Legado de Chico Xavier ganha ensaio premiado nos EUA

Para ler a matéria, clique aqui. Os artigos premiados (em inglês) também podem ser baixados. Eu achei o resultado extremamente injusto. O artigo vencedor de Jeffrey Mishlove é apenas um apanhado de vídeos e livros. O artigo sobre Chico Xavier prefiro traduzir para depois comentar.

10 respostas a “Legado de Chico Xavier ganha ensaio premiado nos EUA”

  1. M Diz:

    Oi Vitor, obrigado pela resposta no outro post. Olhei as entradas de Ganzfeld, o mais recente artigo que argumenta que os testes não seriam duvidosos em sua metodologia e resultados. Além do Chris French, tem algum outro cético que tenha uma postura diferente quanto a psi, mesmo epistemológica? Você mencionou que alguns tinham obtido resultados robustos em ganzfeld e micro-pk, me intriga porque no que me parece, são todos extremamente veementes em sua oposição, do nível do Alcock/Reber mesmo. Quanto aos pesquisadores brasileiros, imagino sua frustração sabendo de todos os casos de fraude do Xavier disponíveis aqui pra ter gente ainda que acha que ele não obteve essas informações de algum jeito sórdido. A FEB deve ter movido o céu e a terra nesse quesito. Me lembro quando li aqui que o “Emmanuel” é baseado em uma pessoa que nem existiu, tirado de um erro presente em livro escolar. Acho que nem se virasse manchete os crentes mudavam de opinião. Não sei se rio ou choro com tudo isso. Quanto ao concurso, por mais que saiba da incapacidade dos juízes e demais defeitos, imagino eu que em tantos ensaios há de aparecer algo interessante. O do Nicolas Rouleau por exemplo, parece ser completamente no campo da neurologia e bem “out there”, o que me deixou animado. Se não teve a chance ainda, dê uma olhada se tiver o interesse, claro. Também li parte do Leo Ruickbie, The Ghost in the Time Machine e vi que ele faz a mesma coisa que você disse que o Mishlove fez, que é reunir casos (tinha até o do Eben Alexander lá, pasme). Mas achei legal que em um dos exemplos dele tem a história do rapaz que viu uma aparição dos soldados romanos na casa em que foi trabalhar, sem aparentemente saber da história do lugar, o que já havia acontecido em outras ocasiões com outras pessoas. Entra em detalhes sobre o formato dos escudos, que se difere do senso comum e que foi precisamente particular aquele momento histórico conectado com a casa. Eu na minha inocência/vontade de acreditar, achei robusto.
    Um abraço

  2. Vitor Diz:

    Oi, M

    O Stanley Jeffrers parece ser um cético honesto, tendo achado resultados positivos e negativos em micro-pk. Mas não lembro de ele ter expressado uma opinião sobre a Parapsicologia em si…

    Não acho que a FEB tenha se metido, mas não descarto…

    Fiquei desanimado com tudo, com o concurso e com as premiações.

    Vou ver os demais artigos, mas de cara o do Braude eu imagino que tenha alta qualidade também.

  3. Gabriela Diz:

    Não se eles chegaram a mandar algo, mas fiquei surpresa que não apareceu nenhum ensaio do pessoal do DOPS – UVA

  4. Gabriela Diz:

    Acho que não tem como editar o comentário anterior, mas de qualquer forma, era para ser “não sei se eles chegaram a mandar…”

  5. mrh Diz:

    Não entendi, Gabriela…

  6. Vitor Diz:

    A Gabriela está estranhando que o Jim Tucker não tentou ganhar o prêmio.

  7. M Diz:

    Vitor, esse Stanley achei só no Skeptical Inquirer dois artigos sobre o PEAR onde ele aparentemente discorda dos resultados obtidos, não sei se entendi direito, pelo menos na conclusão ele mantém a posição cêtica de negação em vez de agnosticismo como os bons céticos, tipo o falecido Marcelo Truzzi que passo a admirar mais a cada dia, e inversamente gente como Randi e Phil Klass que sempre foram hostis e preguiçosos em suas “investigações”. Mas talvez seja inocência minha achar que algum, mesmo esse Jeffers fosse ter uma postura de dúvida, única vez que vi isso além do Truzzi em céticos atuais foi a experiência ‘paranormal’ do Michael Shermer com o rádio do avô da esposa no dia de seu casamento “it shook my skepticism to the core” ele disse, ou algo do tipo.
    Por favor, se tiver interesse e tempo/disponibilidade, não deixe de publicar os mais interessantes artigos aqui no blog, é sempre animador ver outra postagem.
    Gabriela, foi um total de 203 ensaios enviados pra esse concurso, tem sim chance desse grupo estar no meio e não ter sido selecionado. Mas seria no mínimo curioso já que são a referência do estudo de reencarnação, e um dos últimos vencedores (que receberam menos) escreveu só sobre isso, inclusive foi um dos que me desapontaram porque o cara é neurologista e trabalha com neurodegeneração como o Rouleau que mencionei. Preferiu falar de algo nada a ver. ?

  8. montalvão Diz:

    Jeffrey Mishlove está em franco progresso! Abocanhou o prêmio mor e continua com suas peripécias místicas. Ele foi discutido longamente aqui no Obras por dois motivos, um por ter patrocinado a ida de Uri Geller à televisão e “provado” seus poderes. Jeffrey é psicólogo humanista, a vertente da psicologia que roça o misticismo, e exibe forte crença na paranormalidade e outras nebulosidades.
    .
    A segunda razão que trouxe Mishlove à discussão foi o fato dele ter descoberto um paranormal mais poderoso que Geller! O esquizofrênico Ted Owens, que se autointitulava o maior paranormal de todos os tempos, foi levado por Jeffrey à televisão e enaltecido como o poderoso que dizia ser.
    .
    Jeffrey Mishlove deve ter feito um trabalho e tanto para convencer os jurados de que a sobrevivência está evidenciada! Criatividade é o que não lhe falta!
    .
    Depois falo de Chico.

  9. Vitor Diz:

    M,
    em 2003 Jeffers foi co-autor de um terceiro estudo no qual ele finalmente relatou um efeito PK significante e replicável (Freedman et al., 2003).

    O artigo está disponível aqui: http://deanradin.com/evidence/Freedman2003.pdf

    No artigo ele diz: “We found a significant effect of intentionality on random physical phenomena in a patient with left frontal damage that was directed contralateral to his lesion. Moreover, the effect was replicated”.

    Referência: Freedman, M., Jeffers, S., Saeger, K., Binns, M., & Black, S. (2003). Effects of frontal lobe lesions on intentionality and random physical phenomena. Journal of Scienti?c Exploration, 17, 651–668.

  10. M Diz:

    Fantástico, Vitor. Obrigado pela resposta e pelas fontes. Está escondido no site do Radin então, vou dar uma olhada. Pena que talvez não seja suficiente pra ele. Estava lendo na enciclopédia psi sobre o Ray Hyman, que publicou a conclusão sobre os experimentos em remote viewing só depois que a Utts deu o parecer dela, aparentemente só pra caracterizá-la como crente e imparcial. Que bom que ainda exista pessoas como Jeffers, é um desses pra uma dezena de Randis, Hymans e afins. Triste.

Deixe seu comentário

Entradas (RSS)