Livro Gratuito! “Estudos Filosóficos” de Bezerra de Menezes.

A versão digital está caprichada (tirando as capas que achei simplistas e repetitivas), com links para os textos originais na Biblioteca Nacional:
Volume 01 – https://www.crbbm.org/media/Estudos-Filosoficos-1.pdf
Volume 02 – https://www.crbbm.org/media/Estudos-Filosoficos-2.pdf
Volume 03 – https://www.crbbm.org/media/Estudos-Filosoficos-3.pdf
Também colocaram ricas notas explicativas. 

14 respostas a “Livro Gratuito! “Estudos Filosóficos” de Bezerra de Menezes.”

  1. Montalvão Diz:

    Dá-me a impressão de que correta a queixa do Julio Damasceno, na Introdução dos estudos filosóficos de Bezerra:
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    “Diz-se com frequência e com certa razão que o brasileiro tem pouco apreço à memória da nação e de seus grandes nomes”
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    Seria de esperar que espiritistas e simpatizantes se empolgassem com a publicação de meditações bezerrianas. Até agora nada! A não ser que estejam enfronhados na leitura do material para depois se manifestarem… tudo é possível.

  2. Montalvão Diz:

    O primeiro volume das filosofias de Bezerra de Menezes abre com carta de Jorge Damas a Julio Damasceno, este responsável pela introdução.
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    A carta de Damas, redigida em estilo leve, de fácil leitura, é mais uma de muitas exaltações ao espiritismo, dado pelos que acreditam como a “terceira revelação”, a que proporciona inteira compreensão das verdades divinas e complementa os evangelhos que a precederam. Dela destaco trechos:
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    “nos últimos tempos você tem se destacado em pesquisar, resgatar, compilar, comparar, harmonizar e unificar os diversos coloridos do aspecto religioso do Consolador prometido pelo Mestre Jesus. Kardec, Roustaing, Ubaldi, Chico Xavier, Bezerra, Denis, Teresa d´Ávila e outros. Trabalho de fôlego! Verdadeira Uni-versidade!”
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    “Porém, a grande pandemia do Covid-19, ousou em paralisar o mundo. Mandou todo mundo de ‘volta para o reduto doméstico’.
    Riram os lerdos, choraram os farristas, tremeram os capitalistas, os comunistas foram acusados de sabotagem … mas, o nosso Bezerra – especialista em várias epidemias – diferentemente, disse: Avante! O momento é de trabalho no Bem. Só o trabalho – o novo mandamento! – pode restaurar a Terra e construir a Nova Civilização do Espírito.”
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    “A extraordinária série Espiritismo – Estudos Filosóficos. Bezerra de Menezes preferiu assinar o grande trabalho como MAX. Dizia ele que o pseudônimo era para se expressar em nome da comunidade espírita.
    Por que Max?
    Explica o venerando mentor que era uma contração da palavra ‘Máximo’, que seria o codinome legítimo de Jesus e do seu discípulo Allan Kardec.”
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    Curioso é que o Bezerra-espírito, tão afinado com as coisas deste e do outro mundo, não previu a epidemia de covid (poderia ter alertado e dado orientações), tampouco deu parecer sobre a pendenga dos tratamentos alternativos.

  3. Montalvão Diz:

    O Damasceno, na introdução, reclama que brasileiros têm o hábito de esquecer os grandes nomes de sua história. O que é verdade. O inusitado é a inclusão de Menezes entre esses grandes da História… Certamente se atém especificamente à seara espiritista…
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    Fiquei sem entender donde foi que Bezerra tirou essa de que MAX era “codinome legítimo de Jesus e do Allan Kardec”?!
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    Enfim, o introdutor deixa claro que a publicação é uma obra espírita, para espíritas, o que fica perceptível no trecho:
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    “A sequência dos textos compõe um verdadeiro colar de pérolas… Nelas encontramos, apenas neste primeiro volume, para exemplo e para não nos estendermos muito nessa introdução:
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    1) As palavras mais firmes já dirigidas aos representantes da Igreja romana por seus descaminhos em relação aos ensinos do Cristo, publicadas em obras espíritas;
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    2) O mais amplo estudo até hoje feito sobre a reencarnação na Bíblia, de toda a literatura espírita;
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    3) O “apêndice” perfeito para “O Céu e o Inferno”, de Kardec, com um amplo estudo sobre a inexistência do Inferno romano e de suas penas eternas, a partir de dezenas de citações das Sagradas Escrituras.
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    Enfim, começa aqui o resgate de um verdadeiro clássico da bibliografia espírita, ao mesmo tempo em que se presta uma justa embora tardia homenagem, a um dos “gigantes” das primeiras horas do Espiritismo Cristão na Pátria do Evangelho.”
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    Pelo visto, “as palavras mais firmes já dirigidas aos representantes da Igreja romana por seus descaminhos”, não surtiram efeito, pois, ao que consta, a Igreja não modificou qualquer de seus pronunciamentos por conta de reclamos de Bezerra.
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    Diversos autores demonstraram, espiriticamente, que a Bíblia é obra reencarnacionsta, o que é fortemente contestado por religiosos não espíritas. Aqui é dito que o mais amplo estudo a respeito é o de Bezerra. Para saber se isso corresponde aos fatos só comparando o que há disponível dentre os que defendem tal tese. Seria empreitada complicada e demorada conferir se a alegação corresponde (creio que há controvérsias): melhor aceitar, sem avaliação, o que foi dito.

  4. Montalvão Diz:

    Os textos de Bezerra são de leitura agradável, bem articulados, mas não podem ser chamados de filosofia. São reflexões espíritas, apologéticas, que advogam uma realidade espiritual nos moldes imaginados pelo kardecismo e afirmam a existência de evidências firmes da comunicação entre mortos e vivos.
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    O exame das considerações de Bezerra expõe as ingenuidades de sempre, alegadas como “provas incontestáveis” de que as “revelações” dos espíritos descrevem o autêntico caminho para a perfeição espiritual.
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    A tese básica de Bezerra faz eco a Kardec: afirma que os ensinos espíritas são requeridos pela razão (“a razão diz”) e ratificados pela espiritualidade. Essas são, em linhas gerais, as “provas” espíritas de que a doutrina é verdadeira!

  5. BERNARDO SALGUERO Diz:

    Tem gente que critica o bezerra de menezes dizendo que essa aura de bondade dele, era aparente, que ele tinha uma personalidade terrivel, era temperamental, nao era esse doce de pessoa que a tradicao espirita prega…… quem esta certo ? Tem gente na internet que desmente o bezerra de menezes, diz que ele era bem diferente do que os espiritas dizem

  6. Carlos Diz:

    Oi Vitor

    Mudando o assunto. Estava lendo umas coisas aqui e me deparei com um estudo chamado “Aware” (Comandado pelo Sam Parnia) . Segundo dizem, foi o maior estudo já feito sobre EQM, e dizem as más línguas que o estudo foi um fracasso. Isso procede?

  7. Vitor Diz:

    Eu diria que não procede. Veja aqui:

    https://obraspsicografadas.org/2014/aware-conscincia-durante-a-ressuscitao-um-estudo-prospectivo-2014-por-sam-parnia-et-al/

  8. Gorducho Diz:

    Respondendo ao Sr. BERNARDO SALGUEIRO:
    Dr. Bezerra foi um polemista, combativo. Foi ele quem “comandou”, pour ainsi dire, a vitória dessa corrente “evangélica” do espiritismo que se firmou cá via FEB.

  9. Gorducho Diz:

    Corrigindo o nome:
    Sr. BERNARDO SALGUERO

  10. BERNARDO SALGUERO Diz:

    Gorducho, mas no fim isso foi bom ou ruim para o espiritismo ? Tem gente que idolatra o bezerra de menezes, como um dos homens mais bondosos do mundo e outros dizem que ela tinha uma personalidade terrivel, era bem diferente dessa imagem que apresentam dele……. quem esta certo ?

  11. Gorducho Diz:

    Acho que “foi bom”. Dr. Bezerra liderou a consolidação dessa forma religiosa do kardecismo que se instituiu cá no Brasil.
    O outro lugar onde espiritismo de matriz kardecista tem significativo % de adeptos segundo sei é Filipinas (não conheço…). Sendo que lá aparentemente a base é a Rei James, e fica difícil pra mim estudar melhor por limitação do idioma.
    Quiçá Cuba, mas com as dificuldades de comunicações é difícil a gente saber mais detalhes sobre a penetração desse espiritismo de matriz kardecista🤔

  12. Montalvão Diz:

    CARLOS DISSE: “Mudando o assunto. Estava lendo umas coisas aqui e me deparei com um estudo chamado “Aware” (Comandado pelo Sam Parnia) . Segundo dizem, foi o maior estudo já feito sobre EQM, e dizem as más línguas que o estudo foi um fracasso. Isso procede?”
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    COMENTÁRIO: que salto quântico, hem? De Bezerra para Parnia!
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    As más línguas estão certas: o projeto foi fracasso! Mas não deixou de ser um bom projeto, pois era tentativa de conferir se realmente as consciências pulam do corpo e ficam assistindo de camarote ao que com ele fazem…
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    Desde que alguns que retornaram de situações de morte iminente relatavam vivências místicas, brotou a crença de que as ditas EQMs fossem provas da sobrevivência espiritual.
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    O que os crentes nessa conjetura esquecem é da regra nº 1 da vida, que assim se expressa: se morreu não volta, se voltou não morreu. Pronto, resolvido o assunto. Se algum pesquisador insatisfeito com a contundência dessa lei quisesse conferir deveria começar por verificar se realmente há quem retornou da defuntice. Sonhos e alucinações não servem para o mister.
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    Falando em voltar, tem um neurocirurgião que escreveu livro garantindo que foi ao céu, viu e voltou. Não lembro se o caso dele foi aqui discutido. Se não foi seria bom material para oferecer um tchan aos crentes em idas e vindas de lá para cá ou de cá para lá, se é que me entendem. A obra se chama “Uma Prova do Céu”, de Eben Alexander. Fica a sugestão

  13. Montalvão Diz:

    Em 2013, num outro site (“Espiritismo Científico”) em que se discutia reportagem sobre EQM, com o título a seguir, postei comentários, parte dos quais reproduzo:
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    Britânicos fazem maior estudo da história sobre pessoas que ‘voltaram da morte’
    http://g1.globo.com/Noticias/Ciencia/0,,MUL755340-5603,00-BRITANICOS+FAZEM+MAIOR+ESTUDO+DA+HISTORIA+SOBRE+PESSOAS+QUE+VOLTARAM+DA+MOR.html
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    2013
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    É bom que experiências tais sejam realizadas, pois logo explicações plausíveis para esses eventos serão encontradas. A reportagem noticia uma hipótese que está sendo considerada uma probabilidade explicativa: as EQMs seriam devidas a pane em certa região do cérebro, a qual controla o senso de identidade e de autopercepção.
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    Cabe destacar que no universo de pessoas que se recuperam de situações próximas à morte, somente um número reduzido relatam EQMs.
    Montalvão.
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    No que tange às experiências de quase morte – EQM, em minha opinião, se confunde a expressão “quase morte” com algo semelhante a “meia-morte”, ou a “uma morridinha rapidinha”, ou a um “vai e volta”, coisas do gênero. Tal idéia é inexequível: quem morreu morto está, não volta mais para a presente existência.
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    Eu se fosse eu, trocaria a denominação para: “Experiência no limiar da morte”, algo assim. Acredito que dar-se-ia melhor ideia do que se fala. Há quem pense que em tais vivências, a pessoa morre de verdade, porém não fica do “lado de lá” e, por motivos não explicados, volta, e volta cheio de novidades…
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    Nesse campo, duas opiniões digladiam: 1) de um lado os que postulam serem tais fenômenos resultante da estrutura psíquica em desagregação e, de outro lado, 2) os que acreditam que em alguns casos o quase-defunto experimentou uma curta, mas positiva, experiência na outra vida.
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    Creio que a maior dificuldade para os adeptos da 2ª idéia não é tanto comprovar que a vivência foi real, sim demonstrar que é possível morrer e tornar a viver. Em termos objetivos, se se puder evidenciar tal coisa, significará uma revolução tão drástica em nossas vidas que sequer fazemos idéia de suas implicações.
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    Desejo boa sorte aos que assumirem essa missão. Agora, por favor, tragam-nos demonstrações que valham a pena ser avaliadas, nada de coisas como: fulano ficou flutuando por cima da cama, vendo tudinho…
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    Como diria Nabucodonossor: não importa o paradigma que se adote, importe que ele permita obter-se respostas consistentes…

  14. Marcos Arduin Diz:

    Nem perderei meu tempo de ler os textos do Bezerra.
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    Sim, ele consolidou o Espiritocatolicismo, que já vinha desde quando chegou aqui a monumental obra espúria de Roustaing. Os primeiros espíritas eram ex-católicos, que viram no Espiritismo coisa melhor do que ensinava a Santa Madre Igreja, mas ainda conservavam o seu carolismo. No Espiritismo a Nossa Senhora foi uma esposa comum, que se casou e transou com o Zé e seu primeiro filho foi o Jesus. Nada portanto da Virgem Eterna… E Jesus é um Espírito Superior (o único que deu as caras por aqui), mas NÃO É DEUS. Tudo isso era demais para esses espíritas-novos.
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    Mas a obra espúria do Roustaing resgatou a Virgem Maria e o Cristo-Deus. Por isso foi imediatamente aceito, por mais que discordasse de Kardec. Mas nada estranho. Esse duplipensar é típico do zizkerdistas quando defendem a democracia por aqui, mas não em Cuba, Venezuela, etc e tal.
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    E fica aí o ganhamos, mas perdemos (ou perdemos, mas ganhamos…). Somos o país que tem o maior número de adeptos do Espiritismo… que nem ligam para o Roustaing, mas ligam muito para o Chico Xavier… Mas é um espiritismo sem filosofia e sem ciência: é basicamente religioso.
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    Já lá na França deu-se o inverso: deu-se mais apoio ao que seria o suposto lado científico. Ou seja, virou o parapsicoloespiritismo. O André Dumas enterrou a Revista Espírita e em seu lugar colocou uma de cujo parapsicológico. Dizia que o Kardec filósofo era outro Kardec (tinha mais de um?).
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    Só que esta busca cientificista deu em nada. Na época em que o pessoal da FEB foi até a França e papear com o Dumas, não havia mais de mil espíritas em toda a França…
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    Enfim, o Espiritismo como aquele codificado como Kardec não conseguiu se firmar plenamente com alguma estrutura organizada. Mas antes assim. A título de exemplo, os tais testemunhas de jeová têm uma organização fechada, draconiana, que só ela imprime suas publicações, proíbe os adeptos de terem blogs sobre a seita, mas não pôde evitar as contradições e mudanças de ensinamentos ao longo de sua história.

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