Explicando o caso Jair Presente

Esse artigo é uma resposta ao artigo de Moreira et al. Investigating the Fit and Accuracy of Alleged Mediumistic Writing: A Case Study of Chico Xavier’s Letters” (Investigando o Acerto e Precisão de Suposta Escrita Mediúnica: Um Estudo de Caso de Cartas de Chico Xavier) publicado na revista Explore. O artigo de Alexander já foi traduzido por mim e pode ser lido aqui. Minha resposta pode ser lida aqui.

129 respostas a “Explicando o caso Jair Presente”

  1. Gorducho Diz:

    😮
    Então a Srª que inicialmente procurou animar o Sr. José Presente, era dirigente ou frequentadora do Grameiro onde apareceu aquela famosa mensagem que despertou dúvidas?
    É isso?

  2. Phelippe Diz:

    Acho q sim, Gorducho.

  3. Gorducho Diz:

    Custa-me reconhecer, dadas as divergências notórias no que concerne ao Sobrenatural, portanto serei econômico ao adjetivar o trabalho da Administração junto c/o Sr. Maraldi: sucinto e BRILHANTE!

  4. Phelippe Diz:

    É isso aí, Vitor, o caso se explica facilmente por vazamento de informações. Comunicação entre centros tb é possível. Todos esses médiuns e videntes trabalham assim, são genéricos em suas afirmativas, fazem leitura fria, etc. Eu frequentei cartomantes, centros de Umbanda, casas Espíritas, e é tudo a mesma coisa. As mensagens, qdo chegam, são genéricas, superficiais, só tendo muita fé para acreditar. Gostei do texto.

  5. Gorducho Diz:

    Só uma dúvida: a emenda das gírias nas mensagens, a qual acabou saindo pior que o soneto, não foi originalmente trazida a lume pelo Analista Montalvão?

  6. MONTALVÃO Diz:

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    CURIOSO: o responsável pelo artigo cita, nas referências, diversos autores, mas não faz menção ao meu trabalho, embora nele tenha se inspirado para compor parte do texto, e nem se deu ao trabalho de disfarçar as palavras, confiram (vejam o último parágrafo do trecho que segue):
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    Trecho do trabalho, deste autor, disponibilizado no Obras Psicografadas, em 2009, que levou o título, dado pelo gerente do site, de “Chico Xavier, especialista em leitura fria?”:
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    “2ª Mensagem (2 meses após a morte):
    – cita o nome de Carlos, amigo que estava junto dele quando ocorreu o acidente;
    – refere-se a Sérgio e Galgani, outros amigos seus;
    – fala novamente em tia Elvira, de cuja morte não tivera conhecimento em vida, pois esta residia em local distante;
    – menciona o nome de Elenice Santana, que fora sua aluna particular, filha do seu amigo Artemis Santana;
    – refere-se a Cida, colega de sua irmã na Unicamp.
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    MONTALVÃO: Infelizmente, os autores da pesquisa não citam um acontecimento relevante nesta 2ª missiva: a mudança no modo de escrever de Jair Presente.
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    A primeira carta, conforme dissemos, fora vertida no padrão chicoxaveriano, por exemplo:
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    “Meu pai, minha mãe, minha querida Sueli(…) As vozes da casa chegam ao meu coração(…) E meu pensamento não sai de onde prendem(…) Esqueçam o que sucedeu, ninguém me prejudicou, ninguém teve culpa… Estou saudoso de tudo, dos familiares queridos, dos companheiros, dos estudos e das aulas: entretanto, espero sarar e refazer-me(…)”
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    Para Chico, a vida no além é, boa parte dela, constituída de lembranças e saudades. A idéia que tal concepção transmite é que do “outro lado” não há nada de interessante para se fazer, então os espíritos ficam a recordar os “bons momentos” de quando eram vivos.
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    No segundo contato ? surpresa! ?, Jair Presente muda expressivamente seu modo de manifestar-se, conforme os exemplos:
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    “Cumé quié, e o Sérgio?(…) Eu fico na curtição diferente(…) mas vou me incrementar(…) Vocês não me perguntem muita coisa ou mesmo nada (…) Se vocês puderem e se tiverem gosto com isso, orem por mim. Jóia. A prece é um fio que esbarra na estação de destino, e a estação agora sou eu. Se puderem, entrem na curtição de emissores. Nada de lágrimas. Legal!”
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    É claro que Maria Júlia e equipe não consideraram a mudança motivo de avaliação. Entenderam que “fora a vontade do espírito” apresentar-se dessa maneira. No entanto, se especularmos um algum rigor, é possível inferir que houve manifestação contrária à primeira carta. Algum parente ou amigo deve ter contestado a autoria da remessa inicial, afirmando que Jair Presente não falava, ou escrevia, da maneira que se pronunciara: seu modo de expressar-se incluía muita gíria e palavras descompromissadas, teriam dito. Então, a objeção chegou aos ouvidos de Chico Xavier, que tratou de “consertar” o deslize. A partir daí, todas a mensagens, alegadamente vindas de Jair Presente, eram entremeadas de gíria. Infelizmente, a emenda sai pior que o soneto, pois os recados se tornam artificiais, soam como quem não está habituado a usar gíria mas quer mostrar que conhece o assunto.
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    Comparem o parágrafo acima com o dito no artigo “Explicando o caso Jair Presente”:
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    “Uma análise mais profunda do estilo da 1ª e das demais mensagens revelaria mudanças drásticas. Não há qualquer gíria na primeira mensagem, e nas demais as gírias brotam em profusão. É certo que houve manifestação contrária à primeira carta. Os amigos contestaram a autoria da remessa inicial, afirmando que Jair Presente não falava, ou escrevia, da maneira que se pronunciara: seu modo de expressar-se incluía muita gíria e palavras descompromissadas, teriam dito. Então, a objeção chegou aos ouvidos de Chico Xavier, que tratou de “consertar” o deslize. A partir daí, todas as mensagens, alegadamente vindas de Jair Presente, eram entremeadas de gíria. Infelizmente, a emenda sai pior que o soneto, pois os recados se tornam artificiais, soam como quem não está habituado a usar gíria mas quer mostrar que conhece o assunto.”
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    Além do texto citado, de 2009, mais recentemente realizei outra avaliação da aventura de Jair Presente, desta feita em análise ao estudo de Caroli e Cia, e o disponibilizei nos comentários de um dos tópicos do Obras, neste se lê:
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    “Mais estranhezas no estranho estudo de Caroli, alexander e Cia.
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    – Além de não terem mostrado as cartas psicografadas por Xavier (ou ao menos parte delas), também não apresentaram escritos de Presente quando vivo. Declaração dos autores, constante no artigo, indica que produções de Jair em vida existem, e foram por eles examinadas, mas parece que acharam desimportante expô-las. Essas falhas enfraquecem bastante o trabalho alegadamente investigativo que realizaram.
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    CAROLI: “Este conjunto de 12 cartas foi caracterizado pelo uso intensivo de gírias, humor, trocadilhos, e expressões coloquiais. ENCONTRAMOS ESTE MESMO TIPO DE LINGUAGEM NOS ESCRITOS PESSOAIS DE JP e SP confirmou que algumas das expressões coloquiais utilizadas nas cartas eram típicas do vocabulário de JP. […]”
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    – Há um problemão, que passou despercebido aos olhos dos investigadores, inclusive aos olhos do Alexandre Caroli Rocha, que tem formação na área de letras e, a meu ver, deveria ter notado. Falo da expressiva mudança de estilo havida a partir da segunda carta. Este quesito denunciei anteriormente quando examinei outros autores que usaram Jair Presente como prova da mediunidade de Chico, e aqui a desatenção se repete: ou, talvez tenham percebido e preferiram não mexer no assunto.
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    CAROLI: “A análise qualitativa do conteúdo da carta indica que o autor procurou principalmente trazer consolo e conforto para a família, pedindo-lhes para permanecer calmos e positivos, e a manter a sua fé no amor inabalável de Deus.” – [refere-se à primeira carta]
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    Então, na primeira missiva o teor da escrita é o típico de Chico Xavier, praticamente igual para todas as milhares de psicografias que produziu, dando a entender que, ao chegar no além, os estilos se nivelam num padrão rígido. Um exame crítico desse estado de coisas remete à conclusão de que as cartas possuem elaborador terreno, ou seja, o próprio Chico Xavier. Talvez por isso os autores preferiram deixar a coisa quieta.
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    No entanto, com Jair Presente aconteceu o imprevisto: a partir do segundo imaginado contato, o estilo mudou radicalmente. O que teria acontecido? Creio não seja difícil entender. Esta segunda epístola abre com o exórdio: “Oi Carlos, pedi vez e obtive.” Provavelmente o Carlos, um dos amigos de Presente, presente quando ocorreu o afogamento, tomou conhecimento da psicografia e questionou a enorme diferença entre a carta de Chico e o modo de Jair escrever quando vivo. Essa objeção deve ter embaraçado os familiares que, no encontro seguinte, a expuseram ao médium. Chico tratou de acertar as coisas e eis que surge um novo Jair, agora presente num mar de gírias (gírias até demais, diria eu), disposto a provar que era ele mesmo quem comunicava.
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    Diante do exposto, deixo sugestão que reputo produtiva: ou se exclui o texto plagiado do artigo ou cita-se o autor nas referências. Caso não o faça, além do aspecto ético, vai dar munição pesada para seus detratores, que poderão acusar o caçador de plágios de ser plagiador.

  7. Sanchez Diz:

    Montalvão
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    Muito bom você ter voltado. O trabalho dele tá faltando aaê tio.
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    Essa semana o jornal da band está apresentando uma serie de reportagens intitulada “A cura pela fé” e sabe quem é vai aparecer lá? O dito médium João de Deus. Não percam!

  8. Vitor Diz:

    Montalvão,
    havia dúvidas se vc iria querer seu nome associado. Uma vez já tive problemas em incluir o nome de uma pessoa em agradecimento, mesmo tendo brigado com ela, e ela assim que soube pediu para retirá-lo. De qualquer forma, está escrito que o artigo “ainda deve sofrer modificações para futura publicação em uma revista científica”, e pretendia contatá-lo para incluí-lo como co-autor, já que se trataria de um veículo oficial. De qualquer forma já que vc se sentiu excluído amanhã coloco seu nome e reupo o artigo, ok? Ainda quero colocar a contribuição do JCFF também.

  9. Vitor Diz:

    Também essa foi uma forma de saber se vc continuava acessando o blog 🙂

  10. Gorducho Diz:

    Alô, alô Dr.: vê como no espiritismo NUNCA as coisas são como constam nas publicações?
    Lembras seus comentários acerca das (2) 2 SPRs?

  11. Gorducho Diz:

    Interessante: por que não consultar o autor da metade lógica do artigo – o Analista Montalvão – antes de publicar um artigo…

  12. Vitor Diz:

    Pura provocação 🙂

  13. Vitor Diz:

    “vê como no espiritismo NUNCA as coisas são como constam nas publicações?”
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    Que mania de dizer NUNCA… foram as próprias publicações que permitiram encontrar o possível canal pelo qual as informações poderiam ter vazado.
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    “Lembras seus comentários acerca das (2) 2 SPRs?”
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    O trabalho das duas SPR’s é infinitamente superior em rigor e detalhes a qualquer coisa que qualquer núcleo espírita já tenha produzido, até porque os membros da SPR tinham todo o interesse em desmascarar os médiuns, e os espíritas no Brasil passam bem longe disso. Mesmo assim os próprios espíritas fornecem os subsídios que permitem criticar seus trabalhos. Até mesmo a AME – Associação Médico Espírita – admitiu que Chico entrevistava as pessoas na fila, por exemplo.
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    Engraçado que não se vê NENHUM grupo cético no Brasil fazendo pesquisas com médiuns.
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    As melhores pesquisas atuais com médiuns no Brasil são feitas pelo núcleo do INTERPSI SP, que conta com uma equipe de cientistas altamente qualificados em minha opinião.

  14. Vitor Diz:

    “Custa-me reconhecer, dadas as divergências notórias no que concerne ao Sobrenatural,”
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    Cada caso é um caso. Uma das primeiras coisas que aprendi ao estudar esse campo é que não dá para jogar tudo no mesmo saco.
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    “portanto serei econômico ao adjetivar o trabalho da Administração junto c/o Sr. Maraldi: sucinto e BRILHANTE!”
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    Obrigado, mas não é brilhante. Qualquer um que tenha o trabalho de ler criticamente as fontes originais buscando por meios de vazamento de informações percebe. É claro que ler os livros do e sobre o Chico é uma tarefa bem ingrata… 🙂

  15. Vladimir Diz:

    .
    Vitor,
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    O Marciano e o Gorducho são céticos incorrigíveis em relação a documentação da SPR.
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    É igual a historia do Gardner…

  16. Gorducho Diz:

    Este affair tinha 2 ramificações lógicas.
    i) o texto das mensagens;
    ii) a origem das informações verdadeiras nelas.
    O AMo já havia elucidado (i), que neste caso evidencia-se pelo uso das gírias e a incoerência em relação à 1ª mensagem.
    Mas (ii) permanecia em aberto, pelo menos para mim. Vocês conseguiram estabelecer o elo para o possível fluxo das informações.
    É BRILHANTE sim.

  17. Gorducho Diz:

    O Richet e o Geley também aparentavam rigor e riqueza de detalhes, Sr. Administrador. Por que devemos esculachar o IMI e idolatrar as SPRs?
    A prova é o fato que hoje não ocorrem os “fenômenos”, tanto que os parapsicólogos, reconhecendo isso, tiveram que inventar “fenômenos fictícios”, nunca antes alegados.
    E, por favor, me poupe de ter que escutar de novo a desculpa do Rhine aquela do jogador borracho no cassino.
     
    Engraçado que não se vê NENHUM grupo cético no Brasil fazendo pesquisas com médiuns.
    Para nós céticos, “médiuns” não existem. Tanto isso é verdade que veja-se o desespero seu e dos demais Crentes, sempre citando 100 ou mais anos atrás.
    Mas, então, vamos fazer os experimentos.

  18. Gorducho Diz:

    As melhores pesquisas atuais com médiuns no Brasil são feitas pelo núcleo do INTERPSI SP, que conta com uma equipe de cientistas altamente qualificados em minha opinião
     
    Fizeram as pesquisas de acordo com o por nós recomendado? Quais foram os resultados?

  19. Vitor Diz:

    Artigo reupado!

  20. Gorducho Diz:

    Seria interessante, Srs. (3) articulistas, que analisassem o que é dito no Investigating the Fit… acerca do Grameiro…

  21. MONTALVÃO Diz:

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    Sanchez Diz: Montalvão, muito bom você ter voltado.
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    RESPOSTA: não “voltei” companheiro, meus afazeres atuais impedem-me a participação nos moldes anteriores, no entanto, vez em quando, dou uma passada d’olhos para ver as novidades. Mesmo assim, fico lisonjeado pela deferência.
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    Vitor Diz: Montalvão, havia dúvidas se vc iria querer seu nome associado. Uma vez já tive problemas em incluir o nome de uma pessoa em agradecimento, MESMO TENDO BRIGADO COM ELA, e ela assim que soube pediu para retirá-lo.
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    RESPOSTA: primeiro, até onde sei, não brigamos: temos fortes divergências opinativas, mas tal não impede que eu o receba cá em casa para um café com rapadura.
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    Seja como for, admirei-me que tenha citado artigo do Biasetto, este sim, que o esculachou até onde é possível esculachar alguém. Não que eu seja contra o Biasetto, gosto dele, mas, agora me pergunto: será que o consultou?
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    “De qualquer forma, está escrito que o artigo “ainda deve sofrer modificações para futura publicação em uma revista científica”, e pretendia contatá-lo para incluí-lo como co-autor, já que se trataria de um veículo oficial. De qualquer forma já que vc se sentiu excluído amanhã coloco seu nome e reupo o artigo, ok? Ainda quero colocar a contribuição do JCFF também.”
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    RESPOSTA: sem problema, mesmo porque participar de artigo em que o José Carlos participa me é envaidecedor.
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    “Também essa foi uma forma de saber se vc continuava acessando o blog”
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    RESPOSTA: acessar o site acesso, apenas não estou podendo me envolver nas discussões.
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    Porém, já que estou aqui, publico mensagem que enviei ao Caroli e ao Alexander Moreira, para conhecimento de quem a queira conhecer. Dela eu havia falado há meses, mas fiz certas alterações e incluí algumas coisas. Estou aguardando se respondem…
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    Prezados senhores,

    Envio-lhes texto de minha autoria, no qual analiso o estudo que recentemente realizaram em análise às cartas de Jair Presente, para que tomem conhecimento e, se desejarem, comentem.
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    Aproveito para lembrar-lhes que, em junho de 2014, enviei-lhes inquirição (a seguir reproduzida) para a qual aguardo resposta até a presente data. Seria muito produtivo para mim contar com a manifestação dos senhores, uma vez que pode esclarecer-me certas dúvidas e levar-me a corrigir pronunciamentos que tenho feito, contraditórios à realidade da manifestação de mortos dentre os vivos.
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    Desde já, grato pela atenção,
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    Moizés Montalvão
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    1ª MENSAGEM.

    Em 26/6/2014
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    Prezado Dr. Alexander Moreira-Almeida,
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    Tenho examinado artigos de sua autoria e os qualifico como ilustrativos. Embora discorde do embasamento de algumas de suas produções, notadamente as atinentes à mediunidade, visto que considero inexistirem evidências satisfatórias de que espíritos de mortos interajam de alguma forma com vivos, mesmo assim, aprecio o trabalho que realiza: somente com pesquisas adequadas é que as dúvidas dos céticos serão respondidas e a fé dos crentes reforçada (ou não).
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    Dentro do espírito de buscar os melhores esclarecimentos para o assunto, indago: por que que motivo os pesquisadores da mediunidade não buscam implementar verificações objetivas com espíritos e preferem se apoiar em demonstrações subjetivas? Vou explicar melhor.
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    As evidências que conheço a respeito da atividade de espíritos dentre os vivos são todas de natureza pessoal: passíveis de satisfazer a alguns e causar repúdio em outros.
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    Os melhores médiuns prolatam recados dos mortos aos parentes vivos, produzem livros, supostamente ditados por falecidos, ou pintam, compõem música… Infelizmente, a meu ver, nada disso pode ser usado como prova legítima, pois sempre há a possibilidade de que o medianeiro tenha obtido os informes por meios naturais e faça uso de suas próprias habilidades, atribuindo o resultado à influência de seres de outra dimensão.
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    Considerando que as experiências feitas com médiuns, acredito, não pretendam tão somente satisfazer a quem já acredita na ação de mortos, para os quais qualquer “prova” é aceitável, suponho que seria de elevada importância realizar experimentos em que a real presença de desencarnados no ambiente seja demonstrada. Verificações da espécie, com controles e metodologia adequados, teriam muito mais valor, e forneceriam evidências robustas de que espíritos dos mortos estejam em atividade na natureza.
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    Penso em testes simples e concretos, tipo vendar o médium e pedir ao espírito com quem faz contato que leia trecho de uma revista aberta a esmo, ou qualquer outra modalidade em que a ação de inteligências invisíveis fique patente.
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    Acontece que não encontro quem sequer pense em realizar exames assim. Eu mesmo tentei com alguns médiuns que conheço e nem quiseram cogitar da ideia.
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    Diante do exposto, deixo-lhe a indagação: por que experimentos dessa modalidade não são implementados, inclusive por sua respeitável pessoa? E, aproveito, para lhe deixar a sugestão de que os realize e publique os resultados.
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    Apreciaria muito a gentileza de uma resposta, visto que participo de discussões sobre o assunto e ainda não achei quem preste esclarecimentos aceitáveis. Há algumas semanas enviei solicitação semelhante ao NUPES, infelizmente até aqui sem retorno…
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    Cordiais saudações,
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    Moizés Montalvão
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    .2ª MENSAGEM.
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    Considerações a respeito do estudo de Alexandre Caroli Rochal, et al, intitulado INVESTIGANDO O ACERTO E A PRECISÃO DA ALEGADA ESCRITA MEDIÚNICA: UM ESTUDO DE CASO DAS CARTAS DE CHICO XAVIER

    Por Moizés Montalvão
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    O estudo assinado por Alexandre Caroli, Denise Paraná, Elisabeth Freire, Lotufo Neto e Alexander Moreira, tem certas estranhezas estranhas. Começa que o artigo foi elaborado por brasileiros sem versão em língua pátria. Parece que não querem, ou não estão interessados, que conterrâneos conheçam a obra. As razões para tal só podemos especular. Talvez pretendam divulgar (pregar) o nome de Chico Xavier aos americanos e daí para o mundo. Podem ter em mente que o médium seja suficientemente conhecido no Brasil e em países de influência lusa, portanto não se faz necessário publicar o estudo em português. Numa visão menos generosa, é possível que os autores saibam que a produção possui fraquezas acentuadas e acreditem que os americanos não as percebam com a facilidade que teriam analistas brasileiros.
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    Seja qual motivo tenha levado os autores a assim agir, uma coisa é certa: dificilmente trabalho dessa natureza terá boa receptividade perante olhos medianamente críticos. Mesmo levando em conta que a matéria não tenha cunho taxativo, ou seja, não faz afirmações definitivas a respeito da mediunidade geral e da mediunidade específica de Chico Xavier (as declarações são precedidas de “suposto”, “supostamente” e, sendo assim, pode ser considerada mais matéria avaliativa que demonstrativa), com tudo isso, dificilmente despertará maior interesse por parte de cabeças pensantes, seja daqui, seja de lá. A verdade é que o entorno mediúnico tem pouco a oferecer de concreto em termos de esclarecimento e “muito” a oferecer em dúvidas…
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    Clichês, comuns em textos louvativos a Chico, são vistos no artigo, qual o de ressaltar que Chico fora iletrado, pobre, desapegado de bens materiais, que nada cobrava pelo atendimento, como se essas atitudes e situações pudessem dar reforço, ou mesmo legitimar, a mediunidade do homem de Uberaba e a mediunidade geral (aqui no sentido de real contato entre mortos e vivos).
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    Também o conceito de “médium” no artigo é claramente expandido para áreas em que a mediunidade não cabe, os próprios autores se confundem quando afirmam:
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    “A mediunidade é geralmente definida como uma experiência em que um indivíduo (o chamado ‘médium’) alega estar em comunicação com o falecido. As experiências mediúnicas são fenômenos relatados ao longo da história humana, expressos como oráculos, profetas e xamãs, e sendo parte das raízes grega, romana e judaico-cristã da sociedade ocidental, bem como do budismo tibetano e do hinduísmo.1,2 Nos últimos anos, tem havido um interesse público elevado nos fenômenos mediúnicos, como ilustrado pela alta popularidade de programas de televisão, livros e filmes que exploram o tema.”
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    Sendo a mediunidade definida como o intercâmbio entre médium e falecido, nem oráculos, nem profetas seriam médiuns no sentido espiritista/espiritualista: a não ser que os autores pretendam reduzir, arbitrariamente, quaisquer imaginadas interações com forças sobrenaturais a efetivo contato entre vivos e almas de mortos, o que seria um grande equívoco: um dentre os vários achados na matéria sob exame.
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    O mais complicado no artigo (que dificilmente encontrará guarida nas áreas pertinentes), é a proposição de que o estudo da mediunidade seja importante para se compreender a relação mente-cérebro. Se essa assertiva fosse verdadeira, significaria que pesquisas sobre a mente e o cérebro desprezam quesito necessário no esclarecimento de questões que esperam por respostas objetivas, a principal delas seria: como o cérebro gera a mente? A inserção da mediunidade no contexto elucidaria que o cérebro não “produz” a mente, sendo esta construto apartado da estrutura cerebral. Este parece ser o raciocínio que motivou os autores a produzir o singelo estudo que ofertaram aos americanos: pretendem esclarecer aos filósofos da mente, aos psicólogos e neurocientistas que se encararem com atenção a mediunidade acharão caminho facilitado a esclarecer os mistérios da consciência. Dizem os autores que no passado a mediunidade subsidiou investigações a respeito de dissociações, mas esquecem que esse “subsídio” se consubstanciou na convicção de que médiuns autênticos (ou seja, que não fraudam conscientemente) em verdade dissociam personalidade estranha (pseudopersonalidade) e as vivenciam qual fosse ente espiritual em comunicação.
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    São feitas declarações discutíveis e tendenciosas, como o exemplo a seguir:
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    “A investigação científica da mediunidade começou no final do século XIX. Muitos cientistas e estudiosos que participaram nestas primeiras investigações, como William James, concluíram que as explicações ortodoxas (ou seja, fraude, acertos felizes ou puro acaso e atividade inconsciente) poderiam explicar muitas, mas nem toda a evidência empírica obtida, e a maioria deles veio a aceitar a existência de percepção extra-sensorial e/ou sobrevivência da consciência.”
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    Ainda que “muitos” cientistas concluíssem qual os autores propõem, e também esta fosse a ilação de James (mas que não está adequadamente descrita), isso não significa que essa conclusão fosse a melhor. E, mesmo que a ideia atribuída a James seja aceitável (que fraudes, acertos casuais, acaso e atividade inconsciente explicassem algumas mas não todas as manifestações alegadamente mediúnicas), o que ultrapassasse o âmbito das hipóteses naturais conhecidas não seria necessariamente de natureza espiritual. Concluir pela espiritualidade por eliminação é procedimento perigoso, perigoso por que dá a falsa aparência de que causas naturais tenham se mostrado insuficientes para esclarecer as coisas misteriosas. Mas a realidade é diferente.
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    O fato é que os pesquisadores da mediunidade almejam demonstrá-la esmiuçando os alegados fenômenos mediúnicos: querem provar a realidade da coisa com a coisa a ser provada; assim, a suposta capacidade de Chico Xavier em contatar mortos é inferida da produção dita mediúnica realizada pelo médium. Essa forma de investigar seria produtiva se a mediunidade (no sentido de real intercâmbio comunicativo entre vivos e mortos) estivesse firmemente estabelecida. Entretanto, a interação entre vivos e mortos é apenas suposta, admitida, tomada como realidade, ou seja, inexistem experimentos, verificáveis e repetíveis, que evidenciem a presença de desencarnados na natureza. Nem os pesquisadores pioneiros, nem os atuais, realizam testes confirmativos da ação de espíritos em meio aos vivos.
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    O estudo de Caroli, Alexander, e outros, segue igual caminho. Os autores dizem ter se inspirado na sistemática investigativa de Ian Stevenson. Este pesquisador analisava depoimentos reencarnatórios de infantes, que diziam ter sido outras pessoas em vida anterior, e a estes depoimentos somava os dos demais envolvidos (parentes, vizinhos, pesquisadores locais), e conferia o nível de acertos em relação a quem o suposto reencarnado afirmava ter sido. Nomes de parentes, endereço, objetos da antiga morada, eram quesitos aferidos se do conhecimento do declarante. Quanto mais a criança “acertasse” mais “sugestivo” seria o caso. É claro que tentar provar a reencarnação, e mediunidade, por essa via, em verdade, é pouco produtivo. Mesmo que o investigador seja rigoroso na conferência e a criança profira muitas declarações verificáveis (e confirmadas) tal não seria razão suficiente para legitimar a reencarnação. Se reencarnação e mediunidade fossem evidenciadas por experimentos satisfatórios, aí o caso mudaria de figura e os relatos de outras vidas, e de médiuns recebendo comunicações de mortos, ganhariam consistência. No caso da mediunidade, sem dispor de elementos que atestem seguramente a presença de espíritos, os depoimentos são anedóticos e pouco valem como comprovação de que espíritos de mortos interajam com vivos.
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    Há outras dificuldades nesse estudo, uma delas é a não apresentação das cartas nas quais a reflexão se baseou. Entende-se que daria um trabalhão traduzir as treze missivas para o inglês, notadamente pelo fato de a maioria delas ter sido redigida com muitas gírias, mas os autores teriam de dar melhor desfecho ao problema: omitir as cartas não seria solução. Supondo-se que o artigo despertasse o interesse de americanos estes certamente pretenderiam examinar o material de base: não estando disponível prejudica uma verificação técnica. Essa situação nos remete a dois pontos, o primeiro trata do contexto dos acontecimentos em que Jair Presente acreditamente se manifestou. O segundo nos leva a pensar no trabalho de Ian Stevenson. Comecemos por Stevenson.
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    Quem examina as pesquisas de Ian Stevenson não pode deixar de perceber que a lide foi realizada com seriedade e critério. As tabulações feitas a cada caso e as considerações dela decorrentes indicam que investigador se esforçou por extrair conclusões seguras devidamente apoiadas pelos dados colhidos. O trabalho presentemente analisado também vai por esse caminho. Em avaliação superficial, parece que se trata de estudo à prova de críticas, infelizmente é apenas aparência. O problema está no contexto das informações, ou seja, basta pequenos esquecimentos ou avaliações tendenciosas para se obter material favorável ao objetivo da pesquisa. Sabe-se ser possível elaborar boas estatísticas com dados espúrios e esse equívoco fica muito claro quando avaliamos contextos por nós conhecidos.
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    No caso de Stevenson, a maioria de seus leitores pouco sabe da mentalidade, costumes e atitudes dos asiáticos investigados. O leitor fica à mercê das assertivas do investigador, esperando que tenha filtrado convenientemente o que fosse válido no material colhido, mas sem meios de saber se assim aconteceu. No caso desse estudo sobre Chico Xavier que ora analisamos a avaliação do contexto é facilitada por se tratar de evento mais ou menos dentro de nosso universo social. Observem que digo “a avaliação é facilitada” e não que “a avaliação seja fácil”. Por exemplo, o próprio artigo noticia que Xavier entrevistava os visitantes. Esse dado constitui notícia importante. Se havia entrevistas havia probabilidade da coleta de informações úteis ao médium, que as inseriria reconfiguradas nas psicografias.
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    É fato que o texto defende a inexistência de informes assim passados. Segundo dizem, a conversa era rápida, sem meios de o médium captar notícias aprofundadas. Inclusive, o testemunho de vários dos brindados com psicografias parece coincidir, ou seja, deram mínimas informações, quais nome do falecido e data de nascimento.
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    “O serviço prestado nessas reuniões era gratuito. Todas as tardes de sexta-feira as pessoas se reuniam em uma fila pela oportunidade de conversar por alguns minutos com Xavier. Entre as 14 e as 18 horas, Xavier trocava algumas palavras com cada um dos participantes na fila.”
    […]
    “SP informou que quando ela e seus pais chegaram ao centro espírita de Xavier, em uma tarde de sexta-feira, eles tiveram apenas uma breve conversa com ele. De acordo com seu relato, depois de esperar na fila, a única coisa que ela disse para xavier era que ela tinha perdido seu irmão e que os pais dela ficaram devastados e que gostariam de receber alguma notícia dele ou até mesmo uma carta. SP tinha certeza que eles não disseram nomes ou forneceram qualquer outra informação a Xavier.”
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    Ocorre que é difícil confirmar se aconteceu mesmo desse modo. A pessoa pode estar consciente de que só passou o essencial, mas o médium poderia, discretamente, obter mais informações com perguntas casuais, ou outros meios. Chico havia conferido a si mesmo a missão de consolar aflitos, nada obsta que seu bom coração considerasse que o atingimento da meta valesse a aplicação de táticas espertas. Este aspecto é importante na análise dos acontecimentos e de difícil elucidação, quer dizer: nem se pode afirmar taxativamente que havia coleta de informações (fosse por Chico ou por auxiliares do centro), embora exista a suspeita de que assim acontecesse, tampouco se pode defender que não havia. Então, se não existirem outros meios de corroborar a ação dos espíritos, a passar notícias de si mesmos, a alegação de que o “médium não sabia” das coisas que proferiu deixam de ser confiáveis.
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    Resumindo: os autores produziram trabalho aparentemente bem argumentado, porém firmado em bases incertas. O estudo da mediunidade não será eficaz se se apoiar somente nas realizações dos médiuns, por mais prolíficos que sejam. Os defensores da mediunidade (esta enquanto efetivo intercâmbio comunicativo entre mortos e vivos), precisam primeiro demonstrar que espíritos realmente comunicam: pela aplicação de testes adequados; suprida essa exigência básica, teriam de demonstrar, a cada evento, que houve comunicação e que o comunicante fosse quem diz ser. Sem esses pontos devidamente esclarecidos, as Escalas de Acerto e de Vazamentos utilizadas nesse estudo perdem toda eficácia.
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    II
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    Mais estranhezas no estranho estudo de Caroli, alexander e Cia.
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    Além de não terem mostrado as cartas psicografadas por Xavier (ou ao menos parte delas), também não apresentaram escritos de Presente quando vivo. Declaração dos autores, constante no artigo, indica que produções de Jair em vida existem, e foram por eles examinadas, mas parece que acharam desimportante expô-las. Essas falhas enfraquecem bastante o trabalho alegadamente investigativo que realizaram.
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    “Este conjunto de 12 cartas foi caracterizado pelo uso intensivo de gírias, humor, trocadilhos, e expressões coloquiais. Encontramos este mesmo tipo de linguagem nos escritos pessoais de JP e SP confirmou que algumas das expressões coloquiais utilizadas nas cartas eram típicas do vocabulário de JP. […]”
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    Há um problemão, que passou despercebido aos olhos dos investigadores, inclusive aos olhos do Alexandre Caroli Rocha, que tem formação na área de letras e, a meu ver, deveria ter notado. Falo da expressiva mudança de estilo havida a partir da segunda carta. Este quesito denunciei anteriormente quando examinei estudo de Maria Julia Peres e outros, intitulado “Análise Científica da Mediunidade de Chico Xavier”, no qual o caso Jair Presente é dado como como uma das provas da mediunidade, e aqui a desatenção se repete: ou, talvez tenham percebido e preferiram não mexer no assunto.
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    “A análise qualitativa do conteúdo da carta indica que o autor procurou principalmente trazer consolo e conforto para a família, pedindo-lhes para permanecer calmos e positivos, e a manter a sua fé no amor inabalável de Deus.” – [refere-se à primeira carta]
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    Então, na primeira missiva o teor da escrita é o típico de Chico Xavier, praticamente igual para todas as milhares de psicografias que produziu, dando a entender que, ao chegar no além, os estilos se nivelam num padrão rígido. Um exame crítico desse estado de coisas remete à conclusão de que as cartas possuem elaborador terreno, ou seja, o próprio Chico Xavier. Talvez por isso os autores optaram por deixar a coisa quieta.
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    No entanto, com Jair Presente aconteceu o imprevisto: a partir do segundo imaginado contato, o estilo mudou radicalmente. O que teria acontecido? Creio não seja difícil entender. Esta segunda epístola abre com o exórdio: “Oi Carlos, pedi vez e obtive.” Provavelmente o Carlos, um dos amigos de Presente, presente quando ocorreu o afogamento, tomou conhecimento da psicografia e questionou a enorme diferença entre a carta de Chico e o modo de Jair escrever quando vivo. Essa objeção deve ter embaraçado os familiares que, no encontro seguinte, a expuseram ao médium. Chico tratou de acertar as coisas e eis que surge um novo Jair, agora presente num mar de gírias (gírias até demais, diria eu), disposto a provar que era ele mesmo quem comunicava.
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    FALANDO DE COISAS QUE NÃO PODERIA SABER
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    O artigo ressalta e exalta ter Chico Xavier dito coisas que não poderia saber por meios normais: fatos íntimos da vida do falecido e de seus familiares aparecem nas psicografias. As hipóteses concorrentes não são capazes de explicar por inteiro o fenômeno, assim entendem os responsáveis pelo estudo. Deixemos que os autores falem:
    ./
    “Explicações normais para comunicações ‘mediúnicas’ são fraude e criptomnésia (isso é, memória subconsciente latente).8 Xavier poderia ter lido artigos nos dois jornais locais de Campinas que relataram a morte de JP e conscientemente (fraude) ou inconscientemente (criptomnésia) comunicado esta informação nas cartas.” […]
    “Outra explicação ortodoxa comum para os fenômenos mediúnicos é que o médium obtém informações sobre os seus clientes através do processo de ‘leitura fria’.
    […] O acaso sozinho poderia explicar o acerto de alguns casos isolados de informação, mas não parece plausível que a precisão de um grande conjunto de dados pudesse ser explicada apenas por acertos fortuitos. […]”
    .
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    Temos, pois, cinco hipóteses alternativas: fraude, criptomnésia, leitura fria, acaso e vazamento de informações (não citada nos exemplos acima mas contida no artigo). Desnecessário dizer que os pesquisadores consideram todas inaplicáveis ao caso. Provável que algum adepto da parapsicologia requeresse a inclusão da telepatia entre as suposições a ser consideradas. Ainda bem que os autores não pensaram nisso, pois complicaria o que já está complicado. Pois eu defendo que todos os quesitos citados são aplicáveis a Chico, mas não de modo definido como, por exemplo, concluir que o espetáculo mediúnico fosse por inteiro fraudado. A fraude aplicada a Chico não pode ser considerada a simples simulação, feita com técnica apurada, de modo a convencer os desavisados. Há indícios de que em certas ocasiões Chico tenha optado conscientemente pelo logro, qual ocorreu com as materializações e os “perfumes espirituais”. No geral, entretanto, parece-me que Chico precisava acreditar que espíritos estivessem com ele por uma questão de sobrevivência psíquica. Se os “espíritos” o abandonassem creio que entraria em processo de desagregação mental a culminar na insanidade.
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    Então, ante a pergunta: “acha que Chico utilizasse engodos na atividade mediúnica que exercia?” Minha resposta seria: “sim, mas antes de lograr os que o procuravam ele iludia a si mesmo.”
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    Podemos aventar a suposição de que a mediunidade de Xavier fosse oriunda da conjugação de diversos quesitos, desde habilidades pessoais, até acertos fortuitos, advindos de ilações intuitivas. Antes que alguém indague o que seria “ilação intuitiva” explico que se trata de percepções felizes proporcionadas pela experiência de dialogar rotineiramente com muitas personalidades diferentes: quanto mais se conhece as peculiaridades das pessoas mais fácil se torna “adivinhar” fatos de suas vidas.
    .
    A leitura fria aplicada a Chico se confunde com o vazamento de informações: considero este o quesito mais importante a explicar os acertos que tanto deslumbram os admiradores do médium. É comum ouvir-se declarações de quem esteve com Chico a garantir que “nada disse”, que as revelações apareceram exclusivamente pelos poderes do médium. Contudo, sabemos que havia entrevistas com os visitantes, que duravam vários minutos:
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    “Todas as tardes de sexta-feira as pessoas se reuniam em uma fila pela oportunidade de conversar por alguns minutos com Xavier. Entre as 14 e as 18 horas, Xavier trocava algumas palavras com cada um dos participantes na fila.”
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    Em “alguns minutos” dá para noticiar muitas coisas. É difícil de aceitar que nesses interstício Chico só indagasse o nome do falecido e o resto do tempo permanecesse calado. É óbvio que um diálogo se travava e os visitantes abriam seus corações. Xavier devia selecionar dentre os entrevistados os que julgasse mais promissores e neles focava o trabalho psicográfico. Importante lembrar que nessas reuniões costumavam estar centenas de ansiosos por psicografias, mas só uns poucos eram abençoados. As notícias informam que o médium psicografava cerca de seis cartas por noite. Isso mostra que as reuniões com Xavier findavam com mais desconsolados do que satisfeitos.
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    Podemos ter por certo que as pessoas falavam mais coisas do que lembravam. Isso, sem levar em conta que indivíduos habilidosos conseguem de um informe aparentemente desimportante extrair acertadamente outros dados, sem necessidade de que o consulente faça comentários, às vezes nem é preciso que diga nada, sua expressão revela muitas coisas. Por exemplo, sabendo que pai e mãe estão dominados pela dor da perda, é fácil concluir que vaguem pela casa tristes, que contemplem as coisas do falecido e chorem; sabendo-se que o falecido morreu afogado é simples concluir que os que estavam com ele gritaram por seu nome, que ao ser retirado d’água recebeu massagens…

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    INFORMAÇÕES NOTÁVEIS EM NOTÁVEL QUANTIDADE
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    Outro destaque no estudo refere-se ao número de acertos.
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    “Considerou-se que a força deste estudo encontra-se na grande quantidade de informação transmitida pelas cartas. O fato de que entre os 99 itens de informações específicas não havia uma única errada parece notável. O acaso sozinho poderia explicar o acerto de alguns casos isolados de informação, mas não parece plausível que a precisão de um grande conjunto de dados pudesse ser explicada apenas por acertos fortuitos. No entanto, uma limitação deste estudo é que ele analisou apenas uma parcela muito pequena das cartas psicografadas de Xavier. Não sabemos até que ponto estas 13 cartas são uma amostra representativa das milhares de cartas produzidas por ele ou se são apenas exemplos excepcionais.”
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    Os autores destacam a elevada quantidade de declarações corretas como indicação de que o espírito estivesse em comunicação, por exemplo, na primeira carta elencam 16 itens verificáveis (e acertados). Entretanto, o exame desses “acertos” mostra a generosidade com que trataram a análise. Tirando o “avô Basso” que demandaria maiores investigações para saber como Chico teria chegado a ele, os demais são trivialidades, facilmente deduzíveis por quem experiente no exercício da vidência, ou vazamento informativo desapercebido pelo informante. Por exemplo, Jair Presente foi vítima de afogamento. A partir dessa notícia pode-se inferir uma série de ocorrências, quais a de que os acompanhantes do afogado ficaram aflitos, chamaram pela vítima, tentaram socorrê-la… A gentileza dos pesquisadores para com a mediunidade é tão patente que chegam a classificar erranças como acertos (veja-se os itens 3, 12), e questão duvidosa como informação segura (a suspeita de que usaram drogas, itens 12, 13, e notícia muito vaga para ser considerada revelação espiritual, item 14). Verifiquemos os tópicos da primeira carta (os textos em vermelho são meus comentários).
    .
    Usarei a seguinte notação para expressar as hipóteses plausíveis em cada quesito:

    A: acerto afortunado;
    E: obtido na entrevista;
    O: informação deduzida de outra;

    1 – Sueli [E]
    .
    2 – Meu avô Basso (falecido) [O: Chico poderia ter indagado os nomes dos familiares (coisa comum em conversa dessa natureza) e do sobrenome da mãe deduzido o “avô Basso”]
    .
    3 – Elvira (tia de JP, falecida) [A: observe-se que “tia” Elvira foi achada pela mãe de Jair, ela não estava na psicografia: o “falecido” ao falar da mulher, dissera: “Aqui comigo estão o meu avô Basso e um coração de benfeitora a quem chamo Irmã Elvira”. O empenho em validar a mensagem é patente: a Elvira fora um “brinde” de Chico à psicografia, como achou-se um parente com esse nome a casualidade contou como ponto favorável.]
    .
    4 – vejo-os no quarto, guardando-me as lembranças como se devesse chegar a qualquer instante [O: pais de coração despedaçado têm reações típicas]
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    5 – um passeio [E]
    .
    6 – Domingueiro [E ou O]
    .
    7 – Sou eu quem deu tanto trabalho aos amigos [O: fácil deduzir que alguém que se afoga dá trabalho para os amigos]
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    8 – Notei quando me chamavam [O: idem, como acima]
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    9 – quando me abraçavam [O: idem, como acima]
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    10 – Massageavam [O: idem, como acima]
    .
    11 – e me faziam quase respirar sem conseguir [O: idem, como acima]
    .
    12 – não havia drogas, estávamos sóbrios [Aqui temos uma falha informativa, não notada pelos pesquisadores. No texto da psicografia consta:
    “Deixei o corpo num domingo, sem extravagâncias quaisquer. Há quem pense em drogas quando se deixa à vida física assim qual me sucedeu. Mas não havia drogas, nem abuso da véspera. Estávamos sóbrios e brincávamos à maneira de pássaros descuidados.”
    .
    Sobre as drogas falarei adiante, vejamos a sobriedade afirmada. No estudo que ora analisamos consta declaração dos companheiros do morto, noticiando que:
    ./
    “Os amigos relataram que não houve uso de drogas e muito pouco consumo de álcool durante a manhã do acidente fatal.”
    ./
    Vejam que Jair declarara-se plenamente consciente durante a excursão, mas os amigos confessaram que haviam bebido (“pouco”) durante a manhã. Quem é dado a sobriedade dificilmente bebe pela manhã, quem o faz geralmente vem de uma noite de farra, ou está habituado ao uso do álcool. Embora não possamos reconstruir os acontecimentos, fica a suspeita de que haviam ao menos bebido o suficiente para ficarem “animados”.
    .
    13 – nem abuso da véspera [de sua morte] [Aqui entra a questão das drogas. Não se sabe como foi que o assunto chegou à família, mas é certo de que havia a desconfiança de que os rapazes fossem ao local para experimentar fortes emoções. Chico, como consolador, sempre absolvia os mortos. E este é componente comum nas psicografias, que parece os autores desconhecem: em todas as cartas mediúnicas, cujas mortes se deram em acidentes, ou suicídio, a responsabilidade do morto na ocorrência é descartada; drogas e bebidas ficam de fora das missivas de Chico. Os falecidos são descritos criaturas comportadas, sem interesse nos prazeres proporcionados pelos estupefacientes e muito prudentes. Porém, o senso comum nos diz que o contrário é o mais provável. O caso é que a missão à qual Chico se dedicou era a de proporcionar consolo aos enlutados e os “mortos” não iriam conspurcar esse compromisso confessando-se causadores dos eventos trágicos.]
    .
    14 – Estou saudoso dos estudos e das aulas; [não sei porque classificaram esse item de acerto: como conferir se o falecido realmente sente saudades do que quer que seja?]
    .
    15 – aquele beijo de todos os dias [O]
    .
    16 – Jair [E]
    .
    /
    Como se pode ver, as escalas de vazamento e de acertos são ferramentas altamente subjetivas, suas eficácias dependem da forma como o pesquisador encara o tema que investiga. A mediunidade carece de experimentos objetivos, em que a participação de espíritos na natureza seja concretamente demonstrada. Admiravelmente, os que defendem a ação de mortos em meio aos vivos esquivam-se de implementar tais verificações, as quais, se fossem realizadas com critérios técnicos e efetivamente confirmassem a presença de desencarnados, solucionaria quase dois séculos da suspeita (praticamente certeza) de que morto algum comunique com quem vivo.

    =====================================.
    Cordiais saudações.

  22. Gorducho Diz:

    “Grameiro” no Pesquisa avançada retornou só
     
    Name of institution ‘Grameiro’ (Spiritist Center in Campinas) 2 (2.8%)
     
    na tabela de acertos da pg. 29 do manuscrito aceito para publicação.

  23. Vitor Diz:

    “O Richet e o Geley também aparentavam rigor e riqueza de detalhes, Sr. Administrador. Por que devemos esculachar o IMI e idolatrar as SPRs?”
    .
    Não é esculachar o IMI, mas reconhecer que a SPR fez um trabalho superior. O IMI não contava com mágicos à sua disposição (ao menos de cabeça não lembro de um sequer). A SPR tinha Hodgson. Os membros da SPR eram altamente críticos, vários deles céticos ferrenhos, como Frank Podmore, Walter Franklin Prince, o próprio Hodgson. Também tinha um time de psicólogos do mais alto gabarito, como William James e os Sidgwick, mais capazes. Essa análise psicológica dos médiuns e seus controles também é algo que falta ao IMI.
    .
    “A prova é o fato que hoje não ocorrem os “fenômenos”, tanto que os parapsicólogos, reconhecendo isso, tiveram que inventar “fenômenos fictícios”, nunca antes alegados.”
    .
    Mais um caso de investigação de macro-pk com a participação do cético Wiseman, portanto, recente:
    .
    https://notendur.hi.is/erlendur/english/Sai%20Baba%20Indians/Premananda.pdf
    .
    Se vários fenômenos alegadamente não ocorrem hoje em parte é porque os parapsicólogos desenvolveram controles eficazes. A Parapsicologia cumpriu seu papel benéfico à sociedade, impedindo a contínua profusão de charlatães da espécie. Mas há outras explicações:
    .
    http://www.medicine.virginia.edu/clinical/departments/psychiatry/sections/cspp/dops/dr.-stevensons-publications/STE33.pdf

  24. Vitor Diz:

    Montalvão,
    comentando:
    .
    a) “Seja como for, admirei-me que tenha citado artigo do Biasetto, este sim, que o esculachou até onde é possível esculachar alguém. Não que eu seja contra o Biasetto, gosto dele, mas, agora me pergunto: será que o consultou?”
    .
    Há tempos o Biasetto fez as pazes comigo e me liberou para publicar o que me desse na telha. Inclusive falei com ele quando descobri o plágio do Robson Pinheiro. Mas a pessoa que eu havia brigado não era o Biasetto a quem me referia, e sim ao Zangari. Hoje estamos bem também.

  25. Gorducho Diz:

    Claro que está claro que o artigo será revisado e acabado. Mas não entendi onde entra o capítulo cemitérios do Lanciani no affair Lentulus(?).
    Isso tem que ficar claro na citação (pg. &c)

  26. Vitor Diz:

    “Fizeram as pesquisas de acordo com o por nós recomendado? Quais foram os resultados?”
    .
    http://pepsic.bvsalud.org/scielo.php?pid=S1415-711X2007000200009&script=sci_arttext
    .
    O Zangari também já estudou casos de poltergeist. Encontrou vários fraudulentos, mas um caso impressionou-lhe bastante como genuíno:
    .
    No ano de 1987, em uma casa da periferia da cidade de São Paulo, fatos estranhos começaram a ocorrer: objetos sumiam para aparecer posteriormente do lado de fora da casa, vultos escuros eram vistos, brisas geladas eram percebidas em determinados pontos da residência e colchões, móveis e roupas eram queimados sem que ninguém tivesse colocado fogo neles. Tudo acontecia às vistas dos moradores da casa (pai, mãe e três filhos) sem que ninguém fizesse o menor movimento. A família, que era espírita, acreditava que tudo era causado pela ação de espíritos desencarnados, que agiam por intermédio do filho mais velho, então com 12 anos de idade. Apesar da explicação religiosa encontrada pela família, aceitaram que um pesquisador acompanhasse o caso.
    .
    Estando o pesquisador e a família reunidos à mesa tomando o lanche da tarde, a tampa do bule de café começou a girar e saltou, alcançando o teto. No mesmo instante um ruído foi ouvido em outro cômodo da casa. O pesquisador sozinho correu até o local e verificou que uma lata de cerveja utilizada como cofrinho havia sido atirada da estante em que ficava guardada, indo parar a cerca de dois metros de distância da mesma.
    .
    Os fenômenos pareciam estar realmente relacionados ao filho de 12 anos. O garoto dizia ser capaz de se comunicar com os vultos que, segundo ele, faziam exigências absurdas: mudar de casa, trocar de carro, deixar o garoto ficar em casa ao invés de ir à escola… As exigências eram atendidas, pois a família temia a represália dos espíritos.
    .
    O pesquisador verificou que os fenômenos eram utilizados, inconscientemente pelo menino, como forma de livrar-se de obrigações e também para satisfazer seus desejos e dominar a família. Sendo também psicólogo, o próprio investigador iniciou uma terapia familiar com a finalidade de discutir e redefinir os papéis familiares. À medida que o relacionamento familiar ia recuperando o equilíbrio, os fenômenos foram escasseando até cessarem por completo

    .
    Extraído do livro “Conversando Sobre Casas Mal Assombradas”.

  27. Vitor Diz:

    “Claro que está claro que o artigo será revisado e acabado. Mas não entendi onde entra o capítulo cemitérios do Lanciani no affair Lentulus(?).
    Isso tem que ficar claro na citação (pg. &c)”
    .
    No capítulo VII, “Roman Cemeteries”, consta o seguinte:
    .
    Ancient writers have left but little information about the personal appearance of the Savior; and the vagueness of their accounts proves the absence of a type which was universally recognized as authentic. Many documents concerning this subject must be rejected as forgeries of a later age. Such is the pretended letter of Lentulus, governor of Judaea, to the Senate, describing the appearance of Jesus.
    .
    [Os escritores antigos deixaram pouca informação sobre a aparência física do Salvador, e a imprecisão de seus testemunhos prova a ausência dum tipo que fosse universalmente reconhecido como autêntico. Muitos documentos referentes a tal tema devem ser rejeitados como falsificações de épocas mais recentes. Tal é o caso da pretensa “carta de Lêntulo”, governador da Judéia, ao Senado, descrevendo a aparência física de Jesus.]

  28. Gorducho Diz:

    Competente tradutor que é, aproveito então para solicitar seus préstimos, pois certamente me confundi nos meandros do idioma de Shakespeare (pouco surpreendentemente, pois mal-e-porcamente lido como de Camões…):
     
    During formal testing SP did not produce any phenomena.

  29. Vitor Diz:

    Gorducho,
    foi apenas para mostrar que os parapsicólogos continuam a testar as alegações. No caso do indiano materializador de objetos, era fraudulento. No caso do poltergeist de 1987, os fenômenos eram genuínos (ao menos até hoje o Zangari não tem nenhuma explicação normal para o que viu, exceto alucinação coletiva talvez….)

  30. Gorducho Diz:

    Não entendi nada do artigo do Zangari.
    Qual foi a enciclopédia utilizada, ou o banco de dados de imagens?
    Qual(is) foi(ram) o médium(ns)?
    Quais foram as respostas liteais dele(s)?
    Mas tem uma coisa boa para o Sr. Óbvio mas sempre bom repetir à exaustão (como de praxe, o negrito é meu):
    Em resumo, o estudo experimental não replicou os resultados de Bem (2003) e não encontrou correlações entre a performance dos participantes e as variáveis cognitivas avaliadas. Isso significa que não foi possível encontrar qualquer capacidade paranormal ou anômala no grupo de 52 médiuns de incorporação avaliados pelo procedimento experimental, a Habituação Precognitiva.

  31. Gorducho Diz:

    Certes… certes… Minha ronha é com os “fenômenos fictícios” inventados pela parapsicologia.
    Ele (Zangari) não usou estatística para investigar o poltergeist, não é?

  32. Vladimir Diz:

    .
    Gorducho,
    .
    Mas por que os fenômenos tem de ser replicados?
    .
    Não passou pela sua cabeça que os fenômenos podem acontecer independentemente das vontade dos “vivos” e sem que conheçamos as condições que desencadeiam tais eventos?
    .
    Só por que o fenômeno não pode ser replicado quer dizer que ele não existe?
    .
    O sr. nunca ouviu falar em relato de caso?
    .
    Acho perfeitamente plausível aceitar que fenômenos poltergeist ocorram sem aviso, sem horário, independente da vontade dos participantes…
    .
    Se todos os céticos (como o Sr) ao invés de ficar tentando “refutar” o fenômeno, buscassem uma explicação a respeito da origem deles, teríamos muito mais pessoas investigando e esclarecendo este tema tão obscuro que são os fenômenos PSI.

  33. Vladimir Diz:

    .
    A minha dúvida não é se fenômenos PSI anômalos existem (para mim isso é fato), o que me intriga é saber a origem de tais fenômenos
    .
    Se são “espíritos” dos defuntos, Super-PES, demônios (os Warren diriam quem sim rs), e etc

  34. Gorducho Diz:

    Mas por que os fenômenos tem de ser replicados?
    Porque é isso que dizem tanto os espíritas quanto os caras das SPRs (instituições as quais o Sr. tanto venera…). Os sentantes não sentavam e a Srª Piper os replicava. Se colega Phinuit não ditava receitas a mancheias?
     
    Não passou pela sua cabeça que os fenômenos podem acontecer independentemente das vontade dos “vivos” e sem que conheçamos as condições que desencadeiam tais eventos?
    Passou. Se eu chegar em casa e um ovo estiver voando e meus familiares apavorados gritando e/ou os cachorros uivando, se escondendo ou (pouco provavelmente) tentando mordê-lo – de formas que assim se exclui a possibilidade de eu estar delirando – passarei a crer. Não tenha dúvida.
    Por isso compreendo perfeitamente que o Professor tendo vivenciado os raps, e o Dr. Zangari o poltergeist, acreditem na realidade do Sobrenatural. Sem ironia muito menos sarcasmo cá: é claro que se eu presenciasse acreditaria.
    E não, não estou tentando refutar: apoio entusiasticamente os experimentos desenhados pelo nosso líder de bancada. Quem tenta desesperadamente fugir deles são os Crentes. Deixo claro que o Sr. fora: se propôs a ajudar. É a única atitude aceitável da parte de quem acredita nisso.
    Mas como frequentamos Centros espíritas e de umbanda e nada disso se passou…

  35. Gorducho Diz:

    —————————— ERRATA ——————————
    Mas com frequentamos Centros espíritas chiquistas e de umbanda e nada disso se passou…

  36. Vitor Diz:

    “Não entendi nada do artigo do Zangari.
    Qual foi a enciclopédia utilizada, ou o banco de dados de imagens?”
    .
    Eu citei o estudo como um exemplo das pesquisas de boa qualidade desenvolvidas pelo InterPsi. O tipo de pesquisa que você quer requer, antes de tudo, buscar saber exatamente o que os médiuns e seus controles alegam serem capazes de fazer. Eles alegaram serem capazes de ler livros fechados ou de visualizar imagens em cartões opacos? Sim ou não? Tal metodologia só deveria ser usada com médiuns ou psíquicos que aleguem tais capacidades. Lina Johnsson passou em testes bem controlados de imagens em envelopes opacos, mas nunca se disse capaz de ler textos escritos escondidos em envelopes opacos:
    .
    http://obraspsicografadas.org/2012/um-experimento-de-clarividncia-de-resposta-livre-com-uma-psquica-talentosa-2011/

  37. Gorducho Diz:

    Nosso experimento é desenhado para testar a hipótese espírita. E ainda não entendeu que não tem livro fechado necessariamente. O livro é ABERTO (desculpe, às vezes é necessário gritar…).
    E sim é claro que se o “médium” alegar que seu controle é cego, perimíope aguardando o SUSNL liberar os óculos, ou analfabeto, não será feito experimento com ele. Nem com aquele espírito que a equipe do Professor estava doutrinando, que lutou sob o Profeta, o qual fala português mas certamente não sabe ler o idioma nosso…
    TÃO difícil de entender isso também?

  38. Vitor Diz:

    “Nosso experimento é desenhado para testar a hipótese espírita.”
    .
    Mas eu já te disse que a hipótese espírita – de Kardec, exatamente da forma como contida na pergunta 248 do LE [248. O Espírito vê as coisas distintamente como nós? — Mais distintamente, porque a sua vista penetra o que a vossa não pode penetrar; nada a obscurece.] – JÁ FOI REFUTADA (também sei gritar, sabe?), desde o episódio “Os médiuns julgados” .
    .
    http://www.sistemas.febnet.org.br/site/indiceGeralDeRevistas/verArtigo.php?CodArtigo=1&Palavra=Gardener
    .
    Tais testes deixam claro que os espíritos, ao menos a grande maioria deles, não são capazes de ver o ambiente do mundo material à sua volta de forma tão nítida com nós, refutando a hipótese de Kardec.
    .
    Os testes feitos com Osborne Leonard, com a própria Piper e outros, mostram, porém, que alguma percepção do mundo material eles podem adquirir, por clarividência, embora tal capacidade possa demorar a se desenvolver. Os próprios controles descrevem os médiuns como “luzes”, o que indicaria que tudo o mais seriam trevas ou quase isso…

  39. Gorducho Diz:

    Sou obrigado e reconhecer que o Sr. escapole bem: é resvalozo…
    Só que eu conheço mais espiritualismo que o Sr.: e a foto que o Drayton Sr. descreveu pendurada no escritório? O espírito só enxerga borrado quando convém à tese de vocês. Engane (talvez) o Dr., não a mim :mrgreen:

  40. Vladimir Diz:

    Vitor disse: “Tais testes deixam claro que os espíritos, ao menos a grande maioria deles, não são capazes de ver o ambiente do mundo material à sua volta de forma tão nítida com nós, refutando a hipótese de Kardec.”
    .
    COMENTÁRIO: Mas aí temos um problema, Sr.Administrador.
    Longe de mim bancar o “Rábula do Caramulhão” mas o caso é que todos os relatos de NDE e OBE documentados tendem a informar que os pacientes enquanto “fora do corpo” tem uma visão infinitamente melhor do que “dentro do corpo”.
    .
    E a agora, a coisa complica…

  41. Vitor Diz:

    Gorducho e Vladimir,
    os MELHORES casos de percepção do ambiente material por parte dos médiuns ou projetores astrais ou por quem passou por uma EQM pertencem TODOS a artistas. No caso de médiuns, Gladys Osborne Leonard era uma artista, e que treinou música por algum tempo. No caso de projetores astrais, Ingo Swann, que era pintor. E no caso da EQM, Pam Reynolds, que era uma musicista. A classe dos artistas também é a que melhor se sobressai nos testes ganzfeld. Essa convergência toda mostra que há um tipo de médium/projetor astral/eqmr que possui melhor capacidade de recepção das informações anômalas.

  42. Gorducho Diz:

    E o caso do log book, Sr. Administrador? Foi um espírito que foi lá folhear (metafisicamente) a caderneta e enxergou a tabela e leu o poema; ou era o próprio falecido, já incapaz de discernir – segundo o Sr…. – formas na crosta, falando de memória.

  43. Gorducho Diz:

    A pergunta acima não contém sacanagem oculta. Não me lembro isso…

  44. Vitor Diz:

    Gorducho,
    no caso do log book parece ser a memória do espírito.

  45. Vladimir Diz:

    .
    Como diz o Grassouilet, [sem sacanagem oculta].
    De fato a explicação a explicação é boa e a princípio tem uma excelente correlação em relação entre os médiuns (que poderiam ser psíquicos com uma Super-PES) e os resultados dos gazfeld.
    .
    Aliás se os médiuns fossem psíquicos a relação entre os resultados Gazfeld seria plenamente satisfeita, bien entendu.
    .
    Em relação as NDE e OBE (lembremo-nos que o caso da Pam Reynolds é um dentre milhares) penso essa correspondência não poder ser assim satisfeita de pronto.
    .
    De todo modo vou consultar os livros do Kenneth Ring (que fala inclusive das EQMs em pessoas cegas) e do Jeffrey Long.
    .
    Se tivermos quantidade suficiente de relatos de pessoas que tiveram EQM como visão panorâmica, 360º, “super-cores” e etc.
    .
    A hipótese da causação artística do receptáculo não serve.
    .
    Assim que tiver os dados volto para contribuir.

  46. Vladimir Diz:

    ERRATA: “Tem uma excelente correlação entre”

  47. Vladimir Diz:

    PS:
    .
    Médium: Sentante que faz intercâmbio de defuntos com a Crosta Terrícola.
    .
    Psíquico: Indivíduo dotado de capacidades psíquicas excepcionais como: Retrocognição, Precognição, Telepatia,
    Clarividência, Clariaudiência e etc

  48. Gorducho Diz:

    Olhe só Dr. como a tese oscila ad hocmente conforme a necessidade momentânea: (a) dar uma desculpa para que não haja experimentações de verdade; ou (b) propagar a Crença.
    Compare:
     
    (a) Os próprios controles descrevem os médiuns como “luzes”, o que indicaria que tudo o mais seriam trevas ou quase isso…
     
    (b) Relato da falecida filha Lucy
    Controle informa que Lucy está se deslocando para outra cidade pra ver o que a mãe está fazendo.
    ‘LUCY HAS GONE AGAIN TO FIND MOTHER AND SEE
    WHAT SHE IS DOING.’
    20′ depois Lucy está de volta em Boston:
    ‘ Well, Lucy, did you see your mother ? What was she
    doing ?
    ‘MOTHER JUST LOOKED AT MORNING NEWS AND LAID IT ON A LITTLE TABLE. PICKED UP WHAT LOOKED LIKE A BOX OF BUTTONS AND SHOOK THEM. LOOKED INTO
    IT. PICKED UP TWO OR THREE AND SAT DOWN IN
    A CHAIR TO PUT THEM IN ANOTHER PLACE’.
     
    Não estou gritando. Está escrito assim, creio que a psicografia tenha sido redigida em maiúsculas.

  49. Gorducho Diz:

    Médium: Sentante [sitter é o consulente] é quem faz intercâmbio de defuntos com a Crosta Terrícola.

  50. Vladimir Diz:

    Pois é Grassouilet,
    .
    O caso todo está meio confuso.
    Mas penso que em relação aos “Controles” (que cá em Pindorama chamamos de “Guias”) o mesmo não sejam de fato espíritos e sim personalidades inconscientes criado pelo médium.
    .
    Muitos membros da SPR pensavam assim, alguns autores falam isso (se não me engano o Gauld, a Heywood) e o próprio Andre Soares que elaborou um relatório de mais de 100 páginas pensava assim.
    .
    Cabe esclarecer que em tese ainda que os “controles” fosse ficções não impediria de contatar “espíritos” reais.
    .
    Em tese é claro.
    .
    PS: Obrigado pela dica do Sentante

  51. Vladimir Diz:

    Correção: Grassouillet.

  52. Vladimir Diz:

    Correção 2: “os mesmos não sejam…”; “criados pelo médium”; “fossem ficções”

  53. Gorducho Diz:

    As coisas quando são inventadas (ainda que em certos casos de forma inconsciente) não fecham: é impossível manter a coerência, ainda mais que são muiticíssimos produzindo a bel prazer.

  54. Marciano Diz:

    Esse caso é bastante conhecido, o emprego das gírias e o que se seguiu com relação a elas é bastante elucidativo, o trabalho não mencionado de MONTALVÃO é brilhante também.
    Ainda bem que VITOR já corrigiu.
    .
    Estou feliz com a volta de MONTALVÃO, ainda que só de passagem.
    ATENÇÃO, MONTALVÃO:
    Se sumir de vez, avise-me para onde vai, pois pretendo segui-lo, sem, contudo, abandonar ESTE barco.
    Eu também gosto do Biasetto, apesar de ele ter brigado comigo só porque não sou PETISTA E COMUNA. ? ☭
    .
    .
    .
    VLAD, eu não tenho o que CORRIGIR, vocês, da bancada crente, são os que precisam de correção em suas crenças infundadas.
    Não tenho procuração do GORDUCHO, mas falo por ele também.
    .
    .
    GORDUCHO, não se vê nenhum cético fazendo pesquisas sobre discos voadores e lobisomens, non que je sache.

  55. Marciano Diz:

    VLAD, com relação ao meu ceticismo “incorrigível”, estou pensando em corrigi-lo, mas estou em dúvida entre ✞ , ✡ , ☪ , mas estou em pensando também em dar uma de reverendo Moon, L. Ron Hubbard, Joseph Smith e tantos outros e se não invento minha crença particular.

  56. Vitor Diz:

    “Controle informa que Lucy está se deslocando para outra cidade pra ver o que a mãe está fazendo.”
    .
    Mas pode ser que as informações estejam na verdade sendo captadas por telepatia. Os controles muitas vezes se confundem sobre qual método está sendo usado, se telepatia, clarividência ou outra coisa. De qualquer modo, é mais fácil visualizar imagens com cores vívidas do que escritos, números.

  57. Sanchez Diz:

    Vitor
    .
    Quando o artigo estiver pronto onde será publicado?
    .
    No artigo de Moreira et al. Investigating the Fit and Accuracy of Alleged Mediumistic Writing: A Case Study of Chico Xavier’s Letters porque ele não procurou encontrar primeiro as críticas já feitas sobre as cartas de Chico como base para seu artigo? A impressão que passa quando reli o artigo do Alexandre Moreira é que ele já fez a revisão o que não aconteceu e isso servirá de material para muitos palestrantes espíritas divulgarem que a mediunidade de Chico Xavier está provada cientificamente. Lamentável.

  58. Marciano Diz:

    Foi o Rivail fez, mas sem sucesso, daí minha preocupação em inventar uma nova crença ou adotar uma já antiga e dar uma de Macedo, ou fazer como a renovação carismática “católica” (se é que se pode chamar essa nova vertente neopentecostal do apostolado de católica), ou outra coisa nesse sentido.
    Já existe alguma religião parapsicológica?
    Se não existir, acho que fundo uma e já pego você e o Vitor como parte do meu rebanho, só pra começar.

  59. Marciano Diz:

    VLAD, recebi um e-mail e um whatsapp psicografados ✍ , dizendo para eu adotar ☦ , por ser mais séria do que ✞ .
    O que você me aconselha?
    Quero deixar de ser materialista incorrigível.
    Vou lapidar minha pedra bruta.
    ***
    Gostaria de escrever mais (inclusive seriamente), porém estou sem tempo, com trabalho acumulado e meio adoentado.

  60. Vladimir Diz:

    Marciano é melhor “reformular” uma já existente.
    É lucro certo! rs

  61. Gorducho Diz:

    😆 😆 😆
    De qualquer modo, é mais fácil visualizar imagens com cores vívidas do que escritos, números
     
    E desde quando os jornais do século xix tinham imagens com cores vívidas? O Sr. acha que eles eram iguais ao The Sun?

  62. Vladimir Diz:

    Um estudo do Dr.Kenneth Ring sobre a percepção dos pacientes durante uma EQM:
    .
    http://www.newdualism.org/nde-papers/Ring/Ring-Journal%20of%20Near-Death%20Studies_1993-11-223-229.pdf

  63. Vladimir Diz:

    Esse é o famoso estudo do Dr.Kenneth Ring com os pacientes amauróticos (cegos):
    .
    http://www.newdualism.org/nde-papers/Ring/Ring-Journal%20of%20Near-Death%20Studies_1997-16-101-147.pdf

  64. Vitor Diz:

    “E desde quando os jornais do século xix tinham imagens com cores vívidas? O Sr. acha que eles eram iguais ao The Sun”
    .
    Me referia à visão dos quadros e mesmo fotografias existentes nos aposentos dos consulentes. E eu disse “mais fácil”, não “impossível”.

  65. Vladimir Diz:

    Um vídeo sobre EQMs em cegos:
    https://www.youtube.com/watch?v=d1B2g20T3Vs

  66. Vitor Diz:

    Vladimir, vc pode traduzir esses artigos do Ring que vc postou?

  67. Gorducho Diz:

    Olha mais pro Sr. Dr.:
    The spirit of Hannah Wild manifesting through her could not describe the contents of the sealed letter which she wrote before her death
     
    Na hora da verdade é sempre assim…

  68. Vladimir Diz:

    Vitor,
    .
    Consigo sim, porém o segundo penso que talvez levará algum tempo dado o tamanho do mesmo.
    .
    De todo modo assim que eu traduzir eu mando para você.

  69. Vladimir Diz:

    Então Grassouillet, se as minhas “suspeitas” estiverem corretas talvez (isso bem remotamente)o caso da Piper, e da Osborne possa ser explicado em termos de “Super-PES” e não de “Mediunidade”.
    .
    Pois caso contrário teríamos um imbróglio.
    O espírito do indivíduo sai do corpo enquanto vivo e enxerga melhor que o “Superman”, porém é só “morrer” que passa a ser míope.
    .
    Não tem lógica alguma nisso.

  70. Gorducho Diz:

    Não tem lógica alguma nisso.
     
    Fico até emocionado de ouvir isso, Dr.!
    Claro que não tem. Tem o pai (Drayton Sr. Spirit) do Drayton Thomas que descreve uma foto no estúdio dele (Drayton vivo). Conforme o momento é a tese…

  71. Gorducho Diz:

    Um espírito em Brasília ou alderedores estava andando à toa por falta-do-que-fazer. Entrou numa casa por acaso ou não me lembro porque, e viu o ESE aberto na cama duma moça espírita.
    Começou a ler, achou de tanto fundamento aquilo que conseguiu ler, que de noite acompanhou a moça ao Centro e passou a comparecer (espiritualmente é claro) nas sessões.
    Esse fato foi cá relatado – talvez até se lembre.
    Agora, quando se fala em fazer experimentos, então a crosta se apresenta ao “espírito” como quase-trevas ponteadas de focos luminíferos (tipo como o antigo faro de Alexandria, cujos restos, segundo a Doutrina da Casa, foram localizado por espíritos mergulhões, imagino) nas posições espaciais ocupadas pelos médiuns.

  72. Marciano Diz:

    VLAD, eu já propus ao MONTALVÃO que fundemos uma nova igreja, mas ele se esquiva.
    Você topa?
    Adoro quando você faz como fez aqui:
    1. Vladimir Diz:
    ABRIL 15TH, 2015 ÀS 4:22 PM
    Marciano é melhor “reformular” uma já existente.
    É lucro certo! rs
    .
    .
    G GRASSOUILLET, o espiritismo, as religiões e a parapsicologia são bastante elásticos e adaptáveis às circunstâncias e conveniências do momento.
    São como perispíritos, que tomam a forma que lhes convém.
    .
    .
    .
    “1.- O perispírito ou corpo fluídico dos Espíritos é um dos mais importantes produtos do fluido cósmico universal (lembra-se dos estudos de dinâmica dos fluidos?). É uma condensação desse fluido em torno de um foco de inteligência, que é o espírito. Já vimos que também o corpo carnal tem sua origem nesse mesmo fluido condensado e transformado em matéria tangível. Ambos são matéria, ainda que em dois estados diferentes (sólido, líquido, gasoso, plasmático?). No perispírito, a transformação molecular se opera diferentemente, porquanto o fluido conserva a sua imponderabilidade e suas qualidades etéreas (que, diabos, vem mesmo a ser o éter (claro que não aquele do tipo CH3 – CH2 – O – CH2 – CH3, mas o do tipo aristotélico).

    2.- O Espírito extrai o seu perispírito dos fluidos ambientes do meio onde se encontra (imagine a razão de o umbral ser tão fedorento). Por isso os elementos que constituem o perispírito (tão devem estar na tabela periódica) variam conforme os mundos. Nos mundos mais adiantados em comparação com a Terra, onde a vida corpórea não apresenta a materialidade da nossa (inovação posterior, visto que na época de Rivail e nos primórdios de cx, eram de carne e osso) os envoltórios perispirituais hão de ser de natureza muito mais quintessenciada (olhe o Aristóteles aí, de novo – Empédocles não impressionou ninguém, Arquimedes é o cara). Assim como não poderíamos existir naqueles mundos com o nosso corpo carnal, também não poderíamos neles penetrar com o perispírito terrestre. Emigrando da Terra, o espírito deixa aí o seu invólucro fluídico e toma outro apropriado ao mundo onde vai habitar.”
    .

  73. Marciano Diz:

    Engraçado é que a doutrina espírita evolui de acordo com a necessidade de justificar suas mentiras.
    Antigamente, eram corpo, perispírito e espírito.
    Espíritos ficavam na erraticidade.
    Agora, espíritos ficam em cidades espirituais, os planetas habitados, salvo a Terra, não são habitados por espíritos nem por encarnados, são encarnados de matéria quintessenciada (qual a diferença para os espíritos?).
    .
    Quando um encarnado invisível marciano desencarna, vai para que tipo de cidade espiritual?
    Será que eles têm outro tipo de perispírito, mais invisível ainda?
    .
    .
    Fuck! Estou assoberbado de trabalho, doente, e não consigo evitar de ficar escrevendo aqui.
    Eu tinha de dar um tempo na leitura dos comentários, acho que é o único jeito.
    Não resisto à compulsão de comentar as coisas estranhas que leio aqui.
    Quando comecei a acessar o blog, eu passei uns dois anos, mais ou menos, somente lendo, sem comentar nada.
    Eventualmente, postava um comentário curto, com meu prenome, com inicial minúscula.
    Agora sinto-me obrigado a dar uns pitacos, isso porque falta-me tempo, senão escreveria mais do que MONTALVÃO, em tempos passados.
    Cadê o Arduin?
    Discordo radicalmente de suas crenças, mas gosto de ler o que escreve.

  74. Marciano Diz:

    Descobri que o perispírito não tem qualidade etéreas, como se acreditava, mas sim estéreas (inventei o nome, como cx e divaldo), de ésteres, aqueles compostos resultantes da reação de ácido carboxílico e álcoois.
    O mundo espiritual, inclusive suas cidades flutuantes, são compostos por hidrocarbonetos cíclicos a alicíclicos, cheios de aldeídos, cetonas, ésteres.
    Vou psicografar um livro sobre química espiritual, a ser ditado pelo espírito de Lúcifer, um espírito de muita luz, como deixa antever seu próprio nome.
    .
    Agora vou dar um tempinho, juro!
    Só volto quando terminar meu trabalho acumulado, talvez amanhã, ao final da tarde.

  75. Marciano Diz:

    Alguns espíritos são aromáticos (os do umbral, e.g.), outros alifáticos.
    Vou psicografar um tratado sobre a quintessência dos perispíritos com e sem hidroxilas, incluindo suas propriedades aerodinâmicas e aerostáticas, com capítulos sobre miasma umbralino e suas relações com a saúde espiritual.
    .
    Câmbio final e desligo!

  76. Gorducho Diz:

    Voltando às cartas do CX, outra coisa que me parece irresoluta – talvez haja alguma explicação canônica por parte dos chiquistas – é a localização espacial do falecido. Ele está próximo ao CX – como seria o normal teórico – ou está num recinto lá na erraticidade? Se está na erraticidade, então é outro espírito que lê p/o CX a carta.
     
    Tenho a impressão de que esta mesa é um telégrafo que ainda não sei manejar.
     
    🙁 Que complicado! Uma mesa escrevente? Tudo bem que a doutrina espírita foi obtida através de mesas escreventes, mas os engenheiros lá de NL não precisavam levar tão ao pé da letra a coisa. Não podiam fazer uma máquina de escrever ou um engenho com configuração semelhante, tipo o antigo Minitel francês, que fosse?

  77. Marciano Diz:

    GORDUCHO, parece que você é bom de matemática.
    Ficaria imensamente grato se me explicasse o significado da seguinte equação, recebida ainda há pouco, por psicografia:

    ∰ Ψ = 0

  78. Marciano Diz:

    Se não conseguir resolver a equação acima, tente esta:

    ∑ Ψ = ∅

  79. Marciano Diz:

    I know the first one has to do with calculus and the second one to set theory.
    That’s all I know, if it helps.

  80. Marciano Diz:

    Last, but not least:

    Ψ ⊭

  81. Gorducho Diz:

    Boas notícias, Sr. Administrador!
    Talvez possamos finalmente ter um teste válido…
    Favor recupere as coordenadas que o psíquico informou, para vermos se a nova zona inclui-las-ão…
     
    http://www.aljazeera.com/news/2015/04/malaysia-mh370-search-area-set-expanded-150416075725201.html

  82. Gorducho Diz:

    é uma integral sobre um volume 3-dimensional fechado.
    E.g.: formulação integral da conservação da energia-momento na relatividade geral. I.e., a integral do tensor sobre um volume 3-d naturalmente imerso no universo que é suposto 4-d.
    É generalização da eq. de Poisson; teorema de Green &c. para espaços com mais de 3 dimensões.
    Talvez o Sr. possa ter lobrigado esta notação em textos de mecânica dos fluídos. Mas a meu ver é desnecessária, pois que até onde vão meus conhecimentos de geometria, todas regiões volumétricas no E³ são fechadas (na geometria hiperbólica já não arrisco…).
    Mesmo assim acho-a deselegante. Prefiro:
    V
     
    [∂V é a região de integração, escrita menormente abaixo do símbolo da integral, bien entendu]
    ficando assente ser ∂V uma superfície 3-d imersa num volume de espaço-tempo V (no caso particular exemplificado).
    O integrando então seria o seu psi.

  83. Marciano Diz:

    Obrigado, Gorducho.

  84. Vladimir Diz:

    Relendo os relatos de pessoas que tiveram EQM (principalmente os “cegos”) fica evidente que os “Espíritos” enxergam e muito bem.
    .
    De modo que se levantam dúvidas em relação ao caso dos relatos mediúnicos da SPR.
    .
    Que havia fenômenos parapsíquicos tanto na Piper quanto na Osborne isso não há que duvidar.
    .
    A dúvida fica sim por conta a “etiologia” dos fenômenos.
    .
    Penso que se os “espíritos” contatados vem com essa história de que não enxergam e etc; somado ao fato de que eles “erraram” e muito, principalmente nas questões relacionadas as “palavras-chave” do Myers e do Hodgson, mais o caso Bessie Beals do Hall e dentre outros erros dos “controles” em fornecer identidades válidas, bem como trazer evidências de pessoas que estavam vivas como “falecidas”.
    .
    Não resta dúvida que esses “espíritos” não eram quem eles alegavam ser.
    .
    De modo que restam ao meu ver três hipóteses:
    .
    1º Nunca existiram espíritos contatados e tudo isso foi criação do inconsciente do médium para “personificar” os fenômenos parapsíquicos.
    .
    2º Esses “espíritos” não eram quem diziam ser, mas ainda sim eram espíritos “falecidos” de “baixo nível” tentando zombar dos médiuns e pesquisadores.
    .
    3º Não eram “espíritos” de defuntos e sim uma outra forma de “vida” como “demônios”, “formas-pensamento”, “cascões astrais”, “larvas astrais” largamente estudado pela Arte Oculta desde tempos imemoriais.
    .
    Fica a critério de cada um escolher o que melhor lhe aprouver.

  85. Vladimir Diz:

    Não foi incluída a quarta hipótese a saber:
    .
    Nunca houve espíritos, tudo foi criação dos médiuns conscientemente visando enganar os pesquisadores e os adeptos do espíritualismo tal qual as Fox Sisters, os Davenport, D’ Esperance, Eusapia Palladino, Dunglas Home e muitos outros.
    .
    Pois creio que a quantidade de fenômenos parapsíquicos é gigantesca sendo impossível negar tais eventos.
    .
    PS: No meu exemplo não citei a Katie King para não ofender o Professor rs

  86. Gorducho Diz:

    Para acabar de vez com essa história que os espíritos não enxergam a crosta, recordo-lhe Dr. os estudos científicos efetuados pelo eminente cientista espírita Charles Drayton Thomas. Pincemos… – os negritos são meus:
     
    Scores of such are summarised by saying that I have received descriptions of furniture, pictures, ornaments, the interior of our house, books, papers, etc., and that these descriptions often included details which I had not previously noticed. This evidence was given that I might realise my father’s minute acquaintance with our
    home. As we came here some years after his passing, he had no earth memories of it
    .
     
    Feda retransmite o relato de Drayton Sr. presente no recinto…
    “You have a portrait there. A lady is shown three-quarter face. It was done many years ago. Her hair is done in a queer way, standing out towards the top back of the head, sticking out there and made to look as if there were a good deal of it. The bodice is dark and rather tight fitting. The face is nice, medium full, between round and oval; the nose rather straight, the chin round yet not prominent, and slightly receding. The brows are rather arched, and the eyes a little full. The face slopes down toward the chin, yet is rounded. Has she not one arm across the lower part of the breast, with the wrist a little bent down? The head is slightly on one side, giving a questioning look. Something on the frock looks like lines coming down from the shoulders and approaching from each side as they descend. There is a dark shadow behind the shoulders and neck, but not behind the head. Her hair is down a bit on one side as if she wished to show it off.
     
    Note que nem vou citar a descrição da iluminura e sua moldura pois que, tendo sido dada ao avô pai do espírito, se poderia alegar que ele (espirito) teria visto-a enquanto encarnado…

  87. Gorducho Diz:

    Pois creio que a quantidade de fenômenos parapsíquicos é gigantesca sendo impossível negar tais eventos.
     
    E por que eles hoje não mais ocorrem, tanto que os parapsicólogos tiveram que inventar os μparapsíquicos para poderem fugir p/a estatística, transferindo a discussão da parafísica p/a matemática e assim se manterem no ramo?

  88. Vitor Diz:

    Vladimir,
    comentando:
    .
    01 – “Relendo os relatos de pessoas que tiveram EQM (principalmente os “cegos”) fica evidente que os “Espíritos” enxergam e muito bem.”
    .
    Ainda não li os artigos do Ring, mas no livro dele, Mindsight, há vários capítulos com casos de EQMs em cegos. Mesmo o mais forte caso relatado por ele é um caso fraco. Acho temerário concluir que espíritos enxergam e muito bem valendo-se de sua base de dados.
    .
    02 – “O espírito do indivíduo sai do corpo enquanto vivo e enxerga melhor que o “Superman”, porém é só “morrer” que passa a ser míope. Não tem lógica alguma nisso.”
    .
    O melhor projetor astral, Ingo Swann, tinha mais facilidade para enxergar alvos que tivessem cores vívidas.
    .
    Uma plataforma, dividida em duas seções, foi suspensa do forro a uma altura de uns 3 metros do chão. Vários objetos foram colocados em ambos os lados da plataforma, sugerindo-se a Swann que se projetasse até o alto e tentasse distingui-los. O motivo da divisão era verificar se Swann identificaria o alvo correto, correspondente à posição em que ele declarasse estar. Muitas alterações tiveram de ser feitas na iluminação e no tipo de objetos utilizados. Cores vivas e formas claramente conhecidas parecem ter tido melhores resultados, enquanto fotografias ou objetos de vidro opacos não receberam aprovação. Por último, entre os alvos usados, havia um abridor de cartas com cabo de couro preto, uma ilustração contendo o desenho de um par de tesouras sobre um coração escarlate, e um alvo de papel. Depois da sua EFC, Swann costumava fazer desenhos do que tinha “visto”. Apesar destes desenhos serem toscas reproduções dos objetos originais, demonstraram bastante semelhança numa determinada ocasião em que oito conjuntos de alvos e respostas foram entregues a uma observadora neutra que comparou corretamente cada par; um resultado que tem probabilidade de acontecer por acaso apenas uma única vez em aproximadamente 40.000.
    .
    No meu entender, há espíritos e espíritos, assim como há cegos e cegos. Nem todos os cegos desenvolvem o sentido da ecolocalização, por exemplo, alguns desenvolve-no naturalmente, outros conseguem aprender, desde que seja muito cedo. A ecolocalização em cegos é utilíssima, permitindo-os “ver” prédios, pessoas, até jogar basquete e escalar montanhas, mas não os permite ver buracos, nem ler as páginas de um livro. É uma limitação. Algo semelhante poderia se dar com os espíritos? Os estudos de Drayton Thomas sugerem que alguns espíritos levam anos desenvolvendo seus sentidos.

  89. Vitor Diz:

    “E por que eles hoje não mais ocorrem, tanto que os parapsicólogos tiveram que inventar os ?parapsíquicos para poderem fugir p/a estatística, transferindo a discussão da parafísica p/a matemática e assim se manterem no ramo?”
    .
    As sessões por procuração, que eram feitas especialmente com Osborne, continuam ocorrendo:
    .
    http://obraspsicografadas.org/2011/uma-investigao-de-mdiuns-que-alegam-receber-informaes-sobre-pessoas-falecidas-2011/

  90. Gorducho Diz:

    Em consideração ao BRILHANTE artigo cuja confecção o Sr. liderou, vou me abster de comentar esta sandice.
    Fraterno Abraço!

  91. Marciano Diz:

    Como eu vivo dizendo, a ciência está sempre evoluindo e revendo seus conceitos.
    Não podemos nos basear em teorias ainda não consolidadas para extrapolarmos ideias abstrusas.
    Vejam isto:
    .
    Um grupo de astrônomos da Universidade do Arizona, nos EUA, descobriu que certos tipos de supernovas, aquelas estrelas que explodem, são mais diversificadas do que se pensava. Os resultados têm implicações para grandes questões cosmológicas, como a rapidez com que o universo vem se expandindo desde o Big Bang.
    Mais importante ainda: os resultados sugerem a possibilidade de que a aceleração da expansão do universo pode não ser tão rápida como os livros dizem. A equipe, liderada pelo astrônomo Peter A. Milne, descobriu que as supernovas do tipo “Ia”, que têm sido consideradas tão uniformes que os cosmólogos têm usado-as como “faróis” cósmicos para sondar as profundezas do universo, na verdade se diferem entre si. As conclusões são análogas a uma amostragem de uma seleção de lâmpadas de 100 watts em uma loja de ferragens, só para descobrir que o brilho delas varia.
    .
    “Descobrimos que as diferenças não são aleatórias, mas levam a separação das supernovas ‘la’ em dois grupos. O grupo que está em minoria perto de nós está em maioria a grandes distâncias – assim como quando o universo era mais jovem”, explica Milne, astrônomo do Departamento de Astronomia da Universidade do Arizona.
    A descoberta lança nova luz sobre o ponto de vista atualmente aceito do universo se expandindo a um ritmo mais rápido e mais rápido, separado por uma força mal compreendida chamada energia escura. Esta visão é baseada em observações que resultaram no Prêmio Nobel de Física de 2011 atribuído a três cientistas, incluindo o ex-aluno da Universidade do Arizona Brian P. Schmidt.
    .
    Visões diferentes
    Os ganhadores do Prêmio Nobel descobriram independentemente que muitas supernovas pareciam mais fracas do que o previsto porque mudaram-se mais longe da Terra do que deveriam ter feito se o universo se expandisse na mesma taxa. Isto indicou que a taxa com que as estrelas e galáxias se afastam umas das outras está aumentando; em outras palavras, algo estaria empurrando o universo para longe mais e mais rápido.

    .
    Acreditava-se que as supernovas do tipo Ia possuíam o mesmo brilho, sendo muito semelhantes quando explodem. Uma vez que as pessoas descobriram o porquê, começaram a usá-las como referências para o outro lado do universo.
    .
    “As supernovas distantes devem ser como as próximas, porque elas se parecem, mas uma vez que elas são mais fracas do que o esperado, isso levou as pessoas a concluir que elas estão mais longe do que o esperado, e isso, por sua vez, levou à conclusão de que o universo está se expandindo mais rápido do que no passado”.
    .
    Milne e seus colegas observaram uma grande amostra de supernovas do tipo “Ia” na luz ultravioleta e visível. Para seu estudo, eles combinaram observações feitas pelo Telescópio Espacial Hubble com as feitas pelo satélite Swift da NASA.

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    egredos revelados no ultravioleta
    Os dados coletados com o Swift foram cruciais, porque as diferenças entre as populações – pequenas mudanças em direção ao vermelho ou o azul do espectro – são sutis na luz visível, que tinha sido usada para detectar supernovas do tipo “Ia” anteriormente, mas tornaram-se óbvias somente através das obervações na luz ultravioleta, usada neste satélite.
    “Estes são grandes resultados”, afirma Neil Gehrels, investigador principal do satélite Swift, coautor de um dos trabalhos apresentados com estes resultados. “A constatação de que havia dois grupos de supernovas do tipo ‘Ia’ iniciou-se com os dados do Swift”, conta ele. “Então nós passamos por outros conjuntos de dados para ver se achávamos o mesmo. E encontramos a tendência presente em todos os outros conjuntos de dados. Conforme você vai para trás no tempo, vemos uma mudança na população de supernovas”, acrescentou. “A explosão tem algo diferente, algo que não aparece quando você olha para ele na luz normal, mas nós o vemos no ultravioleta. Uma vez que ninguém percebeu isso antes, todas essas supernovas foram colocadas no mesmo barril. Mas se você olhasse para 10 delas nas proximidades, as 10 vão ser mais vermelhas, em média, do que uma amostra de 10 supernovas distantes”.
    .
    Os autores concluem que a aceleração do universo pode ser explicada por diferenças de cor entre os dois grupos de supernovas, mostrando que há menos aceleração do que o inicialmente relatado. Isso, por sua vez, exige menos energia escura do que o que estava sendo considerado. “Estamos propondo que pode haver menos energia escura do que aquela apontada em livros didáticos, mas não podemos colocar um número nisso”, argumenta Milne. “Até o nosso artigo, as duas populações de supernovas foram tratadas como a mesma população. Para obter essa resposta final, seria preciso fazer todo esse trabalho novamente, separadamente para as populações vermelha e azul”.
    .
    .
    E agora, onde enfiamos tanta matéria e energia escuras?

  92. Marciano Diz:

    Arduin, se estiver na área, comente este artigo, sob a ótica da biologia, por favor:
    .
    Será que a vida é fundamentalmente diferente de coisas mortas? O físico Erwin Schrödinger definiu a vida da seguinte maneira: “Seres vivos evitam declinar para um estado de desordem e equilibrio.”
    O que isto significa? Vamos supor que a tua pasta de downloads é o universo. Começou organizada, e tornou-se progressivamente caótica com o passar do tempo. Ao dedicar-lhe energia, você cria ordem e limpa a pasta. Isto é o que seres vivos fazem.
    .
    Mas o que é a vida?
    Todo o ser vivo neste planeta é composto de células. Basicamente, uma célula é um robô feito de proteínas pequeno demais para sentir ou experimentar o que quer que seja. Essas são as características que definimos para a vida:
    • Ela tem uma barreira que a separa das redondezas, criando ordem;
    • Ela se ajusta e mantém um estado constante;
    • Ela come coisas para se manter viva;
    • Ela cresce e se desenvolve;
    • Ela reage ao ambiente;
    • E é sujeita à evolução;
    • E ela produz cópias de si mesma.
    Mas de todas as coisas que se constroem uma célula, nenhuma é viva. Materiais reagem quimicamente com outras coisas, formando reações que iniciam outras reações que iniciam outras reações.
    Numa única célula, todo segundo vários milhões de reações químicas ocorrem, formando uma harmonia complexa. Uma célula pode fazer milhares de tipos de proteínas: algumas muito simples, outras como máquinas complexas e muito pequenas.
    .
    Eventualmente, tudo que é vivo morrerá. O objetivo do processo todo é prevenir isso produzindo novas entidades; ou seja, com o DNA. A vida é, de certa forma, apenas um amontoado de coisas que carregam a informação genética por aí. Toda forma de vida está sujeita à evolução, e o DNA que desenvolve a melhor forma de vida para si continuará no jogo.
    Então o DNA é a vida?
    Se você considerar o DNA fora de seu invólucro, certamente será uma molécula muito complexa, mas que não pode fazer nada por si própria.
    É aí que os vírus complicam as coisas. Eles são basicamente cadeias de RNA ou DNA num invólucro pequeno e precisam das células para conseguirem fazer qualquer coisa. Nós não sabemos se devemos considerá-los vivos ou mortos. Ainda assim, há 225 milhões m³ de vírus na Terra. Eles parecem não se importar do que pensamos deles.
    Há ainda vírus que invadem células mortas e as reanimam assim elas podem hospedá-los, o que embaça a linha ainda mais.
    Ou mitocôndrias. Elas são as usinas das células mais complexas e eram bactérias independentes que formaram uma parceria com células maiores. Elas ainda têm seu próprio DNA e podem se multiplicar por si próprias, mas elas não vivem mais; elas estão mortas.
    Assim elas trocaram a própria vida para a sobrevivência do seu DNA, o que significa que formas de vida podem evoluir para coisas mortas contanto que seja benéfico para seu código genético.
    Assim, talvez a vida seja uma informação que conduz a garantia de que haja uma existência contínua.
    Mas e a inteligência artificial?
    Por nossa definição comum, nós estamos muito próximos de criar vida artificial nos computadores. É apenas uma questão de tempo até que a nossa tecnologia chegue lá. E isto não é ficção científica, também; há muitas pessoas inteligentes trabalhando ativamente nisto.
    Nós também podemos argumentar que vírus de computador são vivos: eles se reproduzem para manter sua informação.
    Hum, ok. O que é a vida então?
    Coisas, processos, DNA, informação? Isto pode se tornar confuso rapidamente. HÁ UMA CERTEZA: A IDÉIA QUE VIDA É FUNDAMENTALMENTE DIFERENTE DE COISAS MORTAS PORQUE ELAS CONTÉM ALGUM ELEMENTO NÃO FÍSICO OU SÃO GOVERNADOS POR PRINCÍPIOS DIFERENTES DOS OBJETOS INANIMADOS ACABOU SENDO ERRADA.
    .
    .
    Destaquei o último período com MAIÚSCULAS.

  93. Marciano Diz:

    Vlad, você deve ter estudado citologia, biologia molecular, histologia (era assim que se chamava, no meu tempo de estudante, o estudo das células e tecidos), como matéria propedêutica.
    Se quiser opinar sobre o texto, sinta-se à vontade.
    Eu estudei essas matérias na cadeira de biologia, no nível médio, e já deletei quase tudo.
    Procure não misturar com religião, dê sua opinião como médico.
    .
    ARDUIN, se ainda estiver por aqui, também quero que opine como BOTÂNICO, como se estivesse corrigindo um trabalho.
    .
    Eu tendo a concordar com 90% do texto, mas não é a minha praia.

  94. Marciano Diz:

    Em outras palavras, para mim, vida é um fenômeno bio-físico-químico, sou mais ou menos mecanicista, acho a vida uma anomalia no universo, a qual, provavelmente, só existe aqui e por enquanto.
    Vocês, como crentes, devem discordar, mas eu gostaria de ver a opinião de vocês COMO PROFISSIONAIS, não como crentes.
    Sem papo esotérico.
    Eu gostaria que um se sentisse no laboratório e outro no consultório.
    Eu acho que botânicos também usam laboratório.
    Laboratório, para mim, é tudo.
    Física conceitual ou qualitativa, para mim, é o mesmo que nada.
    Amo a física quantitativa e experimental, a que dá resultados.
    Vejam o que eu disse mais acima (Marciano Diz:
    ABRIL 16TH, 2015 ÀS 11:28 PM) e entenderão por que eu não dou muita bola para a física teórica.
    Os conhecimentos que provém da física teórica só prestam depois da comprovação experimental, principalmente se virar tecnologia, como a que usamos para conversar aqui.

  95. Marciano Diz:

    Vejo com cautela um colisor de hádrons, mas fico meio cético quanto às propriedades de buracos negros, cosmologia em geral.
    Passam dez anos e muda tudo.
    Stephen Hawking já mudou de opinião várias vezes.
    Só burros não mudam de opinião, mas a gente só deve ter confiança no que já ficou sedimentado, consolidado.
    Especulações são especulações.
    Devem ser pensadas cum grano salis.
    E fenômenos ditos paranormais ou espirituais são conversa para boi dormir.
    Por falar em dormir, bye bye.

  96. Gorducho Diz:

    Eu disse que iria me abster de comentar por respeito… Mas para que não pareça fugir da raia e leitores anônimos não muito a par do assunto fiquem com a impressão de que há algum fundamento nas assertivas…
     
    […] novamente usando o método de soma das ordens, dá o escore z de –2.69, o que ainda é altamente significativo (p < 0.0074).
    Também procuramos saber se a pessoa que serviu como assistente substituta teve qualquer efeito sobre os resultados. Em 20 sessões para as quais E.W.K. foi a substituta, a soma das ordens foi de 51 (z = 2.42, p < 0.016, bicaudal); nas 18 sessões para os quais a D.A. foi a substituta, a soma das ordens foi de 40.5 (z = –3.04, p < 0.002, bicaudal)
    .
     
    É justamente o que eu dissera!
    Estatística p/fugir da realidade!
    Espiritismo não comporta estatística! O ovo voa ou não voa; a mesa soletra as fofocas da família ou não soletra; o Bien Boa tem barba ou não tem barba. Não há lugar para estatística no espiritismo.
     
    By the way… os ETs que o Ingo Swann enxergava tinha cores vivas? Verde esmeralda seriam?

  97. Vitor Diz:

    “É justamente o que eu dissera!
    Estatística p/fugir da realidade!”
    .
    O Drayton Thomas também usava estatística, contando os erros e acertos das declarações. Também usava para descartar a possibilidade de coincidência. Tanto Thomas como Kelly colocaram a evidência quantitativa ao lado da qualitativa. A estatística não foi usada para fugir da realidade, e sim para confirmar por outras vias a realidade do fenômeno. Assim sua assertiva, para esse tipo de fenômeno, não tem fundamento algum.

  98. Gorducho Diz:

    Qual é a estatística na descrição do retrato e da iluminura?
    Ele usou um software estatístico p/filtrar o texto da Feda e retornar o um .txt final. É isso?
     
    Aproveitando que está aí…
    i) É verdade que o espírito do Ingo Swann esteve em Mercúrio e Júpiter? Onde se pode ler os relatos?
    ii) Mantenha à mão as coordenadas informadas pelo psíquico aquele. Pode ser que agora vasculhem aquela área.
    Declaro cá formalmente: isso sim será um teste válido de paranormalidade. Considerarei como acerto um círculo com 10nm de raio.

  99. Vitor Diz:

    Qual é a estatística na descrição do retrato e da iluminura?
    .
    Em dados qualitativos, a estatística fica muitas vezes implícita e é mais subjetiva. Por exemplo, na descrição do quadro Le Canapé Bleu, há erros e acertos. [Coloquei o quadro para visualização aqui: https://app.box.com/s/hvfag62t32z129iii59v7zlibdmdd1k3 ]Há acertos suficientes, no entanto, que mostram que informações paranormais foram passadas.
    .
    F. [continuando]. Agora o que ela está fazendo? Feda não sabe o que esse pedaço quer dizer, mas ela está mostrando a Feda um quadro. Ela apenas piscou-o diante de Feda.
    [Feda prossegue descrevendo o quadro, rapidamente identificado pelos assistentes como uma pequena pintura chamada “Le Canapé Bleu”, que estava pendurado próximo à estante de livros em questão, uma fotogravura dele é dada na página anterior].
    F. Alguém está sentado sem usar muitas roupas. [Isso foi dito em um tom muito chocado sugerindo desaprovação pela ausência das roupas]. Eles estão inclinados assim. (Feda assume uma posição, ela se inclina para a frente a partir da cintura, estende seu braço direito e deixa sua face cair em cima do braço estendido).
    A. O que mais você consegue ver?
    F. Bem, uma perna parece estar um pouco sobre a outra, assim. (Feda assume uma posição com suas pernas tão bem quanto ela pode fazer sob uma saia; ela eleva sua coxa direita até quase tocar seu corpo, deixando cair ao mesmo tempo a perna esquerda até que o joelho quase toque o chão). Você pode ver somente uma perna claramente, a outra parece estar embaixo. [Este não é, naturalmente, um trecho preciso da descrição]. Feda acha que é alguma coisa que vocês têm.
    A. Qual de nós?
    F. Feda achou que era da Srta. Una [U. V. T.], mas Feda não tem certeza porque Ladye pode frequentemente dar coisas através de você [de uma para a outra] assim Feda não sabe dizer qual. Feda não vai pular dela para isso ainda.
    A. Você pode ver se a figura está sentada ou deitada?
    F. Não está deitada, está sentada, porque Ladye pode fazer Feda fazer isso nessa cadeira. Há algo que parece a Feda bastante redondo.
    A. Ela fornece esse quadro após mencionar os livros?
    F. Sim, enquanto fornecia os testes sobre os livros, repentinamente aquele quadro apareceu rapidamente. Feda vê que ela não tem muitas roupas, a mulher não tem. Ladye diz que você deve colocar isso em um linguajar mais artístico do que Feda. Sabe, ela está mostrando o quadro para Feda de um modo divertido, uma aparência de preto e branco, o quadro parece retratar luz contra escuridão; mas Feda não consegue ver qualquer cor. [As cores reais do quadro são muito sombrias e neutras, a figura branca se destacando em um fundo preto. O cabelo âmbar-negro da mulher realçando o efeito preto e branco parece ter sido captado por Feda]. Ela diz algo sobre alguma coisa com 4 linhas descendo. Feda acha que isso tem a ver com o que a figura está sentando em cima. Ela está rindo.
    A. Não há engano agora onde os livros estão.
    F. Ela diz, não, ela acha agora que ela os conhece pelo coração. É uma posição engraçada naquele quadro. Feda acha que é boba, porque você não consegue ver o rosto. Oh! Feda vê que os dedos não estão bastante retos, Feda vê que três deles estão curvos, mas o dedo indicador se estende reto, mais ou menos assim; (Feda assume uma posição com sua mão direita mostrando o segundo, terceiro e o quarto dedos curvados para dentro, mas o indicador estendido, quase reto) Ladye está mostrando Feda que o pulso e a mão fazem um contorno bastante suave, não mostrando demais os ossos ou as juntas, como você vê algumas vezes.
    .
    Isso termina toda a porção da sessão ligada ao teste de livro. O quadro tão minuciosa e tão aproximadamente descrito pertence, naturalmente, à classe de coisas externas — aquelas sabidas aos assistentes e possivelmente telepaticamente apreendidas deles. Mas deve ser lembrado que a descrição não está inteiramente de acordo com a sua lembrança consciente do quadro. Eles pensaram à época que a descrição da posição e a aparência da mão direita, que eram de fato realmente precisas, estavam erradas. Nós não podemos, entretanto, assumir que eles não retinham uma impressão correta subliminarmente.
    Outro ponto importante a observar é que o quadro tinha sido bem conhecido ao comunicador quando vivo, assim sua memória pode ter sido a fonte de informação. Ela pode tê-lo “piscado diante de Feda” a partir de sua própria mente. Ele foi comprado após ter sido visto em uma exibição por A. V. B. e M. R. H. juntos, tendo sido depois pendurado na casa delas. O aposento em que o quarto ficava pendurado no momento da sessão não foi conhecido a A. V. B. quando viva, nem, portanto, a proximidade do quadro com a estante de livros. Itens do mobiliário ou outros objetos que pertenceram ou eram familiares a A. V. B. estavam no aposento, e alguns destes foram em ocasiões posteriores bem descritos por Feda (veja Apêndice B).

    .
    Note que a descrição do quadro, bastante mas não completamente correta, sugere telepatia.

  100. Gorducho Diz:

    Bom, mas qualquer descrição de quadro será subjetiva. Isso não significa estatística. Experimente me descrever a Mona Lisa.
    Ou paisagem: me descreva o elevador de Salvador.
    Por isso não pode ser os testes baseados em quadros, &c.
    No nosso experimento se for c/imagens serão simples, não ambíguas, sobre fundo neutro.
    E sem repetições ambíguas, ou seja só haverá uma imagem de cada tipo: ou uma espingarda de caça ou um FAL ou um mosquetão 54…
    E será contado como acerto fuzil, rifle, espingarda…
    Se o espírito falar/escrever arma, manda-se ele olhar de novo e dar mais detalhes.

  101. Vitor Diz:

    i) É verdade que o espírito do Ingo Swann esteve em Mercúrio e Júpiter? Onde se pode ler os relatos?
    .
    Parece haver um relatório de 300 páginas. Abaixo há trechos:
    .
    http://www.biomindsuperpowers.com/Pages/1973JupiterRVProbe.html
    .
    Puthoff descreveu o caso aqui:
    .
    http://www.scientificexploration.org/journal/jse_10_1_puthoff.pdf
    .
    Ele diz:
    .
    To determine whether it was necessary to have a “beacon” individual at the target site, Swann suggested carrying out an experiment to remote view the planet Jupiter before the upcoming NASA Pioneer 10 flyby. In that case, much to his chagrin (and ours) he found a ring around Jupiter, and wondered if perhaps he had remote viewed Saturn by mistake. Our colleagues in astronomy were quite unimpressed as well, until the flyby revealed that an unanticipated ring did in fact exist. This result was published by us in advance of the ring’s discovery (Targ & Puthoff, 1977).
    .
    A referência de 1977 é: Targ, R. and H. E. Puthoff (1977). Mind reach. New York: Delacorte Press.

  102. Gorducho Diz:

    Olha só… Eu sempre imaginava que não se enxergava o Sol (acho que o Bernard Palissy não fala…), e que a superfície sólida de Júpiter seria embaixo dum oceano (muito mais duro que o aço) de hidrogênio metálico. Mas não! [traduzido por moi]
     
    6:03:25 Espírito estabelece contato visual com o destino: Há um planeta com faixas.
    6:04:13 Tomara que seja Júpiter.
    […]
    6:06 Aproximação: Então estou aproximando tangencialmente onde posso ver que é uma meia-lua, em outras palavras, meio-claro/meio-escuro. Se me movo para o lado claro, é nitidamente amarelo para a direita.
    6:06:20 Penetrando na atmosfera: Muito alto na atmosfera há cristais… eles cintilam.
    Talvez as faixas sejam como bandas de cristais, talvez como anéis de Saturno, mas não longe como eles. Muito perto dentro da atmosfera
    .
    6:08:00 Penetrando a camada: Agora vou mergulhar através. Sensação realmente boa lá. Já disse antes, não? Dentro dessas camadas de nuvens, dessas camadas de cristais, são bonitas de fora. De dentro parecem nuvens de gás girantes – estranha luz amarela, arco-íris.
    6:10:20 Tenho impressão embora não enxergue, que é líquido.
    6:10:55 Visual com o solo: Então atravessei a camada de nuvens. A superfície – parecem dunas de areia. São de cristais muito grandes, então deslizam. Tremendos ventos, como talvez os ventos prevalecentes da Terra, mas muito perto da superfície de Júpiter. Dessa vista, o horizonte parece alaranjado ou róseo, mas acima é algo como amarelo-esverdeado.
    6:12:35 Se olho à direita há uma enorme cadeia montanhosa.
    6:13:18 Se descrever onde vim e estou, seria aproximadamente como é o Alaska se o Sol estivesse a pino, o qual está. O Sol parece ter uma corona verde… parece-me menor.
    Pergunta o centro de controle da missão: Qual é a cor do Sol?
    Branca.
    Olha só… Eu sempre imaginava que não se enxergava o Sol (acho que o Bernard Palissy não fala no Sol…), e que a “superfície” sólida de Júpiter seria embaixo do oceano (muito mais duro que o aço) de hidrogênio metálico. Mas não!
    6:03:25 Espírito estabelece contato visual com o destino: Há um planeta com faixas.
    6:04:13 Tomara que seja Júpiter.
    […]
    6:06 Aproximação: Então estou aproximando tangencialmente onde posso ver que é uma meia-lua, em outras palavras, meio-claro/meio-escuro. Se me movo para o lado claro, é nitidamente amarelo para a direita.
    6:06:20 Penetrando na atmosfera: Muito alto na atmosfera há cristais… eles cintilam.
    Talvez as faixas sejam como bandas de cristais, talvez como anéis de Saturno, mas não longe como eles. Muito perto dentro da atmosfera
    .
    6:08:00 Penetrando a camada: Agora vou mergulhar através. Sensação realmente boa lá. Já disse antes, não? Dentro dessas camadas de nuvens, dessas camadas de cristais, são bonitas de fora. De dentro parecem nuvens de gás girantes – estranha luz amarela, arco-íris.
    6:10:20 Tenho impressão embora não enxergue, que é líquido.
    6:10:55 Visual com o solo: Então atravessei a camada de nuvens. A superfície – parecem dunas de areia. São de cristais muito grandes, então deslizam. Tremendos ventos, como talvez os ventos prevalecentes da Terra, mas muito perto da superfície de Júpiter. Dessa vista, o horizonte parece alaranjado ou róseo, mas acima é algo como amarelo-esverdeado.
    6:12:35 Se olho à direita há uma enorme cadeia montanhosa.
    6:13:18 Se descrever onde vim e estou, seria aproximadamente como é o Alaska se o Sol estivesse a pino, o qual está. O Sol parece ter uma corona verde… parece-me menor.
    Pergunta o centro de controle da missão: Qual é a cor do Sol?
    Branca.
     
    Viu Dr. como os espíritos enxergam bem direitinho? Claro, cá há a vantagem de ser o espírito do próprio médium, portanto não há impedâncias de acoplamento atrapalhando…

  103. Gorducho Diz:

    Se achar conveniente, elimine a colagem duplicada, Sr. Administrador!
    Está com as coordenadas informadas pelo psíquico aquele à mão para futura consulta?

  104. Vitor Diz:

    a) “Bom, mas qualquer descrição de quadro será subjetiva. Isso não significa estatística. ”
    .
    A estatística entrará na contagem de erros e acertos da descrição do quadro, ainda que de forma meramente intuitiva, para saber se as descrições foram precisas o suficiente que impossibilitem confundir o quadro com qualquer outro.
    .
    b) “Experimente me descrever a Mona Lisa. Ou paisagem: me descreva o elevador de Salvador.”
    .
    Monalisa: o quadro retrata apenas uma mulher branca, sem sal.
    .
    Elevador Lacerda de Salvador: Sou péssimo pra descrever estruturas…
    .
    c) “Por isso não pode ser os testes baseados em quadros, &c.”
    .
    Podem. Veja o estudo “An experimental approach to dreams and telepathy. II. Report of three studies.” publicado numa revista de alto fator de impacto em 1970, o American Journal of Psychiatry:
    .
    https://app.box.com/s/dmdalvm0yoyzu6d4h6gajj1slshebtqm
    .
    Algumas descrições dos quadros são tão precisas que a princípio dispensariam estatística. Veja na página 1285 a descrição do quadro DOWNPOUR AT SHONO. É praticamente perfeita, quase sem falhas. Diz que é como se estivesse desenhando, numa posição inclinada, tinha algo a ver com um homem oriental andando pela rua, e que estava chovendo. Mais preciso que isso, impossível. Mas ainda assim, as provas mais eficazes vêm de uma combinação de análise qualitativa com quantitativa – que é o que é feito nesse teste e nas sessões por procuração.

  105. Gorducho Diz:

    Obrigado, seus exemplos sempre são muito úteis.
    Serve para exemplificar o que digo: NUNCA nesse ramo as coisas são como tentam fazer crer os Crentes.
    Eles mandaram um guarda chuvas japonês p/o “médium”, e mandaram-no tomar banho de chuveiro! Obviamente induzindo-o a lobrigar chuva, pessoas orientais e provavelmente vento.
    Algo como um oriental… Caminhando com alguém na rua. Chovendo…
    Claro, com um guarda chuvas japonês e mandando ele tomar banho de chuveiro queriam o que? Que o “espírito” enxergasse o que? Amaralina? O Mercado Modelo?
    E onde entra o cara desenhando?
     
    Para melhor visualização do quadro:
    https://books.google.com.br/books?id=khz3CCp-wEoC&pg=PA21&lpg=PA21&dq=downpour+at+shono&source=bl&ots=7Q60XDgC5I&sig=edkZQvicKihzINkAku-EhKR95Sg&hl=pt-BR&sa=X&ei=kGsxVdqqOomfyAS-jYD4Cw&ved=0CB8Q6AEwAA#v=onepage&q=downpour%20at%20shono&f=false
    [pg.21]
     

  106. Vitor Diz:

    Gorducho,
    vc entendeu errado! O guarda chuva foi enviado para o agente, não para o sujeito – que vc chamou de “médium” – que iria tentar captar o envio telepático do agente através de sonhos! Os objetos foram enviados ao agente para facilitar a transmissão dos elementos contidos nos quadros pelo agente. O sujeito ia tentar captar tais elementos em seus sonhos.
    .
    A imagem é um desenho, e pareceu ao sujeito que ele desenhava, como se estivesse inclinado numa mesa. É aí que entra a relação. O oriental está inclinado, correndo na chuva, e é um desenho, não uma foto.

  107. Gorducho Diz:

    Então está bem: dessa vez o Sr. tem razão. Há correspondência.

  108. Gorducho Diz:

    Voltando ao tema da rubrica…
    Aqui na mensagem que acho é a 2ª [25/8/74], o espírito já registra que a mãe está trabalhando no Grameiro…
     
    Olhe rapaz, os dias vão correndo… Quando puder acompanhe minha mãe para dar serviço no serviço do bem. Aqueles amizades nas panelas de sopa estão certos e os caras que somos nós, quando longe deles, é que ficamos nas risadas do já era. Trabalhar, meu amigo, trabalhar pelos outros.

  109. Gorducho Diz:

    [1ª msg]
    Aqui comigo estão o meu avô Basso e um coração de benfeitora a quem chamo Irmã Elvira.
    Ora, claramente ele não conhecia esta Irmã anteriormente, muito menos esta havia se identificado como tia, e mais, madrinha, da mãe dele!
    Pela redação está claro que o objetivo é dar a entender que se trate de uma freira católica.
    Teria sido essa Srª Elvira uma freira em vida?
     
    [2ª msg]
    Hoje pedi à tia Elvira (mamãe faz questão que fale na tia e madrinha) e tive permissão, escreva como julgar melhor, disse a nova amizade, mas reclamou: cuidado. E concluiu: Jair, se você estivesse lá, e eles do lado de cá, você teria medo também.
    Após a reclamação, quando a mãe já aparentemente frequentava o Grameiro, a desconhecida “Irmã” vira a tia e madrinha…
    O resto da mensagem não tem nexo, mas aí pode-se atribuir a ansiedade/confusão do espírito…
    Como se bem me lembro é a tese do Analista Montalvão, parece ter sido um chute que deu certo.

  110. Vitor Diz:

    Gorducho,
    a Elvira foi a fundadora de uma Sociedade Beneficente. Isso é citado no livro “A Vida triunfa”:
    .
    Romeu Grisi, agricultor em Votuporanga e Diretor-Fundador do Centro Espírita Emmanuel e da Sociedade Beneficente Irmã EIvira
    .
    Aí depois que a mãe revelou que a Elvira era uma tia e madrinha, o Chico trocou a pessoa para tornar a psicografia mais pessoal!!!

  111. Marciano Diz:

    Elvira é a Cassandra Peterson.

  112. Vitor Diz:

    A Elvira é Elvira Grisi! Ela é citada como benfeitora no livro “Viajores da Luz”. Claramente ela não era a tia e madrinha antes. Vou fazer um artigo a respeito. Descobri mais coisas também. Muito mais. Aguardem. E rezem para eu não morrer até lá! rs

  113. Gorducho Diz:

    Para clareza minha e dos ouvintes outros, Sr. Administrador. A Irmã Elvira seria a Srª, irmã de caridade presumo, que teve sua memória homenageada na constituição da SOCIEDADE BENEFICENTE IRMÃ ELVIRA, já existente em 1957. E uq obviamente nada tem a ver c/D. Elvitta tia e madrinha da mãr dele, esta falecida em 1974 ou por aí.
    É isso?

  114. Gorducho Diz:

    […] c/D. Elvittra […]

  115. Vitor Diz:

    Sim, é isso. Ela era parente do Roberto Grisi, que fundou a Sociedade. Não sei se era mulher ou irmã dele. Ou outro tipo de relação.

  116. Gorducho Diz:

    Ah! Era Irmã no sentido espírita!
    Devia ser conhecida como Irmã Elvira no espiritismo. Se trata de família tradicional no espiritismo!

  117. Gorducho Diz:

    Após contato telefônico, o que em ’54 era uma façanha, CX recebe o viúvo Sr. Carmelo Grisi no alpendre da Fazenda Modelo:
    Carmelo, D. Elvira se acha aqui, em companhia de três entidades amigas, pois que ela ainda está em convalescença. A primeira entidade chama-se Camilo Matos, vocês o conhecem?

  118. Vitor Diz:

    Ah, ótimo! Então Elvira era a mulher dele.

  119. Vitor Diz:

    Ah, não . Um é Carmelo, outro é Roberto. Não sei o parentesco.

  120. Vitor Diz:

    Eu escrevi duas vezes Roberto, mas é Romeu!

  121. Gorducho Diz:

    Filho. Foi um dos fundadores do Centro Espirita Emmanuel e da Sociedade Beneficente Irmã Elvira. Havia expressiva amizade da família c/o CX desde o falecimento da Irmã Elvira (mãe dele). Deixemos que ele mesmo conte:
     
    Meus pais converteram-se ao Espiritismo por volta de 1918. Minha mãe, ainda muito jovem, dotada da faculdade mediúnica de desobsessão, aceitou, ao lado de meu pai, os encargos e compromissos de tão nobre quão difícil tarefa. E, amparados pela Doutrina e sob a proteção do benfeitor Romeu de Ângelis, prosseguiram trabalhando até a desencarnação de minha progenitora, ocorrido em 1954.
    Na fase que se seguiu ao desenlace, com as significativas mudanças na vida da família, contamos com o apoio de Francisco Cândido Xavier, através de mensagem de minha mãe, recebida por ele, e que foi o motivo da amizade que se estabeleceu entre meu pai e o nosso querido Chico. Pessoalmente, eu e minha esposa já conhecíamos o famoso médium desde 1948
    .

  122. Vitor Diz:

    Valeu! Achei o livro, “Carmelo Grisi, ele mesmo”. O Carmelo foi esposo da Elvira.
    .
    As descobertas que fiz deverão ficar pra depois do feriadão. Não vai dar tempo de escrever o artigo. Mas adianto que é mais um padrão que descobri nas cartas de chico xavier.

  123. Gorducho Diz:

    De novo o Grameiro…
    Felipinho, vitimado por moléstia incurável em Campinas 24/7/78…
     
    Sete meses após o falecimento, a mãe começa a frequentar mensalmente as reuniões públicas do Grupo Espírita da Prece. Enfrentando longas filas, conseguia estabelecer contatos rápidos com o médium e,
    posteriormente, na segunda parte da reunião, recebia sempre por via psicográfica notícias breves, confortadoras, de que Felipinho esta bem amparado.
    Sexta-feira, princípios de maio ’79, CX pergunta à mão na fila:
    Quem é Ana?
    Era a avó dela, portanto bisavó do menino falecido. Só… nada mais nessa sessão.
     
    15/6/79:
    Quem é Mariquinha?
    Não sei.
    Procure verificar. Ela diz que é tia. E quem é Ursulina?
    É a mãe do meu marido, já falecida.
    Estas duas senhoras estão aqui dizendo que o Felipe está bem.
    Só… CX segue atendendo a fila. Resulta que Mariquinha era uma amiga falecida 1 ano antes, a qual Felipinho chamava tia. Na tensão do momento na fila, ela esquecera dessa pessoa.
    […]
    15/6/79 – quase 1 ano do falecimento, cabeçalho padrão: querida mãezinha; benção; nosso querido fulano; &c.
    […]
    Mãezinha, agradeço os seus pensamentos enviados ao meu coração de suas atividades no Grameiro. […]
    [Eles Voltaram, capítulo III]

  124. Gorducho Diz:

    Esclarecendo: 15/6/79 na 1ª parte dos trabalhos, na fila, é o diálogo c/a mãe. Na 2ª parte vem a 1ª mensagem do falecido.

  125. Marciano Diz:

    Vitor Diz:
    ABRIL 20TH, 2015 ÀS 4:31 PM
    .
    E rezem para eu não morrer até lá! Rs
    .
    COMENTÁRIO: Rezaremos, porque não queremos que você morra tão cedo. Não pela impossibilidade de comunicação no caso do seu precoce desencarne, pois todos sabemos como nos comunicar com os desencarnados. LOL
    .
    .
    .
    VITOR DIZ:
    As descobertas que fiz deverão ficar pra depois do feriadão. Não vai dar tempo de escrever o artigo. Mas adianto que é mais um padrão que descobri nas cartas de chico xavier.
    .
    I can hardly contain my anxiety.

  126. Larissa Diz:

    I can hardly contain my anxiety. (2)

  127. Gorducho Diz:

    Tem (mais uma…) frase atribuída ao CX a qual nunca citei acautelando-me contra possível apocrificidade. Agora encontrei a fonte no artigo Dinâmica das Mutações das Estruturas Mentais, escrito pelo falecido Jaci Régis – este um espírita sensato. Artigo que recomendo a quem se interesse por espiritismo, seja na condição de crente em infestações, seja como curioso quanto a sua realidade histórica; publicado no Sítio do Instituto Cultural Kardecista de Santos.
    So, disse CX p/o próprio Jaci:
     
    A vida é mais importante que a verdade
     
    [que me foi dita pelo médium Francisco Cândido Xavier, transmitindo, segundo disse, idéia do Espirito André Luiz,; explica Jaci]
    Então mais uma evidência que Cx tinha pelo menos até certo ponto consciência do que estava fazendo, ou seja: falseando a verdade em benefício do “consolo” e do proselitismo religioso.

  128. Gorducho Diz:

    Favor fechar o itálico Sr. Administrador. Desculpe!

  129. Marciano Diz:

    Se não soubesse que estava mentindo, não teria participado das farsas das materializações.

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