Semelhanças entre “Nosso Lar” (1944), “Memórias de Um Suicida” (1954), e “Violetas na Janela” (1993)
Apresento as semelhanças que pude encontrar em 3 livros psicografados (Nosso Lar, Memórias de um Suicida, Violetas na Janela) de diferentes médiuns. Um dos livros – “Violetas na Janela” – porém, em determinado trecho, admite conhecimento do livro “Nosso Lar”:
Tinha lido muitos livros espíritas, gosto muito de ler. E me veio à lembrança o livro Nosso Lar, de André Luiz. O autor narra bem como é viver numa Colônia. (Capítulo 3, pág. 6).
Feita essa ressalva, vamos às semelhanças. Para acessar o artigo, clique aqui.
dezembro 19th, 2014 às 4:12 PM
Minha avó materna espírita era profundamente impressionada ou com este Memórias ou c/o outro O Martírio dos Suicidas. Foi um dos primeiros livros que li mas obviamente não me lembro qual e só fui de flagrar que havia 2 obras com tema e títulos semelhantes há pouco tempo cá, se bem me lembro decorrente dum cometário de mrh.
Cogito o porque dessa ronha dos espíritas, iniciada pelo Kardec. O que eles tem que ver se o cidadão resolve se suicidar?
Claro que vem do judaismo passando pelos cristãos (e.g. início do Kingdon of Heaven) mas os espíritas se me parecem os mais raivosos quanto a isso 🙁
dezembro 19th, 2014 às 4:23 PM
E tudo começou, como já foi aqui demonstrado, com A Vida Além do Véu, de George Vale Owen. Ou até antes disto. Vai se saber se o inglês também não plagiou alguém…
dezembro 19th, 2014 às 4:52 PM
Sim, Gorducho, os espíritas têm mesmo uma intrigante aversão exacerbada ao suicídio. É o pior dos “pecados”. Meio que assim: “-Tudo, menos suicídio!”
dezembro 19th, 2014 às 5:00 PM
Imagine, só para efeito de ilustração, que você está num caldeirão com água e o fogo está acesso, sem possibilidade alguma de você sair do caldeirão ou do fogo ser apagado. Você será, inexoravelmente, cozido! Mas você tem um revólver municiado. Se você é um espírita “de verdade”, não tenha dúvida: deixe-se cozinhar aos pouquinhos. Deliciosamente. Agora, caso você não aceite a provação com resignação, prepare-se! No umbral as coisas poderão ser ainda piores. O mundo espiritual é “fogo”. rssssss
dezembro 19th, 2014 às 5:31 PM
Gorducho disse: O que eles tem que ver se o cidadão resolve se suicidar?
COMENTÁRIO: Ao meu ver a explicação é bastante simples.
E é pelo mesmo motivo do qual os casos de suicídio não são divulgados na mídia (com exceção das celebridades).
Do ponto de vista social e antropológico é digamos “contraproducente” rs.
Já imaginou se a moda pega???
PS: Não me recordo de existirem tribos que façam apologia ao suícidio. Talvez seja um tabu tão antigo quanto o Incesto.
dezembro 19th, 2014 às 5:55 PM
Dr., não estou fazendo apologia nem pretendo me suicidar. Mas na grécia antiga, no império romano que durou ~1000 anos (até adotarem a religião cristã), no Japão, China, sempre houve o suicídio e não me consta que essas sociedades tenham sofrido algum prejuízo e/ou seus guerreiros tivessem ficado covardes ou fugido do combate.
E.g., o Julio Cæsar antes da batalha de Munda cogitou seriamente se bem me lembro; o Hannibal ao que consta; o filho do Catão. O Saul – apesar da ronha que também não entendo, já que depois esses mesmo sacerdotes lambiam o chão por onde o Davi passava…
dezembro 19th, 2014 às 7:01 PM
O “Violetas” eu tentei ler, mas parei na parte em que a adolescente espiritual continuou agindo como uma tonta, aprendendo a “plasmar” roupas espirituais de moda.
Foi demais pra mim!
Um espírito adolescente?
Quantas vezes essa besta já não desencarnou? Qual a razão de continuar agindo como uma idiota?
Qual a diferença entre estar vivo ou morto-vivo em espírito?
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Quanto ao suicídio, deve ser porque a maior glória deve ser reencarnar, o que prova que o mundo espiritual é uma bosta.
Um monte de espíritos tentando sua vez de reencarnar, querendo sua chance, todo um preparo e o idiota estraga tudo se suicidando. Faria sentido, se o mundo espiritual não fosse tão importante como se pretende que seja ou se não fosse igualzinho ao mundo material, até com as mesmas cretinices de moda.
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Os outros dois eu li, com propósito puramente intelectual, querendo entender a cabeça dos espíritas, da mesma forma como já li revistas e livros dos TJs, católicos, bíblia, corão, Pierre Verger – Orixás, etc.
dezembro 19th, 2014 às 9:17 PM
O Analista Marciano tangenciou outra das contradições da Doutrina (que são todas, claro esteja): o mundo espiritual é o principal – como o Kardec cita várias vezes – mas não serve p/nada [sendo este um Sítio de altíssimo nível, claro está que não em atrevo a utilizar a palavra correta…].
dezembro 19th, 2014 às 10:30 PM
Gorducho,
Penso que em algumas sociedades em determinadas épocas o suicidio foi tolerado. Mas (posso estar errado) eu acho que ele jamais foi incentivado em escala social.
Mesmo entre os Gregos e Romanos ele era exceção e não regra.
No Japão me parece ter havido uma abertura maior nesse aspecto (caso do Seppuku) mas conheço pouco da cultura niponica para opinar.
dezembro 19th, 2014 às 10:34 PM
Marciano disse: O “Violetas” eu tentei ler, mas parei na parte em que a adolescente espiritual continuou agindo como uma tonta, aprendendo a “plasmar” roupas espirituais de moda.
Foi demais pra mim!
Um espírito adolescente?
Quantas vezes essa besta já não desencarnou? Qual a razão de continuar agindo como uma idiota?
COMENTÁRIO: Tem toda razão Marciano, eu nunca tinha pensado por este aspecto.
Aliás uma coisa que me despertou depois da sua observação é que no Pos-Vida espírita brasileiro o Espirito me parece muito limitado em relação ao próprio conhecimento das encarnações passadas.
Eles falam sempre com a “ultima personalidade” terrícola.
Aliás uma outra questão: Porque eles usavam aeróbus, eles não podia simplesmente “volitar”?
E a questão da água e da sopa?
Espirito precisa se alimentar?
Não me parece ter uma lógica isso…
Algum ex-espirita se habilita a comentar???
dezembro 20th, 2014 às 1:02 AM
“Vladimir Diz:
DEZEMBRO 19TH, 2014 ÀS 10:34 PM
…
Espirito precisa se alimentar?
Não me parece ter uma lógica isso…
Algum ex-espirita se habilita a comentar???”
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Algum ‘espirita’ se habilita a me provar que eles exitem?
dezembro 20th, 2014 às 1:02 AM
Ah, e tb provar que kardec não era racista.
dezembro 20th, 2014 às 3:27 AM
Neste caso em particular, a acusação de plágio pareceu-me muito forçada. Vê-se que se tratam de descrições de situações semelhantes e não de cópia de textos.
dezembro 20th, 2014 às 7:41 AM
[…] eu acho que ele jamais foi incentivado em escala social.
Quem foi que disse que era incentivado em larga escala, Dr.?
O que eu disse é que o suicídio nunca prejudicou ou prejudica significativamente a sociedade como um todo. Muito menos torna combatentes covardes.
Claro que os politicamente corretos dirão que na China é um problema e não devemos dizer pra não dar a ideia do cara se jogar da ponte… E daí se o cara se jogar da ponte?
Minha crítica é em relação à fúria ensandecida dos espiritas contra os; para a qual não vejo motivo. Não observo esse zelo na religião católica nem na judaica, apesar de saber que essas são a fonte do tabu anti.
Entendeu agora?
dezembro 20th, 2014 às 7:48 AM
Concordo c/o Professor.
O que há sim é D. Yvonne tentando imitar o estilo do CX o que é natural. Memórias é do ano 54. Quando ela o confeccionou já havia várias obras do CX em circulação.
E o inferno português do século xix é bem mais organizado que o inferno brasileiro dos ’30s.
dezembro 20th, 2014 às 7:59 AM
Aliás uma outra questão: Porque eles usavam aeróbus, eles não podia simplesmente “volitar”?
Tem que ter um certo peristatus para: o Lumpenproletariat ainda não pode. Mal comparando, como no Rio os que tomam trens e depois os ônibus que nem param direito nas paradas vis-à-vis os que vão em luxuosos automóveis c/ar, GPS e direção hidráulica.
dezembro 20th, 2014 às 8:08 AM
Espirito precisa se alimentar?
Não. É análogo à dependência de drogas – Sr. citou que é sua área preferencial, certo?
Mas é uma das razões porque eu mencionei que a tese da outra rubrica tem muitas valhas. Uma das questões que obrigatoriamente deveriam ser endereçadas por qualquer estudo sobre NL é o porque e daonde o CX tirou isso. Não sei responder, talvez o Analista Toffo…
A tese faz no entanto uma observação pertinente; O Brasil atravessava escassez de alimentos e o CX devia estar c/isso na cabeça. Daí a revolta. O CX não perde a oportunidade de alfinetar as almas racionais que trabalham no dept° que apoiou a revolta.
dezembro 20th, 2014 às 8:09 AM
vfalhasdezembro 20th, 2014 às 8:30 AM
E a questão da água e da sopa?
Deduzo que seja um mix:
i) Fascínio por “fluídos” decorrentes do pilar mesmerista do kardecismo. Então convém que até o alimento seja “fluídico”.
ii) Água: o Sr. que é místico não representa “pureza”?
iii) Sopa é algo além de fluídico leve, pelo menos na cabeça do CX que não devia conhecer as de mocotó &c.
dezembro 20th, 2014 às 10:32 AM
Respondendo agora mais acadêmica e responsavelmente o quesito proposto pelo Dr.:
Água: fonte de vida; meio de purificação; centro de regeneração.
Caldo:
– regeneração do herói;
– regeneração celeste e retorno à unidade cósmica (Veda);
– casamento do fogo c/a água;
– usado em ritos de purificação;
[Chevalier (Jean) Gheerbrant (Alain) Dictionnaire des symboles.]
dezembro 20th, 2014 às 10:48 AM
É… CX tem mesmo essa coisa de fascínio por fluidos (substantivo) e fluídos (verbo). Haveria alguma relação com boiolagem? rssss
dezembro 20th, 2014 às 3:13 PM
VLAD, você pegu o “espírito” da coisa.
Em vez de simplesmente “volitar”, “aeróbus”.
Milhares ou milhões de encarnações passadas e continuam sob o véu do esquecimento, só se permitindo lembranças da mais recente reencarnação.
Personalidades que nada mudaram após milhares ou milhões de vidas, totalmente impregnadas pela última experiência carnal.
Espíritos que precisam de alimentar-se (será que para evitar uma morte espiritual por inanição?).
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Gorducho, se eu fosse chinês e não conseguisse fugir daquele paraíso, cometeria suicídio sem pensar duas vezes.
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Gorducho Diz:
dezembro 20th, 2014 às 7:59 AM
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” Tem que ter um certo peristatus para: o Lumpenproletariat ainda não pode. Mal comparando, como no Rio os que tomam trens e depois os ônibus que nem param direito nas paradas vis-à-vis os que vão em luxuosos automóveis c/ar, GPS e direção hidráulica”.
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COMENTÁRIO:
E pelo jeito precisa-se de acumular ao menos alguns bônus-hora para pagar a passagem do aeróbus, mas eu iria a pé mesmo. Teria todo o tempo da morte, meus pés não estariam sujeitos a desgaste material, então, sem pressa.
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Gorducho, exoterica ou esotericamente falando, a água só pode simbolizar pureza se for só H2O. Isso que nós bebemos não tem nada de puro.
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1. Antonio G. – POA Diz:
dezembro 20th, 2014 às 10:48 AM
É… CX tem mesmo essa coisa de fascínio por fluidos (substantivo) e fluídos (verbo). Haveria alguma relação com boiolagem? rssss
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COMENTÁRIO: Chi lo sà?
Talvez cx fosse secretamente admirador do “cumshot”, do “creampie”.
dezembro 20th, 2014 às 11:49 PM
Sempre me intrigou essa exagerada censura dos espíritas em relação ao suicídio, desde quando eu ainda era espírita. Analisando melhor, agora que estou livre do espiritismo, tenho uma ideia sobre isso. É claro, o espiritismo é derivado dos valores judaico-cristãos, e absorveu a culpa cristã em sua formação. Mas não é só isso. O suicídio é um pecado mortal aos olhos dos espíritas por causa da reencarnação. Na concepção deles, o ser humano se desdobra através de uma cadeia infindável de vidas sucessivas, nas quais vai se aperfeiçoando e expiando as faltas do passado. O suicídio representa uma ruptura nessa cadeia regular, uma quebra de contrato, uma negação da submissão a Deus e por isso é mais severamente punida, pois a lei do progresso é inexorável e o desrespeito a ela provoca as mais severas sanções. Tanto isso é verdade que em NL o moralismo chiquista-cristão vai além e propõe o “suicídio inconsciente”, pelo qual o protagonista André Luiz teria pagado caro ao ser demasiado relaxado em relação às regras da continência, amargando com isso 8 anos de umbral. Uma asneira sem precedentes, uma vez que o suicídio por definição é o ato deliberado de tirar a própria vida, um ato doloso enfim. E ainda mais dita por um médico, o doutor que o tratou no hospital nossolarense, que nada entende de direito.
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Em sentido estrito, não acredito que as semelhanças entre NL, Memórias e Violetas configurem plágio ou cópia, mas em muita coisa são mais do mesmo: arengas moralistas destinadas a impressionar os tementes a Deus. Semelhantes àquelas inscrições que havia nos banheiros dos internatos de padres, para amedrontar os onanistas: “Deus está vendo”. Vivi o espiritismo evangélico-cristão-chiquista em toda sua plenitude e sei muito bem do que estou falando. Os espíritas costumam ser implacáveis com o suicídio, não importando as condições psíquicas, materiais e conjunturais da pessoa. Dão a ele um valor absoluto, com o que não concordo.
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Há diferenças de gradação e intenção nas três obras. NL e Memórias, as mais antigas e ainda pesadas do moralismo evangélico, têm alguma pretensão ‘doutrinária’, se se pode dizer assim, e igualmente pretendem-se obras literárias, pela linguagem, estilo, &c. Já Violetas é uma obra ligeira, um entertainment espírita, um livro de biblioteca de moças. Mas nenhuma delas é ditada por espíritos. Todas são fruto de cabecinhas terrestres mesmo. Memórias inclusive se diz “inspirada” por um autor português, suicida, Camilo Castelo Branco, e não ditada propriamente por ele. Yvonne era mais cautelosa. Mas mesmo assim não disfarça os devaneios místicos da autora, que mistura portugueses com hindus e a Virgem Maria, numa salada um tanto indigesta para meu gosto. Yvonne carrega nas tintas e produziu um livro bastante mão pesada em relação ao suicídio, criando um novo tipo de umbral, à semelhança dos círculos infernais de Dante: o Vale dos Suicidas, um lugar para onde todos os que tiram a própria vida vão, independentemente de nacionalidade. Gosto mais da Yvonne viajeira, que conta causos da sua mediunidade em outros livros seus, na alegada companhia de seu mentor, Victor Hugo, ele também um entusiasta das séances em seu tempo. Ela tinha uma imaginação prodigiosa, e pelo menos escrevia bem, embora um tanto pesadamente. Já Marinzeck é uma revista de fotonovela: ler e esquecer.
dezembro 21st, 2014 às 12:06 AM
Golducho: Uma das questões que obrigatoriamente deveriam ser endereçadas por qualquer estudo sobre NL é o porque e daonde o CX tirou isso. Não sei responder, talvez o Analista Toffo…[espíritos se alimentando].
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Golducho: a imaginação de CX era tipo “o céu é o limite”. Ele se refere à alimentação de espíritos em várias de suas obras, tanto nas colônias com caldos reconfortantes e sopas fluídicas quanto vampirizando almoços e jantares terrestres, quando eram postos na mesa. Assim como criou outros prodígios de imaginação, como os espíritos “ovoides”, múmias espirituais, o sopro curativo (espíritos que sopravam em outros: fu! fu! fu! para curá-los das suas doenças), espíritos que escarravam preto e era preciso varrer para limpar, órgãos que tinham o tamanho de um prédio (e eram tocados por uma pessoa apenas), espíritos de crianças que colhiam espiritualmente uma flor terrestre e a flor de verdade murchava, os famosos aeróbus (‘n’ vezes imitados por outros médiuns), automóveis com asas, espíritos com luzes de cores diferentes, larvas que comiam testículos (porque o dono deles frequentava casas de tolerância), mulheres belas porém más que dormiam e seus espíritos libertos pelo sono apareciam como bruxas de contos de fadas… Enfim, um mundo encantado do qual hoje, com meus botões, penso: como pode tudo isso ser espiritismo? Assim, espíritos comendo é apenas uma das historinhas que ele contava. Ao lado do suicídio, só há algo tão relevante para CX: a prostituição. Mas isso é outro assunto.
dezembro 21st, 2014 às 12:42 AM
TOFFO, estou cogitando de substabelecer poderes para você, só para que você melhore minhas petições.
Você disse de forma magistral o que eu havia tentado dizer antes, sobre o pecado do suicídio.
É só comparar:
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“Um monte de espíritos tentando sua vez de reencarnar, querendo sua chance, todo um preparo e o idiota estraga tudo se suicidando”.
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“O suicídio é um pecado mortal aos olhos dos espíritas por causa da reencarnação. Na concepção deles, o ser humano se desdobra através de uma cadeia infindável de vidas sucessivas, nas quais vai se aperfeiçoando e expiando as faltas do passado. O suicídio representa uma ruptura nessa cadeia regular, uma quebra de contrato, uma negação da submissão a Deus e por isso é mais severamente punida, pois a lei do progresso é inexorável e o desrespeito a ela provoca as mais severas sanções. Tanto isso é verdade que em NL o moralismo chiquista-cristão vai além e propõe o “suicídio inconsciente”, pelo qual o protagonista André Luiz teria pagado caro ao ser demasiado relaxado em relação às regras da continência, amargando com isso 8 anos de umbral. Uma asneira sem precedentes, uma vez que o suicídio por definição é o ato deliberado de tirar a própria vida, um ato doloso enfim. E ainda mais dita por um médico, o doutor que o tratou no hospital nossolarense, que nada entende de direito”.
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Concordo que não se trata de plágio propriamente dito, mas que uns se inspiraram nos outros, não há dúvida.
Digamos que é uma releitura, uma reapresentação.
Eu posso tocar Liszt, mas acredito que ele tocava melhor do que você, embora nunca tenha ouvido nenhum dos dois.
A gente pode imitar o estilo, pode plagiar, o difícil é ser original.
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Marinzeck é intragável mesmo.
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Tô ligado no UFC, domani ritorno.
Bom solstício para todos.
En bra ståndet till alla.
dezembro 21st, 2014 às 7:56 AM
O Analista Toffo tem o dom de analisar as coisas sob ângulos que a gente não atina, e expressar bem. Pois é…
talvez por isso na teodicéia espírita o suicídio seja mais grave que nas outras…
Quanto aos alimentos, o curioso é que a única passagem no Owen que eu lembro, o cara explica a um espírito que ainda nem se flagara que desencarnara – portanto ainda estava totalmente ligado à crosta segundo a cosmologia chiquista – que não precisará comer. E o espírito se flagra que de fato não tem fome nem sede!
Então ou o CX tirou de outras (diversas talvez…) fontes, ou elaborou por conta própria mesmo.
So. Then first of all you are what you would call dead.” At this he laughed outright and said, “Who, are you, and what are you trying to do with me? If you are bent on trying to make a fool of me, say so and be done with it, and let me get on my way. Is there any village near at hand where I can get food and shelter while I think over my future course?”
“You do not require food, for you are not hungry. Nor do you require shelter, for you are not bodily tired. Nor do you observe any sign of night at all.”
At this he paused once again, and then replied, “You are quite right; I am not hungry. It is strange, but it is quite true; I am not hungry. And this day, certainly, has been the longest on record. I don’t understand it all.”
[THE HIGHLANDS OF HEAVEN]
dezembro 21st, 2014 às 10:04 AM
Mas acho que faz sentido uma perspectiva histórica para a “alimentação” dos fantasmas. NL foi escrito em plena II Guerra, uma época em que faltavam muitos alimentos, em especial açúcar e farinha de trigo, além de carne e leite. Aliás foi quando começou a venda de margarina, que era intragável. Tenho até hoje a memória do gosto de sebo das primeiras margarinas da minha infância, nos anos 1950. Outra explicação é a recorrente fixação de CX por vampirismo. Recordo-me que minha mãe, que era chiquista de carteirinha, tinha lido um daqueles romances fantásticos de Wera Krijanowskaya, ditados pelo Conde Rochester, chamado “Romance de uma Rainha”, passado no antigo Egito. Eu tinha meus 14 anos e lembro que ela passava mal à noite porque dizia ser assediada por assombrações no período em que leu o livro. Os capítulos finais falam abertamente de vampirismo, bem no estilo Bram Stoker e seu Drácula, que levantava da tumba à noite para chupar sangue. Depois ela encontrou CX em Uberaba e este lhe confidenciou, daquela maneira dele, que não só ela havia participado das peripécias do livro – evidentemente, como personagem secundário – como também “não conte para ninguém para não nos digam que passamos por visionários, mas vampiros existem, sim”. Daí pra frente ela passou a acreditar piamente em vampiros desencarnados. Interessante que li o livro na mesma época e adorei, porque era adolescente e gostava de histórias góticas, como gosto até hoje. Nunca nenhum espírito do mal me assediou. Será porque eu não estava lá? hehe.
dezembro 21st, 2014 às 10:11 AM
O Analista Toffo informa que o inferno de D. Yvonne é para almas de todas nacionalidades. Eu havia interpretado por indução que seria um inferno para cidadãos portugueses da metrópole + ultramar…
Todo caso, já no ano 91 é pouco surpreendentemente mais bem organizado que o inferno brasileiro dos anos 30 do século passado (i.e., 40 anos terrícolas após). Tem estação ferroviária e serviço de trens confortáveis para o Céu, ainda que tracionados por (como sempre a erraticidade está mais atrasada que a crosta – cá já havia locomotivas a vapor há uns 30 anos!). A movimentação é suave como nos comboios que conhecemos dos lugares civilizados, e até ferromoças.
No inferno brasileiro, o acesso era em carretas tracionadas por perimulas acompanhadas por matilhas de pericães.
Também há uma proto-urbanização – ainda que aparentemente sem coleta de lixo e saneamento básico – com identifização das periruas e periresidências.
– Abrigo número 36 da rua número 48 – Atenção!… Abrigo número 36 – Ingressar no comboio de socorro – Atenção!… – Camilo Cândido Botelho – Belarmino de
Queiroz e Souza – Jerônimo de Araújo Silveira – João d’Azevedo – Mário Sobral – Ingressarem no comboio… (4-B)
(4-B) Perdoar-me-á o leitor o não transcrever na integra os nomes destas personagens, tal como foram
revelados pelo autor destas páginas. – (Nota da médium)
Foi entre lágrimas de emoção indefinível que galguei os pequenos degraus da plataforma que um enfermeiro indicava, atencioso e paciente, enquanto os policiais
fechavam cerco em torno de mim e de meus quatro companheiros, evitando que os desgraçados que ainda ficavam subissem conosco ou nos arrastassem no seu turbilhão, criando a confusão e retardando por isso mesmo o regresso da expedição.
Entrei. Eram carros amplos, cômodos, confortáveis, cujas poltronas individuais como que estofadas com arminho branco apresentavam o espaldar voltado
para os respiradores, que dir-se-iam os óculos das modernas aeronaves terrenas. Ao centro quatro poltronas em feitio idêntico, onde se acomodaram enfermeiros, tudo indicando que ali permaneciam a fim de guardar-nos. Nas portas de entrada lia-se a
legenda entrevista antes, na flâmula empunhada pelo comandante do pelotão de guardas:
Legião dos Servos de Maria
Dentro em pouco a tarefa dos abnegados legionários estava cumprida. Ouviu-se no interior o tilintar abafado de uma campainha, seguido de movimento rápido de
suspensão de pontes de acesso e embarque dos obreiros. Pelo menos foi essa a série de imagens mentais que concebi…
O estranho comboio oscilou sem que nenhuma sensação de galeio e o mais leve balanço impressionassem nossa sensibilidade. Não contivemos as lágrimas, porém,
em ouvindo o ensurdecedor coro de blasfêmias, a grita desesperada e selvagem dos desgraçados que ficavam, por não suficientemente desmaterializados ainda para
atingirem camadas invisíveis menos compactas.
Eram senhoras que nos acompanhavam, por nós velando durante a viagem. Falaram-nos com doçura, convidando-nos ao repouso, afirmando-nos solidariedade.
Acomodaram-nos cuidadosamente nas almofadas das poltronas, quais desveladas, bondosas irmãs de Caridade…
Afastava-se o veículo… A pouco e pouco a cerração de cinzas se ia dissipando aos nossos olhos torturados, durante tantos anos, pela mais cruciante das
cegueiras: – a da consciência culpada!
Apressava-se a marcha… O nevoeiro de sombras ficava para trás como
pesadelo maldito que se extinguisse ao despertar de um sono penoso… Agora as estradas eram amplas e retas, a se perderem de vista… A atmosfera fazia-se branca
como neve… Ventos fertilizantes sopravam, alegrando o ar…
Deus Misericordioso!… Havíamos deixado o Vale Sinistro!…
dezembro 21st, 2014 às 10:33 AM
Os habitantes são preferencialmente da península ibérica, Portugal + ultramarinas africanas (Macau e Goa não incluídas??) e Brasil. Mas deve ser brasileiros que se suicidassem por lá (Portugal ou Espanha), cogito…
Observe a fúria raivosa contra os suicidas, Dr., e, sendo psiquiatra, comente porque pertence a sua área…
Como de costume, os negritos são meus:
Quem ali temporariamente estaciona, como eu estacionei, são grandes vultos do crime! É a escória do mundo espiritual – falanges de suicidas que periodicamente para seus canais afluem levadas pelo turbilhão das desgraças em que se enredaram, a se despojarem das forças vitais que se encontram, geralmente intactas, revestindo-lhes os
envoltórios físico-espirituais, por seqüências sacrílegas do suicídio, e provindas, preferentemente, de Portugal, da Espanha, do Brasil e colônias portuguesas da África,
infelizes carentes do auxílio confortativo da prece; aqueles, levianos e inconseqüentes, que, fartos da vida que não quiseram compreender, se aventuraram ao Desconhecido, em procura do Olvido, pelos despenhadeiros da Morte!
dezembro 21st, 2014 às 11:24 AM
Algum de vocês sabe explicar a razão de a reencarnação ser tão importante para o espírito, se durante os desencarnes eles vivem uma vida igualzinha a que existe aqui, só que bem mais atrasada tecnologicamente e mais burocratizada?
Nem se fale em véu do esquecimento, pois lá eles só se lembram da mais recente encarnação, salvo quando existe algum casual interesse para o roteiro do romance didático.
dezembro 21st, 2014 às 12:12 PM
Se o Sr. fosse um socialista de coração, i.e., cresse firmemente que deve haver igualdade social, mas ao mesmo tempo fosse totalmente contrário a revoluções.
Ao mesmo tempo imbuído de profunda religiosidade católica ou protestante, aceitando então sem contestações o dogma da “Justiça Divina” para com suas Criaturas. Ou seja, elas deverão ter também atributos físicos semelhantes, não poderá haver bocós, discapacitados ou feios ao lado de pessoas smarts, atléticas e “bonitas”. Certo?
O modo como alguns deles tentaram conciliar isso foi através da reencarnação. E o Kardec era menos revolucionário que os já não-revolucionários inspiradores dele. Tanto que adverte várias vezes contra a inutilidade de revoltas, justamente porque as várias posições sociais deverão ser ocupadas alguma vez pela alma; ou vicissitudes são decorrência da necessidade de pagar os pecados voluntariamente incorridos devido ao livre arbítrio.
dezembro 21st, 2014 às 12:44 PM
Interessante que as crenças reencarnacionistas, mormente o espiritismo [de Kardec, o original], propõem o mundo espiritual como a etapa final da evolução humana, mas são estranhamente vagos quanto a esse mundo, já que não o definem nem dizem o que é (veja-se o termo “erraticidade”, recorrente em Kardec). É aparentemente tão importante, já que é o destino final, mas na prática é o que menos importa, já que os interesses humanos estão aqui mesmo na Terra e a atenção dos doutrinadores está voltada para aqui mesmo. Todos os romances espíritas-cristãos falam de colônias espirituais, mas todas umbilicalmente ligadas à crosta (para dizer o jargão chiquista), da qual não conseguem se desvincular, numa estranha simbiose. No fundo é um sistema esquisito, em que nada é o que parece, porque ora as coisas são divinas, ora terrenas. Os espíritas têm uma explicação para isso: trata-se do nosso nível atual da evolução, em que a Terra importa tanto, já que somos espíritos endividados &c (e qual seria o nível superior? ninguém diz). Enfim, e em uma palavra, historinhas, conversa para boi dormir. O espiritismo é uma grande ilusão, bonitinha sem dúvida, mas uma fantasia apenas.
dezembro 21st, 2014 às 12:48 PM
O Vale dos Suicidas é mundial, todos os países têm o seu. Na cabeça de Yvonne, pegam a Ibéria e seus desdobramentos americanos e africanos, mas também tem o lado hindu. Yvonne deve ter lido muito Santa Teresa d’Ávila quando era mocinha, e me espanta não ser essa Santa a verdadeira mentora dela. De qualquer forma, como eu disse, eu gosto dos livros dela, porque ela tem uma imaginação incrível, apesar do estilo pedregulhoso.
dezembro 21st, 2014 às 6:28 PM
Gorducho e Toffo, vocês que conhecem bem essa crença em particular (espiritismo brasileiro), agora que estão livres do véu da fantasia, devem perceber que infatigável ginástica intelectual os ainda crentes precisam fazer para não reconhecerem que estão fantasiando apenas.
Arduin, por exemplo, é o maior ginasta intelectual que já conheci. Capaz dos maiores malabarismos lógicos para adaptar os dois mundos inconciliáveis em que vive.
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Gorducho, eu nasci com bom coração, o que não me impede de ver que igualdade social é um sonho, pois não há o bastante para todos e existem cada vez mais (atualmente, cerca de 7,5 bilhões).
Como não são todos iguais, uns são inteligentes, outros burros, a maioria medíocre (até pelo conceito de mediocridade), uns são feios, outros bonitos (se bem que beleza é um conceito muito elástico e mesmo o que se considera belo dura muito pouco tempo – falando-se de beleza física de humanos, naturalmente), a consequência é a desigualdade.
Uns são preguiçosos, outros, trabalhadores e estudiosos, uns são valentes, outros, covardes. Não somos todos iguais, a riqueza do mundo não dá para dividir igualmente entre todos e alguns que têm muito não abrem mão do excesso.
A espiritualidade em geral (aí incluída qualquer crença em outras vidas e outros mundos) é somente escapismo por parte de quem acredita e exploração por parte dos que não acreditam, porém fingem acreditar para tornarem ainda maior a desigualdade ou por pura vaidade.
Quanto ao suicídio, é problema de cada um, valendo lembrar que a tentativa de suicídio é crime militar (o suicídio bem sucedido só não é apenado porque não há como, pelo menos para a legislação terrena).
Se a moda pegasse, estaríamos extintos em pouco tempo, para gáudio das outras espécies.
Eu gosto de ler ou assistir (cinema, vídeo) ficção, mas ando meio sem saco. Nada de novo debaixo do Sol, como diria o personagem bíblico.
Detesto vampiros de trezentos anos que ainda estão na adolescência (bom mercado, esse da saga Crepúsculo). Eu não era cretino nem quando era adolescente, acreditem ou não.
dezembro 21st, 2014 às 6:31 PM
Esse livro da Marinzeck deve ter tido por alvo os espíritas adolescentes, da mesma forma que a fantasia assumida “Crepúsculo”, daí a estupidez da moda espiritual e pensamentos típicos de adolescentes cretinos por parte de espíritos milenares.
dezembro 21st, 2014 às 6:51 PM
Marciano disse: eu nasci com bom coração, o que não me impede de ver que igualdade social é um sonho, pois não há o bastante para todos e existem cada vez mais (atualmente, cerca de 7,5 bilhões)
COMENTÁRIO: Estima-se que a produção mundial de alimentos seja dez vezes maior do que a capacidade de consumo do Planeta (não tenho os dados atualizados aqui, mas posso pesquisar).
Essa Teoria do Crescimento Populacional x Escassez de Recursos é Malthusiana e já está superada.
Marciano disse: Como não são todos iguais, uns são inteligentes, outros burros, a maioria medíocre (até pelo conceito de mediocridade), uns são feios, outros bonitos (se bem que beleza é um conceito muito elástico e mesmo o que se considera belo dura muito pouco tempo – falando-se de beleza física de humanos, naturalmente), a consequência é a desigualdade
COMENTÁRIO: Nós não podemos naturalizar o modo de produção econômico baseados nas diferenças biológicas ou genéticas.
A causa da desigualdade social é a acumulação de Capital.
Isso é bastante óbvio e evidente.
Temos hoje em circulação no mundo algo em torno de 70 trilhões de dólares.
Enquanto alguns banqueiros tiverem bilhões em seu poder, muitos na Africa não terão o que comer…
dezembro 21st, 2014 às 7:25 PM
É importante ter em mente o que se passava na cabeça dos socialistas românticos e do Kardec. Senão caímos em anacronismo histórico, i.e., interpretar o pensamento deles pelo nosso.
Depois eu transcrevo um trecho que define a mente deles, que na minha opinião é a primeira das primeiras coisas que qualquer um interessado em estudar o kardecismo deve ler e assimilar. I.e., para poder entender o que se passava na mente deles.
Quanto à extinção da sociedade atual dos humanos terrícolas, é claro que o problema não é a quantidade de alimentos, e sim a destruição do planeta que foi perpetrada.
dezembro 21st, 2014 às 7:27 PM
A solução que a turma do Jean Reynaud e por via de consequência o Kardec deu para as desigualdades que eles como Crentes achavam que Deus não permitiria foi a reencarnação romântica.
dezembro 21st, 2014 às 8:33 PM
VLAD, você está me subestimando.
Claro que eu conheço Malthus, eu não estava me referindo a alimentação, mas à riqueza E igualdade social.
Estava me referindo ao que GORDUCHO disse, sobre uns andarem em carrões luxuosos e outros de trem.
Estava me referindo ao socialismo utópico.
De onde você tirou a ideia de que eu sou partidário do falecido (no duplo sentido) Malthus?
Assim você me ofende.
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Essa sua conversa de KAPITAL tá me parecendo marxista. Assim eu volto a pensar que você é o marden.
Os africanos têm fome por causa de outros africanos, não por causa dos banqueiros.
Eu já disse antes que você é um agente infiltrado.
A gente estava discutindo o assunto no contexto do socialismo romântico e você me vem com essa de fome e capitalismo, de malthusianismo…
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Como estou comemorando o solstício, te perdôo 70×7 vezes.
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Fiquem com o vídeo cujo link se segue, a propósito do dia de hoje.
Dura 26 minutos, fala de coisas que todos já sabem (assim suponho), algumas controvertidas, mas, no geral, é por aí mesmo.
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https://www.youtube.com/watch?v=FlzEu1N1Kac
dezembro 21st, 2014 às 8:42 PM
Onde se lê “algumas controvertidas”, leia-se “algumas, incorretas, outras, controvertidas”… bla bla bla.
FG ama vocês.
dezembro 21st, 2014 às 8:50 PM
Estou achando que tem goteira nesse telhado. Como não tenho como fazer um telhamento pela net, vou permanecer em dúvida. Ou não.
dezembro 21st, 2014 às 8:54 PM
Não sou Marxista de modo algum.
Eu sou Keynesiano tal qual os atuais governos do mundo.
Entretanto a quantidade de dinheiro circulante é limitada.
Se grande parte desse dinheiro estiver nas mãos de alguns poucos é evidente que vai haver escassez em outros lugares.
Pensar que os Africanos estão assim por conta deles mesmo é não levar em consideração a questão Colonial, a dinâmica dos mercados globais e a atual configuração econômica em que vivemos.
Não que eu me importe com os africanos, eu sou totalmente Pró-EUA .
Entretanto não podemos tapar o sol com a peneira.
dezembro 21st, 2014 às 9:41 PM
O grande problema da época de Kardec era a concentração brutal de renda na mão da burguesia, em detrimento de uma classe trabalhadora sem nenhuma garantia legal. Rivail não era da burguesia detentora de capital e dos meios de produção, vinha da burguesia profissional (hoje, classe média alta). Um exemplo clássico é o romance Germinal, de Émile Zola. O espiritismo veio em oposição a essa situação, propondo a solidariedade entre classes, na ingênua suposição de que os ricos fossem convencidos a doar parte de suas riquezas para os pobres, e na reencarnação como meio de melhoramento da sociedade através das vidas sucessivas e da concepção positivista da força da lei do progresso. Tudo isso via revelação dos espíritos através dos médiuns. Essa a base da doutrina espírita de Kardec, que eu acredito furada desde a origem.
dezembro 21st, 2014 às 10:04 PM
Enquanto a maioria dos africanos está mal, alguns africanos estão muuuito bem.
Claro que a colonização fez mal aos africanos, mas se não fossem os europeus, eles estariam até hoje sem hospitais, universidades, etc.
Aqui só haveria selvagens.
Nada é tão simples.
God save America!
Vive la France!
Deutschand über alles!
dezembro 21st, 2014 às 10:07 PM
Eu ganho meu dinheiro através do meu próprio esforço. Tenho crescido na vida. Acredito que a maioria aqui faz igualmente. Psiquiatras ganham mais do que enfermeiros e estes mais do que faxineiros.
Falar em igualdade é fácil, difícil é a gente trabalhar duro para dar dinheiro a desocupados e preguiçosos.
Easier said than done.
dezembro 21st, 2014 às 10:09 PM
Quem já foi policial, tradutor de inglês, contador, advogado, defensor público, promotor de justiça, juiz e voltou a ser advogado por estar insatisfeito com os vencimentos é trabalhador e estudioso.
Merece o pão de cada dia que ganha com o suor do rosto.
Lugar de preguiçosos é no umbral.
dezembro 21st, 2014 às 10:13 PM
Antes que alguém me acuse de ser o senhor das moscas, vou avisando que dou trabalho a pessoas trabalhadoras, ajudo a quem se esforça, ensino a pescar.
Quem dá peixes é FG. Mesmo assim porque é só pedir ao puói.
Vida de playboy é fácil.
Esmola com o chapéu dos outros é coisa de fariseus (no mal sentido, o sentido cristão – coitados dos fariseus!).
dezembro 21st, 2014 às 10:25 PM
Toffo,
Concordo plenamente contigo.
Nada tenho a acrescentar.
dezembro 21st, 2014 às 10:30 PM
Marciano,
A microeconomia se insere na macroeconomia.
Não estou discutindo os esforços individuais.
A questão é a dinâmica global dos mercados, ou você acredita na livre concorrência em um mercado onde conglomerados gigantescos controlam a economia mundial?
Quanto a Africa do Sul lucrou com os diamantes da Antuérpia?
E com o Apartheid?
Não tenhamos vergonha de admitir que somos Porcos Capitalistas, hehehe
dezembro 21st, 2014 às 10:32 PM
O livre-mercado pregado pelos Liberais Clássicos é tão utópico quanto o Comunismo de Marx, o Socialismo de Fourier, ou o Federalismo de Proudhon.
dezembro 21st, 2014 às 10:38 PM
A sociedade brasileira em geral tem essa “má consciência” (como diria Nietzsche) de não admitir a responsabilidade pela desigualdade social.
Aí tentar justificar com o discurso que a culpa é dos governos, do Estado e etc.
Se eu morasse nos EUA seria Republicano com orgulho, e realmente sou a favor da Guerra ao Terror, Pró-Israel, e tudo o que um Wasp tem direito rs.
Infelizmente por conta dessa “má consciência” não temos uma direita no brasil.
E os petistas ensaiam a Revolução Bolivariana.
Pena que Miami é muito longe para ir de jangada…
dezembro 22nd, 2014 às 4:16 AM
Incrível como VLAD pode ter tantas ideias concordantes comigo e discordar somente quanto à fantasia.
Por falar em fantasia, acho que Dormonid 15 mg, Apraz 2mg, Cardhu, etc., são ilusões, ou eu estaria dormindo à essa hora.
Vlad não me disse como anda o teto de seu alojamento, o que me faz pensar que esteja este em más condições.
Só uma ideia.
dezembro 22nd, 2014 às 6:32 AM
Os africanos têm fome por causa de outros africanos, não por causa dos banqueiros.
Claro. Será que o Dr. acha que se a ONU abrir ao menos um posto bancário ou agência da Western Union em cada aldeia africana com mais de 100 habitantes, e creditar n € – a ser calculado – por mês por pessoa com mais de 6 meses de idade o problema seria resuelto ou ao menos amenizado?
Entretanto a quantidade de dinheiro circulante é limitada.
Claro que não. A única cousa que os governos fazem atualmente é fazer moeda. Agora não estão mais nem limitados pela quantidade e velocidade das impressoras disponíveis, tinta e papel apropriado, pois que é só o diretor respectivo dos bancos centrais digitar um numero (grande) na tela apropriada.
dezembro 22nd, 2014 às 6:49 AM
Para que não sejamos injustos c/o Kardec nesse ponto específico, Analista Marciano: ele tinha consciência que a igualdade é impossível. Na verdade era menos socialista que os nos quais se baseou. Era conservador por isso tenta sempre amenizar. Endereça isso na #811:
Será possível e já terá existido a igualdade absoluta das riquezas?
“Não; nem é possível. A isso se opõe a diversidade das faculdades e dos caracteres”.
Depois alfineta os teóricos revolucionários (note que ele devia estar escaldado de ’48…), e passa a ideologia que o Analista Toffo mencionou acima e sempre:
“São sistemáticos esses tais, ou ambiciosos cheios de inveja. Não compreendem que a igualdade com que sonham seria a curto prazo desfeita pela força das coisas. Combatei o egoísmo, que é a vossa chaga social, e não corrais atrás de quimeras”.
Então, como eles achavam que o Universo deveria ser socialista; como o Deus escolástico existia (isso nem passava pela cabeça deles questionar – por isso sempre friso a questão de termos que entender o que estava dentro da cabeça deles) e era escolasticamente “justo” para com suas Criaturas; a solução que encontraram e o Kardec burilou ou a reencarnação romântica. Assim não só eram não só desnecessárias como mais ainda contraproducentes revoluções. Mas o ideal socialista se realizaria na média, com a alma passando por todas etapas e portanto não quebrando a igualdade (é tipo a convergência na média usada nos espaços vetoriais em oposição a convergência pontual…).
dezembro 22nd, 2014 às 6:58 AM
Sr. Administrador: fvr. fechar o itálico após o comentário à 811… Desculpe!
dezembro 22nd, 2014 às 7:23 AM
Marciano você falou de preguiçosos. Eu andei dizendo aqui que sou preguiçoso. E sustento. Mas esclareço que minha preguiça é direcionada a coisas que considero supérfluas, enfadonhas e desnecessárias, tais como ficar catando e listando referência bibliográficas para provar isto ou aquilo. Já disse que existe suporte literário para qualquer coisa, qualquer linha de pensamento. Sempre cito o exemplo do “O caso dos exploradores de caverna”, de Lon Fuller. Podemos encontrar pencas de escritos “provando” a existência de Jesus (seja o Cristo ou o histórico) e outros tantos evidenciando que o FG não passa de um mito reedidato, que existia desde muito antes do suposto filho da virgem (?) Maria, engravidada pelo Espírito Santo, e enteado de José, o carpinteiro (coitado…). Então, sou preguiçoso para coisas que me parecem pura “perca” de tempo. Opinião por opinião, eu fico com a minha.
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Você, Marciano, disse: “Antes que alguém me acuse de ser o senhor das moscas, vou avisando que dou trabalho a pessoas trabalhadoras, ajudo a quem se esforça, ensino a pescar.”
Eu, idem.
dezembro 22nd, 2014 às 7:53 AM
Assisti a uma parte do Fantástico, ontem.
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Achei bacaninha a casa-caverna onde o suposto Jesus supostamente viveu por cerca de 30 anos. Haja imaginação…
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E também precisa de muita imaginação para supor que a “presidenta” Graça Foster esteja inocente dos desmandos e da rapina que vicejam na Petrobras.
E quanto a outra presidenta? O que se pode pensar?
dezembro 22nd, 2014 às 9:14 AM
Mas Gorducho: a influência socialista romântica permanece até mesmo quando Kardec admite que a igualdade absoluta é impossível: Combatei o egoísmo, que é a vossa chaga social, e não corrais atrás de quimeras. O cerne da questão é esse: o espiritismo tentava convencer os que tinham muito a doar parte do que tinham aos que nada tinham, na vã esperança de que a natureza humana melhorasse com a reencarnação. Isso não existe, porque a natureza humana não muda. Ou pelo menos não muda pacificamente. Basta ver a situação da classe trabalhadora na Europa dos meados do século 19 e hoje, 150 anos depois: por que melhorou? porque não foram os ricos que doaram para os pobres, mas os pobres que se sublevaram contra esse estado de coisas, por meio de greves, revoluções, guerras, à custa de muito sangue, suor e lágrimas. No tempo de Kardec nem previdência social havia, haja vista a aflição de Mme Rivail com sua sobrevivência após a morte do marido. Hoje na Alemanha, por exemplo, os empresários teatrais e de ópera têm mais trabalho com os sindicatos de trabalhadores de limpeza e asseio do que com os elencos artísticos propriamente ditos. O pessoal da faxina tem muito mais exigências. Com o que eu acho que o que muda o mundo é a “lei da destruição”, não a bondade das pessoas.
dezembro 22nd, 2014 às 10:51 AM
Foi o que eu quis dizer quando escrevi: e passa a ideologia que o Analista Toffo mencionou acima e sempre [menciona cá neste Sítio].
O Kardec de certa forma tentava “solucionar” questões de filosofia religiosa. Assim é que o Jean Reynaud havia identificado corretamente o fato da ICAR nunca ter definido sem ambiguidades o destino das almas após a morte (vide-se T&C Introdução); e de que essa tarefa caberia à Gália. Assim o Kardec cumpre o programa e “soluciona” isso.
E da mesma forma ele “soluciona” a questão das desigualdades sociais; dada a inconveniência de revoluções (na opinião deles – não cabendo cá nós discutirmos nossas opiniões sobre isso) e a justiça divina (de novo, óbvio: o que eles achava que se deveria consideram por…).
Essa passagem é muito esclarecedora e um dos motivos pelos quais eu digo que ele tinha uma mente medieval escolástica. Ele achava que poderia construir o real a partir de axiomas teológicos ou sociais via lógica, analogamente aos debates destes. Mas, claro, bem rasteirinho, para não se cometer injustiça com o S. Tomas, o Duns Scotus &c. Veja-se: eu construo por vias de argumentações lógicas uma “realidade” que me faz feliz e cuja crença na qual tornará a humanidade terrícola “melhor” – desde o meu ponto de vista, é claro. Daí, isso que eu imaginei por vias lógicas, passa a constituir parte do Universo real. Bizarro!
Outra coisa: ele confundia o possível com o real, como já observara o Edgar Saveney naquele célebre e perfeito artigo sobre o espiritismo na Revista dos 2 Mundos.
Então [LE Conclusão]:
Quereis, vós todos que o atacais, um meio de combatê-lo com êxito? Aqui o tendes. Substituí-o por alguma coisa melhor; indicai solução MAIS FILOSÓFICA para todas as questões que ele resolveu; dai ao homem OUTRA CERTEZA que o faça mais feliz, porém compreendei bem o alcance desta palavra certeza, porquanto o homem não aceita, como certo, senão o que lhe parece lógico. Não vos contenteis com dizer: isto não é assim; demasiado fácil é semelhante
afirmativa. Provai, não por negação, mas por fatos, que isto não é real, nunca o foi e NÃO PODE ser. Se não é, dizei o que o é, em seu lugar. Provai, finalmente, que as consequências do Espiritismo não são tornar melhor o homem e, portanto, mais feliz, pela prática da mais pura moral evangélica, moral a que se tecem muitos louvores, mas que muito pouco se pratica. Quando houverdes feito isso, tereis o direito de o atacar.
dezembro 22nd, 2014 às 3:18 PM
É por isso que eu lia desde muito jovem essas palavras e sentia que alguma coisa não encaixava; ou seja, na teoria as coisas funcionam muito bem, mas na prática não. Não é verdade que “o homem não aceita, como certo, senão o que lhe parece lógico”. Não há lógica nos Evangelhos, por exemplo, e eles são aceitos sem o menor problema pelas pessoas. Não há lógica na política, não há lógica nos esportes, não há lógica na gramática, não há lógica em um monte de coisas no mundo e elas são aceitas tais quais são. Não há nem mesmo lógica na mais pura moral evangélica, porque Jesus mesmo foi obrigado a ceder aos ditames do mundo quando disse “dai a César o que é de César”. O espiritismo atrai certo tipo de pessoas que veem lógica no que ele propõe, mas não vão muito além dessa atração superficial, tomam a nuvem por Juno e atravessam a vida acreditando em quimeras.
dezembro 22nd, 2014 às 3:27 PM
Outra coisa: Kardec jamais confrontou-se com a Igreja. Pelo contrário, criou o espiritismo como uma terceira via entre a razão e a fé com o fito de tentar convencer a Igreja das verdades do espiritismo. Tanto isso é verdade que Kardec seguiu os evangelhos canônicos sem contestá-los, apenas adaptando-os conforme a sua conveniência e ao que achava que era espiritismo; os ditos “espíritos superiores” eram, na maior parte, santos da Igreja, como São Luís, São Vicente de Paulo, Santo Agostinho, São João evangelista – com a inexplicável ausência do maior mentor do espiritismo, São Tomás de Aquino, que nem sequer é citado na doutrina. Grande parte dos “espíritos instrutores”, que deram mensagens a Kardec, também eram da Igreja, como Fénelon, o padre Lacordaire, a Irmã Rosália, o Cura D’Ars &c
dezembro 22nd, 2014 às 3:27 PM
É… lamento, sinceramente, por quem “atravessa a vida acreditando em quimeras”. Todos deveriam, em algum momento, despertar para a realidade. Da mesma forma que a criança um dia percebe que o Papai Noel e o Coelhinho da Páscoa são fantasias, e que não faz mal acreditar neles… até um determinado momento da vida.
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Na verdade, nem sei se lamento. Há pessoas para as quais talvez seja melhor para si e seus circundantes que creiam em providência divina e suas decorrências. Mas nem todos precisavam passar a existência iludidos.
dezembro 22nd, 2014 às 3:29 PM
Quando disse “nem todos”, quis dizer “nem tantos”.
dezembro 22nd, 2014 às 3:41 PM
O Jean Reynaud alfineta S. Tomas lá pelo meio do livro (o livro é inacreditavelmente chato e sem um índice útil de formas que nunca tive paciência p/ler todo e é difícil localizar as passagens). E dado o contato que o Kardec tinha com esses pensadores deve ser por aí. Mas não sei dizer o porque e muito menos provar.
Outra coisa ruim é que o livro vem no formato imagem, de formas que não funciona a pesquisa por texto 🙁
dezembro 22nd, 2014 às 4:26 PM
Que burrice a minha! Tem a opção .txt OCR gerado. Só que só quebra as linhas no fim de parágrafos. Quando tiver tempo e paciência vou fazer um parsing a cada 80 colunas…
De qualquer sorte, o JR coloca como os adversários do “filósofo” – que é ele, claro – o S. Tomas e o Bossuet, que fazem um papel análogo ao do Simplício. O Kardec evidentemente deveria estar ao par de mais detalhes dessa ronha…
En vue de donner aux controverses plus d’animation et de clarité, il a paru avantageux de partager la matière entre deux interlocuteurs. L’un représente les opinions accréditées par la scolastique et particulièrement celles de saint Thomas et de Bossuet, que l’on peut regarder à bon droit comme les deux théologiens les plus autorises et qui font foi le plus communément. L’autre, désigne sous le nom de philosophe, profitant des libertés et des ressources de l’esprit moderne, pose les problèmes et met en avant les solutions qui semblent à la ibis le plus raisonnables et le plus conformes au sens général de la religion.
dezembro 22nd, 2014 às 8:47 PM
Existe tradução em português desse livro?
dezembro 23rd, 2014 às 1:23 AM
Boa lembrança, Gorducho.
Não quero ser injusto com ninguém. Foi falta de lembrança minha, pois só li a obra de Rivail uma vez, nunca fiz estudos de seus livros. O máximo que faço é reler algum assunto, quando quero comentá-lo.
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Antonio, claro que eu não estava incluindo você no rol dos preguiçosos. Esse tipo de preguiça, também o tenho, como demonstra o comentário do parágrafo acima, dirigido a Gorducho.
Somos da mesma espécie de cidadão, Antonio, o que muito me apraz.
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Toffo, não seja tão revolucionário. O progresso da ciência trouxe muito do bem estar de pobres e ricos e isto não pode ser olvidado. As indústrias melhoraram em muito as condições dos camponeses, mesmo que eles trabalhassem o dia inteiro. A vida no campo era muito mais difícil. Ainda o é.
Dia a dia a tecnologia melhora a vida de todo mundo, inclusive pobres, que vivem trocando mensagens no what’sapp, por exemplo, coisa que no tempo de seus avós era impensável, pois telefone fixo, grandão, pesadão e preto, era coisa de ricos.
dezembro 23rd, 2014 às 1:26 AM
Como diria Coué, tous les jours, à tout point de vue, les pauvres vont de mieux en mieux.
dezembro 23rd, 2014 às 1:26 AM
Et moi aussi.
dezembro 23rd, 2014 às 1:27 AM
Mit viel arbeit.
Arbeit macht frei
dezembro 23rd, 2014 às 1:31 AM
Lembre-se da fábula de la cigalle et la fourmi.
dezembro 23rd, 2014 às 1:34 AM
Revolução é coisa para jovens desocupados e que se acham senhores de si.
A maturidade deve trazer sabedoria.
Violência nunca deve ser justificada.
A revolução cubana só trouxe miséria e sofrimento para aquela gente, sem contar as execuções no paredón.
dezembro 23rd, 2014 às 1:36 AM
Desculpem o pleonasmo, misere, de onde veio misery, pouco usada no português, significa sofrimento mesmo.
Troquem por “opressão”, s’il vous plait.
dezembro 23rd, 2014 às 1:37 AM
miserere, p()¨&(*%&*($&¨*(!
dezembro 23rd, 2014 às 1:38 AM
Estou há quase 48 horas sem dormir.
Além do fantasma do blog.
dezembro 23rd, 2014 às 7:11 AM
Não Analista Toffo, e acho que nem em inglês. Pego os exemplares na BnF.
Mas é muito chato. É impossível ler todo de forma contínua. O importante é a introdução onde ele traça o programa que depois o Kardec seguiu. Depois vai aparecendo a pluralidade dos mundos habitados, análise dos anjos que o Kardec também aproveitou, ineternidade das penas.
Para entender os escritos do Kardec, i.e., quais as fontes nas quais ele se baseou, esse livro ´fundamental.
Aliás, o Jean Prieur em seu ensaio explicita o vínculo entre eles, via o grande amigo do Kardec:
Maurice Lachâtre parlait avec enthousiasme de Jean Reynaud et tentait de rallier à ses idées le professeur Rivail, mais ce dernier résistait de tout son cartésianisme, renforcé par son éducation helvético-protestante.
M. Rivail, démocrate dans l’âme, rencontre Alphonse Esquiros, historien d’extrême gauche et auteur de « L’Evangile du peuple », qui dix ans plus tôt avait été condamné à 500 francs d’amande et huit mois de prison (ferme évidemment) pour avoir présenté Jésus comme le premier sans-culotte.
[Jean Prieur, Allan Kardec e sua época]
dezembro 23rd, 2014 às 7:23 AM
Depois talvez no feriadão vou tentar fazer uma macro no Word – nunca fiz macros no Word… – p/quebrar as linhas.
Tenho rotina a partir de .xml em C# mas estou c/preguiça de adaptar e quero ver se faço uma macro p/ver se é possível (deve ser) e claro aprender.
dezembro 23rd, 2014 às 10:44 AM
Abrindo no Word ele ajusta as linhas virtualmente…
Aqui está a ideia do código penal dos defuntos que o Kardec implementa no CI:
Le livre se termine par un coup d’œil sur les opinions du moyen âge touchant l’enfer et, dévoilant dans toute sa portée le principe de la limitation des peines, base naturelle du système pénal de l’univers, il conclut à la suppression du terme imaginaire de l’enfer, puisqu’il ne saurait exister dans l’ordre de la Providence que des purgatoires, et que la terre en est un; par où l’ancienne trilogie Terre, Ciel et Enfer se trouve donc finalement réduite à la dualité druidique Terre et Ciel.
dezembro 23rd, 2014 às 1:38 PM
sempre desconfiei de livros que repetem o tal “liquido reconfortante”, ou “caldo reconfortante” e ainda muitos autores abusam deste ” e sorveu num só gole o líquido lenificador”
dezembro 23rd, 2014 às 6:06 PM
Você lê bem francês, Golducho. Eu não. De qualquer forma, é fora de dúvida que o espiritismo de Kardec está todo calcado no pensamento de Jean Reynaud e encharcado de druidismo, o que me faz ter mais certeza do que nunca da “terrenidade” do espiritismo. Pelo que eu sei, Reynaud e seu companheiro Leroux hoje são tão ilustres desconhecidos em sua pátria quanto Rivail. Passaram, como um meteoro no céu. O espiritismo sempre foi minoria, e sempre será.
dezembro 23rd, 2014 às 6:10 PM
Realmente, Marciano O Indormido. Eu apenas me fixei na linha política quando disse que a situação dos trabalhadores melhorou, mas sem dúvida a técnica e a tecnologia tiveram papel fundamental nesse processo, e aí entra a ciência. De qualquer forma, zero ponto para a moralidade e a reencarnação. As coisas são feitas aqui mesmo.
dezembro 23rd, 2014 às 6:15 PM
teleco: existe o juridiquês, o economês e o espiritês. Como não existe nada de novo sob o sol, desde os tempos heroicos de Shakespeare, e a sabedoria humana sabe há séculos que na terra nada se cria, tudo se copia, as obras espíritas têm o seu jargão próprio: caldos reconfortantes, palestras edificantes, brisas cariciosas, desencarnes e reencarnes, entidades desencarnadas, vaso físico, mãezinhas e paizinhos, zimbórios estrelejados e lá vai o trenzinho de clichês morro acima.
dezembro 23rd, 2014 às 6:16 PM
E como não esquecer a “Crosta”?
dezembro 23rd, 2014 às 7:15 PM
Tenho um velho projeto que nunca inicio por preguiça: compilar no Excel um glossário de espirites.
Prorrompeu em choro lenificador é quase tão bom quanto viandante suarento, que se bem me lembro motivou meu primeiro palpite cá neste Sítio, quando eu notei ser o Eros merecedor de pelo menos duas cadeiras na Academia de Letras de NL.
dezembro 23rd, 2014 às 10:11 PM
Toffo, tem um reminder pra você no tópico mais recente.
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Cebolinha, quero dizer, GoRducho, eu já fiz muitas macros no word, mas faz tempo de que faço mais nada disso e estou defasado em informática.
Estou usando AINDA uma versão 2003 do Word, só pra você ter uma ideia.
Será por isso que as pessoas sempre dizem que o passado era melhor?
dezembro 23rd, 2014 às 10:14 PM
Toffo e Gorducho, desculpem a brincadeira, eu não resisti.
É que Toffo chamou Gorducho de Golducho, o homem de ouro (gold), num comentário acima.
Sei que vocês nunca me deram tanta confiança, só um pouco. Sou abusado mesmo, contudo, apresento minhas escusas. Sou um poltergeist por natureza.
dezembro 23rd, 2014 às 10:15 PM
FAZ TEMPO QUE NÃO FAÇO…
Foi o espírito de porco de assombra o blog que resolveu sacanear o TOFFO.
dezembro 24th, 2014 às 6:55 AM
eu já fiz muitas macros no word [… ] Estou usando AINDA uma versão 2003 do Word, só pra você ter uma ideia.
Não perde nada. De lá p/cá não percebi nada útil que tenham introduzido, exceto salvar já em .pdf e abrir os ficheiros open que são pouco usados. O resto é só p/encher linguiça, complicar a posição dos comandos e vender.
Também gosto do salvamento na nuvem, mas claro que tem-se que ter bacup (um amigo meu fala assim :))
Não percebera que abrindo no Word ele introduz quebras de linha virtuais e depois ressalvando-se no formato dele ficam…
dezembro 24th, 2014 às 7:11 AM
Prezados, que a bênção divina do Natal esteja presente em nossos corações. E que a alegria pelo aniversário de Jesus, o Redentor, se derrame por todos os lares, no mundo inteiro.
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Tá, é pura fantasia, eu sei. Mas até que a ideia é bacana.
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Então: Feliz Natal para todos os parceiros deste site!
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E, se beber, não dirija.
dezembro 24th, 2014 às 10:33 AM
Antonio, obrigado, por mim e por todos.
Entendo o que disse.
Eu costumo desejar boas festas, porque, assim, não preciso me sentir mal de fingir-me de crente. No fundo, cristãos e não-cristãos só querem mesmo são as festas (quem não gosta) e não corro o risco de ofender um TJ, pois eles dizem que é festa pagã.
Sendo assim, boas festas para você e para todos os frequentadores do blog, crentes e descrentes, comentadores e leitores.
dezembro 24th, 2014 às 11:14 AM
“viajor”, “copa acolhedora” (de árvore), “dessedentar” e “aprendizes do evangelho” também são bons exemplos.
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Como diriam os bretões, feliz Natal e toda essa espécie de coisas.
dezembro 24th, 2014 às 3:14 PM
Depois que a gente desencarna passa a falar e a escrever de um jeito tão engraçado…
dezembro 24th, 2014 às 3:16 PM
A adjetivação exagerada e os neologismos são coisas típicas do espírito desencarnado.
dezembro 24th, 2014 às 3:19 PM
Outra característica é a doçura das expressões, o famoso linguajar melífluo, aquele que verte mel pela boca.
Um fluido diferente daquele que emana das mãos do médiuns encarnados.
A bíblia e o corão são cheios de mel e leite, também.
Deve ser uma formigada, uma abelhada, uma baratada, uma moscarada (êpa, moscas não, essas são por conta do senhor das moscas), por lá…
dezembro 24th, 2014 às 11:14 PM
O Peru Pregador
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Autor:
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Chico Xavier (médium)
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Neio Lúcio (espírito)
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Fonte:
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Livro: Antologia Mediúnica do Natal
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Um belo peru, após conviver largo tempo na intimidade duma família que dispunha de vastos conhecimentos evangélicos, aprendeu a transmitir os ensinamentos de Jesus, esperando-lhe também as divinas promessas. Tão versado ficou nas letras sagradas que passou a propagá-las entre as outras aves.
De quando em quando, era visto a falar em sua estranha linguagem “glá-glé-gli-gló-glu”. Não era, naturalmente, compreendido pelos homens. Mas os outros perus, as galinhas, os gansos e os marrecos, bem como os patos, entendiam-no perfeitamente.
Começava o comentário das lições do Evangelho e o terreiro enchia-se logo. Até os pintainhos se aquietavam sob as asas maternas, a fim de ouvi-lo.
O peru, muito confiante, assegurava que Jesus-Cristo era o Salvador do Mundo, que viera alumiar o caminho de todos e que, por base de sua doutrina, colocara o amor das criaturas umas para com as outras, garantindo a fórmula de verdadeira felicidade na Terra. Dizia que todos os seres, para viveram tranqüilos e contentes, deveriam perdoar aos inimigos, desculpar os transviados e socorrê-los.
As aves passaram a venerar o Evangelho; todavia, chegado o Natal do Mestre Divino, eis que alguns homens vieram aos lagos, galinheiros, currais e, depois de se referirem excessivamente ao amor que dedicavam a Jesus, laçaram frangos, patinhos e perus, matando-os, ali mesmo, ante o assombro geral.
Houve muitos gritos e lamentações, mas os perseguidores, alegando a festa do Cristo, distribuíram pancadas e golpes à vontade.
Até mesmo a esposa do peru pregador foi também morta.
Quando o silêncio se fez no terreiro, ao cair da noite, havia em toda parte enorme tristeza e irremediável angústia de coração.
As aves aflitas rodearam o doutrinador e crivaram-no de perguntas dolorosas.
Como louvar um Senhor que aceitava tantas manifestações de sangue na festa de natalício? Como explicar tanta maldade por parte dos homens que se declaravam cristãos e operavam tanta matança? Não cantavam eles hinos de homenagem ao Cristo? Não se afirmavam discípulos d’Ele? Precisavam, então, de tanta morte e tanta lágrima para reverenciarem o Senhor?
O pastor alado, muito contrafeito, prometeu responder no dia seguinte. Achava-se igualmente cansado e oprimido. Na manhã imediata, ante o Sol rutilante do Natal, esclareceu aos companheiros que a ordem de matar não vinha de Jesus, que preferira a morte no madeiro a ter de justiçar, que deviam todos eles continuar, por isso mesmo, amando o Senhor e servindo-o, acrescentando que lhes cabia perdoar setenta vezes sete. Explicou, por fim, que os homens degoladores estavam anunciados no versículo quinze do capítulo sete do Apóstolo Mateus, que esclarece – “Acautelai-vos, porém, dos falsos profetas, que vêm até vós vestidos como ovelhas, mas interiormente são lobos devoradores”. Em seguida, o peru recitou o capítulo cinco do mesmo evangelista, comentando as bem-aventuranças prometidas pelo Divino Amigo aos que choram e padecem no mundo.
Verificou-se, então, imenso reconforto na comunidade atormentada e aflita, porque as aves se recordaram de que o próprio Senhor, para alcançar a Ressurreição Gloriosa, aceitara a morte de sacrifício igual à delas.
dezembro 24th, 2014 às 11:17 PM
Corrigindo:
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Autor:
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Chico Xavier (“médium”)
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Neio Lúcio (“espírito”) – ou alter ego nº3 ou 4
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dezembro 24th, 2014 às 11:18 PM
Corrigindo novamente:
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Livro: Antologia “Mediúnica” do Natal
dezembro 25th, 2014 às 2:10 AM
Quando eu era criança, no evangelho infantil, ensinavam:
Ca, que, qui, co, cu.
Naqueles tempos, o preferido de cx era o peru.
Foi por causa disso que virei vegan.
Desde então, gozo de imenso reconforto (bota imenso nisso), mas só na comunidade dos outros.
Quem tiver sabedoria, que calcule a lição de Contra, lembrando de cx e seus peruanos ensinamentos.
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Contra, aos seus predicados, somo a humildade e a gratidão.
dezembro 25th, 2014 às 11:31 AM
“Tão versado ficou nas letras sagradas que passou a propagá-las entre as outras aves.”
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“linguagem “glá-glé-gli-gló-glu”
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“Até os pintainhos se aquietavam sob as asas maternas”
***pintinhos causavam repulsa em cx… o negócio é peru mesmo..
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“rodearam o doutrinador e crivaram-no de perguntas dolorosas.”
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“O pastor alado, muito contrafeito”
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” Na manhã imediata, ante o Sol rutilante do Natal”
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“o próprio Senhor, para alcançar a Ressurreição Gloriosa, aceitara a morte de sacrifício igual à delas.”
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Poxa, que linguagem tosca… é apenas enfeitamento de pavão, ops peru.
dezembro 25th, 2014 às 11:35 AM
Nenhuma diferença entre a pregação evangélica (Assembleia de Deus, por exemplo) e esse texto aí do heterônimo Neio Lúcio, aliás o mais “evangélico” de todos – foi ele que inventou o culto do evangelho no lar, tirado das Cruzadas da Oração do Padre Peyton e ensinadas nas escolinhas de moral cristã nos centros espíritas.
dezembro 25th, 2014 às 12:58 PM
A família que delira unida permanece unida.
dezembro 25th, 2014 às 5:47 PM
Toffo, sabe por acaso quem foi esse Neio Lucio? Ecxistiu de verdade que nem o Humberto de Campos ou é estilo andreluiz?
dezembro 25th, 2014 às 5:48 PM
Marciano, eu não diria nem delírio, é uma BAD TRIP mesmo…
dezembro 25th, 2014 às 8:43 PM
Parece que é um dos personagens de HDMA, chamado Cneius Lucius. Esse nome apareceu por um tempo, escreveu um ou dois livros e sumiu. Acho que era evangélico demais, ou CX não gostou dele, sei lá.
dezembro 25th, 2014 às 9:57 PM
KKKKKKKKKKKKKKKK, ótimo, meu povo, melhor impossível. Parabéns pelos comentários.
dezembro 26th, 2014 às 1:59 AM
Estou lendo “50 Voices of Disbelief”, publicado pela Wiley & Sons Ltd. e fiquei surpreso ao ver que Michael Shermer escreveu sobre mim.
Confiram:
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“There is, I believe, compelling evidence that humans created God and not vice versa. If you happened to be born in the United States in the twentieth century, for example, there is a very good chance that you
are a Christian who believes that Yahweh is the all-powerful and all knowing creator of the universe who manifested into flesh through Jesus.
If you happened to be born in India in the twentieth century, there is a very good chance that you are a Hindu who believes that Brahman is the unchanging, infinite, transcendent creator of all matter, energy,
time, and space and who manifests into flesh through Ganesha, the most worshipped divinity in India. TO AN ANTHROPOLOGIST FROM MARS, ALL EARTHLY RELIGIONS ARE INDISTINGUISHABLE AT THIS LEVEL OF ANALYSIS”.
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Destaquei em MAIÚSCULAS a parte que se refere a mim.
dezembro 26th, 2014 às 7:14 AM
Marciano, se Shermer não se referiu a você, estamos diante de um caso de pirataria intelectual… rssss
dezembro 26th, 2014 às 5:55 PM
Não vi onde houve plágio, nesse caso. Se o autor está descrevendo um hospital, é de se esperar que ele mencione lençóis brancos e filas de leitos no texto… justamente por essas coisas serem normais em hospitais!
Da mesma maneira, se tomarmos três autores diferentes descrevendo um laboratório químico, todos eles mencionarão as palavras “tubo de ensaio”.Isso é plágio? Não…
dezembro 28th, 2014 às 9:49 PM
O problema não é o plágio, é a mania que todos os autores espíritas tem de escrever com um estilo piegas, melequento, um querendo florear mais que o outro, o resultado é o texto cansativo, melífluo, arrastado, quanto mais o autor escolhe os substantivos e adjetivos com o objetivo de causar impressão e não simplesmente descrever realidade, mais o estilo vai se tornando indigesto, é muito lençol alvo, muita água balsamizante. Chico Xavier era reconhecidamente um afeminado, poderia eu dizer que seu estilo reduz-se a pura veadagem, mas é algo pior. Eu li um monte disso aí, sinceramente, que lixo!
dezembro 28th, 2014 às 9:59 PM
Sobre esta questão do suicídio dentro do espiritismo, este é de fato um tema interessante. Tenho aqui em casa um velho exemplar de “Céu e Inferno” do Kardec, o qual me foi concedido por uma velha senhora espírita. Na parte em que Kardec descreve um caso de suicídio e afirma que o ato do suicídio é avaliado segundo as circunstâncias em que foi cometido, podendo ser atenuado ou agravado, o texto está sublinhado com lápis, com uma seta ao lado com os dizeres escritos a mão: “isto está errado, não há atenuante para o suicídio, Kardec está errado”… Ouvi da boca de diversos espíritas esta mesma ladainha, é algo curioso, porque os espíritas não medem esforços para condenar o suicídio, mesmo tendo que contrariar Kardec e o próprio princípio do Direito, segundo o qual todo e qualquer ato deve ser considerado segundo as circunstâncias em que foi cometido, mesmo os crimes, mas para os espíritas o suicídio é algo tão hediondo em si mesmo que o ato por si só é fonte do julgamento, não sendo necessário julgar as circunstâncias, coisa que ultrapassa todos os limites da obtusidade moral e intelectual.
dezembro 28th, 2014 às 10:00 PM
CX agia como um dos personagens de Triste Fim de Policarpo Quaresma, de Lima Barreto, que ia ao dicionário procurar os sinônimos mais raros e preciosos das palavras comuns, para dar a impressão de que escrevia bem. O estilo xavieriano é inconfundível, cheio de metáforas, palavras difíceis, construções elaboradas, diríamos um estilo flamboyant, de leitura indigesta principalmente para o leitor de hoje. Ele fez escola: hoje todos os médiuns o imitam, e todo livro espírita que se preze tem esse estilo cafona.
dezembro 28th, 2014 às 10:06 PM
J Blade: eu já havia me manifestado acerca da suicidiofobia exagerada dos espíritas no início deste post..
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“O suicídio é um pecado mortal aos olhos dos espíritas por causa da reencarnação. Na concepção deles, o ser humano se desdobra através de uma cadeia infindável de vidas sucessivas, nas quais vai se aperfeiçoando e expiando as faltas do passado. O suicídio representa uma ruptura nessa cadeia regular, uma quebra de contrato, uma negação da submissão a Deus e por isso é mais severamente punida, pois a lei do progresso é inexorável e o desrespeito a ela provoca as mais severas sanções. Tanto isso é verdade que em NL o moralismo chiquista-cristão vai além e propõe o “suicídio inconsciente”, pelo qual o protagonista André Luiz teria pagado caro ao ser demasiado relaxado em relação às regras da continência, amargando com isso 8 anos de umbral. Uma asneira sem precedentes, uma vez que o suicídio por definição é o ato deliberado de tirar a própria vida, um ato doloso enfim. E ainda mais dita por um médico, o doutor que o tratou no hospital nossolarense, que nada entende de direito”.
dezembro 28th, 2014 às 10:40 PM
É exatamente isso , Toffo.
Só existe uma experiência pior do que ler um livro espírita: Assistir a uma palestra espírita com o Divaldo Franco, ninguém ganha dele em matéria de discurso empolado e piegas, nem mesmo o Chico ganharia.
dezembro 28th, 2014 às 11:54 PM
Poxa, J Blade falou a mais pura verdade.
dezembro 29th, 2014 às 6:44 AM
Se quiserem simultaneamente se divertir e se irritar, os que não conhecem ainda, leiam Nas Fronteiras da Loucura. O Dr. Bezerra se mete no ramo da psiquiatria 😆
As bátegas sucediam-se em abençoado, desconhecido socorro, espancando e espalhando as densas nuvens psíquicas de baixo teor vibratório que encobriam a cidade imensa e generosa.
Nos intervalos, o ruído atordoante dos instrumentos de percussão incitava ao culto bárbaro do prazer alucinante, misturando-se aos trovões galopantes enquanto os corpos pintados, semidespidos, estorcegavam em desespero e frenesi, acompanhando o cortejo das grandes Escolas de samba, no brilho ilusório dos refletores, que se apagariam pelo amanhecer.
dezembro 29th, 2014 às 7:42 AM
O estilo de texto, vocabulário, excesso de adjetivos, e enredo, são inspirados no CX. O espírito do falecido médico, no caso o Dr. Manoel Philomeno de Miranda, acompanha um “instrutor” – agora o espírito do Dr. Bezerra faz esse papel – atendendo encarnados, explicando e doutrinando o “aluno”.
Há até o vilão, que agora é o diretor do Nosocômio Psiquiátrico, ex-seguidor do Freud. Outra ronha dos chiquistas é c/o pobre do Freud 🙁
Preciosidades as há tantas que só lendo:
Solicitado pelo olhar percuciente do caroável Bezerra, o diretor espiritual elucidou, paciente:
dezembro 29th, 2014 às 7:44 AM
Enquanto eu reflexionava sobre a turbamulta, que se entredevorava, enceguecida, o nobre Amigo advertiu-me:
E por aí vai o texto…
dezembro 29th, 2014 às 10:17 AM
Embora relativamente acostumado à visão do tresvariar das criaturas, e pensando nos que jornadeiam descuidados, malbaratando o patrimônio do corpo, não pude sopitar as lágrimas de sincera compunção pelos que se encontravam na escola disciplinadora da dor, como pelos que avançavam sorrindo, embriagados, para afogar-se no rio escuro da desesperação, que se impunham desde então…
Percebendo-me a perigosa área de raciocínios em que me engolfava, o bondoso mentor advertiu-me com sabedoria:
– Miranda, convém não esquecermos a vigilância educativa […]
Eu só teria curiosidade de saber se esse médico, que existiu de fato, falava assim… E se sim, o que dizia a mulher dele…
O que diriam nossas esposas se a gente falasse assim?
dezembro 29th, 2014 às 2:10 PM
Gorducho, e quando o dr bezerra vai pescar as ‘almas sofredoras’ numa tarrafa ‘luminosa’ ? E as máscaras de carnaval que eles dizem que são inspiradas nas criaturas das trevas? Ou seja o fazedor de máscaras é um ‘medium
dezembro 29th, 2014 às 2:14 PM
Continuando…
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que recebe inspiração e vê no ‘além’ essas criaturas sofredoras e as moldam seus rostos em máscaras para o carnaval…
tipo assim:
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http://extra.globo.com/noticias/rio/herdeira-das-mascaras-772937.html
dezembro 29th, 2014 às 2:29 PM
Esse livro é surreal mesmo… segundo o livro, todo ano no Campo de Santana (perto do Sambódromo) o dr bezerra “arma um hospital de campanha” para atender quem desencarna na folia…
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ora.. não diz a “d. e.” que o sono do desencarnado pode durar séculos?
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L.E. “163. A alma tem consciência de si mesma imediatamente
depois de deixar o corpo?
“Imediatamente não é bem o termo. A alma passa
algum tempo em estado de perturbação.””
No carnaval do RJ ele nem sono e nem perturbação tem.. desencarna e vai logo pro hospital do dr bezerra… e esse “algum tempo” da pergunta 163, pode ser séculos.. segundo a “d. e. “…
dezembro 29th, 2014 às 3:08 PM
Hahahahahahaha, Nosocômio Psiquiátrico…reflexionava sobre a turbamulta enceguecida….
Hahaha, estou estorcegando aqui, mas não é de desespero, é de tanto rir…
dezembro 29th, 2014 às 4:30 PM
Esse “Nas Fronteiras da Loucura” é mediúnico? Quem é o médium? Caramba, que estilo cafona!
dezembro 29th, 2014 às 4:36 PM
Os livros “mediúnicos” perderam totalmente a compostura. Trazem os maiores absurdos da maneira mais cândida. É um tipo de subliteratura que empolga uma certa classe de pessoas, que não têm muito compromisso com a seriedade das coisas ou com a profundidade dos pensamentos. Gostam de tiradas morais e sentem-se reconfortadas com essa arenga moralista. Enfim, como dizia um professor do meu colégio, 200 anos atrás, “gosto não se discute, aprende-se”.
dezembro 29th, 2014 às 4:59 PM
Será que eles estudaram na mesma escola na mesma época (Faculdade Nacional de Medicina? ali na Praia Vermelha se bem me lembro foi – ainda tenho os convites p/a formatura e respectivo baile do meu falecido padrinho no ano ’50; meus pais é claro foram; guardo c/muito carinho…) por isso falam parecido?
Possa ser… possa ser…
[espírito do Dr. André Luiz – Libertação] O zimbório estrelado, aos raios liriais da Lua, espalhava em torno vibrações de beleza inexprimível, semeando esperança, alegria e consolo.
[espírito do Dr. Manoel Philomeno de Miranda ]
Fora do lar as estrelas cintilantes no zimbório da noite, falavam-nos, em luz, sobre os Mundos Felizes que nos aguardam, embora as sombras que ainda se demoram na noite moral da Terra, onde nos encontramos em serviço de edificação interior do “reino de Deus.”
Faculdade Nacional de Medicina
dezembro 29th, 2014 às 5:02 PM
Faculdade Nacional de Medicinadezembro 29th, 2014 às 11:22 PM
Ah é?
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*
RESGUARDAR-SE
André Luiz
…
dos miasmas do tédio, com o serviço incessante;
***
Livro: Segue-me – pelo espírito Emmanuel
Psicografia de Francisco Cândido Xavier
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Um companheiro assíduo às lições ou um assistente que, por desfastio,
aparece de vez em vez?
Um manancial de auxílio ou uma charneca deserta sem benefícios para ninguém?**
miasma – desfastio – charneca..
é.. gastando o Aurélio mesmo…
dezembro 30th, 2014 às 12:16 AM
Policarpo Quaresma nessa cambada!
Acho que o plano espiritual dos espíritas é a cafonalha total. Prefiro o céu dos católicos, hehe.
janeiro 29th, 2015 às 11:07 PM
Não sei se interessa a vocês ou mesmo se já postei isso aqui (é que, às vezes, ocorre de eu cair nesse site e ler algo interessante), mas sou filósofo e tenho dos textos com análises que tocam o espiritismo.
Uma é sobre o livro “Os filósofos” do Herculano Pires:
https://aoinvesdoinverso.wordpress.com/2013/08/19/resenha-os-filosofos-herculano-pires/
A outra é uma análise da palestra do médico espírita Sergio Felipe de Oliveira:
https://ceticosblog.wordpress.com/2013/11/23/guia-cetico-para-a-palestra-a-glandula-pineal-sergio-felipe-de-oliveira/
O trabalho de vocês é muito bom, aliás, continuem incomodando, por favor.