Resenha do livro ‘A Mente Assombrada’, de Oliver Sacks, por Everton Maraldi (2013)
Resenha do livro de Oliver Sacks, “A Mente Assombrada”, lançado em 2012.
Sacks, O. (2013). A mente assombrada[1]. Tradução de Laura Teixeira Motta. São Paulo: Companhia das Letras, 287p.
Everton de Oliveira Maraldi[2]
Instituto de Psicologia Universidade de São Paulo – USP
Durante muitos anos, os profissionais de saúde mental viram nas alucinações um sinal praticamente inequívoco de psicose. Parecia inadmissível, dadas as convenções diagnósticas prevalecentes, que alguém pudesse regularmente ver coisas que ninguém mais vê, ou ouvir coisas que ninguém mais ouve, e não se encaixar no perfil de um esquizofrênico ou de um paranoico. Talvez um dos exemplos mais marcantes nesse sentido em toda a história da psicologia seja o famoso experimento de Rosenhan (1973). Ele e seus colaboradores (todos previamente avaliados como mentalmente saudáveis) haviam se apresentado a diferentes hospitais dos Estados Unidos fingindo sintomas de distúrbio psicológico. Suas queixas fictícias se resumiam a uma breve alucinação auditiva, uma voz não muito clara, que supostamente lhes dizia palavras como “vazio”, “oco” e “baque”. Se questionados quanto ao sentido das vozes, deveriam responder com frases do tipo “minha vida é vazia e oca”. Apesar de não apresentarem outro sintoma além desse, e a despeito de seu comportamento permanecer normal sob outros aspectos, Rosenhan e os demais foram internados com o diagnóstico de esquizofrenia (exceto um deles, diagnosticado com “psicose maníaco-depressiva”). A partir daí, qualquer atitude que tivessem durante sua internação, mesmo a mais banal, seria fatalmente interpretada pela equipe de profissionais de saúde como uma confirmação do diagnóstico previamente estabelecido. Os pesquisadores chegaram inclusive a anotar suas experiências; de início, faziam-no escondido, mas, ao perceberem que ninguém parecia se incomodar, passaram a fazê-lo abertamente. Tal atitude, ao invés de suscitar desconfiança, levou uma enfermeira a assinalar no prontuário de um deles o estranho “comportamento de escrita” do “paciente”. Curiosamente, os internos (isto é, os verdadeiros pacientes do hospital) foram mais sagazes, e manifestaram aos pesquisadores sua impressão de que eles pudessem ser “jornalistas” ou “professores” averiguando o local. Embora os médicos e outros profissionais concordassem que o comportamento dos pseudopacientes era “amigável” e também “cooperativo”, em nenhum momento a farsa foi descoberta. Remédios foram prescritos – os quais, todavia, os pesquisadores furtivamente não engoliram (eles vieram a ter conhecimento de que os doentes do hospital faziam o mesmo). Apesar do estresse e nervosismo pelo qual passaram, expostos ao confinamento psiquiátrico, os pesquisadores mantiveram estabilidade psíquica o suficiente para convencerem o staff dos hospitais de que estavam melhores, e já não ouviam as vozes. Pelas regras do experimento, cada qual teria de sair das instituições em que estava por seus próprios meios. Após um período de internação que variava, em cada caso, de sete dias a aproximadamente dois meses, os pesquisadores eram liberados com um prontuário em que se podia ler “esquizofrenia em remissão”.
Essa impressionante experiência gerou grande controvérsia e levou alguns a pensarem que aquilo que chamamos de ‘doença mental’ não existiria de fato, sendo tão somente a expressão de categorizações arbitrárias e impositivas. Essa conclusão, porém, é extremada, conquanto o estudo citado tenha servido para mostrar que os critérios diagnósticos existentes, e sua forma de aplicação (sobretudo, nas instituições psiquiátricas) precisavam ser revistos e aperfeiçoados. Podemos ler o relato de Rosenhan com outros olhos, e identificar nele os equívocos da equipe de profissionais que pretendia “tratar” os pesquisadores: desde sua insistência a tudo interpretar, passando pelo pouco tempo que efetivamente dedicavam aos pacientes do hospital, até seu apressado diagnóstico dos casos. E é claro: o estereótipo largamente difundido entre médicos e psicólogos de que as alucinações não podiam ser outra coisa que um sintoma de psicose.
Com o estilo pessoal e humano que é característico de suas obras, Oliver Sacks nos leva a refletir sobre as muitas facetas das alucinações, patológicas e não patológicas, no livro que ora resenhamos – traduzido para o português com o título de “A mente assombrada”. Em 15 capítulos repletos de relatos de pacientes, de trechos ilustrativos de obras literárias, de informação científica atualizada, e de suas próprias vivências com algumas das modalidades de alucinação detalhadas ao longo do livro, Sacks nos oferece uma alternativa mais rica e abrangente de estudo das alucinações, ao perscrutar suas variadas expressões fenomenológicas e os diversos fatores que as desencadeiam.
Logo no início da obra, Sacks esclarece sua intenção de não abordar as alucinações psicóticas, no intuito de desviar o foco da atenção para o vasto campo das síndromes neurológicas, das transições entre o estado acordado e o sono, dos relatos de aparições, dos estados alterados de consciência induzidos por substâncias psicoativas, das experiências de quase morte durante episódios de parada cardíaca, da sugestão hipnótica, do contágio psíquico e do delírio
Ao abordar as alucinações de pacientes vitimados pela Síndrome de Charles Bonnet, pelo parkinsonismo ou por certos tipos de enxaqueca, o autor esclarece que as estranhas visões, audições ou ilusões táteis e corporais às quais muitos desses indivíduos se acham vulneráveis são de natureza distinta das alucinações psicóticas, por raramente terem alguma importância pessoal para o sujeito, por carecerem de uma psicodinâmica evidente, por serem visões às quais o sujeito se vê obrigado a assistir, como a um espectador, sem que as imagens e sons interajam com ele ou tenham para ele qualquer significado aparente. Na imensa maioria desses casos, o teste de realidade se acha grandemente preservado, sendo os pacientes capazes, portanto, de perceber o caráter ilusório dessas experiências. Sacks insiste, todavia, na existência de casos mais complexos e limítrofes cujas demarcações são menos rígidas, e nos quais a presença de algum grau de demência ou de outras deficiências cognitivas e psicossociais tende a tornar o diagnóstico diferencial um verdadeiro desafio aos clínicos.
Mesmo ciente da complexidade envolvida na definição das alucinações, Sacks consegue estabelecer, de modo didático e instrutivo, certas variações fenomenológicas que são de grande utilidade para a compreensão dos sintomas alucinatórios. Para Sacks está claro que, nas alucinações, as imagens evocadas se projetam no espaço externo e possuem as mesmas (ou quase as mesmas) qualidades das coisas percebidas pelos sentidos. Na imaginação e na fantasia, porém, as imagens e outras sensações permanecem abstratas e às vezes nebulosas, e não se confundem com o mundo “lá fora”, sendo muito mais passíveis de controle e manipulação conscientes. Nas chamadas ilusões, por sua vez, o indivíduo tem a impressão de ver, ouvir, sentir algo, mas logo observa que estava errado em sua impressão inicial (como confundir um chapéu com outro objeto da mesma cor ou tamanho). Sacks também cita as “pseudoalucinações”, imagens que saltam aos olhos “tipicamente durante o torpor que precede o sono, quando estamos de olhos fechados” (p. 10). Embora não se projetem no espaço externo, tais visões compartilham de algumas das características das alucinações, como seu caráter involuntário, incontrolável e às vezes bizarro. Para o autor, “muitas alucinações parecem ter a criatividade da imaginação, dos sonhos ou da fantasia – ou os vívidos detalhes e a externalidade da percepção. Mas uma alucinação não é nenhuma dessas coisas, embora possa ter alguns mecanismos neurofisiológicos em comum com cada uma delas” (p. 13). Ele menciona estudos neurofisiológicos que demonstram o fato de haver “uma clara distinção entre a imaginação visual normal e as verdadeiras alucinações” sendo que “as alucinações fazem uso das mesmas áreas e trajetos visuais que a própria percepção” (p. 32-33). Não obstante, Sacks conhece bastante do tema que analisa para se contentar com definições estanques, e esclarece que há toda sorte de gradações entre essas várias experiências, podendo a ilusão se mesclar à alucinação, e uma fantasia muito intensa dar origem a alucinações.
Ao longo do livro, Sacks realiza um levantamento detalhado dos fatores que desencadeiam alucinações dos mais variados tipos: disfunção ou perda em alguma modalidade sensorial (como pessoas cegas ou surdas que passam a ter alucinações visuais e auditivas compensatórias à perda sofrida); privação e monotonia sensoriais (como em lugares isolados, silenciosos e ermos, ou durante certos rituais religiosos, onde tambores e outros instrumentos de percussão, quando tocados repetidas vezes, acabam por facilitar certas alterações de consciência); uso de substâncias como o LSD, o Ecstasy e a Ayahuasca; episódios de acentuado estresse ou trauma (como no chamado Transtorno de Estresse Pós-Traumático); fadiga, privação e paralisia do sono; e uma série de transtornos neurológicos e psicológicos que vão da epilepsia do lobo temporal, passando pela neurossífilis, até chegar aos transtornos dissociativo, conversivo e psicótico.
Quanto ao conteúdo das alucinações, Sacks também salienta que as explicações são multivariadas, e raramente se encaixam em uma única perspectiva teórica. Dentre essas hipóteses explicativas, a mais comum é, certamente, a da habituação (as alucinações se baseiam, em geral, no que o indivíduo foi acostumado a ver ou ouvir durante sua vida, isto é, o conteúdo tem por base suas próprias experiências sensoriais prévias). Mas há diversos outros aspectos a serem considerados, uma vez que muitas alucinações são dotadas de tal complexidade e inovação que não se pode considerá-las simplesmente como variações de conteúdos da memória do sujeito; certas alucinações merecem, efetivamente, a denominação de ‘criativas’, por combinarem as percepções de maneira única, por vezes de modo jamais sentido antes pelo indivíduo. Tais alucinações representam, de fato, uma ‘pedra no sapato’ das noções convencionais sobre a percepção. Com a perspicácia que lhe é característica, Sacks não deixa escapar a conclusão de que nossa ingênua concepção da realidade, segundo a qual nós percebemos o mundo de forma praticamente direta por meio de nossos sentidos, parece estar totalmente equivocada. Nossa percepção das coisas não passa, em grande medida, de uma reconstrução levada a cabo pelo cérebro. Um dos exemplos mais surpreendentes a esse respeito talvez seja o fenômeno dos membros fantasmas, em que pessoas amputadas relatam sentir dor, prurido, movimentos e mudanças de temperatura em seus membros já inexistentes. Outros exemplos intrigantes incluem as experiências fora do corpo e as alucinações autoscópicas e heautoscópicas (em que o paciente é assombrado pela visão de uma cópia idêntica ou semelhante de si mesmo repetindo suas ações ou agindo de forma autônoma, podendo sua consciência ser transferida para o alter ego alucinatório e vice-versa). Ao leitor leigo e ao cético refratário, tais relatos de experiências insólitas podem parecer demasiado fantásticos e contraintuitivos para serem verdadeiros, mas trata-se aqui de vivências reportadas por uma parcela significativa da população, não raro marcadas por grande sofrimento, e cuja investigação rigorosa mostrou serem mais do que meras invenções. Sacks explica que nossa imagem corporal e a noção ‘geográfica’ que fazemos do corpo são muito mais maleáveis do que imaginamos. O autor cita experimentos simples, mas informativos, em que, por meio da ajuda de câmeras e de braços mecânicos, ele passou a ter a nítida sensação de que sua consciência havia sido transferida para um robô, apesar de seu próprio corpo se achar em outra localidade.
As alucinações têm desempenhado um importante papel na vida das pessoas e na história das artes, da religião e da cultura, de um modo geral. Sacks menciona diversos casos de escritores, místicos e cientistas que obtiveram de suas alucinações a inspiração para suas obras e sistemas de pensamento. Como profissionais de psicologia, habituamo-nos a interpretar as alucinações como vislumbres de desejos, necessidades e conflitos inconscientes da pessoa. Mas Sacks também nos recorda de que elas podem ser uma porta para a compreensão da arquitetura do cérebro, e que seus sentidos e funções podem ser bem mais variados e extensos do que aponta nossa psicodinâmica individual.
Referência
Rosenhan, D. L. (1973). On being sane in insane places. Science, 179, 250-258.
Referência original: Boletim da Academia Paulista de Psicologia, v. 33, p. 497-501, 2013.
[1] Título original do livro: Hallucinations. Ano da publicação original: 2012.
[2] Doutorando no programa de Psicologia Social do IP-USP, bolsista FAPESP (Processo n° 2011/05666-1, agradecimentos pela bolsa concedida), membro do Inter Psi – Laboratório de Psicologia Anomalística e Processos Psicossociais da USP, Student Associate da Parapsychological Association (Estados Unidos), da Society for Psychical Research (Inglaterra) e da International Society for the Study of Trauma and Dissociation (Estados Unidos). Contato: E-mail: evertonom@usp.br
dezembro 7th, 2013 às 3:19 PM
Não é verdade o que diz Everton!
Refiro-me ao seguinte trecho, logo no início da resenha:
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“Durante muitos anos, os profissionais de saúde mental viram nas alucinações um sinal praticamente inequívoco de psicose. Parecia inadmissível, dadas as convenções diagnósticas prevalecentes, que alguém pudesse regularmente ver coisas que ninguém mais vê, ou ouvir coisas que ninguém mais ouve, e não se encaixar no perfil de um esquizofrênico ou de um paranóico”.
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Trata-se de uma meia verdade, porquanto ainda que alucinações sejam indicativos de psicose, EM GERAL, os PROFISIONAIS de saúde mental, e até leigos como eu, sabem também que alucinações podem ser induzidas por drogas, mesmo depois da cessação de seus efeitos ou de seu uso, pode ter como causa algum problema neurológico e, PRICIPALMENTE, pode ter como fator subjacente as crenças da pessoa, SEM QUE ELA TENHA QUALQUER PROBLEMA MENTAL.
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Como exemplo, transcrevo um trecho de uma ANTIGA apostila de um coordenador de residência médica em psiquiatria:
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“Características Específicas à Cultura, à Idade e ao Gênero
As distorções cognitivas e perceptivas devem ser avaliadas no contexto do meio cultural do indivíduo. Características gerais determinadas pela cultura, particularmente aquelas relativas a crenças e rituais religiosos, podem parecer esquizotípicas aos olhos de pessoas desinformadas (por ex., vodu, falar em línguas, vida após a morte, bruxaria, ler mentes, sexto sentido, mau olhado e crenças mágicas relacionadas à saúde e doença)”.
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Até cineastas sabem disso.
Acabo de ver um filme de Steven Sodebergh, roteiro de Scott Burns – “Side Effects” (efeitos colaterais, aqui no Brasil, “Terapia de Risco”, no qual, logo no início do filme, vemos um haitiano sendo tratado como um louco por um policial, porque tinha visto seu pai (falecido) dirigindo um taxi. O personagem principal, interpretado por Jude Law, um psiquiatra, explica ao policial que o indivíduo não é louco, que é haitiano, e que no Haiti é normal pessoas crerem em coisas assim, o que explicaria a atitude aparentemente irracional do outro personagem.
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ATÉ O PESSOAL DO CINEMA, leigos como eu, sabem.
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Não nego que profissionais incompetentes ajam como diz o Everton, eles existem em todas as profissões, não concordo é com a generalização, tentativa descarada de puxar a sardinha para a brasa dos que sustentam a bandeira da paranormalidade.
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Não estou nem um pouquinho impressionado com os títulos de Everton, mas sim com sua atitude, típica de psicólogos do paranormal.
Aconselho o autor a fazer doutorado em psicologia transpessoal (se não existe, vai ser criado qualquer dia desses).
dezembro 7th, 2013 às 3:32 PM
Marciano,
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essa apostila antiga tem quantos anos? 40? Tenho quase certeza que o Everton está se referindo aos anos de 1800 e lá vai fumaça.
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E devo dizer que estou há tempos chocado com essa sua atitude acusatória e sua arrogância (como julgar-se um dos poucos céticos sensatos… se ser sensato é isso, prefiro continuar do jeito que sou).
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Os céticos sensatos nunca produziram uma ideia que prestasse. Mais estrago foi feito por aqueles que eram “céticos” da teoria de germes transmissores de doenças de Semmelweiss ou de Pasteur do que por aqueles que acreditaram em entortadores de colheres. Como Francis Crick disse, “é melhor ter nove de suas idéias sendo completamente desmentidas, e a décima colocar em movimento uma revolução, do que ter todas as dez corretas mas serem descobertas sem importância que satisfazem os céticos.”
dezembro 7th, 2013 às 3:40 PM
O resenhista descobre e informa para nosso proveito que
nossa percepção das coisas não passa, em grande medida, de uma reconstrução levada a cabo pelo cérebro.
Impagável… como dizia minha avó espírita.
dezembro 7th, 2013 às 3:49 PM
Gorducho,
vc sabe que você retirou a frase do contexto, não sabe? A frase quer dizer muito mais do que o recorte que você fez. Levou muito tempo para a humanidade – e aí incluem-se os próprios cientistas – a aprender a duvidar de seus próprios sentidos.
dezembro 7th, 2013 às 4:37 PM
Porque retirei do contexto? Está explícito:
Com a perspicácia que lhe é característica, Sacks não deixa escapar a conclusão de que nossa ingênua concepção da realidade, segundo a qual nós percebemos o mundo de forma praticamente direta por meio de nossos sentidos, parece estar totalmente equivocada.
Segundo o resenhista, o autor do livro demonstra perspicácia porque descobriu o Kant explicou há 232 anos.
dezembro 7th, 2013 às 5:06 PM
Gorducho,
a conclusão é a mesma, mas os métodos, a base empírica, as observações que levaram a tal conclusão, são completamente diferentes. Kant usou o exemplo de um daltônico para ilustrar seu ponto. Sacks usou de experimentos simples que permitissem qualquer um comprovar o que dizia: Sacks explica que nossa imagem corporal e a noção ‘geográfica’ que fazemos do corpo são muito mais maleáveis do que imaginamos. O autor cita experimentos simples, mas informativos, em que, por meio da ajuda de câmeras e de braços mecânicos, ele passou a ter a nítida sensação de que sua consciência havia sido transferida para um robô, apesar de seu próprio corpo se achar em outra localidade. Trata-se de uma demonstração extremamente impactante, muito mais do que seria possível para Kant fazer à época.
dezembro 7th, 2013 às 7:11 PM
As alucinações têm desempenhado um importante papel na vida das pessoas e na história das artes, da religião e da cultura, de um modo geral. Sacks menciona diversos casos de escritores, místicos e cientistas que obtiveram de suas alucinações a inspiração para suas obras e sistemas de pensamento.
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Citaria entres eles, Tesla, dostoieviski, Van gogh e Einstein – q declarou uma vez ter tido uma visão sobre o universo.
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De fato, muito interessante!
dezembro 7th, 2013 às 8:31 PM
Vitor, confesso que fiquei irritado com o início da resenha do Everton, fui até grosseiro, por causa disso.
A apostila tem uns 15 anos.
Vou ler de novo, com mais atenção, a resenha do Everton e, se é como você diz, pedirei desculpas a ele.
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Quanto a você ficar chocado com minha atitude arrogante e acusatória, diga-me quem aqui no blog pode atirar a primeira pedra.
Talvez eu tenha sido açodado. Se o fui, apresentarei minhas escusas ao autor do texto. Mas meu estilo não difere em nada dos estilos dos demais comentadores; quando o pessoal não concorda, aqui, mete o pau.
Ainda me lembro de que quando fiz meus primeiros comentários no blog, VOCÊ foi arrogante e agressivo comigo, perguntando qual era a minha formação, dizendo que via-se logo que eu não era um cientista (como se você ou outros opinadores aqui fossem).
Lembra-se?
Naquela época eu respondi com igual agressividade, dizendo que via logo que você não era cientista também.
Você perguntou qual minha formação, respondi prontamente; quando eu perguntei a sua, você se esquivou, eu insisti e você disse que era formado em Engenharia não-me-lembro-o-quê.
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Então, cuidado com essa pedra aí.
O que você tem de mais elogiável é sua liberalidade.
Se quiser me policiar, pode me expulsar do blog.
Eu sou quem sou.
dezembro 7th, 2013 às 9:21 PM
Marciano,
eu teria que rever o contexto de quando fui supostamente agressivo com você, mas a questão não é ser cientista ou não, a questão é passar um discurso equivocado como se fosse um especialista no assunto. Daí eu pergunto a formação para saber se a pessoa tem um background que lhe permita falar com propriedade sobre determinada matéria, e se não tem, espero mais humildade dessa pessoa nos comentários seguintes. Eu mesmo costumo policiar meu discurso para evitar falar sobre o que não sei. Poucos possuem essa atitude, e eu mesmo falto com essa atitude por vezes (cada vez mais raras, espero). Você mesmo faltou com essa atitude quando disse que não existiam homens bomba ateus, só religiosos…menos mal que reconheceu o erro. E espero sinceramente que você peça desculpas ao Everton, que considero sim um cientista brilhante, e com uma formação de dar inveja até a mim. Achei muito agressivo e arrogante de sua parte criticar alguém SABENDO da formação dele, e sendo que você mesmo NÃO É DA ÁREA! Não que seja impossível criticar um especialista de outra área… mas nesse caso é preciso tomar muito mais cuidado e pensar várias vezes antes de apresentar sua crítica.
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Expulsões no blog só para casos extremos.
dezembro 8th, 2013 às 1:17 AM
Melhor assim, Vitor.
Estamos nos entendendo de novo.
Esse é o Vitor que conheço e de quem gosto.
Estou chegando agora, cansado.
Amanhã terei pouco tempo, mas vou rever os escritos de Everton.
Gostaria de ver também se ele tomou conhecimento do que eu escrevi, se ficou ofendido.
Eu sei que sou rude muitas vezes. Arrogante, mesmo.
Isto não é, contudo, minha marca registrada. Outros detêm o mesmo epíteto.
Veja, nas entrelinhas, o que você escreveu:
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“. . . e com uma formação de dar inveja até a mim”.
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Não sou da área, mas acho que percebo nessa frase um orgulho e uma auto-estima bastante inusitados.
Se o Everton causa inveja “até a você”, imagine uma pessoa simples, como se sentirá.
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Quanto ao fato de não ser da área, eu mesmo fico bravo quando vejo médicos, psicólogos, engenheiros, jornalistas, botânicos, etc. falando de Direito, mas não podemos nos esquecer do estudante de literatura que criticou Asimov.
Você reconhece isso.
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No mais, vou procurar refletir um pouco mais antes de escrever e só revidarei quando atacado.
O Everton tem direito de expressar suas opiniões. Assim como eu tenho o direito de discordar dele, mesmo não sendo da área, no entanto, como você disse e eu concordo, de forma mais cavalheiresca.
Independentemente do viés que possa ter a resenha do Everton, sem que ele tenha me atacado, não tenho o direito de retorsão.
Por isso, devo desculpas a ele, não pelo que eu disse, mas pela forma que o fiz e pelo fato de que ele não me atacou, aliás, até agora, nem sei se sabe que eu existo.
O diferencial do seu blog é que você permite que extensas e acaloradas discussões sejam travadas aqui, inclusive participando delas.
Continue assim.
Seja um moderador, mas não seja um ditador.
O blog é seu, claro que você faz o que quiser aqui. Só estou dizendo que gosto do jeito democrático que você tem exibido até agora, apraz-me que continue assim.
Eu gosto de comentar aqui porque é um ótimo lugar para trocar ideias com pessoas inteligentes, dificilmente reunidas em algum lugar físico.
Não sou dependente do blog, por outro lado.
Mesmo sem ser psicólogo, acho que você não gosta de covardes, tanto quanto não gosta de mentirosos.
Se algum dia eu chegar a ser expulso, que seja pela audácia, jamais pela covardia.
Eu sei que sou um cara difícil, pessoalmente sou muito pior. Dependendo do ponto de vista do interlocutor, claro.
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Também tenho me esforçado para policiar meu discurso. Fico exaltado às vezes, você já ficou, Biasetto também.
O importante é reconhecer quando se pisa na bola.
Se o Everton expõe seu pensamento científico a leigos, está se sujeitando a ler opiniões contrárias de leigos. E se ele é tão bom em Psicologia quanto você diz, não deve ter ficado ofendido, deve estar bem acima disso.
Não obstante, Everton, se estiver lendo, RELEVE A GROSSERIA. Vou procurar ser mais delicado doravante, jamais vaquinha de presépio. Não é meu estilo.
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Um pedido a você, Vitor: se precisar me admoestar novamente (lecture me, lembra-se? – justamente do artigo sobre Asimov), faça-o de forma privada. Sou seu amigo no face, você tem meu e-mail, e não gosto de admoestações públicas. Não fica bem.
E pra você, Vitor, um abraço.
Esqueça aquele antigo episódio de que falei, não fiquei ressentido, até porque revidei. Let bygones be bygones.
dezembro 8th, 2013 às 8:54 AM
Interessante é a especulação dele sobre alucinações epiléticas (a doença sagrada do Hipócrates) poderem ser a origem das crenças religiosas e experiencias místicas. Lembro que isso já foi dito aqui, o que confirma o excelente nível dos Analistas do Sítio!
Another type of hallucination — triggered by epilepsy, which Hippocrates called the sacred disease — may be the basis of religious belief and mystical experience, Dr. Sacks speculates.
[Renowned neurologist, author Oliver Sacks on religion: Is it a hallucination?
By Emily Esfahani Smith – Special to The Washington Times Tuesday, November 27, 2012]
dezembro 8th, 2013 às 9:17 AM
Acho q temos de ter cuidado ao falar sobres as alucinações. Alucinações visuais como sintoma de epilepsia no lobo temporal são rara, as auditivas, raríssimas, e normalmente vem acompanhada de outros sintomas como perda,progressiva de memória e cognição. Mais raro ainda é a alucinação olfativa. Não vou citar a fonte, mas isso me foi dito por uma neurologista.
dezembro 8th, 2013 às 10:00 AM
Conheci as obras de Oliver Sacks meio que por acaso. Um dia me caiu nas mãos o livro “Um antropólogo em Marte” e, daí para frente sempre que encontro algo dele não deixo ler. Chega a ser surpreendente saber como o cérebro reage em situações de crise, e algumas dessas reações podem mesmo ser tomadas como “autênticos” fenômenos mediúnicos (entre outras coisas). Tenho cá comigo que se há um ramo da ciência que nos fará (um dia) entender porque os humanos insistem tanto na existência de espírito, esse ramo é a neurologia.
dezembro 8th, 2013 às 10:06 AM
Pena que não se tenha acesso ao livro, cujas resenhas são todas excelentes.
Se bem que no meu caso psicologia não me interessa muito. Gosto mesmo é de Espiritismo e Metafísica.
dezembro 8th, 2013 às 10:11 AM
Está 20,21 – mais o frete, claro – na AMAZON.
Vou pensar nalgum outro livro de interesse p/juntar c/o frete, e talvez comprar…
dezembro 8th, 2013 às 12:00 PM
O xato dessas resenhas muito interessantes é q nos fazem desejar ler o livro… ahhh, meu tempo está muito curto…. parabéns Everton…
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Eh Marciano & Vitor, nós gostamos d vcs…
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Até d vc, fat boy, gostamos mermo…
rs.
dezembro 8th, 2013 às 7:01 PM
Marciano e demais debatedores,
Fico contente que esta simples resenha tenha gerado tanto interesse e discussão. Em resposta rápida às críticas feitas, quero dizer apenas que em nenhum momento neguei que o conhecimento sobre o caráter não patológico das alucinações fosse algo antigo. Posso citar, entre outros tantos exemplos, os estudos da Sociedade de Pesquisas Psíquicas de Londres, no final do século XIX, sobre alucinações na população em geral. Minha intenção (que parece ter sido basicamente a mesma de Sacks, embora este último tenha sido certamente mais bem sucedido) foi a de combater um estereótipo comum na prática clínica, qual seja, o de rotular alucinações como evidências quase certeiras de psicose. Para quem não possui uma formação em saúde mental pode parecer estranho que esse tipo de estereótipo exista, mesmo sabendo que pesquisas antigas já haviam desmentido isso. O fato é que a pesquisa científica nem sempre atinge de imediato a prática de um clínico, e pode levar muitos anos para que mudanças significativas de posicionamento ocorram. O estudo de Rosenhan, citado no início da resenha, ilustra bem o que quero dizer. Muitos no Brasil, por exemplo, ainda não conhecem adequadamente diversos estudos sobre a prevalência de esquizotipia na população (uma tendência não necessariamente patológica para a psicose, encontrada em pessoas saudáveis, e que está associada, entre outras coisas, à criatividade artística). Também concordo com o “Gorducho” que Kant já havia afirmado essencialmente o mesmo que afirma Sacks, mas muitos cientistas sociais e mesmo pessoas comuns ainda se comportam como se nossa percepção da realidade não fosse mediada por complexos mecanismos neuropsicológicos. Como bem disse o Vitor, a quem agradeço pelos comentários generosos, as evidências científicas fornecem um respaldo adicional para o que Kant e tantos outros já haviam afirmado. Afinal, não há como não se impressionar com os fenômenos relatados por Sacks em seu livro, os quais demonstram essas ideias de um modo que a argumentação filosófica sozinha não seria inteiramente capaz. Por fim, concordo com o “mhr”: o melhor a se fazer é ler o próprio livro! A intenção de uma resenha é sempre essa: divulgar uma obra de importância na área e instigar a discussão. Um abraço a todos.
dezembro 8th, 2013 às 7:06 PM
Obrigado pela minha parte, mrh.
A recíproca é verdadeira, inclusive quanto ao Vitor e ao Grassouillet, para quem vou mandar um trecho de um livro que estou lendo, pra deixá-lo com água na boca, só de maldade:
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“Introduction
When the word “hallucination” first came into use, in the early sixteenth century, it denoted only “a wandering mind.” It was not until the 1830s that Jean-Étienne Esquirol, a French psychiatrist, gave the term its present meaning—prior to that, what we now call hallucinations were referred to simply as “apparitions.” Precise definitions of the word “hallucination” still vary considerably, chiefly because it is not always easy to discern where the boundary lies between hallucination, misperception, and illusion. But generally, hallucinations are defined as percepts arising in the absence of any external reality—seeing things or hearing things that are not there”.
dezembro 8th, 2013 às 7:10 PM
Claro que é o livro de Sacks.
Gorducho, sei que você lê inglês, vai ficar esperando o quê?
dezembro 8th, 2013 às 9:09 PM
Para os que desejam ler o livro em português informo que o encontrei na Saraiva (R$ 45,00).
dezembro 9th, 2013 às 7:28 AM
Acho que finalmente nossa longa busca sobre qu’est-ce que le Spiritisme chegou ao fim!
dezembro 9th, 2013 às 7:29 AM
Li alguns artigos de Sacks em revistas sobre neurologia. Gosto dele por apresentar casos inusitados de anomalias cerebrais. Bom saber que visões e alguns tipos de alucinações podem ser não patológicos e revelar aspectos bem interessantes sobre nossa compreensão do mundo e de nós mesmos, mas resta uma pergunta: Como as percepções se tornam experiência consciente? Já que o pessoal gosta de Kant deixo um lembrete do seu célebre livro.
“Mas embora todo o nosso conhecimento comece com a experiência, nem por isso todo ele se origina justamente da experiência”
Crítica da razão pura – Introdução
dezembro 9th, 2013 às 12:31 PM
Eu tinha me esquecido desse tal de Oliver Sacks.
Em 1969, um grupo de pacientes que havia contraído a doença do sono (encefalite letárgica, tripanossomíase, ou tripanossomose), causada por um protozoário, o Trypanosoma brucei, foi tratado com uma então nova droga, L-Dopa, pelo Sacks.
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Depois de décadas de um estado catatônico, eles tiveram uma melhora estupenda, o que levou Sacks à fama, tendo ele escrito um livro publicado em 1973(Awakenings), o qual virou filme em 1990, com Robert de Niro fazendo o papel de Sacks.
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Muito bonito, só que Sacks foi acusado de embuste, porque com o tempo os pacientes desenvolviam uma tolerância progressiva ao medicamento.
A saída de Sacks foi aumentar as doses, que no início eram de 500mg diários, chegando a 6g. Com o tempo, a reversão do quadro foi inevitável, os efeitos colaterais dramáticos, catastróficos.
Em 1982 dezessete paciente já haviam morrido. Muitos, de mal de Parkinson. Todos os demais haviam revertido ao estado anterior.
O tratamento milagroso revelou-se desastroso.
Tudo isso, claro, foi omitido no filme, o qual passa a ideia de um gênio injustiçado.
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Quem quiser mais informações, pode encontrá-las aqui:
http://www.bjorklundnutrition.net/2012/07/awakenings/
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Aconselho os debatedores a pesquisarem por sua conta e verem, na verdade, quem é Robert Sacks.
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Desisti de ler o livro dele.
dezembro 9th, 2013 às 12:33 PM
ERRATA:
Quem faz o papel de Sacks é Robin Williams.
Não muda nada o resultado.
dezembro 9th, 2013 às 12:48 PM
Mais controvérsia sobre Sacks:
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Sacks has sometimes faced criticism in the medical and disability studies communities. During the 1970s and 1980s, his book and articles on the “Awakenings” patients were criticized or ignored by much of the medical establishment, on the grounds that his work was not based on the quantitative, double-blind study model. His account of abilities of autistic savants has been questioned by the researcher Makoto Yamaguchi,[24] and Daniel Tammet shared this view. According to Yamaguchi, Sacks’ mathematical explanations are also irrelevant.[25] Arthur K. Shapiro—described as “the father of modern tic disorder research”[26]—referring to Sacks’ celebrity status and that his literary publications received greater publicity than Shapiro’s medical publications, said he is “a much better writer than he is a clinician”.[27] Howard Kushner’s A Cursing Brain?: The Histories of Tourette Syndrome, says Shapiro “contrasted his own careful clinical work with Sacks’ idiosyncratic and anecdotal approach to a clinical investigation”.[28]
More sustained has been the critique of his political and ethical positions. Although many characterise Sacks as a “compassionate” writer and doctor,[29][30][31] others feel that he exploits his subjects.[32] Sacks was called “the man who mistook his patients for a literary career” by British academic and disability-rights activist Tom Shakespeare,[33] and one critic called his work “a high-brow freak show”.[34] Such criticism was echoed by a Sacks-like caricature played by Bill Murray in the film The Royal Tenenbaums.[35] Sacks has stated “I would hope that a reading of what I write shows respect and appreciation, not any wish to expose or exhibit for the thrill… but it’s a delicate business.”[36]
Fonte: Wikipédia.
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Para quem não lê inglês (não tem esse trecho na tradução da Wikipédia em português), resumo o principal:
Seu livro (awakenings, o que virou documentário e filme de ficção) foi criticado ou ignorado pela maior parte da comunidade médica, sob o argumento de que não era baseado no modelo de estudo duplo-cego (tão prezado aqui no blog), há quem sustente que ele explora seus pacientes, ele foi chamado de “o homem que confundiu seus pacientes com uma carreira literária, houve quem dissesse que seu trabalho era um circo dos horrores com afetação de sabedoria (high-brow freak show).
dezembro 9th, 2013 às 12:50 PM
Não quero mais saber de Sacks, deletei seu livro e virei a página neste tópico.
dezembro 9th, 2013 às 12:56 PM
Uma última transcrição:
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http://www.bluesci.org/?p=9549
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Behind the Science: The Notoriety of Oliver Sacks
By ADMIN | Published: MAY 15, 2013
Robin Lamboll looks at the controversial career of a neurologist who works with music
Oliver Sacks: professional neurologistd and bestselling author
It is rare for a popular science author to find themselves criticised for anything much more interesting than oversimplifying their subject. Dumbing down is not a problem many people have with Oliver Sacks, professional neurologist and bestselling author. His books are popular in the sense of being ‘accessible but enjoyed by everyone’, rather than ‘simple and containing nothing of interest for the expert’. As he opens his clinical casebook in The Man Who Mistook his Wife for a Hat, the reader explores the many curious disorders of the mind both on a personaland technical level. The reader may want to look up some of the more obscure references to the neurological principles each case brings to light, or might fall behind the scintillating analogies Sacks makes between disparate areas of medicine, literature and philosophy. However, they are likely to put the effort in—the subject is too interesting to miss out on.
Sacks originally achieved notoriety with the book Awakenings, which describes how people who suffered from sleepy sickness (encephalitic lethargica) were awoken from their decades-long sleep by the new drug L-DOPA. The book investigates how they dealt with restarting their lives after such a break from the world, the lingering effects of the illness and the many adverse effects of the drugs. The tale inspired both a film of the same name and the Harold Pinter play A Kind of Alaska.
However, amongst the acclamation, Sacks has faced significant criticism by several disability activists for his public depictions of the neurologically anomalous. Called “the man who mistook his patients for a literary career” by geneticist and disability activist Tom Shakespeare, he is accused of being nothing more than an intellectual freak show host, presenting each new monstrosity of the mind for our amusement. He is also accused, along with the rest of his profession, of institutionalising the ‘imperialist’ approach to diagnosis: the syndrome is described by the doctor, not the patient.
What is quite remarkable, though, is that many of those he studies barely realise that there is anything abnormal about them: for instance, people with memory problems soon forget them. The man who mistakes his wife for a hat would continue to do so if she did not complain, and our imperialist clinician often has to go to great lengths to demonstrate that he actually has a problem other than bad eyesight (his eyesight is actually fine).
Sacks notes that he only describes case studies after the patients (or, where relevant, the family) have consented, and never with original names. More recently, he has revealed that one case is in fact his own. The Man Who Mistook his Wife for a Hat includes the tale of a man who discovered ‘the dog beneath the skin’, an extraordinarily strong sense of smell that lasted for three weeks after he took a cocktail of drugs. His addiction to amphetamines during his time in San Francisco in the 60’s is not the only source of psychological abnormality. He has suffered from migraines accompanied by visual hallucinations since the age of four and also has the relatively common condition prosopagnosia, or face- blindness. Like other sufferers, he has developed other means of identifying people and these conditions are not generally a problem for him. What he considers his ‘disease’ is his shyness—he has never married and has spent much of his life with few friends. He says he finds it difficult to start conversations: “I never initiate contact. It’s a little bit like some of my Parkinsonian patients, who can’t initiate movement but can respond to music or a thrown ball.”
This interplay of music and psychology is a theme in many of his works but particularly in his book Musicophilia, where he investigates the restorative power of music both on typical individuals and those suffering from severe neurological problems. He is an amateur classical pianist and as a child he described his two favourite things as “smoked salmon and Bach”, so naturally has a general interest in both the clinical and the more spiritual aspects of music. As an art form involving multiple areas of the brain, he finds music more psychologically robust than simply speaking, finding that it brings to life many sufferers of Parkinson’s disease who have largely lost the ability to react to other things. Not that music is universally enjoyed; amusica sufferers are unable to distinguish between music and noise yet live an otherwise normal life, which prevents Sacks from overemphasising music’s importance. Nonetheless, for him “music communicates being alive”.
This idea of music as a form of therapy is also the basis for one of his more recent television series, Musical Minds. The idea is surprisingly controversial. While undoubtedly a fun experience, studies suggest that music has only short-term beneficial effects and although Sacks mentions a few exceptions, people may question what makes it a ‘therapy’ rather than ‘a relaxing or stimulating hobby’. Criticism of the TV series from disabled rights activists is also harder to shake off. The use of physical images of parkinsonian patients listening to music prevents anonymity. Sack’s general style of discussing persons as a whole, of sharing odd quirks and personality traits unrelated to their syndrome, also seems to have been reduced in the television series. It can be understood why this and other television series have not met with the same roaring approval as the books.
The interplay between music and psychology is a theme in many of Sacks’ works
As an individual, Sacks has plenty of quirks of his own. He usually eats canned fish for lunch and supper, and as a self-confessed compulsive eater does not keep too much of it in the house. He eats standing up, sometimes reading a book while he does so—the old Oxonian’s love of literature is clear in his works. As with his approach to patients, he has a fairly holistic approach to knowledge, and is as happy exploring the philosophical implications of a woman unable to feel her body as the physical. We normally sense the body directly through proprioception, which allows us to know that our hands are where we put them. This is part of an attack on scepticism championed by G. E. Moore and Wittgenstein, yet here is a woman who doesn’t know where her hands are unless she can see them!
Yet sometimes this holistic approach is to his detriment. A compassionate, individualised response to patients is necessarily opposed to the double- blinded try-it-and-see approach that progress in medicine arises from. While we all want a doctor who does the former, we also want doctors to base their treatments on large, formal studies rather than case studies, and there are times when his erudition spills into the realm of pseudoscience. He refers to Freud in his works more often than to actual scientists and has had twice-weekly sessions with his psychoanalyst for over four decades. However, this does not diminish what he has achieved: a lifetime of bringing to the general public an awareness of the many curious features of the mind, how it can malfunction and how people can continue to function regardless.
Robin Lamboll is a 4th year undergraduate at the Department of Physics
dezembro 9th, 2013 às 3:37 PM
Bem, nunca li Oliver Sacks, por isso não posso opinar sobre ele ou sobre esse assunto, que não domino. Entretanto, chamaram-me a atenção dois trechos da resenha do Everton que dizem:
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1) “Quanto ao conteúdo das alucinações, Sacks também salienta que as explicações são multivariadas, e raramente se encaixam em uma única perspectiva teórica. Dentre essas hipóteses explicativas, a mais comum é, certamente, a da habituação (as alucinações se baseiam, em geral, no que o indivíduo foi acostumado a ver ou ouvir durante sua vida, isto é, o conteúdo tem por base suas próprias experiências sensoriais prévias)”. Digo isso porque minha mãe, que se diz médium desde pequena, e sempre relatou durante toda a sua vida ver e ouvir espíritos, nasceu numa família de “bruxas” (sua mãe e sua avó eram médiuns e também relatavam que viam fantasmas) e cresceu nesse ambiente repleto de espíritos e de sessões espíritas familiares. Meus irmãos acreditam piamente que ela é realmente médium, embora esteja hoje sob o efeito da doença de AZ. Eu não. Acredito, sim, que haja um condicionamento desde a mais tenra idade, vivendo num ambiente meio mágico em que espíritos se misturavam às pessoas.
‘
2)“Ao longo do livro, Sacks realiza um levantamento detalhado dos fatores que desencadeiam alucinações dos mais variados tipos: disfunção ou perda em alguma modalidade sensorial (como pessoas cegas ou surdas que passam a ter alucinações visuais e auditivas compensatórias à perda sofrida)”. Uma das tias de minha mãe, minha tia-avó, era, digamos, a “rainha das bruxas”, tendo dado passes por mais de 60 anos de sua vida de 94 anos, e acreditava-se que ela via por dentro das pessoas e dizia o que tinha. Só que era surda-muda, tendo ficado surda por uma meningite aos 4 anos e, assim, parou de falar. Mas desde pequena, alegava ver espíritos de mortos e falava com eles. No final da vida, ela também ficou cega. Paravam ônibus de romeiros na sua porta, entravam e queriam ver e tocar a “santa”, o que aborrecia muito a família dela. Mas a pergunta que eu me faço é a seguinte: se ela fosse sã, seria tudo aquilo o que foi? Se não tivesse sido deficiente auditiva e de fala, teria igualmente esse poder?
‘
O caminho para essas explicações, a meu ver, estão no desenvolvimento da neurociência.
dezembro 9th, 2013 às 3:38 PM
O caminho para essas explicações, a meu ver, ESTÁ no desenvolvimento da neurociência.
dezembro 9th, 2013 às 5:04 PM
Olá Toffo,
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Talvez a maior contribuição de Sacks seja justamente a divulgação ao público leigo (o meu caso, por exemplo) do comportamento muitas vezes atípico quando, por exemplo, alguém perde um dos sentidos ou possui algum problema de ordem neurológica. Alguns desses comportamentos “esquisitos” são encontrados em muitos médiuns, o que sugere uma base neurológica para a mediúnidade. Um exemplo já exaustivamente discutido no blog seria o padrão epilético das ondas cerebrais do Chico Xavier (seria… não sei se essa informação está devidamente documentada).
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O assunto é bem complexo, na minha opinião, até porque fazer os testes e experimentos necessários para avançar no conhecimento do tema esbarram em barreiras legais e éticas. É por isso temos que nos contentar com a descrição de casos, como tão bem faz o Sacks.
dezembro 9th, 2013 às 7:54 PM
Numa tentativa de evitar que me chamem de radical, vou dizer como tive conhecimento de Sacks.
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Estava eu entediado, um dia, vendo televisão, quando vi o filme “Awakenings”, que aqui chamou-se “Tempo de Despertar”.
O filme era baseado em um livro, escrito pelo médico retratado na película.
Tratava-se de um caso real.
A ideia era a de que o médico teria sido sabotado, algo assim.
Ele havia descoberto um tratamento miraculoso e a comunidade médica ignorou seu tratamento, baseado em administração de L-Dopa, remédio novo, na época.
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Meu “baloney detection kit” foi imediatamente ativado, por eu ser cético e não ser dado a teorias da conspiração.
Fiquei curioso, resolvi investigar, descobri que fizeram um documentário da BBC, após a publicação do livro. Não consegui ver o documentário.
Pesquisando sobre o caso, tomei conhecimento das críticas ao trabalho do cara.
Investigando mais profundamente, vi que eram procedentes. NINGUÉM na comunidade médica engoliu a história, as mortes e a reversão da doença são fatos fartamente documentados. Além disso, sempre desconfiei de milagres, fantásticos ou científicos.
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O que Sacks fez foi semelhante a um médico que, diante de um paciente com um quadro inflamatório, em vez de buscar a causa da doença, tratar da causa, etc., entope o paciente de corticóides.
O paciente melhora muito, mas pode acabar morrendo, como aconteceu com os pacientes de Sacks. E o cara passa por um curandeiro milagroso, em outras palavras, um charlatão.
E não foi só isso. Ele não obedeceu ao protocolo do duplo-cego, adulterou dados, tudo documentado. É só vocês pesquisarem, não precisam acreditar em mim e nem quero que acreditem, quero que descubram por vocês mesmos.
A única conclusão a que pude chegar foi a de que não existe diferença entre cx, Walter Mercado e Oliver Sacks.
Espero não precisar mais falar desse cara.
Vou passar a somente ler os comentários, só me manifestarei se julgar extremamente necessário. Neste post, claro.
dezembro 12th, 2013 às 2:19 PM
Boa tarde a todos
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Estiva por alguns dias sem condições de participar dos debates, mas estou de volta e já vou deixando a minha opinião sobre o assunto deste tópico.
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Vejamos o que nos diz o início desse tópico:
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“Durante muitos anos, os profissionais de saúde mental viram nas alucinações um sinal praticamente inequívoco de psicose. Parecia inadmissível, dadas as convenções diagnósticas prevalecentes, que alguém pudesse regularmente ver coisas que ninguém mais vê, ou ouvir coisas que ninguém mais ouve, e não se encaixar no perfil de um esquizofrênico ou de um paranóico”.
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COMENTÁRIO: Embora eu não tenha grandes conhecimentos na área, mas me arrisco a abrir os meus comentários perguntando: Será que as reações químicas que ocorrem no interior das células podem explicar todos os fenômenos realizados pelo corpo humano? Todo o comportamento humano pode ser justificado pelo simples funcionamentos dos órgãos? Será mesmo que nós somos apenas corpo material, com um organismo formado de células, órgãos, tecidos, aparelhos e sistemas?
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O cérebro por exemplo. O que é o cérebro? Sabemos que é um dos órgãos mais importante do corpo humano, pois segundo a ciência materialista, é ele quem controla tudo o que nós fazemos, nossos movimentos, nossos pensamentos e até nossa memória. Será mesmo que nele está a sede da memória, e mais ainda, da atenção, até mesmo daquela atenção que se apresenta como uma fixação de idéia por exemplo, qual o mecanismo que se desenvolve no cérebro para manter uma fixação de idéia, uma atenção voltada para um único ponto? E os sentimentos como o amor, por que este sentimento não é para com todas as pessoas ou é para pessoas que nunca tínhamos vistos na vida; e a saudade será fruto de reações químicas do organismo? por que alguns sente saudades sem saber de quem, enfim, a abnegação, a renúncia, os ideais de justiça e fraternidade, do verdadeiro, do belo.
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Será mesmo que somente o funcionamento do cérebro, do sistema nervoso, as secreções de glândulas internas produzem todas essas reações humanas acima mencionadas, e ainda mais, explicaria as questões morais, e ainda mais, a inteligência? Não me refiro à inteligência onde a pessoa domine as ciências matemáticas, fala vários idiomas, tem pronta resposta para qualquer pergunta, enfim, não é esta inteligência formada pelo conhecimento intelectual, mas uma inteligência no sentido mais amplo, como faculdade de compreender – não sei se vou me fazer entender – o que lhe chega pelos cinco sentidos e se desenvolve com associação de idéias, com o raciocínio, a imaginação, à memória, enfim.
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Por mais fundamental que seja no corpo físico, não podemos esquecer que o cérebro é um órgão material, que pode ser visto, fotografado e até mesmo submetê-lo a uma cirurgia, mas e a mente, o que é a mente? A mente não é um órgão do corpo físico, não exerce uma função como qualquer outro órgão no corpo físico, e ao contrário do cérebro, não pode ser vista, nem fotografada nem submetida a uma cirurgia, não existe nenhum órgão que possamos dizer que é a nossa mente, portanto, para a ciência materialista a mente ainda é um enigma, um mistério, tem apenas uma pálida e imperfeita idéia do que ela seja, e por isso mesmo, a dificuldade de diagnosticar qualquer sintomas ou fenômeno que ocorre baseado na mesma.
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Temos os nossos cinco sentidos que são gates que através deles são enviados sinais para que o cérebro execute a função correspondente no corpo físico, portanto, há um sinal primeiro. Tomemos como exemplo o funcionamento da visão, a luz atravessa a córnea e se dirige à retina a qual transforma o sinal num estímulo nervoso, este é conduzido ao centro da visão no cérebro que o interpreta e nos permite ver os objetos, houve então, um impulso luminoso que desencadeou todo o processo que constitui a visão. Mas, antes de todo esse processo, houve uma ação primeira que teve origem fora do cérebro, ou seja, o pensamento e a vontade, foi na mente que se originou o pensamento e a vontade, o cérebro serviu apenas como instrumento de manifestação da mente que expressa uma inteligência.
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Se formos levar em consideração que os que veêm além da faixa visual do comum dos homens são considerados esquizofrênicos ou paranóicos, diríamos então que os cães, gatos e cavalos são todos esquizofrênicos e paranóicos, pois todos não somente veêm numa faixa de frequência que nós não vemos, como também escutam sons que está fora do nosso alcance auditivo.
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Continua
dezembro 12th, 2013 às 9:02 PM
Arnaldo,
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Embora eu particularmente seja simpático a 1 dualismo tipo cartesiano, ñ posso deixar d observar q o tempo passou, a fila andou etc.
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No caso do sentimento do amor: na vida dos seres subumanos, ñ existe sentimento + vulgar q esse; longe d ser 1 atributo somente humano, uma excepcionalidade, algo sublime etc., é trivial, quase universal – enfim, nada d superior ou divino, pelo contrário, animal.
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Nos reptilianos + ‘atrasados’, vemos a presença em germe desse sentimento; vi 1 documentário no qual 1 gigantoqquer koisa passava meses cuidando dos ovos, até quase morrer d fome, p/ garantir q chockassem. Lutou c/ animais do seu tamanho p/ garantir isso. Só foi embora qdo os ovinhos vingaram.
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Logo em seguida, tomada d fome, a mãe começou a correr atrás dos filhotes p/ devorá-los. Eles subiram em árvores, esconderam-se em fezes e conseguiram vingar.
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Vi ali a presença do amor, d renúncia, da abnegação e… sua realidade tb. 1 instinto q dura apenas o suficiente p/ a natureza garantir a próxima geração. Após isso, o indivíduo volta a seu estado normal, e busca a autopreservação.
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Vi outro documentário interessante: a ave lutava p/ manter vivos seus filhotes, dentro do ninho, contra cobras, outras aves, humanos q c aproximavam etc.
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Mas qdo 1 filhote s/ querer saiu fora da região próxima ao ninho, ela ñ + o reconheceu como filhote, ñ o alimentava, ñ o protegia, até o atacava como corpo estranho. Por centímetros os instintos falhavam.
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Karo, penso q no kaso do amor, renúncia, abnegação, sacrifício, todos esses “elevados” sentimentos, ñ c prova senão nossa origem subumana.
dezembro 12th, 2013 às 9:46 PM
MRH,
belo exemplo de como funciona a seleção natural.
dezembro 12th, 2013 às 10:52 PM
Sim, exatamente. Mero recurso reprodutivo… claro q nos seres humanos até se amplia 1 tanto, mas nada q insinue algo d divino ou suprahumano.
dezembro 12th, 2013 às 11:35 PM
Conheci o Oliver Sack através de uma palestra no TED e fazendo umas pesquisas cheguei até aqui. Agora, penso como Arnaldo Paiva, que deduzo ser espírita. Acreito que mrh esteja confundindo o sentimento amor com o instinto de conservação, que possuem os animais. Por acaso os outros animais teriam, por exemplo, o amor à pátria, como é sentido por alguns humanos? Ou, por exemplo, o amor de Gandhi pela libertação de seu povo, é visto e sentido entre os outros animais? O instinto de conservação sim, é percebido entre todos os animais e entre humanos, mas isso está muito longe de ser amor.
dezembro 13th, 2013 às 10:22 AM
Duas observações a respeito da nota de Arnaldo: ela reflete o pensamento do século 19.
Como disse o Márcio, o tempo passou e a fila andou.
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Em segundo lugar, ele fala em “ciência materialista”. Não existe ciência materialista. Existe ciência, ponto.
dezembro 13th, 2013 às 6:24 PM
(…)mente ainda é um enigma, um mistério, tem apenas uma pálida e imperfeita idéia do que ela seja,
Sim, há coisas sobre as quais pouco ou nada sabemos. A origem do universo é uma delas; a mente; e muitas outras.
E daí? Ficaremos algum dia sabendo? Pode ser que sim; pode ser que não.
dezembro 13th, 2013 às 7:24 PM
Pessoas com lesões cerebrais com sequelas são a prova cabal de a consciência e demais funções estão localizadas no cérebro.
dezembro 14th, 2013 às 1:51 PM
Boa tarde MRH
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Você diz:
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Arnaldo,
Embora eu particularmente seja simpático a 1 dualismo tipo cartesiano, ñ posso deixar d observar q o tempo passou, a fila andou etc.
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COMENTÁRIO: O que é o tempo MRH? Talvez se torne uma resposta bem simples se tomarmos o tempo como duração dos fatos, e para isso temos as medidas usuais como minutos, horas, dias, semanas, meses, anos, séculos, e assim por diante. Mas se formos analisar mais profundamente, pode ser uma resposta mais complexa do que imaginamos.
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Inspirado em Hermínio Mirando no seu livro A Memória e o Tempo, vemos que Santo Agostinho – que não era nenhum ignorante -, confessou a sua dificuldade em definir o tempo. Assim perguntou para si mesmo: “O que é então o tempo? Se ninguém me perguntar, eu sei; se desejo explicá-lo a alguém que me pergunte, não sei mais”.
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Mas parece que ninguém se interessou tanto pela idéia de tempo como Aristóteles, principalmente na sua Física. Para ele o tempo seria uma quantidade contínua formada de passado, presente e futuro, como um todo. Acontece que quando ele analisa mais profundamente a questão de tempo, ficamos sem saber se presente, passado e futuro são meros rótulos para fins didáticos. Podemos dividir o tempo? Aparentemente sim, pois temos o ontem, o hoje e o amanhã.
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Mas segundo Aristóteles, o hoje, ou o “agora”, é uma partícula indivisível de tempo, encravada entre passado e presente e que, de certa forma pertence um pouco de cada um deles, pois do contrário não poderia ligá-los. Isto quer dizer que há no momento a que chamamos presente, um pouco de passado e um pouco de futuro. Portanto, o “agora” é o fim e o princípio do tempo, não ao mesmo tempo, contudo, mas o fim do que passou e o início do que virá.
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Esse momento fugaz de dificílima apreensão intelectual passa por nós, segundo Santo Agostinho, a uma velocidade tão fantástica que “não lhe resta nenhuma extensão de duração”, donde podemos concluir que o presente não existe, pois seria um mero ponto abstrato onde uma eternidade futura está em contato com uma eternidade passada.
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No Livro IV, capítulo 10 da sua “Física”, Aristóteles diz que “se o tempo é das coisas que existem, então deve ser divisível ou composto de partes. Uma parte dele já foi e não é mais, enquanto a outra virá a ser mais ainda não é”.
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Por outro lado, admitindo-se que o “agora” seja o elo que une passado e presente, o tempo não é feito de “agoras”, mesmo porque o “agora” está sempre mudando, como se passasse por nós a uma velocidade vertiginosa, conforme dizia Santo Agostinho. Realmente, a palavra que você acaba de ler já mergulhou no passado, letra por letra; a palavra que você ainda não leu, é futuro. Espremida entre essas duas eternidades que se fundem numa só, está uma realidade praticamente inabordável, a que chamamos presente.
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Portanto, o que passou está ligado ao agora e ao futuro, só os materialistas estão no início mas ainda vão chegar ao futuro pelas experiências do agora. Se não conseguiram entender, então só lhes resta aguardar o futuro e aí entenderão. Para isso irão obrigatoriamente reencarnar quantas vezes se fizerem necessárias, é da lei. É isso ai.
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Diz ainda MRH:
No caso do sentimento do amor: na vida dos seres subumanos, ñ existe sentimento + vulgar q esse; longe d ser 1 atributo somente humano, uma excepcionalidade, algo sublime etc., é trivial, quase universal – enfim, nada d superior ou divino, pelo contrário, animal.
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COMENTÁRIO: Prezado MRH, vou procurar me fazer entender usando como analogia o computador, que hoje nos beneficia em todas as nossas atividades, principalmente pela rapidez e a perfeição com que o faz, mas apesar de toda essa “grandeza”, ele não é inteligente, não sabe raciocinar, pois só faz o que mandamos baseado nas características do software, do sistema operacional usado, enfim…
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O mesmo acontece com os animais, eles trazem ao nascer – se assim posso me expressar -, um software o qual nós chamamos de instinto, o qual está gravado na sua consciência embrionária, e que comanda as suas ações – as quais nós chamamos instintivas -, e que os orientam a fazer exatamente conforme a programação de cada espécie. Assim é que nenhuma espécie de animal precisa de orientação para a sua sobrevivência, para o acasalamento, inclusive só acasalam na época certa.
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Você não vai querer me dizer que isso é um atributo da matéria! Se não é um atributo da matéria, quem “instalou” este software nas espécies? A causa é inteligente porque os efeitos são inteligentes. Como não é obra do homem, diremos que é de uma inteligência superior, e é a essa inteligência que nós chamamos Deus.
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Se pegarmos um cão desde novinho, e colocarmos isolado de qualquer outro animal, e quando ele tiver adulto o colocarmos junto a uma cadela que esteja no cio, com certeza ele vai praticar o ato sexual sem precisar que ninguém o ensine, pois isso é um ato instintivo.
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Para a comprovação, basta que analisemos o comportamento de algumas espécies como por exemplo os peixes. Estive observando uma reportagem sobre o fenômeno chamado Piracema, onde os cardumes nadam rio acima, contra a correnteza para realizar a desova no período de reprodução. E isso ocorre com várias espécies no mundo todo. E eles realizam esta proeza enfrentando inclusive predadores além de outros obstáculos.
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Não vai querer me dizer que eles fazem isso obedecendo a uma propriedade da matéria.
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Nas abelhas por exemplo, há o instinto gregário, formam verdadeiras sociedades e a suas colméias são autênticas cidades, sendo que todas as abelhas tem uma função definida, ou seja, tem as operárias, as guerreiras, a rainha. Há um conselho para decidir quem é quem? não, simplesmente seguem o software da espécie.
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Em relação a este trecho que se assemelha aos demais:
MRH: ” Vi outro documentário interessante: a ave lutava p/ manter vivos seus filhotes, dentro do ninho, contra cobras, outras aves, humanos q c aproximavam etc.
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Mas qdo 1 filhote s/ querer saiu fora da região próxima ao ninho, ela ñ + o reconheceu como filhote, ñ o alimentava, ñ o protegia, até o atacava como corpo estranho. Por centímetros os instintos falhavam”.
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COMENTÁRIO: O que podemos ver neste seu relato, é que não houve falha do instinto, o que você viu foi um amor instintivo, mas sem inteligência, que variam de acordo com a espécie, pois existe os animais que tem uma inteligência rudimentar e esse amor instintivo dilatados conforme pode ser identificado na convivência do homem com o animal doméstico. E quando você diz:
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“Karo, penso q no kaso do amor, renúncia, abnegação, sacrifício, todos esses “elevados” sentimentos, ñ c prova senão nossa origem subumana”.
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Você tem razão, pois conforme nos explica a Doutrina Espírita, saímos das mãos do criador simples e ignorantes e através das reencarnações – passando inclusive pelo reino dos irracionais -, voltamos para Ele, fazendo desabrochar através das experiências vividas, todos esses sentimentos que estão latentes em cada um de nós, e quando chegarmos n’Ele é porque chegamos à perfeição e conseqüentemente conquistamos o amor em plenitude.
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Portanto meu amigo, o que você vê nos animais não é um amor como os que já é alimentado pelos seres humanos, mas um amor instintivo que está se desenvolvendo juntamente com a inteligência.
dezembro 14th, 2013 às 7:07 PM
Boa noite Toffo
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Você diz:
Duas observações a respeito da nota de Arnaldo: ela reflete o pensamento do século 19.
Como disse o Márcio, o tempo passou e a fila andou.
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Em segundo lugar, ele fala em “ciência materialista”. Não existe ciência materialista. Existe ciência, ponto.
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COMENTÁRIO: Prezado Toffo, como vimos no comentário para MRH, na linha do tempo, o pensamento do século 19 está ligado ao nosso pensamento do agora, fazendo parte de um todo que não pode ser desprezado, caminhando conectado ao futuro, numa construção infindável. Temos neste caminhar a construção da Ciência como um corpo de conhecimento adquirido através dos métodos de investigações. Se o objeto de investigação e os seus métodos estão baseados exclusivamente na matéria ou nas leis da matéria – para mim -, ela é uma ciência materialista.
dezembro 14th, 2013 às 8:10 PM
Boa noite Larissa
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Você diz:
Pessoas com lesões cerebrais com sequelas são a prova cabal de a consciência e demais funções estão localizadas no cérebro.
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COMENTÁRIO: Isso não prova que a consciência está localizada no cérebro, a questão é que o Espírito estando encarnado está sujeito às leis da matéria pelo fato de o corpo perispiritual, está intimamente ligado ao corpo físico célula por célula, órgão por órgão, e se assim é, se uma das peças está danificada claro que ele não vai poder usar aquela região do cérebro ou um outro órgão para se manifestar. O Espírito é como um músico que usa um instrumento para executar uma melodia, mas se o mesmo está defeituoso, ele não vai poder absolutamente fazer uma boa apresentação não por falha dele, mas por causa do instrumento estar danificado.
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Na verdade se uma pessoa tem seqüelas no cérebro, um tumor, por exemplo, e se se tirar uma radiografia do mesmo, ele será visto não resta a menor dúvida, e apontará o diagnóstico a ser feito, bem como as causas da deficiência do paciente em determinada função cerebral. Mas se se tirar um Raio X de um paciente que – segundo a psiquiatria – diz sofrer de um distúrbio de déficit de tensão de hiperatividade, o Raio X não vai apresentar nenhuma seqüela, muito pelo contrário, não vai acusar nada. Então se concluí que não tem como diagnosticar a causa, porque fisicamente não há doença, como o médico pode fazer um diagnóstico dando estes nomes se não tem nenhuma anomalia fisicamente presente? Pior ainda, baseado em que este medico chegou a essa conclusão? E diferentemente do caso do tumor que pode ser até cirurgiado, o mesmo já não acontece no segundo caso. Na verdade – e isso não pode ser negado – o paciente do segundo caso, recebe uma medicação sem que o médico saiba verdadeiramente do que se trata.
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Muitos casos dessa natureza são curados nas Casas Espíritas.
dezembro 14th, 2013 às 8:23 PM
Arnaldo, quando eu disse que o seu pensamento era do século 19, quis dizer: seu pensamento é retrógrado.
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Esse seu discurso de “leis” é francamente positivista, hoje não se fala em leis, inclusive porque se sabe hoje que há um grande porcentual de alea nas chamadas “leis”, e o universo não funciona como um relógio, como se acreditava no século 19.
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Pior ainda: você fala em “leis da matéria”. O que é a matéria? a física subatômica e a física quântica estão aí para demonstrar que a matéria não é tão material assim como se pensava. Esse seu conceito de ciência materialista na verdade é um “pré”-conceito. Você diz materialista para se opor a uma hipotética ciência espiritualista. A ciência não faz juízos de valor, Arnaldo.
dezembro 15th, 2013 às 2:38 PM
Boa tarde Toffo
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Arnaldo, quando eu disse que o seu pensamento era do século 19, quis dizer: seu pensamento é retrógrado.
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Esse seu discurso de “leis” é francamente positivista, hoje não se fala em leis, inclusive porque se sabe hoje que há um grande porcentual de alea nas chamadas “leis”, e o universo não funciona como um relógio, como se acreditava no século 19.
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Pior ainda: você fala em “leis da matéria”. O que é a matéria? a física subatômica e a física quântica estão aí para demonstrar que a matéria não é tão material assim como se pensava. Esse seu conceito de ciência materialista na verdade é um “pré”-conceito. Você diz materialista para se opor a uma hipotética ciência espiritualista. A ciência não faz juízos de valor, Arnaldo.
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COMENTÁRIO: Verdadeiramente meu amigo, até o momento não conseguí tirar nenhum proveito dos seus comentários, não conseguí me instruir em nada com eles, pois se os meus são retrógrados os seus são vazios, sem conteúdo aproveitável a não ser o que não devemos fazer num debate. Em resposta ao que você comenta sobre o que escrevo, certa vez lhe apresentei um caso para que você me desse respostas sobre o mesmo, para não ter que aceitar uma realidade incontestável, a sua resposta foi que “não tinha tempo”; Em outro caso em que você fez críticas ao que eu havia escrito, quando da minha resposta e perguntas de esclarecimentos que eu lhe havia feito, você disse claramente “não vou responder ao Arnaldo”; de outra feita diante de um acontecimento aqui no blog e que não tinha nada relacionado à vossa pessoa, você disse irresponsavelmente “que eu era um falso” sem fundamentar a sua acusação; em outras ocasiões procura confundir o que escrevo sobre o Espiritismo, com observações cheias de ódio que alimenta contra Chico Xavier, não é nenhuma coincidência e nem de admirar que foi o primeiro a tecer comentário no novo tópico sobre Chico Xavier.
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E agora vem com essa crítica sem fundamento dizendo que não existem leis relacionadas à matéria. O que dirão os físicos, os químicos, os biólogos, os astrônomos! Chega a se expor ao ridículo para manter esse ódio incrustado contra o Espiritismo e os espíritas.
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Todos nós espíritas que estudamos a Doutrina Espírita, já sabemos desde 1857 que a matéria existe em estados que ainda desconhecemos conforme podemos ler na resposta dada pelos Espíritos em O Livro dos Espíritos na questão de nº 22, onde Kardec pergunta baseado no conceito de matéria da época:
“Define-se geralmente a matéria como sendo — o que tem extensão, o que é capaz de nos impressionar os sentidos, o que é impenetrável. São exatas estas definições?
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Obtendo como resposta:
“Do ponto de vista de vocês, elas são, porque não falam senão do que conhecem. Mas a matéria existe em estados que ignoram. Por exemplo, pode ser tão etérea e sutil, que não cause nenhuma sensação aos vossos sentidos. Contudo, é sempre matéria, embora para vocês, não o seria.”.
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Portanto, não faz sentido esta sua crítica e não está existindo nenhum pré-conceito , ou você quer dizer que todos os estudos realizados pelos homens, todas as investigações não são feitas exclusivamente levando em consideração os elementos que formam a matéria? “A palavra ciência significa capacidade de interpretar fenômenos por vias racionais e capazes de serem justificados com bases materiais”. Vamos lá mostre-me que não é.
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Você ainda diz:
“… hoje não se fala em leis … e o universo não funciona como um relógio, como se acreditava no século 19”.
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Todos nós vivemos submetidos às mesmas leis da natureza, e só pelo fato de não se falar mais em leis, elas não vão deixar de existir, a não ser que você fundamente o que está a dizer com provas irrefutáveis, porque em qualquer lugar que estejamos estamos submetidos a essas leis, e as leis naturais do Universo são tão precisas, que construímos naves espaciais, mandamos para fora do nosso planeta, tripulada ou não, e marcamos o pouso de destino, seja na Lua ou em qualquer outro planeta, com uma precisão de uma fração de segundos.
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Portanto meu amigo, seu discurso é vazio de informação segura, a não ser que você demonstre de forma que não deixe dúvidas.
dezembro 15th, 2013 às 2:46 PM
Falou o sabereta do espiritismo. No more comments.
dezembro 15th, 2013 às 4:26 PM
“distúrbio de déficit de tensão ”
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To precisando muito disso.
dezembro 15th, 2013 às 6:47 PM
Caro Arnaldo,
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c vc ñ estudar muito cuidadosamente o conceito d seleção natural, temo q vá permanecer lamentavelmente ultrapassado intelectualmente.
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Penso q o Toffo tem razão. Seria muito útil a vc c ouvisse essa crítica.
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Vc precisa c atualizar.
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Digo q o tempo passou p/ os cartesianos tanto física quanto conceitualmente. A compreensão da natureza aumentou dramaticamente, e ñ favoreceu a 1 suposta “ciência espiritualista”.
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Os animais ñ c amam pq Deus pôs a ideia inata certa em suas alminhas, mas pq dos vários comportamentos possíveis, esse foi selecionado e retido como útil p/ a sobrevivência. Quem ñ tinha comportamentos convenientes foi extinto, quem teve, possuiu maiores chances e continua vivo. Mera mecânica probabilística, caro, leis da matéria mesmo, casuais & deterministas, nada d divino ou angelical. Seleção natural darwiniana. Ciência d verdade, ñ pseudociência kardecista (c/ exceção d 1 pequeno núcleo d teses q aprecio e axo q tem futuro modificado, como já apontei neste blog).
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Por isso o conselho socrático aos que acreditam saber. Humildemente nos reformemos, admitindo q nada sabemos, apenas acreditamos saber.
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Muitos aqui neste blog precisam d doses maciças d humildade (inclusive eu). Eu procuro me lembrar sempre disso, e percebo q quando as pessoas tb c apercebem, prosperam.
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1 abraço d quem t quer bem, e quer ver a verdade avançar a benefício d todos.
dezembro 15th, 2013 às 7:29 PM
Gostei do uso do termo seleção natural. Eu acho infeliz o apelido Teoria da Evolução; pois, ainda que nunca tenha sido a intenção, passa ao não-profissional (meu caso) da área a ideia de que e.g., humanos seriam “mais evoluídos” que insetos; plantas; &c.
dezembro 15th, 2013 às 7:33 PM
É preciso ficar claro que não há nenhum indício de propósito dentro do Universo. Evolução refere-se à “complexidade” – outro conceito humano – dos organismos. Nada mais.
dezembro 15th, 2013 às 8:07 PM
Darwin chamou sua teoria d “descendência c/ modificação”. Somente mais tarde aceitou a designação corrente d teoria da evolução.
dezembro 16th, 2013 às 1:17 AM
É por isso que eu sempre uso a expressão “seleção natural”. Além dos motivos apontados pelo sábio Gorducho, a palavra “teoria” causa um entendimento distorcido por parte de leigos no assunto.
Sempre sustentei que humanos, assim como fungos e samambaias, são apenas um acidente no universo.
dezembro 16th, 2013 às 3:28 PM
Nesse ponto fico com o que Marcelo Gleiser costuma dizer: antes de devanear olhando os astros e imaginando que há milhões, bilhões de estrelas com planetas habitáveis e, assim, haver a possibilidade de civilizações extraterrestres mais evoluídas que a nossa e que elas nos visitem periodicamente, seria mais razoável admitir que a vida como a conhecemos, e especialmente a vida inteligente, é antes uma honrosa exceção que uma regra (como querem os espíritas). As condições para a existência da vida terrestre são tão especiais – e aí não entra apenas a distância da estrela principal, mas o fato de termos uma Lua do tamanho e na distância em que está, o fato de termos ao redor planetas gigantes como Júpiter que servem de amortecedores para colisões com asteroides e cometas, de termos a inclinação da Terra, enfim, tantas variáveis que, ligeiramente modificadas, tornariam a vida inviável – que, havendo outras no universo, seriam tão espaçadas que poderíamos nos considerar exceções à regra. Daí a necessidade de preservarmos algo tão precioso como é o meio ambiente e a nossa própria vida, coisa que os humanos parecem não ter muita vontade de fazer.
dezembro 16th, 2013 às 5:55 PM
Boa noite Larissa.
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Desculpe-me, eu quis dizer Deficit de Atenção, mas a você não perdoa pega ao pé da letra. E eu perguntaria se a sua resposta ao que escrevi é só esta também? “distúrbio de déficit de tensão. To precisando muito disso”? Isso significa o quê? Não precisa nem responder, para você significou a satisfação íntima em responder dessa forma.
dezembro 16th, 2013 às 7:20 PM
Boa noite Arnaldo.
Eu estava só pegando no seu pé. Foi brincadeira.
dezembro 16th, 2013 às 9:14 PM
MRH, boa noite
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Sobre os seus comentários do meu possível atraso intelectual, e – segundo você – principalmente sobre o conceito de seleção natural e a necessidade de atualização, e ainda acrescenta: “Digo q o tempo passou p/ os cartesianos tanto física quanto conceitualmente. A compreensão da natureza aumentou dramaticamente, e ñ favoreceu a 1 suposta “ciência espiritualista”.
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COMENTÁRIO: Você tem razão, a compreensão da natureza material – eu estou dizendo material – aumentou drasticamente, é verdade, mas sempre determinada pelo paradigma newtoniano e cartesiano e isso já faz pelo menos uns 300 anos, e segundo Stanislav Grof psiquiatra Sueco, isso tem trazido conseqüências perniciosas , particularmente para a prática da psicologia e psiquiatria, porque nele, o ser humano é apresentado COMO UMA MÁQUINA BIOLÓGICA movida por impulsos e não reconhece valores mais altos como a consciência espiritual, sentimento de amor, carência estética ou senso de justiça. Portanto, É DESSE MODO QUE VOCÊ PENSA, e ainda vem dizer que sou eu que estou parado no tempo?
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Não se admire portanto, porque os manicômios hoje com um nome mais bonito, Hospitais Psiquiátricos, vivem cheios, porque não vê no homem o ser espiritual que ele é, só vê uma máquina com a matéria defeituosa, só que não tem defeito e aí fica perdido passando medicamentos sem saber para quê.
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Realmente, o fanatismo cético ou materialista não tem nenhuma diferença da fé cega e fanática dos religiosos que acreditam apenas nos seus dogmas criados pelos homens, como os céticos e materialista só acreditam nos dogmas criados pela ciência que não é espiritualista, mas que não aceitam se dizer que é materialista, somente porque a física quântica veio mostrar que a matéria não é do jeito como nós imaginávamos. Pelas barbas de Netuno…
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VOCÊ ME DIZ: “Os animais ñ c amam pq Deus pôs a ideia inata certa em suas alminhas, mas pq dos vários comportamentos possíveis, esse foi selecionado e retido como útil p/ a sobrevivência. Quem ñ tinha comportamentos convenientes foi extinto, quem teve, possuiu maiores chances e continua vivo. Mera mecânica probabilística, caro, LEIS DA MATÉRIA MESMO, casuais & deterministas, nada d divino ou angelical. Seleção natural darwiniana. Ciência d verdade, ñ pseudociência kardecista (c/ exceção d 1 pequeno núcleo d teses q aprecio e axo q tem futuro modificado, como já apontei neste blog).
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COMENTÁRIO: Prezado amigo não distorça, eu não falei em idéia, a idéia é sua, eu falei em uma espécie de software, que determina como as coisas no mundo deles tem que ser feito chamado instinto. Então me explique como a matéria criou o INSTINTO, caso não possa, me diga quem selecionou OS VÁRIOS COMPORTAMENTOS POSSÍVEIS, não vai me dizer que foi a INTELIGÊNCIA DA MATÉRIA (?), porque se trata de um ATO INTELIGENTE, separa e classificar para cada espécie.
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Você me diz que é uma MECÂNICA PROBABILÍSTICA, realizada pelas LEIS DA MATÉRIA? Confesso que não estou entendendo, pois fui criticado pelo SÁBIO TOFFO, o qual foi apoiado por você porque falei em leis da matéria. Ah! Já sei, as leis existem mas como disse O SÁBIO TOFFO, os cientistas não estão mais se preocupando com elas nas suas experiências, talvez seja por isso que está vindo cada receita … Agora imagine um cientista manipular química sem conhecer ou não ligar para as leis da química…
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Você diz mais ainda:
“Seleção natural darwiniana. Ciência d verdade, ñ pseudociência kardecista (c/ exceção d 1 pequeno núcleo d teses q aprecio e axo q tem futuro modificado, como já apontei neste blog)”.
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Gostaria de conhecer estas teses espíritas que você diz que aprecia mas que pode ser modificado no futuro.
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Você agora quer me dizer que não sou humilde porque não aceito o materialismo? Eu aceito o materialismo como ele é até mesmo porque precisamos da matéria para evoluir espiritualmente, mas que a vida não é feita de matéria.
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Vou finalizar os meus comentári, apenas dizendo que o fenômeno espírita foi comprovado através de fatos incontestáveis, inclusive ALFRED RUSSEL WALLACE que não precisa de apresentação, foi um dos maiores cientistas que investigaram a sobrevivência e a comunicabilidade dos Espíritos; Investigou os fenômenos das mesas girantes; a mediunidade de Mr. Marshall, de Mr. Cuppy e outras, estabelecendo, mais tarde, que os fenômenos espíritas “SÃO INTEIRAMENTE COMPROVADOS TÃO BEM COMO QUAISQUER FATOS QUE SÃO PROVADOS EM OUTRAS CIÊNCIAS”
dezembro 17th, 2013 às 12:37 AM
TOFFO,
Sobre seu comentário, recomendo um livro interessantíssimo:
Rare Earth:
Why Complex Life is
Uncommon in the Universe
Peter D. Ward
Donald Brownlee
Um, astrobiólogo, outro, astrofísico.
Ambos sustentem que a vida de seres mais complexos do que bactérias é raríssima, talvez única.
dezembro 17th, 2013 às 10:39 AM
Obrigado, Homem de Marte. Digo tudo isso não por convicção, porque sobre essas coisas transcendentais eu não tenho convicção de nada, mas porque assim me parece.
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Engraçado as pessoas terem dificuldade de aceitar as coisas tal como são. Tem que haver uma “causa” para qualquer coisa. Sinceramente, não tenho a menor dificuldade de entender que as coisas simplesmente são. Não preciso me escorar em sobrevivência de alma, comunicação de espírito ou mediunidade para aceitar como as coisas funcionam com a maior naturalidade.
dezembro 17th, 2013 às 11:43 AM
Isso mesmo,
TOFFO.
Como em nossa curta existência tudo deriva de outra coisa anterior, somos levados a acreditar que tudo tem de ter uma causa, um início, um propósito.
Aí ficamos encucados com a causa primeira.
Simplesmente não existe causa primeira coisa nenhuma.
A matéria sempre existiu (estranho seria se fosse criada do nada, por alguém que sempre existiu), o tempo e o espaço são apenas conceitos que engendramos para medir as coisas (temos a ilusão de que eles são coisas reais) e o big bang é um fenômeno local, de causas desconhecidas.
dezembro 17th, 2013 às 6:56 PM
Karo Arnaldo;
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Percebo sua benvolência e sinceridade, e principalmente por isso lamento q vc c obstine em sua posição d incompreensão, e ainda a considere virtuosa. Bem, paciência…
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Qto à matéria, o argumento é do Toffo, mas c fosse meu, eu o explicaria assim: 1 escola científica & filosófica da física, até o início do séc. XX, denominava “materialismo” o antigo monismo da filosofia, sustentando então q tudo o q existe é matéria. Mas o tempo passou p/ eles tb, e depois q Einstein demonstrou q matéria é 1 modo d a energia c apresentar, pela equação E=m.c2, ou seja, energia é matéria acelerada, percebeu-c então q a matéria é 1 estado da energia (assim como a água torna-se gás e gelo).
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Portanto, a fórmula materialista é falsa. Ñ é verdade q matéria constitui tudo o q existe. Ela é 1 caso particular doutra coisa.
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Hoje, na física, essa posição foi renomeada fisicalismo (em outros campos alguns falam em reducionismo – mas esta palavra é falada tb em variados sentidos)…
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Mas o novo nome ñ é unânime. O materialismo foi + popular. Tto q saltou fronteira afora da física e foi parar na história & economia, por ex., na escola marxista. Materialismo histórico, materialismo dialético etc.
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O “materialismo” era o adversário d Kardec, em tempos idos.
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Axo q é nesse sentido, talvez, q o Toffo quis dizer q até nisto vc está desatualizado. Os materialistas q vc combate, salvo em Cuba e na Coréia do Norte (rs rs rs), sequer estão presentes. Não existem +. Vc ataca 1 fantasma, algo propício aliás no espiritismo.
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O quadro mudou muito, karo. Há vários departamentos d parapsicologia espalhados pelas universidades mundo afora. Há departamentos d ciência da religião, estudando inclusive a base dos fenômenos q deram origem a elas. Há faculdades d teologia d todas as naturezas estudando isso tb. Ñ é possível argumentar q as ideias espiritualistas & espíritas ñ adentram ainda mais o campo do conhecimento aceito porque existe 1 complô materialista etc.
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Essas idéias ñ penetram + pq ñ foram demonstradas satisfatoriamente. Mas continuam pulsando, na minha opinião pq alguns fenômenos são verdadeiros, e podem vir a integrar o mainstream, contanto q sejam evidenciados. Há 1 enorme interesse nisto, os preconceitos existentes são muito menores do q os espíritas imaginam.
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Na minha opinião, o grande problema q mantém os acadêmicos reticentes, além da ambígua evidência, são as farsas praticadas pelos adeptos do espiritualismo, q afastam rapidamente quem está atento.
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E esse, caro, é 1 problema “nosso”. Parabenizo pela undécima vez este blog pelo inestimável serviço d revelar as barbaridades praticadas sob a rubrica kardecismo.
dezembro 17th, 2013 às 7:48 PM
Ñ c ofendam, + as próximas aulinhas eu vou cobrar… (rs rs rs. Nunca consegui afastar o orgulho inteiramente… buááá – rs rs rs).
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Piada. Mas karo Arnaldo, aqui vou ter q falar 1 pouquinho d filosofia, minha especialidade, p/ vc entender o ponto q quero chegar:
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Faz muito tempo, havia 1 debate enorme entre os sábios acerca d como as coisas c fazem. Muitos diziam q tudo é obra d Deus (dos deuses etc.), feito intencional, portanto.
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Outros diziam q as propriedades da matéria realizam tudo. Grupo q desde Platão foi identificado tendo início nos pré-socráticos.
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Os estudos modernos acabaram por retirar os pré-socráticos desse grupo. Marx considerava autênticos materialistas apenas Demócrito e Leucipo, mas a crítica alemã especializada posterior mostrou q nem esses eram autênticos “racionalistas”, pois faltaria a eles a crença no poder da razão. Esta só seria adequada a alguns objetos ou circunstâncias.
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Mas, no renascimento, os partidos estão claramente postos. Há declarados descrentes “materialistas” e há também cristãos, judeus e muçulmanos a combatê-los. Em alguns momentos, eles c auto-denominaram “libertinos” (Descartes os combate com esse nome, e 1 padre amigo seu alega existir 50 mil deles em Paris, na época). Mais tarde, alguns vão c declarar livre-pensadores (expressão utilizada em outros sentidos tb), outros monistas e outros cristãos mesmo (particularmente os unitaristas radicais, monistas).
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Em filosofia, qual o ponto? Para os criacionistas do tempo, a matéria é amorfa, passiva, não tem poderes. Descartes a considera res extensa. Ou seja, tudo o q ela tem é extensão. Portanto, para existir, o mundo precisa d 1 agente ativo, q molde o mundo à sua vontade. Deus.
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Já os materialistas, monistas, libertinos, livre-pensadores, judeus saduceus, unitaristas cristãos etc. vão alegar q a matéria tem propriedades, portanto, a natureza é auto-organizativa. Muitos protestantes embarcaram nessa canoa, uns poucos católicos tb.
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Kardec claramente está no primeiro grupo. Lembra-se: “o q é o acaso? Nada”. “A matéria nada pode fazer por si mesma”, “é preciso Deus para fazer o mundo” etc. Ttas passagens assim mostram a filiação tomista, agostiniana, cartesiana d Allan Kardec.
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Mas pouco a pouco, desde Lavoisier, a química moderna foi adicionando elementos químicos à tabela periódica, e demonstrando q a matéria possui propriedades, q instrinsecamente ela é agente, ñ paciente. Hoje a tabela é enorme, cada elemento químico foi investigado e sabemos o q ele pode e não pode fazer – química orgânica, química inorgânica. A natureza viva tem genes, auto-organização (alteramos a estrutura dos seres vivos pela genética) etc.
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Karo Arnaldo. A resposta à sua pergunta é q a dinâmica da matéria sim constituiu instintos, sua dinâmica tb leva à seleção natural dos + adequados à vida. Hoje a ciência SABE q a tese da existência d Deus é DESNECESSÁRIA.
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Pode-se acreditar em Deus, claro, mas ñ a partir da crença q a natureza o evidencia NECESSARIAMENTE. Ou seja, q o conhecimento da natureza PROVA sua existência, como acreditava Tomás d Aquino, mestre católico d Kardec (o tomismo d O livro dos espíritos salta aos olhos: O q é Deus? A inteligência suprema, causa primária d todas as coisas – é só ler a Summa teológica d São Tomás d Aquino para conhecer o original católico dos “espíritos”) .
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Pela ciência moderna, a outra alternativa é q restou demonstrada.
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Ah, e por favor, imploro encarecidamente: ñ fale d algo como paradigma “cartesiano-newtoniano”. A gente sabe em filosofia q 1 kabra ñ é do ramo exatamente qdo ele fala isso. São doutrinas muito, mas muito diferentes, e são criacionistas, ñ “materialistas”. Kardec era francamente cartesiano. Como Descartes, acreditava em S Agostinho, em alma & corpo e no Deus criador…
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1 grande abraço, e espero q vc reconsidere.
dezembro 17th, 2013 às 9:48 PM
Parabéns, Horta Marciana, porque você disse tudo o que os meus limitados recursos não conseguiram dizer. Mas o mais importante mesmo é demonstrar que os “materialistas” de Kardec não existem mais, e quem os procura hoje procura quimeras…
‘
O grande problema do espiritismo (de Kardec) é que hoje é uma doutrina mofada. Só não vê quem não quer.
‘
Falando nele, não me conformo com a “ingratidão” de Rivail de não incluir São Tomás de Aquino no seu rol de santos codificadores. Afinal a base teológica do espiritismo é toda dele!…
dezembro 17th, 2013 às 9:58 PM
Sim, ñ sitou o aquinate. Pq ele preferia Agostinho. Agostinho segue o dualismo cartesiano, e sob Aquino pesava o aristotelismo, doutrina mais complicada qto à alma.
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Mas a cadeia causal é do tio Aquino, a primeira causa incausada etc.
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Kardec era 1 katóliko reencarnacionista. Quem escreveu isso nas cartas foi Lobato. Ele disse que o kardecismo era catolicismo transformado em espiritismo (nas cartas).
dezembro 17th, 2013 às 9:59 PM
Perdão, onde c lê “dualismo cartesiano” leia-se “dualismo platônico”.
dezembro 17th, 2013 às 10:13 PM
mrh, esse Lobato aí é o Monteiro?
Explique melhor essa história, s’il te plait.
Desconheço essas cartas.
Será que o pó de pirlimpimpim tem algo a ver com o espiritismo?
Aquelas crianças do Sítio eram muito malucas.
dezembro 17th, 2013 às 10:25 PM
Faz muitos anos, 1 bibliotecária amiga minha me emprestou as cartas d Monteiro Lobato. Ele perdeu 1 filho precocemente, e isto fez aumentar seu interesse pelo tema da vida após a morte. Leu muito sobre AKardec, participou d sessões, mas nunca abandonou sua independência intelectual. Citei d memória 1 carta q li.
dezembro 17th, 2013 às 10:26 PM
pó d pirlimpimpim ñ é Peter Pan?
dezembro 17th, 2013 às 10:42 PM
Tem 1 passagem q Kardec nomina quem são os espíritos superiores da codificação. 1 deles é Napoleão 1º, o bonaparte. Para os franceses pode até ter soado bem. Para os estrangeiros, era como falar do diabo.
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Imagine alguém dizer hoje q o adolfinho era 1 espírito superior? A maior diferença entre ambos é q o francês ñ matou judeus em massa… d resto…
dezembro 18th, 2013 às 8:11 AM
Eu já tinha elaborado uma proto-tese sobre a origem da ronha (que é clara) do Kardec c/o Doutor Angélico; mas olvidei-a. 🙁
dezembro 18th, 2013 às 10:47 AM
A Pátria do Cruzeiro tem uma dívida eterna com o Bonaparte. Não fosse ele, Dão João Sexto teria continuado a assentar sua real bunda no trono de Lisboa, impedindo-se assim a colônia dos trópicos do Sul de se transformar no gigante do futuro que é hoje. Não obstante, o corso fez muitos estragos na Espanha e em Portugal até o bundão escafeder-se pro Brasil. Com toda a sua pusilaminidade, mesmo assim D. João mereceu de Napoleão uma nota honrosa, embora lacônica: “foi o único que me enganou”.
‘
MRH, eu não li essas cartas, embora arda de curiosidade para as ler. Parece que agora a sua obra foi reeditada pela Editora Globo, talvez as cartas estejam no meio. De qualquer forma, creio que Lobato tinha razão. Primeiro porque Rivail vinha de uma família católica e tradicional de Lyon, e em seus dados biográficos não há registro de que tenha repudiado essa procedência; segundo porque Rivail tinha muito boas relações com a igreja, haja vista que foi por muitos anos guarda-livros (contador) de um jornal católico, Le Siècle; terceiro porque Rivail NUNCA tencionou romper com a igreja ao criar o espiritismo; pelo contrário, criando uma espécie de “terceira via” entre a religião e a ciência, ele esperava sinceramente que a igreja se convencesse da veracidade dos fenômenos espíritas e finalmente viesse adotar os postulados da sua doutrina. Tanto isso é verdade que a maioria dos sedizentes espíritos da verdade é constituída de santos da igreja: Agostinho, Vicente de Paulo, João Evangelista, Luís IX &c. Muitos dos espíritos que lá aparecem dando mensagens são da igreja: Fénelon, Lacordaire, o bispo de Argel, o cura d’Ars &c. Essa tendência acabou com a sua morte: com a ascensão de Leymarie ao comando da Revista Espírita, o espiritismo se tornou mais e mais anticlerical, acompanhando também a tendência política da Terceira República.
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A inclinação protocatólica foi restabelecida com o espiritismo cristão de CX no Brasil.
dezembro 18th, 2013 às 2:09 PM
1. mrh Diz:
DEZEMBRO 17TH, 2013 ÀS 22:26
pó d pirlimpimpim ñ é Peter Pan?
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RESPOSTA DA WIKIPEDIA:
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“Com a nova versão do Sítio, alguns elementos dos livros de Lobato puderam ser trazidos de volta para a TV, um deles foi o “Pó de Pirlimpimpim”, que na versão anterior de 1977, havia sido transformado em um tipo de “palavra mágica” para evitar comparações com a cocaína; deste modo, os moradores do Sítio apenas gritavam: “Pirlim Pim Pim” para viajarem de um lugar para outro. NOS LIVROS DE MONTEIRO LOBATO, O PÓ DE PIRLIMPIMPIM ERA ASPIRADO COM O NARIZ PELOS PERSONAGENS; JÁ NA VERSÃO DE 2001 ELE PASSOU A SER UM PÓ JOGADO EM CIMA DAS CABEÇAS DOS PERSONAGENS, MAIS PARECIDO COMO O “PÓ MÁGICO” DA SININHO, DA HISTÓRIA “PETER PAN” DE J.M. BARRIE.” (Destaquei em MAIÚSCULAS).
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Fonte: http://pt.wikipedia.org/wiki/S%C3%ADtio_do_Picapau_Amarelo
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Será que ML era dado a umas carreirinhas? Logo ele, que foi Promotor de Justiça (sem concurso, coisa arranjada pelo avô – naquele tempo podia).
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TOFFO,
A mim, como leigo em espiritismo, afigura-se que Rivail foi mais delirante ao acreditar que a ICAR se convencesse de sua doutrina do quando a formulou.
Seria como se cx passasse a figurar no calendário litúrgico.
Não duvido que uma coisa dessas venha a acontecer, só que, se for o caso, seria daqui a alguns séculos, quando toda a mitologia em torno de cx tiver mudado (se a memória dele durar tanto), a exemplo do que houve com a esquizofrênica Jeanne D’Arc.
dezembro 18th, 2013 às 3:52 PM
Lendo-se o Terra e Céu – por vista d’olhos pois que o livro é inacreditavelmente chato e lê-lo lê-lo é impossível…- no qual evidentemente o Kardec se inspirou para implementar o plano de adolescência, fica claro isso. A intenção do Jean Reynaud e consequentemente do Karde era serem aceitos pela Igreja (que na mente deles era a Católica).
dezembro 18th, 2013 às 8:07 PM
Oi, Marciano.
Monteiro Lobato foi promotor público em Areias, divisa de São Paulo com o Rio, e exerceu bem o cargo. Foi nomeado, sim, após disputar o cargo com, se não me engano, uns 200 candidatos ao “ossinho”, como o próprio Lobato comentou na época (sendo secretário da Justiça de São Paulo o dr. Washington Luiz). Lembrando que os vencimentos dos promotores, naqueles tempos, eram irrisórios. Também sei que ele, ainda como promotor (na época a lei permitia), patrocinou a defesa de uma causa em Areias. As duas peças por ele escritas são imperdíveis. A contestação e as alegações finais demonstram bem a maneira Lobatiana de pensar e ele ganhou o feito. Pelo que eu sei foi a única causa em que ele atuou. Só não sabia que tinha virado espírita.
dezembro 18th, 2013 às 9:07 PM
PHELIPPE,
O próprio Ministério Público de São Paulo, em página que alude a Lobato, diz que o concurso público só foi exigido pela CF de 1934.
Veja: http://www.mpsp.mp.br/portal/page/portal/Memorial_MPSP
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Lobato exerceu o cargo muito antes, de 1906 a 1907.
Pelo que me lembro, naquela época a nomeação era política e o avô ajeitou tudo pra ele, que preferiu ser fazendeiro, com as terras que herdou do próprio avô, alguns anos depois de deixar o cargo.
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Esse negócio de cheirar carreirinha de pó de pirlimpimpim, como consta de seus livros, é no mínimo suspeito, tanto que a censura obrigou a Globo a mudar a história, conforme relatado acima.
dezembro 18th, 2013 às 9:11 PM
Olhe aqui a fórmula química do pó de pirlimpimpim:
C17H21O4N + H2O Û C17H21O4NH+ + OH-
dezembro 18th, 2013 às 9:21 PM
Sim, eu sei, os candidatos eram escolhidos por indicação. Escreviam uma carta ao Secretário da Justiça, corriam atrás de proteção e esperavam. No caso do Lobato existiam uns 200 pedidos de bacharéis, e o avô o ajudou. Parece que ele não seria o escolhido. Ficou sim com a fazenda do avô, mas acabou por vendê-la. E, que eu saiba, só patrocinou uma causa, em Areias. Eu li as peças processuais por ele escritas.
dezembro 18th, 2013 às 9:23 PM
Mas isso só lembro por mera curiosidade.
dezembro 18th, 2013 às 9:38 PM
Se tiver as peças, poste-as aqui, Phelippe.
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Eu me lembro de um trecho de Lobato em que ele conta uma fábula de uma gralha e de um rouxinol, que convidam um burro para servir de juiz, para ver quem cantava melhor.
O burro escolheu a gralha, por sua voz possante.
Lobato conclui dizendo que a moral da história é:
Quem nasce burro, togado ou não, burro é.
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Acredito que ele estivesse aborrecido com alguma burrice do juiz com quem trabalhava, outro cargo político, sem concurso público, na época.
Isso aqui parecia até o lar deles nesse tempo.
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Monteiro também criou o Jeca Tatu, talvez inspirado por algum caipira de sua fazenda.
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Eu também não sabia que ele virou espírita. Pelo jeito, foi pela mesma motivação de Conan Doyle, o qual perdeu um filho na Grande Guerra, como se dizia na época.
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Aliás, logo na primeira história de Sherlock Holmes, no comecinho (A Study in Scarlet), ele injeta cocaína, para desgosto de Watson.
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Se os personagens usavam, não duvido de que os autores usassem (pelo que sei, não era proibido na época, nem aqui nem lá).
Perdendo filhos e usando cocaína, fica fácil virar espírita.
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A crença de que a morte não é o fim alivia a dor da perda do(s) filho(s). A cocaína ajuda a perder o juízo.
dezembro 18th, 2013 às 9:43 PM
Nossa! Relendo meu texto, vi que escrevi “na época” um monte de vezes.
Que coisa horrível!
Perdoem-me.
Houve época em que eu não era assim.
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Eu já disse aqui antes, o Baphomet vive me perturbando, me enchendo de preguiça, tarefa fácil para ele depois de uma longa jornada de trabalho pra mim.
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Eu também já disse pra ele que, demônio por demônio, prefiro o Asmodeus, só que o cara não tem preguiça de me atazanar.
dezembro 18th, 2013 às 9:48 PM
BAPHOMET,
foi mal aí, cara.
Eu queria me referir ao Belphegor.
É que vocês são todos muito parecidos.
E Asmodeus continua sendo bem-vindo.
dezembro 18th, 2013 às 10:01 PM
Boa noite
MRH
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Karo Arnaldo;
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Percebo sua benvolência e sinceridade, e principalmente por isso lamento q vc c obstine em sua posição d incompreensão, e ainda a considere virtuosa. Bem, paciência…
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COMENTÁRIO: O importante meu amigo, é respeitar o livre arbítrio das pessoas em suas escolhas e naquilo que faz, faça a sua parte e fique com a consciência tranquila do dever cumprido como esclarecedor, estamos todos em aprendizado, e se nós não queremos aprender de um jeito, aprenderemos de outro, e quando não conseguimos assimilar, podemos seguir dois caminhos: ou a pessoa não tem ainda condições – sem levar em conta as razões – para o entendimento, ou por não querer mudar de posição, que não é o meu caso.
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Por outro lado meu amigo, procure entender que trata-se apenas de um diálogo onde estamos procurando chegar a – se assim posso me expressar – um denominador comum, e assim sendo não existe obstinação , nem incompreensão e nem virtuosidade. Existe apenas um tema em estudo.
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MRH: Qto à matéria, o argumento é do Toffo, mas c fosse meu, eu o explicaria assim: 1 escola científica & filosófica da física, até o início do séc. XX, denominava “materialismo” o antigo monismo da filosofia, sustentando então q tudo o q existe é matéria. Mas o tempo passou p/ eles tb, e depois q Einstein demonstrou q matéria é 1 modo d a energia c apresentar, pela equação E=m.c2, ou seja, energia é matéria acelerada, percebeu-c então q a matéria é 1 estado da energia (assim como a água torna-se gás e gelo).
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Portanto, a fórmula materialista é falsa. Ñ é verdade q matéria constitui tudo o q existe. Ela é 1 caso particular doutra coisa.
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COMENTÁRIO: Talvez seja por isso que você diz que não compreendo. Acontece que a maneira como vejo as coisas são bem diferentes da sua, mas com os mesmos resultados, pois no século XX, esta era a visão dos cientistas sobre a matéria, porque os conhecimentos conquistados só permitia que eles a enxergassem assim, portanto, não foi um erro, mas fruto de um caminhar. Com a evolução do cientista e seus instrumentos de análises – e não da ciência -, o entendimento sobre a natureza e suas leis estão evoluindo, e com certeza estão marchando para a descoberta do Espírito, como vem fazendo estas novas descobertas em relação à matéria, isso é uma coisa que você não consegue enxergar por estar com sua visão voltada exclusivamente para a energia condensada, chamada de matéria. E quando assim falo, ou quando nós espíritas falamos, estamos nos referindo à matéria “corpo físico”, não a matéria de um modo geral, mas que não deixa de valer para as outras formas de matéria que tem sua origem no que os Espíritos chamam de Fluido Cósmico Universal, o elemento primitivo cujas transformações dá origem a tudo que existe no universo.
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Portanto, a revelação trazida pela Doutrina Espírita, vai bem mais fundo, pois nos mostra que a própria energia da forma como a conhecemos e a que você se refere, tem sua origem neste Fluido Cósmico Universal.
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Meu amigo, a sua visão em relação à existência do Espírito, está como estava a opinião dos cientistas para a matéria no século XX, mas você vai chegar lá um dia e vai dizer como disse para o conceito de matéria no século XX, a minha forma de pensar estava errada.
MRH: Hoje, na física, essa posição foi renomeada fisicalismo (em outros campos alguns falam em reducionismo – mas esta palavra é falada tb em variados sentidos)…
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Mas o novo nome ñ é unânime. O materialismo foi + popular. Tto q saltou fronteira afora da física e foi parar na história & economia, por ex., na escola marxista. Materialismo histórico, materialismo dialético etc.
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O “materialismo” era o adversário d Kardec, em tempos idos.
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Axo q é nesse sentido, talvez, q o Toffo quis dizer q até nisto vc está desatualizado. Os materialistas q vc combate, salvo em Cuba e na Coréia do Norte (rs rs rs), sequer estão presentes. Não existem +. Vc ataca 1 fantasma, algo propício aliás no espiritismo.
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COMENTÁRIO: Prezado, Kardec apresentou uma doutrina cujo conteúdo é contrário ao que nós chamamos materialismo, esse materialismo que diz não haver continuidade da vida após a morte do corpo material, não de uma forma gratuita, mas com apresentação de provas que podem ser vistas na prática.
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Em relação à minha pessoa, não combato nenhum materialista, eu procuro apenas divulgar o que já foi provado através dos fatos, sobre a existência da vida após a morte do corpo material, como uma verdade incontestável até o momento, no dia em que desmentirem os fatos já verificados – se é que se desmente fatos -, eu me renderei à nova verdade.
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Da mesma forma que você defende essa idéia de que não existe vida após a morte do corpo material, eu também defendo a continuidade da vida após a morte, com uma pequena diferença, é que analiso sem idéia pré-comcebida, sem fanatismo, com a mente aberta não para aceitar cegamente qualquer coisa que me dizem, mas para analisar usando da minha inteligência e da razão, qualquer estudo que é feito a este respeito, comprovando-os através do Espiritismo prático, diferentemente de vocês que apenas fazem afirmativas vazias, sem nenhuma experiência no terreno dos fatos, e ainda por cima, procuram desclassificar toda e qualquer pesquisa realizadas por cientista sérios, tão sério quanto os que estudam a matéria no estado como nós conhecemos, a qual eles também estudaram.
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Já apresentei casos de investigações realizados por homens sérios, que não deixam a menor dúvida da continuidade da vida após a morte, mas todos tiveram atitudes como a do Leão da Montanha, ou seja, “saída pela direita” para não ser obrigado a concordar com a veracidade da vida após a morte. Isto não é um comportamento sério e muito menos científico de quem se propõe a analisar pesquisas, e denota falta de seriedade, de pessoas descompromissadas com a verdade.
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Então, infelizmente, com esse tipo de atitude, considero que suas críticas ou de qualquer outro que tenha o mesmo comportamento – me desculpem dizer – não são sérias, só comentam aquilo que é conveniente, sem apresentar nenhum dado seguro, e uma investigação científica, exige uma analise dos prós e dos contras até a exaustão, até não restar mais nenhuma dúvida. Portanto, – peço que não me levem a mal o que estou dizendo, pois é o que penso -, quem quiser “matar” um cientista ou um médium que esteja envolvido com pesquisas dessa natureza, é só apresentá-los ao blog obraspsicografadas.org, que com certeza eles serão eliminados.
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MRH: O quadro mudou muito, karo. Há vários departamentos d parapsicologia espalhados pelas universidades mundo afora. Há departamentos d ciência da religião, estudando inclusive a base dos fenômenos q deram origem a elas. Há faculdades d teologia d todas as naturezas estudando isso tb. Ñ é possível argumentar q as ideias espiritualistas & espíritas ñ adentram ainda mais o campo do conhecimento aceito porque existe 1 complô materialista etc.
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COMENTÁRIO: Vocês dizem que também estão estudando, analisando, pergunto: por que só estudam os casos que pretendem mostrar que houve erros sem estudarem os fenômenos que ficaram definitivamente provados e comprovados? Até mesmo por questão de justiça, tem que ser analisado os dois lados da questão, mas não, foi descoberto uma fraude, então todas as pesquisas feitas por todo e qualquer cientistas passam a ser fraudulentas. Este com certeza não é um comportamento científico, não é o meio de se chegar a verdade, se verdadeiramente estão buscando-a.
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MRH: Essas idéias ñ penetram + pq ñ foram demonstradas satisfatoriamente. Mas continuam pulsando, na minha opinião pq alguns fenômenos são verdadeiros, e podem vir a integrar o mainstream, contanto q sejam evidenciados. Há 1 enorme interesse nisto, os preconceitos existentes são muito menores do q os espíritas imaginam.
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COMENTÁRIO: Prezado amigo, se despida de qualquer idéia pré-comcebida, caia no campo da investigação, e verás que os fatos que provam a continuidade da vida são em números muito maiores do que você imagina. Mas infelizmente o seu discurso fica só na superficialidade e por isso mesmo não me convence porque eu tenho todos os dias essas comprovações no terreno prático do Espiritismo, ou seja, através dos fatos.
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No Globo Reporter apresentado no mês de novembro, mostrou alguns parapsicólogos que são pesquisadores da Faculdade Espírita de Curitiba, não entendi bem o que eles estavam verdadeiramente pesquisando, mas de qualquer forma me chamou a atenção, o caso da jovem que se apresentou como voluntária, e dizia se sentir mal quando pensava numa avó que havia morrido. E ao ser feita a experiência com um método que eu não conhecia, a jovem que naturalmente esperava (penso eu) ver a avó, contrariando o seu pensamento viu um avô que nem chegou a conhecer. Portanto, o fenômeno não sofreu influência do seu pensamento. Infelizmente, eles não emitiram nenhuma opinião sobre o fato.
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O psiquiatra Alexandre de Almeida, professor da Faculdade Federal de Medicina de Juiz de Fora em Minas Gerais, pesquisou as cirurgias espirituais realizadas por João de Deus, 30 procedimentos foram acompanhados pelo professor, a eficácia das operações espirituais não poderam ser comprovadas cientificamente, – por não ter meios de verificação – mas o pesquisador confirma: “os cortes eram reais e não deixaram nenhuma seqüela”, e diz mais: “esses pacientes não são realmente submetidos a nenhum procedimento anestésico ou de assepsia de limpeza, de desinfecção, agente vê que nenhum paciente percebe dor, e não identificamos nenhum sinal de complicação de procedimentos cirúrgico, infecções, hematomas, alguma coisa do tipo complicação”.
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Já para o professor Renato Sabatini professor e PRESIDENTE DA SOCIEDADE BRASILEIRA DE CÉTICO E RACIONALISTAS, as cura espirituais não tem nada de sobrenatural, as curas teriam “explicação na ciência”, diz ele: “a nossa mente seria capaz sim, de interferir na nossa saúde, e enfatiza: “nosso sistema imunológico, nosso sistema fisiológico são modulados pelas nossas emoções e pelo fato de você ser sugestionável, aceitar, lutar para ser curado, e também agente lutar contra os inimigos da cura, que são o stress, são o pessimismo, são o mal humor, são a depressão, a ansiedade, etc”.
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Mas infelizmente, o senhor Renato não fez nenhuma demonstração para fundamentar o que disse. Acredito que não seria difícil para ele, pois a simplicidade com que apresentou como as coisas se dão, não encontraria nenhuma dificuldade para uma apresentação, assim ele desmascararia o médium e suas cirurgias.
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Os céticos devem estar orgulhosos com essa resposta, e todo esse discurso ele fez sem nunca ter ido lá, ver de perto, acompanhar algumas cirurgias. Parece-me que a tônica do ceticismo atual é saber de tudo, fazer juízo de tudo, sem precisar ver nada, sem fazer nenhuma experiência e mesmo diante de casos como esses, nem precisam investigar, sabem tudo conforme apontei acima.
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MRH: Na minha opinião, o grande problema q mantém os acadêmicos reticentes, além da ambígua evidência, são as farsas praticadas pelos adeptos do espiritualismo, q afastam rapidamente quem está atento.
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E esse, caro, é 1 problema “nosso”. Parabenizo pela undécima vez este blog pelo inestimável serviço d revelar as barbaridades praticadas sob a rubrica kardecismo.
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COMENTÁRIOS: O grande problema meu amigo, e que você não consegue enxergar, talvez porque se identifique com eles, é que homens que se apresentam com uma autoridade forjada pelo título que carrega, mas vazios de conhecimentos e cheios de pré-conceitos, vem a uma rede de televisão se expressar LEVIANAMENTE, diante de um fenômeno que mereceria ser estudado pela ciência, no entanto, orgulhosamente se põe acima das pessoas e traz uma explicação MEDIÓCRE, que qualquer criança de 07 anos de idade sabe que não é verdade.
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Realmente meu amigo, você tem razão, as coisas mudaram muito, pois os homens de ciência do passado, tinham a grande qualidade da humildade, e diante de fenômenos dessa natureza, se empenhavam em investigar por 10, 20, 30 anos ou mais, até provar através dos fatos o significado dos mesmos, depois de ter afastado qualquer possibilidade que os viessem por em dúvida.
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Por isso que eu prefiro ficar com as barbaridades de Kardec, e com os demais cientistas da época, do que com essa fraudolenta mentalidade desse cidadão. Só no Brasil mesmo que se vê um disparate dessa natureza.
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Volto com o comentário sobre o outro post.
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Saudações barbáricas
dezembro 19th, 2013 às 10:41 AM
Realmente, Arnaldo é uma verdadeira panela de teflon, nada gruda nele. Distorce tudo e tem respostas prontas para tudo também.
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Mas não é de Arnaldo que quero me ocupar, e sim de Lobato. Phelippe, dizer que Lobato virou espírita é meia verdade. Conheço razoavelmente bem a vida dele, li as duas grandes biografias sobre ele, a de Edgard Cavalheiro dos anos 1950 e a da Editora Senac dos anos 1990, além das cartas e atas das sessões que ele fazia em casa. O que aconteceu é que Lobato perdeu, no espaço de 3 anos, os dois filhos homens, ainda muito jovens, o Guilherme solteiro com 26 anos e o Edgar já casado e com um filho, aos 31. Ambos, se não estou enganado, de tuberculose (que foi a doença que matou sua mãe também). Devastado, o homem que nunca fora religioso começou a procurar um sentido para essas perdas. Coincidentemente, nesse final de década de 1930 e começo de 40, começaram a acontecer sessões espíritas no bairro paulistano de Santana, e Lobato começou a frequentá-las. Além disso, seu amigo de toda vida Godofredo Rangel era espírita. Interessou-se pelo assunto e em 1943 já aceitava a sobrevivência da alma e começou a fazer sessões espíritas em casa, aquelas das famosas atas. Sua mulher e sua filha funcionavam como médiuns (no copo) e ele ficava no lápis, tomando notas. Aparentemente, os dois filhos dele deram comunicações, embora curtas, e isso entusiasmou o escritor. Mas, mesmo assim, Lobato nunca se declarou espírita, ou frequentou centros. Ele aceitava os fenômenos, mas continuava tão “independente” em suas convicções como sempre fora. Depois de sua morte, D. Purezinha, sua mulher, não permitiu que as atas fossem publicadas, por achar que eram assunto íntimo demais. Só muitos anos depois é que foram publicadas por Maria José Sette Ribas, antiga amiga dele (conhecida por Marjori), num livro intitulado “MONTEIRO LOBATO E O ESPIRITISMO”. A obra pode ser encontrada aqui: http://acienciaespirita.spaceblog.com.br/293192/MONTEIRO-LOBATO-E-O-ESPIRITISMO-MARIA-JOSE-SETTE-RIBAS/
dezembro 19th, 2013 às 10:50 AM
Achei isto na internet:
‘
“Sessão de 12 de agosto de 1944”.
“Tivemos uma sessãozinha de excepcional valor emotivo. Sem muita demora o copo escreveu”: – Adamastor Ferraz. – Português, evidentemente, mas de onde irmão? – Inhambane, Moçambique. – Lembra-se de quando passou, ou faleceu, ou morreu? – Desencarnei em 1868. – Uma coisa: estará, por acaso, vendo outros espíritos nesta sala, aqui junto de nós? – Muitos. – Pode distinguir algum? – Principalmente uma irmã já idosa. “Ficamos todos assanhados, porque podia ser a mãe de algum dos presentes. Eu perguntei:”? – E onde está essa irmã? – Pegada a irmã vestida de preto e branco (Purezinha estava com um vestido de ramagens brancas em fundo preto). “O copo continuou”: – Ela parece ter sido muito íntima. Tem olhos azuis. “Dona Brasília, mãe de Purezinha, tinha olhos azuis. Havia, pois, de ser ela. Pedi ao irmão Ferraz que lhe perguntasse o nome e o copo imobilizou-se, sinal de que o espírito atuante está falando com outro. Depois escreveu”: – Brasília Natividade.”A mãe de Purezinha! Fizemos um barulhão, e eu”: – Pergunte-lhe se pode tomar o copo e conversar conosco.”O copo imobilizou-se de novo, e depois escreveu”: – Ainda não tem permissão. – Que história de permissão é essa, Adamastor? Então há um governo aí, uma tutelagem ou que seja, de modo que até para uma simples conversa conosco é preciso “permissão”? Permissão de quem? – Nem nós o sabemos. – Pergunte à irmã Brasília se não tem desejo de conversar com os seus parentes vivos.”O copo, depois de imobilizar-se, escreveu”: – A vontade sentida por ela de poder comunicar-se é imensa. Mas não o pode ainda. – Pergunte-lhe se tem alguma coisa a dizer-nos. – Ela envia grandes saudades para as filhas e filho. – Pergunte-lhe se sabe que Bentinho (irmão dela), já se comunicou conosco quatro vezes. – Não. – E, além de Dona Brasília, não há algum outro espírito marcante. – Uma irmã de cor negra.”Quem seria? Pensamos em Eugênia, a última criada preta de estimação que tivemos e levamos para os Estados Unidos”. – Pergunte-lhe o nome, irmão, “pedi – e o copo depois da inevitável paradinha, escreveu”: – Anastácia.”Fizemos uma festa. Tia Anastácia fora ama-seca de Edgard, e queridíssima da casa”. – Não poderá Anastácia tomar o copo e conversar conosco? – Ainda não tem força. (…) Agradeci a Adamastor a sua bondosa atuação e pedi-lhe que aparecesse mais vezes – e que nos dissesse uma frase final, ou conselho para fecho da nossa extraordinária sessão. O copo escreveu”: – Cuidem de suas vidas que já não fazem pouco.”E mais não houve. Por mais que tentássemos, não saiu mais nada”.”Fizemos tudo para que aparecesse o K…, mas inutilmente” (trecho de ata redigida por Monteiro Lobato, em reunião espírita, no grupo familiar).
dezembro 19th, 2013 às 10:58 AM
“Não tem permissão”, “ainda não tem força”.
Algo me diz que essas sessões não eram tão independentes assim. Há evidentes sinais de um espírita infiltrado no meio familiar, ou então algum deles aderira à doutrina.
Esse linguajar e essas ideias de “permissão”, “falta de força” (naturalmente por estar se recuperando do passamento) são coisas típicas do chiquismo.
dezembro 19th, 2013 às 10:59 AM
A ata não diz quem estava presente?
Se diz, será que omite alguém?
A nomenclatura empregada é bem xaveriana, o que sugere algum xaveco.
dezembro 19th, 2013 às 11:01 AM
Minha avó espírita fazia trabalhos do copo junto c/minha tia irmã única mais moça de m/mãe, e amigos dela adolescentes.
Minha mãe, que depois chegou a ser Evangelizadora Chiquista não participava pois sabia o risco desse tipo de trabalho atrair espíritos inferiores, impregnando a casa de maus fluídos.
Mas os espíritos só diziam bobagens: fofocas, intrigas, que gostava de quem na turma, &c. Mas m/avó e tia sempre diziam que era impressionante a velocidade do copo, o qual zunia sobre a mesa.
Quando eu era pequeno ainda havia o alfabeto em fichinhas de cartão.
dezembro 19th, 2013 às 11:04 AM
A médium era m/tia.
dezembro 19th, 2013 às 1:23 PM
Nos EUA tem a mesa ouija.
dezembro 19th, 2013 às 2:07 PM
Ouija board.
Já vi à venda em bazares aqui, há muitos anos.
Os testemunhas de jeová dizem que atrai demônios.
Já li artigos na “Awake”.
Também já li um livro espírita cujo assunto era exatamente esse. Avisava dos perigos de se fazer contato com espíritos mal intencionados.
Não me lembro mais do nome, era algo como “copos que voam”, mais ou menos isso.
Alguém conhece?
Acho que era da Marinzeck.
dezembro 19th, 2013 às 2:15 PM
Achei na net.
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“Sinopse – Copos que andam – Espiritismo
Antônio Carlos, neste romance, busca nos alertar por meio de seus personagens, extraídos da vida real, para o grande risco e perigo em que incorrem todos aqueles que, por intermédio de objetos tais como copos, pêndulos etc., acabam atraindo para si a atenção de espíritos inferiores, ignorantes e maus, a tal ponto de serem perseguidos e obsediados por eles, uma vez que seus fluidos são pesados e negativos. Bons espíritos jamais se prestam a tais brincadeiras ou invocações.
Um tema fascinante, um alerta aos incautos, uma leitura obrigatória de conteúdo útil e verdadeiro. Um livro que todos devem ler e divulgar”.
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Acabei de divulgar, já li.
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Na verdade, essa brincadeira do ouija board (lá eles usam uma espécie de espátula, aqui, um copo) muito explorada em filmes de terror z’’ (z duas linhas), necessita do contato da mão de alguém de carne e osso. Normalmente mais de uma pessoa.
Pelo menos uma delas, consciente ou inconscientemente, manipula o objeto para que forme as palavras.
Os demônios ou espíritos são os próprios participantes da brincadeira.
dezembro 19th, 2013 às 2:22 PM
As ouija board vêm também com as palavras “yes” e “no” gravadas no alto da prancha(?), para facilitar respostas que podem ser puramente afirmativas ou negativas.
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http://en.wikipedia.org/wiki/Ouija
Aqui tem toda a história desse brinquedinho bobo.
dezembro 19th, 2013 às 2:23 PM
Para quem não lê inglês:
http://pt.wikipedia.org/wiki/Tabuleiro_ouija
dezembro 19th, 2013 às 2:31 PM
Para os preguiçosos:
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Explicação científica
Cientistas céticos em geral atribuem o funcionamento do tabuleiro Ouija ao efeito ideomotor.
Efeito ideomotor é o nome dado à influência da sugestão sobre movimentos corporais involuntários einconscientes. O fenômeno foi originalmente descrito pelo naturalista britânico William Benjamin Carpenter em1852, em um artigo sobre radiestesia. Porém, oquímico francês Michel Chevreul havia se deparado com a mesma idéia já em 1808 Segundo eles, as pessoas participantes da sessão involuntariamente exercem uma força imperceptível sobre o indicador utilizado, e a conjunção da força exercida por várias pessoas faz o objeto se mover. O físico inglês Michael Faraday realizou experimentos que provaram, segundo ele, que movimentos inexplicáveis (nesse caso, das mesas girantes) atribuídos a fontes ocultas eram na verdade realizados pelos participantes dos experimentos.
O mágico ilusionista e cético americano James Randi cita em seu livro An Encyclopedia of Claims, Frauds, and Hoaxes of the Occult and Supernatural que, quando vendados, os participantes do tabuleiro Ouija não conseguem produzir mensagens inteligíveis.
Céticos e cientistas utilizam as demonstrações do efeito ideomotor para explicar fenômenos como os Tabuleiros Ouija, as mesas girantes e vários fenômenos relacionados a radiestesia. O famosodebunker americano James Randi oferece um prêmio de um milhão de dólares a quem provar habilidades paranormais; no rol dos participantes, a grande maioria é de radiestesistas; os experimentos para provar as habilidades dos candidatos são baseados nas ideias dos cientistas que estudaram o efeito ideomotor.
Porém, o efeito ideomotor se manifesta em ocasiões de rotina, como quando, durante uma partida de futebol, “chutamos a poltrona quando o atacante hesita diante do gol” ou quando “procuramos o pedal do freio a cada manobra arriscada do amigo que está no volante”
Fonte: Wikipédia.
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Ainda da Wikipédia:
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A Igreja Católica é crítica com o tabuleiro e a brincadeira do copo, assim como as experiências de seus fiéis na busca pelo contato com os mortos, em geral. A recomendação dos padres é que os fiéis se mantenham distantes de participações nesse tipo de evento.
Da mesma forma, Igrejas Evangélicas costumam acusar essas práticas como “brincadeiras com demônios”.
A Doutrina Espírita orienta n’O Livro dos Médiuns que estas práticas devem ser evitadas uma vez que, normalmente, são utilizadas para curiosidades em geral e perguntas vãs apenas, longe da seriedade exigida no intercâmbio com a espiritualidade benfeitora, e, dessa forma, é mais provável a presença de espíritos levianos e zombeteiros, sem nenhum interesse com a verdade e com a dignidade, do que espíritos bons e esclarecidos comprometidos com a divulgação das propostas morais e éticas da Vida.
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Eu acho que em muitos casos os movimentos SÃO VOLUNTÁRIOS E CONSCIENTES.
dezembro 19th, 2013 às 2:41 PM
Seriam os religiosos eternas crianças, com uma espécie de síndrome de Peter Pan, que adoram viver no mundo da fantasia?
Será que “respeitar” esse ideário fantasioso é uma forma de crueldade?
Não seria uma obrigação moral a gente tentar fazer com que essas pessoas “cresçam”, que venham para o mundo real?
Uma forma de caridade (de verdade)?
Ou será que devemos alimentar a ilusão, respeitar os transtornos psicológicos de outras pessoas?
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Bem faz o Antonio, que cumpre seu dever de pai e ensina aos filhos que isso tudo é apenas fantasia.
De boas intenções o caminho do inferno (no sentido figurado) está cheio.
Fazer com que uma criança acredite em Divaldo, por exemplo, em Nosso Lar, em Jesus, é uma covardia. Pode ser bem intencionada, mas é nociva essa conduta.
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Se formos levar a sério as religiões, elas todas nos condenam ao inferno ou ao umbral, no caso dos espíritas.
Umas excluem as outras, todas têm crenças inconciliáveis, divindades mutuamente excludentes.
dezembro 19th, 2013 às 2:42 PM
Pior do que isso, só cartilha comunista para infantes, como faz o frei beto.
Revoltante.
dezembro 19th, 2013 às 2:54 PM
Em “Uala, o Amor”, ele afirma categoricamente que “os índios são uma forma superior de civilização”.
Que covardia com os índios, querer mantê-los em estado de selvageria, comendo uns aos outros. . .
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ALUCINADO SOM DE TUBA
“A historia começa com a família de Nemo perdendo o barraco onde moravam havia três gerações, quase quatro, pela truculência da exigência de documentação, sendo que seu pai tinha o direito da usucapião, que não foi respeitado pelos funcionários da prefeitura. Acabou sendo preso e levado para um presídio no interior. Apanhou tanto que vivia tocando sua tuba imaginaria, acabou louco no hospício. A tuba sempre tinha sido sua válvula de escape. Tocava alucinadamente nos momentos de angústia. Sua mãe desesperada saiu com os filhos à procura do marido deixando nemo na delegacia aguardando por noticias de seu pai, acabou na Febem onde fez amizade com o banana se tornando inseparáveis até que um dia foi comprado por um casal de alemães sendo levado como filho. Letícia filha de uma prostituta foi levada para a Coréia com a promessa de se tornar dançarina.Esta historia todos sabem onde vai parar. Panqueca foi morto por justiceiros após ter sido reconhecido pelo dono da joalheria onde tinham praticado um assalto a fim de conseguir dinheiro e comprar comida para os doentes terminais de Cleópatra um travesti que mantinha uma casa de saúde improvisada antes de ser morto com varios tiros e ficar estirado na rua”.
Fonte: http://pt.shvoong.com/books/children-and-youth/1659922-alucinado-som-tuba/#ixzz2nwbaFTU0
Os bandidos viram heróis, a classe média trabalhadora é a vilã, bem ao estilo comunista caviar.
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Isso é pior do que literatura religiosa.
dezembro 20th, 2013 às 10:48 AM
John Warne Monroe, em Laboratories of Faith, destaca que em maio de 1899 Camille Flammarion fez uma espécie de mea culpa ao afirmar, através de seu artigo na revista Annales Politiques et Littéraires, que “na maioria dos casos, as comunicações das mesas de sessões espíritas refletem os pensamentos de um ou de todos os participantes” e disse também em tom de confissão que o texto publicado por Kardec em “A Gênese” intitulado “Uranografia Espírita”, supostamente ditado pelo espírito de Galileu a Flammarion, nada mais era do que “o reflexo daquilo que eu sabia ou o que pensávamos na época, sobre os planetas, as estrelas, a cosmogonia etc.” E concluiu: “Todas as minhas experiências para verificar a identidade dos espíritos falharam”.
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Na verdade, os “espíritos” de Kardec ditaram a ele coisa bem diferente dos “espíritos” ingleses ou americanos. Interessante notar que Rivail e outros que partilhavam das suas sessões eram adeptos e entusiastas das ideias reencarnacionistas dos socialistas românticos.
dezembro 20th, 2013 às 11:09 AM
Bom tarde a todos
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A brincadeira do copo está entre os fenômenos de efeitos físicos, ou seja, no movimento de objetos, no caso um copo. Esta brincadeira quando feita com o intuito de pesquisar o fenômeno cientificamente e seriamente falando, não haverá nenhum perigo, pois neste caso haverá uma proteção, pois é do interesse do mundo espiritual amparar as pesquisas sérias neste sentido, podendo apenas acontecer algumas dificuldades devido a inexperiência do experimentador.
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Mas quando praticada por mera curiosidade, ou com interesse puramente rasteiros, ou seja, ligado exclusivamente ao terra-a-terra da vida, como questões ligadas a casamento, adivinhação, particularidades da vida de alguém, etc, associado à falta de preparo dos participantes, atrai espíritos de baixa categoria, brincalhões, zombeteiros, vagabundos, mistificadores, e que se identificam com os pensamentos dos que participam da brincadeira, terminando acontecendo ligações mentais com esses espíritos que passam a dominar o pensamento do encarnado, fazendo-o entrar num processo obsessivo.
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Já tratei de alguns casos de obsessão resultantes dessa brincadeira, e como sempre, estes espíritos são atraídos com muita facilidade, mas depois que se identificam com algumas fraquezas morais dos encarnados, aí passam a explorá-las, adquire afinidade com o mesmo e não querem mais sair, e como o encarnado tem mediunidade, passa a sentir a sua influência em forma de perturbação mental, dores de cabeça, pesadelos, e outras coisas mais.
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Quando o encarnado não tem mediunidade, passa a ocorrer uma influência oculta, ou seja, o encarnado passa a ter determinados comportamentos, que o leva a pensar que tem origem nele mesmo, e acontece de uma forma tão sútil que o indivíduo não consegue perceber, só os que convivem com ele passam a notar e muitas vezes chegam mesmo a comentar que o fulano está com um comportamento muito estranho.
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A desobsessão consiste em persuadir o espírito – através de um diálogo fraterno – a deixar de fazer o que ele está fazendo com o encarnado, e a dificuldade maior está no encarnado, pois o mesmo por não compreender o mecanismo da obsessão, vem com a idéia de se afastar o espírito a qualquer custo, sem querer modificar aquilo que prende o espírito junto a ele.
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Se se conseguir convencer o espírito das suas necessidades espirituais, através do diálogo e técnicas de desobsessão, o caso será resolvido, senão, só quando o encarnado fizer a parte dele, caso contrário, o problema pode se agravar mais ainda, pois tem espíritos subjugadores e não perdem uma oportunidade.
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Segundo Allan Kardec em O Livros dos Médiuns ítem 274, todos os Espíritos, podem ser evocados, não querendo isto dizer que eles sempre queiram ou possam comparecer. Não há um impedimento absoluto, mas na brincadeira do corpo sem fins sérios, com certeza só comparecerão espíritos de baixa categoria conforme mencionamos acima, espíritos sérios não comparecem.
dezembro 22nd, 2013 às 5:04 PM
MRH
Boa tarde
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Faz muito tempo, havia 1 debate enorme entre os sábios acerca d como as coisas c fazem. Muitos diziam q tudo é obra d Deus (dos deuses etc.), feito intencional, portanto.
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Outros diziam q as propriedades da matéria realizam tudo. Grupo q desde Platão foi identificado tendo início nos pré-socráticos.
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Os estudos modernos acabaram por retirar os pré-socráticos desse grupo. Marx considerava autênticos materialistas apenas Demócrito e Leucipo, mas a crítica alemã especializada posterior mostrou q nem esses eram autênticos “racionalistas”, pois faltaria a eles a crença no poder da razão. Esta só seria adequada a alguns objetos ou circunstâncias.
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Mas, no renascimento, os partidos estão claramente postos. Há declarados descrentes “materialistas” e há também cristãos, judeus e muçulmanos a combatê-los. Em alguns momentos, eles c auto-denominaram “libertinos” (Descartes os combate com esse nome, e 1 padre amigo seu alega existir 50 mil deles em Paris, na época). Mais tarde, alguns vão c declarar livre-pensadores (expressão utilizada em outros sentidos tb), outros monistas e outros cristãos mesmo (particularmente os unitaristas radicais, monistas).
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Em filosofia, qual o ponto? Para os criacionistas do tempo, a matéria é amorfa, passiva, não tem poderes. Descartes a considera res extensa. Ou seja, tudo o q ela tem é extensão. Portanto, para existir, o mundo precisa d 1 agente ativo, q molde o mundo à sua vontade. Deus.
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Já os materialistas, monistas, libertinos, livre-pensadores, judeus saduceus, unitaristas cristãos etc. vão alegar q a matéria tem propriedades, portanto, a natureza é auto-organizativa. Muitos protestantes embarcaram nessa canoa, uns poucos católicos tb. .
COMENTÁRIO: Acredito que essas colocações já foram respondidas nos meus comentários anterior, pois trata-se – se assim posso me expressar – da peleja do homem em busca da verdade, de uma resposta dos porquês. E não pode ser de outra maneira, até mesmo porque analisar a vida e seus mecanismos levando em consideração apenas a matéria da forma como a conhecemos, no seu estado sólido, deixa aberta muitas perguntas que jamais serão respondidas sem a luz trazida pela Doutrina Espírita sobre a existência do Espírito como o ser inteligente do Universo.
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Já falamos das várias espécies existentes no nosso pequeno mundo terreno, e sabemos que cada ser tem seus sentidos de acordo com suas necessidades. Pois bem, nós os humanos somos dotados dos cinco sentidos, cada um funcionando dentro de certos limites como, por exemplo, o olfato, a nossa capacidade de sentir cheiro é, em relação a outros mamíferos, principalmente ao cão, muito pouco desenvolvida.
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Em relação aos sons, só conseguimos ouvir sons na faixa entre 20 Hz à 20 Khz, ou seja, entre vinte Hertz a vinte mil Hertz, mas sabemos que existem os infrasons e os ultrasons os quais só podemos ouvir utilizando aparelhos que captam esses sons e os convertem para a nossa faixa audível. Também em relação aos sons, temos animais como o cão, o gato, etc, que escutam numa faixa de freqüência bem maior do que a nossa. Portanto, não temos a sensibilidade auditiva e olfativa que faz parte da raça canina e dos demais predadores.
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Em relação à visão, nós enxergamos uma faixa de cores que abrange as frequências do vermelho ao violeta, e que estão dentro da faixa de frequências dos Terahertz, mas sabemos que existem o infravermelho que está abaixo do vermelho e o ultravioleta que está acima do violeta, que são frequências de luz que não conseguimos captar a “olho nu”, mas que o homem já fazem uso delas através de aparelhos adequados, enquanto que o cão, o gato e outros animais enxergam em faixas de frequências superior à dos homens. O gato, por exemplo, se o homem estiver num ambiente totalmente na escuridão, de forma que ele não consiga enxergar, o gato precisaria para deixar de enxergar, que o mesmo ambiente fique sete vezes mais escuro, para que ele poder ficar meio perdido sem enxergar.
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Em questão de profundidade nós ficamos muito aquém das aves de rapina, por exemplo, as quais tem uma visão telescópica que as ajudam a captar a presa a longas distâncias. E a visão ultra sônica dos morcegos, não as temos nem quando nascemos cegos.
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O nosso raio de visão é de aproximadamente 180°, ao passo que a dos animais que tem os olhos nas laterais da cabeça, são de 360° como o cavalo por exemplo. Outras diferenças que poderíamos citar, é que no comum dos homens a visão é colorida, ao passo que em alguns animais a visão é em preto e branco. Assim sendo, a nossa maior vantagem em relação aos animais, está relacionada apenas a nossa capacidade mental, que nos coloca inquestionavelmente no domínio do planeta.
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Agora imaginemos que os animais começassem a falar, e começassem a levantar questões, filosofar sobre a vida e sobre seus relacionamentos com os homens. Então o gato céticamente começaria a dizer – baseado exclusivamente no materialismo -, que os homens ficam cegos quando está no escuro, e apesar de o homem explicar que não fica cego, mas é que o aparelho da visão só nos permite registrar o reflexo luminoso dos objetos, o gato continuaria dizendo que o homem estaria mentindo, que é um enganador, e exigiria provas porque já teve oportunidade de ficar em lugares escuros com o homem, e o viu tateando cego sem saber para onde ir.
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O cavalo que somente enxerga em preto e branco, diria que o homem sofre de alucinações ao dizer que ver as cores dos objetos, e que o mundo é todo colorido, e que existe diversas cores. Para o cavalo, portanto, o homem não passa de um mentiroso, de um charlatão, e pede que o homem lhe prove mostrando estas cores, como o homem jamais vai poder provar para o cavalo que existe cores, devido ele não ter a capacidade de enxergar colorido, aí o homem é obrigado a aceitar os qualificativos dados pelo cavalo, de mentiroso, de enganador, de charlatão, ou que sofre de alucinações. Usaria os mesmos qualificativos que são dados aos médiuns e pesquisadores que dizem que existem espíritos, vidência, clarividência, enfim…
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Se todos estamos num processo evolutivo constante, por que não pode existir pessoas que tenham a capacidade de ouvir sons em faixas de freqüências diferentes do comum dos homens? Por que dizer que eles sofrem de alucinações se eles estão em plena posse de suas faculdades? Se não é um defeito no aparelho auditivo, causado pela matéria defeituosa que o forma, só podemos chegar a uma conclusão: o indivíduo tem um aparelho auditivo mais aperfeiçoado do que o comum dos homens que o torna capaz de ouvir outras faixas de freqüências. Mas se for constatado que não há nenhuma diferença do aparelho auditivo dos outros homens, é que ele possui uma capacidade que não se encontra no sentido físico da audição, então deve ser estudado, e desde que ele esteja plenamente no gozo de suas faculdades física e mentais, é que existe articulação de sons de seres que não são percebidos pelos sentidos comuns da audição humana.
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O mesmo acontece com a visão, se tem pessoas que vêem dentro de uma faixa de frequência diferente dos demais seres humanos, por que isso não pode acontecer? Por que dizer que o indivíduo sofre de alucinações de uma vez que ele se encontra no gozo pleno de suas faculdades físicas e mentais? Por que não podem existir homens que escute e veja coisas além do homem comum? Por que não pode haver exceções?
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MRH: Kardec claramente está no primeiro grupo. Lembra-se: “o q é o acaso? Nada”. “A matéria nada pode fazer por si mesma”, “é preciso Deus para fazer o mundo” etc. Ttas passagens assim mostram a filiação tomista, agostiniana, cartesiana d Allan Kardec.
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COMENTÁRIO: É um pouco difícil entender como se pode acreditar no acaso. Na verdade, o que é o “Acaso”? Buscando o seu significado no dicionário da língua portuguesa, assim ele nos informa:
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“Acaso – s.m. Causa fictícia de acontecimentos que aparentemente só estão subordinados à lei das probabilidades”.
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O meu amigo MRH seguindo o pensamento da ciência que estuda a matéria, acredita que tudo que existe tem sua origem no “Acaso”, que – se assim posso me expressar -, os cria baseado nas leis das probabilidades. Eu perguntaria a meu amigo MRH, quem criou as leis das probabilidades? Foi o “Acaso” também? Mas se o “Acaso” é um acontecimento aleatório, podemos até dizer, sem rumo, sem intenção prévia, como o “Acaso” pode manter a estabilidade dessas leis? Com certeza é porque não é obra do acaso porque senão não haveria previsibilidade dos acontecimentos e fenômenos da natureza.
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Na verdade, dar-se o nome de “Acaso”, sempre quando há a impossibilidade de se conhecer a origem e o que determina um fenômeno, ou seja, em relação à vida, é uma palavra que é usada para evitar se pronunciar o nome Deus.
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MRH: Mas pouco a pouco, desde Lavoisier, a química moderna foi adicionando elementos químicos à tabela periódica, e demonstrando q a matéria possui propriedades, q intrinsecamente ela é agente, ñ paciente. Hoje a tabela é enorme, cada elemento químico foi investigado e sabemos o q ele pode e não pode fazer – química orgânica, química inorgânica. A natureza viva tem genes, auto-organização (alteramos a estrutura dos seres vivos pela genética) etc.
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COMENTÁRIO: Escrevendo de uma forma que pode ser classificado por MRH de plágio, eu diria: Mas pouco a pouco desde todo o tempo, o acaso que não é moderno, aliás muito antigo, foi por acaso adicionando elementos químicos à tabela periódica que, como é resultado do acaso, pode por acaso até deixar de existir, pois uma das propriedades do acaso é não demonstrar estabilidade pelo fato de ser fictício. Como ela é uma tabela enorme, cada elemento que a forma pode a qualquer momento deixar de existir ou continuar existindo de acordo com as leis da probabilidade. Só não dar para explicar essa contradição de que a natureza formada pelo acaso, possa por acaso se auto-organizar.
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MRH: Karo Arnaldo. A resposta à sua pergunta é q a dinâmica da matéria sim constituiu instintos, sua dinâmica tb leva à seleção natural dos + adequados à vida. Hoje a ciência SABE q a tese da existência d Deus é DESNECESSÁRIA.
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Pode-se acreditar em Deus, claro, mas ñ a partir da crença q a natureza o evidencia NECESSARIAMENTE. Ou seja, q o conhecimento da natureza PROVA sua existência, como acreditava Tomás d Aquino, mestre católico d Kardec (o tomismo d O livro dos espíritos salta aos olhos: O q é Deus? A inteligência suprema, causa primária d todas as coisas – é só ler a Summa teológica d São Tomás d Aquino para conhecer o original católico dos “espíritos”) .
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Pela ciência moderna, a outra alternativa é q restou demonstrada.
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COMENTÁRIO: Me desculpe, qual mesmo a outra alternativa demonstrada? O acaso? Ou as leis das probabilidades?
dezembro 23rd, 2013 às 4:22 AM
Isto aqui já deu.
Vamos encerrar?
Tem um tópico novo, sobre cx.
Vamos para lá.