QUANDO O PRÊMIO NOBEL PIERRE CURIE SE ENCONTROU COM A MÉDIUM EUSÁPIA PALLADINO (2011)
Este artigo, de Renaud Evrad, aborda os encontros do casal Curie com a médium Eusápia Palladino, um episódio ainda muito pouco conhecido, mesmo entre os parapsicólogos.
QUANDO O PRÊMIO NOBEL PIERRE CURIE SE ENCONTROU COM A MÉDIUM EUSÁPIA PALLADINO*
Renaud Evrard**
Em alguns livros de introdução à parapsicologia, lemos uma longa lista de eminentes cientistas e personalidades famosas que parecem ter posto um pé no campo da parapsicologia. Estes “cientistas VIP” nos lembram com nostalgia não só uma era de abertura, como também uma evidência de autoridade científica (Alcock, 1990). A referência a homens e mulheres de ciência para dar credibilidade a uma mensagem é técnica bem conhecida em sociologia cognitiva. Por si só, não pode validar a mensagem comunicada, mas seria realmente um argumento de peso citar o depoimento direto de um perito, sem tentar analisar as suas afirmações?
Existem ainda muitos pontos duvidosos sobre o papel que algumas destas personalidades desempenharam, já que suas histórias raramente são escritas com rigor. É o caso de Pierre Curie e Marie Curie, que são mencionados por sua participação nas experiências de efeitos físicos com Eusápia Palladino no Psychologique Institut Général (IGP). No entanto, o casal Curie teve diferentes perspectivas na sua abordagem à parapsicologia. Sabemos que eles tinham algum interesse pelo espiritismo (Blanc, 2009), e que defendiam sem discrição algumas ciências psíquicas do seu tempo (Bensaude-Vincent e Blondel, 2002). Só agora, através das correspondências do casal Curie, publicadas e não publicadas, podemos dizer que ambos estavam convencidos da importância da pesquisa em parapsicologia, mas usando um método que ainda hoje continua a ser questionável.
Por que o IGP convidou Eusápia Palladino?
O IGP foi uma tentativa francesa de estabelecer uma sociedade de pesquisa psicológica, incluindo o estudo de fenômenos paranormais e hipnose, seguindo o modelo britânico da SPR. Serge Youriévitch, escultor e agregado à embaixada russa em Paris, deu o impulso inicial em 1899 para estabelecer as pesquisas psíquicas como uma disciplina formal da psicologia e acelerar o reconhecimento – dos cientistas e do público – da autenticidade dos fenômenos paranormais.
Para se tornar convincente, Yourievitch buscou o apoio da dupla Charles Richet e Pierre Janet. Desde o início, o instituto se dividia entre duas tendências – a psíquica e a psicológica – que teriam muitas conseqüências. Em grande medida a tendência psicológica dominará a posteriori os primeiros anos da sociedade.
Charles Richet (1850-1935) sugeriu que o Psychologique Institut Général deveria estudar Eusápia Palladino, uma médium excepcional, que foi uma figura central na evolução da investigação psíquica.
Em 1902, os novos estatutos foram redigidos e seções especiais foram designadas para realizar a pesquisa em várias áreas, abrangendo o conceito de uma psicologia geral. A mais importante destas seções foi o grupo de estudos zoológicos em psicologia, seguido por uma seção para o estudo da psicologia coletiva/social e de um grupo para o estudo da psicologia moral e da criminalidade. O quarto grupo foi realizar a intenção original dos fundadores do Instituto, que é dedicado ao estudo dos “fenômenos psíquicos”. O fisiologista Jules Courtier, primeiro-secretário do Groupe d’Etude des Phénomènes Psychiques (Gepp), escreveu que “vamos tentar explorar esta região, situada nas fronteiras da biologia, psicologia e física, onde cremos haver observado a manifestação de forças ainda indefinidas” (Courtier, 1902, p. 3). Finalmente, Jacques Arsene d’Arsonval a denominou biopsicofísica.
Os primeiros membros do Gepp incluíam Jacques-Arsène d’Arsonval, Edouard Branly, Edouard Brissaud, Emile Duclaux, André Weiss e Etienne-Jules Marey, todos autoridades respeitadas em suas disciplinas. Como afirmou Brower (2005, p. 171), “representavam as heranças ideológicas e institucionais combinadas de Claude Bernard, Louis Pasteur, e Jean-Martin Charcot.” A participação do filósofo Henri Bergson trouxe a este grupo seu caráter transdisciplinar. Mas Pierre Janet não integrava este grupo, cujo programa de pesquisa está mais relacionado com a realidade objetiva dos fenômenos mediúnicos que a dos eventos psicológicos ou psicopatológicos.
As teorias do eletromagnetismo e da recente descoberta dos raios X e da radioatividade causaram muita especulação sobre o seu papel nos fenômenos inexplicáveis da mediunidade. Os membros do Gepp estavam otimistas sobre a possibilidade de que forças físicas desconhecidas desempenhassem um papel nesses fenômenos. Em seus primeiros anos, os membros do Gepp discutiram a autenticidade dos raios N. Um outro membro, Albert Fouillée, se refere a uma ligação entre a telepatia e a telegrafia sem fio. O paranormal se tornou um tema verossímil e, portanto, legítimo como objeto científico.
Embora isto produzisse muito pouco em prol da investigação que foi publicada nos primeiros sete anos de existência, o grupo estava se preparando para desenvolver uma vasta gama de pesquisas sobre os fenômenos da mediunidade. Novos membros começaram a se juntar ao grupo na época, como Pierre Curie. Charles Richet, em 1904, sugeriu que o grupo deveria estudar um único médium: Eusápia Palladino, que era uma figura central na organização e evolução da pesquisa psíquica. Desde 1888, as habilidades paranormais de Eusápia atraíram a atenção das principais figuras da comunidade internacional de investigadores psíquicos, ganhando o título de “diva dos cientistas” (Edelman), embora em várias ocasiões tenha sido descoberta fraudando em alguns experimentos. A SPR, no entanto, acabou por reconhecer que isso não significava que todos os fenômenos eram uma farsa.
Ainda que já houvessem sido feitos outros trabalhos com Palladino em sessões privadas ou de pequenos grupos de pesquisadores psíquicos, o estudo do IGP era um empreendimento de alto calibre, com um laboratório especialmente equipado, financiamento e uma equipe de investigação composta por autoridades reconhecidas, sobre a qual não existia a suspeita de simpatizar com as ciências psíquicas. Durante um período de três anos, Eusápia se sujeitou a quarenta e três sessões do IGP.
Eusápia Palladino (1854-1918) foi considerada como a médium mais famosa e a mais pesquisada de fins do século XIX a princípios do século XX, durante os anos de 1905, 1906 e 1907, num total de 43 sessões.
A vasta literatura sobre a médium Eusápia Palladino torna-a um tema inevitável na história da parapsicologia. No entanto, os detalhes do trabalho feito pelo IGP não foram completamente estudados; como exemplo das observações feitas durante este estudo, vamos seguir os passos de Pierre Curie, que em pouco tempo conseguiu formar uma opinião sólida sobre a natureza dos fenômenos observados e da importância de seu estudo.
As sessões de julho de 1905
Pierre Curie foi um grande físico que fez as suas primeiras descobertas com vinte anos, e logo se tornou um renomado pesquisador e professor. Em 1903, ele dividiu o Prêmio Nobel com a sua esposa, Marie Curie, e Henri Becquerel, por suas descobertas relativas à radioatividade. De onde provinha o interesse de Pierre Curie neste assunto? Seu pai, Etienne, um médico e homeopata, era simpático ao espiritismo. Seu irmão mais velho Jacques, que era um físico, também se interessava por estes fenômenos. Pierre acabou tendo a mesma curiosidade, como escreveu a Marie, sua futura esposa, em uma carta datada de 17 de setembro de 1894: “Devo confessar que esses fenômenos me intrigam muito. Acredito que haja temas intimamente relacionados com a física. […] Há algum agente desconhecido responsável por estes fenômenos. Seria apenas puro magnetismo?” Em primeiro lugar, P. Curie interpretou-o no contexto de seus temas de investigação. Havia uma busca espiritual de algo além da ciência, mas, principalmente, o que lhe interessava era a progressão do conhecido para o desconhecido. A chance de passar de especulação teórica para a investigação dos fatos apresentou-se a ele em 1905.
Courtier e Youriévitch foram os responsáveis pela maior parte da organização inicial da pesquisa, enfatizando a necessidade de dispositivos mecânicos para gravar e corroborar os efeitos observados nas sessões (mudanças de temperatura, movimento dos objetos, sons, aparições), bem como identificar os fenômenos fora do alcance da percepção humana (raios-x, campos elétricos, campos magnéticos, radioatividade, vibrações sonoras). A equipe tinha a intenção de eliminar a possibilidade de que os fenômenos, como observados, foram influenciados por erros de percepção como resultado de fadiga ou de falta de atenção dos observadores, ou de más condições na sala da sessão (Brower, 2005, p. 182-183).
Para acompanhar os eventos físicos da sessão, o grupo prestou uma atenção especial à condição fisiológica da médium. O exame de Eusápia seria contínuo durante toda a sessão, com o equipamento (escondido em outro quarto) e os observadores para registrar a pressão arterial, respiração, secreções, temperatura corporal, resistência elétrica, potencial elétrico de seus tecidos, reflexos, acuidade e campo visual, força muscular, tempo de reação, sensibilidade cutânea e os processos mentais (Courtier, 1908, p. 479-480).
Eusápia sentou-se na extremidade de uma mesa com P. Curie à sua direita e seis outros participantes ao redor. Os participantes prepararam o necessário em uma sala do apartamento do IGP, todos conhecidos uns dos outros mas desconhecidos para ela, sem a menor suspeita da presença de um cúmplice entre eles.
Curie deixou um relato pessoal da sessão de 6 de julho de 1905, aparentemente a primeira que havia freqüentado. Eusápia sentou-se na extremidade de uma mesa de 97 cm de comprimento, 50 de largura e 77 de altura, com P. Curie, à sua direita e seis outros participantes ao redor. Na parte de trás de Eusápia, uma cortina no canto da sala, uma cabine de formas triangulares na qual vários objetos são colocados “clamando por uma ação inteligente”: lápis, instrumentos musicais, etc. Os participantes prepararam o necessário em um quarto no apartamento do IGP (14, rue de Condé, Paris), todos conhecidos uns dos outros mas desconhecidos para ela, sem a menor suspeita da presença de um cúmplice entre eles. O quarto tinha 10 metros quadrados e era relativamente iluminado por uma lâmpada cercada por cortinas de madeira “para impedir que a luz brilhasse diretamente sobre o sujeito ou sobre os olhos da platéia” (Courtier, 1908, p. 418), e uma vela embaixo da mesa. P. Curie teve algum tipo de controle ao segurar a mão direita de Eusápia e colocar um pé sobre o pé dela e uma perna sobre a outra. Apesar da sua falta de conhecimento dos truques engenhosos que os médiuns usavam, de modo que pudesse evitar manipulações enganosas, P. Curie considerou os controles “de excelente qualidade durante toda a sessão” (a parte sublinhada é de Pierre).
Desde 1888, as habilidades paranormais de Eusápia chamaram a atenção das principais figuras da comunidade internacional de investigadores psíquicos, ganhando o título de “diva dos cientistas.”
Exatamente às 9h58min, a mesa de quatro pés subiu cerca de 30 cm e ficou suspensa no ar sete segundos. Eusápia tinha uma mão sobre a mesa, a vela debaixo da mesa permitia controlar os seus joelhos. Dois minutos depois, P. Curie colocou a mão sob a de Eusápia para ser o único em contato com a mesa. A mesa elevou os quatro pés a uma altura de cerca de 25 cms. e ficou no ar por quatro segundos. A mesa elevou-se novamente por dois segundos e depois caiu. A vela foi apagada, e P. Curie aplicou um controle nos joelhos de Eusápia apoiando uma mão sobre eles. No minuto seguinte, a mesa se levantou novamente quando Eusápia mantinha as mãos a uma distância de 25 a 30 cm.
Em uma sessão espírita, um colega de Pierre Curie, o físico Paul Langevin, foi tocado ao mesmo tempo no braço e na coxa por uma materialização que depois apertou seu braço e mão, enquanto controlava uma das mãos de Eusápia.
Poderia ter havido um truque na levitação? P. Curie não ficou convencido. Este jogo entre as mudanças incessantes das condições de controle e as da força do fenômeno gerou uma dúvida constante. Não haver contato entre a mesa e Eusápia ou algum outro participante eliminaria a explicação mecânica?
A sessão está longe de terminar. Eusápia pegou a mão de Pierre e levou-a para perto da cortina, a cortina caiu, como se magnetizada. Então, eles viram um braço negro, com contornos vagos, que tocou em vários dos participantes. Na cabine atrás da médium, os objetos logo se moveram, elevaram-se e trocaram de lugar. Pierre Curie escreveu em seu relatório que um bandolim saiu da cabine quando ele estava escondido por uma dobra da cortina. Por que estas observações imperfeitas, realizadas na escuridão da cabine? O famoso físico interpreta isso como uma forma de energia.
Um ceticismo progressivo
Pierre Curie saiu dessas sessões cauteloso, mas animado. Em dez dias, voltará duas vezes e será acompanhado por seus colegas de confiança a quem lhes pedirá para tomar o lugar com a responsabilidade de tornar sua experiência mais objetiva. Marie Curie e Edouard Branly participaram da reunião seguinte e observaram uma levitação parcial da mesa. Em uma reunião posterior, o colega de Pierre Curie, Paul Langevin, será tocado ao mesmo tempo no braço e na coxa, em seguida um aperto no braço e na mão, enquanto controlava uma das mãos de Eusápia. E o mais importante, P. Curie detém e a outra mão de Eusápia e ambos os físicos são tocados ao mesmo tempo (Courtier, 1908, p. 475).
Curie confidenciou ao seu amigo, o físico George Gouy, em uma carta datada de 24 de julho de 1905, que ele esperava ter outras sessões para ter uma melhor idéia desses fenômenos, porque ele não se deixa enganar:
“Tivemos algumas sessões na Sociedade de Psicologia com a médium Eusápia Palladino. Foi muito interessante e, realmente os fenômenos que vimos pareciam inexplicáveis como truques, mesas com quatro pernas suspensas, movimentos de objetos até a certa distancia, mãos que beliscam ou acariciam a pessoa, aparições luminosas. Tudo num local preparado por nós, com um pequeno número de espectadores, todos conhecidos nossos e sem qualquer possível cúmplice. O único truque possível é o que poderia resultar da extraordinária facilidade da médium como ilusionista. Mas, como explicar o fenômeno quando se está segurando as mãos e os pés dela e quando a luz é suficiente para se ver tudo que acontece? (…)” (Curie, em: Blanc, 2009, p. 583-586)
Os experimentos com Eusápia não lhe dão a mesma certeza que outros experimentos em seu laboratório, onde todas as variáveis estão sob controle. No entanto, acaba por ser um estudo legítimo. Como disse em 6 de fevereiro de 1906 a sua amiga e patrona Isabel Greffulhe. “Eu espero que nós possamos ter uma opinião inteiramente empírica sobre a realidade destes fenômenos em poucos meses. Se realmente existem, nada é mais importante do ponto vista da ciência, e é um mundo totalmente novo.” (Blank, 2009, p. 612)
Sessões na primavera de 1906
Pierre Curie cuidou de se valer dos instrumentos e do conhecimento científico que dominava e se põe a cargo da Segunda Comissão do IGP para realizar novos experimentos na primavera de 1906. Freqüentou cinco sessões, geralmente com Marie. As três primeiras foram bastante decepcionantes, mas na quarta, em 6 de abril, Palladino consentiu que os seus pés fossem amarrados com cordas às pernas da cadeira. P. Curie observou levitações e movimentos estranhos nas roupas de Eusápia. Ele colocava sua mão sobre a mesa, que estava levitando, sempre e quando uma das mãos de Eusápia se escondia sob o vestido.
O físico francês Pierre Curie (1859-1906) foi pioneiro no estudo da radioatividade. Ganhou o prêmio Nobel de Física em 1903. Em 1895, casou com Marie Sklodowska Curie (1867-1934), filha de professores poloneses, que desenvolveu uma parte importante de sua pesquisa. Foi a primeira mulher que ganhou dois prêmios Nobel em dois campos diferentes (física e química).
O físico segue dizendo que se fez “um excelente controle” (embora o quarto estivesse um pouco mais escuro) de muitos dos fenômenos físicos anômalos. Um dos fenômenos desta série fabulosa de eventos fez especificamente P. Curie reagir. Enquanto todos pensavam que Eusápia estivesse bem presa, o pedestal da mesa à esquerda foi levantado até a altura dos ombros do físico. Em seguida, o objeto aterrissou de cabeça para baixo na bandeja por trás da mesa. “O movimento não foi rápido, mas como se fosse guiado.” (Courtier, 1908, p. 472-473). Como explicar este arremesso inteligente? As forças da física clássica parecem incapazes de explicar este evento. Os pesquisadores ficaram surpresos com isso, ambos os fenômenos físicos e mentais, embora este último também pudesse envolver a manipulação humana.
A quinta reunião (10 de abril) será a última de P. Curie. Ele realizou os controles com Richet e ouviam-se batidas (pancadas) na mesa tantas vezes quanto os controladores exigissem. O físico tinha trazido um dispositivo para tentar canalizar a força psíquica de Eusápia. Ao nível do chão, perto da médium, colocou-se uma bola. Então, o que parecia ser um tubo foi posto em uma mesinha. Mas Eusápia não parecia gostar desse instrumento que limitava a sua liberdade de ação. De repente, uma tela foi sacudida fortemente, sem contacto aparente, e depois caiu.
Serge Youriévitch deu o impulso inicial para estabelecer a pesquisa psíquica como uma disciplina formal da psicologia e acelerar o reconhecimento da autenticidade dos fenômenos paranormais.
Os pesquisadores compartilhavam a crença de que o “ectoplasma” tinha medo de aparecer em plena luz. Mas a escuridão diminuía a qualidade das observações, de modo que Curie, com sua idéia de colocar um pano preto, impenetrável à luz, no solo, permitiu observar e identificar, em plena luz do dia, as ondas de energia. Havia espaço nesta área para um físico inventivo e criativo como ele era, e de fato ele inspirou as sessões de Eusápia com dezenas de idéias e sugestões que escreveu e entregou a Youriévitch ao final de cada sessão (Yourievitch, 1944). Sabemos que o P. Curie estava trabalhando em um anemômetro capaz de medir a respiração de Eusápia quando morreu em um acidente de carro em 19 de abril de 1906.
Richet lamentou a morte de P. Curie em apoio à metapsíquica. Poderia Curie receber o mesmo tratamento que receberam outros prêmios Nobel, como William Crookes e Charles Richet, se pudesse publicamente colocar-se a favor das ciências psíquicas, afirmando que seus estudos o levaram a admitir a existência de figuras de substâncias fantasmagóricas?
A crença subjetiva de Pierre Curie
Com efeito, no final da primavera de 1906, Pierre escreveu ao seu amigo Gouy como ele iria se dedicar à pesquisa psíquica:
“Tivemos mais algumas sessões com a médium Palladino (…). O resultado é que esses fenômenos realmente existem e não é mais possível para mim duvidar disso. É improvável, mas existem, e é impossível negar isso, após as sessões que tivemos, em condições controladas. Uma espécie de membros fluidos destacam-se da médium (além de seus braços e pernas normais) e estes membros mais ou menos amorfos pode pegar ou empurrar um objeto (Richet chama-o de ectoplasma) (…).
O que é extremamente preocupante é que se sentindo bem para admitir a existência de alguns destes fenômenos, acaba-se gradualmente admitindo tudo, até mesmo os fantasmas de Crookes e Richet. E então nós não sabemos como aceitar que as alterações de tais materiais possam ser produzidas de forma rápida e sem envolver quantidades prodigiosas de energia?
Eu gostaria que você pudesse participar das sessões como essas e não tenho dúvida de que, depois de algumas delas, você também se convencerá.
A dificuldade de estudar estes fenômenos é que nem sempre giram no mesmo círculo e não se reproduzem os mesmos movimentos dos objetos. Os experimentos devem ser conduzidos em uma determinada direção, o que é muito difícil.
Você, que tem uma intuição tão grande, com tanta freqüência sobre os fenômenos, como explica esses deslocamentos de objetos de uma distância, como concebe que a coisa seja possível? Existe aqui, em minha opinião, todo um território de fatos inteiramente novos, e estados físicos no espaço, dos quais não temos qualquer idéia.” (em Blanc, 2009, pp. 643-644).
Para P. Curie, não há problema em perguntar repetidas vezes sobre esses fatos, reproduzir as mesmas levitações de mesas, mas já é hora de entender o que é graças aos físicos. Concorda que para qualquer avanço na nossa compreensão destes fenômenos, é preciso condições de investigação rigorosa.
Para acompanhar os eventos físicos da sessão, o Institut Général Psychologique prestou atenção especial à condição fisiológica da médium, registrando a pressão arterial, respiração, secreções, temperatura corporal, potencial elétrico, reflexos, tônus muscular, sensibilidade da pele, processos mentais, entre outros.
Há dois grandes problemas evidentes neste estudo. Primeiro, o IGP não incluiu mágicos entre os experimentadores. No entanto, é evidente que o físico mais brilhante é um neófito em relação a um médium um pouco hábil. Um segundo problema diz respeito à metodologia da pesquisa: é possível essa abordagem realmente produzir dados científicos? A prova de sua autenticidade exige uma análise histórica e crítica das evidências a favor e contra. No entanto, esta análise geralmente acaba por ser incompleta. Por exemplo, P. Curie observou que o controle de Eusápia às vezes era “bom”, às vezes, “excelente”, às vezes, “perfeito”. Mas quais são as diferenças entre esses diferentes níveis de controle? E há centenas de perguntas sem resposta com este tipo de informação. Como observado por Michel Pierssens (2002), o principal obstáculo epistemológico intransponível dos dados históricos em parapsicologia é a literatura, isto é, a passagem da narrativa dos “fatos” para a autoridade que damos a esses fatos.
Curie foi um estudioso francês de seu tempo. Assim, parece, em princípio, muito surpreendente saber que se aprofundou no estudo dos médiuns. O físico teria uma atração “crédula” (Hurwic, 1995, p. 247) pelo mistério dos fenômenos espirituais? A análise de correspondência mostra que não há dois “Pierres Curies”, um cientista e um pseudo-cientista. Ao longo de sua vida, enquanto cientista, tentou medir, objetivamente, tateando para descobrir a realidade física que estava escondida por trás dos fenômenos observados. E foi isto, talvez, o que o fez ganhar o Prêmio Nobel.
Referênca original: Evrard, Renaud. CUANDO EL PREMIO NOBEL PIERRE CURIE SE ENCONTRÓ CON LA MÉDIUM EUSÁPIA PALLADINO. E-BOLETÍN PSI. Vol.6, No.1, Enero 2011.
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Este artigo foi traduzido para o português por Vitor Moura Visoni.
* Traduzido do inglês por Jorge Villanueva. Uma versão ampliada deste estudo foi originalmente apresentada na 54ª Convenção Anual da Associação Parapsicológica, em Paris, 2010. Versão resumida composta pelo autor.
** Renaud Evrard é um psicólogo clínico e doutorando na Universidade de Rouen, França. É membro do Grupo de Estudantes do Instituto Metapsíquico Internacional, Paris (www.metapsychique.org) e é filiado a diversas sociedades parapsicológicas. Seu interesse principal está centrado na parapsicologia clínica, histórica e teórica. Recebeu bolsas e prêmios por seu trabalho como a bolsa Eileen Garrett Scholarship 2008 (Parapsychology Foundation) e o Schmeidler Outstanding Student Award 2009 (Parapsychological Association). Co-fundou em 2009 o Centro de Informação, Pesquisa e Assessoria sobre Experiências Excepcionais (www.circee.org). Em 2010, juntamente com Koumartzis Nikolaos, desenvolveu o projeto World of Parapsychology (www.thewop.org) como uma forma de ajudar as pessoas de todos os países a dispor de informações confiáveis sobre as experiências paranormais e excepcionais, e melhorar as interações entre os poucos pesquisadores da parapsicologia mundial.
agosto 12th, 2013 às 10:49 AM
Vitor
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Gostei do artigo. É realmente um resgate e possui um imenso valor histórico. Vários desses estudos até onde entendi deixou a desejar em algum ponto. Houve algum estudo onde o processo fosse mais controlado desses fenômenos anômalos?
agosto 12th, 2013 às 10:57 AM
(…) o principal obstáculo epistemológico intransponível dos dados históricos em parapsicologia é a literatura, isto é, a passagem da narrativa dos “fatos” para a autoridade que damos a esses fatos.
(…) para descobrir a realidade física que estava escondida por trás dos fenômenos observados.
A realidade por trás desses fenômenos é que eles são Sobrenaturais. Por isso ninguém avançou nem um ι desde os tempos da Pitonisa 🙁
agosto 12th, 2013 às 5:46 PM
Interessante a explicação que os espíritos de Kardec dão ao fenômeno das mesas flutuantes. Dizem que o espírito envolve a mesa com seu próprio “corpo”, anulando o efeito da gravidade.
agosto 12th, 2013 às 6:16 PM
Na falta de argumentos, os negadores compulsivos vão dizer: “e por que esses fenômenos não ocorrem mais neste século, quando temos um aparato de controle tão eficiente?”
agosto 12th, 2013 às 6:54 PM
As mesas girantes e o ectoplasma são alérgicos ao fluído infravermelho…
agosto 12th, 2013 às 9:57 PM
“Há dois grandes problemas evidentes neste estudo. Primeiro, o IGP não incluiu mágicos entre os experimentadores.”
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Será que o Mr. M participaria de pesquisas espíritas?
agosto 12th, 2013 às 10:01 PM
Brincadeiras à parte, o dono do artigo fez mesmo questão de publicar a foto 3×4 dele?
agosto 12th, 2013 às 10:03 PM
NVF, os editores do boletim em que foi publicado o artigo que pediram uma foto.
agosto 12th, 2013 às 10:09 PM
Sanchez,
comentando:
01 – “Houve algum estudo onde o processo fosse mais controlado desses fenômenos anômalos?”
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Você se refere a mesas girantes, psicocinese de forma geral ou materialização?
agosto 12th, 2013 às 10:30 PM
Vitor
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Eu me refiro em geral: mesas girantes, psicocinese e materializações.
Eu sei que em relação a mediunidade e EQM está caminhando devagar primeiro estudando o cérebro durante o transe e esgotando todas possibilidades prováveis e daí criar meios de atestar o suposto fenômeno mediúnico do jeito que tem que ser (eu acho).
agosto 12th, 2013 às 11:11 PM
Vitor, entendi. Achei que ele tivesse publicando o artigo pela primeira vez, por aqui.
agosto 12th, 2013 às 11:11 PM
Oi, Sanchez,
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Quanto a mesas girantes o estudo mais promissor me parece ser o de Robert Hare, disponível aqui: http://archive.org/details/experimentalinv00hare
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Mas NÃO li o livro. Digo que ele é promissor porque o autor PARECE ter levado em conta as críticas da época relativas às mesas girantes.
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Quanto a psicocinese e materializações há casos de médiuns que nunca foram pegos em fraude, como Franek Kluski e Indrid Indridason, e mesmo Daniel Home. Apesar de eles não terem sido pegos em fraude, talvez haja espaço para fraude, e não me parece que a documentação das condições das sessões sejam tão boas como parece à primeira vista.
agosto 13th, 2013 às 6:51 AM
Sobre o Hare aí, do que sei é que foi o inventor do maçarico oxigênio-acetileno.
Ele ficou muito chateado de ver pessoas eminentes aderindo a uma loucura chamada Modern Spiritualism e então resolveu arregaçar as mangas e mostrar a essa gente como ela estava sendo enganada pelos salafrários spiritualists. E a impressa aclamou o fato, pois se um cara da estatura científica do Robert Hare ia investigar a coisa, logo toda a impostura estaria desmascarada.
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Mas deu azar: ele investigou a dita cuja e a VALIDOU. Foi um desastre para o pobre cientista, que acabou sendo avacalhado por todo mundo. Ele até havia redigido um memorial com os seus experimentos, que os grandes sábios de Harvard simplesmente mandaram pro lixo e lamentando a adesão de Hare àquele gigantesco embuste.
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Mas que falta de compromisso social desta brilhante universidade. Já que havia um gigantesco embuste enganando a muitos, não seria o caso de tão brilhantes sábios arregaçarem as mangas como o Hare e mostrarem onde o tal cientista fora enganado? Já que eram tão mais sábios que o Hare, então fossem eles os investigadores, a coisa seria muito diferente!
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Mas não. Fica mais um caso de INFELIZ DESCOINCIDÊNCIA.
agosto 13th, 2013 às 9:30 AM
O que me deixa impressionado neste artigo é como um cientista de renome Pierre Curie deixa escapar detalhes importantes na atestação dos fenômenos de Eusápia Palladino. Muitos são levados pelas suas crenças pessoais e não fincam seus pés nos chão.
agosto 13th, 2013 às 11:39 AM
Boa, Arduin!
agosto 13th, 2013 às 2:44 PM
Arduin.
“Projeto Blue Book foi o terceiro estudo conduzido pela Area 51, a United States Air Force (USAF), para investigar os objetos voadores não identificados (OVNIs). Iniciado em 1952, foi totalmente encerrado em janeiro de 1970. Foi antecedido pelo Projeto Sign e pelo Projeto Grudge.
O objetivo do Projeto Blue Book era determinar se os OVNIs eram uma ameaça potencial para a segurança nacional. Recolheram, analisaram e arquivaram milhares de notícias sobre OVNIs. Este foi o último projeto da USAF relacionado a extraterrestres de forma pública até agora.”
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Fonte: Wikipédia.
http://pt.wikipedia.org/wiki/Projeto_Blue_Book
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É um outro caso de descaso (eco proposital) com pesquisas sérias, segundo um ex-diretor do próprio projeto blue book, Cel. Robert Friend.
O Coronel lamenta que a conclusão de seus colegas foi a de que “os UFOs não representavam uma ameaça a nação, nem possuíam qualquer habilidade tecnológica além do alcance do conhecimento científico da época.”
Fonte: http://www.ufo.com.br/noticias/ex-diretor-do-projeto-blue-book-diz-que-ufos-sao-reais
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Muito parecido com o caso que você relatou.
Foi um desastre para o pobre coronel, que acabou sendo avacalhado por todo mundo. Ainda por cima o coronel era negro.
O coronel até tentou mover o assunto UFO para a Agência de Pesquisa de Projetos Avançados da Defesa (DARPA), sem sucesso. Veja que coincidência.
Mas que falta de compromisso social desta brilhante força aérea. Já que havia um gigantesco embuste enganando a muitos, não seria o caso de tão brilhantes sábios arregaçarem as mangas como o Cel. Friend e mostrarem onde o tal militar fora enganado? Já que eram tão mais sábios que o coronel, então fossem eles os investigadores, a coisa seria muito diferente!
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Os ufólogos nunca se conformaram com o fato, da mesma forma que os espiritoides nunca se conformam com nada que não referende suas crenças.
A ICAR nunca se conformou com a desmascaração do sudário de Turin. Existem outros sudários também, deve ser o milagre da multiplicação dos santos sudários.
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É sempre assim.
Por causa dessas mentes tacanhas não somos beneficiados todos os dias pelos maravilhosos conhecimentos que a espiritualidade, os ETs, os parapsicólogos, a tradicional sabedoria chinesa, etc., poderiam nos proporcionar.
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Já pensou se tivessem feito a mesma coisa com Newton, Sabin, Otto Hann, Enrico Fermi et al?
agosto 13th, 2013 às 3:22 PM
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MARCIANO DIZ: (atenção: o trecho está descontextualizado, antes que me acusem de descontextualizá-lo, sendo que nem mesmo bom descontextualizador sou): “É sempre assim.
Por causa dessas mentes tacanhas não somos beneficiados todos os dias pelos maravilhosos conhecimentos que a espiritualidade, os ETs, os parapsicólogos, a tradicional sabedoria chinesa, etc., poderiam nos proporcionar.”
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COMENTÁRIO: faltou citar fadas, duendes, gnomos, o incrível homenzinho verde comedor de pedras pretas, e o anãozinho gigante… que muito contribuem para o conhecimento de coisa nenhuma…
agosto 13th, 2013 às 3:30 PM
Esprit M. Le Professeur, es-tu là? Si oui, manifeste-toi en tournant la table dans le sens d’une montre!
agosto 13th, 2013 às 5:52 PM
Montava,
obrigado pelo complemento.
Saudações fora do contexto.
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M. Le Professeur ne parle pas le “françuá”.
Je le traduirai pour il.
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M. Le Professeur, Grassouillet pediu para que se manifeste, se estiver presente, girando a mesa no sentido horário (a mesa de Grassoillet, não a sua, Professor – senão ele não vai saber se a mesa girou mesmo).
agosto 13th, 2013 às 6:08 PM
Pardonnez moi.
On ne peut utiliser habituellement qu’une préposition suivie d’un pronom à la forme disjointe, je voulais dire “pour lui”.
agosto 14th, 2013 às 9:35 AM
De Morte, os médiuns e os ets e eteias não são comparáveis. No caso aí dos ovnis, tudo que se pode reunir são relatos de testemunhas que dizem ter visto um objeto assim ou assado ou frito ou cozido que voava pelos céus em dia tal, horário tal.
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Já no caso do Hare aí, os médiuns estavam vivos e DISPONÍVEIS, ao contrário dos OVNIs. Tudo o que o pessoal sábio de Harvard tinha a fazer era chamar ou ir atrás dos ditos médiuns, repetir os experimentos do Hare e em seguida bolar experimentos ainda mais restritivos e de fiscalização mais severa. E aí demonstrar que Hare errou assim, assado, frito e cozido e, graças a essa argúcia dos professores de Harvard, descobriu-se que os médiuns fraudam assim, assado, frito e cozido. Coisa que eu há anos venho tendo ver se algum cético sabe me demonstrar… Até agora: fracasso.
agosto 14th, 2013 às 9:38 AM
O problema da mente tacanha é o fato de estar emburrecida pelo poder da fé.
agosto 14th, 2013 às 11:27 AM
Quid est enim fides nisi credere quod non vides? (O que é a fé senão crer-se no que não se vê?).
Não ha necessidade de fé para entender-se que o Citrus limonia, conhecido como limão-cravo, é uma rutácea, fruto hesperídeo (resultante de um ovário sincárpico, pluriovulado, com epicarpo com bolsas secretoras de óleo essencial (essência bastante agradável ao olfato, diga-se), de mesocarpo esponjoso e endocarpo membranáceo com tricomas suculentos.
Tudo isto pode ser comprovado facilmente, examinando-se um exemplar.
Já examinar as conclusões do Hare é uma coisa complicada. É melhor ter fé.
agosto 14th, 2013 às 12:03 PM
Vitor
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Gostaria de saber se você conhece sobre as pesquisas de EQM e também se você pode me indicar algum livro, site ou artigo que traz informações seguras sobre o assunto.
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Muito obrigado por ter respondido minhas perguntas.
agosto 14th, 2013 às 12:33 PM
Já examinar as conclusões do Hare é uma coisa complicada. É melhor ter fé.
– É complicada pra nosotros hoje em dia, mas quando ele redigiu seu memorial, os sábios de Harvard podiam muito bem ter chamado o dito cientista (que não era pouca porcaria), mandado que trouxesse os médiuns com os quais trabalhou e vamos lá ver se realmente o que se disse é mesmo verdade.
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Mas NÃO O FIZERAM. Simplesmente decidiram do alto de suas cátedras que tudo aquilo era um embuste e mais nada. Falaram os sábios que NADA VIRAM, NADA EXPERIMENTARAM, NADA VERIFICARAM. Eles merecem TODA a sua confiança, certo? Já o Hare, que VIU, EXPERIMENTOU E VERIFICOU, ah! Esse a gente deixa pra lá.
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É isso o que chamo de PODER DA FÉ.
agosto 14th, 2013 às 12:47 PM
Arduin, como você mesmo costuma dizer, sacomé:
Alegações extraordinárias precisam de provas extraordinárias.
Como o Montalvão já disse, essas histórias são todas muito antigas e muito nebulosas.
Não houve nenhum progresso em todos esses anos, como costuma acontecer em ciência.
Erros, enganos, fraudes, até acontecem. Só que em ciência, com o tempo tudo fica esclarecido, existe um progresso que não se vê nesses casos.
agosto 14th, 2013 às 12:58 PM
Sabe por que Hare não foi levado a sério por seus contemporâneos?
In 1854, Hare converted to Spiritualism and wrote several books that made him very famous in the United States as a Spiritualist. In the same year he published a book entitled Experimental Investigation of the Spirit Manifestations. His work was criticized by own co-workers, but was warmly welcomed with enthusiasm by the Spiritualists.
O cara converteu-se ao espiritualismo, escreveu vários livros sobre o assunto, livros esses que o tornaram famoso nos States como espiritualista.
Isto é suicídio intelectual.
Não sei se você já escreveu algum livro de botânica, artigos, estou praticamente certo de que sim.
Experimente tornar-se famoso com livros de espiritismo e veja se não vai perder a credibilidade com os colegas.
Deve ser por isso que Rivail inventou aquela história de ter sido um druida e teve o cuidado de escrever o famoso Pentateuco sob pseudônimo. Ele tinha obras sérias. Hare não teve o mesmo cuidado.
Ele fez sua escolha, cuidado com as suas.
agosto 14th, 2013 às 2:56 PM
Erros, enganos, fraudes, até acontecem. Só que em ciência, com o tempo tudo fica esclarecido, existe um progresso que não se vê nesses casos.
Existe (progresso)-1. A mais comprobatória psicofonia foi a da Pitonisa há 2600 anos:
Sei quantos grãos tem a areia e a medida do mar,
entendo a língua do mudo, ouço o que não fala.
Sinto cheiro duma tartaruga cascuda cozendo num bronze com carne dum cordeiro,
bronze a envolve, bronze a cobre.
agosto 14th, 2013 às 2:57 PM
Falhou o teste do superscrito 🙁
agosto 14th, 2013 às 4:04 PM
Mais uma “religião” para otários:
http://pt.wikipedia.org/wiki/Raelianismo
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Site oficial no Brasil:
http://pt.rael.org/home
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Eles ainda se dizem ateus.
Já não se fazem mais ateus como antigamente.
agosto 14th, 2013 às 7:49 PM
“Arduin, como você mesmo costuma dizer, sacomé:
Alegações extraordinárias precisam de provas extraordinárias.”
– O que vem a ser uma prova EXTRAORDINÁRIA? E como é que deve ser apresentada tal prova? E de que adianta apresentar a dita prova se o pessoal cético não quer vê-la, como no caso aí dos sábios de Harvard?
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“Como o Montalvão já disse, essas histórias são todas muito antigas e muito nebulosas.”
– Todo aquele que só conhece o assunto por cima faz esse tipo de alegação. No caso específico do Hare, houve uma ótima oportunidade para que os sábios céticos pudessem por a mão na massa e demonstrar a falência do assunto Modern Spiritualism… Mas como SEMPRE acontece nesses casos, os sábios céticos têm mais o que fazer e só depois de os médiuns terem morrido é que conseguem achar tempo para analisar a coisa, mas aí… Infeliz descoincidência.
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“Não houve nenhum progresso em todos esses anos, como costuma acontecer em ciência.”
– Nem podia haver, já que os estudiosos da coisa nem puderem passar da fase de comprovação da existência dos eventos, já que os do contra proclamavam que não existiam os tais eventos, mesmo que nunca tenham visto médium algum, feito experimento algum, NADA.
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“Erros, enganos, fraudes, até acontecem. Só que em ciência, com o tempo tudo fica esclarecido, existe um progresso que não se vê nesses casos.”
– Erros, enganos e fraudes foram DETETADOS, PERCEBIDOS E CORRIGIDOS PELOS PESQUISADORES, meu caro. Os farsantes acabavam sendo flagrados. O pessoal cético atual ainda insiste em fraude, mas não sabe explicar como tais fraudes ocorreram. Por que esse problema?
agosto 14th, 2013 às 8:02 PM
De Morte, o Hare, VIU as coisas acontecerem na cara dele e tomou os devidos cuidados para não ser enganado. Então tinha diante de si algo FABULOSO, INÉDITO, UMA FRONTEIRA DESCONHECIDA. Sabia que não foi feito de pateta e por isso PÔS A BOCA NO TROMBONE. Só que se esqueceu de uma importante lei científica a respeito das verdades estabelecidas: se os fatos estiverem em desacordo com a teoria, rejeite os fatos. É assim que a coisa funcionou com ele. Senão, por que os sábios de Harvard não foram conferir se o cara estava certo ou errado? Mas ele não voltou atrás. Se a sociedade científica rejeitava a verdade em nome da pureza dos dogmas, então, tal como Galileu, ele decidiu: eu vou contar a verdade inteira.
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A minha prima, testemunha de jeová, levou um livro da sua seita, “Vida, Qual sua origem? Evolução ou Criação” a um conhecido dela de Campinas, acho que era professor na Unicamp. Queria que desse sua opinião quanto àquele livro. Dias depois, ele disse o que achava e aí ela falou de mim e que eu dissera cobras e lagartos da dita obra fajuta. Só então ele entendeu o propósito dela e disse que se ela já deixasse claro que era aquilo, nem leria o livro. Disse não concordar tanto assim com o meu posicionamento, mas ao saber que sou espírita, afirmou que NÃO CONFIARIA NUM TRABALHO CIENTÍFICO MEU.
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Um outro azar foi quando lá no antigo fórum Religião é Veneno, onde alguém perguntou sobre um livro de técnicas botânicas que escrevi junto com a minha orientadora. E pra piorar estava justamente num tópico “Prove que entende tudo de Espiritismo”. Quando a co-autora fez uma busca no Google e achou isso, deu-me o maior esculacho.
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Não sei o que uma coisa tem a ver com outra. Eu tive bons professores na USP, com muito cacife e muitas publicações feitas _ e das boas _ que são católicos ou protestantes. No que é que a fé cristã tem atrapalhado a competência científica deles? No que é que o Espiritismo atrapalharia a minha? Eu não justifico o que faço cientificamente recorrendo ao Espiritismo. Agora se há quem seja burro o bastante para não se mancar disso, eu não me guio pela burrice dos outros.
agosto 14th, 2013 às 8:40 PM
Fico feliz em saber que suas crenças não influem em seu trabalho, Arduin, por outro lado, isso não seria falta de confiança em suas crenças?
Os TJs com seus tigres e leões vegetarianos (depois do juízo final) não devem mesmo tomar o tempo de ninguém.
Eu só não confiaria no seu trabalho ou no de qualquer outro profissional, cientista ou não, se suas crenças influíssem nele. Por exemplo, imagine que você sustentasse geração espontânea só porque o Rivail acreditava nisso e disse isso no pentateuco kardecista…
Hare não teve a cautela que você tem, misturou as coisas, pelo menos é o que consta de sua história.
agosto 15th, 2013 às 11:35 AM
Por isso mesmo, de Morte, que o Kardec falou do Espiritismo como FÉ RACIOCINADA. Deixou claro que tinha que AVANÇAR COM A CIÊNCIA e não ir contra ela. Citando o seu exemplo, o da geração espontânea, à época de Kardec isso era um forte debate entre cientistas. Havia os que acreditavam nela e os que não acreditavam. Pasteur NÃO PROVOU que a geração espontânea não existia, mas sim que tudo aquilo que era apresentado como suposta prova de Geração Espontânea não passava de erro experimental ou de observação. O experimento simples, feito por Pausteur, era tão irrespondível, que os adeptos da Geração Espontânea simplesmente foram deixando a sala e Pausteur acabou sozinho nela. Isso aconteceu dois anos após a publicação da Gênese. Como ainda vivia, Kardec poderia ter feito uma reedição dela e do LE, retirando todas as referências à Geração Espontânea, mas infelizmente não o fez.
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Porém, geração espontânea NÃO É postulado ESSENCIAL ao Espiritismo. Kardec optou pela opinião de parte da comunidade científica de sua época e, infelizmente, pela errada. Onde está dito que sou obrigado a aceitar a tal geração espontânea só porque ela está em obras do Kardec?
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Essa é uma particularidade do Espiritismo, da qual infelizmente muitos espíritas não fazem uso dela, de aceitar o erro, admitir e seguir em frente.
agosto 15th, 2013 às 11:48 AM
Como é mesmo a história do Hare? Ele saiu dizendo que as leis da Física não valiam mais? Agora não era mais uma força física que fazia mover um objeto e sim uma ação espiritual EM TODOS OS CASOS? Não me parece ter sido isso. Ao que me consta, ele foi investigar médiuns exatamente para acabar com a alegria deles e acabou descobrindo que mediunidade não era nada do que ele pensava. Podia ele muito bem ser um Maria vai com as outras, dizer que “suspeitou de ter encontrado fraudes, mas estas eram tão hábeis que não pôde decifrar o mecanismo, mas certamente deveria existir” e com isso continuaria aclamado pelos colegas. Mas preferiu ser honesto. E como a comunidade cética tem se mostrado desonesta, fico com o Hare.
agosto 15th, 2013 às 12:46 PM
Marciano, sobre física quântica e espiritismo, dá uma olhada rápida neste artigo:
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http://bvespirita.com/F%C3%ADsica%20Qu%C3%A2ntica%20e%20Espiritismo%20-%20Um%20Alerta%20(Alexandre%20Fonseca).pdf
agosto 15th, 2013 às 3:18 PM
Arduin,
deixei uma pergunta para você, no artigo mais recente, sobre ceticismo.
A pergunta é só porque o articulista chama as membranas interdigitais dos morcegos de “asas”, o que não me parece correto, como leigo.
Peço-lhe o favor de responder a esta questão naquele artigo.
Obrigado.
agosto 15th, 2013 às 3:25 PM
NVF, não consegui abrir o link que você forneceu. Encontrei a matéria, por outros caminhos.
Parece-me que o autor é espírita e tenta defender a loucura que é associar espiritismo com mecânica quântica.
Não é coisa só de espíritas, está cheio de malandros forçando a mecânica quântica em tudo o que é charlatanice, virou moda. É uma área da ciência que desafia o que comumente se chama de bom-senso, o que parece ser útil à malandragem em geral.
É semelhante a essas propagandas de engenhocas inúteis que passam na tv, associando seus produtos a pesquisas da NASA.
Se o cara que associa quântica a qualquer porcaria não for capaz de explicar, em termos matemáticos, a equação de Schrödinger, não merece ouvidos.
É o caso do pobre-diabo Vereza.
agosto 15th, 2013 às 3:29 PM
A propósito, acabo de desenvolver um projeto de uma pipoqueira fantástica, com funcionamento baseado em princípios de mecânica quântica e nanotecnologia, o que possibilita que a pipoca nela preparada emagreça as donas de casa retardadas que pagarem uma fortuna pela geringonça.
Vou tentar um financiamento em algum órgão do PT, digo, do governo, para patrocinar o projeto.
agosto 15th, 2013 às 4:11 PM
Aliás vale registrar o correto posicionamento do famoso médium Raul Teixeira – que é físico -, entrevistado pelo Sítio Lavras 24horas em 9, julho 2010 –
http://www.lavras24horas.com.br/portal/raul-teixeira-medium-e-conferencista-fala-sobre-espiritismo-fisica-e-educacao/
Lavras 24 Horas: A Física Quântica realmente explica o Espiritismo?
Raul Teixeira: Tudo isso é uma fanfarronice. Não acho. É, assim. Não se esqueça que eu sou físico. E sou espírita. Então eu não acho. Estou dizendo o que é. O que acontece é que os religiosos de maneira geral se apropriam de tudo que acham simpático na Ciência, mesmo que eles não entendam. Então eles acharam que Física Quântica prova o Espírito (a existência do). Enquanto os físicos quânticos estão discutindo ainda os rumos da Física Quântica, os espíritas já se apoderaram, são donos dessa verdade. Então vemos que alguma coisa está errada. Não pode ser com os físicos, porque essa é uma área da Física. É com os espíritas. Então quanto menos a pessoa sabe das coisas mais ela fala a respeito. Quando a gente vai sabendo mais a gente passa a ter cuidados ao falar. Veja como todo mundo receita remédio. Porque não é médico, não entende de Medicina. Os médicos tem cuidado. Eles não receitam remédio sem examinar, sem saber o por quê. Quanto mais se sabe mais cuidado tem. Quanto menos se sabe mais a vontade as coisas ficam. Então não existe nenhuma relação de Física Quântica com o Espiritismo. A relação que existe entre Física Quântica e Espiritismo é a mesma que existe entre todos os fenômenos da Natureza e o Espírito.
Perfeito: é isso.
agosto 15th, 2013 às 4:20 PM
Outra dele na sequencia da mesma entrevista:
Então muitas vezes a “espiritada” é muito afoita. A pessoa não sabe juntar a, com b, com c, mas quer entender Física Quântica, que nem os físicos quânticos dominam.
🙂
agosto 15th, 2013 às 5:13 PM
Gorducho
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A entrevista do Raul Teixeira ficaria perfeita se ele aplicasse na sua própria área, pois o espiritismo no Brasil divorciou-se por completo da ciência. Uma pessoa como ele formada em física não sabe (ou não quer saber) o que tem mais no Brasil é “igreja espírita” do que “pesquisa científica espírita”. Ficou na mesma o espiritismo com uma proposta de ciência, mas que está só no papel.
agosto 15th, 2013 às 5:26 PM
Ou talvez ele tenha consciência que o Espiritismo é mesmo Religião, não?
Me parece que a postura da FEB (e talvez a dele?) é a correta. Assumir-se de vez como mais uma Religião – uma uma heresia do Catolicismo – e parar com a bobagem de querer ser demonstrável experimentalmente.
É Crença, Fé.
Antes que o Analista Nestor proteste: “Espiritismo” no sentido usual corrente do termo – não no sentido genérico de crença na existência de “espíritos”. Certo? Senão fica muito longo de cada vez precisar as definições 🙂
agosto 15th, 2013 às 5:43 PM
Se o Sr. observar, Analista Sanchez, a FEB publicou uma versão do Novo Testamento (sim, isso mesmo, não o ESE do Kardec!). Aparentemente eles encomendaram uma tradução direto do grego.
É isso, está correto. Assumir-se como Religião, sem pretensões “científicas”.
agosto 15th, 2013 às 5:48 PM
Marciano,
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Então achou o texto errado. Na verdade o autor é, sim, espírita, mas faz um alerta.
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“Apesar dos fenômenos ao nível quântico revelarem uma realidade muito diferente da que estamos habituados, carecemos ainda de maiores pesquisas antes de afirmar que a Física Quântica está confirmando os
princípios espiritualistas.”
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http://bvespirita.com/F%C3%ADsica%20Qu%C3%A2ntica%20e%20Espiritismo%20-%20Um%20Alerta%20(Alexandre%20Fonseca).pdf
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Se não abrir, é por causa do finalzinho “.pdf”, aí copia e cola no navegador.
agosto 15th, 2013 às 5:50 PM
Gorducho,
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A FEB e a ADE-RJ, se não me engano, assumem que o Espiritismo é uma religião.
agosto 15th, 2013 às 5:50 PM
O Espiritismo Kardecista é uma religião*
agosto 15th, 2013 às 5:56 PM
Quanto ao uso do termo Espiritismo, rendo-me à força do consuetudinário. Se insistem em dizer que espiritismo é só a vulgarmente chamada “mesa branca”, que seja.
agosto 15th, 2013 às 6:24 PM
Não é isso: já ficou visto que o Sr. tem razão. É que torna-se demasiado longo de cada vez qualificar, então é mais prático usar o sentido do senso comum, ou seja:
“Espiritismo” – tem o dogma da Reencarnação (na prática Kardecismo + Chiquismo);
“Espiritualismo” – sem esse dogma.
Na prática ocorre isso. Até em Portugal, se o Sr. falar “Espírita” (conversando com pessoas que tenham um mínimo de cultura e informação, claro), o cara associará com “espíritos” (claro 🙂 ) + Critianismo + Reencarnação.
agosto 15th, 2013 às 7:06 PM
O espiritismo é uma religião nos termos em que Kardec coloca na revista espírita de dezembro de 1868 de título “Sessão anual comemorativa dos mortos”. Quando a proposta de ciência espírita ela é coerente com os casos que a ciência convencional não conseguia responder ou ignorava porque tinha caráter “sobrenatural” e é nestes fenômenos que Ian Stevenson, Jim B. Trucker, Raymond Moody, Pim van Lommel, Gary E. Schwartz e tantos outros estudam. O que me lembra o post desse blog “Como o Ceticismo Impede o Progresso – Cuvier e Spallanzani (2006) por Guy Lyon Playfair”. Se o assunto é esdrúxulo e fere as mentes acadêmicas e céticas isso é uma coisa, mas para dizer que não é ciência terá que refutar nos termos expostos pelos pesquisadores e isso é ciência.
agosto 15th, 2013 às 7:19 PM
É por isso mesmo que eu fiz questão de definir bem o sentido de “Espiritismo”, i.e., o convencional, do senso comum. O da FEB e o dos Espiritualistas (UK, USA…). Essas pessoas (os Espíritas ou Espiritualistas nesse senso comum) não estão interessadas em investigar fenômenos. Aliás fogem de investigações que possam vir a atrapalhar a fé deles, como o Sr. pode observar eg. na outra rubrica.
agosto 15th, 2013 às 7:30 PM
Gorducho
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Entendi. Não tinha compreendido direito. Concordo com você em se tratamento de fenômenos raros e estranhos exige tratamento especial e rigoroso antes de sair proclamando resultados de caráter público. Agora se dizer que com essa investigação não vai sobrar nenhuma casa espírita/espiritualista em geral isso eu não sei te responder.
agosto 15th, 2013 às 7:39 PM
Gorducho
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Quando eu escrevi …”Agora se disser (escrevi errado)…” não quis com isso fazer essa passagem suas palavras. É licença poética! rsrs.
agosto 15th, 2013 às 8:01 PM
Gorducho,
Por essa eu não esperava! Parabéns ao Raul (pelo texto que você transcreveu, não pelas demais coisas que ele fala e escreve)!
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Abri o texto certo agora,
NVF.
Outro articulista que merece ser parabenizado.
Só discordo de que os que assumem a postura de fazer a associação inadequada estejam de boa-fé, mas ele não poderia dizer isso sem arrumar encrenca com os pares, então, entendo.
Bom texto, provindo de um espírita.
Esses caras deviam falar mais sobre Mecânica Quântica entre seus irmãos de fé.
Extrapolação é um termo eufêmico que ele usa (Alexandre), a comparação é alucinada, esquizofrênica e ignorante (ignorante do que seja a Mecânica Quântica).
Eu também acho que é melhor rejeitar 10 verdades do que admitir uma mentira.
Alexandre também é físico.
Eu não o conhecia e sabia que Raul Teixeira é físico, mas nunca dei maior importância.
agosto 15th, 2013 às 8:15 PM
Gorducho,
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Não sei se o requisito reencarnação entra no conceito de Espiritismo. Porque Kardec se referiu ao “espiritismo” inglês como espiritismo, igualmente.
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Enfim, de tanto ser xingado pelos espíritas e não espíritas, desisti de expor esse ponto de vista, rs.
agosto 15th, 2013 às 8:24 PM
Marciano,
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Carlos Imbassahy Filho também é físico.
agosto 15th, 2013 às 8:26 PM
OBS.: Falei isso aí de cima, pra ver se alguém faz uma piada, rs (quem conhecer a fama do Imbassahy Filho, entenderá).
agosto 16th, 2013 às 1:38 AM
Imbassahy Filho só fala asneiras. Físico ou não, é uma cavalgadura. Asinum.
agosto 16th, 2013 às 8:40 AM
Ele disse que a terra tem 3 luas.
agosto 16th, 2013 às 8:41 AM
E ainda colocou na conta da NASA: “foi a NASA quem disse.”
agosto 16th, 2013 às 9:13 AM
NVF Diz:
agosto 16th, 2013 às 08:40
Ele disse que a terra tem 3 luas.
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O pior que esses erros perpetuam até no plano espiritual. O Emmanuel afirmava que a luz da lua é polarizada. O pensamento dele era contemporâneo com a época. Vou colocar a referência mais tarde.
agosto 16th, 2013 às 9:27 AM
Aqui a está o trecho. (caixa alta é minha)
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8. A Terra requeria o concurso da Lua, que seria a âncora do equilíbrio terrestre nos movimentos de translação que o globo efetuaria em torno do Sol. (P. 20)
9. O orbe nascente necessitaria também de sua LUZ POLARIZADA, cujo suave magnetismo teria ação decisiva na reprodução de todas as espécies. (P. 20)
Livro. A caminho da luz. A Gênese Planetária
agosto 16th, 2013 às 9:35 AM
Mas que eu saiba a luz da Lua é polarizada… Não foi o Arago que descobriu durante o eclipse?
agosto 16th, 2013 às 11:44 AM
Gorducho
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A interpretação que eu vi da leitura é que a luz polarizada é proveniente da lua quando a polarização acontece no sol a lua apenas reflete essa luz. Na época tinha essa especulação.
Eu vou tentar trazer mais informações.
agosto 16th, 2013 às 12:29 PM
“A polarização da luz das estrelas, de cerca de 1%, foi descoberta independentemente por John Scoville Hall (1908-1991) (1949, Science, 109, 166) e William Albert Hiltner (1914-1991) (1949, Science, 109, 65). No mesmo ano Leverett G. Davis Junior (1914-2003) e Jesse Leonard Greenstein (1909-2002) explicaram no artigo The Polarization of Starlight by Interstellar Dust Particles in a Galactic Magnetic Field, Physical Review, 75, 1605 que ela era causada pela orientação dos grãos de poeira do meio interestelar com o campo magnético. A distribuição da polarização foi usada para mapear o campo magnético da Via Láctea por Krzysztof Serkowski, Don S. Matthewson e Vince L. Ford (1975, Astrophysical Journal 196, 261) e em 2002 por Pablo Fosalba, Alex Lazarian, Simon Prunet e Jan A. Tauber (Astrophysical Journal, 564, 762).
A polarização da luz se dá quando a distribuição dos vetores elétricos dos fótons em um feixe não é randômica. Normalmente distingüimos dois tipos de polarização: linear e circular. Na linear, os vetores elétricos são todos paralelos e com direção constante. Na circular, o ângulo do vetor elétrico gira com o tempo, na freqüência da radiação. Todos os tipos de radiação podem ser descritos como diferentes aspectos de radiação parcialmente polarizada elipticamente.”
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Vejam http://astro.if.ufrgs.br/telesc/node7.htm
agosto 16th, 2013 às 1:43 PM
Eu perguntei a um físico sobre esta questão e passo a resposta dele.
“Se a luz da lua fosse polarizada ela não seria vista da mesma forma de pontos diferente, a polarização, faz com que a luz vibre, oscile, de uma direção e não em outras.?”
agosto 16th, 2013 às 2:56 PM
Sobre física eu passo batido. Mas a terra não tem 3 luas, tem?
agosto 16th, 2013 às 4:55 PM
Tem 3 luas sim, mas você só consegue ver tomando absinto.
agosto 16th, 2013 às 4:57 PM
Sanchez e NVF,
parece que vocês não leram o que sugeri.
A luz das ESTRELAS é polarizada em cerca deUM POR CENTO, em razão de atravessar camadas de poeira interestelar.
Resumindo, é isso.
A Terra tem, convencionalmente, uma lua (na realidade, é um planeta duplo, resultante da colisão de dois protoplanetas).
Um físico não é, necessariamente, versado em astronomia, mas a questão não é astronômica, mas física (ótica).
E cx era um malandrinho.
agosto 16th, 2013 às 6:37 PM
Marciano
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Beleza. Esse 1% não influencia em nada na reprodução dos seres como afirma emmanuel.
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O link que você forneceu muito bom.
agosto 16th, 2013 às 6:37 PM
Marciano, eu até li, mas não compreendi. Outra linguagem pra mim essa da física, rs. Não sei nem o que quer dizer polarização de luz.
agosto 17th, 2013 às 12:34 AM
Pois é,
Sanchez, mesmo que fosse 100% não haveria influência.
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NFV,
tente este link, sobre polarização:
http://www.brasilescola.com/fisica/polarizacao-ondas.htm
agosto 17th, 2013 às 3:45 AM
Obrigado, Marciano. Bem explicado.
agosto 17th, 2013 às 2:36 PM
“Imbassahy Filho só fala asneiras. Físico ou não, é uma cavalgadura. ”
– Ele sabe françuá, mas não inglês. Será que publicou algum trabalho científico?
agosto 18th, 2013 às 12:55 AM
Arduin,
aposto que não publicou (em Física). Quanto a falar françua, eu sou uma cavalgadura ereta e falo françuá, dentre outras línguas. Big deal.
agosto 25th, 2013 às 10:11 PM
Tenho lido muito sobre espiritismo ultimamente. Neste blog encontrei as discussões mais racionais. Por isto peço ajuda nesta reflexão. Porque as manifestações divinas, espiritas, enfim, o que se entende por Deus, tem peculiaridades culturais? Quando penso nisto, acabo me convencendo que é uma visão humana, ou seja, Deus ou espíritos não se manifestam, somos nós que o fazemos. Aí acabo achando que o ateísmo é o próximo passo. Não sou fechado em nenhum conceito, mas para aceitar algo tenho que superar esta duvida.
setembro 11th, 2013 às 10:09 PM
Rogério, vc não precisa rodopiar em torno do ateísmo ou da credulidade. O q te recomendo é q siga o q é bom para vc e seja um livre pensador. Construa conhecimento sempre e seja humilde. Só isso.