“O Conceito da Sobrevivência da Morte Corporal e o Desenvolvimento da Parapsicologia” (2003), por Carlos Alvarado

O artigo mostra contribuições da ideia de sobrevivência e do Espiritualismo e Espiritismo não só à Parapsicologia, mas à Psicologia e à Psiquiatria também. Para ler o artigo traduzido, clique aqui. Para ler o original em inglês, clique aqui.

138 respostas a ““O Conceito da Sobrevivência da Morte Corporal e o Desenvolvimento da Parapsicologia” (2003), por Carlos Alvarado”

  1. mrh Diz:

    Interessante é ver que o programa positivista de Comte continua presente na ciência, de modo discreto, claro, mas muito efetivo.

  2. Gorducho Diz:

    Cumié qui ciência poderia ser “não positivista” ❓

  3. Gorducho Diz:

    [Rhine (1933a)]os estudos da sobrevivência devem focar na evidência de propósito ou motivação.

    Os tipos de evidência para as quais eu me referi como as que oferecem maiores valores de prova a favor da teoria da sobrevivência são aquelas que claramente mostram propósitos apropriados somente para uma pessoa, o suposto espírito identificado. O ponto em mente é que uma motivação peculiar é mais indicativa do ‘agente’ envolvido do que dados da vida passada da pessoa em questão, fatos descrevendo sua personalidade, ou que alegadas manifestações físicas sejam devidas a seus esforços.

    Claro que isto não é novidade. A questão do propósito ou intenção foi avaliada antes por pesquisadores como Hyslop (1919) e Myers (1903), para citar apenas dois exemplos proeminentes.
     
     

    Que quer dizer isso ❓
    Não entendi bulhufas… 🙁

  4. Vitor Diz:

    Ele está se referindo ao motivo da comunicação, ou aparição. Qual o propósito para aquela comunicação espiritual? O propósito do Runolfur Runolfsson para se comunicar era obter sua perna de volta…

  5. Gorducho Diz:

    Deixe-me ver se entendi…
    segundo esse raciocínio o “propósito” da alma seria algo mais útil pra verificabilidade da sobrevivência que eventuais informações ❓
    A alegada alma diz que o propósito é deixar a mamãe tranquila porque ela (alma) está morando com a vovó e o vovô num condomínio horizontal nos arrabaldes de NL…
    E isso segundo essas pessoas é um bom indício da sobrevivência ❓
    ¿É isso?

  6. Gorducho Diz:

    Fvr trocar “190” por “191” Sr. Administrador.
    Desculpe ❗

  7. Vitor Diz:

    GORDUCHO DISSE: “E isso segundo essas pessoas é um bom indício da sobrevivência :?:”
    .
    Para e apenas para os casos de comunicadores inesperados/entrantes/invasores/esporádicos, SIM.

  8. Gorducho Diz:

    Acho que entendi: drop in seria indicativo de falta de planejamento prévio – consciente ou inconsciente – da “mensagem” por parte do “médium”…
    ¿É isso?

  9. Marciano Diz:

    Gorducho, se você quer entender a parapsicologia científica, leia o livro do Ph. D. Carlos Alvarado, Getting Started in Parapsychology.
    Olhe só a descrição do livro na Amazon:
    Getting Started in Parapsychology provides those new to scientific parapsychology with a comprehensive guide to the literature, tips about using search engines and citation databases, and lists of organizations, societies, journals, and other resources complete with addresses, phone numbers and internet address. A must-have for the serious student and new researcher interested in furthering their education in scientific paraspsychology.
    Depois dessa leitura, você vai começar a entender tudo sobre parapsicologia científica.

  10. Marciano Diz:

    O livro do Alvarado está em falta na Amazon.
    Eu não entendi ainda por que o Runolfsson queria a perna (quer dizer, os osso da perna, porque músculos, pelo, nervos, etc., não tinha como) de volta.
    Para fazer o que com ela?
    Andar pelo além?
    Ele não tinha pernas espirituais?
    Os ossos de quem morre têm utilidade para os espíritos?
    Vou esperar uma reedição do livro do Doutor Alvarado. Estou precisando. Não entendo nada.

  11. Marciano Diz:

    Será que só o Runolfsson precisa de pernas do além ou será que qualquer outro defunto precisa de ossos que teve quando vivo?
    Por que será que outros defuntos não andam por aí à procura de seus restos mortais.
    Eu mesmo não sei por “andam” meus esqueletos de encarnações anteriores.

  12. Marciano Diz:

    Tô mal hoje. Escrevi osso em vez de ossos, pelo em vez de pele.
    Vou procurar meu cérebro da minha penúltima reencarnação, quando eu era mais inteligente, Ph. D. em um monte de ciências.
    Desta vez tive a infelicidade (castigo) de reencarnar com um cérebro que só tem meio neurônio, um quarto em cada hemisfério.
    Não consegui nem entender o texto do Doutor Alvarado.

  13. Marciano Diz:

    No outro tópico (químicos ocultos) o Montalvão sugeriu que eu escrevesse um texto sobre aquele de quem não falo mais, de minha lavra, e pedisse ao Vitor para publicar.
    Não acatei a sugestão porque o assunto já foi tema de dois tópicos (pelo menos) aqui e não rendeu comentários (na época em que havia comentários sobre o tópico). Também porque sei que o Vitor não publicaria MAIS um tópico sobre o inefável, pois hodiernamente ele só pensa em parapsicologia.
    Vou ver se faço uma pesquisa sobre a contribuição da parapsicologia na teoria da propagação das ondas eletromagnéticas e seu atual uso em tecnologia na área de smartphones.
    Aposto como, se procurar direitinho, encontro um monte de artigos de doutores no assunto.
    Vejam que em agosto de 2014 nós já fizemos 11 comentários sobre o assunto, dizendo que ele já havia sido publicado, mas o Vitor alegou que era sob uma nova perspectiva. Como agora, por exemplo.
    Bem que eu queria dizer algo sobre o texto do Doutor Alvarado, mas como não entendi patavina, vou ficar na vontade.
    Queira Odin que Montalvão tenha algo a dizer sobre o assunto.
    É uma pena ver o navio afundar lentamente.

  14. Marciano Diz:

    11 RESPOSTAS A “A PARAPSICOLOGIA E SUAS CONTRIBUIÇÕES AO CONHECIMENTO, POR CARLOS ALVARADO
    Gorducho Diz:
    AGOSTO 6TH, 2014 ÀS 10:17 AM
    Ou eu muito me engano ou os Analistas G Grassouillet e Marciano já abordaram este tema neste sítio.
    Se me engano, peço de antemão desculpas…

    Marciano Diz:
    AGOSTO 6TH, 2014 ÀS 12:35 PM
    PRECLARO GORDUCHO, você não está enganado, De Marte e G Grassouillet realmente já abordaram este tema.
    .
    A conversa sobre parapsicologia está melhor no outro tópico, o dos espíritos da bíblia.
    Por enquanto, continuo lá.
    Se e quando este aqui decolar, eu volto.
    De Marte e G Grassouillet me disseram o mesmo, via telepatia.

  15. Marciano Diz:

    Vitor Diz:
    AGOSTO 6TH, 2014 ÀS 12:58 PM
    O tema foi abordado em outro tópico, baseado em outro artigo…. esse artigo é mais específico, fornecendo uma visão mais ampla. Nada impede que o tema volte a ser debatido diante de novas informações.

  16. Marciano Diz:

    O que foi, isso é o que há de ser; e o que se fez, isso se fará; de modo que nada há de novo debaixo do sol.
    Há alguma coisa de que se possa dizer: Vê, isto é novo? Já foi nos séculos passados, que foram antes de nós.
    Eclesiastes 1:9,10

  17. Vitor Diz:

    GORDUCHO DISSE: “drop in seria indicativo de falta de planejamento prévio – consciente ou inconsciente – da “mensagem” por parte do “médium”… ¿É isso?”
    .
    Não. É um comunicador que teria um forte motivo para se comunicar, a ponto de invadir a sessão, entrando na frente de outros espíritos, para uma plateia que nunca ouviu falar dele, nem mesmo o médium. Isso vai contra a hipótese de psi, que precisaria de um motivo psicológico para agir. Como os comunicadores drop in não atendem a qualquer desejo do médium ou dos participantes, que esperam outros comunicadores que não aquele invasor, os comunicadores invasores oferecem boa evidência de sobrevivência (desde que as informações prestadas sejam verídicas e de conhecimento quase impossível por parte dos presentes à sessão).

  18. MONTALVÃO Diz:

    /
    Marciano Diz:
    .
    Será que só o Runolfsson precisa de pernas do além ou será que qualquer outro defunto precisa de ossos que teve quando vivo?
    Por que será que outros defuntos não andam por aí à procura de seus restos mortais.
    Eu mesmo não sei por “andam” meus esqueletos de encarnações anteriores.
    /.
    CONSIDERAÇÃO: e os espíritos daqueles que lá nos Andes foram, antropofagicamente, comidos? Não andarão a assombrar seus devoradores, pedindo-lhes as carnes de volta? Ou aos desencarnados só interessam os ossos?
    .
    Essa insistência do Vitor em defender como real manifestação de espírito a do Runolfur dá perfeita dimensão do nível de superstição e fantasia em que está afogado!

  19. MONTALVÃO Diz:

    /
    GORDUCHO DISSE: “drop in seria indicativo de falta de planejamento prévio – consciente ou inconsciente – da “mensagem” por parte do “médium”… ¿É isso?”
    .
    VITOR: Não. É um comunicador que teria um forte motivo para se comunicar, a ponto de invadir a sessão, entrando na frente de outros espíritos, para uma plateia que nunca ouviu falar dele, nem mesmo o médium. Isso vai contra a hipótese de psi, que precisaria de um motivo psicológico para agir. Como os comunicadores drop in não atendem a qualquer desejo do médium ou dos participantes, que esperam outros comunicadores que não aquele invasor, os comunicadores invasores oferecem boa evidência de sobrevivência (desde que as informações prestadas sejam verídicas e de conhecimento quase impossível por parte dos presentes à sessão).
    /.
    CONSIDERAÇÃO: tem hora que me pergunto se o Vitor fala sério ou se está de safardagem com a gente. Desconfio que nalgum momento ele abrirá um sorrisão e dirá: “Arrá, vocês acreditarem que eu acreditava nessas coisas? Enganei todos ocês, eu tavu só brincando! Espírito drop in é pra cabeça de pudim…”
    .
    Tenho essa esperança…

  20. MONTALVÃO Diz:

    /
    “Os tipos de evidência para as quais eu me referi como as que oferecem maiores valores de prova a favor da teoria da sobrevivência são aquelas que claramente mostram propósitos apropriados somente para uma pessoa, o suposto espírito identificado. O ponto em mente é que uma motivação peculiar é mais indicativa do ‘agente’ envolvido do que dados da vida passada da pessoa em questão, fatos descrevendo sua personalidade, ou que alegadas manifestações físicas sejam devidas a seus esforços.”
    /.
    CONSIDERAÇÃO: agora vejam a malandrice em ação: reconhece-se a necessidade de obter do espírito sua identificação. Quer dizer, toca-se na raiz da encrenca, mas, espertamente, desviam-se do reto caminho: em vez de cobrar demonstração ampla, geral e conferível da presença do espírito, fica-se com a satisfação do cliente, ou seu dinheiro de volta.
    .
    Avaliem o quiproquó: mulher e marido vão buscar mensagem do filho falecido. Recebido o recado, a mulher chora copiosamente, por que tudo que ali consta ratifica o falecido vivo e operante. O marido, por seu turno, mostra-se furioso, pois não viu nada que confirmasse o morto em comunicação.
    .
    Agora, indago: qual das reações ficará para a posteridade?

  21. Vinicius Diz:

    Primeiro, caroáveis, há a necessidade de autorização de Dr.Bezerra/Clarêncio e demais mentores para invadir uma sessão.
     
    Provavelmente Rudolf prestou inestimáveis serviços a colônia Nosso Lar e Dr.Bezerra e Clarêncio não poderiam negar que este pedisse sua perna de volta ❗
     
    Dr.Bezerra também não poderia, por motivos consoladores, revelar a verdade sobre a perna dele e por isso preferiu que ele pedisse a perna e pensasse que ela ainda estivesse intacta. Um dia, mais a frente, quando a poeira baixar , os benfeitores o acalmam e sugerem a ele passar no departamento de reencarnações onde poderá participar da elaboração das suas novas pernas.

  22. Vinicius Diz:

    Vitor, mas o que os espíritos ou os assistentes responderam sobre o pedido da perna do Sr.Rudolf (não estou podendo ler no momento) ?
     
    agora falo sério, sem piadas.
     
    Nunca vi em reuniões de desobsessão espíritos pedirem ou lamentarem seus corpos passados. O que mais reclamam é de ausência de “luz” , “confusão etc etc.

  23. Gorducho Diz:

    ============================================================
    para uma plateia que nunca ouviu falar dele, nem mesmo o médium.
    ============================================================
    Mas se bem me lembro a (até ali) lenda de que tinha um osso na casa circulava no lugar…
     
    ☐ Errado
    ☐ Certo

  24. Gorducho Diz:

    Levou meses pro “espírito” se identificar. Só quando intimaram que não dariam mais bola pra ele, ele se identificou…
    O osso foi sepultado no cemitério junto à igreja.

  25. Espirita Sp Orlando Diz:

    Necessário esclarecer fraternalmente ao espirito comunicante sua nova situação, mas não precisa ser direto dizendo que está morto e seus ossos no cemitério.
    nas reuniões sempre orientamos os irmãos desencarnados a se acalmarem, pensarem em Jesus e ao término do rapido diálogo acompanhar o irmão benfeitor no túnel de luz.

  26. Gorducho Diz:

    O problema justo era esse: o fêmur dele NÃO TAVA num Campo cristão ❗
    Tava dentro do isolamento da parede ❗
    Quando sepultaram cristamente o osso, a perturbação perispiritica dele passou ❗

  27. Gorducho Diz:

    Os 2 espíritos donos dos (2, claro) crânios já tinham assombrado 1 rapaz que morara na casa…
    Isso antes do sentante Sr. Ludovico comprar a casa e guardar os crânios num vidro.

  28. MONTALVÃO Diz:

    /
    “Necessário esclarecer fraternalmente ao espirito comunicante sua nova situação, mas não precisa ser direto dizendo que está morto e seus ossos no cemitério.
    nas reuniões sempre orientamos os irmãos desencarnados a se acalmarem, pensarem em Jesus e ao término do rapido diálogo acompanhar o irmão benfeitor no túnel de luz.”
    /.
    CONSIDERAÇÃO: que coisa curiosa… o espírito fica tão baruela depois que morre que nem sabe que morto está, precisa de quem, do lado de cá, o esclareça. E nós, que nada sabemos do além, apenas imaginamos saber, achamo-nos capazes de orientar quem esteja noutra vida (caso haja).
    .
    É meio parecido com, por exemplo, um brasileiro, que muito mal fala o português, resolver dar aulas de chinês ao naturais daquela nação…

  29. Espirita Sp Orlando Diz:

    Montalvão, talvez esteja certo.
    Um exemplo : o irmão menos esclarecido informa por meio do médium ao doutrinador que a pessoa que veio nos procurar não vale nada, é um falso, miserável e que ele está somente procurando vingança. Diz que nós mesmos nos deixamos enganar o tempo todo.
    Dai o doutrinador explica ao pé do ouvido do médium da necessidade do perdão, que ele ainda está imantado a crosta terrestre e que agora é uma nova vida. Ele fica confuso, chora copiosamente, diz que não entende mais nada e que não sabe para onde ir.
    Nesse momento um dos voluntários desencarnados da cruzada dos fraternos Essênios intui o doutrinador a dizer para ele ir com o irmão que está lá próximo a porta, com uma maca carinhosamente preparada para levá-lo ao hospital de Alvorada Nova.
    Se é verdade eu não sei, mas o doutrinador recebe essa intuição e passa ao espirito e este agradece e vai embora. Claro nem tudo são flores: alguns são levados com camisas de força por voluntários fortes e armados até algum nosocomio disponível. Geralmente enviam para um dirigido por drs Inacio Ferreira ou Eurípedes Barsanulfo

    conversamos ao pé do ouvido do médium o espirito solta um suspiro, agradece

  30. Vinicius Diz:

    “Nesse momento um dos voluntários desencarnados da cruzada dos fraternos Essênios intui o doutrinador a dizer para ele ir com o irmão que está lá próximo a porta”
     
    Por que ele mesmo não fala ao “espírito” para ir com eles?
    os “do lado de lá” não conseguem convencer e mandam para vocês?
    Montalvão diz: ” precisa de quem, do lado de cá, o esclareça. E nós, que nada sabemos do além, apenas imaginamos saber, ”
     
    Sim, mas parece conversa para despachar alguém que está incomodando. Já participei disso: os caras “enrolam” os “espíritos” e quanto mais rápido for embora melhor. Se o espírito fala muito os voluntários ficam muito além do horário.
    Já vi senhoras bravas dizendo que o médium tem que saber quando parar :mrgreen:

  31. Vinicius Diz:

    “Quando sepultaram cristamente o osso, a perturbação perispiritica dele passou ”
     
    Ah! agora entendi. O osso estava em outro local e ainda por cima longe da igreja cristã…

  32. Vinicius Diz:

    Olhem só, mensagens de como estão cães desencarnados.
     
    “Os espíritos me disseram como vai meu falecido cão”
     
    Um centro espírita especializado em animais ajudou a Miriam a dar fim nos pesadelos que vinha tendo com seu saudoso Chyvas
     
    http://soumaiseu.uol.com.br/noticias/pet/os-espiritos-me-disseram-como-vai-meu-falecido-cao.phtml#.WlZgk7pFyUk
     
    Foi aí que lembrei: todo domingo de manhã a Asseama psicografa cartas dos animais desencarnados. Me mandei para lá. Numa ficha, pus o nome do Chyvas e contei como ele tinha desencarnado. Peguei uma senha e esperei ser chamada.
     
    Uma hora depois, um médium com um papel nas mãos me chamou, me levou para uma sala e revelou que aquela era uma mensagem sobre o Chyvas! ELE DIZIA QUE APÓS MORRER ELE HAVIA FICADO NUM HOSPITAL ESPIRITUAL ATÉ SE RECUPERAR DA MORTE FÍSICA e, agora, recebe cachorros abandonados nas ruas.
     
    Trecho da carta psicografada sobre o Chyvas
     
    “Ao adentrar o hospital veterinário após o desencarne (…), Chyvas apresentava importante desenvolvimento no núcleo das emoções. Capacitara-se para testemunhar que há homens que amam os animais como filhos. Por isso, após os meses de tratamento (…), graduou-se com o objetivo de amparar animais que desencarnam na solidão das ruas.”

  33. MONTALVÃO Diz:

    /
    “Olhem só, mensagens de como estão cães desencarnados.”
    /.
    CONSIDERAÇÃO: Pô, vou precisar de uma psicografia dessas, para, ou da, Branquinha. Por enquanto está viva, mas vou ter que fazer eutanásia, pois ela está sofrendo muito.
    .
    Aliás, sofrimento é parte integrante da história dessa cadelinha. Meio que de rua (tinha dono, mas vivia mais fora de casa que outra coisa), quase todo dia vinha na minha porta filar uma bóia.
    .
    Depois que o dono morreu, ela sumiu. Apareceu com uma bicheira enorme na cabeça, os bichos já estavam quase no cérebro da pobrezinha, de longe sentia-se o cheiro de podre. Ficou internada mais de vinte dias, conseguiu sobreviver.
    .
    Peguei-a para ficar comigo.
    .
    Depois, apareceu com a barriguinha cheia de câncer. Foi para a cirurgia, temi que não resistisse. Venceu mais essa.
    .
    Há poucas semanas apareceu com osteoartrite e outras complicações, incluindo suspeita de metástase do câncer. Sente dores atrozes, foi internada duas vezes. A doença não tem retorno.
    .
    Anteontem foi novamente para a internação. O veterinário diz que não há mais o que fazer.
    .
    Amanhã vai ser o desfecho, mas já estou chorando desde hoje…

  34. MONTALVÃO Diz:

    /
    Vou precisar desenvolver o núcleo das minhas emoções…

  35. Vitor Diz:

    Você fez todo o possível, Montalvão. Ela teve sorte de ter conseguido alguém como você para cuidar dela.

  36. Gorducho Diz:

    O osso estava no vão de isolamento duma parede da casa aquela…
    O cara que estava reformando não quis jogar o osso fora por respeito e foi uma maneira dele “sepultar” ele (o osso).
    Então fizeram uma cerimonia fúnebre e sepultaram o osso ali no mesmo cemitério onde estaria sepultado corpo original, mas cujo não foi mais possível achar 80+ anos depois.
    Aí o espírito se acalmou…
     
     
    Obs: estou falando de memória então dê desconto se não estou dizendo tudo c/100% de fidedignidade.

  37. Gorducho Diz:

    A gente sofre tanto que eu sempre digo que não vamos mais pegar cachorro (ou gato: há 4 anos apareceu 1 gato…).
    Mas se acaba pegando…
    Hoje são 5 cachorros + esse gato…

  38. Phelippe Diz:

    Puxa, meu gato morreu hj. 4 anos aqui em casa. Foram 4 anos felizes. Vc pensa que não vai se apegar e quando vê o bicho virou um filho que nunca cresce. Espero que ele tenha gostado de viver aqui esses 4 anos. Apareceu da rua.

  39. Vitor Diz:

    Sobre os motivos de porque comunicadores oferecem boa evidência de sobrevivências nas palavras de Braude:
    .
    As Gauld noted, good drop-in cases discourage super-psi explanations for two main reasons (Gauld, 1982, pp. 58ff). The first concerns the identity and apparent purpose of the communicator. We need to explain why the medium (or someone else present at the sitting) would use ESP to obtain information about an individual who was unknown to those present at the seance. Generally speaking, those attending seances are interested primarily in “contacting” individuals they knew. Why, then, would a medium apparently waste time providing information about a total stranger, one whose story can’t be verified without further (and probably tedious) investigation? If the medium is using psi or normal sleuthing to obtain information about purported communicators, why not just gather information about those likely to be targeted by the sitters? We also need to explain why the communicator supplies information of no apparent interest to the sitters but of understandably serious concern to the communicator. (A good example is the case of Runki’s leg, which we examine below.) By contrast, the survival hypothesis seems appealingly straightforward. To put it simply, the seance provides a forum for communication which the drop-in exploits for urgent personal reasons (e.g., to console a grieving relative or to take care of important unfinished business).
    .
    The second obstacle facing super-psi explanations concerns the obscurity and diffuseness of the information provided by the drop-in. According to the super-psi version of events, sitters at the seance use ESP to obtain this information themselves. However, in the best cases that information is hidden and also seemingly irrelevant to any living person’s concerns. So in addition to considering why a living person would have been motivated to dig up that obscure information, advocates of super psi must explain how the medium or sitters were able to locate it in the first place. Since the information was apparently personally meaningless, what pointed them in the right direction? Moreover, although in most cases the information would need to come from only a single source (e.g., a written record, or one living person’s memory), in others it would have to be assembled from separate and equally obscure sources (e.g., different written records and memories). To many, that attributes an implausible degree of accurate psychic functioning to those at the seance. By contrast, on the survival hypothesis the necessary information may all be reasonably and conveniently attributed to a single, conspicuous source: the drop-in communicator.
    .
    Certainly, we can agree with Gauld that the first of these problems is substantial. At least on the surface, the psychodynamics of drop-in cases are most prominent and straightforward from the communicator’s point of view. The second problem, however, may be overrated. One reason (noted in chapter 1) is that we presently have no grounds for imposing any limits on the scope or refinement of psychic functioning. But another problem concerns the notion of obscure information. Ordinarily, we understand (roughly at least) what it means to say that some information is obscure. But that conception of obscurity applies only to normal methods of acquiring information. For example, we consider information to be obscure when it’s outside our perceptual field or otherwise difficult to access physically (e.g., if it’s behind layers of security or other barriers, or if it’s remote geographically and not accessible electronically).
    .
    By contrast, we don’t understand how any physically or perceptually remote information might be acquired by ESP, whether it’s the carefully sealed picture on the table before us or an object thousands of miles away. But then we’re in no position to insist that normally obscure information is also psychically obscure. And in fact, most targets identified by ESP satisfy our ordinary criteria of obscurity. So right from the start, it’s implausible to insist that normal forms of obscurity are barriers to the operation of ESP. Similarly, we’re in no position to insist that the diffuseness of information is a barrier to successful ESP. As far as we know, psychically accessing multiple sources of normally obscure information is no more imposing than accessing one. […]
    .
    The first problem, that of explaining the identity and apparent purpose of the communicator, raises more vexing (if less bizarre) issues. In fact, the survival hypothesis has obvious advantages when it comes to explaining why the medium “connects with” one unknown deceased person rather than another. Whereas advocates of super psi need to explain why a living person selects an unknown deceased person out of an unlimited pool, survivalists tell an apparently simple story. The communicator self-selects (Gauld, 1982, p. 61).

  40. Vitor Diz:

    Meus pêsames, Phelippe.

  41. Gorducho Diz:

    Humanos – que segundo o espiritismo não são animais…– pelo menos sabem o que se passa.
    Se vão sofrer dor &c…
    Eles não. Por isso acho pior e sinto mais pelos “animais” que pelos (segundo o espiritismo) hominais.
    Quando tem que levar o gato no veterinário: o desespero dele posto dentro da jaulinha…
    E quando é trazido de volta às vezes sai correndo e se esconde um tempo pelos muros até entrar de novo…

  42. Gorducho Diz:

    Claro: entre a parapsicologia e o espiritismo – por incrível que pareça – o espiritismo é mais razoável.
    Por isso que nos nossos experimentos propostos, ainda que como em qualquer situação científica, várias explicações possam ser aventadas, a dum “espírito” olhando a telinha ou escutando .mp3 no ambiente acusticamente isolado, seria a mais econômica e razoável.

  43. Marciano Diz:

    Montalvão e Phelippe, sei o que vocês estão sentindo, pois já experimentei a perda de animais de estimação (cães e gatos) dos quais eu gostava muito.
    Solidarizo-me com vocês.
    Eu não tenho mais animais, pois eles vivem muito menos do que a gente, portanto, a dor que sentimos ao perdê-los é inevitável.
    Já os parentes e amigos, que também morrem, a gente não tem como evitar. Perdi um primo, há cerca de um ano.
    Além da perda, tive de amparar mulher e filha dele.
    Agora já não dói mais tanto, mas sempre fica uma espécie de cicatriz sentimental.
    Já perdi muitos parentes, inclusive meus pais, precocemente.
    Qualquer dia desses serei eu.
    Seria bom se existisse consciência após a morte, mas, infelizmente, é tudo papo furado.
    Assim tem sido desde que surgiu a vida na Terra. Talvez não exista vida em mais nenhum outro lugar do universo.

  44. Marciano Diz:

    Quase 24 horas de silêncio. Se o debate montalvânico-vitoriano não persistir, este tópico irá por água abaixo. O que me faz lembrar, já que não entendi nada do artigo do Doutor Alvarado:
     
    Dr. Ruy Vieira:
     
    “Os 11 primeiros capítulos do Gênesis são a base conceitual do Criacionismo. Se retirarmos o Jardim do Éden, com Adão e Eva, a tentação e a queda, não há necessidade de uma redenção, de um redentor, de um salvador. Cristo veio fazer o que aqui nesta terra? ” Rui Vieira – Presidente da Sociedade Criacionista Brasileira.
     
     
    Para que a figura mítica de FG tenha algum sentido e utilidade, o Jardim do Éden, com Adão e Eva, a tentação, queda, o Dilúvio e mais tarde o Êxodo, NÃO PODEM SER SIMBÓLICOS, ALEGORIAS, METÁFORAS OU LENDAS, PRECISAM SER REAIS E HISTÓRICOS OU FG NÃO SERVE PARA NADA.
     
    Não estou falando do personagem histórico (foi o que prometi), falo do mítico. Sobre este último, não prometi nada.

     
    Se alguém alegar que qualquer um desses eventos mitológicos é apenas alegoria, aplica-se isto automaticamente a FG, sua morte, ressurreição, redenção, juízo final, céu e inferno. Tudo história para boi dormir e palerma pagar dízimo.
     
    Se o dilúvio é uma lenda plagiada:
    • • Não existiu pecado original.
    • • O arrependimento de Deus é uma farsa.
    • • O deus bíblico é fábula.
    • • FG é fábula.
    • • Cristianismo é fábula.
    • • E a fé nestas bobagens é uma armadilha para ingênuos.
     
    Gênesis 1:3-5
    3 – E disse Deus: Haja luz; e houve luz. 4 – E VIU DEUS QUE ERA BOA A LUZ; e fez Deus separação entre a luz e as trevas. 5 – E Deus chamou à luz Dia; e às trevas chamou Noite. E foi a tarde e a manhã, o dia primeiro.
    Gênesis 1:10
    E chamou Deus à porção seca Terra; e ao ajuntamento das águas chamou Mares; E VIU DEUS QUE ERA BOM.
    Gênesis 1:12-13
    12 – E a terra produziu erva, erva dando semente conforme a sua espécie, e a árvore frutífera, cuja semente está nela conforme a sua espécie; E VIU DEUS QUE ERA BOM. 13 – E foi a tarde e a manhã, o dia terceiro.
    Gênesis 1:16-19
    16 – E fez Deus os dois grandes luminares: o luminar maior para governar o dia, e o luminar menor para governar a noite; e fez as estrelas. 17 – E Deus os pôs na expansão dos céus para iluminar a terra, 18 – E para governar o dia e a noite, e para fazer separação entre a luz e as trevas; E VIU DEUS QUE ERA BOM. 19 – E foi a tarde e a manhã, o dia quarto.
    Gênesis 1:21
    E Deus criou as grandes baleias, e todo o réptil de alma vivente que as águas abundantemente produziram conforme as suas espécies; e toda a ave de asas conforme a sua espécie; E VIU DEUS QUE ERA BOM.
    Gênesis 1:25
    E fez Deus as feras da terra conforme a sua espécie, e o gado conforme a sua espécie, e todo o réptil da terra conforme a sua espécie; E VIU DEUS QUE ERA BOM.
    Gênesis 1:31
    E viu Deus tudo quanto tinha feito, E EIS QUE ERA MUITO BOM; e foi a tarde e a manhã, o dia sexto.
     
    Aqui Deus revela que não sabia o resultado de suas criações antes de tê-las feito, só depois de prontas é que descobria se “era bom”, o que é espantoso para um deus onisciente e onipotente… E pior! Parece que descobria errado! O que achava que era bom, depois acabava descobrindo que se enganara, de tanto pisar na bola chegou a um ponto em que já estava cansado de se arrepender (Jeremias 15:6).
    6 Tu me deixaste, diz o Senhor, e tornaste-te para trás; por isso estenderei a minha mão contra ti, e te destruirei; já estou cansado de me arrepender.
     
    Gênesis 6:7
    E disse o SENHOR: Destruirei o homem que criei de sobre a face da terra, desde o homem até ao animal, até ao réptil, e até à ave dos céus; porque me arrependo de os haver feito.
     
    Para não me alongar, esqueçamos de onde veio e para onde foi tanta água, como foi feito este barco e trazidos todos os animais necessários para seu interior, etc.
     
    Hoje em dia a zoologia moderna sabe que existem cadeias alimentícias sumamente complexas e que só podem ser adquiridas pelos animais em seu habitat natural, mas ao tempo em que a história foi escrita, ninguém sabia.
     
    Gênesis 8:6
    E aconteceu que ao cabo de quarenta dias, abriu Noé a janela da arca que tinha feito.

     
    Com isto descobrimos que a única abertura esteve fechada todo esse tempo. (!?) Mas, como conseguiram respirar sem renovação do ar tanto Noé e sua família, como o resto dos animais? Todos sabem que Noé enviou uma pomba para verifica se as águas tinham baixado e se havia algum lugar seco. A pomba regressou com um ramo de oliveira no bico. De onde saiu esta oliveira? Depois de tanto tempo debaixo d´água não deveria ter sobrevivido nenhuma árvore ou coisa viva, ISSO SERIA O FRACASSO RETUMBANTE DA INTENÇÃO DE DEUS DE ANIQUILAR TUDO. Como fez esta oliveira para crescer tão rápido, sobreviver e contradizer a palavra de Deus que diz: “Foi destruído todo ser que vivia sobre a face da terra”?
     
    Após uma catástrofe de tal magnitude, os ecossistemas precisariam se recuperar (sem produtores primários) a uma velocidade espantosa para que os casais desembarcassem e pudessem sobreviver ou teriam que comer pó.
     

    • ?Como se explica os ursos polares? Como chegaram aos polos?
    • • De que se alimentavam os animais herbívoros se tudo tinha sido exterminado?
    • • Como fizeram os marsupiais da Austrália para voltarem de novo para lá?
     
    Simples, ninguém sabia dessas coisas, naquele tempo, naquele lugar.
     
    Já sabemos que a história da arca e do dilúvio não pode ser tomada como literal (péssima notícia para FG). Mesmo sem os argumentos que levantamos aqui, por simples sentido comum, essa bobagem de Noé e seu barco é só um mito ou, no melhor dos casos, uma simples metáfora sem uma moral decente.
     
    A respeito do tema dos dinossauros, ninguém se atreveria a dizer que não existiram ou que existiram em épocas recentes. Os últimos estudos tem mostrado seu desaparecimento há uns 65,5 milhões de anos, com uma margem de incerteza de 300.000 anos aproximadamente. Ninguém em seu juízo perfeito afirmaria que os dinossauros conviveram junto com os humanos em algum momento da história. Assombrosamente há muitos crentes que não apenas afirmam que os dinossauros existiram, mas que entraram na arca e, portanto, conviveram com os humanos no mais puro estilo da série animada “Os Flintstones”.
     

    Tanto os hebreus quanto os alexandrinos foram, provavelmente, influenciados pelas civilizações da Mesopotâmia. Muito antes que os profetas e sacerdotes de Judá pusessem por escrito os primeiros livros da Torá ou Antigo Testamento, ou mesmo que os hebreus pudessem ser identificados como um povo, os sumérios de Ur já observavam um ciclo de sete dias, relacionado aos sete planetas, sete céus, sete ramos da árvore da vida e os sete deuses que regiam todas essas coleções de sete elementos: Utu, Nanna, Gugalanna, Enki, Enlil, Inanna e Ninurta. Por volta de 2350 AEC., Sargão I, o rei de Akkad, conquistou Ur e o resto da Suméria, unificou a Mesopotâmia e estendeu a toda a região o uso dessa semana de sete dias. Mais tarde, com a ascensão do poder da Babilônia, os nomes semitas dos deuses desta cidade se impuseram aos sumerianos, aos quais eram considerados equivalentes. O ciclo teológico-astrológico de sete dias – representado também pelos sete escalões de Etemenanki, a grande torre de Babel – passou a se compor de 33
    Shamash (Sol), Sin (Lua), Nergal (deus da guerra e da morte, correspondente ao planeta hoje chamado Marte), Nabu (deus dos escribas, planeta Mercúrio), Marduk (deus patrono de Babilônia, tido pela cidade como supremo, planeta Júpiter), Ishtar (deusa do amor, planeta Vênus) e Ninurta (deus da agricultura e da saúde, planeta Saturno).

    Enquanto no dia de Ishtar era recomendável cultuar a deusa praticando o ato sexual, o último da semana era um dia perigoso, no qual qualquer empreendimento podia acabar mal. Ainda hoje, o planeta Saturno continua associado pelos astrólogos a má sorte, doenças e provações. Não era um dia de descanso, mas se evitava certas atividades. Os hebreus, ao que tudo indicam, adotaram esse ciclo, alterando seu significado. Para seu monoteísmo, os deuses nada significavam, mas o sétimo dia babilônico tornou-se um dia de culto a Javé, adotando o nome do dia que, uma vez por mês, os babilônios dedicavam especialmente ao culto dos deuses, principalmente a Lua. Pois shabbatu, em Babilônia, era o dia de “apaziguar os deuses” (a palavra, de origem suméria, significa “apaziguar-corações”). Quando foi inventado esse sábado? Não se sabe com certeza. Talvez durante o exílio dos judeus em Babilônia, talvez antes, ainda nos tempos dos reis de Judá. Mas há indícios de que os hebreus seguiram originalmente uma semana de dez dias. Sabe-se que o Egito do tempo dos faraós – que por muito tempo dominaram Canaã e os ancestrais dos hebreus – tinham de fato uma semana de dez dias, cuja sombra ainda se percebe nos “decanatos” da astrologia, que dividem o ano e o Zodíaco em 36 seções de aproximadamente dez dias. E a própria narrativa do Gênesis dá a impressão de ter sido originalmente dividida em dez dias ou fases, para ser mais tarde “comprimida” nos sete dias da semana adotada mais tarde.
    Antonio Luiz M. C. Costa

     
    Em outras partes do mundo também existiam humanos (América, África, Oriente) que nunca tinham ouvido falar do deus hebreu. Por que estas pessoas tinham que morrer se nem sequer conheciam esse deus sanguinário e assassino? É como se os cristãos enviassem uma bomba aos muçulmanos só porque eles não adoram o deus cristão. (Não é isso o que fazem os ultra-fanáticos Islamitas?). O Dilúvio é exatamente isso.
     

    • ??Imaginemos que Deus fez bem em matar toda a população do mundo;
    • • Por que eliminar também os animais?
    • • Que culpa possuem os animais de que os humanos se tornassem maus?
     
    Outra coisa:
    • • As plantas também eram más e mereciam morrer?
     
    Outra coisa que o crente precisa pensar:
    • • Ao desembarcar, Noé e sua família se dedicaram a voltar a povoar a terra a partir de bases puras; porque essa parecia ser a ideia de Deus: que já não houvesse maldade entre os homens.
    • • Mas estranhamente, em relativamente pouco tempo o mundo já estava cheio de maldade outra vez.
     
    Se Deus sabe tudo, porque é onisciente:
    • • Por acaso Deus não sabia que o mundo se tornaria mau de novo?
    • • De que serviu toda esta história do Dilúvio, se depois de um tempo as coisas voltaram a ser iguais ou piores do que antes?
    • • Para que serve o poder da onisciência de deus, se ele não utiliza?

  45. Marciano Diz:

    http://www.criacionismo.com.br/2010/08/dr-ruy-vieira-agente-da-democracia.html

  46. Marciano Diz:

    Favor fechar a citação em bloco após Antonio Luiz M. C. Costa.
    Como auto-punição, prometo aguardar novos comentários sobre o tópico por mais 24 horas.

  47. Marciano Diz:

    Existem vários outros dilúvios mitológicos em outras religiões, a maioria deles em livros mais antigos do que a bíblia, mas vou deixar isto para lá, pelo menos por enquanto.
    Promessa é dívida.

  48. Marciano Diz:

    Vou fazer melhor e encerrar de vez essa história de dilúvio, antes que o Montalvão queira apresentar uma história hipotética salvadora da bíblia.
    A quem acaso possa interessar, deixo apenas uns links e indicações bibliográficas:
    Susan M. Pojer, “O dilúvio – duas versões diferentes”, HistoryTeacher.net, em: http://www.historyteacher.net/
    Este é um arquivo PDF.
     
    Alexander Heidel, “La Epopeya de Gilgamesh y el Antiguo Testamento Parallels”. Univ. de Chicago, IL, Chicago (1949)
     
    Instituto para la Investigación de la Creación , El Cajon, CA (1997) En línea en: http://www.icr.org/pubs/imp/imp-285 . htm
     
    Werner Keller, “La Biblia como Historia”, W. Morrow, New York, NY, (1956)

  49. Marciano Diz:

    Inspiração para a série de televisão “The Walking Dead”:
    E perto da hora nona exclamou Jesus em alta voz, dizendo: Eli, Eli, lamá sabactâni; isto é, Deus meu, Deus meu, por que me desamparaste?
    E alguns dos que ali estavam, ouvindo isto, diziam: Este chama por Elias,
    E logo um deles, correndo, tomou uma esponja, e embebeu-a em vinagre, e, pondo-a numa cana, dava-lhe de beber.
    Os outros, porém, diziam: Deixa, vejamos se Elias vem livrá-lo.
    E Jesus, clamando outra vez com grande voz, rendeu o espírito.
    E eis que o véu do templo se rasgou em dois, de alto a baixo; e tremeu a terra, e fenderam-se as pedras;
    E abriram-se os sepulcros, e muitos corpos de santos que dormiam foram ressuscitados;
    E, saindo dos sepulcros, depois da ressurreição dele, entraram na cidade santa, e apareceram a muitos.
    E o centurião e os que com ele guardavam a Jesus, vendo o terremoto, e as coisas que haviam sucedido, tiveram grande temor, e disseram: Verdadeiramente este era o Filho de Deus.
    Mateus 27:46-54

  50. Marciano Diz:

    Ainda tem gente que não acredita na sobrevivência da morte corporal. O que não existe é a sobrevivência da morte espiritual.

  51. Marciano Diz:

    Cara a cara com o Doutor Alvarado:
    https://www.youtube.com/watch?v=EW5fFrRu4SQ

  52. Marciano Diz:

    O Doutor Alvarado tem um sotaque bem estranho.
    Parece até indiano.

  53. Marciano Diz:

    O Ministério de Esclarecimento, da colônia espiritual Nosso Lar, adverte:
    As religiões e seus livros “sagrados” (a bíblia e o cristianismo por exemplo) tem sido o instrumento perfeito do qual se utilizam alguns abjetos e inconscientes líderes políticos para manipular, humilhar e influenciar a população e desta maneira promover suas ideias e interesses particulares.

  54. Marciano Diz:

    Vejam em apenas seis minutos por que não é só o comunismo que age impunemente nas escolas:
    https://www.youtube.com/watch?v=CxII82Csb7Y
    Isto é ou não é uma tremenda covardia?

  55. Gorducho Diz:

    Voltando ao Buridan…
     
    Além disso, como a bíblia não diz que determinadas inteligências movem os corpos celestes, pode-se dizer que não parece necessário postular essa classe de inteligências. Pois se poderá responder que Deus, quando Criou o universo, moveu os orbes celestes como se Lhe aprouve, e em movendo-os dotou-os de impeto que os move sem que Ele os tenha que mover mais, exceto pela influencia geral por cuja Ele se torna coagente de tudo que se sucede.
     
     
    Então está claro que a religião e o misticismo não “ajudaram” em nada.
    Ao contrário: atrapalhou. Tendo ele chegado via observação empírica à conclusão certe, se viu obrigado a enxertar religião via uma inútil justificação de que a correta observação dele não ia em contradição com os dogmas judaico-cristãos vigentes na época.

  56. Gorducho Diz:

    Favor fechar o bold depois da elipse, Sr. Administrador.
    Desculpe 😳

  57. MONTALVÃO Diz:

    /
    “Montalvão e Phelippe, sei o que vocês estão sentindo, pois já experimentei a perda de animais de estimação (cães e gatos) dos quais eu gostava muito.
    Solidarizo-me com vocês.”
    /.
    CONSIDERAÇÃO: grato a todos pelas palavras de estímulo e consolo. Por ora, desisti da eutanásia, vou dar mais uma chance a bichinha. A suspeita de metástase do câncer não se confirmou, então vou tentar alguns medicamentos que me foram indicados. Se conseguir dar a ela mais algum tempo de vida com razoável qualidade terá valido o sacrifício.
    /
    /
    “Eu não tenho mais animais, pois eles vivem muito menos do que a gente, portanto, a dor que sentimos ao perdê-los é inevitável.”
    /.
    CONSIDERAÇÃO: isso é fato, e quando penso que já chorei por vários e ainda tenho 21 para chorar, a não ser que eu vá antes, é mesmo de chorar… mas enquanto há vida há satisfação.
    /
    /
    “Já os parentes e amigos, que também morrem, a gente não tem como evitar. Perdi um primo, há cerca de um ano.”
    /.
    CONSIDERAÇÃO: lembro de quando noticiou o acontecimento… realmente, a morte de queridos sempre dói em quem fica…
    /
    /
    “Além da perda, tive de amparar mulher e filha dele.
    Agora já não dói mais tanto, mas sempre fica uma espécie de cicatriz sentimental.
    Já perdi muitos parentes, inclusive meus pais, precocemente.
    Qualquer dia desses serei eu.
    Seria bom se existisse consciência após a morte, mas, infelizmente, é tudo papo furado.”
    ./
    CONSIDERAÇÃO: não posso afirmar que esteja certo ou errado, mas espero que a segunda opção seja a correta… e espero que, estando ela correta, o outro lado seja conforme ansiamos: melhor que o lado de cá…
    /
    /
    “Assim tem sido desde que surgiu a vida na Terra. Talvez não exista vida em mais nenhum outro lugar do universo.”
    /.
    CONSIDERAÇÃO: é plausível vida em outros orbes, mas se há, principalmente dotada de inteligência ao nível humano, ou mais, será coisa rara. Além disso, mesmo que haja mas esteja a distância intransponível, mesmo comunicativamente, será como se não houvesse. Inda tem um a mais: mesmo que haja vida e superinteligente, eles podem ser ultrapredadores, destruindo tudo pela frente para obter matéria-prima para seus projetos. Então, neste caso, é melhor que nem nos achem, caso possam…

  58. MONTALVÃO Diz:

    /
    “Para que a figura mítica de FG tenha algum sentido e utilidade, o Jardim do Éden, com Adão e Eva, a tentação, queda, o Dilúvio e mais tarde o Êxodo, NÃO PODEM SER SIMBÓLICOS, ALEGORIAS, METÁFORAS OU LENDAS, PRECISAM SER REAIS E HISTÓRICOS OU FG NÃO SERVE PARA NADA.”
    /.
    CONSIDERAÇÃO: aí é que você se engana, por que não poderiam ser simbólicos, metafóricos, alegóricos?
    .
    Não acredito na aventura edênica, mas se tivesse havido, bem poderia ser uma forma mítica de reportar acontecimento real. Nada há que impeça a quem sabia das coisas optar por apresentar os fatos dessa maneira. As razões para tal é que não ficam clareadas.
    .
    O problema com o Éden não está em o eventual simbolismo nele contido, mas nas múltiplas incongruências com o conhecimento atual que se tem do passado. Poder-se-ia alegar que o símbolo não tem compromisso com detalhes, apenas com o fato que expressa, mas aí a conversa fica complicada…

  59. MONTALVÃO Diz:

    Fiquei dois dias fora da internet e me perdi: Marciano, você não havia falado algo sobre minhas supostas crenças na hipnose? Ou sonhei?

  60. Gorducho Diz:

    Existe uma tradição recorrente em várias culturas – na antiga grega inclusive…– de épocas douradas (golden ages).
    Acho que seja alguma racionalização coletiva pras frustrações com a dificuldade cronica em que consiste o viver.
    E o mito inverso do milenarismo: “volta do Messias” pro judaico-cristianismo;
    “renovação planetária” pro espiritismo;
    batalha de مرج دابق‎ pro (finado) Daesh…
    São racionalizações acerca da frustração e desesperança (necessidade de criar uma esperança…).

  61. Marciano Diz:

    Exatamente, Gorducho! A bíblia foi adulterada inúmeras vezes, a escolha dos livros que a compõem é arbitrária, até hoje se dão jeitinho nas traduções, as histórias são ridículas, mentirosas, cretinas, uma verdadeira zombaria com os crentes.
    À medida que as mentiras vão se tornando injustificáveis, vão se transformando em metáforas, etc.
     
    Montalvão, tomara que consiga uma extensão de vida para ela, com uma qualidade de vida razoável.
    De lege ferenda, sou a favor da eutanásia até com humanos (com as devidas cautelas, por causa de certos herdeiros ansiosos, transplantes de órgãos e corrução, etc.), mas eu mesmo não tenho coragem de tomar a decisão nem com animais não humanos.
    Pode me chamar de egoísta, covarde, o que quiser, menos de mentiroso.
    Tem gente que diz que é egoísmo prolongar o sofrimento dos outros, mas que quero ver é quando é com quem diz isto.
    Aí o cara muda de opinião na hora.
     
    Tem a fábula da morte e do lenhador.
    O cara se queixava da vida desgraçada de lenhador. Um dia, ao transportar um feixe de lenha, com os ombros feridos e cansadíssimo, disse que seria melhor morrer do que viver assim
    Quando a morte ouviu e veio buscá-lo, perguntado se a tinha chamado, o personagem respondeu que sim, para ajudar a colocar mais um feixe de lenha em suas costas.
     
    Eu já vi esse tipo de coisa na vida real.
    ===============================================================
    SOBRE OS ETs.
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    Vejo que tem uma posição bem racional com relação ao assunto.
    Parabéns!
     
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    CONSIDERAÇÃO: aí é que você se engana, por que não poderiam ser simbólicos, metafóricos, alegóricos?
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    Por que, como eu já disse antes, eles só viram simbólicos, metafóricos ou alegóricos DEPOIS de serem desmentidos em sua literalidade.
    É só ler a bíblia para ver que é tudo dado como fato, porque era o que eles sabiam quando escreveram, adulteraram e interpolaram textos.
     
    Vou voltar ao assunto.
     
     
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    Fiquei dois dias fora da internet e me perdi: Marciano, você não havia falado algo sobre minhas supostas crenças na hipnose? Ou sonhei?
    ===============================================================
     
    Só sonha quando pensa na bíblia.
     
    1. Marciano Diz:
    JANEIRO 10TH, 2018 ÀS 6:56 PM
    Tu, Montalvão, cheio de boas intenções, sugeriu que eu buscasse cura para insônia através de hipnoterapia.
    Não te lembras?
     
    2. Marciano Diz:
    JANEIRO 10TH, 2018 ÀS 6:59 PM
    Agora, tu mesmo citas Freud:
    MONTALVÃO DISSE: “Seu pronunciamento queda danadamente para a falácia e é de espantar que não o perceba! Começa que o conceito moderno do que seja hipnose difere do que se pensava no Séc. XIX, onde disputava espaço uma idealização tendente ao místico, acreditante de que o hipnotizado pudesse expressar habilidades paranormais, ou mediúnicas, e outra que via no hipnotismo uma forma de terapia. Quanto a acessar o inconsciente por meio da hipnose, essa ideia logo foi descartada pelo patriarca. Freud, durante certo tempo, atuou em conjunto com seu amigo Breuer tratando de transtornos neuróticos por meio de induções hipnóticas. Breuer acreditava firmemente na eficácia desse método, mas Freud não demorou a concluir que os resultados promissores muitas vezes tocavam apenas na superfície do problema, a verdadeira causa continuava intangível.”
     
    ===============================================================
    Gorducho Diz:
    JANEIRO 12TH, 2018 ÀS 11:20 AM
    Existe uma tradição recorrente em várias culturas – na antiga grega inclusive…– de épocas douradas (golden ages).
    Acho que seja alguma racionalização coletiva pras frustrações com a dificuldade cronica em que consiste o viver.

    ===============================================================
     
    Isto também se aplica (acho) ao que pensas sobre como o antigamente era melhor, quando os aviões eram uma porcaria, quando a gente escrevia cartas numa máquina de escrever e punha no correio, etc.

  62. Marciano Diz:

    Eu sei que você, Gorducho, gostava quando pedia uma ligação interurbana no telefone e esperava sei lá quanto tempo para completá-la. Só não entendo.

  63. Marciano Diz:

    A PRECISÃO HISTÓRICA DA BÍBLIA.
     
    Esse argumento é amplamente proposto pelos defensores da Bíblia, mas ele não é aceito pelos historiadores. Ao contrário do que alguns afirmam a Bíblia não possui qualquer valor histórico. Basta recorrer aos conhecimentos básicos sobre História. Nenhum dos eventos bíblicos do Gênesis é aceito pelos historiadores e nem pelos arqueólogos. Não há qualquer indício de que tenha existido a criação divina, o dilúvio, as cidades de Sodoma e Gomorra ou a Torre de Babel. Nem mesmo o cativeiro dos hebreus no Egito, o êxodo e as pragas possuem qualquer evidência fora da Bíblia.
     
    A Bíblia e a História só começam a se sincronizar a partir da peregrinação em busca da Terra prometida, e só de fato ocorre endosso da história a partir do cativeiro babilônico. Ainda assim, há inúmeras incoerências levantadas pelos historiadores. De fato, a B consideravelmente sua confiabilidade. Outro ponto a considerar é que apesar da Bíblia se referir as civilizações do Norte da África como o Egito e a Etiópia ou da Mesopotâmia, como Babilônia e Pérsia, ela ignora completamente a existência de pelo menos duas civilizações tão ou ainda mais antigas, como a Mongol e a Chinesa, e praticamente nada fala da Índia.
     
    Para piorar, de acordo com algumas teologias bíblicas a cultura hindu derivou da Babilônia, apesar da História e Antropologia possuírem evidências confiáveis de que a civilização hindu é muito mais antiga que a babilônica, chegando a possuir cerca de 7.000 anos. Mil anos a mais do que a contagem regressiva de gerações até Adão. Além disso, os Evangelhos são a única fonte a citar a existência de Jesus Cristo (falo em passant, o assunto é a historicidade bíblica), que não possui nenhuma outra evidência extra bíblica de existência, a não ser escritos que se baseiam na Bíblia. Por isso, a alegação de que a Bíblia possua precisão histórica é amplamente refutada pela quase totalidade dos historiadores e antropólogos. E mesmo que ela seja uma fonte histórica, a presença de contradições em seu texto depõe contrariamente a seu favor.
     
    Se ela possuísse de fato uma indiscutível harmonia interna, por que existem tantas formas diferentes e exclusivas de se interpretá-la? Muitos textos antigos não possuem o mesmo problema, há pouca discussão a respeito do significado da maioria das obras filosóficas já escritas, assim como muitos outros livros religiosos. Na verdade, a Bíblia é considerada pela imensa mentirada pela maioria dos estudiosos crentes e não crentes, como um dos livros mais confusos e contraditórios já escritos e é facílimo demonstrar isso em seus próprios versículos. Podem-se ignorar as contradições entre o Antigo com o Novo testamento em diversos assuntos devido a diferente natureza religiosa dos mesmos, apesar deles serem em essência totalmente conflitivos, mas há inúmeras incoerências dentro de cada um deles. Há inúmeras contradições que podem ser facilmente demonstradas, basta ler os versículos indicados. Vejamos por agora apenas três, elas ocorrem não apenas dentro de cada um dos testamentos, não somente dentro de cada livro, mas por vezes em capítulos imediatamente subsequentes ou mesmo no mesmo capítulo.
     
    No Antigo Testamento
     
    Gênesis 11:1
    1 – E era toda a terra de uma mesma língua e de uma mesma fala.
    Na passagem sobre a Torre de Babel, a Bíblia declara que só havia um único idioma. Sendo assim como explicar estas passagens imediatamente anteriores em Gênesis capítulo 10?
    Gênesis 10:5
    5 – Por estes foram repartidas as ilhas dos gentios nas suas terras, cada qual segundo a sua língua, segundo as suas famílias, entre as suas nações.
    Gênesis 10:20
    20 – Estes são os filhos de Cão segundo as suas famílias, segundo as suas línguas, em suas terras, em suas nações.
    Gênesis 10:31
    31 – Estes são os filhos de Sem segundo as suas famílias, segundo as suas línguas, nas suas terras, segundo as suas nações.
    O interessante desta contradição é que há uma possível forma de evitá-la, alegando que apesar de subsequente, os capítulos narram eventos na ordem inversa dos acontecimentos, entretanto isso acrescenta ainda mais problemas, que por sua vez parecem solucionáveis até abrirem mais e mais contradições, até por fim chegar a um resultado inegavelmente absurdo!
     
    No Novo Testamento
     
    O primeiro capítulo do Novo Testamento cita a Genealogia de Jesus Cristo desde Abraão, contando 40 gerações, começando com:
     
    Mateus 1
    1 – Livro da genealogia de Jesus Cristo, filho de Davi, filho de Abraão. E discorre sobre as descendências, que simplificando são: Abraão, Isaque, Jacó, Judá, Farés, Esrom, Arão, Aminadabe, Nasom, Salmom, Booz, Obede, Jessé, Davi, Salomão, Roboão, Abias, Asafe, Josafá, Jorão, Ozias, Joatão, Acaz, Ezequias, Manassés, Amom, Josias, Jeconias, Salatiel, Zorobabel, Abiúde, Eliaquim, Azor, Sadoque, Aquim, Eliúde, Eleazar, Matã e Jacó.
    Por fim:
    16 – e a Jacó nasceu José, marido de Maria, da qual nasceu JESUS, que se chama Cristo.
     
    Pode-se perceber claramente que a genealogia não inclui Maria, mãe de Jesus, mas sim José, o marido de Maria. Mas como todos sabem: 20 – …lhe apareceu um anjo do Senhor, dizendo: José, filho de Davi, não temas receber a Maria, tua mulher, pois o que nela se gerou é do Espírito Santo;
     
    Ou seja, se Jesus é filho de Maria com o Espírito Santo, imaculada concepção sem a participação de José; Como pode então ser ele descendente de Davi e Abraão?!
     
    Além disso, compare com LUCAS Capítulo 3 Versículos 23 a 38, onde se cita a genealogia retrospectiva até Adão e perceba que a partir de Abraão, mesmo considerando as versões diferentes dos nomes, a linhagem não confere! Outro exemplo nos evangelhos é a narrativa da visita ao sepulcro de cristo em Mateus 28, que é incompatível com a de Lucas 24, e ainda mais com João 20.
     
    Todas discordam entre si em quase todos os detalhes, até mesmo no número de anjos e o modo como eles interagiram com as primeiras mulheres a chegar ao sepulcro. São tantas discrepâncias que é até difícil contá-las, mas para focar em apenas uma das mais graves, compare Marcos 16:8 com Lucas 24:9-10, que são afirmações mutuamente excludentes, ou seja, se uma for verdadeira, a outra obrigatoriamente tem que ser falsa.
     
    Bem, isto é mitologia mesmo.
     
    De acordo com a Teologia Calvinista, base do protestantismo, apenas os escolhidos por Deus teriam o poder de compreender as escrituras. Isso é uma clara admissão da obscuridade de seu conteúdo, assim como a admissão teológica da ANTINOMIA, que são os paradoxos onde ocorrem duas afirmações mutuamente excludentes, como a ONISCIÊNCIA e a ONIPOTÊNCIA divinas entrando em conflito com o livre-arbítrio humano, ou a justiça e bondade de Deus com a existência do mal. Outro problema deste argumento da harmonia textual bíblica é que ele apela para uma afirmação de incapacidade humana, ao declarar que não seria possível sem uma intervenção divina, que humanos escrevessem em tempos e locais tão distantes, um livro coerente. Isso é, com o perdão da palavra, um insulto à inteligência humana. Mesmo que a Bíblia fosse um livro perfeitamente coeso e coerente, isso não provaria uma ação divina, pois o mesmo pode ser obtido pela genialidade humana. Qualquer pessoa que se preste a examinar um texto com cuidado e se proponha a continuá-lo, pode muito bem ser capaz de fazê-lo de forma perfeitamente condizente com o conteúdo original. Por tudo isso, o argumento apologista bíblico da harmonia literária peca por ser duplamente falso, e por subestimar a inteligência humana.
     
    ORA, DIREIS, O QUE ISTO TEM A VER COM HISTÓRIA?
     
    Muitos defensores da Bíblia alegam ser ela um livro sobre humano porque já na antiguidade apresentava conceitos sobre a Natureza que só viriam a ser cientificamente descobertos milênios mais tarde, desafiando o conhecimento de sua época. Esse argumento já começa exigindo evidências de veracidade, pois é trivial que as histórias narradas pela Bíblia sejam inaceitáveis se interpretadas literalmente, apresentando toda uma gama de milagres e eventos sobrenaturais obviamente absurdos. Ao contrário do que muitos pensam essa proposição não soa estranha apenas na atualidade.  
    E A SIMBOLOGIA, AS METÁFORAS?
     
    Qualquer tentativa de se adaptar a Gênese Bíblica ao pensamento científico coloca a escritura num plano tão simbólico, hermético e abstrato, que é impossível de ser entendido por alguém sem conhecimentos avançados de hermenêutica, física, simbologia e psicologia, afastando o “Livro Sagrado” do entendimento da maioria das pessoas e tornando sua compreensão possível apenas hoje, em nossa época.
    Teria o autor da Bíblia escrito passagens que só poderiam ser parcialmente compreendidas milênios mais tarde?
     
    Qual o simbolismo que explica o Sol girar em torno da Terra?
     
    Volto assim que puder, com o êxodo e sua historicidade.

  64. Marciano Diz:

    Qual o simbolismo ou metáfora em dizer que a Terra é plana?

  65. MONTALVÃO Diz:

    /
    O artigo de Alvarado, em sua parte inicial, parece-me, deveria ter um outro título, condensado numa só palavra: CONTROVÉRSIA (isso não é crítica negativa)
    .
    Assim, logo ao início do texto encontramos:
    ______________________,
    ALGUNS historiadores de psicologia e medicina consideram que conceitos e movimentos hoje considerados metafísicos e pseudocientíficos tiveram influências significativas em desenvolvimentos posteriores.”
    ______________________.

    E assim segue, por boa parte do artigo, falando de “alguns” que pensam conforme Alvarado explana. Inda bem que ele reconhece que “outros” pensam de forma diversa…
    .
    Em seguida, ele declara:
    ______________________,
    “Um exemplo na Parapsicologia é o conceito da sobrevivência à morte corporal. Ideias de sobrevivência foram ferramentas de definição de importantes momentos da história da Parapsicologia.”
    ____________________.
    Observe-se que ele começa falando de “historiadores de psicologia e medicina”, depois se volta para a parapsicologia, hoje, em termos gerais, considerada pseudociência, nada obstante ter sido apaniguada pela AAAS. Pois bem, a questão da sobrevivência influenciou a parapsicologia e até hoje influencia, creio que aqui cabe pouca discussão. E, apesar de a maioria das boas pesquisas atuais nessa área não mais focarem o tema, ainda há parapsicólogos que se dedicam a buscar corroborações de a vida após a morte. Alguns, que se intitulam como tais (como parapsicólogos) tolamente, fazem referências à mediunidade (tanto a de efeitos “inteligentes” quanto físicos) como evidência, ou indício, da sobrevivência. Alan Gauld que, compreensivelmente tanto encanta o Vitor, é um desses. O espírito que reclamava o sumiço de sua perna, ao que parece, é considerado legítima comunicação por Gauld. Não admira, pois, que o Vitor sempre volte a citar esse evento sem demonstrar o mínimo embaraço, acreditando ser a coisa mais normal desta vida um morto querer saber onde foi parar sua perninha querida sumida.
    .
    Eu quando me transformar-me espírito, a primeira coisa que vou investigar é onde foi parar aquela garrafinha de uísque que guardei para tomar no final do ano e que desapareceu…
    .
    Fechando o rol de pretensões do artigo, Alvarado toca no assunto que tem sido motivo de discussão aqui no Obras.
    ______________________,
    “Discute-se também que a sobrevivência influenciou no desenvolvimento de explicações não-espíritas da mediunidade como psi entre vivos e interferências mentais do médium. A literatura espiritualista contém mais discussões destas publicações do que é geralmente reconhecido. A Parapsicologia não se desenvolveu apesar da sobrevivência, mas em alguma extensão por causa dela.”
    ____________________.

    Para Alvarado, a questão da sobrevivência teria sido um dos incrementadores do desenvolvimento(?) da parapsicologia. Opinião dele: tudo bem; se foi, se não foi, não afeta muito o fato de ser ou não o paranormal realidade.
    .
    Agora, uma coisa fica clara no escrito de Alvarado: ele discorre sobre a influência do espiritualismo na “ciência” parapsicologia!
    .
    Embora no subtítulo “A INFLUÊNCIA DAS IDEIAS MÍSTICAS E OCULTAS NA CIÊNCIA” Gauld procure generalizar, defendendo, que o oculto e o metafísico produziram incrementos na ciência em muitos aspectos, o interesse dele é, especificamente, a parapsicologia, tanto que, ao final do subtítulo referido, arremata:
    ______________________,
    “Seguindo esse conceito tradicional, eu discutirei — e não faço nenhuma reivindicação de ser original nesta afirmação — que o Espiritualismo em geral, e o conceito de sobrevivência à morte em particular, tiveram um fator de influência no desenvolvimento da Parapsicologia de diferentes formas.”
    ______________________.
    Inda não li o artigo inteiro, mas devo dizer que, como pesquisa histórica ele é bom, pelo menos tem sido para o meu gosto. O que teria eu a objetar são coisas miúdas, como o uso da desgraçada palavra “performance” que parece ser muito do agrado de americanos e contaminou profundamente brasileiros, qual é exemplo a sentença: “Usando a propagação do Espiritualismo como justificativa, e em especial a performance dos médiuns físicos que sugeria influências espirituais, como o movimento de objetos e materializações, vários céticos da hipótese de agentes espirituais postularam um modelo exploratório diferente.”
    Agora ninguém mais tem desempenho, atuação, realização, etc., tudo é PERFORMANCE! Argh!
    .
    Outra besteirinha é utilizar o termo “eventualmente” sem sentido definido, como na frase: “Os Rhine foram com Thomas para continuar o auxílio na avaliação das sessões com a Sra. Soule e de outros médiuns mentais como Eileen J. Garrett e Gladys Osborne Leonard. Thomas EVENTUALMENTE obteve o título de doutor em Psicologia na Universidade de Duke por seus estudos de comunicações mediúnicas.”
    .
    Se alguém conseguir esclarecer satisfatoriamente o que significa esse “eventualmente” na frase destacada ganha um doce de batata-doce.
    .
    Depois, do verbo mais tarde, quando findar a leitura, se for o caso, comento mais comentários.

  66. Marciano Diz:

    O êxodo é alguma alegoria ou metáfora?
    Claro que não! Ainda hoje crentes defendem a historicidade de tal “acontecimento.
     
    Quase todos os locais citados são desconhecidos e não há consenso entre os especialistas sobre coisa alguma.
    Jamais se encontrou qualquer traço arqueológico da passagem de 600.000 hebreus por locais cheios de fortes guarnições egípcias, nem estas jamais relataram qualquer movimentação tão grande de gente por ali, em nenhum lugar ou época.
    Se o Êxodo é uma fábula, todo o cristianismo também pertence ao reino do faz de conta.  
    Números 20:16
    E clamamos ao SENHOR, e ele ouviu a nossa voz, e mandou um anjo, e nos tirou do Egito;
    •?Bem, mas Deus levou 400 anos para atender as orações de seu povo sofredor – que ele mesmo enviou para o Egito!
    • Portanto tenha paciência, Deus pode levar séculos para atender suas orações sobre as desgraças que ele mesmo vai te enviar.
     
    A história do Êxodo é um fascinante tapete de muitas fontes primitivas, diz Friedman. Seu livro, The Bible with Sources Revealed, uma tradução dos Cinco Livros de Moisés, deixa ver claramente como este capítulo é apenas uma compilação ou colagem de vários textos diferentes criados por diferentes autores que foram interpolando linhas no texto ao longo dos séculos. A Bíblia é uma coleção de textos escritos por diferentes fontes ao longo de séculos que um ou mais sacerdotes (possivelmente Esdras e Neemias) decidiram reunir ao longo do século V AEC.
     
    HISTÓRIA OU METÁFORA?
     
    Escolha o que quiser, mas não dá para aceitar.
    Assim como acontece com a história de Noé, o “Pai Nosso”, ou o Salmo 104, a história de Moisés contém algumas partes que foram possivelmente transmitidas de geração em geração oralmente e que, ao chegar ao século VII (quando registradas por escrito), depois de séculos de conquistas, mudanças sociopolíticas e de evolução do idioma e da escritura semítica (do acádio – primeira língua semítica conhecida – ao paleohebreu e do paleohebreu ao hebreu usado no Tanak), tomaram a forma que atualmente conhecemos.
     
    O relato do nascimento de Moisés, escrito a partir do século VII AEC, usou uma história familiar e importante para os que a conheciam, a de Sargão de Akkad (2270 a 2215/20 AEC).
     
    Não é fábula nem metáfora nem história, é plágio!
     
    O império fundado por Sargão I (acádio) se estendia desde o atual Golfo Pérsico até o Mediterrâneo. Concentrando-nos nos povos deste último, na cidade de Ebla (Síria) foi onde se estabeleceu a escritura acádia e onde se originou a primeira língua semítica (em cuneiforme), à qual se deu o nome de “eblaita”. (3000 a 2000 AEC).
     
    Entre as tabuletas que se encontraram ali, mais de 17.000, figura o relato do qual falarei aqui. Uma história datada em 2250 AEC que, sem dúvida, foi difundida ao largo de todo o império durante séculos até chegar aos ouvidos do povo nômade que posteriormente se conheceria como hebreu. Uma tabuleta assíria (século VII AEC) com texto escrito em escrita cuneiforme, já continha esta narração.
    (Tabuleta com o “curriculum” de Sargão I).
    http://pt.wikipedia.org/wiki/Sarg%C3%A3o_da_Ac%C3%A1dia

     
    Se bem que Raglan já incluía em sua escala este tipo de evento, onde o nascimento de um futuro rei se produzia em condições estranhas, o que era muito comum em todo tipo de relatos de caráter mitológico, este, o eblaita, foi o primeiro. (O relato do Êxodo foi escrito mais de 1500 anos depois).
     
    Segundo a tradição abraâmica, Moisés viveu no século XV AEC. Isso produz várias contradições com o que sabemos hoje sobre essa época. No século XV ainda não se escrevia em hebreu, mas em paleo-hebreu. Muitas das expressões que existem no Êxodo procedem sem dúvida do hebreu e muitos dos textos, escritos por várias fontes e não só por uma (a que as religiões tentam vender), também possuem anacronismos, estilos e léxicos diferentes. E não apenas o fato de que o Êxodo tenha sido escrito por várias fontes e por uma que as uniu, mas que essas fontes nem mesmo procedem da época que falam. HISTÓRIA, METÁFORA OU MENTIRA?
     
    Os hebreus do século VII AEC simplesmente outorgaram a um personagem fictício, Moisés, todas as qualidades necessárias, que séculos antes havia caracterizado a cultura da qual procederam: a mesopotâmica. A isto se somou outro império que, em séculos anteriores (nos que supostamente Moisés viveu) também conquistou as terras em que eles habitavam, convertendo-se assim nos antigos inimigos que posteriormente refletiram os textos bíblicos.
     
    A origem das histórias sobre o Egito encontradas na Bíblia se devem ao fato de que nesse século os Egípcios, que lutaram contra os Hicsos, terminaram conquistando as terras onde estes habitavam:
     
    Em 1650 AEC o norte de Egito foi conquistado por tribos de um povo chamado Hicso pelos egípcios, ao que parece, uma mescla de semitas e de hurritas. Os hicsos foram expulsos por Amosis I (1580 e 1558 AEC ou entre 1550 e 1525 AEC), o primeiro faraó da décima oitava dinastia, com a qual começa o Império Novo. Amosis I destruiu a capital dos hicsos, Aváris, e seus sucessores conquistaram a cidade de Saruhen (perto de Gaza), e destruíram confederações canaanitas em Megido, Hazor e Kadesh. Tutmosis III (1504 AEC a 1450 AEC ou 1479 AEC a 1425 AEC) estabeleceu o império do Egito sobre o ocidente do Oriente próximo, derrotando a confederação cananeia em Megido e tomando a cidade de Joppa, trasladando a fronteira desde o Sinai até a curva de Eufrates, conseguindo a máxima extensão territorial na zona. (Não são poucos os eruditos que o mencionam como o imperador do Êxodo) O domínio egípcio se manteve na região de Canaã (zona na qual deviam emergir Israel e Judá) até o reinado de Ramsés VI, que reinou de 1142 AEC a 1135 AEC.
     
    Quem quiser, consulte a internet, sobre os nomes e lugares, pois se eu encher de links, o mecanismo do blog bloqueia.
     
    E apesar de que o Egito registrava por escrito todas as suas batalhas, especialmente as vitoriosas, (parece um bom argumento?) não existe nenhum texto egípcio do século XV que confirme que este escravizara um povo nômade tal como afirma a Bíblia.
     
    Os únicos textos egípcios que fazem menção a um povo nômade, os habiru, nome dado por várias fontes Sumérias, Egípcias, Acádias, Hititas e Ugaríticas (datadas aproximadamente de antes de 2000 AEC até cerca de 1200 AEC) a um grupo de pessoas que viveram como nômades invasores em áreas da região nordeste do Crescente Fértil da Mesopotâmia e do Irã para as fronteiras do Egito em Canaã. Dependendo da fonte e época, estes Habirus são variadamente descritos como nômades ou seminômades, rebeldes, bandidos, salteadores, mercenários e arqueiros, servos, escravos, trabalhadores migrantes, e etc.
     
    O General Toth do faraó Thutmose III (ao redor de 1440 AEC) já deixava claro que havia que ter cuidado com por serem ladrões. O filho de Thutmose III, Amenhotep II, em 1420, conquista unicamente a 3600 apirus. Este conquista inclusive mais horreus (hurritas) e beduínos do que hebreus. Nas Cartas de Amarna (mais um link dá https://pt.wikipedia.org/wiki/Cartas_de_Amarna ) (século XIV AEC) a descrição que se faz destes é a mesma que leva a pensar que estes nômadas eram mercenários e bandidos. Para liquidar com a história narrada em Êxodo, o único que se sabe que levou escravos apiru ao Egito é Sethy, mas este o fez em 1300 AEC e em resposta a um ataque dos “apiru do Monte Yarmuta“.  
    Quase todos os locais citados são desconhecidos e não há consenso entre os especialistas sobre coisa alguma.
    Jamais se encontrou qualquer traço arqueológico da passagem de 600.000 hebreus por locais cheios de fortes guarnições egípcias, nem estas jamais relataram qualquer movimentação tão grande de gente por ali, em nenhum lugar ou época.
    Se o Êxodo é uma fábula, todo o cristianismo também pertence ao reino do faz de conta.  
    Números 20:16
    E clamamos ao SENHOR, e ele ouviu a nossa voz, e mandou um anjo, e nos tirou do Egito;
    •?Bem, mas Deus levou 400 anos para atender as orações de seu povo sofredor – que ele mesmo enviou para o Egito!
    • Portanto tenha paciência, Deus pode levar séculos para atender suas orações sobre as desgraças que ele mesmo vai te enviar.
     
    A história do Êxodo é um fascinante tapete de muitas fontes primitivas, diz Friedman. Seu livro, The Bible with Sources Revealed, uma tradução dos Cinco Livros de Moisés, deixa ver claramente como este capítulo é apenas uma compilação ou colagem de vários textos diferentes criados por diferentes autores que foram interpolando linhas no texto ao longo dos séculos. A Bíblia é uma coleção de textos escritos por diferentes fontes ao longo de séculos que um ou mais sacerdotes (possivelmente Esdras e Neemias) decidiram reunir ao longo do século V AEC.
     
    HISTÓRIA OU METÁFORA?
     
    Escolha o que quiser, mas não dá para aceitar.
    Assim como acontece com a história de Noé, o “Pai Nosso”, ou o Salmo 104, a história de Moisés contém algumas partes que foram possivelmente transmitidas de geração em geração oralmente e que, ao chegar ao século VII (quando registradas por escrito), depois de séculos de conquistas, mudanças sociopolíticas e de evolução do idioma e da escritura semítica (do acádio – primeira língua semítica conhecida – ao paleohebreu e do paleohebreu ao hebreu usado no Tanak), tomaram a forma que atualmente conhecemos.  
    O relato do nascimento de Moisés, escrito a partir do século VII AEC, usou uma história familiar e importante para os que a conheciam, a de Sargão de Akkad (2270 a 2215/20 AEC).
     
    Não é fábula nem metáfora nem história, é plágio!
     
    O império fundado por Sargão I (acádio) se estendia desde o atual Golfo Pérsico até o Mediterrâneo. Concentrando-nos nos povos deste último, na cidade de Ebla (Síria) foi onde se estabeleceu a escritura acádia e onde se originou a primeira língua semítica (em cuneiforme), à qual se deu o nome de “eblaita”. (3000 a 2000 AEC).
     
    Entre as tabuletas que se encontraram ali, mais de 17.000, figura o relato do qual falarei aqui. Uma história datada em 2250 AEC que, sem dúvida, foi difundida ao largo de todo o império durante séculos até chegar aos ouvidos do povo nômade que posteriormente se conheceria como hebreu. Uma tabuleta assíria (século VII AEC) com texto escrito em escrita cuneiforme, já continha esta narração.
    (Tabuleta com o “curriculum” de Sargão I).
    http://pt.wikipedia.org/wiki/Sarg%C3%A3o_da_Ac%C3%A1dia

     
    Se bem que Raglan já incluía em sua escala este tipo de evento, onde o nascimento de um futuro rei se produzia em condições estranhas, o que era muito comum em todo tipo de relatos de caráter mitológico, este, o eblaita, foi o primeiro. (O relato do Êxodo foi escrito mais de 1500 anos depois).
     
    Segundo a tradição abrâmica, Moisés viveu no século XV AEC. Isso produz várias contradições com o que sabemos hoje sobre essa época. No século XV ainda não se escrevia em hebreu, mas em paleo-hebreu. Muitas das expressões que existem no Êxodo procedem sem dúvida do hebreu e muitos dos textos, escritos por várias fontes e não só por uma (a que as religiões tentam vender), também possuem anacronismos, estilos e léxicos diferentes. E não apenas o fato de que o Êxodo tenha sido escrito por várias fontes e por uma que as uniu, mas que essas fontes nem mesmo procedem da época que falam. HISTÓRIA, METÁFORA OU MENTIRA?
     
    Os hebreus do século VII AEC simplesmente outorgaram a um personagem fictício, Moisés, todas as qualidades necessárias, que séculos antes havia caracterizado a cultura da qual procederam: a mesopotâmica. A isto se somou outro império que, em séculos anteriores (nos que supostamente Moisés viveu) também conquistou as terras em que eles habitavam, convertendo-se assim nos antigos inimigos que posteriormente refletiram os textos bíblicos.
     
    A origem das histórias sobre o Egito encontradas na Bíblia se devem ao fato de que nesse século os Egípcios, que lutaram contra os Hicsos, terminaram conquistando as terras onde estes habitavam:
     
    Em 1650 AEC o norte de Egito foi conquistado por tribos de um povo chamado Hicso pelos egípcios, ao que parece, uma mescla de semitas e de hurritas. Os hicsos foram expulsos por Amosis I (1580 e 1558 AEC ou entre 1550 e 1525 AEC), o primeiro faraó da décima oitava dinastia, com a qual começa o Império Novo. Amosis I destruiu a capital dos hicsos, Aváris, e seus sucessores conquistaram a cidade de Saruhen (perto de Gaza), e destruíram confederações canaanitas em Megido, Hazor e Kadesh. Tutmosis III (1504 AEC a 1450 AEC ou 1479 AEC a 1425 AEC) estabeleceu o império do Egito sobre o ocidente do Oriente próximo, derrotando a confederação cananeia em Megido e tomando a cidade de Joppa, trasladando a fronteira desde o Sinai até a curva de Eufrates, conseguindo a máxima extensão territorial na zona. (Não são poucos os eruditos que o mencionam como o imperador do Êxodo) O domínio egípcio se manteve na região de Canaã (zona na qual deviam emergir Israel e Judá) até o reinado de Ramsés VI, que reinou de 1142 AEC a 1135 AEC.
     
    Quem quiser, consulte a internet, sobre os nomes e lugares, pois se eu encher de links, o mecanismo do blog bloqueia.
     
    E apesar de que o Egito registrava por escrito todas as suas batalhas, especialmente as vitoriosas, (parece um bom argumento?) não existe nenhum texto egípcio do século XV que confirme que este escravizara um povo nômade tal como afirma a Bíblia.
     
    Os únicos textos egípcios que fazem menção a um povo nômade, os habiru, nome dado por várias fontes Sumérias, Egípcias, Acádias, Hititas e Ugaríticas (datadas aproximadamente de antes de 2000 AEC até cerca de 1200 AEC) a um grupo de pessoas que viveram como nômades invasores em áreas da região nordeste do Crescente Fértil da Mesopotâmia e do Irã para as fronteiras do Egito em Canaã. Dependendo da fonte e época, estes Habirus são variadamente descritos como nômades ou seminômades, rebeldes, bandidos, salteadores, mercenários e arqueiros, servos, escravos, trabalhadores migrantes, e etc.
     
    O General Toth do faraó Thutmose III (ao redor de 1440 AEC) já deixava claro que havia que ter cuidado com por serem ladrões. O filho de Thutmose III, Amenhotep II, em 1420, conquista unicamente a 3600 apirus. Este conquista inclusive mais horreus (hurritas) e beduínos do que hebreus. Nas Cartas de Amarna (mais um link dá https://pt.wikipedia.org/wiki/Cartas_de_Amarna ) (século XIV AEC) a descrição que se faz destes é a mesma que leva a pensar que estes nômadas eram mercenários e bandidos. Para liquidar com a história narrada em Êxodo, o único que se sabe que levou escravos apiru ao Egito é Sethy, mas este o fez em 1300 AEC e em resposta a um ataque dos “apiru do Monte Yarmuta“.
     
    Preciso parar agora, mas prossigo mais tarde.

  67. Marciano Diz:

    Se alguém conseguir esclarecer satisfatoriamente o que significa esse “eventualmente” na frase destacada ganha um doce de batata-doce.
    QUERO MEU DOCE!
    Eventually é finalmente.
    Eventualmente é erro de tradução.

  68. Marciano Diz:

    Erro comum de tradutores inexperientes é confundir falsos cognatos.
    Eventually = 1. at the very end; finally
    2. (as sentence modifier) after a long time or long delay: eventually, he arrived.
    CADÊ MEU DOCE?
    VOLTO MAIS TARDE E É BOM QUE O DOCE ESTEJA AQUI!

  69. Vinicius Diz:

    Que interessante como é a “sacada comercial” de editoras.
     
    Na edição de 77 a capa menciona “ponto angustiante na década de 1990.
     
    https://produto.mercadolivre.com.br/MLB-941196283-a-mensagem-do-apocalipse-nelson-lobo-de-barros-_JM
     
    Já na edição de 2009 suprimiram o tal ponto angustiante
     
    https://produto.mercadolivre.com.br/MLB-919713742-livro-a-mensagem-do-apocalipse-nelson-lobo-de-barros-_JM

  70. MONTALVÃO Diz:

    /
    “Tem gente que diz que é egoísmo prolongar o sofrimento dos outros, mas que quero ver é quando é com quem diz isto.
    Aí o cara muda de opinião na hora.”

    /.
    CONSIDERAÇÃO: pois eu já deixo aqui documentado: nem preciso estar com muita dor, caso eu me torne de todo improdutivo, mil vezes a morte a ser um estorvo.
    /
    /
    MARTE DIZ> SOBRE OS ETs.
    Vejo que tem uma posição bem racional com relação ao assunto.
    Parabéns!

    /.
    CONSIDERAÇÃO: embora não seja meu desaniversário, grato pelas parabenizações…
    /
    /
    ============================
    CONSIDERAÇÃO: aí é que você se engana, por que não poderiam ser simbólicos, metafóricos, alegóricos?
    ==================================

    Por que, como eu já disse antes, eles só viram simbólicos, metafóricos ou alegóricos DEPOIS de serem desmentidos em sua literalidade.
    É só ler a bíblia para ver que é tudo dado como fato, porque era o que eles sabiam quando escreveram, adulteraram e interpolaram textos.
    .
    Vou voltar ao assunto.

    /.
    CONSIDERAÇÃO: vou aguardar a volta. Embora eu discorde em parte, concordo um tanto com sua ponderação. Só digo, por hora, que há umas nuances para as quais, me parece, não está atentando.
    /
    /

    ====================================
    MOI: Fiquei dois dias fora da internet e me perdi: Marciano, você não havia falado algo sobre minhas supostas crenças na hipnose? Ou sonhei?
    =================================

    “Só sonha quando pensa na bíblia.”
    /.
    CONSIDERAÇÃO: UAI?
    /
    ______________________,
    1. Marciano Diz:
    JANEIRO 10TH, 2018 ÀS 6:56 PM
    Tu, Montalvão, cheio de boas intenções, sugeriu que eu buscasse cura para insônia através de hipnoterapia.
    Não te lembras?

    2. Marciano Diz:
    JANEIRO 10TH, 2018 ÀS 6:59 PM
    Agora, tu mesmo citas Freud:
    […]
    ______________________.

    /.
    CONSIDERAÇÃO: OK, mas você não disse claramente o que pensa que eu pense da hipnose…
    .
    Recomendar-lhe que experimente o hipnotismo para sua insônia é diferente de reportar que Freud (e, consequentemente, a psicanálise) não utiliza a tércnica para sondar o hipotético inconsciente!
    .
    Continuo achando que a hipnose pode ser útil em várias situações, inclusive terapêuticas, entretanto, isso não significa que atribuo a essa arte igual alcance ao que alguns apregoam.

  71. MONTALVÃO Diz:

    /
    Essa tirei do CC, e, estou certo, Marciano vai gostar:
    /
    ———————-
    Citação de: Stéfano em 23 de Agosto de 2005, 21:20:53
    .
    O segredo de interpretação da Bíblia está em considerá-la como verdade literal nos trechos que te interessam, como fábula nos que te atrapalham e ignorar completamente os que te contradizem.
    ———————-

  72. Vinicius Diz:

    MONTALVÃO, se puder e souber fale dos selos e das trombetas no livro do Apocalipse. Os cavalos branco, negro e esverdeado, a tal águia agourenta que lamenta os humanos e diz “ai ai ai dos que estão na terra” (chamam o episódio de 3 ais).
    Um colega espirita disse que há referências ao Kim-Jom-Um e o Trump….

  73. Vinicius Diz:

    “Então, vi e ouvi uma águia que, voando pelo meio do céu, dizia em grande voz: Ai! Ai! Ai dos que moram na terra, por causa das restantes vozes da trombeta dos três anjos que ainda têm de tocar!”. Apocalipse 8:13

  74. Vitor Diz:

    Já fiz as alterações sugeridas na tradução. Grato, Montalvão e Marciano!

  75. MONTALVÃO Diz:

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    “MONTALVÃO, se puder e souber fale dos selos e das trombetas no livro do Apocalipse. Os cavalos branco, negro e esverdeado, a tal águia agourenta que lamenta os humanos e diz “ai ai ai dos que estão na terra” (chamam o episódio de 3 ais).
    Um colega espirita disse que há referências ao Kim-Jom-Um e o Trump…”
    /.
    CONSIDERAÇÃO: Vinicius, houve tempo em que pensei entender o apocalipse, não interpretação minha, que não tenho pendores para traduzir profecias, mas levando em conta apreciações de exegetas que pareciam saber o que diziam.
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    Porém, desisti. A interpretação que me pareceu mais condizente, em termos gerais, é a que considera o livro um libelo contra o poder de Roma. Contudo, descrever o que aqueles bichos feios que lá são citados significam não me atrevo…
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    Por outro lado, com um pouquinho de criatividade pode-se lá ver referência a quem bem se deseje…
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    De qualquer modo, para não deixá-lo desatendido, considera umas de muitas interpretações e veja se a considera satisfatória…apenas os selos e os cavalos, se quiser mais, mando depois.
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    Capítulo VI
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    1º selo
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    1. “E, HAVENDO o Cordeiro aberto um dos selos, olhei, e ouvi um dos animais, que dizia como em voz de trovão; Vem, e vê”.
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    I. “…aberto um dos selos”. O presente capítulo marca o “início” do período sombrio da Grande Tribulação (cf. Is 16.4; 26.20; Jr 30.7; Dn 12.1; e ss; 2Ts 2.6 e ss; Ap 3.10; 7.14, etc).
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    Os acontecimentos que se sucederão durante este tempo de “angústia” sem precedente, estão narrados nos capítulos 6 a 19 deste livro. A duração deste período é calculada pelo estudo da passagem de (Daniel 9.24-27) e outras passagens similares.
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    Esse tempo de tribulação é ocasionado concomitantemente com referência escatológicas, como são vistas em Mt 24.21; Mc 13.19; 2Ts 2.6 e ss; Ap 7.14 e ss.
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    Todos esses acontecimentos, terão lugar, logo “após” o arrebatamento da Igreja por Jesus Cristo nosso Senhor (cf. 1Co 15.51-52; 1Ts 4.13-17; Ap 3.10). Predições contemporâneas preditas por Cristo, durante seu ministério terreno, focalizam este tempo como sendo um estado de: “PERFLEXIDADE”.
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    O termo acima mencionado que é traduzido no grego por “perplexidade” (Lc 21.25) significa “beco sem saída”. As nações não encontrarão meios de escapar de suas dificuldades. O vocábulo grego usado para descrever esse termo técnico “angústia de Jacó” quer dizer “agarrar-se juntamente com”. Etc.
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    1. Vem, e vê. Estudaremos o capítulo 6, que está em foco, com o capítulo 24.5-35 do Evangelho de São Mateus e Lucas 23.30. neste estudo o leitor deve observar como as Escrituras são proféticas, e se combinam entre SI em cada detalhe. O capítulo 6 relata a abertura dos seis primeiros selos. Para bem entendê-los, devemos confrontá-los com a leitura de Mateus 24 e Daniel 9.
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    Voltemos aos selos. Os 6 primeiros, em ordem sucessiva, marcam o início e a seqüência cronológica dos acontecimentos. Em profecia, a enumeração e a ordem estabelecem cronologia. Aberto o primeiro selo, falou um dos seres viventes (pela ordem, é a voz do leão) com voz como de trovão: Vem! Muitas Bíblias trazem “Vem, e vê” como se as duas palavras tivessem sido ditas a João. O “Vem” é um chamamento, na verdade, e “Olhei”, e “eis” precedem sempre algo de notável admiração.
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    2. “E olhei, e eis um cavalo branco: e o que estava assentado sobre ele tinha um arco; e foi-lhe dada uma coroa, e saiu vitorioso, e para vencer”.
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    (VER O CONTEXTO DESTE VERSÍCULO EM MATEUS 24.5, QUE DIZ: “Porque muitos virão em meu nome, dizendo: Eu sou o Cristo; e enganarão a muitos”).
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    I. “…eis um cavalo branco”. (O Anticristo?). O simbolismo de quatro cavalos de diversas cores, é extraído do livro de Zacarias 1, 8 e ss. Ali, há um personagem de destaque montado em um cavalo vermelho, parado entre murteiras: em um vale profundo. Atrás dela há três grupos de cavalos, agrupados pela cor. Provavelmente eles são montados por cavaleiros que prestam relatórios (Zc 1.11), apesar de não serem mencionados. O homem que está montado no cavalo vermelho é o “anjo do Senhor”, mas “o anjo que falava comigo”, diz Zacarias, é o intérprete (1. 18; 2.3; 4.1, 5; 5.5; 6.4).
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    Na simbologia profética do livro de Zacarias, cavalos não aparecem só nas visões, mas também no simbolismo da segunda parte do livro (cf. 9.10; 10.3, 5; 12.4; 14.15, 20, 21). Além de outros, variados sentidos, eles representam o domínio na batalha (10.3) e o prestígio. (Ver 1Rs 10.26, etc).
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    1. Existem muitas divergências entre os comentaristas quanto à representação do cavalo branco e seu cavaleiro, vistos no presente texto. Ele não trazia coroa, recebeu-a depois e saiu como um conquistador determinado a vencer. O vocábulo grego “nikao” visto no presente versículo, significa “obter uma vitória”. Qual? Alguns estudiosos, opinam que, este primeiro cavaleiro é o Anticristo e o ditador universal, implantando no mundo uma falsa paz (cf. 1Ts 5.3); outros acham que o cavaleiro aqui mencionado é o Evangelho em sua conquista final, seqüenciada pela “coroa da vitória”; e ainda outros opinam que seja a mesma pessoa do capítulo 19, sendo aqui, porém, o início da visão.
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    2. Observemos cuidadosamente o contraste entre o cavaleiro do capítulo 6 e o cavaleiro do capítulo 19 do mesmo livro: (a) O primeiro cavaleiro é visto na terra; o segundo é visto no céu; (b) O primeiro tinha um arco na mão; o segundo tinha uma espada na boca; (c) O primeiro recebeu uma coroa; o segundo trazia consigo muitos diademas; (d) O primeiro é visto sozinho; o segundo é visto acompanhado de um exército; (e) O primeiro selo fala de um cavalo branco; o capítulo: 19 de muitos cavalos brancos; (f) O primeiro cavaleiro é anônimo; o segundo cavaleiro tem quatro nomes: (aa) Fiel; (bb) Verdadeiro; (cc) A Palavra de Deus; (dd) O nome misterioso; (g) O primeiro cavaleiro é visto logo no início da Grande Tribulação; o segundo só no final da Grande Tribulação. O leitor deve observar que somente está em comum, a cor dos cavalos, no mais, tudo é contraste.
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    3. Esse primeiro cavaleiro, provavelmente, será o Anticristo, um simulador de Jesus, com qualidades negativas. Será, como veremos, uma das Bestas do capítulo 13 do livro pode ser interpretado na apresentação do mesmo ter apenas “um arco” e não flechas, e que, por isso, trata-se de um simulador. Muitos comentaristas acham que a expressão: “…e par vencer”. Não pode ser aplicada ao Anticristo, e sim à pessoa de Cristo; mas devemos ter em mente que a mesma expressão, é dita com respeito a esse ditador universal (cf. Dn 7.21; 8.10; 11.33 e Ap 13.7). De Cristo está dito: “…que venceu” (5.5); deste porém: “…e para vencer” (6.2). Evidentemente, nas duas visões, não é a mesma pessoa (6 e 19).
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    -continua-

  76. MONTALVÃO Diz:

    -continuação-
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    2º selo
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    3. “E, havendo aberto o segundo selo, ouvi o segundo animal, dizendo: Vem, e vê”.
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    I. “…ouvi o segundo animal, dizendo: Vem”. (Pela ordem, é a voz do novilho). O presente texto dá continuidade à seqüência anterior. O simbolismo de cavalos e cavaleiros, já tivemos a oportunidade de focalizar em notas anteriores. Em Zc 1.7-17 e 6.1-8. Existem visões tanto de cavalos como de cavaleiros. Na primeira dessas passagens há a descrição de quatro cavalos de diferentes cores. Eles e seus cavaleiros percorrem a terra por expressa ordem de Deus. São cavalos sobrenaturais. O cavalo era comumente usado nas atividades guerreiras. Portanto, neste ponto, os cavalos aqui citados representam guerra, violência, tragédia, e julgamento divino. Aqueles que interpretam o livro de Apocalipse, historicamente, vêem nestes vários cavalos e cavaleiros eventos que já tiveram lugar, como a perseguição contra os cristãos, ou os exércitos romanos (munidos de espadas), em contraste com os partas (com arco). Note-se que os cavalos são, respectivamente, branco (1º selo), vermelho (2º selo), preto (3º selo), e amarelo (4º selo). A cor em questão refere-se aos cavalos, e não cavaleiros. Ela não representa o caráter dos cavaleiros, mas antes, a natureza da missão de que estão incumbidos.
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    1. Nos quatro primeiros selos, existe o expressivo: “Vem e vê”. Nos antigos manuscritos aparece aqui uma variação. O Código Sinaítico apresenta um duplo imperativo – “Vem e vê” – como dirigido a João. O Código Alexandrino, considerado, por muitos, como o texto que parece haver recebido menos alterações, traz só um imperativo – “Vem” – como sinal dado ao cavaleiro para entrar em cena onde se desenvolve a ação.
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    4. “E saiu outro cavalo, vermelho: e ao que estava assentado sobre ele foi dado que tirasse a paz da terra, e que se matassem uns aos outros; e foi-lhe dada uma grande espada”.
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    (VER O CONTEXTO DESTE VERSÍCULO EM MATEUS 24.6, QUE DIZ: “E ouvireis de guerras e rumores de guerras”).
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    I. “…outro cavalo, vermelho”. (A Guerra). No texto de Zacarias 1.8, o ‘cavalo vermelho” é quem encabeça a lista. Para um comentário mais expressivo, vejamos o que segue: “vermelho” (marrom avermelhado). As primeiras versões latinas e siríacas tinham “malhado”. A grega usa dois adjetivos que significam “com manchas” e “com muitas cores”. Em Zc 6.3 a hesitação é quando a b’rudd~im, “cinza-malhado”, e a palavra que acompanha, “a muss~im, baio”, aparentemente da raiz ser forte. Para b’rudd~iêm, que traduzido “salpicado” em Gn 31.10, e “multicor” e “pálido” em outras versões. Os que pensam que a primeira visão se deu no “por do sol” e a oitava “na alvorada”, explicam as diferenças entre (1.8 e 6.2) em termos de cores relacionadas com o “anoitecer e alvorada”. Em 1.8 vermelho, baio e branco são as cores do por do sol, e em 6.2 preto, malhado e branco são cores da madrugada. Em 1.8 sua seqüência é vermelho, amarelo, preto e branco; em 6.2 vermelho, preto, branco e amarelo; 6.6, 7 preto, branco, amarelo e vermelho. Seja como for, as Escrituras são proféticas e se combinam entre SI em cada detalhe! Temos aqui, a mesma seqüência: branco, vermelho, preto e amarelo.
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    1. O cavalo do texto em foco, é “vermelho”. O vermelho é também símbolo de guerra. Esta cor, como veremos, no Apocalipse, tem quase sempre sentido desfavorável; “um grande dragão vermelho” (Ap 12.3); “uma besta de cor de escarlata”. (Ver Ap 17.3); a grande meretriz ou “…a mulher estava vestida de púrpura e de escarlata” (Ap 17.4a); as mercadorias da grande Babilônia: “…de púrpura, e de escarlata” (Ap 18.12); a seguir, a grande Babilônia está vestida de púrpura, de escarlata…”, etc. (Ap 18.16). As guerras serão tremendas, seguidas pela vingança, peste, etc. O cavaleiro em foco, nada disse. Apenas cavalgou, e permitiu que a cor do seu cavalo o identificasse. Cavalo vermelho era o seu, e foi-lhe concedido “…que tirasse a paz da terra” e levar os homens a se matarem uns aos outros. Levava uma grande espada que, com os outros mais detalhes, nos leva a crer seja ele o símbolo da Guerra. Tudo isso e mais ainda, terá lugar no tempo sombrio da Grande Tribulação, quando se ouvirá uma voz a dizer “a paz é tirada da terra”. Segundo os Anais da História, o mundo já sofreu até 1914 (a primeira guerra mundial), 901 guerras principais. As guerras serão tremendas, simbolizadas pelo tamanho da espada. À guerra seguem a fome, a sede, pestilência, morte, etc. Isso se dará em conseqüência, da rejeição do Príncipe da Paz (Is 9.6; Lc 19.42; 1Ts 5.3), e outros textos e contextos correlatos, etc.
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    3º selo
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    5. “E, havendo aberto o terceiro selo, ouvi dizer ao terceiro animal: Vem, e vê. E olhei, e eis um cavalo preto e o que sobre ele estava assentado tinham uma balança na mão”.
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    (VER O CONTEXTO DESTE VERSÍCULO EM MATEUS 24.7, QUE DIZ: “…e haverá fome…”).
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    I. “…ouvi dizer ao terceiro animal: Vem e vê”. (Pela ordem, é a voz do homem). O leitor deve observar que, os quatro primeiro selos são ditados por estes seres viventes que sempre usam o expressivo “Vem, e vê”, porém devemos observar que no terceiro selo há uma exceção, pois ao invés de o convite “Vem, e vê” ser feito ou dirigido a João, como nas vezes anteriores, é feito ao terceiro animal, e assim, não o animal que fala, mas sim que ouve. O sentido dessas declarações deve ser naturalmente compreendido, sem nos importar com argumento gramatical; “Ouvi o segundo ser vivente dizer, “Vem!”. E saiu outro cavalo. O ser vivente chamou o cavalo, e este apareceu para cumprir sua missão.
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    1. Um cavalo preto. (fome). A cor do cavalo tem um aspecto tristonho, sombrio, funesto e inanimado. Este cavaleiro tem uma missão a cumprir: ditar a fome durante o período da Grande Tribulação, como bem descreve o profeta Jeremias em suas Lamentações: “A nossa pele se enegreceu como um forno, por causa do ardor da fome” (Lm 5.10). João observa um detalhe importante na presente visão; “uma balança na mão” do cavaleiro. Dois pontos focais devem ser aqui analisados: (a) A balança; (b) Um período de escassez. Na simbologia profética, a balança fala: (aa) de racionalização dos alimentos de primeira necessidade, como bem o descreve o profeta Ezequiel em 4.16: ‘…eis que eu torno instável o sustento de pão em Jerusalém, e comerão o pão por peso…”. A incumbência do terceiro cavaleiro será impedir que a fome varra toda a humanidade. Ele chamará a fome; mas ao mesmo tempo a controlará; (bb) fala também do desequilíbrio que certamente haverá durante o reinado cruel da Besta. O profeta Daniel, descrevendo esse tempo do fim, diz: “Assim por uma parte o reino (da Besta) será forte, e por outra será frágil” (cf. Dn 2.42b). O império da Besta será forte como o “ferro” diante dos homens, porém, frágil como o “barro” diante dos flagelos de deus (Dn 2.40-45). E (b); Em período de escassez, os comestíveis precisam ser pesados com extremo rigor. Em tempos de abundância, são distribuídos em grandes quantidades que não podem ser pesados com “balanças de mão”. A figura espectral da fome levará na mão do cavaleiro uma balança vazia.
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    6. “E ouvi uma voz no meio dos quatro animais, que dizia: Uma medida de trigo por um dinheiro, e três medidas de cevada por um dinheiro: e não danifiques o azeite e o vinho”.
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    I. “…uma medida de trigo”. A medida usada é o “coiniks” dos gregos, cerca de 450 gramas, que julgava constituir o consumo diário de um homem. Heródoto, o grande historiador grego (VII. 187) dá a entender isso, e Thucy. (IV. 16), ao mencionar “duas” dessas medidas, dadas aos espartanos, em Esfacteri, deu a entender que era um bom suprimento. O trigo é mais caro que a cevada, alimento inferior. O denário, antiga moeda romana, era mais usada pelos Apóstolos. Correspondia ao salário de um dia (Mt 20.2). Um denário dava par uma refeição de trigo ou três de cevada, quer dizer, apenas para o sustento próprio. E a família? O azeite e o vinho eram indispensáveis na época. O não “danifiques” é sinal de que iria faltar também. Em resumo: escassez, fome, e grande miséria.
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    1. “As interpretações históricas, que o “terceiro selo” já teve cumprimento no decorrer da história, aos tempos do império romano, pensam que isso se refere aos dias de Domiciano, que baixou um decreto contra o luxo e ordenou que metade dos vinhedos da Ásia Menor e de outras províncias fossem desarraigados”. Cícero, em seus escritos faz alusão à fome em grande escala já em seus dias: “…quão crítica era a situação quando um homem tinha de trabalhar o dia inteiro par adquirir duas medidas de trigo”. No tempo da Grande Tribulação isso será vivido em grau supremo, pois esse cavaleiro aponta par esse tempo do fim.
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    4º selo
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    7. “E havendo aberto o quarto selo, ouvi a voz do quarto animal, que dizia: Vem, e vê”.
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    I. ‘…ouvi a voz do quarto animal”. (Pela ordem, é a voz da águia voando). O presente versículo é praticamente igual ao terceiro versículo deste capítulo, excetuando que o verbo “abrir” tem agora o seu sujeito expressivo, tal como se dá no primeiro versículo. O “Cordeiro é quem abriu esse selo. E assim como fora dito da abertura do “segundo selo”, agora é dito acerca do “quarto”; e essas palavras são reiteradas no caso do “terceiro selo”, no quinto versículo do capítulo em foco. O quarto selo foi convocado pela águia, o quarto ser vivente como já ficou demonstrado; mas não deve se ver qualquer significado especial nisso tal como não há nenhum sentido especial no fato de que o “novilho” convocou a guerra no terceiro versículo, ou no fato de que o “homem” convocou a “fome”, introduzia pelo terceiro selo. Na simbologia profética, a águia é sempre citada em conexão com “um corpo tombado”, pois: “…onde há mortos, ele aí está” (Jó 39.30; cf. Mt 24.28; Lc 17.37; Ap 19.17, 21). O quarto animal (a águia) aqui, anuncia exatamente a chegada do “cavaleiro da morte” (cf. Hb 8.5 e 9.23).
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    8. “E olhei, e eis um cavalo amarelo, e o que estava assentado sobre ele tinha por nome Morte; e o inferno o seguia; e foi-lhe dado poder para matar a quarta parte da terra, com espada, e com fome, e com peste, e com as feras da terra”.
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    I. “…um cavalo amarelo”. (A Morte e o Inferno). O próprio autor sagrado nos dá a interpretação deste cavalo e seus cavaleiros: a morte e o inferno. Morte e o Inferno são vistos aqui personificados, como em Jó 28.22; 1Co 15.26; Ap 20.14. É sempre Cristo quem abre os selos. Este “cavalo pálido” é traduzido em Nestlé-Marshall por “verde-pálido”, cor que bem se adapta ao cavaleiro chamado “Morte”. Um dos horrores da Grande Tribulação será a terrível trilha da morte. Guerra, fome, perseguição, peste e terremoto acrescentarão o discipulado ao reino do rei dos terrores )Jó 18.14). “Estritamente falando, “pálido” não tem cor, embora descrevemos o rosto como “pálido como a morte”. Esta cor “verde-pálida” implica um matiz cadavérico, e em aspecto doentio, mortífero, sombrio como dos cadáveres”.
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    1. “Os juízes anteriores são consolidados no presente cavalo e seus cavaleiros respectivamente. (a) “…poder para matar a quarta parte: com espada” (2º selo). Ap 6.4; (b) “…matar com a fome” (3º selo). Ap 6.5; (c) “…matar com peste”. (4º selo). Ap 6.8. A morte e o inferno, ou hades, são os guardiões respectivos dos corpos e das almas dos homens, sem Deus, entre a morte e a ressurreição (Lc 16.22-23; Ap 20.13). Aqui agora, a morte vem ceifando os corpos; o inferno ceifando as almas. Os intérpretes têm entendido isso de várias maneiras, como a “morte espiritual” (significa simbólico) ou como algum período específico da história antiga, quanto a morte ameaçou grandes contingentes humanos. Mas, essa forma de interpretação não se coaduna com a tese principal. Para nós, o sentido aqui é explicitamente real. Jesus disse que essas ‘…coisas devem acontecer”.
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    -continua-

  77. MONTALVÃO Diz:

    -continuação-
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    5º selo
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    9. “E, havendo aberto o quinto selo, vi debaixo do altar as almas dos que foram mortos por amor da palavra de Deus e por amor do testemunho que deram”.
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    (VER O CONTEXTO DESTE VERSÍCULO EM MATEUS 24.9, QUE DIZ: “…matar-vos-ão”).
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    I. “…as almas dos que foram mortos”. Este grupo de santos vistos no presente texto, são os mártires da Grande Tribulação, e sem dúvida alguma eles fazem parte dos pregadores do “Evangelho do Reino”, pois a passagem diz que eles deram o seu “testemunho”. Historicamente falando, João contempla os mártires da perseguição de Domiciano. João dá o nome de um deles – Antipas – neste mesmo livro (Ap 2.13). Profeticamente falando, a Besta desencadeará uma tão grande perseguição contra aqueles que durante esse tempo de angústia, professar o nome de Jesus. As almas que estão debaixo do altar, procederão dessa perseguição. Quando indagaram quanto tempo ainda duraria a sua sorte, foi-lhes dito que teriam de esperar até que fossem mortos os seus irmãos. Vimos nessas almas apenas ao chegarem da terra no céu, depois de haverem sido mortas; mas agora ficamos sabendo como foram mortas, e por quem: degoladas pelo Anticristo (cf. Ap 20.4). E também obremos a resposta para a pergunta que fizeram: “Até quando…?”. Terão de esperar 42 meses, isto é, 3 anos e meio.
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    1. debaixo do altar. Alguns estudiosos supõem que assim como o sangue escorria para a valeta que havia ao pé do altar, e assim como “a vida está no sangue”, assim também, aqueles mártires cujo sangue for derramado, tomarão a posição correspondente ao sangue dos sacrifícios. Os trechos de Fl 2.17 e 2Tm 4.6 vêem os mártires como sacrifícios oferecidos a Deus. Portanto, o martírio à face da terra, como se a vida fosse oferecida a Deus em sacrifício celestial, tem esse significado. Há em o Novo Testamento três expressões aplicadas ao “lugar” que o cristão ao deixar esta vida entra na eternidade: (a) “O Paraíso”. Lc 23.43; (b) “O Seio de Abraão”. Lc 16.22; (c) “Debaixo do Altar”. Dois pontos importantes devem ser anotados aqui: (aa) Os mártires de durante o tempo da “Dispensação da Graça”, serão coroados. Cf. 2Tm 4.8; Ap 2.10; (bb) Os mártires da Grande Tribulação receberão palmas em suas mãos (Ap 7.9).
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    10. “E clamavam com grande voz, dizendo: Até quando, ó verdadeiro e santo Dominador, não julgas e vingas o nosso sangue dos que habitam sobre a terra?”.
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    I. “…ó verdadeiro e santo Dominador”. Esta cena se passa no céu, no terceiro céu. Pensamos que a Grande Tribulação teve entre o (1º, 2º e 3º selos) respectivamente. Debaixo do altar estão almas de mártires da septuagésima semana profética de Daniel 9. Haverá, entre elas, almas de gentios? Cremos que sim! (7.9-14). Estes mártires não pertencem à Era da Graça, pois se o fosse jamais pediriam “vingança” contra seus inimigos, mas, sim, “bênçãos” (cf. Mt 5.44), e no lugar de usarem a palavra “Dominador” eles usariam a palavra “Salvador”. Eles, a exemplo de Cristo, foram ouvidos quanto ao que clamavam (cf. Hb 5.7 e Ap 6.11). O clamor dos santos por vingança, da parte dos mártires contra seus opressores (a Besta e seus súditos) e os que perseguem seus irmãos, ainda vivos, é comum na literatura judaica helenista. Nesse caso, no presente texto, a Besta e seus aliados são objetos da vingança esperada. “Assim foi que Policarpo advertiu o procônsul que o examinava, que existe “um fogo que espera os ímpios no julgamento vindouro, com punição eterna”.
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    11. “E foram dadas a cada um compridas vestes brancas e foi-lhes dito que repousassem ainda um pouco de tempo, até que também se completasse o número de seus conservos e seus irmãos, que haviam de ser mortos como eles foram”.
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    I. “…vestes brancas”. O branco é a aparência característica do céu. Símbolo de pureza. “Ali seus cidadões serão vestidos de branco (cf. 3.18 e 19.14). Jesus, na visão de 1.14, tinha “cabelos brancos como lã branca, como a neve”. O vencedor será vestido em vestiduras brancas. Os 24 anciãos estavam vestidos assim (4.4). Os mártires, igualmente (6.11). A multidão dos remidos, da mesma maneira (7.13, 14). Na transfiguração, as vestes de Cristo tornaram-se brancas e resplandecentes como a luz (Lc 9.29). Quando Cristo vier, os justos brilharão como o sol. Mt 13.43”. A Bíblia, já na atual, adverte; “Em todo o tempo sejam alvos os teus vestidos…” (Ec 9.8a). Eis a razão de sempre ser necessário lavar nossas vestiduras “no sangue do Cordeiro” (Ap 22.12). Deus “habita na luz inacessível” (1Tm 6.16), e seus filhos devem ser seus “imitadores” andando na luz (1Co 11.1; Ef 5.1; 1Jo 1.7). Os que se vestem de “vestiduras estanhas” ficarão fora do céu (cf. Sf 1.8 e Mt 22.11-13).
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    1. O número de seus conservos. Como em outras passagens similares, o simbolismo aritmético ocupa lugar de destaque em todo o Apocalipse. A base desse tipo de simbolismo é a persuasão de que a realidade – em todas as esferas, humanas, sobre-humanas. Existe, enfim, o simbolismo cromático. Algumas cores têm equivalências precisas, as quais transcendem a materialidade da própria cor.
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    6º selo
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    12. “E, havendo aberto o sexto selo, olhei, e eis que houve um grande tremor de terra; e o sol, tornou-se negro como saco de cilício, e a juá tornou-se como sangue”.

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    (VER O CONTEXTO DESTE VERESÍCULO EM MATEUS 24.29, QUE DIZ: “E, logo depois da aflição daqueles dias (dos 2, 3, 4, 5, selos) o sol escurecerá, e a lua não dará a sua luz”)
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    I. “…o sol tornou-se negro”. O escurecimento do sol, e da lua, está predito pelo profeta Joel (Jl 2.31). Esse fenômeno será produzido por forças sobrenaturais, descarregadas pelo poder de Deus. O leitor deve observar que a quinta taça, referida no livro do Apocalipse (16.10), será um julgamento na forma de trevas, que deixará, que os homens profundamente angustiados, já a segunda e a terceira, dessas taças, preditas no Apocalipse, prevêem modificações extraordinárias nas massas de águas, a tal ponto de serem transformadas em sangue.
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    1. E a lua tornou-se como sangue. Provavelmente, devido aos mesmos acontecimentos acima descritos, que quase apagarão a luz do sol. Ambos conjuntamente se tornarão negros “como um saco de cilício”. O “cilício” ou “crina” era um pano grosseiro, no grego hodierno, “saccos”, de onde vem o vocábulo moderno “saco”. Na qualidade, era feito de pêlos de cabra, exportado pela Cilícia. Naturalmente de cor negra, conforme o presente versículo indica, era tecido usado como sinal de luto (ver Gn 37.34 e Jl 1.8), como sinal de penitência pelos pecados cometidos (ver 1Rs 21.27), ou como sinal de oração especial, que implorava a ajuda necessária. Os pastores palestinos usavam diariamente esse tipo de tecido. João, se serve desta figura expressiva, para descrever o caráter sombrio da própria natureza durante o tempo da Grande Tribulação.
    .
    13. “E as estrelas do céu caíram sobre a terra, como quando a figueira lança de si os seus figos verdes, abalada por um vento forte”.
    .
    (VER O CONTEXTO DESTE VERSÍCULO EM MATEUS 24.29, QUE DIZ: “…E as estrelas cairão do céu”).
    .
    I. ‘…E as estrelas do céu caíram sobre a terra”. “O Senhor Jesus predisse a queda de estrelas e o abalo dos poderes dos céus: Durante o tempo da angústia de Jacó, haverá perturbação literal no firmamento. A base do contexto parece ser a passagem de Is 34.4. Os corpos celestes são conhecidos por sua fidelidade às órbitas”. A queda destas estrelas será, provavelmente, em vôo rasante sobre a face do solo, pois o texto, em si, favorece esta interpretação. O leitor deve observar com cuidado a frase: “as estrelas caíram sobre a terra, como quando a figueira lança de si os seus figos verdes”. A figueira, quando abalada por “um forte vento’, derruba os figos temporãos não lhes permitindo amadurecimento para se sazonarem devidamente. Assim também, os ventos dos juízos divinos causarão perturbações cósmicas, e as estrelas, literalmente, passarão de raspão por sobre a face do solo.
    .
    1. O estudo dos meteoritos é uma das mais jovens ciências da pesquisa humana. “Nas noites de 13 e 14 de novembro de 1833, a terra foi visitada com grande chuvas de meteoritos. O firmamento ficou literalmente tomado pelas estrelas cadentes. Novamente, em novembro de 1866, ocorreu chuva semelhante. Essas chuvas de meteoritos têm ocorrido regularmente, com cerca de 30 anos de intervalo, durante os últimos mil anos. Os cientistas, entretanto, talvez não tenham muito para esperar, porquanto, próximo do fim da Grande Tribulação, os céus gotejarão estrelas como uma árvore que deixa cair seus frutos, quando é sacudida por um vento poderoso”.
    .
    2. Uma estrela como aquela que caiu no Estado de Virgínia, Estados Unidos da América, há milhares de anos atrás, agora mataria todos os seres vivos e arrasaria todos os prédios e casas num raio de centenas de quilômetros. O choque e o calor seriam sentidos até o estado de Ohio, e uma onda de maremoto atingiria até às costas da Europa Central.
    .
    14. “E o céu retirou-se como um livro que se enrola; e todos os montes e ilhas foram removidos dos seus lugares”.
    .
    (VER O CONTEXTO DESTE VERSÍCULO EM MATEUS 24.35, QUE DIZ: “O céu e a terra passarão, mas as minhas palavras não hão de passar”).
    .
    I. “…E o céu retirou-se como um livro que se enrola”. Em Is 34.4, está predito este grande acontecimento. Os judeus entendem que o céu visível, é uma grande “cortina” em forma de “pergaminho” (cf. Sl 104.2). O Senhor Jesus, em seu imortal ensino, predisse a “passagem do céu e terra” em Mt 24.35. Tal acontecimento terá início no período sombrio da Grande Tribulação, mas só se consolidará no Grande Dia de Deus: (mil anos depois). Cf. 2Pd 3.10, 12. Para a era futura, os profetas predisseram mudanças drásticas em todo o Universo (Ag 2.6). Aceitamos que todo o “sistema” sofrerá uma mudança total, para dar lugar aos “novos céus e nova terra, em que habita a justiça”. Os acontecimentos do fim serão iminentes e universais. A terra sofrerá gigantescos terremotos, ao mesmo tempo, em vários lugares, e grandes transformações ocorrerão no firmamento. O céu retirou-se: é o que diz o presente texto. Um rolo como está aberto, ocupando imenso espaço, tal como as estrelas estão dispersas por área imensa. Porém, naquele grande dia, tudo passará impelidos pelo supremo poder da voz de Deus pessoal (Hb 12).
    .
    15. “E os reis da terra, e os grandes, e os ricos, e os tribunos, e os poderosos, e todo o servo, e todo o livre, se esconderam nas cavernas e nas rochas das montanhas”.
    .
    I. “…se esconderam nas cavernas”. O texto em foco fala-se de homens se escondendo da ira de Deus: nossos pais (Adão e Eva) se esconderam da santidade divina (Gn 3.10). Alguns acham que as grandes monarquias têm de desaparecer e que todos os “sistemas” de governos serão democráticos no mundo. Mas vemos nos versículos (15-16) que haverá reis, soldados, tribunos e militares até o fim de nossa era.
    .
    1. “Uma série de sete fenômenos na natureza (terra, sol, lua estrelas, céu, montanhas, ilhas) ferem sete (ou a totalidade) categoria de pessoas (reis, grandes (magnatas), ricos, tribunos, poderosos, servos, livres). Todos procuram escapar à justiça de Deus: procurando fugir (para onde?) ou mesmo desejam a própria destruição”.
    .
    2. “Há ainda para os homens, viajando para o grande dia da ira de Deus e do Cordeiro, uma rocha onde podem abrigar-se. Há ainda montes onde se acha segurança; costa das convulsão que sobrevirão à terra. A Rocha é a Rocha secular; os montes são os da Salvação em Cristo Jesus. Como diz o Espírito Santo: “Eis agora o tempo aceitável. Eis agora o dia da Salvação” (cf. 2Co 6.2). Os homens, procurarão se esconder da face de Deus e de Cristo, mas em vão, pois “todas as coisas estão nuas e patentes aos olhos daquele com quem temos da tratar” (Sl 139 e Hb 4.13)”. O homem, na qualidade de ser criado é obstinado, só aprende mediante a punição.
    .
    16. “E diziam aos montes e aos rochedos: Caí sobre nós, e escondei-nos do rosto daquele que está assentado sobre o trono, e da ira do Cordeiro”.
    .
    (VER O CONTEXTO DESTE VERSÍCULO EM MATEUS 23.30, DIZ QUE: “Então começarão a dizer aos montes: Caí sobre nós, e aos outeiros: Cobri-nos”).
    .
    I. “…diziam aos montes e aos rochedos”. Esta citação é tirada do livro de Oséias 10.8, que diz: “…E dirão aos montes: Cobri-nos! E aos outeiros: Caí sobre nós!” Foi também empregada por Jesus em Lucas 23.30, como advertência prévia. Esta oração é feita às montanhas que neste exato momento buscarão o aniquilamento físico por causa da intensidade e do terror da Grande Tribulação. Os homens procurarão o total aniquilamento do próprio ser, porquanto os juízos da tribulação são suficientes para levá-los à percepção deste fato: logo terão de enfrentar o juízo divino, o julgamento das almas. Este versículo nos mostra uma coisa estranha no que diz respeito aos vasos da ira: “os homens buscam a morte, e não a Deus. No dizer de Swete: “O que os pecadores mais temem não é a morte, e, sim, a presença revelada de Deus”. Isso mostra a que nível baixíssimo os homens caíram. E quão intensa precisará ser a ira de Deus para trazê-los de volta.
    .
    17. “Porque é vindo o grande dia da sua ira; e quem poderá subsistir?”.
    .
    I. “…é vindo o grande dia da sua ira”. Os textos bíblicos mostram-nos que a “ira de Deus” pode manifestar-se cada dia. Virá, porém, um dia particular reservado à manifestação da ira divina, o dia do Senhor, será o dia da ira e da indignação predita (cf. Ez 7.19; Sf 1.15, 18; Mt 3.7; Lc 21.23; Rm 2.5; 1Ts 1.10; Ap 6.17; 11.18 e ss).
    .
    1. Analisemos, pois, dois termos especiais quando à ira de Deus, usados no Novo Testamento: (a) THYMOS; (b) ORGÊ:
    .
    (aa) THYMOS. A palavra grega “thymos”, que significa “um irrompimento de ira” emprega-se no Novo Testamento. Todas as nove vezes estão no livro do Apocalipse, onde a ira divina é retratada ferindo somente os ímpios (ver 11.18; 14.8; vem sobre Babil6onia; em 14.19; 19.15; sobre os exércitos em Armagedom; em 15.1, 7; em 16.1, 19; sobre os habitantes da terra).
    .
    (bb) ORGÊ. Está segunda palavra no presente texto, é a palavra grega “orgê’. Ela significa “um estado firme de ira”, emprega-se também a respeito da ira de Deus cerca de vinte e sete vezes no Novo Testamento. No texto em foco, a “IRA” não só é de Deus, mas de um modo especial é também a IRA do Cordeiro. Seja como for, o termo “ira” quando é aplicado à pessoa de Deus ou de Cristo, não indica alguma “emoção violenta”; antes, é um termo técnico para julgamento de forma versátil sobre seus inimigos. Paulo, chama esta ira de Deus, de “IRA FUTURA”. E acrescenta: “Jesus, …nos livra da ira futura” (cf. 1Ts 1.10b).
    .
    (Apocalipse – Versículo por Versículo – Severino Pedro da Silva)
    ———————.

    fim

  78. Gorducho Diz:

    Num meu estágio onde fazíamos consultoria pra pequenas & médias empresas, nosso diretor dizia:
    O empresário só vai ler a conclusão do report. Então sejam objetivos ali: o que que ele tem que fazer;
    quanto ele vai ter que investir;
    e porque
    .
    So…
              CONCLUSÃO
     
    selos ______________________________________________________________________________
    trombetas ______________________________________________________________________________
    cavalo branco
    ______________________________________________________________________________
    cavalo negro
    ______________________________________________________________________________
    cavalo esverdeado
    ______________________________________________________________________________
    águia agourenta
    ______________________________________________________________________________

  79. Marciano Diz:

    ===============================================================
    MONTALVÃO Diz:
    JANEIRO 12TH, 2018 ÀS 2:07 PM
    /
    Essa tirei do CC, e, estou certo, Marciano vai gostar:

    ===============================================================
     
    Está certo mesmo, mas eu já conhecia. Não do CC, mas de algum livro que li.
    O tal do Stéfano deve ter lido o mesmo livro.
     
    VINICIUS, tem revelações (livro das revelações, outro nome para o livro do apocalipse) sobre a mãe desse seu colega também.
     
    Como disse o Montalvão, com um pouquinho de imaginação, encontra-se citação para tudo.
     
    Aproveite para perguntar ao seu amigo espírita O QUE, EXATAMENTE, a bíblia diz sobre Trump e o asiático maluco. ANTES que eles façam qualquer coisa, porque depois é mole.
     
    Esse livro ridículo (Apocalipse ou Revelações) fala que 144.000 crentes serão salvos, o resto vai pra cucuia.
    Os TJs já corrigiram o número, quando viram que iam se dar mal com essa contabilidade joanina. Deram um jeito de salvar o excesso de crentes.
     
    Na época em que escreveram o livro atribuído a João, eles achavam que a Terra era plana, que era no formato de um quadrado, que as estrelas eram enfeites que ficavam pendurados no céu (daí estrelas “caindo” na Terra).
     
    A Bíblia não apenas possui inúmeros erros, como é forte candidata ao livro mais contraditório e errôneo já escrito, principalmente se insistirmos em interpretá-la de forma literal. Se a interpretação for predominantemente moral, poética e “espiritual”, a grande maioria dos “erros” bíblicos fica anulada, da mesma forma que uma fábula de Esopo não é considerada “errada” por apresentar animais que falam. A Bíblia, como um livro de fábulas, também não. Ainda assim restariam erros menores, como discordâncias narrativas de várias espécies. Seria um livro de fábulas condenado ao absoluto fracasso literário. Mas quando aplicamos literalidade, marca registrada do fundamentalismo, a quantidade de erros científicos, históricos e contradições encontradas na Bíblia é pouco menor que seu número de páginas, o que demonstra que a interpretação literal da Bíblia é bastante desaconselhável. Curiosamente, são exatamente os adeptos dessa literalidade que insistem na perfeição bíblica em todos os aspectos, inclusive científicos. Para defender tal ponto de vista há vários métodos, mas que podem ser resumidos em distorções interpretativas e também na recusa de aceitação dos dados científicos.
     
    Como exemplo do último caso, temos o Criacionismo, que recusa a Teoria da Evolução das Espécies e muitas vezes o modelo cosmológico do Big Bang, além das teorias geológicas de formação da Terra. Como numa interpretação literal é impossível negar que a Bíblia descreva uma criação mítica de mundo em seis dias, há não muito mais que 6.000 anos, não parece existir alternativa ao fundamentalista a não ser recusar o conhecimento científico atual. Para o outro caso, o das distorções interpretativas, temos exemplos de conhecimentos científicos que não podem ser negados mesmo pela grande maioria dos fundamentalistas, embora ainda haja poucos que acreditem até mesmo numa Terra Plana.
     

    Como várias passagens da Bíblia mostram uma concepção de mundo primitiva, com todos os erros comuns aos antigos, não resta opção ao apologista a não ser alterar o significado destas passagens. Mas as declarações que temos aqui, são na verdade um passo ainda mais adiante. Para compensar esses versículos frágeis em termos de perfeição científica, como o episódio de Josué parando o Sol sobre Jericó, que os apologistas espertamente evitam, tentam isolar outros, para dar a impressão que a Bíblia apresentava de forma poética tal “assombrosa precisão científica”.
    Como foi visto, todos eles pecam pela distorção interpretativa e pela falta de conhecimento científico e não são os únicos. Alguns defensores bíblicos apresentam vários outros argumentos da suposta sapiência científica e atemporal do “livro sagrado”.
     
    Gn 7:11; 8:2 afirma que há fontes de água no leito do mar. Em 1948 Batiscafos descobriram.
     
    Gênesis 7:11
    No ano seiscentos da vida de Noé, no mês segundo, aos dezessete dias do mês, romperam-se todas as fontes do grande abismo, e as janelas do céu se abriram, …
     
    Nesta passagem, a Bíblia fala das fontes do Grande Abismo que despejaram as águas do Dilúvio sobre a Terra! Nada tem a ver com o mar que conhecemos, essas fontes estariam localizadas no céu, além das nuvens. Uma interpretação mais tradicional da Bíblia, evidencia uma concepção de que o mundo existia dentro de uma imensa bolha de ar numa espécie de abismo aquático, como sugere o próprio Gênesis.

  80. MONTALVÃO Diz:

    /
    Gorducho Diz:
    .
    Num meu estágio onde fazíamos consultoria pra pequenas & médias empresas, nosso diretor dizia:
    O empresário só vai ler a conclusão do report. Então sejam objetivos ali: o que que ele tem que fazer;
    quanto ele vai ter que investir;
    e porque.
    /.
    CONSIDERAÇÃO: de fato, e pastores em geral fazem isso com os fiéis: dão respostas prontas. Mas alguns podem querer saber mais, portanto melhor oferecer o maior e se não for necessário ao empresário ele extraia e examine o que achar de interesse. Por exemplo, para ter uma visão do argumento do autor, se quiser, leia apenas os “I” de cada item…

  81. Gorducho Diz:

    Mas eu queria respostas prontas…
    O cavalo esverdeado significa mortandades, certo ❓
    Quando ❓

  82. Gorducho Diz:

    Às vezes a gente não quer saber tudo:
    a demonstração da existência do limite…
    se a convergência é pontual ou pela média…
    se está sendo usada integral de Riemann ou de Lebesgue…
     
    A gente quer é o resultado do calculo ¿comprendes?

  83. MONTALVÃO Diz:

    /
    “Esse livro ridículo (Apocalipse ou Revelações) fala que 144.000 crentes serão salvos, o resto vai pra cucuia.”
    /.
    CONSIDERAÇÃO: aí é que entra a metáfora… é claro no livro, a alegoria dos 144.000 equivale a um nº completo, simbolizando a totalidade dos remidos, porém, como nada é perfeito há controvérsias. Os testemunhas de Jeová quiserem interpretar literalmente esse número e tiveram que achar destino para os demais, daí entenderam que as doze dúzias vão para o céu e os outros ficarão na Terra paradisíaca.
    .
    O texto que segue talvez ajude a compreender… perhaps…
    /
    ______________________
    Pergunta: “Quem são os 144.000?”
    .
    Resposta: O livro do Apocalipse tem sempre sido um desafio para os seus intérpretes. Esse livro é cheio de imagens vívidas e simbolismo, que muitas pessoas têm interpretado de forma diferente, dependendo das suas pressuposições do livro como um todo.
    .
    Há quatro abordagens principais para interpretar o livro de Apocalipse:
    1) Preterista (que vê todos ou quase todos os eventos no livro de Apocalipse como já tendo ocorrido antes do fim do primeiro século);
    2) Historicista (que vê o livro de Apocalipse como uma análise da história da Igreja dos tempos apóstolicos até o presente);
    3) Idealista (que vê o livro de Apocalipse como uma representação da luta entre o bem e o mal);
    4) Futurista (que vê o livro de Apocalipse como profético dos eventos que hão de vir).
    .
    Dos quatro, apenas a abordagem futurista interpreta o livro de Apocalipse com o mesmo método gramático-histórico que o resto das Escrituras. Esse método também se encaixa melhor com a declaração do livro de Apocalipse de ser profecia (Apocalipse 1:3; 22:7, 10, 18, 19).
    .
    Então, a resposta para a pergunta: “quem são os 144.000?” vai depender de qual abordagem de interpretação você usa para o livro de Apocalipse. Com exceção da abordagem futurista, todos as outras abordagens interpretam os 144.000 simbolicamente, como sendo representativos da Igreja, e o número “144,000” é simbólico da totalidade – quer dizer, do número completo – da Igreja.
    .
    Mesmo assim, ao ler a passagem de forma literal: “Então, ouvi o número dos que foram selados, que era cento e quarenta e quatro mil, de todas as tribos dos filhos de Israel” (Apocalipse 7:4), não há nada nessa passagem que encoraje a interpretação dos 144.000 de qualquer outra forma que não seja um número literal de 144.000 judeus, 12.000 tirados de cada tribo dos “filhos de Israel”. O Novo Testamento não oferece nenhum texto bem definido para substituir Israel com a Igreja.
    .

    Esses judeus foram “selados”, o que significa que eles têm uma proteção especial de Deus de todos os julgamentos divinos e do anticristo para que possam executar a sua missão durante o período da Tribulação (veja Apocalipse 6:17, em cuja passagem pessoas vão desejar saber quem vai poder suster-se da ira que há de vir).
    .
    O periodo da Tribulação é um futuro período de sete anos no qual Deus vai executar julgamento divino a todo aquele que O rejeitou, e completar seu plano de salvação para a nação de Israel. Tudo isso acontecerá de acordo com a revelação de Deus ao profeta Daniel (Daniel 9:24-27).
    .
    Os 144.000 judeus são uma espécie de “primícias” (Apocalipse 14:4) de um Israel remidido, o qual tem sido profetizado anteriormente (Zacarias 12:10; Romanos 11:25-27), e sua missão é evangelizar o mundo após o arrebatamento e proclamar o evangelho durante o período da Tribulação.
    .
    Como resultado do seu ministério, milhões (“Depois destas coisas, vi, e eis grande multidão que ninguém podia enumerar, de todas as nações, tribos, povos e línguas, em pé diante do trono e diante do Cordeiro, vestidos de vestiduras brancas, com palmas nas mãos”) vão ter fé em Cristo (Apocalipse 7:9).
    .
    Muito da confusão em relação aos 144.000 é o resultado das falsas doutrinas das Testemunhas de Jeová. As Testemunhas de Jeová clamam que 144.000 é um limite ao número de pessoas que vão reinar com Cristo no céu e passar a eternidade com Deus.
    .
    Os 144.000 têm o que as Testemunhas de Jeová chamam de esperança celestial. Aqueles que não são nascidos de novo vão gozar do que eles chamam de esperança terrestre – um paraíso na terra governado por Cristo e os 144.000.
    .
    Podemos ver claramente que o ensinamento das Testemunhas de Jeová funda uma sociedade casta depois da morte com uma classe dominante (os 144.000) e aqueles que são dominados.
    .
    A Bíblia não ensina uma doutrina de “dupla classe”. É verdade que de acordo com Apocalipse 20:4 haverá pessoas reinando no Milênio com Cristo. Essas pessoas serão da Igreja (seguidores de Jesus Cristo), santos do Velho Testamento (seguidores que morreram antes do primeiro Advento de Cristo) e os santos da Tribulação (aqueles que aceitam a Cristo durante o período da Tribulação).
    .
    Mesmo assim, a Bíblia não coloca nenhum limite numérico a esse grupo de pessoas. Além do mais, o Milênio é diferente do Estado Eterno, o qual vai ocorrer no final do Milênio. Naquela hora, Deus vai habitar conosco na Nova Jerusalém. Ele será o nosso Deus, e seremos o seu povo (Apocalipse 21:3). A herança prometida a nós em Cristo e selada pelo Espírito Santo (Efésios 1:13-14) será nossa e seremos todos co-herdeiros com Cristo (Romanos 8:17).
    https://www.gotquestions.org/Portugues/144000.html
    ___________________

  84. Marciano Diz:

    Embora tenha passado em brancas nuvens, exceto por uma instigação do Montalvão, volto ao Êxodo.
     
    Como já mencionado acima, desde o século XV até o ano 1150 AEC, o império que governa todo o território que, segundo se narra no “Hexateuco”, Moisés e Josué estavam conquistando, é o Egito. E o único império que, nessa época, podia opor resistência (e o fazia) era o Hitita.
     
    Isto foi assim até o século XII AEC, razão porque não houve um Êxodo, nem houve uma viagem de um povo hebreu partindo desde o Egito e conquistando todos os territórios até Jericó.
     
    Todos os relatos do Pentateuco (e posteriores) escritos em tempos de Josias, século VII, só tinham como propósito unificar um povo e centralizar toda sua administração mediante a formula clássica de criar uma religião e uma divindade monoteísta (que desse a este a autoridade pertinente e necessária). Para isso, os sacerdotes e escribas, tomaram todas as lendas que estes povos tinha e as uniram em um único livro, o Tanak (Antigo Testamento). O texto que veremos a seguir, o do nascimento de Moisés, é só uma pequena mostra disso. De como estes escribas, baseando-se em arquétipos anteriores, criaram personagens que deram a esse povo a linhagem que desejavam.
     
    1 – NASCIMENTO DE SARGÃO (CFR. TB. I. GENERALIDADES H. 2250 AEC)
    1 – Sua mãe e seu nascimento em segredo.
    Minha mãe era uma grande sacerdotisa. A meu pai não conheci. Os irmãos de meu pai acampavam na montanha. Minha cidade é Azupi Ranu, que está situada às margens do Eufrates. Minha mãe, a grande sacerdotisa, me concebeu e me trouxe ao mundo em segredo.

    2 – Sua mãe o deixa em uma cesta no rio.
     

    Depositou-me em uma cesta de juncos, cujas fendas ela tapou com betume. Me lançou (período iniciado por pronome oblíquo átono por conta do original) ao rio sem que eu pudesse sair da cesta.
     
    3 – Alguém o encontra e o cria.
    O rio me arrastou e me levou para a casa de Aqqi, o aguador. Aqqi, o aguador, mergulhou seu balde me puxando para fora da água. Aqqi, o aguador, me adotou e me criou como um filho. Aqqi, o aguador, me ensinou seu ofício de jardineiro.
     
    4 – Depois de adulto adquire a realeza.
    Quando era jardineiro a deusa Istar se apaixonou por mim, assim foi como exerci a realeza durante setenta anos.
     
    2 – NASCIMENTO DE MOISÉS (ÊXODO 2:1-10, SÉCULO VII AEC)
    1 – Sua mãe e seu nascimento em segredo.
    Êxodo 2:1-2
    1 – Um homem da tribo de Levi casou-se com uma mulher da mesma tribo, 2 – e ela engravidou e deu à luz um filho. Vendo que era bonito, ela o escondeu por três meses.
     
    2 – Sua mãe o deixa em uma cesta no rio.
    Êxodo 2:3-4
     
    3 – Quando já não podia mais escondê-lo, pegou um cesto feito de junco e o vedou com piche e betume. Colocou nele o menino e deixou o cesto entre os juncos, à margem do Nilo. 4 – A irmã do menino ficou observando de longe para ver o que lhe aconteceria.
     
    3 – Alguém o encontra e o cria.
    Êxodo 2:5-9
    5 – A filha do faraó descera ao Nilo para tomar banho. Enquanto isso as suas servas andavam pela margem do rio. Nisso viu o cesto entre os juncos e mandou sua criada apanhá-lo. 6 – Ao abri-lo viu um bebê chorando. Ficou com pena dele e disse: “Este menino é dos hebreus”. 7 – Então a irmã do menino aproximou-se e perguntou à filha do faraó: “A senhora quer que eu vá chamar uma mulher dos hebreus para amamentar e criar o menino? ” 8 – “Quero”, respondeu ela. E a moça foi chamar a mãe do menino. 9 – Então a filha do faraó disse à mulher: “Leve este menino e amamente-o para mim, e eu lhe pagarei por isso”. A mulher levou o menino e o amamentou.
     
    4 – Depois de adulto adquire a realeza.
    Êxodo 2:10
    Tendo o menino crescido, ela o levou à filha do faraó, que o adotou e lhe deu o nome de Moisés, dizendo: “Porque eu o tirei das águas”.
     
    http://www.quned.es/mvg/archivos_publicos/qdocente_planes/1748/textos_poa_(ii).pdf

  85. MONTALVÃO Diz:

    “Mas eu queria respostas prontas…
    O cavalo esverdeado significa mortandades, certo ❓
    Quando ❓

    /.
    CONSIDERAÇÃO: pegue, então, um textículo menor…
    /
    __________________________
    Pergunta: “Quem são os quatro cavaleiros do apocalipse?”
    .
    Resposta: Os quatro cavaleiros do apocalipse são descritos em Apocalipse 6:1-8. Os quatro cavaleiros são descrições simbólicas de eventos diferentes que acontecerão durante o fim dos tempos.
    .
    O primeiro cavaleiro do apocalipse é mencionado em Apocalipse 6:2: “Vi, então, e eis um cavalo branco e o seu cavaleiro com um arco; e foi-lhe dada uma coroa; e ele saiu vencendo e para vencer”. O primeiro cavaleiro provavelmente se refere ao anticristo, a quem autoridade vai ser dada e vai dominar todos que a ele se opõem. O anticristo é uma falsa imitação do Cristo verdadeiro, já que Cristo vai retornar em um cavalo branco (Apocalipse 19:11-16).
    .
    O segundo cavaleiro do apocalipse é mencionado em Apocalipse 6:4: “E saiu outro cavalo, vermelho; e ao seu cavaleiro, foi-lhe dado tirar a paz da terra para que os homens se matassem uns aos outros; também lhe foi dada uma grande espada”. O segundo cavaleiro se refere a guerras horríveis que vão acontecer durante o fim dos tempos.
    .
    O terceiro cavaleiro é descrito em Apocalipse 6:5-6: “Quando abriu o terceiro selo, ouvi o terceiro ser vivente dizendo: Vem! Então, vi, e eis um cavalo preto e o seu cavaleiro com uma balança na mão. E ouvi uma como que voz no meio dos quatro seres viventes dizendo: Uma medida de trigo por um denário; três medidas de cevada por um denário; e não danifiques o azeite e o vinho”.
    .
    O terceiro cavaleiro do apocalipse se refere à grande fome que acontecerá, provavelmente como resultado de guerras do segundo cavaleiro. Comida vai ser escassa, mas luxos como vinho e azeite ainda estarão prontamente disponíveis.
    .
    O quarto cavaleiro é mencionado em Apocalipse 6:8: “E olhei, e eis um cavalo amarelo e o seu cavaleiro, sendo este chamado Morte; e o Inferno o estava seguindo, e foi-lhes dada autoridade sobre a quarta parte da terra para matar à espada, pela fome, com a mortandade e por meio das feras da terra”. O quarto cavaleiro do apocalipse é um símbolo de morte e devastação.
    .
    Aparenta ser uma combinação dos cavaleiros anteriores. O quarto cavaleiro do apocalipse vai trazer mais guerras e fomes horríveis, assim como pestilências e doenças. O que é mais impressionante, ou talvez assustador, é que os quatro cavaleiros do apocalipse são apenas “precursores” de julgamentos ainda piores que virão mais tarde durante a Tribulação (Apocalipse capítulos 8-9 e 16).
    .
    https://www.gotquestions.org/Portugues/quatro-cavaleiros-apocalipse.html

  86. Marciano Diz:

    Esse monte de interpretações (de dezenas de milhares de denominações cristãs) não vale nada.
    A bíblia foi escrita, em quase a totalidade, para ser lida (os livros que a compõem) literalmente.
    Interpretações tem para todos os gostos.
     
    Amanhã mesmo, qualquer um de nós pode fundar mais uma igreja, inventar novas interpretações.
     
    Claro que os escritos originais foram compostos por dezenas de pessoas, não existem mais (só cópias) e foram modificados ao longo de séculos.
    Mesmo assim, é pouco para os crentes. Aí eles suprimem livros, acrescentam outros, interpretam, etc.

  87. Marciano Diz:

    As “palavras dos deuses” variam de acordo com o grupo e a época.
    A mitologia grega, egípcia, nórdica, etc., já eram.
    Restam as mitologias judaico-cristãs (cristianismo e suas variantes, islamismo e suas variantes, judaísmo e suas variantes), as hinduístas e outras.
    Tudo farinha do mesmo saco.

  88. MONTALVÃO Diz:

    /
    Como se pode ver, com as adaptações adequadas, o apocalipse pode ser aplicado a várias épocas, pois as carestias, guerras, fomes, devastações são eventos comuns na história da humanidade.

  89. MONTALVÃO Diz:

    /
    Marciano e eu escrevemos quase ao mesmo tempo, mas não existe conluio intelectual entre nós, talvez telepático, se houvesse telepatia…

  90. MONTALVÃO Diz:

    /
    Vinicius, seu amigo deve ter tirado a interpretação dele desse vídeo ou de algum parecido. Conforme vê, o apocalipse é adaptável ao gosto do freguês…
    /
    https://www.youtube.com/watch?v=ADxNkXk9PPo

  91. Marciano Diz:

    Estou precisando mesmo de me comunicar telepaticamente contigo, Montalvão.
    Se fosse só com você, seria fácil, mas deve ter umas oitocentas comunicações telepáticas na minha pineal, por isso, talvez só as veja amanhã.
    Então, responderei.
    Desculpe a demora.
    VINICIUS,
     
    Não deixe de ver as revelações sobre a mãe do seu amigo, no livro das revelações, também conhecido como livro do apocalipse.
     
    E não se esqueça de pedir ao seu amigo para que seja mais específico com relação a TRUMP e china maluco, ANTES de qualquer coisa.
     
    Interpretar depois, é coisa de parapsicólogos, economistas, meteorogistas, etc.
     
    Eles dizem exatamente o que vai acontecer e DEPOIS explicam direitinho por que não aconteceu.
     
     
    Ah! Não deixe seu amigo fazer previsões tipo shotgunning. Atira pra todo lado, cobre todas as hipóteses possíveis, ainda que inconciliáveis, depois vem dizer que acertou.

     
    Exemplos:
    TRUMP E JAPA vão fazer guerra – não vão fazer guerra – vão ameaçar, mas só vão ciscar, como galinhas, só cocoricó – vão mudar de sexo e casar um com o outro, etc.
     
    Tem de ser preciso!
    Mostrar o porvir, sem enrolação.

  92. Marciano Diz:

    Também não valem profecias como as de FG, que o tempo está próximo (HDMA), etc.
    Senão, os anos passam e você nunca pode conferir.
    Fica sempre para depois.

  93. Marciano Diz:

    Pôncio Pilatos, Bispo Atanásio, Pedro Álvares Cabral, Napoleão I, todos morreram esperando o cumprimento das profecias.
    Daqui HDMA vai nascer gente (boba) que vai morrer aos 98 anos, esperando o cumprimento dessas profecias milenares.
    Até lá, vão surgir mais umas vinte mil interpretações e 17 milhões de denominações cristãs, fora as religiões que serão inventadas, novos deuses, etc.
     
    Vai estar todo mundo esperando para fazermos contato com os ETs.
    O tempo passa e não muda nada.
    Só na forma, na aparência.

  94. Marciano Diz:

    Horus, o filhinho querido de Osíris e Ísis que o diga.

  95. Marciano Diz:

    meteorologistas.
    Faltou o LO.
    Acontece. Com frequência.

  96. Marciano Diz:

    Por que os chamados doze apóstolos (ou discípulos) foram inventados se já, supostamente, existia um rabino itinerante chamado Jesus, transmitindo a sua mensagem ao mundo?
     
    A resposta a estas questões reside na política da igreja primitiva. O cristianismo condensa uma grande variedade de mistérios judaicos, pagãos e outras associações. E chegou um momento de forte concorrência entre estas organizações. Um grupo de judeus proto-cristãos alegava que a sua igreja era a autêntica só porque supostamente foi fundada por homens (os apóstolos) que tiveram visões de Jesus ressuscitado. Contra isso as igrejas paulinas (gentios) respondiam: “A nossa é autêntica, porque nosso fundador, Paulo também teve visões de Cristo e Cristo foi bem específico”. A igreja judaica só poderia bater os seus rivais, acrescentando alguns detalhes a mais na história de sua suposta fundação: que os apóstolos que a fundaram, não só tiveram visões de Cristo ressuscitado, mas que também haviam comido e estudado com ele antes de morrer. Isto fez com que sua igreja tivesse muito mais autoridade do que a igreja daqueles cujos fundadores tiveram apenas visões. Assim a invenção dos doze apóstolos levou à invenção dos doze discípulos. Provavelmente uma das igrejas judaicas foi liderada por doze dos chamados apóstolos (talvez equivalentes aos “pilares” mencionados em Gálatas 2:9), um para cada uma das tribos imaginárias de Israel.
    Gálatas 2:9 E conhecendo Tiago, Cefas e João, que eram considerados como as colunas, a graça que me havia sido dada, deram-nos as destras, em comunhão comigo e com Barnabé, para que nós fôssemos aos gentios, e eles à circuncisão;
     
    Quando no curso dos acontecimentos eclesiásticos tornou-se necessário criar um número de discípulos como a primeira encarnação da fé cristã, existia uma dificuldade menor: Nem doze discípulos, nem Jesus existiram de verdade. O que fazer? Assim como muitos evangelistas acharam útil para imitar os temas do Antigo Testamento e inventar as histórias para que Jesus existisse, (por exemplo, transformando-o em um novo Moisés), o autor de Marcos (o mais antigo dos Evangelhos oficiais) foi escavar no Antigo Testamento à procura de um modelo de participação dos discípulos. O melhor que podia encontrar era a história de Elias, quando ele chamou o seu discípulo Eliseu. (Dai vem a transfiguração, casualmente com Moisés e Elias). Esse foi um começo. Em Marcos 1:16-39 há uma história sobre a vocação de quatro dos discípulos e integrados na narrativa das aventuras de Jesus.
     
    Os quatro nomes inseridos nesta história são Simão (que ainda não é “Pedro”), seu irmão André, Tiago e João, ambos os filhos de Zebedeu (recebem o apelido de “Boanerges, filhos do trovão” da história correspondente contada em Marcos 3:13-19). A importância de Simão (Pedro) já estudamos anteriormente, mas a de André (Andrés significa “viril”, é um nome grego, não hebraico) não é muito clara. Ele pode ser criado como um símbolo dos judeus helenizados que foram o foco de muita controvérsia na igreja primitiva. Simão e João, no entanto, podem ter um significado astrológico. Nome de Zebedeu se assemelha ao Velho Babilônico Zalbatanu, equivalente a Jupiter “que produz o Trovão”, e assim Tiago e João seriam os filhos do trovão.
     
    Marcos 2:14, é uma passagem que parece ter caído por acaso no texto (possivelmente interpolação posterior), conta uma história sobre como Jesus conseguiu um discípulo, um cobrador de impostos chamado Judas, filho de Alfeu. Tanto Judas como Alfeu parecem ter um propósito simbólico. Judas, desde logo, simboliza a tribo sacerdotal dos levitas-israelitas que se acredita, tinham servido a Moisés cuidando do culto no velho tabernáculo, um culto agora se acredita ter sido substituído pela adoração de Cristo. Nome de Alfeu, ao que parece, têm um significado astrológico. Provavelmente derivado de “alpu” Babilônia, que significa “touro” (Taurus), um nome do deus Marduk, ou do signo de Touro. Aparentemente, o objetivo da história deste discípulo é reduzir o sacerdócio de antigos líderes da religião israelita, a de simples estudantes aos pés de seu novo mestre Jesus. Finalmente, consideremos a terceira história sobre os discípulos, detalhada em Marcos 3:13-19. Assim como a história de Judas, esta também parece gratuitamente introduzida no meio de uma narrativa não relacionada (outra interpolação?). É nesta história que se falsifica a conexão entre discípulos e apóstolos. É aqui, finalmente, temos uma lista de todos os doze discípulos e implicitamente, todos os doze apóstolos:
     
    Marcos 3:13-19 13 – E subiu ao monte, e chamou para si os que ele quis; e vieram a ele. 14 – E nomeou doze para que estivessem com ele e os mandasse a pregar, 15 – E para que tivessem o poder de curar as enfermidades e expulsar os demônios: 16 – A Simão, a quem pôs o nome de Pedro, 17 – E a Tiago, filho de Zebedeu, e a João, irmão de Tiago, aos quais pôs o nome de Boanerges, que significa: Filhos do trovão; 18 – E a André, e a Filipe, e a Bartolomeu, e a Mateus, e a Tomé, e a Tiago, filho de Alfeu, e a Tadeu, e a Simão o Zelote, 19 – E a Judas Iscariotes, o que o entregou.
     
    Embora nem todos tenham sido nomeados em uma só ocasião, não deveríamos esperar que a narrativa explicasse os passos pelos quais passou esse colégio sagrado, para que fosse mais coerente? Temos pelo menos três histórias independentes na tentativa deste velho evangelho em contar as origens do primeiro conselho diretor da igreja. Ainda assim, apesar da alegação de que havia doze deles, a combinação das três histórias dá um total de treze, não doze discípulos. Não é uma tentativa do autor de Lucas de atenuar e encobrir esta situação embaraçosa quando diz (Lucas 6:13) que Jesus “E, quando já era dia, chamou a si os seus discípulos, e escolheu doze deles, a quem também deu o nome de apóstolos:”?
     
    A motivação política por trás da criação dos discípulos e apóstolos pode ser claramente vista especialmente no contraditório relato do chamado aos discípulos, no Evangelho de João. A história do capítulo 1:35-37 conta como João Batista perdeu dois dos seus discípulos (André e outro não especificada) para Jesus quando ele simplesmente atravessou o Batistério na imaginária “Betânia do outro lado do Jordão”. O escritor de João, previamente, fez com que Batista confessasse a Jesus sua inferioridade e depois lhe faz perder seus discípulos a quem iria se tornar o vencedor da competição entre os séculos I e II. Esta história também faz com que Jesus consiga a Simão (que já aqui é conhecido como Pedro) e também a dar-lhe o apelido aramaico de Cefas, equivalente a Pedro, “Pedra”. Tudo isto faz sentido se no momento em que esta história foi escrita existia intensa competição entre uma igreja proto-cristã, um culto ao Batista por um lado e um culto de Pedro por outro. Os rivais são subjugados e têm a importância reduzida para puxar o arado para Cristo. Fácil, a simples invenção de um messias chamado Jesus não seria o suficiente para vencer a grande quantidade de primitivas igrejas cristãs romanas que começavam a surgir, eles precisavam de um Messias superior aos tantos que pululavam por ali. Simples, adicionando doze “discípulos-apóstolos-amigos-cúmplices-herdeiros” que foram testemunhas diretas do poder desse Jesus-messias e que após a sua morte seriam responsáveis por difundir a sua teologia em todo o Ocidente. Sem dúvida, um plano infalível e comprovado com o sucesso enorme da atual igreja cristã.

  97. Marciano Diz:

    Por que 12?
    Lista de citações bíblicas do número 12
     
    Gênesis 5:8, Gênesis 14:4, Gênesis 17:20, Gênesis 25:16, Gênesis 35:22, Gênesis 42:13, Gênesis 42:32, Gênesis 49:28, Êxodo 15:27, Êxodo 24:4, Êxodo 28:21, Êxodo 39:14, Levítico 24:5, Números 1:44, Números 7:3, Números 7:84, Números 7:86, Números 7:87, Números 17:2, Números 17:6, Números 29:17, Números 31:5, Números 33:9, Deuteronômio 1:23, Josué 3:12, Josué 4:2, Josué 4:3, Josué 4:4, Josué 4:8, Josué 4:9, Josué 4:20, Josué 8:25, Josué 18:24, Josué 19:15, Josué 21:7, Josué 21:40, Juízes 19:29, Juízes 21:10, 2 Samuel 2:15, 2 Samuel 10:6, 2 Samuel 17:1, 2 Samuel 21:20, 1 Reis 4:7, 1 Reis 4:26, 1 Reis 7:15, 1 Reis 7:25, 1 Reis 7:44, 1 Reis 10:20, 1 Reis 10:26, 1 Reis 11:30, 1 Reis 16:23, 1 Reis 18:31, 1 Reis 19:19, 2 Reis 3:1, 2 Reis 8:25, 2 Reis 21:1, 1 Crônicas 6:63, 1 Crônicas 9:22, 1 Crônicas 15:10, 1 Crônicas 25:9, 1 Crônicas 25:10, 1 Crônicas 25:11, 1 Crônicas 25:12, 1 Crônicas 25:13, 1 Crônicas 25:14, 1 Crônicas 25:15, 1 Crônicas 25:16, 1 Crônicas 25:17, 1 Crônicas 25:18, 1 Crônicas 25:19, 1 Crônicas 25:20, 1 Crônicas 25:21, 1 Crônicas 25:22, 1 Crônicas 25:23, 1 Crônicas 25:24, 1 Crônicas 25:25, 1 Crônicas 25:26, 1 Crônicas 25:27, 1 Crônicas 25:28, 1 Crônicas 25:29, 1 Crônicas 25:30, 1 Crônicas 25:31, 2 Crônicas 1:14, 2 Crônicas 4:4, 2 Crônicas 4:15, 2 Crônicas 9:19, 2 Crônicas 9:25, 2 Crônicas 33:1, 2 Crônicas 34:3, Esdras 2:6, Esdras 2:18, Esdras 6:17, Esdras 8:24, Esdras 8:31, Esdras 8:35, Neemias 5:14, Neemias 7:24, Ester 2:12, Salmos 60:1, Jeremias 52:20, Jeremias 52:21, Ezequiel 29:1, Ezequiel 43:16, Ezequiel 47:13, Daniel 4:29, Mateus 9:20, Mateus 10:1, Mateus 10:2, Mateus 10:5, Mateus 11:1, Mateus 14:20, Mateus 19:28, Mateus 20:17, Mateus 26:14, Mateus 26:20, Mateus 26:47, Mateus 26:53, Marcos 3:14, Marcos 4:10, Marcos 5:25, Marcos 5:42, Marcos 6:7, Marcos 6:43, Marcos 8:19, Marcos 9:35, Marcos 10:32, Marcos 11:11, Marcos 14:10, Marcos 14:17, Marcos 14:20, Marcos 14:43, Lucas 2:42, Lucas 6:13, Lucas 8:1, Lucas 8:42, Lucas 8:43, Lucas 9:1, Lucas 9:12, Lucas 9:17, Lucas 18:31, Lucas 22:3, Lucas 22:30, Lucas 22:47, João 6:13, João 6:67, João 6:70, João 6:71, João 11:9, João 20:24, Atos 6:2, Atos 7:8, Atos 19:7, Atos 24:11, Atos 26:7 ,1 Coríntios 15:5, Tiago 1:1, Apocalipse 7:5, Apocalipse 7:6, Apocalipse 7:7, Apocalipse 7:8, Apocalipse 12:1, Apocalipse 21:12, Apocalipse 21:14, Apocalipse 21:16, Apocalipse 21:21, Apocalipse 22:2.
     
    Favor conferir. Se faltar algum 12, avisem-me.
     
    Apesar de todas as exceções e discussões, os doze servem a uma função claramente zodiacal nos evangelhos e a natureza do deus-Sol Jesus torna-se clara como cristal quando se examina a história inicial do culto cristão (Escavações sob Vaticano revelaram o um mosaico de Cristo como o deus-sol Hélios, com carro solar, cavalos e tudo!).
     
    “Cristo como Sol Invictus” mosaico de bóveda de finais do século III encontrado nas grutas sob a Basílica de São Pedro no Vaticano, no teto da tumba do Papa Júlio I.
    https://en.wikipedia.org/wiki/Tomb_of_the_Julii#/media/File:Christus_Sol_Invictus.jpeg
     
    A narrativa principal do evangelho de Marcos é levada a um fim em doze meses (sugestivamente solar) e alguns estudiosos têm pensado que a versão original do Evangelho de Marcos tinha uma estrutura de doze partes, tipo o equivalente cristão dos Doze Trabalhos de Hércules (outro salvador deificado).
     
    Em trabalhos posteriores, no entanto, o tempo do ministério de Jesus é aumentado, até três anos no último Evangelho de João. Em qualquer caso, os objetivos e as crenças das várias igrejas que controlavam a escrita dos evangelhos, mudaram de tempos em tempos, o que a princípio pode ter sido um padrão claro ficou obscuro quando mais material foi inserido nos textos sagrados e quando algum material provavelmente foi excluído.
     
    AS 12 TRIBOS ASTROLÓGICAS
     
    A solidariedade de Jesus e a natureza zodiacal dos doze é ainda mais acentuada pelo fato de que os últimos são relacionadas com as míticas Doze Tribos de Israel:
     
    Em Mateus, Jesus disse:
    Mateus 19:28 28 – E Jesus disse-lhes: Em verdade vos digo que vós, que me seguistes, quando, na regeneração, o Filho do homem se assentar no trono da sua glória, também vos assentareis sobre doze tronos, para julgar as doze tribos de Israel.
     
    Jó já tinha nos mostrado de forma muito direta a enorme influência que a astrologia tinha no Velho Testamento.
     
    Jó 38:31-33 31 – Podes atar as cadeias das Plêiades, Ou soltar as ataduras do Órion? 32 – Ou fazer sair as constelações a seu tempo, e guiar a ursa (Ursa Maior) com seus filhos? 33 – Sabes tu as ordenanças dos céus, ou podes estabelecer o seu domínio sobre a terra?
     
    O lado esotérico da astrologia é a base de todas as religiões e assim, seja o caso das 12 tribos de Israel (em relação aos 12 signos do Zodíaco), ou as 12 portas da Nova Jerusalém, ou os 12 filhos de Jacó, ou os 12 apóstolos de Jesus (que teve 72 instrutores em relação aos 72 semidecanos do zodíaco e 360 membros, simbolizando os 360 graus do círculo do zodíaco), em todos os lugares se encontram os valores correspondentes aos 24 meios signos, aos 7 planetas ou aos 4 signos fixos, como estão tão claramente mencionados no Apocalipse ou o Livro de Ezequiel.
     
    Apocalipse 4:4-7 – Havia também ao redor do trono vinte e quatro tronos; e sobre os tronos vi assentados vinte e quatro anciãos, vestidos de branco, que tinham nas suas cabeças coroas de ouro. 5 – E do trono saíam relâmpagos, e vozes, e trovões; e diante do trono ardiam sete lâmpadas de fogo, as quais são os sete espíritos de Deus; 6 – também havia diante do trono como que um mar de vidro, semelhante ao cristal; e ao redor do trono, um ao meio de cada lado, quatro seres viventes cheios de olhos por diante e por detrás; 7 – e o primeiro ser era semelhante a um leão; o segundo ser, semelhante a um touro; tinha o terceiro ser o rosto como de homem; e o quarto ser era semelhante a uma águia voando. Ezequiel 1:5 e 10 5 – E do meio dela saía a semelhança de quatro seres viventes. E esta era a sua aparência: tinham a semelhança de homem; 10 – e a semelhança dos seus rostos era como o rosto de homem; e à mão direita todos os quatro tinham o rosto de leão, e à mão esquerda todos os quatro tinham o rosto de boi; e também tinham todos os quatro o rosto de águia;

  98. Marciano Diz:

    AS MORTES FICTÍCIAS DOS APÓSTOLOS
     
    (Texto divido em duas partes, para não ser bloqueado pelo poltergeist)
    E para pôr a cereja no bolo da fantasiosa história dos 12 apóstolos/discípulos de Jesus, não poderiam eles morrer senão de forma trágica, martirizada e violenta, tal como ocorreu a seu mestre e tutor, o fantástico Jesus de Nazaré. Os doze discípulos escolhidos pelo próprio Senhor “tinham” que morrer simbolizando a famosa frase de Jesus “oferecendo a outra face”, desta forma esses “heróis” ganharam a coroa do martírio e se uniram ao Senhor no céu. Estas mortes inspiraram a gerações de nobres cristãos, que em última instância, ensinaram aos romanos ávidos de sangue os valores cristãos da compaixão e o amor fraternal. Bem, isso é o que nos diz o mito. Como já dissemos, não há evidências para corroborar a existência dos doze apóstolos e absolutamente nenhuma evidência para a diversidade das “mortes” que os mártires supostamente sofreram. A própria Bíblia menciona a morte de apenas dois apóstolos, um Tiago que foi condenado à morte por Herodes Agripa (Atos 12,1-2) e o desagradável Judas Iscariotes, que teve várias mortes, porque foi o bandido do filme. ANTES QUE MONTALVÃO PERGUNTE, VOLTO A FALAR DAS VÁRIAS MORTES DE JUDAS, MAIS ADIANTE.
    Do resto dos apóstolos não se sabe nada, só o que contam as tradições. Lendas e tradições foram inventadas pelas primeiras igrejas no início de sua luta por legitimidade e autoridade, desde que fossem inspiradores contos de heroísmo e de martírio. A abundância desses conflitos e de mortes alternativas são um testemunho eloquente de que o homem-deus Jesus nunca existiu, nem seus companheiros.
     
    1. Pedro (também conhecido como Simão, Cefas).
     
    Decapitado por Nero? …, Não, não mesmo!
    Esta lenda foi inventada pelo Papa Aniceto (156-166), na segunda metade do século II, quando foi pego em um conflito com o venerável Policarpo de Esmirna. Policarpo tentou ganhar o argumento (sobre a data da Páscoa), insistindo em que ele falava com a autoridade do apóstolo João. Em resposta, Aniceto apelou a Pedro, e o “Príncipe dos Apóstolos”, bateu João. Os textos do segundo século, conhecidos como “Clementinas” haviam feito de Pedro o “primeiro bispo de Roma” e em outra invenção do século III foi dado a ele 25 anos de pontificado, o que tornou um pouco difícil dizer que foi morto por Nero, mas isso é “tradição”. No segundo século o Pai da Igreja Orígenes, imaginou um colorido epílogo: Pedro, sentindo-se indigno de ser crucificado da mesma maneira como seu Senhor escolheu a opção “B”, a crucificação com a cabeça para baixo!
     
    2. Tiago, filho de Zebedeu (Tiago Maior).
     
    Atos 12:1-2 diz simplesmente: 1 – E por aquele mesmo tempo o rei Herodes estendeu as mãos sobre alguns da igreja, para os maltratar; 2 – E matou à espada Tiago, irmão de João.
     
    Mais tarde a lenda acrescenta a extraordinária explicação de que o oficial da guarda romana que custodiava Tiago converteu-se ao cristianismo no mesmo lugar e então foi decapitado junto com ele! E, claro, antes de tudo isso, na Judéia, ele teve tempo para fazer uma viagem ao norte da Espanha. Por isso é o santo padroeiro da Espanha. Por volta do ano 813, um eremita cristão chamado Paio (Pelayo), bispo galego Teodomiro, de Iria Flavia (na Espanha), disse que tinham visto luzes pairando sobre uma floresta desabitada. Lá eles encontraram uma sepultura onde um corpo foi decapitado com a cabeça debaixo do braço. Eles assumiram que era o corpo do apóstolo. Sobre os restos que permanecem sob catedral de Compostela jamais se fizeram testes científicos e sua autenticidade foi questionada em diversas ocasiões.
     
    3. João, filho de Zebedeu.
     
    Este tipo teve que ser mantido vivo por tempo suficiente para cuidar de Maria, dirigir a igreja em Éfeso, escrever o Livro do Apocalipse e escrever seu próprio evangelho. Inclusive sobrevive mesmo após de ser fervido em óleo e depois lhe dão uma morte natural! Na verdade, João Zebedeu desaparece a partir do inicio de Atos, ao mesmo tempo seu irmão Tiago é dramaticamente eliminado da história. A última referência a João é também o versículo 12:2. De Atos 12:12 em diante é tratado como outro João “de sobrenome Marcos” (um personagem superficial que, no entanto, lhe é atribuída a autoria do primeiro Evangelho). A queda iminente dos irmãos “filhos do trovão” é na realidade preconcebida no Evangelho de Marcos (e embelezada em Mateus, onde a Sra. Zebedeu é quem fala). As “crianças” pedem bancos da frente no além e Jesus não quer ter nada a ver com isso:
     
    Marcos 10:35-41 35 – Nisso aproximaram-se dele Tiago e João, filhos de Zebedeu, dizendo-lhe: Mestre, queremos que nos faças o que te pedirmos. 36 – Ele, pois, lhes perguntou: Que quereis que eu vos faça? 37 – Responderam-lhe: Concede-nos que na tua glória nos sentemos, um à tua direita, e outro à tua esquerda. 38 – Mas Jesus lhes disse: Não sabeis o que pedis; podeis beber o cálice que eu bebo, e ser batizados no batismo em que eu sou batizado? 39 – E lhe responderam: Podemos. Mas Jesus lhes disse: O cálice que eu bebo, haveis de bebê-lo, e no batismo em que eu sou batizado, haveis de ser batizados; 40 – mas o sentar-se à minha direita, ou à minha esquerda, não me pertence concedê-lo; mas isso é para aqueles a quem está reservado. 41 – E ouvindo isso os dez, começaram a indignar-se contra Tiago e João.
     
    Assim, enquanto na carreira terrena de Jesus, os irmãos Tiago e João (os “filhos do trovão”, Marcos 3:7) são proeminentes, a história da igreja primitiva inventa um novo Tiago, “o irmão de Jesus” e um novo João, companheiro de Paulo e Barnabé. Sabemos pouco sobre ambos, apesar da morte de Santiago Damneus (Josefo, Antiguidades 20,9) fornecer a base para o fantasioso martírio de seu irmão Tiago, amado dos apologistas cristãos.
     
    4. André, irmão de Pedro.
     
    André foi o primeiro apóstolo chamado por Jesus e lhe dá uma maravilhosa carreira que abrange tudo, desde Cítia para a Grécia, da Ásia Menor à Trácia. Este homem, aparentemente, tinha uma opção “C” no seu cardápio da crucificação: em uma cruz transversal em forma de X. Aparentemente, isso lhe permitiu poder continuar a pregar por três dias (para evitar o tédio). De fato, conta a tradição que foi crucificado na cidade de Patras. Desnecessário será dizer que é o santo padroeiro não só dessa cidade, mas de países como a Grécia, Rússia, Romênia, Escócia, Ucrânia, Malta, Sicília. Um apóstolo digno de todos.
     
    5. Felipe
     
    É um pouco confuso, na verdade existem dois Felipes. O apóstolo original desaparece da história depois de testemunhar a ascensão de Jesus ao céu, a partir do Monte das Oliveiras. Filipe e o resto da banda voltam para o cenáculo em Atos 1:13. Mas em Atos 6:5 um segundo Felipe é escolhido como uma das sete pessoas sob a responsabilidade de alimentar as viúvas. Segundo a tradição, vai pregar em Hierápolis (atual Turquia) onde morre em idade avançada, sendo seus restos enterrados ali. Acredita-se que seus restos mortais foram transferidos mais tarde para Constantinopla e daí para a Igreja dos Doze Apóstolos em Roma Atualmente existem dois túmulos do mesmo apóstolo ou dois “Felipes” diferentes. Apóstolos extras nunca são problema!
     
    6. Bartolomeu (Natanael segundo João)
     
    Este viajante extraordinário (Índia, Pérsia, Armênia, Etiópia e sul da Arábia), milagrosamente conseguiu ser crucificado, esfolado vivo (!) e decapitado na Índia e na Armênia. Muito impressionante. Uma igreja em Roma alegou ter a maioria de seu corpo, mas no século XI Canterbury obteve bons lucros com seu braço! (Venerado na catedral de Canterbury) Seu emblema é a faca de esfolar. Cool!

  99. Marciano Diz:

    Restante:
     
    7. Mateus (Levi, filho de Alfeu)
     
    Esse indivíduo também teve que ser mantido vivo por tempo suficiente para escrever seu evangelho (pelo menos 20 anos após a suposta morte de Cristo). Credenciado com 15 anos em Jerusalém, foi a missões para a Pérsia e a Etiópia e, claro, o martírio em ambos os lugares. De acordo com a iconografia medieval usava óculos (que ainda não tinham sido inventados – outro milagre?), talvez para contar o dinheiro de impostos. Ele é citado apenas em Atos (Atos 1:13). É também um dos poucos discípulos mencionados pelo nome no Evangelho apócrifo de Tomás. De acordo com Eusébio de Cesaréia, ele pregou por quinze anos na Judéia, onde ele escreveu seu evangelho em torno dos 80 anos. De acordo com Rufino, foi então para a Etiópia. Algumas tradições dizem que ele foi martirizado na Etiópia. Em vez disso, segundo Epifânio de Salamis (Bispo de Chipre), Mateus morreu em Hierápolis e quem foi martirizado na Etiópia foi Matias, o substituto de Judas Iscariotes. Em fim, não importa quem foi martirizado, o que realmente importa é que os discípulos de Jesus sofram dor e tortura. Segundo a tradição, seus restos são preservados em Salerno (Itália).
     
    8. Tomás Dídimo (o gêmeo)
     
    Outro grande viajante, visto por toda parte da Pártia à Kerala no sul da Índia. A Tomás se atribui a evangelização do Oriente. Uma invenção do século quarto, muito apropriadamente, também recebe dois martírios, um na Pérsia e outro na Índia. Inclusive teve um enterro na Síria. Outro local de descanso é Mylapore, onde foi reivindicado pelos portugueses no século 16. É mais famoso por sua “dúvida” e tem uma série de escritos apócrifos.
     
    9. Tiago, filho de Alfeu (Tiago, o Menor ou Tiago, o Justo)
     
    Os criadores de mitos realmente se inspiraram com esse sujeito. Foi jogado de mais de 30 metros de altura, do pináculo do Templo, pelos “escribas e fariseus” e sobreviveu! É claro que mais tarde foi apedrejado até a morte, arrancaram seu cérebro com uma vara e seu corpo foi serrado ao meio. Tudo isso aos 90 anos de idade!
     
    Não confundir Tiago Menor, com Tiago, irmão de Jesus (a identificação foi feita por São Jerônimo e os católicos mais tarde). Talvez toda essa confusão com os dois Tiago seja porque o serraram em duas partes! :mrgreen:
     
    10. Judas Tadeu (ou Lebeu)
     
    Judas, o apóstolo é frequentemente confundido com Judas, o irmão de Jesus e também com Judas o escritor da Epístola de Judas. No entanto, Judas (o autor da carta) é identificado como o irmão de Tiago, como um servo de Jesus e não seu irmão (Judas 1:1). Ele também fala dos apóstolos no passado, não como um deles (versículo 17 Mas vós, amados, lembrai-vos das palavras que foram preditas pelos apóstolos de nosso Senhor Jesus Cristo;
    os quais vos diziam: Nos últimos tempos haverá escarnecedores, andando segundo as suas ímpias concupiscências.
    Judas 1:17,18), por isto não pode ser identificado como um dos “doze” também. Segundo a tradição, depois de sua vida como apóstolo de Cristo, levou a mensagem deste, com o seu irmão Simão (o cananeu ou zelote), para as regiões da Galileia, Judeia, Samaria, Egito, Líbia, Eufrates, Tigre, Edessa e Babilônia, atingindo às fronteiras da Síria e da Pérsia. Segundo a tradição católica, São Simão, o zelote foi martirizado e serrado ao meio, São Judas Tadeu teve a cabeça esmagada com um martelo e foi cortado com um machado. Por isso é representado portando esses instrumentos e também um com um mandylion (aquela primeira imagem, constante do outro tópico, a de Edessa – com link e tudo).
     
    11. Simão, o cananeu (ou zelote?)
     
    A invenção veio tarde para este. Tudo que se acredita dele é uma beleza (crucificação na Pérsia e até uma crucificação a milhares de quilômetros de distância, no Reino Unido). Embora a mais aceita seja a de que morreu serrado ao meio, junto com Judas Lebeu. Acredita-se que ao entrar na cidade de Suame, foram surpreendidos pelos sacerdotes pagãos do lugar e por se recusarem a adorar seus deuses, foram condenados à morte. Ao ouvir a notícia, o rei Acabe da Babilônia, veio com seus soldados e invadiu o lugar, recolhendo os corpos de Judas Tadeu e Simão, o Cananeu, levando-os à cidade da Babilônia. Em 800, o Papa Leão III apresentou ao rei cristão Carlos Magno, um conjunto de restos mortais, afirmando que eram as relíquias dos dois santos, que séculos antes os cristãos tinham secretamente retirado da Babilônia e levado a Roma, quando os muçulmanos a invadiram. Carlos Magno acreditou nele e levou os restos à Basílica de São Saturnino, em Toulouse (França), onde são venerados atualmente.
     
    12. Judas, filho (ou irmão?) de Tiago.
     
    Nada. Alguém tem alguma inspiração de deus? Pode nos dizer alguma coisa?
     
    Sempre lembrando que Lucas reduziu o número para 12 (escolhidos), como narrado no comentário anterior.
     
    13. Levi, filho de Alfeu.
     
    Consulte o seu alter ego Mateus.
     
    14. Matias.
     
    De acordo com Atos, foi escolhido apóstolo – POR SORTEIO – após a morte de Jesus Cristo para substituir Judas Iscariotes. A fantasia o envia da Síria à Capadócia, às margens do Mar Cáspio e a um lugar muito perigoso chamado “o país dos antropófagos ” (Matias é o autor de um escrito chamado “Atos de André e Matias no país dos antropófagos”, onde conta as aventuras do apóstolo em uma aldeia de canibais, onde foi martirizado). Morre na fogueira, também morre por apedrejamento em Jerusalém (e por decapitação, claro). E quem sabe também por algum canibal pagão!

  100. Marciano Diz:

    JUDAS E SUAS VÁRIAS MORTES
     
    Se as autoridades judaicas, com seus própios agentes, quisessem realmente deter a um Jesus, supostamente o retrato de um guru que movia grandes multidões, sem dúvida não precisariam ter contratado um informante infiltrado para que este identificasse um líder tão carismático, conhecido e famoso. Menos credibilidade tem ainda o fato de que tivessem pago ‘muito dinheiro’ por um beijo no messias condenado (Marcos 14:44). O simbolismo teológico é tão evidente quanto falsa é a história.
     
    O “Judas” mítico foi uma criação gentílica e helenística de princípios do século II EC, um enfoque do próprio nome direcionado para o antijudaísmo e o antissemitismo da Igreja primitiva daquela época. Aparece como “Iscariote” porque este teria sido o nome tomado para definir um grupo rebelde chamado sicários: assassinos judeus que usavam a sicae (pequenas adagas), que foram exterminados em sua maioria pouco antes da primeira guerra judaico-romana (66 – 73AEC.
     
    Sicário (em latim: sicarius – “homem da adaga”; pl. sicarii) é um termo usado para definir um grupo extremista separatista de zelotas judeus, que tentaram expulsar os romanos e seus simpatizantes da Judeia. Os sicários utilizavam “sicae”, o termo latino para um tipo de adaga pequena, escondidas em seus mantos, a origem de seu nome. Em reuniões públicas, eles sacavam estas adagas para atacar romanos ou judeus simpatizantes, se misturando depois à multidão para escapar. Os sicários foram um dos primeiros grupos organizados cujo objetivo era a realização de assassinatos, muito antes dos assassinos do Oriente Médio e dos ninjas japoneses.
    Iscariote é uma helenização de “sicário”, cujo sufixo “ote” denota membro de ou “pertencente a” – neste caso aos sicários. O que viria a significar “Judas o Sicário” (Eisenman 1997 p 179).
     
    • “Quando Albinus chegou à cidade de Jerusalém, redobrou os esforços e tomou para si a determinação de garantir paz na terra exterminando a maior parte do movimento Sicarii”.
    • Flavio Josefo, Antiguidades judaicas (XX. 208).
     
    PERCEBAM A CONTRADIÇÃO:
     
    Mateus 27
    1 E, chegando a manhã, todos os príncipes dos sacerdotes, e os anciãos do povo, formavam juntamente conselho contra Jesus, para o matarem;
    2 E maniatando-o, o levaram e entregaram ao presidente Pôncio Pilatos.
    3 Então Judas, o que o traíra, vendo que fora condenado, trouxe, arrependido, as trinta moedas de prata aos príncipes dos sacerdotes e aos anciãos,
    4 Dizendo: Pequei, traindo o sangue inocente. Eles, porém, disseram: Que nos importa? Isso é contigo.
    5 E ele, atirando para o templo as moedas de prata, retirou-se e foi-se enforcar.
    6 E os príncipes dos sacerdotes, tomando as moedas de prata, disseram: Não é lícito colocá-las no cofre das ofertas, porque são preço de sangue.
    7 E, tendo deliberado em conselho, compraram com elas o campo de um oleiro, para sepultura dos estrangeiros.
    8 Por isso foi chamado aquele campo, até ao dia de hoje, Campo de Sangue.
     
    Atos 1
    15 Naqueles dias Pedro levantou-se entre os irmãos, um grupo de cerca de cento e vinte pessoas,
    16 e disse: “Irmãos, era necessário que se cumprisse a Escritura que o Espírito Santo predisse por boca de Davi, a respeito de Judas, que serviu de guia aos que prenderam Jesus.
    17 Ele foi contado como um dos nossos e teve participação neste ministério”.
    18 ( Com a recompensa que recebeu pelo seu pecado, Judas comprou um campo.

    19 Todos em Jerusalém ficaram sabendo disso, de modo que, na língua deles, esse campo passou a chamar-se Aceldama, isto é, campo de Sangue. )
     
    O embelezamento da lenda no século IV DC:
     
    Outra versão da morte de Judas
    Papias de Hierápolis, dá uma terceira versão sobre a morte de Judas, a acrescentar às duas existentes no Novo Testamento. Apolinário de Laodiceia, referindo-se a Judas Iscariotes, cita Papias da seguinte forma:
     

    Judas não morreu enforcado, mas continuou vivo, pois a corda foi partida antes de ele sufocar. E isto está claro nos Actos dos Apóstolos, que ele caíu de cabeça e as suas entranhas derramaram-se. E Papias, o discípulo de João, recorda isto de modo ainda mais claro, dizendo no seu quarto livro das Interpretações dos Dizeres do Senhor:
    Judas caminhou neste mundo como um terrível exemplo de impiedade. Ficou tão inchado na carne que nem sequer cabia onde uma carroça facilmente passava
    [- nem sequer a sua cabeça passava sozinha. As suas pálpebras eram tão inchadas que ele não conseguia ver a luz e os seus olhos não podiam ser vistos nem sequer por um médico com instrumentos, tal era a profundidade em que estavam.
    E os seus genitais pareciam disfigurados e nauseantes. Quando defecava, vermes saíam do seu corpo através das suas partes privadas, devido aos seus pecados. Depois de muitas agonias e punições, ele morreu no seu próprio lugar. Esse lugar está desabitado e desolado, e até hoje ninguém o pode visitar sem tapar as narinas tal foi a quantidade de imundície libertada pelo seu corpo que ficou espalhada no solo.]
    [Tendo sido esmagado por uma carroça, as suas entranhas derramaram-se.]

  101. Marciano Diz:

    Temos três opções:
     
    1. Os 12 apóstolos não foram ninguém importante.
    2. Houve uma descarada manipulação das escrituras para esconder as atividades desses apóstolos.
    3. Ou simplesmente não existiram e são apenas nomes e números criados para dar a uma igreja cristã primitiva o suporte astrológico-religioso (12 tribos de Israel, 12 apóstolos, 12 signos do zodíaco), mas em qualquer caso, essa história dos 12 “apóstolos” está muito mal contada.
     
    Os apóstolos passaram no livro de Atos de 12 para 7 e, finalmente, a um só apóstolo, Paulo, com a absoluta falta de apoio histórico, aparentemente os 12 apóstolos originais eram totalmente descartáveis. Manipulação bíblica? Bastante provável! Totalmente inventados? Muito, mas muito possível mesmo.
     
    1 Coríntios 9:1-2
    1 – Não sou livre? Não sou apóstolo? Não vi Jesus, nosso Senhor? Não são vocês resultado do meu trabalho no Senhor? 2 – Ainda que eu não seja apóstolo para outros, certamente o sou para vocês! Pois vocês são o selo do meu apostolado no Senhor.

  102. Marciano Diz:

    TIAGO
     
    Um dos nomes que mais frequentemente confundem o leitor do Novo Testamento é Tiago. Repete-se tanto que parece ter tantas personalidades diferentes, que é difícil imaginar que seja o mesmo indivíduo. Lembre-se, “Tiago” também é sinônimo de “Jacobo” ou “James” em versões em Inglês. O nome “Jacobo” (Ya’akov), assim como “Jesus”, são versões de um nome semita. “Ya`QUV” que se transformou no grego em “Iakobos”, “Jacobo” na América e, portanto, James em Inglês. Mas também existe uma alternativa que oferece uma interpretação perfeita: Jacob. Talvez um nome muito “judeu” para a Europa cristã? Tiago é um desses nomes que se repetem na Bíblia com uma frequência alarmante. (latim Iacobus, Ya’akov (יעקב ) ou Jacó).
     
    • Tiago foi irmão de sangue de Jesus, nascido da Virgem Maria.
    • [Se é Protestante, escolha esta opção]
    • Tiago foi um dos filhos de José de um matrimonio anterior.
    • [Se é Ortodoxo, escolha esta opção]
    • Tiago foi “primo” de Jesus.
    • [Se é Católico, escolha esta opção]
    • Tiago era possivelmente um líder de uma seita de judeus radicais, como os essênios ou nazarenos, cuja biografia foi canibalizada em ao menos duas pessoas (um “santo” companheiro do deus-homem Jesus e um “bispo” de Jerusalém).
    • [Se pensa por você mesmo, escolha esta opção]

  103. Marciano Diz:

    Já sei, já sei!
    Esta abundância de “Tiagos”, assim como muitos dos outros nomes dos apóstolos de Jesus, possui uma desculpa perfeita que o crente cristão utiliza desavergonhadamente e ao que parece lhe mantém com a consciência em paz: “É que muitas pessoas dessa época tinham o mesmo nome”. Com esta frase evitam muitas dores de cabeça e o esforço de tratar de explicar toda esta salada de nomes repetidos e contraditórios. Tiago, depois de tudo isso, é o santo padroeiro da Espanha e um decreto real em 1492 expulsou todos os judeus da Espanha! Bem, aos super-heróis não é conveniente buscar seus defeitos, perdem sua força e poder!
     
    Talvez a única prova medianamente confiável que acreditam ter alguns crentes cristãos sobre este estranho (e tão numeroso) Tiago, seja como sempre o nosso velho conhecido Flavio Josefo, mas não com a já amplamente desacreditada “Flavianum Testimonium” e sim a referência em Antiguidades Judaicas (20,9). Querem nos fazer crer que Tiago-James tornou-se cristão tardiamente após um encontro com o Jesus ressuscitado, isso o levou a um movimento espiritual pacífico até que encontrou uma morte gloriosa como mártir. Ele morreu tão silenciosamente quanto viveu (segundo a tradição, é claro). No entanto, a realidade é bem diferente desta fábula (uma realidade que concorda com a política real da palestina) da primeira metade do século. Quando removemos a interpolação cristã onde foi citado Tiago na referência de Josefo, fica claro que Tiago era o irmão, não de um inexistente “Jesus”, mas de Jesus bar Damneus, que foi brevemente sumo sacerdote em 63. Na rivalidade cada vez mais violenta entre duas grandes famílias que tinham controlado o sumo sacerdócio por um século, Tiago era o irmão de um dos candidatos. Junto com seus seguidores, foi eliminado pelo chefe da facção rival. Em resumo, a família “lesada” obteve o controle do Templo. Mas uma vez que o novo procurador romano se instalou, pressionou Agripa II para substituir Jesus bar Damneus por um candidato mais pró-romano e Jesus, filho de Gamaliel tornou-se sumo sacerdote.
     
    A PASSAGEM DE JOSEFO SOBRE “TIAGO” EM ANTIGUIDADES (20. 9)
     
    Vejamos agora a “famosa” referencia em Antiguidades Judaicas onde segundo os crentes, não apenas é prova de que existiu um “Tiago”, mas que também é prova “irrefutável” da existência do Jesus histórico.
     
    • “O jovem Anás que, como dissemos, recebeu o pontificado, era homem de carácter severo e de notável valor. Pertencia à seita dos saduceus, que comparados com os demais judeus são inflexíveis em seus pontos de vista, como antes indicamos. Sendo Anás deste caráter, aproveitando-se da oportunidade, pois Festo havia falecido e Albino ainda estava a caminho, reuniu o sinédrio. Chamou em julgamento o irmão de Jesus que foi chamado Cristo, seu nome era Tiago (Jacobo) e com ele fez camparecer varios outros. Ele os acusou de serem os infratores da lei e os condenou a serem apedrejados.”
    • Antiguidades (20. 9)
     
    Em algumas traduções, para preservar o “autêntico” tom da passagem, Josefo escreve “o irmão de Jesus chamado Cristo”. Mas se lermos um pouco mais adiante, no mesmo parágrafo, Josefo nos diz que houve um chamamento para um novo procurador (não sobre o apedrejamento de Tiago, mas devido à chamada do Sinédrio por Anã) e:
    Albino, convencido, enviou uma carta a Anã, na qual ele, indignado, anunciou que iria se vingar. Então o rei Agripa, depois de ter terminado o pontificado, que exerceu durante três meses, colocou no seu lugar Jesus filho de Damneo.
    • O próprio Josefo nos diz precisamente que Tiago é o irmão de Jesus bar Damneo!
     
    Obviamente, caro leitor cristão, a frase “Jesus que se chamou Cristo”, foi introduzida por um editor cristão, então esse Tiago teria sido o irmão do homem que se tornou sumo sacerdote, devido à execução de Tiago! (Atos 12.2). Além disso, a referência a “Cristo” é baseado na explicação desacreditada do termo inserido no Capítulo 18 do não menos confiável “Flavianum Testimonium”.
     
    No texto de Josefo, Jesus, filho de Damneo é o mais importante dos dois, por isso coloca o seu nome em destaque. Tiago poderia ter dado lugar a uma facção de zelosos da “lei” e ficou claro que ele tinha um irmão em altas esferas, mas isso é tudo o que podemos deduzir de Josefo. Cabe destacar que Josefo não se preocupa em mencionar a morte de Tiago em sua obra Guerra dos judeus (A qual é claramente descrita no Novo Testamento: Atos 12,2). Em seu lugar, é Anás quem conquista a simpatia Josefo:
     
    • “Não se confunda, se eu disse que a morte Anás foi o início da destruição da cidade (Jerusalém) e que a partir de hoje pode ser datada a queda de seu muro e a ruina de seus erros, sobre a qual se viu seu sumo sacerdote e o procurador de sua conservação, assassinado no meio da sua cidade.”
     
    Um pouco mais adiante, em Antiguidades 20.9.4, Josefo explica como a “facção de Anás” não só restaurou o sumo sacerdócio, mas também como o confronto entre as duas seitas espalhou sua inimizade:
     
    • “O rei privou do pontificado a Jesus filho de Damneo e deu para Jesus, filho de Gamaliel. Por este motivo nasceu entre os dois uma severa disputa. Cada um deles reuniu um grupo de homens da pior índole, que se insultavam uns aos outros e às vezes até se apredejavam.”
     
    O controle do sumo sacerdócio tornou-se mais volátil.
    Inclusive se analisarmos a ordem cronológica de “sacerdotes” da província da Judéia, notamos que há um Jesus (na verdade dois), mas eles não têm a menor ligação com o Jesus dos Evangelhos com o qual pretendem confundir e enganar ao ávido leitor crente que busca desesperadamente provas históricas de Jesus ou qualquer dos seus discípulos:
     
    Ano 18-36 anos: José Caifás, genro de Anás o maior (retirado por Vitélio). Ano 26 – Pôncio Pilatos, Prefeito.
    Ano 32 – Pomponio Flaco, legado da Síria.
    Ano 35 – Lúcio Vitélio, legado da Síria
    Ano 36 – Marcelo, Prefeito.
    Ano 36 – Jonathan, filho de Ananias (Atos 4.6) (eliminado por Vitélio).
    Ano 37 – Marulo, Prefeito. Ano 41 – o rei Herodes Agripa I.
    Ano 37 – Teófilo, filho de Anás (removido por Claudio, Imp. 41-54).
    Ano 39 – Públio Petrônio, legado da Síria.
    Ano 41 – Simão (Cantheras?), Filho de Boeto (removido por Agripa).
    Ano 41 – Vibio Marcus, legado da Síria.
    Ano 42 – Matias, filho de Anás, irmão de Jonathan (eliminado por Agripa). Ano 43 – Aljoneus (Elioneus), filho de Cantheras.
    Ano 45 – Josefo, filho de Camydus (eliminado por Agripa).
    Ano 44 – Herodes Agripa I morre. Procurador romano: Fado Cúspio.
    Ano 45 – Cassio Longino, legado da Síria.
    Ano 46 – Tibério Alexandre, procurador.
    Ano 47 – Ananias, filho de Nebedus (Atos 24).
    Ano 48 – Ventidio Cumano, Procurador.
    Ano 50 – Ummidius Quadratus, legado da Síria.
    Ano 52 – Ananias, enviados para julgamento em Roma (absolvido? voltou?).
    Ano 52 – Félix Antonio, Procurador.
    Ano 53 – Herodes Agripa II, rei da Galileia.
    Ano 53 – Jonathan, nomeado de novo (assassinado por instigação de Felix).
    Ano 58 – Ismael, filho de Phiabi (tomado como refém por Popeia, esposa de Nero, 54-68).
    Ano 60 – Domício Corbulo, legado da Síria.
    Ano 60 – Pórcio Festo, procurador.
    Ano 62 – Albino, procurador.
    Ano 61-62 – Joeseph Cabi, filho de Simão (eliminado por Agripa II).
    Ano 63 – Cestius Ano Galo, legado da Síria.
    Ano 63 – Anás, filho Anás (eliminado por Agripa II). Ano 63 – Jesus, filho de Damneo (removido por Agripa II).
    Ano 63 – Jesus, filho de Gamaliel (um protegido de Anano).
    Ano 64 – Gesio Floro, Procurador (seu roubo de ouro do templo precipitou tumultos e depois da guerra).
    Ano 65 – Matias, filho de Teófilo.
    Ano 66 – Phanias, filho de Samuel (nomeado durante a guerra).
    Ano 69 – Licínio Muciano, legado da Síria.
    Ano 70 – até o ano 135, legados romanos.
    Ano 135 – O Imperador Adriano suprime a província da Judeia, passando a ser parte da Síria-Palestina.
     
    Amigo crente da mitologia judaico-cristã, sabemos como é decepcionante buscar desesperadamente por evidências na história secular que, mesmo superficialmente endossem a existência de Jesus ou qualquer personagem bíblico. É muito frustrante, é de dar pena, já que em NENHUM caso vai encontrar alguma “prova” irrefutável, muito pelo contrário, parece que QUANTO MAIS PESQUISAR A HISTÓRIA, MENOS EVIDÊNCIA HÁ da existência desses seres bíblicos. Mas se você quer acreditar que eles existiram por “fé”, eu entendo, porque esta será a única evidência que você poderá usar, mas é óbvio que esta “evidência” não terá NENHUM VALOR para uma pessoa racional e ponderada, mas se para você e a seus alegados religiosos é suficiente, dane-se junto com eles!
     
    Como ninguém vai ler esses textos mesmo, vou parando por aqui.
     
    Descumpri minha promessa de não mais me referir a este assunto, mas mantenho minha falta de palavra, que é o mais importante.
     
    Acho que agora vou dar um tempo no assunto, for real.
    É que eu não entendi absolutamente nada da série da sobrevivência após a morte.
    Como o assunto espiritismo parece ter se esgotado e o assunto parapsicologia não atrai muita gente, como antigamente, resolvi criar uma cisão na bancada cética, cujos membros (eu abandonei o cargo, não se esqueçam) acreditam em historicidade de Jesus e da bíblia.
    Aliás, o administrador do blog também.
    Parece que estou sozinho aqui, com a existência unicamente imaginária desses personagens sagrados (os outros, como Pilatos, Herodes, etc., existiram, mas é assim em qualquer história de ficção. Existem personagens reais e fictícios. Poucas histórias têm personagens exclusivamente fictícios.

  104. Marciano Diz:

    O Novo Testamento é uma fraude ridícula, já que foi escrito vários séculos depois do Antigo Testamento, copiando e modificando mais de 400 versículos para inventar profecias falsas e o próprio Jesus com textos fora do contexto.
     
    Porque, se vós crêsseis em Moisés, creríeis em mim; porque de mim escreveu ele.
    Mas, se não credes nos seus escritos, como crereis nas minhas palavras?
    João 5:46,47
     
    E onde foi que Moisés escreveu sobre Jesus (não esquecendo do fato de que Moisés também é imaginário).
     
    O messias judaico
    1. Deveria surgir quando a Assíria entrasse nas terras de Judá; mas a Assíria se acabou sem que o messias surgisse;
    2. Deveria livrar o povo de Judá e reunir a ele o restante, Israel, estabelecendo um reino mundial, destruindo as nações que não adorassem a Yavé; porém, Josias tentou fazê-lo, mas foi morto; e os hebreus continuaram sendo massacrados pelos gentios.
     
    O messias cristão
    1. Surgiu de mais de seis séculos depois da época prevista;
    2. Não libertou seu povo, foi morto pelos romanos e o povo caiu em uma situação pior do que todas as anteriores: foi disperso pelo mundo.
     
    Os profetas judeus nunca disseram que o messias seria morto pelo inimigo, mas os cristãos usaram textos descontextualizados das escrituras hebraicas para passar esta ideia ao mundo. Nunca houve previsão profética ou promessa na lei de Moisés de que o sacrifício de animais fosse um dia ser abolido e substituído por outro tipo de sacrifico. Mas os cristãos conseguiram persuadir o mundo a crer que a morte do líder dos cristãos era um sacrifício divino para substituir os sacrifícios de cordeiros.
     
    Jeremias 22:28-30 (Bíblia católica)
    Acaso será Conias algum traste desprezível, que ninguém mais tem em conta? Por que são repelidos, ele e sua raça, e atirados a uma terra que não conhecem? Terra, terra, terra, escuta a palavra do Senhor. Eis o que diz o Senhor: Inscrevei este homem entre os que não deixaram descendência, entre aqueles que coisa alguma lograram em vida! Pois que ninguém de sua raça conseguirá ocupar o trono de Davi e reinar sobre Judá.

     
    Mateus 1:12
    E, depois do cativeiro de Babilônia, Jeconias gerou Salatiel. Salatiel gerou Zorobabel. Bla-bla-bla!
     
    Conias, Coniá, Joaquim e Jeconias são a mesma pessoa. A quem foi proibido gerar um descendente para o trono de Davi, mas segundo Mateus, Jesus é descendente de Conias e, portanto, está sob esta proibição de Deus.
     
    Com alterações propositais como esta, os biblistas vão tentando esconder erros e contradições. É preciso esquentar o messias falso a qualquer preço.
     
    Todos os evangelhos e cartas do Novo testamento foram escritos vários anos, décadas e até centenas de anos depois dos supostos fatos narrados. Portanto, no Novo Testamente nada é profecia sobre esses supostos fatos, mas relatos posteriores.
     
    No Antigo Testamento não há nenhuma profecia sobre a ressurreição, na realidade não há absolutamente nada que se refira a Jesus.
     
    Para ser o messias que Israel aguarda, Jesus teria que preencher os seguintes requisitos:
    1. Ser descendente carnal do rei Davi. Ele pode cumprir várias profecias, mas se não for descendente do rei Davi, jamais poderá herdar seu trono (2 samuel 7:12);
    2. Ser chamado “Deus justiça nossa” (Jeremias 23:5-6);
    3. Reunir todas as tribos de Israel – o reino do norte e o reino do sul;
    4. Construir o templo de Deus, em Jerusalem (2 samuel 7:13);
    5. Purificar os levitas para que possam oferecer os sacrifícios aceitáveis diante de Deus;
    6. Estabelecer a justiça (lei de Deus) e a paz na terra (Isaías 9:7);

    7. Cumprir todas as profecias relativas a ele.
    Jesus não preenche nenhum dos requisitos necessários para que seja o messias esperado pelos judeus.
     
    Como é fácil perceber, o Cristianismo se baseou em adaptações de textos descontextualizados do antigo testamento ao Jesus de Nazaré, transformando-o no messias “predito” no Tanak. Mas a realidade que a própria Bíblia mostra é que o messias prometido pelo profeta Miqueias nunca existiu, nem poderá existir. E é fácil entender a razão. Nos dias em que a Assíria tinha subjugado o reino de Israel e Judá ainda estava parcialmente livre, o profeta Miqueias predisse um libertador do povo, a quem chamou “ungido”, messias em hebraico, cristo em grego.
     
    Quando ele deveria vir e o que deveria fazer?
     
    Miqueias 5:2-15
    “2.Mas tu, Belém Efrata, posto que pequena para estar entre os milhares de Judá, de ti é que me sairá aquele que há de reinar em Israel, e cujas saídas são desde os tempos antigos, desde os dias da eternidade. 3.Portanto os entregará até o tempo em que a que está de parto tiver dado à luz; então o resto de seus irmãos voltará aos filhos de Israel. 4.E ele permanecerá, e apascentará o povo na força do Senhor, na excelência do nome do Senhor seu Deus; e eles permanecerão, porque agora ele será grande até os fins da terra. 5.E este será a nossa paz. Quando a Assíria entrar em nossa terra, e quando pisar em nossos palácios, então suscitaremos contra ela sete pastores e oito príncipes dentre os homens. 6.Esses consumirão a terra da Assíria à espada, e a terra de Ninrode nas suas entradas. Assim ele nos livrará da Assíria, quando entrar em nossa terra, e quando calcar os nossos termos. 7.E o resto de Jacó estará no meio de muitos povos, como orvalho da parte do Senhor, como chuvisco sobre a erva, que não espera pelo homem, nem aguarda filhos de homens. 8.Também o resto de Jacó estará entre as nações, no meio de muitos povos, como um leão entre os animais do bosque, como um leão novo entre os rebanhos de ovelhas, o qual, quando passar, as pisará e despedaçará, sem que haja quem as livre. 9.A tua mão será exaltada sobre os teus adversários e serão exterminados todos os seus inimigos. 10.Naquele dia, diz o Senhor, exterminarei do meio de ti os teus cavalos, e destruirei os teus carros; 11.destruirei as cidades da tua terra, e derribarei todas as tuas fortalezas. 12.Tirarei as feitiçarias da tua mão, e não terás adivinhadores; 13.arrancarei do meio de ti as tuas imagens esculpidas e as tuas colunas; e não adorarás mais a obra das tuas mãos. 14.Do meio de ti arrancarei os teus aserins, e destruirei as tuas cidades. 15.E com ira e com furor exercerei vingança sobre as nações que não obedeceram. ”
    Miquéias 1:1
    Isso foi escrito, pelo menos está dito que foi, “nos dias de Jotão, Acaz e Ezequias reis de Judá”.

     
    Disse o profeta:
    “Quando a Assíria entrar em nossa terra, e quando pisar em nossos palácios”.
    Segundo o profeta, quando a Assíria tentasse dominar Judá, surgiria o Messias e a esmagaria e libertaria Israel, estabelecendo o reino unificado de Israel sobre todas as nações, “até os fins da Terra”. O reino de Judá permaneceu parcialmente livre por bom tempo (parcialmente, porque o povo continuava em sua terra, tendo seus reis, porém pagando tributo para a Assíria). A Acaz sucedeu: Ezequias (16:20), Manassés (20:21), Amom (21:18) e Josias (21:24) o que determinou uma reforma do templo, onde dizem ter sido achado o livro da lei de Moisés (2 Reis, 22:1-8).
     
    Tudo parece ter sido elaborado, com todos os assombrosos prodígios divinos e a predição sobre Josias, para levantar o ânimo do povo na luta para reunificar o reino.
     
    Após matar os sacerdotes adoradores de outros deuses e destruir tudo que estivesse ligado à idolatria (adoração que não seja a Yavé) segundo a lei do livro, “Josias tirou também todas as casas dos altos que havia nas cidades de Samária, e que os reis de Israel tinham feito para provocarem o Senhor à ira, e lhes fez conforme tudo o que havia feito em Betel. E a todos os sacerdotes dos altos que encontrou ali, ele os matou sobre os respectivos altares, onde também queimou ossos de homens; depois voltou a Jerusalém. Então o rei deu ordem a todo o povo dizendo: Celebrai a páscoa ao Senhor vosso Deus, como está escrito neste livro do pacto” (2 Reis, 23:19-21). Ali está registrado que “não se celebrara tal páscoa desde os dias dos juízes que julgaram a Israel, nem em todos os dias dos reis de Israel, nem tampouco nos dias dos reis de Judá” (v.22).
     
    Como a própria Bíblia relata, no tempo em que deveria surgir o messias e estabelecer o reino universal e eterno, Judá passou da opressão assíria para o jugo egípcio e depois veio Babilônia, que se tornou a grande potência da época, o domínio da Assíria se acabou e o povo de Israel não foi libertado por ninguém de Judá, mas se tornou cativo de Babilônia juntamente com Judá;
    coisa bem diferente do que dizia a profecia.
     
    Depois da Babilônia, vieram os impérios Medo-Pérsia, Grécia e finalmente Roma, e, como a Assíria já nem existia mais, deveriam perceber que não haveria o tal messias.
     
    O messias deveria surgir quando a Assíria entrasse nas terras de Judá; mas a Assíria se acabou sem que o messias surgisse. O messias deveria livrar o povo de Judá e reunir a ele o restante, Israel, estabelecendo um reino mundial, destruindo as nações que não adorassem a Yavé; mas Jesus, além de vir muito fora da época determinada, se realmente tivesse existido, teria sido morto pelos romanos e o povo caiu em uma situação pior do que todas as anteriores: foi disperso pelo mundo. Como já foi dito, Jesus não foi o único que apareceu dizendo ser o messias. O livro Atos dos apóstolos afirma que, quando as autoridades pretendiam matar alguns apóstolos cristãos:
     
    Atos 5:34-39
    “34.Mas, levantando-se no sinédrio certo fariseu chamado Gamaliel, doutor da lei, acatado por todo o povo, mandou que por um pouco saíssem aqueles homens; 35.e prosseguiu: Varões israelitas, acautelai-vos a respeito do que estais para fazer a estes homens. 36.Porque, há algum tempo, levantou-se Teudas, dizendo ser alguém; ao qual se ajuntaram uns quatrocentos homens; mas ele foi morto, e todos quantos lhe obedeciam foram dispersos e reduzidos a nada. 37.Depois dele levantou-se Judas, o galileu, nos dias do recenseamento, e levou muitos após si; mas também este pereceu, e todos quantos lhe obedeciam foram dispersos. 38.Agora vos digo: Dai de mão a estes homens, e deixai-os, porque este conselho ou esta obra, caso seja dos homens, se desfará; 39.mas, se é de Deus, não podereis derrotá-los; para que não sejais, porventura, achados até combatendo contra Deus.”
     
    Após a suposta morte de Jesus, os evangelistas fizeram várias adaptações de textos do velho testamento como previsões sobre Jesus. A isso se deve o grande sucesso do Cristianismo.  
    Mateus 1:23
    “Eis que a virgem conceberá e dará à luz um filho, o qual será chamado EMANUEL, que traduzido é: Deus conosco.”
     
    Mas o tema era bem outro: o profeta falava da ingratidão do povo de Israel e do filho que nasceria da profetiza sua esposa:
     
    Isaías 7:14-17
    “14.Portanto o Senhor mesmo vos dará um sinal: eis que uma virgem conceberá, e dará à luz um filho, e será o seu nome Emanuel. 15.Manteiga e mel comerá, quando ele souber rejeitar o mal e escolher o bem. 16.Pois antes que o menino saiba rejeitar o mal e escolher o bem, será desolada a terra dos dois reis perante os quais tu tremes de medo. 17.Mas o Senhor fará vir sobre ti, e sobre o teu povo e sobre a casa de teu pai, dias tais, quais nunca vieram, desde o dia em que Efraim se separou de Judá, isto é, fará vir o rei da Assíria”.
     
    Isaías, 8:3-4
    “E fui ter com a profetisa; e ela concebeu, e deu à luz um filho; e o Senhor me disse: Põe-lhe o nome de Maer-Salal-Has-Baz. Pois antes que o menino saiba dizer meu pai ou minha mãe, se levarão as riquezas de Damasco, e os despojos de Samária, diante do rei da Assíria.”
     
    Aí ficou mais claro de quem o profeta falava. Nada tinha a ver com Jesus. O mesmo Mateus escreveu ainda outra, referindo-se a Jesus:
     
    Mateus 2:15
    “… e lá ficou até a morte de Herodes, para que se cumprisse o que fora dito da parte do Senhor pelo profeta: Do Egito chamei o meu Filho.”
     
    Outra adaptação mais furada:
    Oséias 11:1-2
    “Quando Israel era menino, eu o amei, e do Egito chamei a meu filho. Quanto mais eu os chamava, tanto mais se afastavam de mim; sacrificavam aos baalins, e queimavam incenso às imagens esculpidas.”
     
    Oseias estava falando da nação israelita, referindo-se à sua estada no Egito, nada de predição sobre ninguém. Esse é a mais grosseira das adaptações feitas pelos cristãos.  
    Além das adaptações de textos para transformar Jesus no messias, a nova doutrina, “ressurreição dos mortos”, pareceu muito atraente aos religiosos. E, assim, os cristãos conseguiram convencer muita gente e, com o passar dos séculos, até o imperador romano acreditou na história e se tornou cristão, preparando o caminho para o cristianismo sanguinário que vigorou na Roma papal. E como a história já estava bem preparada havia muito tempo, o cristianismo se ramificou em milhares de religiões e tornou-se a maior religião do mundo, tudo tendo como forte base o livro engendrado nos dias de Josias. Como o messias deveria libertar o povo e estabelecer o reino nos dias da Assíria, e a Assíria nem existe mais, e isso não aconteceu, o Messias nunca existiu nem poderá existir. Como se vê, não são os ateus nem os judeus, mas a própria Bíblia que informa que o messias não existiu, que foram os cristãos que adaptaram grosseiramente textos do Velho testamento ao seu Jesus, com o que convenceram primeiramente os povos incultos, que não tinham como conferir todos os textos, vindo posteriormente, com a crença mais fortalecida, convencer até o imperador romano, o que propiciou a expansão do cristianismo pelo mundo.
     
    E que a história dos patriarcas e profetas se constitui em boa parte de lendas, se conclui pelas avançadas análises arqueológicas atuais, que comprovam a inexistência de muitos pormenores ali registrados e da maioria dos personagens citados.
    SE O MONTALVÃO QUISER, EU PROSSIGO.
    OU NÃO. UMA DAS DUAS COISAS, COM CERTEZA.

  105. Gorducho Diz:

    Estarei tentando preparar uma CONCLUSÃO explicando o significado do Apocalipse.
     
     
    HINT: acho que se refere à próxima (em 2059) Transição Planetária…

  106. MONTALVÃO Diz:

    /
    ALVARADO: Infelizmente para os proponentes da sobrevivência, Rhine (1974) terminou arguindo que a sobrevivência não era testável.
    /.
    CONSIDERAÇÃO: no texto, depois de comentar as experiências de J.B. Rhine no campo da sobrevivência, Alvarado arremata com a frase acima. Quer dizer, após várias incursões experimentais no insondável, Rhine percebeu que o transcendental não está acessível: deduz-se daí que a mediunidade foi desconsiderada como meio eficaz de alcançar a espiritualidade. Essa conclusão deve ter influenciado os parapsicólogos modernos, visto que os experimentos com a vida além minguaram a olhos vistos, embora não tenham fenecido de todo.
    .
    É fato que parapsicólogos espíritas continuam apostando nos eventos mediúnicos, mas tal apenas mostra que estes inserem a mediunidade na pesquisa psíquica por força das crenças que acalentam, não que a pesquisa psíquica geral considere que médiuns sejam eficazes em demonstrar a sobrevivência.

  107. Gorducho Diz:

    E veja como alguns racionalizam a crença martinista da pré-queda postulando que evolucionariamente habilidades Ψ existentes se foram bloqueando ❗
     
    [rubrica atual]
    pode-se postular que as habilidades psi seriam tão importantes que teriam evoluído como traços proeminentes entre os humanos. Assim, precisaria ser uma vantagem evolutiva primordial o desenvolvimento de mecanismos neurais que inibissem esses fenômenos.
    Os benefícios evolutivos para a emergência de mecanismos neuronais inibitórios de psi incluiriam a prevenção da exposição a bombardeios constantes com estímulos irrelevantes decorrentes da telepatia, da clarividência e da precognição, que podem desviar a atenção de importantes ocorrências ambientais críticas
    à sobrevivência
    .

  108. MONTALVÃO Diz:

    /
    “Como ninguém vai ler esses textos mesmo, vou parando por aqui.”
    /.
    CONSIDERAÇÃO: alto lá! Estou lendo…
    .
    Inda não vi e não sei se porá: qual a fonte do texto? Se pôs, não se expanda, vou achar, é que estou lendo por partes. Pra examinar tanto escrito que disponibilizou, com a atenção devida, leva tempo e exige pesquisa, a fim de conferir se há objeção fundamentada às alegações.

  109. Marciano Diz:

    Então vou continuar, mas as fontes são legião.
    Tem trechos que livros que indiquei, trechos de livros que não indiquei, interpolações de minha lavra, citações de links, trechos extraídos de sítios da internet.
    Uma salada.
    Se quiser ir se divertindo com algumas fontes (as principais), veja jesusneverexisted.com e ateismoparacristianos.blogspot.com.
    Tem também whywontgodhealamputees.com e godisimaginary.com, do mesmo administrador.

  110. Marciano Diz:

    Montalvão, estou muito ocupado, mas para não deixar o texto mal alinhavado, vou acrescentar só um fecho provisório (para voltar na semana que vem), e vou dar um tempo para você poder ler o que ficou para trás, desde o tópico dos químicos ocultos.
     
    Sobre o que escreveu “Oseias”, acima (tá na bíblia, favor conferir) faltou esclarecer:
     

    1. Quem era o “filho” citado?
    2. Israel, não Jesus.
    3. Quando Yavé teria chamado o filho?
    4. Nos dias em que Moisés os teria tirado do Egito.
    5. E, qual foi a promessa contida no texto aí citado?
    6. Buscar os israelitas que estavam em servidão na Assíria e no Egito e os fazer “habitar em suas casas”, reunidos com o povo de Judá, que estava ao lado do deus Yavé.
     
    O que aconteceu?
     

    1. Judá, que estava ao lado de Yavé, foi dominada pelo Egito.

    2. Sendo o seu fiel rei Josias morto pelo faraó Neco.
    3. E após a submissão ao Egito, todos caíram sob Babilônia (2 Reis 22, 23 e 24).
    4. Constata-se que o texto nada tinha a ver com um messias nos dias dos romanos;
    5. Mas os cristãos distorceram o sentido do texto para fazer crer que Jesus fosse esse messias.
     
    Como estou compilando textos de vários autores, você vai encontrar, provavelmente, algumas contradições aparentes e outras verdadeiras, mas eu também não concordo 100% com tudo o que dizem, só com 95%.
    Ademais, eles parecem ter estudado o assunto muito mais profundamente do que eu.
    Volto com Herodes, na próxima.
    Bye!

  111. Marciano Diz:

    A propósito: a intenção é fazer com que você se debruce sobre o assunto e reflita sobre o que pensa já saber, não que concorde com tudo ou refute tudo.
    Reflita.
    Confira.
    Pense.
    Não parta de suposições infundadas ou de lero-lero crente, decorado, dos tempos em que era crente.
    Tenha um bom dia do deus sol.
    Sontag, Sunday, Söndag.
    Dominus dies é o que inventaram porque o cara ficou 3 dias e 3 noites entre os mortos (tarde de dia de Freya, ou sexta-feira e manhã do dia do sol, ou sunday.
    Esses dias da semana têm muito a ver com a adaptação de mitos mais velhos.
    Apropriação, digamos assim.

  112. Marciano Diz:

    Por falar nisso, faça as contas e veja o absurdo.
    Três dias e três noites.
    Se fossem só 3 dias, dava para ajeitar.

  113. MONTALVÃO Diz:

    /
    “E veja como alguns racionalizam a crença martinista da pré-queda postulando que evolucionariamente habilidades ? existentes se foram bloqueando”
    /.
    CONSIDERAÇÃO: realmente, e, confesso, ideia parecida foi por mim defendida, nos tempos em que eu acreditava. No meu entendimento pregresso, antes da queda o homem possuía capacidades extraordinárias e delas se valia para levar uma vida em plenitude. Depois que caiu esses poderes ficaram bloqueados, mas não eliminados, tanto que se manifestavam eventualmente na paranormalidade…
    .
    Como sonhava…

  114. MONTALVÃO Diz:

    /
    Estou meio perdidaço again… comentar o Alvarado e avaliar os textos que o Marciano tem postado é de ruir qualquer cuca. Estou apresentando um comentário que não sei se já pus ou não, dei uma vasculhada no site e não o vi, mesmo assim, caso dê duplicidade tenham complacência com este perdido…
    /
    ALVARADO: Infelizmente para os proponentes da sobrevivência, Rhine (1974) terminou arguindo que a sobrevivência não era testável.
    /.
    CONSIDERAÇÃO: no texto, depois de comentar as experiências de J.B. Rhine no campo da sobrevivência, Alvarado arremata com a frase acima. Quer dizer, após várias incursões experimentais no insondável, Rhine percebeu que o transcendental não está acessível: deduz-se daí que a mediunidade foi desconsiderada como meio eficaz de alcançar a espiritualidade. Essa conclusão deve ter influenciado os parapsicólogos modernos, visto que os experimentos com a vida além minguaram a olhos vistos, embora não tenham fenecido de todo.
    .
    É fato que parapsicólogos espíritas continuam apostando nos eventos mediúnicos, mas tal apenas mostra que estes inserem a mediunidade na pesquisa psíquica por força das crenças que acalentam, não que a pesquisa psíquica geral considere que médiuns sejam eficazes em demonstrar a sobrevivência.

  115. MONTALVÃO Diz:

    /
    Estou apreciando gozosamente (ou gosozamente(?) – fala Marciano!) o artigo do Alvarado, principalmente porque ele procura mostrar os dois lados. Apesar de ter uma opinião, a qual procura defender com as ilustrações que entende válidas, não deixa de expor pensamentos contrários, conforme se vê a seguir.
    /
    _______________________,
    ALVARADO
    .
    O ESPIRITUALISMO E A COMPLEXIDADE DO FENÔMENO PSÍQUICO
    .
    A sobrevivência influenciou a pesquisa psíquica de outra forma mais sutil. Uma delas é a contribuição dos espiritualistas para nosso entendimento da mediunidade e outros fenômenos. Algumas vezes achamos que os espiritualistas tinham uma visão simplista e unitária sobre a natureza do fenômeno psíquico. Bruno Fantoni (1974), em Magia y Parapsicología, escreveu:
    ———–
    “No início os espíritas arguiram que todos os fenômenos paranormais eram produzidos por seres desencarnados… Com o tempo, começaram a admitir a possibilidade de uma colaboração entre o espírito do além e o médium… Finalmente, foram forçados a admitir a existência do fenômeno paranormal sem a intervenção do morto e que mesmo nestes fenômenos originados supostamente no além podia haver elementos vindos do inconsciente dos vivos.”
    [págs. 319-320, minha tradução]
    ———–
    Embora a visão de Fantoni possa representar o pensamento de muitos, eu acredito que um estudo da literatura primária apoia uma visão modificada desse processo.
    .
    Isto é, os escritos de alguns espiritualistas mostra uma consciência de outras explanações teóricas do fenômeno da sobrevivência que não agentes desencarnados.
    .
    De fato, a literatura espiritualista contém uma rica discussão intelectual das diferentes possibilidades. A história da pesquisa psíquica algumas vezes é escrita como a história do triunfo da ciência sobre as armadilhas do Espiritualismo, mas há espaço para argumentar que, desde o início, o Espiritualismo ofereceu diversas explicações alternativas para seus fenômenos. Mais importante, o Espiritualismo forneceu o contexto para o desenvolvimento de muitas ideias que moldaram ativamente a pesquisa psíquica conceitualmente. Uma delas foi a ideia de psi entre vivos como explicação para a mediunidade.
    /
    Estas ideias não são exclusivas de Ballou. Elas também podem ser vistas em Andrew Jackson Davis (1853). Em seu livro, The presente Age and Inner Life, Davis escreveu que “pertencendo aos atributos extraordinários da mente humana, muitas experiências são por alguns indivíduos consideradas como originadas espiritualmente, quando em verdade só são causados pelas leis naturais de nosso ser…” (págs. 160-161). Davis apresenta uma tabela em seu livro que lista as possíveis causas do fenômeno mediúnico. Em sua visão, 40% tem origem nos “espírito dos mortos”. O restante inclui fraude, explicações neurológicas ou histéricas, “psicologia-nervosa” ou imaginação, e “simpatia cerebral” ou doenças epidêmicas. Dezoito por cento refere-se ao que chamamos de habilidades psíquicas entre vivos, o que inclui a “eletricidade vital” vinda do corpo dos médiuns e clarividentes. Embora esses dados, como a maioria dos escritos de Davis, fossem obtidos por inspiração clarividente, o ponto de importância aqui é que um líder do movimento do novo Espiritualismo americano oferece explicações alternativas à mediunidade que não se baseiam em espíritos.”
    /
    CONSIDERAÇÃO: parece-me que ficou clara a pretensão de Alvarado: ele quer corrigir certas ideias que circulam entre pesquisadores psi, de que o espiritismo abriu mão de parte do monopólio da mediunidade apenas quando percebeu que não dava para debitar tudo na conta dos mortos. Em verdade, no pensamento alvaradiano, desde o início espíritas renomados teriam reconhecido que parcela dos fenômenos vinham do homem.
    .
    Para ganhar um dez com louvor, Alvarado poderia ter incluído o arremate: “só falta reconhecerem que TUDO no espiritismo vem do homem, espíritos zero…”

  116. Vitor Diz:

    MONTALVÃO DISSE: “Estou apresentando um comentário que não sei se já pus ou não, dei uma vasculhada no site e não o vi, mesmo assim, caso dê duplicidade tenham complacência com este perdido…”
    .
    Já tinha posto na mensagem do dia anterior…, de JANEIRO 13TH, 2018 ÀS 9:22 AM .
    .
    MONTALVÃO DISSE: “Para ganhar um dez com louvor, Alvarado poderia ter incluído o arremate: “só falta reconhecerem que TUDO no espiritismo vem do homem, espíritos zero…”
    .
    Aí seria uma afirmação pseudocientífica. Uma verdadeira boçalidade. Ainda bem que ele não fez isso…

  117. Gorducho Diz:

    Eu respeito esse Sr. Carlos Alvarado: ele me parece bem sensato… ponderado.
    Claro: “descontando” o fato de que ele acredita nessas coisas. Mas, por definição, deve-se respeitar isso, senão não há possibilidade de debates e não teria sentido um Sítio como este.

  118. Gorducho Diz:

    E ENTRE o espiritismo puro e o espiritismo-repaginado como “parapsicologia”, faz mais sentido o espiritismo.
    Por exemplo: se admitirmos que a pitonisa viu mesmo o Κροῖσος cozendo tartaruga c/cordeiro, é mais econômico, mais cientificamente econômico e conforme à navalha, supor que
    foi o “espírito” dela que se deslocou até onde ele estava
    OU
    outro “espírito” (say do Apollo…) fez isso.
    Muito mais cientificamente econômico que a explicação puramente mágica da “clarividência”.

  119. MONTALVÃO Diz:

    /
    MONTALVÃO DISSE: “Para ganhar um dez com louvor, Alvarado poderia ter incluído o arremate: “só falta reconhecerem que TUDO no espiritismo vem do homem, espíritos zero…”
    .
    VITOR: Aí seria uma afirmação pseudocientífica. Uma verdadeira boçalidade. Ainda bem que ele não fez isso…
    /.
    CONSIDERAÇÃO: se dissesse algo diferente seria admirável: como acredita na realidade mediúnica é óbvio que qualquer contestação será recebida com repúdio.
    .
    Contudo, nada há de pseudocientífico na afirmação de que mortos não comunicam e que, em decorrência, a mediunidade é humana, demasiado humana… pseudocientífico é afirmar o contrário.
    .
    Ainda pretendo falar mais um titiquinho do Alvarado, seja como for, o que nele não se vê (tampouco em quaisquer outros pesquisadores psi ou mediúnicos) é exatamente o quesito crucial, aquele que deveria ser requerido por todo interessado em averiguar o assunto, ou seja, a evidência clara e precisa de que mortos estão presentes nas afirmadas comunicações.
    .
    Quem ler o texto do Alvarado vai perceber que ele passa bem pertinho desse ponto, mas dele se afasta, ao comentar que a presença de um ente desencarnado se confirmaria pelo conteúdo da mensagem. Sobre esse argumento (muito utilizado pelo Arduin, e também pelo Vitor) fiz comentários vários anteriormente: se o médium faz afirmações corretas e se estabelece que seria impossível tê-las obtido por meios naturais, tal é dado como prova de que um espírito está presente.
    .
    Essa é a malfadada “prova subjetiva” e não serve para, concretamente, evidenciar que há alma, penada ou não, agindo entre os vivos.
    .
    Mas, os mediunistas se apegam a essa tábua achando que irá salvá-los do naufrágio: não percebem que já estão afundados desde o nascedouro do derramamento…

  120. Vitor Diz:

    MONTALVÃO DISSE: “Contudo, nada há de pseudocientífico na afirmação de que mortos não comunicam”
    .
    Pseudociência TOTAL na afirmação! Cadê a prova científica que mortos não comunicam? Piper forneceu muitos exemplos do contrário.
    .
    MONTALVÃO DISSE: “e que, em decorrência, a mediunidade é humana, demasiado humana… pseudocientífico é afirmar o contrário.”
    .
    AS DUAS AFIRMAÇÕES seriam pseudocientíficas.
    .
    MONTALVÃO DISSE: “Essa é a malfadada “prova subjetiva” e não serve para, concretamente, evidenciar que há alma, penada ou não, agindo entre os vivos.”
    .
    “Concretamente” acho que só se o espírito se materializar. No mais, a mediunidade de efeitos inteligentes serve sim para evidenciar a comunicação dos espíritos.

  121. Gorducho Diz:

    SE fossem feitos testes, sim concordo.
    Pros nossos testes – até prova em contrário os únicos de fato bem desenhados, sem margem pra ambiguidades…– sim: a melhor explicação seria a hipótese espirita.

  122. MONTALVÃO Diz:

    /
    VITOR: “Pseudociência TOTAL na afirmação! Cadê a prova científica que mortos não comunicam? Piper forneceu muitos exemplos do contrário.”
    /.
    CONSIDERAÇÃO: sim, sei, Piper e Osborne forneceram muitas provas em contrário… provaram que os mortos comunicam…tsk, tsk, tsk…
    .
    E ainda quer prova científica de que mortos não comunicam? Ora, a maior prova é a ausência de confirmação da presença dos defuntos onde dizem que eles estão, ativos e comunicantes. Não aparece um morto a provar que está vivo!
    .
    Pena que Piper e Osborne só sirvam para apaziguar dúvidas de crentes: se elas tivessem provado alguma coisa claro que estaria provado, tanto naqueles dias quanto na atualidade!
    .
    Aliás, pensei que houvera arrefecido seu deslumbre com Piper, depois que publicou considerações de pesquisadores antigos que não fecharam conclusão e outros que não viram nada de sobrenatural na moça… houve recaída?
    .
    E hoje, quais as provas que os espíritos dão? Ficaram satisfeitos com as provas velhas e deram por encerrado o assunto? Veja que um simples desafio de morto dar mostra concreta de estar presente é rechaçado com toda sorte de escapadelas.
    .
    Não adianta rebolar: se mortos comunicassem, sendo eles inteligências ativas, achariam meios de produzir provas objetivas de suas presenças. Provas que pudessem ser cotejadas, e confirmadas, por quaisquer interessados, qual sucede nas descobertas científicas.
    .
    Mesmo que os falecidos, ao chegarem ao outro lado, se tornassem míopes (ou mesmo cegos), surdos, enfim, totalmente insensíveis ao mundo natural (o que contraria a literatura predominante, mas é usado como desculpa para justificar a ausência de demonstrações aceitáveis), mesmo assim, sendo eles consciências atuantes achariam como produzir as demonstrações necessárias e ninguém dotado de juízo ousaria questionar a presença deles entre nós.
    .
    Já os sonhadores, tadinhos, correm pra debaixo das saias de Piper, acreditando que ela os socorrerá…
    .
    Só Jesus…

  123. Marciano Diz:

    Dizer que a descrença em espíritos que só apareciam para crentes antigamente e que descrença em parapsicologia é pseudociência, é de fazer qualquer um desistir.
    Nem jesus.

  124. Marciano Diz:

    Ainda bem que Piper e seus companheiros provaram cientificamente a sobrevivência da consciência após o desencarne.
    Eu estava seriamente preocupado. Eu? Morto? Vou deixar totalmente de existir? Todos os meus pensamentos, todas as minhas experiências, os meus relacionamentos, todas as minhas ideias e lembranças… Tudo simplesmente desaparece e eu me vou? Impossível!
    Que alívio!

  125. Vitor Diz:

    MONTALVÃO DISSE: “Pena que Piper e Osborne só sirvam para apaziguar dúvidas de crentes: se elas tivessem provado alguma coisa claro que estaria provado, tanto naqueles dias quanto na atualidade!”
    .
    Elas provaram paranormalidade. Ao menos até que alguém consiga reproduzir por meios normais o que elas fizeram… o que ainda não ocorreu.
    .
    MONTALVÃO DISSE: “Aliás, pensei que houvera arrefecido seu deslumbre com Piper, depois que publicou considerações de pesquisadores antigos que não fecharam conclusão e outros que não viram nada de sobrenatural na moça… houve recaída?”
    .
    Quem não viu nada sobrenatural nela? A dupla de patetas Hall e Tanner, refutados por Sidgwick, Andrew Lang, Hyslop?
    .
    MONTALVÃO DISSE: “E hoje, quais as provas que os espíritos dão? Ficaram satisfeitos com as provas velhas e deram por encerrado o assunto? Veja que um simples desafio de morto dar mostra concreta de estar presente é rechaçado com toda sorte de escapadelas.”
    .
    MONTALVÃO DISSE: “Mesmo que os falecidos, ao chegarem ao outro lado, se tornassem míopes (ou mesmo cegos), surdos, enfim, totalmente insensíveis ao mundo natural (o que contraria a literatura predominante, mas é usado como desculpa para justificar a ausência de demonstrações aceitáveis), mesmo assim, sendo eles consciências atuantes achariam como produzir as demonstrações necessárias e ninguém dotado de juízo ousaria questionar a presença deles entre nós.”
    .
    Questionam até que a Terra seja uma esfera… para de ser ingênuo… 🙁

  126. MONTALVÃO Diz:

    /
    MONTALVÃO DISSE: “Mesmo que os falecidos, ao chegarem ao outro lado, se tornassem míopes (ou mesmo cegos), surdos, enfim, totalmente insensíveis ao mundo natural (o que contraria a literatura predominante, mas é usado como desculpa para justificar a ausência de demonstrações aceitáveis), mesmo assim, sendo eles consciências atuantes achariam como produzir as demonstrações necessárias e ninguém dotado de juízo ousaria questionar a presença deles entre nós.”
    .
    VITOR: Questionam até que a Terra seja uma esfera… para de ser ingênuo…
    /.
    CONSIDERAÇÃO: se questionam que a Terra seja uma esfera fazem bem, pois não é…
    .
    Questionar por questionar sempre tem quem o faça, mas quem se rende às evidências não pode deixar de levar em conta o que está demonstrado: mas este não é o caso de espíritos comunicantes, que não conseguem dar ar de suas presenças nem por despacho de marafa com farofa!
    .
    Tem jeito não, se mortos agem na natureza podem se mostrar presentes: se não se mostram então não tão…

  127. MONTALVÃO Diz:

    /
    MONTALVÃO DISSE: “Aliás, pensei que houvera arrefecido seu deslumbre com Piper, depois que publicou considerações de pesquisadores antigos que não fecharam conclusão e outros que não viram nada de sobrenatural na moça… houve recaída?”
    .
    VITOR: Quem não viu nada sobrenatural nela? A dupla de patetas Hall e Tanner, refutados por Sidgwick, Andrew Lang, Hyslop?
    /.
    CONSIDERAÇÃO: refutaram em que sentido? Demonstraram que, ao contrário do que a dupla de pesquisadores dizia, Piper efetivamente falava com mortos? Ou que fosse paranormal? Ora, ser paranormal naqueles tempos significava, dentre outras aberrações, ler a mente das pessoas, conforme bem ilustra o Alvarado:
    ____________________
    ALVARADO: Os membros da SPR fizeram questões como: Qual era a fonte das informações verídicas vindas através da Sra. Piper? Os controles da Sra. Piper eram espíritos ou personalidades secundarias da médium em transe? Tal qual o membro da SPR, Walter Leaf, comentou sobre Phinuit (um dos controles da Sra Piper):
    ——————–
    Que o Dr. Phinuit é somente um nome para a personalidade secundária da Sra. Piper, assumindo o nome e representando o papel com a aptidão e consistência demonstradas por personalidades secundárias em outros casos conhecidos; que nesse estado anormal existe um poder muito excepcional de leitura dos conteúdos das mentes dos assistentes; mas que esse poder está longe de ser completo.
    ————————-
    ___________________________
    Ler a mente dos outros pode ser a imaginada telepatia ou ter habilidade de, singularmente, interpretar pistas sensoriais. Seja como for, a capacidade paranormal de conhecer o pensamento alheio não foi confirmada por pesquisas mais recentes, incluindo o ganzfeld.
    .
    Quando muito, parece (veja bem: parece) que algumas pessoas conseguem captar vagas impressões de informações que agentes lhes passam em testes controlados. No entanto, os resultado são tão modestos que podem bem passar por coincidências, ou, não podemos deixar de lembrar, enquadrar-se na Conjetura de Moi, que é o melhor que se pode, modernamente, dizer da parapsicologia.
    .
    Para quem não conhece a citada conjetura, ou dela se esqueceu, relembro:
    /
    CONJETURA DE MOI: “PSI, caso exista, é “força” de atuação tênue, de ocorrência esporádica e imprevisível, sem controle da parte quem supostamente a possui, e sem utilidade conhecida.”
    /
    Falou Moi.

  128. Vitor Diz:

    MONTALVÃO DISSE: “Questionar por questionar sempre tem quem o faça, mas quem se rende às evidências não pode deixar de levar em conta o que está demonstrado: ”
    .
    Pois é, Montalvão, mas o problema é esse: muitos cientistas do mainstream não querem nem ouvir falar dessas evidências. Ou possuem uma leitura wikipediana do assunto no máximo.
    .
    MONTALVÃO DISSE: “Ler a mente dos outros pode ser a imaginada telepatia ou ter habilidade de, singularmente, interpretar pistas sensoriais. Seja como for, a capacidade paranormal de conhecer o pensamento alheio não foi confirmada por pesquisas mais recentes, incluindo o ganzfeld.”
    .
    Nem os céticos concordam com você… veja o artigo:
    .
    http://obraspsicografadas.org/2016/o-debate-ganzfeld-ceticos-obtem-resultados-positivos-parte-1-2005/
    .
    É dito:
    .
    Em nosso primeiro estudo (Lau et al., 2005), descobrimos que um grupo significativo (45%) de participantes escolheu o alvo correto. No segundo estudo, 40% escolheram a imagem correta, e 20% de escolhas corretas foram feitas em nosso terceiro estudo. Embora a percentagem de acertos nos três estudos (ou seja, 35%) fosse maior do que até mesmo as meta-análises positivas, esse percentual geral não foi significativamente maior do que o acaso. Estes resultados conflitantes nos levaram a realizar mais cinco estudos, obtendo-se percentagens corretas de 30%, 30%, 20%, 35% e 40%. Depois de oito estudos, tivemos uma taxa de sucesso global de 32% (o que concorda com as meta-análises positivas) e, de fato, a nossa taxa de acerto também foi estatisticamente significativa, ?2 (1) = 4,03, p<0,05. Além disso, quando os dados são adicionados à meta-análise de Milton e Wiseman (1999) sobre estudos ganzfeld, o percentual geral de respostas corretas vai de 26% a 27% e este valor está agora muito perto de significativo. Assim, até o momento, mesmo as provas contra os seres humanos possuírem poderes psíquicos estão perigosamente perto de demonstrar que eles o têm.
    .
    Lembrando que isso foi dito em 2005, antes da segunda replicação cética positiva, em 2008:
    .
    http://obraspsicografadas.org/2016/o-debate-ganzfeld-ceticos-obtem-resultados-positivos-parte-2/
    .
    E antes da nova meta-análise de 2010. Não cabem mais desculpas. Aceita que dói menos.

  129. Gorducho Diz:

    Só afins de evitar polêmica cá: admitindo-se tudo isso, só reforça conjectura de Montalvão.

    Ψ, caso exista, é “força” de atuação tênue, de ocorrência esporádica e imprevisível, sem controle da parte quem supostamente a possui, e sem utilidade conhecida.

     
     
    Não existe evolução nesses estudos.
    Nada se sabe além do que se sabia quando a pitonisa enxergou a tartaruga sendo cozida com carneiro;
    ou quando o Ascletarion disse que seria despedaçado pelos cachorros-de-rua.
    Por isso, se os fenômenos esses só acontecem como quer a parapsicologia – contrário senso do espiritismo que não é estatístico – provavelmente nunca se sairá disso então.

  130. Vinicius Diz:

    Valeu Montalvão pelos comentários sobre o Apocalipse.
    Até a besta 666 pode ser um monte de coisas kkk: o papa, Microsoft, google, bit coins etc etc

  131. Gorducho Diz:

    Eu pretendia fazer um artigo só constituído de CONCLUSÃO tentando concluir que o Apocalipse se refere à Transição Planetária de 2057-8 mas desisti…
    Só tem uma parte onde claramente diz que todos vão virar cristãos.
    O resto pode ser qq. coisa mesmo.
    Cada um vai enxergar o que bem entender ali.

  132. Vitor Diz:

    GORDUCHO DISSE: “Nada se sabe além do que se sabia quando a pitonisa enxergou a tartaruga sendo cozida com carneiro; ou quando o Ascletarion disse que seria despedaçado pelos cachorros-de-rua.”
    .
    Já se sabe as populações ótimas que aumentam bastante o efeito (artistas e músicos, meditadores…), e as pesquisas neurocientíficas também avançaram os modelos referentes a psi, como mostra o novo artigo do Jeffers.

  133. Vinicius Diz:

    “Apocalipse se refere à Transição Planetária de 2057-”
     
    Gorducho, há espíritas que defendem isso sim! Em uma palestra na FEESP abordaram mais ou menos isso que vc menciona.

  134. Vinicius Diz:

    Vitor, já fez pesquisas sobre pinturas mediúnicas?

  135. Vitor Diz:

    Oi, Vinicius,
    eu por conta própria não, mas o Everton Maraldi já fez.

  136. Marciano Diz:

    ===============================================================
    Vinicius Diz:
    JANEIRO 16TH, 2018 ÀS 3:49 PM
    “Apocalipse se refere à Transição Planetária de 2057-”

    Gorducho, há espíritas que defendem isso sim! Em uma palestra na FEESP abordaram mais ou menos isso que vc menciona.

    ===============================================================
     
    Espíritas que negam o Livro dos Médiuns ❓ ❗
     
    ÍTEM 267, página 388:
     
    ===============================================================
    8º Reconhecem-se ainda os Espíritos levianos, pela facilidade com que predizem o futuro e precisam fatos materiais de que não nos é dado ter conhecimento. OS BONS ESPÍRITOS FAZEM QUE AS COISAS FUTURAS SEJAM PRESSENTIDAS, QUANDO ESSE PRESSENTIMENTO CONVENHA; NUNCA, PORÉM, DETERMINAM DATAS. A PREVISÃO DE QUALQUER ACONTECIMENTO PARA UMA ÉPOCA DETERMINADA É INDÍCIO DE MISTIFICAÇÃO.
    ===============================================================
     
    Mistificação detectada!
    Como é que ficam as palavras do codificador?
    Ninguém mais estuda a D.E.?
     
    VINICIUS, pelo encarecidamente que mostre esta passagem do L.E. aos hereges que dizem tamanha besteira.

  137. Marciano Diz:

    Peço, não pelo.
    2057 my ass!

  138. Marciano Diz:

    Esculacharam “O Livro dos Médiuns” também:
    Cap. XXVII . 303 – 2
    Devem, além disso, considerar-se suspeitas, logo à primeira vista, as predições com época determinada, assim como todas as indicações precisas, relativas a interesses materiais. Cumpre não se deem os passos prescritos ou aconselhados pelos Espíritos, quando o fim não seja eminentemente racional; que ninguém nunca se deixe deslumbrar pelos nomes que os Espíritos tomam para dar aparência de veracidade às suas palavras; desconfiar das teorias e sistemas científicos ousados; enfim, de tudo o que se afaste do objetivo moral das manifestações.

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