Livro Gratuito! “Fantasmas e Aparições”, de Andrew MacKenzie (1982)

Um livro com vários casos intrigantes investigados pela SPR sobre fantasmas e aparições. Para baixar em pdf, clique aqui. Para baixar em doc, clique aqui. Abaixo segue um dos casos do livro.

A narrativa aqui apresentada, que se inicia com o surgimento de aparições numa casa mal-assombrada em Clifton, Bristol, e se encerra numa visita a uma igreja campestre em Norfolk, é uma das mais estranhas, senão a mais estranha dos anais da pesquisa psíquica. Embora quase todas as assombrações se afigurem desprovidas de objetivo e desafiem a análise, as aparições desse caso eram, nas palavras de Andrew Lang, “fantasmas dotados de um propósito”, o que é extremamente raro.

O caso foi origina/mente publicado por F. W. H. Myers num longo artigo sobre “O eu subliminar”, nas Atas de 1895 (60e, pp. 547-59). Usaram-se pseudônimos: a principal pessoa envolvida, a Sra. Goodeve, é a “Sra. Claughton” nas Atas, e foi-lhe dito por uma aparição que fosse a “Meresby”, que é, na verdade, a aldeia de Snettisham, em Norfolk, quatro milhas ao sul da cidade litorânea de veraneio de Hunstanton. Lang, que tinha conhecimento pessoal do caso, usou os mesmos pseudônimos quando o relatou no livro Dreams and Ghosts (46b). Os nomes reais foram revelados pela primeira vez pelo Rev. Rowland W. Maitland, num livreto intitulado The Snettisham Ghost (52). Maitland conseguiu acesso às anotações do caso nos arquivos da SPR através do então Secretario Honorário, W. H. Salter, e, por meio de sua pesquisa em Snettisham, logrou lançar uma nova luz sobre o que ali aconteceu. Baseei-me nessas três fontes para preparar a narrativa que se segue. Em muitos aspectos, e/a tem as feições de uma história de fantasmas extraída da ficção, mas os leitores podem estar certos de que suas partes passíveis de verificação foram verificadas na época. Outras partes, principalmente por razões familiares e legais, permanecem obscuras.

Esse caso oferece uma oportunidade útil para a discussão das supostas comunicações das aparições.

A assombração do nº 5 de Rodney Place, em Clifton, começou depois que ali morreu uma certa Sra. Seagrim, às cinco horas da manhã do dia 22 de dezembro de 1878. Ela se mudara para lá poucos dias antes; segundo seu médico, o Dr. Marshall, que era curador da casa, a causa da morte foi diarréia crônica de longa duração. Rodney Place foi um dos primeiros exemplos das muitas fileiras de casas em declive que adornaram Clifton à medida que a cidade se transformou num lugar de veraneio da moda, por volta do ano de 1800. A casa em que morreu a Sra. Seagrim fora, em certa época, a residência de um médico célebre, o Dr. Beddoes, que freqüentemente serviu de anfitrião a Coleridge e Southey. Os filhos dela permaneceram na casa até a filha mais velha casar-se, em 1880. O filho mais velho disse ao Dr. Marshall que a família freqüentemente ouvia ruídos estranhos durante a noite, e depoimentos vindos de outra fonte mencionam que a Srta. Seagrim teria visto sua mãe em certa ocasião.

A casa permaneceu vazia por algum tempo, sendo depois alugada por cinco anos, não sendo comunicado nenhum ruído durante esse período. Tornou então a ficar vazia até o Dia da Anunciação em 1888, quando um certo Sr. Ackland tomou posse dela. A mãe e duas irmãs dele ficaram muito alarmadas com sons que pareciam vir de passos pesados na escada de pedra. Isso durou cerca de três anos, mas os sons nunca foram ouvidos por Ackland. A água só era levada para cima pelas criadas até o primeiro andar; no entanto, dois anos depois de a família ter ido residir na casa, a Sra. Ackland estava no sótão, ajoelhada junto de uma mala, quando sentiu que lhe respingavam água. Pensou que fosse uma brincadeira de mau gosto de seu irmão, mas ele não estava no aposento. Havia uma pequena poça d’água no chão onde ela se encontrava e a parede atrás fora salpicada. Logo depois, quando o Sr. Ackland subiu a escada no escuro, carregando um tinteiro e algumas canetas, sentiu sua mão molhada. Achou que seria tinta, mas, ao chegar onde havia luz, verificou que se tratava de água limpa; havia uma pequena poça d’água na escada onde isso ocorreu, mas nenhum sinal de umidade no teto acima.

Em outubro de 1893, a Sra. L. A. Goodeve, viúva de um advogado, hospedou-se na casa. Fora antes uma visitante freqüente e, certa vez, ao cuidar da mãe do Sr. Ackland, ouvira passos subindo e descendo as escadas. Segundo Myers, a Sra. Goodeve era “uma senhora viúva, que convivia com boas companhias, tinha filhos em crescimento e era conhecida por muitas pessoas como uma mulher jovial, capaz e ativa, que conhecia bem o mundo e tinha muitos afazeres próprios de que cuidar: e não era, de modo algum, dada a ruminar sobre coisas mórbidas ou misteriosas. De fato, teve algumas experiências prévias com aparições, todas as quais parecem ter sido verídicas, mas prestou-lhes pouca atenção e nunca procurou incentivar de nenhum modo tais visitações”. A Sra. Goodeve morava em Londres confortavelmente, numa casa em Collingham Road, na altura de Cromwell Road.

A Sra. Goodeve ouvira falar que a casa era mal-assombrada e admitiu que talvez tivesse ouvido falar que o fantasma era o da Sra. Seagrim. Darei aqui seu próprio relato de suas experiências, numa declaração feita por ela, na terceira pessoa, ao Marquês de Bute, um rico proprietário de terras que, na época, se destacava na pesquisa psíquica.

Cerca de 1:15 h, da segunda-feira, 9 de outubro, a Sra. Goodeve estava deitada com uma de suas crianças, a outra estava dormindo no quarto. A Sra. Goodeve se oferecera para prestar qualquer ajuda que pudesse à Srta. Ackland, que chegara de Londres sentindo-se mal no sábado. Estava dormindo e foi acordada pelos passos de uma pessoa descendo a escada, que supôs ser uma criada vindo dizer-lhe que fosse ver a Srta. Ackland. Os passos pararam na porta. Os sons se repetiram mais duas vezes, no intervalo de alguns momentos. A Sra. Goodeve levantou-se, acendeu a vela e abriu a porta. Não havia ninguém. Ela observou que o relógio do lado de fora marcava 1:20 h.

Fechou a porta, deitou-se, leu e, deixando a veia acesa, adormeceu. Acordou e encontrou a vela acabando de queimar. Ouviu um som como um suspiro. Viu uma mulher de pé junto à cama. Ela usava um xale branco macio nos ombros, segurando-o com a mão direita junto ao ombro esquerdo e inclinando-se ligeiramente para a frente. A Sra. Goodeve acha que seu cabelo era castanho-claro e que o xale cobria-lhe parte da cabeça, mas não se lembra com clareza e não tem nenhuma idéia do restante da roupa: não eram roupas escuras. Ela disse: “Siga-me.” A Sra. Goodeve levantou-se, pegou a vela e seguiu-a para fora do quarto, atravessando o corredor e entrando na sala de visitas. Não tem nenhuma lembrança quanto à abertura das portas. No dia seguinte, a empregada declarou que a porta da sala de visitas fora trancada por ela. Ao entrar na saia, vendo que a vela estava prestes a extinguir-se, a Sra. Goodeve a substituiu por uma vela cor-de-rosa da cômoda espelhada perto da porta. A figura foi quase até a extremidade da sala, voltou-se quase completamente, disse “amanhã” e desapareceu. A Sra. Goodeve voltou para o quarto, onde encontrou a criança mais velha (não a que estava na cama) sentada. Ela perguntou, “Quem ó a mulher de branco?” A Sra. Goodeve acha que respondeu, “Sou apenas eu: mamãe; vá dormir”, ou palavras desse tipo, e fê-la calar-se, embalando-a nos braços. O bebê continuava a dormir profundamente. Ela acendeu o candeeiro e ficou acordada por umas duas horas, depois apagou a luz e foi dormir. Não sentiu nenhum medo ao ver a figura, mas ficou nervosa depois de vê-la. Não poderia jurar que não tivesse andado enquanto dormia. Vela cor-de-rosa, parcialmente queimada, no quarto dela pela manhã. Não sabe se a apanhou inteira ou usada.

Pela manhã, falou com o Sr. Ackland, a conselho de quem foi perguntar ao Dr. Marshall sobre a visão, por volta das três da tarde. Ele e sua mulher disseram que a descrição se parecia com a da Sra. Seagrim, de quem a Sra. Goodeve suspeitava tratar-se. Acha que o Dr. Marshall lhe disse que a Srta. Seagrim

(…) vira a mãe na mesma casa. A Sra. Goodeve não consegue reconhecer a fotografia da Sra. Seagrim que lhe é mostrada (…) Diz que a figura parecia ser menor e que as feições eram muito mais contraídas e emaciadas, como as de uma pessoa no último estágio da tuberculose, que era também a aparência geral. Por sugestão própria, o Sr. Ackland colocou uma sineta elétrica sob o travesseiro da Sra. Goodeve, comunicando-se com o quarto da Srta. Ackland, já que a Sra. Goodeve decidiu passar a noite em claro e vigiar.

Durante a noite, a Sra. Goodeve permaneceu sentada, vestida, com o lampião a gás aceso. Por volta da meia-noite, despiu-se parcialmente, vestiu camisola e recostou-se na cama, com o lampião ainda aceso, e adormeceu lendo. Acordou e deparou com a mesma mulher de antes, mas a expressão era ainda mais agitada. Ela se inclinou sobre a Sra. Goodeve e disse: “Cheguei. Escutei” Fez então certa declaração e pediu à Sra. Goodeve que fizesse certas coisas. A Sra. Goodeve disse, “Estou sonhando ou isto é verdade?” 

A bem da clareza, passarei a parafrasear o restante das informações da Sra. Goodeve. A figura disse algo mais ou menos assim: “Se você duvida de mim, poderá verificar que a data de meu casamento foi 26 de setembro de 1860.” Essa fora a data do casamento da Sra. Seagrim, na Índia, com o Major Seagrim, que ainda era vivo e se havia casado novamente (a Sra. Goodeve obteve confirmação dessa data com o Dr. Marshall, na quinta-feira seguinte). Depois disso, a Sra. Goodeve viu um homem de pé à esquerda da Sra. Seagrim — alto, moreno, bem proporcionado, sadio, de 60 anos ou mais, trajado com roupas comuns de uso diário, e de expressão generosa e agradável. Seguiu-se uma conversa entre os três, no decorrer da qual o homem disse ser Henry Barnard e estar enterrado no cemitério de Snettisham. Forneceu também as datas de seu casamento e morte. A Sra. Goodeve nunca ouvira falar em Henry Barnard ou em Snettisham.

O fantasma de Henry Barnard pediu então à Sra. Goodeve que fosse a Snettisham e conferisse as datas no cartório. Se constatasse que estavam corretas, deveria ir à igreja na madrugada seguinte, à uma e quinze, e esperar na extremidade sudoeste da aléia sul, junto à sepultura de Robert Cobb, morto em 15 de maio de 1743, aos 67 anos. A metade de seu bilhete ferroviário correspondente à passagem de ida não seria destacada, segundo lhe foi informado; ela deveria mandá-la ao Dr. Marshall, juntamente com uma rosa branca da sepultura. O fantasma proibiu-a de estabelecer qualquer comunicação prévia com o lugar e disse-lhe também que não usasse seu próprio nome (a Sra. Goodeve desconsiderou essa instrução). A aparição disse ainda que John Bishop, um homem moreno, iria ajudá-la, e que ela se hospedaria na casa de uma mulher que lhe contaria ter um filho morto por afogamento, enterrado no mesmo cemitério. Depois que a Sra. Goodeve fizesse tudo isso, ouviria o restante da história.

Já ao término da conversa, a Sra. Goodeve viu um terceiro fantasma — o de um homem cujo nome ela não teria permissão de fornecer — em grande aflição, de pé, com as mãos cobrindo o rosto — depois, ele as abaixou, de modo que seu rosto pôde aparecer — à direita e atrás da Sra. Seagrim. Os três desapareceram. A Sra. Goodeve levantou-se e foi até a porta ver as horas no carrilhão, mas foi tomada por uma vertigem, voltou e tocou a sineta elétrica. Ackland encontrou-a no chão. Ela conseguiu perguntar as horas, sendo informada de que eram aproximadamente uma e vinte. Depois disso, desmaiou e os Acklands a despiram e a puseram na cama.

Por uma feliz casualidade, o famoso escritor Andrew Lang, que iria tornar-se Presidente da SPR em 1911, estava visitando Clifton na ocasião e soube da história da assombração e do que acabara de acontecer com a Sra. Goodeve, através do Dr. Marshall. A Sra. Goodeve foi ao Departamento de Correios indagar se existia uma aldeia chamada Snettisham em Norfolk: havia. Perguntou ao Dr. Marshall se ele poderia ajudá-la a conseguir a data do casamento da Sra. Seagrim, o que ele fez, escrevendo à filha casada desta última. Ao receber a resposta, mostrou-a à Sra. Goodeve, que imediatamente mostrou a Ackland e ao Dr. Marshall a anotação dessa data em seu diário.

De posse dessa confirmação, a Sra. Goodeve voltou a Londres antes de fazer preparativos para sua viagem a Snettisham. Aconteceram algumas coisas estranhas na casa da Sra. Goodeve; um relato delas, feito pela governanta, Marie Giraud, foi publicado nas Atas em 1895:

Eu estava sentada, costurando na sala de estudos, na noite passada (sexta-feira, 13 de outubro), por volta das 23:00 h. A Sra. Goodeve estava em seu quarto, com a porta fechada, e todos os criados estavam deitados. Ouvi alguém chorando, ou melhor, soluçando muito baixinho, mas muito claramente, como se estivesse inconsolável. Pensei imediatamente em Hilda e desci parte da escada, até que vi sua porta escancarada e tudo perfeitamente calmo. Voltei a meu trabalho, mas os soluços continuaram, como se fossem de uma mulher ou uma moça. Achei estranho que se pudesse ouvir com tanta nitidez através das paredes, mas decidi que o som devia estar vindo da casa ao lado e não pensei mais no assunto.

Fui acordada, pouco depois de adormecer, por gemidos altos, que pareciam encher o quarto e vir de todos os lugares. Tão logo acordei, cessaram. Curiosamente, não me senti nem um pouco amedrontada, mas decidi que se tratava de uma súbita rajada de vento. Sentei-me na cama e escutei. Tudo estava perfeitamente tranqüilo, até que ouvi um som muito estranho acima, como se alguma bateria elétrica tivesse ficado defeituosa e quebrado. Pensei em ladrões, e então me lembrei de que há fios telegráficos presos é casa; mesmo assim, achei estranho que pudesse ouvi-los, já que os quartos das crianças ficam acima do meu. Hesitei entre percorrer ou não a casa toda para ver se tudo estava bem, mas decidi dormir de novo, já que o som certamente não era de ladrões. Pensei também em alguma causa sobrenatural, mas não descobri nenhuma. Estava inteiramente acordada e sentada na cama quando ouvi esse som estranho e, como não conseguisse explicá-lo satisfatoriamente, tornei a deitar-me e voltei a dormir. Tudo estava tão completamente quieto na rua e em toda parte que imagino que fosse entre uma e duas horas da manhã.

Dormi um sono pesado e fui acordada pelo menos mais três vezes, sempre pelos gemidos horríveis que enchiam o quarto, sempre me sentindo inteiramente desperta e, a cada vez, atribuindo-os ao vento, multo embora, ao acordar, os sons cessassem e não se ouvisse a mais leve brisa. Ao aproximar-se a manhã, ouvi nitidamente passadas muito, muito pesadas acima, bem como uma pancada surda forte, como se alguém estivesse empurrando alguma coisa muito incômoda e pesada. Pensei em Richardson [presumivelmente, uma criada] e pus-me a imaginar se ela teria voltado sem que ninguém soubesse. Como sabia que os quartos das crianças estavam trancados e que ela (segundo pensei na ocasião) estava com as chaves, tornei a sentar-me e a escutar. Tudo estava perfeitamente tranqüilo. Eu sabia que não estivera sonhando, mas, apesar disso, não conseguia compreender aqueles ruídos, já que tudo estava tão completamente quieto. Dormi novamente e, algumas horas depois, ouvi as criadas descendo as escadas e não pensei mais em meus sonhos, até encontrar-me com a Sra. Goodeve depois do café da manhã. Ela havia falado sobre espiritismo no café, mas isso não me fizera recordar minha experiência noturna. A lembrança só voltou pouco a pouco, quando encontrei a Sra. Goodeve e falei-lhe sobre o assunto.  

A declaração da governanta é importante por fornecer dados independentes no sentido de que alguma coisa muito estranha estava ocorrendo na época. O som de passadas pesadas, sem aparente causa física, assim como de uma pancada surda e inexplicável num quarto trancado, são típicos de assombrações.

Na noite da estranha experiência da governanta, a Sra. Goodeve sonhou que havia chegado a Snettisham às cinco horas, depois do anoitecer; que uma exposição estava sendo realizada; e que ela tivera de ir a um lugar após outro para encontrar acomodações. Além disso, ela e sua filha mais velha sonharam que ela fracassaria se não fosse sozinha. Ela anotou essas ocorrências previstas no diário que, posteriormente, foi examinado por Myers.

A Sra. Goodeve rumou para Snettisham na manhã do sábado. Foi almoçar no restaurante da estação, dizendo ao carregador que a chamasse no momento oportuno, mas, por engano, ele foi procurá-la na sala de espera e, em decorrência disso, fez com que ela perdesse o trem. Como houvesse uma longa espera até a chegada do trem seguinte, a Sra. Goodeve fez uma visita ao Museu Britânico, onde escreveu seu nome no registro da sala das jóias da coroa. Mais tarde, tomou outro trem, chegou a Snettisham, descobriu que havia uma exposição em curso e teve grande dificuldade em encontrar acomodações. Por sugestão do carregador que levou sua bagagem, foi hospedar-se na casa de um certo John Bishop, que, como fora previsto na experiência fantasmagórica em Clifton, era moreno. Ocorre que Bishop era o sacristão da paróquia. A Sra. Goodeve explicou que gostaria de examinar os registros da igreja e perguntou se o cura estaria disposto a encontrar-se com ela na casa. Bishop achou que sim e, desse modo, um bilhete convidando-o a ir até lá foi enviado por um mensageiro. Entretanto, o cura estava saindo para jantar e só chegou à casa de Bishop às onze e meia da noite, quando a Sra. Goodeve já estava deitada. Ele deixou um recado de que teria prazer em mostrar-lhe os registros na manhã de domingo, após o serviço dominical.

Na manhã de domingo, a Sra. Bishop contou à Sra. Goodeve sobre seu filho morto por afogamento, que estava enterrado no cemitério da igreja. A Sra. Goodeve assistiu ao serviço dominical e examinou os registros, podendo ali constatar que as datas do casamento e morte de Henry Barnard eram exatamente tal como lhe fora informado em Clifton. (Ele se casara em 7 de novembro de 1839 e fora enterrado em 7 de agosto de 1878, aos 72 anos). A Sra. Goodeve forneceu uma descrição de Henry Barnard, que, conforme disse o sacristão, era “bastante correta”. Ela verificou também no registro a morte de Robert Cobb. Bishop levou-a aos túmulos de Cobb e Barnard. “Neste último”, disse a Sra. Goodeve em sua declaração, “não há nenhuma lápide, mas sim três túmulos cercados por uma grade recoberta de rosas brancas”. Ela colheu uma rosa para o Dr. Marshall, “tal como fora instruída. Andar e conversar com o cura, não foi muito agradável”.

Henry Barnard fora o proprietário da Mansão Cobb, uma residência campestre situada num parque, e, depois do almoço, a Sra. Goodeve foi até lá com a Sra. Bishop. Aproximava-se a noite, com a perspectiva de uma vigília solitária numa igreja, junto à sepultura de um homem que havia falecido 150 anos antes. Em primeiro lugar, ela precisava obter permissão para tal, o que se revelou difícil. A princípio, o cura recusou-se a concedê-la, mas acabou dizendo ao sacristão que ele poderia fazer o que lhe aprouvesse. O vigário não foi consultado.

A Sra. Goodeve assistiu à cerimônia religiosa vespertina; depois disso, enquanto observava apagarem-se as luzes e cobrirem-se os móveis da igreja, perguntou-se se teria coragem de prosseguir. “Voltou para o jantar; depois, dormiu e teve sonhos de caráter aterrorizante, dos quais tem descrição completa. Noite escura, quase sem lua, poucas estrelas. Foi para a igreja com John Bishop a uma hora, com quem percorreu o interior, encontrando-o vazio. À 01:20h, foi trancada sozinha, sem nenhuma luz; fora instruída a levar uma Bíblia, mas tinha apenas um missa! (…) Esperou perto da sepultura de Robert Cobb. Não sentiu nenhum medo. Recebeu comunicação, mas não se sentia à vontade para fornecer nenhum detalhe. Nenhuma luz. História iniciada em Rodney Place e concluída na ocasião. Foi instruída a pegar outra rosa da sepultura de Henry Barnard e entregá-la pessoalmente à filha dele (solteira, morando na Mansão Cobb) e a comentar a semelhança dela com o pai.”

Por volta de 1:45 h, John Bishop bateu à porta e abriu-a para que a Sra. Goodeve saísse. Ela foi até a sepultura de Henry Barnard e colheu uma rosa para a Srta. Barnard, tal como fora instruída. Depois disso, foi para casa e dormiu bem pela primeira vez desde que vira a aparição da Sra. Seagrim.

No dia seguinte, a Sra. Goodeve percorreu a igreja e identificou o túmulo da “Sra. Rowe”, em cuja sepultura, como fora informada na igreja, encontraria uma mensagem para ela própria. Fez então uma visita à Srta. Barnard e reconheceu a grande semelhança desta com o pai — “executou na íntegra todas as coisas desejadas pelos mortos, tal como fora solicitada. Não recebeu nenhuma comunicação deles desde então. Nada mais apareceu desde então em Rodney Place”.

A Sra. Goodeve considerou que os desejos que lhe foram expressos “não eram ilógicos ou irrazoáveis, como freqüentemente parece ser o raciocínio dos sonhos, mas antes perfeitamente racionais, razoáveis e de importância natural”.

Na introdução a esse caso, Myers considerou que “o cerne do caso deve ser mantido em segredo por motivos que afetam pessoas ainda vivas”. Na época em que Maitland pôs-se a seguir as pistas, todas as pessoas envolvidas nas ocorrências de Clifton e Snettisham já haviam morrido, mas, ainda assim, foi preciso observar uma certa reserva por motivos legais.

A inscrição no túmulo da “Sra. Rowe” — pseudônimo usado nas Atas — dizia: “Ensina a abnegação e a simples fé.” E terminava com a frase “E que revoadas de anjos te levem em cânticos a teu repouso.” Na realidade, a sepultura é de Kunningunda (Olive), mulher de Charles Neville Rolfe, nascida em 2 de maio de 1851 e falecida em 17 de janeiro de 1891. Segundo Maitland, havia uma ligação entre os Cobbs e os Neville Rolfes, pois um certo Robert Cobb, presumivelmente o dessa história, casara-se com Catherine Rolfe, filha de Edmund Rolfe, de King’s Lynn, e os Rolfes tornaram-se, posteriormente, Neville Rolfes. Convém notar que, antes de casar-se, a Sra. Seagrim era Marian Elizabeth Cobb.

Maitland, auxiliado em suas pesquisas por membros da família Neville Rolfe, contribuiu consideravelmente para a história publicada nas Atas. Henry Barnard, segundo ele apurou, era um fazendeiro bem-sucedido que, por volta de 1860, havia adquirido a propriedade da Mansão Cobb, hoje mais conhecida como Mansão do Parque. Antes que a comprasse, porém, a casa estivera em litígio nos tribunais por muitos anos e, segundo os boatos locais, “e talvez mais do que os boatos locais, uma espécie de título de propriedade teve de ser arranjado às pressas para que ele pudesse comprá-la (…) Ora, a Sra. Seagrim era uma Cobb, ou seja, um membro da família que dera seu nome à Mansão Cobb. Não sabemos que parentesco teria com o último dos Cobbs que morou na Mansão — provavelmente, não muito próximo, pois, segundo os rumores, boatos, ou seja lá que nome se dê a isso, a pessoa que teria herdado a Mansão Cobb, caso Henry Barnard não a tivesse comprado, teria sido um Neville Rolfe. (…) Ao juntarmos todos esses fatos e lembrarmos que o boato nem sempre é uma deslavada mentira, vemos que poderia haver alguma verdade no rumo de que o título de posse da Mansão Cobb conseguido por Henry Barnard não era totalmente idôneo”.

E esse é, portanto, o final da extraordinária história do fantasma ou fantasmas de Snettisham. Que podemos concluir dela?

Disse Myers em seu artigo nas Atas da SPR:

Toda a história é, sem dúvida, muito diferente do teor habitual de nossas narrativas e se assemelha muito mais a algumas invenções romanescas. Por outro lado, a comprovação dos fatos externos da narrativa ó absolutamente conclusiva. Não há (como veremos) a menor dúvida de que a Sra. Goodeve realmente fez uma viagem a Snettisham, fornecendo, como razão disso, alguma mensagem que lhe teria sido transmitida numa ocasião em que, sem sombra de dúvida, foi encontrada desfalecida no meio da noite. Não há dúvida de que, em Snettisham, obteve permissão para entrar na igreja numa hora semelhante da madrugada, e nem de que, após assim visitar a igreja, fez algumas outras visitas a pessoas que lhe eram antes estranhas. Tampouco foi sugerida qualquer explicação devida a algum interesse pessoal ou à insanidade, ao que eu tenha podido descobrir, por qualquer das pessoas envolvidas. A expedição inteira foi apenas fonte de problemas e embaraços para a Sra. Goodeve, que deixou um de seus filhos doente para cumprir a suposta instrução, em circunstâncias de grande desconforto e sem quaisquer vantagens possíveis para si mesma. Uma explicação em termos de insanidade ou de um desejo histérico de fama seria igualmente insustentável (…)

Após rever o caso em Dreams and Ghosts, Andrew Lang comentou:

Nessa história, a única explicação natural concebível é que a Sra. Goodeve, para atender a seus interesses pessoais, teria feito visitas preliminares secretas a Snettisham, ali “arranjado” diversos dados minuciosos, escolhido uma casa mal-assombrada no outro extremo da Inglaterra como cenário inicial para seu pequeno drama e feito o restante das viagens complicadas, para não falarmos na incômoda visita a uma igreja escura à meia-noite, tudo por um amor histórico à notoriedade. E provavelmente nunca teria alcançado esse almejado benefício, mesmo na medida em que pudesse ser compatível com um pseudônimo, não fosse eu ter casualmente jantado com o Dr. Marshall quando a aventura apenas se iniciava. Como parecia haver ali a oportunidade de apanhar um fantasma “no rebote”, comuniquei imediatamente a primeira parte da história a Sociedade Psíquica (sempre, tal como aqui, usando pseudônimos) e, dois anos depois, a Sra. Goodeve concordou em relatar à Sociedade o que julgou conveniente revelar.

Esse, há que se admitir, é um modo tortuoso de chegar à fama, e uma pessoa comum, no lugar da Sra. Goodeve, teria ido de imediato à Sociedade Psíquica, como pretendeu fazer Mark Twain ao ver o fantasma que acabou por revelar-se uma pessoa bastante corriqueira.

E assim deixo esses fantasmas, com minha mente num equilíbrio adequado de agnosticismo. Se fantasmas eles eram, eram fantasmas com um propósito. Essa espécie é hoje muito rara. 

As provas escritas, como sugeriu Myers, poderiam ser divididas em três partes:

1. O diário da própria Sra. Goodeve, escrito principalmente a lápis, antes, durante e depois da viagem a Snettisham. Esse diário tinha a marca da escrita apressada e era datado a cada dia e, em alguns trechos, de hora em hora, durante os eventos que interessaram à Sociedade. Continha material secreto e não fora confiado a ninguém pela Sra. Goodeve; entretanto, Lord Bute e Myers tiveram permissão para ler alguns trechos e observar as datas das anotações importantes ali registradas.

Juntamente com este diário devemos classificar um documento que Myers teve permissão de reproduzir quase in totum: a página de lembretes feitos pela Sra. Goodeve antes de sua visita a Snettisham, indicando o que lhe aconteceria ali e o que ela deveria fazer. (Incorporei os principais pontos com probatórios a esta narrativa, já que a reprodução integral, com pseudônimos e iniciais, poderia ser confusa.) Myers disse haver entrado na posse desse documento da seguinte maneira: a Sra. Goodeve havia afirmado ter sido previamente informada pelo fantasma de que sua passagem (a metade de um bilhete de ida e volta) não lhe seria solicitada quando de sua chegada a Snettisham. De fato, não foi solicitada; a Sra. Goodeve enviou-a ao Dr. Marshall, que testemunhou tê-la recebido e ter visto uma carta da Companhia Ferroviária declarando que nenhum outro bilhete fora emitido para uma viagem Londres-Snettisham no trem em questão. Como a Sra. Goodeve não tivesse mencionado a predição acerca do bilhete ao Dr. Marshall antes da viagem, Myers perguntou-lhe se ela própria havia feito alguma anotação sobre o bilhete antes da viagem. Ela foi imediatamente buscar um maço de papéis particulares ligados ao caso, examinou-os na presença de Myers e encontrou o papei contendo as instruções sobre o que deveria fazer na viagem e esperar dela, escrito antes da partida. Cortando fora a parte do papel que versava sobre assuntos sigilosos, entregou o restante a ele. “Portanto, a omissão do funcionário em destacar o bilhete foi prevista por escrito antes do acontecimento, juntamente com muitos outros detalhes acerca da visita a Snettisham:”

2.    A segunda prova principal foi um relato escrito por Andrew Lang e por ele enviado à SPR, incorporando as declarações verbais e escritas do Dr. Marshall (e de outro amigo), comunicadas verbalmente enquanto a Sra. Goodeve estava em plena viagem e informadas por escrito antes de se conhecerem os incidentes e os resultados da viagem.

3.    O terceiro documento fundamental, segundo Myers, foi o relato ditado pela Sra. Goodeve a Lord Bute em 17 de maio de 1895, fornecendo, pela primeira vez, sua história da ida a Snettisham. Ela havia mantido “essa aventura atual” tão sigilosa quanto possível, mas outras pessoas tinham ouvido falar vagamente a respeito, e ela estava aborrecida com as versões distorcidas; assim, acabou por consentir em fornecê-la a Lord Bute e, através dele, à SPR. Esse caso, portanto, dá um bom exemplo dos cuidados tomados pelos investigadores da SPR na verificação dos pormenores. Para confirmar a declaração da Sra. Goodeve, obtiveram-se cartas do Sacristão da Paróquia de Snettisham, John Bishop; do cura; e do Dr. Marshall e Andrew Lang, cuja conclusão foi que “não existe agora nenhuma dúvida de que a Sra. Goodeve fez tudo o que afirma”.

Um dos aspectos mais surpreendentes desse caso — e um aspecto que escapou à atenção daqueles que o comentaram — foi a aparente capacidade das aparições de transmitir informações. Embora haja muitos exemplos de aparições que falam nos primeiros casos publicados pela SPR, eles são muito pouco numerosos em nossos dias. Tyrrell, ao discutir as características de uma aparição no livro que leva esse título, observou que as aparições podem falar conosco e, possivelmente, chegar ao ponto de responder a uma pergunta, mas não conseguiríamos retê-las numa conversa prolongada (91 d, p. 78). Não obstante, no caso ora discutido, encontramos aparições capazes de dar informações da ordem de nomes, datas e detalhes específicos sobre uma viagem. Será que esse aparente afastamento do comportamento comumente observado nas aparições invalida uma parte significativa das outras provas desse caso?

Minha primeira reação foi a de que invalidaria sim, porém, pensando melhor, parece-me que o que é interpretado como a fala de uma aparição é, muitas vezes, uma comunicação telepaticamente recebida e transformada em linguagem pelo receptor. Nessas circunstâncias, não é necessário um conhecimento da língua supostamente “falada” pela aparição. Em minha antologia A Gallery of Ghosts, examino o caso bastante estranho de um sueco que recebeu repetidas visitas de uma aparição que alegava ser a de Harry Price, o famoso “caçador de fantasmas”, e, embora o sueco não falasse inglês e, presumivelmente. Price não falasse sueco, os dois conseguiam conversar:

“Price” explicou que acabara de morrer e que, quando vivo, estudara fantasmas e assuntos similares. Erson (pseudônimo) constatou que era cada vez mais capaz de entender “Price” e, de uma forma peculiar, começou a falar com ele, apesar de ter estudado muito pouco inglês. A conversa ocorria de uma maneira que o paciente não- sabia explicar, de modo que parecia bastante natural quando “Price” aparecia (pp. 150-60). 

Erson havia comunicado suas experiências a um famoso estudioso sueco, o já falecido Dr. John Björkham, com quem se tratava por causa de seu estado de emagrecimento. O trecho-chave da citação que acabei de apresentar é “a conversa ocorrida de uma maneira que o paciente não sabia explicar”. Isso me sugere que a troca seria telepática, e não verbal.

Outros fatores poderiam estar envolvidos em tais experiências. A Dra. Louisa E. Rhine assinalou no Journal of Parapsychology (70c, p.161) que “as aparições de minha coleta de dados são quase sempre mudas. No entanto, observo que as das coletas mais antigas freqüentemente falavam, por vezes por algum tempo. Será isso também resultante de uma mudança na cultura gerai? Se assim for e se as aparições forem invenções produzidas pelos perceptores para expressar material inconsciente de percepção extra-sensorial, isso significaria que a visão mais cética e materialista dos dias atuais afeta até mesmo as imagens inconscientemente produzidas, como as das experiências alucinatórias. Isso não seria demasiado surpreendente”.

Ao reexaminarmos esse caso, percebemos que há nele muitos aspectos obscuros e, considerando que todos os personagens principais há muito estão mortos, eles continuarão obscuros. Examinei as anotações do caso nos arquivos e é evidente, a partir delas, que os esforços de obter informações com a Srta. Barnard, descrita como “uma mulher de meia-idade a quem as pessoas parecem temer um pouco”, foram infrutíferos. De modo semelhante, a Sra. Goodeve recusou-se a dar informações sobre o que aconteceu em sua entrevista com a Srta. Barnard. O que persiste na mente, sem dúvida, é a coragem da Sra. Goodeve, “uma mulherzinha frágil e ricamente vestida”, ao concordar em ser fechada numa igreja nas primeiras horas da madrugada para ali receber mensagens dos mortos. Deve ter havido uma poderosa compulsão para tal ato. Os pontos fracos existentes no caso concernem a episódios em que a corroboração não foi possível, tal como a ocasião em que a Sra. Goodeve esteve sozinha na igreja.

Snettisham era um pequeno vilarejo quando foi visitado pela Sra. Goodeve e, atualmente, sua população é de apenas 1.443 habitantes. É altamente improvável que a Sra. Goodeve pudesse ter feito indagações sobre a história das famílias do lugar antes de sua visita registrada sem que esse fato fosse notado. A Mansão Cobb, hoje conhecida como Mansão do Parque, foi dividida em apartamentos, mas uma coisa permanece inalterada: as rosas brancas ainda crescem em torno da sepultura de Henry Barnard, tal como cresciam em 1893, quando a Sra. Goodeve colheu alguns botões do túmulo. Agrada-me pensar que alguns aspectos físicos ligados a uma história de fantasmas não se modificam com o passar dos anos.

6 respostas a “Livro Gratuito! “Fantasmas e Aparições”, de Andrew MacKenzie (1982)”

  1. Gorducho Diz:

    A Dra. Louisa E. Rhine assinalou no Journal of Parapsychology (70c, p.161) que “as aparições de minha coleta de dados são quase sempre mudas. No entanto, observo que as das coletas mais antigas freqüentemente falavam, por vezes por algum tempo. Será isso também resultante de uma mudança na cultura gerai? Se assim for e se as aparições forem invenções produzidas pelos perceptores para expressar material inconsciente de percepção extra-sensorial, isso significaria que a visão mais cética e materialista dos dias atuais afeta até mesmo as imagens inconscientemente produzidas, como as das experiências alucinatórias. Isso não seria demasiado surpreendente”.
     
    É isso mesmo: credulidade é requisito necessário para a existência do espiritismo e da parapsicologia.

  2. Toffo Diz:

    Eu adoro histórias de fantasmas, em especial aqueles que falam. Aparições mudas me parecem desprovidas de inteligência, não sabem falar nem se expressar, parecem burras ou burrificadas após a morte. Pior: só sabem fazer barulho, passos, bater porta &c, ou chorar e lamentar-se. Um sonho meu não realizado seria encontrar uma aparição dessas e tentar conversar com ela. Se não fosse de conversa, eu tentaria fazê-la falar.
    .
    Vi no Google Earth onde fica Snettisham. É realmente um lugar pequeno, perto de uma praia não muito bonita. Realmente há um cemitério
    .
    http://www.panoramio.com/photo/88248880?source=wapi&referrer=kh.google.com
    .
    e uma igreja assustadora: http://www.panoramio.com/photo/16968712?source=wapi&referrer=kh.google.com
    .
    Não sei se abre.

  3. Toffo Diz:

    Eu já li esse livro, que certa vez comprei num sebo. Algumas das aparições são bastante interessantes, como a do clérigo escocês do século 18 que assombrava uma estrada (Uma Estrada Mal-Assombrada), era visto caminhando por ela sempre vestido do mesmo jeito e com feições pálidas como um defunto. Creio ter encontrado a tal estrada, quem quiser ver está no Google Earth com as seguintes coordenadas:
    .
    55°33’59.92″N e 02°37’54.28″W.
    .
    Quem sabe o clérigo ainda se encontra por lá, assombrando a estrada!

  4. Marciano Diz:

    Assombração reaparece é aqui no blog.
    Basta ver o tópico anterior.

  5. Defensor da Razão Diz:

    Às vezes as assombrações reaparecem para quebrar o tédio, para proporcionar alguma diversão.

  6. will Diz:

    Mais uma vez muito grato pelos interessantes livros q vc vem postando p nós. Alguns são bem difíceis de achar.

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