SUPOSTOS FENÔMENOS PSI ESPONTÂNEOS, PSICOTERAPIA E TRANSFERÊNCIA E A EMERGÊNCIA DO SISTEMA DE FATORES INTEGRADOS (2006), por André Percia de Carvalho

Neste artigo, o autor relata estudos de caso que sugerem conexões entre a ocorrência do fenômeno psicológico chamado por psicoterapeutas de “transferência” no contexto de processos de psicoterapia e supostos fenômenos psi espontâneos. Em sua hipótese de trabalho, psi poderia ocorrer espontaneamente em indivíduos neuróticos como uma extensão de aspectos psicodinâmicos e suas variações, considerando demandas e outros importantes aspectos sócio-culturais aparentemente favoráveis na cultura brasileira. É então proposto o modelo “Sistema de Fatores Integrados” que sugere a interação da história pessoal com a influência cultural que contém crenças abertas a manifestações anômalas contribuindo para a formação de uma personalidade com predisposição a experimentar supostos eventos psi. Para ler o artigo, clique aqui.

60 respostas a “SUPOSTOS FENÔMENOS PSI ESPONTÂNEOS, PSICOTERAPIA E TRANSFERÊNCIA E A EMERGÊNCIA DO SISTEMA DE FATORES INTEGRADOS (2006), por André Percia de Carvalho”

  1. Gorducho Diz:

    De novo confirma o que eu digo: os alegados fenômenos não são estatísticos.
    E no caso específico impróprios p/tratamento científico, visto que é a experiência pessoal entre o emissor – no caso o psiquiatra – e o receptor – no caso o paciente. Inverificável por terceiros.
    Então vale a Conjectura de Montalvão…

  2. Vitor Diz:

    01 – “De novo confirma o que eu digo: os alegados fenômenos não são estatísticos.”
    .
    Vários fenômenos não são estatísticos, mas requerem tratamento estatístico para ficar comprovada a sua existência. Por exemplo, os efeitos de uma medicação em um paciente enfermo. Ora, o paciente pode tomar a medicação e os efeitos da cura serem claros, visíveis, mas o que garante que a cura não foi devido ao efeito placebo? Aí entra a estatística, grupo controle, etc.
    .
    02 – “E no caso específico impróprios p/tratamento científico, visto que é a experiência pessoal entre o emissor – no caso o psiquiatra – e o receptor – no caso o paciente. Inverificável por terceiros.”
    .
    Os testes de telepatia em sonhos realizados por Krippner e Ullman, embora não lidem com a situação de transferência, reproduzem vários dos fenômenos vivenciados pelos pacientes, em que houve transferência anômala de informação através de sonhos.

  3. Gorducho Diz:

    01 – Uso da estatística quando ele se aplica, e uso quando ela não se aplica.
    Onde entra estatística p/avaliar o relato da paciente quanto à cabine telefônica no saguão + uma camisa azul e um paletó cinza + a bandeja “atípica” que era grande e comprida?
     
    02 – 😆 😆 😆 😆
    Se é vingança pelo não-OCR reitero que não tenho nem nunca tive: não foi má vontade.
    Mas assimilo numa boa… 1 x 1
    Paz…

  4. Vitor Diz:

    03 – “Onde entra estatística p/avaliar o relato da paciente quanto à cabine telefônica no saguão + uma camisa azul e um paletó cinza + a bandeja “atípica” que era grande e comprida?”
    .
    Entra quando o primeiro cético disser: “mas o que me garante que isso não foi fruto de coincidência? quero ver isso em uma replicação de testes que excluam tal possibilidade”. Aí entram os testes de Krippner e Ullman, que usam estatística, provando que não foi coincidência…

  5. Gorducho Diz:

    Não tem como aí. Esses casos em tela casos são intestáveis por definição, corolário para a Conjectura de Montalvão (cacofonia intencional p/encher o saco…).
     
    Aí entram os testes de Krippner e Ullman, que usam estatística, provando que não foi coincidência
    Bom, eu tinha proposto uma trégua, não ceita p/S/Pessoa 🙁

  6. Vitor Diz:

    04 – “Não tem como aí. Esses casos em tela casos são intestáveis por definição”
    .
    Mania de criticar sem terminar de ler o artigo…
    .
    João, um dos pacientes cujos supostos eventos psi pude observar mais de perto (Carvalho 1995), parece “redespertar” tal “Instinto” sob determinadas condições. Se eu pudesse testá-lo experimentalmente (ou a outro paciente com as características parapsicológicas que sugeri), tê-lo-ia sob rigoroso controle experimental, numa experiência Ganzfeld, tendo que “adivinhar” uma sequencia de alvos aleatoriamente escolhidos, entre as figuras/filmes/músicas (teria alvos multi-sensoriais). Alguns destes estímulos (85% dos estímulos apresentados) diretamente relacionados aos temas centrais de sua psicodinâmica, tanto os que lhe dão prazer como desprazer/ameaça, por serem dois extremos diretamente relacionados às suas necessidades emocionais. Numa evolução do experimento, teria temas mais, menos e diretamente opostos as suas fantasias de ameaça, a suas buscas existenciais, temas que facilitariam a projeção neurótica combinados com alvos mais neutros (para ele), e prediria um resultado possivelmente significativo em termos estatísticos para os “alvos certos” (relacionados às suas características), principalmente para os mais prazerosos ou mais ameaçadores. Em um outro experimento, colocaria todo o hall de potenciais alvos ligados a um gerador de eventos aleatórios de Schmidt onde João veria slides ou filmes sequenciais que poderiam ter vários desfechos: um relacionado às suas buscas neuróticas de prazer, outro relacionado à evitação neurótica de confronto com dor, outro completamente neutro, e outro mostrando uma solução que demandaria maturidade psicológica. Eu prediria que, enquanto sob intensa neurose, ele tenderia a escolher “inconscientemente”(e para isso poderia usar psi sobre o mecanismo que “decide” aleatoriamente o final) a busca neurótica, e bloquear ou evitar significativamente (usando psi) o desfecho que o ameaçaria. Na medida em que ele ou outro sujeito fosse vencendo a neurose, uma mudança de escores seria observada: um decréscimo progressivo da solução neurótica e um acréscimo significativo da solução madura. Acredito que, dependendo do tema, haveria um decréscimo do bloqueio ou evitação do sofrimento. Não me surpreenderia se com a resolução da neurose, sumissem também os resultados significativos e João passasse a apresentar escores “não indicativos” de psi… A não ser que situações normais e isoladas (não neuróticas) que o animassem ou ameaçassem, o que poderia demonstrar a possível manutenção do Instinto psi. Embora dispendioso, experimentos diversos seguindo estas ideias são perfeitamente viáveis.

  7. Gorducho Diz:

    Na medida em que ele ou outro sujeito fosse vencendo a neurose, uma mudança de escores seria observada: um decréscimo progressivo da solução neurótica e um acréscimo significativo da solução madura.
     
    E como é que num conjunto de vídeos ou tableaux que sejam, o experimentador vai decidir o que é solução neurótica” ou “solução madura”?
    Não: mais pano pra manga dentro dos subjetivismos dessa sandice estatística.
    Paranormalidade paranormal é essa da mulher que viu a sonhou c/a cabine telefônica no hall do hotel e a bandeja comprida.
    E também aquela do sobretudo transparente que emanava raios cor-de-rosa e uma fumaça rosa que se desprendia da parte inferior do sobretudo. Aliás, boa ideia p/uma materialização…
    Sem estatísticas.

  8. Gorducho Diz:

    Nos experimentos Ganzfeld pelo que entendo há um emitente que vê os filmes ou tableaux, e o psíquico que os captará. Certo?
    Nesse experimento proposto pelo psiquiatra, seria o próprio paciente quem lobriga-los-ia; ou quem, como?

  9. Borges Diz:

    Acredito que os três fatores descritos pelo Dr. André estão presentes, em maior ou menor grau, em praticamente toda a população brasileira.
    Obrigado

  10. Marciano Diz:

    Borges Diz:
    MAIO 21ST, 2015 ÀS 9:58 PM
    Acredito que os três fatores descritos pelo Dr. André estão presentes, em maior ou menor grau, em praticamente toda a população brasileira.
    .
    Uma só palavra dita por Borges resume tudo: “acredito”.
    O problema não é acreditar, o problema é provar as alegações, de modo irrefutável, como se prova que F=Gm1m2 sobre r2.

  11. Borges Diz:

    Marciano- Eu não disse que os fenômenos de percepção extra-sensorial ocorrem, fiz referência apenas aos três fatores descritos no artigo.
    Agora sim, farei um comentário onde a sua resposta se encaixa, apenas mundando o verbo.
    Acho que existe uma causa primária, talvez biológica, para o surgimento dos eventos PSI e os três fatores seriam os coadjuvantes desencadeadores.

  12. Gorducho Diz:

    ¿ Quais seriam esses 3 fatores?
    1) Presença de distúrbio neurótico.
    2) Influência cultural que contém crenças abertas a manifestações anômalas.
    3) ?

  13. Contra o chiquismo Diz:

    3) O telefone toca “de lá” pra cá.

  14. Borges Diz:

    Para Gorducho – Fator I – contesto sócio-cultural no qual o sujeito está inserido – Pág. 10.
    Fator II – História pessoal – Pág. 10.
    Fator III – Estrutura da personalidade dos sujeitos, com crenças que favoreceriam a ocorrência de PSI. Pag. 11.
    Obrigado

  15. Vitor Diz:

    a) “E como é que num conjunto de vídeos ou tableaux que sejam, o experimentador vai decidir o que é solução neurótica” ou “solução madura”?”
    .
    Classificando antes cada conjunto. Da mesma forma como se classificam imagens como agradáveis, neutras, ou desagradáveis.
    .
    b)Nos experimentos Ganzfeld pelo que entendo há um emitente que vê os filmes ou tableaux, e o psíquico que os captará. Certo?”
    .
    Certo. Mas costuma-se chamar de emissor, não emitente. E não precisa ser um psíquico, pode ser uma pessoa comum, e dentre essas pessoas comuns as que se saem melhor são as que possuem um talento artístico.
    .
    c) “Nesse experimento proposto pelo psiquiatra, seria o próprio paciente quem lobriga-los-ia; ou quem, como?”
    .
    Eu entendi que seria um experimento precognitivo.

  16. Gorducho Diz:

    a) P/concretar o raciocínio, supongamos que o experimentador tem uma videoteca com 100 videos de até 5′, todos de boa e equivalente qualidade.
    ¿Cual o primeiro passo dele experimentador?

  17. Marciano Diz:

    Oi, Borges.
    Eu não estava me referindo diretamente ao seu comentários, apenas escolhi uma palavra dele para resumir o assunto discutido neste tópico: crença!

  18. Borges Diz:

    Como os comentários se tornaram escassos, senti-me encorajado a relatar um possível caso de PSI.
    No final do século passado, em meados da década de noventa, eu estava no interior de um ônibus que fazia a linha entre o bairro da Lapa e a região de Osasco na grande São Paulo, quando uma voz bem conhecida chamou minha atenção, e o que ouví, mais ainda.
    A voz era do cobrador, um sujeito que gostava de conversar com os passageiros, por isso, era uma figura bem conhecida. Da sua boca partiu a seguinte frase: “O Chico Xavier disse que o Shopping de Osasco vai explodir”.
    Não dei importância ao assunto, o tempo passou e eu já tinha até esquecido o que ouví.
    No dia 11 de junho de 1996 liguei a tv na hora do almoço, para assistir ao noticiário, como fazia costumeiramente. Quando a imagem apareceu na tela, fiquei chocado com o que vi. O shopping de Osasco havia explodido, uma castastrofe que deixou 42 mortos e 372 feridos.
    Diante daquelas imagens terríveis, a lembrança da previsão passou a dominar meus pensamentos. Em meio a tudo isto, destacou-se a voz da pessoa que narrava os acontecimentos; em um dado instante relatou que alguns moradores da região haviam dito que o Chico Xavier teria previsto aquela explosão, porém, um de seus familiares afirmou que êle não fazia este tipo de previsão.
    Obrigado

  19. Marciano Diz:

    Borges, vejá só! Cx não fazia previsões desse tipo e, se as fizesse, o fato teria muito mais repercussão.
    Isto está me parecendo mais com “hindsight” (desculpe-me, ando estudando psicologia cognitiva por conta própria e os livros são todos em inglês – acredito que uma boa tradução seria “percepção tardia”).
    .
    Procure ler alguma coisa sobre “hindsight” e sobre ilusões cognitivas (cognitive illusions), especialmente sobre ilusões da memória.
    .
    Michael Birnbaum e Rüdiger Pohl são autores que eu recomendo.
    .
    .
    Pense no que deve ser mais provável:
    1 – o mundo é determinista, acidentes já estão destinados a acontecer – e mais – existem pessoas que podem prever o futuro, mas nunca são ouvidas a tempo de evitar desastres;
    2 – Nossa memória é traiçoeira e DEPOIS que algum fato acontece, nós sempre buscamos seletivamente na memória coisas que justifiquem que o fato era previsível ou, pior ainda, foi previsto.

  20. Gorducho Diz:

    Que eu me lembre – nessa época viajava bastante e transitava por aí, Rio &c. – expressivamente antes berravam acerca de odor a mercaptano.
    Então devemos supor que o cobrador falou após essas queixas iniciarem seu trânsito junto à população. Daí a atribuir a CX foi consequência da lei natural das cousas.

  21. Gorducho Diz:

    1 – o mundo é determinista
    Na cosmologia oficial da Casa, sim. A recordação do futuro só não é tão comum quanto a do passado porque há uma assimetria quanto às sinapses.
    :mrgreen:

  22. Borges Diz:

    Se é para desconsiderar caso de PSI, prefiro acreditar que o vazamento de gás tenha induzido alguém a fazer a previsão e atribuí-la a um nome de peso.
    obrigado

  23. Marciano Diz:

    Eu que fiquei encantado quando li pela primeira vez Kritik der reinen Vernunft, que gostava de epistemologia, graças aos debates aqui no blog acabei virando fã de psicologia cognitiva, muito mais pragmática do que a epistemologia.
    Um hip hip hooray para Peirce, Schiller e William James!

  24. Marciano Diz:

    Texto da wikipedia:
    .
    No dia 11 de junho de 1996, véspera de dia dos namorados, por volta do meio dia, o shopping sofreu uma explosão que deixou 42 mortos e 372 feridos1 . O acidente aconteceu na praça de alimentação devido a um vazamento de GLP, — Gás Liquefeito de Petróleo –, no subsolo do piso térreo. A violência da explosão fez com que o piso fosse levantado e o concreto desabasse sobre as pessoas que ali se encontravam, além de ter destruído 40 lojas.2
    Semanas antes da explosão, clientes e funcionários reclamavam do forte odor de gás de cozinha que havia na praça de alimentação.1 A administração do shopping chegou a chamar técnicos da distribuidora, na época a Ultragás, para averiguar se havia vazamento na rede. Entretando, mesmo após duas visitas, nada foi constatado. A administradora resolveu então chamar técnicos da concorrente Liquigás, mas nada encontraram também.3
    A principal causa apontada para a explosão foi a falta de ventilação no porão onde se encontrava a tubulação de gás. Porém, durante a perícia, foram constados outros erros, dentre eles o fato de o local da instalação de gás não ter sido o previsto no projeto e o uso de roscas e vedações inadequadas.2 4
    .
    .
    .
    Deviam ter chamado cx.
    Ultragás e Liquigás não foram capazes de ver “in loco” o que cx viu remotamente e ainda avisou telepaticamente várias pessoas.
    .

    .
    Em outras palavras: fala sério!

  25. Marciano Diz:

    Será que as pessoas que sentiram cheiro de gás são paranormais?
    Se são, há muitos paranormais ambulando por aí.

  26. Marciano Diz:

    Cheiro de GLP por várias semanas, quando não são tomadas providências, acaba em cheiro de defunto, o que me parece bastante normal, não paranormal.

  27. Gorducho Diz:

    Extrato de discurso do Dep. Sr. Luiz Couto (PT/PB) Sala das Sessões 12 de junho de 2007.
    http://www.camara.gov.br/sileg/integras/470464.pdf
     
    O cheiro de gás era comum e alvo de reclamações de clientes e empregados do Osasco Plaza Shopping, o que levou a administração do centro comercial a convocar a Empresa Ultragás para verificar a possibilidade de vazamento. Por duas vezes os técnicos da Ultragás estiveram no local e não acusaram vazamento de gás. Como o odor persistia, os administradores do shopping convocaram uma empresa concorrente da Ultragás para que desse o seu parecer. Também os técnicos dessa empresa não constataram a existência de vazamentos. Cinco dias antes da explosão, a Ultragás entregou, no Osasco Plaza Shopping, uma tonelada e meia de gás o que nos leva à seguinte indagação: Diante da suspeita de vazamento devido ao forte cheiro que exalava no shopping, a primeira providência a se tomar era a interrupção do fornecimento de gás e a condenação da rede de distribuição.

  28. Marciano Diz:

    Vou destacar o período mais importante do texto da wiki:
    .
    Semanas antes da explosão, clientes e funcionários reclamavam do forte odor de gás de cozinha que havia na praça de alimentação.
    .
    .
    Semanas antes.

  29. Marciano Diz:

    Discordo do nobre parlamentar.
    A primeira providência deveria ser chamar um paranormal ou um medium.

  30. Marciano Diz:

    É muito comum pessoas mostrarem previsões de tragédias SEMPRE DEPOIS de elas acontecerem.
    Hindsight detectado!

  31. Marciano Diz:

    Memória seletiva também detectada.
    Todo mundo prevê um monte de coisas que não acontece. Quando uma previsão acontece, esquecem-se de todas as quase infinitas premonições furadas e lembram-se somente daquela que se tornou vagamente real.

  32. Marciano Diz:

    Um monte de gente previu a queda das torres gêmeas.
    .
    Exemplo:
    .
    O atentado “11 de Setembro”, que ceifou milhares de vidas, abalou e comoveu o mundo, não comoveria também os céus? Deus não poderia ter descrito esta tragédia como prova do seu amor para com todos nós? Alguns cristãos acham que sim, (“Não havendo profecia o povo se corrompe;…” Provérbios 29:18 a) e passaremos a comentar sobre este tema. O carneiro (um animal escolhido para o sacrifício) representado pela cidade de Nova York , contendo Povo de Deus e povo ainda perdido no engano.
    O bode (outro animal, simboliza o reino do maligno) representa os servos do inimigo de nossas almas , Satanás. As duas pontas ou chifres do carneiro, as torres gêmeas do WTC. Então vejamos:
    A PROFECIA SURPREENDENTE,
    do Profeta Daniel 8:3 a 12; esta tudo em sua Bíblia:
    V. 3 – “E levantei os meus olhos e vi, e eis que um carneiro estava diante do rio (rio Hudson?), o qual tinha duas pontas (ou chifres); e as duas pontas eram altas, mas uma era mais alta do que a outra; e a mais alta SUBIU POR ÚLTIMO.
    V. 4 – Vi que o carneiro dava marradas para o ocidente, e para o norte, e para o meio-dia; e nenhuns animais podiam estar diante dele, nem havia quem pudesse livrar-se da sua mão; e ele fazia conforme a sua vontade e se engrandecia. (O “animal” simboliza um reino ou uma nação; o “carneiro” representa os Estado Unidos, e os demais animais, são as nações diante da maior potencia mundial, o imperialismo americano que dita regras no mundo, ou seja, “dá marradas”.)
    V. 5 – E, estando eu considerando, eis que um bode vinha do ocidente sobre toda a terra, MAS SEM TOCAR NO CHÃO (voando); e aquele bode tinha uma ponta notável entre os olhos (um míssil?);
    V. 6 – dirigiu-se ao carneiro que tinha as duas pontas, ao qual eu tinha visto diante do rio (rio Hudson?); e correu contra ele com todo o ímpeto da sua força.
    .
    .
    O engraçado é que NINGUÉM vê as previsões antes de os fatos ocorrerem, SÓ DEPOIS.

  33. Marciano Diz:

    Em uma encarnação anterior EU previ a ascensão e queda de Hitler, a segunda guerra e tudo o mais.
    Só acreditaram em mim DEPOIS da rendição do eixo.

  34. Marciano Diz:

    Eu prevejo que o avião da Malysian Airlines vai aparecer na Lua, mais precisamente, na cratera Tycho Brahe.
    Só ainda não sei QUANDO.

  35. Marciano Diz:

    Malaysian, poltergeist!

  36. Marciano Diz:

    A única coisa paranormal em que acredito é o poltergeist do blog.
    Se ele implicasse apenas com os meus textos, eu duvidaria, mas ele persegue todos aqui.

  37. Borges Diz:

    Marciano diz: É muito comum pessoas mostrarem previsões de tragédias SEMPRE DEPOIS de elas acontecerem”.
    Neste caso especificamente , permita-me discordar, pois fui testemunha ocular e auricular da previsão, meses antes da tragédia acontecer.
    Obrigado

  38. Gorducho Diz:

    É muito comum pessoas mostrarem previsões de tragédias SEMPRE DEPOIS de elas acontecerem”. Eu prevejo que o avião da Malysian Airlines vai aparecer na Lua, mais precisamente, na cratera Tycho Brahe.
     
    Neste outro caso especificamente, permito-me também discordar. As coordenadas obtidas pelos espíritos já foram cá há tempos informadas pela Administração do Sítio, sendo se bem registrei (em coordenadas UTM):
    376098, 6154776, zona 47H.
     
    Saindo Perth proa verdadeira 255 distando 927 NM.

  39. Marciano Diz:

    Borges Diz:
    MAIO 23RD, 2015 ÀS 8:13 PM
    .
    Neste caso especificamente , permita-me discordar, pois fui testemunha ocular e auricular da previsão, meses antes da tragédia acontecer.
    .
    .
    Sendo assim, eu volto a dizer:
    . .
    Procure ler alguma coisa sobre “hindsight” e sobre ilusões cognitivas (cognitive illusions), especialmente sobre ilusões da memória.
    .
    Michael Birnbaum e Rüdiger Pohl são autores que eu recomendo.

  40. Marciano Diz:

    Desde quando eu estudava psicologia forense, na cadeira de medicina legal, eu aprendi que testemunhas oculares, de boa-fé, em testes psicológicos de que participaram sem o saber, coisas como “a casa era verde, lembro-me nitidamente”, enquanto outros juram que era azul.
    .
    Tem um caso famoso, por ser um dos primeiros, em que um professor de psicologia forense, durante a aula, foi vítima de um furto (tudo ensaiado sem que os alunos soubessem).
    Um indivíduo adentrou a sala de aula, pegou uma maleta sobre a mesa e saiu correndo.
    A aula foi interrompida, foram ouvidos vários alunos como testemunhas, e havia muita discordância, uns lembrando que o sujeito estava vestido assim, outros assado.
    .
    .
    Não me lembro do título do livro ou do nome do autor, mas os livros dos autores que indiquei são muito melhores.
    .
    .
    Se não quiser perder tempo lendo livros, procure no google.
    Tem até um programinha de televisão (Truques da Mente) que, na primeira temporada, num episódio sobre memória, mostra a encenação acima e os resultados.
    .
    Muitas vezes a gente se lembra de um fato tendo ocorrido de certa maneira, mas foi de outra.
    .
    .
    Não sou eu quem o diz, são os psicólogos citados. A gente não arquiva memórias como um HD ou um pendrive. A gente reconstrói as lembranças, podendo haver casos assim.
    .
    Borges, procure o episódio do programa de tv na internet e veja por que você não pode confiar em sua memória quando ela o remete a lembranças sem muita lógica.

  41. Marciano Diz:

    Borges, especialmente para você:
    .
    http://www.amazon.com/The-Treacherous-Memory-Chronicle-Losses-ebook/dp/B00PPG2GII

  42. Marciano Diz:

    Tem gente que, de boa-fé, lembra-se de abdução por ETs ou de abusos sexuais que nunca ocorreram, o primeiro exemplo (ETs), por motivos óbvios.

  43. Marciano Diz:

    Eu acredito que você, BORGES, se lembre do incidente como o narrou, mas tenho certeza de que não foi assim.
    .
    De qualquer forma, quando você vir outra previsão desse tipo, de trocadores ou não, registre em cartório de notas, para que DEPOIS que o fato acontecer ficar provado para todo mundo que foi previsto.
    Se quer apenas testar sua memória, anote qualquer premonição que tenha ou de que tenha conhecimento.
    Vejam quantas vão se realizar e, se alguma delas ocorrer, tal como a explosão do shopping, compare com o que você escreveu antes.
    .
    .
    A ser verdade que cx ou o trocador de ônibus ou seja lá quem for, tem poderes divinatórios, imagine quantas vidas você poderia ter salvado.
    .
    .
    Da próxima vez que alguém disser coisas do gênero, avise aos interessados.
    .
    .
    .
    Se você, o trocador de ônibus ou cx tivessem avisado que o shopping ia explodir, ninguém teria morrido.

  44. Marciano Diz:

    Eu sei que foi um acidente, mas se um trocador de ônibus dissesse para mim que um shopping iria explodir e isso realmente acontecesse alguns meses depois, eu investigaria o trocador, como possível autor da explosão.
    Isso é o mais sensato.

  45. Marciano Diz:

    No meu tempo de policial, se você ou qualquer um me dissesse que alguém seria assassinado ou que morreria vítima de uma explosão na residência e isso realmente acontecesse depois, teria de me explicar direitinho qual foi sua participação no caso.
    Não aceitaria esse papo furado de premonição.
    Isso é bom de contar para a boiada, quando os ruminantes não quiserem dormir.

  46. Marciano Diz:

    Oitenta e cinco centavos de dólar, sem sair de casa.
    Tá esperando o quê para ler o livro?

  47. Marciano Diz:

    Oitenta e quatro centavos.
    Foi o poltergeist que encareceu o livro.
    Viu por que nele eu acredito?
    .
    Ou terá sido minha memória que me traiu?
    Agora fiquei em dúvida.

  48. Marciano Diz:

    The Treacherous Memory: A Chronicle of Losses [Kindle Edition]
    BY Louise Eder (Author)
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    .
    .
    Vamos lá, aprenda como (não) funciona sua memória.

  49. Marciano Diz:

    Se preferir ler obras fantasiosas sobre parapsicologia, não o culpo. Eu também já li essas porcarias.

  50. Marciano Diz:

    Borges, vou lhe propor um experimento que você pode fazer sem a participação da bancada cética.
    Convide alguns amigos para um churrasco. De surpresa, arranje um incidente como o do furto, por exemplo.
    Depois, peça a seus amigos, SEPARADAMENTE, e sem que tenham tido tempo para conversar, qual foi o objeto furtado, qual a roupa usada pelo autor, as cores, por onde ele entrou, por onde saiu, quanto tempo durou o incidente, etc.
    .
    PREMONIÇÃO: Você vai se surpreender sobre o que a certeza de memória é capaz de fazer.
    Isto se for logo após o fato.
    Imagine MESES depois.
    .
    .
    DISCLAIMER:
    O experimento sugerido pode acabar com o devaneio sobre coisas paranormais.
    Se preferir continuar acreditando em contos de fadas, não faça isso!
    Ciência pode causar danos à tão acalentada crendice.

  51. Marciano Diz:

    Eu tenho traumas até hoje por ter sabido que papai noel, o coelhinho da páscoa e a fada dos dentes não existem.
    (Brincadeirinha! Desde a mais tenra idade que eu já desconfiava dessas histórias. Acabei foi com a brincadeira dos meus pais).

  52. Marciano Diz:

    Acho que já tenho dados para ousar uma hipótese: as pessoas nascem crentes ou céticas.
    Os que nascem céticos, permanecem assim o resto da vida.
    Os que nascem crentes podem, numa minúscula menoria (redundância proposital, para ênfase), deixar a credulidade.
    Muitos, como o professor Arduin, não abrem mão da fantasia de jeito nenhum.
    Sonhar é tão bom…
    A realidade é muito sem graça.

  53. Marciano Diz:

    Borges, se você viu o filme “Ghost”, diga quem foi que mandou matar o marido da Demi Moore.
    Anote por escrito tudo aquilo de que você se lembra com certeza. Depois (só depois) reveja o filme e vá anotando quantas certezas absolutas foram para o lixo.
    Eu já fiz experiências desse tipo comigo mesmo e com outras pessoas.

  54. Borges Diz:

    Marciano diz: “Eu acredito que você, Borges, se lembre do incidente como narrou, mas tenho certeza de que não foi assim”.
    Quando não tenho certeza eu digo “acho”, quando tenho, eu não digo “acho”; trata-se da minha memória contra a sua dedução.
    Obrigado

  55. Marciano Diz:

    Agora estou saindo para ver o UFC com alguns amigos.
    Se estiver vivo amanhã, prometo que volto.

  56. Marciano Diz:

    Este é mais caro, mas é muito melhor:
    .
    Cognitive Illusions: A Handbook on Fallacies and Biases in Thinking, Judgement and Memory (Englisch) Gebundene Ausgabe – 28. Oktober 2004
    von Rudiger Pohl (Herausgeber), R?diger F. Pohl (Herausgeber)
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    .
    Fui!

  57. Borges Diz:

    Um filme é bem diferente de uma simples frase num processo de memorização, o primeiro tem muitas informações, sendo quase impossível guardar todos os detalhes, sem contar as cochiladinhas, ao passo que uma frase é facilmente memorizável, por conter pouquíssimas informações.
    Para manter a credibilidade, procuro não distorcer os fatos só para fazer coincidir com minhas idéias.
    Obrigado

    s.

  58. Gorducho Diz:

    Mas o Sr. concorda que o cobrador terá feito a observação quando já circulavam os relatos sobre o cheiro de etanotiol, não é?
    Mesmo que possivelmente não tenha como saber isso, já que obviamente não lembra a data da escuta, não pode negar, certo?
    A única “explosão” que eu me lembre citada por CX, se é que a reação termonuclear pode ser chamada “explosão” é em caráter de possibilidade até 2019, que é o prazo que Jesus deu aos terrícolas, Se não ocorrer até lá, começará a regeneração desses seres via encarnação de almas boas d’outras galáxias mais puras moralmente.
     
    Sobrenatural mesmo será se acharem os destroços nas coordenadas que supracitei. Ninguém tem a menos ideia dadonde estejam.
    Esse sim é o teste. Espero que nessa ampliação anunciada p/maio – e portanto presumivelmente ongoing – incluam essa faixa.

  59. Borges Diz:

    Gorducho diz: Mas o Sr. concorda que o cobrador terá feito a observação quando já circulavam os relatos sobre o cheiro de etanotiol, não é?
    Sim, é possível. Já admiti esta possibilidade em texto anterior.

  60. Marciano Diz:

    GORDUCHO, estou gostando de ver!
    Você é uma das poucas pessoas que reconhece que “explosão” não é um termo adequado para descrever reações termonucleares.
    Até nos pseudodocumentários do History, Discovery, etc., dizem que uma supernova “explodiu”…
    Fusão de átomos ou a fissão mesmo, não podem ser comparados a reações QUÍMICAS.
    .
    .
    Borges Diz:
    MAIO 24TH, 2015 ÀS 3:22 PM
    .
    Gorducho diz: Mas o Sr. concorda que o cobrador terá feito a observação quando já circulavam os relatos sobre o cheiro de etanotiol, não é?
    Sim, é possível. Já admiti esta possibilidade em texto anterior.
    .
    .
    Então, acabou-se o mistério!
    Entre a racional explicação de que o cobrador falou o que já era comentado e o extraordinário e fantasioso fato de que a explosão foi prevista antes dos comentários, a primeira hipótese parece-me dez elevado a infinito vezes mais plausível.

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