A PARAPSICOLOGIA E SUAS CONTRIBUIÇÕES AO CONHECIMENTO, por Carlos Alvarado (2005)

Ótimo artigo de Carlos Alvarado, mostrando que a Parapsicologia produziu sim conhecimento útil!

PARA MUITOS CRÍTICOS a parapsicologia é um desperdício colossal de tempo. Nada foi realizado, nenhum conhecimento útil ou prático foi produzido. No máximo, alguns resultados inexplicados foram achados nas pesquisas. Mas estes resultados não são replicáveis, podem ter explicações convencionais, e simplesmente não merecem o tempo e os recursos que lhes são dedicados. Embora eu discorde dessa visão, nestes breves comentários eu não centrarei na ocorrência ou não dos fenômenos, nem na validade ou na falta de conceitos explanatórios particulares. Em vez disso eu gostaria de apresentar uma visão mais ampla e argumentar que nossos esforços como parapsicólogos contribuíram para o conhecimento de várias formas.

Há mais para aprender sobre o funcionamento humano do que a ciência sugere 

Há cerca de cem anos Frederic W. H. Myers (1900) declarou que o dever dos pesquisadores psíquicos era “a expansão da própria ciência” (p. 123). Muito do nosso trabalho indica que a comunicação com o ambiente à qual nos referimos como PES e PK exige ao menos uma extensão da física e da psicologia atuais. Em outras palavras, há mais capacidades humanas do que a ciência oficial ensina. A pesquisa parapsicológica serve como um lembrete de outras possibilidades, de desafios que nós apenas temos a esperança que a ciência aceite em grande escala. É certo que a ciência oficial não aceitou que estabelecemos a realidade de fenômenos que exigem uma expansão de princípios físicos e psicológicos. Apesar disso, concordo com Emily Kelly (2001) quando declara: “Se a pesquisa psíquica não faz nada além de abalar continuamente as suposições atuais sobre questões fundamentais relativas à mente, à consciência, à própria vontade, apenas isso já é uma contribuição significativa à ciência” (p. 86).

Os estudos de assombrações e experiências fora-do-corpo (EFCs) mostram dimensões ocultas do funcionamento da mente (Green, 1968; Tyrrell, 1953). Ainda que nós os reduzamos a produções alucinatórias, eles mostram o potencial da mente de construir complicadas experiências que afetam os vivos de modo profundo. Outro exemplo são os fenômenos de mediunidade mental. Como argumentado por Flournoy (1911) e Sudre (1926), entre outros, além de produções verídicas, nós também aprendemos dos estudos de pesquisadores psíquicos que a mente tem uma tendência a criar personalidades de modos que revelam surpreendente capacidade criativa e imaginativa, para nada dizer sobre as histórias narradas. A pesquisa psíquica foi uma força significativa à ideia de que: “Os talentos do inconsciente revelam ainda mais variedade que os da consciência” (Richet, 1923, p. 44).

Os fenômenos acima citados, quaisquer que sejam suas explicações, também nos diz muito sobre os poderes da mente subconsciente. Isso fica claro nas discussões de Myers (1903) de automatismos sensórios e motores, e em discussões posteriores semelhantes de experiências de PES espontâneas (p.ex., L . E. Rhine, 1981).

Estudo da freqüência e da complexidade das características dos fenômenos 

Nossos estudos mostram que as alegações de experiências psíquicas são mais comuns do que se imaginava anteriormente. Pesquisas-questionários — tais como aquelas informadas por Palmer (1979), Usha e Pasricha (1989), e Zangari e Machado (1996) nos Estados Unidos, Índia e Brasil, respectivamente — apóiam esta visão. Embora seja verdade que sejam questionários-resposta sem qualquer continuidade, eles abrem a porta para mais pesquisa.

Colocado de forma simples, muitos estudos parapsicológicos documentam a variedade da experiência humana e assim expandem a ideia do seu alcance procedente das ciências comportamentais. Além disso, quando alguém embarca no estudo das características das experiências, as formas de PES assumem padrões complexos de características achadas em assombrações e em EFCs e experiências de quase-morte (EQMs), e percebe-se que o nosso campo contribuiu bastante ao catalogar e mapear uma variedade de experiências e estados de consciência (para uma visão geral ver Irwin, 1994). Exemplos particulares de tais esforços incluem a análise de Edmund Gurney do desenvolvimento das alucinações telepáticas (Gurney, Myers & Podmore, 1886), o estudo de símbolos em PES de Ernesto Bozzano (1907), o estudo das características da EFC de Celia Green (1968), a análise das impressões de PES de Ian Stevenson (1970) e o estudo de Graziela Piccinini e Gian Marco Rinaldi (1990) de fenômenos verídicos (às vezes aparicionais) informados em relação a mortes.

Uma parte deste trabalho — a análise de Sybo Schouten das experiências de PES (1979) e o meu próprio trabalho com EFCs (Alvarado & Zingrone, 1998-99) — mostra a complexidade adicional das experiências documentando a interação das suas características com outras características e variáveis.

Esta visão de complexidade cresce ainda mais quando prestamos atenção à nossa história passada e aos estudos das investigações conduzidas em torno dos médiuns mentais. Os estudos detalhados que Theodore Flournoy (1900) conduziu com a médium Helene Smith e a análise de Eleanor Sidgwick (1915) do trabalho feito com a médium Leonora Piper ensinou-nos muito sobre as etapas e as características dos transes, e a imaginação envolvida na mentalização.

Contribuições ao desenvolvimento de idéias em psicologia 

Recentemente revisei de forma breve o trabalho histórico que apoia esta visão (Alvarado, 2003). Alguns historiadores da psicologia, tais como Regine Plas (2000), argumentaram que o interesse e a pesquisa dos fenômenos psíquicos foram elementos importantes no desenvolvimento da psicologia. A mente inconsciente esteve intimamente relacionada com o interesse em telepatia e afins, como visto no trabalho de Pierre Janet e Charles Richet, entre outros.

O trabalho inicial dos membros da Sociedade para Pesquisa Psíquica na Inglaterra contribuiu bastante para o desenvolvimento das ideias da mente subconsciente bem como ao estudo da dissociação. Isto foi bem verdade no trabalho de Edmund Gurney sobre as etapas de hipnose e nos escritos de Frederic W. H. Myers sobre a mente subliminar. Embora nem todos concordem com os aspectos psíquicos da pesquisa deste trabalho (por exemplo, a telepatia), estes escritos foram conhecidos e citados por muitos tanto na Europa quanto nos Estados Unidos (Alvarado, 2002).

Além disso, a parapsicologia contribuiu para o desenvolvimento de ideias sobre a mente, particularmente aquelas que abordam o problema mente-corpo e sobre o não-físico. Exemplos disto são as ideias de Myers (1903) expressas em seu clássico centenário Human Personality and Its Survival of Bodily Death. Na visão de Myers a telepatia “é exercida por algo interno nosso que não é gerado pelos elementos materiais, nem restrito pelas limitações mecânicas, podendo sobreviver e operar ileso em um mundo espiritual” (Vol. 1, p. 24). Este fenômeno representou um princípio do meteterial, ou um “mundo espiritual ou transcendental em que a alma existe” (Vol. 1, p. xix). Em sua visão, a mente e o espírito usavam o sistema nervoso para comunicar, mas eram independentes dele. Ele escreveu em relação à mediunidade, mas também descrevendo sua visão do problema mente-corpo: “O espírito seleciona quais partes do maquinário-cérebro usará, mas ele não pode sair desse maquinário mais do que é idealizado executar” (Vol. 2, pp. 190-191). Então embora Myers postulasse a independência entre a mente e o corpo, ele acreditava que a expressão da consciência era condicionada pela configuração física e pelas limitações do sistema nervoso.

Há vários exemplos adicionais relacionados aos fenômenos parapsicológicos de ideias sobre a mente como algo independente do corpo. J. B. Rhine argumentou que: “As pesquisas psi mostram que a mente humana natural escapa aos limites físicos sob certas condições… Assim uma diferença distinta entre a mente e a matéria, um dualismo relativo, foi demonstrado pelas experiências psi. (J. B. Rhine, 1947, p. 205). Mais exemplos incluem os escritos de John Beloff (1990), Charles Tart (1979), e Robert Thouless e B. P. Wiesner (1947).

Hoje estudamos as ideias de Aristóteles, Galeno e Descartes sobre a mente, algumas das quais não são considerados válidas hoje por psicólogos e psiquiatras. Mas são consideradas valiosas como contribuições à tentativa da espécie humana de entender-se, à busca eterna pelo auto-conhecimento. Da mesma forma, todos os conceitos acima citados são contribuições à história e à filosofia de ideias que devem ser reconhecidas ainda que os fenômenos psíquicos sejam discutíveis.

Um outro tema, os efeitos transformativos das experiências parapsicológicas começaram a ser estudados, algo que os parapsicólogos foram reticentes em estudar. Fizemos contribuições ao estudo das transformações pessoais relacionadas à experiência psíquica, como visto no trabalho de Palmer (1979), Kennedy e Kanthamani (1995) e no meu próprio trabalho com EFCs (Alvarado & Zingrone, 2003), todos publicados em periódicos parapsicológicos.

Recentemente, a maioria dos estudos que aborda a relação entre as EFCs e os processos psicológicos ou experiências tais como dissociação (Irwin, 2000) e sonhos (Alvarado & Zingrone, 1999), bem como os estudos sobre as características das experiências (Alvarado & Zingrone, 1998-99; 1999), foram publicados em jornais parapsicológicos. Não há dúvida que, como argumentei em outro local, uma boa parte das contribuições ao nosso entendimento da psicologia das EFCs veio dos parapsicólogos (Alvarado, 1992). De fato o trabalho em torno das EFCs representa uma de nossas contribuições mais recentes à psicologia e à área mais específica dos estados alterados de consciência.

Combatendo a superstição e avaliando alegações populares 

Há muitas ideias e tradições sobre os fenômenos psíquicos que foram vistas como superstições. Uma delas é a relação entre a morte e os fenômenos psíquicos, uma relação que encontrou apoio no caso das assombrações em estudos iniciais como o Census of Hallucinations (Sidgwick et al., 1894). Além disso, estas associações foram reforçadas por trabalhos posteriores que reconhecidamente sofriam de problemas de amostragem. Isto inclui os estudos de coleção de casos de fenômenos relacionados à morte por Ernesto Bozzano (1923), Camille Flammarion (1922-1923) e trabalhos mais recentes (Piccinini & Rinaldi, 1990; Wright, 2001).

A alegação de que os médiuns podem se comunicar com os mortos ainda é algo debatido entre os pesquisadores psíquicos, mas vários estudos do século XIX até hoje evidenciaram a aquisição de afirmações verídicas pelos médiuns (para uma visão geral ver Braude, 2003). Por outro lado, várias discussões iniciais em que a escrita automática era vista como um produto da mente subconsciente foram publicadas em periódicos da pesquisa psíquica por Frederic W. H. Myers (1884) e William James (1889). Isso contribuiu para a ideia de que nem tudo que parece vir de espíritos desencarnados seja necessariamente assim. Nossas contribuições que desmistificam todo tipo de alegação são particularmente importantes em termos de educação pública.

Em outros casos, como a investigação das supostas levitações de praticantes de Meditação Transcendental, não havia qualquer evidência auxiliar que apoiasse tais alegações (Mishlove, 1983). Isso nos leva aos testes das alegações de desenvolvimento psíquico. Dois estudos feitos na década de 1970 não apoiaram as alegações dos seguidores de Silva Mind Control (Brier, Savits & Schmeidler, 1975; Vaughan, 1974). Essa é uma linha importante de pesquisa, já que os parapsicólogos podem fornecer informação útil aos consumidores de programas de desenvolvimento.

Outra linha de pesquisa bastante valiosa neste contexto seriam investigações empíricas sobre as alegações de muitos sistemas ocultos de pensamento. Há alguma maneira que nos permita testar os conceitos discutidos por autores tais como Allan Kardec e Annie Besant? Em minha própria pesquisa de EFCs testei hipóteses baseadas em algumas das ideias de Robert Crookall (Alvarado, 1984) e em experiências de Sylvan Muldoon (Alvarado & Zingrone, 1998-1999).

Contribuições para técnicas estatísticas 

O filósofo e cético Ian Hacking (1988) disse que alguns dos primeiros a usar cálculos de aleatorização e probabilidade fizeram-no no contexto dos estudos do século XIX sobre a telepatia. Um artigo particularmente influente foi aquele publicado por Charles Richet (1884) na Revue Philosophique que inaugurou o uso da teoria da probabilidade na pesquisa psíquica numa época em que os psicólogos usavam métodos estatísticos muito raramente. Após isso, pesquisadores britânicos continuaram a usar de cálculos estatísticos em trabalhos clássicos que lidavam com experiências espontâneas tais como Phantasms of the Living (Gurney, Myers & Podmore, 1886) e o Census of Hallucinations (Sidgwick, et al., 1894), para não mencionar o trabalho experimental. Os parapsicólogos seguintes, desde H. F. Saltmarsh e S. G. Soal (1930), J. Gaither Pratt (1936) e Charles Stuart (1942) até contribuições posteriores (resumidas por Burdick & Kelly, 1977), desenvolveram maneiras de avaliar o material experimental de resposta livre quantitativamente. Pode-se dizer que o melhor das nossas técnicas atuais foi adaptado dos estudos da percepção subliminar, aprendizado inconsciente, sonhos e imageria em estado desperto.

Contribuições ao pensamento crítico e ao estudo da fraude e auto-ilusão 

Os parapsicólogos são bastante criticados pela sua assim chamada culpabilidade, por serem enganados, e por aceitarem pesquisar sujeitos [reconhecidamente] fraudulentos. Embora isso possa se aplicar a alguns indivíduos, deve-se lembrar que os pesquisadores psíquicos têm antecedentes em termos de uma tradição de auto-crítica, descoberta e exposição de fraude.

A consciência de problemas metodológicos foi bastante discutida na literatura. Isto inclui os problemas da evidência de casos espontâneos no século XIX (Gurney, Myers & Podmore, 1886) e as discussões posteriores de D. J. West (1948) e Tony Cornell (2002). Os pesquisadores no campo também foram liberais com as críticas do trabalho de cada um, como pode ser visto nas críticas metodológicas de Akers (1984) e Hansen (1990). Embora a crítica possa ultrapassar seus limites, o que às vezes ocorre, não há dúvida que a parapsicologia contribuiu de modos importantes ao pensamento crítico.

Casos instrutivos de fraude foram informados desde o século XIX. Na famosa nota de Edmund Gurney (1888) sobre os estudos iniciais da SPR envolvendo transferência de pensamento com as irmãs Creery, ele declarou: “É necessário… declarar que numa série de experiências com cartões… duas das irmãs… foram detectadas no uso de um código de sinais; e uma terceira confessou certo uso de sinais na série anterior” (p. 269). Outros exemplos incluem as manifestações poltergeist fraudulentas discutidas por Hereward Carrington (n.d., pp. 2-19), os métodos de substituição de mão do médium de efeitos físicos Carancini (Baggally, 1910), e a detecção fotográfica de Eugene Osty (1930) de fraude por parte da médium de efeitos físicos Stanislawa P. Podemos mencionar os escritos mais recentes de Ejvegaard e Johnson (1981) sobre um caso de assombração, os de Delanoy (1987) sobre um entortador de metal, e os de Stevenson e colegas (Stevenson, Pasricha & Samararatne, 1988) em casos do tipo reencarnação.

Alguns focaram nos aspectos psicológicos de fraude. Um bom exemplo histórico é o papel importante mas quase esquecido de Ochorowicz (1896) sobre a fraude inconsciente em Palladino. Houve também a investigação da médium Anna Burton em que foi possível documentar o uso de fraude inconsciente (Hamilton, Smyth & Hyslop, 1911). O relato de casos sem motivação ou qualquer razão aparente para a prática de fraude foi o assunto de artigos por Sidgwick (1894) e Feilding (1905). O último se referiu a manifestações poltergeist produzidas de forma fraudulenta por um solicitante que trouxe desastre financeiro ao perpetrador. A discussão recente de Delanoy (1987) sobre um entortador de metal fraudulento também aborda motivações para fraude.

Observações finais 

Embora sejam contribuições importantes, o problema que nos deparamos enquanto parapsicólogos é que o nosso trabalho geralmente é ignorado. Pouquíssimos acadêmicos fora do campo citam os nossos resultados. Muitos psicólogos que se interessaram pelo problema mente-corpo, a espiritualidade, o processo de morrer, a dissociação, os estados alterados de consciência e o potencial humano no melhor dos casos não prestam qualquer atenção à parapsicologia, e no pior buscam suprimir a iniciativa. Pode-se dizer o mesmo de muitos historiadores da ciência, da psicologia e da psiquiatria.

A situação envolvendo a aceitação das contribuições da parapsicologia discutida nesta curta nota espelha o debate sobre o estado ontológico dos fenômenos psi. Embora muitos parapsicólogos tendam a ter uma perspectiva positiva, esta perspectiva não é compartilhada por muitos fora de nosso campo. Podemos nos confortar dizendo que os outros são injustos ou ignorantes da evidência (o que às vezes é verdadeiro), mas nós não ajudaremos o campo de forma significativa se não fizermos mais do que isto. Se somos os únicos que conseguem ver a parapsicologia fornecer contribuições ao conhecimento, há pouco a fazer exceto conversar entre nós. É por esta razão que nós necessitamos continuar, não só com a pesquisa, mas também com as tentativas de comunicá-la aos outros que não estão presentes em nossas convenções nem lêem nossa literatura.

Felizmente há alguns indícios que sugerem o reconhecimento de ao menos alguns aspectos do nosso trabalho (por exemplo, Alvarado, 2002; Barns, 2003; Cardena, Lynn, & Krippner, 2000). Mas a experiência nos ensinou a ficarmos hesitantes em aceitar estes poucos triunfos que expõem nosso trabalho ao mundo exterior. Ainda precisamos nos esforçar de modo que as nossas contribuições eventualmente sejam reconhecidas em círculos intelectuais mais largos.

Referências 

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Publicado originalmente como “Parapsychology and its Contributions to Knowledge.” Paranormal Review, 35, July 2005, pp. 12-17. 

Artigo original disponível em http://www.pflyceum.org/63.html

11 respostas a “A PARAPSICOLOGIA E SUAS CONTRIBUIÇÕES AO CONHECIMENTO, por Carlos Alvarado (2005)”

  1. Gorducho Diz:

    Ou eu muito me engano ou os Analistas G Grassouillet e Marciano já abordaram este tema neste sítio.
    Se me engano, peço de antemão desculpas…

  2. Marciano Diz:

    PRECLARO GORDUCHO, você não está enganado, De Marte e G Grassouillet realmente já abordaram este tema.
    .
    A conversa sobre parapsicologia está melhor no outro tópico, o dos espíritos da bíblia.
    Por enquanto, continuo lá.
    Se e quando este aqui decolar, eu volto.
    De Marte e G Grassouillet me disseram o mesmo, via telepatia.

  3. Marciano Diz:

    Para que o trabalho dos cientistas parapsicólogos deixe de ser ignorado existe este blog, o qual, antigamente, dedicava-se a analisar cientificamente livros ou mensagens ditos “psicografados”, ou seja, escritos ou ditados por um suposto espírito através de um “médium”, apontando erros e acertos à luz da Ciência atual. Também BUSCAVA analisar possíveis fontes de informação em que o médium teria se baseado para escrever a obra, possibilidades de plágio (fraude), de “plágio inconsciente” (também conhecido como criptomnésia), e mesmo a possível ocorrência de um genuíno fenômeno paranormal. ERAM analisadas obras de médiuns famosos e menos conhecidos.
    Atualmente, o foco tem sido na penúltima parte, a POSSÍVEL (agora, finalmente, provada cientificamente) ocorrência de UM genuíno(?) fenômeno paranormal, tão genuíno quanto o GENOINO, o famoso médium parapsicólogo doublé de mensaleiro e amiguinho de BIASETTO.

  4. Vitor Diz:

    O tema foi abordado em outro tópico, baseado em outro artigo…. esse artigo é mais específico, fornecendo uma visão mais ampla. Nada impede que o tema volte a ser debatido diante de novas informações.

  5. MONTALVÃO Diz:

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    Carlos Alvarado reclama do não reconhecimento das contribuições da parapsicologia pelo mainstream da ciência. Seria o caso de nos perguntarmos se realmente houve contribuição digna de registro. O artigo de Carlos é bem conciso: pontos que pediriam melhor elucidação são abordados superficialmente. Certas alegações ficam indefinidas e a posição predominante da parapsicologia a respeito de temas citados no escrito não foram clarificadas. Destaco a seguir alguns itens com meus comentários.
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    A PARAPSICOLOGIA E SUAS CONTRIBUIÇÕES AO CONHECIMENTO
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    CARLOS S. ALVARADO
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    Tradução Vitor Moura
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    ALVARADO: PARA MUITOS CRÍTICOS a parapsicologia é um desperdício colossal de tempo. Nada foi realizado, nenhum conhecimento útil ou prático foi produzido. No máximo, alguns resultados inexplicados foram achados em pesquisa. Mas estes resultados não são replicáveis, podem ter explicações convencionais, e simplesmente não merece o tempo e recursos dedicados a eles. Embora eu discorde destes pareceres, nestes curtos comentários eu não focalizarei na ocorrência ou não dos fenômenos, nem na validez ou falta de conceitos explanatórios particulares.
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    COMENTÁRIO: o autor descreve, assim me parece, muito bem o panorama presente da parapsicologia: não se sabe para o que serve, nem se um dia terá serventia: embora Alvarado diga não concordar que a realidade seja essa, prefere não adentrar nesse espinheiro…
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    ALVARADO: A pesquisa psíquica foi uma força significativa à idéia que: “Os talentos do inconsciente revelam mesmo mais variedade que os da consciência” (Richet, 1923, p. 44).
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    COMENTÁRIO: A crença de que o inconsciente seja o repositório de poderes aos quais muito mal a maioria teria acesso não parece corresponder à realidade: os estudos do paranormal estão aí para demonstrar que se há “poderes” inconscientes eles são fracos, mui tênues, incontrolados e de manifestação esporádica. O grande trunfo da evolução do ente humano foi a consciência ao nível que ostenta. Se não a tivesse, se o inconsciente preponderasse nossa existência estaria quase que ao par com a de qualquer outra espécie.
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    ALVARADO: Os fenômenos acima citados, quaisquer que sejam sua explicação, também nos conta muito sobre os poderes da mente subconsciente. Isto está claro nas discussões de Myers (1903) de automatismos sensórios e motores, e em discussões posteriores semelhantes de experiências de PES espontâneas (p.ex., L . E. Rhine, 1981).
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    COMENTÁRIO: creio que as experiências anteriores a Rhine, que apresentavam resultados admiráveis, devam ser olhadas com cautela. Eram tempos pioneiros e parece que a empolgação falava mais alto que a prudência. Homens como Richet, Myers davam por provada a telepatia, clarividência, “ectoplasmia”, além de defenderem a legitimidade de fenômenos insólitos quais, levitações (estes Richet olhava com desconfiança), materializações, bilocação. Quando Rhine iniciou novo capítulo nas investigações do paranormal essa fenomenologia assombrosa desapareceu nas nuvens.

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    ALVARADO: Nossos estudos mostram que alegações de experiências psíquicas são mais comuns do que anteriormente se imaginava. Pesquisas-questionários — tais como aquelas informadas por Palmer (1979), Usha e Pasricha (1989), e Zangari e Machado (1996) nos Estados Unidos, Índia e Brasil, respectivamente — apóiam esta visão. Enquanto é verdadeiro que estes sejam questionários-resposta com nenhuma continuação, eles abrem a porta para mais pesquisa.
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    COMENTÁRIO: ponto para o autor, pois percebeu que questionários são de alcance limitado: podem nortear ou sugerir caminhos para a investigação, nada mais, embora tenha gente pretendendo provar que EQMs e EFCs sejam legítimas vivências místicas por meio do registro de depoimentos, notadamente os mais coloridinhos quais o de Eben Alexander, Palm Reynolds, Sullivan, o caso das dentaduras…
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    ALVARADO: Colocado de forma simples, muitos estudos parapsicológicos documentam a variedade da experiência humana e assim expandem as visões de seu alcance derivado das ciências comportamentais. Além do mais, quando alguém adentra o estudo das características das experiências, as formas de PES tomando os padrões complexos de características achadas em assombrações e em EFCs e experiências de quase-morte (EQMs), compreende-se que nosso campo contribuiu muito ao catalogar e traçar uma variedade de experiências e estados de consciência (para uma visão geral ver Irwin, 1994). Exemplos particulares de tais esforços incluem análise de Edmund Gurney do desenvolvimento de alucinações telepáticas (Gurney, Myers & Podmore, 1886), o estudo de símbolos em PES de Ernesto Bozzano (1907), o estudo de características de EFC de Celia Green (1968), a análise de impressões de PES de Ian Stevenson (1970) e Graziela Piccinini e Gian Marco Rinaldi (1990) estudo fenômenos verídicos (às vezes aparicionais) informados em relação a mortes.
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    COMENTÁRIO: Talvez eu esteja sendo severo, talvez, mas esses estudos não esclareceram muito a respeito das ocorrências relatadas. Por exemplo: que investigações no campo do paranormal disseram seguramente o que sejam EFC, EQM? Enquanto a psicologia e neurologia postulam serem reações psicofísicas, vários dos adeptos da paranormalidade (talvez maioria) propõem que possa haver algo além do psiquismo (sem falar dos alucinados que apregoam serem reais as “saídas do corpo” e “viagens ao além”).
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    ALVARADO: […] Na visão de Myers a telepatia “é exercitada por algo dentro de nós que não é gerado de elementos materiais, nem constrangido por limitações mecânicas, mas que pode sobreviver e poder operar ileso num mundo espiritual” (Vol. 1, p. 24).
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    COMENTÁRIO: bem explicado: “na visão de Myers” a telepatia seria conforme descrito, mas, tudo indica, que essa visão não corresponde aos fatos. Myers, do mesmo modo que diversos contemporâneos seus, acreditava que a telepatia fosse fenômeno banal, rotineiro. Isso só demonstra a fraca qualidade das investigações metapsíquicas. Na atualidade o ganzfeld, o que de melhor há em pesquisa da telepatia, obtém no máximo resultados ligeiramente acima do esperado pelo acaso e mesmo o ganzfeld não conseguiu ainda dizer o que seja a força telepática, caso exista.
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    ALVARADO: Este fenômeno representou um princípio do metetérico, ou um “mundo espiritual ou transcendental em que a alma existe” (Vol. 1, p. xix). Na sua visão a mente e o espírito usavam o sistema nervoso para comunicar mas eram independente dele.
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    COMENTÁRIO: a suposição de que o cérebro fosse uma central de processamento, a receber instrução da mente extrafísicas não prosperou nos estudos da mente.
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    ALVARADO: [Myers] Escreveu em relação à mediunidade, mas também descrevendo sua visão do problema mente-corpo: “O espírito seleciona que partes da maquinaria cerebral usará, mas ele não pode sair dessa maquinaria mais do que este é construído para agir” (Vol. 2, pp. 190-191). Então enquanto Myers postulava a independência mente-corpo, ele acreditava que a expressão da consciência era condicionada pela configuração física e limitações do sistema nervoso.
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    COMENTÁRIO: Myers acreditava em muitas coisas e Alvarado parece considerar as pesquisas metapsíquicas e mediúnicas desse sábio como boas evidências da mediunidade e da paranormalidade. Entretanto, as investigações sobre a mente tomaram outros rumos bem diferentes das concepções de Myers, e as comunicações com espíritos, que para ele eram realidade, presentemente podem ser dadas por simples crenças religiosas.
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    ALVARADO: Em tempos recentes a maioria dos estudos no relacionamento de OBEs a processos psicológicos ou experiências tais como dissociação (Irwin, 2000) e sonhos (Alvarado & Zingrone, 1999), assim como estudos das características de experiência (Alvarado & Zingrone, 1998-99; 1999), foram publicados em jornais parapsicológicos. Não há nenhuma dúvida que, como argumentei em outra parte, uma parte boa das contribuições a nosso entendimento da psicologia de EFCs veio dos parapsicólogos (Alvarado, 1992). De fato o trabalho de EFC representa uma de nossas contribuições mais recentes à psicologia e à área mais específica de estados alterados de consciência.
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    COMENTÁRIO: só esqueceu de informar o principal: o que diz a parapsicologia efetivamente sobre EFCs?
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    ALVARADO: A alegação que médiuns podem comunicar com os mortos ainda é debatido entre pesquisadores psíquicos, mas uma variedade de estudos do décimo nono século até o nosso próprio tempo produziu evidência para a aquisição de declarações verídicas por médiuns (para uma visão geral vide Braude, 2003). Em contraste, muitos das discussões iniciais em que a escrita automática foi vista como a produção da mente subconsciente foram publicadas em diários de pesquisa psíquica por Frederic W. H. Myers (1884) e William James (1889). Este contribuiu com a idéia que nem tudo que parece vir de espíritos desencarnados seja necessariamente assim. Nossas contribuições a desmistificar todo tipo de alegações são particularmente importantes em termos de educação pública.
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    COMENTÁRIO: só esqueceu de informar o principal: o que diz a parapsicologia sobre a alegações dos médiuns de que fazem contato com mortos? Realidade ou…
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    ALVARADO: Em outros exemplos, tais como as investigações das alegações de levitação de praticantes de Meditação Transcendental, não havia nenhumas evidências auxiliadoras para apoiar as alegações em questão (Mishlove, 1983). A avaliação das alegações Meditação Transcendental leva-os aos testes de alegações de desenvolvimento psíquico. Dois estudos feitos nos anos de 1970 não apoiaram as alegações de seguidores de Silva Mind Control (Brier, Savits & Schmeidler, 1975; Vaughan, 1974). Isto é uma linha importante de pesquisa em que parapsicólogos podem contribuir com informação útil a consumidores de programas de desenvolvimento.
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    COMENTÁRIO: parágrafo muito conciso: a parapsicologia apoia ou não a levitação? Diz-se que o estudo de Mishlove não apoia mais e os demais? Quais seriam as alegações dos de Silva Mind?
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    ALVARADO: Uma linha adicional de pesquisa valiosa neste contexto PODERIA ser investigações empíricas das alegações de muitos sistemas ocultos de pensamento. Há alguma maneira em que nós podemos testar conceitos discutidos por autores tais como Allan Kardec e Annie Besant? Na própria pesquisa de OBE eu testei hipóteses baseadas em algumas das idéias do Robert Crookall (Alvarado, 1984) e nas experiências de Sylvan Muldoon (Alvarado & Zingrone, 1998-1999).
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    COMENTÁRIO: muito bom, Alvarado, você testou, e qual foi o resultado? Custava informar?
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    ALVARADO: Parapsicólogos freqüentemente são criticados por sua assim chamada culpabilidade, por serem enganados, e para sua aceitação de pesquisa com sujeitos fraudulentos. Enquanto isto possa se aplicar a alguns indivíduos, é também importante lembrar que os pesquisadores psíquicos têm antecedentes em termos de uma tradição de auto-crítica e descoberta e exposição de fraude.
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    COMENTÁRIO: deveria descrever melhor esse panorama, tanto do lado dos malandros quanto dos enganados (em muitos casos, coniventes). Talvez Alvarado não queira ficar mal com amigos e conhecidos, por isso evita citar nomes…
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    ALVARADO: A consciência de problemas metodológicos freqüentemente foi discutida na literatura. Isto inclui problemas evidenciais [de?] casos espontâneos no décimo nono século (Gurney, Myers & Podmore, 1886) e as discussões posteriores de D. J. West(1948) e Tony Cornell (2002).
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    ALVARADO: Alguns focalizaram em aspectos psicológicos de fraude. Um bom exemplo histórico é o papel importante mas quase esquecido por Ochorowicz (1896) sobre fraude inconsciente com Palladino. Houve também a investigação da médium Anna Burton em que fraude inconsciente foi documentada (Hamilton, Smyth & Hyslop, 1911). O relatório de casos com nenhuma motivação nem nenhuma razão aparente para fraude foi o assunto de artigos por Sidgwick (1894) e Feilding (1905). O último se referiu a manifestações de poltergeist fraudulentamente produzidas por um solicitante que trouxe desastre financeiro ao perpetrador. A discussão recente de Delanoy (1987) sobre um entortador fraudulento de metal também toca em motivações para fraude.
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    COMENTÁRIO: A fraude inconsciente pode ocorrer em alguns casos: o médium acredita sinceramente (ou quer muito acreditar) e bloqueia sua consciência para o fato de estar iludindo a si mesmo (e aos que vão em suas águas), mas, no caso de Palladino essa alegação provinha da parte dos que ou foram logrados e não queriam ter seus prestígios maculados, ou eram crentes contra toda prova em contrário. O histórico dessa espertalhona é forte indicativo de que suas fraudes eram bem conscientes: ela própria, de certo modo, o admitiu, conforme noticia Hernani Guimarães:
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    HERNANI: “Os fenómenos provocados graças à sua mediunidade, CONQUANTO NA SUA MAIORIA AUTÊNTICOS, ERAM MESCLADOS COM TENTATIVAS DE FRAUDE. Quando Eusapia (1854-1918) não lograva produzir um fenómeno solicitado ou anunciado por ela própria, o seu primeiro gesto era obtê-lo fraudulentamente. Este comportamento valeu-lhe e aos seus investigadores sérios aborrecimentos. Quem perlustra o vasto relato das suas actividades mediúnicas encontra uma divisão de opiniões acerca da autenticidade dos fenómenos provocados por Eusapia. Os pesquisadores mais tolerantes e persistentes lograram observar factos autênticos e realmente extraordinários. Os excessivamente cépticos e com a ideia fixa de que iriam apanhar Eusapia em alguma fraude praticamente não conseguiram presenciar senão fenómenos medíocres, misturados com várias tentativas de trapacear. A opinião mais generalizada era a de que tais atitudes visando a enganar os observadores seriam inconscientes. Pareciam um reflexo da disposição dos investigadores. ELA PRÓPRIA EXPLICAVA AS SUAS FALHAS DIZENDO: ELES PEDEM QUE EU OS ENGANE E EU ATENDO AOS SEUS DESEJOS. Era, talvez, a influência do observador sobre o evento observado, graças à susceptibilidade da sensitiva em estado de transe.”
    (http://www.espirito.org.br/portal/artigos/fep/eusapia-paladino.html)
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    ALVARADO: Enquanto estas sejam contribuições importantes, o problema que nós encaramos como parapsicólogos é que nosso trabalho geralmente é ignorado. Muito poucos acadêmicos fora do campo citam nossos resultados. Muitos psicólogos que se interessaram no problema mente-corpo, espiritualidade, o processo de morrer, dissociação, estados alterados de consciência e no potencial humano no melhor dos casos não prestam nenhuma atenção à parapsicologia, e no pior procuram suprimir a iniciativa. O mesmo pode ser dito de muitos historiadores de ciência e da psicologia e a psiquiatria.
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    COMENTÁRIO: esse descritivo indica que as supostas contribuições da parapsicologia não devem ser tão contributivas quanto pensa o autor, ou haveria complô orquestrado contra os sacrificados pesquisadores psi?
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  6. Vitor Diz:

    Montalvão,
    vc baseou seus comentários numa tradução antiga, daí a confusão com alguns trechos. Leia o artigo disponibilizado no blog.

  7. Marciano Diz:

    De tudo o que pude perceber até agora, parece que a parapsicologia é uma ciência marginal. O mainstream da ciência não a reconhece como tal. Só uns poucos iluminados conseguem vislumbrar a ciência que desponta no horizonte há muitas décadas, porém não consegue alçar vôo, qual um Sol da meia-noite.
    Parece que a falta de livre-arbítrio não deixa que os parapsicólogos parem de dedicar seu tempo tão denodadamente a essa ciência marginal nem o mainstream aceitá-la.
    Pode ser, também, que a tese montalvânica esteja certa e que exista uma organização do mainstream para não deixar a verdade se estabelecer, todos agindo de má-fé.
    Não se pode culpá-los, contudo. Falta-lhes o livre-arbítrio.

  8. Marciano Diz:

    A falta de livre-arbítrio é uma desgraça. Algumas pessoas nascem com pensamento mágico, outras com pensamento crítico. Não há nada que possam fazer para mudar isso. Já está tudo determinado.
    Algumas pensam ter trocado o infantil espiritismo por uma ciência de verdade, a parapsicologia, quando, na verdade, isto já estava determinado. Não houve livre-arbítrio.
    De nada adianta pensar, se já estamos determinados a ter uma crença ou uma descrença.

  9. Vitor Diz:

    Marciano, é para continuar no outro post. Não aceitei a sugestão. Copie as mensagens pq essas últimas serão apagadas

  10. Vitor Diz:

    Mensagens do outro tópico apagadas.

  11. Marciano Diz:

    Entendido, já as copiei para o outro.
    Estas duas são daqui mesmo.

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