicas, sem consentimento do autor:
    Penas – de apprehensão e perda dos exemplares e multa igual ao valor dos mesmos,em favor do autor.
    Art.
    347. Traduzir e expor á venda qualquer escripto ou obra, sem licença do seu autor:
    Penas – as mesmas do artigo antecedente.
    Esta prohibição não importa a de fazer citação parcial de qualquer escripto, com o fimde critica, polemica, ou ensino.
    Art.
    348. Executar, ou fazer representar, em theatros ou espectaculos publicos,composição musical, tragedia, drama, comedia ou qualquer outra producção, seja qual for a sua denominação, sem consentimento, para cada vez, do dono ou autor:
    Pena – de multa de 100$ a 500$ a favor do dono ou do autor.
    Art.
    349. Importar, vender, occultar ou receber, para serem vendidas, obras litterariasou artisticas, sabendo que são contrafeitas:
    Penas – as de apprehensão e perda dos exemplares e multa igual ao dobro do valor dos mesmos a favor do dono ou autor.
    Art.
    350. Reproduzir qualquer producção artistica, sem consentimento do dono, por imitação ou contrafacção:
    Penas – as do artigo antecedente.
    Paragrapho unico. Para este effeito reputar-se-ha contrafacção:1º A reproducção em pintura, quando um artista, sem consentimento do autor, oudaquelle a quem transferiu a propriedade artistica, copiar em um quadro grupos, figuras,cabeças ou detalhes de paisagens, ou os fizer entrar no proprio quadro, conservando asmesmas proporções e os mesmos effeitos de luz que na obra original;
    2º A reproducção em esculptura, quando o imitador tomar em uma obra original,grupos, figuras, cabeças, ornamentos e os fizer entrar na obra executada por elle;
    3º A reproducção em musica, quando se arranjar uma composição musical para uminstrumento só, tendo sido feita para orchestra, ou para um instrumento differente daquellepara o qual foi composta.
    SECÇÃO II
    Da violação dos direitos de patentes de invenção e descobertas
    Art.
    351. Constitue violação dos direitos de patente de invenção e descoberta:
    § 1º Fabricar, sem licença do concessionario, os productos que forem objecto de umapatente de invenção ou descoberta legitimamente concedida.
    § 2º Empregar ou fazer applicação dos meios privilegiados pela patente.
    § 3º Importar, expor á venda, occultar, ou receber para o fim de serem vendidos,productos contrafeitos de industria privilegiada, sabendo que o são:
    Penas – multa de 500§ a 5:000$ em favor da Nação, de 10 a 20 %, em favor doconcessionario da patente, do valor do damno causado ou que se poderia cansar, e perdados instrumentos ou apparelhos, os quaes serão adjudicados ao concessionario dapatente, pela mesma sentença que condemnar o infractor.
    Paragrapho unico. Considera-se circumstancia aggravante da infracção:
    1º ser, ou ter sido o infractor empregado ou operario, nos estabelecimentos doconcessionario da patente;
    2º associar-se com empregado, ou operario do concessionario, para ter conhecimentodo modo pratico de obter ou empregar a invenção.
    Art.
    352. Inculcar-se alguem possuidor de patentes, usando de emblemas, marcas,lettreiros ou rotulos indicativos de privilegios que não tenha, sobre productos, ou objectospreparados para o commercio, ou expostos á venda:
    § 1º Continuar o inventor a exercer a industria como privilegiada, estando a patente
    suspensa, annullada ou caduca;
    § 2º Fazer em prospectos, annuncios, lettreiros, ou por qualquer modo de publicidade,menção da patente sem designar o objecto especial para que a tiver obtido:
    Pena – de multa de 100$ a 500$ em favor da Nação.
    Paragrapho unico. Na mesma pena incorrerão os profissionaes ou peritos que,incumbidos do exame prévio da materia ou objecto da patente, vulgarizarem o segredo dainvenção, sem prejuizo das acções criminaes ou civis que as leis permittirem.
    SECÇÃO III
    Da violação dos direitos de marcas de fabricas e de commercio
    Art.
    353. Reproduzir sem licença do dono, ou seu legitimo representante, por qualquer meio, no todo ou em parte, marca de industria ou de commercio devidamente registrada epublicada:
    § 1º Usar de marca alheia, ou falsificada nos termos supraditos;
    § 2º Vender, ou expor á venda objectos revestidos de marca alheia falsificada, no todoou em parte;
    § 3º Imitar marca de industria ou commercio de modo que possa illudir o comprador;
    § 4º Usar de marca assim imitada;
    § 5º, Vender, ou expor á venda objectos revestidos de marca imitada;
    § 6º Usar de nome, ou firma commercial que lhe não pertença, faça ou não parte demarca registrada:
    Penas – multa de 500$ a 2:000$ a favor da Nação, e de 10 a 50 % do valor dosobjectos sobre que versar a infracção, em favor do dono da marca.
    Art.
    354. Para que se dê a imitação nos casos acima indicados, não é necessario que asemelhança da marca seja completa, bastando, sejam quaes forem as differenças, apossibilidade de erro e confusão, sempre que as differenças das duas marcas nãopossam ser reconhecidas sem exame attento ou confrontação.
    Paragrapho unico. Reputar-se-ha existente a usurpação de nome ou firma social, quer a reprodução seja integral, quer com accrescentamentos, omissões ou alterações,comtanto que haja a mesma possibilidade de erro confusão do comprador.
    Art.
    355. Usar, sem autorização competente, em marca de industria ou de commercio,de armas, brazões ou distinctivos publicos ou officiaes, nacionaes ou estrangeiros:
    § 1º Usar de marca que offenda o decoro publico;§ 2º Usar de marca que contiver indicação de localidade ou estabelecimento que nãoseja o da proveniencia da mercadoria ou producto, quer a esta indicação esteja juntonome supposto, quer não;
    § 3º Vender, ou expor á venda mercadoria ou producto nas condições referidas neste
    artigo:
    Pena – de multa de 100$ a 500$ a favor da Nação.

  34. Marciano Diz:

    Foi mal aí, na verdade, em 1921, vigia a Lei número 496, de 01/08/1898 (Lei Medeiros e Albuquerque), modificada pela Lei número 2.577, de 17 de janeiro de 1912, a qual estendia as disposições da Lei Medeiros e Albuquerque (com exceção da imposição das formalidades do art. 13) a obras editadas no estrangeiro, bastando que se comprovasse o cumprimento das formalidades impostas pelo país de origem (art. 2º).

  35. Marciano Diz:

    Link para as leis citadas: http://legis.senado.gov.br/legislacao/ListaNormas.action?numero=496&tipo_norma=LEI&data=18980801&link=s
    .
    http://legislacao.planalto.gov.br/legisla/legislacao.nsf/b2394d7e1ab9a970032569b9004e148d/25a1a2910095c980032569fa006ba9ca?OpenDocument

  36. Marciano Diz:

    Só a título de curiosidade: Medeiros e Albuquerque, sob pseudônimo, escreveu um manual em que ensinava técnicas para conquistar mulheres e outro em que ensinava sobre hipnotismo. Foi membro fundador da Academia Brasileira de Letras.
    Os livros citados foram publicados pela editora Edições de Ouro, onde trabalhei como tradutor.

  37. Marciano Diz:

    Os livros mencionados saíram de catálogo. Aqui o site da editora: http://www.ediouro.com.br/site/
    Parece até mentira que Medeiros e Albuquerque fosse escrever um livro ensinando a conquistar mulheres, um cara tão sério. Ainda mais agora, que os livros saíram de catálogo. Mas olhem aqui: http://books.google.com.br/books/about/A_arte_de_conquistar_as_mulheres_e_as_co.html?id=XP61GwAACAAJ&redir_esc=y
    Ele escreveu sob o pseudônimo de Armando Quevedo.
    Vejam o site da UFSC: http://www.literaturabrasileira.ufsc.br/autores/?id=1269
    O livro sobre hipnotismo ainda pode ser encontrado no mercado livre: http://lista.mercadolivre.com.br/livro-hipnotismo-medeiros-e-albuquerque-320-p%C3%A1ginas-hipnose

  38. Marciano Diz:

    Resumo da ópera: Não dá pra levar ninguém a sério, olhando de perto, são todos uns loucos patéticos.

  39. Antonio G. - POA Diz:

    Pois é… Tem gente demais zombando da credulidade alheia.
    .
    Brasil, Coração do Mundo, Pátria da Picaretagem…

  40. Toffo Diz:

    Me lembrei agora que existia um capítulo no Código Civil de 1916 sobre a propriedade de obras dramáticas e literárias, que depois foi revogado. Esse capítulo devia estar vigente em 1921. Mas o Antonio está certo: Brasil, Coração do Mundo, Pátria da Picaretagem & Outros Malfeitos como Aproveitar-se Sobrenaturalmente de Obras Literárias Naturalmente Escritas!

    CX era o rei da esperteza…

  41. Marcos Arduin Diz:

    Mas como não lucrava pra si, não valia a pena ser processado… A única família que tentou isso, a do Humberto de Campos, saiu perdendo pois o juiz entendeu que não se poderia reconhecer os direitos de um falecido sobre o que ele escreveu depois de morto. Tecnicamente o que Chico Xavier fez foi PASTICHE. Ei, advogado, diz aí: quando um cara escreve um PASTICHE, o direito autoral continua sendo de quem escreveu, né? Não vai para de quem ele escreveu. Certo?
    .
    Ainda quanto a músicas, disse uma prima minha que o Rod Stewart plagiou a música de um cantor brasileiro. Quando o cara soube, ficou todo feliz da vida, pois agora ia processá-lo e ganhar toda a grana em cima do sucesso que o Rod fez com sua música… Mas ficou chupando o dedo, pois quando saiu o processo, o Rod simplesmente declarou que doaria todos os valores do direito a uma instituição de caridade… Pode isso, sr advogado?

  42. Marciano Diz:

    Toffo, não me lembro do artigo ao qual você se refere, o fato é que não havia disciplina jurídica no CC de 1916, se houve, foi revogada.
    Pelo que sei, a matéria era tratada pelo direito penal mesmo, o que é característica do Brasil, em matéria de direitos autorais.
    Não consegui obter a edição original do CC de 1916, sem as modificações posteriores.
    Atualmente a disciplina dos direitos autorais está sob a égide da Lei número 9.610, de caráter civil, contrariamente à tradição de tratar a matéria através do direito penal.
    Seja como for, os plagiadores espíritas sempre se deram bem, ao menos no Brasil, não tendo eu conhecimento de nenhum caso que tenha resultado em sanções, inclusive CX, não tendo sido cogitada a hipótese de plágio no processo movido pela viúva de Humberto de Campos, a qual objetivava, apenas, o recebimento dos direitos, caso fosse atribuída a autoria dos escritos a seu falecido marido.
    Parece até piada, mas não é.
    Triste.

  43. Marciano Diz:

    Professor de botânica, não sei se o senhor está se referindo a mim ou ao Toffo, ambos somos advogados, nem entendi o porquê do “advogado”. Acaso está duvidando da capacidade profissional minha ou do Toffo?
    Sutor, ne supra crepidans ascendat.
    Nem eu nem o Toffo já questionamos, ainda mais de forma irônica, suas afirmações no campo da botânica.
    Vai me decepcionar, professor?

  44. Marciano Diz:

    A bem da verdade, diga-se que no caso Rod Stewart/Jorge Bem (ainda não tinha acrescentado o jor), o plágio seria apenas do refrão, que o Jorge cantava “tete teterete, tete teterete…” e o Rod “If you want my body and you think I’m sexy
    come on sugar let me know.
    If you really need me just reach out and touch me
    come on honey tell me so”.
    .
    Que eu saiba, Jorge (Taj Mahal) e Rod (D’ya think I’m sexy?) fizeram um acordo. A decisão de doar os direitos foi de ambos.

  45. Marciano Diz:

    Este verbete talvez interesse ao professor: http://en.wikipedia.org/wiki/Apelles

  46. Marciano Diz:

    Para aqueles que desconhecem a língua inglesa:
    “Em tempos remotos, um célebre pintor de nome Apeles, na mira de um maior rigor, colocou os quadros acabados de pintar à entrada da casa, de modo a que todos os passantes os pudessem apreciar. De orelhas atentas, colocou-se escondido atrás da porta, a ouvir os comentários.
    Um sapateiro remendão, que naquela ocasião por ali passava, ficou com os olhos presos nas pernas da figura representada, não tanto pela curvatura e beleza daquelas partes femininas, mas pelas correias das sandálias que as envolviam. E, em breve, pronunciados os primeiros comentários críticos às sandálias, passava da barriga das pernas às formas da esbelta figura e às pregas ondulantes das vestes que a cobriam.
    Sem mais detença, que as críticas eram de leigo, saiu Apeles detrás da porta e, encarando-o olhos nos olhos, lançou-lhe as palavras que o fariam parar: «Ne sutor ultra crepidam ascendat», que é como quem diz, «Não vá o sapateiro além da chinela».
    Trata-se de uma citação de Plínio, o Velho (Naturalis Historia 35.36.85 – XXXV, 10, 36), atribuída ao pintor grego Apeles (352 – 308 AC), retratista oficial de Alexandre Magno (“o Grande”)”.

  47. Toffo Diz:

    Arduin, não sei nada sobre o processo de Rod Stewart, se rolou aqui no Brasil ou fora. Você sabe que, diferentemente da botânica, o direito muda conforme o país ou a época. Mas pelo que eu entendi do que você disse o autor era o brasileiro, mas quem ganhou a causa deve ter sido Rod Stewart, que, na qualidade de vencedor, podia fazer o que bem entendesse com o dinheiro.

    Quanto ao processo da família de HC, talvez por falta de previsão legal na época eles não pediram indenização sobre o uso indevido do nome (os chamados direitos imateriais), apenas os direitos materiais pela suposta autoria de HC dos textos chiquianos. Não conheço o processo e não sei dizer sobre ele.

    Existe uma suspeita histórica de plágio, igualmente da época de Anna Prado, envolvendo o compositor francês Darius Milhaud, que supostamente teria se apropriado de melodias e ritmos brasileiros para compor sua suíte Le Boeuf Sur le Toit (O boi no telhado) e a outra, “Saudades do Brasil”. De fato, ele incorporou algumas melodias muito semelhantes às de Ernesto Nazareth e outros compositores da época, mas a obra que ele compôs tem valor artístico inegável e objetivo completamente diferente, porque ele trabalhou os temas, não apenas os reproduziu. Enfim, é uma discussão interminável.

    Essa questão de lucrar para si também é mal-explicada. CX nunca quis nada para si, é verdade, mas fez vista grossa a muita falcatrua acontecida nas suas barbas, por exemplo as estripulias que seu filho adotivo andou fazendo perto da época de sua morte.

  48. Marciano Diz:

    Eurípedes Higino, o filho adotivo de CX, andou dando entrevistas nas quais afirmou que CX lhe dissera que Emmanuel estaria reencarnado no início dos anos 2000, que CX era Rivail reencarnado, e outras asneiras.
    .
    A própria Folha Espírita já o entrevistou. Vejam esta pergunta e a resposta:
    .
    “FE – Por que você acha que algumas pessoas têm tanta dificuldade em aceitar que Chico seja a reencarnação de Allan Kardec?

    Eurípedes – Chico Xavier afirmava taxativamente que era Allan Kardec e que voltou para cristianizar, facilitar o entendimento da Doutrina Espírita e da Reencarnação, que um dia não seria estudada somente por espíritas, mas também pelos homens da Ciência, ajudando as pessoas a se aceitarem”.
    Tem tudo isso no youtube.
    A ex-mulher (não eram casados, só viviam em união estável) acusou-o de várias fraudes, não sei no que deu.
    Eurípedes “escreveu” um livro, “Chico Xavier, Apóstolo do Brasil”
    É formado em odonto, mas não exerce a profissão.
    Transformou a casa onde CX vivia numa espécie de museu, o qual ele mesmo administra, Casa de Memórias e Lembranças de Chico Xavier.

  49. Phelippe Diz:

    Anna Prado, quem diria… Tinha lido esse livro há muitos anos, quando criança. Fiquei até com medo. Agora dou risada.

  50. Biasetto Diz:

    E o mito continua a ser difundido e enaltecido:
    http://www.saltoquantico.com.br/2013/04/02/quem-foi-e-e-chico-xavier/

  51. Biasetto Diz:

    Vítor, não como anda seu tempo, seus compromissos. Pra mim está complicadíssimo, além de minha paciência para estes assuntos, terem se esgotado.
    Tem algum artigo aqui no blog desqualificando este papo de que a Nasa estudou a aura de Chico Xavier. É um bom tema Vítor.
    Veja isto, por exemplo:
    http://ensinoespirita.blogspot.com.br/2010/01/nasa-estuda-aura-de-chico-xavier.html

  52. Biasetto Diz:

    Vítor, fui escrever:
    * Não SEI como anda seu tempo …

  53. Biasetto Diz:

    Eu continuo com uma dúvida cruel:
    – QUEM MENTE MAIS?
    – OS POLÍTICOS OU O RELIGIOSOS?

  54. Biasetto Diz:

    http://espiritadoterceiromilenio.blogspot.com.br/p/lancamentos.html

  55. Biasetto Diz:

    Tentem clicar no vídeo:
    http://espiritainfancia.blogspot.com.br/p/nasa-estuda-aura-de-chico-xavier.html
    São tantas mentiras contatas pelas religiões – TODAS ELAS – que chego, sinceramente, a ter pena de nós humanos.
    É LAMENTÁVEL !!!

  56. Vitor Diz:

    Oi, Biasetto
    não tem artigo sobre a NASA não, é até um bom tema. Quem inventou essa história foi o Baccelli há décadas.

  57. Marciano Diz:

    Pra quem acredita em tantas bobagens, não deve ser difícil acreditar que a Nasa estudaria a “aura” de CX.
    Biasetto, sem dúvida, religiosos mentem mais do que políticos.

  58. Marciano Diz:

    O cientista da Nasa ficou impressionado com o tamanho da aura de CX. Que cara de pau!!!

  59. Marciano Diz:

    Vitor, boa sugestão do Biasa, pense nisso. Acho que vai bombar, quero ver o Arduin defendendo o BAcelli.

  60. Marcos Arduin Diz:

    Primeiramente, ao Ex-Toffado e de Morte, não estou duvidando da capacidade advocatícia de nenhum dos dois. Eu pensei no de Morte primeiro, pois não sabia que o Ex-Toffado era advogado também.
    .
    Quanto ao filho adotivo do Chico, é um disse/não disse. Pois há acusações de que ele roubava e não cuidava do Chico, deixando-o sujo e doente, etc e tal, mas nas investigações feitas, NADA DISSO foi constatado e no fim ele acabou inocentado. Teria sido só intriga da ex…
    .
    Tanto quanto eu saiba, Chico nunca confirmou essa de ter sido Allan Kardec. Ao contrário, já ouvi outra história de que ele até teria deixado uma lista de várias encarnações anteriores _ Kardec não está nela _ até uns 4000 anos atrás.
    Essa aí de Chico ter sido Kardec é um oba-oba dos chiquistas, que acham que Chico ter sido o que foi é muito pouco. Das cinco encarnações de Kardec recentes, só o Osvaldo Polidoro é que se proclamava Kardec reencarnado. Tanto assim que seus puxassacos um dia foram ter com o Chico, querendo saber quem era reencarnação de Kardec: ele ou Polidoro. E Chico respondeu:
    _ O Alto manda ficar com Polidoro.
    Um jeito bem elegante de “tirem esse bicho de cima de mim”.
    .
    Lembra-me que no fim dos anos 1970 houve uma publicação num jornal sobre essa tal “pesquisa” da NASA que anunciou que Chico teria a aura de 10 metros. Não invenção do Baccelli, portanto, mas como todo panaca, ele simplesmente repassa a bobagem, sem nunca ter verificado de onde veio, nem ter confirmado nada. A NASA, coitada, serve de espantalho para os crentes defenderem a sua fé. Já viram a pesquisa sobre o dia faltante e que confirma a Bíblia?

  61. Antonio G. - POA Diz:

    O mais interessante neste absurdo da NASA estudando a aura do Chico é que tem gente que acredita que a agência americana de “Administração Nacional da Aeronáutica e Espaço” iria dedicar-se a tão “tecnológica” pesquisa…
    Só rindo…

  62. Antonio G. - POA Diz:

    Entre outras bobagens, existem listas de cores de auras e seus significados. Por exemplo, dizem que as auras do Chico Xavier e do Divaldo Franco teriam a coloração predominantemente azul. Não seria mais lógico que fossem multicolorida, tal qual um arco-íris?
    .
    Brincadeirinha… rsrsrsrs

  63. Gorducho Diz:

    O curioso é que a reportagem de 1978 “NASA estuda a mediunidade de Chico Xavier” no ESTADÃO existiu, sendo mencionada e.g. no livro “Chico Xavier – um herói brasileiro no universo da edição popular”, de Magali Oliveira Fernandes, pg. 61:
    “Segundo Paul Hild, engenheiro pesquisador da NASA, ele estava ‘impressionado com a mediunidade de Xavier constatada nos testes’”.
     
    Que eu saiba a CIA teria tido durante os ’70 um programa de investigação de psíquicos com vias a um eventual aproveitamento desses para fins de Inteligência (óbvio). Então, a priori não seria de se duvidar que tivessem mandado alguém aqui sondar… Agora acho muito difícil esse alguém ficar alardeando a missão na imprensa (*), e muitíssimo menos utilizar o termo “mediunidade”.
    O primeiro passo seria ler essa reportagem…
     
    (*) Logicamente durante sua vigência o programa esse seria classificado.

  64. Marcos Arduin Diz:

    Seria uma boa conseguir a reportagem original… E também ver se na carta aos leitores houve alguma réplica (só se for do Quemedo) ou algum “Erramos”.
    .
    Eu me lembro de uma reportagem, mas deve ter sido em algum jornal espírita, sobre que o Chico teria conseguido parar um trenzinho elétrico só com a força da mente e que lá se mencionava o fato de sua aura ser sentida num raio de 10 metros… E por conta disso, a NASA estaria disponibilizando mais recursos para estudar o fabuloso médium brasileiro… Só rindo mesmo.

  65. Marciano Diz:

    Marcos Arduin Diz:
    abril 4th, 2013 às 05:21
    .
    “. . . Tanto quanto eu saiba, Chico nunca confirmou essa de ter sido Allan Kardec. Ao contrário, já ouvi outra história de que ele até teria deixado uma lista de várias encarnações anteriores _ Kardec não está nela _ até uns 4000 anos atrás.
    Essa aí de Chico ter sido Kardec é um oba-oba dos chiquistas, que acham que Chico ter sido o que foi é muito pouco. Das cinco encarnações de Kardec recentes, só o Osvaldo Polidoro é que se proclamava Kardec reencarnado. Tanto assim que seus puxassacos um dia foram ter com o Chico, querendo saber quem era reencarnação de Kardec: ele ou Polidoro. E Chico respondeu:
    _ O Alto manda ficar com Polidoro.
    Um jeito bem elegante de “tirem esse bicho de cima de mim””.
    .
    Não é o que dizia o filho adotivo do CX:
    .
    1. A própria Folha Espírita já o entrevistou. Vejam esta pergunta e a resposta:
    .
    “FE – Por que você acha que algumas pessoas têm tanta dificuldade em aceitar que Chico seja a reencarnação de Allan Kardec?
    Eurípedes – Chico Xavier afirmava taxativamente que era Allan Kardec e que voltou para cristianizar, facilitar o entendimento da Doutrina Espírita e da Reencarnação, que um dia não seria estudada somente por espíritas, mas também pelos homens da Ciência, ajudando as pessoas a se aceitarem”.
    .
    Gostei da tua brincadeirinha, Antonio. Ri bastante.
    .
    Pesquisei no site do Estadão, nada encontrei sobre o assunto.
    Tem uma matéria sobre o filme, na qual, nos comentários, um leitor fala da tal aura estudada pela NASA (leitor espírita, claro). Essa história só aparece em sites espíritas, o que prova que religiosos são muito mais mentirosos do que políticos. A não ser que o político seja religioso, o que, infelizmente, ocorre com frequência, como está sendo discutido hoje mesmo.
    .
    No mais, concordo, inclusive com o Arduin, esse negócio de a NASA estudar a “aura” multicolorida de CX é piada de chiquistas mesmo, os quais devem perfazer uns 95% dos espíritas de hoje, pelas minhas contas (não sou matemático, posso estar errado, talvez o número seja maior ainda).

  66. Toffo Diz:

    O que me consola é que o número de ateus, sem-religião e céticos no Brasil é 3 vezes maior do que o de espíritas. Pelo menos existe um pouco de bom-senso nisso.

  67. Marciano Diz:

    Vejam como esse episódio é invenção de chiquistas:
    .
    http://ensinoespirita.blogspot.com.br/2010/01/nasa-estuda-aura-de-chico-xavier.html
    .
    “Em uma pesquisa para saber que foi, quando foi, como foi e onde foi feito a pesquisa
    sobre a aura de mais de 10 metros atribuída a Chico xavier.
    Encontramos apenas um relato que diz que em um encontro anônimo, onde não é citado ano, nem mês muito menos dia.
    Um dia um engenheiro da Nasa, usando de aparelhos sofisticados, examinou a aura de Chico Xavier e ficou impressionado, porque detectou irradiação num raio de 10 metros do corpo físico dele.
    Mais adiante encontramos uma data que não se sabe ,qual é origem e fonte.
    Em experiências realizadas pela NASA, em Uberaba, Minas Gerais, Brasil, em 1978, o Engenheiro Paul Hild constatou que a aura de Francisco Cândido Xavier era sentida num raio de dez metros, enquanto a de outros médiuns pesquisados se ficou por alguns centímetros?”
    O curioso é que um fato revelador deste, teve apenas uma pequena divulgação em jornais espíritas.
    Agora outra questão que passa desapercebida e que J. Herculano Pires, jamais falou de tal assunto em seus livros, onde sempre citava pesquisas e pesquisadores da ciência.
    Já Sheila Ostrander e Lynn Schroeder contam em seu livro “Experiências Psíquicas além da Cortina de Ferro”
    Que no fim do ano de 1939, uma comissão de cientistas russos convidou Francisco Cândido Xavier para ir à Rússia por 6 meses, para se submeter a vários testes relacionados com seus “poderes“.
    Para isso, além da viagem, pagar-lhe-iam a quantia de trezentos contos de réis, soma que daria, na época, para pagar a construção de 50 casas populares!
    Chico sentiu-se tentado. Estava quase aceitando quando Emmanuel apareceu e lhe disse: – Se queres ir podes, eu fico!
    Bem fazendo uma pesquisa sobre Paul Hilde não encontramos absolutamente nada.
    Indo direto na fonte ou seja a NASA também lá nada consta sobre o misterioso Paul Hilde que veio no anonimato fazer tal pesquisa, que ficou em segredo e rodeada de mistérios.
    Fico sem saber os materiais e os métodos usados, onde foi realizada a experiência, quais os fundamentos teóricos suportados pela ciência em que se baseia e muito seriamente, se este senhor existe sequer.
    Sim por que a duvida sobre a existência de misterioso Paul Hilde?
    Ao pesquisar “Engenheiro americano Paul Hilde” no Wikipedia inglês este é o resultado
    .
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    Você pode criar a página “O Engenheiro americano Paul Hilde”, mas considere verificar os resultados de pesquisa abaixo para ver se ele já está coberto.
    Ao pesquisar Paul Hilde no google a única coisa que aparece são resultados do facebook.
    Paul Hilde é um fã de: TV Shows Programas de TV
    Beavis & Butthead Beavis & Butthead
    Mais uma narrativa fantasiosa transmitida pela tradição oral através dos tempos e que é conhecida como LENDA.
    A questão que deveria ser tratada sem sentimentalismo por quem diz que é ESPIRITA e a seguinte.
    O QUE ESTA POR TRÁS DESSAS INFORMAÇÕES.
    1º Chico foi Kardec
    .
    2º Nasa pesquisou Chico
    .
    3º As duas informações duvidosa tem a mesma GÊNESE o ILUSTRÍSSIMO Sr Carlos Bacceli
    Depois de postar estes questionamentos em uma comunidade do Orkut o pessoal teve um piripak pois, a maioria não compreendeu que o objetivo da critica não era direcionado ao Chico Xavier.
    O alvo da critica é a informação e o informante pois, não se encontra nem um dado da existência deste engenheiro Paul Hilde.
    Mas, como no meio espírita é um sacrilégio duvidar de qualquer obra mediúnica se colocar o nome Francisco Candido Xavier então, é motivo para ser excomungado, com agravantes de perda de bônus-hora isto se não te transformarem em um ovóide”.
    .
    Parece que Vitor se enganou, isso é coisa do Baccelli mesmo.

  68. Marciano Diz:

    Moral da história: nem os espíritas (ao menos os não completamente idiotas) acreditam nessa historinha.
    Mais um dos falsos “causos” inventados para divinizar CX.
    .
    Quanto não terá sido inventado pelas figuras históricas citadas no blog…
    Depois de alguns anos, os factoides viram fatos. Entram nas biografias, forjam documentos.
    É por isso que só aparecem casos de mil oitocentos e antigamente.

  69. Toffo Diz:

    Peço desculpas a todos, porque nunca havia ouvido falar em Osvaldo Polidoro. Fui pesquisar o tal divinismo. My god, tem louco pra tudo!

  70. Marciano Diz:

    Foi mal aí, Vitor. Eu quis dizer que você tem razão em dizer que foi o Baccelli quem inventou a história. Acabei escrevendo que você se enganou. Freud explica, faça uma sessão espírita, convoque-o e pergunte.

  71. Marciano Diz:

    Se tiver saco, leia aí, Toffo: http://www.espiritnet.com.br/Opiniao/Ano2003/opiniao09.htm#MOV
    .
    Engraçado é que nem é mencionado o RC do merden.

  72. Marciano Diz:

    Movimentos dissidentes, segundo a wikipedia:
    .
    Racionalismo cristão
    Ver artigo principal: Racionalismo cristão
    Na cidade brasileira de Santos, em 1910 surgiu uma dissidência do movimento espírita, que se denominou “Espiritismo Racional e Científico Cristão” e, posteriormente, Racionalismo cristão, sistematizada por Luís de Matos e Luís Alves Tomás.
    Ramatizismo
    Ver artigo principal: Ramatis
    No Brasil, desde a segunda metade da de 1950, alguns centros espíritas seguem a doutrina ditada pelo espírito Ramatis (corporificada sobretudo nas obras psicografadas por Hercílio Maes). Distinguem-se dos centros espíritas tradicionais em função da maior ênfase ao universalismo (origem comum das religiões) e ao estudo comparado de religiões e filosofias espiritualistas ocidentais e orientais. Nota-se também a influência mais acentuada de correntes de pensamento orientais (tais como o budismo e o hinduísmo) e a proximidade com a cosmogonia do espiritualismo universalista.
    Apometria
    Ver artigo principal: Apometria
    Surgiu no Brasil, na década de 1960, como uma suposta forma de tratamento alternativo a doentes desenganados. O Dr. José Lacerda de Azevedo, do Hospital Espírita de Porto Alegre, fixou as Leis da Apometria.
    Conscienciologia
    Ver artigo principal: Conscienciologia
    Ver artigo principal: Projeciologia
    Surgiu no Brasil, em meados da década de 1960, com o fim da parceria entre Chico Xavier e Waldo Vieira, quando este último iniciou pesquisa própria com o que denominou projeciologia (posteriormente Conscienciologia).[18]
    Renovação Cristã
    Ver artigo principal: Renovação Cristã
    Surgida no Brasil, também como uma dissidência do movimento espírita, desde setembro de 2002. Sem deixar de seguir a Doutrina Espírita, afirma fazê-lo com maior seriedade do que o movimento brasileiro em si, argumento usado para o afastamento.
    Roustainguismo
    Ver artigo principal: Roustainguismo
    Historicamente, na França e no Brasil, existiram conflitos entre “kardecistas” e “roustainguistas”, consoante a admissão ou não dos postulados da obra “Os Quatro Evangelhos”, coordenada por Jean-Baptiste Roustaing, nomeadamente acerca da natureza do corpo de Jesus. Para os chamados “roustainguistas” Jesus teve um “corpo fluídico”, de origem material diferente da nossa matéria, já o os ditos “kardecistas” acreditam que Jesus possuia um corpo de origem material, como de qualquer ser humano.[100][101]
    Hoje este conflito não mais existe, subsistindo apenas como reflexo da opinião de setores isolados que, embora compondo o Movimento Espírita Brasileiro, não representam a Doutrina Espírita. Acrescente-se a isto o fato de que o espiritismo, compreendido como “doutrina dos espíritos”, não é “kardecista”, pois não se trata de escola espiritualista criada por Allan Kardec, cabendo ao mesmo tão somente o processo de codificação – vale dizer, organização e disposição de princípios – e não o de formulação dos mesmos, fato este reiterado pelo próprio Allan Kardec em diversas de suas obras, notadamente em “O Livro dos Espíritos” e “A Gênese”.[102]

  73. Eduardo Diz:

    Biasa,

    De passagem (de tempo) rápida lendo posts curtos. Esse seu:

    “Eu continuo com uma dúvida cruel:
    – QUEM MENTE MAIS?
    – OS POLÍTICOS OU O RELIGIOSOS?”

    Foi o melhor, disparado.

    Show de bola isso….kkkk.

    Só que vc se esqueceu que temos muitos políticos oriundos do meio religioso.
    Aí eu levanto a hipótese: político religioso mente duas vezes mais do que só políticos ou só religiosos, ou a equação se torna elevada a enésima potencia?…rs…

    Vitor vai ter pano para muita manga nesse estudo…kkk.

    Abraços,

    Eduardo

  74. Marciano Diz:

    Engraçado é como qualquer porcaria que se inventa, qualquer revelação divina, espalha raízes pra todo lado.
    O Espiritismo já é filho do catolicismo com crenças orientais.
    O próprio catolicismo é filho do judaísmo, que também deu raízes pra todo lado, messiânico, hassídico, humanista, ortodoxo.
    Ah, tem a igreja católica ortodoxa. Será que é melhor do que a apostólica.
    Sem falar nas milhares de denominações cristãs nascidas do judaísmo, as subdivisões do islamismo, sufi, sunita, xiita, merdita…
    .
    Esta é a principal razão de eu não acreditar em porcaria nenhuma. Todas são mutuamente exclusivas.

  75. Antonio G. - POA Diz:

    Claro, Marciano!
    A biografia do Chico está repleta de “causos” tão espetaculares quanto inverossímeis. Por mais que alguns se esforcem bastante para demonstrar o contrário, tudo que existe de “forte evidência” no campo do espiritismo e da mediunidade, ou não é passível de uma adequada investigação ou é muito antigo. E nunca é “bem assim” como contam.
    Típico. Bem típico.

  76. Marciano Diz:

    É isso, Antônio.
    Lá pelos idos de 1870, Graham Bell inventou um telefone vagabundo, que só servia para chamar quem estava ao alcance da voz. Hoje nós temos smatphones.
    Em 1903, Orville e Wilbur Wright inventaram um monstrengo, aperfeiçoado por Dumont 3 anos mais tarde.
    Em 1976 desceu a primeira sonda no meu planeta, não que sem antes, em julho de 1969, dois astronautas pisassem na Lua.
    .
    Essas experiência telepáticas, mediúnicas, paranormais, psicóticas, não saem da estaca zero.
    Por que será?

  77. Marciano Diz:

    Correção: smartphones, experiências.

  78. Marciano Diz:

    Um século depois da publicação da teoria da propagação das ondas eletromagnéticas, por James Clerk Maxwell, nós postamos comentários no blog, falamos via celular com o mundo todo, assistimos TV FULL HD 3D a cabo.
    E essas porcarias, por que não progridem?

  79. Antonio G. - POA Diz:

    É mesmo curioso. As evidências de fenômenos mediúnicos eram muito mais fortes há 100, 150 anos. Com o passar do tempo, foram ficando cada vez mais fraquinhas. Hoje já quase não acontece nada que não seja facilmente percebido como farsa.
    Antigamente era bem mais bacana…

  80. Toffo Diz:

    Marciano, eu já tinha lido aquele link que você postou. Note-se que é de 2003, ou seja, 10 anos atrás. Não há atualização. Parece que o interesse por essas coisas é bem pequeno, não? De qualquer forma, é interessante como os espíritas ortodoxos insistem na “exclusividade” do nome espiritismo para a sua doutrina, repelindo o adjetivo “kardecista”: o espiritismo, compreendido como “doutrina dos espíritos”, não é “kardecista”, pois não se trata de escola espiritualista criada por Allan Kardec, cabendo ao mesmo tão somente o processo de codificação – vale dizer, organização e disposição de princípios – e não o de formulação dos mesmos, fato este reiterado pelo próprio Allan Kardec em diversas de suas obras, notadamente em “O Livro dos Espíritos” e “A Gênese”

    Só que eles esquecem de dizer, ou não sabem, que o termo “espiritismo” já existia antes de Kardec entrar em cena, trata-se de um anglicismo (spiritism) que primordialmente designava todo o movimento criado em torno da evocação de espíritos e do qual Rivail, espertamente, apropriou-se para denominar a sua versão desse movimento, creditando-a aos supostos espíritos que o assessoravam – por coincidência, nenhum deles inglês ou americano, que foram os que começaram a muvuca do spiritism.

    Naquela época, as evidências eram fortes porque o controle sobre elas e a tecnologia eram fracos. A tecnologia e o conhecimento cresceram, e essas sedizentes manifestações minguaram. Ou o mundo dos espíritos se encheu de mandar evidências ao mundo corporal, sei lá, e mandou os encarnados plantar batatas…

  81. Marcos Arduin Diz:

    Bem, de Morte, nada surpreendente que o Eurípedes aí fosse um chiquista deslumbrado, certo? Mas se procurar a respeito, verá outras entrevistas, feitas com o próprio Chico Xavier, onde ele negava isso. Quem teria mais autoridade? O próprio Chico ou os chiquistas? A própria Marlene Nobre, também chiquista deslumbrada, escreveu um artigo na Folha Espírita (Não sei se o admiro mais como Chico Xavier ou como Allan Kardec), onde admitiu que, se perguntado a respeito, Chico desmentiria ser Allan Kardec reencarnado.
    .
    O matreiro pessoal da FEB, que era rustenista desde a origem, deu um jeito de neutralizar todos os outros movimentos espíritas, convidando-os para fazerem parte da FEB, garantindo-lhes direito de opinião etc e tal. Só depois é que esses outros perceberam a sacanagem: apenas os rustenistas tinham mando dentro da FEB.
    Embora falem muito do corpo fluídico do Jesus como a divergência principal, na verdade há várias outras palhaçadas que desfiguram o Espiritismo. Roustaing reintroduziu o pecado original, colocou na Nossa Senhora de volta na peanha (esse foi o principal motivo pelo qual os primeiros espíritas aceitaram o Roustaing), e sua obra, Os Quatro Evangelhos, nada mais são do que um empilhado das velhas elucubrações teológicas em cima dos textos evangélicos.
    O Chico Xavier, assim como o Divaldo, foram rustenistas, já que a FEB os cooptou desde o início. Quando a FEB não quis autorizar a publicação dos livros do Chico em inglês, solicitada por editores americanos, o Chico rompeu com a “casa máter do Espiritismo”, mas não com o Rustenismo.

  82. Marciano Diz:

    Toffo, para mim, essas manifestações minguadas e estagnadas no tempo são a comprovação de que isto nunca existiu de verdade, era tudo empulhação.
    .
    Arduin, guarde bem suas palavras, se CX viveu e morreu rustenista (ou roustainguista, como preferem alguns), o chamado chiquismo é na realidade o rustenismo.
    Realmente esse pessoal não é kardecista, é rustenista. Só não sabem disso e ficam se dizendo espíritas, louvando Rivail e CX.
    .
    Eu não tenho tempo nem conhecimento para pesquisar, já sugeri aqui, o Biasa podia fazer um estudo, as principais dissidências ideológicas e doutrinárias entre o kardecismo e o chiquismo.
    De uma coisa já sei, eles estavam em total dissonância quanto ao meu planeta de origem. E ambos errados.

  83. Toffo Diz:

    Eu tenho uma opinião formada sobre isso. Para mim, o espiritismo minguou a partir da primeira década do século 20, desidratou-se e hoje tem apenas valor histórico. O que veio e se estabeleceu aqui é outra coisa.

  84. Marciano Diz:

    Se tiver tempo, Toffo, pense nisso, escrever algo a respeito, comparações desse espiritismo brasileiro atual e aquele de Rivail.

  85. Marciano Diz:

    “Plus de fantastique, plus de croyances étranges, tout l’inexpliqué est explicable. Le surnaturel baisse comme un lac qu’un canal épuise; la science, de jour en jour, recule les limites du merveilleux.”
    Eh bien, moi, Monsieur, j’appartiens à la vieille race, qui aime à croire. J’appartiens à la vieille race naïve accoutumée à ne pas comprendre, à ne pas chercher, à ne pas savoir, faite aux mystères environnants et qui se refuse à la simple et nette vérité.
    Oui, Monsieur, on a dépeuplé l’imagination en surprenant l’invisible. Notre terre m’apparaît aujourd’hui comme un monde abandonné, vide et nu. Les croyances sont parties qui la rendaient poétique. Quand je sors la nuit, comme je voudrais frissonner de cette angoisse qui fait se signer les vieilles femmes le long des murs des cimetières et se sauver les derniers superstitieux devant les vapeurs étranges des marais et les fantasques feux follets! Comme je voudrais croire à ce quelque chose de vague et de terrifiant qu’on s’imaginait sentir passer dans l’ombre.
    Comme l’obscurité des soirs devait être sombre, terrible, autrefois, quand elle était pleine d’êtres fabuleux, inconnus, rôdeurs méchants, dont on ne pouvait deviner les formes, dont l’appréhension glaçait le cœur, dont la puissance occulte passait les bornes de notre pensée, et dont l’atteinte était inévitable?
    Avec le surnaturel, la vraie peur a disparu de la terre, car on n’a vraiment peur que de ce qu’on ne comprend pas. Les dangers visibles peuvent émouvoir, troubler, effrayer! Qu’est cela auprès de la convulsion que donne à l’âme la pensée qu’on va rencontrer un spectre errant, qu’on va subir l’étreinte d’un mort, qu’on va voir accourir une de ces bêtes effroyables qu’inventa l’épouvante des hommes? Les ténèbres me semblent claires depuis qu’elles ne sont plus hantées.
    GUY DE MAUPASSANT

    (1850 – 1893)

    LA PEUR

    (La Peur a paru dans le Figaro
    du 25 juillet 1884)

  86. Marcos Arduin Diz:

    Tenha pena da gente, de Morte… Meu inglês já não é dos melhores, mas dá pro gasto… Já o françuá…
    Traduz aí, vai!

  87. Gorducho Diz:

    Me agrada ver que o Sobrenatural segue tão sobrenatural quanto sempre foi desde que o mundo é mundo.
    E que bom que as almas dos falecidos resolveram parar de movimentar mesas; condensarem-se; ditar besteiras; e outras estrepolias que faziam aqui no mundo terra-aquoso.
    Acho que finalmente o Astral Superior (como gostava de dizer minha avó) resolveu dar ocupações às almas lá na erraticidade. Fiquem por lá.
    Não concorda, Professor?

  88. Marcos Arduin Diz:

    Claro, Balofo, mas escrever e falar bobagens é TÍPICO de todas as áreas de atuação humana. Quantas bobagens já não falou o Feliciano com a sua atuação evangélica lá na Comissão dos Dereitos Omanos? Quanta bobagem já não falaram os cientistas quando validavam o racismo? E a lista vai longa, mas os meus dedos andam sem paciência.
    Assim então, médiuns, espíritas e espíritos falarem ou escreverem besteiras, só mostram que são mais do mesmo bando.
    .
    Os espíritas inteligentes e atuantes costumam dizer:
    _ Não tenho medo de morrer. Tenho medo sim é do que “vou dizer” por aí nos centros depois de morto.

  89. Marcos Arduin Diz:

    Só pra jogar mais lenha na fogueira: já viram as mensagens que o Baccelli recebeu do Chico Xavier?

  90. Toffo Diz:

    Não li, mas ouvi dizer que ele mandou às favas a tal senha que CX teria segredado a 3 pessoas (das quais ele não fazia parte).

    Eu li, por diversão, um pedaço de um livro dele atribuído ao Dr. Inácio Ferreira, falecido diretor do Sanatório Espírita de Uberaba, em que ele e a sua patota protagonizam aventuras no mundo dos espíritos resgatando a alma perdida de Torquemada, temperadas com viagens ao centro da terra (infernos) e seres elementais. Delírio puro. CX tinha melhor imaginação e domínio melhor do idioma, apesar do estilo indigesto.

    Respeito muito sua posição de espírita, Arduin, mas devo admitir que não deve ser fácil conviver com um mínimo de sanidade num meio destrambelhado e pantanoso como o chamado Movimento Espírita Brasileiro. Faça-se a crítica que se quiser à igreja católica, mas pelo menos esta tem o mínimo de coesão doutrinária.

  91. Gorducho Diz:

    Mas, por paradoxal que possa parecer, minha tese é que essas características são o atrativo do “Espiritismo”. Ou seja, cada adepto é completamente livre para imaginar o que quiser.
    A pessoa tem uma mente religiosa, mas não lhe agrada a perspectiva de ir para o inferno. Ok, abole o inferno, substituindo-o pelas reencarnações que são mais palatáveis…
    Não lhe agrada o purgatório (“umbral”). Ok, abraça o Kardecismo, e ficará na erraticidade até reencarnar.
    Gostaria de não ser finalizado e de reencontrar os familiares e amigos queridos. Ok, imagina isso.
    É isso. Cada um monta seu próprio Universo.

  92. Antonio G. - POA Diz:

    Gorducho, até que algum argumento minimamente racional indique coisa diferente, eu penso que o destino dos seres humanos após a morte é precisamente o mesmo das incômodas pulgas, dos esquisitos ornitorrincos e dos extintos pterodáctilos, ou seja, o “descanso eterno”, em vôo direto, sem escalas nem conexões. E acho que isto deveria ser motivo de tranquilidade, não de apreensão.
    Todavia, não é proibido fantasiar, é claro.

  93. Marciano Diz:

    A pedido do Arduin (leia, por favor, deu um pouquinho de trabalho, minha hora de trabalho é custosa, sou profissional liberal, não sou funcionário público):
    .
    “Sem o fantástico, sem as crenças estranhas, todo o inexplicável se explica. O sobrenatural se reduz tal qual um lago cujo canal esvazia; a ciência, a cada dia, recua os limites do maravilhoso”.
    Pois bem, quanto a mim, senhor, eu pertenço à velha raça, que gosta de acreditar. Eu pertenço à belha raça ingênua acostumada a não compreender, a não buscar, a não saber, presa aos mistérios confinantes e que refuta a verdade simples e evidente.
    Sim, senhor, nós despovoamos a imaginação ao desvendarmos o invisível. Nossa terra me parece hoje como um mundo abandonado, vazio e nu. Foram-se as crenças que a faziam poética.
    Quando saio pela noite, como gostaria de tiritar ante essa angústia que leva as mulheres velhas a fazer o sinal da cruz ao longo dos muros dos cemitérios e acudir os últimos supersticiosos diante dos vapores estranos dos mangues e das fantasiosas línguas de fogo ensandecidas. Como gostaria de acreditar nessa coisa meio vaga, aterrorizante,q eu imaginávamos sentir passando por entre as sombras.
    Como a escuridão das noites devia ser sinistra, terrível, outrora, no tempo em que ela era repleta de seres fabulosos, desconhecidos, malvados errantes, cujas formas não se podia adivinhar, cuja simples apreensão gelava o coração, cujo oculto poder extrapolava os limites do nosso pensamento, e cuja espera era inevitável.
    Com o sobrenatural, o verdadeiro medo desapareceu da terra, pois sentimos realmente medo somente daquilo que não compreendemos. Os perigos visíveis podem emocionar, perturbar, apavorar. Que é isso diante da convulsão que dá à alma a ideia de que vamos nos deparar com um espectro errante, que vamos enfrentar as entranhas de um morto, que veremos se precipitar diante de nós uma destas bestas aterrorizantes que provocou o pavor dos homens? As trevas me parecem claras desde que elas não são mais assombradas.
    .
    .

    Esta é a primeira versão do conto, ele publicou outra versão depois, um pouco diferente. Gosto mais desta. A mesma coisa ele fez com “Le Horla”, publicou uma segunda versão, bem melhor do que a primeira.
    .
    Guy de Maupassant plagiava a si próprio.
    Eu acho esse cara um gênio.
    Já mencionei outro conto, aqui, no qual ele, através da boca de um personagem, como aqui, explicava de forma lúcida o caso das premonições.

  94. Marciano Diz:

    Toffo, dos 3 só resta o filho adotivo de CX, dois já foram para o lado de lá.
    http://www.olhardireto.com.br/noticias/exibir.asp?noticia=Mulher_que_guardava_codigo_de_Chico_Xavier_morre_em_Uberaba_MG&id=297798
    .
    http://www.leianoticias.com.br/noticias/index.php/noticias/brasil/16985-medium-considerado-sucessor-de-chico-xavier-morre-em-uberaba

  95. Marciano Diz:

    Precipitei-me, os dois Eurípedes ainda estão vivos, só a mulher morreu.

  96. Biasetto Diz:

    Vejam isto:
    http://www.youtube.com/watch?v=bl51O_26hxw

  97. Marciano Diz:

    Caraca, Biasa, assiti até aos 18 minutos, não consegui ir além, é muito chato.
    Peixotinho é o c*&%$)XY$.

  98. Ralf Leal Diz:

    Caríssimos, vi um comentário aqui dizendo que o espiritismo incita o charlatanismo. Aproveitando o exposto me extendo a todas as práticas “religiosas” que se utilizam da comunicação com espíritos: Tais práticas espirituais podem ter caráter duvidoso? No caso do Brasil, as religiões afro-descendentes também caem nesse quesito? A umbanda é legítima ou seus mistérios são charlatães também? Alguém aqui tem algo pra relatar a respeito, algo que ponha a prática umbandística à prova?

  99. Toffo Diz:

    Falando em Eurípedes Tahan, olha ele aí falando sobre as materializações de 1964. Ele (médico e espírita) acredita piamente que aquilo tudo existiu, cinquenta anos depois. O locutor do video comenta que as materializações de Uberaba foram consideradas fraudulentas e que CX teria sido enganado. O que chama a a atenção é que no seu depoimento, o Dr. Tahan afirma que o personagem principal das supostas materializações seria o próprio CX, em torno do qual gravitariam os “espíritos” que se materializavam, como que homenageando-o – pela sua estatura espiritual, por supuesto. Logo, soa estranho que CX pudesse ter sido enganado por uma médium fraudulenta se ele mesmo pareceu ter sido o pivô dos acontecimentos que aconteceram na casa dele! Seria o mesmo que passar-lhe atestado de bobo e ingênuo. O video termina afirmando que os espíritas acreditam que os fenômenos de Uberaba foram autênticos, a despeito de Otília Diogo ter sido posteriormente pega em fraude. Alegam que ela teria “perdido a mediunidade” depois de 1964 e continuava fraudando para garantir seu lugar ao sol.

    http://www.youtube.com/watch?v=LCKrSW-BgRw

    Por isso mesmo acho que o fanatismo e a cegueira provocada pela fé têm todos os argumentos possíveis na frasqueira para contornar os fatos desagradáveis ou desabonadores, ou seja, têm sempre uma resposta pronta, por mais absurda que seja. As materializações de Uberaba, os fenômenos narrados por Ranieri, as fotos espíritas do século 19, há uma enxurrada de fatos falsos que essa turma continua a justificar. Não tem remédio…

  100. Biasetto Diz:

    http://www.youtube.com/watch?v=TCEOy3GiFyY

  101. Biasetto Diz:

    O vídeo que postei mostra como funciona esta sacanagem.
    Porém, é produzido pela Globo, a mesma emissora que adora encher a bola de Chico Xavier e outros “médiuns”.
    E estas pessoas que são mostradas como picaretas/farsantes, são diferentes dos pastores e padres que enganam os fieis também?

  102. Marcos Arduin Diz:

    Ralf é o seguinte: qualquer ramo da atividade humana sempre terá em seu meio os honestos e os “izpertos”. Se no meio espíritas temos aí os Bacelli da vida, que falam e escrevem um monte de asneiras e têm que os adule, com a Umbanda não seria diferente.
    Lembra-me uma senhora que me falou desses trabalhos de umbanda e que eram necessárias coisas como galinha preta, farofa, velas de tal ou qual cor, etc e tal e solicitava-se também um item um tanto raro e caro, mas muito necessário: a cabeça de uma cobra. E o macumbeiro indicava um lugar onde TALVEZ encontrasse alguma.
    De fato, o desejoso do trabalho, encontrou na tal loja de artigos umbandistas a tal cabeça de cobra, que custou caro. Foi feito lá o trabalho e tal, mas resultado que é bom, neca!
    Num outro centro que o cara procurou, um espírito deu essa comunicação:
    _ Sabe aquela cabeça de cobra tão cara que você comprou? Pois ela já foi e voltou pra aquela loja uma dúzia de vezes!
    .
    E saiba também que os céticos, tão científicos e tão desejosos de acabar com as mistificações religiosas, também são obrigados a mentir para defender a fé cética.
    .
    Então vá se acostumando: safados e mentirosos, vai achar em tudo quanto é lugar. Nem precisa procurar.

  103. Marcos Arduin Diz:

    O Eurípedes Tahan era um dos médicos que estava lá e viu a coisa ao vivo e em cores. Se tudo era fraude, se tudo o que a Otília fez na cara dos médicos seria possível de ser feita da forma que começou a fazer depois que sua mediunidade “sumiu”, não custava nada ao dotô aí admitir o fato. É o que eu faria.
    Mas se o que ele viu, se os controles que ele e seus colegas usaram não permitia à médium e ao outro médium, o Feitosa, fraudarem, então não há motivo para ele se retratar e ir no que manda “o senso comum”.
    .
    Crookes tinha certeza do que fez e dos resultados que obteve e por isso nunca se retratou da validação de qualquer dos médium que validou, mesmo tendo eles sido eventualmente pegos em fraude.

  104. Arnaldo Paiva Diz:

    O PLÁGIO DE ANNA PRADO
    Anna Prado foi uma médium de efeitos físicos, muito famosa no Brasil no início do século XX. Nasceu em 1883 e morreu em 23 de abril de 1923 em um acidente no fogão ao incendiar as próprias vestes. Há dois livros básicos sobre ela, “O Trabalho dos Mortos”, de Raymundo Nogueira de Faria, e “O que eu vi”, de Ettore Bosio. Recentemente foi lançado um 3º livro, “Anna Prado, a mulher que falava com os mortos”, de Samuel Nunes Magalhães. A mensagem a seguir, feita por meio da escrita direta, é admitida ser uma cópia de uma mensagem constante em O Evangelho Segundo o Espiritismo, de Allan Kardec.

    Estive visitando este site, e me chamou a atenção o título acima que referência um trabalho de Anna Prado. A não ser que eu não tenha entendido bem, mas da forma como está escrito e apresentado, há um equívoco na análise do fenômeno que coloca a médium na condição de plagiadora. É que no fenômeno de escrita direta, apesar do nome e diferentemente da psicografia, não há participação direta do médium no fenômeno, ou seja, a sua participação é indireta, pois ele só serve de instrumento para fornecer o ectoplasma para tornar possível o fenômeno.

    À época, comumente a obtenção deste fenômeno (escrita direta), se dava com a utilização de duas ardósias, onde se juntavam as faces das mesmas, prendia-se ambas com braçadeiras, e entre as duas pedras se produzia a escrita feita diretamente pelo espírito sem a utilização da mão do médium.

    O mesmo fenômeno também podia ser obtido colocando-se uma folha em branco, dentro de um livro, e pouco tempo depois ao se abrir o livro, a folha estava com alguma mensagem escrita, portanto, ela não pode ter plagiado a mensagem acima apresentada. Exige, portanto, correção.

    Para os religiosos que estão fazendo críticas a esse fenômeno estudado pelo Espiritismo, eu os envio a consultar a Bíblia mais precisamente em Daniel cap. 5, vv. 5 e 6: os quais nos relata dois fenômenos de efeitos físicos que se deram ao mesmo tempo, um fenômeno de materialização (de uma mão), acompanhado do fenômeno de escrita direta, ambos se deram no festim de Baltazar conforme relato abaixo:

    “5 – Na mesma hora apareceram uns dedos de mão de homem, e escreviam, defronte do castiçal, na caiadura da parede do palácio real; e o rei via a parte da mão que estava escrevendo. 6 – Mudou-se, então, o semblante do rei, e os seus pensamentos o perturbaram; as juntas dos seus lombos se relaxaram, e os seus joelhos batiam um no outro”.

    E nos vv. 24 a 28 é dito o que foi escrito por esta mão:

    “24 – Então dele foi enviada aquela parte da mão que traçou o escrito. 25 – Esta, pois, é a escritura que foi traçada: MENE, MENE, TEQUEL, UFARSlM. 26 – Esta é a interpretação daquilo: MENE: Contou Deus o teu reino, e o acabou. 27 – TEQUEL: Pesado foste na balança, e foste achado em falta. 28 – PERES: Dividido está o teu reino, e entregue aos medos e persas”.

    Neste caso, como já falado acima, ocorreram dois fenômenos de efeitos físicos estudados, explicados e comprovados pela Doutrina Espírita. O fenômeno de materialização parcial (da mão), e a escrita direta, ou seja, a escrita feita diretamente pelo espírito sem necessidade da mão do médium .

    Abraço fraterno a todos
    Arnaldo Paiva

  105. Toffo Diz:

    É mais fácil argumentar que uma mensagem extensa como essa tenha sido obtida por escrita direta, trabalhosíssima como se vê, precisando juntar duas chapas de ardósia para que nelas resultasse algo escrito (imagino quanto tempo deve ter levado para obter a mensagem toda através de tal método), do que dizer que a mensagem foi simplesmente copiada, à mão ou à máquina, de uma fonte conhecida. O mais bizarro ainda é constatar que o produto dessa “escrita direta” seja praticamente o mesmo de outro texto preexistente, singular coincidência! Em outras palavras, se se pode complicar, para que simplificar?

  106. Arnaldo Paiva Diz:

    Presado Toffo
    Muita paz

    Acho que você não entendeu, quero dizer que sem levar em consideração se a mensagem seja pequena ou grande – não importa -, o que importa é que no fenômeno da escrita direta, o médium não tem participação direta sobre a escrita, ele não utiliza a mão para a escrita surgir, ele pode até ficar distante do ponto em que a escrita aparece, ou seja, a escrita simplesmente aparece numa folha de papel, ou em outra qualquer superfície, ela pode até se dar num ambiente enquanto o médium esteja em outro, a única coisa que é fornecida pelo médium, é o que se chama ectoplasma que inclusive é uma substância invisível, embora possa se tornar visivel.
    Portanto, não estou defendendo a médium, estou explicando o mecanismo do fenômeno, como ele acontece.
    Neste caso, se houve plagio, não foi através da escrita direta, porque como explicado, o seu próprio mecanismo não permite isso.

  107. Arnaldo Paiva Diz:

    Me desculpe, as duas últimas linhas me expressei erradamente, quero dizer que:
    Neste caso o plagio não foi feito por ela, porque o mecanismo da escrita direta não permite isso, agora se fosse através da psicografia, aí sim, podia ter sido feito por ela, de uma vez que ela teria escrito com suas próprias mãos, pois na psicografia o médium segura o lápis ou caneta na mão e executa a escrita supostamente ditada por um ser invisível. Ainda aqui, o plagio podia ser dela ou do ser invisível que a ditou.

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