SESSÕES POR PROCURAÇÃO COM A SENHORA LEONARD (1934)

A tradução deste artigo custou 500 reais. Agradeço ao Marcos Arduin, ao Sandro Fontana, à Larissa e ao Marcio Rodrigues Horta pelo financiamento integral da tradução. Download do artigo em doc e em pdf.

PELA SR.ª LYDIA W. ALLISON 

PREFÁCIO 

Leitores do artigo do Rev. C. Drayton Thomas, numa parte recente do nosso Proceedings (xli. 139-185), estarão cientes da natureza e do propósito das “sessões por procuração”. Elas têm a vantagem de que o participante, desconhecendo as circunstâncias às quais as comunicações ostensivamente se referem, não pode dizer nada conscientemente ou inconscientemente; e a telepatia direta do assistente também não pode ser considerada uma explicação de nenhum conhecimento sobrenatural que estas comunicações podem mostrar. Portanto, quando nós pesamos as afirmações de várias hipóteses possíveis, nós temos uma a menos a por na balança.

A Sr.ª Allison, a assistente por procuração neste caso, descreveu as circunstâncias nas quais ela veio a realizar as sessões e nenhuma outra declaração sobre o assunto é necessária. Há, porém, uma questão à qual deve ser bom chamar a atenção dos leitores logo no início.

De longe as evidências mais fortes conectando as declarações de transe com o assistente ausente, o Sr. John F. Thomas, e a comunicadora que representou, sua mulher, foram obtidas na quarta e na última comunicação. As declarações feitas nas três sessões anteriores, apesar de a maior parte ser aplicável ao Sr. e à Sr.ª Thomas, foram, com poucas exceções, de um caráter próximo ao limite do que pode ser explicado por coincidência fortuita; sobre qual lado dessa fronteira elas estão é uma questão de julgamento individual. Mas a relevância e a precisão das declarações feitas na quarta sessão estão além do que o acaso facilmente explica, e já que nessa sessão nós estamos ostensivamente preocupados com as mesmas pessoas que na primeira e na terceira, nós estamos justificados em relação a essas três sessões formarem um todo. O caso da segunda sessão, na qual os objetos fornecidos pelo Sr. Thomas foram tomados por “psicometria”, é, na minha opinião, mais duvidoso, porque Feda afirmou distintivamente (p. 114) que as pessoas aqui referidas não foram as mesmas na primeira e na terceira sessão. Isso é, possivelmente, um erro da parte de Feda, mas deve ser reconhecido que a segunda sessão não é intitulada à vantagem evidencial advinda da primeira e da terceira por elas serem definitivamente ligadas à quarta. Os incidentes que parecem proporcionar as bases mais fortes para supor que a segunda sessão é similar às outras são as referências ao mausoléu e à planta sem flores (pp. 115-6).

HELEN DE G. SALTER.

INTRODUÇÃO

No outono de 1927, o Sr. John F. Thomas, de Detroit, Michigan, me ligou uma noite, apresentado pela Srª. Thomas Guinan, naquela época secretária do Dr. Walter Franklin Prince, da Sociedade de Pesquisas Psíquicas de Boston. A Sr.ª Guinan tinha, anteriormente, escrito que o Sr. Thomas e seu filho tinham tido algumas sessões interessantes com médiuns na Inglaterra e na América com sua mulher falecida como a comunicadora representante. Eu não atribuí nenhum significado especial à visita dele, porque pessoas conectadas com a pesquisa física têm-me visitado frequentemente quando passam por Nova Iorque, por sugestão de algum amigo mútuo ou conhecido.

No curso de uma conversa casual sobre a Sociedade de Boston (da qual nós dois somos membros ativos) e tópicos relacionados, o Sr. Thomas me disse que o Dr. J. B. Rhine, do departamento de psicologia da Universidade de Duke, estava editando os registros dos experimentos do Sr. Thomas. Ele não mencionou nenhum detalhe em relação às sessões e não disse nada que me desse a mínima dica de seus assuntos pessoais. Eu não vi o Sr. Thomas novamente até dois anos depois, em novembro de 1929, depois de que as sessões nas quais este relato é baseado haviam sido realizadas. Quando eu o relembrei de como na nossa primeira reunião ele tinha evitado assuntos pessoais e referências às suas sessões, ele respondeu que ele habitualmente abstém-se de alusões que possam ser informativas.

Logo depois da primeira visita do Sr. Thomas, eu vi o Dr. e a Sr.ª Rhine, que pararam em Nova Iorque a caminho de Duke. O Dr. Rhine me contou que ele estava trabalhando em uma série de sessões muito interessantes coletadas pelo Sr. Thomas, quando uma carta dele chegou em 10 de maio de 1929, uma semana antes da minha partida para Londres, da qual eu cito: “A Sr.ª Guinan me escreveu que você vai a Londres neste verão, e eu estive me perguntando se você estaria interessada em tentar um experimento comigo lá. Eu ainda tenho uma secretária em Londres (a Sr.ª Hankey), que realiza sessões com vários médiuns de tempos em tempos. Parece-me que seria boa evidência se você usasse essa secretária para algumas sessões com tais médiuns, como a Sr.ª Elliot e o Sr. Garrett. Se você fosse desconhecida para minha secretária e algum dos meus amigos participasse da sessão, o material pelo menos serviria para estender a hipótese telepática a fim de abranger algumas circunstâncias.”

Em resposta ao meu pedido, descrevendo mais detalhadamente o que ele tinha em mente, o Sr. Thomas respondeu que ele gostaria que eu levasse alguns artigos a vários médiuns no exterior para psicometria. Eu respondi que eu preferia a Sr.ª Leonard a qualquer outro médium, anexando meu endereço de Londres. E como a data da minha partida era apenas após três dias, eu também o telegrafei para que enviasse os artigos diretamente ao navio. Eles chegaram com uma nota do Sr. Thomas dizendo que ele me escreveria mais quando eu estivesse em Londres. Logo após minha chegada, recebi a seguinte mensagem: “Obrigado pela sua carta e pelo telegrama. Espero que os artigos tenham chegado até você. Como seria tentar uma sessão com a Sr.ª Garrett e a Sr.ª Leonard antes de você entrar em contato com a Sr.ª Hankey? É possível que um cético levante o argumento de que os médiuns associam a Sr.ª Hankey comigo e que material apropriado a mim se segue. É claro, eu sei que não tem nada a ver, mas a forma mais completa de respondê-lo é evitá-lo. Depois de uma sessão ou duas antes de a Sr.ª Hankey ser trazida, haveria vantagens distintas de se trabalhar com ela. [Como será visto mais tarde, eu não segui estas sugestões. Resta a possibilidade de um vazamento normal.] Quanto à Sr.ª Leonard, ela é, é claro, inigualável. Eu tive duas sessões pessoais (anônimas) com ela em abril e maio de 1927, e a Sr.ª Hankey (uma registradora profissional acostumada a realizar sessões tanto pessoais como ausentes) realizou uma para mim usando artigos em 28 de outubro de 1928.”

Nesta última ocasião, a Sr.ª Hankey disse à Sr.ª Leonard que a sessão era para os americanos que se reuniram com ela em 1927. Esta admissão, por causa do número comparativamente baixo de indivíduos americanos, tendo a Sr.ª Hankey gravado as sessões pessoais do Sr. Thomas, pode ter imediatamente sugerido uma associação à Sr.ª Leonard, uma suposição a qual, entretanto, não afeta este relato. O Sr. Thomas adicionou em sua carta que ele não tinha mencionado a Sr.ª Leonard para mim porque ele sabia como ela é importunada com compromissos e ele não queria tomar a liberdade de fazer minha entrada. Com uma única exceção, eu tenho sempre gravado estenograficamente minhas próprias sessões com Leonard. Eu, portanto, decidi seguir meu procedimento usual neste caso e evitar alguma suspeita que poderia surgir de eu estar acompanhada de um gravador. O Sr. Thomas não sabia as datas das minhas sessões.

Uma passagem do registro de uma sessão ausente realizada para o Sr. Thomas com a Sr.ª Soule em Boston, em 27 de fevereiro de 1928, com a Srta. Lovewell, uma estenógrafa profissional, gravando, e a Sr.ª Thomas sendo a comunicadora, parece ter relevância neste experimento, apesar do seu valor ser dúbio. A Sr.ª Soule, que também é conhecida como Sr.ª Chenoweth, é uma médium bem conhecida de Boston, que figura amplamente nas investigações do Dr. James H. Hyslop e do Dr. Prince. Assim, se lê: “Eu vi uma amiga sua a qual eu não conhecia antes de morrer e eu acho que ela será uma ajuda para nós. Pergunto-me se você não ficaria feliz se eu me referir a uma Sr.ª A., que falava com você. Bem, eu vi o esposo dela aqui e ele sente, como eu, que nós somos muito dependentes dos entes queridos na Terra para o sucesso em receber nossas mensagens.” Minha última sessão com a Sr.ª Soule foi há mais de cinco anos antes de esta referência ter sido recebida. Eu não tenho razão para pensar que ela sabe meu nome, já que eu sempre a procurei sob um pseudônimo, não começando com “A”.

Como afirmado anteriormente, o Sr. Thomas me requereu pela primeira vez no outono de 1927. Comentando, mais tarde, sobre a predição, ele escreve: “Eu estou certo de que não contei a ninguém sobre meu chamado à Sr.ª Allison em Nova Iorque. Na realidade, não estava na minha própria mente, porque eu procurei mentalmente entre os parentes e amigos mútuos do Sr. Thomas e meus para caber nesta referência e finalmente dei a causa como perdida. Não passou pela minha cabeça que era sobre a Sr.ª Allison até depois de eu escrever a ela sobre se juntar a mim nos experimentos de Londres.”

Por outro lado, nunca me ocorreu não mencionar a visita do Sr. Thomas. Eu me lembro de dois casos que eu o fiz, ambas as vezes para amigos ativos na pesquisa psíquica. O prospecto do trabalho juntos nunca entrou na minha mente. Nosso encontro pode, claro, ter chegado aos ouvidos da Sr.ª Soule. Mesmo se ela tivesse sido informada da nossa conversa, o ponto continua sendo, entretanto, que ela previu minha participação 15 meses antes de ser considerada. Os seguintes pontos em sua afirmação estão corretos: “Sr.ª A” se aplica a mim; o Sr. Thomas não me conhecia; o Sr. Thomas e eu já havíamos conversado; e meu marido está morto.

Declaração geral 

Por propósitos de brevidade, eu adotei certas abreviações e designações para usar neste relatório. Do começo ao fim, presumo que os comunicadores são o que eles representam ser e omito a palavra qualificadora “suposto”. Os comunicadores mais frequentes nas minhas sessões previamente reportadas, que novamente ajudam nestas, são o Dr. James H. Hyslop, descrito por Feda como o “’fessor”, o “cavalheiro de teste” ou o “cavalheiro mais velho”, e o meu marido, Dr. Eward Wood Allison, ao qual eu me refiro como E.W.A. e o qual Feda chama de “seu cavalheiro”. As iniciais E.L.T. especificam a Sr.ª Thomas, que foi a principal comunicadora nas sessões de Leonard com o Sr. Thomas, assim como ela parece ser nas minhas. Feda se refere a mim como “Sr.ª Lyddie”; minhas próprias iniciais são L.W.A. O relato do senhor Thomas, “Case Studies Bearing upon Survival”, Boston Society for Psychic Research, é indicado por “Estudos de Caso”. Sua série de quatro sessões com Leonard precedendo estas deste relato foi realizada em 26 de abril de 1927, 12 de maio de 1927, 29 de outubro de 1928 e 20 de maio de 1929. Nas duas primeiras, o Sr. Thomas estava presente, com a Sr.ª Hankey gravando; os outros foram gravados pela Sr.ª Hankey, que apresentou artigos os quais o Sr. Thomas tinha enviado a ela para a Sr.ª Leonard fazer psicometria. Estas sessões são referidas como Sessão 1, presente; Sessão 2, presente; Sessão 3, ausente; e Sessão 4, ausente. Já que o Sr. Thomas era quase um completo estranho para mim e eu não sabia quase nada sobre sua família ou sobre seus negócios, eu tenho declarado ao longo deste relato os raros casos os quais eu, pessoalmente, pude definitivamente afirmar ou negar a verdade das falas de Feda. Caso contrário, pode ser dado como certo que eu não tinha conhecimento consciente do grau de adequação de todas as outras afirmações de Feda.

Sessão com a Sr.ª Osborne Leonard, segunda-feira, 3 de junho de 1929, Tankerton, Whitstable, Kent. 

Assistente: L.W.A:

Não era minha intenção nesta primeira sessão da minha série de 1929 atrair fracasso ao propor um experimento incomum. Além disso, eu queria a sessão para mim. Eu deixei para trás os artigos do Sr. Thomas e esperei reviver as relações fáceis e cordiais que têm existido por alguns anos entre Feda e eu antes de me aventurar a sugerir psicometria. Feda abriu a sessão com várias declarações as quais eram apropriadas o bastante para mim e com uma predição que até agora não se concretizou. Então ela continuou, me dando alguns exemplos a mais da sua aparente faculdade de adquirir conhecimento de eventos contemporâneos concernindo os assistentes. Esses estão omitidos deste relato. Todas as anotações abaixo foram feitas pelo Sr. Thomas, exceto as entre colchetes, que são minhas.[1] 

Registro da sessão

Anotações

— Sr.ª Lyddie, você vai fazer algum trabalho na América com um homem?

[Naturalmente, minha mente foi rapidamente ao Sr. Thomas, mas eu não respondi.]

— Ele não é um homem velho, apenas aproximadamente 40 anos. Ele [E.W.A.] sente que ele é um homem muito bom, não um homem bom comum, mas um homem bom extraordinário.

Cinquenta e cinco no verão de 1929. [Eu deveria ter pensado no Sr. Thomas com bem menos de cinquenta.]

— Ele é interessado em coisas psíquicas e ele está interessado em um tipo de meio científico, e o seu cavalheiro diz que ele tem o jeito humano.

Correto. [Isso, é claro, eu sabia.]

— É alguém que você já conheceu, mas o seu cavalheiro pensa que há mais para se fazer depois.

Correto na primeira parte, possivelmente na segunda parte também. [Neste ponto eu tinha encontrado o Sr. Thomas apenas uma vez. Desde então ele tem ido me ver para discutir minha preparação para estes registros.]

 

— Tem “B” algo a ver com ele? Ele continua vendo um “B”.

Este “B” pode indicar Boston. [Enquanto eu não tinha pensado na conexão de “B” com Boston, eu sabia que o Sr. Thomas tinha tido muitas sessões lá. Na Sessão 2, presente, Feda mencionou um lugar começando com B e então deu o nome “Boston”.]

— (Eu não sei, eu vou perguntar.)

[Que foi também uma admissão que eu pus a este “homem”.]

— Parece que você já esteve em contato com este homem, mas não tão próximo, eu acho, do que você estará mais tarde.

 

— Espera um pouco. Este homem escreve? Ele se sente bem com uma boa escrita. Como se ele tivesse um pouco mais a escrever e vai ser sobre seu trabalho.

Isso se aplica a um registro escrito durante os poucos meses precedendo estas sessões e também a uma tese em pesquisa psíquica futura.

— Seu cavalheiro diz que ele já escreveu sobre isso.

Correto.

— (Feda, ele já te visitou?)

 

 

— Sr.ª Lyddie, eu não acho que é alguém que eu conheça bem; eu não tenho um sentimento forte, mas o seu cavalheiro diz que há uma pequena relação entre ele e Feda. Sr.ª Lyddie, eu não posso sentir o homem ainda, mas se ele tiver me visitado, deve ter sido uma ou duas vezes. Não é um assistente que eu conheça propriamente. Não é o Sr. Wallie [Dr. Walter Franklin Prince].

Eu tive duas sessões pessoais com a Sr.ª Leonard, e a Sr.ª Hankey realizou duas para mim.

 

[Uma referência às sessões do Dr. Prince com a Sr.ª Leonard se segue, mas aqui está omitida.]

— Não é alguém que eu conheça muito bem. E o seu cavalheiro diz que é óbvio que é alguém mais novo que o Sr. Wallie. Não parece ser alguém que eu

O Sr. Thomas é mais jovem, mais alto, e mais magro na compleição do que o Dr. Prince. Ambos os cavalheiros tiveram sessões com a Sra. Leonard.

 

conheça propriamente. Ele não tem um nome muito longo, diz o seu cavalheiro. Não é um nome longo, mas é bem importante, bem importante para o trabalho. E então ele quer que você mantenha seus olhos nele, que fique em contato com ele.

Foi sugerido para mim que o nome (John F. Thomas) foi possivelmente enfatizado por Feda como não muito longo para distingui-lo novamente do Dr. Walter Franklin Prince, que é frequentemente referido pelo seu nome completo.

— (Tudo bem, Feda.)

 

           

[Depois de uma breve digressão aos seus próprios assuntos, a Sr.ª Allison sugeriu que Feda deveria retornar a “este outro cavalheiro”.]

— Ele disse aproximadamente 40, não é um homem gordo, de tamanho aproximadamente médio.

Ambos os pontos descrevendo a aparência estão corretos. [Conhecidos a mim e à Sr.ª Leonard, se é o Sr. Thomas o referido.]

— Seu rosto não é pequeno; um pouco longo, mas não agudo aqui. [Com as mãos apontando o queixo.] Não pontudo; sim redondo, firme, não uma grande mandíbula, ao contrário, magra, firme.

 

Correto. [Conhecido a mim e à Sr.ª Leonard, como antes.]

 

— Eu tenho a impressão de que ele usa óculos para algo às vezes, apesar de ele não ser velho.

Eu tenho usado óculos por alguns anos para ler, mas eu não os uso para mais nada. [Ao ser perguntado, o Sr. Thomas me escreveu que ele não estava usando óculos na casa da Sr.ª Leonard.]

— Seu cavalheiro diz que há uma razão para falar de óculos neste momento. Ele diz que Feda obteve esta informação do seu cavalheiro porque ele notou que este homem tem pensado muito sobre seus novos óculos ultimamente. Ele diz que talvez você pode verificar isto depois.

Meus olhos foram retestados para novos óculos, parcialmente como o resultado de uma declaração que recebi em uma sessão ausente com a Sr.ª Garrett, em 2 de fevereiro de 1929, gravada pela Sr.ª Hankey e enviada a mim em Detroit, que se segue: “Eu acho que ele não usa óculos do jeito comum, mas ela está me dizendo que há algo de errado com um olho. Eu me pergunto se ele não tem que cuidar de seus olhos… de alguma forma, o olho direito.” Minhas visitas ao oculista em 20 e 21 de maio de 1929 foram as primeiras vezes que consultei um oculista em vários anos. O diagnóstico dele corrobora com a fala da Sr.ª Garrett, o


 

 

olho direito estando mais fora de foco do que o esquerdo. Em três de junho eu ainda estava pensando “muito sobre os novos óculos” porque eu tinha as especificações, mas ainda não tinha pedido óculos novos, em parte porque eu não tinha certeza de que eles trariam alguma melhora sobre os que eu ainda estou usando. Eu ainda (9/6/29) não comprei os novos, mas espero fazê-lo.

— Mas ele já usou óculos. Apenas aconteceu que ele estava pensando especialmente em algo ainda agora.

Correto.

— O cavalheiro de teste [Dr. Hyslop] está interessado nele e ele está interessado no professor.

[Eu não sabia que o Sr. Thomas estava especialmente interessado no Dr. Hyslop. Feda casualmente aludiu isto ao Dr. Hyslop nas três primeiras sessões com Leonard do Sr. Thomas, com observações apropriadas, mas não evidenciais.]

— Ele tem, na verdade, ele tem feito algo conectado a mim e usando meu nome [presumidamente o nome do Dr. Hyslop] recentemente. Foi muito importante saber disso porque ele disse que ele pode corroborar com isso.

No período de três ou quatro semanas tenho lido o Proceedings, da Sociedade Americana, a fim de achar uma citação do Dr. Hyslop com a qual fechar meu relato à Sociedade de Boston, intitulado “Estudos de Caso”. Eu encontrei uma e usei o nome do Dr. Hyslop neste relato, que foi mandado de York, Pa., cerca de seis dias precedendo esta sessão.

— Este cavalheiro viveu em duas partes da América?

[O Sr. Thomas morou em várias partes dos Estados Unidos.]

 

— Sr.ª Lyddie, perto de onde ele está agora, você sabe se há um lugar com um nome que sugira água?

— (Você quer dizer que o lugar é perto da água ou que o nome do lugar sugere água?)

— Quero dizer que o nome do lugar que ele está pensando agora sugere água, como rio.

Nesta parte as sessão eu estava na minha casa de verão no lago Orchard, a cerca de 40 quilômetros de Detroit. [Eu naturalmente pensaria no Sr. Thomas em Detroit. Talvez seja bom enfatizar novamente o quão pouco eu o conhecia. Que ele tinha uma casa de verão, nunca tinha passado pela minha cabeça.]

 

— Ele pode não estar onde você pensou que ele estava. Ele pode não estar. Veja que o que estou sentindo tão fortemente, ao receber este nome, é que ele significa água.

 

— Recebi a informação de que o cavalheiro de teste disse que, na verdade, ele está perto da água agora, mas não tem nada a ver comigo. Ele quer dizer próximo à água agora, talvez neste momento. Ele está fazendo as malas agora? Porque eu tenho uma forte sensação dele se mudando e fazendo as malas.

— (Felizmente, Feda, eu não sei.)

Esta sessão aconteceu das seis às sete da manhã, no horário de Detroit. Eu descobri, a partir do meu diário, que às seis da manhã eu estava na minha casa de verão, diretamente à beira do lago Orchard. Eu saí de lá por volta de seis e meia para o meu escritório. A referência a “fazer as malas” é um ponto interessante, porque sem dúvida bem naquele momento eu estava fazendo minhas malas para vir a Detroit para a semana. Florence, minha nora, e eu fizemos muitas piadas sobre maneiras de eliminar o ato de fazer as malas, que acontece tão frequentemente que nos enfada um pouco.

— (Feda, por que eles estão me dando tantas informações sobre ele? Estou interessada, é claro, mas por quê?)

— Porque você já tem um pequeno vínculo e será mais vinculada a ele.

 

— (Bem, me interessa muito.)

— Você sabia que ele tem vivido em um lugar onde há árvores muito altas com folhas bem largas, com um tronco longo e reto e os galhos crescendo com folhas muito largas?

— (Eu descobrirei.)

— A parte de baixo não tem galhos. Elas crescem como um pinheiro. Como no estilo gótico, sem galhos vindos da parte de baixo.

Minha casa nesta cidade está em um lugar bem descrito aqui. O setor se chama “Russel Woods” e tem um número incomum de elmos, que começam a ramificar bem no alto. “Como no estilo gótico” é uma referência vívida aos arredores imediatos à minha casa. Misturados com esses elmos está um grande número de sicômoros e alguns carvalhos. Dois desses sicômoros estão muito próximos ao meu próprio lote e eles têm folhas relativamente grandes. [Eu não sabia nada sobre os arredores da casa do Sr. Thomas.]

 

No inverno, inverno passado, coisas estavam acontecendo para te vincular a ele. Havia coisas acontecendo e então o ’Fessor e o seu cavalheiro estavam evitando isto. [Feda, como de costume, se despediu e o controle parou.]

 

 

QUADRO

Material Novo e Correto.

Repetições: Material comum às sessões com Leonard do Sr. Thomas e às minhas. Frequentemente, assuntos apenas tocados nas minhas são desenvolvidos em extensão nas do Sr. Thomas.

Novas Associações: Material ampliado nas minhas sessões de uma fonte na série com Leonard do Sr. Thomas, com referências que sugerem associações na mente de E.L.T.

Material Errado: Incluindo declarações ocasionais inverificáveis.

Fatos Contemporâneos: O conhecimento de Feda dos eventos em progresso próximos à data da sessão.

Material Novo e Correto

Repetições

Novas Associações

Material Errado

Fatos Contemporâneos

Trabalho com um homem

“B”

 

 

Jornada entre Nova Iorque e Detroit

Sr. Thomas próximo à água e fazendo as malas para partir

Escrita

“M”

 

 

Experiência “enfadonha” e fazer as malas

Óculos

 

 

 

 

O interesse do Sr. Thomas no Dr. Hyslop

 

 

 

 

Distância entre as casas do Sr. Thomas e de L.W.A.

 

 

 

 

Vínculo inicial entre o Sr. Thomas e o Dr. Hyslop

 

 

 

 

Nome que sugere água

 

 

 

 

Árvores altas ao redor da casa do Sr. Thomas

 

 

 

 

Sessão com a Sr.ª Osborne Leonard, quinta-feira, 6 de junho de 1929.

Assistente: L.W.A.

Para a segunda sessão desta série, me vali dos artigos que o Sr. Thomas me enviou para psicometria. Não havia, é claro, indicação de que esses artigos tivessem qualquer relação com a sessão anterior. Esta foi a primeira vez que pedi a Feda fazer a psicometria de algo. Considerando a dificuldade de obter sessões com Leonard, havia mais razões para Feda supor que eu tinha um interesse pessoal nestes artigos do que se eles fossem propriedade de um estranho.

[Quase toda esta segunda sessão está omitida. As declarações feitas, apesar de muitas delas serem corretas aplicadas ao Sr. Thomas, foram na maior parte vagas e de um jeito que deixa muita liberdade para interpretação individual. Além disso, como citado no prefácio, parece que Feda nunca compreendeu o fato de que as pessoas discutidas nesta sessão foram as mesmas da primeira e terceira sessões. Excertos breves, nos quais declarações de um caráter mais distinto foram feitas, estão impressas abaixo. Todo o material dado está novamente levado em consideração no quadro. — Hon. Ed.]

Registro da Sessão.

Anotações

[Após referências a duas pessoas, uma “na Terra” e uma “falecida”:]

 

— Eu não tenho certeza qual seria, a pessoa na Terra ou a falecida, mas eu tenho uma dor no lado do corpo.

Uma das poucas perturbações físicas na minha vida tem sido uma dor no lado do corpo e nas costas, especialmente nas costas.

— A pessoa conectada a isso teve uma queda.

— (Você sabe qual?)

A dor foi o resultado direto de uma queda que ocorreu pelo menos sete anos antes da morte de E.L.T.

— Sim, a que faleceu.

Errado. A questão da queda se aplicava a mim. [Minha pergunta “Você sabe qual?” parece particularmente estúpida, já que Feda introduziu o assunto da queda com “Eu não tenho certeza qual seria.” Questões que levam a respostas definitivas a fim de obter evidências são sempre um risco. Eu acho difícil, porém, resistir à tentação, já que em algumas ocasiões os resultados justificaram o risco.]

 

— Não foi perigosa, foi perturbadora.

Minha queda não se provou perigosa, mas certamente foi perturbadora, tanto literalmente quanto de outras maneiras. A palavra “perturbadora” (upsetting) deve ser entendida como um trocadilho.

— (O que mais, Feda?)

 

— Terrenos, terrenos ’mentais. Sr.ª Lyddie, você sabe se eles viveram perto de terrenos muito ornamentais; não como um belo jardim, não como o da Gladys [o nome da Sr.ª Leonard], mas sim com caminhos de cascalho, grama, flores arranjadas de um jeito firme, o que você chama de ornamental?

Esta descrição poderia ser aplicada a qualquer cemitério moderno. [Poderia se aplicar também a um jardim formal. O Sr. Thomas sem dúvida leu a passagem inteira antes de fazer sua observação.] Nós não vivemos particularmente perto de qualquer jardim com esta descrição. Todos os pontos se aplicam ao cemitério no qual o mausoléu onde E.L.T. está enterrada está localizado. Nós não moramos mais perto de um cemitério do que onze ou treze quilômetros, mas nós frequentemente íamos de carro até lá.

— Eu sinto que eles olhavam para um lugar com janelas e falavam sobre isto.

Quase todas as vezes que E.L.T. e eu víamos uma certa construção ao dirigir, nós olhávamos para este lugar e falávamos sobre aquele, de um modo despropositado, ser um lugar para enterro. Na verdade, a razão para o enterro ter sido feito lá foi por causa dessas referências mais ou menos despreocupadas que nós fizemos à construção. Esta foi a primeira vez que qualquer membro da família foi posto no cemitério. Nós não tínhamos e não temos um lote para a família.

— Você vai para cima e para baixo em degraus de pedra, com pedras com cor de mármore. Isto está certo, escadas muito bonitas, escadas construídas lindamente. Há pedaços de pedra.

Para chegar à cripta particular, deve-se subir impressionantes escadas feitas de mármore. Os “pedaços de pedra” são as placas de mármore que selam as frentes das criptas. [Na Sessão 4, ausente, em 20 de maio de 1929, Feda descreveu o Sr. Thomas olhando para uma rocha grande, branca e reluzente.

 

 

O Sr. Thomas interpretou esta passagem como se referindo ao mausoléu, mas nenhum outro detalhe foi dado.]

— (Esta construção está perto do jardim ou pertence a outro lugar?)

 

— Não, eles estão no mesmo lugar; é no jardim. Não vejo mais nada.

Correto.

 

— Sr.ª Lyddie, você sabe se a pessoa da Terra tem tido dores nos pés e pernas ultimamente?

— (Por quê, Feda?)

 

— Estou ficando com uma sensação dolorida e cansativa sobre os pés e as pernas. É uma sensação bem forte.

Eu tenho estado consciente de uma sensação dolorida, perceptível apenas ao subir escadas, portanto deve haver alguma relação entre esta declaração e a seguinte.

— Quando alguém morre você sabe se as pessoas lhes dão flores brancas?

— Bem, você sabe se algo foi feito que não eram flores brancas, mas mais como folhas? Eu tenho a sensação de algo simbólico, não quaisquer folhas velhas, algo feito de folhas verdes com significado simbólico, feito cuidadosamente. Folhas, não flores; são folhas que estou vendo.

 

Isso pode se referir ao mausoléu. A sensação dolorida e cansativa foi devido a muito golfe e eu a notei apenas quando eu, ocasionalmente, subi algumas escadas, como os degraus de mármore do mausoléu. Uma coisa impressionante sobre as lembranças neste mausoléu é a predominância de coroas e outras peças simbólicas feitas de folhas, um fato que se dá devido à impossibilidade de manter plantas floridas vivas e frescas em uma construção deste tipo. Eu estive procurando algum tipo de planta de folhas verdes que viveria e floresceria e eu decidi, finalmente, antes desta sessão, por uma samambaia, que não foi colocada lá antes de 31 de julho. Eu descobri no meu diário que parei no mausoléu no meu caminho para o lago Orchard em 2 de junho, quatro dias antes da sessão da Sr.ª Allison.

 

 

Eu fiz apenas uma visita àquele lugar desde o outono passado. Jerome [o filho do Sr. Thomas] me disse que ele e sua esposa visitaram o mausoléu no Dia da Lembrança, 30 de maio, seis dias antes da sessão da Sr.ª Allison em 6 de junho, e naquele momento colocaram uma planta lá que não tinha flores, mas era “toda de folhas”, e me disse que ele se lembra das circunstâncias porque eles se perguntaram se uma planta apenas com folhas e sem flores era apropriada.

 

QUADRO 

Material Novo e Correto

Repetições

Novas Associações

Material Errado

Fatos Contemporâneos

Mala não usada no lugar onde foi feita

Experiências psíquicas do Sr. Thomas

Mausoléu

Sentimento estrangeiro

Preocupado com o trabalho

Descrição sugerindo a mãe do Sr. Thomas

E.L.T. não estava bem antes de morrer

 

Chinelos

Cabeça coberta

Irmão do Sr. Thomas

Morava em um lugar alto

 

Queda aplicada a E.L.T.

Indo para o campo

Inicial do primeiro nome da mãe

 

 

“F”, alguém que L.W.A. não conhecia

Sensação “dolorida”

Senhor e senhora de meia idade conectados a uma mala, um aqui e um falecido

 

 

“M”

 

Planta sem flores

 

Dor do lado do corpo

 

 

Arnold  

 

Queda — não perigosa

 

 

 

 

“F” conectado a uma mala

 

 

 

 

Lonny

 

 

Forte ou castelo

 

 

 

 

Sessão com a Sr.ª Osborne Leonard, segunda-feira, 10 de junho de 1929.

Assistente: L.W.A.          

Eu sempre achei Feda muito sugestionável. Assim, parece natural que a tendência desta terceira sessão seguisse uma linha persuadida e encorajada por mim na primeira sessão e desenvolvida na segunda. Apesar de que, como será notado, Feda não conectou as personalidades, vivas ou falecidas, que ela introduziu na primeira e na terceira sessões, com aquelas dos artigos que apresentei para psicometria na segunda sessão, é óbvio que embora ela própria negasse a conexão, o conteúdo de todas as três sessões é bastante homogêneo.

Registro da Sessão

Anotações

— Bom dia, bom dia. Eu estava falando com eles. Eles estão ambos aqui e mandam beijos. Seu cavalheiro diz: “Eu me constituí” — eu me pergunto o que isto significa, diz mensageiro — uma palavra tão engraçada “um mensageiro o fará”. Porque ultimamente muitas pessoas têm pedido a ele ficar em contato com a Terra através de você. Pessoas que nunca vi na minha vida antes. Mas ele diz que eu contei a eles em suas sessões que eu não tenho tempo para ajudar a todos eles. (Feda, eu gostaria que ele pudesse ajudar as pessoas das quais ele falou na minha primeira sessão.)

[Aparentemente eu confundi o conteúdo da primeira e da segunda sessão e Feda se confundiu também.]

— Ele vai ajudá-los. Ele estava apenas se aproximando da mulher. Na primeira sessão ele te falou sobre uma senhora que morreu há pouco tempo, uma senhora de meia-idade. E ele quis ajudá-la porque ela era uma mulher muito boa e também porque as pessoas relacionadas a ela sentem muito a falta dela na Terra.

E.L.T. morreu três anos e dois meses antes desta sessão, com 48 anos de idade.

[Meu palpite seria algo entre dois e cinco anos antes e que E.L.T. era, provavelmente, de meia-idade.]

 

— Isso não tem nada a ver com as pessoas das quais ele estava falando na sessão passada. Foi a primeira sessão

[Veja a nota introdutória a esta sessão.]

— Esta senhora da qual ele está falando agora

 

 

tem um cavalheiro que ela gosta muito e ela está tentando voltar para ele. E é para ajudar o cavalheiro na Terra que estou tomando parte nisto.

— (Ela vai me ajudar a localizar o cavalheiro?)

 

— É o que ela quer fazer. É o seu cavalheiro que está falando, mas de certa forma ele está falando por ela. A pessoa na Terra não é alguém que está sempre contigo. Ele parece ser distante de você. Eu não quero dizer na Inglaterra, mas aquele homem na América não é próximo a você, porém em uma condição e em lugar diferente. Eu tenho a sensação de que você o conhece mais através da escrita do que através de encontros pessoais. E não significa apenas que ele esteja em um lugar diferente — mas o tipo de lugar e circunstâncias são muito diferentes.

Correto. [Ver Introdução.]

 

— Então ele me dá uma sensação bem isolada, como se ele estivesse se vendo fora das coisas. “Não é fácil conseguir ajuda, conseguir comunicação aqui.” Ele me dá este sentimento fortemente. Eu não acho que ele está conseguindo muita ajuda onde ele está e ele está pensando em você como capaz de ajudá-lo mais do que ele possa conseguir ajuda onde esteja.

[O Sr. Thomas sustentou um ponto importante sobre realizar sessões em lugares distantes de sua casa, Detroit. Uma sessão parcialmente bem sucedida com um médium mental, do qual ele fez apenas algumas anotações, e quatro ou cinco com um médium físico, que foram insatisfatórias, consistiram sua experiência total com médiuns de Detroit. Era verdade, de seu ponto de vista, que ele foi “isolado” da comunicação na cidade onde mora.]

— Agora estou vendo um grande “B”. Eu acho que tem algo a ver com o homem.

“B” sugere Boston. [Na Sessão 2, presente, Feda conectou o Sr. Thomas a Boston. Veja a nota sobre a Sr.ª Soule acima e a anotação sobre “B.R.” abaixo.]

— De certa forma, ele é bem importante. Ele não é como muitas pessoas do lugar onde vive; ele

Estes pontos se aplicam de forma adequada ao meu trabalho em Detroit. Eu sou o superintendente assistente de

 

é bem conhecido, como se as pessoas o respeitassem e o admirassem. Eu sinto que ele tem um papel proeminente. Ele tem muito o que fazer neste sentido. Seu nome seria conhecido a pessoas que não são seus amigos.

escolas públicas responsável pelas finanças do Comitê de Educação.

— (Meu cavalheiro pode ter mais informações sobre o nome dele?)

 

— Ele quer. Ele disse que não é um nome longo. Tem um “R” nele?

— (O que você acha?)

— Há um “B”, mas um “R” veio bem grande. Eu sei que o “R” é bem importante. Não se esqueça do “B”. É bem importante. Pode ser algo que você não saiba. Eu sinto que ele está captando isso da senhora. É um nome especial da senhora. Eu não sinto que você saberia, mas é mais importante do que um nome que você conheça.

[Obviamente não há nem um “B” nem um “R” no nome do Sr. Thomas, mas ele diz que “B.R.” é o único membro da família do pai dele que está vivo além de ele mesmo e ele se refere a este parente mais frequentemente pelas suas iniciais do que pelo seu nome, um fato que é verdadeiro para toda a família. E.L.T. o conhecia bem.]

— Você sabe se ele tem pensado sobre um jornal ou uma revista? Tem algo bem importante sobre uma revista, ou jornal.

[Muito vago para anotação.]

— Está certo, e ele disse que este homem tinha uma doença; antes de a senhora falecer ele teve um estado de saúde delicado por um tempo e parecia, então, que ele poderia vir a morrer. Sabe, isso não seria tão surpreendente, e a senhora estava muito ansiosa na época. Ela não estava tão ansiosa por si mesma, ela estava mais ansiosa por ele, e no final das contas foi ela quem foi e ele quem ficou. Sim, ela esteve muito ansiosa.

[O Sr. Thomas acha que esta passagem se refere a uma queda acidental que ele teve sete anos antes do falecimento de E.L.T., sobre a qual ela estava muito mais preocupada do que ele, já que ele não considerava de forma alguma os efeitos da queda perigosos. Esta referência é um outro exemplo de Feda dando material similar em relação a E.L.T. e o Sr. Thomas na sessão de psicometria e nesta, apesar de que ela mesma afirmou categoricamente que as pessoas mencionadas nas duas não tinham nada a ver

 

 

uma com a outra. Veja nota na pág. 114.]

 

— Você sabe se ela se foi rapidamente?

— (Eu não sei.)

 

Correto.

— Tenho a sensação de que ela se foi rapidamente. Eu acho que ela tem um temperamento de tentar manter-se, meio que a fazendo se sentir bem quando ela não estava bem.

Característico de E.L.T.

— Havia algo aqui. [Primeiro as mãos da médium tocaram a base de seu peito, então se moveram na direção de seu coração.] As pessoas pensaram que seu coração estava bem, mas não estava. Havia algo de errado com seu coração; não era muito forte.

E.L.T. examinou o coração dela, e foi dito que ele estava organicamente bem, mas havia muitos problemas funcionais.

 

— Você sabe que o coração dela ficou mais fraco por causa de outra condição? Era um pouco complicada, a condição dela. Sim, era complicada.

 

 

— Mas eu sinto que ela tinha uma condição corporal dentro dela que enfraquecia o coração mais do que ela mesma sabia.

Não há meio, é claro, de verificar esta declaração, mas a minha opinião é, fortemente, de que este era caso.

— Acho que ela viveu, uma vez, em um lugar bem peculiar, em um lugar quase como uma montanha. Ela foi muito afeiçoada a este lugar peculiar porque estava a muitas centenas de pés acima do nível do mar e havia estradas lá.

Esta descrição geral me impressiona por ser apta à Península Superior de Michigan, um local com grandes montanhas. Nós fomos morar lá esperando achar fazendas, mas não achamos, apesar de que havia estradas através da mata. Nós dirigíamos consideravelmente sobre essas estradas, para fazer piquenique e outras recreações. O “P” maiúsculo dado mais adiante volta a este ponto, ou seja, “P” para “península”.

— Você sabe que ele te contou sobre ele ser um homem importante?

— (Sim.)

 

— Bem, a senhora era importante,

E.L.T. tinha muitos in-

ela não era uma senhora que não fazia nada.

teresses fora de casa, muitos de magnitude considerável.

— (Feda, deve haver algo que identifique estas pessoas.)

 

— Você sabe o que um “E” tem a ver com ela? Ele continua vendo um “E” com ela; é muito importante para ela.

(Eu vou perguntar).

 

O nome de E.L.T. era Ethel. [Feda disse o nome “Effel” na Sessão 1, presente. Por alguma razão que eu não posso explicar, exceto pelo “M” dado em minha sessão de 3 de junho (ver pág. 113), pensei que o nome da Sr.ª Thomas era Margareth.]

— “P”. Há um “P” que aparece. O “P” não é para o nome de alguma pessoa; é parte do nome de um endereço. Uma parte com a qual ela era muito conectada aqui.

Até onde eu me lembro, este “P” como “parte do nome de um endereço” se aplica ao único lugar onde nós morávamos, nomeadamente a Península Superior de Michigan. Nós frequentemente falávamos de lá como “quando nós morávamos na Península Superior”. Nós ficamos lá durante os dois primeiros anos de nossa vida de casados.

— Eles não ficaram muito presos a um só lugar. Eles viajavam.

 

Durante nossos 27 anos de casados, nós vivemos em seis diferentes cidades.

— Você sabe que ela tem tentado se comunicar na América? Seu cavalheiro diz que ela fez um contato aqui, separadamente de você.

— (Ela quer dizer com você, Feda, ou apenas na Inglaterra?)

 

— Seu cavalheiro diz que ela tinha uma ligação com a Inglaterra que não é a Feda, mas ela também passou por Feda. Talvez eles não quisessem que eu soubesse.

— (Eu entendo.)

Correto. [Eu estava ciente disso.]

 

— Tenho uma sensação, através de Gladys [Sr.ª Leonard], que eu a conheço.

 

— Você sabia que o cavalheiro dela na Terra está interessado no professor? [Dr. Hyslop.] Seu cavalheiro disse que pode ser bem importante. Ele tem estado interes-

Esta passagem coloca claramente em palavras minha atitude presente e passada em relação ao professor Hyslop e seus escritos. Meu primeiro interesse em pesquisa psíquica foi

 

sado e tem havido uma razão.

(Que razão?)

devido a um artigo de revista que o professor Hyslop escreveu para a Harper’s aproximadamente em 1900.

— Foi meio que um interesse científico que o fez pensar no professor.

 

— Você conhece algum James que tenha alguma ligação com eles, de um jeito pessoal?

 

— (Por que, Feda?)

[Eu não sabia de nenhum James.]

— É muito ligado a ambos de um jeito pessoal — alguém com quem eles eram muito entrosados, mas não o professor [Dr. James H. Hyslop]. Um amigo pessoal, alguém que os dois conheciam muito bem. E então seu cavalheiro começou a rir e disse que ele era uma pessoa que você não podia pensar em comparar com o professor; você não sonharia em compará-los. Eu não sei se ele foi maldoso. O professor pode não tomar isso como um elogio se eles foram maldosos. Talvez não foi o caso. Ele sabe que o seu cavalheiro irá entender.

O James ligado de um jeito pessoal era chamado Jim. Ele era um dos vendedores aos refeitórios da escola a qual E.L.T. era supervisora. [Feda discorreu sobre Jim em algum ponto da Sessão 1, presente. Veja “Estudos de Caso” páginas 92, 93 e 125. Jim regularmente presenteava a Sr.ª Thomas e a família com um jarro de vinho caseiro nas férias de fim de ano. Na Sessão 1, presente, Feda falou de “Jim e o D”, que o Sr. Thomas interpretou como “Drinques”. Esta associação à bebida parece ser um precursor dos acidentes com bebida seguintes, em ligação com o marido de outra empregada do refeitório.]

— Você vai perguntar ao cavalheiro se ele se lembra de alguém que a sua esposa tentou ajudar muito, que deu muito trabalho por causa de [Pantomima de colocar os dedos nos lábios, segurar algo e beber.] Algo a ver com uma — ele estava me mostrando uma garrafa, aguardente. Deste jeito, como se estivesse bebendo. É uma garrafa daquela aguardente sórdida e esta pessoa que eles conheciam na Terra que ela estava tentando muito ajudar.

E.L.T. tentou muito evitar uma situação que envolvia o cozinheiro em um de seus refeitórios e seu marido. Ele era um bebedor inveterado.

 

— Porque não era um caso comum. Era um caso particular.

Era um caso particular para E.L.T. porque a brutalidade do

 

 

marido de sua empregada a manteve longe do trabalho às vezes e era um caso particular para mim porque os dois estavam fazendo pagamentos de uma casa que eu tinha construído para eles.

—Mas ela não pode ajudar como gostaria.

E.L.T. gastou um bom tempo neste caso, mas finalmente ajudou a mulher a conseguir um divórcio.

— Você sabe se havia uma garota com a qual ela era relacionada no outro lado?

Correto.

 

— A jovem garota faleceu antes dela.

 

Correto.

 

— É um nome parecido com o seu. Não é Lyddie— soa como o seu, respeitável como o seu. Lily? Lily? Sinto que isso é bem importante. Mas eu não acho que é o próprio nome dela. É o nome de alguém bem próximo. Alguém que ela gosta muito.

[O nome correto seria Laura. Na Sessão 3, ausente, Feda descreveu “uma jovem dama com ela [E.L.T.] que faleceu antes dela”, com fatos adicionais que se aplicavam a uma prima de E.L.T. do qual ela gostava muito. Nenhum nome foi dado na ocasião. O nome desta prima não era Lily, era Laura. Na Sessão 3, ausente, Feda se referiu ao nome Lily, como o Sr. Thomas deve se lembrar.]

— Há alguém chamado Charles que ela gosta muito.

O nome do meu falecido irmão mais velho era Charles. Embora eles entrassem em desacordo consideravelmente, acho que E.L.T. tinha certo carinho por ele. [Na Sessão 4, ausente, Feda perguntou “Quem é Charlie?” e depois prosseguiu com outro assunto.]

— O nome que eu dei para vocês antes é Lily.

 

— E então ela me deu Charles. E depois Anna ou Annie.

O nome da minha mãe era Sophronia Ann, mas ela geralmente era chamada de Ann.

— Ele está tentando escrever algo para me mostrar. Isso é muito interessante. Ela terminou com três palavras especiais, e a

[Eu transcrevo o seguinte trecho de uma sessão ausente realizada para o Sr. Thomas com a Sr.ª Soule em 10 de setembro de1926, que pa-

 

palavra “coração” vem perto do fim e perto dela uma palavra curta começando com O, e a palavra coração e uma mensagem próxima e reconfortante dela. Nesta mensagem particular ela está tentando dizer quão próxima ela estava. Como se esta mensagem particular fosse especialmente tranquilizadora em relação à proximidade. Você vai perguntar se algo foi dito nesta escrita que dissesse “Sol”, “Sol poente”? Eu acho que sim. Ele disse algumas palavras respeitáveis — luminares solares. Essas palavras não estão lá, mas o que elas significam está lá. Isso descreveria que ela escreveu.

— Ela mandou uma mensagem por causa de uma data importante. Ela mandou uma mensagem desse jeito. Ela escolheu mandá-la especialmente em uma data importante porque o homem estava pensando muito, muito nela naquela época e ela escolheu uma data para mandar a mensagem que ela sabia que era importante e o faria ver que ela se lembrou.

rece ter alguns pontos em comum com a descrição de Feda:

“Eu estava caminhando contigo na praia e estava quase escuro, mas ainda estava claro o bastante para eu te ver claramente, e conforme você virou para olhar novamente para a água, eu sabia que você estava pensando nos dias antigos… E então pareceu para mim que você disse bem claramente, em voz alta: ‘Bem, eu sei que ela está aqui’, e foi como se você tivesse respondido às minhas palavras, já que eu estive falando para você as mesmas velhas palavras que usávamos tão frequentemente quando nos divertíamos: ‘Você não pode me perder’… Oh, oh meu querido amor, sinto meu coração transbordar com amor para você e eu ainda sou sua.

Ethel.”

 

Esta mensagem parece corresponder às declarações de Feda nos seguintes excertos:

(1) “Ela terminou com três palavras especiais”: “Ainda sou sua.”

(2) “A palavra ‘coração’ vem perto do fim”

(3) “Perto dela uma palavra curta começando com O”; a palavra “Oh” aparece duas vezes na última frase e também as palavras “one” e “own”.

(4) Não há referência na mensagem ao sol poente, mas é declarado que “estava quase escuro, mas ainda estava claro o bastante para eu te ver claramente.”

— “Maa, Mac.” Estou recebendo um nome que soa como Machree.

— (Você poderia soletrá-lo?)

 

— “M-M”, não “Ma”, é “Mc”. É como um sobrenome começando com “Mc”. “Mc”. Um tanto mais do que isso; não é um nome

[“Mc” seguido por seis ou sete letras sugere McDougall, que era “importante para estas pessoas”. Referências ao

 

curto. Parece haver mais cinco ou seis letras depois do “Mc”. Como se fosse muito importante para estas pessoas.

professor McDougall foram feitas apropriadamente nas sessões com Leonard do Sr. Thomas. Também em uma passagem omitida da Sessão 1 (acima), um nome começando com Mac foi mencionado.]

 

[Passagens foram omitidas aqui e anteriormente na sessão relacionadas a tentativas de comunicação através da bem conhecida médium Sr.ª Soule.]

— Esta senhora esteve lá recentemente.

[O Sr. Thomas teve duas sessões ausentes com a Sr.ª Soule em 27 de maio e 10 de junho, a data desta sessão, cinco horas depois da minha, respeitando a diferença de tempo entre Londres e Boston. Durante o curso da sessão mais recente, esta mensagem foi dada: “Agora eu quero escrever algo sobre lírios aquáticos também, já que eles sempre foram uma flor muito encantadora para mim. Me lembro de alguns que nós sempre chamamos de lírios da lagoa, e acho que havia um lugar onde nós nunca conseguíamos pegá-los, mas ocasionalmente nós os pegávamos.” “Estou pensando em pequenas flores que brotaram na primavera e cresceram na mata. É uma lembrança muito velha, mas está conectada com uma experiência feliz que eu tenho certeza que você se lembrará, porque violetas agora estão intimamente ligadas com meus contatos contigo; não é mais que uma continuação daquelas flores de antes que nós adorávamos.” Cerca de uma semana antes desta sessão o Sr. Thomas colocou algumas violetas em frente ao retrato de sua esposa. As palavras de Feda parecem combinar uma alusão à ação dele com uma alusão à mensagem que estava para ser dada na sessão com Soule cerca de cinco horas depois.]

 

QUADRO

Material Novo e Correto

Repetições

Novas Associações

Material Errado

Fatos Contemporâneos

E.L.T. nunca em Boston

“E”

E.L.T. se foi rapidamente

Senhora na primeira sessão (?)

 

Sr. Thomas “isolado” em Detroit

James

E.L.T. “não entrosada nas sessões

“B” “R”

 

Sr. Thomas proeminente em negócios semi-públicos

Jovem garota com E.L.T.

Ajudando alguém — um caso particular

Esteve com George

 

Algo publicado

Charlie

 

Velha mulher negra     

 

E.L.T., coração fraco

“Mc”

 

 

 

E.L.T. importante

 

 

 

 

 “Não preso a um só lugar”

 

 

 

 

Interesse especial do Mr. Thomas no Dr. Hyslop no passado

 

 

 

 

Representação através de “M”

 

 

 

 

Nome da mãe Ann

 

 

 

 

Boston mais perto de L.W.A. do que o Sr. Thomas

 

 

 

 

Três médiuns

 

 

 

 

Gosta mais de “S”

 

 

 

 

Comunicado monotonamente

 

 

 

 

“S” — quatro semanas atrás

 

 

 

 

Comunicação através de uma jovem mulher

 

 

 

 

Duas damas sentadas

 

 

 

 

Jornada com condições psíquicas

 

 

 

 

Sessão com a Sr.ª Osborne Leonard, quinta-feira, 13 de junho de 1929.

Assistente: L.W.A. 

Em 12 de junho, o dia anterior a esta sessão, eu tive uma sessão anônima na British College of Psychic Science para o Sr. Thomas com uma médium chamada Srta. Thomas, recomendada a mim pela Sr.ª McKenzie, a secretária honorária da faculdade. O compromisso foi feito pelo telefone. Minha única condição era que eu desejava uma sessão com um médium bom em psicometria. Os resultados foram negativos. Eu apresentei os mesmos artigos que na sessão 2 acima. Depois da sessão, eu vi a Sr.ª McKenzie e nós conversamos sobre vários assuntos conectados à pesquisa psíquica. A Sr.ª McKenzie, ciente do meu interesse e conexão com a Sociedade de Boston, me disse que o “Estudos de Caso” do Sr. Thomas tinha chegado havia alguns dias. Ela, muito gentilmente, se ofereceu para me emprestar o volume. Eu recusei, por razões óbvias, mas eu deliberadamente fiz uma pergunta: “Você sabe qual era o nome da esposa do Sr. Thomas?”. A Sr.ª McKenzie disse que ela pensava ser Ethel, apesar de que ela não pensava que o nome completo tenha sido dado no meu registro, apenas tentativas de consegui-lo. Minha razão para perguntar aquilo era para ver se Feda me daria o nome correto depois de eu sabê-lo. Eu estava tentando conseguir o nome telepaticamente. Não me ocorreu, até muito mais tarde, que se Feda me desse o nome sob aquelas circunstâncias, ela só estaria repetindo algo que ela já havia me dado numa sessão anterior com Thomas.

Registro da Sessão.

Anotações.

[Aproximadamente 12 linhas de diálogo acerca de mim estão omitidas, que aqui eu interrompi como se segue:]

— (Feda, meu cavalheiro prometeu que ele tentaria descobrir mais sobre a senhora que tem vindo ao cavalheiro. Ele queria que eu o lembrasse disso.)

— Eles têm-na novamente. Eles queriam que eu desse algo sobre ela. O que eles recebem sobre pessoas que você não conhece é muito mais importante do que o que você sabe.

— (Bem, o que eles sabem?)

 

— Espere um minuto. Quem é Johnny? Johnny? Johnny?

[Claro que eu sabia que o nome do Sr. Thomas é John. Na Sessão 2,

 

“Ajudando Johnny.” Ele de repente disse isso.

— (Bem, fale sobre o Johnny. O que tem ele?)

presente, Feda disse: “Eu recebo o nome John na Terra e então eu tenho a sensação de estar fazendo contato com John.” O nome “Boston” veio na sequência, e o Sr. Thomas respondeu com “Sim, está certo.” Então Feda recebeu um “C — um C inicial”, ao qual o Sr. Thomas respondeu “Está certo.” Um pouco mais tarde, Feda deu o nome “Charlie”. No meu registro, como será notado a alguns parágrafos adiante, o “C” se segue ao “John” muito proximamente.]

— Você estava pensando sobre isso ontem? Porque eles estavam pensando nisso ontem, como se você estivesse fazendo algo, também, que deveria ter te lembrado de Johnny.

— (O que mais?)

 

— Você fez algo? Duas coisas poderiam ter te lembrado de Johnny. Uma, eu acho, seria mais o que você chama de “pronunciado”. Mas sinto que poderia ser feito em mais duas coisas.

[Uma coisa que teria me lembrado de “Johnny” era, claro, minha sessão realizada para ele. A outra poderia ter sido minha conversa com a Sr.ª McKenzie concernindo a chegada do “Estudos de Caso” do Sr. Thomas a Londres.]

— (Acho que entendo isso, Feda.)

 

— Há uma letra, um “C” inicial conectado mais a Johnny? Você não, mas alguém ligado a Johnny tem um nome começando com “C” muito em mente.

— (Alguém na Terra?)

— Sim, alguém na Terra estaria pensando em Johnny e estaria pensando no “C” também.

[O Sr. Thomas estava em contato próximo com a viúva do seu falecido irmão mais velho Charles. Ela, naturalmente, teria o nome começando com “C” muito em mente. Como notado acima, Feda previamente deu o “C” conectado com “John” nas sessões com Leonard do Sr. Thomas.]

— Mensageiro? Mensageiro? Algo que tenha a ver mais com mensageiro. E isso vem

[“Mensageiro” não tem significado aqui, mas é repetido consideravelmente ao longo desta


 

mais para ontem. Tudo surge com algo que você tinha que fazer ontem. Johnny — “C” — e a palavra “mensageiro”.

sessão com detalhes que se identificam de uma maneira surpreendente com as vidas do Sr. e da Sr.ª Thomas. Veja a página 141.]

— Há alguém aqui na Inglaterra que seria ligado a Johnny? Porque eu tenho a sensação de que alguém aqui ou que está vindo logo, ou que já está muito perto, está ligado mais com Johnny. Vindo aqui. Quero dizer, Londres.

[Esta passagem pode se referir a uma senhora americana conectada ao Sr. Thomas de um jeito profissional, que chegou em Londres em 11 de julho e realizou uma sessão anônima com uma médium de Londres arranjada pelo Sr. Thomas através da Sr.ª Hankey em uma troca de carta no final de maio ou no início de junho.]

— Eu recebo alguém que morreu há alguns anos que se liga a isso. Antes de a senhora morrer, antes de a senhora, não apenas antes, como uma semana ou duas, mas talvez dois ou três anos antes de a senhora morrer. “C.” “C.” Por que recebo o “C”? O “C” é alguém do outro lado. Tenho certeza de que isso é importante.

— Você conhece o nome Emma?

— (O que tem isso?)

Meu irmão Charles morreu em 1917, nove anos antes de E.L.T.

— Me conectei a eles porque há alguém que a senhora conhecia chamada Emma; isso é importante para ela.

Uma das amigas de escola de E.L.T., em sua juventude, que agora é falecida, se chamava Emma.

— Você sabe se esta senhora era apreciadora de música?

— (Por quê?)

— Eu recebo um sentimento de música ligado a ela. Acho que ela própria podia fazer algo de um jeito musical, mas eu recebo fortemente que ela apreciava música e sempre prestava atenção.

 

E.L.T. era apreciadora de música e foi uma organista de igreja. Durante os últimos quinze anos de sua vida, E.L.T. não participou de atividades musicais, mas não perdeu seu interesse por música. [Na Sessão 1, presente, Feda perguntou: “Ela era afeiçoada a música quando estava aqui? Porque tenho a sensação de música ao redor dela… Ela gosta de música. Eu não acho que ela está sempre tocando, mas sinto que ela gosta.” Neste ponto

 

 

Feda mudou de assunto e o Sr. Thomas não respondeu.]

— Uma vez ela viveu em uma condição em que ela ouvia muita música. Eu recebo uma relação estreita com alguém que entende muito de música. Não alguém que ainda esteja na Terra, ela está falando agora de alguém que faleceu.

Nosso vizinho por alguns anos foi um músico profissional, que certamente se classificaria como “alguém que entende muito de música.” Ele faleceu.

— (Feda, eu quero que você posicione essas duas pessoas mais proximamente na América. Para que ninguém possa dizer: “Como você sabe que essas duas pessoas deveriam?)

 

— Sr.ª Lyddie, eles não pertenciam a um grupo, um pequeno grupo científico? Não quero dizer científico como o Sr. Oliver, mas pessoas que investigavam, mas de um jeito científico.

[O Sr. Thomas foi por muitos anos um membro da A.S.P.R., e enquanto E.L.T. não tinha interesse em pesquisa psíquica, ela não era antagônica a isso. Nenhum deles, porém, pertencia ao que pode ser chamado de um “grupo científico”].

— (Onde eles moravam?)

— Em um lugar que você não mora. Não tem uma letra “O” perto dele?

— (Não tenho certeza disso.)

 

— Você pode olhar em um mapa hoje? Porque recebo uma letra “O”. Eu não recebo um “O” frequentemente.

[O estado de Ohio não é longe de Detroit.]

— É um lugar civilizado. Sinto uma cidade.

 

— Não há muitas construções de pedra? Vejo muitas pedras claras. Eles acabaram de adicionar dois importantes prédios públicos.

Dois prédios públicos em Detroit, ambos comparativamente novos, são a Biblioteca Pública e o Museu de Arte. São ambos de mármore.

— Este lugar é bem conhecido.

[Detroit é uma das principais cidades manufatureiras nos Estados Unidos.]

— É um lugar ocupado. [Ao comunicador.] Eles são mais ocupados com o quê? Você não receberia isso, professor? [Pausa.] [Ao assistente.] Eles mandam coisas desse lugar? Colocando coisas em navios?

 

 

— (Que tipo de coisas?)

 

— O que eles colocam nas caixas? Eles colocam algo em caixas. E você pode comer algo que vem de lá, isso você pode comer.

[Feda mais tarde modificou essa referência]

— (Eu não sei nada sobre isso.)

 

— Quando você pensa sobre isso, é a coisa mais difícil de receber. Um “B” tem algo a ver com fazer algo lá. Um “B”.

Não verificado.

— (Feda, onde eles moravam?)

[A resposta de Feda e sua descrição vívida são um dos mais dramáticos exemplos de mediunidade na minha experiência. Pareceria muito mais fácil a Feda dizer simplesmente “Detroit” em resposta à minha questão “Onde eles moravam?”. Mas dar um nome ou uma palavra específica para a qual não há alternativa parece criar uma das maiores dificuldades na mediunidade. Parece que os comunicadores transmitem suas mensagens para Feda na forma de pensamento, que emerge em sua consciência como audição, visão ou impressão e que explicam os rodeios nas descrições.]

— O que eles cortam? Cortando algo. Fatiando e cortando. Isso não é para comer. Porque estou recebendo o sentimento de ferro e metal e então agudeza — cortando. Recebo uma sensação de metal. Acho que tem muito a ver com metal. Há fábricas lá? Porque eu sinto ruídos. Porque eu — clank, clank, clank — e montagem. Eles montam coisas, batendo e cortando fora. Mais montagem. Alguns não são montados, já que partes de alguns são feitas. Eu sinto

 

 

algumas grandes peças, e o que são os círculos, rodas, que vejo? Porque vejo círculos e rodas e todos os tipos de coisas redondas e quadradas e centenas e centenas de homens trabalhando. Não, o professor diz milhares e milhares; e o lugar todo é como uma colmeia de humanos trabalhando nesses locais enormes. Não se esqueça disso, eles acrescentaram, foi o que eu quis dizer com os dois lugares que eles adicionaram e aumentaram. É barulhento — martelando no metal —, barulhos vibrantes. Eles ressoam, eles ressoam. Assim. [Imitando zunidos.] O professor diz: “Nós esperamos que sim”, mas ele está rindo. Ele sabe que sim. Alguns são enviados incompletos e alguns completos. Porque alguns são encontrados em outros lugares. Espere um minuto. [Em voz baixa.] O que você disse sobre “D”? [Em voz alta.] Detra — Detra. Algo começando com “D”. Detra — Detro. Ele tentou dizer. Caixas enormes. Mas eu disse uma coisa um momento atrás sobre algo comestível. Eles querem que você esqueça aquilo. Você não estaria pensando nisso de jeito nenhum. Detra — ele está tentando dizer a palavra com “D” novamente. Detra — Detroi — it é importante, mas não consigo entender.

[A descrição de Feda de Detroit em resposta à minha pergunta “Onde eles moravam?” foi extremamente impressionante e novamente me deixou em dúvida quanto à conveniência de fazer perguntas diretas. Em 1º de agosto eu escrevi à Sr.ª Leonard de Paris incluindo as seguintes perguntas em uma folha de papel de carta, deixando espaço para suas respostas:

 

“‘Você ouviu falar de Detroit na América?’ Sim.

‘Caso sim, você sabe alguma coisa sobre Detroit?’ Não, nem mesmo em qual parte da América está.

‘Você sabe se você já teve algum participante de Detroit?’ Não pelo que me lembre. Entre

 

 

tantos participantes anônimos deve ter havido algum de Detroit — mas eu não sei disso.

(Assinado) Gladys Leonard.”

Para um americano parece ser quase inacreditável que Detroit e a indústria automobilística não fossem imediatamente associados. Uma dúzia de pessoas inglesas bem educadas as quais eu questionei sobre esse ponto tinham todas ouvido sobre Detroit, mas nenhuma delas sabia que era o centro manufatureiro automobilístico da América. Apesar de parecer improvável, eu gostaria de sugerir a tentativa de um experimento similar. Quantos americanos sabem onde os carros ingleses e franceses mais populares são manufaturados em seus respectivos países? Por exemplo, onde é feito o famoso Citroen?

A menção da Sr.ª Leonard sobre “Detroi” reforça consideravelmente a suposição de que suas alusões são aplicáveis ao Sr. Thomas e a E.L.T., fazendo uma ligação definida e tangível com elas. Nenhuma referência a Detroit pelo nome ou descrição ocorre nas sessões com a Sr.ª Leonard do Sr. Thomas.]

— Ele diz que eu não expliquei algo em relação a isso, o que você chama de indústria. Tem havido alguma extensão ultimamente e isso é importante, muito importante, mas o que ele sabe e o que outras pessoas não sabiam, as pessoas que fizeram a extensão recente estão contemplando outro. O que você com certeza ouvirá dentro de alguns meses, mesmo se você não perguntar.

[A recente “extensão” associada com a indústria automobilística que Feda acabou de descrever pode indicar a completa reorganização da fábrica da Ford, cerca de dois anos antes desta sessão, para fazer um tipo totalmente diferente de carro. Quanto à segunda “extensão” a qual Feda disse que eu “com certeza ouviria dentro de alguns meses”, mesmo se eu perguntasse ou não, o The New York Times de segunda-feira,

 

 

30 de dezembro de 1929, um pouco menos de cinco meses antes desta sessão, levava um artigo central, na página inicial e com duas colunas, anunciando as despesas propostas da companhia Ford durante o ano seguinte de mais de $30,000,000 para expansão da fábrica.]

— Você se lembra — [Em voz baixa.] Não, ela não sabe. [Em voz alta.] Bem, é o que ele diz, alguns anos atrás, talvez 10 ou 15, havia alo sobre o qual estas pessoas eram julgadas erroneamente. Elas são pessoas que nunca fariam o que elas pensavam ser errado; nenhum deles o faria.

Isso trouxe à minha mente imediatamente uma dificuldade muito séria que tive com um dos então membros do Comitê de Educação. Eu olhei no Proceedings do Comitê e descobri que foi há quase exatamente 15 anos.

 

— Eu acho que justamente a coisa que eles estavam fazendo sobre a qual as pessoas deviam apreciá-los — era especialmente o homem —, eles foram, por um tempo, julgados erroneamente.

Correto, e do ponto de vista de E.L.T.

 

— Somente por um tempo. Mas era bastante cruel, doloroso naquele tempo.

Enfaticamente.

 

— Espere um minuto. Era uma política que eles estavam sustentando, um princípio sobre o qual eles eram julgados erroneamente. Mas eles estavam certos e persistiram.

Correto.

 

— Talvez, Sr.ª Lyddie, não seja certo dizer isto.

— (Oh, sim, está tudo bem. Continue.)

 

— Agora, estas pessoas parecem para Feda como se eles fossem bastante bem de vida.

Correto. [Eu devia ter imaginado.]

 

— Eu recebo um sentimento de conforto e dinheiro, mas eles eram ligados a pessoas que não eram bem de vida; o homem era e mais do que a senhora. Não sei se foi educado dizer isso, mas o homem tinha

Correto. Isso é muito impressionante, particularmente porque seleciona o meu lado da família ao invés do de E.L.T.

 

conexões em sua família que não eram de modo algum bem de vida. Recebo uma sensação de tempos difíceis. Tenho certeza de que ele veio de uma família que de um lado é bastante pobre.

— Ele tem alguma conexão com pessoas irlandesas?

— (Eu não sei, Feda.)

 

— Porque eu sinto uma conexão. Estou voltando agora à Irlanda. Uma conexão engraçada. Você raramente tem uma conexão com a Irlanda e com a Escócia também. Acho que ambas estão na família dele.

[Não satisfatoriamente verificado.]

— Ele tosse? Ele tem catarro?

— (Por quê?)

 

— Enquanto eles estavam conversando ele me deu a sensação de um mal estar comum do peito; não são dos pulmões, não é da garganta; catarro detrás do nariz, um pouco para um ouvido. Ele tem que ser um pouco cuidadoso aqui — aqui. [Passando dedos sobre os seios da face.] Gostaria que ele fosse mais cuidadoso com a região da orelha.

Tenho uma tendência nesta direção, mas parece-me que isto está enfatizado além da conta.

 

— Ele se sente como um homem energético, como um homem com certa força.

[O Sr. Thomas é um homem energético.]

— Acho que é um homem que faz muito esforço; a senhora costumava dizer.

Isso está correto do ponto de vista de E.L.T.

— Ela costumava ter mais medo de que algo acontecesse a ele do que a ela.  Ela costumava pensar isso.

Correto.

 

— O professor diz que nós tocamos neste assunto em uma sessão passada; que no passado ela estava com medo de que ele ficasse doente e que ele poderia morrer.

Veja nota na página 120.

 

— Ela pensou pouco que ela pudesse morrer; ela não pensou que morreria. Ela tinha muita esperança nela, ela era uma pessoa esperançosa.

Enquanto isso é verdade em geral, acho que E.L.T. tinha uma premonição da morte.

 

— Não sei se você

Veja nota na página 120.

 

sabia disso, acho que te contei que outro dia que ele teve uma doença que a deixou muito ansiosa. Ele superou a doença e então ele não estava muito bem de novo e ela ficou ansiosa por ele uma segunda vez. E então ela mesma morreu, não muito tempo depois.

 

— Apesar de eles serem bem de vida e viverem em um lugar bom, eles viviam uma vida muito, muito simples. Eles não eram pessoas que gostavam de um monte de luxúrias, e poderiam viver sem isso.

Enfaticamente.

— Faziam algo por si mesmos ao invés de pedir a um escravo para fazê-lo.

[O Sr. Thomas diz que E.L.T. tinha um caráter muito independente.]

— [Pausa.] Não consigo entender isso! Effie — Effie. Ettie. Soa como Ettie. Não entendi direito. Não tenho certeza se entendi direito. É bem importante, um nome bastante próximo a eles. Um pequeno nome como este. Ethi — Ethi —Ethi — Ettie — Ettie — soa como Ettie. Parecido com isso.

[Como já declarado, a Sr.ª McKenzie me disse que ela pensou que o nome de E.L.T. era Ethel. Veja a introdução para esta sessão na página 128. Na Sessão 1, presente, do Sr. Thomas, Feda disse: “Você conhece um pequeno nome iniciado com E, também, sobre o qual ela está interessada? Porque vejo ‘E’. Talvez Eff — Effel”, ao que o Sr. Thomas respondeu “Sim”. Na minha terceira sessão, Feda perguntou o que “F” tinha a ver com a senhora, e eu respondi “Eu vou perguntar”. Veja a página 122.]

— Ruben. Espera um minuto. Você conhece um nome que soa como Ruben ligado a eles? É o que parece. Parece estar certo porque o ’fessor balançou a cabeça.

Ruben é um nome muito sugestivo para E.L.T. Marks Ruben era um comerciante de roupas muito bem conhecido por nós antigamente. Ele morreu no ano passado aproximadamente.

— Continua dando um nome engraçado que soa como Hearst. Hirsch — diga novamente, professor.

— (Peça para ele soletrar, Feda.)

— Eu pedi para ele, mas ele não soletrou. Soa como Hirsch —

Ruben, um nome judeu, pode ter sugerido o segundo nome, Hersch. [Hersch é o nome de um jovem judeu com o qual o Sr. Thomas e o Dr. Rhine entraram em contato na

 

Hirsch — Hirsch. Um nome engraçado, mas é assim que ele soa. Alguém que ambos conheceriam. Não um deles, mas ambos.

 

Universidade de Duke. Eles discutiram bastante com este Sr. Hersch. Não é verdade, porém, que E.L.T. o conhecia. Irei, portanto, categorizar o nome como “Errado” com um ponto de interrogação.]

— Quem é Sadie? Alguém que a senhora chamou de Sadie. Alguém com quem ela passou muito tempo.

Sadie, também judeu, era um sócio de escritório de E.L.T.

— Cornell, Cornell, Cornell. Eu não sei, acho que ele disse Cornell ou Connell.

Não conheço nenhum Cornell. [A Sr.ª Cornell Woolley, que tem sido uma participante regular das sessões com Leonard e a qual era casada com o principal comunicador, Cornell, falecido, teve uma sessão com a Sr.ª Leonard dois dias antes. A menção deste nome pode ser uma associação. Eu gravei uma sessão com Leonard para a Sr.ª Woolley vários anos atrás.]

— Eles viveram próximos a uma ferrovia? Porque tenho uma forte sensação de estar muito próxima a uma ferrovia.

Até o momento em que ela tinha 17 ou 18 anos, E.L.T. viveu ao lado de uma ferrovia com sua família. Minha casa era três quadras abaixo da rua de E.L.T. [Isso está, é claro, classificado como errado, porque Feda perguntou “Eles viveram próximos a uma ferrovia?”. Parece que alguma permissão deve ser feita para a confusão de Feda em relação aos pronomes. Vamos supor que uma casa próxima a uma ferrovia foi mostrada a ela, ou recebeu essa impressão telepaticamente. Seria bem compreensível que ela concluísse que era a casa das duas pessoas em questão. As evidências foram frequentemente enfraquecidas porque Feda usou o pronome errado quando os fatos, de outra maneira, foram corretamente declarados.]

— Não bem ao lado. Eu não

E.L.T. vivia sim bem ao lado.

 

vejo onde você poderia andar em dez ou quinze minutos.

— (Você quer dizer a casa deles ou a cidade está perto de uma ferrovia?)

 

— Não, não é a cidade. Como se se fosse muito pensado sobre esta ferrovia.

Esta ferrovia tem estado muito, durante todas as nossas vidas, nos nossos pensamentos. A família de E.L.T. tem estado conectada em vários âmbitos com esta ferrovia em particular desde quando foi construída.

— Havia duas ferrovias? Uma ferrovia grande, uma ferrovia comum que todo mundo usava, e então tenho a sensação de uma pequena ferrovia engraçada e sinto que as pessoas neste lugar estariam muito interessadas nesta pequena ferrovia.

É uma declaração impressionante, porque havia, em nossa experiência, uma “pequena ferrovia engraçada” sobre a qual nós rimos muito muitas vezes e na qual nós estávamos muito interessados. Fica a cerca de 160 quilômetros de Detroit, mas Jerome e eu estávamos em uma viagem de carro no sábado e no domingo precedendo esta referência, durante a qual nós estávamos próximos dessa ferrovia e, naquele momento, nós falamos sobre isso e rimos muito.

— O professor disse que você pode chamá-la de pequena ferrovia, mas ela era extraordinariamente eficiente do seu próprio jeito.

Um ponto que sempre nos impressionou foi que, enquanto era um tipo de ferrovia de brinquedo, ela possuía seus dois trens nos trilhos todos os dias, notavelmente pontuais, e tinha um lucro anual.

— A senhora e o cavalheiro estavam de alguma forma interessados nesta pequena ferrovia. Eles estavam muito interessados; isso interessava a eles de uma maneira pessoal. Não como se você estivesse dizendo: “Oh, é uma pequena rodovia”, mas como se houvesse algum interesse particular que eles tinham nela.

A maneira pessoal a qual nós estávamos interessados era que antes de termos um carro nós usávamos essa ferrovia para chegar de Detroit a um chalé que nós tínhamos no sul de Michigan, e a família costumava fazer duas viagens nela anualmente durante vários anos.

— Naquele lugar sobre o qual eles estavam me falando, este lugar era o lugar ocupado, o que ele chama de colmeia, que fica na América, eles fizeram algo em conexão com a Inglaterra? Porque me sinto

[A Companhia Automobilística Ford de Detroit tem sua ramificação em Manchester, no norte da Inglaterra. Só descobri isso com perguntas subsequentes.]

 

para cima e para baixo na Inglaterra, e eles têm algumas ligações importantes com o norte da Inglaterra, não apenas em Londres, onde qualquer um pode tê-las, mas estou indo mais para cima.

 

— O que ele disse sobre seus casacos? A senhora costumava zombar dele por causa do formato e do corte de seus casacos. Antes de ela falecer, ele tinha um casaco que ela não gostava muito, e ela falava bastante sobre esse casaco.

Correto, especialmente sobre um casaco em particular. Este casaco era um que foi feito por um costureiro judeu anos atrás quando eu era o diretor de uma escola judia. Este costureiro fez o casaco muito longo e com um corte bastante grotesco, e quando protestei, ele disse que era um “casaco bom o bastante para um rabino”, ou algum comentário parecido. Este “casaco de rabino” se tornou uma piada na família.

— A razão de ele estar falando isso hoje é porque ela estava com ele apenas alguns momentos atrás e ele estava pensando exatamente naquele casaco sobre o qual ela fez observações desencorajadoras — não, não é “desencorajadoras”, é “depreciativas”.

Jerome e eu estávamos falando e rindo sobre este casaco não muito antes de esta referência ter sido recebida.

— Ele tem, acho que nos últimos dois ou três meses, feito algo no nome dela? Não era uma lápide, mas é algo do qual ela está muito satisfeita, o qual ele fez durante os últimos dois ou três meses. E apesar de não ser uma lápide, é algo importante para a memória dela. Está certo. É algo sobre o qual ela está satisfeita. E é algo que vai durar, que vai ficar na memória das pessoas. Está correto.

Durante os últimos dois ou três meses prévios a esta sessão, eu estava construindo uma pia batismal como um memorial para E.L.T. para ser colocada na igreja a qual substituiu a igreja onde ela foi organista.

— O professor diz que você pode descrever isto facilmente como um memorial, mas não é um memorial no sentido convencional, é um legado — esta palavra cabe. Construindo e legando.

Não é um legado de E.L.T., mas um projeto iniciado executado por mim na primavera de 1929, e dedicado em 9 de junho de 1929. Jerome e eu fizemos uma viagem, passando perto da pequena

           

 


 

 

ferrovia da qual falei acima, a fim de estar presente em um serviço dedicatório para essa pia batismal em 9 de junho, o domingo anterior a esta referência.

— Margaret — Margaret, ela está com Margaret. Então ele disse de repente: “Ela está com Margaret.”

O nome Margaret é ligado a uma das cidades nas quais vivemos, Hastings, Michigan. É a cidade mais importante ao longo da linha da pequena ferrovia discutida acima. Margaret era uma pupila colegial quando eu estava ligado à escola de lá, que morreu mais tarde sob circunstâncias aflitivas.

— Mensageiro — não consigo entender esse mensageiro. Não, não é o nome Mensageiro que ele estava tentando falar, mas soava como. Um nome cristão, um sobrenome. O professor disse que se você dissesse o nome Mensageiro indistintamente, você quase o erraria. Toda vez que ele tenta acertar, ele acaba em Mensageiro. O professor disse que esse nome é importante porque é alguém em quem eles eram ambos interessados.

O nome de dois senhores idosos, que eram os principais cidadãos nesta mesma cidade em que a ferrovia estava e aos quais Margaret estava ligada, era “Messer”. Os Messers, Margaret e nós vivíamos na mesma rua.

— Eles passavam em baixo de uma grande arcada onde eles moravam? Eles costumavam ir e vir embaixo de uma grande arcada.

Nós realmente íamos e vínhamos embaixo de uma grande arcada em uma rodovia que nós pegávamos frequentemente, e era o detalhe mais impressionante desta estrada.

— (Você quer dizer a senhora e o cavalheiro?)

— Sim, em algum lugar eles frequentemente passavam em baixo de uma grande arcada.

 

— Eles estavam indo buscar dinheiro debaixo desta arcada? Isto pode ser importante, diz o professor. Eles estariam naturalmente pensando em dinheiro por causa de algum lugar ao qual eles estavam

Durante vários anos nós tomamos esta estrada praticamente toda segunda-feira à noite com o propósito de ir a uma agência bancária onde eu tinha várias cobranças mensais feitas para mim por causa de contratos de terra.

 

indo quando passavam debaixo dela.

 

— Perto desta arcada há algo fazendo um barulho de algo gotejando. Porque tenho a sensação de água corrente, que não está parada, mas fazendo um barulho.

Não posso localizar nenhuma água corrente nesta arcada. Toda vez que chovia, porém, a água da superfície caía, de modo que estava a um par de pés (polegadas) de profundidade na pavimentação.

— Você sabe se eles já sofreram um acidente juntos?

— (Eu não sei.)

 

— Não pouco antes de ela morrer, mas muitos anos atrás. Sim, vamos voltar no tempo um pouco. Não tinha nada a ver com seu falecimento. Foi algo do qual eles saíram vivos, mas tenho a sensação de que pode ter sido um colapso. [Feda descreveu este suposto acidente em detalhes.]

[O Sr. Thomas se lembra de um acidente pessoal, mas nenhum no qual ele e E.L.T. estiveram juntos. Não seria esta descrição típica de qualquer acidente numa ferrovia uma sequência lógica de associação feita por Feda com suas referências corretas a ferrovias alguns minutos antes nesta sessão?

Feda frequentemente estraga boas evidências por seu alargamento e interpretação de declarações originalmente corretas. Uma coisa sugere a outra até que ela tenha construído uma imagem. Talvez ela esteja apenas mantendo a panela fervendo durante os intervalos entre os esforços do comunicador.]

— Você sabe se, por um tempo, eles viveram em um lugar, um lugar engraçado, que não se parece com uma casa de tijolos. Parece uma casa de madeira.

Isso se aplica à casa onde E.L.T. vivia quando criança e jovem mulher. Era uma casa de madeira, localizada bem perto da ferrovia, o que pode impressionar Feda como um “lugar engraçado”.

[Novamente há uma confusão de pronomes. Feda diz “eles” e então continua descrevendo uma casa muito incomum na qual apenas E.L.T. viveu. A descrição é tão apropriada como uma memória de E.L.T. que vou descontar o pronome errado e categorizar a passagem como “Correta”, apesar de eu admitir que minha decisão está apta a questionamentos.]

 

— De um marrom escuro, bem próximo ao preto.

A cor era marrom, escurecida pela fumaça dos trens.

— O ‘fessor diz que estou certa ao pensar em madeira, só que ele chama de “vigas”.

“Vigas” pode ser mais apropriado que madeira, apesar de que nesta sessão seria descrita como casa de madeira.

— Estou vendo o lado dela, é construída com grandes peças, uma em cima da outra.

Era uma casa revestida com tábuas. [Um fino revestimento usado na cobertura de casas de madeira.]

— Postes — tipo postes, quase como se eles estivessem sustentando a casa. Agora, esta construção tinha a casa de madeira, as paredes de madeira, mas ao invés de parte dela ter um alicerce comum, ela tinha estacas segurando-a. O ‘fessor diz que eles chamam de estacas, tipo postes pesados segurando o assoalho. Certamente uma parte da casa parecia ser segurada entre o assoalho e o chão em baixo dele.

Parte desta casa foi construída com estacas ou postes ao invés de um alicerce original. Eu me lembro disso distintamente e a irmã de E.L.T. também, porque nós ouvimos ela falar de ter que rastejar para debaixo da casa para tirar o irmão mais novo de lá quando ele era um bebê e tinha se escondido lá. As estacas ou postes foram usados ao invés de um alicerce, provavelmente porque foi pensado que a localidade da casa próxima à ferrovia pudesse ser apenas temporária. Alicerces e não postes ou estacas eram a sustentação usual para as casas daquela região.

— A senhora tem uma razão especial para mencionar este lugar, tenho certeza.

A razão especial que E.L.T. pode ter tido para mencionar a casa era que ela estava localizada ao lado da ferrovia que ela descreveu previamente.

— A razão pela qual ela menciona este lugar é porque ele foi uma parte importante da vida deles. Recebo muitos planos sendo feitos naquela época. Isso é bem importante. Não é que a casa em si era importante. É que o período de suas vidas foi importante.

 

Essa é uma razão adicional para mencionar a casa. Foi um período importante em nossas vidas, porque E.L.T. viveu lá quando nos conhecemos.

— O ’fessor diz que esta senhora está querendo que o cavalheiro na

 

 

Terra saiba que ela está feliz. Ela quer que ele saiba disso, porque ele se pergunta às vezes se ela está feliz não estando com ele; e eles querem que você diga que ela está feliz porque ela está com ele.

 

— Oh, ele colocou três retratos perto um do outro recentemente? Acho que entendi isso bem. Ele colocou três retratos perto um do outro recentemente. Acho que são retratos dela.

Um pouco antes desta sessão eu coloquei três fotografias de E.L.T. na parte de baixo do espelho da minha penteadeira. Havia originalmente cinco.

— Sr.ª Lyddie, não sei se você sabe disso. Não se parece com um chapéu, mas é algo amarrado na cabeça dela. Acho que “amarrado” está errado. É quase como se algo estivesse preso na sua cabeça.

Em uma dessas fotos, E.L.T. usa um chapéu que está amarrado, que se parece com um véu.

— Ele quer falar isso especialmente. Pergunte a ele se ele acha que em um retrato ela está parecendo com uma madona. Ele pensou isso e ela sabia que ele tinha pensado.

Nessa mesma foto, E.L.T. tem uma expressão maternal sobre a qual a irmã dela e eu falamos ser bem característica.

— O ’fessor diz que o rosto dela não é do típico formato de uma madona, mas em um retrato ela parece ter sido capturada de um jeito que deu a ela a expressão que dá esta ideia. Ele diz que ela foi fotografada de um jeito extraordinário mais do que qualquer outro. Ela não tinha nenhum outro retrato que a capturou daquele jeito.

Isso é impressionantemente verdadeiro sobre esta foto quando comparada com outras.

— Mas ele parece estar fazendo algo ultimamente com três retratos. Tenho a sensação de ele colocando juntos, agrupando-os juntos.

Veja nota acima.

— Há um retrato muito bom, mas tem um vestido engraçado.

[Uma descrição se seguiu e a sessão terminou.]

Não sei de nenhuma fotografia de E.L.T. à qual estes pontos se aplicariam. Um retrato de sua nora se encaixa mais a esta descrição.

 

— (Talvez seja melhor esquecer isto, Feda.)

[O medo de Feda de estar entendendo as coisas erroneamente conforme a sessão terminava pareceu bem justificado. Cerca de dois minutos depois, depois de alguns comentários pessoais feitos a mim, a sessão terminou.]

 

QUADRO 

Material Novo e Correto

Repetições

Novas Associações

Material Errado

Fatos Contemporâneos

Emma

Johnny

E.L.T. podia fazer alguma coisa musicalmente

Hirsch (?)

Duas coisas conectadas a “Johnny”

“O”

“C”

Relações estreitas com músico falecido

Próximo à ferrovia (?)

Comentários depreciativos sobre o casaco

Lugar bem conhecido ocupado

Afeiçoada a música

 

Barulho gotejante (?)

 

Descrição de Detroit e tentativa do nome

Ethie—Ettie

 

Acidente

 

Extensões

 

 

Descrição confusa de fotografias

 

Julgado erroneamente

 

 

 

 

Isolado

 

 

 

 

Tempos difíceis

 

 

 

 

Ruben

 

 

 

 

Sadie

 

 

 

 

Ferrovia pensada

 

 

 

 

Interesse na pequena ferrovia

 

 

 

 

Ligação no norte da Inglaterra

 

 

 

 

Zombado por causa dos casacos

 

 

 

 

Memorial a E.L.T.

 

 

 

 

Margaret

 

 

 

 

Mensageiro

 

 

 

 

Arcada ligada a dinheiro

 

 

 

 

Casa de madeira em estacas

 

 

 

 

Três retratos

 

 

 

 

Referência original: Allison, L. W. (1934). Proxy sittings with Mrs. Leonard. Proceedings of the Society for Psychical Research, 21, 104–145.

Este artigo foi traduzido por João Paulo Silva e revisado por Vitor Moura Visoni



[1] Como explicado no Prefácio, esta e as duas sessões seguintes foram consideravelmente cortadas. A proporção de material novo e correto a todo o montante dado pode ser julgado a partir do quadro impresso ao final de cada sessão.. — Hon. Ed.

28 respostas a “SESSÕES POR PROCURAÇÃO COM A SENHORA LEONARD (1934)”

  1. Gorducho Diz:

    O “espírito” é capaz produzir todo esse blah blah blah, mas não era capaz de ler nem um verbetezinho da Encyclopædia Britannica… 🙁
    Ou será que nenhum dos “pesquisadores” teve a ideia desse testezinho bem mais simples eficaz?

  2. Sanchez Diz:

    O teste do verbete da enciclopédia britannica não prova a existência da mediunidade. Caso acontecesse pode ser um ato da própria pessoa (percepção extrasensorial). Mais munição para o ceticismo.

  3. Gorducho Diz:

    Caso acontecesse pode ser um ato da própria pessoa (percepção extrasensorial). Mais munição para o ceticismo.
     
    Quase sempre em ciência se poderá elaborar modelo(s) alternativo(s) para explicar um fato observado. O que é mais razoável: um “espírito” no ambiente; ou “percepção extra-sensorial” que ninguém sabe o que significa?
    A maioria decida: ciência funciona assim.

  4. Marciano Diz:

    Meu voto: ninguém sabe o que significa.

  5. Larissa Diz:

    Percepção extrasensorial: Isso não seria mais munição para o ceticismo. Seria um grande avanço no estudo da metafísica.

  6. Toffo Diz:

    Certamente. A mente com certeza tem poderes que ainda podem e devem ser estudados com mais acuidade.

  7. Gorducho Diz:

    Certes… certes… Mas estudos sem modelo têm pouca validade para produção de conhecimento estável e progressível. Ou seja: como “percepção extra-sensorial” poderia permitir a leitura de um trecho dum livro aberto?
    Sem um modelo explicativo, poderemos alegar que se trata da boa e velha magia, e nada terá sido acrescentamo ao conhecimento que desde sempre a humanidade terrícola teve.
    Mesmo a Pitonisa, canalizava (outros e o) Apollo. Ou seja: modelo semelhante ao dos espíritas.

  8. Sanchez Diz:

    Mais munição no caso que citei é que tem-se várias teorias que explicam o mesmo fenômeno por isso elaborar uma boa metodologia é importante para minimizar a explosão de múltiplas teorias principalmente as “teorias alternativas tipo saindo pela tangente”. O impressiona é que no caso de pesquisas relacionadas ao sobrenatural durante muito tempo estava imerso em fraudes. Isso não invalida o campo de pesquisa, mas decepciona que o ser humano não gosta da honestidade.

  9. Marciano Diz:

    Toffo,
    eu acredito no poder da mente.
    Exemplos de mentes poderosas: Enrico Fermi, Robert Oppenheimer, Isaac Newton, Albert Einstein, Werner von Braun…
    As mestes desses homens foram capazes de grandes prodígios.
    É graças ao poder das mentes de pessoas extraordinárias, com dotes magníficos, que estamos trocando ideias através de uma rede mundial de computadores, possível graças a satélites fabulosos, colocados em órbita por foguetes mágicos.
    Se não fosse pelo poder dessas mentes, estaríamos todos grunhindo no interior de alguma caverna.

  10. Marciano Diz:

    Esqueci-me dos matemáticos, donos de mentes muito poderosas também: Poincaré, Euler, Gauss.
    Quem me dera ter uma mente com tanto poder.
    A mente desses caras deveria ser melhor estudada.

  11. Montalvão Diz:

    Marciano Diz: Esqueci-me dos matemáticos, donos de mentes muito poderosas também: Poincaré, Euler, Gauss.
    Quem me dera ter uma mente com tanto poder.
    A mente desses caras deveria ser melhor estudada.
    .
    COMENTÁRIO: esqueceu de citar o legendário Montalvão, que sabe as quatro operações e decorou a tabuada até a de seis, brevemente dominará também a de sete. Poucos viventes conquistaram tal feito…
    .
    E tem mais: é o único que matematizou a felicidade, e descobriu que o ângulo reto ferve a 90º…

  12. Montalvão Diz:

    Percepção extrasensorial é a imaginada capacidade de ver, sem olhos, a distância, o que não se enxergaria nem que estivesse próximo. O Gorducho disse tudo quando falou: “estudos sem modelo têm pouca validade para produção de conhecimento estável e progressível. Ou seja: como “percepção extra-sensorial” poderia permitir a leitura de um trecho dum livro aberto?”.
    .
    Pois é, não permitiria, a não ser que houvessem mínimos indícios de que mecanismo tal estivesse presente nos humanos, ao menos nalguns deles. A indagação do Gorducho é a que venho fazendo há algum tempo: como é que a PES permite que alguém diga o conteúdo de um envelope lacrado? Como permite que pessoas façam “leituras” psicométricas? Como é que em testes de telepatia sabe-se que o emissor está transmitindo algo para o receptor, ou que esteja transmitindo algo para quem quer que seja? Suponha, aquele que transmite tem diante de si um óculos, o que recebe fala em bicicleta; visto que óculos possuem duas partes arredondadas e a bicicleta duas rodas, o chute é contado como acerto… Noutros casos, o vidente tem diante de si um envelope lacrado com a imagem de um portão, então diz estar “sentido” algo quadrado. Visto que portões são formas, em geral, quadrangulares registra-se mais um ponto favorável à PES…
    .
    E isso é levado muito a sério…

  13. Toffo Diz:

    Será que pensamento é energia eletromagnética? Seria transmissível e recebível como ondas de rádio?

  14. Gorducho Diz:

    Será que pensamento é energia eletromagnética? Seria transmissível e recebível como ondas de rádio?
     
    Aí que está. Para telepatia se poderia imaginar um modelo nessa linha, com algo análogo transmissível através de algum meio (“fluído”) e captável por outra mente.
    Agora, clarividência: ler uma página de livro; dar informações sobre pessoas baseado em fotos ou nome – sendo o sentante um simples proxie. Qual seria um possível modelo (para concorrer com o espírita)?

  15. Gorducho Diz:

    Falar em PES genericamente, sem modelos, é o mesmo que falar na boa e provada magia: só questão de nomenclatura.
    Nesse ponto os espíritas estão mais adiantados.

  16. Montalvão Diz:

    Toffo Diz: Será que pensamento é energia eletromagnética? Seria transmissível e recebível como ondas de rádio?
    .
    COMENTÁRIO: a estrutura básica do pensamento é eletroquímica.
    .
    Não é de agora que o homem sabe como registrar e transmitir seus pensamentos a longa distância: no início eram os papiros, depois os pergaminhos, mais tarde o papel, estes registram por longo tempo as lucubrações do autor e podem ser levados a distâncias quaisquer. Atualmente, as mídias eletrônicas vieram se somar ao arsenal registro-transmissivo.
    .
    Para quem deseja enviar pensamentos para as lonjuras e on-line, existem aparelhagens de rádio, telefonia, esta fixa e móvel.
    .
    Enquanto o sonho do envio e recepção de pensamentos já foi tecnologicamente resolvido, os sonhadores continuam a buscar um meio místico de fazer o mesmo: os resultados são desanimadores…
    .
    Até os “espíritos” se renderam à tecnociência: estão transcomunicando por meio de rádios, telefones, gravadores, computadores…
    .

  17. Montalvão Diz:

    Curiosidade: ninguém vai comentar os feitos de Osborne-Feda? Ilustram legítima mediunidade, ou o quê?
    .
    Saudações interrogativas.

  18. Marciano Diz:

    Montalvão Diz:
    OUTUBRO 1ST, 2013 ÀS 13:20
    “Para quem deseja enviar pensamentos para as lonjuras e on-line, existem aparelhagens de rádio, telefonia, esta fixa e móvel.
    .
    Enquanto o sonho do envio e recepção de pensamentos já foi tecnologicamente resolvido, os sonhadores continuam a buscar um meio místico de fazer o mesmo: os resultados são desanimadores…”
    .
    Pois é, Montalvão. É como se, depois de dominar a tecnologia de produção de energia termo-nuclear, inclusive bombas de hidrogênio, a gente ficasse perdendo tempo tentando fazer fogo friccionando palitos. Espere aí: isso funciona! Não, é como se quiséssemos fazer uma fogueirinha orando para entes imaginários.
    Saudações inúteis e patéticas.

  19. Toffo Diz:

    captei a vossa mensagem, companheiros.

  20. Larissa Diz:

    Alguém já leu o livro do souto Maior “Por trás do véu de isis”?
    O q acharam?

  21. Henrique Diz:

    Oi Larissa
    Após a morte do meu filho, há 5 anos, procurei por provas da vida após a morte…estive em Uberaba por 3 vezes…recebi psicografia do Bacceli( me entrevistou antes e tudo que recebi não me impressionou).. Estive no Ceso de Almeida Afonso que morreu no começo do ano…também o vi entrevistando uma pessoa por mais tempo que o normal….imaginem o que aconteceu….essa pessoa recebeu uma extensa psicografia…mas o que me intrigou mesmo foi a sua última investigação..uma senhora idosa, chamada tia Lúcia( pseudônimo) que durante uma palestra de 3 horas ela praticamente se comunicava com vários espíritos …..tentei participar de uma palestra com esta senhora que ocorria 1 ou 2 vezes por ano, mas infelizmente ela morreu antes( tinha 83 anos)….depois de muito investigar acabei ficando mais cético……um abraço

  22. Larissa Diz:

    Henrique, meus pêsames pelo seu filho. Acho que seria interessante você compartilhar sua experiência, se você se sentir confortável, é claro.

  23. Henrique Diz:

    Boa noite Larissa
    Então continuando minha saga atrás da vida após a morte estive fazendo um curso de projeção da consciência, no Rio de Janeiro. Se tivesse sucesso, ficaria provado para mim que existe espírito, e logicamente uma continuidade pós- mortem. O curso é o mesmo realizado nos EUA(Virgínia)…mas não tive sucesso …parti para transcomunicação instrumental…fiz uma imersão num fim de semana em SP com várias pessoas que tb se interessavam em se comunicar com um ente falecido. O curso foi administrado pela Sônia Rinaldi, pesquisadora reconhecida internacionalmente…….aprendi a gravar, fiz várias gravações, porém não fiquei convencido…o fenômeno é explicado pela pareidolia….enfim, continuei na mesma…depois conto mais….

  24. Larissa Diz:

    Henrique, vc pode explicar o trabalho da Sônia Rinaldi? http://www.ipati.org/dados2.html

  25. Henrique Diz:

    Oi Larissa
    Eu não tive mais contato com a Sônia desde então. Acompanho seu trabalho pelo seu site http://www.ipati.org. Mas a técnica de gravação continua a mesma, utilizando o Adobe Audition e um microfone + um CD especialmente preparado com uma “salada de vozes” para ficar como ruído de fundo. A Sônia também vem fazendo gravações em vídeo de faces de supostos falecidos e até de ETS….eu acho que a transcomunicação parou no tempo, não evoluiu…se o fenômeno fosse real já estaríamos nos comunicando com os do lado de lá com mais desenvoltura mas isso não aconteceu….o que a gente consegue são palavras e não frases conexas……é isso.

  26. Marciano Diz:

    Desculpem a intromissão, mas é tudo pareidolia mesmo.
    Como nos discos demoníacos ouvidos de trás para frente.
    Nunca se vê gravações nítidas de áudio ou vídeo de fantasmas e ETs.

  27. Lúcio Diz:

    Eu também me interessei um tempo por TCI, especialmente pelo trabalho da Sônia Rinaldi. Só que é como o Marciano falou: a qualidade das gravações é muito ruim. Quanto ao resto das supostas comunicações, usando imagens, não sei qual a explicação, ou se é só fraude mesmo. Pra mim, a gota d’água foi no final do ano passado, quando a Sônia publicou um boletim, dizendo que E.T.s ou algo do tipo resgatariam eles do suposto fim dos tempos, em dezembro, e que eles deveriam se abrigar em lugares altos, como montanhas.

    Resultado: o fim, como todo mundo percebeu, não veio, e o boletim foi retirado do site.

  28. Lúcio Diz:

    E tem também outros “causos”, de reencarnação de animais: http://www.ipati.org/boletins_new/ptbr32_br/ptbr32.html

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